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Dicionário

A

  • aará

    Terceiro filho de Benjamim (1 Cr 8.1).

  • aarão

    Arca

  • aarel

    hebraico: a força tem permanecido

  • aasa

    hebraico: possuidor

  • aasbai

    hebraico: despojo ou belo

  • aava

    corrente de água

  • aazai

    protetor

  • aaziz

    hebraico: sustentado pelo Senhor

  • ab-rogar

    Anular; suprimir

  • aba

    Pai. Esta palavra aramaica apareceno Evangelho de Marcos quando descreve a oração de Jesus em Getsêmani (14.36). Aparece, também, nas invocações a Deus, inspiradas pelo Espírito Santo em Romanos 8.15 e Gálatas 4.6. Em todos os casos a frase é colocada da seguinte maneira: ‘Aba, Pai’, estando o termo Aba, seguido do equivalente grego tomado talvez como complemento. Talvez não passe de modo de interpretação, pois não há o que explique o uso daquelas palavras no momento da oração. Provavelmente a invocação ‘Aba’, tenha se tornado sagrada pelo constante emprego de Jesus. Desta maneira, conservada pelos cristãos, que falavam grego, como uma espécie de nome próprio (Deus), sendo a designação ‘Pai’ uma adição natural.

  • abade ou abba

    pai, guia ou chefe de um mosteiro

  • abadom

    O destruidor

  • abaete

    Homem de respeito

  • abagta

    dado pela fortuna

  • abail

    hebraico: pai de fortaleza

  • abam

    hebraico: irmão do discernimento

  • abana

    persa: rochoso, pedregoso

  • abandonar

    Deixar, largar, Deixar só; Desamparar, Renunciar a, desistir de, Não se interessar por, Descuidar, Desprezar.

  • abarcar

    Abranger; compreender

  • abarim

    Passagens

  • abastança

    Fartura; riqueza

  • abater

    Fazer cair, Lançar por terra, Derrubar, Matar, Diminuir o prestígio, Deprimir.

  • abba

    pai

  • abda

    servo, escravo, adorador

  • abdala

    Servo de Deus

  • abdalah

    Servo de Deus

  • abdão

    aquele que serve

  • abdeel

    servo de Deus

  • abdenego

    Um dos três hebreus que foram lançados numa fornalha ardente por se recusarem a se ajoelhar diante de uma estátua preparada pelo rei Nabucodonosor. Seu nome hebraico era Azarias. (Daniel 1:7)

  • abdi

    meu servo

  • abdias

    servo do Senhor

  • abdiel

    servo de Deus

  • abdin

    aquele que serve

  • abdir

    poderoso

  • abdnego

    servo ou nego

  • abdom

    Servil. 1. Cidade na tribo de Aser (Js 21.30; 1 Cr 6. 74; em Js 19.28 chama-se Ebrom. Está identificada com Abdé, pequenas ruínas sobre um monte, que domina a planície de Acre. 2. O décimo-primeiro dos doze juizes. Pertencia à tribo de Efraim. Filho de Hilel, teve quarenta filhos e trinta netos, que cavalgavam setenta jumentas. Julgou Israel oito anos. (*ver Juízes 12:13-15). 3. *veja 1 Cr 8.23. 4. Primogênito de Jeiel, pai de Gibeom (1 Cr 9.35, 36) 5. Filho de Mica, que foi mandado com outros pelo rei Josias à profetisa Hulda a fim de consultá-la a respeito do Livro da Lei, que se encontrou no templo (2 Cr 34.20). Em 2 Rs 22.12 e chamado Acbor.

  • abdon

    escravidão, servilismo

  • abdonio

    Servo

  • abe

    Nº Mês dos hebreus

  • abede-nego

    servo do Nego ou Nebo

  • abel

    Respiração ou vapor. l. o segundofilho de Adão e Eva, pastor de ovelhas, assassinado pelo seu irmão Caim. Caim ofereceu ao Senhor dos frutos da terra, e Abel a principal rês do seu rebanho. A oferta de Caim foi rejeitada, e aceita a de Abel; movido de inveja, Caim irou-se contra seu irmão e o matou (Gn 4.2 a 15, cp. com Hb 11.4). Jesus Cristo falou de Abel, como primeiro mártir (Mt 23.35). Em Hb 12.22 -24 a frase de Gn 4.10 (‘A voz do sangue de teu irmão clama da terra a mim’) é modificada, fazendo ver o contraste entre antiga e a nova aliança: ‘Mas tendes chegado… ao sangue da aspersão que fala coisas superiores ao que fala o próprio Abel.’ 2. Prado.

  • abel ou hebhel

    sopro, esvanecer

  • abel-bate-maaca

    hebraico: prado da casa de Maacã

  • abel-maim

    hebraico: prado das águas

  • abel-meola

    hebraico: prado da dança

  • abel-mizraim

    Nome dado pelos cananeus à eira de Atade, onde José, os seus irmãos, e os egípcios choraram a morte de Jacó (Gn 50.11). Provavelmente a passagem contém um jogo de palavras, como entre Abel, prado, e Ebel, lamentação. Pela narrativa do fato poder-se-ia entender algum lugar nos limites de Canaã, primitivamente chamado Campina do Egito, mas a afirmação de que era ‘além do Jordão’ coloca o sítio muito mais ao nordeste, implicando uma grande volta para os pranteadores.

  • abel-quiramin

    hebraico: prado das vinhas

  • abel-sitim

    hebraico: prado das acácias

  • abelha

    (Dt 1.44). Alude-se nesta passagem à conhecida natureza belicosa das abelhas, bem como no Sl 118.12. Embora a abelha da Palestina seja considerada uma espécie distinta pelos naturalistas, parece pertencer à subespécie da abelha vulgar, Apis mellifica. É mais loura e mais claramente marcada do que a abelha britânica. É, também, mais miúda, e muito mais perigosa. Como o mel é um importante artigo de alimentação no oriente, é a abelha cuidadosamente cultivada; consta a colmeia de um tubo de barro, tendo um pouco a forma de um cano para água, ou de um certo número deles postos uns sobre os outros. Estes canos têm cerca de 20 cm de diâmetro e 1 metro de comprimento, com as extremidades fechadas, havendo apenas uma pequena abertura. É, contudo, um fato singular que o único mel mencionado na Bíblia é o ‘mel silvestre’; ainda hoje muitos árabes vivem do trabalho de colhê-lo. Não é, pois, de surpreender que Sansão tenha encontrado mel na carcaça do leão que ele havia matado. A carne do animal não levou, certamente, muito tempo para ser devorada pelas feras; e as abe-lhas puderam, então, achar um lugar próprio, formado das costelas secas, onde encher do doce mel os seus favos, indo colhê-lo na abundância de flores, que por aqueles sítios cresciam. A curiosa expressão em is 7.18, ‘assobiará o Senhor… às abelhas que andam na terra da Assíria’, é uma alusão à prática de chamar as abelhas para fora das suas colmeias pelo som agudo dos assobios. (*veja Mel.)

  • abençoar

    Quando Moisés abençoou os filhos de israel (Dt 33), ele profetizou uma contínua progressão de prosperidades para eles, no auxilio de Deus. Era essa uma forma patriarcal de bênção e ao mesmo tempo uma cerimônia religiosa, em conformidade com a maneira de abençoar do Pai celestial, que está sempre, na realidade, a derramar benefícios sobre as Suas criaturas. Quando se diz no Sl 103 que os homens bendizem ao Senhor, isto significa pertencer ao Criador o louvor e a honra que são igualmente o dever e a alegria das Suas criaturas prestar-lhe. Mas quando é Deus que abençoa o Seu povo, como acontece em Gn 1.22 e em Ef 1.3, isto quer dizer que Ele distribui sobre os Seus filhos toda espécie de benefícios, temporais e espirituais, e desta forma comunica-lhes alguma parte daquela infinita bem-aventurança que Nele existe (1 Tm 1.11). A bênção era costume que muitas vezes se observava entre os hebreus, e é freqüentemente mencionada nas Sagradas Escrituras. Assim, Jacó abençoou os seus filhos (Gn 49), e Moisés os filhos de israel (Dt 33). Abraão foi abençoado por Melquisedeque. Tão importante lugar ocupava o ato da bênção na religião e vida dos judeus, que o próprio método da sua concessão fazia parte do ritual israelita (Nm 6.23). A bênção era dada em pé, com as mãos levantadas ao céu. (*veja Bênção.)

  • abes

    hebraico: brancura

  • abessalão

    Deus é paz

  • abi

    ou ABIA, hebraico: Jeová é pai

  • abi-albom

    pai da força

  • abia (s)

    o Senhor é pai

  • abia ou abiah

    cujo pai é D’us

  • abiail

    Meu pai é poder. 1. Pai de Zuriel, chefe da família levítica de Merari, contemporâneo de Moisés (Nm 3.35). 2. Mulher de Abisur (1 Cr 2.29). 3. 1 Cr 5.14. 4. Uma descendente de Eliabe, irmão mais velho de Davi (2 Cr 11.18). 5. Pai de Ester e tio de Mordecai (Et 2.15; 9.29).

  • abial

    hebraico: pai da força

  • abião

    Deus é pai

  • abias

    o Senhor é pai. 1. Filho de Roboão e rei de Judá depois de seu pai (1 Rs 14.31; 2 Cr 12.16). É chamado Abias no Livro das Crônicas e Abião no livro dos Reis. Abias esforçou-se em recuperar o reino das dez tribos (israel), e fez guerra a Jeroboão. Foi bem sucedido, e tomou as cidades de Betel, Jesana e Efrom, com as suas respectivas vilas. Depois da sua vitória fortificou-se, e casou com quatorze mulheres (2 Cr 13.21). Reinou somente três anos, sendo iníqua a última parte do seu reinado. Seguiu os maus passos de seu pai Roboão, caindo no pecado da idolatria e imoralidades afins. Sua mãe chamava-se Maaca; era neto de Salomão (1 Rs 15; 2 Cr 11.20). 2. o segundo filho de Samuel (1 Sm 8.2). 3. Filho de Jeroboão, primeiro rei de israel; foi aquele, de toda a casa de Jeroboão, que teve algumas boas inclinações para com o Senhor Deus de israel, sendo, por isso, o único da família a quem foi concedido morrer em paz. Era ainda jovem, quando morreu, justamente na ocasião em que a mulher de Jeroboão, sob disfarce, tinha ido ao profeta Aías a fim de procurar auxílio para a doença de Abias (1 Rs 14). 4. Um descendente de Eleazar, que deu o seu nome ao oitavo dos vinte e quatro turnos em que Davi dividiu os sacerdotes (1 Cr 24.10). 5. *veja Nm 10.7. 6. A filha de Zacarias, mulher de Acaz e mãe de Ezequias (2 Cr 29.1).

  • abiasafe

    pai da colheita

  • abiatar

    Pai da abundância ou Deus é pai. Décimo-primeiro sumo sacerdote, sucessor de Arão. Ele escapou, quando Doegue, o edomita, instigado por Saul, matou seu pai Abimeleque e oitenta e cinco sacerdotes, em virtude de ter Abiatar intercedido por Davi e ter-lhe dado o pão da proposição e a espada de Golias (1 Sm 21; Cf. Marcos 2.26, onde ‘Abiatar’ deve ser Abimeleque). Juntou-se a Davi em Queila, trazendo consigo uma estola que habilitou o futuro rei, na crise do seu exílio, a consultar o Senhor (1 Sm 23.9; 30.7). Abiatar e Zadoque foram mandados a Jerusalém com a arca (2 Sm 15). Depois ele conspirou para que Adonias fosse o sucessor de Davi; foi desterrado para a sua terra natal, Anatote, em Benjamim (Js 21.18); por fim, Salomão o afastou do seu cargo. Foi poupada a sua vida por causa dos serviços prestados a Davi (1 Rs 2. 27 a 36).

  • abiazafe

    hebraico: pai de proteção

  • abibe

    o germinar do trigo. Antigo nomecananeu do primeiro mês do ano sagrado dos hebreus, sendo o sétimo do civil; foi no dia 15 desse mês que partiu do Egito o povo de israel (Êx 13.4). Para comemorar esta libertação, foi a lua da Páscoa, mais tarde, considerada o princípio do ano judaico (Êx 12.2). Depois do Exílio mudou-se o nome para nisã, termo babilônico (março-abril).

  • abibe (nisã)

    Março/Abril

  • abida

    pai do conhecimento

  • abidão

    pai do julgamento

  • abiel

    força- pai do poder

  • abiezer

    pai do auxílio

  • abiezera

    hebraico: meu pai é auxílio

  • abigail

    Meu pai é alegria. 1. Formosa mulher de Nabal, rico possuidor de cabras e carneiros no monte Carmelo. Quando os mensageiros de Davi foram desconsiderados por Nabal, tomou Abigail sobre si a culpa de seu marido, e levou a Davi e aos seus homens os solicitados mantimentos, apaziguando-o desta maneira. Passados dez dias morreu Nabal; casou-se a viúva com Davi. Teve dela um filho, chamado Quileabe, em 2 Sm 3.3, mas Daniel, em 1 Cr 3.1. 2. Uma irmã de Davi, casada com Jeter, o ismaelita, e mãe de Amasa, a quem Absalão nomeou capitão em lugar de Joabe (2 Sm 17.25; 1 Cr 2.17).

  • abigail ou abigayl

    fonte do prazer; pai do contentamento

  • abila

    grego: prado ou planície

  • abilene

    (Também Abilinia, Abilina), uma planície. Tetrarquia, mencionada por S. Lucas, e que era governada por Lisânias (Lc 3.1). Abila era a capital, situada na inclinação oriental do Antilíbano, numa região fertilizada pelo rio Barada. A tradição liga o nome de Abila, distante 29 km. de Damasco, com a morte de Abel; e seu suposto túmulo, chamado Neby Havil, está numa elevação sobre as ruínas da cidade, que ficava num notável desfiladeiro, onde o rio corre da montanha até à planície de Damasco.

  • abilio

    Aquele que é apto, que é incapaz de vingança

  • abimael

    Meu pai é Deus

  • abimeleque

    Meleque (rei) é pai. 1. Reide Gerar no tempo de Abraão (Gn 20.2), o qual levou Sara para o seu harém. Todavia, avisado por Deus, num sonho, a respeito da sua leviana ofensa, restituiu Sara, e fez uma aliança de paz com Abraão em Berseba. 2. outro rei de Gerar, em tempos de isaque (Gn 26), o qual procedeu com Rebeca como o seu antecessor a respeito de Sara. Depois de uma disputa acerca de poços, o que freqüentemente acontece nos lugares áridos, Abimeleque e isaque ficaram amigos. 3. Filho de Gideão (Jz 8.31). Depois da morte de seu pai, assassinou os seus setenta irmãos, à exceção de Jotão, que se havia escondido. Então, por influência dos irmãos de sua mãe (era ela siquemita), foi eleito rei de Siquém, que se tornou um estado independente de israel. Três anos mais tarde houve uma rebelião na cidade, na ausência de Abimeleque, a qual foi reprimida por Zebul, o governador, que expulsou Gaal, o chefe da sedição, e destruiu totalmente a cidade, espalhando sal sobre as suas ruínas. No ataque de Tebes uma mulher arremessou uma pedra de moinho à cabeça de Abimeleque (Jz 9.53, 54; 2 Sm 11.21), e ele, para escapar à vergonha de ser morto por uma mulher, ordenou ao seu escudeiro que o matasse. 4. Filho de Abiatar, sumo sacerdote no tempo de Davi (1 Cr 18.16); em 2 Sm 8.17 é chamado Abimeleque, que, segundo 1 Sm 22.20, etc., não era filho, mas pai de Abiatar. Parece haver alguma confusão nas narrações, o que influi na referência que se faz em S. Marcos 2.26. 5. No título do Salmo 34 é este nome dado a Aquis, rei de Gate (1 Sm 21.10 a 15).

  • abinaão ou abinam

    meu pai é suave

  • abinadabe

    Meu pai é nobre. l. Um israelita da tribo de Judá, que vivia perto de Quiriate-Jearim, e em cuja casa a arca, depois de ter sido restituída pelos filisteus, permaneceu durante vinte anos (1 Sm 7.1, 2; 2 Sm 6.3 a 4; 1 Cr 13.7). 2. Segundo filho de Jessé, e portanto irmão de Davi, o qual combateu por Saul na guerra contra os filisteus (1 Sm 16.8; 17.13; 1 Cr 2.13). 3. Filho de Saul, que foi morto em Gilboa pelos filisteus, juntamente com Jônatas e outros irmãos (1 Sm 31.2; 1 Cr 8.33; 9.39; 10.2). 4. Pai de um dos oficiais de Salomão, também chamado Ben-Abinadabe (1 Rs 4.11).

  • abiner

    hebraico: pai da luz ou lâmpada.

  • abinoa

    hebraico: pai de doçura ou de graça.

  • abinoão

    Pai das graças

  • abiqueila

    pai da fortaleza

  • abira

    hebraico: meu pai é elevação

  • abirão

    Deus é excelso

  • abirão ou abiram

    pai da elevação

  • abisaga ou abixag

    meu pai é o erro

  • abisai

    Meu pai é Jessé. Dedicado sobrinho de Davi, filho mais velho da sua irmã Zeruia (1 Cr 2.16). Ele foi à noite com Davi ao campo de Saul (1 Sm 26.6), e teria atravessado o rei com a sua lança se Davi não o tivesse contido. Abisai implorou a permissão de matar Simei, que amaldiçoou a Davi quando este fugia de Absalão (2 Sm 16.9 a 14). Mais tarde tomou parte na grande batalha que pôs fim à insurreição de Absalão (2 Sm 20.6). Ele combateu vitoriosamente contra os amonitas (2 Sm 10.10; 1 Cr 19. 11), e contra os edomitas (2 Sm 8.13; 1 Cr 18.12). Auxiliou no desleal assassinato de Abner (2 Sm 3.30) e na perseguição de Bicri (2 Sm 20.6, 10). Na guerra com os filisteus, Abisai livrou Davi de ser morto às mãos de isbi-Benobe o gigante, a quem ele matou. Mostrou grande valor, lutando com trezentos homens (2 Sm 23.18; 1 Cr 11.20).

  • abisal

    hebraico: meu pai é Jessé, ou, meu pai possui tudo que é desejável

  • abisaque

    pai do erro

  • abismo

    Poço sem fundo que, no fim dos tempos, Satanás ficará banido por um tempo (Ap 20,3). Os gregos empregavam a palavra em referência ao submundo dos espíritos; transmite a idéia de um lugar tão profundo que chega a ser insondável (Lc 8,31).

  • abissinia

    hebraico: o mesmo que Etiópia, grego: Antiópia, sol abrasador

  • abisua

    pai da salvação

  • abisur

    hebraico: meu pai é uma parede

  • abisur ou abishur

    meu pai é muralha

  • abital

    hebraico: meu pai é orvalho

  • abitube

    Pai da bondade

  • abiú

    Deus é pai

  • abiú ou abihu

    D’us é pai

  • abiude

    cujo pai é Judá

  • abiude ou abihud

    pai dos judeus

  • abjeção

    Desprezo

  • abjeto

    Vil; baixo; desprezível

  • abjurar

    Renunciar

  • ablução

    Ação de lavar-se antes (de uma cerimônia)

  • abnegação

    Abster-se, renunciar à própria vontade, sacrificar-se

  • abner

    Meu pai é uma lâmpada. Comandante chefe do exército de Saul. o pai de Abner, chamado Ner, era irmão do pai de Saul, o qual se chamava Quis, daí serem primos Abner e Saul. Foi ele que trouxe Davi à presença de Saul, depois do combate com o gigante Golias (1 Sm 17.67), e foi com Saul na sua expedição contra Davi (1 Sm 26.3 a 14). Cinco anos depois da morte de Saul e do desastroso combate em Gilboa, Abner proclamou rei de israel a is-Bosete, filho de Saul – e o novo monarca foi geralmente reconhecido, exceto por Judá, onde reinava Davi. Seguiu-se uma guerra entre os dois reis, e houve uma batalha em Gibeom entre o exército de israel, comandado por Abner, e o de Judá sob o comando de Joabe, filho de Zeruia, irmã de Davi (2 Sm 2.12 a 17). Abner foi derrotado, e pessoalmente perseguido por Asael, o irmão mais novo de Joabe. Abner, em sua própria defesa, mas com relutância, matou o seu inimigo. is-Bosete censurou insensatamente a Abner porque este se casara com Rispa, que tinha sido concubina de Saul. Abner, indignado pela acusação que lhe faziam, passou para o lado de Davi, que lhe prometeu o principal lugar no seu exército. E Abner, em paga desta confiança, conquistaria a israel. Mas antes de poder fazer qualquer coisa neste sentido, foi ele traiçoeiramente assassinado por Joabe e seu irmão Abisai, como vingança da morte de Asael – contudo, a causa principal era o receio de que Abner os despojasse em favor de Davi. o ato traiçoeiro foi julgado por Davi com indignação, mas razões de Estado o levaram a deixar impune aquele crime. Mostrou, porém, a sua consideração pelo general Abner, assistindo ao funeral e fazendo uma oração apropriada junto da sepultura (2 Sm 3.33,34).

  • abner ou abhener

    pai da luz, da sabedoria

  • abóbada

    Teto

  • abolir

    Extinguir; suprimir

  • abominação

    Termo especialmente usado arespeito de coisas ou atos pelos quais se tem religiosa aversão. É aplicado aos sentimentos dos egípcios com respeito a comerem juntamente com os hebreus (Gn 43.32), e aos sacrifícios israelíticos de animais que no Egito se consideravam sagrados (Êx 8.26) – e também com relação aos pastores (Gn 46.34). E mais freqüentemente a abominação se refere (havendo com o mesmo sentido diferentes palavras hebraicas), àquilo que era detestado pelo povo ou pelo Senhor Deus de israel, como as carnes imundas (Lv 11), carne imprópria para os sacrifícios, práticas pagãs, e especialmente a idolatria e os deuses gentílicos (Jr 4.1 – 7.30 – vede o artigo seguinte).

  • abominar

    Sentir horror; repulsa; detestar

  • abominável da desolação

    Na sua profecia sobre a destruição de Jerusalém (Marcos 13.14), deu Jesus aos Seus discípulos um sinal pelo qual eles saberiam quando estaria iminente o acontecimento, devendo então fugir, enquanto havia tempo. ‘Quando, pois, virdes o abominável da desolação situado onde não deve estar… os que estiverem na Judéia fujam para os montes.’ S.Mateus 24.15 diz: ‘Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar santo…’ No livro do profeta Daniel (9.27 – 11.31 – 12.11) acham-se frases semelhantes.

    Sobre Daniel 11:31 vejamos o que o Comentário Bíblico diz:

    Ao falar da iminente destruição de Jerusalém, que ocorreu em 70 d.C., Jesus identificou os exércitos romanos que cercariam a cidade como o “abominável da desolação de que falou o profeta Daniel” (Mateus 24:15; Lucas 21:20).

    Tendo em vista o fato de Daniel 9:27 fazer parte da explicação do anjo sobre o conteúdo de 8:11 a 13, a conclusão natural é que Daniel 8:11 a 13 é uma profecia dupla (similar à de Mateus 24) que se aplica tanto à destruição do templo e de Jerusalém pelos romanos como à obra do papado na era cristã.

    Deve-se observar também que a referência explícita de Jesus à obra do “abominável da desolação”, como ainda no futuro naquela época, torna claro que Antíoco Epifânio não cumpre essa profecia.¹

    Alguns comentaristas defendem o ponto de vista de que (…) simboliza Antíoco Epifânio. No entanto, um exame cuidadoso da profecia torna evidente que esse rei selêucida perseguidor não cumpre as especificações reveladas. (…)

    Muito embora tenha dito palavras arrogantes, oprimido o povo de Deus e profanado o templo, durante um breve período, e se possam alegar alguns outros pontos parcialmente verdadeiros quanto às suas atividades, é óbvio que não se encontra em Antíoco um cumprimento adequado de muitas especificações da profecia.²

    [¹] Comentário Bíblico SDABC, pgs. 963,  964
    [²] Idem, p. 932

  • abominosa

    Que deve ser abominado; detestável, execrável.

  • abraão

    pai de muitos povos

  • abraão (abrão)

    A provável significação de Abrão é: o pai é engrandecido. A forma mais extensa não quer dizer coisa alguma, mas por uma semelhança de som sugere a significação hebraica de ‘pai da multidão’ (Gn 17.6). Fundador da nação judaica (como se vê em Js 24.2 – 1 Rs 18.86 – is 29.22 – Ne 9.7 – etc. – Mt 1.1 – 3.9, etc. ). Acha-se descrita a sua vida em Gn 11.26 a 26.10. Terá, descendente de Sem, saiu de ‘Ur da Caldéia’ com seu filho Abrão e sua nora Sarai, e seu sobrinho Ló, para Harã, onde fixou residência, não indo, como tencionava, ‘para ir à terra de Canaã’ (Gn 11.31). Depois da morte de Terá, ouviu Abraão a divina chamada, e procurou nova terra – recebeu, então, de Deus a primeira promessa com bênçãos a respeito da futura grandeza da sua descendência (Gn 12.1). Guiados por Deus, dirigiram-se Abraão, Sarai e Ló com os seus haveres e servos, à terra de Canaã, e vemos depois toda a família na rica planície de Moré, perto de Siquém, nas faldas dos dois famosos montes Ebal e Gerizim. Aí edificou ele um altar ao Senhor, e recebeu a primeira promessa, clara e distinta, de que aquela terra seria dos seus descendentes (Gn 12.7). Depois retirou-se para outro lugar, na região montanhosa entre Betel e Ai, e aí se conservou em segurança até que a fome o levou para o Egito. Neste país, o seu artifício com respeito a Sarai obrigou-o a uma situação humilhante perante Faraó. A sua riqueza e o seu poder já eram consideráveis. Ao voltar do Egito, ele separou-se de seu sobrinho L6 e foi habitar no vale de Manre, perto de Hebrom, a futura capital de Judá, que estava na linha de comunicação com o Egito, e nas proximidades do deserto e das terras de pastagem de Berseba. No ataque a Quedorlaomer (Gn 14), Abrão já é o principal de uma pequena confederação de chefes, e bastante poderoso para perseguir o inimigo até à entrada do vale do Jordão, combatendo com bom êxito uma grande força, e libertando Ló. E com esta vitória pôde deter por algum tempo a corrente das invasões do norte. No cap. 15 confirma-se a promessa de uma inumerável descendência em face da objeção de Abrão de que não tinha filhos – assume, então, a sua fé uma tal proeminência na teologia judaica e cristã que, dizem os autores sagrados, ‘ele creu no Senhor, e isso lhe foi imputado para justiça’ (Gn 16.6 – cp. Rm 4.3 – 9.7 – Gl 3.6 – Tg 2.23). É, ainda, ratificada a promessa por meio de um pacto entre o Senhor e Abrão – mas antes de cumprir-se pelo nascimento de Isaque, é a sua fé provada pela demora, e fortalecida com uma disciplina moralizadora. os caps. 16 a 20 contêm narrativas do nascimento de Ismael, filho de Abrão e de Hagar, que era serva de Sarai, e também a respeito da circuncisão, instituída como selo do pacto, e da mudança dos nomes de Abrão para Abraão e de Sarai para Sara. Nesses mesmos capítulos se narra a visita dos anjos e a especial promessa de que Abraão e Sara haviam de ter um filho dentro do espaço de um ano – a intervenção de Abraão pela cidade de Sodoma – a destruição das cidades da planície – a salvadora fuga de L6 – e a se Ismael a favor do ‘filho da promessa’ (cap. 21), a história silencia por alguns anos, até que, na infância de Isaque, aparece a dura prova de fé a Abraão na ordem que recebeu para oferecer o seu filho em sacrifício (cap. 22). Em vista do uso de sacrifícios humanos, tão generalizado entre as nações pagãs circunvizinhas, tal ordem podia ser prontamente considerada, sem qualquer repugnância, como vontade de Deus. o seguimento da narrativa nos mostra Abraão e sua fortíssima fé, com a declaração de que para o Senhor Deus de Israel era melhor a ‘obediência’ que o ‘sacrifício’. Ainda que a vida de Abraão se tenha prolongado por 60 anos depois deste acontecimento, os únicos incidentes que se acham pormenorizados são a morte de Sara, a compra da gruta de Macpela para sepultura (cap. 23), e o casamento de Isaque com Rebeca (cap. 24). A morte de Sara foi em Quiriate-Arba, isto é, em Hebrom, devendo por isso voltar Abraão, de Berseba, à sua antiga casa. É realmente significativo (At 7.5) o fato de ter sido a herança de Abraão na terra da promessa apenas um túmulo (*veja Gn 60.18). Na bela história do casamento de Isaque é deveras digno de nota o ter Abraão recusado a aliança do seu filho com as idólatras de Canaã. Finalmente menciona o livro de Gênesis o seu casamento com Quetura, e a sua morte na idade de 175 anos. o seu herdeiro Isaque, bem como o exilado Ismael, sepultaram-no ao lado de Sara na cova de Macpela. Abraão representa, no N.T., o verdadeiro ideal da religião, quer pela sua fé (Rm 4. 16 a 22), quer pelas suas obras (Tg 2.21 a 28). Jesus mesmo diz dele: ‘Vosso pai Abraão alegrou-se por ver o meu dia’ (Jo 8.56). S. Tiago (2.23) chama-lhe ‘o amigo de Deus’ (cp.com is 41.8 – 2 Cr 20. 7), designação que entre os árabes substituiu o seu próprio nome (Kalil Allah, ou simplesmente Kalil, o Amigo).

  • abraão (seio de abraão)

    os judeus, quando tomavam as suas refeições, recostavam-se em leitos, apoiando-se cada um no seu braço esquerdo, e desta forma podia-se dizer que o seu vizinho próximo se reclinava no seu seio (*veja Jo 13.23). Portanto, o seio de Abraão, sendo este o pai da raça hebraica, significava uma situação de grande honra e bênção depois da morte (Lc 16.22).

  • abraão ou abraham

    Pai das multidões. O verdadeiro fundador do povo hebraico.

  • abram ou abraham

    sublime é o pai

  • abrange

    Do verbo abranger: cinge; abarca; abraça; encerra; contém.

  • abrão

    hebraico: pai exaltado

  • abreu

    Agradecimento

  • abrolho

    Rochedo marítimo que atinge a superfície das águas

  • abrona

    o trigésimo-primeiro acampamento dos israelitas: a sua situação era perto do golfo Elanítico (Nm 83.84, 35).

  • absalão

    Meu pai é paz. Terceiro e favorito filho de Davi – nasceu em Hebrom, sendo Maaca sua mãe (2 Sm 8.3). Ele deseja, primeiramente, ser o vingador de sua irmã Tamar, que tinha sido violada por seu irmão Amnom, o filho mais velho de Davi e de Ainoã, a jizreelita. Depois do assassinato de Amnom, fugiu Absalão para a corte de Talmai, em Gesur. Três anos depois pediram a Davi que permitisse a volta de seu filho para Jerusalém, no que ele anuiu – mas não quis vê-lo senão passados mais dois anos, dando-lhe, no fim desse tempo, o beijo da reconciliação. Era agora Absalão, entre os filhos sobreviventes, o mais velho de Davi, mas receando ser suplantado pelo filho de Bate-Seba, procurou obter popularidade, mantendo ao mesmo tempo uma esplêndida corte. Por fim, revoltou-se contra seu pai, e a princípio foi bem sucedido – mas depois foi capturado e morto por ,Joabe, apesar da proibição de Davi, que ainda muito amava a seu filho (2 Sm 8 e 18 a 18).

  • absalão ou absalom

    pai da paz

  • absam

    o veloz

  • absinto

    Há, na Palestina, várias espécies de absinto, sendo a mais conhecida destas plantas o Artemisia absynthium dos botânicos – é uma planta de qualidades medicinais, pertencente à família das compostas, também chamada abrótano. Usavam-na os gregos em medicina, mas chamavam-lhe ‘amargor’. Aparece, principalmente, nas costas arenosas, nos desertos, e sobre os montes escalvados. A sua amargura dá origem a numerosas passagens figuradas da Escritura. ‘Absinto e fel’ são figuras de uma vida amargurada pela aflição, pelo remorso, e sofrimento punitivo. Sob esta figura, são os israelitas avisados por Moisés contra a idolatria (Dt 29.18). Em termos semelhantes Salomão adverte o jovem contra as más inclinações (Pv 5.4). Duas vezes emprega Jeremias a referida palavra, como expressiva do castigo, que havia de cair sobre o israel idólatra e corrompido (Jr 9.15 – 28.16). E mais tarde lamenta a realização da profecia, contemplando a desolação que se seguiu à tomada de Jerusalém (Lm 8.15, 19). A ‘estrela’ mística da visão apocalíptica, a qual se chamava ‘Absinto’, se descreve como caindo nas águas da terra, tornando-as mortalmente amargas (Ap 8.11). A palavra traduzida por absinto, ou alorna, ou peçonha, é, na língua hebraica, um nome de especial sentido, significando coisa angustiosa. Em todos os casos usa-se o termo como sendo a planta o tipo daquelas ervas venenosas ou amargas que impedem o crescimento das plantas benéficas (os 10.4 – Am 6.12)

  • abstenção

    Abstinência; recusa voluntária de participar de qualquer ato.

  • abster

    Conter, refrear.

  • abster-se

    Privar-se; conter-se

  • abstrato

    Que utiliza abstrações, que opera com qualidades e relações, e não com a realidade sensível: pensamento abstrato; ciência abstrata.

  • acã

    Perturbado. Homem da tribo de Judá Na destruição da cidade de Jericó por Josué, tirou Acã parte do despojo e escondeu«&gt -, pelo que ele e sua família foram apedrejados e mortos (Js 7). Por isto teve aquele lugar, onde foi realizado o castigo, o nome de Acor.

  • acabe

    irmão de pai. 1. Filho de onri, sétimo rei de israel, e o segundo de sua família, que se sentou naquele trono. A história do seu reinado vem no livro 1 dos Reis, caps. 16 a 22. Casou com Jezabel, filha de Etbaal, rei de Tiro, que era adorador do deus Baal, e tinha sido sacerdote da deusa Astarote, antes de ter deposto seu irmão e tomado as rédeas da governo. o reinado de Acabe distinguiu-se pela ação do profeta Elias, que se opôs fortemente a Jezabel, quando esta introduziu em israel o culto de Baal e Astarote (*veja Elias). A rainha Jezabel não somente levou o seu marido para a idolatria, mas também o fez viver uma vida maléfica. Foi ela quem instigou Acabe a cometer um grande crime contra Nabote, cuja vinha o rei ambicionou para juntar a outros aprazíveis terrenos que faziam parte do seu novo palácio de Jezreel. Nabote recusou vender o terreno, baseando-se na lei de Moisés, segundo a qual a vinha era a ‘herança de seus pais’. Pela sua declaração foi acusado de blasfêmia, sendo ele e seus filhos mortos por apedrejamento (2 Rs 9.26). Elias então disse que a destruição da casa de Acabe seria a conseqüência desta atrocidade. Uma grande parte do reinado de Acabe foi ocupada com três campanhas contra Ben-Hadade ii, rei de Damasco. Das duas primeiras guerras ele saiu completamente vitorioso. No fim da segunda, o rei Ben-Hadade caiu nas mãos de Acabe, mas foi libertado sob a condição de restituir todas as cidades de israel, que tinha em seu poder, e fazer bazares para Acabe em Damasco (1 Rs 20.84). A bênção de Deus foi retirada da terceira campanha. o profeta Micaías (ou Mica) avisou Acabe de que não teria agora a proteção divina, dizendo que os profetas que o tinham aconselhado estavam apressando a sua ruína. Acabe foi à batalha e disfarçou-se para não ser conhecido pelos frecheiros de Ben-Hadade. Apesar disso foi morto por certo homem que arremessou a flecha à ventura. o seu corpo foi levado para Samaria, para ser sepultado, e na ocasião em que um criado estava lavando o carro, lamberam os cães o seu sangue (1 Rs 22.37,38). 2. Filho do falso profeta Colaías, que guiou mal os israelitas em Babilônia. Foi condenado à morte pelo rei Nabucodonosor (Jr 29.21).

  • acabo

    hebraico: gafanhoto

  • acácia

    Na profecia de is 41.19 acha-se(acácia) no número das árvores que deviam ser plantadas no deserto. Noutros lugares usa-se a expressão madeira de acácia. As referências a esta madeira acham-se no livro do Êxodo e em Dt 10.3 – e, pelo que aí se diz, sabemos que foi ela principalmente usada na construção do tabernáculo e da respectiva mobília. A árvore de que se trata o ‘sunt’ do Egito é a acácia seyal, que produz a goma-arábica do comércio. Cresce principalmente na península do Sinai, e aparece também na Palestina, sendo encontrada no vale do Jordão e na parte oriental do mar Morto. Tem uma haste dura e espinhosa, e produz flores amarelas entre a sua folhagem peniforme. A sua vagem é como a do laburno. A madeira é rija, durável, e admiravelmente adaptada a obras de marceneiro (Êx 25, 26, 27, 30, 35, 36, 37, 38 – Dt 10.3).

  • acacio

    Imortalidade

  • acade

    castelo, fortaleza

  • açafrão

    Este nome deriva-se do arábicozafaran. obtém-se em pequenas quantidades dos estigmas amarelos e do estilete de um croco, sendo precisos, como dizem, 60.000 botões para preparar um arratel de açafrão. No oriente se faz com esta planta uma substância odorífera (Ct 4.14), usada para dar gosto à comida e ao vinho, empregada também como poderoso medicamento estimulante. Também serve para tinta – e desta se fabrica uma qualidade inferior com o Carthamus tinctorius, uma planta alta da família das Compostas.

  • acaia

    Emprega-se no N.T. esta palavra para designar uma província romana, que incluía o Peloponeso e grande parte da Hélade, com as ilhas adjacentes. Acaia e Macedônia juntas formavam a Grécia (At 19.21 – Rm 15.26). Na ocasião em que Paulo foi levado à presença de Gálio, era a Acaia governada por um procônsul da parte do Senado Romano.

  • acaico

    natural de Acáia

  • acalentada

    Favorecida; incentivada.

  • acalentar

    Aquecer(-se) nos braços ou no peito; afagar(-se), agasalhar(-se), embalar(-se)

  • acampamento

    No cap. 33 de Números acham-se mencionados quarenta e um acampamentos ou estações, na viagem dos israelitas através do deserto. Todavia, não devemos supor que os acampamentos dos israelitas eram formados segundo um estrito regulamento militar. Não havia coisa que se parecesse com entrincheiramentos, ou outros meios, para repelir qualquer ataque dos inimigos. Havia, contudo, para fins higiênicos, ordens estritas que deviam ser cumpridas (Nm 5.3 – Dt 23.14). A forma de acampar acha-se prescrita em Nm 2.3. Todo o corpo do povo israelita constituía quatro divisões – cada divisão era formada de três tribos, de maneira que o tabernáculo ficava encerrado num quadrado. Cada uma das divisões tinha uma bandeira (Nm 1.52 e 2.2), bem como cada tribo – e também possuía as suas insígnias qualquer grande associação de famílias, perfazendo uma tribo. As leis sanitárias para o acampamento eram extraordinariamente minuciosas e muito rigorosas. os mortos eram enterrados fora do arraial (Lv 10.4) – e todos aqueles que tinham estado em contato com os corpos tinham, igualmente, de ficar fora pelo espaço de sete dias (Nm 31.19). os leprosos eram, com todo o rigor, excluídos da convivência com seus semelhantes (Lv 13.46). Havia, também, fora do arraial, um lugar onde eram depositadas e queimadas todas as imundícies e coisas de refugo (Lv 4.12 – Dt 23.10). ACAZ. Possuidor. 1. Filho de Jotão, e undécimo rei de Judá (2 Rs 16 – 2 Cr 28).Quando ele subiu ao trono, Rezim, rei de Damasco, e Peca, rei de israel, formaram uma liga contra Judá, e intentaram cercar Jerusalém. o profeta isaías aconselhou Acaz a que vigorosamente se opusesse, e a empresa daqueles reis fechou (is 7.3 a 9). Todavia, os aliados fizeram grande número de cativos (2 Cr 28), que foram restituídos, como resultado das repreensões do profeta odede, e grande dano infligiram também a Judá (2 Rs 16), tomando Elate, um ponto florescente do mar Vermelho, no qual depois de expulsos os judeus, restabeleceram os siros. Acaz, no meio destas perturbações, pediu auxílio a Tiglate-Pileser, que invadiu a Síria, tomou Damasco, matou Rezim, e privou israel dos seus territórios setentrionais e dos de além-Jordão. Acaz, em troca destes serviços, tornou-se tributário de Tiglate-Pileser, mandou-lhe todos os tesouros do templo e do seu próprio palácio, e ainda apareceu perante ele em Damasco como seu vassalo – quando ele morreu, depois de um reinado de dezesseis anos, não o puseram nos sepulcros dos reis (2 Cr 28.27) 2. Bisneto de Jônatas (1 Cr 8.35 – 9.42).

  • ação de graças

    Confissão de Bênçãos

  • acarel

    hebraico: a força tem permanecido

  • acarom

    hebraico: emigração

  • acasbal

    hebraico: desprezo

  • acaz

    possuidor

  • acaz ou achaz

    possuidor. Rei de Judá, filho de Joatão

  • acazias

    1. Filho de Acabe e Jezabel, eoitavo rei de israel. Estava para partir numa expedição contra o rei de Moabe, que, sendo seu vassalo, se tinha revoltado, quando adoeceu por haver caído pelas grades de um quarto no seu palácio de Samaria. Quando tinha saúde prestava culto aos deuses de sua mãe, mas agora mandou saber ao pais dos filisteus, por meio dos seus oráculos e de Baal-Zebube, se restabeleceria. Elias censurou-o por esta impiedade e anunciou-lhe a sua morte próxima. Reinou uns dois anos (1 Rs 22.51 a 53 – .2 Rs 1). 2. Quinto rei de Judá, filho de Jeorão e de Atalia, filha de Acabe, e, portanto, sobrinho do precedente Acazias. É chamado Jeocaz em 2 Cr 21.17. Acazias, idólatra, foi feliz na aliança com seu tio Jorão, rei de israel, contra Hazael, rei da Síria. Era tão estreita a união entre tio e sobrinho, que houve grande perigo de que o gentilismo se propagasse com grande força pelos reinos dos hebreus. Este mal foi evitado por uma grande revolução, movida em israel por Jeú, sob a direção de Eliseu. Quando Acazias visitava o seu tio em Jezreel, aproximou-se Jeú da cidade. os dois reis saíram ao seu encontro, mas a seta de Jeú penetrou o coração de Jorão, sendo Acazias perseguido e mortalmente ferido. Tinha reinado apenas um ano (2 Rs 8.25 a 29, e 9).

  • acbal

    hebraico: gordo, fértil

  • acbor

    rato

  • acedeu

    Concordou

  • aceldama

    Campo de sangue. Porção de terreno, em Jerusalém, comprado com as trinta peças de prata que Judas recebeu por ter entregado Jesus (At 1.19). o tradicional sítio chama-se hoje Hakk-ed-Dumon, e existe na extremidade oriental de um largo terraço, numa inclinação para o sul do vale de Hinom, não ficando longe do tanque de Siloé.

  • acepção

    Escolha; seleção

  • acerbamente

    Duramente; severamente; árduo

  • acir

    Magoado

  • aclamar

    Reconhecer solenemente, proclamar.

  • aclima

    irmã gemea e mulher de Caim

  • acmetá

    Lugar de cavalos

  • aco

    Esta povoação foi mais tarde chamada Ptolemaida, e S. João d”Acre – atualmente é Akka. É um porto de importância na costa da Síria, cerca de 48 km ao sul de Tiro. Acha-se situado na baía de Acre, uma reentrância formada peio cabo do Carmelo, que entra pelo mar Mediterrâneo. Na divisão da terra de Canaã entre as tribos de israel, coube Aco a Aser, mas nunca foi tomada aos seus primitivos habitantes (Jz 1.31) – e por isso é contada entre as cidades da Fenícia. A única referência que se faz no N.T. a esta povoação é a de At 21.7, quando fala da passagem de S. Paulo por ali, vindo de Tiro para Cesaréia.

  • acobor

    hebraico: camundongo, rato

  • açoite

    o costume geral de castigar, no oriente, era, e ainda é, bater com varas.

  • açoites

    o costume geral de castigar, no oriente, era, e ainda é, bater com varas (Dt 25.1 a 3 – Pv 22.15, etc.). No A.T. há referência ao açoite ou chicote em 1 Rs 12.11, 14, 2 Cr 10.11, 14 (não Lv 19.20). Quanto ao emprego do açoite, em sentido figurado, *veja Js 23.13 – Jó 5.21 – 9.23 – is 10.26 – 28.15. Em Mt 10.17 e 23.34 há uma referência à prática judaica de açoitar os transgressores da religião – e S. Paulo registra o fato de ter sofrido este castigo em cinco ocasiões (2 Co 11.24 – cp. com Hb 11.36). As correias dos romanos para açoitar eram cheias de nós, sendo estes formados de ossos agudos ou de metais. Usualmente a flagelação precedia à crucificação, e foi essa uma parte do castigo infligido a Jesus (Mt 27.26 – Mc 15.15 – cp. com Jo 19.1, onde o açoitamento, talvez de uma maneira mais leve, precede a sentença, querendo com isso Pilatos evitar a pena de morte). Pela Lei Pórcia um cidadão romano não podia ser açoitado (At 22.25). A lei judaica não permitia que se dessem mais de quarenta açoites (Dt 25.3) – e, para evitar que este número fosse excedido, recebia o culpado somente trinta e nove (2 Co 11.24). ADÃo. Provavelmente vermelho. 1. Nome do primeiro homem, cuja criação se lê em Gn 1 e 2. Foi formado ‘do pó da terra’ (2.7), à imagem e semelhança de Deus (1.26). Foi-lhe dado domínio sobre todas as coisas criadas (1.26), e colocado no Jardim do Éden (2.8) com sua mulher Eva (2.22). Eva cedeu à tentação da serpente (3.5), comendo do fruto proibido da ‘árvore do conhecimento do bem e do mal’ (2.17 e 3.6), e dando-o a Adão. Como resultado abriram-se os olhos de ambos (3.7) – sua desobediência foi castigada com uma completa mudança das condições terrestres, e foram expulsos do Éden (3.24). Na maldição proferida contra a serpente já se vê anunciada a vinda de um redentor (Gn 3.15) – e esse redentor foi Jesus, que é apresentado por S. Paulo como o reparador da perda que a Humanidade sofreu por motivo da queda dos nossos pais (1 Co 15.22,45). 2. Cidade nas margens do Jordão, mencionada quando passaram o rio os filhos de israel (Js 3.16). É hoje Ed. Danieh.

  • acometer

    Atacar; investir contra ou sobre

  • acor

    perturbação

  • acorom

    hebraico: emigração

  • acos

    hebraico: espinho

  • acossar

    Correr ao encalço de, perseguir, afligir, atormentar.

  • acrabatine

    hebraico: escorpião

  • acrabim

    Escorpiões

  • acrisio

    Aquele que não distingüe

  • acrisolar

    Purificar; provar

  • acsa

    anel no tornozelo

  • acsafe

    Dedicada

  • acube

    fraudulento

  • açude

    Lago formado por represamento

  • acudir

    ir em socorro, defesa ou proteção de – socorrer – auxiliar.

  • açular

    provocar

  • acurada

    Aperfeiçoada; tratada com cuidado

  • aczibe

    mentiroso

  • ada

    ornamento

  • adada

    festival

  • adadezer

    o protegido

  • adágio

    Ditado; provérbio; axioma

  • adaías

    Jeová ordenou

  • adail

    Aquela que guia e defende

  • adais

    hebraico: Jeová embelezou

  • adali

    justiça de Deus

  • adama

    terra

  • adame-mequebe

    humano

  • adami

    hebraico: humano

  • adami-neguebe

    hebraico: humano

  • adams

    Filho de adão

  • adão

    Originariamente significa “homem”, de forma genérica, embora comece logo a ser empregado como nome próprio do primeiro homem. São Paulo faz notar o paralelismo entre Adão e Cristo. O primeiro Adão é pai do homem caído; o Novo Adão – Cristo – é a origem da humanidade redimida (cf. Rm 5,12-21).

  • adão ou adham

    homem de terra vermelha

  • adar

    Glorioso. 1. Nome (babilônico) dodécimo-segundo mês do ano sagrado judaico (fevereiro-março), Ed 6.15 – Et 3.7, etc. Foi dobrado sete vezes em dezenove anos para harmonizar o ano lunar com o solar. 2. Uma cidade nos confins de Judá (Js 15.3).

  • adar (mês)

    Fevereiro/março

  • adarezer

    hebraico: majestade

  • adasa

    hebraico: murta

  • adbeel

    hebraico: servo de Deus

  • adel

    Justo

  • adepto

    Partidário, sectário, sequaz, prosélito.

  • adestrar

    Hábil; capaz

  • adi

    grego: forma grega de Ido

  • adiel

    hebraico: ornamento de Deus

  • adijaim

    dois caminhos

  • adim

    hebraico: delicada

  • adimi

    hebraico: humano

  • adina

    hebraico: delicada ou sensível

  • adina ou adni

    voluptuosa

  • adino

    hebraico: delicado

  • adira

    sensível

  • aditaim

    hebraico: dupla passagem, cidade de duas presas

  • adivinhação

    o dom da profecia foi concedido por Deus apenas a pouquíssimas pessoas, na história da Humanidade – mas nos tempos bíblicos havia quem pretendesse ter o dom da adivinhação, praticando várias espécies de artifícios com o fim de fazerem crer que possuíam conhecimentos do futuro. Em geral a adivinhação fazia parte dos predicados de uma casta sacerdotal, que disso fazia uso para os seus próprios fins(Gn 41.8 -is 47.13 – Jr 5.31 – Dn 2.2). As pessoas que afirmavam ter em si espíritos familiares (is 8.19 e 29.4) crê-se que eram ventríloquos, que desde debaixo da terra, chilreando entre dentes, murmuravam para imitar a voz dos espíritos, que se acreditava terem sido invocados dentre os mortos. Com respeito à invocação da alma de Samuel pela pitonisa de En-Dor (1 Sm 28.7 a 25), considerando que a mulher era indubitavelmente uma impostora, podemos dizer que Deus permitiu nesta ocasião, para os Seus próprios desígnios, que Saul, pelas engenhosas práticas da feiticeira, pudesse ser inteiramente avisado do que o esperava, tendo ainda tempo nos seus últimos dias de voltar o seu coração para Deus. Em Ez 21.21 a referência à adivinhação é por meio de flecha. o rei arremessou um feixe de setas a fim de ver em que direção iam descer – e, como elas caíram à sua mão direita, ele marchou para Jerusalém. A taça pela qual se diz ter José adivinhado (Gn 44.5), era um vaso de prata (simbólico do Nilo, ‘a taça do Egito’) que se supunha ter misteriosas qualidades mágicas. A adivinhação era feita por meio de irradiações da água, ou de gemas, com inscrições mágicas, a ela arremessadas. A condição do fígado do animal, que tinha sido sacrificado, julgavam alguns ser uma indicação relativamente ao futuro (Ez 21.21). Moisés proibiu toda espécie de adivinhação. (*veja Magia.)

  • adjacente

    Situado perto; ao lado; situado na vizinhança.

  • adlai

    hebraico: justiça de Jeová

  • admá

    fortificação

  • admata

    nome persa de significação ignorada

  • admoestar

    Censurar, repreender com brandura; aconselhar, exortar.

  • ado

    hebraico: festivo, oportuno

  • adoção

    Termo pelo qual Paulo exprime oparentesco que a frase ‘filhos de Deus’ designa. Em Rm 8.15 a 23 – 9.4 – Gl 4.5 – e Ef 1.5, há referência ao costume legal, entre os romanos, pelo qual a criança adotada tomava o nome do seu novo pai, e tornava-se seu herdeiro. o parentesco era, em todos os respeitos, o mesmo que existia entre o pai natural e seu filho. o costume da adoção tem sido seguido por todas as nações e em todos os tempos. A adoção civil era permitida e determinada para alívio e conforto daqueles que não tinham filhos – mas na adoção espiritual não aparece esta razão. o Senhor onipotente adota os crentes, e eles tornam-se filhos de Deus, não porque haja qualquer excelência neles, mas porque Ele é infinitamente bom. A filha de Faraó adotou Moisés por causa do seu lindo rosto (At 7.20,21) – Mordecai adotou Ester pela mesma razão, e porque ela era sua parenta (Et 2.7) – nada há no homem, porém, que o torne merecedor da adoção divina (Ez 16.5). Além disso, na adoção espiritual, o novo filho recebe não só um nome novo, mas uma nova natureza: torna-se participante da natureza divina (2 Pe 1.4).

  • adoecer

    Ficar doente ou enfermo

  • adom

    forte

  • adomias

    Jeová é o senhor

  • adonai

    (Hebraico) – Senhores meus. Um dos nomes de Deus no Antigo Testamento. – Senhor (Maitre), Senhores (Maitrês). É assim que o homem da Bíblia invoca, o mais das vezes, seu Elohîms (Gn 15:2; 20:4, etc.) Adonai é um plural gramatical como Elohîms, com o qual se combina freqüentemente em Adonaï-Elohîms.

  • adoni-bezeque

    hebraico: Senhor de Bezeque

  • adoni-zedeque

    meu Senhor é justo

  • adonias

    o SENHoR é o Senhor. 1. Quartofilho de Davi, nascido em Hebrom, quando seu pai era rei de Judá (2 Sm 3.4). Nos últimos anos do reinado de Davi, formou Adonias em volta de si um partido forte, e começou a manifestar suas pretensões, aspirando a ser sucessor de seu pai. Mas Davi tinha prometido a Bate-Seba que seu filho Salomão havia de ser o rei de israel, e deu ordens para que Salomão se dirigisse, montado na mula real, a Giom, ao ocidente de Jerusalém. Foi ali ungido e proclamado rei por Zadoque e alegremente reconhecido pelo povo. Esta resolução infundiu terror no partido contrário, e Adonias fugiu para junto do altar. Foi perdoado por Salomão, sob a condição de mostrar-se como homem digno, sendo também ameaçado de morte se alguma maldade fosse por ele praticada (1 Rs 1). Depois da morte de Davi, pretendeu Adonias o consentimento de Salomão para o seu casamento com Abisague, que tinha vivido com Davi, quando já muito avançado em idade. Pensou Salomão que havia nele intenção de reivindicar o trono e ordenou que fosse morto (1 Rs 2.25). 2. Um dos levitas, a quem Josafá mandou para ensinar a lei ao povo (2 Cr 17.8). 3. Um chefe judaico, que com Neemias assinou o pacto (Ne 10.16).

  • adonibezeque

    senhor de Bezeque

  • adonição

    O Senhor se tem levantado

  • adoniram

    Deus é exaltado

  • adoniran

    O Senhor é excelso

  • adonirão

    hebraico: O Senhor é engrandecido, ou excelso.

  • adonis

    Elegante, simpático

  • adonisedeque

    o Senhor é justo

  • adoração

    Há duas palavras no A.T. significando adoração: uma delas, em certos lugares, tem o sentido de fazer ‘reverência’, ‘inclinar-se’ (Dn 2.46 – 3.5) – a outra usa-se a respeito do culto prestado ao SENHoR e a outros deuses ou objetos de reverência (Gn 24.26, 48, etc. – Êx 34.14 – Dt 4.19,etc.) – e também a respeito do ‘príncipe do exército do Senhor’ (Js 6.14). No N.T. a palavra mais freqüentemente empregada significava, na sua origem, beijar a mão de alguém, como sinal de consideração, fazendo-se uma inclinação respeitosa. É usada com as seguintes significações: adoração a Deus (Mt 4.10) – reverência para com Jesus Cristo (Mc 5.6) – e culto idólatra (At 7.43 – cf. Ap 9.20 – 14.9 – 22.8).

  • adoraim

    Montes

  • adoram

    hebraico: dois montes ou baluartes

  • adorão

    hebraico: O Senhor é exaltado

  • adorar

    Prestar culto à divindade; venerar; amar em extremo.

  • adrameleque

    1. ídolo dos de Sefarvaim,que Salmaneser ii, rei da Assíria, trouxe para colonizar as cidades da Samaria, depois de ter levado para aquele país os habitantes cativos (2 Rs 17.31). Este ídolo era adorado com ritos semelhantes aos de Moloque, sendo-lhe sacrificadas as crianças. 2. Filho de Senaqueribe, rei da Assíria – auxiliado por seu irmão Sarezer, matou o pai na casa do deus Nisroque, estando ele a adorar ali (2 Rs 19.37).

  • adria

    hebraico: escura

  • adria-meleque

    hebraico: o Deus Adar é rei

  • adufe

    tambor

  • adula

    hebraico: recinto fechado, ou lugar da antigüidade

  • adulão

    Cidade de Judá (Js 15.35), sedede um rei cananeu (Js 12.15), evidentemente lugar de grande antigüidade (Gn 38.1 a 20): é hoje Aid-el-Ma. Havia muitas cavernas nas colinas de pedra calcária, existentes nos subúrbios da povoação – era ali o ponto de reunião de Davi e seus companheiros. Ali também se encontraram com Davi, seus irmãos e toda a casa de seu pai, indo de Belém (1 Sm 22.1). Foi naquele sítio que se deu o ousado ato dos três valentes, que arriscaram a vida indo a Belém buscar água para Davi (2 Sm 23.14 a 17 – 1 Cr 11.15 a 19). A cidade de Adulão foi fortificada pelo rei Roboão (2 Cr 11.7), e foi um dos lugares reocupados pelos judeus depois da sua volta da Babilônia (Ne 11.30). Há, ainda, muitas cavernas nos montes de pedra calcária, ali perto.

  • adultério

    Este ato é proibido no sétimo mandamento (Êx 20.14 – Dt 5.18). *veja em Nm 5.11 a 29 a descrição da prova de impureza por meio da água amarga, que era dada à mulher suspeita para beber. As referências que os profetas fazem ao adultério indicam uma situação moral muito baixa (is 51.3 – Jr 23.10 – os 1.4). É provável que depois do cativeiro, quando o laço conjugal se tornou menos apertado, raras vezes, se alguma vez o foi, tenha sido a pena de morte aplicada. A frase em Mt 1.19, ‘não a querendo infamar’, provavelmente significa não levar o caso perante os juizes do conselho local. José procedeu assim, pois preferia, como podia fazê-lo, deixá-la secretamente. A palavra adultério era usada figuradamente para exprimir a infidelidade do povo hebreu para com Deus. Figura muito apropriada por causa dos ritos impuros que faziam parte do culto idólatra (Ez 16). Assim também falou o Senhor de uma geração ‘adúltera’ (Mt 12.39). (*veja Casamento.) As principais passagens do N.T. em que se fala de adultério, relacionam-se com o divórcio ou separação: Mt 5.31,32 – 19.6 – Mc 10.11, 12 – Lc 16.18 – Jo 8.3 a 11 – Rm 7.2, 3 – 1 Co 7.10,11, 39.

  • adumim

    sangue

  • aduram

    hebraico: dois montes

  • adurão

    o Senhor é execelso

  • aduzir

    Trazer, apresentar.

  • advento

    Vinda, chegada.

  • adversidade

    Infelicidade; má sorte

  • advir

    Vir em conseqüência; resultar, proceder, derivar.

  • advogado

    A palavra grega Parakletos, traduzida ‘advogado’ em português, em 1 Jo 2.1, aplica-se também ao Espírito Santo em Jo 14.16, 26 – 15.26 – 16.7. A significação grega é a de ‘alguém chamado para defender outra pessoa’, especialmente quando se trata de uma acusação legal. Em latim advocatus. A tradução ‘consolador’ acha-se nas passagens citadas do Evangelho de João. o cristão tem, portanto, ou no Espírito Santo ou em Jesus Cristo, quem defenda a sua causa, e lhe dê conforto nas horas tristes. (*veja Espírito Santo.)

  • aer

    hebraico: outro

  • afamada

    Que se tem fama.

  • afamado

    Que tem fama; prestígio

  • afeca

    fortificação

  • afegue

    hebraico: fortaleza

  • afeque

    Fortaleza. 1. Cidade real dos cananeus, cujo rei foi morto por Josué (Js 12.18). Coube, na distribuição das terras, a issacar. 2. Cidade situada na extremidade norte de Aser, nos limites dos amorreus (Js 19.30), donde não foram expulsos os cananeus. 3. Lugar em que acamparam os filisteus, enquanto os israelitas se conservavam em Ebenézer, antes da fatal batalha em que foram mortos os filhos de Eli e tomada a arca (1 Sm 4.1). Era perto de Jerusalém, ao nordeste. 4. Campo da batalha em que Saul foi derrotado e morto (1 Sm 29.1). 5. Cidade na estrada militar que vai da Síria a israel (1 Rs 20.26). Acha-se esta cidade identificada com a moderna Fik, no cimo do Wadi Fik, 10 km ao oriente do mar da Galiléia, passando ainda pela povoação a grande estrada entre Damasco e Jerusalém. Foi teatro da derrota de Ben-Hadade (1 Rs 20.30), e de muitas outras batalhas.

  • afes-domim

    grego: costa de Domim

  • afetação

    Afetar; atingir, afligir, comover, abalar.

  • afeto

    Dizer respeito a; concernir, interessar.

  • afia

    hebraico: revivido

  • afikoman

    “Sobremesa”; pedaço de matsá tirado no início do sêder e guardado até o final da refeição; é o último alimento a ser ingerido antes do Bircat Hamazon, Bênção de Graças após a refeição – para lembrar as oferendas de Pêssach, que era o último alimento ingerido no sêder, na época do Templo.

  • afinidade

    Relação, semelhança, analogia.

  • aflição

    Adversidades, catástrofes e sofrimentos, que por vezes duram muito tempo. Às vezes a aflição nos é imposta por outrem, outras vezes por nós mesmos e ainda em outros casos pelo próprio Deus.

  • afligir

    Ver. aflição.

  • afligir a alma

    Causar aflição a; angustiar, mortificar, agoniar, agonizar

  • afluir

    Correr para; convergir

  • afluíram

    Do verbo afluir: convergir; vir em grande quantidade; aglomerar.

  • afogueado

    Muito corado (Que tem cor; branqueado ou tornado branco pela exposição à luz solar; quarado; que tem as faces vermelhas (diz-se das pessoas)

  • afoitamente

    Tornar(-se) afoito; animar(-se); encorajar(-se)

  • afra

    lugarejo

  • agabo

    gafanhoto

  • agague

    Violento. Rei dos amalequitas (1 Sm 16), cuja vida Saul poupou, desobedecendo à ordem divina. Samuel declarou que, por este ato, a sucessão sairia da família de Saul, e ele próprio mandou buscar Agague, fazendo-o em pedaços. Hamã, o agagita, de cuja sorte se fala no livro de Ester, era, seguindo a crença dos judeus, descendente de Agague, e por isso eles odiavam a sua raça. Em Nm 24.7 parece ser o nome Agague usado como título geral dos reis amalequitas.

  • agape

    Este é o amor mais sublime, mais alto, é a palavra usada para expressar o amor de Deus (ex. João 3:16). Este é o amor descrito em 1 Coríntios 13. Quando fala sobre o amor de Cristo usa-se a palavra ágape, não fileo. Esta palavra descreve um amor desinteressado, de alguém que se dispõe a dar de si mesmo sem esperar receber nada em troca. É o amor que leva alguém a oferecer a sua própria vida para salvar a outros,

  • agar

    abandonada

  • agarai

    hebraico: vagabundo

  • agarrar

    Pegar algo, Apanhar, Prender, Segurar com força, aprisionar.

  • agastar

    Aborrecer; zangar-se

  • agata

    pedra preciosa

  • agatha

    Bondosa, cuja influência predispõe ao amor

  • agé

    fugitivo

  • agenor

    Bravo, viril, corajoso

  • ageu

    Festivo. Um dos três profetas da Restauração. Pouco se sabe a respeito da sua personalidade, mas o tempo do seu aparecimento pode deduzir-se do seu livro e do de Esdras. Nasceu, provavelmente, durante o cativeiro, e pertenceu ao número dos que vieram com Zorobabel da Babilônia para Jerusalém, no ano 536 a.C. A reedificação do templo começou com grande zelo, mas, por causa da oposição dos samaritanos, foram suspensas as obras pelo espaço de quatorze anos. Subindo, então, Dario Histaspes ao trono da Babilônia, foi Ageu inspirado por Deus a exortar Zorobabel e Josué a que recomeçassem o trabalho do templo. os seus arrazoados produzir um efeito (Ag 1.14 – 2.1), prosseguindo os judeus na reedificação no ano 520, dezesseis anos depois da volta do cativeiro. Diz-se que Ageu foi sepultado em Jerusalém, perto dos sepulcros dos sacerdotes.

  • ageu (livro de)

    Encerra este livro quatro mensagens proféticas, todas elas apresentadas durante 4 meses pouco mais ou menos (1.1 – e 2.1, 10, 20). Na primeira são censurados os judeus por desprezarem o templo – faz-se a promessa de que o favor divino havia de acompanhar a sua construção. Vinte e quatro dias depois desta profecia, foram as obras continuadas, sendo os israelitas animados por uma misericordiosa mensagem da parte de Deus. Mas, passado um mês, arrefeceu de novo o zelo do povo, e começaram a pensar se seria possível a restauração. Com o fim de remover as dúvidas do povo e levantar as suas enfraquecidas energias, apareceu Ageu declarando que o Senhor era com eles e profetizando que a glória do novo templo havia de ser maior do que a do primeiro (Ag 2.1 a 9). Pela terceira vez dirige-se Ageu aos judeus e censura-os pela sua indiferença – ao mesmo tempo incita-os a trabalharem o mais possível (Ag 2.10 a 19). No mesmo dia foi proferida outra profecia, dirigida a Zorobabel, príncipe de Judá, representante da casa de Davi, e aquele por quem principia a genealogia do Messias depois do cativeiro, encerrando as palavras proféticas a promessa de que o povo de Deus seria preservado no meio da queda e ruína dos reinos da terra (2.20 a 23). Cp.Ag 2.6 com Hb 12.26,27. Mas as palavras de 2.9, ‘neste lugar darei a paz’, foram, sem dúvida, cumpridas com a presença de Jesus Cristo no segundo templo.

  • ágil

    Que se move com destreza, com esperteza

  • agildo

    Oferta dos deuses

  • agnaldo

    Aquele que governa pelo uso da espada

  • agnelo

    Cordeirinho

  • agnes

    Pura, alva, cristalina

  • agnosticismo

    O termo “agnosticismo” vem do grego “ágnostos”, que significa “não cognoscível”.
    O Vocábulo é de origem mais ou menos recente. É conhecido e usado pela primeira vez no sentido moderno e familiar por Thomas Huxley (1825-1895) em 1869, como ele mesmo narra em seu escrito “Agnosticism” de 1889 e inserido nos “Collected Essays” . Em oposição à “gnose”, Huxley entendeu essa palavra no sentido de “não saber nada” sobre um argumento ou encontrar-se perante um problema insolúvel. Naturalmente, foi o ambiente filosófico favorável da época, com o ceticismo de Hume e a filosofia crítica de Kant, que permitiu a Huxley cunhar e divulgar o termo “agnosticismo” como expressão de um certo pensamento. Huxley escolheu-o para apresentar-se também com um “ismo” e assim classificar seu pensamento junto aos colegas da “Metaphysical Society” de Londres, como a moda dos “ismos” de então o exigia.
    O novo vocábulo assumiu e conservou sucessivamente um significado mais restrito e mais preciso, indicando uma posição de “não conhecimento” da verdade metafísica ou de “não conhecimento” da existência de uma realidade sobrenatural, dita justamente “incognoscível” . Já os atenienses dos tempos de S.Paulo Apóstolo dirigiam-se a um Deus desconhecido (agnósto Theó) levantando-lhe altares e fazendo-lhe orações.
    Portanto, “agnosticismo” significa, de modo geral, a atitude espiritual de quem suspende o próprio juízo sobre a existência e natureza do Absoluto e da Divindade. Declara a inatingibilidade, por parte da mente humana, dos problemas referentes à primeira origem da realidade, à natureza de Deus e ao último destino do homem.
    Não deve ser confundido com o ceticismo, porquanto é mais uma abstração do que uma negação do conhecimento: o agnosticismo convida a uma posição de neutralidade entre a afirmação e a negação a respeito de tudo quanto se relacione com os problemas do Absoluto.

  • agoureiro

    Presságio de coisa má

  • agouro

    Presságio ou adivinhação de cousa má; que anuncia coisas más

  • agouros

    Presságio, pressentimento.

  • agraciada

    Que recebeu graça, mercê; condecorado, galardoado.

  • agradar

    Causar ou inspirar complacência ou satisfação, Ser agradável, Contentar, Satisfazer, Sentir ou causar prazer.

  • agravo

    Ofensa, injúria, afronta, dano.

  • agricultura

    A Palestina, à exceção da parte mais meridional, é terra de ribeiros d”águas e de fontes que correm das montanhas e dos vales (Dt 8.7 a 9). As primeiras chuvas caem em outubro. Não são chuvas contínuas, mas intermitentes, dando isso ocasião a que o lavrador possa semear trigo e cevada. Continua a chuva a cair por intervalos durante os meses de novembro e dezembro, havendo ainda em março e abril dias chuvosos. Nos restantes meses até outubro, o tempo é seco, vendo-se o céu sem nuvens. Logo que no mês de outubro o chão é amolecido pelas chuvas, principia a semeadura de trigo, cevada e lentilhas. o arado dos antigos hebreus era, provavelmente, semelhante aos de hoje, constando de uma vara grossa feita de duas peças, às quais se prendia uma travessa onde se atrelava uma junta de bois. Na outra extremidade era metida uma peça num ângulo obtuso, que terminava por baixo na relha e havia uma grosseira rabiça na parte superior. os bois eram impelidos por meio de uma vara com aguilhão, a qual era também empregada para quebrar os torrões de terra ou limpar o arado. A ceifa começa no fim de março ou princípio de abril. A colheita da cevada vem primeiro, sendo a última a do trigo em meados de maio. o tempo da ceifa durava sete semanas. o trigo era segado com uma foice e, reunido em molhos, era levado para a eira, um terreno circular, exposto ao vento, com uns vinte metros de diâmetro. Aqui era o grão liberto da palha mediante o andar de bois ou jumentos sobre o trigo. Porções de trigo eram também algumas vezes debulhadas por meio de um mangual (is 28.27) – mais freqüentemente, porém, se empregava um instrumento, que constava de uma armação de madeira, com pedras pontiagudas metidas em buracos na parte inferior, posta em contato com o trigo. Esta armação era puxada por bois, e muitas vezes o agricultor sentava-se em cima para aumentar o peso. Também se usava para a debulha um revestimento de madeira adaptado às rodas de um carro, com certo número de lâminas para cortar o trigo. Depois, quando soprava levemente o vento, levantava-se com pás de madeira a palha com o grão, caindo este na eira e levada aquela pelo ar fora. o trigo ainda era limpo das pedras e impurezas agitado numa joeira (Am 9.9). A palha mais comprida servia de alimento para os bois (is 11.7), não tendo valor a restante. A colheita era armazenada em lugares subterrâneos (Jr 41.8). Em troca de ouro e prata e artigos de luxo, abastecia a Palestina, com o conteúdo dos seus armazéns, os mercados de Tiro e Sidom, onde se reuniam também as mercadorias de todas as nações desde a Espanha à india. Nas minuciosas descrições de Ezequiel sobre a grandeza de Tiro, ele menciona o trigo entre os diversos artigos, que a Fenícia importava de Judá no seu tempo, o sexto século antes de Cristo. Mais de seis séculos depois vemos que é ainda Canaã que fornece trigo à Fenícia, pois uma missão especial veio, cerca do ano 44 d.C., ao rei Herodes Agripa, da parte de Tiro e Sidom, pedindo paz, porque o seu país era sustentado pelas terras do rei (Atos 12.20).

  • agrilhoado

    Prender com grilhões

  • agripa

    que nasceu com os pés para frente

  • aguardar

    Esperar, Permanecer na expectativa de, Respeitar, Acatar.

  • águas de contendas

    hebraico: contendas de Cades

  • aguçar

    Excitar; estimular; afiar

  • águia

    Há, constantemente, referências na Bíblia ao espantoso número de aves de presa de todos os tamanhos, que se acham na Palestina e na Arábia. Em algumas das passagens, onde ocorre a palavra ‘águia’, teria sido melhor tradução ‘abutre’. Por exemplo, em Mq 1.16, ‘faze-te calva, e tosquia-te… alarga a tua calva como a águia’, somente se pode referir isto ao abutre, que é desprovido de penas na cabeça e no pescoço, o que é, realmente, uma disposição da Natureza, visto como esta ave tem por hábito introduzir a cabeça nas carcaças dos animais mortos. outra ave denominada ‘águia’ é o abutre grifo, cujo hábito de pousar nas mais altas elevações dos penhascos se acha exatamente descrito em Jr 49.16 e Jó 39.27 a 30. Nesta última passagem, ‘seus olhos a avistam de longe’, há uma referência ao quase incompreensível alcance de vista do abutre. Quando um animal cai morto ou ferido no deserto, contam os viajantes que dentro de um espaço de tempo pequeníssimo aparecem estas aves sobre ele, sendo certo que um minuto antes nem uma se via. Uma simples carcaça torna-se, desta maneira, o chamariz de uma multidão de aves de presa (Mt 24.28). A força da ave e o seu vôo rápido acham-se mencionados em Jr 4.13 e os 8.1. No Sl 103.5 há uma referência à sua longevidade e aparente rejuvenescimento. o seu cuidado de mãe, a que se faz alusão em Dt 32.11,12, especialmente no ato de encorajar os filhinhos nas primeiras tentativas de vôo, é muito característico da classe de aves a que a águia pertence. Como a águia voa a grande altura, parecendo aproximar-se do céu, tem sido tomada como um emblema de S. João pelo penetrante e profundo conhecimento das verdades divinas, que se nota nos escritos deste apóstolo. A águia de ouro e a águia imperial são ambas muito conhecidas na Palestina, ainda que não tanto como o abutre grifo, e são principalmente vistas nos vales de rocha e nas alturas de cordilheiras raramente visitadas. o quebrantoso de Lv 11.13 e Dt 14.17, ou abutre barbudo, tem esse nome pelo fato de levar consigo até às maiores alturas os ossos cheios de medula, deixando-os depois cair sobre as pedras para quebrá-los. Uma conhecida tradição afirma que o poeta Ésquilo encontrou inesperadamente a morte pelo fato de uma destas aves ter deixado cair sobre a sua cabeça calva uma tartaruga, julgando que fosse uma pedra. outras águias que se vêem na Terra Santa são a águia morena, a águia de Bonelli e a águia de garras curtas – esta última é a mais comum, alimentando-se de répteis, que ali são notavelmente abundantes.

  • aguilhão

    Uma grande vara para conduzirgado, tendo numa das extremidades um ferro de ponta aguçada (Jz 3.31 – 1 Sm 13.21 – Ec 12.11). Em At 26.14 a frase ‘Dura coisa é recalcitrares contra os aguilhões’ é uma expressão proverbial muito vulgar em grego e latim, para mostrar que é vã a resistência quando o poder é grande.

  • agur

    hebraico: cobrador ou colecionador

  • ahavat israel

    Amor ao próximo; um dos preceitos fundamentais da Torá: “Ame ao teu próximo como a ti mesmo”.

  • ahi

    hebraico: irmão de Jeová

  • ai

    Montão. 1. Cidade de Canaã, que já existia no tempo de Abraão (Gn 12.8). Foi a segunda cidade que israel conquistou e totalmente destruiu, depois de ter atravessado o Jordão (Js 7,8,9,10, 12). ‘os homens de Betel e Ai’, em número de 223, voltaram do cativeiro com Zorobabel (Ed 2.28). Aiate, por onde Senaqueribe passou na sua marcha sobre Jerusalém, e Aia, são outras formas de Ai (is 10.28 – Ne 11.31). 2. Cidade dos amonitas (Jr 49.3).

  • aiã

    fraternal

  • aiai

    hebraico: Narinas, narigudos

  • aiam

    hebraico: irmão da mãe ou amigo da nação

  • aião

    irmão da mãe

  • aias

    irmão do SENHoR. 1. Sacerdote do Senhor em Silo. A arca de Deus estava sob o seu cuidado – ele trazia a estola e inquiria do Senhor por meio da arca (1 Sm 14.18). Provavelmente é o mesmo que Aimeleque em 1 Sm 21: eram filhos de Aitube (1 Sm 14.3 – 22.9). Era Aimeleque irmão do rei. 2. Filho de Bela (1 Cr 8.7), e que se pensa ser a mesma pessoa que Aoá (1 Cr 8.4). 3. Filho de Jerameel (1 Cr 2.25). 4. Um dos valentes de Davi (1 Cr 11.36). 5 Levita do reinado de Davi, que tinha a seu cargo os tesouros da casa de Deus, e, também, os das coisas sagradas (1 Cr 26.20. Ed. R.C.). Na E.R.A. não consta o nome Aías. 6. Um dos príncipes de Salomão (1 Rs 4.3). 7. Profeta de Silo (1 Rs 14.2), chamado por isso o silonita (1 Rs 11.29), nos dias de Salomão, e de Jeroboão, rei de israel. Existem dele duas notáveis profecias. A primeira diz respeito a Jeroboão – anuncia-lhe que dez tribos separar-se-iam de Salomão como castigo da idolatria deste rei, e seria para ele transferido o reino. Esta profecia chegou ao conhecimento de Salomão, e Jeroboão, a fim de salvar a vida, teve de fugir para junto de Sisaque, rei do Egito, onde permaneceu até à morte do rei de israel (1 Rs 11.29 a 40). A segunda profecia acha-se em 1 Rs 14.6 a 16, e foi dirigida à mulher de Jeroboão, que, sob disfarce, tinha vindo saber notícias de seu filho Abias, que estava doente. Aías predisse a morte do menino, bem como a destruição da casa de Jeroboão, por causa de sua idolatria – e também anunciou o cativeiro de israel para além do rio Eufrates. 8. Pai do rei Baasa (1 Rs 15.27, 33). 9. Um dos chefes do povo que selaram o convênio com Neemias (Ne 10.26).

  • aias ou ahiyah

    amigo de D’us

  • aiate

    hebraico: monte de ruína

  • aibe

    hebraico: gordura

  • aican

    hebraico: irmão do inimigo

  • aicão

    Meu irmão se levantou. Quando Safa, o escriba, trouxe ao rei Josias o Livro da Lei que Hilquias, o sumo sacerdote, tinha achado no templo, foi Aicão mandado pelo rei com outros delegados consultar a profetisa Hulda (2 Rs 22). Quando, no reinado de Jeoaquim, os sacerdotes e profetas acusaram o profeta Jeremias perante os príncipes de Judá de ter feito arrojadas declarações sobre os pecados da nação, Aicão usou da sua influência para proteger o profeta (Jr 26.24). o seu filho Gedalias foi nomeado governador de Judá por Nabucodonosor, rei da Babilônia, e a ele Jeremias foi entregue, quando saiu da prisão (Jr 39.14 e &lt -l0.5).

  • aida

    Prosperidade, felicidade

  • aide

    Independência e ousadia

  • aiezer

    irmão do auxilio

  • aiin

    décima sexta letra do alfabeto hebraico

  • aija

    hebraico: irmão de Jeová

  • aijalom

    Lugar de gazelas. 1. Cidade dos coatitas (Js 21.24), dada à tribo de Dã (Js 19.42) – todavia, a tribo foi incapaz de desapossar os amorreus daquele lugar (Jz 1.35). Aijalom foi uma das cidades fortificadas pelo rei Roboão (2 Cr 11.10), durante os seus conflitos com o novo reino de israel – e a última notícia que temos dessa povoação é que os filisteus a tomaram e habitaram. A cidade tem sido identificada fora de dúvida, com a moderna Yalo, um pouco ao norte da estrada de Jafa e cerca de 23 km distante de Jerusalém. Está situada na encosta de um extenso monte, que forma o limite sul do belo vale das searas de trigo, e que agora tem o nome de Merj ibn”Amir – parece, pois, não haver razão para duvidar d e que esse é o antigo vale de Aijalom, onde se deu a derrota dos cananeus (Js 10.12). 2. Lugar de Zebulom, mencionado como sepultura de Elom, um dos juizes (Jz 12.12).

  • aijelete-has-saar

    hebraico: corça da aurora.

  • aijolon

    lugar de gazelas

  • ailate

    hebraico: fortaleza

  • ailude

    irmão do que nasceu

  • aim

    fonte-olho

  • aimã

    irmão da duvida

  • aimaás

    Meu irmão está irado. 1. Pai damulher de Saul, Ainoã (1 Sm 14.50). 2. Filho de Zadoque, sacerdote no reinado de Davi. Quando Davi fugia de Jerusalém por causa da rebelião de seu filho Absalão, aconteceu que Zadoque e Abiatar, acompanhados de seus filhos, levaram a arca, de Deus na sua intenção de irem com o rei. Mas Davi ordenou-lhes que voltassem para a cidade, o que eles fizeram, bem como Husai (2 Sm 15). Em virtude de certa combinação, Husai, fazendo-se amigo de Absalão, deu um conselho diferente do de Aitofel e disse a Zadoque e a Abiatar alguma coisa do que se passava no palácio, para que fosse levado um aviso a Davi por Aimaás e Jônatas, que tinham ficado em En-Rogel, fora dos muros da cidade (2 Sm 17.17). o que depois se sabe de Aimaás está em relação com a morte de Absalão às mãos de Joabe e seus escudeiros. Aimaás questionou com Joabe, para que lhe fosse permitido levar a Davi a notícia do fato. Joabe, que era amigo de Aimaás, sabendo quão doloroso seria para o pai o conhecimento da morte do filho, não acedeu ao seu pedido, mas mandou um etíope em seu lugar. Já depois de ter partido o etíope, tornou novamente Aimaás a insistir com Joabe para que lhe fosse concedido ir levar a notícia a Davi, sendo por fim atendido. Correndo por atalhos, Aimaás chegou antes do etíope à presença de Davi, e informou o rei da vitória alcançada sobre os revoltosos, mas não mencionou a morte de Absalão. Deixou ao etíope, com uma esperteza oriental, a desagradável missão de dar essa notícia (2 Sm 18). 3. Um dos oficiais de Salomão, o qual tinha a seu cargo o abastecimento da casa do rei durante um mês em cada ano. Era genro do rei, pois tinha casado com sua filha Basemate (1 Rs 4.15).

  • aimaas (z)

    hebraico: meu irmão está irado ou irascível

  • aimaaz

    irmão da ira

  • aimas

    hebraico: irascível

  • aime

    Aquela que é amada e apreciada

  • aimee

    Aquela que é amada e apreciada

  • aimeleque

    irmão do rei

  • aimote

    irmão da morte

  • ainadabe

    irmão da liberdade

  • ainas

    hebraico: resposta do Senhor

  • ainoã

    Meu irmão é gracioso. 1. Mulher de Saul, primeiro rei de israel (1 Sm 14.50). 2. Uma mulher de Jezreel, que veio a ser mulher de Davi, quando este andava errante (1 Sm 25.43) – com esta e com a outra sua mulher Abigail foi Davi à corte de Aquis, rei de Gate (1 Sm 27.3). Foi mãe de Amnom, o filho mais velho de Davi (2 Sm 3.2).

  • aio

    Pedagogo; aquele que ministra; preceitos ou instrução

  • airá

    irmão do mal

  • airão

    meu irmão (Deus) é excelso

  • aisa

    hebraico: irmão da aurora

  • aisaar

    irmão da alva

  • aisameque

    irmão de ajuda

  • aisar

    irmão do canto

  • aitofel

    irmão de loucura. Um gilonita,conselheiro de Davi – a reputação de Aitofel era tão alta que as suas palavras tinham a autoridade de um oráculo divino. Se, como se pode depreender de 2 Sm 23.34, em comparação com 11.3, era ele avô de Bate-Seba, talvez fosse a queda da neta que o levou a aderir à revolta de Absalão, sendo por, este mandado chamar no princípio da conjuração (2 Sm 15.12). Para mostrar ao povo que o rompimento entre Absalão e o pai era irreparável, aconselhou Aitofel ao rebelde que tomasse posse do harém real (2 Sm 16.21). Com o fim de contraditar os seus conselhos, mandou Davi que Husai fosse para junto de Absalão. Aitofel tinha recomendado que Davi fosse imediatamente atacado, mas Husai aconselhou a demora, tendo em mira enviar especial aviso a Davi, e assim dar-lhe tempo de reunir as suas tropas para um decisivo combate. Quando Aitofel viu que prevalecia o conselho de Husai, caiu em desespero, e, voltando para sua casa, pôs as suas coisas em ordem e enforcou-se (2 Sm 17). Tem sido notado que é este o único caso de suicídio, mencionado no Antigo Testamento (não se falando em atos guerreiros), assim como o de Judas é o único caso do Novo Testamento.

  • aitube

    hebraico: meu irmão é bondade, filho de benevolência, ou irmão da formosura

  • aitude

    bom irmão

  • aiude

    irmão de judeu

  • ajalom

    hebraico: um grande carneiro

  • ajelet-sanar

    hebraico: veado da aurora, ou corça da manhã

  • alabastro

    *veja Mt 26.7; Mc 14.3; Lc 737 – as passagens que descrevem o caso de ter uma mulher derramado o precioso bálsamo, contido num vaso de alabastro, sobre a cabeça do Salvador. os antigos consideravam o alabastro (espécie de mármore branquíssimo – carbonato de cálcio), como o melhor material para conservar os seus ungüentos. A forma usual desses frascos era redonda, bojuda no fundo, terminando para cima num estreito gargalo, que era cuidadosamente selado. Na narrativa de S. Marcos diz-se que a mulher quebrou a redoma, antes de derramar o ungüento. isto apenas significa a quebra do selo ou do gargalo; :mas também pode querer dizer que o vaso foi destruído para não tornar a ser usado.

  • alabe

    lugar fértil

  • alafe

    primeira letra do alfabeto hebraico: um ou mil quando recebe dois pontos iguais a rema.

  • alai

    oh, Deus

  • alaide

    Princesa da terra, de linhagem nobre

  • alameleque

    carvalho do rei

  • alamete

    hebraico: vigor de juventude

  • álamo

    Na passagem em que esta palavra ocorre (Gn 30.37), a primitiva vem de uma raiz que significa ‘coisa branca’. o álamo branco é comum na Palestina, e preenche as condições do texto da Escritura em que esse nome se encontra. Era plantada em virtude da sua sombra, e usava-se a madeira para utensílios de casa. Varas descascadas do álamo foram postas por Jacó diante do rebanho de Labão (Gn 30.37). A árvore mencionada em Gn 30.31 não nasce no sítio indicado – provavelmente a palavra empregada significa amendoeira.

  • alamote

    voz de virgens

  • alan

    Aquele que é belo, gracioso e agradável

  • alarde

    Ostentação, aparato.

  • alarido

    Gritaria; algazarra

  • alaúde

    instrumento de canta, semelhante à viola. É a tradução da vulgar palavra hebraica nebel. Nebel é a maior parte das vezes traduzido pelo termo saltério. As cordas eram tocadas com os dedos (is 5.12 – 14.11 – Am 5.23 – 6.5). (*veja Música.)

  • albuquerque

    Carvalho branco

  • alçadas

    Levantadas; erguidas.

  • alcadema

    campo de sangue

  • alçar

    Suspender; elevar; erguer

  • álcimo

    elevado por Deus

  • alefe

    1a. letra do alfabeto hebraico, boi

  • aleivoso

    Caluniador; fraudulento

  • aleixo

    Defensor

  • aleluia

    Forma grega na versão dos Setenta para a palavra composta do hebreu Hallelujah, ‘louvai ao Senhor’. Acha-se o vocábulo da versão dos Setenta nos salmos 105, 106, e outros, traduzidos da Vulgata Latina. Em outras traduções vem o significado ‘louvai ao Senhor’, e na margem – Aleluia. Adaptação da palavra hebraica no culto cristão é devida ao seu uso no Ap 19.1 a 7. Já no 4º. século era o termo Aleluia reconhecido como uma exclamação cristã de alegria e de vitória. os aleluias tinham um lugar especial nas primitivas liturgias da igreja oriental e ocidental.

  • alema

    hebraico: esconderijo

  • aleme

    hebraico: um esconderijo

  • alemete

    lugar coberto

  • alexandre

    Auxiliador dos homens. Cincopessoas com este nome, que era vulgar, acham-se mencionados no N.T. 1. Filho de Simão, o cireneu, que foi compelido a levar a cruz de Jesus (Mc 15.21). 2. Um parente de Anás, sumo sacerdote, o qual era membro diretor do Sinédrio em Jerusalém, quando Pedro e João foram presos e levados àquele tribunal (At 4.6). 3. Um judeu de Éfeso, a quem os seus compatriotas impeliram para diante durante o tumulto, provocado por Demétrio, ourives de prata (At 19.33). 4. Um convertido que tinha abandonado a sua fé, e que Paulo entregou a Satanás (1 Tm 1.19, 20). 5. Um latoeiro que fez muito mal a Paulo, e que havia resistido às suas palavras (2 Tm 4.14) – talvez este indivíduo seja o mesmo do número 3.

  • alexandria

    Cidade edificada sobre o delta do rio Nilo, fundada por Alexandre Magno, rei da Macedônia, 332 a.C., para ser a metrópole do seu império ocidental. Desde o princípio foi misturada a sua população – chamava-se a região dos judeus um dos três bairros em que se dividia a cidade. Depois da tomada de Jerusalém removeu Ptolomeu i um considerável número dos seus cidadãos para Alexandria. Muitos outros judeus, por sua própria vontade, os seguiram, e com estas e outras imigrações foi a colônia judaica rapidamente aumentada. Mais tarde, quando a cidade de Alexandria caiu sob o domínio de Roma, Júlio César e Augusto confirmaram os privilégios de que os israelitas gozavam antes daquele acontecimento. Eles eram representados por um funcionário seu, e Augusto estabeleceu um Conselho ‘para superintender nos negócios dos judeus’, segundo as próprias leis judaicas. Por algum tempo a igreja judaica em Alexandria conservou-se numa estreita dependência da de Jerusalém, reconhecendo ambas o sumo sacerdote como seu chefe religioso – mais tarde, porém, separaram-se. A versão do A.T. em grego (conhecida como dos Setenta, pelo fato de terem sido os tradutores setenta judeus de Alexandria), fortaleceu a barreira de linguagem entre a Palestina e o Egito – e o templo de Leontápolis (161 a.C.), que sujeitava os judeus do Egito às despesas provenientes do cisma, alargou mais a ruptura na família israelita. Todavia, no princípio da era cristã, os judeus do Egito contribuíram ainda para o serviço do templo de Jerusalém, que apesar de tudo era a cidade santa e a cidade-mãe da raça judaica. Segundo Eusébio, foi Marcos quem primeiramente pregou o Evangelho no Egito e fundou a primeira igreja de Alexandria. Pelo fim do segundo século era Alexandria um importante centro de influência e instrução cristãs. A sua escola de catequização era altamente distinta. o mais antigo dos seus mestres, mencionado pelo historiador Eusébio, foi Panteno, cerca do ano 180. Clemente e orígenes foram os mais famosos dos seus sucessores, embora Ário, o autor da heresia ariana, também tivesse sido, segundo Teodoreto, um dos principais doutrinadores. As referências do Novo Testamento a Alexandria acham-se em At 6.9 – 18.24 – 27.6 e 28.11.

  • alexandrino

    Defensor do homem

  • alfa

    A primeira letra do alfabeto grego, sendo Ômega a última. A frase ‘Eu sou o Alfa e o Ômega’ vem no Ap 1.8 e 21.6, como expressão do Senhor. originariamente uma forma expressiva da perfeição, teve depois especial aplicação à eternidade e onipresença de Deus, pois é do supremo Ente que têm origem todas as coisas, e para o qual todas as coisas tendem. Frases de significação semelhante se encontram em is 41.4 – Rm 11.36 – 1 Co 8.6 – e Hb 2.10. No Ap 22.13 é transferido o título para Jesus glorificado, revelador e realizador do divino plano de redenção, em quem está o ‘Sim’ e o ‘Amém’, a confirmação e cumprimento de todas as promessas de Deus (2 Co 1.20 – *veja também Jo 1.3 – 1 Co 8.6 – Cl l. 15, 17 – Hb 1.2,3).

  • alfa e ômega

    Termo para Deus e Jesus encontrado apenas no Apocalipse. Alfa e Ômega são as primeiras letras do alfabeto grego. O termo significa que Deus é eterno e soberano. (Apocalipse 1:8)

  • alfarroba

    É o fruto da alfarrobeira. Esta árvore tem folhas escuras e brilhantes, e produz vagens grandes, sendo estes frutos pisados para alimento de gado e porcos os pobres também os empregam na alimentação, e acham-nos muito nutritivos. É a este fruta que se refere a parábola do Filho Pródigo, em Lc 15.16.

  • alfinete

    enfeite

  • alforje

    Um saco que os viajantes usam para levar dinheiro e mantimento para a jornada. Era feito de diversos materiais, geralmente pele ou couro, e estava preso à cintura (1 Sm 17.40 – Mt 10.10 – Lc 12.33 a 36). (*veja Bolsa.)

  • algoz

    Carrasco, pessoa cruel, desumana.

  • alia

    hebraico: sublime

  • aliança

    Concerto, pacto. Era um contrato, ou convenção que solenemente se realizava entre homem e homem, ou entre homem e Deus. Exemplos do primeiro caso ocorrem em Gn 21.27, e 31,44,45 – Js 9.6 a 15. o concerto entre Deus e o homem de tal modo predomina nas Escrituras que definitivamente se deu ao Cânon já completo os títulos do Antigo Testamento (isto é, a antiga aliança), e Novo Testamento. l. o Antigo Testamento. A palavra ‘aliança’ é usada, primeiramente, falando-se das promessas de Deus a Noé (Gn 6.18 – 9.9 a 16) – mas o fato característico de um pacto entre Deus e o Seu povo escolhido, israel, principia em Abraão, com as promessas a este feitas nos caps. 12 a 15 do Gênesis, ratificadas por solene concerto ritual, sempre repetidas e ampliadas (Gn 17.19 e 22.16). Da parte de Abraão se manifestava a fé (15.6) e a obediência (17.1,9 : 22.16). Conforme ao estabelecido nessa aliança, começa a narração do Êxodo, assentando que Deus ‘lembrou-se da sua aliança com Abraão, com isaque e com Jacó’ (Êx 2.24). A promulgação da Lei no monte Sinai foi preparada com a recordação de ter Deus libertado israel, e com as promessas de outras bênçãos sob condição de obediência. Moisés escreveu todas as palavras do Senhor’ no ‘Livro do Concerto’, e depois dos sacrifícios expiatórios leu-o diante do povo, que respondeu: ‘Tudo o que falou o Senhor, faremos, e obedeceremos’ – e depois disto ele aspergiu o povo com ‘o sangue da aliança’ (Êx 19.4 a 6 e 24.4 a 8). É a este pacto que geralmente se fazem referências por todo o A. T., e em notáveis declarações do N.T. As tábuas da Lei foram, mais tarde, colocadas na ‘Arca da Aliança’, que era considerada como símbolo do SENHoR, e lugar da Sua manifestação (Êx 25.21, etc.). E assim como ‘comer do sal de qualquer homem’ significava um penhor de amizade, assim ‘o sal da aliança’ devia ser acrescentado a toda a oferta de manjares, como lembrança santa dos sagrados laços entre Deus e o Seu povo escolhido (Lv 2.13 – *veja Nm 18.19 – 2 Cr 13.5). o pacto de uma perpétua realeza na descendência de Davi (2 Sm 23.5) acha-se consignado em 2 Sm 7. As referências que no A.T. se fazem à Aliança estabelecida entre Deus e o Seu povo são abundantes, com a declaração de que houve quebra da parte dos israelitas, que se esqueceram do concerto, transgredindo as determinações divinas. Todas estas incriminações culminam na grande profecia de Jr 31.31 a 34, que anuncia ‘uma nova aliança’, não somente exigindo obediência, mas criando aquele poder de amor, cuja lei deve estar escrita no coração. No cumprimento desta profecia passamos da antiga aliança para a nova. 2. A Nova Aliança (para o sentido da palavra testamento, *veja Testamento). Segundo a mais antiga narração da instituição da Santa Ceia, Jesus disse: ‘Este cálice é a Nova aliança no meu sangue’ (1 Co 11.25 – *veja Mt 26.28 – Mc 14.24 – Lc 22.20). Há, aqui, uma referência ao Êxodo(24.8) – Jesus ia criar uma nova relação entre Deus e os homens, fundada como a antiga sobre o sacrifício, o sacrifício de Si próprio. No desenvolvimento desta verdade, nos escritos do N.T., os apóstolos concentram de um modo natural todo o poder da nova aliança no sangue de Cristo (Rm 3.25 – Ef1.7 – Hb 9.14 – 1 Pe 1.19 – 1 Jo 1.7 – Ap 1.5, etc.). o pensamento da própria aliança é proeminente em 2 Co 3.6 – Gl 3.15, e especialmente em Hb 8.10 e 12.24 e 13.20. *veja na palavra Testamento outros pontos de vista.

  • alianças

    Abraão fez uma aliança com osrégulos de Canaã (Gn 14.13), e com Abimeleque (Gn 21.22). A última foi renovada por isaque (Gn 26.26). Todavia, quando o povo israelita se estabeleceu em Canaã, era-lhe proibido efetuar alianças com as nações circunvizinhas – esta ordem divina tinha por fim evitar que o povo escolhido se corrompesse com a idolatria dos povos confinantes. Esta proibição, mais tarde, não foi respeitada. Salomão contraiu alianças com Hirão, rei de Tiro, e com Faraó, rei do Egito. o rei de israel teve em vista, por meio da aliança com Hirão, obter materiais e operários para a construção do templo, bem como construtores de navios, e marinheiros. A aliança com o rei do Egito deu a Salomão o monopólio do negócio de cavalos e outros produtos daquele país. As dissidências entre Judá e israel, e as relações destes países com c Egito e as monarquias da Assíria e Babilônia conduziram aqueles povos a numerosas alianças e contra-alianças. Vide os livros dos Reis e das Crônicas, assim como trechos de isaías, Ezequiel e Jeremias. Vários ritos religiosos eram executados quando se realizava uma aliança. A vítima do sacrifício era morta e dividida em duas partes, entre as quais passavam as pessoas interessadas, pedindo-se, nessa ocasião, a maldição de semelhante despedaçamento para aquele que quebrasse os termos da aliança. Este costume vigorou por longo período de tempo (Jr 34.18). Geralmente falando, o juramento só é mencionado no ato de contrair alianças, quer entre nações (Js 9.15), ou entre indivíduos (Gn 26.28 – 31.53 – 2 Rs 11.4). o acontecimento era celebrado com uma festa (Êx 24.11 – 2 Sm 3.12 a 20). o sal, como símbolo de fidelidade, era usado nestas ocasiões, aplicado aos sacrifícios – e vem deste uso a expressão ‘aliança de sal’ (Nm 18.19 – 2 Cr 13.5). Levantou-se uma coluna em memória da aliança entre Labão e Jacó (Gn 31.52). Eram também enviados presentes pela parte que solicitava a aliança (1 Rs 15.18 – is 30.6). os judeus atribuíram sempre grande importância ao fato de serem fiéis aos seus compromissos (Js 9.18). A ira divina caía sobre os que os violavam (2 Sm 21.1 – Ez 17.16).

  • aliciar

    Seduzir; atrai

  • alienação

    Desinteresse; que está alheio a tudo.

  • alienado

    Louco, doido, desvairado.

  • alienar

    Transferir para outro o domínio de; desviar; afastar

  • alimárias

    Animais selvagens

  • alimas

    hebraico: um esconderijo

  • alimentação imunda

    A Lei de Moisés prescrevia exatas indicações, quanto ao alimento que se podia ou que não se podia comer. o que se podia comer era ‘limpo’ – o que a Lei proibia comer era ‘imundo’. o intuito da distinção era a separação dos hebreus como povo particular do SENHoR (Lv 11.43 a 47 – 20.24 a 26). A visão de Pedro, antes da recepção dos convertidos gentios, adapta-se a esta maneira de ver (At 10.12). A lei sobre as iguarias aplicava-se a todo o povo, e não, como acontecia em outros países em que havia restrições semelhantes, a uma classe ou a certas classes somente. Aquelas prescrições, inteiramente expostas em Lv11 e Dt 14.3 a 21, concordam, como há muito tempo o disse Cirilo, um dos Pais da igreja, com os nossos naturais instintos e observações, embora o costume (como no caso do uso da carne do porco) possa vencer a natural repugnância. Pode ser, porém, que muitas restrições tenham sido feitas com o fim de evitar a comida de qualquer coisa que os pagãos consideravam sagrada. A natureza preparatória das determinações a respeito de comidas limpas ou imundas, e a respeito da impureza do homem, acha-se claramente indicada na epístola aos Hebreus, cap. 9.9,10. (*veja Alimento, impureza.)

  • alimento

    o alimento de origem vegetal é muito mais comum entre os orientais, do que o de origem animal. Em lugar de manteiga, banha de porco, e gordura, fazem uso do azeite. Uma sopa de favas e lentilhas, temperada com alho e azeite, é um prato favorito. ovos, mel, leite, e especialmente o leite azedo, e os diversos produtos das hortas, fornecem os principais elementos para as refeições no oriente. o prato mais comum consta de arroz cozido com carne, feito à maneira de sopa, dando-se-lhe uma cor azul, vermelha ou amarela. o alimento animal era reservado, o mais possível, para ocasiões especiais (Gn 18.7 – Lc 15.23). Certos animais provenientes da caça, bem como a vaca, o novilho, a ovelha e o cabrito são carnes apreciadas no oriente. É costume servir em uma só refeição o animal por inteiro. o peixe é um gênero de alimento muito estimado. Entre os egípcios os alimentos mais em uso são os melões, os pepinos, as cebolas, a chicória, as beldroegas, os rabanetes, as cenouras, os alhos e os alhos porros. o leite de cabra entra em grande parte nas refeições do oriente desde o princípio de abril até setembro, e o de vaca durante os outros meses. A carne assada é quase limitada às refeições das pessoas ricas. os hebreus comiam grandes quantidades de pão. Algumas vezes também se comiam as espigas verdes de trigo, sendo esfregadas com as mãos (Lv 23.14 – Dt 23.25 – 2 Rs 4.42 – Mt 12.1 – Lc 6.1). Todavia, eram com mais freqüência tostados os grãos ao lume numa caçarola (Lv 2.14), e comidos como trigo seco. Era comum esta espécie de alimento entre trabalhadores do campo (Lv 23.14 – Rt 2.14 – 1 Sm 17.17 – 25.18 – 2 Sm 17.28). Algumas vezes era pisado o grão, e seco ao sol – então se comia, ou temperado com azeite, ou transformada a massa num bolo mole (Lv 2.14,15,16 – Nm 15.20 – 2 Sm 17.19 – Ne 10.37 – Ez 44.30). A fruta que servia de alimento eram os figos secos, e na forma de bolos (1 Sm 25. 18) – as uvas em estado de passas (1 Cr 12.40), mas algumas vezes servidas dentro de bolos (2 Sm 6.19) – as romãs (Ct 8.2 – Ag 2.19) – as avelãs – e as amêndoas (Gn 43.11). os pepinos (Nm 11.5 – is 1.8) e a alface (Êx 12.8 – Nm 9.11) devem ser postos na lista dos vegetais, usados na Palestina, em adição à lista acima referida, como constituindo o sustento dos egípcios. os hebreus deitavam na sua comida um grande número de condimentos: o cominho, o endro, o coentro, a hortelã, a arruda, a mostarda, e sal. Era-lhes proibido, sob pena de morte, alimentarem-se de sangue de animais (Lv 3.17 – 7.26 – e 19.26 – Dt 12.16 – 1 Sm 14.32 – Ez 44.7, 15), sobre o fundamento de que o sangue continha o princípio da vida, e devia, por isso, ser oferecido sobre o altar (Lv 17.11 – Dt 12.23). Também não podiam comer aquelas reses que morriam de morte natural (Dt 14.21), ou tivessem sido despedaçadas pelas feras (Êx 22.31), bem como as aves e outros animais, que a Lei considerava impuros (Lv 11, e Dt 14. 4). os cristãos não deviam comer a carne daqueles animais que eles sabiam terem sido oferecidos aos ídolos (At 15.29 – 21.26 – 1 Co 8.1), para que não parecesse isso um ato de idolatria. Mas era-lhes permitido comer a carne, comprada nos mercados públicos, ou que era servida em jantares de festa, não devendo fazer perguntas sobre a proveniência desse alimento (1 Co 10.25 a 27). os convertidos africanos, em nossos dias, são orientados de modo semelhante.

  • alina

    Agulha

  • aljava

    o receptáculo em que se levavamas setas (Js 39.23). Usa-se metaforicamente em Sl 127.6. E em Gn 27.3 é possível que se trate de uma espada ou outra arma, suspensa do ombro.

  • alma

    O termo “alma” é a tradução do hebraico nephesh. Em Gênesis 2:7, o termo denota o homem como um ser vivente depois que o fôlego de vida penetrou no corpo físico, formado com os elementos da terra.  Nephesh enfatiza a individualidade existente em cada ser vivente e não representa parte de uma pessoa; é a própria pessoa, sendo, em muitos casos, traduzido exatamente como ‘pessoa’ (Gn 14:21; Nm 5:6; Dt 10:22; cf. Sl 3:2) ou “eu” (a própria pessoa) (Lv 11:43; 1Rs 19:4; Is 46:2). O uso do termo grego psuche em o Novo Testamento é similar àquele de nephesh no Antigo. O corpo e a alma existem em conjunto; ambos formam uma união indivisível. A alma não tem existência consciente separada do corpo. Não existe qualquer texto que indique a possibilidade de a alma sobreviver ao corpo, mantendo-se como entidade consciente.

  • almata

    Hangamatana, cidade da Média, hoje chamada Hamadã, no Irã. Imenso.

  • almejada

    Desejada ardentemente, com ânsia.

  • almodá

    o agitador

  • almodade

    hebraico: agitador

  • almom

    hebraico: escondido no pé de figo

  • almon-diblataim

    hebraico: coisa escondida no pé de figo

  • almude

    talho

  • aloés

    o aloés da Escritura não tem relação com a florida planta dos jardins modernos, mas representa uma madeira odorífera, que desde tempos remotos foi empregada no oriente para fins sagrados e comuns. Nas passagens: Sl 45.8, Ct 4.14, e Pv 7.17, está o aloés juntamente com mirra como perfumes agradáveis e atraentes – uma só vez se acham mencionados no N.T. em conexão com o enterro de Jesus, em que tomaram parte José, de Arimatéia e Nicodemos (Jo 19.39).

  • alom

    carvalho

  • alom-bacute

    carvalho do choro

  • alongaste

    Tornar longo ou mais longa

  • alosna

    Nome comum a várias plantas compostas, uma das quais é o absinto

  • alote

    subida-altura

  • alparca

    Tipo de sandália que se prendeao pé por tiras de couro ou de pano amarradas, bastante utilizado na época de Jesus.

  • alparcas

    tipo de sandálias – sapato

  • alpendre

    Cobertura saliente duma só água em geral à entrada de um prédio

  • alqueire

    A palavra grega, traduzida por alqueire (Mt 5.15), significa aquela medida, a que se faz referência em Gn 18.6 – Mt 13.33 – e Lc 13.21, e que era a terça parte de um efa (effi), a medida padrão.

  • altaneiro

    Que voa bem alto; soberbo

  • altar

    Vem da palavra latina ‘altus’, echamava-se assim por ser coisa construída em elevação, empregando-se para sacrifícios e outros oferecimentos. A significação mais usual da palavra hebraica e grega é ‘lugar de matança’. Duas outras palavras em hebraico (Ez 43.15), e uma em grego (At 17.23), traduzem-se pelo termo ‘altar’, mas pouca luz derramam sobre a significação da palavra. Depois da primeira referência (Gn 8.20), estão relacionados os altares com os patriarcas e com Moisés (Gn 12.7, 22.9, 35.1,1 – Êx 17.15, 24.4). As primeiras instruções com respeito ao levantamento de um altar, em conexão com a Lei, acham-se em Êx 20.24,25. Devia ser de terra, ou de pedra tosca, e sem degraus. Havia dois altares em relação com o tabernáculo, um no pátio exterior, e outro no Santo Lugar. o primeiro chamava-se altar de bronze, ou do holocausto, e ficava em frente do tabernáculo. Era de forma côncava, feito de madeira de acácia, quadrado, sendo o seu comprimento e a sua largura de sete côvados, e a altura de três côvados – estava coberto de metal, e provido de argolas e varais para o fim de ser transportado nas jornadas do povo israelita pelo deserto. Em cada um dos seus quatro cantos havia uma saliência, a que se dava o nome de ponta. Não havia degrau, mas uma borda em redor para conveniência dos sacerdotes, enquanto estavam realizando o seu trabalho. Pois que os sacrifícios eram oferecidos neste altar, a sua situação à entrada do tabernáculo era para o povo de israel uma significativa lição de que não havia possível aproximação de Deus a não ser por meio do sacrifício (Êx 27.1 a 8 – 38.1). o altar do incenso ficava no Santo Lugar, mesmo em frente do véu, que estava diante do Santo dos Santos. Era quadrado, sendo o seu comprimento e largura de um côvado, com dois côvados de altura: feito de madeira de acácia, e forrado de ouro puro, tinha pontas em cada canto, e duas argolas de ouro aos dois lados. Ainda que este altar estava colocado no Santo Lugar, tinha ele tal relação com o significado espiritual do Santo dos Santos, que se podia dizer que era pertence deste lugar (Hb 9.3,4). Sobre ele se queimava o incenso de manhã e de tarde, como símbolo da constante adoração do povo (Êx 30.1 a 10 – 40.5 – 1 Ra 6.22 – Sl 141.2). No templo de Salomão o altar de bronze era muito maior do que o do tabernáculo (1 Rs 8.64), e um novo altar do incenso foi também edificado (1 Rs 7.48). o tabernáculo era o santuário central em que Deus podia ser adorado, segundo a maneira divinamente estabelecida – foi proibido a israel ter mais do que um santuário. Mas havia ambigüidade acerca da palavra ‘santuário’, pois empregava-se este termo tanto para casa, como para altar. A casa ou ‘santuário central’ tinha os seus dois altares, mas não estava cada altar em relação com uma casa. Em toda a parte eram permitidos altares, desde o tempo de Moisés em diante (Êx 20.24 a 26), mas somente um santuário (Êx 25.8). o requisito necessário, quanto ao levantamento de altares, era que eles não deviam ter ligação alguma com os altares gentílicos ou os lugares altos (Dt 16.21). Pluralidade de altares era coisa consentida, mas não de casas (Êx 20.24 a 26). A única ocasião em que houve mais de uma casa foi durante as confusões e complicações do tempo de Davi, existindo então dois santuários com dois altares de bronze, um em Gibeom e o outro em Jerusalém (1 Rs 3.2,4,16). Quando o reino se dividiu, estabeleceu Jeroboão os seus próprios santuários em Dã e Betel, a fim de evitar que o povo se dirigisse a Jerusalém, e fosse por isso afastado da submissão ao seu rei. os outros usos do altar eram, ou para memória de algum fato (Js 2L10), ou para servir de asilo em caso de perigo (1 Rs 1.50) – mas isto era excepcional, não destruindo a idéia geral do altar como lugar de sacrifício. No Novo Testamento o emprego do termo altar é muito raro. Em Mt 5.23, a referência é ao altar judaico dos holocaustos. Em 1 Co 9.13 e 10.18, o altar pagão e a Mesa do Senhor são postos em relação e em contraste.

  • altares idólatras

    Lugares de adoração muitas vezes associados às praticas religiosas pagãs, à imoralidade e aos sacrifícios humanos. Depositavam-se objetos religiosos no alto da colina a fim de aplacar (acalmar) os deuses pagãos (Nm. 33.52 “lançareis fora todos os habitantes da terra de diante de vós, e destruireis todas as suas pedras em que há figuras; também destruireis todas as suas imagens de fundição, e desfareis todos os seus altos.”)

  • alteado

    Tornar(-se) mais alto; tornar mais excelente ou mais sublime

  • altercação

    Discutir com ardor; disputa

  • altercar

    Discutir com ardor; provocar polêmicas

  • alternativa

    Opção entre duas coisas.

  • altino

    De estatura fora do comum, descomunal

  • altivez

    Elevado; nobre; digno; orgulhoso; arrogante

  • altivo

    Elevado; brioso; Orgulhoso, arrogante

  • altos

    Lugares de adoração muitas vezes associados a práticas religiosas pagãs, à imoralidade e a sacrifício humano. Objetos religiosos eram postos sobre os montes para agradar aos deuses pagãos

  • altos (lugares altos)

    Lugares de adoração muitas vezes associados às práticas religiosas pagãs, à imoralidade e aos sacrifícios humanos. Depositavam-se objetos religiosos no alto de colinas, a fim de aplacar os deuses pagãos (Nm 33,52). De modo geral, os israelitas eram proibidos por Deus de adorá-lo nesses lugares; ele também ordenou a destruição dessas áreas.

  • altruísmo

    Amor sacrificial e desinteressado pelo próximo, para servi-lo.

  • altruísta

    Pessoa desprendida; que tem amor ao próximo, abnegada.

  • aluado

    Influenciado pela Lua; lunático; amalucado.

  • aludir

    Referir-se, mencionar.

  • alús

    ajuntamento de homens

  • alusão

    Referência indireta, vaga

  • alushe

    hebraico: lugar deserto

  • alva

    A primeira luz do dia

  • amasa

    Portador de carpa. 1. Filho de uma irmã de Davi (2 Sm 17.25). Absalão nomeou-o comandante-chefe do seu revoltoso exército em lugar de Joabe, por quem foi derrotado no bosque de Efraim (2 Sm 18.6 ). Mais tarde Amasa foi perdoado por Davi e nomeado para o lugar de Joabe, que tinha incorrido no desagrado do rei pelo fato de ter matado a Absalão (2 Sm 19.13). Depois disto, Joabe matou traiçoeiramente Amasa, quando fingia saudá-lo (2 Sm 20.10). 2. Um dos chefes dos filhos de Efraim (2 Cr 28.12).

  • amasá

    auxiliado por Deus ou Deus é forte

  • amasa (amasai)

    hebraico: pardo ou fardo

  • amasai

    Portador de carga. 1. *veja 1 Cr 6.25. 2. Chefe dos homens de Judá e Benjamim, que se juntaram a Davi em Ziclague – talvez o mesmo que Amasa (1) (1 Cr 12.18). 3. Um sacerdote que tocava a trombeta diante da arca, quando Davi a levou da casa de obede-Edom (1 Cr 15.24). 4. Um levita mencionado em 2 Cr 29.12.

  • amasias

    o Senhor é forte

  • amassai

    hebraico: pesado

  • amazias

    Fortaleza do SENHoR. l. oitavorei de Judá, que, tendo vinte e cinco anos de idade, sucedeu a seu pai Joás, que tinha sido assassinado pelos seus servos (2 Rs 12 e 14). Declarou guerra aos edomitas, derrotou-os no vale do Sal, ao sul do mar Morto, e tomou-lhes a sua capital, Sela ou Petra g Cr 25). Amazias realizou cerimônias religiosas em honra dos deuses deste último país e por causa deste ato de idolatria principiaram os infortúnios no seu reinado. Foi inteiramente derrotado na batalha de Bete-Semes por Jeoás, rei de israel, a quem tinha provocado, e por quem foi preso e conduzido às portas de Jerusalém, que caiu sem resistência (2 Rs 14.13). No 27º ano do seu reinado foi Amazias assassinado por conspiradores em Laquis, para onde se tinha retirado, fugindo de Jerusalém (2 Cr 26.27). 2. Sacerdote de Betel, que mandou a Jeroboão acusações contra o profeta Amós, e esforçou-se em levá-lo de israel para Judá (Am 7.10 – *veja 1 Rs 12.25 a 33). 3. Um dos ‘filhos de Simeão’, mencionado em 1 Cr 4.34. 4. Um levita (1 Cr 6.46).

  • âmbito

    Contorno, periferia; circunferência, espaço delimitado.

  • amedeo

    Aquele que ama a Deus

  • amém

    Advérbio hebraico, formado de umaraiz, que significa ‘assegurar, firmar’, e por isso é empregado no sentido de confirmar o que outrem disse. Amém – assim seja. 1. No Antigo Testamento aceita e ratifica uma maldição (Nm 5.22 – Dt 27.15 a 26 – Ne 6.13), e uma ordem real (1 Rs 1.36) – e uma profecia (Jr 28.6) – e qualquer oração, especialmente no fim de uma doxologia (Ne 8.6) – e constitui resposta do povo às doxologias, que se acham depois dos primeiros quatro livros de salmos (41.13, 72.19, 89.62, 106.48 – *veja 1 Cr 16.36). Este costume passou dos serviços religiosos da sinagoga para o culto cristão. 2. No Novo Testamento: (a) Emprega-se no culto público (1 Co 14.16). A doxologia e o Amém que fecham a oração dominical em Mt 6.13 são, sem dúvida, devidos ao uso litúrgico da oração. (b) Este modo de responder com Amém generalizou-se, para confirmar orações individuais e de ação de graças (Rm 1.25, 9.6, 11.36 – Gl 6.18 – Ap 1.6,7, etc.) (c) Jesus costumava, de um modo particular, empregar o mesmo termo, quando se tratava de chamar a atenção para assunto de especial solenidade: ‘em verdade vos digo’ (Jo 1.61) ou ‘em verdade, te digo’ (literalmente é Amém), o que ocorre umas trinta vezes em Mateus, treze vezes em Marcos, seis vezes em Lucas, e vinte e cinco vezes no quarto Evangelho. (d) Em 2 Co 1.20 diz-se que se encontram em Cristo as promessas de Deus (Nele está o ‘sim’), e por meio Dele acham a sua confirmação e cumprimento (‘também por Ele é o amém’). No Ap 3.14 o próprio Salvador se chama ‘o Amém, a testemunha fiel e verdadeira’ (*veja is 65.16, liter. ‘Deus de Amém’). o uso da palavra nos serviços da sinagoga cedo foi transportado para os cultos da igreja cristã (1 Co 14.16), e disso fazem menção os Pais, como Justino Mártir, Dionísio de Alexandria, Jerônimo e outros.

  • amêndoa, amendoeira

    A vara de Arão produziu flores e ‘dava amêndoas’ (Nm 17.8). Em Jeremias a expressão ‘vejo uma vara de amendoeira’ (Jr 1.11) é simbólica de pressa, porque a raiz da palavra hebraica, traduzida por amêndoa, significa ‘apressar-se’. Mostra-se ao profeta uma vara de amendoeira para significar que o SENHoR apressará o cumprimento da Sua palavra. Bem cedo no país a amendoeira mostra as suas flores de um branco-rosado, estando em completa florescência na Palestina em janeiro, e os seus frutos aparecem em março ou abril. os copos do castiçal de ouro deviam ser feitos à maneira de amêndoas (Êx 25.33), isto é, segundo o modelo da flor. o ser tomada a amendoeira, quando coberta de flores, como símbolo de avançada idade (Ec 12.5), foi sugerido pelo seu aspecto de nívea alvura, quando observada à distância. As amêndoas que faziam parte do presente mandado por Jacó ao seu desconhecido filho (Gn 43.11), melhor traduzido o termo são as nozes da pistácia, árvore oriunda da Palestina e da Síria, onde é muito cultivada por causa dos seus frutos, que são exportados de Alepo e dos por-tos do Levante. o miolo oleoso da amêndoa serve de sobremesa, e com ele se preparam certos bolos. As amêndoas eram altamente apreciadas pelos antigos, para alimentação e como remédio estomacal: empregavam-se, também, como antídoto para a mordedura das serpentes. Em Ct 6.11 a tradução é ‘jardim das nogueiras’. No presente a nogueira é cultivada nas encostas e nas rampas mais baixas do Líbano e do Hermom, e também nalguns sítios da Galiléia.

  • ametista

    Esta pedra preciosa (espécie de cristal de rocha) era posta no peitoral do sumo sacerdote (Êx 28.19, e 39.12). É mencionada no Ap 21.20, como sendo uma das pedras que adornavam os fundamentos do muro da Jerusalém celestial. A ametista oriental, oriunda da india, é uma jóia rara, muito brilhante, somente em dureza inferior ao diamante, e ordinariamente tem cor de púrpura. A palavra hebraica implica a crença de que usar a pedra era causa de sonhos favoráveis – e a palavra grega dá a entender que era uma proteção contra a embriaguez.

  • ami

    hebraico: meu povo

  • amigo

    Do Latim amicu.
    O que quer bem; favorável; partidário; aliado; afeiçoado; que tem amizade.

  • amijude

    um povo de Judá

  • amilcar

    Graça de Hércules

  • amim

    meu povo

  • amin

    Aquele que é fiel e digno de confiança

  • aminadabe

    o Senhor mostrou-se generoso

  • aminom

    digno de confiança

  • aminon

    digno de confiança

  • amir

    Príncipe, líder nato

  • amirom

    Deus é sublime

  • amisadai

    povo do todo poderoso

  • amitai

    hebraico: fiel

  • amiúde

    hebraico: povo glorioso

  • amiur

    meu povo é nobre

  • ammom

    hebraico: fiel ou patrício

  • amnom

    fiel

  • amom

    o nome de um povo (1 Sm 11.11 – Sl83.7) – mais geralmente amonitas, filhos de Amom. Segundo se lê em Gn 19.38, eles descendiam de Ben-Ami, o filho de L6. os amonitas eram uma raça de terríveis salteadores, tão cruéis que chegavam a vazar os olhos aos seus inimigos (1 Sm 11.2), e rasgavam o ventre das mulheres grávidas (Am 1.13). o território amonita ficava ao oriente do Jordão e nordeste do mar Morto, estando o país de Moabe ao sul. A sua principal cidade era Rabá (2 Sm 11.1 – Ez 2L5 – Am 1.14). Eles nunca obtiveram um palmo de terreno do lado ocidental do rio Jordão, apesar das suas incursões. os israelitas não podiam ver os amonitas, porque estes não os auxiliaram, quando do Egito se dirigiam para Canaã (Dt 23.4), e porque tomaram parte no caso de Balaão (Dt 23.4, e Ne 13.1). A animosidade entre os dois povos continuou em numerosas lutas, de que reza a sua história. Todavia, certa mulher amonita, Naamá, foi uma das mulheres de Salomão, e mãe de Roboão (1 Rs 14.21). o deus da tribo era Milcom (uma semelhança do ídolo Moloque), a abominação dos filhos de Amom (1 Rs 11.5).

  • amonitas

    Descendentes de Ló (Gn 19.38), semíticos, habitantes da região nordeste do mar Morto.

  • amoque

    profundo

  • amor

    inclinação da alma e do coração; objecto da nossa afeição; paixão; afecto; inclinação exclusiva

  • amorável

    Terno, meigo, afável.

  • amoreira

    A amoreira (Lc 17.6) é uma árvore vulgar da Arábia do Norte, incluindo a Palestina, sendo conhecidas duas variedades, a preta e a branca, que nos dão o seu fruto, alimentando-se das suas folhas os bichos-da-seda. A árvore a que se faz referência em 2 Sm 5.23, 24 e 1 Cr 14.14, 15 não é bem a amoreira. Pode ser o sicômoro ou o choupo, de que há quatro espécies na Palestina: a preta, a branca, a lombarda (muito conhecida na Europa), e ainda aquela espécie que guarnece o Jordão, e outros rios do país. o choupo cede naturalmente à ação do vento, tremendo, agitando-se, ao mais leve sopro.

  • amorreu

    montanhês

  • amorreus

    Habitantes das montanhas, serranos. os amorreus ocupavam um lugar importante entre os povos que possuíam a terra de Canaã antes de ser conquistada pelos israelitas. Parece que, primeiramente, fizeram parte da grande confederação dos descendentes de Canaã (Gn 10.16). Mas no espaço que decorreu entre a ida de Jacó para o Egito e o Êxodo eles tinham-se separado dos cananeus, estabelecendo-se fortemente em Jerusalém, Hebrom, e outros lugares importantes ao sul da Palestina – também atravessaram o Jordão, e fundaram os reinos, governados por Seom e ogue (*veja Am 2.9,10). Seom recusou aos israelitas passagem pelo seu território, e saiu a combatê-los – mas foi o seu exército derrotado inteiramente (Nm 21 – Dt 2). Mais tarde, encontramos os cinco chefes ou reis dos amorreus disputando a Josué o território ao ocidente do rio Jordão (Js 10). o povo amorreu mostrou sempre ser gente audaciosa, revelando caráter de guerreiros montanheses. Nada se sabe da sua história depois da conquista de Canaã pelos israelitas.

  • amós

    Condutor de carga. l. Autor do livro que com o seu nome está na coleção dos ‘Doze Profetas’ ou ‘Profetas menores’ – provavelmente a sua profecia é a mais antiga dos escritos proféticos. Quanto ao tempo em que Amós escreveu, como parece que ele exerceu o seu ministério nos reinados de Uzias e Jeroboão ii (1.1), deve ter sido contemporâneo de oséias. A missão de Amós era exercida tendo em vista as dez tribos (7.10 a 13). Todavia, ele não pertencia ao reino de israel, mas habitava em Tecoa, talvez sua terra natal, cidade ao sul de Belém, na orla das grandes pastagens da montanhosa região de Judá. A respeito da sua vida pessoal, era pastor e lavrador (7.14), e não ‘profeta, nem discípulo de profeta’ – quer isto dizer que não tinha sido educado para esta missão, mas foi chamado para profetizar ao povo de israel pela força irresistível de Deus (3.8 – 7.15). A este fato alude o profeta, quando Amazias, o sacerdote idólatra de Betel, o acusou de conspirar contra Jeroboão. A sua primitiva ocupação devia afastar qualquer suspeita de ligação política com a casa de Davi, e ele faz sobressair a soberania e sabedoria Daquele que procura os Seus ministros tanto na tenda dos pastores como no palácio dos reis, dando a cada um a aptidão necessária para cumprimento dos seus deveres. 2. Filho de Naum na genealogia de Cristo (Lc 3.25).

  • amós (livro de)

    o estilo de Amós é simples, mas de maneira alguma deficiente na sua beleza pitoresca. o seu modo de vida pode descobrir-se pelas ilustrações que ele escolhe, e que na maior parte são tiradas dos serviços campestres. Muitas são originais e admiráveis, e todas elas deixam ver a vida da Natureza. o conhecimento que revela dos acontecimentos de remota antigüidade (9.7), e doutros menos antigos, ainda não descritos em parte alguma (6.2), o encadeamento regular dos seus pensamentos e a correção da sua linguagem, tudo tende a mostrar que a responsável, e muitas vezes perigosa (3.12), ocupação de um pastor era ainda tão favorável à cultura intelectual como tinha sido no tempo de Moisés e de Davi. o livro pode dividir-se em cinco partes, quanto aos assuntos ai tratados: 1. Caps. 1,2 – Uma série de acusações contra as nações pagãs, e também contra Judá, e por fim contra israel, pelos seus pecados, com declarações de que viria o castigo sobre elas. 2. Caps. 3 a 5.17 – Samaria (sinônimo do reino de israel): os seus pecados são pormenorizadamente expostos e anunciado um castigo próximo. 3. Caps. 5.18 a 6.14 – Razões de falsa confiança dos israelitas e avisos de repetição dos castigos. 4. Caps. 7.1 a 9.10 – Uma série de cinco visões, mostrando de vários modos a paciência e os justos juízos de Deus. Entre a terceira e quarta visões é apresentada uma narrativa pessoal de profundo interesse (7.10 a 17). 5. Caps. 9.11 a 15 – Conclusão, mostrando que a nação será restabelecida, e novas bênçãos a tornarão próspera. Estas últimas insinuações de futuras bênçãos são citadas pelo Apóstolo Tiago (At 15.16, 17), para mostrar que todas as nações da terra participariam dos benefícios que os judeus receberiam. A linguagem e as alusões feitas no livro de Amós sugerem o conhecimento de quão familiares eram ao profeta os livros de Moisés. *veja 2.10 (Dt 29.5) – 4.6 a 10 (Dt 4.30, 30.2) – 4.11 (Dt 29.23) – 5.11 (Dt 28.30 a 39). No N.T. o livro é citado por Estêvão no seu discurso perante o Sinédrio, e por Tiago no Concilio de Jerusalém (At 7.42, 43 – 15.16 a 18). Na primeira citação merece notar-se a extensão da frase ‘além de Damasco’ para ‘além de Babilônia’. E na última está ‘o resto dos homens’, segundo a versão dos LXX, por ‘o restante de Edom’ – é que as palavras homem e Edom em hebraico são semelhantes nas consoantes. Seja qual for a tradução preferida, é admirável o testemunho do profeta quanto à universalidade do Evangelho. Há, também, uma notável coincidência entre 3.7 e Ap 10.7, pois em ambas as passagens se declara a revelação do mistério de Deus aos profetas.

  • amoz

    Forte. o pai do profeta isaías (is 1.1).

  • ampliar

    Tornar amplo, Aumentar, Alargar, Dilatar, Desenvolver.

  • amplias

    engrandecido

  • ampliato

    Um cristão romano (Rm 16.8). Acha-se o nome em 2 notáveis inscrições (sendo possível que uma delas seja do primeiro século): nas catacumbas de Roma e no túmulo de Sta. Domitília. Significa isto a honra dada a um escravo, por meio do qual uma nobre família de Roma foi convertida ao Cristianismo?

  • amuleto

    Pequeno objeto (figura, medalha, figa, etc.) que alguém traz consigo ou guarda por acreditar em seu poder mágico de afastar desgraças ou malefícios.

  • ana

    cheia de graça

  • ana ou hannah

    cheia de graça

  • anaarate

    hebraico: passagem ou caminho estreito

  • anabe

    que produz uva

  • anacarate

    hebraico: passagem

  • anacarater

    passagem estreita

  • anacleto

    Chamado de novo

  • anaias

    Jeová tem respondido

  • analogia

    Ponto de semelhança entre coisas diferentes.

  • anamim

    hebraico: homem de rocha

  • anani

    nuvem – encoberto – proteção

  • anania

    hebraico: Jeová é protetor

  • ananias

    o Senhor tem sido misericordioso

  • ananias ou hananiah

    o amado de D’us

  • anaque

    pescoço longo

  • anas

    hebraico: Jeová tem sido gracioso

  • anate

    resposta a oração

  • anátema

    Palavra grega que significa ‘coisa exaltada’ dentro de um templo – por exemplo, como oferta de voto a um ídolo. (Assim, em Lc 21.5.) Na versão dos LXX o termo é aplicado aos animais que, oferecidos a Deus, deviam ser mortos (Lv 27.28, 29): daqui vem o sentido genérico ‘condenado’, amaldiçoado (Js 6.17 – 7.12). Com esta significação se encontra o termo grego em 1 Co 16.22 – Rm 9.3 – 1 Co 12.3 e Gl 1.8,9. Em At 23.14 está a palavra empregada no sentido de ‘maldição’.

  • anatole

    Aquele que veio do Oriente

  • anatoli

    Aquele que veio do Oriente

  • anatote

    Respostas. 1. Cidade de Benjamim, três quilômetros ao oriente de Gibeá, concedida aos sacerdotes (Js 21.18 – 1 Cr 6.60). Abiatar foi desterrado para Anatote, depois de ter falhado a sua tentativa de pôr no trono Adonias (1 Rs 2.26). Foi a terra natal de Abiezer, um dos trinta capitães de Davi (2 Sm 23.27 – 1 Cr 11.28 – 27.12) – de Jeú, outro dos valentes (1 Cr 12.3) – e de Jeremias (Jr 1.1 – 11.21 – 29.27). Foi novamente ocupada depois da volta do cativeiro. Esta cidade é, agora, segundo dizem, a moderna Anata, não longe de Jerusalém, com os seus campos bem cultivados de trigo, oliveiras e figueiras. Existem ainda as ruínas de muralhas, e as suas pedreiras ainda fornecem pedras a Jerusalém para as suas edificações. 2. Um filho de Bequer (1 Cr 7.8). 3. Um dos chefes que assinaram o pacto com Neemias (Ne 10.19).

  • ancestral

    Relativo ou pertencente a antecessores, a antepassados.

  • anciãos

    Nas primitivas formas de governo, eram revestidos de autoridade aqueles que, sendo já pessoas de idade e de reconhecida experiência, podiam tomar a direção dos negócios gerais como representantes do povo. Esta instituição não era, de maneira alguma, peculiar a israel: o Egito, Moabe e Midiã tinham os seus ‘anciãos’ (Gn 50.7 – Nm 22.7) – e de semelhante modo os gregos e os romanos. Na história do povo hebreu aparecem eles pela primeira vez antes do Êxodo (Êx 3.16 a 18 – 4.29 – 12.21) – e depois são, a cada passo, mencionados como representantes da comunidade, sendo eles um meio de que se servia o povo para comunicar-se com os dirigentes da nação – Moisés e Josué, os juizes e Samuel. Moisés, tendo sobre si o peso da administração da justiça, por conselho de Jetro, seu sogro, nomeou magistrados de vários graus de autoridade, delegando neles a resolução dos negócios, à exceção dos mais graves (Êx 18.13 a 26):pelo v. 12 é evidente que estes foram escolhidos dentre os ‘anciãos de israel’. Acham-se exemplos destas funções judicativas em Dt 19.12 – 21.2 – 22.15 – 25.7 – Js 20.4 – Rt 4.2. o capítulo 11 do livro dos Números narra-nos como Moisés, dirigido por Deus, nomeou um conselho de setenta anciãos para o auxiliarem e aliviarem. Como o Estado era essencialmente religioso, partilhavam os anciãos de israel do Espírito que estava em Moisés. Com este fato relaciona a tradição judaica a instituição do Sinédrio. Foram os anciãos de israel que pediram a Samuel que lhes desse um rei (1 Sm 8.6). Para se conhecer qual a sua influência no tempo da monarquia, *veja 2 Sm 3.17 – 6.3 – 17.4 – 1 Rs 8.1 – 12.6, etc. Depois do exílio, ainda continuaram a representar o povo (Ed 6.6,9 – 6.7,14 – 10.8). Para anciãos, sinônimo de presbíteros, no N.T., *veja igreja, Bispo e Presbítero

  • ancora

    A âncora era, antigamente, lançada da popa do navio (At 27.29). Nesta passagem a referência pode ser feita a uma âncora de quatro dentes, geralmente usada em águas pouco fundas – ou, trata-se de quatro âncoras distintas (*veja Navio). Usada simbolicamente, a palavra âncora designa tudo o que sustenta a alma em tempos de violência e perturbação. A esperança tem uma admirável influência sobre o coração crente e chama-se, por isso, a sua âncora (Hb 6.19). A âncora foi um dos mais antigos símbolos usados na igreja Cristã, e acha-se em anéis e monumentos.

  • andorinha

    É mencionada em Sl 84.3, e Pv 26.2 – e também em is 38.14 – Jr 8.7. Estas passagens contêm referências aos hábitos das andorinhas na confecção dos seus ninhos, ao seu rápido e incansável voar, ao tom da sua chilreada, e à sua anual emigração. Há, na Palestina, diversas variedades de andorinhas.

  • andrajos

    Vestes esfarrapadas.

  • andré

    No dia seguinte àquele em que João Batista viu o ES descer sobre Jesus, ele o apontou para dois de seus discípulos, e disse: “Eis o Cordeiro de Deus” (Jo 1.36). Movidos de curiosidade, os dois deixaram João e começaram a seguir a Jesus. Jesus notou a presença deles e perguntou-lhes o que buscavam. Responderam: “Rabi, onde assistes?” Jesus levou-os à casa onde ele se hospedava e passaram a noite com ele. Um desses homens chamava-se André (Jo 1.38-40). André foi logo à procura de seu irmão, Simão Pedro, a quem disse: “Achamos o Messias…” (Jo 1.41). Por seu testemunho, ele ganhou Pedro para o Senhor.
    André é tradução do grego Andreas, que significa “varonil”. Outras pistas do Evangelhos indicam que André era fisicamente forte, e homem devoto e fiel. Ele e Pedro eram donos de uma casa (Mc 1.29) Eram filhos de um homem chamado Jonas ou João, um próspero pescador. Ambos os jovens haviam seguido o pai no negócio da pesca. Eram Pescadores.
    André nasceu em Betsaida, nas praias do norte do mar da Galiléia. Embora o Evangelho de João descreva o primeiro encontro dele com Jesus, não o menciona como discípulo até muito mais tarde (Jo 6.8). O Evangelho de Mateus diz que quando Jesus caminha junto ao mar da Galiléia, ele saudou a André e a Pedro e os convidou para se tornarem discípulos (Mt 4.18,19). Isto não contradiz a narrativa de João; simplesmente acrescenta um aspecto novo. Uma leitura atenta de João 1.35-40 mostra-nos que Jesus não chamou André e a Pedro para seguí-lo quando se encontraram pela primeira vez.
    André e outro discípulo chamado Filipe apresentaram a Jesus um grupo de gregos (Jo 12.20-22). Por este motivo podemos dizer que eles foram os primeiros missionários estrangeiros da fé cristã.
    Diz a tradição que André viveu seus últimos dias na Cítia, ao norte do mar negro. Mas um livreto intitulado: Atos de André (provavelmente escrito por volta do ano 260 dC) diz que ele pregou primariamente na Macedônia e foi martirizado em Patras. Diz ainda, que ele foi crucificado numa cruz em forma de “X”, símbolo religioso conhecido como Cruz de Sto André.

  • andrea

    Forte, viril

  • andreas

    Forte, viril, masculino

  • andreia

    Aquela que é forte, viril

  • andrônico

    vencedor dos homens

  • andrönico

    vencedor dos homens

  • anel

    Tanto nos tempos antigos como nosmodernos, os dedos sempre foram adornados de anéis. Com efeito, eles tinham uma significação oficial. Foi neste sentido que Faraó presenteou a José com um anel, quando este foi revestido de autoridade (Gn 41.42), e que Assuero deu também um anel a Hamã (Et 3.10). A razão disto era que o anel se usava como selo, e os selos foram sempre muito comuns no oriente, sendo a sua marca, impressa no documento, equivalente à nossa assinatura. Tinha, também, freqüentes vezes gravado o nome do possuidor, e era usado na mão direita (Jr 22.24). o pai do pródigo pôs um anel no dedo do seu filho como sinal de que ele tornava a alcançar o favor paterno e o poder que tinha antes (Lc 15.22).

  • anel de sinete

    Anel em que se encravava o nome ou símbolo de uma autoridade. Era empregado na impressão sobre barro não-seco ou cera para legitimar documentos oficiais. Símbolo de autoridade (Gn 41,42).

  • anem

    hebraico: duas fontes

  • aném =duas fontes
  • aner

    l. Um dos três chefes hebronitas,que cooperaram com Abraão na perseguição dos quatro reis invasores (Gn 14.13 a 24). 2. Cidade da meia tribo de Manassés, ao ocidente do rio Jordão, a qual foi dada aos coatitas (1 Cr 6.70). Parece ser o mesmo lugar que Taanaque (Js 21.25).

  • anesia

    Repouso

  • anesio

    Repouso

  • anete

    Diminutivo de Ana

  • anfípolis

    circundada pelos lados

  • ange

    grego: mensageiro

  • angela

    Anjo mensageiro

  • angelina

    Aquela que é como um anjo, pura

  • angelo

    Anjo, mensageiro

  • angustiado

    Cheio de angústia, Aflito, Agoniado, Atormentado, Atribulado.

  • ani

    hebraico: aflito

  • ania

    hebraico: tristeza do povo

  • anião

    gemido do povo

  • anias

    hebraico: resposta do Senhor

  • anibal

    Dádiva do deus Baal

  • aniceto

    Invencível

  • anícia

    filha de Ana

  • anim

    hebraico: fontes

  • ânimo dobre

    Lealdade dividida

  • animosidade

    Aversão persistente

  • anipolis

    hebraico: a cingida cidade ou cercada pelo mar

  • aniquilar

    Reduzir a nada; destruir, nulificar.

  • anisio

    Completo, perfeito

  • anita

    Aquela que é cheia de graça, compaixão e clemência

  • anjo

    Mensageiro. Anjos, na qualidade de assistentes de Deus, mensageiros da Sua vontade, é doutrina que corre por toda a Bíblia. l. A sua natureza. Pouco se acha dito sobre isto. os anjos geralmente aparecem na figura de homens (Gn 18 – At 1.10), e algumas vezes revestidos de glória (Dn 10.5,6 e Lc 24.4). os serafins de isaías (6.2), e os querubins de Ezequiel (1.6), têm asas: assim também Gabriel (Dn 9.21), e o anjo do Apocalipse (14.6). Em Hb 1.14 são eles espíritos ministradores (cp. com Mc 12.25). 2. As suas funções. Primitivamente eram mensageiros de Deus para em Seu nome dirigir os homens, guiá-los, guardá-los, fortalecê-los, avisá-los, censurá-los e puni-los. *veja as narrações de Gn 18,19,22,28,32 – Jz 2,6,13 – 2 Sm 24.16,17 – 2 Rs 19.35: e cp. com Sl 34.7, 35.5,6 e 91.11. Nas mais antigas referências o anjo do Senhor não se acha bem distinto do próprio SENHoR. É Ele quem fala (Gn 22.16 – Êx 3.2 a 16 – Jz 13.18 a 22). Há, também, a idéia de uma grande multidão de anjos (Gn 28.12 – 32.2), que num pensamento posterior são representados como o exército de Deus, a Sua corte e conselho (Sl 103.20,21 – 89.7 – is 6.2 a 5, etc. – cp. com Lc 2.13 – Mt 26.53 – Lc 12.8,9 – Hb 12.22 – Ap 5.11, etc.). Eles são guardas, não só de indivíduos mas de nações (Êx 23.20 – Dn 10.13 a 20): cada igreja cristã tem o seu ‘anjo’, representando a presença divina e o poder de Deus na igreja – é ele garantia divina da vitalidade e eficácia da igreja (*veja Ap 2.1 a 8). Uma expressão de Jesus Cristo parece apoiar a crença de que cada pessoa tem no céu o seu anjo da guarda, e de que o cuidado das crianças está a cargo dos mais elevados seres entre os ministros de Deus (Mt 18.10 – cp. com Lc 1.19). Em conformidade com tudo isto é que os anjos servem a Jesus (Mc 1.13 – Lc 22.43), manifestam interesse pelo decoro nas reuniões da igreja (1 Co 11.10), e pela salvação dos homens (Lc 16.10 – 1 Pe 1.12) – tiveram parte na grandiosa revelação do Sinai (At v. 53 – Gl 3.19 – Hb 2.2), e executarão o Juízo final (Mt 13.41). São de diferente ordem. Dois são especialmente mencionados: Miguel, um dos principais príncipes angélicos (Dn 10.13), ‘o arcanjo’ (Jd 9), e Gabriel (Dn 8.16 – Lc 1.19). Nos livros apócrifos outros nomes aparecem, especialmente Rafael e Uriel. Há, também, referências a estes seres celestiais em Ef 1.21 – Cl 1.16 – 2.16 – e na epístola aos Colossenses condena-se de modo especial a idéia de interpô-los entre Deus e o homem, tirando assim a Jesus a honra de único Mediador, que lhe pertence (Cl 1.14 a 20, 2.18, etc.). Algumas passagens (Jd 6 – 2 Pe 2.4) referem-se misteriosamente a anjos caídos – e em Ap 12.9 Satanás tem o seu exército de anjos.

  • anna

    Aquela que é cheia de compaixão, graça e clemência

  • anne

    Aquela que é cheia de compaixão, graça e clemência

  • ano

    Uma comparação entre Dn 7.25 e 12.7 e Ap 11.2, 3 e 12.6, mostra que se faz nesses lugares referência a um ano de 360 dias. Um tempo, tempos, e meio tempo ou 3,5 anos ou 42 meses ou 1.260 dias. Mas um ano de 360 dias teria tido logo este mau resultado: as estações, as sementeiras, a ceifa e coisas semelhantes deviam ter sido pouco a pouco separadas dos meses a que estavam associadas. Conjectura-se que para obviar a este mal foi, nos devidos tempos, intercalado um mês, chamado o segundo mês de adar. o ano sagrado principiava no mês de abibe (nisã), pelo tempo do equinócio da primavera. No dia 16 de abibe, as espigas de trigo, já maduras, deviam ser oferecidas como primícias da colheita (Lv 2.14 – 23.10,11). Depois do cativeiro, um mês, o décimo-terceiro, era acrescentado ao ano, todas as vezes que o duodécimo acabava tão longe do equinócio, que não se podia fazer a oferta das primícias no tempo fixado. o ano civil principiava aproximadamente no tempo do equinócio do outono. (*veja Cronologia, Tempo.)

  • ano novo

    A lua nova do sétimo mês (tisri, ou outubro) indicava o começo do ano civil – e a festa que nesse dia, o dia do ano novo judaico, se celebrava, recebia o nome de Festa das Trombetas (Lv 23. 23 a 26). Era um descanso solene, antecipando-se ao Dia da Expiação, que vinha nove dias depois. Com respeito ao serviço especial e sacrifícios do ano novo, *veja Nm 29.1 a 6.

  • anômalo

    Que apresenta anomalia; irregular, anormal.

  • anonimato

    Estado do que é anônimo, ou seja, sem o nome ou a assinatura do autor; sem denominação; indivíduo obscuro, sem nome ou renome.

  • anra

    hebraico: vermelho

  • anrafel

    a boca de Deus falou

  • anrão

    misericórdia de Deus

  • anri

    hebraico: eloqüente

  • anselmo

    Aquele que é protegido pelo elmo divino

  • ansi

    hebraico: robusto ou força de Deus 1 Cr 6.46

  • ansiedade

    Do Latim anxietate
    Dificuldade de respiração; opressão; angústia; inquietação de espírito; desejo veemente; impaciência.

  • antao

    Aquele que está na vanguarda, inestimável

  • ante

    Em presença

  • antenor

    Forte adversário, lutador que toma lugar de outro

  • anti-cristo

    grego: contra Cristo, em lugar de Cristo

  • antibíblico

    Ensino errôneo que contraria o ensino bíblico; antônimo de extrabíblico.

  • anticristo

    (isto é, rival de Cristo, contra Cristo.) o termo ocorre somente em 1 Jo 2.18 a 22, 4.3, e 2 Jo 7, onde a última hora é assinalada pela atividade de falsos mestres, ‘os quais não confessam Jesus Cristo vindo em carne’. Mas a idéia aparece sob várias formas, na concepção geral de que o reino do Messias, ou de Cristo, será precedido e anunciado por uma terrível e mortal manifestação dos poderes do mal. *veja Ez 38,39 e Dn 7.9,11,12. A base do ensino do N.T. pode achar-se nas palavras de Jesus, mencionadas em Mt 24.6 a 24. Paulo refere-se a esta última reunião de forças opostas ao espírito do Evangelho, como desvio da verdade (apostasia), e personifica-as no ‘homem da iniqüidade’, no ‘filho da perdição (2 Ts 2.3 a 12). Em 2 Co 6.15 o Apóstolo usa o termo ‘Maligno’, aplicado na literatura judaica a esta mesma idéia de anticristo (cp. com a epístola de Judas, e 2 Pe 2,3, e com a ‘besta’ do Apocalipse). É destas passagens das Escrituras que se devem deduzir as qualidades características da apostasia do anticristo. Dois pontos são claros: l. que o anticristo é uma personificação, e não uma pessoa (1 Jo 2.18, onde está a expressão ‘muitos anticristos’, e deve-se notar que Paulo troca a frase ‘o que o detém’ por esta: ‘aquele que agora o detém’, 2 Ts 2.6,7) – 2. Que o triunfo de Cristo sobre o anticristo é certo.

  • antídoto

    Medicamento usado para frustrar a ação de um veneno.

  • antigo testamento

    o título. É difícil resolver se ‘Pacto’ ou ‘Testamento’ representa exatamente a palavra ‘diatheke’ na frase ‘he kaine diatkeke’ em Lc 22.20 – 1 Co 11.25 (cp. com Hb 9.15). o que parece é que a palavra hebraica ‘berith’ significa propriamente um pacto, uma aliança, quer entre homem e homem (Gn 31.44), quer entre Deus e o homem (Gn 15.18 – Êx 19.5 – Jr 31.31). Pela expressão Antigo Testamento compreendemos os livros do original hebraico, pela ordem, geralmente falando, da tradução grega dos Setenta. Porquanto a nossa Bíblia separa cuidadosamente dos livros canônicos, aos quais somente costumamos chamar o A.T., os outros livros, que denominamos apócrifos. (*veja Apócrifos.) A ordem hebraica, porém, é diferente da nossa. É constituída de três partes: primeiramente a Lei, isto é, o Pentateuco – em segundo lugar os Primeiros e últimos Profetas, sendo os primeiros os livros de Josué, Juízes, 1º e 2º de Samuel, e 1º e 2º dos Reis – e os últimos os profetas maiores, isaías, Jeremias, Ezequiel, e o Livro dos Doze, isto é, os profetas menores – em terceiro lugar, os Escritos, isto é, os três Livros Poéticos (Salmos, Provérbios, Jó), os Cinco Volumes ou Rolos (Cântico dos Cânticos, Rute, Lamentações, Eclesiastes, Ester) – Daniel, Esdras, Neemias, e o 1º e 2º das Crônicas. A base sobre a qual se apóia esta disposição parece ser a ordem em que foram recebidos os diversos livros no Cânon das Escrituras. (*veja Cânon.) É importante chamar a atenção para o fato de que o atual texto da Bíblia hebraica é aquele que foi aceito pelos escritores massoréticos (assim são chamados) dos séculos iX e X (d.C.). Eram estes uns judeus eruditos que se ocupavam das letras e vogais da língua hebraica, fixando estas, tanto quanto possível pela tradição (Massorá), que tinha vindo até eles. Por uma comparação com certa prova, e mais antiga, (tal como o Talmude do V e Vi séculos, a Vulgata de S.Jerônimo do ano 390 aproximadamente, o Misná do terceiro século, as citações dos Pais e do N.T., e mesmo as dos escritores Josefo e Filo) podemos perceber que o texto do A.T., fixado pelos massoretas, era praticamente idêntico ao que corria no princípio do primeiro século da nossa era. Desde esse tempo, pelo menos, parece que os judeus o haviam conservado com escrupulosa fidelidade. Devemos recordar que o A.T. é, essencialmente, uma narrativa do modo como Deus preparou um povo, que devia ser o depositário da Sua completa revelação. o método empregado não é aquele que teríamos imaginado, e talvez só agora compreendemos o que era em grande parte esse método. Porquanto nos parece que Deus não somente instruiu o povo de israel, mas também preparou o meio em que ele devia ser ensinado. Quanto a Abraão e aos seus descendentes imediatos, devem eles ter bebido a ciência babilônica e arábica. Moisés era um homem que tinha a instrução de um egípcio. Tendo sido ele educado na corte de Faraó, não devia ter ignorado a escrita cunciforme da Babilônia. Quando os israelitas se estabeleceram na Palestina, estiveram, para seu bem ou para seu mal, em contato com a cultura cananéia, que parece ter sido alta. Davi e também o seu filho Salomão receberam influência de Tiro e de outras nações, ao passo que a Assíria, e mais tarde a Babilônia e a Pérsia exerceram com resultado, sobre os homens de israel dos séculos vindouros, um poder mais que militar e político. Num sentido, na verdade, israel vivia isolado, visto como se recusava a aceitar os falsos deuses das nações vizinhas – mas em outros, estando situado na estrada principal entre Babilônia e Egito, e achando-se nos limites de Moabe e Edom e das tribos desertas, encontrava-se nas condições de assimilar o que havia de bom na vida social daqueles povos. Deus, que tinha operado entre os pagãos, porque a Vida foi sempre a Luz dos homens (Jo 1.4), preparou o Seu povo predileto, não somente separando-o, de forma que israel pudesse crescer em força mental e espiritual, mas também incutindo nele, de quando em quando, aquela instrução secular que os pudesse habilitar na realização de um maior progresso no conhecimento do Senhor. israel, e só israel, pôde assimilar tudo isso – israel tornou-se, de um modo crescente, capaz de ser o recipiente da Encarnação. Evidentemente, o A.T. é um auxílio espiritual para nós. Na maior parte os seus livros são históricos, sendo ilustrados os princípios expostos. Não há ali israelita algum, por exemplo, que seja apresentado como pessoa sem defeito – e por mais ilustre e bondoso que seja, quando ele peca, o seu pecado produz o seu fruto próprio, seguindo-se de alguma forma o respectivo castigo. Por outro lado, é fácil delinear em cada caso o efeito das boas ações na feliz existência dos indivíduos e dos povos. Mas o leitor cristão do A.T. obterá mais do que um conhecimento profundo dos eternos princípios, e do que o necessário esclarecimento na sua aplicação. Ele achará um auxílio espiritual muito direto. As vidas dos santos que ali se acham descritas, porque santos muitos israelitas o foram, apesar da sua relatava ignorância de uma revelação mais alta sobre a vontade de Deus, lhe infundirão coragem, e ao mesmo tempo o levarão a prostrar-se perante o Senhor de infinita misericórdia, humilde e envergonhado, porque, não obstante os altos privilégios cristãos, está, na sua vida, abaixo deles. Ele se gloriará na esperança da perfeição social anunciada nos últimos profetas, esperança que, por enquanto, só teve realização parcial na vinda do Messias, pois a obra do Messias apenas se acha principiada. Acima de tudo, ele procurará entrar no espírito dos Salmos, pois foram escritos por homens que, evidentemente, viviam em íntima comunhão com Deus e tinham progredido muito na vida espiritual. Nenhum cristão piedoso pode seguramente desprezar o estudo religioso do A.T., por grande que seja o seu conhecimento do Evangelho.

  • antiguidade

    do Lat. antiquitate

    s. f.,
    qualidade de antigo; o tempo antigo, remoto; tempo de serviço em algum cargo; período histórico, também chamado Idade Antiga, indefinido quanto ao seu início e que culmina com a queda do Império Romano do Ocidente, no ano de 476;
    (no pl. ) objectos antigos de grande valor;
    (no pl. ) instituições antigas.

  • antioco

    o nome de Antíoco não se encontra nas Escrituras, mas há várias referências aos monarcas desta designação. Antíoco ii é um dos reis a que se refere Daniel 11.6: ‘Mas, ao cabo de anos, eles se aliarão um com o outro.’ Era rei da Síria, e estivera em guerra com o rei do Egito (Ptolomeu Filadelfo). Foi feita a paz no ano 250 a.C. : Ptolomeu, ‘o rei do Sul’, deu em casamento sua filha Berenice a Antíoco, ‘o rei do Norte’, que se separou da sua primeira mulher Laudice. Quando morreu Ptolomeu (247 a.C.), Laudice e seus filhos foram de novo chamados à corte. E ‘não pôde Berenice conservar o poder’, pois Laudice envenenou Antíoco, que ‘tinha sustentado’ aquela sua rival, e mandou matar a ela e a seu filho (Dn 11.6). Depois da morte de Antíoco, procurou vingar-se Ptolomeu Emergetes, irmão de Berenice, (‘um renovo da linhagem dela’) da morte desta sua irmã, invadindo a Síria: nesta invasão foi morta Laudice, e seu filho expulso do trono por algum tempo, sendo todo o país saqueado (Dn 11.7 a 9). Continuaram as hostilidades por muitos anos, e um neto de Antíoco ameaçou lançar por terra o poder do Egito (Dn 11.9,10). Antíoco iii, rei da Síria, apelidado o Grande, era neto de Antíoco ii. Ele uniu-se a Filipe iii da Macedônia com o fim de conquistar e dividir os domínios egípcios. Algumas facções dos judeus abraçaram a mesma causa (Dn 11.14). Todavia, Antíoco e Filipe foram obrigados, por causa de perturbações nos seus países, a desistir da sua empresa, resultando desse fato assenhorear-se de Jerusalém o rei do Egito e recuperar o território que havia perdido. No ano 198 a.C., reapareceu Antíoco em campo e aprisionou Scopas e suas tropas que se tinham refugiado em Sidom (Dn 11.15). os judeus receberam Antíoco como seu libertador, e ele permaneceu ‘na terra gloriosa, e tudo estará em suas mãos’ (Dn 11.16). Mais tarde deu Antíoco em casamento sua filha Cleópatra a Ptolomeu Epifânio, rei do Egito, e por seu dote as províncias de Fenícia – porém ela favoreceu mais os interesses de seu marido do que os de seu pai. Em 187 a.C. atacou Antíoco o templo de Belos em Elimais, sendo assassinado pelo povo que acorreu em defesa do seu santuário. Deste modo ele tropeçou, caiu, e não foi encontrado (Dn 11.19). Com respeito aos judeus, Antíoco não somente lhes deu inteira liberdade de culto, mas também fez ricas doações ao templo, favorecendo muito os sacerdotes. Apreciando a fidelidade dos judeus, transportou 2.000 famílias israelitas da Mesopotâmia para a Lídia e Frígia, para assim desfazer as tendências revolucionárias que se tinham manifestado nestas províncias. Antíoco iV, Epifânio, rei da Síria, filho mais novo do precedente. Seleuco, o filho mais velho, foi morto por Heliodoro, que usurpou a coroa. Antíoco expulsou este último, obtendo ele próprio ‘o reino com intrigas’, com exclusão de Demétrio, o filho de Seleuco (Dn 11.21). Depois disto promoveu quatro felizes campanhas contra o Egito, sendo evitada a completa conquista do país pela intervenção dos romanos (Dn 11.24). Este rei foi perdulário nas suas despesas, e as condições da Palestina durante o seu reinado foram de turbulência. Quando na sua segunda campanha (170 a.C.) ele voltou do Egito, assaltou Jerusalém, saqueou o templo, ordenando uma terrível carnificina. Dois anos mais tarde, ocupou a cidade e a fortificou. o templo foi profanado, e proibida a observância da lei. Foi feito um sacrifício no Lugar Santo a Júpiter olimpo (Dn 11.29, 30,31). Matatias e seus filhos organizaram a resistência ‘ajudados com pequeno socorro’ (Dn 11.34), mantendo deste modo intatos a fé e o nome de israel. Entretanto, Antíoco voltou as armas para o oriente (Dn 11.44). Em vão tentou saquear o rico templo de Nanéia (talvez com ‘o desejo de mulheres’ Dn 11.37), em Elimais. Por fim chegou ao termo da sua vida no ano 164 a.C., sem socorro de qualquer pessoa (Dn 11.45). Grande proeminência se dá no livro de Daniel ao reinado de Antíoco iV. Sem consideração alguma pelos deuses de seus pais (Dn 11.37), ele era incapaz de apreciar o valor da religião das outras pessoas – e tornou-se, assim, o símbolo dos inimigos de Deus (Dn 11.36,37). Pelos judeus era ele considerado como uma figura do anticristo, resistindo com todo o seu poder a tudo que era divino.

  • antioquia

    Havia duas importantes cidades com este nome. (1) Antioquia da Síria. Nenhuma cidade, depois de Jerusalém, está em tão íntima conexão com a primitiva história do Cristianismo como Antioquia da Síria. os cristãos que tiveram de sair de Jerusalém, depois da morte de Estêvão, pregaram o Evangelho em Antioquia. Foi neste lugar que Paulo censurou a Pedro por se ter conduzido, contrariamente ao que devia ser, conforme as razões dos emissários de Jerusalém (Gl 2.11,12). Ali foi fundada a primeira igreja gentílica (At 11.20,21) – ali, pela primeira vez, se chamaram cristãos os discípulos de Jesus Cristo – ali praticou S. Paulo o sistemático trabalho ministerial – e deste lugar partiu ele para realizar a sua primeira viagem missionária, e voltou. E depois do Concílio Apostólico (cujas resoluções foram especialmente dirigidas aos convertidos dentre os gentios, em Antioquia, At 15.23), iniciou o Apóstolo, nesta mesma cidade, a sua segunda viagem missionária, voltando ao mesmo lugar – e daqui outra vez partiu, efetuando a terceira viagem, que terminou com a sua prisão em Jerusalém e Cesaréia. Esta famosa cidade de Antioquia fora fundada no ano de 300 a.C. os judeus aí se estabeleceram, logo de início, em grande número, e eram governados pelo seu próprio chefe, sendo-lhes permitido ter os mesmos privilégios políticos de que gozavam os gregos. É, certamente, esta a Antioquia do período romano, da qual se trata no Novo Testamento. os cidadãos tornaram-se notáveis pela sua maneira rude de tratar as questões e pela invenção de alcunhas. o nome de ‘cristãos’ foi, talvez, dado por escárnio aos discípulos do Divino Mestre. Existia ali perto Dafne, o célebre santuário de Apolo. A moderna Antakia é uma miserável e reduzida povoação. (2) Antioquia de Pisídia acha-se mencionada em At 13 e14, e em 2Tm 3.11. Tudooqueagora resta dessa terra são ruínas, sendo algumas delas importantes, como as de um templo, de um teatro, de uma igreja, e de um belo aqueduto. A pregação de Paulo na sinagoga de Antioquia produziu a conversão de um grande número de gentios – e este fato irritou de tal maneira os judeus, que eles fizeram grande oposição ao Apóstolo, que por isso foi obrigado a sair dali para icônio e depois para Listra. Voltando de Listra, foi de novo S.Paulo a Antioquia com o fim de confirmar na fé os convertidos. Deram-se estes acontecimentos por ocasião da primeira viagem missionária, indo S.Barnabé na companhia de S.Paulo. As palavras de 2 Tm 3.10,11 mostram que Timóteo estava bem informado sobre o que o Apóstolo sofrera durante a sua primeira visita a Antioquia da Pisídia.

  • antiparo

    hebraico: igual ao pai

  • antipas

    grego: contratação de Antipater: Contra todos

  • antipatris

    grego: que pertence a Antipater, ou contra o pai

  • antípatro

    o retrato do pai

  • antítese

    Oposição entre idéias ou palavras; contrário.

  • antitético

    Que contém antítese.

  • antotias

    orações respondidas pelo Senhor

  • antotija

    hebraico: resposta do Senhor

  • anube

    ligado juntamente

  • anuir

    Dar consentimento; aprovação

  • anulou

    Reduziu a nada; invalidou, destruiu, eliminou.

  • anunciacao

    Mensageira

  • anunciar

    Divulgar, Fazer conhecer, Levar o conhecimento a mais pessoas. Anunciar a Jesus Cristo, dar conhecimento de suas palavras.

  • anzi

    forte

  • aoá

    irmão do junco

  • aode

    glória

  • aodi

    hebraico: irmão de Jeová

  • aoi

    hebraico: calor

  • aoita

    hebraico: amado do Senhor ou irmão do Senhor

  • aolá

    a tenda dela

  • aoliabe

    a tenda de meu pai

  • aoliba

    minha tenda está nela

  • aolibama

    meu tabernáculo

  • aolibana

    hebraico: a minha tenda está no lugar

  • apaim

    face – presença

  • apartados

    Desviados do caminho; afastados.

  • apatia

    Falta de energia; indiferença; insensibilidade

  • apáticos

    Que tem apatia (estado de insensibilidade; impassibilidade, indiferença).

  • apear

    Descer da montaria

  • apedrejamento

    Entre os judeus era o apedrejamento método usual da execução da pena de morte. Qualquer crime que merecesse a morte, exceto se a lei estabelecesse expressamente outra forma, era punido com o apedrejamento. As testemunhas deviam arremessar as primeiras pedras (Dt 17.7). Eis algumas referências do A.T. a esse costume: Êx 8.26 – 19.13 – 21.28 a 32 – Lv 20.2, 10, 27 – Dt 13.5, 10 – 1 Rs 21.10. Nas referências do N.T. o apedrejamento é, não somente, uma punição legal, mas também um ato de violência da população (Lc 13.34 – Jo 8.5 – 10.31 a 33 – At 5.26 – 7.58, 59 – 14.19).

  • apelação

    Ato ou efeito de apelar, recurso.

  • apeles

    aprovados em Cristo

  • apercebido

    Notar; perceber

  • apetecer

    desejar; pretender

  • aphonso

    Guerreiro pronto para o combate

  • ápice

    Ponto mais elevado; o mais alto grau.

  • apio

    latim: nome de uma cidade da Itália

  • aplacar

    tranqüilo; suave

  • apocalipse

    o livro da Revelação. Chama-se assim o último livro da Bíblia pelo fato de conter as proféticas doutrinas reveladas ao autor por Jesus Cristo. A sua autoria é, pelo próprio livro, atribuída a João (1.1,4,9 – 22.8). Foi o servo de Jesus Cristo (1.1), ‘o qual atestou a palavra de Deus e o testemunho de Jesus Cristo’ (1.2). A igreja Primitiva, num testemunho quase universal, diz que o autor do Apocalipse é o Apóstolo João, filho de Zebedeu, o mesmo que escreveu o quarto Evangelho. Com respeito à DATA do livro, é muito discutido. A questão principal é saber se o desterro de João para Patmos, pequena ilha do mar Egeu, aconteceu quando Nero era imperador de Roma (64 a 68 A.D.), ou no tempo do imperador Domiciano (81 a 96). Este livro é do mesmo caráter profético, que distingue os livros de Daniel e Ezequiel. Esta literatura apocalíptica teve sempre por fim animar e estimular o povo judeu, em tempos de desgraça nacional, com a certeza de um futuro glorioso pela vitória do Libertador de israel que havia tanto tempo se esperava. o conteúdo pode ser dividido da maneira seguinte: A primeira parte (1 a 3) refere-se ‘às coisas que são’, e compreende uma visão preparatória das perfeições divinas, a simpatia do Redentor para com os homens, e também as epístolas aos ‘anjos’, que são personificações do espírito de cada uma das sete igrejas. Cada uma destas cartas ou epístolas consta de três partes: (1) a introdução, que se refere sempre a alguns dos atributos Daquele que fala à igreja, tomados da visão precedente, e nos quais se observa uma ordem progressiva e uma adaptação ao sentido geral da epístola que segue – (2) uma descrição das características da igreja com a conveniente animação, admoestação e censura – (3) e as promessas de uma recompensa aos que vencerem, promessas que são feitas a todas as igrejas. A parte restante do livro (4 a 22) compreende a profecia do ‘que deve acontecer depois destas coisas’. Há uma série de visões que mostram, por meio de imagens simbólicas e linguagem figurada, os conflitos e sofrimentos do povo de Deus, e a ação da Providência sobre os perseguidores dos fiéis. E conclui, apresentando a queda da mística Babilônia, que é a figura do erro, e mostrando a triunfante Nova Jerusalém, a igreja aperfeiçoada. Toda a matéria do livro pode, também, dividir-se em sete partes, não contando com o prólogo, que compreende os oito primeiros versículos do cap. 1º: l. As sete epístolas às sete igrejas (1 a 3) – 2. os sete selos (4.1 a 8.1) – 3. As sete trombetas ressonantes (8.2 a 11) – 4. As sete figuras místicas: a mulher vestida do sol, o dragão vermelho, o varão criança, a primeira besta que saiu do mar, a segunda besta que se levantou da terra, o Cordeiro no monte Sião, o Filho do Homem sobre a nuvem – 5. o derramamento das sete taças (15,16) – 6. A aniquilação dos inimigos da igreja (17-20) – 7. As glórias da Cidade Santa, a Nova Jerusalém (21 a 22.5) – 7. Epilogo (22.6 a 21). A interpretação das profecias tem sido assunto para grandes discussões. As diferentes teorias podem ser dispostas em quatro parágrafos: (1) A interpretação preterista, que diz terem tido as profecias do Apocalipse o seu cumprimento na primeira idade da igreja. os críticos do sistema preterista afirmam que uma grande parte do livro refere-se ao tempo da perseguição de Nero e da rebelião judaica. os sete reis de que fala o v. 10 do cap. 17 significam os imperadores Augusto, Tibério, Gaio Calígula, Cláudio, Nero, Galba e oto. o que se diz em 13.18 com respeito ao número da besta, 666, corresponde, segundo este sistema de interpretação, ao valor numérico das letras hebraicas nas palavras Nero César. g) A escola histórica de expositores considera estas profecias como um delineamento dos grandes acontecimentos da história do mundo, ou da igreja, desde os tempos apostólicos até ao fim do mundo. (3) A escola futurista sustenta que a maior parte desta série de profecias, ou todas elas, dizem respeito a acontecimentos, que se realizarão um pouco antes da segunda vinda de Cristo. o anticristo, ou a besta apocalíptica é, segundo esta teoria, um infiel em pessoa, que reinará sobre toda a extensão do velho império Romano, e perseguirá triunfantemente os santos pelo espaço somente de três anos e meio, vindo depois Cristo destruir aquele ímpio poderoso. (4) o quarto sistema de interpretação, com o nome de espiritual ou ideal, considera o Apocalipse uma manifestação pitoresca de grandiosos princípios em constante conflito, embora sob várias formas, e de caráter eclético. É importante observar a correspondência de linguagem, em certas expressões, entre o Evangelho de João e o Apocalipse: i. A aplicação do título ‘Verbo de Deus’ a Jesus (19.13). Este nome ‘o verbo’ aparece somente no Novo Testamento, nos escritos de João: *veja Jo 1.1 e 1 Jo 1.1. ii. A idéia de designar pelo nome de Cordeiro o Redentor da Humanidade ocorre vinte e cinco vezes no livro do Apocalipse, e também em Jo 1.29, 36. iii. o uso do termo vencer, no sentido de destruir o mal do mundo, repetidas vezes se nota nas cartas às sete igrejas (2,3, e também em 12.11 e 15.2, e 17.14 e 21.7 – *veja 1 Jo 2.13, 14 e 4.4 e 5.4,5). iV. o termo ‘verdadeiro’ no sentido de real, genuíno, em oposição a fictício acha-se treze vezes no Evangelho e Epístolas, e dez vezes no Apocalipse (*veja 3.7 e 19.11 – Jo 1.14 e 15.1 – e 1 Jo 5.20). *veja A expressão ‘quantos o traspassaram’ (1.7) acha-se somente em Jo 19.37, e está em relação com a passagem de Zacarias, 12.10, cuja tradução difere da dos Setenta. Vi. A excelente idéia de João no Evangelho, expressa pelo nome e correspondente verbo grego, que se acham traduzidos pelas palavras ‘testemunho’, ‘testificar’, no sentido de declaração respeitante a Jesus Cristo, e de uma profissão pública de crença, encontra-se também de modo proeminente no Apocalipse (*veja 1.2,9 e 6.9, e 12.11, 17, e 19.10, e 20.4 e 22.18, 20).

  • apócrifo

    Vocábulo grego que significa “aquilo que está oculto”. Usado primitivamente em literatura para designar o que se achava em sigilo para os iniciados e revelado aos sábios. Séculos mais tarde, serviu para designar escritos de Segunda classe; nos dias de Jerônimo designava a literatura “falsa”. Isto é, não inspirada. Este sentido permaneceu. Hoje “apócrifo” significa “falso”. Como usualmente o entendemos, refere-se a coleção dos livros canônicos, incorporados a Setenta ou Septuaginta e Vulgata, rejeitados, entretanto, pelos Judeus e protestantes. (Fonte: www.cristianet.com.br)

  • apócrifos (livros)

    Livros não canônicos. l. A palavra Apócrifo significa oculto, e com toda probabilidade foi o termo primitivamente empregado por certas seitas a respeito de livros seus, que eram guardados para seu próprio uso. o termo Apócrifo é, agora, restritivo aos livros não canônicos. Posteriormente, a palavra apócrifo era aplicada aos livros espúrios. 2. os livne apócrifos do A.T. Estes não faziam parte do Cânon hebraico, mas todos eram mais ou menos aeeitos pelos judeus de Alexandria que liam o grego, e pelos de outros lugares – e alguns são citados no Talmude. Esses livros, à exceção de 2 Esdras, Eelesiistico, Judite, To-bias, e 1 dos Macabeus, foram primeiramente escritos em grego, mas o seu conteíído varia em diferentes coleções. Eis os livros apócrifos pela sua ordem usual: i (ou iii) de Esdras: Trata dos fatos históricos desde o tempo de Josias até Esdras, sendo a maior parte da matéria tirada dos livros das Crônieas, de Esdras, e de Neemias. Foi escrito talvez no 1&lt – século a. C. ii (ou iV) de Eedrae: Uma série de visões e profecias, especialmente apocalípticas, que Esdras anunciou. É dos fins do 1º século d.C. Tobiar: Uma narrativa lendária, interessante pelo conheeimento dos eostumes dos antigos tempos de Aicar. Cerca do princípio do 2º sé-culo a.C. Judite: Uma história a respeito de serem liber-tados os judeus do poder de Holofernes, general persa, pela coragem da heroína Judite. Foi escrito cerca de meados do segundo século a.C. Ester: Capítulos adicionados à obra canônica. É, talvez, do segundo século a.C. Sabedoria de Salomão: Livro escrito um pouco no estilo do livro dos Provérbios, sendo precioso por estabelecer o contraste entre a verdadeira sabedoria e o paganismo. A DATA do seu aparecimento deve ser entre o ano 50 a.C. e 10 d. C. Eclesiástico, ou Sabedoria de Jesus, filho de Siraque: É uma coleção de ditos prudentes e judiciosos em forma muito semelhante ao livro dos Provérbios. Foi escrito primitivamente em hebraico, cerca do ano 180 a 175 a. C., e traduzido em grego depois de 132 a.C. A maior parte do original hebraico foi descoberta nos anos 1896 a 1900. Baruque: Uma pretensa profecia feita por Baruque na Babilônia, com uma epístola ao mesmo Baruque por Jeremias. Provavelmente é um escrito do segundo século a.C. Adição à História de Daniel, isto é, (a) o Cântico dos três jovens (Benedicite, com uma introdução) – (b) a História de Susana, representando Daniel como justo juiz – (c) Bel e o Dragão, em que Daniel mostra a loucura do paganismo. Há pouca base para determinar a DATA destas adições. oração de Manassés, rei de Judá, no seu cativeiro da Babilônia. A DATA é desconhecida. Primeiro Livro dos Macabeus, narrando os fatos da revolta macabeana que se deu do ano 167 em diante (a.C.). Foi escrito cerca do ano 80 a.C. Segundo Livro dos Macabeus, assunto semelhante, porém mais legendário, e homilético. Foi escrito um pouco depois do primeiro. Há também, o Terceiro Livro dos Macabeus, que é, segundo parece, uma história fictícia do ano 217 a. C., tratando das relações do rei egípcio, Ptolomeu iV, com os judeus da Palestina e Alexandria. DATA incerta, mas antes de 70d. C. Existe ainda o Quarto Livro dos Macabeu, que é um ensaio homilético, feito por um judeu de Alexandria, conhecedor da escola estóica, sobre a matéria contida no 2º livro dos Macabeus. É, talvez, do 1º século d. C. Ainda que os livros apócrifos estejam compreendidos na versão dos Setenta, nenhuma citação certa se faz deles no Novo Testamento. É verdade que os Pais muitas vezes os citaram isoladamente, como se fossem Escritura Sagrada, mas, na argumentação, eles distinguiam os apócrifos dos livros canônicos. S. Jerônimo, em particular, no fim do 4º século, fez entre estes livros uma claríssima distinção. Para defender-se de ter limitado a sua tradução latina aos livros do Cânon hebraico, ele disse: ‘Qualquer livro além destes deve ser contado entre os apócrifos.’ Sto. Agostinho, porém (354-430 d.C.), que não sabia hebraico, juntava os apócrifos com os canônicos como para os diferençar dos livros heréticos. infelizmente, prevaleceram as idéias deste escritor, e ficaram os livros apócrifos na edição oficial (a Vulgata) da igreja de Roma. o Concilio de Trento, 1546, aceitou ‘todos os livros… com igual sentimento e reverência’, e anatematizou os que não os consideravam de igual modo. A igreja Anglicana, pelo tempo da Reforma, nos seus trinta e nove artigos (1563 e 1571), seguiu precisamente a maneira de ver de S. Jerônimo, não julgando os apócrifos como livros das Santas Escrituras, mas aconselhando a sua leitura ‘para exemplo de vida e instrução de costumes’. 3. Livros Pseudo-epígrafos. Nenhum artigo sobre os livros apócrifos pode omitir estes inteiramente, porque de ano para ano está sendo mais compreendida a sua importância. Chamam-se Pseudo-epígrafos, porque se apresentam como escritos pelos santos do Antigo Testamento. Eles são amplamente apocalípticos – e representam esperanças e expectativas que não produziram boa influência no primitivo Cristianismo. Entre eles podem mencionar-se o Livro de Enoque (etiópico), que é citado em Judas 14. Atribuem-se várias datas, pelos últimos dois séculos antes da era cristã. os Segredos de Enoque (eslavo), livro escrito por um judeu helenista, ortodoxo, na primeira metade do primeiro século d. C. o Livro dos Jubileus (dos israelitas), ou o Pequeno Gênesis, tratando de particularidades do Gênesis de uma forma imaginária e legendária, escrito por um fariseu entre os anos 135 e 105 a.C. os Testamentos dos Doze Patriarcas: é este livro um alto modelo de ensino moral. Pensa-se que o original hebraico foi composto nos anos 109 a 107 a. C., e a tradução grega, em que a obra chegou até nós, foi feita antes de 50 d. C. os oráculos Sibilinos, Livros iii-V, descrições poéticas das condições passadas e futuras dos judeus – a parte mais antiga é colocada cerca do ano 140 a. C., sendo a porção mais moderna do ano 80 da nossa era, pouco mais ou menos. os Salmos de Salomão, entre 70 e 40 a. C. As odes de Salomão, cerca do ano 100 da nossa era, são, provavelmente, escritos cristãos. o Apocalipse Siríaco de Baruque (2 Baruq

  • apoderar

    Tomar posse, Apossar

  • apokálypsis

    A preposição grega apó indica um movimento de afastamento ou retirada de algo que está na parte externa de um objeto. Assim é usada em Mt 5,29: “Caso o teu olho direito te leve a pecar, arranca-o e lança-o para longe de ti (apó sou)”.

    Em hebraico, o verbo gâlâh é usado com o significado de “despir”, “descobrir”, “revelar”, “desvelar”. Ex 20,26 diz: “Nem subirás o degrau do meu altar, para que não se descubra (thigâleh) a tua nudez”. E 1Sm 2,27: “Um homem de Deus veio a Eli e lhe disse: ‘Assim diz Iahweh. Eis que me revelei (nighlêthî) à casa de teu pai…'”.

    Dn 2,29 usa o verbo gâlâh para a revelação do que deve acontecer: “Enquanto estavas sobre o teu leito, ó rei, acorriam-te os pensamentos sobre o que deveria acontecer no futuro, e aquele que revela (weghâlê’) os mistérios te deu a conhecer o que deve acontecer”.

    LXX traduz o verbo gâlâh pelo grego apokalýptô, que significa “descobrir”, “revelar”, “desvelar”, “retirar o véu”.

    O NT usa o mesmo verbo neste sentido. Mt 10,26, por exemplo: “Não tenhais medo deles, portanto. Pois nada há de encoberto que não venha a ser descoberto (apokalyfthêsetai)”. Ou Lc 10,22: “Tudo me foi entregue por meu Pai e ninguém conhece quem é o Filho senão o Pai, e quem é o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar (apokalýpsai)”.

    Deste verbo deriva o substantivo feminino grego apokálypsis, “revelação”, “apocalipse”. Em Gl 2,2 Paulo diz a propósito de sua ida a Jerusalém: “Subi em virtude de uma revelação (apokálypsin)…”. E o livro do Apocalipse começa assim: “Revelação (apokálypsis) de Jesus Cristo…”.

  • apoliom

    destruidor – anjo do abismo

  • apolo

    Eloqüente judeu de Alexandria, que veio a Éfeso durante a ausência de S. Paulo, sendo aí mais perfeitamente instruído na doutrina de Jesus Cristo por Áqüila e Priscila. Por conselho destes foi a Corinto, onde foi bem sucedido no seu trabalho, especialmente nas discussões com os judeus (At 18.24 a 28). Quando Paulo escreveu a sua primeira epístola aos Coríntios, a igreja de Corinto estava dividida em diversas parcialidades – uns cristãos eram do partido de Apolo em oposição a outros que arrogavam a si próprios os nomes de Paulo, de Cefas, e de Cristo (1 Co 1.12 – 3.4 a 6, 22 – 4.6). Apolo não era, de modo algum, responsável por aquele cisma, pois é certo que Paulo tinha inteira confiança nele (1 Co 16.12). A não ser a referência que lhe é feita em Tito 3.13, nada mais se sabe a seu respeito.

  • apologia

    Discurso para justificar, defender ou louvar.

  • apolônia

    que pertence a Apolo

  • apolônio

    consagrado a Apolo

  • apolönio

    consagrado a Apolo

  • apostasia

    Ato de desviar-se ou afastar-se do relacionamento com Deus.

  • apostatar

    Desertar (da fé), mudar (de religião ou de partido)

  • apostolado

    Missão de apóstolo

  • apóstolo

    Esta palavra significa mais do que ‘mensageiro’: a sua significado literal é a de ‘enviado’, dando a idéia de ser representada a pessoa que manda. o apóstolo é um enviado, um delegado, um embaixador. i. Nos Evangelhos. S. Lucas diz-nos que o nome apóstolos foi dado aos doze por Jesus Cristo (6.13), e em mais quatro passagens o emprega a respeito dos discípulos (9.10, 17.5, 22.14, 24.10). Em cada um dos outros Evangelhos o termo ocorre uma só vez (Mt 10.2 – Mc 6.30 – Jo 13.16). Nos Atos e Epístolas, especialmente nos escritos de S. Paulo, é freqüente. A razão é clara: Jesus chamou alguns ‘discípulos’ para, de perto, viverem com Ele e irem aprendendo a Palavra do Evangelho, mas sempre com o fim de enviá-los por toda parte como Seus representantes. Daqui se depreende que as idéias essenciais do apostolado devem ser compreendidas em todas as relações do Mestre com os doze, embora o nome pertença propriamente aos casos em que o discípulo vai numa missão a qualquer ponto, quer para tratar de serviços temporais durante a vida de Cristo, quer para sustentar a obra evangélica depois da Sua morte. A idéia vem expressa com verdadeiro conhecimento e precisão de frase em S. Marcos, quando ali se diz que ‘chamou os que ele mesmo quis, e vieram para junto dele. Então designou doze para estarem com ele e para os enviar a pregar’ (Mc 3.13, 14). Na significação do verbo enviar está incluída a de apóstolo (grego apostello). o estudo primário da significação de ‘apóstolo’, com base nos Evangelhos, deve efetuar-se em volta destes três pontos: chamada, educação, missão. Basta indicar aqui algumas das feições de cada especialidade, como se acha na simples e primitiva narração do Evangelho de Marcos (a) A Chamada. o primeiro ato do ministério público de Jesus Cristo é a chamada de Simão e André, Tiago e João, para a Sua companhia, a fim de fazer deles ‘pescadores de homens’ Mc 1.16 a 20). Uma estranha autoridade se nota na maneira de chamar, correspondendo-lhe uma resposta imediata: estas características aparecem na posterior chamada de Levi (2.14), e mesmo na nomeação dos doze (3.13 a 19). Não é o caso de uma adesão gradual a qualquer doutrina nova, a algum novo Mestre: é o próprio Jesus que, para os fins da Sua missão, toma a iniciativa. (b) A Educação. Na primeira parte do Evangelho são os discípulos testemunhas e companheiros de Jesus no Seu ministério público, mas ali se menciona uma direta instrução do seu Mestre (4.10 a 25,35 a 41 – 6.7 a 11,31,47 a 52 – 8.14 a 21). Todavia, a sua convivência com Jesus já habilitou Pedro, como que falando por todos, a fazer a grande confissão: ‘Tu és o Cristo’ (8.29), confissão seguida da predição de Cristo, três vezes repetida, com respeito à Sua paixão (8.31, 9.31, 10.33), proporcionando-lhes, entrementes, lições sobre renúncia, humildade, e serviço. o que se pode depreender do que se lê em S. Marcos é que desde o tempo do ministério da Galiléia, e depois de terem saído desta província, Jesus consagrou-Se cada vez mais à instrução e educação dos doze. Esta conclusão é sustentada, com muitos pormenores adicionais, por S. Mateus e S. Lucas, e confirmada pelo maravilhoso discurso de Jesus (Jo 13 a 17). (c) A Missão. A missão temporária, de que se fala em Mc 6.7 a 13, ainda que, pelo que sabe-mos, não se acha repetida, pode ser considerada como típica. insiste-se na simplicidade do abastecimento, como sendo de grande conveniência para concentração em trabalho urgente. Esta confiança é, também, acentuada no grande discurso que vem em Mt 10 geia-se Lc 10.1 a 24 sobre a missão dos setenta). os discípulos são revestidos de autoridade por Jesus, e na sua volta referem ao Mestre tudo o que tinham feito e ensinado. ii. Nos Atos e Epístolas. A suprema autoridade dos apóstolos, na igreja Primitiva, acha-se indicada em At 1.1 a 11, e manifesta-se por todo o livro. Com a escolha de Matias para o lugar que Judas deixou pela sua traição, ficou completo o círculo dos doze. Este fato nos mostra que, para o apostolado, era essencialmente requerido que o eleito tivesse sido companheiro de Jesus desde o Seu batismo até à ascensão. Mas pelas exigências da igreja, que tomou logo grande desenvolvimento, e pela livre concessão do Espírito Santo, deixaram de ter aquela estreiteza os limites do apostolado. Por ato da igreja de Antioquia (At 13.1 a 3), Barnabé e Saulo foram constituídos apóstolos: é-lhes conferido esse titulo, em 14.4, 14. Paulo não somente reclama com firmeza aquela qualidade (Rm 1.1 – 1 Co 1.1 – 2 Co 1.1, etc. – 1 Co 9.1 – 2 Co 11.5 – Gl 1.1, etc.), mas associa com ele a Barnabé (Gl 2.9 – 2 Co 9.5,6). É provável que Paulo queira, também, aplicar aquele termo a Tiago, o irmão do Senhor (1 Co 9.5 – 15.7 – Gl 1.19), a Silvano (1 Ts 2.6) – e mesmo a cristãos tão pouco conhecidos na história como Andrônico e Júnias (Rm 16.7). Mas esta extensão do círculo apostólico foi limitada por uma condição essencial: um apóstolo devia ter visto o Senhor (1 Co 9.1), para poder testemunhar logo o objeto da fé da igreja, Cristo ressuscitado (1 Co 15.8). Além disto, devia haver nele uma clara consciência da chamada divina e sua nomeação (Rm 1.1 – 1 Co 1.1, etc) e, servindo ao Senhor, os sinais de um apóstolo (2 Co 12.12 – 1 Co 9.2), etc. É em virtude destas combinadas aptidões que os apóstolos se acham primeiramente na ordem dos dons, que Deus concedeu à Sua igreja (1 Co 12.28 – Ef 4.11). Eles conservavam-se numa relação espiritual com Jesus Cristo, que os fez depositários e autorizados pregadores da Sua Palavra (2 Pe 3.2, e repetidas vezes nos escritores da primitiva igreja: cf. Ef 2.20 e Ap 21.14). Em conformidade com isto, a prova da apostolicidade foi mais tarde requerida nos escritos, que por fim fizeram parte do Cânon do Novo Testamento.

  • apoteótico

    Glorioso.

  • apoucar

    Reduzir(-se) a pouco ou a poucos; restringir(-se); tornar menor; diminuir; representar como de pouca importância; menosprezar

  • aprazer

    Causar prazer; ser aprazível; agradar, deleitar.

  • apreço

    Estima

  • apregoar

    Publicar; divulgar

  • aprisco

    Curral de ovelhas

  • aproximar

    Pôr próximo, Tornar próximo,Achegar, Estabelecer relações, Relacionar, Unir, Ligar, Fazer chegar, Apressar, Efetuar um processo de aproximação.

  • apupar

    Vaia; grito de reprovação

  • aqueduto

    Quando se aproximava de Jerusalém o exército da Assíria, mandou Ezequias tapar o manancial superior das águas de Giom, fazendo-as correr por meio de um canal para o isso executado com o fim de garantir aos habitantes um suprimento de água, que seria desviado dos invasores. outras referências se fazem ‘do aqueduto do construído açude superior’, e também a outro, por ordem de Ezequias (2 Rs 18.17 – is 7.3 – 36.2 – e 2 Rs 20.20 – *veja, também, is 22.9,11). Existem ainda as ruínas de vários aquedutos, tendo sido um destes construído pelo rei Salomão para levar a Jerusalém a água, que vinha de uma distância de 24 km dos ‘poços de Salomão’, além de Belém.

  • aquia

    grego: irmão de, ou um irmão de Jeová

  • aquias

    grego: irmão de, ou irmão de Jeová

  • aquietar

    Pôr ou tornar quieto, acalmar.

  • aquila

    Águia

  • áqüila

    Águia. Um judeu que, por força de um édito de Cláudio, foi obrigado a sair de Roma com sua mulher Priscila. S.Paulo encontrou-os em Corinto por ocasião da sua primeira visita, e trabalhou com eles no oficio de fazer tendas. Quando, passados dezoito meses, S. Paulo partiu de Corinto, acompanharam-no Áqüila e Priscila até Éfeso, onde ficaram, indo S. Paulo para a Síria. Em Éfeso tomaram a peito orientar melhor, na doutrina de Cristo, o pregador Apolo, que já tinha sido instruído no caminho do Senhor, mas imperfeitamente (At 18.24 a 26). A seriedade das suas crenças cristãs mostra-se no fato de, tanto em Roma como em Éfeso, se reunirem em sua casa os cristãos para realizarem o serviço religioso (1 Co 16.19 e Rm 16.5), e serem descritos por Paulo, nas saudações da sua epístola aos Romanos, como pessoas que ‘pela minha vida arriscaram as suas próprias cabeças’, referindo-se ao cuidado deles com ele próprio em certas ocasiões de tumultos e perigo (Rm 16.4).

  • áquilas

    homem do norte

  • aquiles

    Aquele que possui lábios curtos e grossos

  • aquim

    hebraico: Jeová estabelecerá

  • aquim =jeová estabelecerá
  • aquimeleque

    Deus é rei

  • aquimneleque

    hebraico: irmão de um rei

  • aquimote

    hebraico: irmão da morte

  • aquinoa

    hebraico: irmão gracioso

  • aquinoão

    Deus é amável

  • aquior

    Deus é luz

  • aquis

    hebraico: irado

  • aquisameque

    hebraico: irmão auxiliador

  • aquitobe

    meu irmão (Deus) é bom

  • aquitofel

    hebraico: irmão de loucura

  • ar

    hebraico: cidade ou vila

  • arã

    É o país situado ao norte e nordeste da Palestina, alta planície que está 600 metros acima do Mediterrâneo. Estendia-se desde o Líbano, Fenícia e Mediterrâneo até ao Eufrates (Nm 23.7 – 1 Cr 2.23). Até certo ponto incluía a Mesopotâmia e o território a que chamam Síria, sem a Palestina. *veja Síria. (Devemos notar que a Síria dos tempos bíblicos e a Síria moderna não são idênticas.) o país foi povoado por Arã, o quinto filho de Sem, cujos descendentes colonizaram as férteis terras ao norte da Babilônia, chamadas Arã, entre os dois rios, o Eufrates e o Tigres, sendo-lhes mais tarde dado o nome de Mesopotâmia pelos gregos, e de Padã-Arã pelos hebreus (Gn 25.20 e 28.2). Na Escritura, Arã geralmente é traduzido pelo termo Síria. os terrenos montanhosos fazem parte da alta e extensa cadeia de serras, conhecidas pelo nome de Líbano, incluindo os Montes de Hermom e Hor. orontes, Abana e Farfar são os seus principais rios. Durante o período da história do Antigo Testamento, Arã achava-se dividido em diversos pequenos reinos, que variavam por vezes em extensão e poder. os principais eram Síria de Damasco, Zobá, Hamate, Arã-Naaraim, Padã-Arã, Maaca, Bete-Reobe e Gesur. No tempo de Davi era Zobá o mais poderoso destes Estados – mais tarde, porém, foi transferida para Damasco a soberana autoridade (1 Rs 11.24 – is 7.8). Depois foi o reino submetido por Joabe, ficando dependente da monarquia judaica. Salomão perdeu Damasco, e Roboão a restante parte do país. (*veja Damasco.) Nos primitivos tempos da história dos heteus era por estes habitada a parte norte de Arã (*veja Heteus). Foi a pátria de Balaão (Nm 23.7). (*veja Síria.) 2. Filho de Sem (Gn 10.22, 23 – 1 Cr 1. 17). 3. Filho de Quemuel (Gn 22.21).

  • arabá

    A planície, o deserto. Arabá é esse profundo vale que forma a mais admirável característica da Palestina, e se estende, de ambos os lados do Jordão, desde acima do mar da Galiléia, ao norte, até ao Golfo Elanítico do mar Vermelho, constituindo uma das mais notáveis depressões na superfície do globo. A parte meridional deste vale irregular, e de uma maneira especial o sul do mar Morto, ainda tem o nome de Arabá, sendo particularmente interessante pelo fato de ter sido ali o teatro das peregrinações dos filhos de israel, depois que foram repelidos do sul da Terra Prometida. É, na maior parte, uma região pavorosamente desoladora, listrada de raríssima vegetação sob um sol ardente: ‘Terra seca e deserta, terra em que ninguém habita, nem passa por ela homem algum’ (Jr 51. 43). A palavra acha-se em Js 18.18; mas geralmente em lugar de Arabá vem o termo ‘planície’.

  • arabe

    hebraico: emboscada

  • arabela

    Altar formoso

  • arábia

    Deserto. A primeira vez que se menciona esta região na Sagrada Escritura é quando se refere a Salomão, recebendo ouro de ‘todos os reis da Arábia’ (1 Rs 10.15, 2 Cr 9.14). Josafá recebeu dos seus habitantes 7.700 carneiros e 7.700 bodes (2 Cr 17.11). os árabes, guerreiros selvagens, foram contra Judá nos dias de Jeorão, saquearam a casa deste rei, e levaram as suas mulheres e os seus filhos; mas foram derrotados por Uzias (2 Cr 26.7 e 21.17). A Arábia e os príncipes de Quedar negociaram com Tiro, e alguns dos seus habitantes estiveram entre os ouvintes dos apóstolos no dia de Pentecoste (At 2.11). Paulo, depois de convertido, retirou-se para a Arábia (Gl 1.17), provavelmente aquela parte do deserto, perto de Damasco. Em Gl 4.25 a referência é à península do Sinai. A designação de Arábia, como está nas Escrituras, aplica-se geralmente à Arábia Petréia, formada pelo Sinai, iduméia, e região do monte Seir. Algumas vezes se faz referência ao país, chamando-lhe ‘oriente’ (Gn 10.30, 25.6, e 29.1). os mais antigos habitantes foram chamados horeus, por terem vivido em cavernas, mas foram desapossados pelos edomitas, israelitas e amalequitas. As principais tribos da Arábia Petréia, mencionadas na Bíblia, são os amalequitas, edomitas, horeus, ismaelitas, midianitas, moabitas e amonitas. os habitantes do norte da Arábia, ou Arábia deserta (oeste e norte da Arábia Petréia), pretendem descender de ismael e Quetura. os seus hábitos de pilhagem são diversas vezes mencionados no Antigo Testamento (2 Cr 21.16, 26.7; Jó 1.15; Jr 3.2). o seu comércio era considerável em mercadorias da Arábia e da india, desde as praias do Golfo Pérsico (Ez 27.20 a 24); ainda há, principiando neste ponto, uma cadeia de oásis no deserto, que são outras tantas estações de caravanas. A Arábia ocidental, que inclui a península do Sinai, foi povoada pelos descendentes de Esaú, e geralmente era conhecida por terra de Edom ou iduméia, bem como pelo seu mais antigo nome de Deserto de Seir ou Monte Seir. os idumeus descendem ao mesmo tempo de Esaú e ismael, pelo fato de ter casado aquele com a filha deste último (Gn 28.9 e 36.3). o principal Estado da antiga Arábia era o de iêmen, ao sudoeste da península. Era este o reino bíblico de Sabá, cuja rainha foi ouvir a sabedoria de Salomão (1 Rs 10). os árabes chamam-lhe Bilkis. outro importante reino foi o de Hija, que estava situado na parte superior do mar Vermelho, do qual foi Mudade (ou El-Mudade) um dos seus famosos dominadores. Segundo os árabes, casou ismael com uma filha do primeiro Mudade, de quem é descendente Adnã, antepassado de Maomé. os árabes modernos afirmam que a sua nação é predominantemente ismaelita. As tribos que pretendem ter a sua origem no abandonado filho de Abraão, sempre foram governadas por pequenos chefes ou principais da família (xeques ou emires), havendo, geralmente, seguido a vida patriarcal. Diz o falecido Edward Stanley Poole: ‘Pessoa alguma pode misturar-se com este povo sem constantemente e por força lembrar-se dos primeiros patriarcas ou dos já fixados israelitas. Podemos apresentar, por exemplo, a sua vida pastoril, a sua hospitalidade, o seu universal respeito pela idade (Lv 19.32), a sua deferência familiar (2 Rs 5.13), e a sua supersticiosa consideração pela barba. No sinete do anel, que se usa no dedo mínimo da mão direita, está usualmente gravada uma frase de submissão a Deus, ou da Sua perfeição, como ‘Santidade ao Senhor’ (Êx 39.30) e as palavras de Cristo ‘por sua vez certifica que Deus é verdadeiro’ (Jo 3.33). Como sinal de confiança este anel é dado a outra pessoa (como em Gn 41.42). o estojo de escrevedor que se usa no cinto é, também, muito antigo (Ez 9.2), assim como o véu. Um homem tem o direito de requerer o casamento com sua prima, e abandona esse direito, tirando o seu sapato, como fez o parente de Rute a Boaz (Rt 4.7,8).’ As especiarias, o incenso, e as pedras preciosas mencionadas nas Escrituras, como vindas da Arábia, eram provavelmente produtos das regiões meridionais, que ainda são célebres por estas produções. o Cristianismo foi implantado na Arábia do sul pelo fim do segundo século, e já cem anos mais tarde tinha feito grande progresso. Floresceu principalmente no iêmen, onde se edificaram muitas igrejas; mas o estabelecimento da religião maometana, tendo na verdade destruído as crenças pagãs, extinguiu também no país o Cristianismo.

  • arade

    fugitivo

  • arado

    o arado da Síria, empregado em todas aquelas regiões, era um instrumento muito simples, sendo tão leve que um homem podia facilmente conduzi-lo. Na verdade, algumas vezes não era mais do que um ramo de árvore, cortado abaixo da bifurcação, e usado sem rodas. Com uma máquina tão imperfeita, era impossível fazer mais do que raspar a superfície da terra. Mesmo aqueles arados, providos de relhas e de dentes, eram, e ainda hoje são, muito leves, obrigando o lavrador a apoiar-se neles com toda a sua força para que possam rasgar a terra (Lc 9.62). Algumas vezes a extremidade do cabeçalho era guarnecida de ferro, ficando de tal forma que as profecias de isaías (2.4) e de Joel (3.10) poderiam facilmente ser realizadas.

  • aram

    hebraico: alto, magnificente

  • aramaico

    A língua do povo de Arã. Ela propagou-se por toda parte, exerceu influência sobre o hebraico, sendo no tempo de Jesus Cristo a língua popular da Palestina. As conquistas dos árabes destruíram a posição que o aramaico conservava.

  • aranha

    Em dois casos (Jó 8.14 – is 59.5,6) não há dúvida de que se trata da aranha, pois é ela mencionada com a sua teia. A Palestina tem aranhas em grande número, que habitam a superfície do chão, e debaixo da terra em buracos, nas árvores, nas casas, e nas cavernas, vendo-se algumas vezes as paredes e os buracos completamente cobertos das suas teias. Jó compara a esperança do malvado à fraqueza da filamentosa teia de aranha (8.14).

  • arão

    A significação deste nome é incerta. Foi o primeiro Sumo Sacerdote de israel, descendendo de Levi, o terceiro filho de Jacó. Seu pai chamava-se Anrão e sua mãe Joquebede, era irmão de Moisés e de Miriã, três anos mais velho que aquele, e mais novo do que esta. Foi escolhido por Deus para ser cooperador de Moisés em virtude do seu dom de fala (Êx 4.16). Ele foi com Moisés a Faraó, realizando sinais na presença deste rei, e sendo também o instrumento de Deus em outros maravilhosos casos (Êx 7.10). Na batalha contra Amaleque, sustentaram Arão e Hur as mãos de Moisés, para que israel fosse vitorioso (Êx 17.12). Quando Moisés subiu ao monte Sinai, foi Arão persuadido pelo povo a fundir um bezerro de ouro para adoração, e pelo seu procedimento foi severamente censurado. Moisés orou, e obteve o perdão de Deus para o povo e Arão (Dt 9.20). Algum tempo depois foi ele consagrado sumo sacerdote, devendo este alto cargo ser hereditário na família. Coré e os levitas revoltaram-se contra a sua dignidade sacerdotal, sendo o primeiro consumido pelo fogo. ofereceu Arão incenso para suspender a praga, e o Senhor manifestamente aceitou sua intercessão pelo povo. Juntamente com Moisés e os príncipes de israel recebeu ele a missão de fazer a contagem do povo. o murmúrio de Arão e Miriã contra Moisés teve, talvez, a sua origem na má vontade de Miriã, mas não persistiu por muito tempo (Nm 12). Em Meribá pecou ele e Moisés (Nm 20.10 e seg.), e parece que a sua morte se deu pouco depois no monte Hor, sucedendo-lhe no cargo seu filho Eleazar, que, somente com Moisés presente, dirigiu o culto da sepultura (Nm 20.28). Teve Arão de sua mulher Eliseba quatro filhos. Dois deles, Nadabe e Abiú, pereceram pelo fogo do Senhor, ainda em vida de seu pai, pelo fato de terem oferecido um fogo estranho. o sumo sacerdócio continuou na descendência de Nadabe até ao tempo de Eli, que pertencia à casa de itamar. Quando Salomão subiu ao trono, tirou aos filhos de Eli o sumo sacerdócio, e deu-o a Zadoque da casa de Eleazar, cumprindo-se assim a profecia que vem no livro 1º de Samuel 2.30.

  • arará

    terra santa

  • ararate

    Território montanhoso da Armênia, mencionado na Escritura, para designar o lugar onde repousou a arca depois do dilúvio (Gn 8.4) – foi o asilo dos filhos de Senaqueribe (2 Rs 19.37 – is 37.38), e o seu povo era aliado, e provavelmente vizinho, de Mini e Asquenaz (Jr 51.27). o platô armênico foi bem adaptado para ser o berço da raça humana, e o centro do qual os homens podiam partir para as várias partes do mundo. A especial montanha que tem sido identificada com aquela, onde parou a arca, embora seja chamada Ararate pelos exploradores europeus, é conhecida com o nome de Massis pelos armênios, de Aghri-Dagh (escarpado monte) pelos turcos, e de montanha de Noé (Kuh-i-Nuh) pelos persas. Termina em dois picos cônicos, que se chamam o Maior e o Menor Ararate, distantes cerca de onze quilômetros um do outro, o primeiro estando a 6.260 metros acima do nível do mar, e o outro a 4.267 metros acima da planície dos Arapas.

  • arauna

    hebraico: ágil ou força de Baal

  • arauto

    Mensageiro

  • arba

    quatro

  • arbe

    hebraico: meu servo

  • arca

    Uma caixa, ou qualquer vaso de forma semelhante. Há três arcas, que pedem especial menção. l. A arca de Noé (Gn 6.14 a 8.19). Noé, por mandado de Deus, construiu uma embarcação na qual ele, sua família e uma grande variedade de animais foram salvos do dilúvio. As dimensões da arca eram: 300 côvados de comprimento, 50 de largura, e 30 de altura. Foi feita de madeira de cipreste, sendo muito bem betumadas as juntas por dentro e por fora para torná-la impermeável à água. Tinha três andares e uma janela que, provavelmente, se prolongava em volta de toda a arca com pequenas interrupções. (*veja Noé.) 2. A arca de Moisés. Era uma arca feita de juncos (Êx 2.3 a 6), na qual o menino Moisés foi colocado, quando exposto à beira do rio Nilo. Como a arca de Noé, foi feita impermeável por meio de betume e pez. (*veja Moisés.) 3. A arca da Aliança ou do Testemunho: esta, com a sua cobertura, o propiciatório, achava-se realmente revestida de santidade e mistério. Em Êx 25 vem uma completa descrição da sua estrutura. o propiciatório, que servia de apoio aos querubins, era considerado como o símbolo da presença de Deus (*veja Propiciatório). Por vezes se manifestava a divindade por uma luminosa nuvem, chamada Shequiná. Quem tinha o cuidado da arca eram os levitas da casa de Coate, que a levaram pelo deserto. Mas, antes de ser transportada, era toda coberta pelos sacerdotes, e já não era vista. Continha a arca as duas tábuas da Lei, chamando-se por isso a arca da Aliança, e provavelmente também uma urna com maná, e a vara de Arão (Hb 9.4). A arca, que ocupava o lugar mais santo do tabernáculo, o Santo dos Santos, nunca era vista senão pelo sumo sacerdote, e isso somente em determinadas ocasiões. A arca realiza um papel eminente na história do povo escolhido. Foi levada pelos sacerdotes até ao leito do Jordão, cujas águas se separaram, para poder passar o povo israelita (Js 4.9 a 11). Por sete dias andou aos ombros dos sacerdotes em volta de Jericó, antes de caírem os muros da cidade (Js 6.1 a 20). Depois de fixar-se na Palestina o povo de israel, a arca permaneceu por algum tempo no tabernáculo em Gilgal, sendo depois removida para Silo até ao tempo de Eli, quando foi levada para o campo de batalha, porque os israelitas supunham que pela presença dela podiam alcançar completa vitória. Mas não foi assim, e a arca ficou em poder dos filisteus (1 Sm 4.3 a 11). A santidade da arca, enquanto estiveram de posse dela os pagãos, foi manifestada por milagres, sendo grandes as tribulações nas terras dos filisteus para onde era levada (1 Sm 4 e 6). Depois de seis meses foi devolvida a arca para território hebreu. Primeiramente, esteve em Bete-Semes, onde a curiosidade do povo foi terrivelmente castigada (1 Sm 6.11 a 20) – depois disto foi transportada para Quiriate Jearim (1 Sm 7.1), donde seguiu mais tarde, por ordem de Davi, para a cidade de Jerusalém, com grande cerimonial. Mas antes disso esteve por algum tempo em Perez-Uzá, onde foi ferido de morte Uzá, quando estendia a mão à arca que parecia tombar (2 Sm 6.1 a 19). Mais tarde foi colocada por Salomão no templo (1 Rs 8.6 a 9). Quando os babilônios destruíram a cidade de Jerusalém e saquearam o templo, provavelmente foi a arca tirada dali por Nabucodonosor e destruída, visto como não se achou mais vestígio dela. Não é mencionada entre as coisas sagradas que foram expostas na cidade santa (Ed 1.7 a 11). Tácito, historiador romano, dá testemunho do estado vazio do Santo dos Santos, quando Pompeu ali entrou. A ausência da arca, no segundo templo, foi uma das notas de inferioridade deste com respeito ao edificado por Salomão.

  • arca da aliança

    Objeto mais sagrado de culto em Israel. Uma caixa feita de acácia e coberta com ouro. A arca ficava guardada no Santo dos Santos do tabernáculo durante o Êxodo e no Lugar Santíssimo do templo edificado por Salomão. Ela não podia ser tocada; era transportada por varapaus sobre argolas fixadas nos seus quatro cantos.

  • arcabouço

    Ossatura do tórax; esqueleto

  • arcanjo

    Anjo principal. 2 Ts 4.16 – Jd 9 (*veja Anjo.)

  • arcano

    Segredo; mistério

  • arco

    do Lat. arcu

    s. m.,
    porção da circunferência; instrumento que serve para atirar setas; haste, guarnecida de crina, com que se ferem as cordas de certos instrumentos; curva de abóbada; qualquer objecto de forma anelar ou circular; aro; ornamentos constituídos por dois mastros ligados por vergas e revestidos de verdes e flores que se levantam em festas religiosas e romarias; cada uma das curvas do parêntesis.

  • arco-iris

    A correta interpretação de Gn 9.13 não é que pela primeira vez tenha aparecido então o arco-íris, mas sim que Deus consagrou esse fenômeno como sinal do Seu amor e testemunho da Sua promessa.

  • arde

    que brota

  • ardil

    Cilada; armadilha

  • ardilosamente

    Astuciosamente

  • ardim

    ornamento

  • ardis

    Astúcia, manha, artimanha, artifício; estratagema, ardileza.

  • ardom

    hebraico: rebento

  • ardósia

    Rocha rudimentar, separável em lâminas.

  • aredi

    hebraico: fugitivo, ou jumenta brava

  • areli

    valente, heróico

  • areópago

    ou Monte de Marte. Areópago significa literalmente o monte de Marte ou de Ares. Estava situado num cimo rochoso de Atenas, em frente da Acrópole. o sítio é memorável pelo fato de ali reunir-se o senado do Areópago, a mais antiga e venerável das academias de Atenas. os areopagitas sentavam-se como juizes, ao ar livre, em bancos de pedra, escavados na rocha. A linguagem de At 17.19, 22, deixa-nos em dúvida sobre se S.Paulo foi ali levado e permaneceu em pé no meio do Areópago, ou se foi ao monte de Marte guiado pelos filósofos, a fim de que, em lugar à parte e em maior sossego do que havia no mercado, ouvissem o que ele tinha a dizer. As opiniões dividem-se sob este ponto. A expressão dos Atos ‘no meio do Areópago’ parece indicar que a conversa foi no lugar apontado – mas como a fala de Paulo tinha caráter popular, é bem possível que tudo se passasse fora de qualquer formalidade. Certamente não houve uma conferência formal, mas talvez Paulo fosse à audiência de Stoa Basileios, ou para um exame preliminar de suas doutrinas, ou então para, segundo Ramsay (Paul the Traveller), ‘satisfazer aquele supremo claustro universitário acerca das qualificações do apóstolo para ensinar’.

  • aretas

    o rei Aretas (2 Co 11.32). Houve muitos príncipes da Arábia com este nome, mas o único mencionado nas Escrituras é aquele, cujo governador em Damasco (9 a. C. até 40 d. C.) procurou prender Paulo, que escapou descendo num cesto por uma janela da muralha. Trata-se daquele Aretas, cuja filha casou com Herodes Antipas. Quando este repudiou sua mulher para unir-se a Herodias (mulher de seu irmão Filipe), Aretas mandou um exército contra ele, alcançando uma grande vitória. Foi esta guerra, no juízo da plebe, o justo castigo do Céu, que Antipas sofreu por ter mandado assassinar João Batista.

  • areuna

    hebraico: Jeová está firme

  • arfade

    hebraico: apoio

  • arfaxade

    hebraico: atolado ou brotando

  • arganaz

    Acha-se mencionado quatro vezes na Escritura: em Lv 11.5 – em Dt 14.7, entrando no número daqueles animais, de que ninguém se podia alimentar, porque ‘ruminam, mas não têm a unha fendida’ – em Sl 104.18, como achando abrigo nas rochas – e em Pv 30.26, pertencendo às quatro pequenas coisas, que são muito sábias: ‘povo não poderoso, contudo fazem a sua casa nas rochas.’ o que se traduz por ‘arganaz’ é o Hyraz Spria-cus. Destes animais, parecidos com o nosso coelho, há ainda abundância na Síria – vivem nas rochas e procuram refúgio logo ao menor sinal de perigo.

  • argemiro

    Combatente, guerreiro ilustre

  • argentina

    De prata, natural da Argentina

  • argobe

    Amontoado de pedras. 1. Território ao oriente do Jordão, em Basã, no reino de ogue, contendo sessenta grandes cidades fortificadas. Argobe estava na porção que coube à meia tribo de Manassés, tendo tomado a respectiva posse Jair, o chefe daquela tribo. Depois disto formou um dos comissariados de Salomão, que estava a cargo de um oficial, cuja residência era em Ramote-Gileade (Dt 3.4, 13,14 – 1 Rs 4.13). Em tempos posteriores, Argobe recebeu o nome de Traconites. Tem sido identificado este território com o Lejah, notável província ao sul de Damasco e ao oriente do mar da Galiléia. A região é, na realidade, uma vasta camada de lava, dura como pederneira, soando como metal quando fortemente tocada. Ainda que tão rochosa e escalvada, tem, contudo, sítios férteis. Deve ter sido muito povoada em certo tempo, porque foram descobertas as ruínas de mais de cinqüenta cidades. Este vasto território forma maravilhoso contraste com a confinante planície de Haurã, um platô de ondulantes vales, de solo riquíssimo, que se estende desde o mar da Galiléia até ao Lejah, indo além do deserto, e quase não tendo uma pedra. 2. *veja 2 Rs 15.25 – esta passagem não nos diz claramente se ele foi conspirador ou um oficial do rei Peca.

  • argueiro

    Uma partícula de qualquer coisa seca como o pó (Mt 7.3).

  • argüem

    Acusar

  • argüir

    Repreender; acusar; censurar

  • argumento

    Raciocínio pelo qual se tira uma conseqüência ou dedução.

  • arguto

    De espírito vivo, engenhoso, sutil, perspicaz.

  • ari

    Leão

  • ari ou arih

    leão

  • ariana

    Aquela que é pura e casta

  • ariane

    Aquela que é pura e casta

  • ariatico

    grego: derivado da cidade de Ádria na Itália

  • aridai

    hebraico: grande, brilhante

  • aridata

    persa: nascimento nobre

  • aridez

    Qualidade do que é árido, secura, esterilidade..

  • arié

    Leão. Foi, juntamente com Argobe,conspirador ou oficial (2 Rs 15.25). (*veja Argobe.)

  • ariel

    leão de Deus

  • ariet

    latim: leão, hebraico: carneiro

  • ariete

    (Ez 4.2 – 21.22). Máquina de guerra, feita de uma comprida trave de qualquer madeira dura, como carvalho. Numa extremidade tinha uma pesada chapa metálica com a feição de cabeça de carneiro. Esta trave estava suspensa sobre um estrado de vigas grossas, e era colocada diante do muro ou portão que devia ser derrubado: a cabeça de carneiro era movida para trás, e, impelida depois fortemente, ia bater no alvo. os romanos fizeram grande uso desta arma no cerco de cidades fortificadas. (*veja Armas.)

  • aríetes

    Antiga máquina de guerra para abater ou derrubar muralhas

  • arimatéia

    altura

  • ario

    dedicado a ares, rei da guerra

  • arioque

    nobre

  • arisai

    semelhante a leão

  • arisal

    hebraico: semelhante a um leão

  • armadura

    Conjunto de armas defensivas dos antigos guerreiros, especialmente aquelas que constituíam a sua vestidura e proteção direta do corpo.

  • armagedom

    A montanha de Megido. Nome simbólico da cena da última grande luta espiritual, e derivado de 2 Cr 35.22. (Ap 16.16.) o vale de Megido é o grande campo de batalha do Antigo Testamento, onde se efetuaram as principais lutas entre os israelitas e os inimigos do povo de Deus. Foi ali, na planície de Esdrelom, que Baraque ganhou uma grande vitória sobre os cananeus, e Gideão sobre os midianitas (Jz 4 e 5, e 7). Ali também encontrou a morte o rei Saul às mãos dos filisteus (1 Sm 31.8), e Josias às mãos dos egípcios (2 Rs 23.29,30g Cr 35.22).

  • armas

    Primeiramente, vamos tratar das armas ofensivas, mencionadas na Bíblia: 1. A espada, o instrumento de guerra mais usual, na antigüidade, era menor do que a moderna, como podemos inferir da descrição em Jz 3.16, onde se diz que o punhal de Eúde tinha um côvado de comprimento. Mas, nas mãos de guerreiros experimentados, ela podia ser manejada com terrível efeito (2 Sm 20.8 a 12 – 1 Rs 2.5). Era metida numa bainha, e estava presa a um cinturão. Antes do tempo do metal, as armas contundentes e cortantes eram feitas de pederneira, mas em parte alguma se diz que os israelitas fizeram uso delas. Somente em tempo de guerra se usava a espada – em tempo de paz nem mesmo o rei na sua majestade a trazia (1 Rs 3.24). 2. A lança, de diversas espécies, desde a fortíssima arma, a chanith, que pesava cerca de 25 arratéis, e foi usada por Golias e Saul, até ao kidon, leve e curta haste, que o guerreiro levava às costas, entre os ombros. Ainda havia outras, como a romack, a slelach, e a shebet. Foi com a lança shebet (traduzida a palavra por ‘dardos’) que Joabe acabou de matar Absalão (2 Sm 18.14). 3. o ano era uma arma, na qual eram amestrados todos os soldados, desde o mais humilde aos filhos do rei. Parece que era curvado com o auxílio do pé. Também são mencionados arcos de aço, como especialmente fortes. o cordel era provavelmente, a princípio, alguma fibra dura. As setas eram levadas numa aljava, e algumas vezes envenenadas. 4. A funda é, pela primeira vez, mencionada em Jz 20.16, onde se diz que 700 benjamitas, com a sua mão esquerda, podiam atirar ‘com a funda uma pedra num cabelo, e não erravam’. Em tempos posteriores os fundibulários faziam parte do exército regular (2 Rs 3.25). As fundas são ainda usadas na Palestina por aqueles que vigiam os rebanhos, e certamente Davi, enquanto rapaz, também fez uso dessa arma, com que mais tarde havia de ferir o gigante Golias. Agora, a respeito de armas defensivas, que a Bíblia menciona – são elas: (1) a couraça (1 Sm 17.5, 2 Cr 26.14 – Ne 4.16) – (2) o capacete (1 Sm 17.5 – 2 Cr 26.14 – Ez 27.10) – (3) grevas ou caneleiras para proteger as pernas e os pés (1 Sm 17.6) – o escudo, de que havia duas espécies: o zinnah, que encobria toda a pessoa, e o magen, para usar-se nos conflitos corpo a corpo. Ambas estas palavras se usam nos salmos metaforicamente com relação ao amparo de Deus (*veja Ef 6.10 a 17).

  • armênia

    hebraico: terra sagrada

  • armoni

    hebraico: nascido no palácio

  • arnã

    ágil, veloz

  • arnan

    hebraico: ligeiro, ágil

  • arni

    hebraico: homem

  • arnom

    Torrente. Um rio que servia de limite ao país de Moabe, tendo ao norte o país dos amorreus. Nasce nas montanhas da Arábia, corre através do deserto para o mar Morto, em frente de En-Gedi. Atualmente chama-se Mojeb. o seu curso é através de uma ravina de grande profundidade. À corrente em plano segue-se uma descida precipitada, que abre caminho à água por entre precipícios de pedra calcária – a largura de crista a crista é de quase cinco quilômetros. Em certa parte ainda ali se vêem vestígios de uma empedrada estrada romana, existindo também o arco da ponte. o rio corre por entre ricos prados, e em certos lugares há, nas margens, abundância de loureiros e salgueiros. Quando o Arnom se precipita no mar Morto, a sua largura é de 24 m, tendo pouco mais de um metro de profundidade, com lados perpendiculares de arenita, escura, avermelhada e amarela.

  • arnon

    hebraico: murmurando, berrando, Torrente bravadora

  • arnon ou armôn

    rio que desagua no mar Morto

  • arode

    burro selvagem

  • arodi

    hebraico: asmo, montes

  • aroer

    desnudo

  • arolote

    hebraico: monte de prepúcios

  • aron

    iluminado

  • arpachade

    grego: regenerador

  • arpade

    descanso

  • arquelau

    Guia do povo. Filho de Herodes Magno e de Mataca, a quem Herodes legou a maior parte do seu reino (Judéia, iduméia e Samaria) com o título de rei. A única menção que dele se faz no N.T. é significativa. Quando José, casado com Maria, ouviu ‘que Arquelau reinava na Judéia em lugar de seu pai Herodes, temeu ir para lá’, com o menino Jesus (Mt 2.22). Desde o princípio foi o governo de Arquelau manchado com atos de crueldade e derramamento de sangue. Não muito depois da morte de seu pai, foram assassinados 3.000 judeus no templo por uma coorte de soldados romanos, que Arquelau tinha mandado para sufocar um tumulto. Uma poderosa embaixada de judeus pediu ao imperador César Augusto que depusesse Arquelau e unisse a Judéia à Síria. Augusto recusou, permitindo, contudo, que ele não usasse o título de rei, mas o de etnarca. E na qualidade de governador dirigiu a sua província por dez anos, 4 a.C. até 6 d. C. Quando chegou este ano, uma segunda delegação foi a Roma, com o fim de apresentar queixas ao imperador a respeito das crueldades de Arquelau. A prova dos fatos era, então, esmagadora. Augusto, tendo posto o governador em frente dos seus acusadores, tomou por fim a resolução de o banir para a Gália, onde morreu.

  • arqueólogo

    Especialista em arqueologia (ciência que estuda a vida e a cultura dos povos antigos por meio de escavações ou através de documentos, monumentos, objetos, etc., por eles deixados).

  • arqueus

    Uma das famílias cananéias quehabitaram em Arca, cidade situada ao norte da Fenícia (Gn 10.17 – 1 Cr 1.15). Arca tornou-se famosa pelo culto que os seus habitantes prestavam a Afrodite. Foi fortificada pelos árabes e atacada pelos Cruzados, que, sob o comando de Raimundo de Tolosa, em vão a cercaram em 1099 durante o espaço de dois meses. Todavia, mais tarde, foi tomada por Guilherme de Sartanges. Em 1202 foi totalmente destruída por um terremoto. o lugar que agora tem o nome de Arca está à distância de dezenove quilômetros mais ou menos, ao norte de Trípoli, e de oito quilômetros ao sul de Nahr-el-Kebir (Eleutero). A grande estrada da costa passava entre essa povoação e o mar.

  • arquimedes

    O que pensa muito

  • arquipo

    mestre-estábulo

  • arquita

    hebraico: tolerância

  • arquitetura

    o mais antigo edifício de que há memória é a Torre de Babel, construida com tijolos cozidos ao fogo, fortemente ligados por meio de betume, tão abundante no vale do Eufrates (Gn 11). Há, pelo menos, duas cidades nas terras a que se refere a Bíblia, que pretendem ser de uma remotíssima antigüidade, e são elas Damasco e Hebrom. A primeira já existia no tempo de Abraão, e Hebrom, que era de origem cananéia, foi fundada cerca do ano 2.000 a.C. os primeiros israelitas, pastores de vida nômade, habitavam em tendas, mas durante a sua escravidão no Egito foram obrigados a trabalhar em construções, muitas das quais de considerável fama. Mas é somente a partir do tempo de Davi que eles se podem considerar como edificadores. Começaram nessa época a usar a pedra calcária, de que havia abundância, não só em reparações de ruínas, mas na edificação de novos palácios e fortalezas. Mas as tendas ou cabanas de ramagem com rudes pinturas ainda continuaram a ser as casas favoritas do povo. Quando entraram na terra prometida, ai acharam cidades muradas que os esperavam (Nm 13.28 – Dt 1.28). Davi preparava-se para a grande empresa de edificar o templo, mas essa tarefa foi reservada para Salomão, que livremente chamou em seu auxílio operários estrangeiros, mandando vir, também, materiais de fora (1 Rs 5.10 – 1 Cr 28 e 29). Além das suas obras em Jerusalém e perto desta cidade, Salomão edificou, em vários lugares, fortalezas e cidades. Entre os reis de Judá e israel, houve muitos que foram grandes edificadores (1 Rs 15.17, 23 – 22.39 – 2 Rs 20.20 – 2 Cr 32.27, 30). Na volta do cativeiro foram reedificados os muros de Jerusalém e o templo, muito solidamente com pedra e madeiras do Líbano (Ed 5.8). Durante o governo de Simão Macabeu foi erigida para defesa do templo e da cidade a fortaleza Barris, mais tarde chamada Antônia. ‘Mas’, diz o cônego Philpott, ‘os reinos de Herodes e seus sucessores foram especialmente notáveis pelo desenvolvimento que, por meio deles, tomou a Arquitetura. o templo foi restaurado com grande magnificência, e Jerusalém fortalecida com várias fortificações e embelezada de bons edifícios.’ Ainda existem as ruínas de muitas sinagogas galiléias, de um estilo misto de arquitetura, parte judaico e parte romano, as quais foram construídas durante o segundo e terceiro séculos da nossa era.

  • arraial

    Acampamento

  • arraigar

    Firmar pela raiz; fixar, enraizar.

  • arratéis

    496 gr.

  • arratel

    325 gr.

  • arrazoar

    Discutir; expor um assunto; falar

  • arrebatamento

    A palavra grega, traduzida por arrebatamento ou êxtase, somente a emprega Lucas, o médico (At 10.10 – 11.5 – 22.17). Pedro experimentou um arrebatamento quando viu os céus abertos e toda espécie de animais quadrúpedes que desciam até perto dele. Neste arrebatamento ouviu uma voz que lhe ensinou como havia de proceder a respeito da chamada dos gentios. Paulo diz que caíra em êxtase na sua volta de Damasco, quando recebeu o mandado de Deus para ir aos gentios. Há uma breve notícia de outro arrebatamento em 2 Co 12.1 a 4. Tal palavra não se encontra no A.T., mas acham-se lá descritos alguns fenômenos análogos (Nm 24.4,16). Um profundo sono caiu sobre Abraão, sentindo também o pavor de uma grande escuridão (Gn 15.12). Balaão viu uma visão de Deus (Nm 24.4). Saul profetizou e caiu em êxtase (1 Sm 19.24). Ezequiel por sete dias esteve atônito até que a palavra do Senhor veio à sua alma (Ez 3.15 – 8.3). (*veja Sonho, Visão.)

  • arrebatar

    Enfurecer; encolerizar

  • arrecada

    Brinco, em geral de metal e em forma de argola.

  • arrecadas

    Adorno de orelha, geralmente em forma de argola

  • arredar

    Remover para trás; recuar

  • arregimentar

    Alistar ou reunir em regimento

  • arremeter

    Atacar com ímpeto ou fúria

  • arrepender

    se – Abandonar conscientemente o pecado e voltar-se para Deus; lastimar-se por atos cometidos e resolver nunca mais repetir o mesmo erro.

  • arrepender-se

    Abandonar conscientemente o pecado e voltar-se para Deus; lastimar-se por atos cometidos e resolver nunca mais repetir o mesmo erro.

  • arrependimento

    Arrependimento é o sentimento de pesar por faltas cometidas, ou por um ato praticado. Neste último sentido se diz a respeito de Deus, como se vê em Gn 6.6 – 1 Sm 15.11, etc. – e, semelhantemente, as ações divinas são, a outros respeitos, apresentadas por meio de ter-mos que se aplicam propriamente em relação ao homem (Gn 8.1 – 11.5). os profetas, em muitas das suas passagens, chamam o homem ao arrependimento dos seus pecados e à mudança de vida (is 55.7 – Jr 3.12 a 14 – Ez 14.6 – Jl 2.12,13). Com respeito a alguns exemplos de arrependimento e confissão de pecados, no A.T., *veja Nm 12.11 – 1 Sm 15.24 a 31 – 2 Sm 12.13 – 1 Rs 21.27 a 29 – 2 Cr 12.6,7. No N. T. uma palavra traduzida por ‘arrependimento’ denota pesar por coisa feita (Mt 21.30), e é usada em relação a Judas (Mt 27.3). outra palavra (na sua forma verbal ou substantiva) exprime uma mudança de idéias, que se manifesta numa mudança de vida e de propósitos. É a palavra usada na pregação de Jesus (Mt 4.17, etc.), na dos Apóstolos (At 2.38 – 5.31, etc.), nas Epístolas (Rm 2.4, etc.), e no Apocalipse (2.5, etc.).

  • arribação

    Partida

  • arrieiro

    Condutor de bestas de carga

  • arrimo

    Amparo; proteção

  • arrojada

    Audaz, denodado, destemido, valente, valoroso

  • arrojar

    Ousadia; atrevimento

  • arruda

    Pequeno arbusto, de sessenta a noventa centímetros de altura, com folhas peque-as e flores amarelas. o seu aroma é demasiadamente ativo para os ocidentais, mas era apreciado dos antigos. A arruda foi, antigamente, usada como condimento, e também para fins medicinais (Lc 11.42).

  • arsa

    hebraico: terra, delícia

  • artaxerxes

    o grande rei. Nos livros deEsdras e Neemias, o nome de Artaxerxes parece pertencer a dois reis da Pérsia: (1) o Artaxerxes de Esdras 4, que mandou suspender as obras do templo, é de vários modos identificado com Cambises, o pseudo-Smeredis ou Xerxes – (2) e o monarca posterior a quem se refere Esdras 7 e Ne 2.1, 5.14, 13.6, o qual permitiu e favoreceu a reedificação das muralhas de Jerusalém. A identificação, porém, do primeiro Artaxerxes é difícil, porque as inscrições refutam a teoria de que Artaxerxes era título real, e não simplesmente um nome. Já é geralmente aceita a opinião de que há referência apenas a um Artaxerxes, estando, por conseqüência, fora de lugar a parte de Esdras 4.6 a 27. Deve, provavelmente, ser identificado com Artaxerxes 1º, o Longímano, que reinou de 464 a 425 a.C.

  • artemas

    grego: presente de Artêmia

  • artemis

    grego: deusa grega (chamada Diana pelos romanos): deusa da luz e da caça

  • artifício

    Habilidade, perspicácia.

  • arubote

    pátio

  • aruma

    elevação

  • arvade

    lugar de fugitivo

  • arvorar

    Erguer; erigir

  • árvore

    Em quase todos os países há certas árvores tidas como sagradas, e a Palestina não faz exceção. Não é raro ver ali árvores a que estão presos alguns pedaços de pano, como sinal da oração que aí foi feita por certos adoradores, pois se pensa que elas possuem uma sagrada virtude para afastar doenças. Esta reverência recua a tempos remotíssimos, muito antes dos patriarcas, e explica alguns casos em que se faz especial menção das árvores. o aserá (*veja Bosque), que é um tronco ou poste, não é mais que a forma convencional de uma árvore, e como tal se acha em conexão com um falso culto.

  • arza

    terra

  • asa

    Médico. 1. Filho de Abias e rei deJudá, que se distinguiu pela sua dedicação ao verdadeiro culto do SENHoR e pela sua ativíssima hostilidade à idolatria (1 Rs 15.9 a 24 – 2 Cr 15.1 a 19). Sua avó Maaca prestava culto a certo ídolo num bosque, mas Asa queimou esse símbolo religioso, e mandou lançar as suas cinzas no ribeiro de Cedrom, despojando depois Maaca da sua dignidade de rainha-mãe. Asa fortificou cidades na fronteira e levantou um grande exército, com o qual derrotou inteiramente o invasor Zerá. Voltando a Jerusalém, convocou uma grande assembléia, na qual foi renovado, com impressiva solenidade, o concerto de buscar a nação o Senhor Deus de israel (2 Cr 15). Aliando-se com Ben-Hadade, rei de Damasco, Asa obrigou Baasa, rei de israel, a abandonar o seu projeto de fortificar Ramá, e firmou as fortalezas de Geba e Mispa em Benjamim com a intenção de evitar a emigração de Judá, ou a imigração para este reino. Asa morreu, muito estimado e honrado pelo seu povo, no ano quarenta e um do seu reinado. 2. *veja 1 Cr 9.16.

  • asael

    Deus o fez. 1. Filho mais novo de Zeruia, irmã de Davi, afamado como corredor. Foi um dos trinta valentes de Davi, dando-lhe este rei um comando no exército (2 Sm 23.24 e 1 Cr 27.7). Quando combatia sob as ordens do seu irmão Joabe em Gibeom contra o exército de is-Bosete, ele perseguiu Abner, que, depois de lhe pedir que o deixasse, foi obrigado a matá-lo em defesa própria (2 Sm 2.18). 2. Um levita, a quem Josafá mandou ensinar a lei ao povo em Judá (2 Cr 17.8). 3. Um levita, que por mandado do rei Ezequias tinha a seu cargo as ofertas, os dízimos e as coisas consagradas (2 Cr 31.13). 4. o pai de um agente empregado por Esdras (Ed 10.15).

  • asaf

    Deus foi benevolente (para mim)

  • asafe

    Cobrador. 1. Levita, um dos principais músicos de Davi, e a quem o rei nomeou para ‘dirigir o canto na casa do Senhor’ (1 Cr 6.31, 39). Asafe era, também, ‘vidente’ (2 Cr 29.30), e são-lhe atribuídos doze salmos, todos eles de caráter profético (Sl 50,73 a 83). os seus descendentes ou partidários, os ‘filhos de Asafe’, tomaram parte na purificação do templo e na celebração daquele acontecimento (2 Cr 29.13 a 30,35.15). 2. Antepassados de Joá, chanceler de Ezequias (2 Rs 18.18 – is 36.3 a 22). 3. oficial do rei da Pérsia, guarda das florestas reais em Judá (Ne 2.S). 4. Levita mencionado em 1 Cr 9.15 – Ne 11.17).

  • asaias

    o SENHoR o criou. l. o oficial a quem, juntamente com outros, o rei Josias mandou procurar informação divina a respeito do Livro da Lei, que Hilquias tinha achado no templo (2 Rs 22.12 a 14 e 2 Cr 34.20). 2. Príncipe simeonita, no reinado de Ezequias, o qual expulsou de Gedor os pastores de Cão (1 Cr 4. 36). 3. Levita, no reinado de Davi, da família de Merari (1 Cr 6.30). Ele auxiliou a levar a arca, desde a casa de obede-Edom até Jerusalém (1 Cr 15.6). 4. o primogênito da ‘silonita’, segundo 1 Cr 9.5, o qual com a sua família voltou de Babilônia a Jerusalém. Em Ne 11.5 chama-se Maaséias.

  • asalias

    hebraico: Deus tem perdoado

  • asaradom

    persa: dom do fogo

  • asaramel

    hebraico: príncipe do povo de Deus

  • asareel

    o que Deus tem ligado por um voto

  • asarel

    hebraico: Jeová limitou

  • asarela

    hebraico: reto com Deus

  • asariel

    meu D’us luta

  • asarmote

    hebraico: aldeia da morte

  • asasontomar

    hebraico: fonte de cabrito

  • asbai

    hebraico: desprezo

  • asbéia

    juro

  • asbel

    opinião de Deus

  • ascalom

    Uma das cinco cidades dos senhores dos filisteus (Js 13.3 – 1 Sm 6.17). Estava situada à borda do mar Mediterrâneo (Jr 47.7). o sítio ainda conserva o antigo nome. Sansão desceu de Timna para Ascalom, onde ele matou trinta homens, despojando-os do que tinham. Era uma cidade afastada, e muito menos notável nas Escrituras do que as outras principais cidades da Filístia. No tempo de orígines viam-se alguns poços de notável configuração perto da cidade, os quais se julgou serem os cavados por isaque, ou de qualquer modo pertencentes à época patriarcal. Ascalom teve parte notável nas lutas dos Cruzados: dentro dos seus muros, ainda firmes, estabeleceu Ricardo Coração de Leão a sua corte. Echalota é uma planta com o cheiro e sabor do alho, a qual existia por aqueles sítios de Ascalom, donde deriva a palavra.

  • ascaradom

    persa: dom do fogo

  • ascensão

    Subida de Jesus ressuscitado ao céu em corpo e alma. Embora falemos com uma linguagem de localização, não se trata propriamente de mudanças de lugar, mas de mudanças no modo de ser. Na realidade, a ascensão coincide com a ressurreição. Cristo passa à nova dimensão do existir, sem limitação das leis do tempo e do espaço. Vive junto do Pai em estado glorioso.

  • ascetismo

    Moral que desvaloriza os aspectos corpóreos e sensíveis do homem.

  • ascode

    hebraico: lugar fortificado ou fortaleza

  • asdobe

    praça fortificada

  • asdode

    Fortaleza, castelo. Cidade bem fortificada, dominando a planície da Filístia. Está situada no cimo de um monte, e domina a entrada da Palestina, para quem vai do Egito, devendo a este fato a sua grande importância histórica. Asdode foi, também, a sede principal do culto de Dagom. Acha-se quase 50 km. distante da fronteira meridional da Palestina, cinco do mar Mediterrâneo, e, aproximadamente, a meio caminho entre Gaza e Jope. Ainda que coubesse à tribo de Judá, nunca foi conquistada pelos israelitas (Js 15.47). Mas é mencionada como ponto de ofensivas operações contra eles. Quando o rei Uzias derrubou a muralha da cidade, estabeleceu redutos sobre os montes adjacentes a fim de estar a salvo contra futuros ataques (2 Cr 26.6). Ainda no tempo de Neemias conservava as suas características de raça e de linguagem (Ne 13.23,24). A única referência que se faz no N. T. a este lugar está em relação com a viagem de Filipe, que voltava de Gaza (At 8.40). Hoje é uma insignificante povoação, com o nome de Esdud, sem padrões alguns da sua antiga importância.

  • asdode-pisea

    hebraico: lugar fortificado de divisão

  • asel

    hebraico: nobre

  • asena

    hebraico: forte, durável

  • asenate

    hebraico: que pertence a deusa Neith

  • aser

    Feliz. oitavo filho de Jacó nascido de Zilpa, serva de Lia (Gn 30.13). o território que coube aos descendentes de Aser ficava no litoral da Palestina desde o monte Carmelo até Sidom. Continha alguns dos mais belos terrenos da Terra Santa, e na sua natureza produtora manifestava as bênçãos que tinham sido conferidas a Aser por Jacó e Moisés (Gn 49.20 – Dt 33.24,25). Havia ali o azeite em que ele havia de banhar o seu pé, o pão em abundância, e os deliciosos manjares para sua satisfação – e, também, nas manufaturas metálicas dos fenícios, estavam o ferro e o metal para o seu calçado. A Fenícia estava já, naquele primitivo período, em completo vigor, e Aser contentava-se em participar das suas riquezas, habitando entre os seus habitantes, sem tentar a sua conquista e extermínio, prescritos a respeito de todos os cananeus (Jz 1.31,32 – 5.17). Na contagem dos israelitas no Sinai, era mais numerosa a tribo de Aser do que a de Efraim, Manassés, ou Benjamim (Nm 1.32 a 41) – mas, no reinado de Davi, tão insignificante se tinha tornado a tribo que o seu nome é inteiramente omitido na lista dos principais chefes (1 Cr 27.16 a 22). À exceção de Simeão, é Aser aquela tribo a oeste do Jordão, que não deu à nação qualquer herói ou juiz. Todavia, Ana que servia a Deus com jejum e orações, de dia e de noite, no templo (Lc 2.36 a 38) era filha de Fanuel, da tribo de Aser.

  • asera

    deusa dos tiros

  • aserim

    deusa cananéia da fertilidade

  • aserote

    deusa cananéia da fertilidade

  • asfenaz

    persa: veloz, focinho de cavalo

  • ashã

    fumaça- fumo

  • ashkenazi

    Termo utilizado para designar os judeus nascidos na Europa Ocidental.

  • ashkenazita

    Judeu de origem ashkenazi.

  • ásia

    Província romana, que compreendiaapõe-nas a parte ocidental do que hoje é conhecido com o nome de península da Ásia Menor, e da qual era Éfeso a capital. Esta província teve a sua origem na doação de Atalo, rei de Pérgamo, ou rei da Ásia, que em testamento legou à república romana os seus domínios hereditários, a oeste da península (133 a.C.). A fronteira foi um tanto alterada, vindo a Ásia a constituir a província, que no tempo de Augusto era governada por um procônsul. Continha muitas cidades importantes, entre as quais estavam as sete igrejas do Apocalipse. os ‘príncipes da Ásia’ (At 19.31), ou asiarcas, eram oficiais da província, encarregados de dirigir os jogos públicos e as festividades religiosas. Não se sabe se este cargo era anual ou conservado por quatro anos.

  • ásia: lamacento

    pantanoso

  • asiarca

    grego: chefe da Ásia

  • asias

    hebraico: feito por Jeová

  • asiel

    hebraico: Deus fez

  • asiia

    hebraico: Jeová tem perdoado

  • asila

    hebraico: Jeová tem perdoado

  • asima

    Era um deus adorado pelo povo deHamate. o respectivo culto foi introduzido na Samaria pelos colonos de Hamate, a quem o rei da Assíria estabeleceu naquela terra (2 Rs 17.30).

  • asíncrito

    incomparável

  • asiongaber

    hebraico: espinha dorsal do homem

  • asir

    prisioneiro

  • asírios

    Semitas, descendentes de Assur, um dos filhos de Sem. Estabeleceram-se no curso médio do rio Tigre, na Mesopotâmia. Eram um povo guerreiro, que herdou a cultura hurrita e suméria e fundou um grande império no séc. VII aC, destruído pelos medos e babilônios em 605 a. C. Foram eles que destruíram o reino de Israel (722 aC) e exilaram sua população.

  • asmavete

    hebraico: a morte é forte

  • asmodeu

    hebraico: perder

  • asmoneu

    hebraico: opulento

  • asmos

    Sem fermento

  • asmos / ázimos

    São pães sem fermento que se comia na semana da Páscoa. A festa dos Asmos celebrava-se no princípio da colheita da cevada e do trigo.

  • asmos ou ázimos

    Sem fermento

  • asná

    forte, poderoso

  • asnapar

    persa: veloz

  • asot

    hebraico: feito, o gozo do prêmio

  • aspata

    persa: cavalo

  • aspenaz

    persa: focinho de cavalo

  • aspergir

    Respingar

  • aspergir / espargir

    Espalhar em borrifos um líquido.

  • áspide

    Esta palavra encontra-se em diversas passagens, como Jó 20.14, 16, ‘veneno de áspides sorveu’ – is 11.8, ‘A criança de peito brincará sobre a toca da áspide’. No Sl 58.4, ‘como a víbora surda que tapa os ouvidos’, víbora é a tradução da palavra hebraica queem outros lugares se acha vertida para áspide. o réptil de que se trata é o que se conhece pelo nome de cobra vendada do Egito. Acha-se, geralmente, nos terrenos mais ermos da Palestina, ainda que seja vulgar ao sul de Berseba. Vive em buracos de rochas e de muros velhos. Esta cobra é muito sensível à arte do encantador, mas há algumas que afrontam todas as tentativas para acalmá-las, e chamam-se ‘surdas’ (Sl 58.4), embora ouçam bem. É verdade que as serpentes não têm grande sensação de som – somente notas agudas e penetrantes como as da flauta é que podem produzir sobre elas alguma impressão.

  • asquelon

    persa: migração ou cavalo

  • asquenas

    persa: assim espalha fogo

  • asriel

    voto de Deus

  • assarela

    reto para com Deus

  • assaz

    Bastante; suficiente

  • asse

    Moeda romana de cobre, equivalia a 1/16 do denário (Salário de um dia de um trabalhador braçal)

  • assediar

    Importunar insistindo

  • assembléia

    congregação

  • assentar

    Basear-se, Firmar-se, Fundar-se, Fundamentar-se.

  • assento

    duas pedras

  • assertiva

    Proposição afirmativa.

  • asseveração

    Afirmação

  • asseverar

    Dar por certo; atestar

  • assima

    hebraico: cabra pelada

  • assinalar

    Distinguir, ilustrar, marcar.

  • assir

    Prisioneiro. Freqüente nome na família de Coré. 1. Filho de Coré (Êx 6.24 – 1 Cr 6.22). 2. Filho de Ebiasafe, filho de Coré (1 Cr 6.37). 3. Filho de Ebiasafe, filho de Elcana, sendo, deste modo, Assir sobrinho de Samuel (1 Cr 6.23).

  • assiria

    grega: uma modificação de Assur, planície

  • assiria, assur

    Assur era um dos netos de Noé (Gn 10.11,22), a quem a idolatria dos últimos tempos tinha elevado à posição de um deus. os assírios chamam muitas vezes ao seu país ‘a terra do deus Assur’ – nos tempos primitivos a capital do império era Assur (Kileh-Shergat), e é provável que o nome de Assíria derivasse desta cidade. País e Povo. Na geografia antiga, Assíria era um país situado ao oriente do rio Tigre, limitada ao norte pela Armênia, a leste pela Média, e ao sul pela Susiana e Caldéia. A região é atravessada por vários rios, sendo o principal o Tigre (*veja Hidéquel). os territórios ao norte e ao sul eram montanhosos, ainda que nada impróprios para pastagens, produzindo também frutas, trigo e algodão. Foi para estas montanhas que Salmaneser mandou como colonos os habitantes de Efraim e Galiléia, quando ele se apoderou das dez tribos (2 Rs 17). Agora são, em parte, povoadas pelos nestorianos, cujos antepassados abraçaram o Cristianismo. o povo acha-se mergulhado numa rude e supersticiosa ignorância. Assur foi, primitivamente, o nome, não de um país, mas de uma cidade fundada em tempos remotos nas margens do Tigre – mais tarde o país circunjacente recebeu essa denominação. Foi edificada por um povo de raça semelhante à dos modernos turcos, sendo mais tarde conquistada pelos assírios semíticos, gente ligada pelo sangue e linguagem aos hebreus e árabes. o nome que, primitivamente, significava ‘limite de água’, foi ligeiramente mudado pelos assírios, tomando a forma de uma palavra que, na Assíria, quer dizer ‘gracioso’. E assim tornou-se Assur uma personificação divina do poder e constituição da Assíria. Assur (Kileh-Sherghat) não foi sempre a capital, sendo mudada a sede do governo para Nínive, Calá e Dur-Sargin, que na atualidade são respectivamente conhecidas pelos nomes de Konyurgik, Nimrud, e Khorsabad. Em vez de Dur-Sargin, o livro do Gênesis menciona Resém ‘entre Nínive e Calá’ (Gn 10.12). Destas cidades é Nínive, pelo menos, tão antiga como Assur. Assíria só começou a levantar-se quando a monarquia babilônica já se ia tornando velha. Antes disso, o país tinha o nome de Gútio (Curdistão), o qual tem sido identificado com o de Goim, ou ‘nações’, a que se refere Gn 14.1, e das quais foi Tidal o rei. Parece ter havido tempo em que os príncipes de Assur eram meros governadores, nomeados pelos imperadores de Babilônia, visto como os mais antigos de que temos conhecimento se chamavam a si mesmos vice-reis e não reis. os primeiros possuidores desta terra, geralmente denominados acadianos, foram os que inventaram o sistema cuneiforme de escrever, e fundaram as principais cidades da Babilônia, sendo, também, os construtores dos mais antigos monumentos babilônicos que se conhecem. (*veja Babilônia.) Embora os invasores semitas tenham subjugado o povo da Acádia, este, contudo, sobreviveu por muito tempo na sua língua, que, ocupando o mesmo lugar que a latina na Europa, era geralmente conhecida dos babilônios educados. os babilônios eram agricultores, mas os assírios eram um povo militar e comercial, simples nos seus costumes, mas cruéis e ferozes, empalando e queimando vivos os habitantes das cidades conquistadas. Constituíam um poder realmente militar, mas destruída a sua grande fortaleza de Nínive, a própria nação se extinguiu (*veja Nínive). ‘Resumo histórico’. Pouco sabemos dos primeiros chefes da Assíria, exceto os seus nomes, sendo Bel-Capcapi o seu primeiro rei, e já não vice-rei (séc. 16 a.C.). Por alguns séculos ocupa-se a História das lutas que o povo assírio teve de sustentar com a Babilônia. Rimom-Hirari i (1320 a. C.) deixou inscrições nas quais vêm mencionadas as suas guerras. Seu filho fundou a cidade de Calá, e seis gerações dos seus descendentes se sentaram no trono da Assíria. Veio depois Tiglate-Pileser ii, fundador do primeiro império assírio, estendendo os seus limites desde a Cilícia, para o ocidente, até o Curdistão ao oriente. Quando este conquistador alcançou o mar Mediterrâneo, depois de ter subjugado os heteus, simbolizou essa conquista do mar por meio de um navio em que ele navegava, matando um delfim. Embelezou Nínive, e no ano de 1130 sitiou a cidade de Babilônia, tomando-a. (*veja Tiglate-Pileser.) Mas as conquistas de Tiglate-Pileser foram-se perdendo nos reinados seguintes, durante os quais se levantou e se alargou o reino de Davi e Salomão. Todavia, nos anos 911 a 858 a.C., o império da Assíria mais uma vez reviveu, tornando-se notáveis as jornadas dos monarcas conquistadores pelas horríveis barbaridades praticadas, tais como empalações e pirâmides de cabeças humanas. os exércitos de Assur-Natsirpal invadiram a Armênia, Mesopotâmia, Hindustão, Babilônia, Fenícia, ao passo que os de Salmaneser ii, o que submeteu oséias, estenderam mais os limites da nação, marcando o auge do poderio assírio. Num dos monumentos deste rei estão traçadas as figuras dos portadores de tributos de ‘Jeú, filho de onri’. Para se defenderem contra Salmaneser ii, os reis dos povos vizinhos formaram uma confederação. Entre estes acha-se mencionado ‘Acabe de israel’, que forneceu para a guerra 2.000 carros e 10.000 homens de infantaria. (*veja Acabe, Ben-Hadade ii.) Doze anos mais tarde, quando Hazael, rei da Síria, ocupava o trono de Damasco, marchou contra ele Salmaneser, sitiando esta cidade. Foi nesta conjuntura que Jeú se apresentou com ofertas de tributos e de submissão. (*veja Jeú.) A revolta de vinte e sete cidades, incluindo Nínive e Assur, obrigou Salmaneser ii a conservar-se na sua nação, bem como seu filho e sucessor. Mas Rimom-Nirari iii (810 a 781 a. C.) compeliu os fenícios, os israelitas, os edomitas e os filisteus a pagarem-lhe tributo. Desde esta ocasião decaiu esta potência até que, no ano de 745 a.C., Pul se apoderou da coroa, tomando o nome de Tiglate-Pileser iV – e assim foi fundado o segundo império da Assíria. (*veja Pul.) Este monarca fortaleceu grandemente a Assíria e inaugurou uma política de extensão e consolidação, que foi sustentada com êxito pelos seus sucessores. Era tal o terror que o seu nome infundia, que os reis de países pequenos, como Eniel de Hamate, Uzias de Judá, Rezim da Síria,

  • assobiar

    o ato de chamar alguém por meio de assobio significava poder e autoridade (is 5.26 – 7.18). Quando Zacarias fala da volta do cativeiro, diz que o Senhor assobiará para juntar a casa de Judá, e trazer os judeus ao seu próprio pais. A palavra ‘assobiar’, ou o som, significava geralmente insulto e desprezo (1 Rs 9.8 – Jó 27.23 – Jr 19.8 – 49.17 – 51.37 – Lm 2.15 – Ez 27.36 – Sf 2.15).

  • assom

    hebraico: forte

  • assôs

    Cidade e porto de mar da província romana da Ásia, no território chamado antigamente Mísia. Ficava situada no golfo do Adramítio, à distância de onze quilômetros mais ou menos da costa fronteira de Lesbos, perto de Metimna. A estrada romana, que liga as cidades da parte central da província com Alexandria e Trôade passava por Assôs, sendo a distância entre os dois últimos lugares de 32 km. aproximadamente. Estes pontos geográficos esclarecem a rápida passagem de S. Paulo pela cidade, como se acha mencionada em At 20.13,14. Existem, ainda, muitas ruinas da antiga cidade, incluindo a cidadela, donde se divisa uma paisagem surpreendente. A Rua dos Túmulos, que vai até à Porta Grande, é outro notabilíssimo ponto. Este lugar, outrora importante, é hoje uma pequena vila, Bairam Kalessi (*veja Trôade).

  • assueiro

    rei leão

  • assuero

    1. Pai de Dario, o Medo (Dn 9.1). 2. Assuero, rei da Pérsia, acha-se mencionado em Ed 4.6. Depois da morte de Ciro, os inimigos dos judeus, desejando embargar a reedificação da cidade de Jerusalém, fizeram a Assuero acusações contra eles. Pode ser identificado com o do número seguinte. 3. o Assuero do livro de Ester deve ser o mesmo que Xerxes, filho de Dario Histaspes, mais bem conhecido pela sua derrota na batalha de Salamina, quando invadiu a Grécia, 480 anos antes de Cristo. Ele divorciou-se da rainha Vasti, em virtude de ela recusar-se a aparecer em público num banquete, e quatro anos mais tarde casou-se com a judia Ester, prima e pupila de Mordecai. (*veja Ester.)

  • assur

    plano

  • assurim

    poderoso

  • astade

    hebraico: espinheiro

  • astarote

    Estrela, o planeta Vênus. A principal divindade feminina dos fenícios, como Baal era o principal dos deuses. Assim como Baal foi identificado com o Sol, assim Astarote, ou Astarte, com os seus crescentes, o era com a Lua, simbolizada pela vaca. o culto desta deusa veio dos caldeus para os cananeus. Era a deusa do poder produtivo, do amor, e da guerra. Entre os filisteus o seu culto era acompanhado de grande licenciosidade, em que os bosques representavam uma proeminente parte. As pombas eram-lhe consagradas. (*veja Bosque.)

  • asterote

    uma esposa

  • asterote-carnain

    hebraico: deusa de carnain, o mesmo que hoba

  • asterpte

    hebraico: união

  • astrólogo

    o fato de predizer o futuro pelos aspectos, influências e posições dos corpos celestes, esteve muito em voga entre o povo da antigüidade, excetuando-se, talvez, os hebreus. A palavra astrólogo é derivada das palavras gregas aster (estrela) e logos (discurso ou palavra). Embora houvesse muita velhacaria e charlatanismo entre os astrólogos, especialmente quando eles pretendiam prever os acontecimentos futuros pela observação das estreei-las (que eles supunham exercer influência sobre os negócios dos homens), transmitiram, contudo, às gerações posteriores conhecimentos muito úteis, e foram os fundadores da moderna ciência da Astronomia. A prova de que se fez tentativa em tempos remotíssimos para regular o ano, segundo o movimento anual do Sol, acha-se no fato de serem os meses judaicos divididos em trinta dias cada um (Gn 7.11 – 8.4). os egípcios, babilônios e fenícios manifestaram grande superioridade na ciência astronômica. Somos informados de que havia mágicos e encantadores no Egito (Êx 7.11 – Lv 19.31 – 20.27 – Dt 18.20), que calcularam os eclipses do Sol e da Lua, e fingiam perante o povo ter produzido aqueles fenômenos por meio dos seus encantamentos. Algumas das constelações são mencionadas em Jó (9.9 – 38.31,32) – em is (13.10), em Am (5.8) – e em 2 Rs (23.5). Não é, de forma alguma, para admirar que os hebreus não tivessem prestado grande atenção à Astronomia, visto que o estudo da astrologia, a que se dava alta importância entre os pagãos, lhes era proibido (Lv 20.27 – Dt 18.10 – is 47.9 – Jr 27.9 – Dn 2.13,48). Na verdade, Daniel estudou a arte da astrologia em Babilônia, mas não a praticava (Dn 1.20 – 2.2). os astrólogos (certamente os magos do cap. 2 de Mt) dividiam os céus em repartimentos ou habitações, atribuindo a cada uma das divisões um governador ou presidente. Este fato pode, talvez, explicar a origem da palavra Belzebu, ou o senhor das habitações celestes (Mt 10.25 – 12.24 a 27 – Mc 3.22 – Lc 11.15 a 19). (*veja Magoa, Feiticeiros.)

  • astúcia

    Habilidade em enganar; artimanha, ardil, malícia, sagacidade.

  • asur

    preto negrume

  • asvate

    feito, trabalhado

  • atace

    lugar de alojamento

  • atade

    hebraico: Espinheiro

  • atai

    hebraico: oportuno

  • ataias

    o Senhor é ajudador

  • ataide

    O pai que luta

  • atalaia

    Guarda; ponto alto de onde se vigia; vigia

  • atalia

    Jah é grande. 1. Filha de Acabee Jezabel, a qual casou com Jeorão, filho de Josafá, rei de Judá, e introduziu nas terras do sul o culto de Baal, que já estava espalhado pelo reino de israel. Depois da subida de Jeú ao trono de Samaria, ela matou todos os membros, menos um, da família real de Judá, que tinham escapado ao morticínio do rei de israel (2 Rs 10.14). o que foi salvo era uma criança, de nome Joás, filho mais novo de Acazias, tendo sido a sua tia Jeoseba quem o escondeu. Esta era filha do rei Jorão, e mulher do sacerdote Joiada (2Cr 22.11) – e foram estes que cuidaram do pequeno príncipe, ocultando-o no templo pelo espaço de seis anos, durante os quais reinou Atalia sobre Judá. Mas no fim deste tempo apresentou Joiada ao povo o seu legítimo rei, e ‘na casa do Senhor’ recebeu este as homenagens dos soldados da guarda. No sábado, uma terça parte das tropas manifestou a sua fidelidade ao rei no palácio, e os restantes dois terços contiveram a multidão dos visitantes e adoradores, que acorreram ao templo. Atalia, que não prestava o seu culto na casa do Senhor, reconheceu que estava em perigo, ao ouvir as vozes do povo e a música na exaltação do seu neto ao trono. Ela chegou já tarde ao templo, e imediatamente a retiraram dali por mandado de Joiada, que disse: ‘Não a matem na casa do Senhor’ (2 Rs 11). Foi morta à entrada da casa do rei. 2. Um benjamita, filho de Jeroão (1 Cr 8.26). 3. o pai de Jesaias (Ed 8.7).

  • atanal

    hebraico: galardão o mesmo que Eteni

  • atap

    oportuno

  • ataque

    hebraico: alojamento, pousada

  • atara

    hebraico: diadema

  • atargatis

    deusa síria

  • atarote

    coroa- ornamento

  • atarote – bete – joabe

    a coroa da casa de Joabe

  • atarote-adar

    hebraico: coroas de Adar ou de grandeza

  • atarote-sofar

    hebraico: coroas de Sofar

  • ataviou

    Enfeitou; vestiu-se

  • ateísmo

    Doutrina dos que negam a existência de Deus.

  • ateisticamente

    De modo ateu, que acredita que não há Deus.

  • atenas

    A mais afamada cidade da antigaGrécia. S. Paulo visitou-a quando vinha da Macedônia, e parece ter ficado ali por algum tempo (At 17). No tempo deste Apóstolo era Atenas uma cidade livre, isto é, isenta de pagar tributos, fazendo parte da província romana de Acaia. Durante a sua permanência, proferiu S. Paulo aquele seu memorável discurso no Areópago perante os filósofos atenienses. A observação do historiador sagrado, respeitante ao caráter inquiridor dos atenienses (At 17.21), é justificada por muitos outros escritores. Demóstenes, o célebre orador ateniense, censura os seus conterrâneos por esse costume de constantemente andarem pelo mercado, perguntando uns aos outros: Que notícias há ? A sua natural vivacidade devia-se, em parte, à pureza e claridade da atmosfera, o que lhes permitia passar uma boa parte do tempo ao ar livre. o povo, como nota São Paulo, era algum tanto supersticioso – e na cidade, em todas as direções, havia grande número de templos, altares, e outras construções sagradas. S. Paulo disputou com os judeus numa sinagoga da cidade (At 17.17). No N.T. não há qualquer referência à igreja cristã, fundada pelo Apóstolo – mas, segundo a tradição, Dionísio, areopagita, que se converteu pela pregação de S.Paulo, foi o primeiro bispo da igreja.

  • ater

    aromático incensado

  • aterrador

    Que aterroriza; pavoroso, aterrador, aterrorizante.

  • aterrar

    Aterrorizar

  • aterrorizador

    Que aterroriza; pavoroso, aterrador, aterrorizante.

  • atinar

    Acertar

  • atirar

    Arremessar, Lançar, Disparar, Jogar, Proferir, de súbito e com violência.

  • atlai

    O Senhor é forte

  • atônito

    Confuso; perturbado; tonto

  • atos dos apóstolos

    Título e Plano. o titulo do livro nos mais antigos MSS é simplesmente Atos, ou ‘Atos dos Apóstolos’. Esta indeterminação é própria da natureza seletiva dos fatos narrados. As primeiras palavras estabelecem a ligação entre o que se lê no Evangelho e o que o livro dos Atos expõe. Não se sabe se a expressão ‘todas as coisas que Jesus fez e ensinou’ quer significar que a intenção do autor era escrever uma continuação da obra de Jesus realizada por meio dos apóstolos. Talvez a frase signifique, na sua simplicidade, ‘o que fez Jesus primeiramente’, sendo a obra dos apóstolos que ele tinha escolhido, distinta da de Jesus. o tema dos Atos vem apontado em 1.8: ‘Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.’ Este plano, irregularmente traçado, facilmente se reconhece na estrutura da obra. Ao milagre de Pentecoste segue-se o testemunho dos apóstolos e o aumento da igreja, nas três fases – Jerusalém (caps. 2 a 7), Judéia e Samaria (caps. 8 a 12), e até aos confins da terra (caps. 13 a 28). o progresso exterior da igreja acompanha o crescimento interior, especialmente na gradual emancipação do Judaísmo. A terceira fase acha-se quase inteiramente identificada com os trabalhos de S.Paulo. o autor. o testemunho externo desde ireneu é unânime em atribuir a Lucas tanto os Atos como o terceiro Evangelho. É universalmente admitido que a primeira pessoa ‘nós’, no cap. 16, v. 10, significa que as linhas descritivas da viagem são traçadas por um companheiro de Paulo. A única explicação razoável é que em Trôade o autor se juntou a Paulo, acompanhou-o até Filipos, ficando nesta cidade durante a sua ausência, e daí para o futuro andou sempre com o Apóstolo até que este chegou a Roma. Fontes. o ‘documento de viagem’ se nos mostra como sendo as próprias notas de Lucas, completadas com casos de memória e naturais investigações. E com respeito às outras partes do livro podemos supor que Lucas seguiu o método indicado em Lc 1.1 a 4. Devia ter aproveitado com maior descanso a companhia de Paulo em Cesaréia, em Malta, e em Roma, onde, talvez, encontrasse mais tarde o Apóstolo S. Pedro. Tenha havido tal encontro, ou não, é certo que Marcos ‘o intérprete de Pedro’ esteve com ele em Roma (Cl 4.10 – 4.14 – Fm 24) – e podia, sem dúvida, fornecer-lhe boas informações acerca dos primitivos acontecimentos em Jerusalém, dos quais foi centro a casa que sua mãe habitava. Em Cesaréia permaneceu Lucas com Filipe, o evangelista (21.8), e em Jerusalém encontrou-se com Tiago e os anciãos (21.18). Data. As últimas palavras (28.30,31) permitem-nos dizer que a história dos Atos vai até ao ano 62. Têm alguns sustentado que a maneira abrupta como termina o livro indica o limite do conhecimento do escritor, sendo provável que fosse escrito cerca do ano 63. É muito pouco provável que o Evangelho de Lucas fosse escrito antes do ano 70, e o livro dos Atos é posterior. Estas e outras leves indicações de caráter externo e interno, levam-nos a fixar o ano 80, pouco mais ou menos, como sendo a mais provável data. Valor histórico. A impressão geral que recebemos na leitura do livro é a de ser uma narrativa verdadeira, feita por um historiador consciencioso, guiado pelo Espírito Santo. Já, em 1790, Paley traçou no seu livro, Horae Paulinae, ‘as coincidências naturais’ entre os Atos e as epístolas paulinas com argumentos que ainda de forma alguma perderam o seu valor. A suma do que trata o livro é como se segue: i. A primeira parte da história, consagrada inteiramente à igreja de Jerusalém, narra o preenchimento do corpo apostólico (1): a primeira manifestação do Espírito Santo, segundo a promessa (2) e o aumento e prosperidade da igreja, entre amarguras e perturbações de dentro e de fora, até à perseguição e dispersão dos seus membros (3 a 7). Neste período é dada especial proeminência aos primeiros discursos de Pedro, que apresenta o Evangelho como o cumprimento das profecias e a realização completa do ‘pacto feito com os pais’ – e à oração histórica de Estêvão, mostrando que o tratamento da parte de Deus com o antigo povo de israel era progressivo, e que a relação do privilégio religioso com o lugar e circunstâncias exteriores era apenas temporária. ii. Segue-se uma narração sobre o progresso da obra evangelizadora, sendo levado o Evangelho a Samaria, e convertido um prosélito da Etiópia (8) – depois disto, como introdução à história missionária da igreja, dá-se a conversão e a chamada daquele que havia de ser ‘o Apóstolo dos gentios’ (9) – abre-se a porta da fé em Cesaréia aos incircuncisos pela pregação de S.Pedro, e começa a evangelização dos pagãos em Antioquia, onde Paulo exerce primeiramente a sua especial missão (10,11) – e, finalmente, a morte de um e o livramento de outro dos dirigentes da igreja-mãe de Jerusalém, que deixa de ser então o principal assunto da história (12). iii. A terceira parte, que começa com a obra de Antioquia, o grande centro da igreja gentílica, marca outra interposição do Espírito Santo, narrando as viagens de S.Paulo, constituindo elas três grandes circuitos missionários. o Apóstolo, em cada lugar onde evangeliza, dirige-se primeiramente aos judeus, mas é rejeitado e perseguido por eles, ao passo que os gentios acodem a ouvir a Palavra, de forma que numerosas igrejas se fundaram pelo seu ministério nas principais cidades da civilização pagã (13 a 20). Por fim, quando visita Jerusalém em circunstâncias especiais para conciliar os seus compatriotas, ele é atacado, preso, e depois de uma notável série de falas, em que se defende a si próprio e às suas doutrinas, é mandado para a capital do mundo gentílico a fim de ser julgado no tribunal de César. Já em Roma, ele mais uma vez apela para os seus compatriotas, e lembra-lhes a antiga lamentação profética sobre a sua obstinada cegueira, e declara-lhes que a ‘salvação de Deus foi enviada aos gentios. E eles a ouvirão’ (21 a 28). Alguns dos seus numerosos discursos, proferidos nas viagens missionárias, são amostras de argumentação na maneira de dirigir-se a diversas classes de ou

  • atributo

    Aquilo que é próprio de um ser.

  • átrio

    Pátio interno de acesso a um edifício

  • atrote

    hebraico: coroas

  • atrote-bete-joabe

    hebraico: coroas de casa de Joabe

  • atrote-sofã

    Cidade de Gade (Nm 32.35)

  • atulhado

    Cheio completamente

  • audível

    Que se ouve, que se pode ouvir.

  • aumai

    morador próximo da água

  • aurea

    Aquela que é dourada, de ouro

  • áureo

    Da cor do ouro; brilhante; magnífico

  • ausate

    hebraico: possessão

  • auspicioso

    De bom augúrio; prometedor.

  • autêntico

    Verdadeiro, legítimo, que não deixa dúvidas.

  • autocomiseração

    Capacidade de ter piedade, pena, ou compaixão de si mesmo.

  • auzam

    hebraico: a sua possessão

  • auzão

    sua possessão

  • auzate

    possessão

  • av

    Também chamado Menachem Av; quinto mês do calendário judaico (contando a partir do mês de Nissan).

  • ava

    hebraico: religião, virando

  • avarento

    Apego excessivo ao dinheiro; mesquinhez; sovinice.

  • avareza

    Apego doentio ao dinheiro

  • ávedez

    Desejar ardentemente

  • avem

    hebraico: vácuo, nonada, ídolo

  • aven

    vaidades

  • aversão

    Repulsa; antipatia; forte

  • aves

    As aves achavam-se divididas em animais limpos e imundos na Lei de Moisés. As aves imundas, que por isso mesmo não podiam servir de alimento, eram aquelas que se alimentavam de carne, peixe e animais mortos. As que se alimentavam de insetos, de grãos e de fruta eram ‘animais limpos’. Esta classificação pode, facilmente, concordar com as idéias modernas sobre o assunto. outra cláusula da lei judaica proibia que se tirasse do ninho a ave-mãe, embora os seus filhinhos ou os seus ovos pudessem dali ser levados. Há várias referências aos hábitos das aves. Jeremias (8.7) fala da chegada da cegonha, do grou e da andorinha – e em Cantares de Salomão (2.11,12) o canto das aves e a voz da rola são anunciativos da primavera. Em Ec 12.4 acha-se esta expressão, ‘a voz das aves’: é a do rouxinol, que existe em grande número ao longo das margens do Jordão e na vizinhança do mar Morto. Canta muito bem, e é uma ave que facilmente se domestica. Tais aves são muito procuradas no oriente, e há uma referência a este costume em Jó (41.5): ‘Brincarás com ele, como se fora um passarinho?’ A grande maioria das aves que se encontram na Palestina, pertence à classe das aves de arribação. Nos lugares mais baixos do vale do Jordão acham-se aves subtropicais, que não se vêem nas regiões mais ao norte. Além destas, há umas quinze espécies peculiares à Palestina. As aves eram muito empregadas como alimento pelos habitantes da Terra Santa, e ainda o são hoje. Nos tempos primitivos eram elas apanhadas principalmente por meio de redes e armadilhas (Sl 124.7 – Pv 7.23) – mas atualmente são caçadas com a espingarda nos arrabaldes de Jerusalém. outro sistema de caçar aves, principalmente perdizes e abetardas, consiste em arremessar uma pequena vara. A uma caça deste gênero faz-se alusão em 1 Sm 26.20. Em uma única passagem menciona Bildade quatro diferentes métodos de apanhar aves (Jó 18.8 a 10). Aves marítimas e aves aquáticas são raras na Palestina – mas aves de presa, como abutres, açores, etc., são numerosas, e há muitas referências a elas na Bíblia. No livro de Deuteronômio (32.11) diz-se que Deus ensinou israel como a águia ensina os filhos. (*veja Águia.)

  • avestruz

    Em Jó (39.13 a 18) há uma vívida pintura da sua ostentação, e do modo como cruelmente e com estupidez trata os seus ovos e os filhos pequenos. É posto pela lei entre as aves imundas, e é considerado como criatura que habita na desolação do deserto (Lv 11.16 – Dt 14.15 – Jó 30.29 – is 13.21 – 34.13 – 43.20 – Jr 50.39 – Mq 1.8). Não é verdade que o avestruz oculte alguma vez a sua cabeça na areia, julgando-se então invisível. Desde tempos remotíssimos se conhecem os avestruzes, na Síria, na Arábia e na Mesopotâmia.

  • aveus

    Povo primitivo da Palestina. Habitava em vilas, ou em acampamentos nômades, ao sul de Sefela, grande planície ocidental, que vai até Gaza. Nestas ricas possessões foram os aveus atacados pelos invasores filisteus, ‘os caftorins, que saíram de Caftor’, sendo destruídos por estes, que habitaram aquelas terras em seu lugar (Dt 2.23). Fala-se da parte restante desse povo em Js 13.3, 4, como habitando ao sul dos filisteus. Tem sido identificado com os heveus.

  • avidez

    Desejo; desejar ardentemente

  • aviltar

    Tornar(-se) vil, abjeto, desprezível

  • avim

    vilas

  • avite

    ruínas

  • avivamento

    Quando falamos de avivamento ou despertamento, sempre vem à nossa mente a idéia de manifestações poderosas e visíveis do Senhor, sempre pensamos em Deus agindo de maneira grandiosa através do Seu Espírito Santo. Realmente, às vezes, o Senhor se revela de maneira poderosa e visível em nossas vidas. Mas isso nem sempre é assim. Às vezes, Deus também age de maneira diferente, e um despertamento pode se manifestar de maneira bem diversa.
    Quando acontece isso? Quando Deus decide deixar um despertamento acontecer em pequena escala, dentro da vida de uma só pessoa.
    Avivamento significa em primeiro lugar que os crentes mornos, cansados, despertem para uma nova vida espiritual e entrem outra vez em contato com “rios de água viva”. Ou expressando-o com uma passagem bíblica: “… a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus” (Cl 3.3). Esse é quase sempre o início de um avivamento. Mas nós pensamos sempre em acontecimentos espetaculares quando falamos em rios de água viva e em despertamento. Entretanto, o acontecimento maior e mais espetacular é quando filhos de Deus que estavam mornos e cansados espiritualmente se tornam outra vez ardorosos pelo Senhor; quando em suas vidas começam a jorrar outra vez os “rios de água viva”.

  • avultar

    Aumentar; fazer crescer

  • ayrton

    Ilha misteriosa

  • azã

    agudo

  • azaca

    hebraico: cercado

  • azael

    Deus viu

  • azai

    hebraico: declínio, separado ou nobre

  • azaiel

    minha força é D’us

  • azair

    rico, poderoso

  • azalia

    aquele a quem o Senhor tem preservado

  • azalias

    hebraico: Jeová pôs de parte

  • azanate

    hebraico: dedicado ao Senhor

  • azanias

    aquele a quem o Senhor ouve

  • azanote-tabor

    hebraico: desfiladeiro de Tabor

  • azareel

    hebraico: Jeová ajudou

  • azarel

    aquele a quem Deus ajuda

  • azarias

    A quem o Senhor ajudou. Nome vulgar hebraico, especialmente nas famílias de Eleazar. As principais pessoas, que tiveram este nome, foram: 1. o sumo sacerdote, que foi sucessor do seu avô Zadoque (1 Rs 4.2). Ele oficiou na consagração do templo, e foi o primeiro sumo sacerdote que ali serviu. 2. Sumo sacerdote nos reinados de Abias e de Asa (1 Cr 6.10,11). 3. Sumo sacerdote no reinado de Uzias, o décimo rei de Judá. o mais notável acontecimento da sua vida acha-se narrado em 2 Cr 26.17 a 20. Quando o rei Uzias pretendeu queimar incenso no altar do templo, fortemente lhe resistiu Azarias, acompanhado de oitenta sacerdotes do Senhor. Uzias foi, por isso, atacado de lepra. Azarias foi contemporâneo de isaías, Amós e Joel. 4. Sumo sacerdote nos dias de Ezequias (2 Cr 31.10 a 13). Especialmente se ocupava em abastecer as câmaras do templo, armazenando ali os dízimos, as ofertas, e os objetos consagrados, para utilidade dos sacerdotes e levitas. A manutenção destas coisas e a conservação do culto dependiam inteiramente dessas ofertas, e quando o povo era pouco cuidadoso neste ponto, viam-se obrigados os sacerdotes e levitas a ir para as suas terras, ficando deserta a casa de Deus (Ne 10.35 a 39 – 12.27 a 30,44,47). 5. Um dos diretores dos filhos da província, que vieram de Babilônia com Zorobabel (Ne 7.7). Noutro lugar é chamado Seraías (Ed 2.2). 6. Um dos sacerdotes que repararam uma parte do muro (Ne 3.23, 24). 7. Levita que ajudou Esdras na instrução do povo com respeito ao conhecimento da lei (Ne 8.7). 8. Um dos sacerdotes que selaram o pacto com Neemias (Ne 10.2), sendo, provavelmente, aquele mesmo Azarias que prestou o seu auxílio na dedicação do muro da cidade (Ne 12.33). 9. Um dos príncipes de Salomão, filho de Natã, talvez neto de Davi (1 Rs 4.5). 10. Filho de Josafá, rei de Judá (2 Cr 21.2). 11. o primitivo nome de Abede-Nego (Dn 1), escolhido com Daniel e outros para servirem o rei Nabucodonosor. Ele recusou-se a apoiar a idolatria, e foi, por isso, lançado numa fornalha com os seus companheiros, sendo todos miraculosamente livres. 12. Filho de odede, e profeta nos dias do rei Asa. Ele aconselhou o rei, falando também ao povo de Judá e Benjamim, a que fizesse desaparecer a idolatria, e restaurasse o altar do verdadeiro Deus, que estava em frente do pórtico do templo. Grande número de israelitas da nação irmã reuniram-se aos seus irmãos para a reforma, e isso deu começo a uma era de paz e de grande prosperidade (2 Cr 15). 13. Filho de Jeroão, e um dos capitães de Judá, no tempo de Atalia (2 Cr 23.1). 14. Um dos capitães de Efraim no reinado de Acaz – mandou voltar ao seu lugar os cativos e o despojo, que tinham sido levados por Peca na invasão de Judá (2 Cr 28.12).

  • azaz

    forte

  • azazias

    aquele a quem o Senhor fortaleceu

  • azbuque

    totalmente desolado

  • azeca

    Cidade de Judá, com aldeias independentes, situadas no Sefelá, uma rica planície agrícola. Josué, na perseguição dos cananeus, depois da batalha de Bete-Horom, foi até Azeca (Js 10.10, 11). os filisteus acamparam entre Azeca e Socó, antes da batalha, na qual Golias foi morto (1 Sm 17.1). Foi uma das cidades fortificadas pelo rei Roboão (2 Cr 11.9), e acha-se mencionada como lugar reocupado pelos judeus, depois da sua volta do cativeiro (Ne 11.30).

  • azeite

    A principal fonte de azeite entre os judeus era a oliveira. Havia comércio de azeite com os negociantes do Tiro, os quais, provavelmente, o exportavam para o Egito, onde as oliveiras, na maior parte, não o produzem de boa qualidade. Foi na quantidade de 20.000 batos (2 Cr 2.10), ou 20 coros (1 Rs 5.11), o azeite fornecido por Salomão a Hirão. o comércio direto desta produção era, também, sustentado entre o Egito e a Palestina (1 Rs 5.11 – 2 Cr 2.10,15 – Ed 3.7 – is 30.6 – 57.9 – Ez 27.17 – os 12.1). A ‘oferta de manjares’, prescrita pela Lei, era, freqüentes vezes, misturada com azeite (Lv 2.4,7,15 -8.26,31 – Nm 7.19 – Dt 12.17 – 32.13 – 1 Rs 17.12,15 – 1 Cr 12.40 – Ez 16.13,19). o azeite estava incluído entre as ofertas de primeiros frutos (Êx 22.29 – 23.16 – Nm 18.12 – Dt 18.4 – 2 Cr 31.5) – e o seu dízimo era reclamado (Dt 12.17 – 2 Cr 31.5 – Ne 10.37,39 – 13.12 – Ez 45.14). o azeite ‘para a luz’ devia ser, por expressa ordenação, o azeite das azeitonas esmagadas no lagar (Êx25.6 – 27.20,21 -35.8 – Lv 24.2 – 1 Sm3.3 – 2 Cr 13.11 – Zc 4.3,12). Usava-se o azeite na consagração dos sacerdotes (Êx 29.2,23 – Lv 6.15,21), no sacrifício diário (Êx 29.40), na pu-rificação do leproso (Lv 14.10 a 18,21,24,28), e no complemento do voto dos nazireus (Nm 6.15). Certas ofertas deviam efetuar-se sem aquele óleo, como, por exemplo, as que eram feitas para expiação do pecado (Lv 5.11) e por causa de ciúmes (Nm 5.15). os judeus também empregavam o azeite para friccionar o corpo, depois do banho, ou antes de uma ocasião festiva, mas em tempo de luto ou dalguma calamidade abstinham-se de usá-lo. Nos banquetes dos egípcios havia o costume de ungir os hóspedes – os criados ungiam a cabeça de cada um na ocasião em que tomavam o seu lugar à mesa (Dt 28.40 – Rt 3.3 – 2 Sm 12.20 – 14.2 – Sl 23.5 – 92.10 – 104. 15 – is S1.3 – Dn 10.3 – Am 6.6 – Mq 6.15 – Lc 7.46). Também se aplicava o azeite externamente ou internamente como medicamento (is 1.6 – Mc 6.13 – Lc 10.34 – Tg 5.14). Geralmente era ele empregado nos candeeiros, que no Egito têm um depósito de vidro, onde primeiramente se derrama água: a mecha é feita de algodão, torcida em volta de uma palha (Mt 25.1 a 8 – Lc 12.35). o azeite indicava alegria, ao passo que a falta denunciava tristeza, ou humilhação (is 61.3 – Jl 2.19 – Ap 6.6). Muitas vezes é tomado simbolicamente o azeite por nutrição e conforto (Dt 32.13 – 33.24 – Jó 29.6 – Sl 45.7 – 109.18 – is 61.3). (*veja Unção, oliveira.)

  • azel

    Nobre. Descendente de Saul (1 Cr 8.37,38 – 9.43). Declive, rampa. o lugar até onde há de chegar a ravina do monte olivete, quando o Senhor aí Se manifestar (Zc 14.5).

  • azem

    hebraico: fortaleza, osso

  • azenate

    hebraico: dedicado ao Senhor

  • azer

    auxílio

  • azgade

    forte na fortuna

  • azi

    hebraico: minha força

  • aziel

    Deus poderoso

  • azmavate

    a força da morte – poder da morte

  • azmavete

    A morte é forte. l. Um dos valentes de Davi (2 Sm 23.31 – 1 Cr 11.33). 2. Um descendente de Mefibosete ou Meribe-Baal (1 Cr 8.36). 3. o pai de Jeziel e de Pelete, dois dos hábeis fundibulários e frecheiros, que se juntaram a Davi em Ziclague (1 Cr 12.3). 4. Superintendente dos tesouros reais, no reinado de Davi (1 Cr 27.25). 5. Uma aldeia dos confins de Judá e Bergamim – atualmente Hismeh. Quarenta e dois dos filhos de Azmavete voltaram do cativeiro com Zorobabel (Ed 2.24). Em outro trecho o nome é Bete-Azmavete.

  • azmom

    vigoroso

  • azmote

    hebraico: desfiladeiro

  • azmote-tabor

    hebraico: desfiladeiro de Tabor

  • aznote -tabor

    orelha de tambor

  • azor

    ajudador

  • azoto

    forma grega de Asdode, fortaleza

  • azrial

    hebraico: auxiliador ou auxílio de Deus

  • azrica

    hebraico: auxílio contra o inimigo

  • azrição

    hebraico: auxílio contra o inimigo

  • azriel

    Deus é meu ajudador

  • azuba

    abandonada

  • azul

    o vestuário real era, comumente, de uma cor azul, ou purpúrea (Êx 25.4), visto que não há na língua hebraica termo algum para designar o verdadeiro azul. A cor azul era, como a púrpura, derivada de uma espécie de marisco, sendo a cor obtida do próprio animal, e não da concha. (*veja Cores.) A palavra traduzida pelo termo azul é, também, usada para indicar uma certa espécie de tapeçarias (Et 1.6).

  • azur

    hebraico: proveitoso ou auxiliador

B

  • baal

    Deus cananeu da fertilidade responsável, segundo se acreditava, pela germinação dos plantios, pela multiplicação dos rebanhos e pelo aumento de filhos na comunidade. O mais conhecido dos deuses de Canaã

  • baal (baalim)

    Senhor, Principal. Este nome, na sua origem, significava senhor, ou possuidor, mas posteriormente empregava-se para mostrar a relação do homem para com sua mulher, ou da divindade para com o seu adorador. Nunca foi estritamente um nome próprio, mas era o nome do deus de cada lugar, como Baal-Peor (Nm 25.3). E o seu plural era Baalim. Comparem-se os nomes pessoais, como Hasdrubal, e Baal-Hanan. Nos ‘lugares altos’ era Baal adorado como princípio macho, que dava acrescentamento aos rebanhos e produção à terra. os atos rituais eram realizados com muita pompa e cerimônias, havendo ofertas dos produtos da Natureza e incenso, holocaustos e sacrifícios humanos (os 2.8 – Jr 19.5). os seus sacerdotes, em certas ocasiões, excitavam-se a tal ponto que chegavam a ferir-se com facas, como procediam outros sacerdotes pagãos, mencionados por Heródoto e Plutarco (1 Rs 18.28). o culto de Baal tinha-se propagado por uma extensa área, e existia desde os tempos primitivos (Nm 22.41). Predominava entre os cananeus e moabitas, passando destes para o povo de israel. Pelo casamento de Acabe com Jezabel tornou-se o culto fenício de Baal a religião do Estado entre os israelitas, até que foi desarraigado no reinado de Jeú. o culto prestado a Baal nunca obliterou inteiramente a adoração ao Senhor. Por certo tempo foram seguidas lado a lado as duas religiões – e mais tarde veio a ser o Senhor o Baal ou Senhor de Canaã, sendo adorado com os hediondos ritos do deus pagão. E assim aconteceu, como já foi dito, que os israelitas ligaram o nome de Baal com os seus próprios nomes, como fizeram com o nome do Senhor em palavras como isaías (is-Baal, is-Bosete). os profetas do Senhor sempre combateram com toda energia este culto degradante e cruel. Elias corajosamente e com êxito levantou a consciência nacional contra a prática da desmoralizadora religião (1 Rs 18). oséias também a condenou como sendo verdadeira idolatria, e Jeú atacou com todo o rigor esse culto de Baal introduzido por Acabe, não conseguindo, contudo, suprimi-lo inteiramente, porque mais tarde Josias foi compelido a empregar medidas violentas com o fim de evitar a sua revivescência entre o povo escolhido, que tinha levantado templos ao deus falso, e posto as suas imagens e altares em toda parte, sustentando os seus sacerdotes (2 Rs 23.4,5). Praticava-se o falso culto nos lugares altos (1 Rs 18.20) ou mesmo sobre os terraços das casas (Jr 32.29). Tão largamente propagado estava o culto de Baal, que indícios dessa religião se encontram em muitos países, isto é em Babilônia (Bel), e nas colônias fenícias do Mediterrâneo.

  • baal shem tov

    Nome completo: Rabino Israel Baal Shem Tov (1698-1760); conhecido como o “Mestre do Bom Nome”. Fundador do Chassidismo.

  • baal teshuvá

    Aquele que retorna ao caminho de Torá após ter permanecido afastado.

  • baal-ber

    hebraico: possuidor de um poço

  • baal-berite

    hebraico: possuidor de um pacto, aliança

  • baal-cade

    hebraico: Senhor da fortuna

  • baal-farasim

    hebraico: Senhor de Faresim

  • baal-hamom

    hebraico: Senhor da multidão

  • baal-hana

    hebraico: senhor de gentileza, gracioso

  • baal-hazor

    hebraico: senhor de aldeia

  • baal-hermon

    hebraico: senhor do Hermom

  • baal-meom

    hebraico: senhor de Meom

  • baal-peor

    hebraico: senhor de Peor

  • baal-perazim

    hebraico: senhor de Perazim, ou das brotas

  • baal-salisa

    hebraico: senhor de Salisa

  • baal-tamar

    hebraico: senhor da palma

  • baal-zebu

    hebraico: senhor da mosca

  • baal-zebube

    hebraico: senhor da mosca

  • baal-zebube ou belzebu

    Senhor da mosca Deus filisteu de Ecrom. Acazias consultou-o (2 Rs. 1.2). Supõe-se que o nome é uma desdenhosa modificação judaica de Baal-Zebul ‘Senhor da casa alta’ (Mt 10.25) e também ‘Senhor da mosca da esterqueira’. Não deixa de ser natural tal designação, visto como são numerosas as moscas nos climas quentes, sendo certo, também, que os egípcios fizeram do escaravelho um deus.

  • baal-zefom

    hebraico: senhor de Zefom, ou da vigilância

  • baala

    hebraico: senhora

  • baalate

    hebraico: senhora

  • baalate-beer

    hebraico: possuidor de um poço

  • baali

    hebraico: meu Senhor

  • baaliada

    hebraico: o senhor conhece

  • baalins

    Plural de Baal, eram imagens de Baal, e aspectos locais do mesmo Baal.

  • baaná

    Filho da dor. l. oficial do comissariado de Salomão em Jezreel, ao norte do vale do Jordão. Filho de Ailude (1 Rs 4.12). 2. oficial do comissariado de Salomão em Aser (1 Rs 4.16). 3. Pai de Helebe, um dos trinta valentes de Davi (2 Sm 23.29 – 1 Cr 11.30). 4. Capitão do exército de is-Bosete (2 Sm 4.2 a 9). Assassinou com seu irmão a is-Bosete e foi castigado com a morte por Davi. os corpos dos assassinos foram pendurados sobre o tanque de Hebrom. 5. o pai de Zadoque que voltou com Zorobabel, e auxiliou a reparação da muralha de Jerusalém (Ne 3.4). Talvez também em Esdras 2.2. 6. Um chefe que selou o pacto (Ne 10.27).

  • baara

    hebraico: estupidez

  • baasa

    Homem de origem muito humilde ‘levantado do pó’ (1 Rs 16.2). Filho de Aías, e usurpador do trono de israel. Para garantir sua posição real determinou que Nadabe e todos os da família de Jeroboão fossem mortos em Gibetom, e assim se cumpriu a profecia (1 Rs 14.10). Desprezando o aviso de Deus (1 Rs 16.1 a 5), o seu governo foi cheio de perturbações, pois esteve continuamente em guerra com Judá. No seu reinado, Ben-Hadade, rei da Síria, tomou diversas cidades ao norte de israel, obrigando-o, desta maneira, a desistir de fortificar Ramá contra Judá (1 Rs 15.20 a 22 – 2 Cr 16.4,5). Todavia, depois de um reinado de vinte e quatro anos, foi ele um dos poucos reis a morrer de morte natural. Foi sepultado em Tirza (1 Rs 15.21), e a sua dinastia foi extirpada por Zinri (1 Rs 16.9 a 13).

  • baaseias

    hebraico: obra de Jeová

  • babel

    Em assírio é Bab-ilu, porta de Deus; o verbo hebraico balal significa confundir (Gn 10.10). Cidade na planície de Sinear, fundada por Ninrode. Depois do dilúvio, os sobreviventes viveram juntos até que alcançaram Sinear. Aqui fizeram tijolos e edificaram uma cidade, que eles esperavam havia de ser o centro do império do mundo (Gn 11). Talvez, como lembrança do dilúvio, eles pensassem em prevenir-se contra outra calamidade semelhante, edificando uma torre altíssima, identificada com Birs, agora Birs Nimrude. Mas os seus planos foram frustrados por Deus (Gn 11.5,8), que confundiu a sua linguagem e os obrigou a dispersarem-se sobre a terra. (*veja Babilônia.)

  • babilônia

    Babilônia, Bavêl, em hebraico, está relacionada com a palavra Bilbul, que significa mistura, confusão. Bavêl corresponde ao mundo e suas nações, onde o sagrado, o mundano e o proibido estão todos misturados e é difícil diferenciá-los.

  • babilônia (cidade de)

    A moderna Hil-lah (Babel). A forma grega do hebraico Babel. Babilônia foi a capital do reino caldaico da Babilônia. Embora não fosse a cidade mais antiga do império, tornou-se no decorrer do tempo a mais importante pela sua grandeza e influência. Situada nas margens do Eufrates, quase 80 km. ao sul da moderna Bagdá, no meio de férteis planícies, tendo perto o Golfo Pérsico, foi a cidade de Babilônia o centro de comércio do mundo antigo. Ainda que incerta a DATA da sua fundação, contudo, a sua conexão com Acade e Calné (Gn 10.10) faz supor uma grande antigüidade, pelo menos 3.000 anos a.C. A história da Babilônia é uma longa série de lutas sustentadas por vários governadores e comandantes militares para a possuírem e conservarem. Foi muitas vezes cercada, muitas vezes foram arrasados os seus templos e muralhas, os seus habitantes cruelmente mortos, e despojada dos seus tesouros; mas, fato maravilhoso, essa cidade opulentíssima e magnífica levanta-se sempre do pó cada vez mais bela, até que, nos tempos de Nabucodonosor, é ela uma das maravilhas do mundo, com enormes edifícios e uma população maior do que provavelmente qualquer outra cidade dos tempos antigos, sendo cortada em todas as direções por canais navegáveis. As atuais ruínas, tudo o que resta da grande cidade da Babilônia, são um grande número de fortes que se estendem por uma distância de oito quilômetros, de norte a sul, principalmente na margem esquerda do rio. Há restos de muralhas, de templos e de palácios reais por toda parte. o forte que está na parte mais setentrional geralmente tem sido identificado com a Torre de Babel, achando-se ainda com 19,5 metros de altura. Maior do que isto é a série de plataformas do palácio. São numerosos os restos de fortificações, e nas margens do Eufrates ainda hoje se podem ver os vestígios de grandes diques. Foi Nabucodonosor quem mandou desviar o rio, e guarnecer de tijolos o leito através da cidade. A cidade foi descrita por Heródoto e outros escritores que puderam vê-la. E ainda que as suas descrições difiram um pouco entre si, concordam, contudo, todos eles na sua maravilhosa grandeza e magnificência. A cidade estava edificada em ambos os lados do rio, cercada por uma dupla muralha de defesa. Segundo a medição de Heródoto, estas muralhas, com 90 km. de circunferência, encerravam uma área de 322 quilômetros quadrados. Nove décimas partes desta área estavam ocupadas com jardins, parques e campos, ao passo que o povo vivia em casa de dois, três e quatro andares. Eram altíssimas as muralhas, e de tal maneira largas em cima que um carro de quatro cavalos tinha espaço para poder dar a volta. Duzentas e cinqüenta torres estavam edificadas por intervalos nos muros, que em cem lugares estavam abertos e defendidos com portões de cobre. outros muros havia ao longo das margens do Eufrates e junto aos seus cais. Navios de transporte atravessavam o rio entre as portas de um e de outro lado, e havia uma ponte levadiça de 9 metros de largura ligando as duas partes da cidade. o grande palácio de Nabucodonosor estava situado numa das extremidades desta ponte, do lado oriental. outro palácio ‘A Admiração da Humanidade’, que tinha sido começado por Nabopolassar, e concluído por Nabucodonosor, ficava na parte ocidental e protegia o grande reservatório. Dentro dos muros deste palácio elevavam-se a uma altura de 23 metros os célebres jardins suspensos, que se achavam edificados na forma de um quadrado, com 120 metros de lado, levantados sobre arcos. o templo de Bel, ou Torre de Babel, de quatro faces, era uma pirâmide de oito plataformas, tendo a mais baixa 120 metros de cada lado. Chegava-se ao topo, onde estava o altar de Bel, por um plano inclinado. Sobre o altar estava posta uma imagem de Bel, toda de ouro, e com 12 metros de altura, sendo também do mesmo precioso metal uma grande mesa e muitos outros objetos colossais pertencentes àquele lugar sagrado. As esquinas deste templo, como todos os templos caldaicos, correspondiam aos quatro pontos cardiais do globo terrestre. os materiais empregados na grandiosa construção constavam de tijolos feitos do limo, extraído do fosso, que cercava toda a cidade. A história política desta maravilhosa povoação acha-se relacionada com a do império da Babilônia, estando a sua queda final compreendida na de toda a nação, embora o culto de Bel continuasse em alguns templos até ao ano 29 a. C., muito tempo depois de ter desaparecido a grande Babilônia, como cidade.

  • babilônia (império da)

    A importância, para o estudante da Bíblia, do que foi o império da Babilônia, vê-se no fato de haver nas Sagradas Escrituras cerca de trezentas referências ao pais e ao seu povo. No Antigo Testamento a palavra hebraica Babel pode significar tanto o império como a cidade, embora algumas vezes se empregue o nome de Sinear para definir todo o país. Com efeito, Sinear era o mais antigo nome daquele grande território (Gn 10.10 e 11.2). Nas Escrituras dos tempos posteriores, já depois do exílio, chamava-se Caldéia àquela região, ou a terra dos caldeus (Jr 21.4 e Ez 12.13). os babilônios não tinham nome para o seu país no seu todo, mas falavam de Acade ou de Sumer, quando queriam referir-se à parte norte ou à parte sul. Tinham recebido estes nomes dos habitantes anteriores. Descrição física. Babilônia é uma planície de 650 km. de comprimento mais ou menos, por 160 km. de largura. É limitada ao sul pelo golfo Pérsico, e a oeste pelo deserto da Arábia. Ao oriente estava o rio Tigre, e ao norte a Assíria; mas este limite setentrional foi freqüentes vezes modificado segundo a maior ou menor grandeza da nação dos assírios. Devido a um sábio sistema de irrigação por meio de uma rede de canais, os campos da Babilônia eram notavelmente férteis. E a fertilidade era de tal ordem que o próprio trigo crescia sem auxilio do lavrador, fazendo-se cada ano, nas terras cultivadas, duas e três vezes a ceifa. E havia então pastagens em abundância. Às grandes colhei-tas de cereais e de tâmaras deve-se acrescentar o grande número de cavalos, camelos, bois, carneiros e cabras, que os babilônios possuíam. Havia uma grande quantidade de aves de muitas espécies, e os rios estavam cheios de peixe. Vê-se hoje, nas tristes condições daquela terra outrora muito fértil, como se cumpriram as profecias das Escrituras. Hoje é um deserto, com pântanos, povoado de hienas, linces, panteras e javalis. os seus grandes templos e cidades, outrora moradas de poderosos conquistadores, são atualmente montões de entulho. Como foi espantosa a queda da Babilônia, ‘a jóia dos reinos’ (is 13.19)! Hoje não há ali habitantes, exceto algumas tribos errantes de beduínos (is 14.Z2). Babilônia era ‘o deserto’, de que fala o profeta isaías (is 21.1); e as palavras de Jeremias, ‘habitas sobre muitas águas’ (Jr 51.13), eram uma alusão ao transbordamento do Eufrates, bem como aos numerosos canais abertos a fim de desviar para outros lugares as águas das cheias e também para transportar mercadorias. Eram estes os rios da Babilônia, junto dos quais se sentavam e choravam os filhos de israel (Sl 137.1). Era a capital babilônia uma ‘terra de negociantes; cidade de mercadores’ (Ez 17.4). o reino era um dos quatro ‘tronos’, descritos por Daniel, e acha-se realçado pelo símbolo de um leão com asas de águia. Além da cidade de Babilônia, outras havia de consideração. E destas, uma das mais importantes era Eridu (a moderna Abu-Sahrein). Este porto estava no golfo Pérsico, que naqueles tempos se estendia mais para o norte do que hoje, à distância de 210 km. isto se deve à quantidade de terra e de destroços levados pelas águas do Eufrates. Um pouco ao ocidente desta povoação Abu-Sahrein, há uma barreira marcando o lugar de Ur, o qual invariavelmente se designa na Bíblia pelo nome de ‘Ur dos Caldeus’ (Gn 11.28). Em tempos primitivos, não posteriores ao reinado de Gudea, que nas suas conquistas rumo ao ocidente foi até à Palestina, os reis de Ur tinham supremo domínio sobre Babilônia. Um dos reis de Ur, de nome Ur-gur, era muito zeloso em matéria de religião, e por isso mandou edificar templos na maior parte das cidades da Babilônia. Seu filho, Dungi (cerca de 2600 a.C.), conhecido pelo nome de ‘rei dos quatro quartos’, foi, também, entusiasta construtor de templos, como se vê pelas inscrições das lâminas que estão no Museu Britânico. Foi Dungi que erigiu um templo ao deus Nergal em Cuta, a moderna Tell-ibrahim (2 Rs 17.24), povoação próxima da Babilônia, e foi habitada por uma tribo guerreira, proveniente da Pérsia, que por fim foi subjugada por Alexandre Magno. Por certo tempo perdeu Ur a sua importância enquanto os reis de isin sustentaram o seu domínio sobre Babilônia; mas dentro de pouco tempo achamo-la conservando a sua antiga supremacia sobre toda a Babilônia. Todavia, a mais importante cidade do império babilônico estava ao norte. Conservando o seu caráter de independência durante a segunda dinastia de Ur, a cidade da Babilônia atingiu, pouco a pouco, uma importância que durou pelo espaço de quase dois mil anos. Depois que Ur foi decaindo, assumiu Babel, gradualmente, uma dominante posição na ‘Terra dos Caldeus’, sendo Hamurabi ou Anrafel (Gn 14) por aquele tempo (cerca de 2000 a.C. ) o mais conhecido dos seus reis. Já no ano 1700 a.C. era aquela cidade a sede do governo. os babilônios eram de pequena estatura, de corpo grosso, com nariz judaico, lábios largos e olhos oblíquos. o seu cabelo era preto, espesso e encrespado. Num país que tinha grande comércio com as terras vizinhas, era natural manifestar grandeza tanto no vestir como na habitação (Ez 23.15). Facilmente podiam ali obter-se especiarias, marfim, ouro, pedras preciosas, metais, 1ã e tintas. A pesca de pérolas no golfo Pérsico era, já nesse tempo, cuidadosamente cultivada. Mas o luxo trouxe consigo soberba e ociosidade (is 13.11; Jr 50.29). Uma baixa moralidade minava os fundamentos da fortaleza da nação, e ia preparando o caminho para a ruína final. As tabuinhas do contrato mostram-nos que o cidadão babilônio tinha dois nomes: um oficial, e outro particular. Quando morria, o seu corpo geralmente era queimado, e já se pensou que seria num destes fornos crematórios que foram lançados os três jovens, forno que teria sido sete vezes mais aquecido do que de costume. Quando morria um babilônio, dizia-se que a sua alma ia para a ‘região dos céus de prata’, e ali habitava com os heróis dos tempos passados. isaías sabia isto, e deste conhecimento fez uso quando profetizou contra a Babilônia (is 14.4 a 10). o vestuário do babilônio constava de uma camisa de linho, que descia até ao joelho, com uma capa curta sobre ela.

  • babujar

    Sujar de baba espumante

  • baca

    hebraico: vale de pranto

  • bacbacar

    hebraico: procura diligente

  • bacbuque

    hebraico: frasco

  • bacbuquias

    hebraico: Jeová torna vazio

  • bacelar

    Lugar onde se plantam barcelos

  • bacia

    l. Vaso de cerâmica ou de metal,que servia nos ritos judaicos. A palavra hebraica também se acha traduzida por taça e fiala. Poucos objetos de barro ou de metal se vêem hoje, que pertenceram aos antigos judeus. As taças e bacias de uso comum, entre os povos vizinhos, eram principalmente de barro ou de madeira. Hirão mandou manufaturar para Salomão muitas taças e bacias de ouro, prata e cobre, achando-se entre esses objetos o grande mar para os serviços do templo (2 Cr 4.8). Na cerimônia da purificação no deserto (Êx 24.6,8), recebeu Moisés metade do sangue dos sacrifícios em bacias, e com ele aspergiu o povo. As bacias de lavar os pés eram mais largas e fundas do que as usadas para conter alimentos – e eram, freqüentemente, feitas de madeira (Jo 13.5). Certas tigelas de madeira eram usadas nas refeições, para líquidos, e para o caldo, como se faz hoje, entre os árabes (2 Rs 4.40). Talvez a taça de José para as adivinhações fosse deste gênero (Gn 44.5). Estas bacias se enchiam de um líquido, que de um trago era bebido como preservativo contra o mal. (*veja olaria.) 2. A bacia do tabernáculo estava posta entre a porta e o altar – era feita de metal lustroso, que tinha servido de espelho às mulheres (Êx 38.8). No templo de Salomão havia dez bacias de metal amarelo (1 Rs 7.27 a 39), tendo cada uma delas a capacidade de mil trezentos e cinqüenta litros aproximadamente. Eram usadas para se lavarem os animais oferecidos nos holocaustos (2 Cr 4.6). Em Ef 5.26 e Tt 3.5 devia provavelmente, dizer-se ‘bacia’ por ‘lavagem’, sendo a metáfora aplicada ao batismo.

  • baço

    Sem brilho; embaçado (poderia se dizer: míope)

  • badabe

    hebraico: separação

  • baena

    hebraico: filho de aflição

  • baila

    Lembrança

  • baios

    Castanho

  • bajite

    hebraico: casa ou templo de Baal

  • bal

    hebraico: senhor

  • bala

    hebraico: timidez ou medo

  • balaão

    Significação desconhecida, talvez devorador. Um adivinho ou profeta, a quem Balaque, rei de Moabe, ordenou que amaldiçoasse os israelitas. Era filho de Beor, e residia em Petor, na Mesopotâmia (Nm 22.5). Em lugar de amaldiçoar os inimigos de Balaque, ele, por instrução e impulso divinos, os abençoou, predizendo a futura grandeza de israel (Ne 13.2 – Mq 6.5 – 2 Pe 2.15 – Jd 11 – e Ap 2.14). Ainda que vivia entre os pagãos, tinha Balaão algum conhecimento do verdadeiro Deus, sendo, além disso, homem de grande inteligência, com fama de santidade e sabedoria. Era considerado profeta entre a sua gente, que, em conformidade com as idéias de muitas outras nações da antigüidade, tinha o curioso costume de entregar aos deuses destruidores os inimigos, antes de entrar em combate com ele. Balaão negociara com os seus dons especiais, como se mostra no fato de terem os mensageiros de Balaque levado consigo presentes para recompensarem o profeta pelos seus encantamentos, quando foram ter com ele a pedido do rei. os israelitas haviam começado as suas conquistas na Terra Santa, e por isso o rei de Moabe, com os midianitas, seus aliados, procurou por todos os meios deter o seu avanço. Todavia, Balaão, avisado por Deus, recusou, embora desejoso do seu lucro (2 Pe 2.15), levar a efeito o que o rei desejava – e só depois de ter ido a sua casa outra deputação mais importante é que ele resolveu partir. Mas isso era contra a vontade de Deus, que pela boca da jumenta fez de algum modo compreender a Balaão o seu mau passo. Viu-se depois o resultado deste fato. Não somos, porém, levados a crer que ele se tornou verdadeiro crente no Senhor, porque mais tarde vamos encontrá-lo empregando vilmente todos os esforços para conseguir a destruição dos israelitas (Nm 25). E morreu quando combatia pelos midianitas contra aqueles, que ele tinha pensado em amaldiçoar (Nm 31.8,16).

  • balaão ou balahan

    sem povo, estrangeiro

  • balac

    Balac, que traduzido significa “o que lambe”, “o que esmaga”, ou ainda “o que envolve”, significa o demônio, que lambe aos que pode pelo afago da má tentação, esmaga-os pelo consentimento ou pelo fruto do pecado, e envolve-os pelas redes do mau costume.

  • balada

    hebraico: ele deu um filho

  • baladão

    hebraico: ele deu um filho

  • balança

    instrumento de pesar – julgar. Freqüentemente vê-se empregada esta palavra na Sagrada Escritura no sentido de uma atitude mental ou valor moral. Foi assim no caso de Belsazar (Dn 5.27). Em is 40.15 emprega-se a expressão ‘pó na balança’ no sentido de qualquer coisa inteiramente insignificante. Honra e integridade são comparadas a balanças certas (Pv 11.1). Também havia a idéia de equilíbrio, ou de perfeição de forma, como se vê em Jó 37.16. A balança constava de uma barra a prumo, tendo no alto uma travessa, de cujas extremidades pendiam ganchos ou sustentantes para os pesos e mercadorias (Pv 16.11 – Ap 6.5). A balança de braços desiguais parece não ter sido conhecida até ao tempo dos romanos. o profeta Miquéias (6.11) refere-se a esta fraude vulgar: havia negociantes desonestos que tinham duas espécies de pesos, sendo os mais pesados para quando compravam, e os mais leves para quando vendiam. Estes pesos, geralmente de pedra, eram levados em sacos de um sítio para o outro.

  • balão

    hebraico: devorador

  • balaque

    hebraico: devastador, gastando

  • balaustre

    Pequena coluna que sustenta uma travessa

  • balbino

    Aquele que balbucia

  • baldaquino

    Espécie de dossel (armação ornamental) sustentado por colunas que serve de cúpula ou coroa de um altar, trono, sólido ou leito

  • balduino

    Amigo audacioso

  • baleia

    A palavra hebraica que quatro vezes se traduz por ‘baleia’ em certas versões (Gn 1.21 – Jó l.12 – Ez 32.2 – Mt 12.40), é também traduzida por grande animal marinho, monstro marinho, crocodilo, grande peixe. Encontram-se baleias nas costas de Espanha, e diz-se que entram de tempos em tempos no mar Mediterrâneo. Duas espécies de hiperodontidas, ou baleias pontiagudas, se acham também no Mediterrâneo. A respeito de cetáceos menores, como o golfinho, a foca, e outros, habitam eles também nesse mesmo mar. Qualquer destes animais podia ser posto na classe de monstros marinhos que dão de mamar aos seus filhos, visto como todos eles são mamíferos aquáticos, que dão à luz seres vivos, e os amamentam. A baleia-esperma, que errando pelos mares talvez se possa ver no Mediterrâneo, e também o tubarão, podem engolir um homem. (*veja Jonas.)

  • balizar

    Demarcar, delimitar.

  • balote

    hebraico: que produz leite

  • bálsamo

    (Gn 37.25). Uma resina extraída de uma árvore balsamífera. A planta que produz o verdadeiro bálsamo é oriunda da costa oriental da África, mas essa substância balsâmica era preparada e exportada de certos lugares ao oriente e sul da Palestina, sendo o Egito o principal consumidor. Para obter-se o bálsamo corta-se a árvore, planta sempre verde de 4 metros de altura, ou então se lhe dá um golpe com um machado, pondo por baixo do corte uma taça ou uma garrafa suspensa, que vai recebendo a seiva à medida que ela transuda. A quantidade colhida de cada árvore é muito pequena. Em tempos antigos este odorífero bálsamo era afamado em todo o mundo conhecido, e mesmo então era tão escasso que pequenas amostras dele foram consideradas como grande tesouro, e levadas para Roma como troféu, quando a Palestina foi conquistada. o bálsamo de Gileade era assim chamado pelo fato de ser a resina balsâmica exportada principalmente das rampas de Gileade. A sua produção era, na realidade, quase privativa daquela região. Era muito precioso, valendo duas vezes o seu peso em ouro, e constituindo artigo de comércio de alta importância por causa das suas qualidades terapêuticas, quando aplicado a feridas ou chagas abertas. Segundo interessante tradição, as raízes originais do arbusto do bálsamo foram levadas à Palestina pela rainha de Sabá. Mas isto não se pode crer facilmente, visto como o bálsamo era exportado de Gileade para o Egito já nos tempos patriarcais (Gn 43.11), quando Jacó o considerava um belo presente para o seu ignorado filho. No quase tropical vale do Jordão o arbusto crescia por toda parte, nos tempos próximos à vinda de Cristo. A família das plantas do bálsamo (Balsamodendron) compreende várias espécies que produzem bálsamo e mirra. Ainda que os romanos se entregavam a um trabalho árduo para proteger e cultivar as plantações do bálsamo, que continuaram até ao tempo das Cruzadas, essas plantações desapareceram completamente de Jericó e Gileade.

  • bálsamo de gileade

    Produto cosmético e medicinal que os israelitas faziam a partir de um tempero ou seiva de árvore.

  • baltasar

    proteja o rei ou proteja sua vida

  • baltazar

    assírio: amigo do rei ou o que protege o rei

  • baluarte

    Fortaleza, Lugar seguro

  • bama

    hebraico: lugar alto

  • bamote

    hebraico: lugares altos

  • bamote-baal

    hebraico: lugar alto de Baal

  • banaías

    Deus construiu

  • banca

    hebraico: saídas (das águas)

  • bandeira

    (is 49.22). As palavras bandeira, estandarte, insígnia são termos sinônimos, usados todos eles nas Sagradas Escrituras. os filhos de israel, nas suas peregrinações pelo deserto, levavam à frente bandeiras que indicavam o lugar de cada divisão. Nestas bandeiras estavam bordados determinados planos, como necessária precaução a tão grande multidão de gente. Numa subdivisão já não se empregava a bandeira, mas somente uma simples lança, a que estava preso no alto algum emblema. os estandartes egípcios e romanos eram apenas modificações da lança arvorada, levando em cima um sólido emblema de metal, geralmente de ouro. (*veja insígnia, Estandarte.)

  • bani

    hebraico: edificado ou posteridade

  • banimento

    Eliminação, expulsão, exclusão.

  • banir

    Afastar; afugentar.

  • banquete

    o banquete, como ato distintoda simples refeição de cada dia, figurava largamente na vida religiosa e social dos hebreus. Dos dias de festa religiosa, em que havia banquetes, se tratará quando se descreverem as diversas Festividades. Havia banquetes em determinadas ocasiões: quando se celebravam casamentos, na ocasião do desmamar do herdeiro, nas reuniões de despedida, no tempo da tosquia, etc. Nos funerais eram servidos refrescos, mas não havia coisa alguma que se parecesse com o festim pagão. Faraó e Herodes, segundo lemos nas Sagradas Escrituras, festejavam com banquetes o aniversário do seu nascimento (Gn 40.20 – Mt 14.6). Que nestes diversos banquetes havia, muitas vezes, vergonhosos exemplos de intemperança, é evidente pela atitude dos profetas, que eram compelidos a censurar os participantes (Ec 10.16 – is 5.11 – Jr 35.5). Cantores e dançarinos estavam muitas vezes presentes. Dos banquetes nasceu o mau costume de reuniões só para beber. Quando qualquer pessoa preparava uma festa para os seus amigos, mandava com alguns dias de antecedência um criado com o necessário convite. E na tarde do dia aprazado eram outra vez mandados mensageiros à casa dos convidados, para lhes dizerem que viessem tomar parte no banquete. Este costume acha-se mencionado em S. Lucas 14.7 e versículos seguintes. o pedido para que aqueles indivíduos fossem tomar parte no banquete não era feito pela primeira vez – todos eles já tinham sido convidados e haviam aceitado o convite, e, por conseqüência, estavam comprometidos. A recusa, depois de todas as formalidades, era um grosseiro insulto à pessoa que convidava, e isso merecia castigo. os convidados eram bem recebidos pelo dono da casa, o qual os abraçava e beijava, ou nos lábios, nas mãos, nos joelhos ou nos pés, segundo a categoria do convidado. Era este um costume geral no oriente e comum entre os judeus – por isso Jesus queixou-Se a Simão porque este não o tinha beijado quando entrou (Lc 7.45). os hóspedes, depois de uma jornada, chegando à casa cheios de pó e em mal-estar pela transpiração, tinham por costume lavar-se antes de irem para a mesa. Eram, neste ato, geralmente auxiliados por um criado, e o serviço deste era considerado nada honroso – por esta razão o portador da toalha era uma pessoa inferior. Todavia, o próprio Salvador não hesitou em tomar a Seu cargo este humilhante trabalho, quando quis dar aos Seus discípulos lições de amor e humildade (Jo 13.12). os pratos eram servidos para cada conviva pela pessoa que presidia à mesa (Gn 43.34 – 1 Sm 1.5 – 9.23,24), sendo mandada dupla quantidade de alimento àqueles a quem se queria particularmente honrar. Havia, também, o agradável costume de mandar diretamente do banquete a amigos mais pobres certas porções de comida (Ne 8.10 – Et 9.19,22). Perfumes e óleos odoríferos eram oferecidos aos hóspedes, e espargidos sobre a cabeça, barba e vestidos. (*veja Refeições, Bebida, Páscoa.)

  • baquebuquias

    hebraico: fraco ou Jeová vazio

  • baquedacar

    hebraico: procura diligente

  • baqueduque

    hebraico: frasco

  • bar

    aramaico: filho (I), prefixo de nome de pessoas

  • bar mitsvá

    literalmente “Filho do Mandamento”; termo designado a meninos que completam a maturidade religiosa aos 13 anos de idade.

  • bar-jesus

    grego: filho de Jesus ou Josué

  • bar-jonas

    grego: filho de Jonas

  • bara

    Personificação de deus para os behaístas (beahismo é uma seita islâmica)

  • baraque

    raio

  • baraquel

    hebraico: abençoado por Deus

  • baraquias

    hebraico: Jeová abençoou

  • baraquias ou barakiah

    que D’us abençoou

  • barba

    Entre os judeus, e de modo geralno oriente, sempre foi atribuída grande importância à barba, como sinal de excelsa civilidade – e para o homem não havia maior ofensa do que tratá-la alguém com indignidade. Tocar-lhe alguém com a mão, mostrando desprezo, era grande insulto (1 Cr 19.4 – 2 Sm 10.4,5 – 20.9). Ao mesmo tempo era objeto de saudação, o chegar a barba aos lábios e beijá-la, quando qualquer pessoa queria manifestar simpatia a outra. A não ser os egípcios (Gn 41.14ì, que honravam os mortos deixando crescer a barba, o rapá-la ou arrancá-la era manifestação de luto ou de dor (2 Sm 19.24 – Ed 9.3 – is 15.2 – Jr 41.5 – 48.37). Quando se queria assegurar a alguém a sua boa fé e honrosa conduta, era ação vulgar jurar pela sua barba. os árabes ainda hoje juram solenemente pela sua barba e, quando precisam honrar de uma maneira particular um amigo, exclamam: ‘Conserve Deus a vossa abençoada barba.’ A idéia de ar varonil, de respeitabilidade, em relação com grandes barbas, é ilustrada pela lei judaica, que proibia o cortá-las à maneira dos egípcios (Lv 19.27 – e Sl 133.2). Diferentemente das nações circunvizinhas, os egípcios rapavam a cara, à exceção da parte inferior do rosto, onde se permitia haver um molho de cabelos, que se conservava bem cuidado. Algumas vezes, em lugar do seu próprio cabelo, usavam barba postiça, trançada, com formas diferentes, segundo a categoria do indivíduo. Alguma coisa havia de significação cerimonial no corte da barba judaica, segundo o que pode depreender-se de Lv 19.27 e 21.5. o cuidado da barba era objeto de primeira consideração da parte de pessoas distintas (Sl 133.2) – quando mal cuidada, era coisa ridícula e desprezível. os leprosos, ou indivíduos sujeitos à lepra, eram barbeados, ou para trazerem a pele descoberta, ou por causa da limpeza (Lv 14.9). Figuradamente, há referência na Bíblia às ‘barbas’ do povo de Deus falando-se da sua honra e dignidade, barbas que talvez o Senhor havia de cortar com a navalha do rei da Assíria (is 7.20).

  • barbara

    Estrangeira (nome dado a todos cuja origem não era greco-romana)

  • bárbaro

    Entre os gregos e romanos, dizia-se daquele que era estrangeiro; sem civilização; selvagem, grosseiro, rude, inculto.

  • barcos

    (Ed 2.53). Uma família de levitas, que voltou do exílio com Neemias (Ne 7.55). o nome significa filho ou adorador do deus Cos, e pertence a uma grande classe de nomes próprios teóforos.

  • baria

    hebraico: fugitivo

  • barjesus

    Filho de Jesus (At 13.6 a 12) Feiticeiro e falso profeta, que fazia parte da comitiva de Sérgio Paulo – era este um romano e oficial superior em Pafos, na ilha de Chipre. Quando Paulo e Barnabé estavam na ilha, desejou Sérgio Paulo receber deles instrução religiosa. Mas Barjesus, receando que a sua própria reputação e posição, bem como os seus proventos, estivessem em perigo por causa das doutrinas que aqueles apóstolos ensinavam, fez-lhes forte oposição. Como resultado desta atitude, Deus o feriu de cegueira por meio de Paulo. Barjesus era judeu, mas o segundo nome (8), pelo qual é conhecido, o de Elimas, tem origem árabe, derivado de uma palavra que significa mago ou apto, sendo no N.T. a sua tradução ‘encantador ou mágico’.

  • barjona

    filho de Jona

  • barnabé

    Filho da consolação. Talvez, na sua origem, filho de Nebo – conhecido primeiramente pelo nome de José (At 4. 36). Barnabé, levita, natural da ilha de Chipre, era um dos mais antigos crentes em Jesus Salvador, e parece ter tido especial zelo em exortar e animar os ouvintes. Era homem abastado, mas vendeu os seus bens e depositou o dinheiro da venda aos pés dos apóstolos. Na ocasião em que os cristãos judaicos hesitavam em receber Paulo como seu irmão, foi Barnabé quem venceu a sua relutância, e apresentou o novo convertido à igreja de Jerusalém (At 9.27). Era tão altamente considerado, e tanto confiavam no seu bom senso e integridade de caráter, que foi várias vezes encarregado de delicadas e importantes missões (At 11.19 a 26,30). Foi com referência à missão de Barnabé em Antioquia que Lucas emprega a seu respeito estas significativas palavras: ‘era homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé’ (At 11.24). Ele acompanhou Paulo na sua primeira viagem missionária (At 13.2,3). Em Listra, depois de ter curado um coxo, os pagãos prestaram-lhe culto, julgando ser ele o deus Júpiter (At 14.12). Levantaram-se divergências entre Barnabé e Paulo a respeito de João Marcos, primo ou sobrinho de Barnabé (Cl 4.10), e ele já não acompanhou Paulo na segunda viagem missionária deste Apóstolo (At 15.36 e seguintes). o rompimento foi mais tarde reparada, sendo certo que na providência de Deus esse fato havia servido para maior extensão da obra evangélica. Pouco se sabe da vida posterior de Barnabé. Diz-se que ele sofreu martírio pela sua fé. A sua vida foi cheia de abnegação e zelo – mas uma vez ele transigiu em atos que sabia não serem bons (Gl 2.12,13). Que não era homem casado parece depreender-se do que está escrito em 1 Co 9.6, passagem que também nos faz ver que, apesar da antiga questão, era ele tido em grande consideração pelo Apóstolo.

  • barnabé ou barnebuah

    filho da exaltação

  • barrabás

    Filho do pai, ou do Rabi. Aquele a quem Pilatos libertou, em conformidade a um antigo costume na Páscoa, deixando Jesus preso. Difere nos quatro Evangelhos a descrição do crime pelo qual aquele homem tinha sido lançado na prisão. Em Mt 27.16 ele é apenas ‘um preso muito conhecido’; Marcos diz (15.7) que Barrabás tinha sido ‘preso com amotinadores, os quais em um tumulto haviam cometido um homicídio’; Lucas confirma a exposição de Marcos, mas afirma também que a insurreição tinha sido na própria cidade de Jerusalém; e Zoão (18.40) não diz mais do que isto: ‘Barrabás era salteador’.

  • barro

    Era de várias espécies o barro, usado para edificação (*veja Tijolo), e para obra de olaria (is 29.16 – 45.9, etc„Rm 9.21). Também se usava o barro para selar (Jó 38.14) – o túmulo de Jesus Cristo parece ter sido assim selado (Mt 27.66). A prática de selar portas por meio do barro, com o fim de facilitar a descoberta de qualquer ato ilícito, é ainda hoje comum no oriente. o barro era uma substância relativamente rara, especialmente na Palestina, e tinha mais ou menos valor segundo a sua qualidade. A sua preparação acarretava grande trabalho, sendo amassado e pisado debaixo de água, para o tornar perfeitamente macio e livre de impurezas (is 41.25). o barro era, então, no seu estado macio, absolutamente obediente à mão do oleiro que lhe dava a forma que entendia. Acontecia, também, ser desfeito um objeto para lhe darem outro feitio (is 64.8 – Jr 18.4).

  • barsabás

    1. Filho de Sabá ou filho do sábado, como tendo nascido naquele dia (At 1.23). Ele foi mencionado para suceder a Judas no apostolado, mas, sendo rejeitado, é escolhido Matias. A organização não parecia estar completa enquanto o número dos doze (cp. com as doze tribos) não fosse completado. o seu nome por extenso era José Barsabás Justo, e tem-se pensado desde o quinto século que ele era um dos setenta (Lc 10.1). 2. De outro Barsabás se faz menção em At 15.22. Também era chamado Judas, e era membro proeminente da igreja de Jerusalém.

  • bartholomeu

    Filho de Tolmai (aquele que suspende as águas)

  • bartimeu

    Filho de Timeu. Um mendigo, cego, de Jericó, a quem Jesus Cristo deu vista (Mc 10.46), Mateus e Lucas descrevem o mesmo incidente (Mt 20.30 – Lc 18.35), mas Lucas conta que o milagre foi feito quando Jesus entrava na cidade e não quando saia. É singular ser Bartimeu o único cego curado, cujo nome se menciona nos Evangelhos. A sua fé era tão forte que, apesar de lhe ordenarem algumas vezes que se calasse, para não incomodar o Mestre, ele continuou clamando mais ainda, para chamar a atenção do Salvador. Desde que recuperou a vista, seguiu a Jesus Cristo, sendo um dos Seus humildes discípulos.

  • bartolomeu

    Filho de Tolmai. Um dos doze apóstolos (Mt 10.3). o seu verdadeiro nome não é conhecido, mas era chamado Bartolomeu, o filho de Tolmai. Tem sido identificado com Natanael, visto como Bartolomeu não está na lista dos discípulos, segundo o Evangelho de João, mas está Natanael, sobre o qual os outros guardam silêncio. Era natural de Caná de Galiléia, homem de bom caráter, recebendo, por isso, o elogio de Jesus Cristo. Diz-se que a Armênia foi o seu campo de trabalho, e que foi até à india, pregando e ensinando. Segundo uma lenda ele sofreu o martírio, sendo esfolado vivo e crucificado de cabeça para baixo.

  • bartolomeu (natanael)

    Falta-nos informação sobre a identidade do Apóstolo chamado Bartolomeu. Ele só é mencionado na lista dos apóstolos. Além do mais, enquanto os Evangelhos sinóticos concordam em que seu nome era Bartolomeu, João o dá como Natanael (Jo 1.45). Crêem alguns estudiosos que Bartolomeu era o sobrenome de Natanael.
    A palavra aramaica bar significa “filho”, por isso o nome Bartolomeu significa literalmente, “filho de Talmai”. A Bíblia não identifica quem foi Talmai.
    Supondo que Bartolomeu e Natanael sejam a mesma pessoa, o Evangelho de João nos proporciona várias informações acerca de sua personalidade. Jesus chamou Natanael de “israelita em quem não há dolo” (Jo 1.47). Diz a tradição que ele serviu como missionário na Índia e que foi crucificado de cabeça para baixo.

  • bartolomeu ou bartalmai

    filho dos sulcos

  • baruc

    hebraico: abençoado

  • baruque

    Abençoado. 1. Filho de Nerias,irmão de Seraías, amigo e secretário do profeta Jeremias (Jr 36.4 e seguintes). Era homem erudito, de nobre família (Jr 51.59), tendo servido fielmente ao profeta. Pelas instruções de Jeremias, escreveu Baruque as profecias daquele profeta, comunicando-as aos príncipes e governadores. E um destes foi acusar de traição o escrevente e o profeta Jeremias, mostrando ao rei, como prova das suas afirmações, os escritos, de que tinham conseguido lançar mão. Quando o rei leu os documentos, foi grande o seu furor. Mandou que fossem presos os dois, mas eles escaparam. Depois da conquista de Jerusalém pelos babilônios (586 a.C.), foi Jeremias bem tratado pelo rei Nabucodonosor – e Baruque foi acusado de exercer influência sobre Jeremias a fim de não fugirem para o Egito (Jr 43.3). Mas, por fim, foram ambos compelidos a ir para ali com a parte remanescente de Judá (Jr 43.6). Durante o seu encarceramento deu Jeremias a Baruque o titulo de propriedade daquela herdade que tinha sido comprada a Hanameel (Jr 32.12). Baruque lamentou-se muito, nas suas orações a Deus, por causa de tudo o que havia sofrido, mas apaziguou-se, pois compreendeu que era melhor para ele estar satisfeito com as suas condições de vida (Zr 45.2 a 5.). (*veja Jeremias, Apócrifos, (Livros). 2. Filho de Zabai, que ajudou a construir a muralha (Ne 3.20). 3. Um sacerdote que assinou o pacto (Ne 10.6). 4. Filho de Col-Hoze, um descendente de Perez. (Ne 11.5)

  • barzilai

    l. indivíduo gileadita. Homemabastado que protegeu Davi quando este fugia do seu rebelde filho Absalão (2 Sm 17.27). Mais tarde, quando a revolta foi dominada, desejou Davi que Barzilai viesse estabelecer a sua residência na corte, mas o ancião desculpou-se por sua avançada idade, mandando em seu lugar seu filho Quimã para Jerusalém (2 Sm 19.32 a 39). A gratidão de Davi para com este seu fiel súdito nunca se desvaneceu, e nas suas últimas recomendações a Salomão, ele pediu que continuasse a ser amigo da família de Barzilai (1 Rs 2.7). Cp. com Ed 2.61 – e Ne 7.63. 2. Pai de Adriel, o marido de Merabe (2 Sm 21.8).

  • basã

    País fértil. A primeira menção que se faz de Basã é em Nm 21.33, onde se narra que os israelitas derrotaram ogue rei de Basã, em Edrei, cidade da fronteira, aonde ele tinha vindo para resistir ao exército invasor de israel. É um extenso país e de grande força produtiva, que fica ao oriente do rio Jordão, limitando-se ao sul pelas montanhas de Gileade, ao oriente pelo Jebel Haurã, uma linha de vulcões extintos, ao ocidente por Gesur e Maaca (Js 12.5), e ao norte pelo Hermom. Quando os amorreus foram conquistados e expulsos juntamente com o rei ogue, o seu fértil território coube à meia tribo de Manassés (Js 13.29), que entrou logo na sua posse (Dt 31.3,4, comparado com Nm 21.35). As duas principais cidades eram Edrei e Astorote, a moderna Tell”-Ashtera. Em Dt 3.4 faz-se alusão a sessenta cidades muradas em Argobe de Basã, que estavam sob o domínio de ogue (*veja Argobe). Basã é uma terra notável e cheia de interesse. A sua extraordinária fertilidade acha-se provada com a densidade da sua população (Dt 3.4 a 14), e com o grande número de ruínas espalhadas por todo o território. Quando o império de Alexandre se fracionou, a posse do país foi objeto de contínua disputa. A parte central de Basã tornou-se, então, refúgio de ladrões e foragidos, caráter que ainda hoje conserva. os árabes consideram esta terra como tendo pertencido primeiramente ao patriarca Jó.

  • basa-honote-jair

    hebraico: nome da terra de Jair

  • basaias

    hebraico: obra do Senhor

  • basemá

    bálsamo

  • basemate

    hebraico: fragrância, cheiro agradável

  • basia

    hebraico: obra de Jeová

  • basilio

    Magnificante, rei

  • basilisco

    Serpente lendária que matava com um simples bafo

  • baslite

    hebraico: nudeza

  • basmate

    hebraico: fragrância, cheiro agradável

  • bat mitsvá

    literalmente “Filha do Mandamento”; termo designado a meninas que completam sua maturidade religiosa aos 12 anos de idade.

  • bate-rabim

    Filha de muitas multidões (Ct 7.4). Porta da antiga cidade de Hesbom, perto da qual estavam duas piscinas, que são comparadas pela noiva aos olhos do seu amado.

  • bate-seba

    hebraico: filho do juramento, ou sétima filha

  • bate-seba, bate-sua

    (1 Cr 3.5). Filha do juramento. A formosa esposa de Urias, a qual foi depois mulher de Davi e mãe de Salomão (2 Sm 11.3 e 12.24 – 1 Rs 1). o pecado de Davi com Bate-Seba tornou-se mais negro ainda quando ele buscou a morte de seu marido, Urias, que era oficial do exército e homem dedicado ao seu rei (2 Sm 11.6 e seguintes). Realizado este ato desleal e vil, casou Davi com a viúva. instigada pelo profeta Natã, ela fala a Davi já velho acerca da conspiração de Adonias para suceder no trono (1 Rs 1.16 a 31). Mais tarde ela é persuadida por Adonias a ir ter com Salomão, para que este permitisse o casamento dele com Abisague. Nesta ocasião é ela recebida honrosamente por Salomão como rainha-mãe, mas o rei vê na própria petição o plano astucioso de Adonias (1 Rs 2.13 a 25). Bate-Seba teve, além de Salomão, mais três filhos: Siméia, Sobabe e Natã (Mt 1.6 – 1 Cr 3.5). o fato de ser ela neta de Aitofel pode explicar a rebelião deste contra Davi (2 Sm 11.3 – 23.34).

  • bate-sua

    hebraico: filha da opulência ou filha sua

  • bate-tapua

    casa das maçãs

  • batesaida

    hebraico: casa de comida ou frutas

  • batismo

    Rito cristão que simboliza a purificação do pecado e a identificação com Jesus. A aspersão, a imersão e a efusão são as três modalidades do batismo com água praticado hoje pelos cristãos.

  • batismo do espirito santo e co

    (Mt 3.11). Como no grego não vem preposição alguma antes da palavra fogo, isso mostra que João se refere a dois aspectos de um só batismo. Tem de ser espiritual, em contraste com o material e externo – e deve ser purificante. Tem-se levantado a questão sobre se esse ‘fogo’ se refere à purificação dos piedosos que verdadeiramente acpurificadorismo do Es-pírito, ou à destruição dos perversos, como nos vers. 10 e 12. Mas a obra da presença de Deus é sempre dupla, visto como a alma ou submete-se espontaneamente, ou faz o contrário (is 31.9 – 33.14,15).

  • batismo, batizar

    Mergulhar. João não introduziu costume algum novo quando batizava os seus discípulos no rio Jordão, pois que, entre os judeus, a imersão de todo o corpo, em água corrente, sendo possível, era um meio de limpar toda a cerimonial impureza (is 1.16). Quanto ao batismo de Jesus, *veja Mt 3.13 a 17, e referências. Além das cerimoniosas lavagens do corpo, havia, também, entre os judeus, o hábito de batizar os convertidos ao Judaísmo. Portanto, quando viram João a batizar, não ficaram surpreendidos com o ato do batismo, mas com o fato de ele batizar. isto mesmo se depreende da pergunta que lhe fizeram: ‘Então por que batizas, se não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta?’ (Jo 1.25). Eles não perguntaram: ‘Que novo rito é este?’ mas: ‘por que o administras tu?’ o batismo de prosélitos era, para os judeus, coisa natural, visto como consideravam impuros e imundos todos os gentios. Na devida administração do batismo cristão a lavagem tornou-se o sinal da purificação da alma. Quando um gentio se convertia ao Judaísmo, era necessariamente batizado, porque toda a sua vida anterior tinha sido ritualmente impura. o batismo cristão era sinal de purificação moral, ao passo que o de João Batista era intermediário entre o ato cerimonial dos judeus e o emblemático e espiritual dos apóstolos. Mas quanto ao cerimonial necessário no ato judaico ou no ato cristão, a imersão não era essencial – não é provável que os 3.000 convertidos no dia de Pentecoste fossem imersos, ainda que certamente o eram os discípulos de João Batista. o batismo de João achava-se mais ligado às lavagens do cerimonial mosaico do que ao rito cristão. Ele próprio não pertencia ao número dos profetas, nem fez parte do colégio dos apóstolos. E, por essa razão, aqueles a quem João ou os seus discípulos batizaram eram outra vez batizados, quando se convertiam ao Cristianismo (At 19.1 a 5). o batismo cristão acha-se de um modo especial em conexão com o dom do Espírito Santo (Mt 28.19), e com o perdão dos pecados (Mc 16.16). As pessoas próprias para serem batizadas estão indicadas em At 2.41. Em At 8.16 e 22.16 se mostra em nome de quem se devia efetuar o ato batismal – e em Rm 6.3,4 se diz que os crentes em Cristo são ‘sepultados com Ele na morte pelo batismo’.

  • batista

    Aquele que batiza

  • bato

    20,82 lts. (líq.)

  • batuel

    homem de Deus

  • baul

    hebraico: pela misericórdia de Deus

  • baurim

    Vila de jovens. Fica entre o rio Jordão e Jerusalém. o nome importa unicamente por causa dos fatos interessantes em relação com o lugar. Foi aqui que Mical voltou para Davi (2 Sm 3.16). Aqui, também, foi Davi amaldiçoado por Rimei, quando fugia de Jerusalém (2 Sm 16.5 a 14). E foi em Baurim que Jônatas e Aimaás se esconderam, descendo a um poço, para escaparem à vingança de Absalão (2 Sm 17.18). Foi igualmente a terra natal de um dos homens fortes de Davi (2 Sm 23.31). Sítio desconhecido.

  • bavai

    Desejando. Filho de Henadade, chefe do tempo de Neemias, que ajudou a reedificar os muros de Jerusalém (Ne 3.18).

  • baval

    hebraico: pela misericórdia de Deus

  • bazlite

    Despojando. Família de servidores do templo, que voltou do exílio com Zorobabel (Ed 2.52 – Ne 7.54).

  • bazlute

    hebraico: nudeza

  • bdélio

    (Gn 2.12). Goma aromática, comum no oriente, e é produção da terra de Havilá. Supõem escritores autorizados que a palavra significa pérola, ou qualquer outra pedra preciosa. Diz-se em Nm 11.7 que o maná tem a aparência do bdélio. ora, sendo em Êx 16.14 assemelhado o maná à geada branca, deve o bdélio ter tido o mesmo brilho que tem a pérola e algumas espécies de goma, na ocasião em que esta transuda da árvore.

  • bealias

    hebraico: Jeová e o Senhor

  • bealote

    hebraico: senhora ou senhoras possuidoras

  • bebai

    hebraico: pai

  • beber

    Engolir ou ingerir líquido

  • bebida – bebida forte

    A bebida forte, aque se faz referência em is 5.22, era feita de cevada, tendo misturadas diversas especiarias. outras bebidas havia, além do vinho, feitas de mel, de trigo, e de tâmaras. Algumas passagens (Sl 107.27 – is 24.20 e 49.26 e 51.17 a 22) referem-se aos efeitos do uso da bebida forte. Era proibida aos sacerdotes, quando estavam em serviço (Lv 10.9, e também aos nazireus (Nm 6.3).(*veja Embriaguez.)

  • beca

    Fração. Meio ciclo, quantia equivalente pouco mais ou menos a 6 gramas. Era a contribuição de todo o israelita depois dos vinte anos de idade (Êx 30.12 a 16 – e 38.26). veja também Mt 17.24 a 27.

  • becor

    hebraico: camelo novo

  • becorate

    hebraico: primogenitura

  • beda

    hebraico: filho de Da ou filho de juízo

  • bedade

    hebraico: sozinho

  • bedeias

    hebraico: servo de Jeová

  • bedias

    hebraico: servo de Jeová

  • bedicat chamêts

    Busca realizada na noite anterior a Pêssach com a finalidade de remover todo e qualquer vestígio de chamêts.

  • beeliada

    Baal, sabe (1 Cr 14.7). Um filho de Davi. A forma original deste nome tornou-se odiosa para os israelitas por causa da sua relação com o culto de Baal, achando-se, por isso, a palavra mudada em Eliada ‘Deus sabe’ (2 Sm 5.16 – 1 Cr 3.8).

  • beelzebube

    *veja Baal-Zebube

  • beemote

    hebraico: cavalo do rio, ou hipopótamo

  • beer

    Um poço (Nm 21.16). l. Estação dos israelitas além de Arnom – assim chamada por causa do ‘poço’ cavado pelos príncipes do povo. Podemos identificar Beer com o ‘Beer-Elim’, ‘Poço de heróis’ de is 15.8, podendo os heróis ser uma referência aos príncipes e nobres que o cavaram, ou melhor, o mandaram cavar. Cavar o poço era, certamente, uma expressão simbólica. Quando se encontrava um poço e se preparava para uso do povo, ia o chefe da tribo proceder à formalidade de cavá-lo, havendo durante o ato canções, por meio das quais o poeta da tribo celebrava as virtudes da água (Nm 21.17,18). o sítio foi há pouco identificado com um lugar que existe perto das ruínas de El-Modeyne. 2. Lugar para onde fugiu Jotko, filhõ de Gideão, por medo do seu irmão Abimeleque. Acha-se a treze quilômetros ao ocidente de Hebrom (Jz 9.21).

  • beer-elim

    poço de Elim, ou poço dos heróis

  • beer-laai-roi

    o poço daquele que vive e me vê. o nome da fonte, onde apareceu um anjo do Senhor a Hagar, quando esta fugia da cólera de Sara, mulher de Abraão (Gn 16.14). Que esse poço ficava no deserto de Berseba, para o ocidente do mar Morto, mostra-se em Gn 21.14 a 21. Esta parte da Arábia do norte parece ter sido a terra de onde Hagar era natural, e não o Egito. Era, pois, de esperar que ela voltasse para o seu próprio povo, quando foi despedida por Abraão. isaque também habitou ali (Gn 24.62 – 25.11). (*veja Hagar, ismael e Muraim.)

  • beera

    hebraico: poço

  • beeri

    hebraico: meu poço

  • beerote

    Poços (Dt 10.6). l. Uma das quatro cidades dos heveus, que se puseram em segurança por meio de um tratado de paz com Josué (Js 9.17) – foi dada a Benjamim (Js 18.25). Era a terra natal dos assassinos de is-Bosete (2 Sm 4.2), e também de um dos heróis de Davi (2 Sm 23.37 – 1Cr 11.39). veja, igualmente, Ed 2.25 e Ne 7.29. Beerote, ou antes El Bireh, cerca de 13 km. ao norte de Jerusalém, é ainda o primeiro lugar de paragem para caravanas, embora seja apenas uma insignificante aldeia com menos de 1000 habitantes. Segundo a tradição, foi ali que Maria e José deram pela falta de Jesus (Lc 2.43). 2. Houve, também, uma estação dos israelitas, que se chamava Beerote-Bene-Zaacã (Dt 10.6 – Nm 33.31).

  • beerote-bene-jaacã

    hebraico: poços dos filhos de Jaaçã

  • beestera

    hebraico: templo ou casa de Astarate

  • beestra

    hebraico: templo ou casa de Astarate

  • beijo

    Costume de saudação entre os hebreus. No A.T. nota-se o seu uso entre pais e filhos (Gn 27.26) – entre parentes (Êx 4.27) – entre pessoas não aparentadas (2 Sm 20.9). Usava-se no encontro de pessoas, e quando se separavam (Gn 29.11 – Rt 1.14). Podia ser uma prova de homenagem (Sl 2.12), e era assim usado no culto idolátrico (1 Rs 19.18 – os 13.2). No N.T. o beijar os pés a alguém apresenta-se como ato de humilde reverência (Lc 7.45). os crentes saudavam-se uns aos outros, beijando-se (At 20.37 – Rm 16.16 – 1 Ts 5.26 – 1 Pe 5.14).

  • beit hamicdash

    Templo Sagrado; referente aos dois Templos que existiam em Jerusalém e foram destruídos; moradia de D’us na Terra; local onde eram realizados os sacrifícios e trazidas as oferendas; o Muro das Lamentações é a muralha remanecente que cercava o Segundo Templo.

  • bel

    hebraico: Senhor

  • bel-prazer

    Vontade própria; talante; arbítrio.

  • bela

    hebraico: destruição

  • belarmino

    Belo Armínio

  • belém

    Casa do pão, ou lugar de comidal. Belém, que primitivamente se chamou Efrata, era uma das mais antigas cidades da Palestina (Gn 35.19). o seu nome atual é Beit-Lahm. Situada à distância de 10 quilômetros ao sul de Jerusalém, a cidade está em magnífica posição, pois que se acha numa eminência de 600 metros acima do nível do mar, cercando-a montes e fertilíssimos vales, perto da principal estrada que vai da cidade Santa a Hebrom (Rt 2 – Sl 65.12,13). Não tem água, a não ser a que guardam em cisternas, proveniente das chuvas, e a que vem das Fontes de Salomão por meio de um aqueduto. Nenhuma localidade da Palestina tem recordações mais interessantes. Todavia, não se compreende que esta povoação, terra natal de Davi e do ‘Filho de Davi’, sendo também teatro de numerosos e importantes acontecimentos, tenha permanecido na obscuridade durante a sua longa existência. o seu nome mais antigo de Efrata ocorre na história de Jacó. Raquel foi sepultada perto deste lugar. Salma, um neto de Calebe, é chamado o ‘pai dos belemitas’ em 1 Cr 2.51,54. Mais tarde esteve em estreita relação com o país de Moabe, continuando essa amizade até ao tempo de Saul (1 Sm 22.3,4). A vida de Rute familiariza-nos com o seu povo e a sua maneira de viver. Embora Davi tivesse nascido em Belém, a cidade não ganhou coisa alguma nesta conexão com o grande rei, que não edificou ali nenhum monumento, nem a pôs em estado superior às outras cidades do reino. Todavia, quando oprimido terrivelmente por adversários, o seu maior desejo foi beber um pouco de água do velho poço (2 Sm 23.15). Este lugar foi mais de uma vez fortificado. os filisteus tiveram lá uma guarnição (2 Sm 23.14), e mais tarde é Roboão considerado como tendo edificado Belém (2 Cr 11.6): isto quer dizer que Belém foi uma das cidades que ele fortificou para defender a sua posição em Jerusalém. Pelo livro de Ed 2.21 sabemos que cento e vinte e três homens de Belém voltaram do cativeiro com Zorobabel (Ne 7.26). Não diferia esta estalagem materialmente das outras da Palestina, mas tornou-se notável por ser o ponto de partida de quem fazia a grande e penosa viagem para o Egito (Jr 41.17). Foi nesta estalagem, já fora das portas da obscura terra de Belém, que ocorreu o mais memorável acontecimento da história do mundo, em conformidade com a profecia de Miquéias 5.2. Nasceu o Salvador do mundo, não numa cidade, nem mesmo na hospedaria, mas no estábulo da estalagem. Foi daqui, também, que começou a fuga para o Egito, a fim de ser salva a vida do menino Jesus (Mt 2.1 a 15 – Lc 2.4 a 15 – Jo 7.42). A subsequente história de Belém, com uma ou duas exceções, é tão obscura como a passada. o imperador de Roma, Adriano, plantou um bosque idolátrico no sítio da natividade – mais tarde a imperatriz Helena edificou uma igreja no mesmo lugar, templo que ainda hoje ali está. Este templo acha-se circundado por três conventos, pertencentes às igrejas grega, romana e armênia. No século Si foi Belém conquistada aos turcos pelos cruzados, sendo estabelecida uma sede episcopal. 2. Cidade de Zebulom, mencionada somente em Js 19.15. Está à distância de nove quilômetros ao ocidente de Nazaré e chama-se Bet-Lahm, como a sua famosa homônima.

  • belga

    hebraico: prazenteiro

  • belial

    Maligno, indignidade. Uma palavra muitas vezes empregada nas Sagradas Escrituras. No seu uso comum significa o que é vil, indigno e inútil, quer se trate de coisas (Sl 41.8), ou de uma pessoa ou classe de pessoas, como ‘homens malignos’ (Dt 13.13), ‘filho de Belial’ (1 Sm 25.17), ‘todos os maus e filhos de Belial’ (1 Sm 30.22). Mas nunca no Antigo Testamento se emprega de uma maneira restrita como nome próprio.

  • bélica

    Relativa ou pertencente à, ou próprio da guerra.

  • bélico

    Relativo ou pertencente à, ou próprio da guerra.

  • belida

    Mancha esbranquiçada na córnea dos olhos

  • beligerante

    Que faz guerra, ou está em guerra

  • belisario

    Arremessador de dardos

  • belizario

    Arremessador de dardos

  • belma

    hebraico: ilustre

  • belsazar

    babilônico: Bel protege o rei

  • beltessazar

    babilônico: Bel ou Belatsur protege sua vida

  • belzebu

    Satanás, príncipe dos demônios. No AT. Baal era uma deidade de Canaã, cujo nome foi expandido apra Belzebu (que significa Baal Exaltado ou Príncipe Baal).

  • bem-ami

    hebraico: filho do meu povo

  • bem-hamam

    hebraico: compassivo

  • bemote

    hebraico: animal monstruoso ou hipopótamo

  • ben

    hebraico: filho

  • ben-dequer

    hebraico: filho de Dequer, ou furo

  • ben-dezer

    hebraico: filho de Dezer

  • ben-hadade

    Filho de Hadade. Título religioso dos reis de Damasco, sendo Hadade, ou Adade, o deus da tempestade, na Síria. Era costume juntar este nome aos nomes de indivíduos. 1. Filho de Rezom que, como senhor de Damasco, foi pouco a pouco adquirindo influência e domínio sobre os chefes dos povos vizinhos, até que veio a ser um poderoso monarca, sendo a sua aliança procurada por Baasa, rei de israel, e Asa, rei de Judá. Tendo recebido de Asa um grande tributo, aliou-se com este rei, e então invadiu a parte setentrional de israel, que ele possuiu e devastou até ao tempo de onri ( 1 Rs 20.1 a 34). 2. Filho do precedente rei, a quem sucedeu no trono de Damasco. Quando ele pelejou em Carcar contra os assírios, no ano 854 a.C., foi Acabe um dos seus aliados, mas o maior número de vezes ele esteve em guerra com o rei de israel. (*veja Acabe.) Ben-Hadade cercou Samaria, e nesta ocasião era ele acompanhado de trinta e dois reis tributários. Depois da morte de Acabe, a cidade de Samaria foi novamente sitiada pelo rei de Damasco, que tratou a cidade tão rigorosamente (2 Rs 7), que a fome reduziu os habitantes a terríveis dificuldades, tendo eles recorrido à carne humana para se alimentarem. (*veja Eliseu.) Jorão, o rei israelita, estava sem saber o que havia de fazer, quando as forças sitiantes de repente desapareceram, tomadas de grande pânico. Foi tão completo o socorro que Jorão pôde recuperar o território até Ramote-Gileade (2 Rs 9). Logo depois da sua volta a Damasco, caiu Ben-Hadade doente, e consultou Eliseu sobre o resultado da sua doença. Pouca esperança lhe deu o profeta, dizendo-lhe que seguramente havia de morrer dentro de pouco tempo, embora não fosse isso por virtude da doença que o afligia. Hazael que tinha vindo consultar o profeta, como mensageiro do rei, foi informado por Eliseu de que era ele o homem, que pela providência de Deus estava destinado a ser o sucessor de Ben-Hadade. Esta profecia teve o seu cumprimento, pois que Ben-Hadade foi assassinado por Hazael, que se apoderou do trono (2 Rs 8.15). (*veja Hazael, Acabe, Eliseu, Damasco, Samaria.) 3. Filho de Hazael, e seu sucessor no trono. Não tinha as grandes qualidades de seu pai, como rei e general, e dentro de pouco tempo teve de entregar a Joás, na planície de Esdrelom, as cidades que Hazael tinha conquistado aos israelitas (2 Rs 13.25). Em Am 1.4 é profetizada a destruição de todos os palácios de Ben-Hadade e outros infortúnios que lhe sobrevieram.

  • ben-hana

    hebraico: filho bondoso

  • ben-hesende

    hebraico: filho da piedade

  • ben-hur

    hebraico: filho de Hur

  • ben-zoete

    hebraico: filho de Zoete

  • benadinadabe

    hebraico: filho de Abinadabe

  • benaia

    Jah edificou. l. Um dos oficiais de Davi (2 Sm 23.22,23), filho de Joiada, tinha este nome. Era homem dotado de alma heróica, e distinguiu-se em diversas ocasiões. Foi partidário de Salomão contra as pretensões de Adonias (1 Rs 1.8 e seguintes), e, depois de ter dado a morte a Adonias e a Joabe, comandou o exército (1 Rs 2.25 e 4.4 a 35). No quadro de honra do rei Davi era ele considerado como homem de valor, logo em seguida aos ‘três mais valentes’, sendo os valorosos, mais de trinta (2 Sm 23.20 a 23). o seu filho, que se chamou Joiada, conforme o nome do avô, foi também pessoa do conselho do rei (1 Cr 27.34). 2. Um dos homens valentes de Davi e era piratonita (2 Sm 23.30 – 1 Cr 11.31). 3. Príncipe de Simeão (1 Cr 4.36). 4. Um dos sacerdotes de Davi em Jerusalém. Era cantor, e um dos que se faziam ouvir com alaúdes (1 Cr 15.18,20,24 – 16.5,6). Há, ainda, umas oito pessoas com este nome no Antigo Testamento, mas pouco se consegue saber a respeito delas.

  • benais

    hebraico: Jeová edificou, virtuoso

  • benana

    hebraico: compassivo

  • bencail

    hebraico: filho da fortaleza

  • bênção

    l. A consciência judaica do poder e amor de Deus achou natural expressão em palavras de louvor, reconhecendo a Sua bondade e misericórdia. ‘Bendito o Senhor Deus de israel’ (1 Sm 25.32, etc.) é uma frase do Antigo Testamento freqüentes vezes em relação com especiais ou gerais mercês. A adaptação da bênção a circunstâncias do N.T. é instrutiva. Zacarias, na sua visão de glória vindoura, faz uso da antiga frase: ‘Bendito seja o Senhor Deus de israel’ (Lc 1.68). ‘Bendito’ é Cristo, como vindo em nome do Senhor (Mt 21.9, etc. ). o Senhor é ‘bendito’ como o ‘Deus Pai de nosso Senhor Jesus Cristo’ (Ef 1.3, etc.). 2. Assim como Deus é ‘bendito’, assim também o são aqueles que confiam Nele e andam nos Seus caminhos. Comparai as bem-aventuranças dos Salmos (1.1, etc.) com as bem-aventuranças do Sermão da Montanha (Mt 5.3). 3. A bênção do alimento na ocasião das refeições – o dar graças a Deus pelo mantimento – costume judaico cuidadosamente observado, encontra-se quatro vezes mencionada nos Evangelhos: na alimentação dos cinco mil, e dos quatro mil, na última Ceia, e na refeição de Emaús. 4. A última ação de Jesus na terra foi a bênção dada aos discípulos (Lc 24.51).

  • bendita

    Aquela que é abençoada

  • bendito

    Aquele a quem se abençoou, Abençoado, Bom, Feliz.

  • bendizer

    louvar grandemente, glorificar (Sl. 34, 1).

  • bene

    hebraico: filho

  • bene-abinadade

    hebraico: filho de Abinadabe

  • bene-beraque

    hebraico: filho de Beraque

  • bene-geber

    hebraico: filho de Geber

  • bene-geder

    hebraico: filho de um herói

  • bene-hadade

    hebraico: filho de Hadade, supremo Deus da Síria

  • bene-hail

    hebraico: filho de força

  • bene-hana

    hebraico: filho da graça

  • bene-hesede

    hebraico: filho de benevolência

  • bene-jaaca

    hebraico: filhos de inteligência ou da necessidade

  • bene-jacam

    hebraico: filho da necessidade

  • bene-jasem

    hebraico: filho admirável, ou dormindo

  • bene-zoete

    hebraico: filho de Zoete

  • beneplácito

    Consentimento; aprovação

  • benesede

    hebraico: filho de benevolência ou Hesede

  • benevolência

    Boa vontade; complacência.

  • benevolente

    O que tende a fazer o bem, bondoso, benfeitor.

  • benfeitor

    Esta palavra somente se encontra no vers. 25 do cap. 22 de S. Lucas: ‘os que exercem autoridade são chamados benfeitores’. A referência é ao título, tomado por certos reis. Ptolomeu, rei do Egito, é assim intitulado: ‘Evergetas’ ou Benfeitor.

  • bengeber

    hebraico: poço de Geber

  • benignidade

    Qualidade de ser bom.

  • beninon

    hebraico: lamentação

  • beninu

    hebraico: nosso filho

  • benjamim

    Filho da mão direita. 1. Nomeque lhe foi dado por seu pai Jacó. A sua mãe moribunda tinha dado à recém-nascida criança o nome de Benoni, filho da minha aflição (Gn 35.18). Benjamim era dos doze filhos do patriarca Jacó o mais novo, e teve com o seu irmão José, filho da mesma mãe, a mais afetuosa estima da parte de seu pai. Benjamim era a grande consolação do seu idoso pai, e correspondia com igual afeto à grande amizade que lhe tinha o seu irmão José, mais velho do que ele (Gn 45.14). Nasceu na Palestina, entre Betel e Belém, e a sua vida, quando foi dado à luz, custou a vida de sua mãe (Gn 35.16 e seguintes). Nada mais se sabe de Benjamim até àquela ocasião em que seus irmãos tiveram de ir ao Egito para comprar trigo. Revela-se, então, o seu caráter como bem amado filho e querido irmão. É ele o favorito de toda a família, e ainda que pai de numerosa descendência, foi sempre considerado como aquele de quem o resto da família devia ter especial cuidado (Gn 46.21 – 44.20). A partir de então a sua vida se extingue na da tribo, a que deu o seu nome. Ele, que parece ter sido o menos varonil dos doze, foi o fundador de uma tribo de guerreiros temíveis. Mas a fortaleza e as qualidades guerreiras desta gente provinham do seu escabroso país que estava também exposto aos ataques dos seus inimigos de fora. Que isto havia de ser assim, foi anunciado por Jacó à hora da sua morte (Gn 49.27). 2. Um descendente de Harim (Ed 10.32). 3. Um daqueles que tomaram parte na reedificação dos muros de Jerusalém (Ne 3.23). Provavelmente o mesmo que o dos números 4 e 5. 4. (Ne 12.34). 5. (1 Cr 7.10).

  • benjamin ou benjamim ou binyamin

    filho da felicidade

  • benjamlm, tribo de

    Ainda que pequena, esta tribo foi, de uma maneira especial, enérgica e belicosa. Ainda caminhavam no deserto, e já os seus guerreiros eram mais de 35.000 (Nm 1.37) – mas foi aumentado o número de modo que, quando os israelitas entraram na Terra da Promissão, já havia nesta tribo 45.600 combatentes (Nm 26.41). Depois da conquista da Palestina, aquele temperamento belicoso dos benjamitas foi a causa de se envolverem em guerra com as outras tribos, pois que se recusaram a entregar à justiça certos homens criminosos: e o resultado de tudo isto foi que na peleja acabou aquele forte exército, à exceção de 600 guerreiros, que se refugiaram no deserto de Rimom (Jz 20.47). Todavia, apesar de ter sido quase exterminada a tribo de Benjamim, refez-se tão depressa que, quando Davi era rei, eles puderam reunir um exército de quase 60.000 – e durante o reinado de Asa chegou o seu numero a 280.000, todos eles armados e adestrados. É certo que a amizade dos benjamitas com os seus irmãos de Judá foi de grande beneficio para ambas as tribos. os laços que uniam estes dois povos aguerridos tornaram-se ainda mais estreitos pelo fato de Davi, depois de expulsar de Sião os jebuseus, ter feito daquela fortaleza a sua própria capital, sendo ele já rei de todo o povo de israel. E Sião, ou Jerusalém, formava uma parte do território de Benjamim, que ficava ao lado, ou para melhor dizer, quase dentro do território de Judá. Quando morreu Salomão, as duas tribos, Judá e Benjamim, permaneceram fiéis, e formaram um reino à parte (1 Rs 12.21), que simplesmente tinha o nome de Judá. Saul, o primeiro rei de israel, era da tribo de Benjamim (*veja Saul e Davi).

  • beno

    hebraico: seu filho

  • benoni

    hebraico: filho da minha tristeza ou tribulação

  • bensabat

    nascido no Sábado

  • benui

    hebraico: pela misericórdia de Deus

  • benzoete

    hebraico: filho de Zoete, corpulento

  • beom

    hebraico: casa de habitação

  • beor

    hebraico: facho

  • bequel

    hebraico: camelo novo

  • bequer

    Camelo novo. 1. o segundo filhode Benjamim. Foi um dos quatorze descendentes de Raquel, que se estabeleceram no Egito (Gn 46.21 – 1 Cr 7.6,8). A esta família pertencia aquele Seba (2 Sm 20), que se revoltou contra Davi depois da morte de Absalão. (*veja Seba.) Bequer foi um dos antepassados de Saul e Abner, seguindo-se as gerações nesta ordem: Bequer, Abias, Becorate, Zeror, Jeiel, Ner, Quis, Saul (1 Cr 7.8 – 1 Sm 9.1 – 1 Cr 9.36). Abner era irmão mais novo de Quis, e por isso tio de Saul. 2. Filho de Efraim (Nm 26.35).

  • bera

    hebraico: poço, excelência, dom

  • beraca

    Bênção. 1. Guerreiro benjamita,afeiçoado a Davi (1 Cr 12.3). Juntou-se às tropas deste rei em Ziclague. 2. Vale perto de Tecoa, ao sul de Judá, identificado com o moderno Beireicute. Está na altura da estrada principal de Belém a Hebrom. Este Vale de Bênção foi o lugar de grande regozijo e de uma festa de ação de graças do rei Josafá e seu povo, depois da derrota dos amonitas e moabitas pela imediata intervenção de Deus (2 Cr 20.26).

  • berach

    Um dos passos do sêder de Pêssach, quando ao final da refeição, recita-se o Bircat Hamazon, Bênção de Graças após a refeição.

  • beraias

    hebraico: Jeová criou

  • berede

    hebraico: saraiva

  • beréia

    Cidade que hoje tem o nome de Verria ou Kara Verria, e está situada na rampa oriental da serra do olimpo, na base do monte Bermios, na Baixa Macedônia. o fato de estar no caminho da viagem de S. Paulo, explica ter sido escolhida esta povoação para refúgio do Apóstolo e Silas, quando estes foram obrigados a deixar Tessalônica (At 17.10). Foi a terra natal de Sópatro, um dos companheiros de Paulo (At 20.4). Tanto os judeus como os gregos de Beréia receberam de boa vontade as doutrinas do Evangelho (At 17.12). Aqui se demorou Paulo, tendo cuidado dos seus convertidos de Tessalônica, até que os judeus deste lugar novamente excitaram o povo, e então o Apóstolo saiu de Beréia. Na sua viagem para a cidade de Atenas, ele foi guiado por alguns dos novos crentes desta terra. Atualmente o número dos seus habitantes é de 15.000 a 20.000, constando de turcos e gregos. os seus produtos são arroz, kuta, mármore, e artigos manufaturados de algodão.

  • berequias

    o Senhor abençoa. 1. Filho de Zorobabel, e descendente de Joaquim, rei de Judá (1 Cr 3.20). 2. Pai de Asafe, o principal dos cantores (1 Cr 15.17). 3. Levita que viveu perto de Jerusalém (1 Cr 9.16 e 15.23). Era filho de Asa. 4. Um efraimita (2 Cr 28.12). Foi um dos principais da sua tribo, no tempo de Acaz. 5. o pai de Mesulão, estando na lista dos que reedificaram os muros de Jerusalém (Ne 3.4,30 e 6.18). 6. o pai do profeta Zacarias (Zc 1.1,7).

  • bereshit

    Lit. “No princípio” o primeiro dos cinco volumes da Torá.

  • beri

    hebraico: homem de um poço

  • beria

    hebraico: grito de dor

  • berias

    1. Este triste nome, que lembrava grande infelicidade, foi dado ao filho de Efraim por causa de uma tragédia doméstica (1 Cr 7.21 a 23). os filhos de Efraim tinham ido buscar o seu gado, e nessa ocasião foram assassinados pelos homens de Gate – e, quando nasceu outro filho a Efraim, foi-lhe posto o nome de Berias, ‘porque as coisas iam mal na sua casa’. 2. Filho de Aser, do qual descendeu a família dos beritas (Gn 46.17 – Nm 26.44,45 – 1 Cr 7.30,31). 3. Filho de Elpaal, e bergamita por adoção, por causa dos serviços prestados ao povo de Benjamim, quando os habitantes de Gate foram expulsos. Ele e seu irmão Sema foram nos tempos primitivos chefes dos moradores de Ajalom (1 Cr 8.13). 4. Filho de Simei, levita e gersonita, que vivia no tempo de Davi (1 Cr 23.10,11).

  • berilo

    Em Êx 28.20 e 39.13 é a turqueza. Esta jóia era a décima pedra, ou a primeira da quarta ordem, engastada no peitoral do sumo sacerdote. Não se sabe bem que espécie de pedra era essa. Era, também, a oitava das pedras preciosas que formavam os fundamentos da Jerusalém Celestial (Ap 21.20), onde, provavelmente, significa o moderno berilo, que é muito semelhante à esmeralda. Plínio descreve-a como sendo de cor verde-mar.

  • berite

    hebraico: poço de Deus

  • berodaque-balada

    persa: Merodaque deu um filho

  • berota

    hebraico: poços

  • berotal

    hebraico: poços do Senhor

  • bersabé

    filha do juramento

  • berseba

    Poço do Juramento, mas segundooutros, Poço dos sete (Gn 21.22 a 33 – 26.26 a 33). Tendo sido outrora um sítio de certa importância, é hoje, sob o nome moderno de Bir-es-Seba, apenas um lugar de ruínas, com dois imensos poços, cercados de bebedouros de pedra para uso dos animais. Embora não estivesse na extremidade de Judá, pois estava a uns 95 km para dentro do território da Palestina, existia à beira das terras cultivadas de Simeão, e por isso era costume na conversação vulgar significar Berseba o limite meridional de todo o país: nisto se originaram as freqüentes frases: ‘De Dã até Berseba’ (2 Sm 17.11), de ‘Geba até Berseba’ (2 Rs 23.8). Foi perto deste poço, ou poços, que Abraão, isaque e Jacó, residiram, ali matando a sede de seus rebanhos. Situada a cidade cerca de 32 km ao sul de Hebrom, caiu, por fim, nas mãos de Simeão (Js 15.28 e 19.2). Em Berseba também viviam os filhos de Samuel (1 Sm 8.2), e em tempos posteriores chegou a haver nesta povoação imagens, com as quais pretendiam representar o verdadeiro Deus (Am 5.5 – 8.14). Alguns dos que voltaram do exílio estabeleceram ali a sua residência no tempo de Neemias (Ne 11.27,30). Além dos dois poços circulares, acima mencionados, com 15 metros de profundidade, há indícios de que outros poços ali havia, mas é duvidoso que tenha sido de sete o seu número. Na história dos primeiros tempos do Cristianismo ocorre o nome de Berseba em listas eclesiásticas, como cidade episcopal sob a jurisdição do Bispo de Jerusalém (620 d.C.).

  • berta

    Brilhante, gloriosa

  • berzelai

    homem de ferro

  • besai

    hebraico: pisado pelo Senhor

  • beseleel

    na sombra de Deus

  • beseque

    hebraico: relâmpago

  • besodeias

    hebraico: no concilio do Senhor

  • besodias

    hebraico: familiar de Jeová

  • besor

    hebraico: frialdade

  • besta ou animal

    Significa Rei ou Reino conforme Daniel 7:17 e 23

  • bestialidade

    Conjunção carnal com animais.

  • besuntar

    Mudar; sujar; deturpar; lambuzar

  • betá

    Confidência. Era uma cidade pertencente a Hadadezer, da qual levou Davi um grande despojo de bronze (2 Sm 8.8). Em 1 Cr 18.8 vem a mesma povoação com o nome de Tibate.

  • betacarão

    hebraico: casa da vinha

  • betacarem

    hebraico: casa da vinha

  • betana

    hebraico: lugar alto

  • betânia

    A casa das tâmaras. É muito interessante o caso de esta povoação, tão relacionada com a vida do nosso Salvador, ter atualmente o nome de el-Azeriete, a ‘vila de Lázaro’. Está situada na encosta, a sudeste do monte das oliveiras, 670 metros acima do nível do mar, distante 1600 metros do cume, e 3 km de Jerusalém, perto da estrada de Jericó (Jo 11.18 – Mc 10.46). Foi a povoação onde Jesus recebeu hospitalidade da família de Lázaro, e onde se deu a ressurreição deste seu amigo (Jo 11.1 a 46 e 12.1) – foi a residência de Simão, o leproso (Mt 26.6) – e dali partiu Jesus para Jerusalém, no dia em que foi recebido nesta cidade de uma maneira triunfal (Mc 11.1). igualmente em Betânia Jesus descansou de noite, na semana anterior à Sua crucificação, e ai se realizou a Sua ascensão (Mt 21.17 e Lc 24.50).

  • betänia

    casa do pobre

  • betaram

    hebraico: casa do alto

  • betavem

    hebraico: casa da vaidade

  • bete

    hebraico: casa

  • bete-acarem

    hebraico: casa da vinha

  • bete-anate

    Templo da deusa Anate. Fortaleza, ou ‘cidade murada’ de Naftali, na qual permaneceram os primitivos habitantes, depois de ter sido conquistado o resto do país pelos israelitas (Js 19.38), ficando sujeitos aos seus conquistadores com o fim somente de trabalharem nas obras públicas (Jz 1.33). É hoje Aenitha, na alta Galiléia.

  • bete-anote

    templo ou casa de Anote

  • bete-arã

    Casa da montanha. Cidade de Gade ao oriente do Jordão (Js 13.27). Bete-Harã em Nm 32.36. Sendo primitivamente uma cidade dos amorreus, foi depois fortificada por Gade. o seu nome moderno é Tell-er-Rameh. Esta povoação está 200 metros acima do nível do mar, quase defronte de Jericó, entre Hesbom e o Jordão. Perto deste lugar havia umas fontes de água quente, que se dizia serem eficazes contra a lepra, sendo por isso um lugar de banhos muito freqüentado. Herodes, o Grande, tinha ali um palácio, e Herodes Antipas cercou-o de muros.

  • bete-araba

    hebraico: casa do deserto

  • bete-arabim

    hebraico: casa da multidão

  • bete-arbel

    hebraico: casa de emboscada, ou casa da cilada de Deus

  • bete-asbeia

    hebraico: casa que eu seja testemunha

  • bete-avem

    hebraico: casa do nada, ou idolatria

  • bete-áven

    Casa de iniquidade, ou de idolatria. 1. Lugar ao oriente de Betel (Js 7.2), situado entre Betel e Micmás (1 Sm 13.5). o seu sítio não foi ainda identificado, mas é certo ter sido na extremidade do deserto (Js 18.12). 2. Um sinônimo injurioso de Betel (os 4.15, 5.8 – 10.5).

  • bete-azmavete

    hebraico: casa da morte valente

  • bete-baal-meom

    Casa de Baal-Meom. Cidade moabita dada a Rúben. Ficava ao norte de Arnom, um pouco ao sul do monte Nebo, a leste do Jordão (Js 13.17). Foi primeiramente chamada Baal-Meom (Nm 32.38), a que juntaram os israelitas o prefixo Bete. Também tinha o nome de Bete-Meom (Jr 48.23) e de Beom, uma condensada forma da palavra (Nm 32.3). É um dos lugares, mencionados na ‘Pedra Moabita’, e nesta se diz ter o rei Mesa edificado, ou reedificado, aquela cidade. o seu sítio é notado por algumas ruínas, que têm o nome de ‘Fortaleza de Miun’.

  • bete-bara

    Casa do vau. Um lugar de Gade, ao oriente do Jordão (Jz 7.24). Aqui alcançou Gideão uma grande vitória, indo contra os midianitas – e foi este sítio o termo da incursão dos homens de Efraim. As águas a que o texto se refere eram os Hachos que corriam dos montes de Efraim, e iam desaguar no rio Jordão.

  • bete-basi

    hebraico: casa de Basi

  • bete-bata

    hebraico: casa de confiança

  • bete-bera

    hebraico: lugar do deserto ou casa do vau

  • bete-beri

    hebraico: casa da minha criação ou casa do vau

  • bete-birai

    hebraico: lugar da cidade, casa por Deus

  • bete-biri

    Casa da minha criação. Cidade de Simeão (1 Cr 4.31), aquele mesmo lugar que se chama Bete-Lebaote em Js 19.6. Ficava situada na parte mais meridional da Terra Santa, nas proximidades de Berseba.

  • bete-car

    A pastagem das ovelhas ou a casa de um cordeiro. Foi este o lugar onde os israelitas cessaram de perseguir os filisteus, tendo sido a perseguição desde Mispa (1 Sm 7.11). Pelo texto se infere que a cidade, ou fortaleza, estava edificada no alto de um monte. Aqui, também, Samuel colocou uma pedra (vers. 12), e lhe chamou Ebenézer, em memória do auxilio que o Senhor tinha dado aos homens de israel, e também como sinal do fim da perseguição.

  • bete-dagom

    Casa de Dagom. 1. Cidade deJudá, cujo nome mostra que o culto prestado ao deus Dagom pelos filisteus tinha-se propagado além dos limites da Filístia. A sua posição era nos sítios baixos de Judá, mas a verdadeira localidade ainda não foi identificada, sabendo-se apenas que ficava perto de Gede-rote (Js 15.41). 2. Cidade nos limites de Aser, e perto da costa. Foi uma possessão dos filisteus (Js 19.27), e agora é conhecida pelo nome de Tell d”Auk.

  • bete-diblataim

    hebraico: casa da pasta de figo

  • bete-edem

    hebraico: casa do prazer

  • bete-emeque

    hebraico: casa do vale

  • bete-equede

    hebraico: casa de Equede ou casa do vale

  • bete-ezel

    hebraico: casa ao lado ou casa da proximidade

  • bete-gader

    hebraico: casa do muro

  • bete-gamul

    hebraico: casa dos camelos

  • bete-gamur

    hebraico: casa de perfeição ou casa dos camelos

  • bete-haca-cherem

    hebraico: casa da vinha

  • bete-hana

    hebraico: casa da Hana

  • bete-haquerem

    Casa da vinha. Uma estação com farol entre Tecoa e Jerusalém, sob o domínio de Recabe (Ne 3.14 – Jr 6.1). Este tem sido identificado com Ain-Karim, que fica um pouco ao sudoeste de Jerusalém. Como praça militar estava bem situada, porque achando-se superior às terras circundantes, a sua luz no alto se tornaria visível a toda a região em volta. Veja Jr 6.1: ‘tocai a trombeta de Tecoa, e levantai o facho sobre Bete-Haquerém.’ Era, também, lugar de abundância, que merecia ser protegido. As pedras sobre as quais deviam, talvez, ter sido postos os luzeiros, tendo uma delas 12 metros de altura e 40 metros de diâmetro, ainda se podem ver no topo da montanha.

  • bete-hara

    hebraico: lugar alto

  • bete-haraquem

    casa da vinha

  • bete-haraquezem

    hebraico: casa da vinha

  • bete-hogla

    hebraico: casa de perdiz

  • bete-horom

    Casa da caverna. Havia doissítios com este nome em Efraim, respectivamente chamados ‘o superior’ e ‘o inferior’, perto da fronteira de Benjamim (Js 10.10). os lugares representantes destas duas povoações se chamam hoje Beit-Ur el Foca e Beit-Ur el Tahta, significando uma palavra ‘o lugar mais alto’ e a outra ‘o lugar mais baixo’. o fundador destas duas vilas foi Seerá, filha de Berias, que em 1 Cr 7.24 se diz tê-las edificado. A referência que 1hes é feita em 2 Cr 8.5, implica que Salomão as reedificou e as converteu em fortalezas. A posição de Bete-Horom na orla do planalto, mesmo ao pé da descida para a fértil planície de Sarom, e sobre a grande estrada que parte de Jerusalém, tornou esse lugar de grande importância do ponto de vista militar. Quando Gibeom foi ameaçado pelos cananeus da baixa região, Josué derrotou-os e perseguiu-os, subindo a ladeira de Bete-Horom e continuou a feri-los na descida de Bete-Horom (Js 10.10,11). E mais tarde, nos perturbados tempos do reinado de Saul, os filisteus que estavam acampados em Micmás tinham sob a sua ação estratégica aqueles lugares. Depois disto refortificou Salomão tanto a Bete-Horom de cima, como a Bete-Horom de baixo – e também Gezer (1 Rs 9.17 – 2 Cr 8.5). Foi passando por Bete-Horom que os egípcios invadiram Judá durante o reinado de Roboão. A estrada agora é de pouco uso, mas por certos restos de calçada sabemos que os romanos não desprezaram tão importante posto, que protegia a principal linha de comunicação entre Jerusalém e a costa.

  • bete-jesmote

    hebraico: casa das devastações

  • bete-le-afra

    hebraico: casa do pó

  • bete-lebãote

    hebraico: casa da leoa

  • bete-maaca

    hebraico: prado da casa de Maacã

  • bete-marcabote

    hebraico: casa de carros ou carroças

  • bete-melo

    hebraico: casa de Melo ou Semeate

  • bete-memra

    hebraico: caso do leopardo

  • bete-meom

    hebraico: casa de habitação

  • bete-meraque

    hebraico: casa de retirada

  • bete-milo

    hebraico: casa de Milo

  • bete-nimra

    hebraico: casa da água fresca ou cristalina

  • bete-pelete

    hebraico: casa de fuga

  • bete-peor

    hebraico: casa de Peor

  • bete-querem

    hebraico: casa de Querem ou casa de vinha

  • bete-rabim

    hebraico: casa da multidão

  • bete-rafa

    hebraico: casa de Rafa ou casa de um gigante

  • bete-rapazes

    hebraico: casa de dispersão

  • bete-recobe

    hebraico: casa ou lugar de largueza

  • bete-sã

    casa do descanso

  • bete-samis

    hebraico: casa do sol

  • bete-seã

    Casa de sossego. Cidade distante seis quilômetros ao ocidente do rio Jordão, ficando 29 quilômetros ao sul do mar de Tiberíades. Foi, por muito tempo, conhecida como Citópolis, talvez por ter sido conquistada pelos citas cerca do ano 600 a. C. Estava situada entre a província de Galiléia e a de Samaria, na orla da grande planície do Jordão, dentro dos confins de issacar, mas cedida a Manassés (Js 17.11 – Jz 1.27). Quando os filisteus derrotaram o rei Saul na batalha de Gilboa, dependuraram o seu corpo, como era costume entre eles, nas muralhas de Bete-Seã (1 Sm 31.10). Bete-Seã ficou então, evidentemente, pertencendo à Filístia, mas tempos depois achamo-la fazendo parte do reino de Judá (1 Rs 4.12). A casa de Salomão era abastecida por Bete-Seã, que nesta ocasião compreendia todas as terras em volta, estando ao cuidado de um oficial do comissariado do rei. Visto como uma guarnição era ali sustentada pelos filisteus, fazendo também os cananeus parte da sua população (Jz 1.27), pensa-se que a cidade caiu em poder dos israelitas durante o reinado de Davi. Depois do exílio, e quando os gregos dominavam, foi chamada Citópolis, nome que depois se desvaneceu, revivendo a antiga designação. Nos primeiros séculos do Cristianismo foi famosa como sede de uma escola cristã. o seu atual nome de Beisân é apenas para indicar algumas belas ruínas – mas no tempo de Jesus Cristo era um dos mais importantes lugares da Decápolis.

  • bete-seba

    hebraico: filha de juramento

  • bete-semes

    Casa do Sol. 1. Cidade da fronteira, em terreno acidentado ao nordeste das montanhas de Judá, embora tivesse sido possessão da tribo de Dã (Js 15.10). Hoje é conhecida pelo nome de Ain-Semes, perto da região baixa da Filístia. Que ela estava situada em sítio baixo, ou, numa cova, claramente se depreende pelo pedido feito aos habitantes de Quiriate Jearim para que descessem e levassem a arca para a sua terra (1 Sm 6.21). os filisteus ficaram aterrorizados com a posse da arca, e, quando a enviaram para fora de Ecrom, foi escolhido para a receber o campo de ‘Josué, o bete-semita’. Bete-Semes foi teatro de uma batalha entre Jeoás, rei de israel, e Amazias, rei de Judá (2 Rs 14.11 a 13). Foi também tomada pelos filisteus (2 Cr 28.18), quando fizeram uma incursão por este e outros lugares durante o reinado de Acaz. Bete-Semes era um território que tinha feito parte de certo comissariado de Salomão (1 Rs 4.9). Tanto em Bete-Semes como nos seus arredores prestava-se amplamente culto ao Sol, o que pode ser provado pelas ruínas que ainda existem. 2. Cidade nos limites de issacar (Js 19.22), talvez Ain esh-Shemsiyeh, onze quilômetros ao sul de Bete-Seã, no vale do Jordão. 3. Cidade murada de Naftali, cujos habitantes cananeus não tinham sido expulsos pelos israelitas, mas obrigados a pagar uma contribuição (Js 19.38). 4. Cidade do Egito, chamada om (*veja este nome), onde se adorava o Sol: em grego tinha o nome de Heliópolis. Esta povoação ainda na idade Média se chamava Ain-Semes (Jr 43.13).

  • bete-semis

    hebraico: casa do sol

  • bete-sita

    casa da acácia

  • bete-tapua

    hebraico: casa de macas

  • bete-zefom

    hebraico: casa do desejo ou Zefem

  • bete-zur

    Casa de rocha. Cidade nas montanhas de Judá (Js 15.58), dominando a estrada principal de Berseba e Hebrom para Jerusalém. Foi fortificada pelo rei Roboão (2 Cr 11.7) – e os seus habitantes auxiliaram Neemias na reedificação dos muros de Jerusalém depois do cativeiro (Ne 3.16). Tendo sido primitivamente o lugar mais forte de toda a Judéia, é hoje representada por uma simples aldeia, no meio de antigas ruínas, à distancia de sete quilômetros de Hebrom.

  • betel

    Casa de Deus. l. A importância de Betel na história bíblica não se pode bem avaliar pelo número de vezes (65), que aparece na Bíblia. Fica no centro da terra de Canaã, 19 km ao norte de Jerusalém, perto de Luz. Foi Jacó quem lhe deu o nome (Gn 28.19 – 35.1-15). Quando se deu a tomada da cidade por Efraim, desapareceu o nome de Luz, prevalecendo o de Betel, dado a todo aquele sítio (Jz 1.22). Betel já era conhecido como santuário quando a Palestina foi dividida nos reinos de israel e Judá. E Jeroboão estabeleceu ali eem outro lugar um culto idolátrico, com o fim de impedir o povo israelita de ir a Jerusalém para adorar a Deus. Foi em Betel que ele pôs um dos bezerros de ouro, organizando um sacerdócio, ordenando festas, e promovendo peregrinações aos altares que ele tinha levantado (1 Rs 12.28). Em conseqüência desta idolatria veio de Judá um homem de Deus (1 Rs 13.1 a 3), e mais tarde Amós, que profetizaram, dirigidos por Deus, contra Betel. Amós desempenhou finalmente a sua missão, mas foi avisado pelo sumo sacerdote de Jeroboão de que deixasse a cidade. oséias também profetizou contra Betel. As profecias foram cumpridas, quando Josias, rei de Judá, destruiu os seus altares e ídolos, queimando sobre eles ossos de homens mortos (2 Rs 23.15, 16). Antes desta destruição era Betel o ‘santuário do rei’, e o ‘templo do reino’ (Am 7.13). Pelo que diz Amós no cap. 8 vers. 5 e seguintes, sabe-se que Betel foi um importante centro comercial, contando entre os seus moradores um considerável número de ricos negociantes. Que estes homens do comércio não eram honestos, depreende-se do que o profeta vai dizendo por palavras claras – e foi por causa destas coisas, bem como pela sua idolatria, que o notável lugar teve de sofrer. A sua opulência foi causa de outras perversidades, de maneira que tinha dito Amós que Betel seria reduzida a nada (Amós 5.5) – e oséias alcunhou-a de Bete-Áven (os 4.15), Casa da iniquidade. Entre outras referências a Betel, sabe-se que nos perturbados tempos dos juizes estava o povo acostumado a ir ali, à ‘Casa de Deus’, com o fim de consultar o Senhor (Jz 20.18, 26,31 e 21.2), pois achava-se nesse santuário a arca da aliança, ao cuidado de Finéias, e ali se recorria aos sacrifícios pela paz, e aos holocaustos. Samuel também foi a Betel na sua visita às cidades santas (1 Sm 7.16). Note-se que o culto ao Senhor continuou em Betel ao lado do culto a Baal, e com aquelas extravagantes formas de idolatria estabelecidas por, Jeroboão. Estavam assim as coisas, quando Eliseu visitou os ‘discípulos dos profetas’ (2 Rs 2.2, 23), e foi escarnecido pelos rapazes. Jeú apoderou-se do trono, e, destruindo o culto de Baal, elevou a um grau de superioridade o culto do bezerro, implantado por Jeroboão (2 Rs 10.29). Começou, então, um período de crescente prosperidade para Betel, até que, no tempo de Jeroboão ii, se tornou de novo a residência real, havendo palácios de ‘pedra’ e ‘marfim’ para habitação de verão e de inverno, em grande suntuosidade (Am 3.15 e 7.13). Todavia, quando o reino de israel foi invadido e assolado, pelo rei da Assíria, o bezerro de ouro foi levado de Betel por Salmaneser, tendo ficado ali os sacerdotes para que ensinassem ao povo como deviam adorar ao Senhor, ‘o Deus da terra’ (2 Rs 17.27, 28). Este corrompido culto se extinguiu por completo com os drásticos métodos de Josias, como já se disse. 2. Cidade ao sul de Judá, tendo sido um dos retiros de Davi, quando fugia de Saul (1 Sm 30.27). Talvez, também, o lugar mencionado em Js 12.16.

  • béten

    entranha

  • beter

    profundidade

  • betesaida

    casa da pesca

  • betesda

    Casa de misericórdia. Nome de um tanque ou reservatório de Jerusalém, perto do mercado das ovelhas (Jo 5.2 a 7). o fornecimento de água era intermitente, explicando-se assim o movimento da água (vers. 3), e a resposta do enfermo a Jesus, usando da palavra ‘agitada’ ou ‘movida’ (vers 7). A menção que se faz de cinco alpendres pode indicar que se trata de dois tanques, porque os alpendres constavam de galerias que eram levantadas sobre os quatro lados, com uma separação que dividia o tanque em duas partes. Estas galerias deviam dar ampla acomodação a grande número de inválidos que ali se reuniam para receber benefícios do movimento das águas. Foi novamente descoberto este lugar em 1888, perto da igreja de Sant”Ana, e consta de dois tanques, tendo cada um deles 18 metros de comprimento por 3,5 metros de largura, colocados juntos em todo o seu comprimento.

  • betesemes

    casa do sol

  • betezel

    hebraico: lugar de proximidade

  • betfagé

    Casa de figos verdes. (A palavra traduzida por ‘começou a dar seus figos’ em Ct 2.13 é ‘phagim’). Este lugar está perto de Betânia, no monte das oliveiras, na estrada entre Jericó e Jerusalém (Mt 21.1 – Mc 11.1 – Lc 19.29). As posições relativas de Betfagé e Betânia, e destas para com Jerusalém, têm sido diversa mente compreendidas. Quando Jesus vinha de Jericó parece ter entrado em Betfagé antes de chegar a Betânia, e por isso o mesmo lugar de Betfagé ficaria provavelmente um pouco abaixo daquela cidade para o lado do oriente.

  • bethania

    Aquela que é simples, humilde

  • betia

    hebraico: filha de Jeová

  • betias

    hebraico: filha do Senhor 1 Cr 4.18

  • betonim

    pistaque- amêndoas

  • betorom

    hebraico: casa de abertura

  • betsabé

    a viçosa

  • betsabeia

    hebraico: filha de juramento

  • betsaida

    Casa da pesca. Parece ter havido dois lugares com este nome: um deles foi a terra natal de André, Pedro e Filipe – o outro estava perto do sítio onde se deu a alimentação das 5000 pessoas. 1. A primeira destas povoações, Betsaida da Galiléia, ficava ao noroeste do lago de Genesaré, à beira da água, não muito distante de Cafarnaum (Mt 11.21 – Mc 6.45 – Lc 10.13 – Jo 1.44). A existência desta Betsaida é, contudo, negada por muitos homens doutos. 2. A outra Betsaida, onde se realizou o milagre da multiplicação dos pães (Lc 9.10 a 17), ficava no lado oriental do lago, perto da foz do Jordão. Perto estava, também, o deserto de Betsaida (Mt 14.15 a 21 – Lc 9.10). A povoação, tendo sido apenas uma aldeiaem outros tempos, foi reedificada, embelezada, e elevada à categoria de cidade por Filipe, o tetrarca, que lhe deu o nome de ‘Julias’ em honra de Júlia, filha do imperador romano César Augusto. Diz-se que Filipe ali morreu e foi sepultado. o lugar das ruínas de El-Tell, numa encosta ao oriente do Jordão, tem sido identificado com Betsaida Julias. Se houve apenas uma Betsaida, como muitos supõem, era esse o lugar que umas vezes se acha incluído na Galiléia, e outras vezes como pertencente aos gaulanitas. (*veja o mapa de israel no tempo de Jesus)

  • betseba

    hebraico: filha do juramento 2 Sm 11.3

  • betsur

    hebraico: casa de pedra

  • betuel

    Homem de Deus. 1. Filho de Naor, irmão de Abraão, e pai de Rebeca (Gn 22.22,23 – 24.15,24). Chamava-se (Gn 25.20) ‘Betuel, o arameu’. Ainda que o nome se veja diversas vezes, todavia a própria pessoa só uma vez aparece (Gn 24.50), e supõe-se que a sua morte ocorreu logo depois. 2. Cidade simeonita (1 Cr 4.30). Em Js 15.30 chama-se Quesil, e Betul em Js 19.4.

  • betul

    hebraico: virgem, separado

  • betume

    Esta substância era colhida na forma de lodo na região do mar Morto, e do Eufrates, eem outros lugares, sendo usada como cal nas construções (Gn 11.3) – era especialmente empregada para proteger da umidade em toda a extensão as camadas inferiores. o betume que jorra das nascentes é freqüentemente visto flutuando à superfície do mar Morto em grandes pedaços, e também correndo pelo rio Eufrates abaixo. Erupções de betume são freqüentes ao longo das praias do mar Morto, que também se chama ‘Lago do Asfalto’. Empregava-se muito nas construções, tendo-se encontrado certas quantidades de betume, seco e duro, nas grandes ruínas, como as de Babilônia (Gn 6.14 – Êx 2.3 – is 34.9).

  • beula

    hebraico: casado

  • bezai

    hebraico: espada

  • bezal

    hebraico: alto, brilhante

  • bezalel

    Na sombra de Deus. l. o filho de Uri, o filho de Hur, da tribo de Judá, isto é, um descendente de Calebe (1 Cr 2.18 a 20,50) – era hábil mecânico e desenhador, e foi encarregado de executar as obras de arte necessárias para o tabernáculo no deserto. Ele tinha-se associado com Aoliabe, que tinha a seu cargo a fabricação dos tecidos. o trabalho pessoal de Bezalel era em metal, madeira e pedra, mas ele era mestre de Aoliabe, e dirigia os trabalhos deste artista (Êx 31.2 – 35.30 – 36.1,2 – 1 Cr 2.20 – 2 Cr 1.5). (*veja Hur.) 2. Filho de Paate-Moabe, um dos que tinham casado com mulheres estranhas (Ed 10.30).

  • bezeque

    hebraico: relâmpago ou disseminação

  • bezer

    hebraico: fortaleza

  • bianca

    Branca, luminosa, brilhante

  • biblia

    livros

  • bicho

    Não se trata exclusivamente dos bichos que vivem dentro da terra, mas de qualquer animal rasteiro, como a lagarta. Pode significar bichos da terra em Mq 7.17 – a larva das moscas em Êx 16.20 – Jó 7.5, etc. (Cf. Mc 9.48) – a lagarta da traça em is 51.8 – alguma larva de inseto em Dt 28.39 – Jn 4.7.

  • bicri

    primogênito

  • bidcar

    Capitão de Jeú, e primeiramenteseu companheiro de armas e colega (2 Rs 9.25). Ele próprio executou o que já estava sobre Jorão, filho de Acabe (vers. 26), depois que Jeú o tinha atravessado com uma flecha – e foi isso arremessar o seu corpo para o campo de Nabote, o jezreelita.

  • biforme

    Que tem duas formas.

  • bifurcação

    Ponto em que alguma coisa se divide em dois ramos, ao modo de uma forquilha.

  • bigtã

    Eunuco que conspirou contra Assuero. Mordecai, descobrindo a conspiração, pôde salvar a vida do rei, e mais tarde recebeu por esse fato grandes honras, ao passo que os conspiradores foram dependurados numa forca (Et 2.21 – 6.2). A morte destes deve ter sido por crucificação ou por empalação, pois que não era então usada a corda. A mesma terrível morte foi dada a Hamã (Et 7).

  • bigvai

    jardineiro ou feliz

  • bigval

    hebraico: jardineiro

  • bila

    1. Serva de Raquel, a filha mais nova de Labão. Foi concubina de Jacó, que teve dela dois filhos: Dã e Naftali (Gn 29.29 e 35.25). o seu pecado com Rúben levou Jacó a predizer o mal que havia de cair sobre os seus descendentes (Gn 35.22 e 49.4). 2. Cidade de Simeão (1 Cr 4.29). Também é chamada Balá em Js 19.3 e Baalá em Js 15.29. A sua posição é desconhecida.

  • bildade

    Um dos três amigos de Jó (Jó 211). Era suíta, descendente direto de Abraão, e habitava ao oriente da Arábia. Como consolador falhou, sendo rude e sem piedade. Atribuiu a morte dos filhos de Jó às suas próprias vidas más – e quanto a Jó, disse que certamente ele devia ter cometido grandes pecados para ser assim tão severamente castigado. Ele representa justamente a sabedoria do mundo e a falta de sentimento. Jó se impôs, por fim, com os seus argumentos, e o repreende pela sua falta de caridade (Jó caps. 8,18,25). (*veja Jó.)

  • bileã

    Destruição do povo. Cidade levítica que, com os seus arrabaldes, foi cedida aos filhos de Coate (1 Cr 6.70). É aquele lugar chamado ibleã em Js 17.11. Fica ao norte de Samaria, um pouco ao ocidente do monte Gilboa, e foi incluído na meia tribo ocidental de Manassés. Acha-se identificado com Belame, ao norte de Nablus. (*veja ibleã.)

  • bileão

    ardor, destruição

  • bilga

    alegria

  • bilgai

    persa: prazenteiro

  • bilha

    Vaso profundo; moringa

  • bilmal

    circuncidado

  • bilsa

    filho da língua

  • bimail

    hebraico: circuncidado ou filho da mistura

  • bimal

    hebraico: circuncidado

  • bina

    hebraico: filho de mistura

  • binca

    hebraico: saídas das águas

  • bineá

    peregrino- viandante

  • binômio

    Conjunto composto de dois termos que se relacionam; por exemplo: ensino-aprendizagem; trabalho-capital; etc.

  • binui

    Fundando uma família. 1. Pai de Noadias, sendo este um levita designado para pesar o ouro e a prata que Esdras tinha trazido da Babilônia (Ed 8.33). 2. Filho de Paate-Moabe, que tinha casado com mulher estrangeira (Ed 10.30). 3. Membro da família de Bani. Menciona-se como tendo casado com mulher estrangeira (Ed 10.38). 4. indivíduo pertencente à família de Henadade (Ne 3.24) – ele ajudou a reedificar os muros de Jerusalém sob a direção de Neemias. Talvez o mesmo que Bavai, vers. 18. 5. Uma família que voltou com Zorobabel (Ne 7.15). Na lista de Esdras acha-se o nome de Bani para designar a mesma pessoa (Ed 2.10). 6. Um levita (Ne 12.8).Talvez os indivíduos dos números 4 e 6 sejam idênticos.

  • bircha

    hebraico: filho de maldade ou forte

  • birsa

    filho da iniqüidade

  • birzavite

    abertura ou poço das oliveiras

  • bislão

    hebraico: filho da paz

  • bispo

    (No grego, episkopos, donde se deriva a palavra episcopal. Superintendente. Antes de ser aplicado este termo a um pastor da igreja cristã, empregava-se geralmente para designar o cargo de superintendente. E assim os operários empregados pelo rei Josias, nas obras do templo, tinham os seus superintendentes (2 Cr 34.12). Na parte judaica da igreja cristã havia ‘anciãos’ ou ‘presbíteros’ (At 11.30 e 15.2 – *veja também 14.23). os presbíteros a que se faz referência em At 20.17, são chamados, em At 20.28, ‘bispos’ ou superintendentes em razão do seu cargo. Em 1 Tm 3.2 a 7, o apóstolo Paulo particulariza as qualidades que devem revestir os que têm de desempenhar essa missão na igreja. ‘oração’ e ‘imposição das mãos’ eram funções características da sua ordenação. os bispos desempenhavam funções que compreendiam também o múnus pastoral (1 Tm 5.17). Quando a organização das igrejas cristãs nas cidades gentílicas envolvia a constituição de uma ordem distinta na superintendência pastoral, o título de ‘epíscopus’ apresentava-se logo conveniente e familiar – e foi tão prontamente adotado pelos gregos, como tinha sido o termo ‘ancião’ (presbítero) na igreja-mãe de Jerusalém. Por conseqüência, não há dúvida de que as palavras ‘ancião’ e ‘bispo’ eram primitivamente consideradas equivalentes.

  • bitias

    hebraico: filho do Senhor

  • bitinia

    Distrito e província romana, na Ásia Menor – é, agora, uma parte da moderna Anatólia. Limita-se ao norte pelo mar Negro, ao oriente pelas províncias do Ponto e Galácia, ao sul pela da Ásia, e ao ocidente pelo mar de Mármora. Houve, provavelmente, cristãos nesta parte da Ásia Menor, numa época primitiva, porque os habitantes do Ponto são mencionados em At 2.9. S. Paulo desejou ir ali na sua segunda viagem missionária (At 16.7). Acha-se incluída nas províncias, às quais enviou Pedro a sua primeira epístola ( 1 Pe 1.1). Plínio, o moço, que foi governador da Bitínia, no ano 111 (d. C.), testemunha a pureza e firmeza dos cristãos daquela província (ou do Ponto) numa notável carta enviada a seu senhor, o imperador Trajano. Bitínia foi um Estado independente até que Nicomedes iii, o último dos seus reis, saiu dali por vontade dos romanos no ano 74 a. C. Quase cem anos mais tarde, quando tinha sido expulso o Sultão do Ponto, Bitínia se reuniu ao Ponto e Pafiagônia, formando uma província romana, governada por um ‘procônsul’. Quando Plínio escreveu a carta, a que nos referimos, já o Cristianismo tinha feito grandes progressos, e tão consideráveis, que os templos e o culto pagãos tinham sido muitíssimo desprezados. o sacerdócio e aqueles que viviam dos sacrifícios tinham sofrido com a decadência da sua religião. E eis a razão por que os cristãos eram atrozmente perseguidos.

  • bitrom

    corte: divisão ou garganta

  • bizioteia

    hebraico: desprezo de Jeová

  • biziotia

    hebraico: desprezo de Jeová

  • bizta

    hebraico: infrutífero ou eunuco

  • blanche

    Branca, luminosa, brilhante

  • blasfemar

    Falar a respeito de Deus ou de assuntos sagrados de modo descuidado, indevido ou afrontoso.

  • blasfêmia

    Todo aquele que amaldiçoava a Deus blasfemava o nome do Senhor, ou fosse estrangeiro ou israelita era castigado com a morte, como se vê em Lv 24.16. o transgressor de que se fala em Lv 24.11 era filho de mãe hebréia e de pai egípcio. Procurou-se a direção de Deus para tratar deste caso. E quando foi conhecida a disposição do Senhor (Lv 24.12), o blasfemo foi levado para fora do arraial: os que tinham ouvido a ofensa puseram as suas mãos sobre ele, e toda a congregação o apedrejou (Lv 24.14,23). Era nas palavras de Lv 24.16 que os rabinos baseavam a sua crença de que não era lícito pronunciar distintamente o nome do Senhor. (*veja Jeová.) A blasfêmia é tratada por Jesus Cristo como ofensa de especial gravidade.

  • blasto

    Camarista. Fidalgo da câmara dorei Herodes Agripa i (At 12.20). Pessoas de Tiro e Sidom o persuadiram a que pedisse para eles uma audiência do rei, mostrando este fato que ele era um homem de considerável influência.

  • bllha

    Vaso de barro para conter água, azeite, mel, etc. (1 Sm 26.11). (*veja Botija.)

  • bloch

    estrangeiro

  • boã

    dedo polegar

  • boacrú

    ele é primogênito

  • boanerges

    Filhos do trovão. Epíteto dado a Tiago e João, filhos de Zebedeu, por causa do seu temperamento altivo e zeloso (Mc 3.17). Para se compreender esse zelo excessivo dos dois irmãos, *veja Mc 9.38 e Lc 9.54. os críticos ainda não puderam determinar com exatidão a origem da palavra.

  • boarneges

    filho do trovão

  • boaz

    Força, firmeza. l. Um lavrador natural de Belém e descendente de Jacó. Foi um dos antepassados dos reis judaicos (Mt 1.5), e finalmente de Jesus Cristo. Era homem abastado, possuindo caráter reto, como se vê no justo tratamento para com a sua jovem parenta Rute, a moabita, cuja causa ele sustentou, e com quem casou. 2. Uma das colunas de bronze, levantadas no pórtico do templo de Salomão, e que tinha 18 côvados de altura (1 Rs 7.15 a 21) – era oca, e terminava num capitel ornamental com a altura de cinco côvados (2 Cr 3.17). As diferentes medidas, nas diversas narrativas, são devidas à inclusão ou exclusão do capitel.

  • boazes

    hebraico: brilhantes

  • bociau

    hebraico: provado por Jeová

  • bocor

    hebraico: camelo novo

  • bocru

    hebraico: primogênito

  • bodas

    festa nupcial- matrimonial

  • bodas do cordeiro

    O que significa a palavra bodas? (João 2:1-2 [gámos e gámon]; Mat. 22:2-4 e 9 [gámous, gámous e gámous, gámous], 10-12 [gamos, gamou e gámou]; 25:10 [gámous]; Apoc. 19:7 [Gámos toû Arníou – Bodas do Cordeiro], 9 [deîpinon toû Gámos toû Arníou – Ceia das Bodas do Cordeiro]; Compare com Luc. 14:16 [deîpnon mega = grande banquete]; 17 e 24 [deípnou e deípnou]; ).

    A palavra grega é: Gámos, ou – s. m. // união legítima, matrimônio // bodas, festas nupciais; núpcias; etc.;

    2. Qual é o significado histórico das bodas? (Mateus 25:1-12 [10]).

    “Cristo e Seus discípulos estão assentados no Monte das Oliveiras. O Sol já transmontou, e as sombras da noite crescem sobre a Terra. Jaz em plena vista uma moradia esplendorosamente iluminada como para uma festa. A luz jorra das aberturas, e um grupo expectante indica que um cortejo nupcial está prestes a aparecer. Em muitas regiões do Oriente as festividades nupciais são realizadas à noite. O noivo parte ao encontro da noiva e a traz para casa. À luz de tochas, o séqüito dos nubentes sai da casa paterna para seu próprio lar, onde um banquete é oferecido aos convidados. Na cena que Cristo contemplava, um grupo espera o aparecimento do séqüito nupcial para a ele se ajuntar.”

    “Na adjacência do lar da noiva esperam dez virgens trajadas de branco. Todas levam uma lâmpada acesa e um frasco de óleo. Todas aguardam ansiosamente a aparição do esposo. Há, porém, uma tardança. Passa-se uma hora após outra, as virgens fatigam-se e adormecem. À meia-noite ouve-se um clamor: ‘Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro.’ As tosquenejantes despertam, de repente, e levantam-se. Vêem o cortejo aproximando-se resplandecente de tochas e festivos, com música. Ouvem as vozes do esposo e da esposa. As dez virgens tomam suas lâmpadas e começam a aparelhá-las, com pressa de partir. Cinco delas, porém, tinham deixado de encher seus frascos. Não previram demora tão longa, e não se prepararam para a emergência. Em aflição apelam para suas companheiras mais prudentes, dizendo: ‘Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas se apagam.’ Mas as cinco outras, com suas lâmpadas há pouco aparelhadas, tinham seus frascos esvaziados. Não tinham olé de sobra, e responderam: ‘Não seja caso que nos falte a nós e a vós, ide antes aos que o vendem, e comprai-o para vós.’”

    “Enquanto foram comprar, o séqüito foi-se e as deixou. As cinco, com as lâmpadas acessas, se uniram à multidão, entrando na casa com o cortejo nupcial, e fechou-se a porta. …”. (Parábolas de Jesus. 9ª ed. 1996. pp. 405-406.).

    3. Qual é o significado espiritual das bodas? (Mat. 25:13; Apoc. 3:7-13).

    “Quando Cristo, sentado, contemplava o grupo que aguardavam o esposo, contou aos discípulos a história das dez virgens, ilustrando, pela experiência delas, a da igreja que viveria justamente antes de Sua segunda vinda”.

    “Os dois grupos de vigias representam as duas classes que professam estar à espera de seu Senhor. São chamadas virgens porque professam fé pura. … As lâmpadas representam a Palavra de Deus. … O óleo é símbolo do Espírito Santo. …”

    “Na parábola, todas as dez virgens saíram ao encontro do esposo. Todas tinham lâmpadas e frascos. … muitos não estão preparados. Não tem óleo em seus vasos nem em suas lâmpadas. Estão destituídos do Espírito Santo”.

    “Sem o Espírito de Deus, de nada vale o conhecimento da Palavra. A teoria da verdade não acompanhada do Espírito Santo, não pode vivificar a alma, nem santificar o coração. Pode estar-se familiarizado com os mandamentos e promessas da Bíblia, mas se o Espírito de Deus não introduzir a verdade no íntimo, o caráter não será transformado. Sem a iluminação do Espírito, os homens não estarão aptos para distinguir a verdade do erro, e serão presa das tentações sutis de Satanás”.

    “A classe representada pelas virgens loucas não é hipócrita. Têm consideração pela verdade, advogam-na, são atraídos aos que crêem na verdade, mas não se entregam à operação do Espírito Santo. Não caíram sobre a rocha, que é Cristo Jesus, e não permitiram que sua velha natureza fosse quebrantada. …”. (PJ. pp. 406-408, 411.).

    “A vinda do esposo foi à meia-noite – a hora mais tenebrosa. Assim a vinda de Cristo será no período mais tenebroso da história deste mundo. … A grande apostasia se desenvolverá em trevas tão densas como as da meia-noite, impenetráveis como o breu. Para o povo de Deus será uma noite de prova, noite de lamentação, noite de perseguição por causa da verdade. Mas nessa noite de trevas brilhará a luz de Deus.”

  • boeiro

    Guardador e condutor de bois

  • boi selvagem

    É tradução da palavra hebraica re”em. É algum animal bem conhecido, pela sua grandeza e ferocidade, e notável pelos seus chifres (Nm 23.22 – 24.8 – Dt 33.17 – Jó 39. 9,10 – Sl 29.6 – 92.10 – is 34.7). o boi bravo ou o urus, que em tempos antigos abundava na Europa e Ásia ocidental, acha-se representado nos baixos-relevos dos monumentos da Assíria. Distingue-se do boi manso por um certo número de sinais no corpo, fazendo crer que possuía um pêlo comprido. Era de natureza feroz, e como caça não era menos grandiosa do que o leão nos dias de Semíramis e Senaqueribe. Há razão para crer que esta raça de animais se extinguiu na Terra Santa numa idade remota, sendo desconhecidas as exatas características deste veloz e terrível boi. o cônego Tristam descobriu quatro dentes num minério do Líbano, os quais na sua identificação se viu ter pertencido a algum boi bravo de grandes dimensões, sendo esse sem dúvida o auroque ou o urus. isto é confirmado por um obelisco partido que foi encontrado em Ninive, no qual se fala de certo rei assírio com uma referência ao ‘destrutivo rimi selvagem’, que ele matou nas faldas do Líbano.

  • boi,vaca

    Entre os israelitas, os bois executavam certos trabalhos de agricultura. Empregavam-se para lavrar a terra (Dt 22.10 – 1 Rs 19.19) – para pisar o trigo (Dt 25.4 – os 10.11) – para puxar ao carro (Nm 7.3 – 1 Sm 6.7) – e no serviço de animais de carga (1 Cr 12.40). os israelitas alimentavam-se da sua carne (Dt 14.4 – 1 Rs 1.9). os bois eram oferecidos em sacrifício (Gn 15.9 – 2 Cr29.33 – 1 Rs 8.63), sendo também o leite das vacas usado na alimentação e para fazer manteiga. Por via de regra, permitia-se que os bois andassem vagueando pelos campos, mas havia seleção deles para serem engordados e sustentados a seco para os ricos. As vacas gordas distinguem-se das vacas de pasto em 1 Rs 4.23.

  • bojo

    Barriga; saliência arredondada

  • bolivar

    Moinho à beira do riacho

  • bolotas

    alfarrobas

  • bolsa

    l. A bolsa usada por Judas (Jo 12.6 – 13.29) era uma pequena caixa, significando a palavra primitiva um estojo para guardar a embocadura de um instrumento de sopro. 2. Um saco de couro ou de seda, suspenso da cintura, que era usado pelos viajantes e também pelos negociantes, trazendo estes últimos nessa bolsa o seu dinheiro e os seus pesos. As bolsas usadas pelas mulheres tinham, algumas vezes, magníficos ornatos (is 3.22). outra espécie de bolsa era formada numa cinta de lã muito comprida, por meio de uma tira de pano, cosida a uma das suas extremidades. Punha-se a cinta em volta da cintura, afivelava-se a primeira roda, e envolvia-se a mesma cintura com a parte restante, ficando a extremidade para dentro (Pv 1.14 – Mt 10.9 – Me 6.8 – Lc 10.4 – 22.35,36).

  • bonança

    Do Casteliano bonanza
    Calmaria, bom tempo no mar; fig., calma, serenidade.

  • bonifacio

    Aquele que é destinado à felicidade

  • bons portos

    Uma enseada na costa meridional de Creta, perto de Laséia, onde o navio que levava Paulo a Roma foi obrigado a ancorar. Este lugar é, ainda hoje, conhecido pelo seu antigo nome grego de Kaloi Limenes. A costa, um pouco ao ocidente de Bons Portos, dirige-se de repente para o norte. o navio permaneceu em Bons Portos, porque não podia lutar contra os fortes ventos do noroeste, que o impediam de continuar a viagem (At 27.8).

  • boos

    nele há força

  • boquim

    choradores

  • bordado

    Esta arte de embelezar o pano de linho, ou de outra espécie, com desenhos artísticos, feitos por meio do tear ou da agulha, existe desde os tempos mais remotos. Provavelmente veio da Babilônia para a terra dos hebreus, ou então do Egito (Js 7.21 – Ez 27.7). São dignas de nota certas referências bíblicas a esses trabalhos de bordadura – (1) a vestimenta do sumo sacerdote (Êx 28, obra matizada, que provinha provavelmente de serem unidas fazendas diferentes) – (2) as cortinas e véus do tabernáculo (Êx 26.36) – (3) Jz 5.30 – Ez 16.10,13,18 – 26.16 – 27.7, 16,24. A preparação do fio de ouro para bordados acha-se descrita no livro do Êxodo (39.3).

  • bordão

    Bastão; cajado; vara

  • bordejando

    Dirigir a embarcação de um lado a outro lado, conforme o vento

  • borla

    Tufo (Porção de lã aberta) redondo composto de fios

  • borra

    Sedimento que se forma durante a fermentação do vinho. A borra, se não separada do vinho, lhe provoca um sabor acre. Serve de retrato das características indesejáveis dos ímpios e do amargor da ira de Deus contra eles (Sf 1.12).

  • borralho

    Cinzas quentes

  • boses

    hebraico: brilhante

  • bosor

    hebraico: consumido

  • bosora

    hebraico: curral

  • bosque

    o mesmo que poste-idolo. Esta palavra ocorre freqüentes vezes no A.T., como uma das feições do culto idólatra, sendo tal culto proibido ao povo de israel (Êx 34.13 – Jz 6.25 a 30 – 1 Rs 16.33 – 2 Rs 18:4 – is 17.8, etc.). A palavra hebraica é Aserá, ou (pl.) Aserim, que parece ter sido uma coluna sagrada para marcar o lugar do culto pagão, ou como símbolo de qualquer adorada divindade. Segundo alguns intérpretes, o termo bosque ou arvoredo não está bem em 1 Sm 22.6, devendo ser substituído por tamargueira.

  • botija

    Vaso de barro de forma cilíndrica, como a da garrafa (Jr 19). (*veja Bilha.)

  • bozcate

    elevado

  • bozez

    brilhante

  • bozra

    Aprisco. l. A cidade real de Jobabe, rei de Edom (Gn 36.33 – 1 Cr 1.44), situada no território montanhoso, que fica perto da fronteira setentrional do país, a meio caminho entre Petra e o mar Morto. Era terra afamada pelos seus carneiros, e foi assunto para proféticas denunciações (is 34.6 – 63.1 – Jr 49.13,22 – Am 1.12 – Mq 2.12.). o lugar que representa a antiga cidade de Bozra chama-se hoje el-Buseira ao sueste do mar Morto. Carneiros e bodes, que isaías menciona, ainda se encontram na vizinhança daquela povoação. 2. Cidade de Moabe, nas colinas arenosas a leste do mar Morto. Sofreu na geral desolação do país (Jr 48.24). o rei Mesa declara na Pedra Moabita que ele a tinha reedificado.

  • braça

    180 metros

  • bracelete

    Diferentes palavras da língua hebraica são traduzidas pela palavra bracelete. Em 2 Sm 1.10 e em Êx 35.22 há referência à forma anular do bracelete. Em Gn 38.18 a palavra significa um fio, trazendo suspenso um sinete circular. ocorre mais freqüentemente na acepção de pulseira, como se pode ver em Gn 24.22 – mas em is 3.19 trata-se de um ornamento em forma de cadeia. os braceletes eram de ouro ou de outros metais preciosos, com pedras de valor, e também os havia de ferro e de barro. Tanto homens como mulheres usavam braceletes. Entre as princesas do oriente era essa jóia uma insígnia da sua realeza, e foi provavelmente assim considerada no tempo de Davi (2 Sm 1.10). o bracelete real era de bom metal e ornado de pedras preciosas, usando-se acima do cotovelo, ao passo que o vulgar era usado no pulso, como a nossa pulseira (Ez 16.11). os braceletes eram, também, usados como preservativos contra doenças e espíritos maus.

  • bramar

    Dar bramidos (o veado, o tigre, o boi etc.); gritar, vociferar; enfurecer-se, zangar-se

  • branca

    Luminosa, brilhante, alva

  • brandao

    Aquele que luta com a espada

  • brandir

    Erguer

  • bras

    Gago

  • brasas

    Trata-se do carvão de madeira, empregado como combustível. Aquela refeição de Elias, ‘um pão cozido sobre pedras em brasa’, significa um bolo cozido sobre uma pedra quente, como é ainda usual no oriente (1 Rs 19.6). A expressão proverbial ‘amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça’ (Pv 25.22) foi adotada por S. Paulo para exprimir a vergonha ardente que os homens devem sentir quando o mal que fizeram é pago com o bem (Rm 12.20).

  • braseiros

    Serviam os braseiros para levar brasas vivas, e este uso estava em relação com os holocaustos – eram de bronze (Êx 27.3 – 38.3), ou de ouro (2 Rs 25.15 – Jr 52.19). A mesma palavra hebraica também se traduz por espevitadores para espevitar os candeeiros (Êx 25.38 – 37.23 – Nm 4.9), e por ‘incensário’ para levar incenso (Lv 10.1 – 16.12 – Nm 16.6). Um antigo braseiro, que foi encontrado na cidade de Jerusalém, podia ser visto na Exposição Judaica de Whitechapel, no ano de 1906. Era de bronze, e tinha aproximadamente três decímetros de comprimento, com inclusão do cabo, sendo a superfície da própria pá 60 centímetros mais ou menos.

  • brenha

    floresta

  • brigida

    Grande, elevada

  • brincos

    os brincos eram simples enfeites lisos, ou tinham preso um pingente, que podia ser uma pequena campainha. Usavam-nos as senhoras elegantes, que se vestiam à moda, acrescentando a isso outros adornos como braceletes, anéis, pendentes do tornozelo, pendentes do nariz, etc. (Gn 24.22 – Êx 32.2,3 e is 3.21). A grandeza e o peso destes objetos excediam bastante o que entre nós é usual. os brincos mais bem elaborados não eram somente cinzelados, mas também eram freqüentemente ornamentados de pérolas e de rubis. Deste modo o seu valor intrínseco convertia-os em magníficos presentes (Nm 31.50 e Jó 42.11). A gente pobre, em lugar destes brincos, usava coisas de barro, de chifre, e outros substitutos baratos. Nalgumas passagens é impossível dizer se o que se deve entender são brincos das orelhas ou pendentes do nariz, visto como estes últimos eram tão estimados como os primeiros, sabendo-se, além disso, que os escritores sagrados usavam indistintamente os respectivos termos. Todas as mulheres e moças do oriente fazem uso destes adornos. Alguns destes brincos das orelhas têm figuras neles gravadas, talismãs ou feitiços, ou ainda os nomes e símbolos dos seus deuses. É provável que os brincos da família de Jacó eram desta qualidade, e foi esta a razão deste patriarca os ter pedido, a fim de que ele os pudesse enterrar debaixo do carvalho, antes de irem para Betel (Gn 35.4).

  • broquel

    Escudo antigo

  • bruna

    Escura, parda

  • bruxaria

    Prática de prever o futuro mediante a interpretação de presságios, o exame do fígado de animais sacrificados e o contato com os mortos – entre outras técnicas. A lei do AT proibia essas práticas de ocultismo e de magia (Dt. 18.9-12).

  • bubasta

    hebraico: porção da esposa ou da vergonha

  • bul

    o oitavo mês do ano sagrado dos judeus, correspondente ao nosso outubro ou novembro. Era o segundo mês do ano civil, e principiava na primeira lua nova de outubro. o nome é de origem cananéia, evidentemente o nome de um deus, e foi adotado pelos israelitas (1 Rs 6. 38). (*veja Mês.)

  • buna

    prudÊncia

  • buni

    edificador

  • buqui

    hebraico: Jeová justiça

  • buquias

    hebraico: provado por Jeová

  • buxo

    Era uma espécie de cedro, assemelhando-se geralmente ao cipreste (is 60.13). A profecia em is 41.19 quer dizer que o deserto se tornará como as rampas do Líbano, cobertas de árvores – o buxo crescia muito naquelas regiões montanhosas, e é de pequena dimensão, raras vezes excedendo seis metros de altura. o seu crescimento é perpendicular, com os seus ramos para cima, formando peque-nos cones.

  • buz

    l. o segundo filho de Milca e de Naor, irmão de Abraão (Gn 22.21). A sua família estabeleceu-se na Arábia Petréia (Jr 25.23). Eliú, um dos confortadores de Jó, era descendente de Buz, e tinha a sua casa nesta região (Jó 32.2). o nome é interessante, porque nos fornece outro exemplo de um particular costume judaico, que consistia em dar aos parentes nomes que soam semelhantemente: assim Uz e Buz, imná, isvá e isvi (Gn 46.17) – e Uzi e Uziel (1 Cr 7.7). Dizem que os árabes gostam tanto de empregar palavras consonantes que ainda chamam Kabil a Caim, e Abil a Abel. 2. Um habitante de Gade (1 Cr 5.14).

  • buzi

    hebraico: descendente de Buz

C

  • cabalmente

    Completo; pleno; perfeito; rigoroso

  • cabana

    No oriente, muitas vezes os acampamentos eram abertos, sem reparos, apenas guardados por um vigia, que ficava sentado dentro de uma barraca no alto dalguma colina. Este abrigo era apenas suficiente para proteger do mau tempo uma única pessoa (Jó 27. 18). Bastava esse guarda para defender dos animais, etc. as novidades. Se qualquer depredação fosse tentada pelos assaltantes, era seu dever dar o alarma imediatamente (is 1.8). A diferença que havia entre uma tenda e uma cabana era ser a primeira coberta de pano e a segunda protegida com ramos de árvores. Muitas vezes era esta construída como abrigo contra os ardentes raios solares (Ne 8.16), sendo colocada debaixo de uma árvore, perto de qualquer ribeiro, ou então nos eirados das casas das cidades e das vilas. Na estação do estio a gente da cidade retirava-se muitas vezes para as suas casas de campo, e ali se instalava em edifícios de uma construção ligeira, semelhante a cabanas. (*veja Festa dos Tabernáculos, e Tenda.)

  • cabeça

    l. Esta palavra é muitas vezes empregada figuradamente na Sagrada Escritura. Cristo é a cabeça da igreja (Cl 1.18) em virtude de sua eminência e da sua influência, comunicando vida, saúde, força a cada crente. o marido é, também, a cabeça da mulher (Gn 3.16), com respeito à preeminência do sexo (1 Pe 3.7) e à excelência do conhecimento (1 Co 14.35). A pedra que os edificadores rejeitaram foi feita a cabeça (a principal pedra) do ângulo (Sl 118.22). 2. Nas visões de Ezequiel os sacerdotes piedosos costumavam cortar rente o cabelo de suas cabeças, mas não com a navalha de barba – e faziam isso como sinal de varonilidade, e com o fim de evitar aqueles costumes do sacerdócio pagão (Ez 44.20). (*veja Cabelo.)

  • cabelo

    As mulheres hebréias usavam o cabelo comprido e separavam-no em certo número de tranças, que eram depois entrelaçadas juntamente. o cabelo preto, entre os israelitas, era considerado como o mais belo (Ct 5.11). os hebreus usavam o cabelo natural com certo arranjo, mas não cortado. Que as israelitas tinham bastante trabalho para dar realce à sua natural beleza, depreende-se de muitas passagens da Escritura, como Rt 3.3; Sl 23.5; Ec 9.8; Mt 6.17, onde se mostra ter sido comum o cuidado e embelezamento do cabelo, usando-se para isso ungüentos perfumados. os apóstolos notaram a excessiva atenção prestada ao adorno do cabelo pelas mulheres do seu tempo, e censuraram essa atitude (1 Tm 2.9; 1 Pe 3.3). Rapar a cabeça era sinal de grande aflição (Jó 1.20; Jr 7.29); mas pela mesma causa também se permitia que o cabelo crescesse, sem cuidarem dele. Arrancar os cabelos com as mãos era demonstração de grande e repentino desgosto. Um dos sinais de lepra era uma mudança na cor do cabelo; por isso se mandava que fosse cortado, como sendo a sede da doença (Lv 13.4,10; 14.8,9). A frase em Ct 7.5, ‘a tua cabeleira [é ] como a púrpura’, significa que estavam bem cuidados os anéis do cabelo. Considerava-se o cabelo a coisa menos valiosa do homem (2 Sm 14.11; Mt 10.30) mas os árabes ainda hoje juram pelas suas barbas; e, talvez jurar pela cabeça signifique o juramento pelo cabelo que nela está (Mt 5.36). (*veja Barba, Calvície. ) A fim de embelezar o cabelo, recorria-se muitas vezes, aos pós; a guarda de Salomão, segundo conta Flávio Josefo, polvilhava com ouro as suas cabeças, que previamente haviam sido frisadas e perfumadas. As classes superiores, entre os medos, usavam cabeleiras; mas, conservando os assírios os cabelos em compridos anéis, é duvidoso se estes eram formados dos próprios ou de falsos cabelos. os hebreus nunca usaram cabeleiras. A cor predileta era a preta, fazendo-se uso, algumas vezes, de diversos preparados colorastes, ou para dar mais brilho ao cabelo, ou para ocultar a idade.

  • cabo

    vasilha oca

  • cabom

    bolo ou atadura

  • cabouqueiro

    Que trabalha em minas ou pedreiras

  • cabra

    A cabra doméstica era um dos animais limpos, para alimentação e para sacrifícios. o cabrito era considerado comida delicada (Gn 38.17 – Jz 15.1 – Lc 15.29), e ainda é o prato obrigatório em qualquer festa, ou no uso da hospitalidade, entre árabes. o mesmo pastor que guarda as ovelhas também cuida de cabras, misturando-se estas com aquelas na busca de alimento. De noite, ou quando são conduzidas, separam-se umas das outras. Todavia, acham-se ordinariamente as ovelhas e as cabras em localidades diferentes, sendo mais própria para cabras uma região montanhosa. As cabras da Síria são geralmente pretas. o leite de cabra é de muito apreço, fazendo-se dele queijo e manteiga. Usa-se a sua pele na fabricação de vasilhas de água e vasilhas de vinho. Em Sl 119.83: ‘Já me assemelho a um odre na fumaça’, o salmista refere-se à aparência quebrada que estas peles tomam, quando se secam pela ação do calor. o pêlo da cabra é usado para vestuário, para cortinas e para tendas. Um rebanho de cabras, embora pequeno, tem por condutor um bode e é metaforicamente empregado por guia em Jr 50.8 e Zc 10.3. As cabras têm concorrido em alto grau para o extermínio dos arbustos na região da Síria meridional, conservando-se esta parte em solidão. Não há animais mais impeditivos do crescimento das plantações do que as cabras.

  • cabra montês

    Há referências à cabra selvagem do sul da Palestina, em 1 Sm 24.2 – Jó 39.1 e Sl 104.18. o lugar de En-Gedi (Ain Jid), ou ‘a fonte das cabras’, é assim chamado por causa das cabras monteses, que ainda algumas vezes ali são vistas. Andam em pequenos grupos, são tímidas, e habitam nos menos acessíveis retiros das montanhas. A carne destes animais é uma excelente comida, e, sem dúvida, foi esta caça aquela que isaque mandou que seu filho lhe alcançasse por meio de aljava e do arco (Gn 27). A gazela, a única espécie comum de caça livre no país, tem uma carne seca, e é de inferior qualidade.

  • cabul

    terra árida

  • cabuli

    hebraico: sujo, terra árida

  • cabzeel

    Deus ajunta. Cidade situada naextremidade de Judá, a sueste, justamente no princípio da subida de Acrabim (Js 15.21) – a terra natal de Benaias, filho de Joiada, um dos valentes de Davi (2 Sm 23.20 – 1 Cr 11.22) – foi repovoada depois do cativeiro.

  • caçador, caça

    os monumentos da Assíriaapresentam os seus monarcas em perseguição da caça. A vida patriarcal era mais a do possuidor de rebanhos do que a de caçador – mas Ninrode (Gn 10.9) e Esaú (Gn 25.27) são considerados caçadores de fama. Parece que a Palestina tinha animais ferozes em abundância quando os hebreus a conquistaram (Jz 14.5 – 1 Sm 17.34). As feras e as aves eram apanhadas com armadilhas, ratoeiras, laços e redes – e a prática destes atos era bastante familiar, daí usar-se a respectiva linguagem figurada (Js 23.13 – Jó 18.10 – Jr 5.26).

  • cacilda

    Lança de combate

  • caco

    Pedaço de louça partida (Jó 2.8)Esses pedaços de louça eram largamente usados no Egito, como coisas próprias para escrever e de baixo preço – e, pelo emprego que lhe davam, possuímos muitas informações com respeito à linguagem de todos os dias e costumes dos tempos, em que foi gravada neles qualquer escrita.

  • cadeia

    1. Cadeias, ou cordas, ou laços(Jz 15.14 – Ec 7.26 – Jó 38. 31). os costumes pecaminosos encadeiam qualquer pessoa. A paz e o amor são laços que unem os crentes (Ef 4.3 – Cl 3.14). 2. Em os 11.4 compreende-se por meio do termo cordas, ou cadeias, a influência moral exercida. A escravidão, a dor, o receio, e a perplexidade, se chamam ataduras ou cadeias ou as varas do jugo, porque restringem a liberdade (is 28.22 – Ez 34.27).

  • cadeia, colar

    o colar de ouro colocadoao pescoço de José (Gn 41.42), e a prometida a Daniel (Dn 5.7), eram insígnias próprias de certas posições. o primeiro-ministro e os juizes do Egito usavam cadeias. Semelhantemente, homens e mulheres usavam colares, como ornamento (Pv 1.9). os midianitas adornavam os pescoços dos seus camelos com colares feitos de peças de metal em forma de crescente (Jz 8.21,26). os meios empregados entre os judeus para segurar os prisioneiros eram umas manilhas em volta dos pulsos e nos tornozelos, sendo ligadas por cadeias (Jz 16.21 – 2 Sm 3.34 – 2 Rs 25.7 – Jr 39.7). Entre os romanos estava o prisioneiro seguro a um guarda e, às vezes, a dois, ligando-se a algema de um à do outro por uma cadeia (At 12.6,7 – 21.33).

  • cades

    (En-Mispate, a fonte do juízo.) É hoje Ain-Kadis, oitenta quilômetros ao sul de Berseba. No limiar da Terra Prometida (Gn 16.14 – 20.1). Foi aqui que Quedorlaomer derrotou os chefes dos amorreus (Gn 14.7). os filhos de israel acamparam neste lugar enquanto os espias observavam a terra (Nm 13.26 – 32.8 – Dt 1.2,19,46 – 9.23 – Js 14.6,7), sendo ali, provavelmente, o seu quartel general durante trinta e oito anos. Foi, também, o lugar onde Moisés feriu a rocha (Nm 27.14 – Dt 32.51) – dali partiram os israelitas para suas jornadas (Nm 14.25 – Dt 2.1,14) – e ao mesmo sítio voltaram, no seu caminho para Canaã pelo Monte Hor, morrendo nessa ocasião Miriã (Nm 20.1,14,22 – 33.36,37 – Jz 11.16,17). (*veja Meribá, Quedes 3.)

  • cades-barnéia

    Conhecido local de acampamento e habitação de israel, tem sido identificado como ‘Ain Quedeis’, que está localizada a uns 78 km a sudoeste de Berseba.

  • cadmiel

    o Deus antigo

  • cadmomeu

    hebraico: orientais

  • cadro

    árvore frondosa

  • caducidade

    Enfraquecimento; envelhecimento

  • caetano

    Aquele que veio de Gaeta

  • caf

    10 letra do alfabeto hebraico, macaco

  • cafar-emona

    hebraico: aldeia dos Amonitais

  • cafarnaum

    Aldeia de Naum. Achava-se situada ao norte do mar da Galiléia. A sentença contra ela pronunciada e contra outras povoações foi singularmente cumprida. Cafarnaum é, para nós, um lugar interessante pelo fato de ter sido residência de Jesus Cristo e dos Seus Apóstolos, e centro de tantas maravilhas. Cafarnaum era a Sua própria cidade (Mt 9.1). Era quando voltava para ali que se dizia estar Jesus na Sua casa (Mc 2.1). Foi aqui que se deu a chamada de Mateus (Mt 9.9). os irmãos Simão Pedro e André eram de Cafarnaum (Mc 1.29). Aqui, também, Jesus operou a cura do criado do centurião (Mt 8.5 – Lc 7.1), e da sogra de Simão Pedro (Mt 8.14 – Mc 1.30 – Lc 4.38), mandou levantar o paralítico (Mt 9.6 – Mc 2.9 – Lc 5.24), e curou aquele homem atormentado de um espírito imundo (Mc 1.32 – Lc 4.33). o filho do homem nobre (Jo 4.46), apesar de habitar em Cafarnaum, foi curado por meio de palavras, que parece terem sido proferidas em Caná de Galiléia. Foi em Cafarnaum que ocorreu aquele caso de ser chamado um menino para uma lição aos Seus discípulos (Mt 18.1 – Mc 9.33) – e, estando ele na sinagoga, foi pronunciado o maravilhoso discurso que se lê em Jo 6. Era uma importante estação de alfândega, e tinha uma guarnição de tropas romanas.

  • cafarsalama

    hebraico: aldeia de Salem

  • café

    palma da mão

  • cafenata

    hebraico: a torre que de levanta acima da casa do rei

  • cafira

    hebraico: aldeia, coberta, expedição

  • caftor

    colônia egípcia

  • caftorim

    hebraico: capadócios

  • caftos

    hebraico: coroa ou copo

  • caiar

    Revestir de cal; pintar

  • caifás

    Genro de Anás, foi sumo sacerdote desde o ano 18 até ao ano 36 (A.D.), exercendo, pois, esta alta função sacerdotal por muito tempo, o que raramente acontecia. Depois da ressurreição de Lázaro, proferiu Caifás perante o Sinédrio aquela inconsciente predição de que Jesus havia de morrer pela nação (Jo 11.50). Ele teve conhecimento da conspiração para prender Jesus com dolo (Mt 26.3,4). E Jesus, depois de interrogado por Anás, foi por este enviado, manietado, a Caifás (Jo 18.24), a quem Ele confessou que era o filho de Deus. Por esta razão Caifás o considerou digno de morte (Mt 26.66). Este príncipe dos sacerdotes também interrogou os apóstolos Pedro e João (At 4.6).

  • caim

    1. Primogênito de Adão e Eva, quenum acesso de inveja, em virtude de ter sido aceito o sacrifício de Abel e rejeitado o seu, se levantou contra o seu irmão e o matou. As palavras que se acham em Gn 4.15, podem ser traduzidas desta maneira: ‘Um sinal foi determinado pelo Senhor, para que Caim não fosse ferido por qualquer que o encontrasse.’ Caim fundou a primeira cidade, à qual deu o nome do seu filho Enoque. Com respeito aos seus descendentes, Lameque instituiu a poligamia – Jabal estabeleceu a vida nômada – Jubal inventou os instrumentos musicais – e Tubalcaim foi o primeiro ferreiro. As referências a Caim, feitas no N.T., estão em Hb 11.4 – 1 Jo 3.12 – Jd 11. 2. Cidade no país montanhoso de Judá (Js 15.57). Chama-se hoje Yukin.

  • cainã

    aquisição

  • caio

    feliz, alegre

  • calá

    Firmeza. Uma das mais antigas cidades da Assíria, fundada por Assur (Gn 10.11) – acha-se identificada com Ninrode, cujas ruínas estão situadas cerca de 32 km. ao sul de Konyunjik (Nínive). Tiglate-Pileser, Esar-Hadom, e outros monarcas, erigiram na real Calá edifícios de considerável extensão e grande magnificência. os objetos assírios, que se acham no Museu Britânico, são na maior parte, provenientes da antiga cidade de Calá.

  • calabe

    cão

  • calabouço

    (Jr 37.16.) o cárcere de Jeremias era, provavelmente, um subterrâneo (v. 38.6), no meio do pátio interior da casa, com recessos abobadados em volta, onde os prisioneiros eram colocados (*veja Prisão).

  • calai

    depreciado pelo Senhor

  • calal

    hebraico: acabado, perfeição

  • calamitoso

    Que traz, ou em que há calamidade; catastrófico.

  • calano

    grego: cana Ct 4.14

  • calcanhar

    Ter os calcanhares descobertos significava vergonha, desprezo, cativeiro e aflição (Jr 13.22). Levantar o calcanhar, dar pontapé, e pagar o bem com o mal, como fez Judas (Sl 41.9 – Jo 13.18). os homens são apanhados pelos calcanhares num laço, quando o mal os surpreende (Jo 18.9). o cumprimento da profecia ‘tu lhe ferirás o calcanhar’ (Gn 3.15), provavelmente deve ver-se nos sofrimentos infligidos a Jesus Cristo.

  • calção

    Em certas ocasiões, especialmente no dia da expiação, o sacerdote oficiante tinha de usar calção, que cobria o corpo ‘da cintura às coxas’ (Êx 28.42), quando entrava no lugar santo. Eram, também, usados pelos sacerdotes quando realizavam os sacrifícios.

  • calcol

    sustentáculo

  • caldéia

    Província situada ao sul de Babilônia, na parte mais baixa do rio Eufrates – ao ocidente do rio Tigre – era o limite do deserto da Arábia e estendia-se até ao golfo Pérsico. Nos tempos do Antigo Testamento era cortada por numerosos canais, sendo aqueles sítios muito povoados, e muito férteis. Hoje é uma terra deserta. A sua superfície compreendia 640 km. de comprimento, por 160 km. de largura em média. Empregava-se a palavra Caldéia num sentido mais lato para significar a Babilônia, e mesmo os domínios do império, por causa da supremacia que os caldeus tinham alcançado sobre aqueles povos (Ed 5.12). Foi da Caldéia (Ur dos caldeus) que Abraão, chamado por Deus, emigrou (Gn 11.28), e da Caldéia vieram aquelas tropas que saquearam Jó (Jó 1.17). o nome Caldéia era, evidentemente, usado pelo de Babilônia (2 Rs 25.5,10,13 – 2 Cr 36.17 – is 13.19 e 48.20 – Jr 50.1,8,10 e 51.35 – Ez 11.24 – 12.13 – 16.29 – 23.15,16). (*veja Babilônia.)

  • caldeus

    Eram, primitivamente, uma tribo que vivia em grandes regiões pantanosas, nas embocaduras do Tigre e do Eufrates, ao sul da Babilônia. Esta tribo estava destinada a exercer importante influência na vida do povo babilônio. No governo de Merodaque-Baladã, eles apoderaram-se de Babilônia (721 a C.) – mas, passados doze anos, foi Merodaque forçado a fugir, perseguido pelos invasores da Assíria – e, embora voltasse à cidade de Babilônia, foi isso apenas por pouco tempo. Senaqueribe assolou o país da Babilônia a ferro e fogo, tornando-se o império um apanágio da coroa da Assíria. Todavia, é provável que Nabucodonosor e sua família fossem de geração caldaica. Certamente os caldeus alcançaram uma situação proeminente na Babilônia, usando-se o seu nome para designar os habitantes de todo o pais. É provável que os caldeus pertencessem à raça semítica. Aqueles do livro de Daniel eram simplesmente ‘astrólogos’. Desde os tempos mais remotos foi a Babilônia, isto é, a Caldéia no sentido mais largo da palavra, o pais da astrologia, e os indivíduos que a praticavam eram altamente considerados. Um astrólogo foi elevado por Senaqueribe ao trono da Babilônia.

  • calebe

    Filho de Jefoné (Nm 13.6). Um dos dozes espias que, um de cada tribo, foram enviados à terra de Canaã para examiná-la acontecendo este fato no segundo ano do Êxodo. Calebe representava a tribo de Judá. Ele e Josué foram os únicos que voltaram com boas notícias acerca do país que iam habitar, e esse seu otimismo desagradou tanto ao povo israelita, com medo de efetuar a conquista de Canaã, que por pouco não foram apedrejados. Deus castigou a rebeldia do povo, determinando que, dos israelitas de vinte anos de idade para cima, apenas Josué e Calebe teriam permissão de entrar na terra prometida. Quando Calebe era de oitenta e cinco anos de idade, ele reclamou a posse da terra dos enaquins, Quiriate-Arba ou Hebrom, e a vizinhança do país montanhoso (Js 14). Ele expulsou de Hebrom os três filhos de Enaque, e deu a sua filha Acsa a seu irmão mais novo otniel, como recompensa por ter tomado Quiriate-Sefer (isto é Debiri (Js 15.14 a 19 – Jz 1.11 a 15). Crê-se que Calebe era cananeu por nascimento, tendo sido a tribo dos quenezeus, à qual ele pertencia, incorporada na de Judá (Js 14.6,14).

  • caled

    Aquele que é imortal

  • cálice

    Segundo o costume dos judeus, nos seus sacrifícios de ação de graças, o anfitrião tomava um cálice de vinho na mão, e em palavras solenes rendia graças e louvores a Deus pelos benefícios recebidos, naquela ocasião especial, e passava depois o cálice a todos os convidados, cada um dos quais bebia dele. o Salmista refere-se a este costume em Sl 116.13 – nosso Salvador, na célebre reunião em que se despedia dos Seus discípulos, seguiu a mesma prática. S. Paulo, em 1 Co 10.16, faz referência ao uso do ‘cálice de bênção’. É, algumas vezes, uma expressão eufêmica por ‘amaldiçoar’, e assim se acha traduzida em Jó 1.5,11 e 2.5,9.

  • calil

    Amigo íntimo

  • calisto

    O mais belo

  • calixto

    O mais belo

  • calmom

    haste de trigo

  • calné

    fortaleza de Ana

  • caluniador

    diabo

  • calvário

    Três dos evangelistas conservam o nome aramaico do lugar onde Jesus foi crucificado, isto é, Gólgota (a caveira), e acrescentam a interpretação – ‘Lugar da Caveira’ (Mt 27.33 – Mc 15.22 – Jo 19.17). Lucas omite isto, e mais simplesmente diz: ‘Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali o crucificaram’ (Lc 23.33). Na Vulgata, e traduções da Vulgata, adota-se o termo latino Calvário, que é empregado como nome próprio, ‘o lugar que se chama Calvário’. E é este o nome pelo qual é mais conhecido em Portugal e no Brasil o sítio da crucificação de Jesus Cristo (*veja Gólgota).

  • calvicie – calva

    A calvície natural nãoé muito comum no oriente, e quando, porventura, ocorre em alguém, dá esse fato ocasião a ser ridicularizada a pessoa calva. Eliseu foi um dia insultado por uns rapazes (não meninos) de Betel, mas não se trata tanto de uma ofensa pessoal, como de um ato praticado contra o representante da religião de Jeová, pois deve-se considerar que Betel era um dos principais lugares de idolatria na Palestina. Durante o tempo de luto deixavam crescer muito o cabelo – no Egito, pelo contrário, em casos semelhantes, geralmente era tirada a cabeleira. o povo das nações circunvizinhas, e as mulheres árabes em particular, cortavam o cabelo, como sinal de grande aflição – mas isso era proibido aos israelitas (Lv 19.27 – Dt 14.1). os nazireus cortavam rente o cabelo por virtude do voto que faziam (At 18.18), e freqüentemente se faz alusão a esse fato nas Escrituras (Mq 1.16 – Jr 47.5). os pagãos ofereciam, muitas vezes, o cabelo aos seus deuses, como oferta de valor, porque, depois do sangue, era considerado como a sede da força e da vida. Esta oferta do cabelo, que era um ato meramente pessoal e particular, foi a origem da tonsura monacal. o corte do cabelo era proibido às mulheres pela opinião pública, no tempo de S. Paulo (1 Co 11.5).

  • calvinista

    Baseado no sistema teológico protestante exposto pelo teólogo Calvino.

  • calvino

    Aquele que é meio calvo

  • cama

    As camas, no oriente, sempre foram de uma forma mais simples do que na Europa. os colchões, ou colchas estofadas, eram usados para dormir, sendo colocados sobre o divã que era uma pequena elevação, no sobrado do quarto, e que se achava coberto de um tapete no inverno e de uma fina esteira no verão. Fazia-se uso de almofadas em lugar de travesseiros. Estas camas não se conservavam feitas, sendo enrolados os colchões e colocados num armário até à noite. E por esta razão se compreendem melhor as palavras de Jesus, dirigidas ao paralítico: ‘toma o teu leito’ (Mt 9.6). o divã tinha uma subida de vários degraus, e servia para as pessoas se sentarem durante o dia, sendo o canto o lugar de honra (Am 3.12). No verão era suficiente cobri-lo com um delgado cobertor, ou mesmo com qualquer peça de vestuário exterior, que se usava de dia (1 Sm 19.13). Quando as pessoas eram pobres, esse vestuário era, geralmente, o que lhe servia de cama – e por isso a lei providenciava para que não fosse conservado em penhor depois do pôr do sol (Dt 24.13). (*veja Quarto de Cama.).

  • câmaras

    Compartimento ou aposento de uma casa.

  • cambas

    Cada uma das peças curvas das rodas de um veículo

  • cambial

    Relativo ao câmbio; papel representativo de valor em moeda estrangeira.

  • cambista

    Todo o israelita, rico ou pobre, que tivesse chegado aos vinte anos, ou já passado essa idade, devia pagar na casa do sagrado tesouro, quando se fazia o recenseamento da população, a metade de um siclo, como oferta ao Senhor (Êx 30.13 a 15). os cambistas que Jesus expulsou do templo (Mt 21.12 – Mc 11.15 – Jo 2.15) eram aqueles negociantes que forneciam os meios ciclos, pelo qual podiam exigir um certo ágio, aos judeus de todas as partes do mundo, que, vindo a Jerusalém durante as grandes festividades, tinham de pagar o seu tributo ou o dinheiro do resgate em moeda hebraica. Também se recorria a esses cambistas para fins gerais do câmbio.

  • cambotas

    Parte circular das rodas dos carros onde se prendem os raios e sobre a qual é fixado o aro

  • camelo

    o mais valioso de todos os animais nas desertas regiões do oriente. os camelos serviam para levar pessoas (1 Sm 30.17), para transportar cargas, e para puxar carros (is 21.7). os camelos pequenos podem com uma carga de 800 arratéis, e os grandes com meia tonelada. Assim carregados, eles percorrem 45 a 60 km por dia, num andamento regular de cerca de cinco quilômetros por hora. o grande valor do camelo é poder ele estar sem comer e sem beber por um longo período de tempo, não lhe fazendo mal essa falta de alimentação. É sabido que eles podem viajar uns dez dias sem necessidade de beber. o camelo da Arábia é dotado de uma série de bolsas d”água que guarnecem o primeiro estômago, podendo, assim, levar consigo, como reserva, perto de sete litros d”água. A sua corcova é composta de gordurosas células, o que representa uma reserva de alimento, aumentando o seu volume quando o animal se acha bem tratado, e trabalha pouco, enrugando-se quando tem trabalho pesado e má alimentação. A carne do camelo era alimento proibido pela Lei, porque, embora o camelo seja animal ruminante, não tem unhas fendidas (Lv 11.4 – Dt 14.7). o seu leite é muito usado. Jacó preparou um presente, incluindo trinta camelas de leite, para Esaú (Gn 32.15). o pêlo do camelo, tecido em pano, era usado para fazer as sacolas do selim, tendas, e a roupa simples do deserto. João Batista tinha um vestido de pêlos de camelo, o vestido de profeta (Mt 3.4 – Mc 1.6 – *veja 2 Rs 1.8 e Zc 13.4). Faziam-se com a pele do camelo tendas, escudos, arneses e baús. os aparelhos de um camelo constavam de uma grande sela de madeira, em volta da corcova, e sobre a qual se prendia um tapete, e um pano de lã. Sentam-se em cima os homens com as pernas cruzadas, mas as mulheres e crianças são levadas dentro de uma leve armação de madeira suspensa como um cesto grande sobre os lados da sela. A proverbial expressão ‘é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha’ (Mt 19.24) está perfeitamente em harmonia com a linguagem oriental: não se sabe bem se ‘o fundo da agulha’ era a pequena porta de um portão.

  • camila

    Aquela que nasceu livre ou que veio de ilustre família

  • camilo

    Aquele que nasceu livre, ou de ilustre família

  • caminho

    Esta palavra aparece na Bíbliano sentido de via, de estrada (Gn 16.7 – Nm 14.25 – Mc 10. 32). Muitas vezes o termo ‘caminho’ significa os simples hábitos da vida – ‘endireitai os vossos caminhos’ – ‘todo ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra’ (Gn 6.12 – 19.31 – Jr 32.19). ‘Caminho do Senhor’ quer dizer o que Ele é em relação a nós: ‘os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos’ (is 55.8). ir ‘pelo caminho de todos os da terra’ (Js 23.14) significa estar para morrer, na sua viagem para a sepultura. Caminho duro representa o caminho dos pecadores (Jz 2.19). Jesus Cristo é chamado o Caminho (Jo 14.6), pois que é por Ele somente que os crentes obtêm a comunicação com o Pai. Estas expressões ‘o Caminho’, ‘este Caminho’, usavam-se a respeito da crença e prática cristãs (At 9.2 – 19.9,23 – 22.4 – 24.14,22), talvez para contrastar com o sistema judaico de regras para a vida diária, chamadas Halacote ou Caminhos.

  • caminho dum dia

    As codornizes foram espalhadas pelo arraial até à distância de 25 a 32 km. que era o caminho de um dia (Nm 11.31). o caminho de um dia de sábado (Mt 24.20 – At 1.12) eram 1400 metros, distância que podia ser percorrida sem quebrar a lei (Êx 16.29).

  • camita

    Descendentes de Cã, filho de Noé.

  • camos

    Deus dos moabitas e dos amonitas, cujo culto foi introduzido em Judá por Salomão, e abolido por Josias (Nm 21.29 – 1 Rs 11.7 – 2 Rs 23.13 – Jr 48.7).

  • campainha

    As campainhas em forma de discos ou címbalos de metal eram instrumento muito antigo, ainda que a primeira menção que delas se faz na Escritura é do tempo de Moisés. No livro de Êxodo, 28.33, se diz a respeito do sumo sacerdote que as bordas inferiores do seu vestido deviam ser ornamentadas de campainhas de ouro, a fim de que a sua presença pudesse ser notada quando ele entrasse no Santo Lugar diante do Senhor, e quando saísse, para que não morresse. Uma campainha era, também, sinal de vitória, e no decorrer do tempo veio a fazer parte do equipamento de um cavalo de batalha. A este costume alude o profeta Zacarias, quando, ao anunciar a mudança que se devia operar na aceitação universal da verdadeira religião, ele diz: ‘Naquele dia será gravado nas campainhas dos cavalos: Santo ao Senhor’ (Zc 14.20). Era comum entre os pagãos o uso das campainhas nas suas cerimônias religiosas. Pensava-se que o som era bom para todas as espécies de expiação e purificação, tendo influência sobre as almas dos mortos. As campainhas eram também tocadas com o fim de exorcizar ou afugentar os demônios. Havia, igualmente, o costume, nalguns templos pagãos, de chamar o povo por meio de toques de campainha, para assistir ao sacrifício. Era isto feito regularmente pelos sacerdotes de Persefom em Atenas. Daí a origem das campainhas nas igrejas.

  • campeia

    Prevalecer; dominar; imperar.

  • campo

    Significa esta palavra, na Bíblia, uma terra meramente cultivada – ou limitada extensão de terreno (Gn 23.13,17 – is 5.8) ou toda herança de um homem (Lv 27.16 – Rt 4.5 – Jr 32.9,25). A ausência de valados tornava os campos expostos ao dano feito pelos animais desgarrados (Êx 22.5). o ‘campo fértil’, em Ez 17.5, significa uma terra para plantação de árvores – muitas vezes, porém, é uma tradução da palavra hebraica Carmel, como em is 10.18. Vilas sem muros, e casas espalhadas eram tidas como campos aos olhos da Lei (Lv 25.31).

  • campo do oleiro

    Pensou-se que este lugar havia recebido esse nome por estar em conexão com a olaria que havia em Jerusalém (is 30.14), ou talvez, por virtude da casa do oleiro, a que se refere Jeremias (18.2). Este pedaço de terreno foi comprado com o dinheiro da traição, aquele dinheiro que Judas devolveu aos sacerdotes – e fez-se naquele lugar um cemitério para sepultura dos judeus estrangeiros (Mt 27.7,10).

  • cana

    As palavras hebraicas traduzidas por cana são termos genéricos, que se aplicam a uma certa variedade de vegetais, como canas, juncos, tábuas, etc. o cesto onde Moisés foi posto (Êx 2.3) teria sido feito de juncos ou outras plantas que crescem na água (Jn 2.5). As palavras de Jó 8.11: ‘Pode o papiro crescer sem lodo? ou viça o junco sem água?’ referem-se à vegetação dos pântanos. Em Jó 41.2,20 trata-se de cordas de junco e de juncos a arder. Não há dúvida de que em alguns casos o papiro é especialmente significado. Mais de vinte variedades de juncos, e umas trinta de caniços, crescem na Palestina, incluindo o papiro, que é uma espécie de cana alta, com uma grande panícula de fiorinhas, partindo os pedúnculos da parte superior da haste. Alcança uma altura de três a quatro metros, com um diâmetro de cinco a oito centímetros na base. Para fazerem papel do papiro, tiravam os folhelhos, sendo depois a simples haste cortada em tiras, que eram postas ao comprido sobre uma peça plana de madeira, sendo unidas com alguma espécie de cola, e tudo depois comprimido de modo a formar um todo compacto.

  • cana aromática

    (is 43.24 – Jr 6.20). Talvez seja o cálamo de bom cheiro, que era oferecido no ritual assírio.

  • caná da galiléia

    Cidade, ou vila, notável pelo fato de ter sido ali que se operou o primeiro milagre de Jesus Cristo (Jo 2.1 a 11 – 4.46), realizando o Salvador, mais tarde, no mesmo lugar, outro sinal maravilhoso (Jo 4.54). Era, também, a terra natal do apóstolo Natanael (Jo 21.2). Nenhuma dessas passagens nos pode indicar de uma maneira precisa a situação de Caná. o que se pode depreender do que está escrito é que aquela povoação não ficava muito longe de Cafarnaum (Jo 2.12 – 4.46). investigações recentes tendem mais a identificá-la com Curbete Caná, que fica 1õ km ao norte de Nazaré, do que com Queque Quená, que está apenas 5 km ao nordeste.

  • canaã

    Baixo, plano. 1. Quarto filho deCão (Gn 10.6 – 1 Cr. 1.8), progenitor dos vários povos que antes da conquista dos israelitas, se tinham estabelecido no litoral da Palestina, ocupando, de um modo geral, todo o país ao ocidente do rio Jordão (Gn 10.15). Uma maldição foi lançada sobre a terra de Canaã, em virtude do procedimento pouco respeitoso de Cão para com seu pai Noé (Gn 9.20 a 27). 2. o nome de Canaã é, algumas vezes, empregado por ‘terra de Canaã’.

  • canaã (terra de)

    Em Sf 2.5 e em Mt 15.22, a terra de Canaã se restringe à parte marítima da Filístia e da Fenícia, e essa parte, sendo a mais baixa de todo o país, está em harmonia com a significação da palavra Canaã (terra Baixa), mas a sua aplicação era extensiva a toda a região ao ocidente do rio Jordão e do mar Morto, entre estas águas e as do Mediterrâneo. A língua de Canaã (is 19.18), isto é, a fenícia, tinha grande semelhança com a hebraica dos israelitas.

  • cananeus

    Esta designação é usada em sentido restrito, e também em sentido lato. implica ou a tribo que habitava uma particular porção da terra ao ocidente do Jordão antes da conquista, ou o povo que habitava, de uma maneira geral, todo o país de Canaã. Quanto à sua significação restrita: a região baixa da parte ocidental compreendia as planícies que ficam entre a praia do Mediterrâneo e a base dos montes de Benjamim, de Judá, e de Efraim, a planície de Filístia do sul, e de Sarom entre Jafa e o Carmelo, a grande planície de Esdrelom, junto à baía de Aca, a planície da Fenícia, contendo Tiro, Sidom, e todas as outras cidades daquela nação, e finalmente, o vale do Jordão, que se estendia desde o mar de Genesaré até ao sul do mar Morto, cerca de cento e noventa quilômetros de comprimento, por treze a vinte e dois quilômetros de largura. A tribo cananéia habitava a costa desde Sidom até Gaza, e dali até à extremidade sul do mar Morto (Gn 10.18,19). os carros, que constituíam uma parte importantíssima dos seus exércitos (Js 17.16 e Jz 1.19 e 4.3), em nenhuma parte podiam ser conduzidos a não ser nas planícies. Eram estes terrenos planos a parte mais rica do país. Na sua significação mais ampla, o termo ‘cananeus’ incluía todos os habitantes não israelitas da terra, antes da conquista.

  • candeeiro

    Foi ordenado a Moisés que fizesse um candeeiro ou candelabro para o tabernáculo, como se acha descrito em Êx 25.31 e 37, e 37.17 a 24. Assim como o castiçal de Moisés simbolizava a luz da lei, do mesmo modo os candeeiros se tornaram símbolos do Espírito, da igreja, e de testemunhos (Zc 4 – Ap 2.5 e 11.4). o candeeiro estava colocado na parte meridional do primeiro compartimento do tabernáculo, sendo essa parte um símbolo da região celestial. No templo de Salomão, em lugar do candeeiro do tabernáculo, havia dez castiçais de ouro, semelhantemente trabalhados, cinco à direita e cinco à esquerda (1 Rs 7.49 – 2 Cr 4.7). Estes candeeiros foram levados para Babilônia (Jr 52.19). Quando Jesus Cristo exclamou, ‘Eu sou a luz do mundo’ (Jo 8.12), a comparação foi provavelmente sugerida pelos dois grandes candeeiros de ouro que se achavam acesos no chamado pátio das mulheres durante a Festa dos Tabernáculos, iluminando toda a cidade de Jerusalém.

  • candeia

    Pequeno aparelho de iluminação, sustentado por um prego e abastecido com óleo

  • candido

    Aquele que é puro, ingênuo, inocente

  • caniço

    Vara para pescar (bambu)

  • cânon das santas escrituras

    A aplicação do termo cânon ao conjunto dos livros, que constituem as Escrituras do Antigo e Novo Testamento, somente se fez pelo fim do quarto século, quando todo o Novo Testamento se apresenta reconhecido pelas igrejas. Mas a idéia se derivou da coleção das Sagradas Escrituras judaicas, já fixadas e completas no princípio da era cristã. A. Cânon do Antigo Testamento. os livros que encerra: o Antigo Testamento contém trinta e nove livros, agrupados segundo o assunto. Há os cinco livros da Lei – doze de História, cinco de Poesia – dezessete de Profecia. Esta disposição provém da Vulgata Latina, que, por sua vez, se baseia na versão grega dos Setenta, assim chamada por terem sido setenta os tradutores. Quando nos referimos a esta tradução grega, dizemos a versão dos LXX. Todavia, as Escrituras hebraicas compreendem somente vinte e quatro livros. É porque se considera como um só livro cada grupo dos seguintes: os dois de Samuel, os dois dos Reis, os dois das Crônicas, Esdras e Neemias, os doze profetas menores. Por uma classificação posterior ficou reduzido o número a vinte e dois livros, para corresponder, certamente, ao número de letras do alfabeto hebraico, aparecendo o livro de Rute ligado ao dos Juizes, e as Lamentações ao livro de Jeremias. o agrupamento das Escrituras hebraicas é, provavelmente, significativo da história do Cânon do Antigo Testamento. 1. Lei (Torá) – Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio. 2. Profetas: primeiros – Josué, Juizes, Samuel, Reis – últimos – isaías, Jeremias, Ezequiel e os Doze. 3. Escritos (Quetubim na versão dos LXX são os hagiógrafos, ou escritos sagrados). a) Livros Poéticos: Salmos, Provérbios, Jó. b) Megilote (Rolos, que eram lidos, cada um em separado, nas cinco grandes festividades judaicas) – Rute, Cantares de Salomão, Eclesiastes, Lamentações, Ester. c) Daniel, Esdras, Neemias, e Crônicas. Deve notar-se que somente a primeira divisão, a Lei, corresponde ao agrupamento da Vulgata Latina. os ‘Profetas’ incluem quatro livros históricos, e o próprio titulo da terceira divisão, os ‘Escritos Sagrados’, sugere o caráter miscelâneo dos assuntos. A versão dos LXX, que em geral é citada pelos escritores do N.T., contém quatorze livros além dos das Escrituras hebraicas. o excesso dos livros gregos sobre os hebraicos é representado pelos livros apócrifos. B. Cânon do Novo Testamento. Livros que encerra: A ordem dos vinte e sete livros do Novo Testamento é derivada da Vulgata Latina. E acham-se assim agrupados: a) os quatro Evangelhos e o livro histórico dos Atos. b) A série das quatorze epistolas de S. Paulo, terminando com a epistola aos Hebreus. c) As sete epístolas universais. d) Apocalipse. A ordem tradicional é particularmente infeliz com respeito aos escritos paulinos, que parecem ter sido geralmente dispostos segundo o seu comprimento e importância. Se esta disposição pudesse, dalgum modo, justificar-se por se tratar de inspiradas ‘Epístolas’, devia pensar-se em que, primeiramente, foram cartas, chamando-se depois epístolas, quando se incluíram no Cânon, e como cartas tinham um lugar marcado na sua relação com a vida e ministério de S. Paulo. A sua ordem cronológica é, realmente, de grande importância para inteira compreensão de cada uma das epístolas e pode ser determinado com mais ou menos certeza, este agrupamento: Segunda viagem missionária: (Gálatas), 1 e 2 aos Tessalonicenses. Terceira viagem missionária: (Gálatas), 1 e 2 aos Coríntios (Gálatas), Romanos. Quando Paulo estava na prisão: Epístolas aos Efésios, aos Colossenses, e a Filemom – Epístola aos Filipenses. Depois da (primeira) Prisão: Epístolas a Tito – 1 Timóteo – 2 Timóteo. A literatura do N.T. compreende, então, os quatro Evangelhos, ou uma narrativa da vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo – a história da igreja primitiva, tratando de um modo especial da obra de S. Paulo, uma coleção de vinte e uma Epístolas Apostólicas – e o Apocalipse. Estes escritos constituem, de fato, o Cânon do N.T.

  • canonização

    Processo que levou ao reconhecimento dos livros que compõem a Bíblia como realmente inspirados por Deus.

  • cantares

    CÂNTiCoS DE SALoMÃo. o assunto deste Cântico é a mútua afeição e ternuras entre esposo e esposa. Tem sido objeto de muita discussão saber quem é o autor e quando foi escrito. A voz universal da antigüidade atribui o livro a Salomão, e a prova interna mostra conformidade com o tempo e a vida desse rei. Esteve sempre no Cânon mas não é citado no N.T. Temos de considerar Cantares de Salomão como uma bela manifestação dos sentimentos amorosos, que o Criador implantou na nossa alma . Mais do que isto, porém, devemos ainda dizer. As afetuosas relações entre o homem e sua mulher são referidas em muitas passagens das Escrituras para demonstrar a união entre Jeová e o Seu povo escolhido. Nesta conformidade, os judeus sempre compreenderam os Cantares de Salomão num sentido figurativo. Do mesmo modo os comentadores cristãos de todos os tempos têm considerado este poema como uma expressiva pintura de amor que existe entre o Salvador e Sua igreja, descrevendo convenientemente a fidelidade e perpetuidade da sua união. E, quando a esta luz se vê o poema, parece, então, ser uma valiosa percepção da verdade divina. É, certamente, no objeto geral do poema que devemos procurar a sua significação mística. De maneira alguma devemos tentar a interpretação simbólica de todas as pequenas circunstâncias mencionadas. o poema Cantares de Salomão acha-se na forma de diálogo: os principais interlocutores são o rei Salomão e a sua noiva, havendo, também, um coro de virgens, e manifestando-se outros espectadores. As partes do poema podem considerar-se da seguinte maneira: l. introdução, fazendo conhecer o mútuo amor do noivo e da noiva (termina esta parte em 2.7) – 2. A visita do noivo e o sonho da noiva (termina em 3.5) – 3. os desponsórios reais (acabam em 5.1) – 4. Um sonho de afastamento e tristeza, seguindo-se uma renovação de amor (o fim desta cena é em 6.9) – 5. Alegria do amor conjugal (acaba a cena em 8.4) – 6. o noivo visita a casa da Sulamita e há, então, uma feliz revista dos tempos passados (termina em 8.14). Como geralmente acontecia nos antigos poemas, não há alíneas no Cântico que indiquem a mudança de cena e de personagens. Conhecem-se essas mudanças em parte pelo sentido, mas principalmente pelo uso no original dos pronomes do gênero masculino ou feminino, da segunda ou terceira pessoa. Quando não se observa esta distinção nas traduções, o poema fica obscuro. Todavia, em algumas edições da Bíblia, acham-se indicadas as diferentes cenas e personagens.

  • cântaro

    Jarro ou vaso grande para guardar líquidos.

  • canto do campo

    Segundo a Lei, o canto dos campos não devia ser completamente ceifado, pois isso fazia parte da provisão para os pobres (Lv 19.9). os constantes queixumes dos profetas com respeito a serem defraudados os pobres (is 10.2 – Am 5.11 – 8.6) parecem mostrar que essa disposição da Lei tinha perdido a sua força na prática. Aos hebreus era proibido cortar os ‘cantos’, isto é, as extremidades do cabelo e das suíças em volta das orelhas (Lv 19.27 – 21.5).

  • canzil

    Canil; cada um dos paus presos aos tirantes ou por baixo da canga, entre os quais se meteo pescoço do boi ou do cavalo.

  • cão

    1. Um dos filhos de Noé, talvez o mais novo (Gn 5.32). É possível que o nome signifique crestado ou preto, sendo esta qualidade peculiar aos povos tidos como seus descendentes, por Cuxe seu filho mais velho – e esses povos são: os assírios, os babilônios, os cananeus, os sidônios, os egípcios, e os líbios (Gn 10.6). os descendentes de Cão, em geral foram, muitas vezes, uma raça marítima, e mais depressa podiam ser civilizados do que os seus irmãos pastores das outras duas famílias. os primeiros grandes impérios da Assíria e do Egito foram fundados por ele – e muito cedo as repúblicas de Tiro, Sidom e Cartago se distinguiram pelo comércio desse povo. Mas também mais depressa viram a sua decadência. o Egito, que era uma das primeiras nações, tornou-se a última e ‘o mais humilde dos reinos’ (Ez 29.15), tendo estado sucessivamente sujeito aos descendentes de Sem e de Jafé e o mesmo acontecendo com outros ramos da descendência de Cão. Na referência que se faz em Sl. 78.51 e 105.23 à ‘terra de Cão’, o país assim designado é o Egito. Em 1 Cr 4.40 a significação é talvez a dos antigos cananeus. (*veja Cuxe, Canaã, Mizraim.) 2. Quente: Sitio da vitória de Quedorlaomer sobre os zuzins (Gn 14.5).

  • capacete

    o capacete que os israelitas usavam era na forma de uma carapuça com peças que cobriam as orelhas e o pescoço. Era de bronze ou metal amarelo. os capacetes que Uzias forneceu ao seu grande exército (2 Cr 26.14), eram do mesmo metal, bem como os de Saul e Golias (1 Sm 17.5,38). Estes capacetes de bronze eram usados somente pelos principais guerreiros, sendo o simples soldado, segundo parece, provido de carapuças enchumaçadas, com hastes de metal, ou então de barretes feitos de feltro ou de couro. os heteus usavam capacetes mais largos para cima, do que os usados comumente, ao passo que os oficiais da Assíria os usavam altos e em ponta.

  • capadócia

    Província oriental da Ásia Menor, limitada ao sul e oriente pela cordilheira do Tauro, e pela corrente superior do Eufrates. Nos tempos primitivos estendia-se mais para o Norte, até ao mar Negro – mas, no tempo dos apóstolos, achava-se dividida em duas províncias romanas, Ponto e Capadócia, achando-se esta perto do monte Tauro. É uma região elevada e plana, cortada por cadeias de montanhas, famosa pelos seus pastos para criação de gado, sendo, também, rica em searas. A sua metrópole era Cesaréia, situada perto do monte Argeu, a mais alta montanha da Ásia Menor. Alguns judeus da Capadócia achavam-se em Jerusalém entre os ouvintes do primeiro sermão de Pedro (At 2.9) – e alguns dos cristãos ali residentes pertenciam ao número dos leitores da sua primeira epístola (1 Pe 1.1).

  • capitéis

    Coroamento do fuste (tronco da coluna entre a base e o capitel) de uma coluna

  • capitel

    Coroamento do fuste (haste, cabo) duma coluna

  • caráter

    Do Latin character e do Grego charaktér
    Cunho especial que distingue as coisas entre si; marca; impressão; índole; resolução; firmeza; propriedade; expressão ajustada; natureza; sentimentos; feitio moral.

    Em psicologia, “o conjunto de qualidades e atitudes que configuram o modo de ser de uma pessoa”. Ao próprio do temperamento, que são as disposições herdadas, acrescenta as características adquiridas.

  • caravançará

    Grande abrigo, para hospedagem gratuita de caravanas, e que de ordinário consta de quatro pavilhões em volta de um pátio.

  • carbunculo

    pedra preciosa

  • carca

    terreno profundo

  • carcás

    águia

  • carcor

    terreno mole e plano

  • cardo

    Planta espinhosa

  • caréa

    calvo

  • carecer

    Não ter, não possuir

  • caridade

    amor ao próximo, benevolência, bondade, compaixão, esmola, beneficência.

  • carina

    Aquela que tem graça, delicadeza

  • carine

    Querida, amada

  • carla

    Fazendeira, viril

  • carlo

    Fazendeiro, viril

  • carlos

    Fazendeiro, viril

  • carmelo

    Lugar bem coberto de vegetação l. Uma montanha que nos fornece notável e característica feição de Canaã. Entra no mar Mediterrâneo formando um grande promontório, e estende-se pela terra dentro, quase em linha reta, numa distância de mais de 19 km. para o sueste, terminando repentinamente num despenhadeiro. Forma como que uma barreira entre a planície marítima de Sarom ao sul e as terras interiores de Esdrelom ao norte. o monte Carmelo é formado de pedra calcária dura, abundante em cavernas. Na montanha são, por vezes, encontradas pedras redondas, conhecidas pelo nome de ‘melões de Elias’. São, realmente, o que os geólogos chamam ‘geodos’. o carmelo acha-se ainda revestido daquela excelente vegetação que sugeriu aos profetas algumas das suas favoritas ilustrações (is 33.9 – Mq 7.14). o carmelo coube à tribo de Aser (Js 19.26) – e o rei de ‘Jacanã, ou Jocneão do Carmelo’ era um dos chefes cananeus, que foram derrotados por Josué (12.22). o monte Carmelo é, para nós, muito interessante pela sua conexão com a história dos dois grandes profetas de israel – Elias e Eliseu. Foi ali que Elias desconcertou os profetas de Baal, levando de novo o povo de israel à obediência ao Senhor. Deu-se este acontecimento na extremidade oriental da cordilheira. Deste sítio devia ser distintamente visível a cidade de Jezreel onde estavam o palácio de Acabe e o templo de Jezabel. E na base da montanha claramente se via o tortuoso leito do Quisom. Depois da mortandade subiu Elias ao cume do Carmelo, ali orando pela desejada chuva (1 Rs 18.17 a 46). Foi, também, no monte Carmelo que Elias fez descer fogo do céu, que consumiu por duas vezes os cinqüenta soldados com o seu capitão, que o rei Acazias tinha mandado ali para prender o profeta, em virtude de ter este feito parar os seus mensageiros que iam consultar Baal-Zebube, deus de Ecrom (2 Rs l.9 a 15). Depois de Elias ser elevado ao céu, foi Eliseu ao monte Carmelo, mas somente uma vez – recebeu ali a sunamita, aquela consternada mãe, cujo filho lhe foi restituído vivo (2 Rs 4.25). 2. Cidade na região montanhosa de Judá (Js 15.55), e que nos é familiar por ter sido a residência de Nabal (1 Sm 25) e a terra natal da predileta esposa de Davi, a carmelita Abigail (1 Sm 27.3 – 1 Cr 3.1). Foi este, sem duvida, o lugar, onde Saul levantou um monumento depois de ter alcançado vitória na batalha com os amalequitas (1 Sm 15.12). Ali, também, o rei Uzias tinha as suas vinhas (2 Cr 26.10). As ruínas da cidade, que hoje se chama Curmul, estão 16 km. abaixo de Hebrom. Entre elas são notáveis um castelo com grande fortaleza e um grande e belo reservatório.

  • carmem

    Poema, versos, poesia

  • carmen

    Poema, versos, poesia

  • carmesim

    ’Ainda que os vossos pecados são como a escarlate… – ainda que são vermelhos como carmesim…’ (is 1.18). A palavra carmesim refere-se à fêmea do inseto cochonilha, que se pega à azinheira da Síria. Quando viva, a ninfa é quase tão grande como o caroço da cereja, tendo uma cor escura de amaranto – mas quando está morta, torna-se tão pequena como um grão de trigo. Vê-se muito na Palestina, e ainda por vezes se usa para tingir. A escarlate provém do mesmo inseto, mas nem sempre são essas cores exatamente distintas.

  • carmi

    vinhateiro

  • carmo

    Religiosa

  • carne

    A palavra hebraica do A.T., basar, tem freqüentemente o sentido literal de carne, ou seja do homem ou de animal (Gn 2.21 – 9.4 – Lv 6.10 – Nm 11.13), e também significa todas as criaturas vivas (Gn 6.13,17) – além disso tem a significação especial de Humanidade, sugerindo algumas vezes quanto é grande a fraqueza do homem, posta em confronto com o poder de Deus (Sl 65.2 – 78.39). No N. T. a palavra sarx é empregada da mesma maneira (Mc 13.20 – 26.41 – Hb 2.14 – 1 Pe 1.24 – Ap 17.16) S. Paulo põe habitualmente em contraste a carne e o espírito – e faz a comparação entre aquela vida de inclinação à natureza carnal e a vida do crente guiado pelo Espírito (Rm 7.5, 25, 8.9 – Gl 5.17 – etc.). A frase ‘Carne e sangue’ (Mt 16.17 – Gl 1.16) é para fazer distinção entre Deus e o homem (*veja Alimento).

  • carol

    Fazendeira

  • carolina

    Fazendeira

  • caroline

    Fazendeira

  • carpo

    fruto, pulso

  • carquemis

    Cidade do norte da Síria, dominando a passagem do Eufrates, e era, por esse fato, objeto de contenda. Foi tomada por Faraó-Neco, e depois reconquistada por Nabucodonosor (2 Cr 35.20 – is 10.9 – e Jr 46.2). Em 1911 fizeram-se escavações no sitio da antiga Carquemis, Jerablus – mas, posto que alguns esclarecimentos se colheram desses trabalhos com respeito aos heteus, os resultados, em geral, não foram satisfatórios (*veja Heteus).

  • carranca

    Sombrio, fechado, carregado, com aspecto de mau humor.

  • carro

    Veículo puxado por bois (2 Sm 6.3), que deve distinguir-se dos carros de guerra, tirados por cavalos. Eram abertos, ou cobertos, e serviam para levar pessoas, cargas, ou produtos. Com efeito, ainda que a maneira comum de viajar no oriente seja em palanquim ou a cavalo, empregavam-se contudo, também os carros. Eram grosseiros veículos, em fortes rodas, puxados por bois. Segundo a sua representação nos monumentos, eram usados para levar os frutos dos campos, e transportar mulheres e crianças nas suas viagens. José mandou carros a fim de que seu pai e família fossem conduzidos, juntamente com os bens da casa, para o Egito (Gn 45.19, 21,27 – 46.5). Quando se celebrou a dedicação do tabernáculo, as ofertas dos ‘príncipes’, isto é, dos principais personagens, foram levadas em seis carros, sendo cada um puxado por uma junta de bois (Nm 7.3, 6, 7).

  • carro de guerra

    o poder militar de umanação era avaliado, principalmente, pelo número de carros de guerra que ela possuía. Até ao tempo de Davi, os israelitas poucos ou nenhum carro dessa espécie possuíam, mas o rei Salomão mantinha uma força de 1.400 carros, proveniente de um imposto sobre certas cidades (1 Rs 9.19 – 10.25). Há uma primitiva referência aos carros do Egito em Gn 41.43 e Êx 14.7: os carros armados de ferro, pertencentes aos cananeus, eram um sério obstáculo à ocupação da terra pelos israelitas (Js 17.16,18 – Jz 4.3,13). Como esses aparelhos bélicos podiam ser queimados (Js 11.9), eram, provavelmente, construídos de madeira, e tornavam-se mais resistentes com o ferro. Quando os judeus quiseram, também, ter carros seus, sem dúvida imitaram os modelos egípcios. o carro egípcio constava de uma armação de madeira semicircular com os seus lados direitos, pousando a parte de trás sobre o eixo de duas rodas – tinha um parapeito de madeira ou de marfim, preso à armação por tiras de couro, achando-se na frente uma peça perpendicular de madeira. o pavimento do carro era feito de cordas em forma de rede, certamente para oferecer um ponto de apoio mais elástico aos ocupastes. Subia-se para o carro pela parte de trás, que era aberta, sendo os lados fortalecidos com guarnições de couro e metal. Ajustada ao lado direito, e atravessada em diagonal, estava a caixa dos arcos, e, tomando uma direção inclinada para cima, a aljava e o estojo das lanças. Se duas pessoas estavam no carro havia outra caixa de arcos. Cada uma das duas rodas tinha seis raios. Não havia tirantes – uma correia achava-se segura a um gancho, e as rédeas passavam por argolas, que estavam de cada lado dos dois cavalos. o condutor permanecia do lado direito, e quando despedia a seta tinha o chicote pendurado no pulso. Nalgumas esculturas está o rei só, no seu carro, com as rédeas postas em volta do corpo, podendo, desta forma, arremessar os dardos com as mãos sem estorvo algum. Geralmente eram duas as pessoas, e, também, às vezes três, as que eram levadas sobre o carro, segurando a terceira a umbela de honra. Um segundo carro era costume seguir o rei na batalha, para ser usado em caso de necessidade. os carros de guerra assírios e persas eram muito semelhantes aos do Egito. os monarcas judeus que caíram na idolatria fizeram oferecimentos de carros e cavalos ao deus do Sol (2 Rs 23.11).

  • carsena

    presa da guerra

  • cartá

    cidade

  • carvalho

    Há, na Síria, umas nove espécies de carvalho, e quase outras tantas variedades. Quando a terra foi colonizada pelos cananeus, era, provavelmente, a Palestina ocidental tão rica de montados, como o é hoje a Palestina oriental. Alguns carvalhos são sempre viçosos, mas outros são precoces, deixando cair as suas folhas no outono. É esta uma clara distinção que seria feita mesmo numa idade não científica. Que era esse o caso entre os antigos hebreus, depreende-se de duas passagens de isaías: ‘sereis como o carvalho, cujas folhas murcham’ (1.30) – e ‘Como terebinto e como carvalho, dos quais, depois de derrubados, ainda fica o toco’ (6.13). o carvalho de folhas persistentes acha-se representado na Palestina principalmente pelo carvalho de Quermes, do qual há exemplares de uma circunferência de 6,5 a 8 metros. outra abundante espécie é a Valônia do Levante, isto é o carvalho decíduo de cúpula espinhosa: empregam-se as suas bolotas no curtimento de peles, mas os árabes servem-se delas como alimento. o carvalho é o símbolo da força: ‘(o amorreu) era forte como os carvalhos’ (Am 2.9). os ídolos eram, algumas vezes, feitos de carvalho (is 44.14,15), bem como os remos dos barcos da Síria (Ez 27.6).

  • cãs

    Cabelos brancos

  • casa

    No sentido mais lato da palavra “baytith” emprega-se para significar qualquer habitação, fixa, ou mutável. Pode ter-se derivado de uma raiz que significa passar a noite. Também o tabernáculo de Deus, embora tenha sido apenas uma tenda, é, algumas vezes, chamado a casa, a residência de Deus. Pouca mudança tem havido no sistema de edificar casas no oriente. As ruas das cidades são geralmente estreitas, tendo, por vezes de um e de outro lado uma carreira de lojas. Por detrás destas estão as habitações. Se entrarmos numa das principais casas, passaremos, primeiramente, por um corredor, onde se vêem bancos de cada lado, e é ali que o senhor da casa recebe qualquer indivíduo, quando quer tratar dos seus negócios, sendo a poucas pessoas permitido passar adiante. Para além desta entrada, o privilegiado visitante é recebido no pátio, ou quadrângulo, que geralmente é pavimentado de mármore ou outra substância dura, e não tem cobertura. Este pátio dá luz e ar a vários compartimentos que têm portas para aquele quadrângulo. Com o fim de receber hóspedes, é o pavimento coberto de esteiras ou tapetes – e visto como estão seguros contra qualquer interrupção de fora, é o lugar mais próprio para recepções e diversões. o pátio é, geralmente, rodeado de um claustro, sobre o qual, quando acontece ter a casa mais de um andar, é levantada uma galeria para cada andar nas mesmas dimensões que o claustro, tendo uma balaustrada para impedir o povo de cair. As janelas que deitam para a rua são pequenas e altamente colocadas, sendo fechadas por meio de um sistema de tábuas furadas e esculpidas em vez de vidro. Deste modo fica oculto o morador, podendo, contudo, obter uma vista do que se passa fora. Todavia, as janelas dos andares superiores são, freqüentemente, de considerável grandeza, e construídas numa saliência para fora da parede da casa. Foi esta a espécie da janela pela qual foi atirada Jezabel por mandado de Jeú. Nas casas dos ricos a parte mais baixa das paredes é adornada de tapeçarias de veludo ou damasco, suspensas em ganchos, podendo esses ornamentos subir ou descer segundo se quer (Et 1.6). A parte superior das paredes é adornada de um modo mais permanente, ao passo que os tetos são, algumas vezes, feitos de madeira preciosa e odorífera (Jr 22.14). os sobrados destes esplêndidos quartos são cobertos de lajes pintadas, ou de pedra mármore. Algumas vezes eram feitos de estuque, coberto de ricos tapetes. Em todos os casos, os quartos de mulheres estão separados, embora a separação não fossem outros tempos tão estrita como é hoje entre os hebreus. Nas casas de certa pretensão havia um quarto para hóspedes. o telhado das casas orientais é quase sempre plano. Compõe-se de vigas de madeira, cobertas de pedra ou argamassa, para proteger os moradores contra o sol e as chuvas, e também, para lhes proporcionar um sítio muito agradável ao ar livre quando está bom o tempo. Em volta deste telhado há um parapeito, não muito alto, para segurança das pessoas (Dt 22.8). Na Palestina o povo dorme nos terraços da casa, durante o tempo de mais calor, em caramanchões feitos de ramos ou de junco (Ne 8.16). o quarto dos hóspedes é, algumas vezes, construído sobre o telhado, e como para este se sobe por uma escada exterior, pode o hóspede entrar ou sair sem comunicar-se com a família. Várias ocupações domésticas são efetuadas nestes lugares altos da casa, como estender a roupa para secar, e espalhar figos, uvas, etc., para se fazer passas. E algumas vezes também foram usados estes lugares para o culto idolátrico (2 Rs 23.12 – Jr 32.29). As tendas, usadas durante a Festa do Tabernáculo, eram levantadas sobre telhados planos, que eram também escolhidos para os moradores se lamentarem em ocasião de grande aflição. os fogões não existem nas casas orientais, mas a família serve-se de braseiros, acontecendo, também, acenderem o lume no pátio aberto. Todavia, a cozinha tinha uma elevação feita de tijolo, com cavidades, em que se fazia a necessária fogueira. Havia os lugares para cozinhar, aos quais se refere Ez 46.23. Além dos caramanchões para uso no verão, havia, também, compartimentos especialmente protegidos, que se usavam no tempo frio. As casas dos pobres no oriente são construções muito fracas, sendo as paredes feitas de barro, canas e junco (*veja Jó 4.19). Pode o ladrão penetrar facilmente dentro destas habitações (Jó 24.16 – Mt 24.43). Algumas vezes estas moradas de barro, e mesmo de tijolo, constavam de uma sala somente, sendo ainda uma parte dela separada para o gado. o exterior de todas as casas, tanto dos ricos como dos pobres, apresenta uma fraca aparência. Nada mais se observa, geralmente, do que uma nua parede branca, com pequenas janelas, gelosias e uma simples porta. (*veja Tenda, Tabernáculo, Cabana.)

  • casa do tesouro

    Conta a história de um grupo de cegos que tentou descrever como era um elefante. Um deles após apalpar o lado musculoso do elefante, chegou à conclusão que ele era como um muro. O segundo cego após tocar nas pernas grossas e roliças, protestou dizendo: “Não, o elefante tem uma forma diferente. Ele se parece com uma coluna.” O terceiro abordou o elefante de outra forma. Após apalpar a tromba, disse: “Vocês dois estão enganados, o elefante se parece com uma grande cobra.” E, assim cada um dos seis teve uma concepção diferente do mesmo elefante.

    As vezes por desinformação ou por conhecerem apenas uma parte da verdade algumas pessoas agem como estes cegos, enfatizando um aspecto das coisas em detrimento de outros.

    Heresia não é apenas uma doutrina errada, mas pode ser também um assunto ou doutrina em que apenas é enfatizado apenas um lado. Um dos exemplos desta distorção é a interpretação de Malaquias 3:10 que diz: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes.”

    A expressão “Casa do Tesouro” tem em nossos dias sido interpretada como sendo a igreja local e onde os dízimos e ofertas devem ser administrados e distribuídos.

    Mas, o que realmente quer dizer a expressão “Casa do Tesouro”, onde Deus pediu para os israelitas trazerem os seus dízimos e ofertas? Estaria o texto de Malaquias discutindo ou aprovando uma prática congregacionalista de governo eclesiástico?

    Vale lembrar que no congregacionalismo a igreja local é quem administra o dinheiro doado pelos membros. Então seria o congregacionalismo, segundo este texto, a melhor forma de governo? Estaria o sistema democrático representativo contrário ao texto de Malaquias 3:10?

    Bem, em primeiro lugar temos que compreender o que significava a expressão “Casa do Tesouro”.

    Quando Salomão construiu o templo, várias salas ou câmaras foram construídas para diversos fins. (I Reis 6:5) Estas dependências, por exemplo, eram usadas como abrigo para os cantores que apresentariam suas músicas (Ezequiel 40:44). Os guardas ocupavam uma destas salas(I Reis 14:28) Em uma ocasião uma delas foi usada como esconderijo para Joás (II Reis 11:2 e 3)

    Uma destas salas era usada como o lugar onde o dízimo que não era composto apenas de moedas, mas também de produtos agrícolas era entregue e guardado. Neemias usa a expressão “Casa do Tesouro” para falar de uma destas câmaras ou salas onde eram depositados os dízimos (ver Neemias 10:38)). Uma espécie de tesouraria do templo. Portanto, “Casa do Tesouro” é uma expressão para designar primariamente o lugar (ou espaço) onde o dízimo deveria ser guardado.

    Inclusive a KJV, a famosa King James Version traduziu a expressão de Malaquias 3 como celeiro ou lugar onde cereais eram depositados, já que grande parte dos dízimos vinha em grãos. É bom que se diga que o autor não está discutindo quem deveria administrar o dízimo pois sobre isto Deus já havia falado e instruído o povo.

    Levar à “Casa do Tesouro” significa devolver o dízimo no lugar designado, ou seja, a igreja da qual a pessoa é membro ou freqüenta. Mas, a questão crucial de nossos dias não é esta. Todos sabem onde levar o dízimo. A grande pergunta é: Quem deve administrar este dinheiro?

    Precipitadamente alguns tem dito que a expressão “Casa do Tesouro” indica que a igreja local deve administrar os recursos do dízimo. Na prática, porém, os que defendem esta aplicação do texto não estão fazendo isto.

    Quando dão o dízimo eles mesmos administram dentro do seu ponto de vista, e sequer consultam a igreja local.

    Temos que voltar à Bíblia para entender a questão da distribuição do dízimo.

    Em Gênesis 14:20 lemos que Abraão entregou o dízimo a Melquisedeque que era não apenas um rei, mas também sacerdote do Senhor. O ato de Abraão revela que o receptor do dízimo deve ser alguém separado por Deus para uma tarefa santa. Abraão obedeceu (e note bem, ele poderia usar o dízimo para o que quisesse, mas não o fez. Ele cria no plano de Deus) e deu o dízimo a quem de direito.

    No sistema israelita Deus estabeleceu regras ainda mais claras a respeito do dízimo. O dízimo foi dado aos levitas como herança e deveria ser administrado por eles(Números 18:21 a 32). Tanto é que o doador não podia manipular a décima parte. A pessoa não devia separar o bom do defeituoso ou fazer qualquer substituição (Levítico 27:33). Por exemplo em um rebanho o décimo animal que passasse sob o cajado do pastor pertencia ao Senhor, não importando a sua condição. O israelita também não dava seus dízimos e ofertas para simplesmente “pagar” o salário dos levitas. O dízimo era na verdade não oferta para os levitas, “mas para o Senhor” (Números 18:26)

    Esta verdade é reforçada em Malaquias 3:8 quando Deus diz: “… vós me roubais”. O roubo não é contra os levitas ou sacerdotes, mas contra Deus.

    Tendo isto como base, o dízimo era uma oferta para o Senhor a qual Ele deu para o sustento e administração dos levitas e do sacerdócio. E um aspecto que tem sido ignorado é que este ministério levítico era global, ou uma corporação. Não eram células isoladas (congregações independentes) mas um corpo. O centro administrativo da religião de Israel estava no templo. Eles eram o que hoje chamamos de administração da igreja. Esta centralização no templo permitia que dali saísse o sustento necessário para os homens que faziam a obra de Deus naquela época.

    Ninguém trabalhava independentemente do todo. Reiteradas vezes o Velho Testamento fala de Israel como um povo. Então, surge uma dúvida… E, o Novo Testamento conceberia uma idéia da igreja local administrar todos os recursos do Senhor?

    Os advogados do congregacionalismo defendem que o sistema de governo do Novo Testamento é congregacional. Uma leitura atenta do texto bíblico nos permite ver que as coisas não são bem assim. Considerando que a igreja ainda estava iniciando, e portanto alguns passos na organização ainda deviam ser dados; vamos tomar 2 exemplos: O concílio de Jerusalém é o primeiro deles (Atos 15). Neste concílio as decisões não foram tomadas por uma pessoa ou congregação local , mas por representantes da igreja, que neste caso eram os apóstolos e os anciãos (Atos 15:6). Temos aqui um caso semelhante ao sistema de democracia representativa. O concílio de Jerusalém reflete que as tomadas de decisão foram feitas por uma liderança internacional e interdistrital. (comparar Atos 15:6 com Atos 16:4 e 5)

    O outro exemplo é o do apóstolo Paulo, um evangelista e plantador de igrejas em várias cidades. Ele sempre que podia voltava àquelas congregações ou deixava alguém para trabalhar ali sob a sua supervisão. Havia entre estes líderes e igrejas um trabalho harmônico.

    Paulo era uma espécie de presidente de campo. As igrejas não decidiam tudo sozinhas. Mesmo empiricamente se percebe que havia uma organização central que dirigia a obra naquela região do mundo.(Tito 1:5, II Timóteo 4:5, Tito 2:15)

    Em I Coríntios 16: 1 a 3 temos o desafio de Paulo para que os membros da igreja separem suas ofertas para os pobres da Judéia. Ele pessoalmente passaria para pegar este dinheiro e usá-lo para atender necessidades.

    Os que questionam a distribuição e administração dos dízimos pela Associação (por exemplo) tem grande dificuldade com este texto. Por que Paulo não deixou que cada igreja administrasse este dinheiro? Uma pergunta para pensar…

    É claro que as igrejas locais devem ter dinheiro para fazer face às suas despesas. Mas, deveriam elas usar todo o dinheiro e esquecer da missão mundial que a igreja tem?

    A RAIZ DO PROBLEMA

    Na verdade, a raiz do problema de alguns não é teológica, mas pessoal e às vezes administrativa.

    Os que defendem a idéia de que a igreja local ou eles mesmos devam administrar e distribuir todo o dízimo estão amparados muito mais em idéias pessoais e textos distorcidos do que no “Assim diz o Senhor”.

    Alguns trazem uma certa revolta por causa do erro de um ou outro pastor ou administrador, e então tentam fazer a Bíblia concordar com suas idéias pessoais. Não podemos misturar as coisas. Se alguém na organização erra na aplicação do dízimo deve ser corrigido e deve arcar com as conseqüências. Mas, jamais devemos usar este precedente para desistimular a devolução da parte pertencente a Deus e que deve ser usada no ministério evangélico.

    O sistema representativo é o mais justo e equilibrado, pois permite à igreja pensar de forma global nas necessidades da pregação do evangelho. Às vezes temos a tendência egoísta de olharmos apenas para nossa congregação e nos esquecemos que o Novo Testamento concebe a igreja como um corpo (I Coríntios 12:13). E como um corpo ela deve ser dirigida. Primeiramente por Cristo e depois pelos homens e mulheres que ele escolheu.

    Aqueles que tem dúvidas sobre a eficácia deste método deveriam conhecer um pouco mais sobre os problemas de igrejas congregacionais, e verão que a crítica feita ao sistema representativa na maioria das vezes é infundada. Todavia se há algum desvio na igreja ele deve ser corrigido conforme manda a palavra de Deus.

    Com amor, mansidão e de acordo com o Espírito de Cristo é que as coisas se resolvem (Gálatas 6:1 a 4).

  • casaias

    hebraico: canela

  • casamento (cerimônias do)

    o conhecimento das cerimônias relacionadas com os atos nupciais no oriente é essencial para a compreensão de várias passagens da Escritura. os esponsais realizam-se festivamente, com muita alegria, e então é permitido aos dois que conversem, tornando-se, assim, mais conhecidos um do outro. Mas, por espaço de alguns dias, antes do casamento, eles fecham-se nas suas respectivas casas, recebendo, então, o noivo e a noiva as visitas de amizade. os companheiros do noivo acham-se expressamente mencionados na história de Sansão – também são indicadas as companheiras da noiva em Jz 14. 10 a 18 e Sl 45.9,14,15. As amigas e companheiras da noiva cantavam o Epitalâmio, ou cântico nupcial, à porta da noiva, à tarde, antes do casamento. os convidados das duas partes são chamados ‘filhos das bodas’, sendo isto um fato que lança muita luz sobre as palavras de Jesus Cristo: ‘Podem acaso estar tristes os convidados para o casamento, enquanto o noivo está com eles?’ (Mt 9.15) o noivo parte de tarde a reclamar a sua noiva, a hora já avançada, acompanhado de um certo número de amigos – e todos em procissão levam tochas e lâmpadas, indo adiante, geralmente, uma banda musical. Nenhuma pessoa pode juntar-se ao cortejo, sem alguma espécie de luz. As luzes que se levam nessas procissões são chamadas meshals. Estopa ou farrapos de linho são muito torcidos e metidos em certos vasos de metal, no topo de um varapau. Doutras vezes a lâmpada ou a tocha vai em uma das mãos, ao passo que a outra segura um vaso de azeite, havendo o cuidado, de quando em quando, de deitar azeite na candeia para conservar acesa em todo o trajeto (Mt 25.1 a 8). Depois da cerimônia e bênção do casamento, são conduzidos o noivo e a noiva com grande pompa à sua nova casa. A procissão assemelha-se, em todos os seus principais aspectos, à do noivo que vem buscar a sua noiva. o episódio da ‘veste nupcial’ baseia-se no fato de que era costume aparecerem as pessoas nas festas do casamento com ricos vestidos. Havia um guarda-roupa, do qual, podia servir-se todo aquele que não estava devidamente provido de veste nupcial. Se o casamento era entre pessoas de alta estirpe, recebia cada convidado uma magnífica vestimenta. Estavam as vestes penduradas numa câmara por onde passavam os convidados, que se revestiam em honra do seu anfitrião antes de entrarem na sala do banquete. Ainda prevalece no oriente este costume: quando um homem rico faz uma festa, ordena uma espécie de pelica, para vestir sobre a sua roupa.

  • casamento, noiva

    A instituição do casamento tem, segundo a Sagrada Escritura, a sua origem na criação (Gn 2.23,24), e assim é esse ato considerado por Jesus Cristo (Mt 19.4,5). As mais antigas memórias do casamento no A.T. mostram que eram os pais que combinavam a união (Gn 21.21 – 24), embora, algumas vezes, fosse pedido o acordo das partes contratantes (Gn 24.58). Na ocasião dos esponsais, era pago o preço, ou o dote (Gn 24.53 – 34.12). o pagamento era, algumas vezes, realizado por meio de serviços que deviam ser prestados (Gn 29.18, 27,28 – Js 15.16). o casamento era acompanhado de um festim (Gn 29.22 – Jz 14.10,12). Pelo espaço de um ano estava o recém-casado livre de ser chamado para a guerra, ou para ‘qualquer encargo’ (Dt 24.5 – Cp. com Lc 14.20). Sendo um fato que por lei era proibido o casamento dentro de certos graus de parentesco (Lv 18.6 a 18 – 20.11,12,17,19 a 21 – Dt 22.30 – 27.20,22,23), há, contudo, exemplos de casamentos entre parentes próximos (Gn 24.4 – 29.19). o casamento com irmã da esposa, ainda viva, era proibido (Lv 18.18). Com um fim particular era prescrito o casamento com a viúva do irmão falecido (Gn 38.8,11 – cp. com Mt 22.24). No princípio, as uniões matrimoniais eram formadas, tanto quanto possível, dentro da mesma família (Cp Gn 29.19 com Gn 27.43 e 28.5). Mais tarde foi proibido o casamento com mulheres cananéias, ou ainda com outras fora da família israelita. Uma exceção parece ter sido feita em favor dos edomitas e dos egípcios (Dt 23.7,8). Era, também, permitido o casamento com mulher aprisionada na guerra (Dt 21.10 a 14). José e Moisés casaram com mulheres que não eram hebréias (Gn 41.45 – Êx 2.21 – Nm 12.1). E pelo tempo adiante assim fizeram Davi, Salomão, Acabe e Manassés (2 Sm 3.3 – 1 Rs 11.1 – 1 Rs 16.31 – 1 Cr 7.14). A respeito das dificuldades ocasionadas pelos casamentos com mulheres pagãs, *veja (Ed 9 e 10, e Ne 13.23). o casamento do sumo sacerdote, dos sacerdotes, de uma herdeira, e de uma mulher divorciada estava sujeito a certas restrições(Lv 21.7,13,14 – Nm 36.5 a 9 – Dt 24.1 a 4). No N.T. refere-se Jesus Cristo ao casamento, como divinamente instituído, e indissolúvel – e se fora permitido o divórcio, isso se devia à ‘dureza do coração’ (Mt 5.31,32 – 19.9 – Mc 10.2 a 9). Ele honrou com a sua presença um casamento em Caná, e ali operou o Seu primeiro milagre (Jo 2.1 a 11). Contra o pensar dos ascetas, que pregavam a necessidade do celibato (1 Tm 4.3), o casamento é declarado ‘digno de honra’ (Hb 13.4). São avisados os membros da igreja a fazerem o seu casamento dentro da esfera cristã (1 Co 7.39 – 2 Co 6.14). o caso dos dois consortes, aceitando um a fé cristã, e permanecendo o outro fora do Cristianismo é tratado em 1 Co 7.12 a 16. As relações gerais e deveres de marido e mulher são assuntos considerados em 1 Co 11.3,8 a 12 – 14.35 – Ef 5.22 a 33 – Cl 3.18,19 – 1 Tm 2.11 a 15 – 1 Pe 3.1 a 7. (*veja Adultério, Poligamia, e o artigo seguinte.)

  • casede

    hebraico: aumento de prosperidade

  • caserim

    hebraico: região montanhosa

  • casfeu

    hebraico: confiança, ousadia

  • casfia

    hebraico: prata do Senhor

  • cashrut

    Conjunto de leis que regem a dieta judaica e que estão descritos na Torá.

  • casia

    hebraico: canela

  • casifia

    Um lugar na estrada, entre Babilônia e Jerusalém (Ed. 8. 17), residência de levitas e servidores do templo, que acompanharam Esdras, quando este sacerdote voltava de Babilônia.

  • casilia

    hebraico: prata do Senhor

  • casleium

    hebraico: fortificador

  • casluim

    hebraico: fortificado

  • cassandra

    Auxiliar do homem

  • cássia

    Um dos ingredientes do ‘óleo sagrado para a unção’ (Êx 30.24). Acha-se mencionada em conexão com a noiva real, em Sl 45.8: ‘Todas as tuas vestes recendem a mirra, aloés e cássia.’ Era artigo de comércio no mercado de Tiro (Ez 2l.19). A cássia, pequena planta, semelhante a um arbusto, é oriunda da Cochinchina e da Costa do Malabar. A cássia para mercadoria é a casca da árvore. o cheiro é mais penetrante e menos agradável do que o do cinamomo.

  • cassiana

    Justiça

  • cassiano

    Justiça

  • cassio

    Distinto, sábio, pobre

  • castas

    Os diferentes grupos de habitantes de um país que, por motivos religiosos, políticos, de nascimento, etc., constituem um conjunto fechado. A Índia é o país no qual o sistema de castas divide e estratifica mais profundamente as pessoas em classes superiores e inferiores, que praticam rígida endogamia (matrimônio dentro do grupo).

  • castiçal

    Candelabro sagrado, com sete braços, um dos símbolos do antigo templo judeu de Jerusalém.

  • castigo

    punição do culpado

  • castor

    grego: astro, constelação boreal ou deus estrela

  • casualidade

    Qualidade de casual; acaso, eventualidade.

  • casualmente

    Eventualmente, acidentalmente.

  • cata

    hebraico: cidade dupla

  • catadupa

    Cachoeira; catarata

  • catadupas

    espécie de cachoeira

  • catadura

    Semblante; aspecto

  • catao

    Astuto, perspicaz

  • catarina

    Aquela que é pura, nobre e imaculada

  • catate

    pequena

  • categórico

    Claro, explícito, positivo.

  • cathia

    Aquela que é nobre, pura e imaculada

  • catia

    Aquela que é nobre, pura e imaculada

  • cativeiro

    Escravidão

  • cativeiro, cativeiros de israe

    Á. A origem destas calamidades vamos encontrá-la nos pecados dos governantes e do povo, e ainda nas alianças com os poderes pagãos. Peca, rei de israel, procurou o auxílio de Rezim, rei da Síria, contra Acaz, rei de Judá. Acaz, imitando a política do seu rival, pediu a Tiglate-Pileser (ou Pul), rei da Assíria, que viesse socorrê-lo. Este veio e castigou duramente os israelitas, levando para a Média as duas tribos e meia de além Jordão (Rúben, Gade, e a meia tribo de Manassés), e fazendo tributário o resto do pais. Dez anos mais tarde, oséias, rei de israel, apelou para Sô, rei do Egito, a fim de que este o auxiliasse a tirar de cima dos israelitas o peso do tributo, também fazendo parte da confederação Ezequias, rei de Judá. Esta revolta fez que Salmaneser, filho de Tiglate-Pileser, viesse com um grande exército atacar o reino de israel. Caiu Samaria em poder de Sargom, sucessor de Salmaneser, e foi o pais anexado ao império da Assíria. Foi este o segundo cativeiro de israel, que produziu a despovoação do país. Escapou Jerusalém, visto como o exército de Senaqueribe, filho de Sargom, foi miraculosamente destruído. os territórios conquistados aos israelitas foram depois, povoados por colonos vindos da região do Tigre e Eufrates (2 Rs 17.24). Estes colonos e os israelitas que tinham ficado na terra de israel uniram-se por casamentos recíprocos, tomando mais tarde o nome de samaritanos. Não se sabe o que foi feito das dez tribos. o reino de Judá foi, sucessivamente, tributário da Assíria, do Egito e da Babilônia. A revolta do rei Zedequias contra o império de Babilônia causou a vinda de Nabucodonosor contra Jerusalém, 587 a.C. Depois de um cerco de dezoito meses, foi a cidade tomada à meia-noite. A maior parte dos seus habitantes foram mortos, e a Zedequias lhe vazaram os olhos e lhe assassinaram os filhos, indo depois este rei carregado de cadeias para Babilônia. Nebuzaradã, general de Nabucodonosor, incendiou a cidade, destruiu o templo, e levou consigo os vasos sagrados, que ainda ali havia, e a maior parte dos judeus, ficando apenas alguma pobre gente para cultivar a terra. os judeus na Babilônia foram, desde o princípio, um povo separado dos outros, e em muitos lugares formaram distintas comunidades, com os seus anciãos e governo próprio. Eram tratados como colonos, e não como escravos. Podiam alcançar as mais altas posições do Estado, como Daniel, ou ocupar os lugares de maior confiança junto da pessoa do rei. A idolatria de que estavam cercados já não tinha atração alguma no seu meio – pelo contrário, despertou neles um forte antagonismo. o restaurador da nação judaica foi Ciro, o Grande, que conquistou Babilônia, e tornou-se célebre como fundador do império Persa. Ciro publicou um decreto, em virtude do qual os súditos dos Estados, que tinham sido conquistados pela Babilônia, podiam voltar aos seus países e restabelecer o seu culto. os resultados deste decreto e a história dos judeus desde esse fato até ao encerramento do cânon do Antigo Testamento acham-se nos livros históricos de Esdras, Neemias e Ester, e nas profecias de Ageu, Zacarias e Malaquias. Ciro decretou a reedificação do templo em 536 a.C. Pode-se dizer que foram cerca de 56.000 as pessoas que voltaram do exílio – mas quase todos aqueles judeus que tinham nascido em Babilônia ficaram neste país. Aqueles que conservaram as suas nacionais distinções nessas terras distantes formaram o importante ramo israelita, ou das tribos dispersas, conhecido pelo nome de Dispersão (Jo 7.35 – 1 Pe 1.1 – Tg 1.1). Estes judeus, habitando em terras pagãs, realizaram o grande propósito de propagar o conhecimento do verdadeiro Deus, e foi, também, por meio deles que os evangelistas da fé cristã começaram a evangelizar as doutrinas de Jesus Cristo. (*veja Ciro, Dispersão.)

  • cativo

    Prisioneiro

  • católico

    Do Latin catholicu < Gr. katholikós, universal Aquele que segue a religião de que o papa é chefe.

  • caudalosos

    Rios que correm águas em abundância

  • caue

    Um tipo de bebida tomada pelos indígenas

  • cáustico

    Que queima; cauterizador de tecidos

  • cauterizar

    Aplicar cautério a, queimar.

  • cavaco

    Lasca de madeira

  • cavalo

    As referências que se lêem nas Sagradas Escrituras dizem respeito ao cavalo de guerra, à exceção, talvez, da passagem de is 28.28, onde se mencionam cavalos para fazer a debulha do trigo. A bela descrição poética em Jó 39.19 a 25 aplica-se somente ao cavalo de guerra. os primitivos hebreus não tinham cavalos. Havia a proibição de multiplicá-los (Dt 17.16), e isso significava que não deviam procurar a sua salvação fazendo alianças com povos estrangeiros (is 31.1). os cananeus tinham carros, e portanto cavalos (Js 17.16) – e os carros ferrados constituíam bons elementos nas forças de Sísera (Jz 4.3). Quando Davi pôde subjugar Hadadezer, reservou para si alguns dos carros tomados e os seus respectivos cavalos (2 Sm 8.4) – mas foi Salomão o primeiro que, de um modo regular, estabeleceu a criação de cavalos e formou uma força de cavalaria. Tendo Salomão casado com uma das filhas de Faraó, do Egito lhe vieram muitos cavalos. Foi tão bem sucedido na criação de cavalos que chegou a ter 400 cavalariças, 40.000 cavalos e 12.000 cavaleiros (1 Rs 4.26 – 2 Cr 9.25). Quando os israelitas estavam dispostos a depositar demasiada confiança no auxilio da cavalaria, o profeta isaias (31.3) os admoestou: ‘Pois os egípcios são homens, e não Deus – os seus cavalos carne, e não espirito.’ Josias tirou os cavalos que os seus antecessores tinham consagrado ao Sol (2 Rs 23:11). o Sol era adorado nas terras do oriente, e representavam-no como movendo-se num carro puxado por cavalos. E na Pérsia eram estes animais sacrificados ao Sol. Pensa-se que os cavalos, retirados do pátio do templo por Josias, se destinavam a um fim semelhante. o freio dos cavalos é freqüentemente mencionado nas Escrituras (Sl 32.9), e não fazia grande diferença dos que atualmente são usados – sabe-se que os assírios decoravam os seus cavalos com campainhas e tapeçarias (Ez 27.20 – Zc 14.20). os romanos ferravam, algumas vezes, os seus cavalos com objetos apropriados de ferro ou de couro, que se prendiam aos pés. Ainda que, presentemente, se encontram cavalos em toda parte da Palestina, que se empregam para puxar carros, e para levar carga, contudo, em tempos antigos eram a mula, o burro e o camelo os animais de que faziam uso os que queriam viajar. As palavras em Zc 14.20 significam que mesmo os cavalos, o símbolo das coisas mundanas, seriam consagrados ao Senhor. (*veja Carro.)

  • caverna

    As rochas na Palestina, na suamaior parte calcárias, abundam em cavernas, muitas das quais têm sido alargadas pelas mãos do homem para servirem de abrigo e defesa. os pastores que vivem perto de Hebrom deixam, no verão, as suas aldeias e vão habitar em cavernas e ruínas a fim de estarem mais perto do campo e dos seus rebanhos. Quase todas as habitações de Gadara são cavernas. Grandes séries de cavernas existem em Eleuterópolis de Judá, e num lugar entre Belém e Hebrom. Ló habitou numa caverna depois da destruição de Sodoma (Gn 19.0). Abraão sepultou Sara, sua mulher, na caverna de Macpela (Gn 23.19). os cinco reis dos amorreus, quando eram perseguidos por Josué, refugiaram-se numa caverna, em Maquedá. Josué ordenou que grandes pedras fossem levadas para a boca da caverna e continuou a perseguir o inimigo. Quando a derrota foi completa, voltou à caverna, tirou de lá os reis, e mandou enforcá-los em cinco madeiros (Js 10.15 a 27). outras cavernas se acham mencionadas nas Sagradas Escrituras: a de Adulão, onde Davi e seus companheiros acharam refúgio (1 Sm 22.1 – 2 Sm 23.13 a 16) – a caverna de En-Gedi, onde Saul foi procurar Davi e os seus homens (1 Sm 24.1 e 8) – aquela em que obadias escondeu os profetas para não serem vítimas da fúria de Jezabel (1 Rs 18.4) – e a caverna em que Elias descansou depois da mortandade dos profetas de Baal no Monte Carmelo (1 Rs 19.9). Sob a categoria de caverna, podem também ser mencionadas as sepulturas de Lázaro e de Jesus Cristo (Mt 27.60 – Jo 11.38), e que tinham sido abertas em rocha. No tempo de Gideão, os israelitas, para não caírem nas mãos dos midianitas, refugiaram-se em cavernas, abundantes na região montanhosa de Manassés (Jz 6.2) – e nos primeiros tempos de Saul escaparam dos filisteus, procurando abrigo em covas. As cavidades naturais das rochas eram, freqüentes vezes, aproveitadas, transformando-se em cisternas de água, ou servindo de prisão (is 24.22 – Ez 32.23 – Zc 9.11). o solo rochoso de uma grande parte da Terra Santa quase não permite os sepultamentos, a não ser em cavidades naturais ou feitas na rocha. A habitação do demoníaco nos túmulos explica-se pelas muitas cavernas rochosas que existem perto do mar da Galiléia.

  • cazez

    tosquiador

  • cebola

    os israelitas lembravam-se das cebolas do Egito com grande desejo de comê-las (Nm 11.5) – elas são de um sabor mais doce do que as nossas. os orientais sempre foram muito apreciadores deste vegetal.

  • cecilia

    Ausência de visão, cega

  • cedar

    hebraico: homem moreno ou poderoso

  • cedemot

    hebraico: princípios antigos, ou lugares orientais

  • cedes

    hebraico: Santuário

  • cedma

    hebraico: para o oriente

  • cedmiel

    hebraico: eternidade de Deus

  • cedro

    o cedro-do-líbano pertence à família das Pináceas. o seu principal habitat é nas cordilheiras do Touro e do Líbano, sendo esta última o seu limite mais meridional. o tronco dos maiores exemplares, que desta árvore existem na floresta do Líbano, mede 15 metros de circunferência, sendo a sua altura de quase 30 metros. os poetas hebreus consideravam o cedro-do-líbano, como o símbolo do poder e da majestade, da grandeza e da beleza, da força e da permanência (is 2.13 – Ez 17.3,22,23 – 31.3 a 18 – Am 2.9 – Zc 11.1,2). o cedro, no seu firme e contínuo crescimento, é comparado ao progresso espiritual do homem justo (Sl 92.12). Nas suas florestas naturais, a madeira do cedro é de superior qualidade. o principal madeiramento do primeiro templo e dos palácios reais, como o de Davi (1 Cr 14.1) era de cedro, sendo este último edifício chamado ‘a Casa do Boaque do Líbano’ (1 Rs 7.2). o cedro tornou-se tão comum em Jerusalém durante o reinado de Salomão como a inferior madeira do sicômoro era em tempos anteriores (1 Rs 10.27 – 2 Cr 9.27 – Ct 1.17). os posteriores reis de Judá, os imperadores da Assíria tinham habitações igualmente feitas daquela preciosa madeira (Jr 22. 14,15 – Sf 2.14). os navios de Tiro tiveram os seus mastros feitos de troncos dos cedros-do-líbano (Ez 27.5). Foi ainda o Líbano que forneceu a madeira dos seus cedros para o segundo templo de Zorobabel (Ed 3.7), e para o de Herodes.

  • cedrom

    Escuro. É o nome de um ribeiro,cuja nascente está ao noroeste de Jerusalém, e desliza para o oriente pelo lado setentrional até à distância de 2,5 km – depois dá uma volta apertada para o sul passando entre a cidade e o monte das oliveiras – contrai-se, então, e desce rapidamente, sendo depois o seu leito profundo estreito e escuro, pelo qual só correm águas durante as grandes chuvas do inverno. Liga-se ao vale de Hinom em Bir-Ezube, 200 metros abaixo do seu ponto de partida, e dai segue, tomando a direção do sueste, até ao mar Morto. Foi atravessado por Davi, quando fugia de Absalão (2 Sm 15. 23) – e por Jesus Cristo, no seu caminho para o monte das oliveiras e para o jardim de Getsêmani (Jo 18.1). Nele se lançavam ídolos e outras impurezas (2 Rs 23.4,6, 12 – 2 Cr 29.16 – 30.14 – Jr 31.40). Hoje é vulgarmente conhecido por vale de Josafá. A palavra Cedrom é, segundo alguns escritores, o genitivo plural grego de cedro, significando ‘dos cedros’, e talvez seja corrupção popular pela semelhança no som com a palavra hebraica Kidron (escuro).

  • cefas

    Pedro

  • cefira

    hebraico: aldeia ou vila

  • cego, cegueira

    A cegueira é uma tristee freqüente manifestação em todos os povos do oriente. Causas físicas produzem esse mal, que a falta de cuidado e mau tratamento agravam. Era defeito que tornava qualquer homem inábil para o sacerdócio (Lv 21.18). Quem guiava mal o cego, fazendo-o errar o caminho, era amaldiçoado (Lv 19.14 – cp com Dt 27.18). Aponta-se como um dos castigos de apostasia (Dt 28.28). Era, também, miraculosamente infligida (Gn 19.11 – 2 Rs 6.18) – e foi uma forma cruel de vingança ou castigo (Jz 16.21 – 2 Rs 25.7). Duma maneira figurada, o ato de abrir os olhos aos cegos é anunciado pelo profeta isaias como uma das obras do Messias (29.18 – 35.5 – 42.7). No N.T. se acha indicado o predomínio da cegueira. os milagres que Jesus operou, abrindo os olhos aos cegos, chamaram, sem dúvida, especial atenção sobre o nosso Salvador (*veja Jo 10.21). Há, também, a cegueira espiritual com manifesta influência sobre o caráter (Jo 12.40 – 2 Co 4.4 – 2 Pe 1.9 – Ap 3.17).

  • cegonha

    A cegonha é uma ave de arribação, que chega à Palestina no fim de março. Voa de dia, de maneira que a sua elevação ‘no céu’ é manifesta a toda a gente (Jr 8.7). Era considerada ave imunda (Lv 11.19 – Dt 14.18). As penas das asas são pretas, num belo contraste com a restante plumagem, que é alvíssima. Tem-se imaginado que Jó se referiu a esta feição característica das cegonhas (39.13). As asas são grandes e fortes, com uma envergadura de 2 metros (Zc 5.9), podendo, assim, essas aves voar a grande altura, percorrendo longas distâncias.

  • ceia

    Havia apenas duas refeições por dia na vida de um oriental. A primeira era ao meio-dia, pouco mais ou menos (Gn 43.16 – 1 Rs 20.16 – Rt 2.14 – Lc 11.37 – 14.12). A segunda, chamada a ceia, constituía a principal refeição, e era a certa hora da tarde (Jz 19.21). A festa do cordeiro pascal era, também, celebrada a essa hora (Êx 16.12).

  • ceia do senhor

    Trata-se da ceia do Senhor de um modo distinto em cinco passagens do N.T. : nas três narrativas dos Evangelhos, quando se referem à sua instituição – em 1 Co 10 – e em 1 Co 11. os nomes pelos quais é conhecida esta ordenação no N.T. são: o ‘partir do pão’ (At 2.42), e a ‘ceia do Senhor’ (1 Co 11.20). Esta cerimônia foi instituída na véspera da morte de Jesus Cristo, e na presença dos Seus discípulos mais intimamente a Ele ligados, mostrando isto que só podiam tomar parte naquele ato os que já estavam instruídos nas doutrinas do Mestre, e não os que se andavam preparando para ser do número dos crentes. Há uma estreita conexão entre a ceia do Senhor e a morte de Cristo – e é essencial estudar todas as passagens que derramam luz sobre a Sua morte. Ele havia simbolizado antecipadamente a Sua morte em linguagem altamente metafórica (Jo cap. 6) e numa clara exposição a tinha anunciado (Mt 16.21), explicando que esse fato era ‘pela vida do mundo’ (Jo 6.51), pois ia ‘dar a sua vida em resgate por muitos’ (Mt 20.28). Foi em Cafarnaum, cerca de um ano antes da Sua crucifixão, que Cristo proferiu o Seu mais completo ensinamento a respeito da Sua morte (Jo 6). Duma maneira solene e enfática Ele afirmou que era o pão do céu para vida do mundo – e que era absolutamente necessário que cada um comesse a Sua carne e bebesse o Seu sangue para receber e conservar a vida eterna. E assim Ele ensinou a absoluta necessidade de participar da Sua morte para a posse da vida eterna. Este discurso em Cafarnaum foi principalmente dirigido a incrédulos, e a certos indivíduos que eram crentes de nome. Em vista da clara referência feita à Sua morte, vê-se logo a relação entre aquelas Suas palavras e a ceia do Senhor instituída na véspera da Sua paixão. Essa relação é a de ser uma verdade universal com particular aplicação – a ceia é um meio pelo qual os discípulos de Cristo podem apropriar a si mesmos o beneficio da Sua morte. Tanto o discurso como a ceia se referem à mesma coisa – a cruz. Vamos, agora, examinar nos seus pormenores a linguagem de Cristo na instituição da ceia. A instituição foi imediatamente depois da refeição da Páscoa. Tomou Jesus primeiramente o pão, e depois o cálice, bendizendo a Deus por um, e dando graças pelo outro. Com efeito, dirige a Deus louvores e dá-lhe graças. E no ato de partir o pão, disse Jesus: ‘Tomai, comei – isto é o meu corpo’, e quando tomou o cálice exprime-se deste modo: ‘isto é meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados’ (Mt 26.26,28). As palavras: ‘isto é meu corpo’ referem-se àquele pedaço de pão que Jesus deu a Seus discípulos – e estão elas em conformidade com as usadas pelos judeus por ocasião da sua Páscoa: ‘Este é o pão da aflição que os nossos antepassados comeram na terra do Egito.’ E por isso a frase de Jesus tem esta significação: ‘Este bocado de pão representa o Meu corpo, que é dado por vós.’ o termo ‘aliança’ traz à memória fatos e promessas do A.T., especialmente a nova aliança, anunciada por Jeremias (Jr 31.31 – Hb 8.7 a 13). ‘Em memória de mim’ (Lc 22.19) que dizer ‘para recordação’, sendo a lembrança do fato o fim primário e fundamental da instituição. E ‘fazei isto’ significa ‘praticai este ato’. Passando dos Evangelhos para as Epístolas, achamos um ou dois pontos adicionados às palavras da ceia na narração de S. Paulo. Em 1 Co 10.16 lemos ‘o cálice da bênção que abençoa-mos’, e isto quer dizer: ‘o cálice sobre o qual é pronunciada a bênção.’ No N.T. nunca a bênção se acha associada com as coisas como sendo o seu objeto, mas somente com Deus, como sendo Aquele, o Único Ser, a quem bendizemos e glorificamos. ‘A comunhão do corpo de Cristo’ significa a participação com outras pessoas do que é ‘comum’. Deste modo S. Paulo segue de um modo restrito a primitiva instituição, relacionando a ceia com a morte de Cristo. Note-se que o Apóstolo usa o termo ‘mesa’, e não ‘altar’, para a ceia do Senhor. Em 1 Co 11.26 há um pensamento adicional: ‘todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que Ele venha’. o Apóstolo avisa para que na Santa Ceia ninguém coma nem beba indignamente, isto é, que ninguém deixe de considerar a significação sagrada e solene do que o Senhor instituiu. Porquanto, quem de um modo indigno participa ‘será réu do corpo e do sangue do Senhor’, isto é, réu por profanar os meios divinos da nossa redenção, o próprio Senhor. Deve haver um determinado exame e discernimento – isto quer dizer que cada um deve discernir espiritualmente o fim sagrado e os desígnios do ato. São estas as passagens do N.T. que se referem à ceia do Senhor. Em todo o ensinamento da Sagrada Escritura se nota a extrema simplicidade da instituição – o lugar era uma casa e não um templo – as pessoas eram simples judeus – a hora era à tarde – as circunstâncias eram as de uma refeição social, fazendo ver uma família que se reunia por ocasião da Páscoa. A idéia fundamental da ordenação acha-se nestas palavras de Jesus: ‘Fazei isto em memória de mim.’ Recordamos o Salvador e o Seu sacrifício para o nosso bem. Mas o pão deve ser comido e o vinho deve ser bebido. isto quer dizer que não se trata simplesmente de uma lembrança, mas de uma aplicação a cada crente. Devemos, em nossos corações, ‘alimentar-nos dele por fé’, praticando o ato não em segredo e isoladamente, mas em companhia de outros, pois confessamos a nós próprios e aos que comungam conosco a nossa confiança no sacrifício expiatório de Cristo. Realizamos, então, a posse em comum de tudo o que o Calvário significa, manifestando igualmente a nossa unidade com Aquele que morreu na cruz (1 Co 10.17). Mais ainda: tanto Jesus como S. Paulo relacionam de um modo precioso aquele ato com o futuro, com o segundo advento – e nós proclamamos a Sua morte ‘até que Ele venha’. Desta forma a Santa Ceia envolve, simboliza e apresenta o Evangelho inteiro em miniatura, Cristo para nós, oferecido no Calvário – Cristo em nós, apropriado por fé – Cristo entre nós, sendo o nosso centro de unidade – Cristo vindo, como nosso Senhor e Rei. E assim a ceia do Senhor revela e exprime a ‘totalidade da sal

  • ceifa

    o tempo da ceifa começa em abrile acaba em princípios de junho. Medeia o espaço de três meses entre a semeadura e a primeira colheita, e um mês entre esta e a ceifa completa. A cevada tem já a espiga cheia em todo o território da Terra Santa, no começo de abril. E nos meados do mesmo mês começa a tornar-se loura, particularmente nos distritos do sul. Já então se acha tão amadurecida nos terrenos em volta de Jericó, como quinze dias mais tarde nas planícies de Acre. Faz-se a colheita até meados de sivã que é em fins de maio. os segadores na Palestina e na Síria fazem uso da foice para cortar o trigo quando o caule está em boas condições – mas quando pequeno, é costume arrancá-lo com as mãos pelas raízes. E fazem isto para que não se perca coisa alguma da palha, que serve para alimentação do gado. Há referência a esta prática no Sl 129.7. os ceifeiros vão para o campo, de manhã, muito cedo, e voltam de tarde para suas casas. Levam consigo os necessários provimentos, indo a água em cabaças ou em vasilhas de couro. Andam com eles na colheita os seus próprios filhos, ou outras pessoas, que vão apanhando tudo aquilo que, pela maneira descuidosa de ceifar, fica para trás. E sendo isto assim, é fácil compreender-se o caso de achar-se Rute no campo da ceifa. o direito dos respigadores estava assegurado pela lei positiva (Lv 19.9). Após a ceifa da cevada vinha a do trigo. Depois da colheita era o trigo debulhado e joeirado na eira. Em seguida depositava-se o trigo nos celeiros, e a palha servia de combustível, sendo muito empregada para aquecer os fornos de cozer pão.

  • ceila

    hebraico: fortaleza

  • celal

    hebraico: pouco estimado

  • célebre

    Famoso; notável

  • célere

    Com rapidez.

  • celeuma

    barulhos; gritos de protestos

  • celia

    Aquela que é sincera e verdadeira

  • celibato

    Estado de pessoa solteira. Aplica-se particularmente àqueles que reuniciam ao matrimônio por motivo de dedicação particular à vida e atividades religiosas: clero, religiosos.

  • celina

    Filha do céu

  • celita

    hebraico: congregação do Senhor

  • celon

    hebraico: em paz

  • cenáculo

    Sala onde se comia a ceia ou o jantar

  • cencreia

    grego: milhate

  • cenido

    hebraico: urtiga

  • cenopegica

    hebraico: festas das luzes, ou purificação

  • centurião

    Acham-se referências a ‘centurião’ em Mt 8.5 e 27.54, e freqüentemente nos Atos. Era o capitão de cem homens, entre os romanos. (*veja Exército.)

  • cepa

    Tronco

  • cepo

    tronco de madeira

  • cera

    Este termo é usado metaforicamente para designar qualquer coisa suave e que facilmente se amolga (Sl 22.14 – 68.2 – 97.5 – Mq 1.4).

  • cerca

    obra de pedra, ou de silvado, oude madeira, com que na Palestina os lavradores, ou os pastores, cercam os seus pomares ou seus apriscos. A protetora providência de Deus também se chama circunvalação, cerca (Jó 1.10 – is 5.2). os obstáculos e inquietações são como que uma cerca, ou uma sebe que nos estorva no nosso caminho (Jó 19.8 – Lm 3.7 – os 2.6). Veja, também, Pv 15.19. Em is 5.5 trata-se de uma silveira para proteger a vinha.

  • cercanias

    Proximidades.

  • cerne

    A parte mais íntima, essencial.

  • cerrada

    Cobrir-se de nuvens; apertar; encobrir; tapar

  • cerrar

    Fechar

  • cerva

    fêmea do veado, corsa, gazela

  • cerviz

    A parte posterior do pescoço; nuca

  • césar

    No N.T. é o imperador de Roma. os judeus pagavam-lhe tributo e tinham o direito de para ele apelar, se eram cidadãos romanos. Era o nome de família de Júlio César, e foi adotado como título por todos os imperadores romanos. Ha referências a quatro ‘Césares’ no N.T.: Augusto (Lc 2.1) – Tibério (Mt 22.17 e lugares paralelos – Jo 19.12). Cláudio (At 17.7) – e Nem (At 25 – Fp 4.22). Também se encontra no N.T. a expressão casa de César, significando todos os que faziam serviço no palácio, incluindo os escravos. ‘os santos da casa de César’ (Fp 4.22) eram, provavelmente, alguns dos mais humildes servos. Alguns que tinham sido convertidos antes da chegada de Paulo são mencionados no cap. 16 da epístola aos Romanos.

  • cesar augusto

    latim: são títulos dos reis de Roma

  • cesaréia

    (Não se deve confundir com Cesaréia de Filipe.) Chama-se hoje Kaisarich, cidade situada na costa do mar Mediterrâneo, cerca de trinta e três quilômetros ao sul do monte Carmelo, precisamente acima da linha que separa a Samaria da Galiléia, na estrada principal, que vai de Tiro ao Egito. Foi edificada por Herodes, o Grande, com muita beleza e magnificência, sendo-lhe dado pelo seu fundador o nome de Cesaréia em honra do César de Roma. Era a metrópole romana da Judéia, e foi a residência oficial dos reis herodianos, e de Félix, e de Festo, e de outros procuradores romanos. Foi nesta cidade que Herodes Agripa i, neto de Herodes, o Grande, foi ferido de repugnante enfermidade (At 12.19 – 23.23 – 25.1,4,6,13 – 12.21 a 23). Cesaréia era a terra de residência de Filipe, o evangelista, e diácono (At 8.40 – 21.8) – foi o porto em que Paulo embarcou para Tarso, quando foi obrigado a sair de Damasco (At 9.30) – nesta cidade vivia Cornélio, o centurião romano, sendo também ali que se deu o fato da sua conversão (At 10.1,24 – 11.11) – e foi também neste lugar que Paulo desembarcou, na volta da sua segunda e terceira viagens missionárias (At 18.22 – 21.8) – dali partiu para Jerusalém (At 21.15) – e para ali voltou, já preso, sendo guardado em cadeias por Félix, pelo espaço de dois anos, antes de ser mandado para Roma pelo governador Festo (At 23.23,33 – 24.27 – 25.4). Cesaréia possuía um grande e esplêndido porto. Vendo-se do mar, havia um templo dedicado a César e a Roma, contendo estátuas colossais do imperador romano.

  • cesaréia de filipe

    ’Cesaréia de Filipe’ era assim chamada para distingui-la da Cesaréia, porto do mar. Banias é seu nome atual. Uma cidade edificada numa pitoresca posição, na base da serra de Hermom, para o sul, dominando a rica planície do Jordão superior (Huleh). Estava aqui uma das principais nascentes do rio. o lugar era antigamente conhecido pelo nome de Panéias, (do deus Pã), mas quando a povoação foi compreendida no território de Filipe, tetrarca de Traconites, este alargou-a e embelezou-a, chamando-lhe Cesaréia em honra do imperador. Está incluída nas jornadas de Jesus Cristo – foi ali que Pedro reconheceu o caráter messiânico de seu Divino Mestre (Mt 16.13 a 16 – Mc 8.27 a 29) – e por aqueles sítios provavelmente subiu Jesus ao monte da Transfiguração, uma das eminências da serra de Hermom (Mt 17.1 – Mc 9.2).

  • cesaria

    latim: cabeluda, porção construída por César

  • cesaria da palestina

    latim: cidade dos Césares

  • cesaria de felipo

    latim: cidade dos Césares

  • cesil

    hebraico: gordo, tolo

  • cessação

    Ato de cessar; não continuar; interromper-se; acabar, parar.

  • cesto

    os cestos da Palestina eram de muitas formas e tamanhos e na sua fabricação entravam vimes e muitos outros rebentos, bem como canas e ervas. Eram geralmente baixos – algumas vezes, porém, viam-se largos e fundos, com a competente tampa, servindo para armazenar objetos. os cabazes para levar gêneros sobre o costado do cavalo ou do burro eram algumas vezes feitos de vime. Um cesto de vime também se usava para levar refeições (Gn 40.16 – Êx 29.3 – Lv 8.2 – Jz 6.19). os cestos, a que se faz referência no milagre da alimentação dos 5.000 (Mt 14.20 – Mc 8.19), eram pequenos – os da alimentação dos 4.000 (Mt 15.37 e Mc 8.20), eram grandes. Foi num cesto desta última espécie que os discípulos desceram S. Paulo em Damasco (At 9.25). A palavra traduzida por cesto em 2 Rs 10.7 e Jr 24.2, significa realmente uma espécie de alcofa.

  • ceteues

    hebraico: adoração

  • cetim

    hebraico: vencedores

  • cetro

    Palavra grega significando propriamente bastão curto, que é uma insígnia de reis, de governadores e doutras pessoas de autoridade (Gn 49.10 – Nm 24.17 – is 14.5). o cetro serve, também, de vara de correção e para mostrar a suprema autoridade que castiga ou humilha (Sl 2.9 – Pv 22.15 – etc.). o cajado do pastor era, também, chamado cetro (Lv 27.32) – nesta passagem a palavra vara é a queem outros lugares se traduz por cetro (*veja também Mq 7.14). os cetros eram feitos de ferro, de ouro, de prata, e doutros metais (Sl 2.9 – 125.3) – e também os havia de marfim e de madeira preciosa. Do mesmo modo se usava metaforicamente a palavra para exprimir predomínio (Gn 49.10) – e ao governo de Deus se chama o ‘cetro de equidade’ (Sl 45.6 – Hb 1.8).

  • cetura

    incenso

  • céu

    Segundo os judeus, havia pelo menos três céus: o primeiro era a região nublada do ar, onde voam os pássaros, que por isso mesmo são chamados ‘as aves dos céus’ (Jó 35.11). É a este que se referem aquelas passagens em que se fala do orvalho do céu, das nuvens do céu, e do vento do céu. o segundo céu era aquela parte do espaço, onde luzem o Sol, a Lua, e as estrelas, e que se chama o ‘firmamento’, ou a expansão do céu (Gn 1.8). o terceiro, segundo pensavam os judeus, achava-se simbolizado pelo Santo dos Santos, e era a Casa de Deus e dos santos anjos. Foi este o céu, donde veio Cristo, e para o qual subiu depois da Sua ressurreição (At 1.11), e donde há de vir outra vez (1 Ts 4.16). A este mesmo céu foi Paulo arrebatado (2 Co 12.2). Não é como os outros céus, perceptíveis à vista humana (Jo 3.12,13 – Hb 8.1 – e 9.24). Alguns judeus distinguiam sete céus (Testamento dos doze Patriarcas, Levi 2 e 3 – Livro dos Segredos de Enoque, 3.21). Com respeito ao céu, como eterna morada dos remidos, sabemos que é um lugar, que foi para eles preparado por Jesus Cristo (Jo 14.2) – um lugar de felicidade (1 Co 2.9), e de glória (2 Tm 2.11) – e é, também, um repouso, em que se está livre de toda inquietação (Hb 4.10, 11). Chama-se ‘reino’ (Mt 25.34 – Tg 2.5 – 2 Pe 1.11) – Paraíso (Lc 23.43 – Ap 2.7) – uma herança (1 Pe 1.4) – cidade (Hb 11.10). Nesta abençoada morada servem os remidos a Deus, inteiramente livres do mal da alma e do corpo (Ap 7.15,16), em completa alegria e felicidade (Sl 16.11), vida essa acima da nossa compreensão (1 Co 2.9).

  • cevada

    (Ez 4.9.) o pão de cevada era aprincipal alimentação das classes mais pobres, e vem logo depois do trigo nas produções da Palestina. A cevada era, também, muito empregada para alimento de cavalos, etc. (1 Rs 4.28). Em Jz 7.13, um pão de cevada é figura de um exército de aldeãos, não querendo isso significar qualquer fraqueza da parte dos 300 de Gideão. Na lei mosaica se prescrevia uma oferta de farinha de cevada para certos casos, em que a moral era afrontada (Nm 5.15). A cevada era semeada em outubro e colhida em março ou abril. Como amadurecia mais cedo do que o trigo, havia, algumas vezes, segunda semeadura. Barcos de seis remos, com cevada, acham-se esculpidos nos monumentos e moedas do Egito, do século Vi antes de Cristo.

  • cevado

    Gordo

  • chaagaz

    persa: servo de belo

  • chabad

    Lit. acróstico das palavras hebraicas “Chochmá, Biná e Daat” que significam, respectivamente, inteligência , entendimento e sabedoria; forma chassídica que filtra o poder espiritual e emocional através do intelecto: foi fundado pelo Rebe Schneur Zalman de Liadi; um sinónimo para Chabad é Lubavitch, aldeia onde este movimento surgiu durante um século.

  • chabadniks

    Aqueles que seguem a filosofia Chabad.

  • chacal

    Mamífero carniceiro, da família dos Canídeos (Família cosmopolita de mamíferos carnívoros, que inclui os cães, lobos, chacais, raposas etc)

  • chacham

    “Sábio”; alusivo a um dos quatro filhos citados na Hagadá.

  • chafenata

    hebraico: a torre que se levanta acima da casa do rei

  • chag ou pl. chaguim

    Lit. “festa”;Termo usado para designar as festas judaicas.

  • chaguigá

    Era uma das oferendas trazidas ao Templo Sagrado durante a peregrinação dos judeus a Jerusalém realizada três vezes por ano.

  • chamêts

    Todo alimento ou bebida feito à base de trigo, centeio, cevada, aveia ou espelta, ou seus derivados, que é fermentado

  • chanucá

    Lit. “Dedicação”; oito dias nos quais comemora-se a vitória dos chashmonaim sobre o exército opressor Greco-sírio; subsequentemente o Templo Sagrado foi reconsagrado .

  • charôsset

    Mistura composta por maçãs e pêras raladas e nozes misturadas com vinho tinto formando uma pasta. Sua cor e consistência recorda a argamassa com a qual ou nossos ancestrais foram obrigados a trabalhar no Egito.

  • chasquear

    Escarnecer; ridicularizar, zombar de

  • chassid

    Lit. “um homem piedoso”; o termo se aplica aos seguidores do movimento chassídico; seguidor de um Rebe chassídico.

  • chassídico

    Qualidade de apreciar a Chassidut, filosofia que incentiva o estudo e compreensão da parte mais profunda e mística da Torá.

  • chassidismo

    Sinônimo de Chassidut.

  • chassidut

    Estudo e prática da parte oculta e mística da Torá.

  • chave

    A chave usada nos tempos do A.T., muito diferente da moderna, era uma grande peça de madeira, ajustada com arames ou pregos pequenos. Quando introduzida na concavidade, que servia de fechadura, levantava outras peças dentro da chapa, para deste modo fazer recuar a lingüeta. É comum entre os mouros ver um homem de autoridade, andando com uma grande chave de metal amarelo presa ao ombro num pedaço de pano. isto serve para explicar is 22.22: ‘Porei sobre o seu ombro a chave da casa de Davi’ (Cp com Mt 16.19).

  • chazêret

    Ervas amargas usadas na travessa do sêder para o Corêch.

  • chêder

    Escola na qual meninos judeus, a partir de três anos de idade, são iniciados no aprendizado do alfabeto hebraico e nos estudos de Torá.

  • cheol

    hebraico: mundos dos mortos

  • cheshvan

    Também chamado Marcheshvan; oitavo mês do calendário judaico (contando a partir do mês de Nissan).

  • chibolete

    hebraico: rio corrente

  • chifre

    Esta palavra tem muitos sentidos na Sagrada Escritura: 1. São as pontas de um animal (como em Gn 22.13), ou a sua imitação (1Rs 22.11). 2. o chifre servia, e ainda hoje serve, de vaso, para conter certos líquidos ou perfumes (1 Sm 16.1). 3. Era também usado como trombeta (Js 6.5). 4. Chamavam-se chifres as quatro pontas do altar – consideravam-se especialmente sagrados e em certas cerimônias rituais eram aspergidos de sangue (Êx 29.12 – Lv 4.7) – a eles se seguravam os refugiados que procuravam o santuário (1 Rs 1.51 – 2.28). 5. o chifre era símbolo do poder e da glória (1 Sm 2.1), podendo ser cortado (Jr 48.25) e humilhado no pó (Jó 16.15). Para a interpretação (de chifre) na profecia de Daniel, vede o Livro de Daniel. Um corno, ou uma projeção de prata, é algumas vezes usado no oriente, especialmente pelas mulheres – entre os povos selvagens são em certas cerimônias usados os cornos sobre a cabeça.

  • chilrar / chilrear

    Tagarelar.

  • chinuch

    Lit. educação.

  • chipre

    Uma grande, bela e fértil ilha do mar Mediterrâneo – era a terra natal de Barnabé (At 4.36) – cedo recebeu o Evangelho e mandou evangelistas a diversos lugares (At 11.19, 20 e 21.16) – foi visitada por Paulo e Barnabé na sua primeira viagem missionária (At 13.4 a 13) – Barnabé a visitou de novo (At 15.39) – Paulo passou ao sul de Chipre por volta da sua terceira viagem missionária (At 21.3) – e quando ia para Roma, por ali navegou outra vez (At 27.4). A ilha de Chipre tornou-se célebre pelas suas minas de cobre, que em certa ocasião foram arrendadas a Herodes, o Grande. Um notável fato da sua história foi a terrível insurreição dos judeus, no reinado do imperador Trajano (117 d.C.), trazendo isso em resultado a mortandade dos habitantes gregos em primeiro lugar, e depois dos próprios insurgentes. (*veja Quitim.)

  • choça

    Casa rústica; choça

  • chocarrice

    Gracejo atrevido.

  • chocarrices

    Gracejo atrevido; gozação; caçoada

  • choupana

    Cabana

  • christiana

    Seguidora de Cristo

  • christiane

    Seguidora de Cristo

  • christiani

    Seguidora de Cristo

  • christina

    Seguidora de Cristo

  • chumash

    Pentateuco; os cinco livros da Torá

  • chumbo

    o chumbo é pela primeira vez mencionado em Êx 15.10. Era usado para servir de peso, e davam-lhe então a forma de um bolo redondo e chato (Zc 5.7), ou a de uma dura pedra, não trabalhada (Zc 5.8). Em tempos antigos empregavam geralmente as pedras como pesos (Pv 16.11). Jó exprime o desejo de que as suas palavras fossem gravadas com pena de ferro e com chumbo na rocha (19.24). Refere-se isto à prática de entalhar inscrições na pedra, derramando depois chumbo derretido nas cavidades das letras. E assim se tornavam estas mais legíveis e duradouras. A maneira de purificar o chumbo tirando-lhe a escória que está misturada com ele, por meio de uma chama ativa, fornece várias alusões na Escritura ao castigo de Deus e purificação do povo (Ez 22.18,20).

  • chuva

    Há, na Sagrada Escritura, referências às primeiras chuvas, e às que vinham mais tarde, as temporãs e as serôdias (Dt 11.14 – Jr 5. 24 – os 6.3 – Jl 2.23 – Tg 5.7). As primeiras caíam pelos meses de outubro e novembro (não muito depois do começo do ano civil), e as últimas na primavera. Na Palestina, a chuva, de modo geral, cai entre aquele espaço de tempo. Aquela trovoada e chuva miraculosamente vindas durante a sega dos trigos, encheram o povo de medo e de espanto (1 Sm 12.16 a 18). E Salomão pôde falar da ‘chuva na ceifa’ para dar expressivamente a idéia de alguma coisa fora do seu lugar, que não é natural (Pv 26.1). As chuvas, a maior parte das vezes, vinham do ocidente e do sudoeste (Lc 12.54).

  • cibo

    Comida de aves

  • cidadania

    Qualidade ou estado de cidadão.

  • cidadão (direitos de)

    o privilégio de cidadão romano adquiria-se por compra (At 22.28), por serviços militares, ou por mercê. Uma vez obtido, passava esse direito para os filhos. Grande número de judeus, que eram cidadãos romanos, estavam espalhados pela Grécia e Ásia Menor. Um cidadão romano não podia ser acorrentado ou encarcerado sem julgamento formal (At 22.29), e ainda menos era permitido que ele fosse açoitado (At 16.37) – e, se ele quisesse, podia apelar de um tribunal de província para o imperador de Roma (At 25.11). Qualquer infração deste privilégio trazia consigo um castigo severo. Em figura é aplicado por S. Paulo esse direito de cidadão aos privilégios e responsabilidades do cristão (Ef 2.19, e Fp 1.27 e 3.20).

  • cidade

    Desde o tempo em que a cidade de Jerusalém foi tomada por Davi, tornaram-se os hebreus, em grande parte, um povo habitante de cidades. As cidades eram, no seu maior número, muradas, isto é, possuíam uma muralha com torres e portas. Mas em volta da cidade, especialmente em tempos de paz, viam-se sem defesa os arrabaldes, aos quais se estendiam os privilégios da cidade. Em conformidade ao costume oriental, determinadas cidades deviam abastecer de certos produtos o Estado, para a construção de edifícios, fabricação de carros de guerra, armação de cavaleiros, e provisão da mesa real. Para manutenção dos levitas foram-lhes concedidas quarenta e oito cidades, espalhadas pelo país, juntamente com uma certa porção de terreno suburbano. Antes do cativeiro, o governo interno das cidades judaicas era efetuado por uma junta de anciãos (2 Rs 10.1), juntamente com juizes, devendo estes pertencer à classe sacerdotal. No tempo da monarquia parece que era nomeado, um governador ou presidente, sendo por ele mandados a diversos pontos do distrito os juízes, que, presumivelmente, levavam depois certas questões de dúvida a Jerusalém para serem resolvidas por um conselho de sacerdotes, levitas e anciãos. Depois do cativeiro, disposições semelhantes foram realizadas por Esdras para nomeação de juizes. Em muitas cidades orientais, destina-se grande espaço a jardins, e desta forma torna-se muito maior a extensão da cidade. A notável amplidão das cidades de Nínive e Babilônia pode assim, em parte, ser explicada. As ruas são, em geral, extremamente estreitas, raras vezes permitindo que dois camelos carregados passem um pelo outro. o comércio interno das cidades era sustentado, como hoje acontece, por meio de bazares. o profeta Jeremias fala-nos (37.21) da Rua dos Padeiros. os espaços abertos, junto às portas das cidades, eram, em tempos antigos, como ainda são hoje, usados pelos anciãos para suas assembléias, e pelos reis e juizes para reunião de cortes e constituição de tribunais e pelo povo para tratarem das suas regalias. Também se empregavam para exposição pública, quando era preciso castigar assim os culpados de certos delitos. Havia grandes trabalhos para abastecer de água as cidades, empregando-se reservatórios e cisternas que se enchiam com as águas pluviais, ou trazendo de distantes nascentes o precioso líquido por meio de aquedutos.

  • cidade de refúgio

    Eram seis as cidadeslevíticas, escolhidas para lugares de refúgio, quando se tratava de homicídio involuntário (Nm 35 e Js 20). Estavam espalhadas por diversas tribos: três achavam-se do lado oriental do rio Jordão, isto é, Bezer em Rúben, Ramote-Gileade em Gade e Golã em Manassés. As outras três que se viam no lado ocidental eram Quedes em Naftali (ainda hoje Quedes, distante 32 km. da cidade de Tiro), Siquém no monte Efraim, e Hebrom em Judá.

  • cidade murada

    Era cidade onde havia defesas permanentes, que constavam de muralhas, coroadas de parapeitos com seteiras, e havendo torres e espaços regulares (2 Cr 32.5 – Jr 31.38). Em tempos posteriores foram colocadas máquinas de guerra sobre os muros, e em ocasiões de luta havia sentinelas vigilantes nas torres (Jz 9.45 – 2 Rs 9.17 – 2 Cr 26.9,15). A cidade de Jerusalém estava cercada de três muralhas, sobre as quais, segundo se diz, havia, respectivamente, 90,14 e 60 torres. Em muitas cidades havia um castelo, como último recurso para os defensores – e era isso assim, por exemplo, em Siquém, e Tebes (Jz 8.17 – 9.46,51 – 2 Rs 9.17).

  • cidadela

    Torre ou outra edificação preparada para guerra, sobretudo dentro de uma cidade, em geral considerada como a imbatível unidade de defesa da cidade.

  • ciladas

    Lugar escondido apropriado para esperar o inimigo; emboscada.

  • cilicia

    Província marítima ao sueste da Ásia Menor, cercada de altas cordilheiras. A parte oriental era notável pela sua beleza, fertilidade e suavidade do seu clima – e tornou-se, por isso, a residência favorita dos gregos, depois que a Grécia foi incorporada no império da Macedônia. A sua capital, Tarso, foi sede de uma celebrada escola de filosofia. Era a Cilícia, pela sua posição geográfica, a via de comunicação entre a Síria e o ocidente – e na idade apostólica estabeleceram-se os judeus ali em número considerável. Tarso era a terra natal de Paulo (At 9.11, 30 – 21.39 – 22.3) – logo depois da sua conversão ele visitou a Cilícia (At 9.30 – Gl 1.21), dirigindo-se para ali outra vez por ocasião da sua segunda viagem missionária (At 15.41).

  • cilício

    Cinto ou cordão de lã áspera que por penitência se usa direto sobre a pele

  • címbalo

    É a designação de um antigo instrumento de cordas ou um instrumento constituído por dois meios globos de metal que se percutiam um contra o outro; como pratos.

  • cinamomo

    o cinamomo é a casca de uma árvore, importada do extremo oriente – Cochinchina, Ceilão, e a Costa de Malabar – sendo conhecida na Palestina desde tempos remotos. Acha-se mencionada em Êx 30.23, como uma das partes componentes do óleo da santa unção – em Pv 7.17, como um perfume para o leito – em Ct 4.14, como uma das plantas do jardim que é a imagem da noiva – e Ap 18.13 (canela de cheiro), como uma das mercadorias da grande Babilônia.

  • cingir

    Cercar; ligar; unir

  • cingir o navio

    Esta expressão somente se lê em At 27.17. Eram amarrados uns cabos em volta do casco do navio abaixo da sua quilha, sendo depois ligados ao convés. Havia desses cabos especiais nos arsenais das galeras de Atenas. Este processo de amarrar o barco tem sido empregado nos tempos modernos.

  • cinta

    Artigo indispensável no vestuário de um oriental, e que se usa com o fim de arregaçar as compridas vestimentas, que doutro modo seriam um impedimento para trabalhar ou para caminhar. Geralmente era feito de couro, de 1ã, ou de linho, tendo, muitas vezes, tecidas várias figuras, e sendo de comprimento suficiente para algumas voltas em redor do corpo. Como uma das extremidades da cinta era dobrada para trás e cosida nas bordas, servia isso de bolsa. Esta é a bolsa de que se fala em Mt 10.9 e Mc 6.8. A cinta servia, algumas vezes, para prender nela facas e punhais, empregando-a também os escritores e secretários para segurarem os seus tinteiros de ponta (Ez 9.2). Tirar a cinta ou desprender o cinto do corpo, oferecendo qualquer destes objetos a alguém, era uma prova de grande confiança e afeto. Um cinto que fosse rica e primorosamente trabalhado era um objeto de honra, que algumas vezes era dado como recompensa de mérito (2 Sm 18. 11). ‘Cingir os lombos’ é apertar mais a cinta, e desta forma preparar-se para uma jornada, ou para alguma vigorosa empresa.

  • cinturão

    Grande área.

  • cinza

    A cinza de uma novilha, inteiramente queimada, segundo o que se acha prescrito em Nm 19, tinha eficácia cerimonial na purificação dos imundos (Hb 9.13), mas poluía os limpos. As cinzas esparsas sobre uma pessoa, e especialmente postas sobre a cabeça, eram usadas como sinal de tristeza – e aquela passagem de Jó 2.8, ‘sentado em cinza’, é uma expressão de dor extrema. A cinza é, também, figuradamente usada em Jó 30.19 – is 44.20 – Ml 4.3 eem outros lugares.

  • cirandeios

    Peneira; peneira grossa

  • circuncidar

    v. circuncisão.

  • circuncisão

    Esta cerimônia foi ordenada por Deus a Abraão e seus descendentes, como sinal do Pacto estabelecido entre o Senhor e o povo escolhido. o rito fazia parte da herança comum a hebreus, cananeus e outras nações da antigüidade, constituindo uma notável exceção os filisteus, que são expressamente designados como incircuncisos (em 1 Sm freqüentes vezes). Era condição necessária na nacionalidade judaica. Toda criança de sexo masculino devia receber a cincuncisão, quando chegasse ao oitavo dia do seu nascimento. igualmente os escravos, quer nascidos em casa ou comprados tinham de ser circuncidados. Nenhum estrangeiro podia comer o cordeiro na celebração da Páscoa, a não ser que todos os varões da sua família fossem circuncidados, tornando-se então, de fato, judeu (Êx 12.48). A obrigação de serem circuncidados os gentios que se convertiam ao Cristianismo foi uma questão que se levantou na igreja apostólica, dando causa a grandes inquietações. A paz da igreja de Antioquia foi perturbada pelos mestres judaizantes, que diziam aos gentios convertidos: ‘Se não vos circuncidardes segundo o costume de Moisés, não podeis ser salvos’ (At 15.1) – mas os apóstolos e presbíteros decidiram, em Jerusalém, que os gentios estavam inteiramente livres de toda obrigação a respeito de qualquer rito judaico (At 15.22 a 29). A maneira de pensar do Apóstolo Paulo, neste assunto, pode ver-se em Gl 5 e 6 – Rm 3.30 e 4.9 a 12 – 1 Co 7.18,19 – Fp 3.2 – e também em At 16.3 e Gl 2.3. Todavia, o Cristianismo apoderou-se do significado espiritual da circuncisão. A qualificação de ‘incircunciso’ era, no Antigo Testamento, aplicada aos lábios, aos ouvidos e aos corações (Êx 6.12 – Jr 6.10 – e Lv 26.41). Declara-se, no Novo Testamento, que a verdadeira circuncisão é ‘do coração, no espírito, não segundo a letra’ (Rm 2.29). São os cristãos que pela sua fé constituem a circuncisão no sentido espiritual (Fp 3.3, cp com Gl 2.11).

  • circuncisão =cortar em rodas
  • circunstancial

    Relativo a, ou resultante de circunstância.

  • circunvalação

    Barreiras em volta de uma povoação

  • circunvalar

    cercar

  • cirene

    É hoje El-Krenna. Era a principal cidade da Cirenaica (Trípoli). Este pais estendia-se desde Cartago ao Egito, e desde a Líbia (At 2.10) ao Mediterrâneo. Cirene era habitada por um considerável número de judeus, que deram o seu nome a uma das sinagogas de Jerusalém (At 2.10 – 6.9) – era natural desta mesma cidade aquele homem de nome Simão, que levou a cruz do Salvador (Mt 27.32 – Mc 15.21 – Lc 23.26), e também alguns dos primeiros evangelistas. Ainda que Cirene estava na costa africana, era uma cidade grega.

  • cirenio

    grego: natural de Cirene

  • ciriaco

    Homem do Senhor

  • ciro

    o sol. A primitiva carreira destegrande imperador acha-se inextricavelmente envolta em lenda: nada sobre ela se encontra nas Sagradas Escrituras. A narração mais digna de fé estabelece que ele era filho de Cambises, um persa de sangue real, e pelo lado de sua mãe era neto de Astiages, o rei dos medos. Ele chegou a dominar sobre Babilônia, Média, Pérsia e outros países. Ele levou os seus exércitos vitoriosamente até às cidades gregas setentrionais da Ásia Menor, e também marcharam tanto para o sul que chegaram ao vale do Tigre. Diz-se que ele realizou muitos e grandes feitos de engenharia militar, como: atravessar o Gindes, tributário do Tigre, desviando as suas águas para um grande número de pequenos canais – e tomar Babilônia, afastando a corrente do Eufrates, de maneira que os soldados puderam entrar na cidade pelo leito do rio. Ciro não foi só um grande conquistador, mas um sábio governador, que procurou, tanto quanto possível, identificar-se com os sentimentos das várias nações que ele havia subjugado. Tanto os judeus como os babilônios viviam satisfeitos sob o seu domínio. Ele decretou que fosse reedificado o templo de Jerusalém (2 Cr 36.23 – Ed 1.2 – 4.3 – 5.13) – que voltassem para Jerusalém os vasos da casa do Senhor que Nabucodonosor tinha levado (Ed 1.7) – e permitiu que fossem levadas do Líbano e Jope madeiras de cedro (Ed 3.7). No livro de isaias é Ciro reconhecido como pastor do Senhor (is 44. 28), e como um rei ungido (is 45.1).

  • cis

    dom

  • cisterna

    os verões na Síria são muito secos, e, como há falta de nascentes em muitas partes do país, a água da chuva, que cai durante as outras estações, é ajuntada em cisternas e reservatórios. os depósitos públicos de água são de costume chamados ‘lagoas’. A natureza rochosa do solo torna fácil, de um modo especial a construção de cisternas, ou por escavação, ou pelo alargamento de cavidades naturais. As cisternas da Palestina têm, atualmente, uma abertura circular em cima, feita algumas vezes de cantaria, estando provida de uma roldana e de um balde para tirar água. As cisternas vazias serviam, algumas vezes, de cárcere e de lugares de detenção. Era assim a cova onde José foi lançado (Gn 37.22). Jeremias foi lançado numa lodosa cisterna, que não tinha água (Jr 38.6).

  • cita

    Uma só vez é mencionada esta palavra, sendo então um termo geral com a significação de povo rude e bárbaro (Cl 3.11). Cícero coloca os citas na mesma classe dos bretões. o país da Cítia estendia-se desde o mar Negro através da Ásia Central – mas o termo cita é usado pelos primitivos historiadores muito vagamente para designar as tribos nômades não civilizadas, que erravam por aquelas vastas planícies limitadas ao ocidente pelo mar Cáspio e mar Negro, prolongando-se para o oriente. os citas chegaram à Palestina, pois Bete-Seã se chamava Citópolis – e diz Heródoto que os egípcios os derrotaram em Asdode.

  • cítara

    Instrumento de cordas, forma aperfeiçoada da lira.

  • ciúmes

    A passagem em Nm 5.11 a 31 mostra qual o processo prescrito para a descoberta e castigo da mulher, que tinha provocado o ciúme de seu marido.

  • civilizações

    Tipos de culturas com características próprias da vida social, política, econômica de um país ou de uma região.

  • clangor

    Som rijo e estridente

  • clara

    Brilhante, ilustre

  • clarificar

    Tornar(-se) claro, limpando ou purificando; purificar-se, arrepender-se

  • clarim

    Instrumento de sopro, feito de metal

  • clássico

    Tradicional; antigo.

  • clauda

    latim: voz quebrada

  • claudia

    latim: coxa

  • cláudio

    Foi o quarto imperador de Roma, governando o império desde o ano 41 a 54 (d.C.). Ele deu a Agripa toda a Judéia, e a seu irmão Herodes o reino de Cálcis. Pôs fim à disputa que havia entre os judeus e os alexandrinos, dando força aos primeiros na liberdade de Alexandria e no livre exercício da sua religião e leis, mas não lhes permitindo que eles convocassem assembléias em Roma. Morto o rei Agripa no ano 44, foi novamente reduzido o reino da Judéia a província romana, e para ali foi mandado Cúspio Fado como governador. Foi por este tempo que houve aquela fome, predita pelo profeta Agabo (At 11.28). No ano 49 publicou Cláudio um decreto, pelo qual todos os judeus seriam expulsos de Roma (At 18.2). E a causa desta ordem foram, segundo relata Suetônio, os freqüentes motins a que se entregavam os israelitas, instigados por um certo ‘Cresto’. Se, como é possível, há nas palavras daquele historiador confusão de Chrestus com Christus, a causa dos tumultos pode ter sido a oposição judaica aos cristãos de Roma. É duvidoso se o decreto foi em algum tempo inteiramente cumprido. (*veja Cristão.)

  • claudio-lisias

    latim: coxo de Lisias

  • clemência

    Disposição para perdoar

  • clemente

    grego: benigno, misericordioso

  • clementina

    Aquela que possui bondade e clemência

  • cleopas

    grego: a glória inteira

  • cleopatra

    grego: glória do pai

  • cleusa

    Princesa, rainha, dominadora

  • cleuza

    Princesa, rainha, dominadora

  • cloate

    assembléia

  • clodoaldo

    Chefe ilustre

  • cloé

    folhagem viçosa

  • clopas

    grego: glória inteira

  • cnido

    (Agora é Kria do Cabo. ) Cidade situada na extremidade sudoeste do promontório da Caria, na Ásia Menor, por onde passou Paulo, quando navegava para Roma. As ruínas mostram que a antiga Cnido devia ter sido uma povoação de grande magnificência. (*veja At 27.7.)

  • co-herdeiro

    Aquele que herda em comum.

  • coa

    hebraico: garanhão

  • coate

    Era o segundo filho de Levi e avô de Moisés, Arão, e Miriã. Dele, por Arão, descendente de Coate, mesmo os que não eram sacerdotes, tinham superioridade sobre os outros descendentes de Levi (embora Coate não fosse o filho mais velho de Levi), pelo fato de que na família de Coate residia exclusivamente o sacerdócio. Era a família de Coate que levava a arca e os vasos sagrados do tabernáculo, quando os israelitas caminhavam pelo deserto. A herança dos coatitas, não falando dos sacerdotes que tinham treze cidades em Judá, Simeão, e Benjamim, constava de terras na meia tribo de Manassés, em Efraim, e em Dã. Mais tarde tomaram uma parte diretiva no serviço do templo (Gn 46.11 – Êx 6.16,18 – Nm 3.17 – etc. – 4.2, etc. 7.9 – 10.21 – 16.1 – 26.57 – Js 21.4, etc – 1 Cr 6.1, etc – 9.32 – 15.5 – 23.6 – 2 Cr 20.19 – 29.12 – 34.12).

  • cobar

    hebraico: abundantemente

  • cobiça

    Afã desordenado de possuir bens materiais; desejo veemente de possuir; ambição de riquezas; avidez; ganância; cupidez.

  • cobre, latão

    Há referência ao minério de cobre em Dt 8.9, e à sua fundição em Jó 28.2. A liga que se conhece pelo nome de metal amarelo foi inventada no século treze (d.C.). Havia minas de cobre nos montes de Canaã, sendo este metal empregado em grande número de obras de arte (Jz 16.21 – 1 Sm 17.5 – 2 Rs 25.7). o bronze, que é uma liga de cobre e estanho, é muito antigo, sendo manufaturados com ele armas, espelhos e vários ornamentos. o cobre era usado na fabricação da moeda (Mt 10.9). A palavra é, também, muitas vezes empregada em sentido simbólico, como se lê em Lv 26.19, onde a frase ‘farei… a vossa terra como bronze’ quer dizer grande dureza e secura – também se usa por invulnerabilidade (Jó 6.12), ‘de bronze a minha carne’ – e por indignidade (Jr 6.28) – e na acepção de fortaleza (Zc 6.1). Em Ed 8.27 fala-se do lustroso e fino bronze. o cobre abundava nos tempos antigos, e com ele se fabricavam cadeias, pilares, bacias, capacetes e lanças (Jz 16.21 – 1 Rs 7.15 a 21 – 2 Rs 25.13 – 1 Cr 18.8 – Êx 38.8 – Jó 37.18 – 1 Sm 17.5 – 6.38 – 2 Sm 21.16). o arco de bronze em Jó 20.24.

  • codorna

    Ave pequena, sarapintada, semelhante à perdiz; as codornas migravam da África do Norte através do Egito, do Sinai e da Palestina. Deus providenciou codornas junto com o maná (q. v.) como alimento para sustentar os israelitas nas peregrinações pelo deserto (Êx 16.13).

  • codorniz

    Uma pequena ave da família das perdizes. os israelitas foram miraculosamente contemplados com codornizes, no deserto de Sim (Êx 16.13), e em Quibrote-Taavá (Nm 11.31 a 34). Dizem alguns críticos que as codornizes que caíram no arraial dos israelitas foram para ali levadas na sua emigração anual, pelo vento sudoeste, que sopra da Etiópia e do Egito sobre as praias do mar Vermelho.

  • coentro

    Planta umbelífera Família que abrange plantas economicamente importantes (como cenouras, salsa, aipo, erva-doce etc.), aromática, usada como tempero

  • cofe

    hebraico: 1 letra do alfabeto hebraico, macaco

  • cogitar

    Pensar; refletir; imaginar

  • cohanim

    Plural de Cohen

  • cohen

    Uma das três categorias em que se divide o povo judeu: Cohen Levi e Israel; descendentes de Aharon, irmão de Moshê.

  • coito

    abrigo, morada

  • col-hoze

    o que tudo vê

  • colaias

    voz do Senhor

  • colaterais

    Que estão ao lado; paralelos.

  • colchete

    Uma espécie de ganchos para prender cortinas e outras coisas do tabernáculo (Êx 26,27,36,38). Em 2 Rs 19.28 – is 37.29 – Ez 29.4 – e 38.4 há, sem dúvida, referência ao anel colocado no nariz dos animais, pelo qual podiam ser guiados.

  • colchetes

    Ganchinho de metal para prender uma parte do vestuário a outra

  • colera

    fúria, zanga

  • coletivo

    Que abrange ou compreende muitas coisas ou pessoas.

  • colheitas (festa das)

    *veja Tabernánculos (Festa dos ).

  • colhoze

    hebraico: que vê tudo

  • colônia

    Uma designação de Filipos, a famosa cidade de Macedônia, em At 16.12. Augusto, depois da batalha de Actio, cedeu aos seus veteranos aquelas partes da itália que tinham abraçado a causa de Antônio, e transportou para Filipos e outras cidades muitos dos habitantes expulsos. Foi feita de Filipos uma colônia romana, por haver prevalecido ali o Jus italicum, e por ser Paulo um cidadão romano é que se considerou uma ilegalidade terem os magistrados daquela cidade mandado que o Apóstolo fosse açoitado.

  • colossenses (epistola aos)

    Esta epístola foi escrita durante o tempo em que Paulo esteve preso em Roma pela primeira vez, e foi, provavelmente, também por essa ocasião que ele escreveu as cartas dirigidas aos Efésios e a Filemom, sendo as três cartas mandadas pelos mesmos mensageiros, Tíquico e onésimo. Este último estava de volta à casa de seu senhor Filemom, residente em Colossos. Por conseqüência, devia ter sido escrita pelo ano 62. o seu objetivo é manifesto. A descrição da igreja feita por Epafras, o seu fundador, que tinha sido mandado pelos colossenses a Roma com o fim de confortar Paulo e dar-lhe informações da sua situação, era no seu todo satisfatória. Todavia, parece ter havido algum perigo nos ensinamentos dos falsos doutores que pretendiam harmonizar o Cristianismo com as especulações dos filósofos. Negavam a suprema dignidade de Cristo, atribuindo aos anjos não só a criação (1.16), mas também a obra mediadora de redenção entre Deus e o homem e além disso haviam introduzido na igreja o culto dos anjos (2.18). Há, também, claras referências à influência perturbadora dos mestres judaizantes e dos ascetas (2.16 – 3.11, 18,19). Corrigir e refutar os mencionados erros foi o fim desta epístola. Na sua exposição o Apóstolo faz-lhes ver que nem as especulações dos filósofos, nem as tradições humanas, nem as austeridades, poderiam levantar a alma acima dos atos grosseiros e habilitá-la a realizar propósitos invisíveis e eternos. Mas em Cristo há perfeita salvação: porquanto a fé Nele nos reconcilia com Deus, e, pondo-nos em relação com um Redentor celestial, guia os nossos pensamentos e desejos para assuntos superiores. o pensamento essencial da epístola é: ‘Cristo é tudo e em todos.’ Como na epístola aos Efésios, aparece aqui também o seu termo favorito ‘riquezas’, nestas e outras expressões: ‘a riqueza da glória deste mistério’ (1.27) – ‘toda riqueza da forte convicção’ (2.2) – e na forma adverbial ‘Habite ricamente em vós a palavra de Cristo’ (3.16). A semelhança entre esta epístola e a escrita aos Efésios mostra que tendências parecidas se manifestavam nas duas igrejas – e pode, também, atribuir-se a analogia ao fato de, sendo as duas epístolas enviadas pelo mesmo tempo, haverem naturalmente ocorrido as mesmas idéias e ainda as mesmas expressões. E, na verdade, as duas epístolas devem ser lidas juntamente. Uma é comentário da outra. Uma diferença, contudo, de tom enfático se nota nelas. São Paulo, levado pela controvérsia, sustenta com firmeza nesta epístola a natureza de Cristo e o que Ele é para com a Sua igreja – ao passo que na carta aos Efésios é explicada a unidade da igreja e o seu glorioso destino nos desígnios do seu divino fundador.

  • colossos

    Grande cidade da Frígia, ÁsiaMenor, nas margens do rio Lico, a qual, tendo sido em tempos antigos de grande importância, já nos tempos do Novo Testamento estava decadente perante as suas rivais Laodícéia e Hierápolis. Achava-se situada junto da grande estrada que ia de Éfeso ao Eufrates, e estava distante cerca de cinco km. do lugar que é hoje a vila de Conas. Foi sede de uma igreja cristã, à qual S. Paulo dirigiu uma das suas epístolas – ali residiu Filemom e o seu escravo onésimo (Cl 4.9) e Arquipo (Cl 4.17), e Epafras (Cl l.7 – e Fm 23), que foi o fundador da igreja ali estabelecida. Pelo que se lê em Cl 2.1, Paulo não tinha visitado Colossos.

  • coluna

    Monumento de pedra usado na idolatria, muitas vezes com uma inscrição, com o provável objetivo de representar uma deidade pagã (2 Rs 3.2). Foi categoricamente proibida aos israelitas (Lv 26. 1,2)

  • coluna ou pilar

    Em tempos muito antigos, usavam-se pedras toscas colocadas verticalmente, com fins votivos e para memória, realizando-se muitas vezes certos sacrifícios perto delas. Vê-se isto nas colunas de Jacó (Gn 28.18 – 31.45,51,52 – 35.14) – nos pilares levantados por Moisés no monte Sinai (Êx 24.4) – nas doze pedras do rio Jordão, e na de Siquém (Js 4.8,9 – 24.26,27). Tais pilares tornaram-se, muitas vezes, objeto de culto idolátrico. Eram, também, levantadas colunas para servir de marcos e de postes de estrada (1 Sm 20.19). o termo também ocorre num sentido metafórico. E assim se diz uma coluna de nuvem, de fogo, de fumo, etc. (Êx 13.21 – Jz 20.40). Jó fala das colunas do céu e da terra (Jó 9.6 – 26.11), como sendo os céus e a terra um edifício levantado pela mão do Criador. Paulo fala da igreja cristã como coluna na qual se acha inscrita a verdade do Evangelho (1 Tm 3.15). Em 2 Sm 18.18 lê-se que Absalão levantou para si uma coluna no vale de Josafá para que o seu nome não fosse esquecido. Do mesmo modo o crente há de ter um lugar de permanência e de utilidade no templo divino, com o nome de Deus e o nome da Sua cidade nele inscritos (Ap 3.12).

  • combustivel

    A falta de combustível, nooriente, obriga, por vezes, os habitantes a fazerem uso de todas as coisas próprias para alimentar o fogo. os caules secos de ervas e flores, as gavinhas da videira, os pequenos ramos de murta, de alecrim, e outras plantas, tudo isto se emprega para aquecer os fogões. Jesus refere-se à ‘erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno’ (Mt 6.30). Nesta passagem a erva inclui, em geral, todas as plantas de hastes tenras. Daqui deriva a expressão ‘o crepitar dos espinhos debaixo de uma panela’ (Ec 7.6). Às vezes era tão grande a falta de lenha que o povo chegava a usar como combustível o esterco de animais (Ez 4.12 a 16). Em Am 4.11 há esta frase: ‘um tição arrebatado da fogueira’. isto refere-se às varas da videira e a outros gravetos para o lume, usados no oriente, e que em pouco tempo são consumidos pelo fogo.

  • comércio

    Abraão era rico em objetos e ornamentos de prata e de ouro, o que mostra que já naqueles primitivos tempos as raças nômades tinham relações comerciais com outras (Gn 13.2 – 24.22,53). Desde os tempos mais remotos o Egito tinha uma alta situação como nação comercial, ainda que os seus negócios externos estavam nas mãos de estrangeiros. Foi uma caravana de ismaelitas, com os seus camelos carregados de especiarias, que levou José para o Egito – a descrição desse fato mostra que os escravos faziam, algumas vezes, parte da mercadoria importada (Gn 37.25 – 39.1 – *veja Jó 6.19). o trigo era exportado do Egito e pago por meio de pesadas quantidades de prata (Gn 41.57 – 42.3, 25, 35 – 43.11, 12, 21). As pedras preciosas e especiarias da índia eram levadas para o Egito (Êx 25.3,7). Por este mesmo tempo havia relações comerciais entre Babilônia e as cidades da Síria. Até ao reinado de Salomão pode dizer-se que a nação hebraica não tinha comércio externo. Mas esse rei importou do Egito fio de linho, cavalos, e carros. Tudo isto ele pagou com o ouro que vinha da india e da Arábia por mar (1 Rs 9.26,27 – 10.22 a 29). o cedro e outras madeiras para as grandes obras do templo e da sua casa foram levados por mar para Jope pelos fenícios, ao passo que as necessárias provisões para os operários, que trabalhavam no monte Líbano, eram mandadas por Salomão (1Rs 5.6,9 – 2 Cr 2.16). os navios costumavam navegar para o oceano indico de três em três anos, partindo de Elate e Eziom-Geber, portos sobre o golfo Elanítico do mar Vermelho, e traziam para a Palestina ouro, prata, marfim, pau sândalo, ébano, pedras preciosas, macacos e pavões (1Rs 9.26 – 10.11,12 – 2 Cr 8.18). A Fenícia era abastecida pela Judéia de trigo, mel, azeite e bálsamo (1 Rs 5.11 – Ez 27.17 – At 12.20), enquanto os comerciantes de Tiro traziam a Jerusalém peixe e outras mercadorias por ocasião da volta do cativeiro (Ne 13.16), bem como madeiras para a reedificação do templo. Exportava-se azeite para o Egito (os 12.1), e se vendiam cintos de manufatura doméstica para ornamento, e linho fino aos mercadores (Pv 31.24). Na linguagem de Ezequiel, aparece Jerusalém como rival de Tiro no comércio de exportação, que se fazia pelo seu porto de Jope (Ez 26.2). os lugares do mercado público eram, principalmente, os espaços abertos próximos das portas das povoações para onde eram levados os gêneros de venda por aqueles que vinham de fora (Ne 13.15,16 – Sf 1.10). Com respeito à compra e venda das diversas mercadorias, a lei era muito exigente na maneira honesta de negociar. Pesos exatos e balanças certas eram exigidos com todo o rigor (Lv 19.35, 36 – Dt 25. 13 a 16). Levar à força para outras terras homens ou mulheres para serem vendidos era crime, passível de dura penalidade (Êx 21.16 – Dt 24.7).

  • cominho

    É uma pequena e tenra semente,que era debulhada, batendo-a com uma vara (is 28.25 a 27). os antigos empregavam o cominho como condimento no peixe e em certos guisados, e como estimulante do apetite – e os cozinheiros egípcios costumavam salpicar de cominho os bolos e o pão. Em Mt 23.23 menciona-se o cominho entre as pequenas ervas, das quais os escribas e fariseus escrupulosamente pagavam dízimos.

  • compadecer

    do Lat. compatescere

    v. tr.,
    ter compaixão de; lastimar; deplorar;

    v. int.,
    consentir; sofrer;

    v. refl.,
    apiedar-se; condoer-se; comiserar-se; ser compatível; harmonizar-se.

  • compassivo

    Que denota compaixão; dó; piedade

  • compelem

    Do verbo compelir: Impelem; empurraram; obrigam; constrangem.

  • compêndio

    Resumo de doutrinas, síntese.

  • comportar

    Permitir, admitir.

  • compraz

    Alegrar; deleitar-se

  • comprazer

    Fazer o gosto, a vontade; ser agradável; deleitar-se, regojizar-se.

  • compunção

    O mesmo que contrição, tristeza ou pesar por haver cometido ato pecaminoso; tristeza que leva ao arrependimento de haver pecado.

  • compungido

    Arrependido

  • compungido:

    Pesaroso por haver pecado; contrito; arrependido.

  • compungir

    Magoar; afligir; arrepender; pesar profundo

  • comunhão

    do Latim communione

    comunidade de crenças, de opiniões;
    sacramento da Eucaristia;
    recepção do sacramento da Eucaristia;
    antífona que o coro entoa enquanto o sacerdote comunga.

    – de bens: comparticipação de bens entre os esposos.

  • comunidade

    Grupo de pessoas que comungam uma mesma crença ou ideal.

  • conanias

    hebraico: Jeová estabeleceu

  • conceber

    Formar no espírito ou no coração; compreender, entender.

  • conceicao

    Concepção, religiosidade

  • conceituar

    Formar conceito acerca de; julgar, avaliar.

  • concepção

    Ato de conceber ou criar mentalmente, de formar idéias, especialmente abstrações.

  • concerne

    Que diz respeito; refere-se

  • concernente

    Que diz respeito; relativo

  • concidadão

    Certa pessoa que, em relação a outra, é da mesma cidade ou do mesmo país.

  • concitado

    Incitar; instigar

  • concubina

    Na idade patriarcal não aparece muito clara a diferença entre esposa e concubina, devido ao predomínio da poligamia. Contudo, a concubina era, em geral, uma escrava. Com respeito aos filhos das concubinas, como as idéias de legitimidade não eram compreendidas como hoje, aparecem nas genealogias exatamente como os das esposas. Se a concubina fosse hebréia que tivesse sido comprada a seu pai como escrava, ou fosse uma pagã prisioneira de guerra, eram os seus direitos protegidos por lei (Êx 21.7 – Dt 21.10 a 14). Um hebreu não podia tomar para sua concubina uma mulher cananéia, embora fosse nesta classe de mulheres que as concubinas dos reis eram, na maior parte, procuradas. As mulheres hebréias livres, podiam, também, tornar-se concubinas (*veja Poligamia ).

  • concupiscência

    Desejo ou apetite excessivo. Geralmente se entende do relacionado com a inclinação sexual, embora abarque também os outros âmbitos. A concupiscência é apresentada na Bíblia como causa de pecado.

  • condenação

    Situação de tormento a que é definitivamente destinado quem morre em inimizade com Deus. É um ponto de nossa fé que para muitos fica muito difícil de aceitar. A causa é que se entende como se Deus se vingasse de quem não lhe obedeceu. Tal visão repugna com a idéia correta de Deus, que é todo bondade. A condenação deve ser entendida como separação voluntária de Deus. Deus é felicidade para si e para quem se adere a Ele pelo amor. Pelo amor experimentamos e fazemos própria a felicidade do ser amado, como o comprovante frente a familiares e amigos. Para quem não ama a Deus, é intrinsecamente impossível gozar de sua felicidade. E esta separação daquilo que constitui nossa realização e nossa felicidade é o que é traduzido por condenação. O que nos é incompreensível é como o ser humano pode escolher de modo definitivo o que o faz desgraçado e permanecer nessa aberrante escolha.

  • condescender

    Tolerante; pronto a perdoar; agradável

  • condicional

    Dependente de condição, que envolve condição

  • condoer

    Ter compaixão; dó; misericórdia

  • conducente

    Que conduz.

  • conectado

    Unir ou ligar por conexão; estabelecer conexão entre uma coisa e outra.

  • confiscar

    Apoderar-se ou apossar-se de, como em caso de confisco.

  • confraria

    Associação, ordem, sodalício.

  • congregação

    Esta palavra é mui freqüentemente aplicada a todo o povo hebreu, como sendo ele uma comunidade religiosa (Êx 12.3, etc – Lv 4.13, etc. – Nm 1.2, etc,). Antes da instituição da monarquia, o parlamento da congregação constava do chefe ou pai de cada casa, família e tribo. os delegados tinham o nome de anciãos ou príncipes – exerciam direitos soberanos – e o povo achava-se ligado aos atos desses magistrados, ainda mesmo quando os desaprovava (Js 9.18). outra palavra hebraica se emprega a respeito de uma assembléia, convocada para qualquer fim especial, como, por exemplo, a que se realizava por ocasião de uma das grandes festividades (1 Rs 8.65 – 2 Cr 7.8 – 30.13). Há, ainda, uma terceira palavra hebraica que aparece várias vezes em certas frases. Assim traduzidas: tenda da congregação, tabernáculo do testemunho etc.

  • congregação (o monte da)

    ’No monte da congregação me assentarei’, diz o rei da Babilônia na visão de isaías (is 14.13). Ele refere-se a um monte ao norte da Babilônia, onde, segundo a mitologia, tinham os deuses as suas reuniões.

  • conjurar

    Amaldiçoar; lamentar-se

  • conquistar

    Do Latin *conquisitare freq. de conquiro
    Tomar pela força das armas; vencer; subjugar; submeter; adquirir; alcançar (à força de trabalho).

  • conrado

    Conselheiro prudente

  • consagração

    Ritual do AT que simbolizava as responsabilidades e os privilégios do sacerdócio levítico (Lv 8.22). A palavra hebraica traduzida por consagrar significava literalmente encher a mão e provavelmente se referia a ofertas depositadas nas mãos deles. A consagração (ou ordenação de ministros hoje tem raízes nessa prática veterotestamentária.

  • consagrar

    Separar ou dedicar para o uso de Deus (Êx 13.2)

  • cônscios

    Aquele que sabe bem o que faz ou o que deve fazer.

  • consecutivamente

    Que segue outro; imediato.

  • conselho

    1. *veja Sinédrio. 2. ‘Quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal’ (Mt 5.22). o tribunal a que aqui se refere era um dos tribunais inferiores. (*veja também Mt 10.17 – Mc 13.9). 3. Uma espécie de júri ou conselho privado, constando de assessores, que ajudavam os governadores romanos na administração da justiça e outros casos públicos (At 25.12).

  • consenso

    Conformidade; acordo de idéias.

  • consoante

    Conforme; segundo

  • consolador

    grego: advogado ou o que consola

  • constante

    Perseverante

  • constantino

    Perseverante

  • consternar

    Causar profundo desgosto ou abatimento a; afligir

  • consternar-se

    causar desgosto ou dor profunda

  • consubstanciar

    Unir para formar uma substância; ligar, unificar, consolidar.

  • consulente

    Que ou quem consulta; consultador, consultante.

  • contemporâneo

    Que é do mesmo tempo, que vive na mesma época.

  • contenda

    Luta, briga, discussão, controvérsia, debate, contenção; esforço para conseguir alguma coisa.

  • conterrâneo

    Diz das pessoas naturais da mesma terra, do mesmo lugar.

  • contestada

    Respondido, contraditado; combatido com provas contrárias

  • contestar

    Provar com o testemunho de outrem

  • contexto

    Aquilo que constitui o texto no seu todo.

  • contígua

    Próximo; junto; adjacente

  • contrapartida

    Compensação, eqüivalência.

  • contrapor

    Opor, confrontar.

  • contrição

    Profunda tristeza acompanhada de arrependimento em conseqüência do quebrantamento da lei de Deus.

  • contristado

    Magoado; triste; compungido

  • contristar

    Ficar muito triste; afligir-se

  • contrito

    Ato de contrição, pesaroso, cheio de arrependimento.

  • controvérsia

    Discussão acerca de assunto literário, científico ou religioso.

  • contumaz

    Obstinado; teimoso; obcecado

  • contundente

    Incisivo, decisivo.

  • conturbação

    Perturbação de ânimo.

  • convalescer

    Retorno progressivo à saúde

  • convincente

    Que convence; convencedor.

  • convocação

    Geralmente santa convocação Aplica-se somente ao sábado e às grandes festividades anuais dos judeus (Êx 12.16 – Lv 23.2 – Nm 28.18 – 29.1 – is 1.13).

  • copeiro

    Era um empregado superior na casa dos monarcas orientais, sendo a sua missão servir o vinho ao rei, e preservá-lo de qualquer veneno. Neemias tinha este emprego na corte do rei da Pérsia (Ne 1.11). o despenseiro de Faraó era copeiro (Gn 40.1 a 13 – *veja também 1 Rs 10.5 e 2 Cr 9.4). o serviço prestado pelo copeiro era pessoal, porque não só tinha de superintender em certos preparativos da mesa, mas também era seu dever passar a taça de vinho ao seu senhor. Nos tempos primitivos era isso uma garantia de que o vinho não estava envenenado.

  • copiosa

    Abundante

  • cor

    As cores naturais que a Bíblia menciona são branco, preto, vermelho, amarelo e verde. o branco era símbolo de inocência – e por isso as vestes angelicais e as dos santos na glória se descrevem como alvas (Mc 16.5 – Jo 20.12 – Ap 19.8,14). Era, também, esta mesma cor emblema de alegria (Ec 9.8), e de vitória (Zc 6.3,6). o preto, como cor oposta ao branco, é expressão do mal (Zc 6.2,6 – Ap 6.5), do luto, da aflição e das calamidades (Jr 14.2 – Lm 4.8 – 5.10). o vermelho simbolizava o derramamento de sangue (Zc 6.2 – Ap 6.4 – 12.3). Era considerado como elemento de beleza pessoal (1 Sm 16.12). o lírio de que se trata em Ct 2.1 é o vermelho, tendo fama a Síria de possuir essa flor. A cor do rosto é comparada ao fruto vermelho da romã (Ct 4.3 – 6.7) – e a cor da pele se diz ser mais vermelha do que os rubis (Lm 4.7), fazendo contraste com o branco dos vestidos. A cor verde freqüentes vezes se aplica às pastagens. Também a palavra verde ocorre no sentido de novo, fresco, oposto a seco (Gn 30.37 – Lv 2.14 – 23.14 – Jz 16.7,8 – Et 1.6 – Jó 8.16 – Ct 2.13). A vestimenta de José, de muitas cores (Gn 37.3), era provavelmente um vestido comprido, com mangas, distinto da vulgar túnica curta e sem mangas (*veja 2 Sm 13.18).

  • cora

    hebraico: calva

  • coração

    os hebreus empregavam esta palavra no sentido de ser a sede de toda a vida mental – inteligência, vontade e emoção (Ez 13.2 – os 7.11 – Lc 8.15 – At 16.14).

  • coral

    (Jó 28.18 – Ez 27.16.) os recifesde coral e as ilhas de coral são abundantes no mar Vermelho, onde, provavelmente, tomaram os hebreus conhecimento dessa produção marinha. Há corais de diferentes cores: branco, preto e vermelho, sendo o desta última cor o mais precioso.

  • corar

    Branquear de vergonha

  • corasã

    Um dos lugares, que Davi e os seus homens costumavam visitar, e para onde mandou presentes, aos seus amigos, do despojo tirado aos amalequitas. Talvez o Asã de Josué 15.42 (1 Sm 30.30).

  • corazim

    Hoje é Querazé, que fica a 4 km ao norte de Tel Hum (Cafarnaum) sobre o mar da Galiléia. As extensas ruínas abrangem as de uma sinagoga. Jesus Cristo operou sinais maravilhosos em Corazim, mas pela incredulidade dos seus habitantes denunciou a cidade (Mt 11.21 – Lc 10.13).

  • corbã

    Palavra hebraica que está no Evangelho de Marcos (7.11), mas que não vem no lugar paralelo de Mt 15.5, sendo a sua significação ‘oferta para o Senhor’. Freqüentemente ocorre o termo em Levítico (p. ex. 2.4) no sentido de oblação – literalmente, qualquer coisa levada a Deus como oferenda. Por esta causa tornou-se uma fórmula de dedicação a sagrados propósitos, e um mero pretexto para escapar a certas obrigações. A lei ‘honra a teu pai e a tua mãe’ compreendia o dever de sustentar os pais, se estes estivessem em necessidade – mas se a palavra Corbã era pronunciada sobre os necessários meios de auxílio, já estes não eram para os pais, pois isso era sacrossanto. Assim, a religião era posta contra a palavra de Deus pelos seus autorizados representantes, os escribas e os fariseus, que ‘dispensavam o indivíduo de fazer qualquer coisa em favor de seu pai ou de sua mãe’. É provável que o voto de dedicar alguma coisa ao serviço do templo fosse apenas uma formalidade (*veja Mt 23.16 a 22) – mas o que Jesus condena não é simplesmente a aparência de voto, mas o próprio voto. Desprezar os deveres de piedade filial em nome da religião é invalidar a palavra de Deus (*veja também Mt 5.23,24).

  • corbán pêssach

    Oferenda do Cordeiro Pascal ; era realizada durante a época do Templo Sagrado, sacrificado na véspera de Pêssach e ingerido na noite, no final do sêder.

  • corça

    Fêmea do cabrito selvagem

  • corço

    o corço da Escritura é a gazela -era permitido comer a sua carne, e ia à mesa do rei g)t 12.15,22 – 14.5 – 15.22 – 1 Rs 4.23). A gazela de Dorcas é muito comum na Palestina, especialmente no deserto da Judéia e na Arábia. Manadas de gazelas, em número de vinte a cinqüenta ou sessenta, vêem-se freqüentes vezes entre Berseba e Gaza. São elegantes, tímidas, belas, e mais velozes na carreira do que os mais ligeiros cavalos.

  • corda

    Era usada para segurar tendas, para levar animais, para atrelar bois, cavalos, etc. ao arado ou ao carro, para ligar as mãos dos presos, para armar os arcos das flechas, para formar o cordame de um navio, para medir o chão, para pescar, para fazer laços, para prender os toldos, para com um peso servir de sonda, para com um balde tirar água de um poço, para içar coisas pesadas (Êx 35.18 – Jz 15.13 – Et l.6 – Sl 118.27 – is 5.18 – Jr 38.6). Diversas espécies de cordas mais finas eram feitas de linho (is 19.9). Aquelas cordas, de que Jesus se serviu para manifestar a sua indignação, eram, provavelmente, feitas de vergas (Jo 2.15). Como a barraca de pano era como que uma imagem do corpo humano, as cordas que a seguravam ao chão representavam o princípio da vida (Ec 12.6). Afrouxar, sacudindo a corda, uma metáfora originada no modo de dirigir animais, significava libertar-se da autoridade (Sl 2.3). Como as cordas eram empregadas na medição das terras, a corda ou a linha tornava-se uma expressão de herança (Sl 16.6) – e ‘lançar o cordel’ (Mq 2.5) significava determinar a posse de uma propriedade. Pôr uma corda na cabeça em lugar de toucado era sinal de abjeta submissão (1 Rs 20.31).

  • cordão

    Um fio ou faixa em volta da base dos capitéis das colunas do templo (Jr 52.21) ou do tabernáculo e seu pátio (Êx 27.10 – 36.38).

  • cordato

    Prudente; que tem bom senso

  • cordeiro

    São diversas as palavras que no A.T. se traduzem por ‘cordeiro’. A mais livremente usada, especialmente em Levítico e Números, refere-se ao cordeiro macho. o cordeiro pascal tanto podia ser um cordeiro, como um cabrito (Êx 12.5), visto como a respectiva palavra hebraica se aplica aos dois animais. o cordeiro aparecia notavelmente entre os sacrifícios ordenados pela Lei. Era oferecido todos os dias (Êx 29.38 – Nm 28.3) – e designadamente no sábado (Nm 28.9 – cp com Ez 46.4,13 -) – na Páscoa (Êx 12.5), no Pentescoste (Lv 23.18), na Festa dos Tabernáculos (Nm 29.13), eem outras ocasiões. No N.T. há três palavras gregas traduzidas como ‘cordeiro’. o cordeiro aparece como símbolo de inocência e da impotência no Antigo e Novo Testamento (is 11.6 e 53.7 – cp com Lc 10.3, e At 8.32). (*veja Sacrifício, e Cordeiro de Deus.)

  • cordeiro de deus

    A frase ocorre somente duas vezes (Jo 1.29,36) e tem relação com is 53.7 (cp com At 8.32). As palavras foram usadas por João, quando se aproximava a Páscoa, sugerindo assim o sacrifício do cordeiro pascal (Êx 12.5 – cp com João 19.36 – e 1 Co 5.7 – e 1 Pe 1.19). Esta expressão ‘cordeiro de Deus’ dá a idéia não só da inocência de Jesus, mas também dos seus sofrimentos de substituição. Foi Ele o cordeiro designado para o sacrifício pelo próprio Deus (Gn 22.8). o epíteto de cordeiro aplica-se vinte e nove vezes a Jesus Cristo no Apocalipse, sendo a respectiva palavra grega somente encontrada no próprio Apocalipse e em Jo 21.15. É uma forma diminutiva da palavra usada em Lc 10.3. (*veja Expiação.)

  • cordel

    1) Linha, corda ou barbante de determinado comprimento, usado para medir. 2) Às vezes usado como símbolo do castigo completo e premeditado que Deus inflige a Judá e a outras nações (2Rs 21.13), mas também usado como símbolo de restauração (Zc 1.16).

  • coré

    l. Um coreíta (1 Cr 9.19 – 26.1). . Um levita, que estava encarregado das ofertas voluntárias que se entregavam na porta oriental do templo (2 Cr 31.14). 3. Em 1 Cr 26.19, ‘os filhos dos coreítas’ devem ser filhos de Coré. 4. Um coatita, que não estando satisfeito com a posição que tinha entre os filhos de Levi, e invejando a autoridade de seus primos, Moisés e Aarão, se revoltou contra estes juntamente com Datã, Abirão e om, e mais 250 dos principais levitas (Nm 16). Coré e os seus partidários pereceram por motivo de se ter aberto o chão que pisavam, saindo da terra línguas de fogo (*veja Judas 11).

  • corêch

    É um dos passos do sêder de Pêssach; a raiz amarga é mergulhada no charôsset e colocada entre dois pedaços de matsá.

  • coreitas

    os descendentes de Coré ou Corá, que tinham escapado da catástrofe, continuaram a fazer serviço no tabernáculo, como antes. Foram nomeados por Davi para o serviço do templo, sendo a sua missão guardar as portas e cantar louvores ao Senhor (1 Cr 9.19 a 31). Diversos salmos lhes são atribuídos pelo nome de Coré. Mas é duvidoso se os salmos foram compostos por eles, ou se a sua composição foi feita para serem cantados por eles. (*veja Hemã.)

  • corintio

    grego: estimo, adorno

  • corintios (epistolas aos)

    Como resultado dos trabalhos de Paulo e de Apolo foi formada em Corinto uma numerosa e florescente igreja – e doutrinadores eram ali colocados para instruir os convertidos, sendo regularmente observados os preceitos cristãos. Todavia, não muito depois, foi perturbada a paz desta igreja por certas pessoas que procuravam enxertar naquele ramo do Cristianismo os refinamentos da filosofia humana. Esses indivíduos tentaram depreciar o Apóstolo, descrevendo-o como pregador sem estilo e sem arte oratória, e pondo mesmo em dúvida a sua autoridade apostólica. Além disso, defendiam a vida licenciosa de cada um, sob pretexto de liberdade cristã. Destes ensinamentos resultaram divisões e irregularidade, não tardando que a igreja decaísse do seu primitivo estado de fé e amor. o estado dos cristãos de Corinto muito se assemelhava, de fato, ao daqueles que em todos os tempos abandonam os erros e baixezas do paganismo. Com efeito, a santidade da vida cristã trabalha dentro deles, mas duros conflitos surgem entre a verdade do novo caminho e os inveterados males. Era esta a situação da igreja de Corinto, que Paulo procurou melhorar nas duas epístolas que dirigiu aos coríntios. A primeira epístola foi escrita de Éfeso, não muito depois de ter S. Paulo saído de Corinto. A DATA em que foi escrita deve ter sido o ano 57. Embora esta epístola seja denominada a primeira aos Corintios, evidentemente outra a precedeu, que não chegou aos nossos dias, mas à qual se faz referência em 5.9. Essa primeira carta, ou se cruzou com alguma dos coríntios, ou estes, depois de recebida a de Paulo, lhe escreveram, pedindo os seus conselhos e instruções sobre alguns pontos (7.1). o fim da epístola foi corrigir os males que prevaleciam entre os cristãos de Corinto, e de que o Apóstolo fora informado por alguns dos seus membros (1.11 – 5.1 – 11.18). Causou-lhe tão grande cuidado aquele espírito de desordem, que ele deliberou mandar a Corinto o seu discípulo Timóteo (4.1l – At 19.22). os males que Paulo procurou corrigir eram os seguintes: divisão entre eles por espírito de partido – inclinação pela chamada filosofia – a imoralidade – os recursos aos tribunais gentílicos – a imodéstia feminina – o tornar a ceia do Senhor uma ocasião de jovialidades – o abuso do dom de línguas – e negar a Ressurreição de Jesus Cristo. os pontos acerca dos quais tinham sido pedidas instruções, eram: o casamento, a circuncisão e a escravidão – a comida de carnes oferecidas em sacrifício aos ídolos – e as coletas para os santos de Jerusalém. E, à medida que vai expondo a boa doutrina, não deixa de instruir os crentes sobre a aplicação dos mais altos princípios a todas a particularidades da vida pessoal ou da igreja. os tópicos especiais da primeira epístola são: o evangelho como sabedoria de Deus (1 a 3) – a supremacia do amor (13) – e a doutrina da ressurreição (15). Em nenhuma epístola do Apóstolo se manifesta o seu próprio caráter de um modo mais brilhante do que nesta. A afirmação da sua autoridade apostólica é belamente apresentada com humildade e piedosa desconfiança de si mesmo (2.3 – e 9.16, 27). Ele combina a fidelidade com a mais alta ternura (3.2 – 4.14 – 6.12), e quaisquer que sejam os seus dons, ele a todos prefere o amor (13.1). A segunda epístola. Paulo partiu de Éfeso não muito depois de ter escrito a primeira epístola, e foi para Trôade. Aqui ele esperava encontrar Tito (que havia mandado a Corinto), para informar-se do estado da igreja e do efeito produzido pela sua primeira carta. Mas não o achando aí, dirigiu-se para a Macedônia, onde a sua ansiedade foi aliviada com a chegada de Tito. Por este evangelista soube Paulo que as suas leais repreensões tinham despertado na alma dos cristãos de Corinto uma piedosa tristeza, levando-os a considerar proficuamente a boa disciplina da igreja. Mas, infelizmente, haviam-se manifestado sintomas de outra espécie. o partido, que tinha a orientação dos falsos mestres, estava ainda deprimindo a autoridade apostólica de Paulo e desvirtuando as suas intenções e conduta: faziam uso da primeira carta do Apóstolo para levantar novas acusações contra ele, pois afirmavam que não tinha cumprido a promessa de voltar a Corinto, e havia adotado uma maneira de escrever muito autoritária, não concordando esse procedimento com a forma desprezável da sua pessoa e do seu modo de falar. Em conseqüência disto escreveu o Apóstolo a segunda epístola com o fim de prosseguir na obra de reforma, firmar ainda mais a sua autoridade contra os falsos doutores, e preparar os coríntios para sua desejada visita, que havia de realizar-se quando tudo estivesse em ordem e preparadas as prometidas contribuições para os seus irmãos necessitados. Em nenhuma parte foi o próprio coração de Paulo mais sensivelmente posto a descoberto do que nesta epístola. A linguagem de recomendação, de amor e de reconhecimento acha-se confundida com palavras de censura, indignação e desgosto. o principal objetivo da epístola foi animar e tranqüilizar a parte mais sã dos membros da igreja, de defendê-los contra as tentativas dos falsos mestres para os desviarem do verdadeiro caminho evangélico. Paulo estabelece a sua autoridade apostólica e aduz, como credencial da sua missão, os seus trabalhos, sofrimentos, perigos e revelações divinas. Que esta epístola produziu, em geral, bom efeito, podemos inferi-lo da corrente de tranqüilidade que perpassa pela epistola aos Romanos, escrita de Corinto alguns meses depois, não tendo nós nenhuma informação em contrário. Para conhecimento de muitos pormenores da vida do Apóstolo, é esta epístola a nossa única fonte de informações.

  • corinto

    Famosa cidade grega, edificadasobre o istmo que liga o Peloponeso ao continente, gozando assim do benefício de dois portos, o de Cencréia ao oriente e o de Léquio ao ocidente. Recebe de uma parte as ricas mercadorias da Ásia, e da outra parte as da itália e de outros países ocidentais. Foi, em tempos muito antigos, um grande empório comercial, bem como terra de grande luxo e licenciosidade, sendo ali o culto prestado à deusa Vênus acompanhado de ritos vergonhosos. Em Corinto escreveu o Apóstolo Paulo a epístola aos Romanos, em que faz uma preciosa descrição dos vícios dos pagãos (Rm 1.21 a 32). A verdadeira Corinto grega já não existia quando o Apóstolo ali esteve, mas, sim, aquela cidade reedificada por Júlio César, e que foi a capital da província romana de Acaia. Paulo ali trabalhou na obra de evangelização, quando imperava Cláudio, pelo espaço de dezoito meses, no fim da sua segunda viagem missionária (At 18.1 a 18) – ali foram escritas as duas epístolas aos Tessalonicenses – aos seus trabalhos nesta cidade há referências em At 18.27 – 19.1 – 1 Co 3.6. Foi à igreja de Corinto, composta de gentios e judeus convertidos (At 18.4 a 8 – 2 Co 1.1,23), que Paulo dirigiu duas epístolas, uma de Éfeso e a outra da Macedônia. E ali voltou durante a sua terceira viagem missionária, permanecendo então na Grécia por três meses (At 20.3) – foi durante esse tempo que ele escreveu a epistola aos Romanos. Residência de Estéfanas (1 Co 1.16 – 16.15,17) – de Crispo (At 18.8 – 1 Co 1.14), de Gaio (Rm 16.23 – 1 Co 1.14), e de Erasto (Rm 16.23 – 2 Tm 4.20). Corinto não é hoje mais que uma simples vila, situadas no antigo sitio e com o mesmo nome, que muitas vezes é corrompido em Gorto. Ainda ali se observam algumas notáveis relíquias do seu primitivo esplendor, como as ruínas do Posidônio, ou Santuário de Netuno, o campo dos jogos ístmicos aonde Paulo foi buscar algumas das suas mais belas imagens, que se lêem nas epístolas aos Coríntios e em outras. Estas ruínas compreendem o estádio, onde se efetuaram as corridas pedestres (1 Co 9.24). Abundantes na praia são os pequenos pinheiros verdes, com que se faziam as coroas para os vitoriosos nos jogos (1 Co 9.25).

  • cornélio

    Centurião que fazia serviço em Cesaréia, e um dos mais antigos convertidos da religião pagã ao Cristianismo (At. 10). Cornélio e Simão Pedro tiveram visões celestiais que resultaram num encontro entre eles. ‘Vós bem sabeis’, disse Simão Pedro, ‘que é proibido a um judeu ajuntar-se ou mesmo aproximar-se a alguém de outra raça – mas Deus me demonstrou que a nenhum homem considerasse comum ou imundo.’ o apóstolo Pedro anunciou, então, o Evangelho a Cornélio que recebeu bem as doutrinas de Cristo, manifestando-se o Espírito Santo sobre aqueles que tinham ouvido a Palavra, isto é, sobre Cornélio, os seus parentes e os seus amigos (At 10.24,44). A importância dada a este acontecimento, pois que até a sua narração se acha repetida no cap. 11, mostra-nos que esse fato constitui uma época distinta na história da igreja. Embora Cornélio temesse a Deus e fosse muito afeiçoado ao Judaísmo (10.2), era, contudo, incircunciso (11.3), não sendo, por isso, prosélito. E desta maneira foi o seu batismo o primeiro passo importante na admissão dos gentios (11.18).

  • coro

    A maior das medidas para coisas secas, equivalente ao hômer, contendo perto de 220 litros (1 Rs 4.22 – Ez 45.14 – 2 Cr 2.10 – 27.5).

  • coro = (ômer)

    220 lts. (secos)

  • coroa

    As coroas são constantemente mencionadas na Sagrada Escritura, e representam várias palavras de significação diferente. No A.T. acham-se designadas: a coroa ou a orla de ouro em volta dos ornamentos do tabernáculo (Êx 25.11,24 e 30.3) – a coroa do sagrado ofício, que o sumo sacerdote punha na cabeça (Êx 29.6 – v. 28.36,37) – a usada pelo rei (2 Sm 1.10) – e, mais freqüentemente, o diadema real (2 Sm 12.30). Emprega-se, também, simbolicamente, tanto a coroa sagrada (Sl 89.39) como a real (Pv 12.4 e 16.31 e 17.6). No N.T. fala-se do diadema real no Ap 12.3 e 13.1 e 19.12. Em outros lugares há referências à coroa da vitória (1 Co 9.25 – 1 Pe 5.4 – etc.), ou à da alegria festiva.

  • coroa de espinhos

    Em Nosso Senhor Jesus Cristo foi posta, pelos soldados romanos, uma coroa de espinhos, para assim escarnecerem do ‘Rei dos Judeus’ (Mt 27.29 e textos paralelos). A planta de que se serviram pode ter sido a nabk da Arábia, que tem muitos espinhos, possuindo, ao mesmo tempo, ramos muito flexíveis, que facilmente se prestam a ser entrelaçados. o emprego da coroa de espinhos foi mais para escarnecer do que para torturar.

  • corpórea

    Relativo a corpo; material.

  • corpóreo

    Relativo a corpo; material.

  • correia

    Tira de couro com que se prendia a sandália ao pé. Constava de duas correias, passando uma delas entre o dedo grande do pé e o segundo, e a outra em volta do calcanhar e sobre o peito do pé. Desatar as correias era tarefa de um servo (Mc 1.7).

  • correio

    Pessoa encarregada de levar correspondência, despachos, etc. (2 Cr 30.6 – Et 3.13,15 – 8.10,14 – Jó 9.25 – Jr 51.31). o estabelecimento de correios regulares, com substituições de corredores a pé ou a cavalo, é geralmente atribuída aos persas. A rapidez com que as mensagens eram levadas ao seu destino é quase inacreditável. Para que não houvesse qualquer demora, estavam os postilhões autorizados a obrigar aqueles homens ou animais ao seu serviço a caminharem apressadamente. Acontecia, às vezes, serem as mensagens levadas de um sítio a outro pelas vozes de homens estacionados sobre as eminências dos montes.

  • corroborar

    Confirmar; comprovar; fortalecer

  • corte

    Entre os cananeus e povos vizinhos era corrente a prática de rapar a cabeça e mutilar o corpo, como meio de tornar propícios os espíritos dos mortos. A lei proibia aos israelitas imitar esses gentios com tais atos (Lv 19.28). os sacerdotes de Baal golpeavam-se com canivetes para aplacarem o seu deus (1 Rs 18.28). outro costume, também proibido, era o de praticarem a tatuagem com o fim de mostrarem a sua submissão a uma divindade. A isto se faz evidentemente alusão no livro de Ap 13.16. o rasgar a carne por motivo de haver morrido uma pessoa era considerado prova de afeição (Jr 16.6 – 41.5 e 48.31).

  • cortejo

    Comitiva pomposa; séquito.

  • coruja, bufo

    o grande bufo (ou coruja)da Palestina (Lv 11.17 – Dt 14.16 – is 34.15) é a águia bufo do Egito, e quase se limita esta espécie ao Egito e Palestina. É uma grande ave, que tem quase sessenta centímetros de comprimento, habitando nas ruínas e nas despovoadas regiões do deserto. Neste último caso faz o seu ninho em tocas. o pequeno bufo da Palestina é muito comum por aqueles sítios, sendo ave muito favorita dos árabes, diz o Sr. H. Chichester Hart (Animals of the Bible) – ‘é considerada como uma afortunada espécie, e amiga do homem… Nem as ruínas nem qualquer grande túmulo se encontram sem essa ave. Também sempre se vê em volta das povoações e nos lugares de oliveiras, e geralmente ao pôr do sol é quase certo ser ouvida a sua triste voz melodiosa, seja qual for o lugar onde o viajante fixa a sua tenda. Quando canta, curva-se de um modo extraordinariamente esquisito e grotesco – e sendo uma ave completamente dócil, consente que se faça um apurado estudo das suas divertidas maneiras’. o ‘pequeno bufo’ da Palestina (Lv 11.17 – Dt 14.16) está em estreita relação com o ‘pequeno bufo’ da Europa, mas é mais pequeno e de uma cor mais pálida (Sl 102.6 – is 34.15).

  • corvo

    É a primeira ave mencionada peloseu nome na Bíblia (Gn 8.7). os corvos, por determinação de Deus, levaram alimento ao profeta Elias, junto ao ribeiro de Querite (1 Rs 17.4,6). Em Pv 30.17 há uma referência àquele bem conhecido costume do corvo, que invariavelmente ataca primeiro os olhos dos animais pequenos ou doentes. o corvo é citado para explicar a providência de Deus com respeito às Suas criaturas, visto como ele vive em lugares solitários, onde o alimento é muito escasso, achando, contudo, sempre o seu sustento (Jó 38.41 – Sl 147.9 – Lc 12.24). As aves da espécie do corvo são abundantes na Palestina: em geral se alimentam de animais mortos, e por isso eram consideradas animais imundos, sendo a sua carne alimento proibido (Lv 11.15 – Dt 14.14).

  • corvo marinho

    o termo hebraico em Lv 11.17 e Dt 14.17 implica uma ave mergulhadora, que não parece ser o corvo marinho. É algum membro da família das andorinhas do mar.

  • cós

    Hoje chama-se Stâncio, uma pequenailha, afastada da costa da Cária, Ásia Menor, onde Paulo passou a noite, quando voltava da sua terceira viagem missionária (At 21.1) – foi célebre pelas suas fábricas de tecidos e pelos seus vinhos, bem como pelo seu templo consagrado ao deus Esculápio, anexa ao qual havia uma escola de Medicina, com um museu de Anatomia e Patologia.

  • cosa

    hebraico: espinho Lc 3.28

  • cosão

    hebraico: espinho Lc 3.28

  • cosbi

    hebraico: mentiroso, embusteiro, enganador

  • coscorão

    Bolo de farinha e ovos, frito em azeite e passado no açúcar.

  • coscorões

    Bolo de farinha e ovos fritos em azeite e passado no açúcar

  • coser

    Costurar

  • cósmico (a)

    Pertencente ou relativo ao cosmo, ao Universo.

  • cotidiano

    De todos os dias; diário.

  • coudelaria

    Haras; Fazenda ou sítio onde se criam e reproduzem cavalos, especialmente de corridas; coudelaria

  • couraça

    Uma veste de malha, que cobriao corpo pela frente e nas costas. Constava de duas partes, unidas nos lados (Jr 46.4 – 51.3). É aquilo a que se refere o Ap em 9.9. Armadura para proteger a parte superior do corpo (Jó 41.26).

  • côvado

    45 cm

  • côvados

    Unidade de medida em torno de 50 cm de cumprimento – distância do cotovelo até a ponta do dedo médio.

  • covil

    Abrigo de salteadores, de ladrões.

  • coxear

    Mancar; capengar

  • coz

    hebraico: espinho

  • cozbi

    mentirosa

  • cozeba

    Enganador. São chamados ‘homensde Cozeba’ uns certos descendentes de Selá, o filho de Judá (1 Cr 4.22).

  • cozeram

    Prepararam alimentos ao fogo

  • cozinhar

    Geralmente a carne não fazia parte da alimentação entre os judeus. Poucos animais eram mortos para esse fim, exceto em ocasiões de hospitalidade e de festividade. A goela do animal, fosse ela de cabrito, de cordeiro, ou de vitela, era cortada para que o sangue pudesse correr todo para fora (Lv 7.26). Depois de esfolado, estava pronto para se assar ou cozer. Quando se queria assar o animal, punha-se inteiro na assadeira (Êx 12.46), que era colocada sobre lume de lenha (is 44.16) ou metida num forno, que não era mais que um buraco cavado na terra, bem aquecido, tendo por cima uma tampa. Se era carne cozida o que se pretendia, nesse caso empregava-se o sistema comum de cozinhar, sendo o animal cortado em pedaços, que eram lançados num caldeirão cheio de água ou de leite (Êx 12.9 – 23.19). Em lume de lenha era, então, preparada esta comida – de quando em quando era removida a escuma que se formava à superfície, deitando-se no devido tempo sal e diversas especiarias. A carne e o caldo eram servidos separadamente (Jz 6.19), usando-se o caldo com pão asmo – havia, também, molho de manteiga para nele se ensoparem bocados de pão (Gn 18.8). Comumente era servida uma sopa de vegetais (Gn 25.29 – 2 Rs 4.38). os utensílios necessários para cozinhar eram diversos, havendo duas ou mais panelas (Lv 11.35), um caldeirão (1 Sm 2.14), um garfo ou fateixa para pendurar carne, um grande vaso de metal aberto, semelhante a uma caldeira de cozer peixe, o qual servia, também, para lavagens ou para dele comer (Êx 16.3).

  • creditada

    Depositada, lançada.

  • credo

    Profissão de fé.

  • cremilda

    Aquela que combate com o capacete

  • crepitar

    Estalar

  • crepúsculo

    Luminosidade proveniente da iluminação das camadas superiores da atmosfera pelo sol, quando, embora escondido, está próximo do horizonte

  • crescente

    grego: que cresceu ou aumentado

  • crestada

    Queimar a superfície de leve; tostar

  • crestamento

    Queimar a superfície de leve; tostar

  • crestar

    Queimar levemente a superfície de; chamuscar, tostar

  • creta

    Uma das maiores ilhas do mar Mediterrâneo, igualmente distante da Europa, Ásia e África, mas sempre considerada como fazendo parte da Europa. Era habitada por considerável número de judeus, alguns dos quais estavam em Jerusalém no célebre dia de Pentencoste (At 2.11) – por esta ilha, do lado sul, passou Paulo na sua viagem para Roma (At 27.7 a 13,21) – e, provavelmente, foi pelo mesmo Apóstolo visitada depois da sua primeira prisão em Roma (Tt 1.5) – foi campo dos trabalhos de Tito, que ali recebeu a epístola de Paulo, na qual são descritos os seus habitantes como gente sem lei e imoral (Tt 1.10 a 13). o seu próprio poeta Epimênides (600 a.C.) é citado contra eles (Tt 1.12). Tito foi muito venerado em Creta durante a idade Média. o nome da ilha é hoje geralmente Cândia.

  • cretense

    os habitantes de Creta (Tt 1.12 e At 2.11).

  • creusa

    Princesa, rainha, dominadora

  • creuza

    Princesa, rainha, dominadora

  • crime (culpa) de sangue

    Veredicto por crimes merecedores de morte.

  • crisopraso

    grego: pedra de ouro

  • crispo

    de cabelo crespo

  • cristal

    No livro de Jó (28.17) declara-se que a sabedoria é mais preciosa do que o ouro e o cristal. Em Ez 1.22 quer-se, com esta palavra, significar o cristal de rocha. No Ap 4.6 e 22.1 a palavra tem o significado de gelo ou cristal.

  • cristão

    Esta palavra ocorre somente três vezes no Novo Testamento (At 11.26 – 26.28 – 1 Pe 4.16) – e todas estas referências sugerem que o nome era de origem e aplicação pagãs. Eram os cristianos donde se derivou cristão. A mesma formação se vê na palavra ‘herodianos’, que quer dizer partidários de Herodes. Nos Atos e Espístolas, todos aqueles que abraçavam as doutrinas de Jesus Cristo se chamavam a si mesmo discípulos, irmãos, santos, etc. o honroso título que prevaleceu nas igrejas desde o segundo século, tendo o sentido de uma particular afeição e devoção para com a santa pessoa de Jesus, parece ter tido a sua origem numa alcunha pagã. ‘Em Antioquia foram os discípulos pela primeira vez chamados cristãos’ (At 11.26). Em concordância com este uso gentílico está o governador romano, Festo, que afasta a idéia de tornar-se cristão (At 26.28). E S. Pedro diz que ser alguém acusado de cristão nos tribunais romanos não é motivo para um crente envergonhar-se mas para dar glória a Deus (1 Pe 4.16). Tácito, escrevendo pelo ano 116 (d. C). acerca da perseguição movida pelo imperador Nero (64 a 68), diz que tinham sido infligidos grandes castigos àqueles ‘a quem a populaça chamava cristãos’. o escritor Claúdio também se refere aos que seguiam um certo Cresto, que era um nome de uso comum com a significação de amável. Desta particularidade sobre o sentido da palavra se aproveitaram os apologistas cristãos do segundo século, acentuando esse caráter de gentileza, de amabilidade, completamente vazio de ofensa, em resposta a serem acusados de malfeitores os discípulos de Jesus Cristo.

  • cristian

    Seguidor de Cristo

  • cristiana

    Seguidora de Cristo

  • cristiane

    Seguidora de Cristo

  • cristiani

    Seguidora de Cristo

  • cristina

    Seguidora de Cristo

  • cristo

    Ungido , (hebraico) – Messias.

  • cristovao

    Portador de Cristo

  • crivo

    Peneira de arame

  • crocodilo

    o crocodilo de Jó 41.1 a 34 é o que se encontra no Nilo do alto Egito, e ainda existe no Zerka ou rio do Crocodilo, que nasce perto de Samaria, e corre pela planície de Sarom. o crocodilo ataca principalmente o peixe, que ele persegue com a velocidade do raio, mas também às vezes se alimenta de qualquer anima! que pode apanhar. o crocodilo era animal sagrado entre os egípcios. No Sl 104.25,26, não se faz referência ao crocodilo, mas algum monstro da espécie da baleia – porquanto não há crocodilos no Mediterrâneo, o ‘mar vasto, imenso’ da passagem. Em Jó 3.8 parece haver uma alusão ao dragão mitológico, que devora o Sol, quando há eclipse. No Sl 74.14 e em is 27.1 usa-se o termo metaforicamente a respeito do Egito.

  • crônica

    Narração de fatos históricos segundo o cronista

  • crônicas

    o título do primeiro e segundo livro de Crônicas foi dado por Jerônimo. os dois livros eram, primitivamente, um só livro, que se chamava ‘Palavras dos Dias’, isto é, judeus incluídos nos Quetubins, ou Hagiógrafos. Na versão dos LXX são conhecidos pelo nome de omissões (Paralipômenos), sendo considerados como suplementos. Segundo a tradição judaica, foi Esdras o autor das Crônicas, devendo observar-se que a conclusão do segundo livro é igual ao começo do livro de Esdras – e assim se acham reunidos estes livros, que com o de Neemias formavam a princípio um todo completo. São também semelhantes estes livros, considerando seu ponto de vista histórico e o método seguido na escolha de elementos. Não se pode determinar a DATA em que foram escritos. Se foi Esdras o seu principal autor, houve, provavelmente, um acréscimo feito por outro escritor. Que as ‘Crônicas’ são uma compilação de primitivas fontes, que por certo foram obra dos profetas, evidentemente se deduz dos próprios livros. Estes documentos parecem algumas vezes ser citados literalmente (*veja 2 Cr õ.8 e 8.8). Além disso, muitas passagens são idênticas, ou quase idênticas, a outras dos livros dos Reis, o que revela que tanto umas como outras foram tiradas dos mesmos anais. os documentos a que se faz referência são os seguintes: 1. o livro dos Reis de Judá e de israel, 2 Cr 16.11 – 25.26 – 28.26. Que na citação deste livro não se compreendem os livros canônicos dos Reis é evidente pelas alusões feitas a acontecimentos, que nestes não se acham registrados. 2. A História de Samuel, o vidente (1 Cr 29.29). . A História de Natã, o profeta (1 Cr 29.29). 4. A História de Gade, o vidente (1 Cr 29.29). 5. A profecia de Aías, o silonita (2 Cr 9.29). 6. A visão de ido, o vidente (2 Cr 9.29). 7. As Histórias de Semaías, o profeta, e de ido, o vidente (2 Cr 12.15). 8. A História de Jeú, o filho de Hanani (2 Cr 20.34). 9. o Comentário ao Livro dos Reis (2 Cr 24.27). 10. os Atos de Uzias, por isaías o filho de Amóz (2 Cr 26.22). 11. A Visão de isaías, o profeta, filho de Amóz (2 Cr 32.32). 12. A História escrita por Hosai (2 Cr 33.19). As matérias dos livros podem ser expostas da seguinte maneira: l. o primeiro livro das Crônicas acha-se naturalmente dividido em duas partes: i Parte. Contém as genealogias, com resumidas narrações históricas, mostrando a descendência do povo de israel desde Adão até ao tempo de Esdras. As genealogias desde Adão até Jacó (1.1-2.2). os descendentes de Judá, e suas residências (2.3 a 55) – a família de Davi (3). outros descendentes de Judá e também de Simeão, Rúben e Gade, e da meia tribo de Manassés, com a sua colonização – e noticias históricas (4 e 5). Genealogias dos levitas e sacerdotes (6). os descendentes de issacar, Benjamim, Naftali, da outra meia tribo de Manassés, de Efraim e de Aser, com algumas das suas possessões – e notícias históricas (7). A genealogia de Benjamim até ao tempo de Saul – os descendentes de Saul (8). Lista das famílias que habitaram em Jerusalém (9.1 a 34). Linhagem de Saul, repetida (9.34 a 44). ii Parte. A segunda parte trata, principalmente, do reinado de Davi, e compreende: a morte de Saul e de Jônatas (10) – a subida de Davi ao trono, e a tomada de Jerusalém – os seus homens valentes (11 e 12) – a mudança da arca para a casa de obede-Edom (13) – o palácio de Davi, os filhos deste rei e as suas vitórias (14) – a arca é levada da casa de obede-Edom para Jerusalém, e os necessários preparativos para o culto divino (15 e 16) – o desejo que Davi tem de edificar um templo, e a mensagem que Deus lhe manda por meio de Natã (17) – diversas vitórias alcançadas sobre os filisteus, os moabitas, os edomitas, os sírios, e os amonitas (18 a 20) – a numeração do povo, a peste que se seguiu a esse fato, e a extinção da epidemia (21) – os preparativos de Davi para o templo (22) – número de distribuição dos levitas e sacerdotes (23 e 24) – os cantores e os músicos (25) – funções dos porteiros, guardas do tesouro, oficiais e juizes (26) – a ordem do exército – os príncipes e os oficiais g7) – as últimas exortações de Davi – as ofertas dos príncipes e do povo para o templo – ação de graças e preces de Davi – e o princípio do reinado de Salomão (28 e 29). o segundo livro das Crônicas pode, também, dividir-se em duas partes: i Parte. Trata da história do povo de israel sob o governo de Salomão e compreende: os sacrifícios de Salomão em Gibeom, a sua oração, e a sua escolha de sabedoria – suas riquezas e poder (1) – a edificação, aprestos e ornamentos do templo (2 a 5) – a oração de Salomão na dedicação do templo e a resposta de Deus (6 e 7) – as edificações de Salomão, os oficiais, e o comércio (8) – a visita da rainha de Sabá – riquezas e grandezas de Salomão (9). ii Parte. Compreende esta parte a história do reino de Judá, depois da separação das dez tribos – narra, também, a elevação de Roboão ao trono e a revolta das dez tribos (10) – o governo de Roboão e êxito – a sua degeneração, e a invasão do rei do Egito (11 e 12) – reinado de Abias e de Asa (13,14,15,16) – o bom reinado de Josafá (17 a 20) – maus reinados de Jeorão e de Acazias, e a usurpação de Atalia (21 e 22) – reinado de Joás (23 e 24) – de Amazias, de Uzias, de Jotão e de Acaz (25 a 28) – o bom reinado de Ezequias e as reformas – Jerusalém é ameaçada por Senaqueribe, é libertada por Deus (29 a 32) – a maldade de Manassés, o seu cativeiro, e o seu arrependimento – e o mau reinado de Amom (33) – o bom reinado de Josias, e o seu zelo reformador (34 e 35) – reinados de Jeoacaz, de Jeoaquim e de Joaquim, pai e filho, e de Zedequias – destruição da cidade e do templo – cativeiro do povo (36.1 a 21) – e, finalmente, a proclamação de Ciro, permitindo a volta dos judeus (36. 22,23).

  • cronista

    Pessoa que escreve crônica

  • cronograma

    Representação gráfica da previsão da execução de um trabalho, na qual se indicam os prazos em que se deverão executar as suas diversas fases.

  • cronologia

    os hebreus não tinham divisão do tempo em frações da hora. A noite estava dividida em três vigílias. Mas no N.T. acham-se mencionadas quatro (Mc 6.48 e 13.35), originando-se a idéia, provavelmente, dos romanos. A semana era um período de sete dias, que terminava no sábado. os dias da semana, a não ser sábado, parece não terem tido nome especial. o dia correspondente à sexta-feira, porém, era designado ‘dia da preparação’, isto é, a preparação para o sábado. os meses eram rigorosamente lunares, constando de 354 dias o ano de 12 meses – mas durante o exílio, e depois dele, um mês intercalar foi acrescentado, o “veadar”, com o fim de completar com os onze dias de excesso o ano solar de 365 dias. o dia da lua nova era guardado como de festa sagrada. o primeiro mês é chamado abibe ou nisã, ‘o mês das espigas de trigo’, era o tempo em que estas estavam tão crescidas que no décimo-sexto dia, o segundo dia da Festa dos Pães Asmos, podiam ser oferecidas já maduras. isto fixa o princípio do ano nos meados de março. Acredita-se que o ano patriarcal fosse de 360 dias. Nas passagens históricas, desde o fato do Êxodo até ao tempo do cativeiro, o ano é lunar, constando de 354 dias. Era o princípio do ano, o primeiro dia do sétimo mês, em que havia uma especial santificação acima da santificação da ordinária lua nova. os antigos hebreus não dividiam o ano em estações certas: achamos menção do verão e do inverno, e também das estações em relação com a agricultura, como a da sementeira e a da ceifa. o ano sabático ocorria de sete em sete anos, como o sábado ocorria de sete em sete dias. Durante esse ano não se cultivava a terra. Havia, também, remissão temporária ou absoluta das dívidas. o ano sabático começava no sétimo mês. Passados sete anos sabáticos, ou o espaço de quarenta e nove anos, guardava-se o qüinquagésimo, que era o ano do jubileu. o jubileu chamava-se ‘o ano da trombeta’, porque o inicio do ano era anunciado ao som da trombeta no dia da expiação. Era um ano privilegiado, visto como nessa ocasião as dívidas eram perdoadas, as terras voltavam aos seus primitivos possuidores, e os escravos ficavam livres. Cronologia do Antigo Testamento. Antes do estabelecimento do reino, a cronologia é matéria de debate. 1. Período da História dos Reis. Para este período encontra-se a principal fonte de informações nas listas que a Escritura apresenta dos reis de israel e de Judá, estabelecendo-se a comparação com os anais dos impérios confinantes. As dificuldades do cômputo aparecem primeiramente pelo fato de que as duas séries de reinados diferem na totalidade dos anos – e, na verdade, os reinados de Judá, desde a morte de Salomão até à queda de Samaria, abrangem, segundo parece, o espaço de 259 anos, ao passo que os de israel, durante o mesmo período, não contam mais do que 241 anos. Diferentes interpretações se têm adotado para a explicação desta divergência: pensam uns que não foram registrados os intervalos de anarquia em israel – outros fazem ver que em Judá houve exemplos da associada soberania, de forma que os mesmos anos foram contados ao pai e ao filho. A segunda fonte de dificuldades ocasionais está no ajustamento dos anais das outras nações com a cronologia bíblica. Todavia, a despeito de aparentes discrepâncias, os resultados notavelmente confirmam e esclarecem o que se diz na Bíblia. os sincronismos da última parte deste período com conhecidas datas da história profana já tornam possível a indicação precisa do ano antes de Jesus Cristo. Dum modo especial deve notar-se aqui que certas particularidades sobre a maneira de contar são causa de dificuldades circunstanciais. a) Historiadores judeus, por exemplo, falam de certo reinado que, compreendendo um ano e parte de dois, é por eles considerado como sendo de três anos. ora, tanto podem ser dois anos e dez meses como um ano e dois meses. b) Algumas vezes eles fixam o principal número, omitindo o mais pequeno, como em Jz 20.35 (Vide *veja 46). c) Como acontecia freqüentes vezes, nas antigas monarquias, governarem os pais juntamente com os filhos, o tempo do reinado de cada um inclui, algumas vezes, o reinado do outro, e outras vezes o exclui. Diz-se, por exemplo, que Jotão reinou dezesseis anos (2 Rs 15.33) – todavia, no *veja 30 faz-se menção do seu vigésimo ano. Parece que, durante quatro anos, ele reinou com Uzias, que era leproso. Compare-se 2 Rs 13.1 a 10 e 24.8 com 2 Cr 36.9. De modo semelhante se pode explicar Dn 1.1 e Jr 25.1: Nabucodonosor era rei juntamente com seu pai quando Jerusalém foi cercada. d) Acontece também, não poucas vezes, que se adotam diferentes modos de contar com referência aos mesmos acontecimentos (*veja Gn 15.13 e Gl 3.17). Moisés fala de 400 anos desde o nascimento de isaque até ao Êxodo, ao passo que S. Paulo menciona 430 desde a vocação de Abraão até que a Lei foi dada no monte Sinai, fato este que ocorreu três meses depois do Êxodo. 2. Do Cativeiro ao Advento. o segundo período, compreendendo o tempo dos últimos profetas e encerramento do Cânon do Antigo Testamento e o intervalo antes do Advento, está definitivamente determinado pelos anais das várias nações. Acerca desta parte da cronologia não há, positivamente, dúvida alguma (*veja israel). Eras cronológicas. Deve-se acrescentar que, tendo em vista os sincronismos com a história profana no primeiro e segundo períodos, temos certas eras determinadas nos ‘Cânones’ seguintes: 1) Cânon Assiríaco Epônimo. Quatro anais diferentes foram descobertos, concordando entre si substancialmente, sendo as faltas de qualquer deles supridas pelos outros. os anos são contados pelos nomes dos dignitários anualmente nomeados, desde 893 até 669 antes de Jesus Cristo. A DATA conhecida de um eclipse total do Sol mencionado nestes anais (15 de junho, 763 a.C.) dá a chave do resto. 2) Em Babilônica de Nabonassar: 747 a.C. Nabonassar foi um rei de Babilônia, de quem nada mais se sabe do que o ter início no seu reinado o celebrado Cânon de Ptolomeu (um astrônomo egípcio do ii século da Era Cristã), o qual se prolonga desde 747 a.C. até 137 d.C. 3) As olimpíadas, ou períodos de quatro anos, que eram contados pelos gregos

  • cronometrar

    Registrar de modo preciso, com o cronômetro, a duração de.

  • crucial

    Muito importante.

  • crucificação

    Método de execução usado pelos romanos no tempo do Novo Testamento. A pessoa a ser crucificada era pregada normalmente em dois travessões de madeira formando uma cruz. Um prego atravessava os dois pés e dois outros atravessavam cada pulso. Alguns criminosos condenados por crimes sérios eram crucificados.

  • crucifixão

    A Crucifixão era uma forma de pena oriental que foi introduzida no Ocidente pelos persas. Foi pouco usada pelos gregos, mas muito utilizada pelos cartagineses e romanos.

    Na literatura romana, a crucifixão é descrita como punição cruel e temida, não sendo aplicada aos cidadãos romanos, mas apenas aos escravos e aos não-romanos que houvessem cometido crimes atrozes, como assassinato, furto grave, traição e rebelião. Seguindo a forma romana de crucifixão Jesus provavelmente carregou somente a parte transversal da cruz, pois a parte vertical era deixada no local da execução à espera do condenado. Os braços eram inicialmente amarrados e somente ao chegar no local eram pregados ao madeiro. Acontecia o mesmo procedimento com as pernas e pés.

    A vítima era suspensa pouco mais de um metro do chão para que as pessoas pudessem dar de beber uma mistura de água e fel ou vinagre para ser mantida o tempo inteiro consciente , sem haver possibilidade de desmaios (Mt 27,48). Os romanos crucificavam os criminosos inteiramente nus e não há motivo para se pensar que tenha sido feita alguma exceção para Jesus. As vestes do crucificado eram entregues aos soldados para serem divididas. As vestes de Jesus não foram divididas mas sorteadas pois era de tecido fino e sem costuras. Tal indumentária e feitio não poderiam ser destruídas, por isso preferiu-se lançar sorte. (Mt 27,35ss).

    Uma inscrição com o nome do criminoso e a natureza do seu crime era feita sobre uma tabuinha, que o condenado levava pendurado no pescoço até o local da execução; essa tabuinha foi afixada acima da cabeça de Jesus na cruz. Por ironia de Pilatos, a inscrição de Jesus não indicava um crime, mas registrava simplesmente a expressão “rei dos judeus” (Mt 27,37). A inscrição era feita em três línguas: aramaico, o dialeto local; o grego, a língua do mundo romano e o latim, a língua oficial da administração romana.

    A morte de Jesus foi muito rápida. Ele ficou suspenso à cruz algumas horas. Geralmente a morte dos condenados à cruz se dava depois de alguns dias após pregado. Este foi o caso dos dois ladrões que ladeavam Jesus: foram- lhe quebradas as pernas para que o fim fosse apressado pois a Páscoa judaica se aproximava (Jo 19,32ss).

    No Novo Testamento, o simbolismo teológico da cruz só aparece em uma afirmação do próprio Senhor e nos escritos de São Paulo. Jesus disse que aqueles que o seguem devem tomar a sua própria cruz, perdendo assim a vida, para depois conquista-la (Mt 10,38). Não se trata apenas de alusão à sua própria morte, mas também da afirmação de que seu seguimento exige a negação de si mesmo ( Mc 8,34), o total desprezo pela própria vida, pelo bem-estar, pelas posses pessoais, a tudo aquilo a que se deve renunciar para seguir Jesus.

    Paulo pregava o Cristo crucificado, embora isto fosse escândalo pra os hebreus e loucura para os gentios (1Cor 1,23). A linguagem da cruz é absurda para aqueles que, sem ela, se perdem; entretanto é poder de Deus para aqueles que se salvam (1Cor 1, 18)

    Ao encerrarmos a Festa da Santa Cruz, depois de refletirmos sobre este tema de maneira mais minuciosa, cabe-nos dar à cruz seu devido valor. O sofrimento nos dá a possibilidade da redenção. Reclamar dele nos atesta que ainda precisamos crescer espiritualmente.

    Bibliografia: Mckenzie, John L, Dicionário Bíblico,
    Ed Paulinas, 1983

  • cruz

    A crucificação era um método romano de execução, primeiramente reservado a escravos. Neste ato se combinavam os elementos de vergonha e tortura, e por isso este processo de justiçar os réus era olhado com o mais profundo horror. o castigo da crucificação começava com a flagelação, depois de o criminoso ter sido despojado dos seus vestidos. No azorrague muitas vezes os soldados fixavam pregos, pedaços de osso, e coisas semelhantes, podendo a tortura do açoitamento ser tão forte que às vezes o flagelado morria em conseqüência dos açoites. Geralmente a flagelação era efetuada estando o réu preso a uma coluna. No caso de Jesus, parece ter sido esse castigo infligido de modo brando, antes da sentença, com o fim de provocar a compaixão e conseguir isenção do novo atormentamento (Lc 23.22 – e Jo 19.1). Colocava-se, em geral, uma inscrição por cima da cabeça da pessoa (Mt 27.37 – Mc 15.26 – Lc 23.38 – Jo 19.19), em poucas palavras, exprimindo o seu crime. o criminoso levava a sua cruz ao lugar da execução. Jesus Cristo foi pregado na cruz, mas algumas vezes o paciente era apenas atado a esse instrumento de suplício, sendo certo que este último processo era considerado o mais penoso, visto como a agonia do criminoso era extraordinariamente prolongada. Entre os judeus, algumas vezes o corpo de um criminoso era dependurado numa árvore – mas não podia ficar ali durante a noite, porque era ‘maldito de Deus’, e contaminaria a terra (Dt 21.22, 23). Paulo aplica esta passagem a Jesus na sua epístola aos Gl 3.13, e dela podem achar-se ecos em At. 5.30 e 10.39 etc.

  • cuasias

    o mesmo que Quisi; hebraico: dom de Deus

  • cube

    hebraico: frutífero

  • cuche

    hebraico: preto

  • cum

    cidade de Haderezer rei da Síria, significado ignorado; talvez signifique comando

  • cumprir

    ocorre freqüentes vezes no N.T a frase ‘para se cumprir’, ou ‘para que se cumprisse’ (Mt 2.15, 17,23 – 8.17 – 12.17). isto geralmente não quer dizer que aquelas pessoas que tomavam parte no acontecimento soubessem que estavam cumprindo uma profecia. o sentido, na maioria dos casos, deve ser, na realidade, o seguinte: ‘neste acontecimento se verificou o que foi dito pelo profeta…’.

  • currículo

    Conjunto de dados concernentes ao estado civil, ao preparo profissional e às atividades anteriores de quem se candidata a um emprego.

  • cus

    hebraico: trevas queimadura

  • cusa

    hebraico: malicioso

  • cusã – risataim

    o mais malicioso

  • cusa-resataim

    hebraico: duplamente malicioso

  • cusaias

    arco do Senhor

  • cuse

    hebraico: preto

  • cusi

    escuro, preto

  • custódia

    Guarda; proteção; lugar onde se conserva alguém detido

  • cuta

    hebraico: preto

  • cutelo

    Instrumento cortante, semicircular de ferro

  • cuxe

    hebraico: preto

  • cuza

    Era o procurador de Herodes Antipas, sendo Joana, sua mulher, uma das crentes que acompanhavam Jesus e os Seus discípulos (Lc 8.3). Ela foi também das que muito cedo se dirigiram ao sepulcro naquela manhã da ressurreição (Lc 24.10).

  • cynthia

    Um dos nomes da deusa Diana ou Artêmis

D

  • fazer justiça

  • dã-jaã

    Lugar situado ao noroeste do reino de Davi, e que foi visitado por Joabe para a numeração do povo (2 Sm 24.6). Talvez possa ser identificado com Damã, cujas ruínas se vêem seis quilômetros ao norte de Aczibe.

  • da-jaja

    hebraico: juiz de bosque

  • daberate

    pastagens

  • dabesete

    corcova de camelo

  • dabir

    hebraico: um oráculo

  • dabri

    hebraico: promessa, eloquente

  • dacio

    Referente a uma antiga região ao norte do Rio Danúbio

  • dada

    hebraico: inclinado

  • dádiva

    boas coisas

  • dafne

    grego: louro

  • dagmar

    Dia de glória

  • dagoberto

    Brilhante como o dia

  • dagom

    o deus nacional dos filisteus. Havia templos consagrados ao deus Dagom em Gaza e Asdode (Jz 16.21 a 30 – 1 Sm 5.5,6 – 1 Cr 10.10). Dagom era deus da agricultura. Procede desta circunstância o fato de serem mandados pelos filisteus ao Deus de israel cinco ratinhos de ouro, semelhantes aos do campo, como sacrifício expiatório pelo pecado – o rato do campo simbolizava, talvez, aquele Deus que tinha castigado os adoradores de Dagom. Há, provavelmente, alguma conexão no fato de que a praga era, na sua origem, uma doença de rato.

  • dahi

    hebraico: promessa eloqüente

  • daimonion

    deuses

  • daise

    Olho do dia, miniatura simbólica do sol

  • daisy

    Olho do dia, miniatura simbólica do sol

  • dalaias

    hebraico: Jeová planejou

  • dálete

    quarta letra do alfabeto hebraico

  • dalfom

    hebraico: esforçado

  • dalila

    Uma mulher de Soreque, na Filístia, amada por Sansão. Foi por instigação de Dalila que os filisteus puderam saber onde estava o segredo da força daquele afamado israelita (Jz 16.4 a 18). Ela recebeu, pela sua traição, a importância de 5500 peças de prata (700 libras).

  • dalmácia

    Região montanhosa na costa oriental do mar Adriático, fazendo parte da província romana do ilírico, para onde Tito foi mandado (2 Tm 4.10). o próprio apóstolo Paulo tinha pregado o Evangelho nas terras circunvizinhas (Rm 15.19). Não foi propriamente nome de uma província senão depois do ano 70 (d.C.)

  • dalmanuta

    hebraico: um balde, magreza

  • dalmatia

    grego: enganoso

  • dalton

    Aldeia do vale

  • dâmaris

    Bezerra. Mulher convertida em Atenas com as pregações de Paulo (At 17.34). Não parece ter sido uma senhora da nobreza ateniense, porque tal dama não teria estado no auditório de S. Paulo.

  • dämaris

    implorada pelo povo

  • damasco

    A mais importante e uma das mais antigas cidades da Síria, situada numa fértil planície, quase circular, com 48 km. de diâmetro – é banhada pelo Barada e o Awaj (Abana e Farfar). Dista de Jerusalém para o nordeste 218 km. Foi, por séculos, um centro comercial (Ez 27.18 e 47.16 a 18). Já era conhecida no tempo de Abraão, e foi terra natal do seu mordomo Eliezer (Gn 14.35 e 15.2). A não ser no curto período de tempo em que Damasco esteve sujeita a Davi e Salomão, era esta cidade a capital do reino independente da Síria, e com esta nação está a sua história estreitamente ligada. Foi conquistada a cidade de Damasco pelo rei Davi, sendo obrigada a pagar um certo tributo (2 Sm 8.5,6 – e 1 Cr 1S.5 a 7) – mas no tempo de Salomão foi retomada por um guerreiro de nome Rezom (1 Rs 11.23 a 25). Ben-Hadade i, rei da Síria, sendo subornado por Asa, rei de Judá, quebrou a sua aliança com Baasa, e invadiu o reino de israel (1 Rs 15.18 a 20 – 2 Cr 16.2 a 4), continuando a guerra com israelitas no tempo de onri (1 Ra 20.34). Ben-Hadade ii cercou Samaria, mas sem resultado, no tempo do rei Acabe – depois voltou, mas foi de novo posto em debandada, firmando, porém, uma aliança com Acabe (1 Rs 20.1 a 34). Três anos mais tarde foi a guerra renovada, tendo sido Acabe derrotado e morto (1 Rs 22.1,37). o general Naamã foi mandado de Damasco à Samaria para curar-se da lepra (2 Rs 5). Pela segunda vez foi cercada a cidade de Samaria por Ben-Hadade, mas em vão (2 Rs 6.24). Hazael foi visitado por Eliseu em Damasco, e designado como sucessor de Ben-Hadade (2 Rs 8.7 a 15). Este mesmo Hazael foi derrotado pelos assírios, mas alcançou vitória contra Jorão e Acazias (2 Rs 8.28,29). os sírios assolaram a terra de israel ao oriente do Jordão, no reinado de Jeú (2 Rs 10.32, 33 – e Am 1.3 a 5) – cercaram e tomaram Gate (2 Rs 12.17 e Am 6.2) – ameaçaram Jerusalém (2 Rs 12.18 – 2 Cr 24.23) – oprimiram israel no reinado de Jeoacaz (2 Rs 13.3 a 7,22). Ben-Hadade iii foi também um rei opressor – mas perdeu as cidades que Hazael tinha tomado (2 Rs 13.25), ficando Jeoás vitorioso conforme o vaticínio de Eliseu (2 Rs 13.14 a 19) – também Jeroboão atacou a cidade de Damasco (2 Rs 14.28). Rezim, juntamente com Peca, rei de israel, atacou Jerusalém não sendo bem sucedido, mas levou numerosos cativos e recuperou Elate (2 Rs 16.5,6 – 2 Cr 28.5 – e is 7.1 a 9). Tiglate-Pileser, rei da Assíria, instigado por Acaz, tomou Damasco, matou Rezim e transportou para Quir os habitantes desta cidade, como tinha sido predito por Amós – e assim terminou o reino de Damasco (2 Rs 16.9 a 12 – is 17.1 a 3 – Jr 49.23 a 27 – Am 1.5). Nos tempos do N.T. fazia Damasco parte do reino de Aretas, um árabe que conservava o seu poder, estando sujeito aos romanos (2 Co 11.32). Foi perto daquela cidade que se deu a conversão de S. Paulo (At 9). Damasco gozou de prosperidade comercial, quase sem interrupção, e ainda hoje é uma cidade que tem para cima de 100.000 habitantes. A planície produz nozes, romãs, figos, ameixas, damascos, limões, peras e maçãs – e nos arredores existem famosas vinhas. o trânsito por Damasco foi em todos os tempos mais lucrativo do que propriamente o seu comércio direto. As caravanas entre o Egito e a Síria, e entre Tiro e Assíria e o oriente passavam geralmente, todas elas por Damasco. (*veja Ben-Hadade e Hazael.)

  • damiao

    Domador

  • damim

    hebraico: fim do sangue (uvas)

  • daná

    terra baixa

  • danaba

    hebraico: ela pronunciou julgamento

  • dança

    As mulheres hebréias exprimiam por meio de dança os seus sentimentos – e quando os seus maridos ou pessoas amigas voltavam a suas casas, vindo de combater pela vida e pela pátria, saíam elas ao seu encontro com danças de triunfo (Êx 15.20 – Jz 11.34). os jovens são mencionados em Jr 31.13, como entrando em danças com pessoas idosas. Já se tem dito que a particularidade do procedimento de Davi quando ele ‘dançava com todas as suas forças diante do Senhor’ (2 Sm 6.14) tem esta explicação: a dança, segundo o costume, devia ter sido dirigida por Mical, que com as suas donzelas havia de ir receber os conquistadores. É certo, porém, que, entre as nações semíticas, as danças sagradas eram observadas tanto por homens como por mulheres. Mical considerava como coisa indigna e indecorosa para o rei de israel despojar-se das vestes do seu real ofício. No caso dos sacerdotes de Baal, trata-se, provavelmente, de uma dança aos saltos (1 Rs 18.26). Em Ct 6.10 ‘formidável como um exército com bandeiras’ pode significar uma dança de espada, efetuada pela noiva. A dança a que se faz referência em Sl 149.3 e 150.4, era feita ao som da gaita pastoril ou de qualquer outro instrumento de sopro. Em nenhum caso se apresentam os homens a dançar com mulheres. A dança que moças executavam era, freqüentes vezes, de uma maneira licenciosa, como provavelmente o foi no caso de Salomé (Mc 6.22).

  • daniel

    Deus é meu Juiz. 1. Segundo filho de Davi, que lhe nasceu em Hebrom, de Abigail, a carmelita (1 Cr 3.1). Mas em 2 Sm 3.3 o seu nome é Quileabe. 2. o profeta Daniel, de cuja vida pouco se sabe, a não ser o que pode ser colhido do livro que tem o seu nome. Ele não foi sacerdote, como Jeremias e Ezequiel – mas era como isaías, da tribo de Judá, e provavelmente membro da família real (1.3 a 6). Foi levado para Babilônia, quando ainda jovem (1.4) no terceiro ano de Jeoaquim (605 a.C.), oito anos antes da ida de Ezequiel. Quando chegou à Babilônia foi colocado na corte de Nabucodonosor – ali tornou-se conhecedor da ciência dos caldeus, alcançando uma sabedoria superior à deles. o primeiro acontecimento que tornou conhecido Daniel, e que lhe deu grande influência, foi o ter revelado e explicado o sonho de Nabucodonosor. Este fato ocorreu no segundo ano do exclusivo reinado daquele monarca, isto é, em 603. Depois disso foram os seus companheiros salvos de morrer na fornalha de fogo, em que tinham sido lançados por se terem recusado a prestar culto a uma imagem – e alguns anos mais tarde sucedeu o segundo sonho de Nabucodonosor. os acontecimentos registrados no cap. 5 do livro de Daniel, isto é, o banquete de Belsazar e as palavras escritas na parede parece terem ocorrido no ano 538 a. C., pelo fim do reinado de Nabonido, representado em Babilônia pelo seu filho Belsazar. Naquela noite foi assassinado o jovem príncipe (que tinha a denominação de ‘rei’) e mudada a dinastia. Daniel tinha sido elevado por Nabucodonosor a alta posição e poder: e ele ocupou lugar honroso, embora com interrupção, durante o governo da dinastia babilônia e da persa. No reinado de Dario foi aquele servo de Deus lançado numa cova de leões, pela sua fidelidade para com a religião de Moisés, mas viu-se miraculosamente salvo. Ele profetizou durante o cativeiro (1.21), sendo a sua última profecia revelada dois anos mais tarde, no terceiro ano do reinado de Ciro (10.1). Foi um modelo de fidelidade na religião do Senhor, mesmo numa terra estranha. Ezequiel menciona Daniel, e também Noé e Jó, como homens justos (14.14,20), e dotados de especial sabedoria (28.3). Se for este o mesmo Daniel, é muito notável ter sido posto um jovem contemporâneo na mesma classe de grandes homens da antigüidade. Jesus Cristo cita-o como profeta (Mt 24.15). 3. Um descendente de itamar, que voltou do exílio com Esdras (Ed 8.2), e selou o pacto traçado por Neemias (Ne 10.6).

  • daniel (livro de)

    Conteúdo. o livro acha-se dividido em duas partes: (i) histórica (1 a 6), e (ii) profética (7 a 12). Na primeira parte fala-se de Daniel na terceira pessoa – na segunda parte (à exceção de preliminares notícias, 7.1 a 10.1), é ele próprio o narrador. (i) Daniel e seus companheiros na corte de Nabucodonosor (1) – o sonho do rei com respeito à grande imagem, simbolizando quatro reinos (2) – a fornalha de fogo (3) – o sonho de Nabucodonosor em que foi vista uma grande árvore, sendo esta interpretada na sua destruição como figura da loucura do imperador (4) – o banquete de Belsazar (5) – Daniel na cova dos leões (6). (ii) Visão dos quatro grandes animais que subiam do mar – o seu juízo diante do ‘Ancião de dias’, e a entrega do reino a ‘um como o Filho do homem’ (7) – visão do carneiro com dois chifres, o qual foi ferido pelo bode, que tinha um chifre insigne entre os olhos – quebrado este chifre, dele saíram quatro outros chifres, e de um destes um chifre mui pequeno, que se tornou grande e perseguiu os santos (8) – a Daniel é dada a compreensão da profecia de Jeremias (Jr 25.12 e 29.10) quanto aos setenta anos das ‘idolatrias’ de Jerusalém (9) – Daniel, depois do jejum e do luto, teve ainda outras visões (10 a 12). A interpretação das visões tem sido assunto de viva controvérsia. o anjo Gabriel explica a visão do cap. 8, tornando-se a sua aplicação histórica um assunto simples. o império dos persas, estabelecido por Ciro, durou de 538 até ao ano 333 a.C., em que foi destruído por Alexandre Magno na batalha de issus. Da idade de trinta e dois anos (em 333) morreu este conquistador (o simbolizado chifre quebrado), que havia estabelecido domínio quase universal – e não tendo deixado herdeiro, foi o seu grande império repartido entre os seus generais. Depois de vinte anos de rivalidades e lutas, estabeleceram-se quatro reinos: Macedônia e Grécia, Trácia e Bitínia, Egito e Síria, sendo dada a parte oriental com a Babilônia a Seleuco. Por esta razão viveu a Judéia sob o governo dos reis selêucidas – destes, foi Antíoco Epifanes o nono (175 a 164 a. C.), que está na profecia figurada pelo ‘pequeno chifre’. As suas perseguições aos judeus resultaram numa revolta, chefiada por Judas Macabeu, e na reconsagração do templo (em 165), cerca de três anos depois da sua profanação. Antíoco morreu alguns meses mais tarde. Pode, então, deduzir-se que, como a clara predição do cap. 8 se acha repetida e desenvolvida na parte restante do livro, antecipa-se ele nas profecias do mesmo gênero, porém mais obscuras, dos caps. 7 e 2, e que os reinos da Média, Pérsia e Grécia estão também compreendidos nos quatro simbolizados pelos animais e pela imagem. Além disso, o primeiro dos quatro é o do próprio Nabucodonosor, isto é, Babilônia (2.38). Chegado a este ponto, dividem-se expositores. Serão a Média e a Pérsia um só império, fundado por Ciro, e simbolizado pelo carneiro de chifres mais compridos e mais curtos ? Se for assim, a Grécia é o terceiro, e o quarto naturalmente acha-se identificado com o império de Roma, tendo passado para os domínios romanos o império fundado por Alexandre Magno. Desta interpretação derivam diversas interpretações a respeito dos dez reinos (os dedos dos pés da imagem, cap. 2 e os chifres do quarto animal, cap. 7), em que havia de dividir-se o império romano. A pequena ponta do cap. 7.8, 20, 21,25 é, também muitas vezes, identificada com o papado. A interpretação do quarto reino está em estreita conexão com a controvérsia que diz respeito à DATA e autoria do livro. Se, em conformidade à invariável tradição dos judeus e da igreja cristã, o livro foi escrito por Daniel em Babilônia, então não somente é certa a historicidade dos caps. 1 a 6, mas também são maravilhosas as predições concernentes a Antíoco Epifanes, anunciadas quatro séculos antes do acontecimento. Em favor de tal DATA há várias razões: (1) a de ter o livro o seu lugar no Cânon. Ele foi recebido como Escritura Santa no tempo dos Macabeus (*veja 1 Mac 2.59,60) – e diz Flávio Josefo que as suas profecias foram apresentadas a Alexandre Magno na ocasião da sua chegada a Jerusalém. o livro está na versão dos Setenta do A.T., havendo começado essa tradução cerca do ano 280 a. C. (2) o testemunho de Jesus Cristo (Mt 24.15). (3) o testemunho da igreja cristã. Porfírio, um escritor pagão (233 a 302 d.C.) pela primeira vez atacou as qualidades proféticas de Daniel, e S. Jerônimo tratou das suas objeções. (4) os pormenores e colorido da narrativa nos impressionam de tal maneira que somos levados a julgar esse livro a obra de um contemporâneo. Todavia, o valor religioso do livro, a sua revelação do plano de Deus, a sua promessa da vinda de Cristo, e todas as lições morais e espirituais, que a igreja, em todos os tempos, tem recebido por meio das suas páginas, devem julgar-se independentes de qualquer conclusão sobre o tempo em que foi escrito e a respeito do seu autor.

  • daniela

    Meu juiz é Deus

  • daniele

    Meu juiz é Deus

  • danielle

    Meu juiz é Deus

  • danilo

    Meu juiz é Deus

  • dante

    Perene, duradouro, permanente

  • danton

    Aquele que está na vanguarda

  • daphne

    Loureiro

  • dara

    hebraico: pérola da Sabedoria ou coração de sabedoria

  • darci

    Nobre de Arcy

  • darcom

    espalhador

  • darcy

    Nobre de Arcy

  • darda

    perola de sabedoria

  • dardo

    ’Dardos inflamados’ (Ef 6.16) são setas ou outras armas de arremesso, lançadas quando estão em fogo ou têm em si qualquer material combustível.

  • darico

    Moeda persa, de ouro que pesa 8,4 gramas

  • dáricos

    Moeda persa de ouro que pesava 8,4 gramas

  • dario

    Três reis deste nome são mencionados no Antigo Testamento: 1. Dario, o Medo, que sucedeu no governo da Babilônia ao rei Belsazar. Nessa ocasião tinha ele 62 anos de idade (Dn 5.31 e seg.). Foi ele quem escolheu Daniel para ser um dos três presidentes que foram colocados à frente de 120 sátrapas – e, depois do miraculoso livramento do próprio Daniel na cova dos leões, publicou um decreto ordenando reverência ao Deus de Daniel em todos os seus domínios. Acha-se, de ordinário, identificado com Gobrias, governador da Média, que operou como representante de Ciro na tomada de Babilônia. 2. Dario, o filho de Histaspes, que foi proclamado rei do vasto império da Pérsia no ano de 521 a. C. Foi um dos maiores generais da antigüidade. Ele conduziu os seus vitoriosos soldados para aquém dos Balcãs e muito ao longo da costa setentrional da África – e para o lado do oriente chegou até às planícies do indo. Tentou, também, conquistar a Grécia, mas a derrota dos persas foi espantosa na batalha de Maratona (490 a.C.), que foi uma das mais decisivas na história da Humanidade. Durante os trinta e seis anos do seu reinado ele firmou e estendeu o reino, fundado por Ciro. os judeus viveram em prosperidade durante o reinado de Dario, na boa vontade do qual continuou a restauração do templo até ao seu acabamento (Ed 6.15). 3. Dario, o Persa (Ne 12.22), provavelmente Codomano, o último rei da Pérsia, que foi aniquilado por Alexandre Magno em 330 a. C.

  • darlene

    Aquela que é muito querida

  • datã

    da fonte

  • davi

    o segundo e o mais ilustre dos reis de israel. Era filho de Jessé, bisneto de Rute, e nasceu em Belém, sendo o mais novo de uma família de dez. Davi, na sua mocidade, foi pastor, ocupação que nos países orientais era geralmente exercida pelos escravos, pelas mulheres, ou pelos íntimos da família. Apesar de tudo isto foi ungido por Samuel para ser rei de israel. Como era hábil tocador de harpa, foi chamado por Saul com o fim de suavizar a melancolia do infeliz monarca (1 Sm 16). o lugar do recontro de Davi com Golias foi Efes-Damim (1 Sm 17), que fica entre os montes da parte ocidental de Judá – e o ribeiro que corria entre dois exércitos era o Elá, ou ‘o Terebinto’, que hoje tem o nome de Wady Es-Sunt. A fama que Davi adquiriu pelo fato de ter vencido o gigante, se por um lado motivou o seu casamento com Mical, filha do rei, foi, também, causa de ter Saul maliciosos ciúmes do jovem guerreiro. Todavia, o rei nomeou Davi capitão da sua real guarda, posição somente inferior à de Abner, o general do exército, e à de Jônatas, o presuntivo herdeiro do trono. Davi e Jônatas vieram a ser dedicados amigos, mas a louca inveja e os maus intentos do rei arrastaram por fim Davi para o exílio. Ele foi ter primeiramente com o sacerdote Aimeleque, mas depois refugiou-se na corte de Aquis, o filisteu monarca de Gate, e dali pôde livrar-se, fingindo-se louco (1 Sm 19 a 21). Retirando-se de Gate, escondeu-se Davi na caverna de Adulão – e foi depois para uma fortaleza perto de En-Gedi – e mais tarde apareceu no bosque de Herete ao sul de Judá. Aqui se juntou a Davi um grupo de homens dedicados, que de boa vontade compartilhavam os seus perigos. É verdade que pertencer ao partido de Davi era uma situação perigosa, e isso se patenteou no assassinato de Aimeleque e dos sacerdotes que Doegue o idumeu, perpetrou por mandado de Saul (1 Sm 22). os amigos de Davi entraram na fortificada cidade de Queila, e esperava Saul apanhá-los ali de surpresa (1 Sm 23). Em contraste com a furiosa perseguição, movida contra Davi, manifesta-se a cavalheiresca atenção do fugitivo para com ‘o ungido do Senhor’, como se mostrou quando ele poupou a vida de Saul no deserto de En-Gedi (1 Sm 24), e no deserto de Zife (1 Sm 26). Foi para esta nobre disposição que Abigail apelou no caso do insensato Nabal (1 Sm 25). Por algum tempo achou Davi abrigo junto de Aquis, rei de Gate, e então Saul não o procurou mais (1 Sm 27.4). Na ausência de Davi, foi tomada Ziclague e incendiada pelos amalequitas – mas Davi perseguiu os invasores, derrotou-os, e assim pôde livrar do cativeiro muitas pessoas, entre as quais estavam as suas próprias mulheres (1 Sm 30). Depois da desastrosa batalha de Gilboa (1 Sm 31), proferiu Davi aquela tocante lamentação a respeito de Saul e Jônatas (2 Sm 1). Davi veio a ser, então, rei de Judá – foi ungido em Hebrom (2 Sm 2), e reinou ali por mais de sete Prolongada guerra houve entre a casa de Saul e a casa de Davi (2 Sm 3.1). Mas, depois do assassinato de is-Bosete, filho de Saul (2 Sm 4), ato que foi fortemente desaprovado por Davi, tornou-se ele rei de todo o povo de israel (2 Sm 5). Pensou, então, em conquistar uma fortaleza, a única que no centro daquela terra tinha resistido às forças do povo escolhido. Por meio de um repentino assalto foi tomada a cidade de Jebus, sendo daí para o futuro conhecida pelo seu antigo nome Jerusalém, e também pelo nome de Sião (2 Sm 5). Esta cidade foi grandemente fortificada, tornando-se a capital do reino. A arca foi transportada com grande solenidade de Quiriate-Jearim sendo construída uma nova tenda ou tabernáculo para recebê-la (2 Sm 6). A prosperidade continuou a bafejar as armas de Davi – mas no meio de tantos triunfos, quando o seu exército estava cercando Rabá, caiu ele nas profundezas do pecado, planejando a morte de Urias, depois de ter cometido adultério com Bate-Seba (2 Sm 11). Convencido da sua grave falta, arrependeu-se, implorando a misericórdia do Senhor, e foi perdoado – mas a parte restante da sua vida foi amargurada com questões de família. Absalão, seu filho muito amado, revoltou-se contra ele, e por algum tempo Davi teve de exilar-se – mas por fim morreu o ingrato e revoltado israelita, que tanto martirizou seu pai (2 Sm 15 a 18). o insensato procedimento do rei, na numeração do povo, enevoou ainda mais a vida de Davi (2 Sm 24). Finalmente, depois de ter Adonias pretendido o trono, abdicou Davi em favor de Salomão, confiando-lhe, além disso, a tarefa de edificar o templo, para o qual ele tinha reunido muitos materiais. E, depois das recomendações finais ao seu sucessor, descansou com seus pais, ‘e foi sepultado na cidade de Davi’ (1 Rs 1 e 2). A vida de Davi acha-se cheia de incidentes românticos e de contrastes surpreendentes. É, realmente, uma história humana, que manifesta tanto a fraqueza como a força de uma alma de extraordinária capacidade. o ter sido qualificado Davi como homem ‘segundo o coração de Deus’ (1 Sm 13.14 e At 13.22) não significa, de forma alguma, que Davi fosse homem perfeito, mas somente que ele era um agente escolhido do Senhor para os Seus profundos desígnios. os pecados de Davi foram causa de graves acontecimentos na sua vida, mas nele se via um homem que se humilhou a si mesmo em grande arrependimento na convicção de haver pecado (2 Sm 12). Sobre o caráter geral de Davi diz o deão Stanley o seguinte: ‘Tendo em vista a complexidade dos elementos que constituem o caráter de Davi, a paixão, a ternura, a generosidade, a altivez, as suas qualidades de soldado, pastor, poeta, estadista, sacerdote, profeta, rei – considerando ainda nesse homem extraordinário o amigo romântico, o guia cavalheiresco, o pai dedicado, não se encontra em todo o A.T. outra pessoa com a qual ele se possa comparar… É ele o tipo e a profecia de Jesus Cristo. Não se chama a Jesus o filho de Abraão, ou o filho de Jacó, ou o filho de Moisés, mas sim o ‘filho de Davi’.

  • dayênu

    Lit. “já teria bastado para nós”; refrão de uma canção entoada na Hagadá.

  • dayse

    Olho do dia

  • debalde

    Em vão; inútil

  • debilidade

    Qualidade ou estado de débil; falta de vigor ou energia (física ou psíquica); fraqueza.

  • debir

    Significação desconhecida: será relicário ? l. É hoje Edh-Dhaherayeh, uma cidade nas montanhas de Judá (Js 15.49), em outros tempos chamada Quiriate-Sefer (Js 15.15 – Jz 1.11). Está situada no cimo de uma comprida crista achatada, um território árido sem nascentes – mas conta hoje quatorze na distância de uns onze km para o norte. Cidade real de Anaquim, a qual foi tomada por otoniel (Js 10,11,12 e 15 – Jz 1.12,13), e concedida aos sacerdotes (Js 21.15 – 1 Cr 6.58). 2. Lugar na fronteira norte, de Judá, perto do vale de Acor (Js 15.7). 3. Um sítio perto da fronteira de Gade, no vale oriental do Jordão (Js 13.26). 4. Rei de Eglom, um dos cinco monarcas que Josué mandou enforcar (Js 10.3,23).

  • deblaim

    hebraico: bolos

  • débora

    Abelha. l. A ama de Rebeca (Gn 35.8 – cp. com 24.59). No oriente as amas eram pessoas importantes da família, e de grande consideração. Débora acompanhou Rebeca à terra do seu marido (Gn 24.59). 2. Uma profetisa que julgava a israel debaixo das palmeiras do monte Efraim (Jz 4.5) – era mulher de Lapidote. os seus dons proféticos lhe deram grande influência num tempo de desespero e confusão (Jz 4.6,14 – 5.7), sendo, realmente, uma verdadeira ‘mãe de israel’. Com as suas palavras despertou os filhos de israel para resistirem a Jabim, rei de Hazor, que havia oprimido o povo israelita pelo espaço de vinte anos. Com o auxilio de Baraque, organizou um exército de 10.000 homens, sendo completamente derrotadas as forças de Jabim, comandadas por Sísera. E depois disto houve paz em israel por quarenta anos (Jz 5.32). o seu glorioso cântico de triunfo se lê no mesmo cap. 5 – sendo uma das mais antigas e grandiosas poesias hebraicas, é, também, uma das mais admiráveis odes do seu gênero em toda a literatura. Com exceção de Atalia, não há outra mulher na história judaica que governasse o povo de israel.

  • deborah

    Abelha

  • debruar

    Guarnecer (Equipar; Prover do necessário) com debrum

  • debrum

    Tira que se costura dobrada sobre a orla (borda; rebordo) dum tecido

  • decálogo

    ou os Dez Mandamentos ou, segundo a expressão da Bíblia, “as Dez Palavras” (Êx 34,278; Dt 4,13; 10,4). Na Segunda Escritura aparecem em forma de conjunto já unitário no contexto da aliança entre Deus e seu povo no Sinai (cf. Êx 19-20), e, em outra palavra, no Código deuteronômico, incluído no 2º e longo discurso posto na boca de Moisés (cd. Dt 5,6-21).

    O Decálogo é a expressão positiva das exigências da lei natural, olvidada pelo homem por causa de seu próprio descumprimento. Na cena com o jovem rico, Jesus recorda como o cumprimento dos mandamentos conduz à salvação (cf. Mt 19,17-19; Mc 10,19; Lc 18,18-20). São Paulo diz explicitamente o que resume todo o evangelho: que todos os mandamentos se condensam ou reduzem ao amor (cf. Rm 13,9).

  • decápolis

    Dez cidades. Trata-se de umaconfederação de cidades gregas, que se calcula terem sido dez, e que se estendiam por uma área que abrangia ambos os lados do Jordão, ao sul do mar da Galiléia e na direção do norte. Depois do ano 63 a.C. recebiam de Roma certos privilégios . Alguns doentes, que habitavam este território, foram curados por Jesus Cristo (Mt 4.25 – Mc 5.20 – 7.31). As dez cidades, segundo Plínio, eram Damasco, Filadélfia, Rafana, Citópolis (Bete-Seã), Gadara, Hipos, Diom, Pela, Gerasa e Canata. Nos tempos de Jesus Cristo continham estas cidades grandes populações, na sua maior parte gregas, vivendo em prosperidade: seis delas acham-se completamente arruinadas e desertas – três, Citópolis, Gadara e Canata, têm ainda algumas famílias, vivendo mais como brutos do que como seres humanos, por entre aquelas ruínas de palácios, que se desfazem em pó, e nos cavernosos retiros de antigos túmulos. Damasco, embora despojada de muito da sua antiga glória, é ainda uma cidade importante e populosa.

  • decar

    hebraico: filho

  • decla

    palmeira

  • declínio

    Ato de declinar, ou seja, desviar-se do rumo; afastar-se dum ponto ou direção.

  • decomposição

    Ato ou efeito de decompor-se; redução a elementos simples; alteração profunda; análise; desorganização.

  • dedã

    1. Filho de Raamá e neto de Cuxe (Gn 10.7). 2. Filho de Jocsã (Gn 25.3). os dedanitas, is 21.13, e os de Dedã, Ez 27.20, descendentes de um ou do outro tronco, eram uma tribo árabe – viviam como negociantes de caravana entre o oriente e o ocidente, e sua residência principal era perto de Edom (Ez 25.13). Há uma ilha chamada Dadã, perto do golfo Pérsico, cujo nome pode ter alguma conexão com a Dedã bíblica.

  • dedicação (festa da) festainst

    ra comemorar a purificação do templo e a reedificação do altar, depois que Judas Macabeu expulsou os sírios (164 a. C.). É apenas mencionada uma vez na Bíblia (Jo 10.22). Celebrava-se essa festa com muitos cânticos, e conduzindo ramos de árvores. Ainda hoje é observada pelos judeus (Hanucá), e costuma realizar-se pelos fins de dezembro.

  • dedução

    Ação de deduzir, o que resulta de um raciocínio lógico.

  • defeito

    Esta palavra é aplicada aos sacerdotes. isto quer dizer que os ministros da religião mosaica não deviam ter defeito físico, que fosse neles uma incapacidade para a sua missão sacerdotal. Esses defeitos acham-se especificados em Lv 21.18 a 20. Deste modo a perfeição física dos sacerdotes era uma representação do sacerdote perfeito, que é Cristo. Também a palavra defeito se emprega com relação aos sacrifícios: não devia haver neles defeito algum (Lv 22.20 a 24). isto se realizou em Cristo, o cordeiro imaculado e incontaminado (1 Pe 1.19), que se sacrificou pelos homens.

  • deferência

    Respeito; reverência.

  • deficiente

    Falto, falho, carente, incompleto.

  • definhar

    Enfraquecer-se pouco a pouco, extremar-se, mirrar-se; abater, decair, murchar, secar

  • defraudar

    Fraudar; engano propositado; logro; artifício para iludir; cilada

  • dehi

    hebraico: promessa eloqüente

  • deidade

    Divindade; qualidade de divino.

  • deísmo

    Teoria dos que crêem em Deus e na religião natural, mas rejeitam a revelação.

  • delaias

    a quem o Senhor fez livre

  • delea

    hebraico: campo de pepinos

  • deleite

    Prazer inteiro, pleno; delícia.

  • delfon

    hebraico: esforçado

  • delfos

    hebraico: esforçado

  • deliberado

    Resolvido

  • deliberar

    Resolver; examinar

  • delinear

    Traçar linhas gerais, esboçar.

  • delito

    Crime; falta

  • delongas

    Demora; adiamento

  • delos

    grego: visível

  • demanada

    Causa, litígio, pleito

  • demanda

    Processo; litígio; causa

  • demandar

    Pedir; necessitar; ir em busca

  • demas

    grego: uma abreviatura de Demétrio, popular

  • deméter

    a deusa terra-mãe

  • demétrio

    1. Fabricante de pequenas relíquias de Diana, em Éfeso, representando elas, provavelmente, a deusa colocada dentro de um nicho de prata. Era costume essas relíquias com a imagem de Diana serem trazidas pelas pessoas, ou postas nas casas, servindo de amuletos ou de sortilégios. Eram facilmente compradas pelos que visitavam o famoso templo. Demétrio foi causador de uma grande gritaria contra Paulo, quando este Apóstolo pregou o Evangelho em Éfeso – Demétrio pensava, com razão, que com essas doutrinas da religião cristã corria perigo o negócio de fazer representações da deusa (At 19.24). 2. Um convertido de quem São João faz o elogio, e que vivia em Éfeso, ou perto desta cidade (3 Jo 12).

  • demonio

    cabeludo, cabrito, bode

  • demônio (possesso do)

    A possessão demoníaca figura largamente nos Evangelhos e nos Atos. Três palavras representam o espírito do mal e a condição de estar a alma na sua sujeição: demônio, endemoninhado, endemoninhar. implicam a existência de seres que podem ter certo poder sobre seres humanos, ou que habitam mesmo nos animais (como aconteceu com os porcos gadarenos, Mt 8.32). A sua influência se manifestou por vezes na enfermidade física(como a mudez, Mt 9.32,33) – mas que as pessoas assim possessas não eram, em certas ocasiões, pessoas doentes, mostra-se por uma nítida diferenciação, como em Mt 10.8. Pela parábola do espírito imundo se vê que a influência demoníaca se manifestou, também, na degradação moral (Mt 12.43 a 45ì. os demônios se opõem ao reino da paz, e a sua sujeição constituía prova de que era vindo o reino de Deus (Lc 11.20). Reconheceram eles, também, em Jesus Cristo o Filho de Deus, como se vê em Mt 8.29, e sentiram a autoridade do Seu nome, quando era usada por outros (At 19.15). o querer apresentar a possessão demoníaca como uma simples doença física ou mental não pode sustentar-se em face dos pormenores que se colhem nos Evangelhos. Nem existe qualquer força probatória no argumento de que tal possessão já não existe. Tal afirmação não tem base firme.Fenômenos como os descritos nos Evangelhos têm sido observados no campo missionário.

  • demônio / satanás

    Diabo, Acusador, Adversário. Falso acusador, que calunia Deus perante o homem, e o homem perante Deus.

  • demônio, satanás

    Diabo, Acusador, Adversário. l. o falso acusador, que calunia Deus perante o homem, e o homem perante Deus. Em Gn 3.5 procura o demônio fazer crer que Deus é um dominador arbitrário e egoísta. Como acusador do homem, vide Jó caps. 1 e 2. Ele é descrito como ‘acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia, e de noite, diante do nosso Deus’ (Ap 12.10). Sobre a natureza e estado original de Satanás pouco se acha revelado nas Escrituras, mas insinua-se o seu poder sobre a alma. Na parábola do semeador (Mt 13.19), é ele apresentado como arrancando dos corações a boa semente – e na do trigo e joio é ele pintado como introdutor do mal no mundo. Paulo declara a Agripa que a sua missão era desviar os homens do poder de Satanás, levando-os para Deus (At 26.18) – e quando quer considerar os homens como separados da graça de Cristo, a sua frase é ‘entregue a Satanás’ (1 Co 5.5 e 1 Tm 1.20). E achamos a expressão ‘sinagoga de Satanás’ (Ap 2.9 – 3.9) – e também ‘coisas profundas de Satanás’ (Ap 2.24). Na epístola aos Hebreus fala-se da morte de Cristo, como tendente a destruir ‘aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo’ (Hb 2.14). As ‘ciladas’ (Ef 6.11),’os desígnios’ (2 Co 2.11), ‘o laço do diabo’ (1 Tm 3.7 e 6.9, 2 Tm 2.26), são expressões que indicam a natureza do poder do mal. os demônios que têm o poder de tentar as almas como que constituem um exército de que Satanás é chefe (Mt 12.24,26 – Lc 10.18 – At 10.38 – Ef 6.12). A Escritura descreve os pecados como ‘obras do demônio’, e atribui ao inimigo da luz o erro e o mal (2 Co 11.14,15 – 1 Ts 2.18 – Ap 2.10 – 20.10). Satanás é apresentado como tentador, superior a qualquer outro – os principais exemplos que a Escritura nos mostra acerca da sua atividade neste gênero, são as tentações de Eva e de nosso Senhor (*veja Satanás). 2. Ao demônio, como objeto de culto, ao qual eram oferecidos sacrifícios propiciatórios, há referências em Lv 17.7 – Dt 32.17 – 2 Cr 11.15 – Sl 106.37. (Cp. com Ap 9.20 – e *veja Sátiro.)

  • demover

    Afastar-se; deslocar-se; sair

  • denaba

    hebraico: ela pronunciou julgamento

  • denário

    O denário, que em outra tradução é um dinheiro, era a principal moeda romana de prata. Era, geralmente, o salário que um homem recebia pelo trabalho de um dia. Era moeda de grande uso por todo o império romano, nos tempos do N.T. O seu nome latino era denarius, e em grego, denarion (Mt 20.2 – 22.19 – Mc 6.37 – 12.15 – Lc 20.24 – Jo 6.7 – 12.5 – Ap 6.6). À dracma, peça de prata, equivalia o denário romano, que correu em toda a Europa, ainda muito depois do desmembramento do império. O que circulava no tempo de Cristo, tinha no anverso a cabeça de Tibério, com esta inscrição: ‘Tibério César Augusto, filho do deificado Augusto.’ No reverso estava a imagem da imperatriz Lívia, com cetro e flor. (*veja Moeda.)

  • denotar

    Significar, exprimir, simbolizar

  • deodato

    Dado por Deus

  • depreciativo

    Que deprecia; menosprezo; aviltamento; rebaixamento, etc.

  • depurada

    Purificada

  • derbe

    Cidade da Licaônia, geograficamente falando, embora fizesse parte da província romana da Galácia. Foi visitada por S. Paulo, como se lê em At 14.20 e 16.1, sendo possível que também ali tivesse ido, quando ele visitou a província da Galácia e Frígia (At 18.23). Gaio, companheiro do Apóstolo, era natural de Derbe (At 20.4). o sítio onde estava Derbe é, provavelmente, o da muralha de Gudelissim, uns 48 km. ao sudoeste de Listra.

  • derribar

    Lançar por terra; fazer cair.

  • desacato

    Falta de acatamento; profanação, desprezo.

  • desafeto

    Sem afeto; adversário, inimigo, rival.

  • desafortunado

    Infeliz

  • desarraigar

    Arrancar pela raiz ou com raízes; desenraizar, desraigar; extinguir, extirpar

  • desatino

    Falta de juízo; loucura

  • descambar

    Tender, derivar, descer, declinar.

  • descomprometido

    Que deixou de estar comprometido; cujo compromisso cessou ou se desfez.

  • descortinar

    Patentear, mostrar, correndo a cortina; enxergar, avistar; tornar manifesto; patentear, revelar.

  • desdém

    Desprezo com orgulho; altivez

  • desdenhado

    Desprezo; menosprezo

  • desdenhar

    Desprezar como indigno de siAto ou efeito de desdenhar; desprezo com orgulho; altivez, arrogância

  • desdobrar

    Fracionar ou dividir em grupos.

  • desenlace

    Desfecho, solução.

  • deserção

    Ato ou efeito de desertar; abandonar, deixar; desistir.

  • deserto

    A simples idéia de deserto, significando uma vasta extensão de areia, sem árvores e água, não se deve ligar à palavra, conforme empregada na Bíblia. os israelitas não tinham conhecimento de semelhante deserto, quer nas viagens, quer na sua existência fixa. Nos livros históricos da Bíblia, a palavra ‘deserto’ significa o vale do Jordão, o do mar Morto, e aquela região que fica ao sul do mar Morto. Nestes sítios, nos dias de prosperidade da Palestina, crescia a palmeira, o bálsamo, a cana-de-açúcar, podendo admirar-se ali uma forte e bela vegetação. Nos livros proféticos e poéticos o deserto tem já a significação de território seco pela ação do excessivo calor, ainda que, no livro de Ez 47.8, se compreende o vale do Jordão. A palavra traduzida por ‘deserto’ em Êx 3.1 – 5.3 – 19.2, e em Nm 33.16, teria melhor versão, dizendo-se ‘terra de pasto’. os israelitas levavam consigo rebanhos e manadas durante todo o tempo da sua passagem para a Terra da Promissão. A mesma significação em Jó 24.5, is 21.1, Jr 25 e 24.

  • deserto da judéia

    Chamava-se assim aquela região de Judá, que ficava ao oriente e ao sul de Jerusalém. Trata-se de um território áspero, bastante acidentado, tendo muitas covas, e correntes de água, que se vêem secas na maior parte do ano. os rebanhos de algumas tribos errantes andam por ali, alimentando-se nas fracas pastagens, juntamente com as cabras bravas e coelhos (Jz 1.16). Foi ao ocidente desta região que Davi, foragido, encontrou o miserável Nabal, no monte Carmelo – e na orla oriental teve ele o memorável encontro com Saul na caverna de En-Gedi (*veja esta palavra). Neste mesmo deserto João Batista fez as suas pregações (Mt 3.1) – e geralmente se crê que foi aqui, também, que se deu a tentação de Jesus. (*veja Deserto.)

  • desígnio

    Plano; propósito

  • desígnios

    Intento; plano; projeto

  • desincumbir-se

    Dar cumprimento a uma incumbência.

  • desmensurado

    Desmedido; que que excede as medidas

  • desmesuradamente

    Excessivamente.

  • desmitologização

    É a necessária operação hermenêutica que libera o sentido existencial da pregação e da doutrina cristãs, que funda e assegura a livre decisão da fé, esvaziando-a de toda pretensão objetivante.

  • desnucar

    Deslocar a cabeça pela nuca

  • despenseiro

    o encarregado da despensa

  • despenseiros

    Guardadores; administradores

  • despojamento

    Espólio, privar da posse, despir.

  • despojar

    Roubar ou saquear como ato de guerra. O substantivo despojos refere-se aos objetos pilhados dessa forma.

  • despojo

    Presa de guerra; roubar; saquear

  • despojos

    Restos

  • desposado

    Indivíduo recém-casado, ou noivo.

  • desposar

    Casar de novo

  • desprendimento

    Abnegação, altruísmo.

  • desregramentos

    Abusos, desordens.

  • destarte

    Assim; por essa forma

  • desterrado

    Que foi banido da pátria

  • desterrados

    Exilados; sem terra

  • desterrar

    fazer sair da terra, do país; banir

  • destilar

    Passar do estado líquido para o gasoso, depois ao líquido novamente

  • destra

    Mão direita. Palavra usada com uma figura de linguagem, para indicar habilidade poder ou autoridade, intimidade, lugar de honra próxima de alguém.

  • desvairar

    Enlouquecer

  • desvalido

    Zombaria; escárnio

  • desvanecer

    Dissipar; extinguir; aliviar

  • desvarios

    Ato de loucura

  • desvelo

    Grande cuidado; carinho; vigilância, dedicação.

  • desventura

    Infelicidade; infortúnio; má sorte

  • desventurado

    Infeliz; infortúnio a que se atribui desgraça; infelicidade

  • detença

    Sem demora

  • deterioração

    Ato ou efeito de deteriorar-se; dano, ruína, degeneração.

  • detração

    Maledicência; desprezo; depreciação; murmurações

  • detrimento

    Dano; prejuízo

  • deturpar

    Tornar torpe, feio; desfigurar, manchar

  • deuel

    Pai de Eliasafe (Nm 1.14 – 7.42,47 – 10.20).

  • deus

    i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador. (a) o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20.13 – 1 Sm 4.8). (b) El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14.18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17.1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael). (c) Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel. (d) Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel. (e) outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30.11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética. (f) Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32.6 – os 11.1 – *veja Êx 4.22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2.7, 12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103.13 – Mt 3.17). ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto. (a) Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir. (b) Deus é um, e único (Dt 6.4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12.29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45.6,7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda. (c) Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1.1 – At 17.24 – Ap 4.11 – e semelhantemente Jo 1.3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado. (d) Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra: (1) Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40.22 – 42.5 – 1 Tm 6.16). (2) É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17.28 – *veja também Jo 1.3,4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4.24) é dotado de onipresença. iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4.24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

  • deus, reino de

    O domínio de Deus sobre a terra, presente a ainda assim futuro. Iniciou-se com a vinda de Cristo, e será consumado quando Cristo voltar à terra pela segunda vez.

  • deuteronômio

    Quinto livro do A.T., e último do Pentateuco. o nome, derivado dos assuntos que encerra, significa ‘Segunda Lei’. Quanto às suas matérias, podem elas ser resumidas da seguinte maneira: i. introdução, ou Prefácio, tendo por fim chamar a atenção do povo: 1. Comemoração das bênçãos que os israelitas tinham recebido, ou em tempo de paz com relação aos dons de uma sábia e religiosa magistratura, ou em tempo de guerra com relação às vitórias alcançadas sobre os reis de Hesbom e Basã (1,2,3). 2. Em seguida é descrita a Lei preciosa que lhes foi dada, com referências ao seu Autor, à sua promulgação miraculosa, ao seu assunto e aos benefícios que lhes adviriam na sua observância (4.1 a 40). ii. Segunda Parte contém: l. os essenciais princípios da religião, nos Dez Mandamentos (4.44 a 49.5): segue-se uma declaração relativa ao fim da Lei – a obediência, com uma exortação a esse respeito (6), e razões dissuasivas dos atos que a pudessem impedir, como a comunicação com as nações pagãs (7), o esquecimento dos benefícios de Deus (8), e a justificação própria. Vem depois a lembrança do abatimento de israel, motivado por suas freqüentes rebeliões, murmurações, e provocações, fazendo-se também menção da livre graça e amor de Deus para com Seu Povo (9,10.1 a 11). 2. Exortações práticas, deduzidas desses princípios, tendo como introdução um apelo fervoroso e impressivo (10.12 a 22 -11). Estas advertências dizem respeito principalmente à adoração a Deus, quanto ao seu lugar próprio, e forma de culto (12) – à ação de evitar os que arrastavam o povo à idolatria, e ao castigo destes transgressores (13) – à alimentação, proibindo-se a comida de animais imundos (14.1 a 21) – e aos tempos e estações próprias dos serviços religiosos, com inclusão do ano sabático (15), e das festas anuais (16.1 a 17): também é considerada a direção do Aomem, na sua obediência à autoridade civil ou à autoridade eclesiástica (16. 18 a 22 – 17 e 18), tratando-se, de uma maneira geral, dos nossos deveres para com Deus e para com o próximo, e do cumprimento das diversas leis, morais, judiciais, e cerimoniais (19 a 26). iii. Conclusão. Depois de uma solene repetição da lei, vêm: 1. As exortações, chamando o povo à obediência com promessas de bênçãos e denunciação de maldições (28), recordando as grandes maravilhas de Deus em benefício dos israelitas, fazendo-lhes ver ao mesmo tempo a obrigação no caminho da Lei por um reverente pacto, (29), e finalmente incitando-os ao arrependimento (30). 2. Também há que considerar a parte histórica: Moisés resigna o seu cargo, e encarrega Josué de guiar os israelitas para a Terra Prometida, dando igualmente a lei aos sacerdotes (31.1 a 21) – compõe um cântico profético que ele entrega ao povo (31.22 a 30 – e 32) – pronuncia uma bênção sobre cada tribo em particular (33) – avista a Terra Prometida, em que não devia entrar – morre, e é sepultado (34). Foi do livro de Deuteronômio que Jesus três vezes citou aquelas palavras, com que respondeu ao tentador no deserto (cp. Mt 4.4,7,10 com Dt 8.3, 6.16, e 6.13). A predição acerca de um profeta, no Deuteronômio 1S.15 a 19, é duas vezes aplicada a Jesus Cristo no Novo Testamento – pelo Apóstolo Pedro e pelo mártir Estêvão (At 3.22 e 7.37). Há provas de que essas palavras eram, também, consideradas pelos judeus como referentes à vinda do Messias. *veja Jo 1.30,31,45 e 5.45 a 47. Não há dúvida de que a linguagem de Moisés teve geral cumprimento no fato de uma sucessão profética, culminando no aparecimento e obra de Jesus Cristo, a Quem por conseqüência as palavras mosaicas se referem de um modo eminente. As numerosas citações do livro de Deuteronômio no Novo Testamento deixam ver a consideração em que o livro era tido logo nos primeiros dias da igreja cristã. (*veja Pentateuco.)

  • devassidão

    Libertinagem; pervertido; depravado; corrompido

  • devastador

    Aquele que destrói, danifica.

  • deveras

    Realmente

  • dez mandamentos

    os mandamentos estão escritos no livro de Êx 20.3 a 17 – Dt 5.6 a 21 – as circunstâncias em que eles foram dados a Moisés acham-se descritas no Êx 19 a 24. os Dez Mandamentos foram gravados em duas tábuas de pedra, e estas colocadas dentro da arca. São também chamadas as Tábuas do Testemunho, algumas vezes simplesmente ‘o testemunho’ – é o testemunho da vontade de Deus para com os homens, é a própria Retidão, exigindo a retidão do homem (Êx 25.16 – 31.18). Para se conhecer a maneira como devem ser compreendidos pelos cristãos, vejam-se as palavras de Jesus Cristo em Mt 5.21 a 32.)

  • di-zaaba

    hebraico: abundante em ouro

  • dia

    o ‘calor do dia’ (Mt 20.12) significa o tempo das nove horas, quando no oriente o sol resplandece vivamente no Céu. ‘Pela viração do dia’ (Gn 3.8) é justamente antes do sol posto. Antes do cativeiro, os judeus dividiam a noite em três vigílias: a primeira vigília durava até à meia-noite (Lm 2.19), a média ia da meia-noite até ao cantar do galo (Jz 7.19), e a da manhã prolongava-se até ao nascer do sol (Êx 14.24). No N.T., porém, há referências a quatro vigílias, divisão que os judeus receberam dos gregos e romanos: a primeira desde o crepúsculo até às nove horas (Mc 11.11 – Jo 20.19) – a segunda, desde as nove horas até à meia-noite (Mc 13.35) – a terceira, desde a meia-noite até às três da manhã (Mc 13.35) – e a quarta, desde as três horas até ao romper do dia (Jo 18.28). o dia achava-se dividido em doze partes (Jo 11.9). A hora terceira, a sexta, e a nona, eram consagradas à oração (Dn 6.10, At 2.15, e 3.1). Parte de um dia era equivalente nos cálculos ao dia todo (Mt 12.40). os judeus não tinham nomes especiais para os dias da semana, mas contavam-nos desde o sábado. Usa-se, também, a palavra ‘dia’, como significando dia de festa (os 7.5), e dia de ruína (Jó 18.20, e os 1.11). Deve ser notado que no cálculo da duração de um reinado, por exemplo, conta-se uma pequena parte do ano por um ano completo. E assim se um rei subia ao trono no último dia do ano, o dia seguinte era o princípio do segundo ano do seu reinado. (*veja Cronologia, Tempo, Ano.)

  • dia da preparação

    O dia anterior à Páscoa. Recebeu esse nome pelo fato de serem feitos muitos preparativos para a festa.

  • dia do senhor

    Conceito do AT referente à ocasião em que Deus interviria para fazer justiça aos retos e condenar os ímpios (Is 2.12). O NT relaciona-o mais especificamente com a Segunda Vinda de Jesus (1Co 1.8). O Dia do Senhor era um momento tanto de salvação quanto de condenação.

  • dia natalicio

    Somente três vezes se usa esta expressão: uma vez no A.T., quando em Gn 40.20 se faz referência ao dia do nascimento de Faraó, o qual era sempre dia de festa – e duas vezes no N.T., em que se menciona o dia do nascimento de Herodes (Mt 14.6 e Mc 6.21). No oriente, como em qualquer outra parte, é muito antigo o costume de comemorar o dia do nascimento com grandes demonstrações de alegria. Mais tarde os judeus não tinham por estas festas muita consideração, devido isso ao fato de se praticarem, muitas vezes, nesses dias festivos, certos atos de idolatria – mas nos dias antigos da igreja cristã eram celebrados, como se fossem aniversários natalícios, os dias em que tinham sido martirizados os discípulos de Jesus Cristo, comemorando-se assim a sua entrada na vida eterna.

  • diabo

    Por sua etimologia, Demônio; Diabo (de dia-ballo = dividir), o caluniador, e Satã ( do hebraico, adversário), o acusador. É o mesmo sujeito com esses e outros muitos nomes (Dragão, Maligno, Belial=Besta, Inimigo, Tentador etc.). Quer como “deuses inferiores” – daimones -, nas culturas politeístas, quer como espíritos malignos, detrás desses nomes o sujeito ou sujeitos são potências maléficas. NA Bíblia aparecem desde o Gênesis até o Novo Testamento. São clássicas as cenas do Paraíso Terrestre (Gn 3) e do livro de Jó. No Novo Testamento, a esses espíritos são atribuídas toda classe de maldades, tudo o que vai contra Deus e inclusive efeitos como as doenças. O reino de Deus é a vitória sobre o Satanás, e um dos poderes que Jesus dá a seus enviados é o de expulsar demônios. Em alguns casos do AT há o recurso a nomes e imagens de povos pagãos (por ex, em Is 34,14; Tb 3,8). Jesus, por sua parte, fala a linguagem de seus contemporâneos, de modo que não é fácil interpretar os numerosíssimos casos nos quais a Bíblia fala do Demônio. Em todo caso, sempre está nesses espíritos o que se opõe à vontade benéfica de Deus. Cf. Mc 5,1-13; 9,17.25; Mt 9,32; 12,22; Lc 11,15 etc. Outro nome de Satanás = adversário. Ver também Demônios.

  • diaconisa

    Em virtude da referência em Rm 16.1: ‘Recomendo-vos a nossa irmã Febe, que está servindo à igreja de Cencréia’, tem-se pensado que a mesma Febe pertencia a uma já reconhecida ordem de diaconisas. Mas não há prova alguma de que isto era assim. A mais geral significação da palavra diákonos (*veja diácono) pode ser essa usada no caso de Febe. implica isso que Febe era uma mulher de influência, cujos serviços prestados ao Apóstolo, bem como a outros santos do Evangelho (Rm 16.1,2), eram uma justificação do honroso título de diákonos. Note-se, contudo, que as ‘mulheres’ de que se faz menção em 1 Tm 3.11 têm ali uma missão especial. Neste período, já de um modo claro, o diaconato incluía tanto os homens como as mulheres. Tem sido objeto de disputa se as mulheres, a que se faz referência em 1 Tm 3.11, eram as esposas de diáconos, ou outras mulheres. Na igreja Primitiva, mulheres solteiras bem como viúvas eram admitidas na qualidade de diaconisas.

  • diácono

    É o título usualmente aplicadoaos sete, a que em Atos 6 se faz referência. os Apóstolos, tomando em consideração as queixas que os judeus gregos faziam de que as suas viúvas eram desprezadas no ministério quotidiano, convocaram a multidão dos crentes com o fim de serem eleitos sete homens, ‘cheios do Espírito Santo e de sabedoria’, a quem pela oração e imposição das mãos fosse confiado o dever de servirem às mesas e distribuírem as esmolas da igreja. Em geral a igreja Primitiva julgava ter tido a ordem de diácono a sua origem nos sete, de que se fala no cap. 6 de Atos. Deve-se observar que os sete nunca são chamados diáconos nos Atos dos Apóstolos. Pelo fim da vida de S. Paulo já há claros indícios de aparecerem os diáconos, como fazendo parte regular da organização da igreja. Eles são mencionados com os ‘bispos’ da igreja filipense (Fp 1.1) – e, em 1 Tm 3, S. Paulo estabelece regulamentos para ambos os cargos. Devemos notar que a palavra diácono (diákonos) se usa no N.T. no sentido geral de servo ou agente (como de um rei, Mt 22.13 – ‘de Deus’, Rm 13.4 – ‘de Jesus Cristo’, 1 Tm 4.6). É neste sentido que S. Paulo fala de si próprio, como de um diácono ou ‘ministro’ do Evangelho (Cl 1.23), e da igreja (Cl 1.25).

  • diadema

    Coroa

  • diamante

    Pedra preciosa (Êx 28.18 e 3911 – Ez 28.13). os modernos comentadores preferem traduzir por ônix a palavra hebraica. Esta palavra é derivada de uma palavra grega, que significa invencível. Primitivamente aplicava-se ao mais duro metal, e também metaforicamente a qualquer coisa fixa e inalterável – em Ez 3.9 e Zc 7.12, a palavra é tradução do hebraico Shamir, sendo alguma pedra de grande dureza (talvez corundo, cristalizado em alumina), que se empregava para cortar.

  • diana

    Diana é o nome latino da deusa grega, Artemis, e havia em Éfeso um famoso templo para lhe prestarem culto os seus adoradores (At 19). Pensava-se naquela cidade que ela era o sustentáculo de todas as criaturas vivas. E acreditavam os efésios que a imagem dessa deusa tinha caído do céu. o templo era servido por um grupo de sacerdotes e por virgens consagradas a Vesta (*veja Éfeso e Demétrio). Era esse grandioso edifício uma das 7 maravilhas do mundo: tinha sido construído com mármore brilhante, demorando 220 anos a sua construção. Por detrás da imagem da deusa havia um tesouro, onde as nações e também reis depositavam os seus preciosos objetos. Esta famosa obra arquitetônica foi queimada pelos godos no ano 260 (d.C.).

  • diane

    Uma homenagem à Deusa Romana da caça (Diana)

  • dibalim

    dois bolos

  • dibla

    pasta de figo seco, feito bolo

  • diblaim

    hebraico: bolos, gêmeos ou abraço duplo

  • diblataim

    hebraico: escondido no pé de figo

  • dibom

    nostalgia, curso de rio

  • dibom, dibom-gade

    1. Dibom, que fica cinco quilômetros ao norte de Arnom. Cidade de Moabe (Nm 21.30), foi acampamento dos israelitas (Nm 33.45,46), cedida a Rúben, reedificada por Gade (Nm 32.3,34 – Js 13.9,17), e reconquistada por Moabe (is 15.2 e Jr 48.18,22). Também se chama Dimom (is 15.9), e foi o sítio da descoberta da pedra moabita. 2. Cidade que foi novamente habitada pelos homens de Judá, depois da volta do cativeiro (Ne 11.26). (*veja Dimona.)

  • dibom-gade

    hebraico: caminho devastado de Gade

  • dibri

    eloquente

  • dicla

    palmeira