Antigo Testamento
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- Êxodo
- Levítico
- Números
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- Josué
- Juízes
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- 1 Samuel
- 2 Samuel
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- 2 Reis
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- 2 Crônicas
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- Eclesiastes
- Cânticos
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- Joel
- Amós
- Obadias
- Jonas
- Miquéias
- Naum
- Habacuque
- Sofonias
- Ageu
- Zacarias
- Malaquias
Dicionário
A
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aará
Terceiro filho de Benjamim (1 Cr 8.1).
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aarão
Arca
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aarel
hebraico: a força tem permanecido
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aasa
hebraico: possuidor
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aasbai
hebraico: despojo ou belo
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aava
corrente de água
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aazai
protetor
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aaziz
hebraico: sustentado pelo Senhor
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ab-rogar
Anular; suprimir
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aba
Pai. Esta palavra aramaica apareceno Evangelho de Marcos quando descreve a oração de Jesus em Getsêmani (14.36). Aparece, também, nas invocações a Deus, inspiradas pelo Espírito Santo em Romanos 8.15 e Gálatas 4.6. Em todos os casos a frase é colocada da seguinte maneira: ‘Aba, Pai’, estando o termo Aba, seguido do equivalente grego tomado talvez como complemento. Talvez não passe de modo de interpretação, pois não há o que explique o uso daquelas palavras no momento da oração. Provavelmente a invocação ‘Aba’, tenha se tornado sagrada pelo constante emprego de Jesus. Desta maneira, conservada pelos cristãos, que falavam grego, como uma espécie de nome próprio (Deus), sendo a designação ‘Pai’ uma adição natural.
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abade ou abba
pai, guia ou chefe de um mosteiro
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abadom
O destruidor
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abaete
Homem de respeito
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abagta
dado pela fortuna
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abail
hebraico: pai de fortaleza
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abam
hebraico: irmão do discernimento
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abana
persa: rochoso, pedregoso
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abandonar
Deixar, largar, Deixar só; Desamparar, Renunciar a, desistir de, Não se interessar por, Descuidar, Desprezar.
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abarcar
Abranger; compreender
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abarim
Passagens
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abastança
Fartura; riqueza
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abater
Fazer cair, Lançar por terra, Derrubar, Matar, Diminuir o prestígio, Deprimir.
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abba
pai
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abda
servo, escravo, adorador
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abdala
Servo de Deus
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abdalah
Servo de Deus
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abdão
aquele que serve
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abdeel
servo de Deus
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abdenego
Um dos três hebreus que foram lançados numa fornalha ardente por se recusarem a se ajoelhar diante de uma estátua preparada pelo rei Nabucodonosor. Seu nome hebraico era Azarias. (Daniel 1:7)
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abdi
meu servo
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abdias
servo do Senhor
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abdiel
servo de Deus
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abdin
aquele que serve
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abdir
poderoso
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abdnego
servo ou nego
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abdom
Servil. 1. Cidade na tribo de Aser (Js 21.30; 1 Cr 6. 74; em Js 19.28 chama-se Ebrom. Está identificada com Abdé, pequenas ruínas sobre um monte, que domina a planície de Acre. 2. O décimo-primeiro dos doze juizes. Pertencia à tribo de Efraim. Filho de Hilel, teve quarenta filhos e trinta netos, que cavalgavam setenta jumentas. Julgou Israel oito anos. (*ver Juízes 12:13-15). 3. *veja 1 Cr 8.23. 4. Primogênito de Jeiel, pai de Gibeom (1 Cr 9.35, 36) 5. Filho de Mica, que foi mandado com outros pelo rei Josias à profetisa Hulda a fim de consultá-la a respeito do Livro da Lei, que se encontrou no templo (2 Cr 34.20). Em 2 Rs 22.12 e chamado Acbor.
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abdon
escravidão, servilismo
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abdonio
Servo
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abe
Nº Mês dos hebreus
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abede-nego
servo do Nego ou Nebo
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abel
Respiração ou vapor. l. o segundofilho de Adão e Eva, pastor de ovelhas, assassinado pelo seu irmão Caim. Caim ofereceu ao Senhor dos frutos da terra, e Abel a principal rês do seu rebanho. A oferta de Caim foi rejeitada, e aceita a de Abel; movido de inveja, Caim irou-se contra seu irmão e o matou (Gn 4.2 a 15, cp. com Hb 11.4). Jesus Cristo falou de Abel, como primeiro mártir (Mt 23.35). Em Hb 12.22 -24 a frase de Gn 4.10 (‘A voz do sangue de teu irmão clama da terra a mim’) é modificada, fazendo ver o contraste entre antiga e a nova aliança: ‘Mas tendes chegado… ao sangue da aspersão que fala coisas superiores ao que fala o próprio Abel.’ 2. Prado.
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abel ou hebhel
sopro, esvanecer
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abel-bate-maaca
hebraico: prado da casa de Maacã
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abel-maim
hebraico: prado das águas
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abel-meola
hebraico: prado da dança
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abel-mizraim
Nome dado pelos cananeus à eira de Atade, onde José, os seus irmãos, e os egípcios choraram a morte de Jacó (Gn 50.11). Provavelmente a passagem contém um jogo de palavras, como entre Abel, prado, e Ebel, lamentação. Pela narrativa do fato poder-se-ia entender algum lugar nos limites de Canaã, primitivamente chamado Campina do Egito, mas a afirmação de que era ‘além do Jordão’ coloca o sítio muito mais ao nordeste, implicando uma grande volta para os pranteadores.
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abel-quiramin
hebraico: prado das vinhas
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abel-sitim
hebraico: prado das acácias
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abelha
(Dt 1.44). Alude-se nesta passagem à conhecida natureza belicosa das abelhas, bem como no Sl 118.12. Embora a abelha da Palestina seja considerada uma espécie distinta pelos naturalistas, parece pertencer à subespécie da abelha vulgar, Apis mellifica. É mais loura e mais claramente marcada do que a abelha britânica. É, também, mais miúda, e muito mais perigosa. Como o mel é um importante artigo de alimentação no oriente, é a abelha cuidadosamente cultivada; consta a colmeia de um tubo de barro, tendo um pouco a forma de um cano para água, ou de um certo número deles postos uns sobre os outros. Estes canos têm cerca de 20 cm de diâmetro e 1 metro de comprimento, com as extremidades fechadas, havendo apenas uma pequena abertura. É, contudo, um fato singular que o único mel mencionado na Bíblia é o ‘mel silvestre’; ainda hoje muitos árabes vivem do trabalho de colhê-lo. Não é, pois, de surpreender que Sansão tenha encontrado mel na carcaça do leão que ele havia matado. A carne do animal não levou, certamente, muito tempo para ser devorada pelas feras; e as abe-lhas puderam, então, achar um lugar próprio, formado das costelas secas, onde encher do doce mel os seus favos, indo colhê-lo na abundância de flores, que por aqueles sítios cresciam. A curiosa expressão em is 7.18, ‘assobiará o Senhor… às abelhas que andam na terra da Assíria’, é uma alusão à prática de chamar as abelhas para fora das suas colmeias pelo som agudo dos assobios. (*veja Mel.)
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abençoar
Quando Moisés abençoou os filhos de israel (Dt 33), ele profetizou uma contínua progressão de prosperidades para eles, no auxilio de Deus. Era essa uma forma patriarcal de bênção e ao mesmo tempo uma cerimônia religiosa, em conformidade com a maneira de abençoar do Pai celestial, que está sempre, na realidade, a derramar benefícios sobre as Suas criaturas. Quando se diz no Sl 103 que os homens bendizem ao Senhor, isto significa pertencer ao Criador o louvor e a honra que são igualmente o dever e a alegria das Suas criaturas prestar-lhe. Mas quando é Deus que abençoa o Seu povo, como acontece em Gn 1.22 e em Ef 1.3, isto quer dizer que Ele distribui sobre os Seus filhos toda espécie de benefícios, temporais e espirituais, e desta forma comunica-lhes alguma parte daquela infinita bem-aventurança que Nele existe (1 Tm 1.11). A bênção era costume que muitas vezes se observava entre os hebreus, e é freqüentemente mencionada nas Sagradas Escrituras. Assim, Jacó abençoou os seus filhos (Gn 49), e Moisés os filhos de israel (Dt 33). Abraão foi abençoado por Melquisedeque. Tão importante lugar ocupava o ato da bênção na religião e vida dos judeus, que o próprio método da sua concessão fazia parte do ritual israelita (Nm 6.23). A bênção era dada em pé, com as mãos levantadas ao céu. (*veja Bênção.)
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abes
hebraico: brancura
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abessalão
Deus é paz
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abi
ou ABIA, hebraico: Jeová é pai
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abi-albom
pai da força
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abia (s)
o Senhor é pai
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abia ou abiah
cujo pai é D’us
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abiail
Meu pai é poder. 1. Pai de Zuriel, chefe da família levítica de Merari, contemporâneo de Moisés (Nm 3.35). 2. Mulher de Abisur (1 Cr 2.29). 3. 1 Cr 5.14. 4. Uma descendente de Eliabe, irmão mais velho de Davi (2 Cr 11.18). 5. Pai de Ester e tio de Mordecai (Et 2.15; 9.29).
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abial
hebraico: pai da força
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abião
Deus é pai
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abias
o Senhor é pai. 1. Filho de Roboão e rei de Judá depois de seu pai (1 Rs 14.31; 2 Cr 12.16). É chamado Abias no Livro das Crônicas e Abião no livro dos Reis. Abias esforçou-se em recuperar o reino das dez tribos (israel), e fez guerra a Jeroboão. Foi bem sucedido, e tomou as cidades de Betel, Jesana e Efrom, com as suas respectivas vilas. Depois da sua vitória fortificou-se, e casou com quatorze mulheres (2 Cr 13.21). Reinou somente três anos, sendo iníqua a última parte do seu reinado. Seguiu os maus passos de seu pai Roboão, caindo no pecado da idolatria e imoralidades afins. Sua mãe chamava-se Maaca; era neto de Salomão (1 Rs 15; 2 Cr 11.20). 2. o segundo filho de Samuel (1 Sm 8.2). 3. Filho de Jeroboão, primeiro rei de israel; foi aquele, de toda a casa de Jeroboão, que teve algumas boas inclinações para com o Senhor Deus de israel, sendo, por isso, o único da família a quem foi concedido morrer em paz. Era ainda jovem, quando morreu, justamente na ocasião em que a mulher de Jeroboão, sob disfarce, tinha ido ao profeta Aías a fim de procurar auxílio para a doença de Abias (1 Rs 14). 4. Um descendente de Eleazar, que deu o seu nome ao oitavo dos vinte e quatro turnos em que Davi dividiu os sacerdotes (1 Cr 24.10). 5. *veja Nm 10.7. 6. A filha de Zacarias, mulher de Acaz e mãe de Ezequias (2 Cr 29.1).
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abiasafe
pai da colheita
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abiatar
Pai da abundância ou Deus é pai. Décimo-primeiro sumo sacerdote, sucessor de Arão. Ele escapou, quando Doegue, o edomita, instigado por Saul, matou seu pai Abimeleque e oitenta e cinco sacerdotes, em virtude de ter Abiatar intercedido por Davi e ter-lhe dado o pão da proposição e a espada de Golias (1 Sm 21; Cf. Marcos 2.26, onde ‘Abiatar’ deve ser Abimeleque). Juntou-se a Davi em Queila, trazendo consigo uma estola que habilitou o futuro rei, na crise do seu exílio, a consultar o Senhor (1 Sm 23.9; 30.7). Abiatar e Zadoque foram mandados a Jerusalém com a arca (2 Sm 15). Depois ele conspirou para que Adonias fosse o sucessor de Davi; foi desterrado para a sua terra natal, Anatote, em Benjamim (Js 21.18); por fim, Salomão o afastou do seu cargo. Foi poupada a sua vida por causa dos serviços prestados a Davi (1 Rs 2. 27 a 36).
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abiazafe
hebraico: pai de proteção
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abibe
o germinar do trigo. Antigo nomecananeu do primeiro mês do ano sagrado dos hebreus, sendo o sétimo do civil; foi no dia 15 desse mês que partiu do Egito o povo de israel (Êx 13.4). Para comemorar esta libertação, foi a lua da Páscoa, mais tarde, considerada o princípio do ano judaico (Êx 12.2). Depois do Exílio mudou-se o nome para nisã, termo babilônico (março-abril).
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abibe (nisã)
Março/Abril
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abida
pai do conhecimento
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abidão
pai do julgamento
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abiel
força- pai do poder
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abiezer
pai do auxílio
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abiezera
hebraico: meu pai é auxílio
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abigail
Meu pai é alegria. 1. Formosa mulher de Nabal, rico possuidor de cabras e carneiros no monte Carmelo. Quando os mensageiros de Davi foram desconsiderados por Nabal, tomou Abigail sobre si a culpa de seu marido, e levou a Davi e aos seus homens os solicitados mantimentos, apaziguando-o desta maneira. Passados dez dias morreu Nabal; casou-se a viúva com Davi. Teve dela um filho, chamado Quileabe, em 2 Sm 3.3, mas Daniel, em 1 Cr 3.1. 2. Uma irmã de Davi, casada com Jeter, o ismaelita, e mãe de Amasa, a quem Absalão nomeou capitão em lugar de Joabe (2 Sm 17.25; 1 Cr 2.17).
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abigail ou abigayl
fonte do prazer; pai do contentamento
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abila
grego: prado ou planície
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abilene
(Também Abilinia, Abilina), uma planície. Tetrarquia, mencionada por S. Lucas, e que era governada por Lisânias (Lc 3.1). Abila era a capital, situada na inclinação oriental do Antilíbano, numa região fertilizada pelo rio Barada. A tradição liga o nome de Abila, distante 29 km. de Damasco, com a morte de Abel; e seu suposto túmulo, chamado Neby Havil, está numa elevação sobre as ruínas da cidade, que ficava num notável desfiladeiro, onde o rio corre da montanha até à planície de Damasco.
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abilio
Aquele que é apto, que é incapaz de vingança
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abimael
Meu pai é Deus
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abimeleque
Meleque (rei) é pai. 1. Reide Gerar no tempo de Abraão (Gn 20.2), o qual levou Sara para o seu harém. Todavia, avisado por Deus, num sonho, a respeito da sua leviana ofensa, restituiu Sara, e fez uma aliança de paz com Abraão em Berseba. 2. outro rei de Gerar, em tempos de isaque (Gn 26), o qual procedeu com Rebeca como o seu antecessor a respeito de Sara. Depois de uma disputa acerca de poços, o que freqüentemente acontece nos lugares áridos, Abimeleque e isaque ficaram amigos. 3. Filho de Gideão (Jz 8.31). Depois da morte de seu pai, assassinou os seus setenta irmãos, à exceção de Jotão, que se havia escondido. Então, por influência dos irmãos de sua mãe (era ela siquemita), foi eleito rei de Siquém, que se tornou um estado independente de israel. Três anos mais tarde houve uma rebelião na cidade, na ausência de Abimeleque, a qual foi reprimida por Zebul, o governador, que expulsou Gaal, o chefe da sedição, e destruiu totalmente a cidade, espalhando sal sobre as suas ruínas. No ataque de Tebes uma mulher arremessou uma pedra de moinho à cabeça de Abimeleque (Jz 9.53, 54; 2 Sm 11.21), e ele, para escapar à vergonha de ser morto por uma mulher, ordenou ao seu escudeiro que o matasse. 4. Filho de Abiatar, sumo sacerdote no tempo de Davi (1 Cr 18.16); em 2 Sm 8.17 é chamado Abimeleque, que, segundo 1 Sm 22.20, etc., não era filho, mas pai de Abiatar. Parece haver alguma confusão nas narrações, o que influi na referência que se faz em S. Marcos 2.26. 5. No título do Salmo 34 é este nome dado a Aquis, rei de Gate (1 Sm 21.10 a 15).
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abinaão ou abinam
meu pai é suave
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abinadabe
Meu pai é nobre. l. Um israelita da tribo de Judá, que vivia perto de Quiriate-Jearim, e em cuja casa a arca, depois de ter sido restituída pelos filisteus, permaneceu durante vinte anos (1 Sm 7.1, 2; 2 Sm 6.3 a 4; 1 Cr 13.7). 2. Segundo filho de Jessé, e portanto irmão de Davi, o qual combateu por Saul na guerra contra os filisteus (1 Sm 16.8; 17.13; 1 Cr 2.13). 3. Filho de Saul, que foi morto em Gilboa pelos filisteus, juntamente com Jônatas e outros irmãos (1 Sm 31.2; 1 Cr 8.33; 9.39; 10.2). 4. Pai de um dos oficiais de Salomão, também chamado Ben-Abinadabe (1 Rs 4.11).
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abiner
hebraico: pai da luz ou lâmpada.
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abinoa
hebraico: pai de doçura ou de graça.
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abinoão
Pai das graças
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abiqueila
pai da fortaleza
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abira
hebraico: meu pai é elevação
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abirão
Deus é excelso
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abirão ou abiram
pai da elevação
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abisaga ou abixag
meu pai é o erro
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abisai
Meu pai é Jessé. Dedicado sobrinho de Davi, filho mais velho da sua irmã Zeruia (1 Cr 2.16). Ele foi à noite com Davi ao campo de Saul (1 Sm 26.6), e teria atravessado o rei com a sua lança se Davi não o tivesse contido. Abisai implorou a permissão de matar Simei, que amaldiçoou a Davi quando este fugia de Absalão (2 Sm 16.9 a 14). Mais tarde tomou parte na grande batalha que pôs fim à insurreição de Absalão (2 Sm 20.6). Ele combateu vitoriosamente contra os amonitas (2 Sm 10.10; 1 Cr 19. 11), e contra os edomitas (2 Sm 8.13; 1 Cr 18.12). Auxiliou no desleal assassinato de Abner (2 Sm 3.30) e na perseguição de Bicri (2 Sm 20.6, 10). Na guerra com os filisteus, Abisai livrou Davi de ser morto às mãos de isbi-Benobe o gigante, a quem ele matou. Mostrou grande valor, lutando com trezentos homens (2 Sm 23.18; 1 Cr 11.20).
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abisal
hebraico: meu pai é Jessé, ou, meu pai possui tudo que é desejável
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abisaque
pai do erro
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abismo
Poço sem fundo que, no fim dos tempos, Satanás ficará banido por um tempo (Ap 20,3). Os gregos empregavam a palavra em referência ao submundo dos espíritos; transmite a idéia de um lugar tão profundo que chega a ser insondável (Lc 8,31).
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abissinia
hebraico: o mesmo que Etiópia, grego: Antiópia, sol abrasador
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abisua
pai da salvação
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abisur
hebraico: meu pai é uma parede
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abisur ou abishur
meu pai é muralha
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abital
hebraico: meu pai é orvalho
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abitube
Pai da bondade
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abiú
Deus é pai
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abiú ou abihu
D’us é pai
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abiude
cujo pai é Judá
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abiude ou abihud
pai dos judeus
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abjeção
Desprezo
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abjeto
Vil; baixo; desprezível
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abjurar
Renunciar
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ablução
Ação de lavar-se antes (de uma cerimônia)
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abnegação
Abster-se, renunciar à própria vontade, sacrificar-se
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abner
Meu pai é uma lâmpada. Comandante chefe do exército de Saul. o pai de Abner, chamado Ner, era irmão do pai de Saul, o qual se chamava Quis, daí serem primos Abner e Saul. Foi ele que trouxe Davi à presença de Saul, depois do combate com o gigante Golias (1 Sm 17.67), e foi com Saul na sua expedição contra Davi (1 Sm 26.3 a 14). Cinco anos depois da morte de Saul e do desastroso combate em Gilboa, Abner proclamou rei de israel a is-Bosete, filho de Saul – e o novo monarca foi geralmente reconhecido, exceto por Judá, onde reinava Davi. Seguiu-se uma guerra entre os dois reis, e houve uma batalha em Gibeom entre o exército de israel, comandado por Abner, e o de Judá sob o comando de Joabe, filho de Zeruia, irmã de Davi (2 Sm 2.12 a 17). Abner foi derrotado, e pessoalmente perseguido por Asael, o irmão mais novo de Joabe. Abner, em sua própria defesa, mas com relutância, matou o seu inimigo. is-Bosete censurou insensatamente a Abner porque este se casara com Rispa, que tinha sido concubina de Saul. Abner, indignado pela acusação que lhe faziam, passou para o lado de Davi, que lhe prometeu o principal lugar no seu exército. E Abner, em paga desta confiança, conquistaria a israel. Mas antes de poder fazer qualquer coisa neste sentido, foi ele traiçoeiramente assassinado por Joabe e seu irmão Abisai, como vingança da morte de Asael – contudo, a causa principal era o receio de que Abner os despojasse em favor de Davi. o ato traiçoeiro foi julgado por Davi com indignação, mas razões de Estado o levaram a deixar impune aquele crime. Mostrou, porém, a sua consideração pelo general Abner, assistindo ao funeral e fazendo uma oração apropriada junto da sepultura (2 Sm 3.33,34).
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abner ou abhener
pai da luz, da sabedoria
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abóbada
Teto
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abolir
Extinguir; suprimir
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abominação
Termo especialmente usado arespeito de coisas ou atos pelos quais se tem religiosa aversão. É aplicado aos sentimentos dos egípcios com respeito a comerem juntamente com os hebreus (Gn 43.32), e aos sacrifícios israelíticos de animais que no Egito se consideravam sagrados (Êx 8.26) – e também com relação aos pastores (Gn 46.34). E mais freqüentemente a abominação se refere (havendo com o mesmo sentido diferentes palavras hebraicas), àquilo que era detestado pelo povo ou pelo Senhor Deus de israel, como as carnes imundas (Lv 11), carne imprópria para os sacrifícios, práticas pagãs, e especialmente a idolatria e os deuses gentílicos (Jr 4.1 – 7.30 – vede o artigo seguinte).
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abominar
Sentir horror; repulsa; detestar
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abominável da desolação
Na sua profecia sobre a destruição de Jerusalém (Marcos 13.14), deu Jesus aos Seus discípulos um sinal pelo qual eles saberiam quando estaria iminente o acontecimento, devendo então fugir, enquanto havia tempo. ‘Quando, pois, virdes o abominável da desolação situado onde não deve estar… os que estiverem na Judéia fujam para os montes.’ S.Mateus 24.15 diz: ‘Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar santo…’ No livro do profeta Daniel (9.27 – 11.31 – 12.11) acham-se frases semelhantes.
Sobre Daniel 11:31 vejamos o que o Comentário Bíblico diz:
Ao falar da iminente destruição de Jerusalém, que ocorreu em 70 d.C., Jesus identificou os exércitos romanos que cercariam a cidade como o “abominável da desolação de que falou o profeta Daniel” (Mateus 24:15; Lucas 21:20).
Tendo em vista o fato de Daniel 9:27 fazer parte da explicação do anjo sobre o conteúdo de 8:11 a 13, a conclusão natural é que Daniel 8:11 a 13 é uma profecia dupla (similar à de Mateus 24) que se aplica tanto à destruição do templo e de Jerusalém pelos romanos como à obra do papado na era cristã.
Deve-se observar também que a referência explícita de Jesus à obra do “abominável da desolação”, como ainda no futuro naquela época, torna claro que Antíoco Epifânio não cumpre essa profecia.¹
Alguns comentaristas defendem o ponto de vista de que (…) simboliza Antíoco Epifânio. No entanto, um exame cuidadoso da profecia torna evidente que esse rei selêucida perseguidor não cumpre as especificações reveladas. (…)
Muito embora tenha dito palavras arrogantes, oprimido o povo de Deus e profanado o templo, durante um breve período, e se possam alegar alguns outros pontos parcialmente verdadeiros quanto às suas atividades, é óbvio que não se encontra em Antíoco um cumprimento adequado de muitas especificações da profecia.²
[¹] Comentário Bíblico SDABC, pgs. 963, 964
[²] Idem, p. 932 -
abominosa
Que deve ser abominado; detestável, execrável.
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abraão
pai de muitos povos
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abraão (abrão)
A provável significação de Abrão é: o pai é engrandecido. A forma mais extensa não quer dizer coisa alguma, mas por uma semelhança de som sugere a significação hebraica de ‘pai da multidão’ (Gn 17.6). Fundador da nação judaica (como se vê em Js 24.2 – 1 Rs 18.86 – is 29.22 – Ne 9.7 – etc. – Mt 1.1 – 3.9, etc. ). Acha-se descrita a sua vida em Gn 11.26 a 26.10. Terá, descendente de Sem, saiu de ‘Ur da Caldéia’ com seu filho Abrão e sua nora Sarai, e seu sobrinho Ló, para Harã, onde fixou residência, não indo, como tencionava, ‘para ir à terra de Canaã’ (Gn 11.31). Depois da morte de Terá, ouviu Abraão a divina chamada, e procurou nova terra – recebeu, então, de Deus a primeira promessa com bênçãos a respeito da futura grandeza da sua descendência (Gn 12.1). Guiados por Deus, dirigiram-se Abraão, Sarai e Ló com os seus haveres e servos, à terra de Canaã, e vemos depois toda a família na rica planície de Moré, perto de Siquém, nas faldas dos dois famosos montes Ebal e Gerizim. Aí edificou ele um altar ao Senhor, e recebeu a primeira promessa, clara e distinta, de que aquela terra seria dos seus descendentes (Gn 12.7). Depois retirou-se para outro lugar, na região montanhosa entre Betel e Ai, e aí se conservou em segurança até que a fome o levou para o Egito. Neste país, o seu artifício com respeito a Sarai obrigou-o a uma situação humilhante perante Faraó. A sua riqueza e o seu poder já eram consideráveis. Ao voltar do Egito, ele separou-se de seu sobrinho L6 e foi habitar no vale de Manre, perto de Hebrom, a futura capital de Judá, que estava na linha de comunicação com o Egito, e nas proximidades do deserto e das terras de pastagem de Berseba. No ataque a Quedorlaomer (Gn 14), Abrão já é o principal de uma pequena confederação de chefes, e bastante poderoso para perseguir o inimigo até à entrada do vale do Jordão, combatendo com bom êxito uma grande força, e libertando Ló. E com esta vitória pôde deter por algum tempo a corrente das invasões do norte. No cap. 15 confirma-se a promessa de uma inumerável descendência em face da objeção de Abrão de que não tinha filhos – assume, então, a sua fé uma tal proeminência na teologia judaica e cristã que, dizem os autores sagrados, ‘ele creu no Senhor, e isso lhe foi imputado para justiça’ (Gn 16.6 – cp. Rm 4.3 – 9.7 – Gl 3.6 – Tg 2.23). É, ainda, ratificada a promessa por meio de um pacto entre o Senhor e Abrão – mas antes de cumprir-se pelo nascimento de Isaque, é a sua fé provada pela demora, e fortalecida com uma disciplina moralizadora. os caps. 16 a 20 contêm narrativas do nascimento de Ismael, filho de Abrão e de Hagar, que era serva de Sarai, e também a respeito da circuncisão, instituída como selo do pacto, e da mudança dos nomes de Abrão para Abraão e de Sarai para Sara. Nesses mesmos capítulos se narra a visita dos anjos e a especial promessa de que Abraão e Sara haviam de ter um filho dentro do espaço de um ano – a intervenção de Abraão pela cidade de Sodoma – a destruição das cidades da planície – a salvadora fuga de L6 – e a se Ismael a favor do ‘filho da promessa’ (cap. 21), a história silencia por alguns anos, até que, na infância de Isaque, aparece a dura prova de fé a Abraão na ordem que recebeu para oferecer o seu filho em sacrifício (cap. 22). Em vista do uso de sacrifícios humanos, tão generalizado entre as nações pagãs circunvizinhas, tal ordem podia ser prontamente considerada, sem qualquer repugnância, como vontade de Deus. o seguimento da narrativa nos mostra Abraão e sua fortíssima fé, com a declaração de que para o Senhor Deus de Israel era melhor a ‘obediência’ que o ‘sacrifício’. Ainda que a vida de Abraão se tenha prolongado por 60 anos depois deste acontecimento, os únicos incidentes que se acham pormenorizados são a morte de Sara, a compra da gruta de Macpela para sepultura (cap. 23), e o casamento de Isaque com Rebeca (cap. 24). A morte de Sara foi em Quiriate-Arba, isto é, em Hebrom, devendo por isso voltar Abraão, de Berseba, à sua antiga casa. É realmente significativo (At 7.5) o fato de ter sido a herança de Abraão na terra da promessa apenas um túmulo (*veja Gn 60.18). Na bela história do casamento de Isaque é deveras digno de nota o ter Abraão recusado a aliança do seu filho com as idólatras de Canaã. Finalmente menciona o livro de Gênesis o seu casamento com Quetura, e a sua morte na idade de 175 anos. o seu herdeiro Isaque, bem como o exilado Ismael, sepultaram-no ao lado de Sara na cova de Macpela. Abraão representa, no N.T., o verdadeiro ideal da religião, quer pela sua fé (Rm 4. 16 a 22), quer pelas suas obras (Tg 2.21 a 28). Jesus mesmo diz dele: ‘Vosso pai Abraão alegrou-se por ver o meu dia’ (Jo 8.56). S. Tiago (2.23) chama-lhe ‘o amigo de Deus’ (cp.com is 41.8 – 2 Cr 20. 7), designação que entre os árabes substituiu o seu próprio nome (Kalil Allah, ou simplesmente Kalil, o Amigo).
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abraão (seio de abraão)
os judeus, quando tomavam as suas refeições, recostavam-se em leitos, apoiando-se cada um no seu braço esquerdo, e desta forma podia-se dizer que o seu vizinho próximo se reclinava no seu seio (*veja Jo 13.23). Portanto, o seio de Abraão, sendo este o pai da raça hebraica, significava uma situação de grande honra e bênção depois da morte (Lc 16.22).
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abraão ou abraham
Pai das multidões. O verdadeiro fundador do povo hebraico.
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abram ou abraham
sublime é o pai
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abrange
Do verbo abranger: cinge; abarca; abraça; encerra; contém.
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abrão
hebraico: pai exaltado
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abreu
Agradecimento
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abrolho
Rochedo marítimo que atinge a superfície das águas
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abrona
o trigésimo-primeiro acampamento dos israelitas: a sua situação era perto do golfo Elanítico (Nm 83.84, 35).
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absalão
Meu pai é paz. Terceiro e favorito filho de Davi – nasceu em Hebrom, sendo Maaca sua mãe (2 Sm 8.3). Ele deseja, primeiramente, ser o vingador de sua irmã Tamar, que tinha sido violada por seu irmão Amnom, o filho mais velho de Davi e de Ainoã, a jizreelita. Depois do assassinato de Amnom, fugiu Absalão para a corte de Talmai, em Gesur. Três anos depois pediram a Davi que permitisse a volta de seu filho para Jerusalém, no que ele anuiu – mas não quis vê-lo senão passados mais dois anos, dando-lhe, no fim desse tempo, o beijo da reconciliação. Era agora Absalão, entre os filhos sobreviventes, o mais velho de Davi, mas receando ser suplantado pelo filho de Bate-Seba, procurou obter popularidade, mantendo ao mesmo tempo uma esplêndida corte. Por fim, revoltou-se contra seu pai, e a princípio foi bem sucedido – mas depois foi capturado e morto por ,Joabe, apesar da proibição de Davi, que ainda muito amava a seu filho (2 Sm 8 e 18 a 18).
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absalão ou absalom
pai da paz
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absam
o veloz
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absinto
Há, na Palestina, várias espécies de absinto, sendo a mais conhecida destas plantas o Artemisia absynthium dos botânicos – é uma planta de qualidades medicinais, pertencente à família das compostas, também chamada abrótano. Usavam-na os gregos em medicina, mas chamavam-lhe ‘amargor’. Aparece, principalmente, nas costas arenosas, nos desertos, e sobre os montes escalvados. A sua amargura dá origem a numerosas passagens figuradas da Escritura. ‘Absinto e fel’ são figuras de uma vida amargurada pela aflição, pelo remorso, e sofrimento punitivo. Sob esta figura, são os israelitas avisados por Moisés contra a idolatria (Dt 29.18). Em termos semelhantes Salomão adverte o jovem contra as más inclinações (Pv 5.4). Duas vezes emprega Jeremias a referida palavra, como expressiva do castigo, que havia de cair sobre o israel idólatra e corrompido (Jr 9.15 – 28.16). E mais tarde lamenta a realização da profecia, contemplando a desolação que se seguiu à tomada de Jerusalém (Lm 8.15, 19). A ‘estrela’ mística da visão apocalíptica, a qual se chamava ‘Absinto’, se descreve como caindo nas águas da terra, tornando-as mortalmente amargas (Ap 8.11). A palavra traduzida por absinto, ou alorna, ou peçonha, é, na língua hebraica, um nome de especial sentido, significando coisa angustiosa. Em todos os casos usa-se o termo como sendo a planta o tipo daquelas ervas venenosas ou amargas que impedem o crescimento das plantas benéficas (os 10.4 – Am 6.12)
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abstenção
Abstinência; recusa voluntária de participar de qualquer ato.
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abster
Conter, refrear.
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abster-se
Privar-se; conter-se
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abstrato
Que utiliza abstrações, que opera com qualidades e relações, e não com a realidade sensível: pensamento abstrato; ciência abstrata.
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acã
Perturbado. Homem da tribo de Judá Na destruição da cidade de Jericó por Josué, tirou Acã parte do despojo e escondeu«> -, pelo que ele e sua família foram apedrejados e mortos (Js 7). Por isto teve aquele lugar, onde foi realizado o castigo, o nome de Acor.
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acabe
irmão de pai. 1. Filho de onri, sétimo rei de israel, e o segundo de sua família, que se sentou naquele trono. A história do seu reinado vem no livro 1 dos Reis, caps. 16 a 22. Casou com Jezabel, filha de Etbaal, rei de Tiro, que era adorador do deus Baal, e tinha sido sacerdote da deusa Astarote, antes de ter deposto seu irmão e tomado as rédeas da governo. o reinado de Acabe distinguiu-se pela ação do profeta Elias, que se opôs fortemente a Jezabel, quando esta introduziu em israel o culto de Baal e Astarote (*veja Elias). A rainha Jezabel não somente levou o seu marido para a idolatria, mas também o fez viver uma vida maléfica. Foi ela quem instigou Acabe a cometer um grande crime contra Nabote, cuja vinha o rei ambicionou para juntar a outros aprazíveis terrenos que faziam parte do seu novo palácio de Jezreel. Nabote recusou vender o terreno, baseando-se na lei de Moisés, segundo a qual a vinha era a ‘herança de seus pais’. Pela sua declaração foi acusado de blasfêmia, sendo ele e seus filhos mortos por apedrejamento (2 Rs 9.26). Elias então disse que a destruição da casa de Acabe seria a conseqüência desta atrocidade. Uma grande parte do reinado de Acabe foi ocupada com três campanhas contra Ben-Hadade ii, rei de Damasco. Das duas primeiras guerras ele saiu completamente vitorioso. No fim da segunda, o rei Ben-Hadade caiu nas mãos de Acabe, mas foi libertado sob a condição de restituir todas as cidades de israel, que tinha em seu poder, e fazer bazares para Acabe em Damasco (1 Rs 20.84). A bênção de Deus foi retirada da terceira campanha. o profeta Micaías (ou Mica) avisou Acabe de que não teria agora a proteção divina, dizendo que os profetas que o tinham aconselhado estavam apressando a sua ruína. Acabe foi à batalha e disfarçou-se para não ser conhecido pelos frecheiros de Ben-Hadade. Apesar disso foi morto por certo homem que arremessou a flecha à ventura. o seu corpo foi levado para Samaria, para ser sepultado, e na ocasião em que um criado estava lavando o carro, lamberam os cães o seu sangue (1 Rs 22.37,38). 2. Filho do falso profeta Colaías, que guiou mal os israelitas em Babilônia. Foi condenado à morte pelo rei Nabucodonosor (Jr 29.21).
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acabo
hebraico: gafanhoto
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acácia
Na profecia de is 41.19 acha-se(acácia) no número das árvores que deviam ser plantadas no deserto. Noutros lugares usa-se a expressão madeira de acácia. As referências a esta madeira acham-se no livro do Êxodo e em Dt 10.3 – e, pelo que aí se diz, sabemos que foi ela principalmente usada na construção do tabernáculo e da respectiva mobília. A árvore de que se trata o ‘sunt’ do Egito é a acácia seyal, que produz a goma-arábica do comércio. Cresce principalmente na península do Sinai, e aparece também na Palestina, sendo encontrada no vale do Jordão e na parte oriental do mar Morto. Tem uma haste dura e espinhosa, e produz flores amarelas entre a sua folhagem peniforme. A sua vagem é como a do laburno. A madeira é rija, durável, e admiravelmente adaptada a obras de marceneiro (Êx 25, 26, 27, 30, 35, 36, 37, 38 – Dt 10.3).
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acacio
Imortalidade
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acade
castelo, fortaleza
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açafrão
Este nome deriva-se do arábicozafaran. obtém-se em pequenas quantidades dos estigmas amarelos e do estilete de um croco, sendo precisos, como dizem, 60.000 botões para preparar um arratel de açafrão. No oriente se faz com esta planta uma substância odorífera (Ct 4.14), usada para dar gosto à comida e ao vinho, empregada também como poderoso medicamento estimulante. Também serve para tinta – e desta se fabrica uma qualidade inferior com o Carthamus tinctorius, uma planta alta da família das Compostas.
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acaia
Emprega-se no N.T. esta palavra para designar uma província romana, que incluía o Peloponeso e grande parte da Hélade, com as ilhas adjacentes. Acaia e Macedônia juntas formavam a Grécia (At 19.21 – Rm 15.26). Na ocasião em que Paulo foi levado à presença de Gálio, era a Acaia governada por um procônsul da parte do Senado Romano.
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acaico
natural de Acáia
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acalentada
Favorecida; incentivada.
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acalentar
Aquecer(-se) nos braços ou no peito; afagar(-se), agasalhar(-se), embalar(-se)
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acampamento
No cap. 33 de Números acham-se mencionados quarenta e um acampamentos ou estações, na viagem dos israelitas através do deserto. Todavia, não devemos supor que os acampamentos dos israelitas eram formados segundo um estrito regulamento militar. Não havia coisa que se parecesse com entrincheiramentos, ou outros meios, para repelir qualquer ataque dos inimigos. Havia, contudo, para fins higiênicos, ordens estritas que deviam ser cumpridas (Nm 5.3 – Dt 23.14). A forma de acampar acha-se prescrita em Nm 2.3. Todo o corpo do povo israelita constituía quatro divisões – cada divisão era formada de três tribos, de maneira que o tabernáculo ficava encerrado num quadrado. Cada uma das divisões tinha uma bandeira (Nm 1.52 e 2.2), bem como cada tribo – e também possuía as suas insígnias qualquer grande associação de famílias, perfazendo uma tribo. As leis sanitárias para o acampamento eram extraordinariamente minuciosas e muito rigorosas. os mortos eram enterrados fora do arraial (Lv 10.4) – e todos aqueles que tinham estado em contato com os corpos tinham, igualmente, de ficar fora pelo espaço de sete dias (Nm 31.19). os leprosos eram, com todo o rigor, excluídos da convivência com seus semelhantes (Lv 13.46). Havia, também, fora do arraial, um lugar onde eram depositadas e queimadas todas as imundícies e coisas de refugo (Lv 4.12 – Dt 23.10). ACAZ. Possuidor. 1. Filho de Jotão, e undécimo rei de Judá (2 Rs 16 – 2 Cr 28).Quando ele subiu ao trono, Rezim, rei de Damasco, e Peca, rei de israel, formaram uma liga contra Judá, e intentaram cercar Jerusalém. o profeta isaías aconselhou Acaz a que vigorosamente se opusesse, e a empresa daqueles reis fechou (is 7.3 a 9). Todavia, os aliados fizeram grande número de cativos (2 Cr 28), que foram restituídos, como resultado das repreensões do profeta odede, e grande dano infligiram também a Judá (2 Rs 16), tomando Elate, um ponto florescente do mar Vermelho, no qual depois de expulsos os judeus, restabeleceram os siros. Acaz, no meio destas perturbações, pediu auxílio a Tiglate-Pileser, que invadiu a Síria, tomou Damasco, matou Rezim, e privou israel dos seus territórios setentrionais e dos de além-Jordão. Acaz, em troca destes serviços, tornou-se tributário de Tiglate-Pileser, mandou-lhe todos os tesouros do templo e do seu próprio palácio, e ainda apareceu perante ele em Damasco como seu vassalo – quando ele morreu, depois de um reinado de dezesseis anos, não o puseram nos sepulcros dos reis (2 Cr 28.27) 2. Bisneto de Jônatas (1 Cr 8.35 – 9.42).
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ação de graças
Confissão de Bênçãos
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acarel
hebraico: a força tem permanecido
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acarom
hebraico: emigração
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acasbal
hebraico: desprezo
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acaz
possuidor
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acaz ou achaz
possuidor. Rei de Judá, filho de Joatão
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acazias
1. Filho de Acabe e Jezabel, eoitavo rei de israel. Estava para partir numa expedição contra o rei de Moabe, que, sendo seu vassalo, se tinha revoltado, quando adoeceu por haver caído pelas grades de um quarto no seu palácio de Samaria. Quando tinha saúde prestava culto aos deuses de sua mãe, mas agora mandou saber ao pais dos filisteus, por meio dos seus oráculos e de Baal-Zebube, se restabeleceria. Elias censurou-o por esta impiedade e anunciou-lhe a sua morte próxima. Reinou uns dois anos (1 Rs 22.51 a 53 – .2 Rs 1). 2. Quinto rei de Judá, filho de Jeorão e de Atalia, filha de Acabe, e, portanto, sobrinho do precedente Acazias. É chamado Jeocaz em 2 Cr 21.17. Acazias, idólatra, foi feliz na aliança com seu tio Jorão, rei de israel, contra Hazael, rei da Síria. Era tão estreita a união entre tio e sobrinho, que houve grande perigo de que o gentilismo se propagasse com grande força pelos reinos dos hebreus. Este mal foi evitado por uma grande revolução, movida em israel por Jeú, sob a direção de Eliseu. Quando Acazias visitava o seu tio em Jezreel, aproximou-se Jeú da cidade. os dois reis saíram ao seu encontro, mas a seta de Jeú penetrou o coração de Jorão, sendo Acazias perseguido e mortalmente ferido. Tinha reinado apenas um ano (2 Rs 8.25 a 29, e 9).
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acbal
hebraico: gordo, fértil
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acbor
rato
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acedeu
Concordou
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aceldama
Campo de sangue. Porção de terreno, em Jerusalém, comprado com as trinta peças de prata que Judas recebeu por ter entregado Jesus (At 1.19). o tradicional sítio chama-se hoje Hakk-ed-Dumon, e existe na extremidade oriental de um largo terraço, numa inclinação para o sul do vale de Hinom, não ficando longe do tanque de Siloé.
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acepção
Escolha; seleção
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acerbamente
Duramente; severamente; árduo
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acir
Magoado
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aclamar
Reconhecer solenemente, proclamar.
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aclima
irmã gemea e mulher de Caim
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acmetá
Lugar de cavalos
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aco
Esta povoação foi mais tarde chamada Ptolemaida, e S. João d”Acre – atualmente é Akka. É um porto de importância na costa da Síria, cerca de 48 km ao sul de Tiro. Acha-se situado na baía de Acre, uma reentrância formada peio cabo do Carmelo, que entra pelo mar Mediterrâneo. Na divisão da terra de Canaã entre as tribos de israel, coube Aco a Aser, mas nunca foi tomada aos seus primitivos habitantes (Jz 1.31) – e por isso é contada entre as cidades da Fenícia. A única referência que se faz no N.T. a esta povoação é a de At 21.7, quando fala da passagem de S. Paulo por ali, vindo de Tiro para Cesaréia.
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acobor
hebraico: camundongo, rato
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açoite
o costume geral de castigar, no oriente, era, e ainda é, bater com varas.
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açoites
o costume geral de castigar, no oriente, era, e ainda é, bater com varas (Dt 25.1 a 3 – Pv 22.15, etc.). No A.T. há referência ao açoite ou chicote em 1 Rs 12.11, 14, 2 Cr 10.11, 14 (não Lv 19.20). Quanto ao emprego do açoite, em sentido figurado, *veja Js 23.13 – Jó 5.21 – 9.23 – is 10.26 – 28.15. Em Mt 10.17 e 23.34 há uma referência à prática judaica de açoitar os transgressores da religião – e S. Paulo registra o fato de ter sofrido este castigo em cinco ocasiões (2 Co 11.24 – cp. com Hb 11.36). As correias dos romanos para açoitar eram cheias de nós, sendo estes formados de ossos agudos ou de metais. Usualmente a flagelação precedia à crucificação, e foi essa uma parte do castigo infligido a Jesus (Mt 27.26 – Mc 15.15 – cp. com Jo 19.1, onde o açoitamento, talvez de uma maneira mais leve, precede a sentença, querendo com isso Pilatos evitar a pena de morte). Pela Lei Pórcia um cidadão romano não podia ser açoitado (At 22.25). A lei judaica não permitia que se dessem mais de quarenta açoites (Dt 25.3) – e, para evitar que este número fosse excedido, recebia o culpado somente trinta e nove (2 Co 11.24). ADÃo. Provavelmente vermelho. 1. Nome do primeiro homem, cuja criação se lê em Gn 1 e 2. Foi formado ‘do pó da terra’ (2.7), à imagem e semelhança de Deus (1.26). Foi-lhe dado domínio sobre todas as coisas criadas (1.26), e colocado no Jardim do Éden (2.8) com sua mulher Eva (2.22). Eva cedeu à tentação da serpente (3.5), comendo do fruto proibido da ‘árvore do conhecimento do bem e do mal’ (2.17 e 3.6), e dando-o a Adão. Como resultado abriram-se os olhos de ambos (3.7) – sua desobediência foi castigada com uma completa mudança das condições terrestres, e foram expulsos do Éden (3.24). Na maldição proferida contra a serpente já se vê anunciada a vinda de um redentor (Gn 3.15) – e esse redentor foi Jesus, que é apresentado por S. Paulo como o reparador da perda que a Humanidade sofreu por motivo da queda dos nossos pais (1 Co 15.22,45). 2. Cidade nas margens do Jordão, mencionada quando passaram o rio os filhos de israel (Js 3.16). É hoje Ed. Danieh.
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acometer
Atacar; investir contra ou sobre
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acor
perturbação
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acorom
hebraico: emigração
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acos
hebraico: espinho
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acossar
Correr ao encalço de, perseguir, afligir, atormentar.
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acrabatine
hebraico: escorpião
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acrabim
Escorpiões
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acrisio
Aquele que não distingüe
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acrisolar
Purificar; provar
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acsa
anel no tornozelo
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acsafe
Dedicada
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acube
fraudulento
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açude
Lago formado por represamento
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acudir
ir em socorro, defesa ou proteção de – socorrer – auxiliar.
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açular
provocar
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acurada
Aperfeiçoada; tratada com cuidado
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aczibe
mentiroso
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ada
ornamento
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adada
festival
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adadezer
o protegido
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adágio
Ditado; provérbio; axioma
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adaías
Jeová ordenou
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adail
Aquela que guia e defende
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adais
hebraico: Jeová embelezou
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adali
justiça de Deus
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adama
terra
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adame-mequebe
humano
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adami
hebraico: humano
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adami-neguebe
hebraico: humano
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adams
Filho de adão
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adão
Originariamente significa “homem”, de forma genérica, embora comece logo a ser empregado como nome próprio do primeiro homem. São Paulo faz notar o paralelismo entre Adão e Cristo. O primeiro Adão é pai do homem caído; o Novo Adão – Cristo – é a origem da humanidade redimida (cf. Rm 5,12-21).
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adão ou adham
homem de terra vermelha
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adar
Glorioso. 1. Nome (babilônico) dodécimo-segundo mês do ano sagrado judaico (fevereiro-março), Ed 6.15 – Et 3.7, etc. Foi dobrado sete vezes em dezenove anos para harmonizar o ano lunar com o solar. 2. Uma cidade nos confins de Judá (Js 15.3).
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adar (mês)
Fevereiro/março
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adarezer
hebraico: majestade
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adasa
hebraico: murta
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adbeel
hebraico: servo de Deus
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adel
Justo
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adepto
Partidário, sectário, sequaz, prosélito.
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adestrar
Hábil; capaz
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adi
grego: forma grega de Ido
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adiel
hebraico: ornamento de Deus
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adijaim
dois caminhos
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adim
hebraico: delicada
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adimi
hebraico: humano
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adina
hebraico: delicada ou sensível
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adina ou adni
voluptuosa
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adino
hebraico: delicado
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adira
sensível
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aditaim
hebraico: dupla passagem, cidade de duas presas
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adivinhação
o dom da profecia foi concedido por Deus apenas a pouquíssimas pessoas, na história da Humanidade – mas nos tempos bíblicos havia quem pretendesse ter o dom da adivinhação, praticando várias espécies de artifícios com o fim de fazerem crer que possuíam conhecimentos do futuro. Em geral a adivinhação fazia parte dos predicados de uma casta sacerdotal, que disso fazia uso para os seus próprios fins(Gn 41.8 -is 47.13 – Jr 5.31 – Dn 2.2). As pessoas que afirmavam ter em si espíritos familiares (is 8.19 e 29.4) crê-se que eram ventríloquos, que desde debaixo da terra, chilreando entre dentes, murmuravam para imitar a voz dos espíritos, que se acreditava terem sido invocados dentre os mortos. Com respeito à invocação da alma de Samuel pela pitonisa de En-Dor (1 Sm 28.7 a 25), considerando que a mulher era indubitavelmente uma impostora, podemos dizer que Deus permitiu nesta ocasião, para os Seus próprios desígnios, que Saul, pelas engenhosas práticas da feiticeira, pudesse ser inteiramente avisado do que o esperava, tendo ainda tempo nos seus últimos dias de voltar o seu coração para Deus. Em Ez 21.21 a referência à adivinhação é por meio de flecha. o rei arremessou um feixe de setas a fim de ver em que direção iam descer – e, como elas caíram à sua mão direita, ele marchou para Jerusalém. A taça pela qual se diz ter José adivinhado (Gn 44.5), era um vaso de prata (simbólico do Nilo, ‘a taça do Egito’) que se supunha ter misteriosas qualidades mágicas. A adivinhação era feita por meio de irradiações da água, ou de gemas, com inscrições mágicas, a ela arremessadas. A condição do fígado do animal, que tinha sido sacrificado, julgavam alguns ser uma indicação relativamente ao futuro (Ez 21.21). Moisés proibiu toda espécie de adivinhação. (*veja Magia.)
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adjacente
Situado perto; ao lado; situado na vizinhança.
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adlai
hebraico: justiça de Jeová
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admá
fortificação
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admata
nome persa de significação ignorada
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admoestar
Censurar, repreender com brandura; aconselhar, exortar.
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ado
hebraico: festivo, oportuno
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adoção
Termo pelo qual Paulo exprime oparentesco que a frase ‘filhos de Deus’ designa. Em Rm 8.15 a 23 – 9.4 – Gl 4.5 – e Ef 1.5, há referência ao costume legal, entre os romanos, pelo qual a criança adotada tomava o nome do seu novo pai, e tornava-se seu herdeiro. o parentesco era, em todos os respeitos, o mesmo que existia entre o pai natural e seu filho. o costume da adoção tem sido seguido por todas as nações e em todos os tempos. A adoção civil era permitida e determinada para alívio e conforto daqueles que não tinham filhos – mas na adoção espiritual não aparece esta razão. o Senhor onipotente adota os crentes, e eles tornam-se filhos de Deus, não porque haja qualquer excelência neles, mas porque Ele é infinitamente bom. A filha de Faraó adotou Moisés por causa do seu lindo rosto (At 7.20,21) – Mordecai adotou Ester pela mesma razão, e porque ela era sua parenta (Et 2.7) – nada há no homem, porém, que o torne merecedor da adoção divina (Ez 16.5). Além disso, na adoção espiritual, o novo filho recebe não só um nome novo, mas uma nova natureza: torna-se participante da natureza divina (2 Pe 1.4).
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adoecer
Ficar doente ou enfermo
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adom
forte
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adomias
Jeová é o senhor
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adonai
(Hebraico) – Senhores meus. Um dos nomes de Deus no Antigo Testamento. – Senhor (Maitre), Senhores (Maitrês). É assim que o homem da Bíblia invoca, o mais das vezes, seu Elohîms (Gn 15:2; 20:4, etc.) Adonai é um plural gramatical como Elohîms, com o qual se combina freqüentemente em Adonaï-Elohîms.
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adoni-bezeque
hebraico: Senhor de Bezeque
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adoni-zedeque
meu Senhor é justo
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adonias
o SENHoR é o Senhor. 1. Quartofilho de Davi, nascido em Hebrom, quando seu pai era rei de Judá (2 Sm 3.4). Nos últimos anos do reinado de Davi, formou Adonias em volta de si um partido forte, e começou a manifestar suas pretensões, aspirando a ser sucessor de seu pai. Mas Davi tinha prometido a Bate-Seba que seu filho Salomão havia de ser o rei de israel, e deu ordens para que Salomão se dirigisse, montado na mula real, a Giom, ao ocidente de Jerusalém. Foi ali ungido e proclamado rei por Zadoque e alegremente reconhecido pelo povo. Esta resolução infundiu terror no partido contrário, e Adonias fugiu para junto do altar. Foi perdoado por Salomão, sob a condição de mostrar-se como homem digno, sendo também ameaçado de morte se alguma maldade fosse por ele praticada (1 Rs 1). Depois da morte de Davi, pretendeu Adonias o consentimento de Salomão para o seu casamento com Abisague, que tinha vivido com Davi, quando já muito avançado em idade. Pensou Salomão que havia nele intenção de reivindicar o trono e ordenou que fosse morto (1 Rs 2.25). 2. Um dos levitas, a quem Josafá mandou para ensinar a lei ao povo (2 Cr 17.8). 3. Um chefe judaico, que com Neemias assinou o pacto (Ne 10.16).
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adonibezeque
senhor de Bezeque
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adonição
O Senhor se tem levantado
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adoniram
Deus é exaltado
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adoniran
O Senhor é excelso
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adonirão
hebraico: O Senhor é engrandecido, ou excelso.
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adonis
Elegante, simpático
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adonisedeque
o Senhor é justo
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adoração
Há duas palavras no A.T. significando adoração: uma delas, em certos lugares, tem o sentido de fazer ‘reverência’, ‘inclinar-se’ (Dn 2.46 – 3.5) – a outra usa-se a respeito do culto prestado ao SENHoR e a outros deuses ou objetos de reverência (Gn 24.26, 48, etc. – Êx 34.14 – Dt 4.19,etc.) – e também a respeito do ‘príncipe do exército do Senhor’ (Js 6.14). No N.T. a palavra mais freqüentemente empregada significava, na sua origem, beijar a mão de alguém, como sinal de consideração, fazendo-se uma inclinação respeitosa. É usada com as seguintes significações: adoração a Deus (Mt 4.10) – reverência para com Jesus Cristo (Mc 5.6) – e culto idólatra (At 7.43 – cf. Ap 9.20 – 14.9 – 22.8).
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adoraim
Montes
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adoram
hebraico: dois montes ou baluartes
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adorão
hebraico: O Senhor é exaltado
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adorar
Prestar culto à divindade; venerar; amar em extremo.
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adrameleque
1. ídolo dos de Sefarvaim,que Salmaneser ii, rei da Assíria, trouxe para colonizar as cidades da Samaria, depois de ter levado para aquele país os habitantes cativos (2 Rs 17.31). Este ídolo era adorado com ritos semelhantes aos de Moloque, sendo-lhe sacrificadas as crianças. 2. Filho de Senaqueribe, rei da Assíria – auxiliado por seu irmão Sarezer, matou o pai na casa do deus Nisroque, estando ele a adorar ali (2 Rs 19.37).
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adria
hebraico: escura
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adria-meleque
hebraico: o Deus Adar é rei
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adufe
tambor
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adula
hebraico: recinto fechado, ou lugar da antigüidade
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adulão
Cidade de Judá (Js 15.35), sedede um rei cananeu (Js 12.15), evidentemente lugar de grande antigüidade (Gn 38.1 a 20): é hoje Aid-el-Ma. Havia muitas cavernas nas colinas de pedra calcária, existentes nos subúrbios da povoação – era ali o ponto de reunião de Davi e seus companheiros. Ali também se encontraram com Davi, seus irmãos e toda a casa de seu pai, indo de Belém (1 Sm 22.1). Foi naquele sítio que se deu o ousado ato dos três valentes, que arriscaram a vida indo a Belém buscar água para Davi (2 Sm 23.14 a 17 – 1 Cr 11.15 a 19). A cidade de Adulão foi fortificada pelo rei Roboão (2 Cr 11.7), e foi um dos lugares reocupados pelos judeus depois da sua volta da Babilônia (Ne 11.30). Há, ainda, muitas cavernas nos montes de pedra calcária, ali perto.
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adultério
Este ato é proibido no sétimo mandamento (Êx 20.14 – Dt 5.18). *veja em Nm 5.11 a 29 a descrição da prova de impureza por meio da água amarga, que era dada à mulher suspeita para beber. As referências que os profetas fazem ao adultério indicam uma situação moral muito baixa (is 51.3 – Jr 23.10 – os 1.4). É provável que depois do cativeiro, quando o laço conjugal se tornou menos apertado, raras vezes, se alguma vez o foi, tenha sido a pena de morte aplicada. A frase em Mt 1.19, ‘não a querendo infamar’, provavelmente significa não levar o caso perante os juizes do conselho local. José procedeu assim, pois preferia, como podia fazê-lo, deixá-la secretamente. A palavra adultério era usada figuradamente para exprimir a infidelidade do povo hebreu para com Deus. Figura muito apropriada por causa dos ritos impuros que faziam parte do culto idólatra (Ez 16). Assim também falou o Senhor de uma geração ‘adúltera’ (Mt 12.39). (*veja Casamento.) As principais passagens do N.T. em que se fala de adultério, relacionam-se com o divórcio ou separação: Mt 5.31,32 – 19.6 – Mc 10.11, 12 – Lc 16.18 – Jo 8.3 a 11 – Rm 7.2, 3 – 1 Co 7.10,11, 39.
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adumim
sangue
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aduram
hebraico: dois montes
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adurão
o Senhor é execelso
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aduzir
Trazer, apresentar.
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advento
Vinda, chegada.
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adversidade
Infelicidade; má sorte
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advir
Vir em conseqüência; resultar, proceder, derivar.
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advogado
A palavra grega Parakletos, traduzida ‘advogado’ em português, em 1 Jo 2.1, aplica-se também ao Espírito Santo em Jo 14.16, 26 – 15.26 – 16.7. A significação grega é a de ‘alguém chamado para defender outra pessoa’, especialmente quando se trata de uma acusação legal. Em latim advocatus. A tradução ‘consolador’ acha-se nas passagens citadas do Evangelho de João. o cristão tem, portanto, ou no Espírito Santo ou em Jesus Cristo, quem defenda a sua causa, e lhe dê conforto nas horas tristes. (*veja Espírito Santo.)
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aer
hebraico: outro
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afamada
Que se tem fama.
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afamado
Que tem fama; prestígio
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afeca
fortificação
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afegue
hebraico: fortaleza
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afeque
Fortaleza. 1. Cidade real dos cananeus, cujo rei foi morto por Josué (Js 12.18). Coube, na distribuição das terras, a issacar. 2. Cidade situada na extremidade norte de Aser, nos limites dos amorreus (Js 19.30), donde não foram expulsos os cananeus. 3. Lugar em que acamparam os filisteus, enquanto os israelitas se conservavam em Ebenézer, antes da fatal batalha em que foram mortos os filhos de Eli e tomada a arca (1 Sm 4.1). Era perto de Jerusalém, ao nordeste. 4. Campo da batalha em que Saul foi derrotado e morto (1 Sm 29.1). 5. Cidade na estrada militar que vai da Síria a israel (1 Rs 20.26). Acha-se esta cidade identificada com a moderna Fik, no cimo do Wadi Fik, 10 km ao oriente do mar da Galiléia, passando ainda pela povoação a grande estrada entre Damasco e Jerusalém. Foi teatro da derrota de Ben-Hadade (1 Rs 20.30), e de muitas outras batalhas.
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afes-domim
grego: costa de Domim
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afetação
Afetar; atingir, afligir, comover, abalar.
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afeto
Dizer respeito a; concernir, interessar.
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afia
hebraico: revivido
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afikoman
“Sobremesa”; pedaço de matsá tirado no início do sêder e guardado até o final da refeição; é o último alimento a ser ingerido antes do Bircat Hamazon, Bênção de Graças após a refeição – para lembrar as oferendas de Pêssach, que era o último alimento ingerido no sêder, na época do Templo.
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afinidade
Relação, semelhança, analogia.
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aflição
Adversidades, catástrofes e sofrimentos, que por vezes duram muito tempo. Às vezes a aflição nos é imposta por outrem, outras vezes por nós mesmos e ainda em outros casos pelo próprio Deus.
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afligir
Ver. aflição.
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afligir a alma
Causar aflição a; angustiar, mortificar, agoniar, agonizar
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afluir
Correr para; convergir
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afluíram
Do verbo afluir: convergir; vir em grande quantidade; aglomerar.
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afogueado
Muito corado (Que tem cor; branqueado ou tornado branco pela exposição à luz solar; quarado; que tem as faces vermelhas (diz-se das pessoas)
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afoitamente
Tornar(-se) afoito; animar(-se); encorajar(-se)
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afra
lugarejo
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agabo
gafanhoto
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agague
Violento. Rei dos amalequitas (1 Sm 16), cuja vida Saul poupou, desobedecendo à ordem divina. Samuel declarou que, por este ato, a sucessão sairia da família de Saul, e ele próprio mandou buscar Agague, fazendo-o em pedaços. Hamã, o agagita, de cuja sorte se fala no livro de Ester, era, seguindo a crença dos judeus, descendente de Agague, e por isso eles odiavam a sua raça. Em Nm 24.7 parece ser o nome Agague usado como título geral dos reis amalequitas.
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agape
Este é o amor mais sublime, mais alto, é a palavra usada para expressar o amor de Deus (ex. João 3:16). Este é o amor descrito em 1 Coríntios 13. Quando fala sobre o amor de Cristo usa-se a palavra ágape, não fileo. Esta palavra descreve um amor desinteressado, de alguém que se dispõe a dar de si mesmo sem esperar receber nada em troca. É o amor que leva alguém a oferecer a sua própria vida para salvar a outros,
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agar
abandonada
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agarai
hebraico: vagabundo
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agarrar
Pegar algo, Apanhar, Prender, Segurar com força, aprisionar.
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agastar
Aborrecer; zangar-se
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agata
pedra preciosa
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agatha
Bondosa, cuja influência predispõe ao amor
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agé
fugitivo
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agenor
Bravo, viril, corajoso
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ageu
Festivo. Um dos três profetas da Restauração. Pouco se sabe a respeito da sua personalidade, mas o tempo do seu aparecimento pode deduzir-se do seu livro e do de Esdras. Nasceu, provavelmente, durante o cativeiro, e pertenceu ao número dos que vieram com Zorobabel da Babilônia para Jerusalém, no ano 536 a.C. A reedificação do templo começou com grande zelo, mas, por causa da oposição dos samaritanos, foram suspensas as obras pelo espaço de quatorze anos. Subindo, então, Dario Histaspes ao trono da Babilônia, foi Ageu inspirado por Deus a exortar Zorobabel e Josué a que recomeçassem o trabalho do templo. os seus arrazoados produzir um efeito (Ag 1.14 – 2.1), prosseguindo os judeus na reedificação no ano 520, dezesseis anos depois da volta do cativeiro. Diz-se que Ageu foi sepultado em Jerusalém, perto dos sepulcros dos sacerdotes.
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ageu (livro de)
Encerra este livro quatro mensagens proféticas, todas elas apresentadas durante 4 meses pouco mais ou menos (1.1 – e 2.1, 10, 20). Na primeira são censurados os judeus por desprezarem o templo – faz-se a promessa de que o favor divino havia de acompanhar a sua construção. Vinte e quatro dias depois desta profecia, foram as obras continuadas, sendo os israelitas animados por uma misericordiosa mensagem da parte de Deus. Mas, passado um mês, arrefeceu de novo o zelo do povo, e começaram a pensar se seria possível a restauração. Com o fim de remover as dúvidas do povo e levantar as suas enfraquecidas energias, apareceu Ageu declarando que o Senhor era com eles e profetizando que a glória do novo templo havia de ser maior do que a do primeiro (Ag 2.1 a 9). Pela terceira vez dirige-se Ageu aos judeus e censura-os pela sua indiferença – ao mesmo tempo incita-os a trabalharem o mais possível (Ag 2.10 a 19). No mesmo dia foi proferida outra profecia, dirigida a Zorobabel, príncipe de Judá, representante da casa de Davi, e aquele por quem principia a genealogia do Messias depois do cativeiro, encerrando as palavras proféticas a promessa de que o povo de Deus seria preservado no meio da queda e ruína dos reinos da terra (2.20 a 23). Cp.Ag 2.6 com Hb 12.26,27. Mas as palavras de 2.9, ‘neste lugar darei a paz’, foram, sem dúvida, cumpridas com a presença de Jesus Cristo no segundo templo.
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ágil
Que se move com destreza, com esperteza
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agildo
Oferta dos deuses
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agnaldo
Aquele que governa pelo uso da espada
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agnelo
Cordeirinho
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agnes
Pura, alva, cristalina
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agnosticismo
O termo “agnosticismo” vem do grego “ágnostos”, que significa “não cognoscível”.
O Vocábulo é de origem mais ou menos recente. É conhecido e usado pela primeira vez no sentido moderno e familiar por Thomas Huxley (1825-1895) em 1869, como ele mesmo narra em seu escrito “Agnosticism” de 1889 e inserido nos “Collected Essays” . Em oposição à “gnose”, Huxley entendeu essa palavra no sentido de “não saber nada” sobre um argumento ou encontrar-se perante um problema insolúvel. Naturalmente, foi o ambiente filosófico favorável da época, com o ceticismo de Hume e a filosofia crítica de Kant, que permitiu a Huxley cunhar e divulgar o termo “agnosticismo” como expressão de um certo pensamento. Huxley escolheu-o para apresentar-se também com um “ismo” e assim classificar seu pensamento junto aos colegas da “Metaphysical Society” de Londres, como a moda dos “ismos” de então o exigia.
O novo vocábulo assumiu e conservou sucessivamente um significado mais restrito e mais preciso, indicando uma posição de “não conhecimento” da verdade metafísica ou de “não conhecimento” da existência de uma realidade sobrenatural, dita justamente “incognoscível” . Já os atenienses dos tempos de S.Paulo Apóstolo dirigiam-se a um Deus desconhecido (agnósto Theó) levantando-lhe altares e fazendo-lhe orações.
Portanto, “agnosticismo” significa, de modo geral, a atitude espiritual de quem suspende o próprio juízo sobre a existência e natureza do Absoluto e da Divindade. Declara a inatingibilidade, por parte da mente humana, dos problemas referentes à primeira origem da realidade, à natureza de Deus e ao último destino do homem.
Não deve ser confundido com o ceticismo, porquanto é mais uma abstração do que uma negação do conhecimento: o agnosticismo convida a uma posição de neutralidade entre a afirmação e a negação a respeito de tudo quanto se relacione com os problemas do Absoluto. -
agoureiro
Presságio de coisa má
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agouro
Presságio ou adivinhação de cousa má; que anuncia coisas más
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agouros
Presságio, pressentimento.
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agraciada
Que recebeu graça, mercê; condecorado, galardoado.
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agradar
Causar ou inspirar complacência ou satisfação, Ser agradável, Contentar, Satisfazer, Sentir ou causar prazer.
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agravo
Ofensa, injúria, afronta, dano.
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agricultura
A Palestina, à exceção da parte mais meridional, é terra de ribeiros d”águas e de fontes que correm das montanhas e dos vales (Dt 8.7 a 9). As primeiras chuvas caem em outubro. Não são chuvas contínuas, mas intermitentes, dando isso ocasião a que o lavrador possa semear trigo e cevada. Continua a chuva a cair por intervalos durante os meses de novembro e dezembro, havendo ainda em março e abril dias chuvosos. Nos restantes meses até outubro, o tempo é seco, vendo-se o céu sem nuvens. Logo que no mês de outubro o chão é amolecido pelas chuvas, principia a semeadura de trigo, cevada e lentilhas. o arado dos antigos hebreus era, provavelmente, semelhante aos de hoje, constando de uma vara grossa feita de duas peças, às quais se prendia uma travessa onde se atrelava uma junta de bois. Na outra extremidade era metida uma peça num ângulo obtuso, que terminava por baixo na relha e havia uma grosseira rabiça na parte superior. os bois eram impelidos por meio de uma vara com aguilhão, a qual era também empregada para quebrar os torrões de terra ou limpar o arado. A ceifa começa no fim de março ou princípio de abril. A colheita da cevada vem primeiro, sendo a última a do trigo em meados de maio. o tempo da ceifa durava sete semanas. o trigo era segado com uma foice e, reunido em molhos, era levado para a eira, um terreno circular, exposto ao vento, com uns vinte metros de diâmetro. Aqui era o grão liberto da palha mediante o andar de bois ou jumentos sobre o trigo. Porções de trigo eram também algumas vezes debulhadas por meio de um mangual (is 28.27) – mais freqüentemente, porém, se empregava um instrumento, que constava de uma armação de madeira, com pedras pontiagudas metidas em buracos na parte inferior, posta em contato com o trigo. Esta armação era puxada por bois, e muitas vezes o agricultor sentava-se em cima para aumentar o peso. Também se usava para a debulha um revestimento de madeira adaptado às rodas de um carro, com certo número de lâminas para cortar o trigo. Depois, quando soprava levemente o vento, levantava-se com pás de madeira a palha com o grão, caindo este na eira e levada aquela pelo ar fora. o trigo ainda era limpo das pedras e impurezas agitado numa joeira (Am 9.9). A palha mais comprida servia de alimento para os bois (is 11.7), não tendo valor a restante. A colheita era armazenada em lugares subterrâneos (Jr 41.8). Em troca de ouro e prata e artigos de luxo, abastecia a Palestina, com o conteúdo dos seus armazéns, os mercados de Tiro e Sidom, onde se reuniam também as mercadorias de todas as nações desde a Espanha à india. Nas minuciosas descrições de Ezequiel sobre a grandeza de Tiro, ele menciona o trigo entre os diversos artigos, que a Fenícia importava de Judá no seu tempo, o sexto século antes de Cristo. Mais de seis séculos depois vemos que é ainda Canaã que fornece trigo à Fenícia, pois uma missão especial veio, cerca do ano 44 d.C., ao rei Herodes Agripa, da parte de Tiro e Sidom, pedindo paz, porque o seu país era sustentado pelas terras do rei (Atos 12.20).
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agrilhoado
Prender com grilhões
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agripa
que nasceu com os pés para frente
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aguardar
Esperar, Permanecer na expectativa de, Respeitar, Acatar.
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águas de contendas
hebraico: contendas de Cades
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aguçar
Excitar; estimular; afiar
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águia
Há, constantemente, referências na Bíblia ao espantoso número de aves de presa de todos os tamanhos, que se acham na Palestina e na Arábia. Em algumas das passagens, onde ocorre a palavra ‘águia’, teria sido melhor tradução ‘abutre’. Por exemplo, em Mq 1.16, ‘faze-te calva, e tosquia-te… alarga a tua calva como a águia’, somente se pode referir isto ao abutre, que é desprovido de penas na cabeça e no pescoço, o que é, realmente, uma disposição da Natureza, visto como esta ave tem por hábito introduzir a cabeça nas carcaças dos animais mortos. outra ave denominada ‘águia’ é o abutre grifo, cujo hábito de pousar nas mais altas elevações dos penhascos se acha exatamente descrito em Jr 49.16 e Jó 39.27 a 30. Nesta última passagem, ‘seus olhos a avistam de longe’, há uma referência ao quase incompreensível alcance de vista do abutre. Quando um animal cai morto ou ferido no deserto, contam os viajantes que dentro de um espaço de tempo pequeníssimo aparecem estas aves sobre ele, sendo certo que um minuto antes nem uma se via. Uma simples carcaça torna-se, desta maneira, o chamariz de uma multidão de aves de presa (Mt 24.28). A força da ave e o seu vôo rápido acham-se mencionados em Jr 4.13 e os 8.1. No Sl 103.5 há uma referência à sua longevidade e aparente rejuvenescimento. o seu cuidado de mãe, a que se faz alusão em Dt 32.11,12, especialmente no ato de encorajar os filhinhos nas primeiras tentativas de vôo, é muito característico da classe de aves a que a águia pertence. Como a águia voa a grande altura, parecendo aproximar-se do céu, tem sido tomada como um emblema de S. João pelo penetrante e profundo conhecimento das verdades divinas, que se nota nos escritos deste apóstolo. A águia de ouro e a águia imperial são ambas muito conhecidas na Palestina, ainda que não tanto como o abutre grifo, e são principalmente vistas nos vales de rocha e nas alturas de cordilheiras raramente visitadas. o quebrantoso de Lv 11.13 e Dt 14.17, ou abutre barbudo, tem esse nome pelo fato de levar consigo até às maiores alturas os ossos cheios de medula, deixando-os depois cair sobre as pedras para quebrá-los. Uma conhecida tradição afirma que o poeta Ésquilo encontrou inesperadamente a morte pelo fato de uma destas aves ter deixado cair sobre a sua cabeça calva uma tartaruga, julgando que fosse uma pedra. outras águias que se vêem na Terra Santa são a águia morena, a águia de Bonelli e a águia de garras curtas – esta última é a mais comum, alimentando-se de répteis, que ali são notavelmente abundantes.
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aguilhão
Uma grande vara para conduzirgado, tendo numa das extremidades um ferro de ponta aguçada (Jz 3.31 – 1 Sm 13.21 – Ec 12.11). Em At 26.14 a frase ‘Dura coisa é recalcitrares contra os aguilhões’ é uma expressão proverbial muito vulgar em grego e latim, para mostrar que é vã a resistência quando o poder é grande.
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agur
hebraico: cobrador ou colecionador
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ahavat israel
Amor ao próximo; um dos preceitos fundamentais da Torá: “Ame ao teu próximo como a ti mesmo”.
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ahi
hebraico: irmão de Jeová
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ai
Montão. 1. Cidade de Canaã, que já existia no tempo de Abraão (Gn 12.8). Foi a segunda cidade que israel conquistou e totalmente destruiu, depois de ter atravessado o Jordão (Js 7,8,9,10, 12). ‘os homens de Betel e Ai’, em número de 223, voltaram do cativeiro com Zorobabel (Ed 2.28). Aiate, por onde Senaqueribe passou na sua marcha sobre Jerusalém, e Aia, são outras formas de Ai (is 10.28 – Ne 11.31). 2. Cidade dos amonitas (Jr 49.3).
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aiã
fraternal
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aiai
hebraico: Narinas, narigudos
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aiam
hebraico: irmão da mãe ou amigo da nação
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aião
irmão da mãe
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aias
irmão do SENHoR. 1. Sacerdote do Senhor em Silo. A arca de Deus estava sob o seu cuidado – ele trazia a estola e inquiria do Senhor por meio da arca (1 Sm 14.18). Provavelmente é o mesmo que Aimeleque em 1 Sm 21: eram filhos de Aitube (1 Sm 14.3 – 22.9). Era Aimeleque irmão do rei. 2. Filho de Bela (1 Cr 8.7), e que se pensa ser a mesma pessoa que Aoá (1 Cr 8.4). 3. Filho de Jerameel (1 Cr 2.25). 4. Um dos valentes de Davi (1 Cr 11.36). 5 Levita do reinado de Davi, que tinha a seu cargo os tesouros da casa de Deus, e, também, os das coisas sagradas (1 Cr 26.20. Ed. R.C.). Na E.R.A. não consta o nome Aías. 6. Um dos príncipes de Salomão (1 Rs 4.3). 7. Profeta de Silo (1 Rs 14.2), chamado por isso o silonita (1 Rs 11.29), nos dias de Salomão, e de Jeroboão, rei de israel. Existem dele duas notáveis profecias. A primeira diz respeito a Jeroboão – anuncia-lhe que dez tribos separar-se-iam de Salomão como castigo da idolatria deste rei, e seria para ele transferido o reino. Esta profecia chegou ao conhecimento de Salomão, e Jeroboão, a fim de salvar a vida, teve de fugir para junto de Sisaque, rei do Egito, onde permaneceu até à morte do rei de israel (1 Rs 11.29 a 40). A segunda profecia acha-se em 1 Rs 14.6 a 16, e foi dirigida à mulher de Jeroboão, que, sob disfarce, tinha vindo saber notícias de seu filho Abias, que estava doente. Aías predisse a morte do menino, bem como a destruição da casa de Jeroboão, por causa de sua idolatria – e também anunciou o cativeiro de israel para além do rio Eufrates. 8. Pai do rei Baasa (1 Rs 15.27, 33). 9. Um dos chefes do povo que selaram o convênio com Neemias (Ne 10.26).
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aias ou ahiyah
amigo de D’us
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aiate
hebraico: monte de ruína
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aibe
hebraico: gordura
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aican
hebraico: irmão do inimigo
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aicão
Meu irmão se levantou. Quando Safa, o escriba, trouxe ao rei Josias o Livro da Lei que Hilquias, o sumo sacerdote, tinha achado no templo, foi Aicão mandado pelo rei com outros delegados consultar a profetisa Hulda (2 Rs 22). Quando, no reinado de Jeoaquim, os sacerdotes e profetas acusaram o profeta Jeremias perante os príncipes de Judá de ter feito arrojadas declarações sobre os pecados da nação, Aicão usou da sua influência para proteger o profeta (Jr 26.24). o seu filho Gedalias foi nomeado governador de Judá por Nabucodonosor, rei da Babilônia, e a ele Jeremias foi entregue, quando saiu da prisão (Jr 39.14 e < -l0.5).
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aida
Prosperidade, felicidade
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aide
Independência e ousadia
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aiezer
irmão do auxilio
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aiin
décima sexta letra do alfabeto hebraico
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aija
hebraico: irmão de Jeová
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aijalom
Lugar de gazelas. 1. Cidade dos coatitas (Js 21.24), dada à tribo de Dã (Js 19.42) – todavia, a tribo foi incapaz de desapossar os amorreus daquele lugar (Jz 1.35). Aijalom foi uma das cidades fortificadas pelo rei Roboão (2 Cr 11.10), durante os seus conflitos com o novo reino de israel – e a última notícia que temos dessa povoação é que os filisteus a tomaram e habitaram. A cidade tem sido identificada fora de dúvida, com a moderna Yalo, um pouco ao norte da estrada de Jafa e cerca de 23 km distante de Jerusalém. Está situada na encosta de um extenso monte, que forma o limite sul do belo vale das searas de trigo, e que agora tem o nome de Merj ibn”Amir – parece, pois, não haver razão para duvidar d e que esse é o antigo vale de Aijalom, onde se deu a derrota dos cananeus (Js 10.12). 2. Lugar de Zebulom, mencionado como sepultura de Elom, um dos juizes (Jz 12.12).
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aijelete-has-saar
hebraico: corça da aurora.
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aijolon
lugar de gazelas
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ailate
hebraico: fortaleza
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ailude
irmão do que nasceu
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aim
fonte-olho
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aimã
irmão da duvida
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aimaás
Meu irmão está irado. 1. Pai damulher de Saul, Ainoã (1 Sm 14.50). 2. Filho de Zadoque, sacerdote no reinado de Davi. Quando Davi fugia de Jerusalém por causa da rebelião de seu filho Absalão, aconteceu que Zadoque e Abiatar, acompanhados de seus filhos, levaram a arca, de Deus na sua intenção de irem com o rei. Mas Davi ordenou-lhes que voltassem para a cidade, o que eles fizeram, bem como Husai (2 Sm 15). Em virtude de certa combinação, Husai, fazendo-se amigo de Absalão, deu um conselho diferente do de Aitofel e disse a Zadoque e a Abiatar alguma coisa do que se passava no palácio, para que fosse levado um aviso a Davi por Aimaás e Jônatas, que tinham ficado em En-Rogel, fora dos muros da cidade (2 Sm 17.17). o que depois se sabe de Aimaás está em relação com a morte de Absalão às mãos de Joabe e seus escudeiros. Aimaás questionou com Joabe, para que lhe fosse permitido levar a Davi a notícia do fato. Joabe, que era amigo de Aimaás, sabendo quão doloroso seria para o pai o conhecimento da morte do filho, não acedeu ao seu pedido, mas mandou um etíope em seu lugar. Já depois de ter partido o etíope, tornou novamente Aimaás a insistir com Joabe para que lhe fosse concedido ir levar a notícia a Davi, sendo por fim atendido. Correndo por atalhos, Aimaás chegou antes do etíope à presença de Davi, e informou o rei da vitória alcançada sobre os revoltosos, mas não mencionou a morte de Absalão. Deixou ao etíope, com uma esperteza oriental, a desagradável missão de dar essa notícia (2 Sm 18). 3. Um dos oficiais de Salomão, o qual tinha a seu cargo o abastecimento da casa do rei durante um mês em cada ano. Era genro do rei, pois tinha casado com sua filha Basemate (1 Rs 4.15).
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aimaas (z)
hebraico: meu irmão está irado ou irascível
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aimaaz
irmão da ira
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aimas
hebraico: irascível
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aime
Aquela que é amada e apreciada
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aimee
Aquela que é amada e apreciada
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aimeleque
irmão do rei
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aimote
irmão da morte
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ainadabe
irmão da liberdade
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ainas
hebraico: resposta do Senhor
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ainoã
Meu irmão é gracioso. 1. Mulher de Saul, primeiro rei de israel (1 Sm 14.50). 2. Uma mulher de Jezreel, que veio a ser mulher de Davi, quando este andava errante (1 Sm 25.43) – com esta e com a outra sua mulher Abigail foi Davi à corte de Aquis, rei de Gate (1 Sm 27.3). Foi mãe de Amnom, o filho mais velho de Davi (2 Sm 3.2).
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aio
Pedagogo; aquele que ministra; preceitos ou instrução
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airá
irmão do mal
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airão
meu irmão (Deus) é excelso
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aisa
hebraico: irmão da aurora
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aisaar
irmão da alva
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aisameque
irmão de ajuda
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aisar
irmão do canto
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aitofel
irmão de loucura. Um gilonita,conselheiro de Davi – a reputação de Aitofel era tão alta que as suas palavras tinham a autoridade de um oráculo divino. Se, como se pode depreender de 2 Sm 23.34, em comparação com 11.3, era ele avô de Bate-Seba, talvez fosse a queda da neta que o levou a aderir à revolta de Absalão, sendo por, este mandado chamar no princípio da conjuração (2 Sm 15.12). Para mostrar ao povo que o rompimento entre Absalão e o pai era irreparável, aconselhou Aitofel ao rebelde que tomasse posse do harém real (2 Sm 16.21). Com o fim de contraditar os seus conselhos, mandou Davi que Husai fosse para junto de Absalão. Aitofel tinha recomendado que Davi fosse imediatamente atacado, mas Husai aconselhou a demora, tendo em mira enviar especial aviso a Davi, e assim dar-lhe tempo de reunir as suas tropas para um decisivo combate. Quando Aitofel viu que prevalecia o conselho de Husai, caiu em desespero, e, voltando para sua casa, pôs as suas coisas em ordem e enforcou-se (2 Sm 17). Tem sido notado que é este o único caso de suicídio, mencionado no Antigo Testamento (não se falando em atos guerreiros), assim como o de Judas é o único caso do Novo Testamento.
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aitube
hebraico: meu irmão é bondade, filho de benevolência, ou irmão da formosura
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aitude
bom irmão
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aiude
irmão de judeu
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ajalom
hebraico: um grande carneiro
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ajelet-sanar
hebraico: veado da aurora, ou corça da manhã
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alabastro
*veja Mt 26.7; Mc 14.3; Lc 737 – as passagens que descrevem o caso de ter uma mulher derramado o precioso bálsamo, contido num vaso de alabastro, sobre a cabeça do Salvador. os antigos consideravam o alabastro (espécie de mármore branquíssimo – carbonato de cálcio), como o melhor material para conservar os seus ungüentos. A forma usual desses frascos era redonda, bojuda no fundo, terminando para cima num estreito gargalo, que era cuidadosamente selado. Na narrativa de S. Marcos diz-se que a mulher quebrou a redoma, antes de derramar o ungüento. isto apenas significa a quebra do selo ou do gargalo; :mas também pode querer dizer que o vaso foi destruído para não tornar a ser usado.
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alabe
lugar fértil
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alafe
primeira letra do alfabeto hebraico: um ou mil quando recebe dois pontos iguais a rema.
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alai
oh, Deus
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alaide
Princesa da terra, de linhagem nobre
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alameleque
carvalho do rei
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alamete
hebraico: vigor de juventude
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álamo
Na passagem em que esta palavra ocorre (Gn 30.37), a primitiva vem de uma raiz que significa ‘coisa branca’. o álamo branco é comum na Palestina, e preenche as condições do texto da Escritura em que esse nome se encontra. Era plantada em virtude da sua sombra, e usava-se a madeira para utensílios de casa. Varas descascadas do álamo foram postas por Jacó diante do rebanho de Labão (Gn 30.37). A árvore mencionada em Gn 30.31 não nasce no sítio indicado – provavelmente a palavra empregada significa amendoeira.
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alamote
voz de virgens
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alan
Aquele que é belo, gracioso e agradável
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alarde
Ostentação, aparato.
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alarido
Gritaria; algazarra
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alaúde
instrumento de canta, semelhante à viola. É a tradução da vulgar palavra hebraica nebel. Nebel é a maior parte das vezes traduzido pelo termo saltério. As cordas eram tocadas com os dedos (is 5.12 – 14.11 – Am 5.23 – 6.5). (*veja Música.)
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albuquerque
Carvalho branco
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alçadas
Levantadas; erguidas.
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alcadema
campo de sangue
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alçar
Suspender; elevar; erguer
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álcimo
elevado por Deus
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alefe
1a. letra do alfabeto hebraico, boi
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aleivoso
Caluniador; fraudulento
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aleixo
Defensor
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aleluia
Forma grega na versão dos Setenta para a palavra composta do hebreu Hallelujah, ‘louvai ao Senhor’. Acha-se o vocábulo da versão dos Setenta nos salmos 105, 106, e outros, traduzidos da Vulgata Latina. Em outras traduções vem o significado ‘louvai ao Senhor’, e na margem – Aleluia. Adaptação da palavra hebraica no culto cristão é devida ao seu uso no Ap 19.1 a 7. Já no 4º. século era o termo Aleluia reconhecido como uma exclamação cristã de alegria e de vitória. os aleluias tinham um lugar especial nas primitivas liturgias da igreja oriental e ocidental.
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alema
hebraico: esconderijo
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aleme
hebraico: um esconderijo
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alemete
lugar coberto
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alexandre
Auxiliador dos homens. Cincopessoas com este nome, que era vulgar, acham-se mencionados no N.T. 1. Filho de Simão, o cireneu, que foi compelido a levar a cruz de Jesus (Mc 15.21). 2. Um parente de Anás, sumo sacerdote, o qual era membro diretor do Sinédrio em Jerusalém, quando Pedro e João foram presos e levados àquele tribunal (At 4.6). 3. Um judeu de Éfeso, a quem os seus compatriotas impeliram para diante durante o tumulto, provocado por Demétrio, ourives de prata (At 19.33). 4. Um convertido que tinha abandonado a sua fé, e que Paulo entregou a Satanás (1 Tm 1.19, 20). 5. Um latoeiro que fez muito mal a Paulo, e que havia resistido às suas palavras (2 Tm 4.14) – talvez este indivíduo seja o mesmo do número 3.
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alexandria
Cidade edificada sobre o delta do rio Nilo, fundada por Alexandre Magno, rei da Macedônia, 332 a.C., para ser a metrópole do seu império ocidental. Desde o princípio foi misturada a sua população – chamava-se a região dos judeus um dos três bairros em que se dividia a cidade. Depois da tomada de Jerusalém removeu Ptolomeu i um considerável número dos seus cidadãos para Alexandria. Muitos outros judeus, por sua própria vontade, os seguiram, e com estas e outras imigrações foi a colônia judaica rapidamente aumentada. Mais tarde, quando a cidade de Alexandria caiu sob o domínio de Roma, Júlio César e Augusto confirmaram os privilégios de que os israelitas gozavam antes daquele acontecimento. Eles eram representados por um funcionário seu, e Augusto estabeleceu um Conselho ‘para superintender nos negócios dos judeus’, segundo as próprias leis judaicas. Por algum tempo a igreja judaica em Alexandria conservou-se numa estreita dependência da de Jerusalém, reconhecendo ambas o sumo sacerdote como seu chefe religioso – mais tarde, porém, separaram-se. A versão do A.T. em grego (conhecida como dos Setenta, pelo fato de terem sido os tradutores setenta judeus de Alexandria), fortaleceu a barreira de linguagem entre a Palestina e o Egito – e o templo de Leontápolis (161 a.C.), que sujeitava os judeus do Egito às despesas provenientes do cisma, alargou mais a ruptura na família israelita. Todavia, no princípio da era cristã, os judeus do Egito contribuíram ainda para o serviço do templo de Jerusalém, que apesar de tudo era a cidade santa e a cidade-mãe da raça judaica. Segundo Eusébio, foi Marcos quem primeiramente pregou o Evangelho no Egito e fundou a primeira igreja de Alexandria. Pelo fim do segundo século era Alexandria um importante centro de influência e instrução cristãs. A sua escola de catequização era altamente distinta. o mais antigo dos seus mestres, mencionado pelo historiador Eusébio, foi Panteno, cerca do ano 180. Clemente e orígenes foram os mais famosos dos seus sucessores, embora Ário, o autor da heresia ariana, também tivesse sido, segundo Teodoreto, um dos principais doutrinadores. As referências do Novo Testamento a Alexandria acham-se em At 6.9 – 18.24 – 27.6 e 28.11.
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alexandrino
Defensor do homem
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alfa
A primeira letra do alfabeto grego, sendo Ômega a última. A frase ‘Eu sou o Alfa e o Ômega’ vem no Ap 1.8 e 21.6, como expressão do Senhor. originariamente uma forma expressiva da perfeição, teve depois especial aplicação à eternidade e onipresença de Deus, pois é do supremo Ente que têm origem todas as coisas, e para o qual todas as coisas tendem. Frases de significação semelhante se encontram em is 41.4 – Rm 11.36 – 1 Co 8.6 – e Hb 2.10. No Ap 22.13 é transferido o título para Jesus glorificado, revelador e realizador do divino plano de redenção, em quem está o ‘Sim’ e o ‘Amém’, a confirmação e cumprimento de todas as promessas de Deus (2 Co 1.20 – *veja também Jo 1.3 – 1 Co 8.6 – Cl l. 15, 17 – Hb 1.2,3).
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alfa e ômega
Termo para Deus e Jesus encontrado apenas no Apocalipse. Alfa e Ômega são as primeiras letras do alfabeto grego. O termo significa que Deus é eterno e soberano. (Apocalipse 1:8)
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alfarroba
É o fruto da alfarrobeira. Esta árvore tem folhas escuras e brilhantes, e produz vagens grandes, sendo estes frutos pisados para alimento de gado e porcos os pobres também os empregam na alimentação, e acham-nos muito nutritivos. É a este fruta que se refere a parábola do Filho Pródigo, em Lc 15.16.
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alfinete
enfeite
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alforje
Um saco que os viajantes usam para levar dinheiro e mantimento para a jornada. Era feito de diversos materiais, geralmente pele ou couro, e estava preso à cintura (1 Sm 17.40 – Mt 10.10 – Lc 12.33 a 36). (*veja Bolsa.)
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algoz
Carrasco, pessoa cruel, desumana.
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alia
hebraico: sublime
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aliança
Concerto, pacto. Era um contrato, ou convenção que solenemente se realizava entre homem e homem, ou entre homem e Deus. Exemplos do primeiro caso ocorrem em Gn 21.27, e 31,44,45 – Js 9.6 a 15. o concerto entre Deus e o homem de tal modo predomina nas Escrituras que definitivamente se deu ao Cânon já completo os títulos do Antigo Testamento (isto é, a antiga aliança), e Novo Testamento. l. o Antigo Testamento. A palavra ‘aliança’ é usada, primeiramente, falando-se das promessas de Deus a Noé (Gn 6.18 – 9.9 a 16) – mas o fato característico de um pacto entre Deus e o Seu povo escolhido, israel, principia em Abraão, com as promessas a este feitas nos caps. 12 a 15 do Gênesis, ratificadas por solene concerto ritual, sempre repetidas e ampliadas (Gn 17.19 e 22.16). Da parte de Abraão se manifestava a fé (15.6) e a obediência (17.1,9 : 22.16). Conforme ao estabelecido nessa aliança, começa a narração do Êxodo, assentando que Deus ‘lembrou-se da sua aliança com Abraão, com isaque e com Jacó’ (Êx 2.24). A promulgação da Lei no monte Sinai foi preparada com a recordação de ter Deus libertado israel, e com as promessas de outras bênçãos sob condição de obediência. Moisés escreveu todas as palavras do Senhor’ no ‘Livro do Concerto’, e depois dos sacrifícios expiatórios leu-o diante do povo, que respondeu: ‘Tudo o que falou o Senhor, faremos, e obedeceremos’ – e depois disto ele aspergiu o povo com ‘o sangue da aliança’ (Êx 19.4 a 6 e 24.4 a 8). É a este pacto que geralmente se fazem referências por todo o A. T., e em notáveis declarações do N.T. As tábuas da Lei foram, mais tarde, colocadas na ‘Arca da Aliança’, que era considerada como símbolo do SENHoR, e lugar da Sua manifestação (Êx 25.21, etc.). E assim como ‘comer do sal de qualquer homem’ significava um penhor de amizade, assim ‘o sal da aliança’ devia ser acrescentado a toda a oferta de manjares, como lembrança santa dos sagrados laços entre Deus e o Seu povo escolhido (Lv 2.13 – *veja Nm 18.19 – 2 Cr 13.5). o pacto de uma perpétua realeza na descendência de Davi (2 Sm 23.5) acha-se consignado em 2 Sm 7. As referências que no A.T. se fazem à Aliança estabelecida entre Deus e o Seu povo são abundantes, com a declaração de que houve quebra da parte dos israelitas, que se esqueceram do concerto, transgredindo as determinações divinas. Todas estas incriminações culminam na grande profecia de Jr 31.31 a 34, que anuncia ‘uma nova aliança’, não somente exigindo obediência, mas criando aquele poder de amor, cuja lei deve estar escrita no coração. No cumprimento desta profecia passamos da antiga aliança para a nova. 2. A Nova Aliança (para o sentido da palavra testamento, *veja Testamento). Segundo a mais antiga narração da instituição da Santa Ceia, Jesus disse: ‘Este cálice é a Nova aliança no meu sangue’ (1 Co 11.25 – *veja Mt 26.28 – Mc 14.24 – Lc 22.20). Há, aqui, uma referência ao Êxodo(24.8) – Jesus ia criar uma nova relação entre Deus e os homens, fundada como a antiga sobre o sacrifício, o sacrifício de Si próprio. No desenvolvimento desta verdade, nos escritos do N.T., os apóstolos concentram de um modo natural todo o poder da nova aliança no sangue de Cristo (Rm 3.25 – Ef1.7 – Hb 9.14 – 1 Pe 1.19 – 1 Jo 1.7 – Ap 1.5, etc.). o pensamento da própria aliança é proeminente em 2 Co 3.6 – Gl 3.15, e especialmente em Hb 8.10 e 12.24 e 13.20. *veja na palavra Testamento outros pontos de vista.
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alianças
Abraão fez uma aliança com osrégulos de Canaã (Gn 14.13), e com Abimeleque (Gn 21.22). A última foi renovada por isaque (Gn 26.26). Todavia, quando o povo israelita se estabeleceu em Canaã, era-lhe proibido efetuar alianças com as nações circunvizinhas – esta ordem divina tinha por fim evitar que o povo escolhido se corrompesse com a idolatria dos povos confinantes. Esta proibição, mais tarde, não foi respeitada. Salomão contraiu alianças com Hirão, rei de Tiro, e com Faraó, rei do Egito. o rei de israel teve em vista, por meio da aliança com Hirão, obter materiais e operários para a construção do templo, bem como construtores de navios, e marinheiros. A aliança com o rei do Egito deu a Salomão o monopólio do negócio de cavalos e outros produtos daquele país. As dissidências entre Judá e israel, e as relações destes países com c Egito e as monarquias da Assíria e Babilônia conduziram aqueles povos a numerosas alianças e contra-alianças. Vide os livros dos Reis e das Crônicas, assim como trechos de isaías, Ezequiel e Jeremias. Vários ritos religiosos eram executados quando se realizava uma aliança. A vítima do sacrifício era morta e dividida em duas partes, entre as quais passavam as pessoas interessadas, pedindo-se, nessa ocasião, a maldição de semelhante despedaçamento para aquele que quebrasse os termos da aliança. Este costume vigorou por longo período de tempo (Jr 34.18). Geralmente falando, o juramento só é mencionado no ato de contrair alianças, quer entre nações (Js 9.15), ou entre indivíduos (Gn 26.28 – 31.53 – 2 Rs 11.4). o acontecimento era celebrado com uma festa (Êx 24.11 – 2 Sm 3.12 a 20). o sal, como símbolo de fidelidade, era usado nestas ocasiões, aplicado aos sacrifícios – e vem deste uso a expressão ‘aliança de sal’ (Nm 18.19 – 2 Cr 13.5). Levantou-se uma coluna em memória da aliança entre Labão e Jacó (Gn 31.52). Eram também enviados presentes pela parte que solicitava a aliança (1 Rs 15.18 – is 30.6). os judeus atribuíram sempre grande importância ao fato de serem fiéis aos seus compromissos (Js 9.18). A ira divina caía sobre os que os violavam (2 Sm 21.1 – Ez 17.16).
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aliciar
Seduzir; atrai
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alienação
Desinteresse; que está alheio a tudo.
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alienado
Louco, doido, desvairado.
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alienar
Transferir para outro o domínio de; desviar; afastar
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alimárias
Animais selvagens
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alimas
hebraico: um esconderijo
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alimentação imunda
A Lei de Moisés prescrevia exatas indicações, quanto ao alimento que se podia ou que não se podia comer. o que se podia comer era ‘limpo’ – o que a Lei proibia comer era ‘imundo’. o intuito da distinção era a separação dos hebreus como povo particular do SENHoR (Lv 11.43 a 47 – 20.24 a 26). A visão de Pedro, antes da recepção dos convertidos gentios, adapta-se a esta maneira de ver (At 10.12). A lei sobre as iguarias aplicava-se a todo o povo, e não, como acontecia em outros países em que havia restrições semelhantes, a uma classe ou a certas classes somente. Aquelas prescrições, inteiramente expostas em Lv11 e Dt 14.3 a 21, concordam, como há muito tempo o disse Cirilo, um dos Pais da igreja, com os nossos naturais instintos e observações, embora o costume (como no caso do uso da carne do porco) possa vencer a natural repugnância. Pode ser, porém, que muitas restrições tenham sido feitas com o fim de evitar a comida de qualquer coisa que os pagãos consideravam sagrada. A natureza preparatória das determinações a respeito de comidas limpas ou imundas, e a respeito da impureza do homem, acha-se claramente indicada na epístola aos Hebreus, cap. 9.9,10. (*veja Alimento, impureza.)
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alimento
o alimento de origem vegetal é muito mais comum entre os orientais, do que o de origem animal. Em lugar de manteiga, banha de porco, e gordura, fazem uso do azeite. Uma sopa de favas e lentilhas, temperada com alho e azeite, é um prato favorito. ovos, mel, leite, e especialmente o leite azedo, e os diversos produtos das hortas, fornecem os principais elementos para as refeições no oriente. o prato mais comum consta de arroz cozido com carne, feito à maneira de sopa, dando-se-lhe uma cor azul, vermelha ou amarela. o alimento animal era reservado, o mais possível, para ocasiões especiais (Gn 18.7 – Lc 15.23). Certos animais provenientes da caça, bem como a vaca, o novilho, a ovelha e o cabrito são carnes apreciadas no oriente. É costume servir em uma só refeição o animal por inteiro. o peixe é um gênero de alimento muito estimado. Entre os egípcios os alimentos mais em uso são os melões, os pepinos, as cebolas, a chicória, as beldroegas, os rabanetes, as cenouras, os alhos e os alhos porros. o leite de cabra entra em grande parte nas refeições do oriente desde o princípio de abril até setembro, e o de vaca durante os outros meses. A carne assada é quase limitada às refeições das pessoas ricas. os hebreus comiam grandes quantidades de pão. Algumas vezes também se comiam as espigas verdes de trigo, sendo esfregadas com as mãos (Lv 23.14 – Dt 23.25 – 2 Rs 4.42 – Mt 12.1 – Lc 6.1). Todavia, eram com mais freqüência tostados os grãos ao lume numa caçarola (Lv 2.14), e comidos como trigo seco. Era comum esta espécie de alimento entre trabalhadores do campo (Lv 23.14 – Rt 2.14 – 1 Sm 17.17 – 25.18 – 2 Sm 17.28). Algumas vezes era pisado o grão, e seco ao sol – então se comia, ou temperado com azeite, ou transformada a massa num bolo mole (Lv 2.14,15,16 – Nm 15.20 – 2 Sm 17.19 – Ne 10.37 – Ez 44.30). A fruta que servia de alimento eram os figos secos, e na forma de bolos (1 Sm 25. 18) – as uvas em estado de passas (1 Cr 12.40), mas algumas vezes servidas dentro de bolos (2 Sm 6.19) – as romãs (Ct 8.2 – Ag 2.19) – as avelãs – e as amêndoas (Gn 43.11). os pepinos (Nm 11.5 – is 1.8) e a alface (Êx 12.8 – Nm 9.11) devem ser postos na lista dos vegetais, usados na Palestina, em adição à lista acima referida, como constituindo o sustento dos egípcios. os hebreus deitavam na sua comida um grande número de condimentos: o cominho, o endro, o coentro, a hortelã, a arruda, a mostarda, e sal. Era-lhes proibido, sob pena de morte, alimentarem-se de sangue de animais (Lv 3.17 – 7.26 – e 19.26 – Dt 12.16 – 1 Sm 14.32 – Ez 44.7, 15), sobre o fundamento de que o sangue continha o princípio da vida, e devia, por isso, ser oferecido sobre o altar (Lv 17.11 – Dt 12.23). Também não podiam comer aquelas reses que morriam de morte natural (Dt 14.21), ou tivessem sido despedaçadas pelas feras (Êx 22.31), bem como as aves e outros animais, que a Lei considerava impuros (Lv 11, e Dt 14. 4). os cristãos não deviam comer a carne daqueles animais que eles sabiam terem sido oferecidos aos ídolos (At 15.29 – 21.26 – 1 Co 8.1), para que não parecesse isso um ato de idolatria. Mas era-lhes permitido comer a carne, comprada nos mercados públicos, ou que era servida em jantares de festa, não devendo fazer perguntas sobre a proveniência desse alimento (1 Co 10.25 a 27). os convertidos africanos, em nossos dias, são orientados de modo semelhante.
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alina
Agulha
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aljava
o receptáculo em que se levavamas setas (Js 39.23). Usa-se metaforicamente em Sl 127.6. E em Gn 27.3 é possível que se trate de uma espada ou outra arma, suspensa do ombro.
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alma
O termo “alma” é a tradução do hebraico nephesh. Em Gênesis 2:7, o termo denota o homem como um ser vivente depois que o fôlego de vida penetrou no corpo físico, formado com os elementos da terra. Nephesh enfatiza a individualidade existente em cada ser vivente e não representa parte de uma pessoa; é a própria pessoa, sendo, em muitos casos, traduzido exatamente como ‘pessoa’ (Gn 14:21; Nm 5:6; Dt 10:22; cf. Sl 3:2) ou “eu” (a própria pessoa) (Lv 11:43; 1Rs 19:4; Is 46:2). O uso do termo grego psuche em o Novo Testamento é similar àquele de nephesh no Antigo. O corpo e a alma existem em conjunto; ambos formam uma união indivisível. A alma não tem existência consciente separada do corpo. Não existe qualquer texto que indique a possibilidade de a alma sobreviver ao corpo, mantendo-se como entidade consciente.
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almata
Hangamatana, cidade da Média, hoje chamada Hamadã, no Irã. Imenso.
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almejada
Desejada ardentemente, com ânsia.
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almodá
o agitador
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almodade
hebraico: agitador
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almom
hebraico: escondido no pé de figo
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almon-diblataim
hebraico: coisa escondida no pé de figo
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almude
talho
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aloés
o aloés da Escritura não tem relação com a florida planta dos jardins modernos, mas representa uma madeira odorífera, que desde tempos remotos foi empregada no oriente para fins sagrados e comuns. Nas passagens: Sl 45.8, Ct 4.14, e Pv 7.17, está o aloés juntamente com mirra como perfumes agradáveis e atraentes – uma só vez se acham mencionados no N.T. em conexão com o enterro de Jesus, em que tomaram parte José, de Arimatéia e Nicodemos (Jo 19.39).
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alom
carvalho
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alom-bacute
carvalho do choro
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alongaste
Tornar longo ou mais longa
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alosna
Nome comum a várias plantas compostas, uma das quais é o absinto
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alote
subida-altura
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alparca
Tipo de sandália que se prendeao pé por tiras de couro ou de pano amarradas, bastante utilizado na época de Jesus.
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alparcas
tipo de sandálias – sapato
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alpendre
Cobertura saliente duma só água em geral à entrada de um prédio
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alqueire
A palavra grega, traduzida por alqueire (Mt 5.15), significa aquela medida, a que se faz referência em Gn 18.6 – Mt 13.33 – e Lc 13.21, e que era a terça parte de um efa (effi), a medida padrão.
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altaneiro
Que voa bem alto; soberbo
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altar
Vem da palavra latina ‘altus’, echamava-se assim por ser coisa construída em elevação, empregando-se para sacrifícios e outros oferecimentos. A significação mais usual da palavra hebraica e grega é ‘lugar de matança’. Duas outras palavras em hebraico (Ez 43.15), e uma em grego (At 17.23), traduzem-se pelo termo ‘altar’, mas pouca luz derramam sobre a significação da palavra. Depois da primeira referência (Gn 8.20), estão relacionados os altares com os patriarcas e com Moisés (Gn 12.7, 22.9, 35.1,1 – Êx 17.15, 24.4). As primeiras instruções com respeito ao levantamento de um altar, em conexão com a Lei, acham-se em Êx 20.24,25. Devia ser de terra, ou de pedra tosca, e sem degraus. Havia dois altares em relação com o tabernáculo, um no pátio exterior, e outro no Santo Lugar. o primeiro chamava-se altar de bronze, ou do holocausto, e ficava em frente do tabernáculo. Era de forma côncava, feito de madeira de acácia, quadrado, sendo o seu comprimento e a sua largura de sete côvados, e a altura de três côvados – estava coberto de metal, e provido de argolas e varais para o fim de ser transportado nas jornadas do povo israelita pelo deserto. Em cada um dos seus quatro cantos havia uma saliência, a que se dava o nome de ponta. Não havia degrau, mas uma borda em redor para conveniência dos sacerdotes, enquanto estavam realizando o seu trabalho. Pois que os sacrifícios eram oferecidos neste altar, a sua situação à entrada do tabernáculo era para o povo de israel uma significativa lição de que não havia possível aproximação de Deus a não ser por meio do sacrifício (Êx 27.1 a 8 – 38.1). o altar do incenso ficava no Santo Lugar, mesmo em frente do véu, que estava diante do Santo dos Santos. Era quadrado, sendo o seu comprimento e largura de um côvado, com dois côvados de altura: feito de madeira de acácia, e forrado de ouro puro, tinha pontas em cada canto, e duas argolas de ouro aos dois lados. Ainda que este altar estava colocado no Santo Lugar, tinha ele tal relação com o significado espiritual do Santo dos Santos, que se podia dizer que era pertence deste lugar (Hb 9.3,4). Sobre ele se queimava o incenso de manhã e de tarde, como símbolo da constante adoração do povo (Êx 30.1 a 10 – 40.5 – 1 Ra 6.22 – Sl 141.2). No templo de Salomão o altar de bronze era muito maior do que o do tabernáculo (1 Rs 8.64), e um novo altar do incenso foi também edificado (1 Rs 7.48). o tabernáculo era o santuário central em que Deus podia ser adorado, segundo a maneira divinamente estabelecida – foi proibido a israel ter mais do que um santuário. Mas havia ambigüidade acerca da palavra ‘santuário’, pois empregava-se este termo tanto para casa, como para altar. A casa ou ‘santuário central’ tinha os seus dois altares, mas não estava cada altar em relação com uma casa. Em toda a parte eram permitidos altares, desde o tempo de Moisés em diante (Êx 20.24 a 26), mas somente um santuário (Êx 25.8). o requisito necessário, quanto ao levantamento de altares, era que eles não deviam ter ligação alguma com os altares gentílicos ou os lugares altos (Dt 16.21). Pluralidade de altares era coisa consentida, mas não de casas (Êx 20.24 a 26). A única ocasião em que houve mais de uma casa foi durante as confusões e complicações do tempo de Davi, existindo então dois santuários com dois altares de bronze, um em Gibeom e o outro em Jerusalém (1 Rs 3.2,4,16). Quando o reino se dividiu, estabeleceu Jeroboão os seus próprios santuários em Dã e Betel, a fim de evitar que o povo se dirigisse a Jerusalém, e fosse por isso afastado da submissão ao seu rei. os outros usos do altar eram, ou para memória de algum fato (Js 2L10), ou para servir de asilo em caso de perigo (1 Rs 1.50) – mas isto era excepcional, não destruindo a idéia geral do altar como lugar de sacrifício. No Novo Testamento o emprego do termo altar é muito raro. Em Mt 5.23, a referência é ao altar judaico dos holocaustos. Em 1 Co 9.13 e 10.18, o altar pagão e a Mesa do Senhor são postos em relação e em contraste.
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altares idólatras
Lugares de adoração muitas vezes associados às praticas religiosas pagãs, à imoralidade e aos sacrifícios humanos. Depositavam-se objetos religiosos no alto da colina a fim de aplacar (acalmar) os deuses pagãos (Nm. 33.52 “lançareis fora todos os habitantes da terra de diante de vós, e destruireis todas as suas pedras em que há figuras; também destruireis todas as suas imagens de fundição, e desfareis todos os seus altos.”)
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alteado
Tornar(-se) mais alto; tornar mais excelente ou mais sublime
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altercação
Discutir com ardor; disputa
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altercar
Discutir com ardor; provocar polêmicas
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alternativa
Opção entre duas coisas.
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altino
De estatura fora do comum, descomunal
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altivez
Elevado; nobre; digno; orgulhoso; arrogante
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altivo
Elevado; brioso; Orgulhoso, arrogante
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altos
Lugares de adoração muitas vezes associados a práticas religiosas pagãs, à imoralidade e a sacrifício humano. Objetos religiosos eram postos sobre os montes para agradar aos deuses pagãos
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altos (lugares altos)
Lugares de adoração muitas vezes associados às práticas religiosas pagãs, à imoralidade e aos sacrifícios humanos. Depositavam-se objetos religiosos no alto de colinas, a fim de aplacar os deuses pagãos (Nm 33,52). De modo geral, os israelitas eram proibidos por Deus de adorá-lo nesses lugares; ele também ordenou a destruição dessas áreas.
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altruísmo
Amor sacrificial e desinteressado pelo próximo, para servi-lo.
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altruísta
Pessoa desprendida; que tem amor ao próximo, abnegada.
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aluado
Influenciado pela Lua; lunático; amalucado.
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aludir
Referir-se, mencionar.
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alús
ajuntamento de homens
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alusão
Referência indireta, vaga
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alushe
hebraico: lugar deserto
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alva
A primeira luz do dia
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amasa
Portador de carpa. 1. Filho de uma irmã de Davi (2 Sm 17.25). Absalão nomeou-o comandante-chefe do seu revoltoso exército em lugar de Joabe, por quem foi derrotado no bosque de Efraim (2 Sm 18.6 ). Mais tarde Amasa foi perdoado por Davi e nomeado para o lugar de Joabe, que tinha incorrido no desagrado do rei pelo fato de ter matado a Absalão (2 Sm 19.13). Depois disto, Joabe matou traiçoeiramente Amasa, quando fingia saudá-lo (2 Sm 20.10). 2. Um dos chefes dos filhos de Efraim (2 Cr 28.12).
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amasá
auxiliado por Deus ou Deus é forte
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amasa (amasai)
hebraico: pardo ou fardo
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amasai
Portador de carga. 1. *veja 1 Cr 6.25. 2. Chefe dos homens de Judá e Benjamim, que se juntaram a Davi em Ziclague – talvez o mesmo que Amasa (1) (1 Cr 12.18). 3. Um sacerdote que tocava a trombeta diante da arca, quando Davi a levou da casa de obede-Edom (1 Cr 15.24). 4. Um levita mencionado em 2 Cr 29.12.
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amasias
o Senhor é forte
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amassai
hebraico: pesado
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amazias
Fortaleza do SENHoR. l. oitavorei de Judá, que, tendo vinte e cinco anos de idade, sucedeu a seu pai Joás, que tinha sido assassinado pelos seus servos (2 Rs 12 e 14). Declarou guerra aos edomitas, derrotou-os no vale do Sal, ao sul do mar Morto, e tomou-lhes a sua capital, Sela ou Petra g Cr 25). Amazias realizou cerimônias religiosas em honra dos deuses deste último país e por causa deste ato de idolatria principiaram os infortúnios no seu reinado. Foi inteiramente derrotado na batalha de Bete-Semes por Jeoás, rei de israel, a quem tinha provocado, e por quem foi preso e conduzido às portas de Jerusalém, que caiu sem resistência (2 Rs 14.13). No 27º ano do seu reinado foi Amazias assassinado por conspiradores em Laquis, para onde se tinha retirado, fugindo de Jerusalém (2 Cr 26.27). 2. Sacerdote de Betel, que mandou a Jeroboão acusações contra o profeta Amós, e esforçou-se em levá-lo de israel para Judá (Am 7.10 – *veja 1 Rs 12.25 a 33). 3. Um dos ‘filhos de Simeão’, mencionado em 1 Cr 4.34. 4. Um levita (1 Cr 6.46).
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âmbito
Contorno, periferia; circunferência, espaço delimitado.
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amedeo
Aquele que ama a Deus
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amém
Advérbio hebraico, formado de umaraiz, que significa ‘assegurar, firmar’, e por isso é empregado no sentido de confirmar o que outrem disse. Amém – assim seja. 1. No Antigo Testamento aceita e ratifica uma maldição (Nm 5.22 – Dt 27.15 a 26 – Ne 6.13), e uma ordem real (1 Rs 1.36) – e uma profecia (Jr 28.6) – e qualquer oração, especialmente no fim de uma doxologia (Ne 8.6) – e constitui resposta do povo às doxologias, que se acham depois dos primeiros quatro livros de salmos (41.13, 72.19, 89.62, 106.48 – *veja 1 Cr 16.36). Este costume passou dos serviços religiosos da sinagoga para o culto cristão. 2. No Novo Testamento: (a) Emprega-se no culto público (1 Co 14.16). A doxologia e o Amém que fecham a oração dominical em Mt 6.13 são, sem dúvida, devidos ao uso litúrgico da oração. (b) Este modo de responder com Amém generalizou-se, para confirmar orações individuais e de ação de graças (Rm 1.25, 9.6, 11.36 – Gl 6.18 – Ap 1.6,7, etc.) (c) Jesus costumava, de um modo particular, empregar o mesmo termo, quando se tratava de chamar a atenção para assunto de especial solenidade: ‘em verdade vos digo’ (Jo 1.61) ou ‘em verdade, te digo’ (literalmente é Amém), o que ocorre umas trinta vezes em Mateus, treze vezes em Marcos, seis vezes em Lucas, e vinte e cinco vezes no quarto Evangelho. (d) Em 2 Co 1.20 diz-se que se encontram em Cristo as promessas de Deus (Nele está o ‘sim’), e por meio Dele acham a sua confirmação e cumprimento (‘também por Ele é o amém’). No Ap 3.14 o próprio Salvador se chama ‘o Amém, a testemunha fiel e verdadeira’ (*veja is 65.16, liter. ‘Deus de Amém’). o uso da palavra nos serviços da sinagoga cedo foi transportado para os cultos da igreja cristã (1 Co 14.16), e disso fazem menção os Pais, como Justino Mártir, Dionísio de Alexandria, Jerônimo e outros.
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amêndoa, amendoeira
A vara de Arão produziu flores e ‘dava amêndoas’ (Nm 17.8). Em Jeremias a expressão ‘vejo uma vara de amendoeira’ (Jr 1.11) é simbólica de pressa, porque a raiz da palavra hebraica, traduzida por amêndoa, significa ‘apressar-se’. Mostra-se ao profeta uma vara de amendoeira para significar que o SENHoR apressará o cumprimento da Sua palavra. Bem cedo no país a amendoeira mostra as suas flores de um branco-rosado, estando em completa florescência na Palestina em janeiro, e os seus frutos aparecem em março ou abril. os copos do castiçal de ouro deviam ser feitos à maneira de amêndoas (Êx 25.33), isto é, segundo o modelo da flor. o ser tomada a amendoeira, quando coberta de flores, como símbolo de avançada idade (Ec 12.5), foi sugerido pelo seu aspecto de nívea alvura, quando observada à distância. As amêndoas que faziam parte do presente mandado por Jacó ao seu desconhecido filho (Gn 43.11), melhor traduzido o termo são as nozes da pistácia, árvore oriunda da Palestina e da Síria, onde é muito cultivada por causa dos seus frutos, que são exportados de Alepo e dos por-tos do Levante. o miolo oleoso da amêndoa serve de sobremesa, e com ele se preparam certos bolos. As amêndoas eram altamente apreciadas pelos antigos, para alimentação e como remédio estomacal: empregavam-se, também, como antídoto para a mordedura das serpentes. Em Ct 6.11 a tradução é ‘jardim das nogueiras’. No presente a nogueira é cultivada nas encostas e nas rampas mais baixas do Líbano e do Hermom, e também nalguns sítios da Galiléia.
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ametista
Esta pedra preciosa (espécie de cristal de rocha) era posta no peitoral do sumo sacerdote (Êx 28.19, e 39.12). É mencionada no Ap 21.20, como sendo uma das pedras que adornavam os fundamentos do muro da Jerusalém celestial. A ametista oriental, oriunda da india, é uma jóia rara, muito brilhante, somente em dureza inferior ao diamante, e ordinariamente tem cor de púrpura. A palavra hebraica implica a crença de que usar a pedra era causa de sonhos favoráveis – e a palavra grega dá a entender que era uma proteção contra a embriaguez.
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ami
hebraico: meu povo
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amigo
Do Latim amicu.
O que quer bem; favorável; partidário; aliado; afeiçoado; que tem amizade. -
amijude
um povo de Judá
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amilcar
Graça de Hércules
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amim
meu povo
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amin
Aquele que é fiel e digno de confiança
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aminadabe
o Senhor mostrou-se generoso
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aminom
digno de confiança
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aminon
digno de confiança
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amir
Príncipe, líder nato
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amirom
Deus é sublime
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amisadai
povo do todo poderoso
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amitai
hebraico: fiel
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amiúde
hebraico: povo glorioso
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amiur
meu povo é nobre
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ammom
hebraico: fiel ou patrício
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amnom
fiel
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amom
o nome de um povo (1 Sm 11.11 – Sl83.7) – mais geralmente amonitas, filhos de Amom. Segundo se lê em Gn 19.38, eles descendiam de Ben-Ami, o filho de L6. os amonitas eram uma raça de terríveis salteadores, tão cruéis que chegavam a vazar os olhos aos seus inimigos (1 Sm 11.2), e rasgavam o ventre das mulheres grávidas (Am 1.13). o território amonita ficava ao oriente do Jordão e nordeste do mar Morto, estando o país de Moabe ao sul. A sua principal cidade era Rabá (2 Sm 11.1 – Ez 2L5 – Am 1.14). Eles nunca obtiveram um palmo de terreno do lado ocidental do rio Jordão, apesar das suas incursões. os israelitas não podiam ver os amonitas, porque estes não os auxiliaram, quando do Egito se dirigiam para Canaã (Dt 23.4), e porque tomaram parte no caso de Balaão (Dt 23.4, e Ne 13.1). A animosidade entre os dois povos continuou em numerosas lutas, de que reza a sua história. Todavia, certa mulher amonita, Naamá, foi uma das mulheres de Salomão, e mãe de Roboão (1 Rs 14.21). o deus da tribo era Milcom (uma semelhança do ídolo Moloque), a abominação dos filhos de Amom (1 Rs 11.5).
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amonitas
Descendentes de Ló (Gn 19.38), semíticos, habitantes da região nordeste do mar Morto.
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amoque
profundo
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amor
inclinação da alma e do coração; objecto da nossa afeição; paixão; afecto; inclinação exclusiva
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amorável
Terno, meigo, afável.
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amoreira
A amoreira (Lc 17.6) é uma árvore vulgar da Arábia do Norte, incluindo a Palestina, sendo conhecidas duas variedades, a preta e a branca, que nos dão o seu fruto, alimentando-se das suas folhas os bichos-da-seda. A árvore a que se faz referência em 2 Sm 5.23, 24 e 1 Cr 14.14, 15 não é bem a amoreira. Pode ser o sicômoro ou o choupo, de que há quatro espécies na Palestina: a preta, a branca, a lombarda (muito conhecida na Europa), e ainda aquela espécie que guarnece o Jordão, e outros rios do país. o choupo cede naturalmente à ação do vento, tremendo, agitando-se, ao mais leve sopro.
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amorreu
montanhês
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amorreus
Habitantes das montanhas, serranos. os amorreus ocupavam um lugar importante entre os povos que possuíam a terra de Canaã antes de ser conquistada pelos israelitas. Parece que, primeiramente, fizeram parte da grande confederação dos descendentes de Canaã (Gn 10.16). Mas no espaço que decorreu entre a ida de Jacó para o Egito e o Êxodo eles tinham-se separado dos cananeus, estabelecendo-se fortemente em Jerusalém, Hebrom, e outros lugares importantes ao sul da Palestina – também atravessaram o Jordão, e fundaram os reinos, governados por Seom e ogue (*veja Am 2.9,10). Seom recusou aos israelitas passagem pelo seu território, e saiu a combatê-los – mas foi o seu exército derrotado inteiramente (Nm 21 – Dt 2). Mais tarde, encontramos os cinco chefes ou reis dos amorreus disputando a Josué o território ao ocidente do rio Jordão (Js 10). o povo amorreu mostrou sempre ser gente audaciosa, revelando caráter de guerreiros montanheses. Nada se sabe da sua história depois da conquista de Canaã pelos israelitas.
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amós
Condutor de carga. l. Autor do livro que com o seu nome está na coleção dos ‘Doze Profetas’ ou ‘Profetas menores’ – provavelmente a sua profecia é a mais antiga dos escritos proféticos. Quanto ao tempo em que Amós escreveu, como parece que ele exerceu o seu ministério nos reinados de Uzias e Jeroboão ii (1.1), deve ter sido contemporâneo de oséias. A missão de Amós era exercida tendo em vista as dez tribos (7.10 a 13). Todavia, ele não pertencia ao reino de israel, mas habitava em Tecoa, talvez sua terra natal, cidade ao sul de Belém, na orla das grandes pastagens da montanhosa região de Judá. A respeito da sua vida pessoal, era pastor e lavrador (7.14), e não ‘profeta, nem discípulo de profeta’ – quer isto dizer que não tinha sido educado para esta missão, mas foi chamado para profetizar ao povo de israel pela força irresistível de Deus (3.8 – 7.15). A este fato alude o profeta, quando Amazias, o sacerdote idólatra de Betel, o acusou de conspirar contra Jeroboão. A sua primitiva ocupação devia afastar qualquer suspeita de ligação política com a casa de Davi, e ele faz sobressair a soberania e sabedoria Daquele que procura os Seus ministros tanto na tenda dos pastores como no palácio dos reis, dando a cada um a aptidão necessária para cumprimento dos seus deveres. 2. Filho de Naum na genealogia de Cristo (Lc 3.25).
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amós (livro de)
o estilo de Amós é simples, mas de maneira alguma deficiente na sua beleza pitoresca. o seu modo de vida pode descobrir-se pelas ilustrações que ele escolhe, e que na maior parte são tiradas dos serviços campestres. Muitas são originais e admiráveis, e todas elas deixam ver a vida da Natureza. o conhecimento que revela dos acontecimentos de remota antigüidade (9.7), e doutros menos antigos, ainda não descritos em parte alguma (6.2), o encadeamento regular dos seus pensamentos e a correção da sua linguagem, tudo tende a mostrar que a responsável, e muitas vezes perigosa (3.12), ocupação de um pastor era ainda tão favorável à cultura intelectual como tinha sido no tempo de Moisés e de Davi. o livro pode dividir-se em cinco partes, quanto aos assuntos ai tratados: 1. Caps. 1,2 – Uma série de acusações contra as nações pagãs, e também contra Judá, e por fim contra israel, pelos seus pecados, com declarações de que viria o castigo sobre elas. 2. Caps. 3 a 5.17 – Samaria (sinônimo do reino de israel): os seus pecados são pormenorizadamente expostos e anunciado um castigo próximo. 3. Caps. 5.18 a 6.14 – Razões de falsa confiança dos israelitas e avisos de repetição dos castigos. 4. Caps. 7.1 a 9.10 – Uma série de cinco visões, mostrando de vários modos a paciência e os justos juízos de Deus. Entre a terceira e quarta visões é apresentada uma narrativa pessoal de profundo interesse (7.10 a 17). 5. Caps. 9.11 a 15 – Conclusão, mostrando que a nação será restabelecida, e novas bênçãos a tornarão próspera. Estas últimas insinuações de futuras bênçãos são citadas pelo Apóstolo Tiago (At 15.16, 17), para mostrar que todas as nações da terra participariam dos benefícios que os judeus receberiam. A linguagem e as alusões feitas no livro de Amós sugerem o conhecimento de quão familiares eram ao profeta os livros de Moisés. *veja 2.10 (Dt 29.5) – 4.6 a 10 (Dt 4.30, 30.2) – 4.11 (Dt 29.23) – 5.11 (Dt 28.30 a 39). No N.T. o livro é citado por Estêvão no seu discurso perante o Sinédrio, e por Tiago no Concilio de Jerusalém (At 7.42, 43 – 15.16 a 18). Na primeira citação merece notar-se a extensão da frase ‘além de Damasco’ para ‘além de Babilônia’. E na última está ‘o resto dos homens’, segundo a versão dos LXX, por ‘o restante de Edom’ – é que as palavras homem e Edom em hebraico são semelhantes nas consoantes. Seja qual for a tradução preferida, é admirável o testemunho do profeta quanto à universalidade do Evangelho. Há, também, uma notável coincidência entre 3.7 e Ap 10.7, pois em ambas as passagens se declara a revelação do mistério de Deus aos profetas.
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amoz
Forte. o pai do profeta isaías (is 1.1).
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ampliar
Tornar amplo, Aumentar, Alargar, Dilatar, Desenvolver.
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amplias
engrandecido
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ampliato
Um cristão romano (Rm 16.8). Acha-se o nome em 2 notáveis inscrições (sendo possível que uma delas seja do primeiro século): nas catacumbas de Roma e no túmulo de Sta. Domitília. Significa isto a honra dada a um escravo, por meio do qual uma nobre família de Roma foi convertida ao Cristianismo?
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amuleto
Pequeno objeto (figura, medalha, figa, etc.) que alguém traz consigo ou guarda por acreditar em seu poder mágico de afastar desgraças ou malefícios.
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ana
cheia de graça
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ana ou hannah
cheia de graça
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anaarate
hebraico: passagem ou caminho estreito
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anabe
que produz uva
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anacarate
hebraico: passagem
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anacarater
passagem estreita
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anacleto
Chamado de novo
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anaias
Jeová tem respondido
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analogia
Ponto de semelhança entre coisas diferentes.
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anamim
hebraico: homem de rocha
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anani
nuvem – encoberto – proteção
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anania
hebraico: Jeová é protetor
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ananias
o Senhor tem sido misericordioso
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ananias ou hananiah
o amado de D’us
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anaque
pescoço longo
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anas
hebraico: Jeová tem sido gracioso
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anate
resposta a oração
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anátema
Palavra grega que significa ‘coisa exaltada’ dentro de um templo – por exemplo, como oferta de voto a um ídolo. (Assim, em Lc 21.5.) Na versão dos LXX o termo é aplicado aos animais que, oferecidos a Deus, deviam ser mortos (Lv 27.28, 29): daqui vem o sentido genérico ‘condenado’, amaldiçoado (Js 6.17 – 7.12). Com esta significação se encontra o termo grego em 1 Co 16.22 – Rm 9.3 – 1 Co 12.3 e Gl 1.8,9. Em At 23.14 está a palavra empregada no sentido de ‘maldição’.
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anatole
Aquele que veio do Oriente
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anatoli
Aquele que veio do Oriente
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anatote
Respostas. 1. Cidade de Benjamim, três quilômetros ao oriente de Gibeá, concedida aos sacerdotes (Js 21.18 – 1 Cr 6.60). Abiatar foi desterrado para Anatote, depois de ter falhado a sua tentativa de pôr no trono Adonias (1 Rs 2.26). Foi a terra natal de Abiezer, um dos trinta capitães de Davi (2 Sm 23.27 – 1 Cr 11.28 – 27.12) – de Jeú, outro dos valentes (1 Cr 12.3) – e de Jeremias (Jr 1.1 – 11.21 – 29.27). Foi novamente ocupada depois da volta do cativeiro. Esta cidade é, agora, segundo dizem, a moderna Anata, não longe de Jerusalém, com os seus campos bem cultivados de trigo, oliveiras e figueiras. Existem ainda as ruínas de muralhas, e as suas pedreiras ainda fornecem pedras a Jerusalém para as suas edificações. 2. Um filho de Bequer (1 Cr 7.8). 3. Um dos chefes que assinaram o pacto com Neemias (Ne 10.19).
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ancestral
Relativo ou pertencente a antecessores, a antepassados.
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anciãos
Nas primitivas formas de governo, eram revestidos de autoridade aqueles que, sendo já pessoas de idade e de reconhecida experiência, podiam tomar a direção dos negócios gerais como representantes do povo. Esta instituição não era, de maneira alguma, peculiar a israel: o Egito, Moabe e Midiã tinham os seus ‘anciãos’ (Gn 50.7 – Nm 22.7) – e de semelhante modo os gregos e os romanos. Na história do povo hebreu aparecem eles pela primeira vez antes do Êxodo (Êx 3.16 a 18 – 4.29 – 12.21) – e depois são, a cada passo, mencionados como representantes da comunidade, sendo eles um meio de que se servia o povo para comunicar-se com os dirigentes da nação – Moisés e Josué, os juizes e Samuel. Moisés, tendo sobre si o peso da administração da justiça, por conselho de Jetro, seu sogro, nomeou magistrados de vários graus de autoridade, delegando neles a resolução dos negócios, à exceção dos mais graves (Êx 18.13 a 26):pelo v. 12 é evidente que estes foram escolhidos dentre os ‘anciãos de israel’. Acham-se exemplos destas funções judicativas em Dt 19.12 – 21.2 – 22.15 – 25.7 – Js 20.4 – Rt 4.2. o capítulo 11 do livro dos Números narra-nos como Moisés, dirigido por Deus, nomeou um conselho de setenta anciãos para o auxiliarem e aliviarem. Como o Estado era essencialmente religioso, partilhavam os anciãos de israel do Espírito que estava em Moisés. Com este fato relaciona a tradição judaica a instituição do Sinédrio. Foram os anciãos de israel que pediram a Samuel que lhes desse um rei (1 Sm 8.6). Para se conhecer qual a sua influência no tempo da monarquia, *veja 2 Sm 3.17 – 6.3 – 17.4 – 1 Rs 8.1 – 12.6, etc. Depois do exílio, ainda continuaram a representar o povo (Ed 6.6,9 – 6.7,14 – 10.8). Para anciãos, sinônimo de presbíteros, no N.T., *veja igreja, Bispo e Presbítero
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ancora
A âncora era, antigamente, lançada da popa do navio (At 27.29). Nesta passagem a referência pode ser feita a uma âncora de quatro dentes, geralmente usada em águas pouco fundas – ou, trata-se de quatro âncoras distintas (*veja Navio). Usada simbolicamente, a palavra âncora designa tudo o que sustenta a alma em tempos de violência e perturbação. A esperança tem uma admirável influência sobre o coração crente e chama-se, por isso, a sua âncora (Hb 6.19). A âncora foi um dos mais antigos símbolos usados na igreja Cristã, e acha-se em anéis e monumentos.
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andorinha
É mencionada em Sl 84.3, e Pv 26.2 – e também em is 38.14 – Jr 8.7. Estas passagens contêm referências aos hábitos das andorinhas na confecção dos seus ninhos, ao seu rápido e incansável voar, ao tom da sua chilreada, e à sua anual emigração. Há, na Palestina, diversas variedades de andorinhas.
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andrajos
Vestes esfarrapadas.
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andré
No dia seguinte àquele em que João Batista viu o ES descer sobre Jesus, ele o apontou para dois de seus discípulos, e disse: “Eis o Cordeiro de Deus” (Jo 1.36). Movidos de curiosidade, os dois deixaram João e começaram a seguir a Jesus. Jesus notou a presença deles e perguntou-lhes o que buscavam. Responderam: “Rabi, onde assistes?” Jesus levou-os à casa onde ele se hospedava e passaram a noite com ele. Um desses homens chamava-se André (Jo 1.38-40). André foi logo à procura de seu irmão, Simão Pedro, a quem disse: “Achamos o Messias…” (Jo 1.41). Por seu testemunho, ele ganhou Pedro para o Senhor.
André é tradução do grego Andreas, que significa “varonil”. Outras pistas do Evangelhos indicam que André era fisicamente forte, e homem devoto e fiel. Ele e Pedro eram donos de uma casa (Mc 1.29) Eram filhos de um homem chamado Jonas ou João, um próspero pescador. Ambos os jovens haviam seguido o pai no negócio da pesca. Eram Pescadores.
André nasceu em Betsaida, nas praias do norte do mar da Galiléia. Embora o Evangelho de João descreva o primeiro encontro dele com Jesus, não o menciona como discípulo até muito mais tarde (Jo 6.8). O Evangelho de Mateus diz que quando Jesus caminha junto ao mar da Galiléia, ele saudou a André e a Pedro e os convidou para se tornarem discípulos (Mt 4.18,19). Isto não contradiz a narrativa de João; simplesmente acrescenta um aspecto novo. Uma leitura atenta de João 1.35-40 mostra-nos que Jesus não chamou André e a Pedro para seguí-lo quando se encontraram pela primeira vez.
André e outro discípulo chamado Filipe apresentaram a Jesus um grupo de gregos (Jo 12.20-22). Por este motivo podemos dizer que eles foram os primeiros missionários estrangeiros da fé cristã.
Diz a tradição que André viveu seus últimos dias na Cítia, ao norte do mar negro. Mas um livreto intitulado: Atos de André (provavelmente escrito por volta do ano 260 dC) diz que ele pregou primariamente na Macedônia e foi martirizado em Patras. Diz ainda, que ele foi crucificado numa cruz em forma de “X”, símbolo religioso conhecido como Cruz de Sto André. -
andrea
Forte, viril
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andreas
Forte, viril, masculino
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andreia
Aquela que é forte, viril
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andrônico
vencedor dos homens
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andrönico
vencedor dos homens
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anel
Tanto nos tempos antigos como nosmodernos, os dedos sempre foram adornados de anéis. Com efeito, eles tinham uma significação oficial. Foi neste sentido que Faraó presenteou a José com um anel, quando este foi revestido de autoridade (Gn 41.42), e que Assuero deu também um anel a Hamã (Et 3.10). A razão disto era que o anel se usava como selo, e os selos foram sempre muito comuns no oriente, sendo a sua marca, impressa no documento, equivalente à nossa assinatura. Tinha, também, freqüentes vezes gravado o nome do possuidor, e era usado na mão direita (Jr 22.24). o pai do pródigo pôs um anel no dedo do seu filho como sinal de que ele tornava a alcançar o favor paterno e o poder que tinha antes (Lc 15.22).
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anel de sinete
Anel em que se encravava o nome ou símbolo de uma autoridade. Era empregado na impressão sobre barro não-seco ou cera para legitimar documentos oficiais. Símbolo de autoridade (Gn 41,42).
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anem
hebraico: duas fontes
- aném =duas fontes
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aner
l. Um dos três chefes hebronitas,que cooperaram com Abraão na perseguição dos quatro reis invasores (Gn 14.13 a 24). 2. Cidade da meia tribo de Manassés, ao ocidente do rio Jordão, a qual foi dada aos coatitas (1 Cr 6.70). Parece ser o mesmo lugar que Taanaque (Js 21.25).
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anesia
Repouso
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anesio
Repouso
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anete
Diminutivo de Ana
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anfípolis
circundada pelos lados
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ange
grego: mensageiro
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angela
Anjo mensageiro
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angelina
Aquela que é como um anjo, pura
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angelo
Anjo, mensageiro
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angustiado
Cheio de angústia, Aflito, Agoniado, Atormentado, Atribulado.
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ani
hebraico: aflito
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ania
hebraico: tristeza do povo
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anião
gemido do povo
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anias
hebraico: resposta do Senhor
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anibal
Dádiva do deus Baal
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aniceto
Invencível
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anícia
filha de Ana
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anim
hebraico: fontes
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ânimo dobre
Lealdade dividida
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animosidade
Aversão persistente
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anipolis
hebraico: a cingida cidade ou cercada pelo mar
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aniquilar
Reduzir a nada; destruir, nulificar.
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anisio
Completo, perfeito
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anita
Aquela que é cheia de graça, compaixão e clemência
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anjo
Mensageiro. Anjos, na qualidade de assistentes de Deus, mensageiros da Sua vontade, é doutrina que corre por toda a Bíblia. l. A sua natureza. Pouco se acha dito sobre isto. os anjos geralmente aparecem na figura de homens (Gn 18 – At 1.10), e algumas vezes revestidos de glória (Dn 10.5,6 e Lc 24.4). os serafins de isaías (6.2), e os querubins de Ezequiel (1.6), têm asas: assim também Gabriel (Dn 9.21), e o anjo do Apocalipse (14.6). Em Hb 1.14 são eles espíritos ministradores (cp. com Mc 12.25). 2. As suas funções. Primitivamente eram mensageiros de Deus para em Seu nome dirigir os homens, guiá-los, guardá-los, fortalecê-los, avisá-los, censurá-los e puni-los. *veja as narrações de Gn 18,19,22,28,32 – Jz 2,6,13 – 2 Sm 24.16,17 – 2 Rs 19.35: e cp. com Sl 34.7, 35.5,6 e 91.11. Nas mais antigas referências o anjo do Senhor não se acha bem distinto do próprio SENHoR. É Ele quem fala (Gn 22.16 – Êx 3.2 a 16 – Jz 13.18 a 22). Há, também, a idéia de uma grande multidão de anjos (Gn 28.12 – 32.2), que num pensamento posterior são representados como o exército de Deus, a Sua corte e conselho (Sl 103.20,21 – 89.7 – is 6.2 a 5, etc. – cp. com Lc 2.13 – Mt 26.53 – Lc 12.8,9 – Hb 12.22 – Ap 5.11, etc.). Eles são guardas, não só de indivíduos mas de nações (Êx 23.20 – Dn 10.13 a 20): cada igreja cristã tem o seu ‘anjo’, representando a presença divina e o poder de Deus na igreja – é ele garantia divina da vitalidade e eficácia da igreja (*veja Ap 2.1 a 8). Uma expressão de Jesus Cristo parece apoiar a crença de que cada pessoa tem no céu o seu anjo da guarda, e de que o cuidado das crianças está a cargo dos mais elevados seres entre os ministros de Deus (Mt 18.10 – cp. com Lc 1.19). Em conformidade com tudo isto é que os anjos servem a Jesus (Mc 1.13 – Lc 22.43), manifestam interesse pelo decoro nas reuniões da igreja (1 Co 11.10), e pela salvação dos homens (Lc 16.10 – 1 Pe 1.12) – tiveram parte na grandiosa revelação do Sinai (At v. 53 – Gl 3.19 – Hb 2.2), e executarão o Juízo final (Mt 13.41). São de diferente ordem. Dois são especialmente mencionados: Miguel, um dos principais príncipes angélicos (Dn 10.13), ‘o arcanjo’ (Jd 9), e Gabriel (Dn 8.16 – Lc 1.19). Nos livros apócrifos outros nomes aparecem, especialmente Rafael e Uriel. Há, também, referências a estes seres celestiais em Ef 1.21 – Cl 1.16 – 2.16 – e na epístola aos Colossenses condena-se de modo especial a idéia de interpô-los entre Deus e o homem, tirando assim a Jesus a honra de único Mediador, que lhe pertence (Cl 1.14 a 20, 2.18, etc.). Algumas passagens (Jd 6 – 2 Pe 2.4) referem-se misteriosamente a anjos caídos – e em Ap 12.9 Satanás tem o seu exército de anjos.
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anna
Aquela que é cheia de compaixão, graça e clemência
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anne
Aquela que é cheia de compaixão, graça e clemência
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ano
Uma comparação entre Dn 7.25 e 12.7 e Ap 11.2, 3 e 12.6, mostra que se faz nesses lugares referência a um ano de 360 dias. Um tempo, tempos, e meio tempo ou 3,5 anos ou 42 meses ou 1.260 dias. Mas um ano de 360 dias teria tido logo este mau resultado: as estações, as sementeiras, a ceifa e coisas semelhantes deviam ter sido pouco a pouco separadas dos meses a que estavam associadas. Conjectura-se que para obviar a este mal foi, nos devidos tempos, intercalado um mês, chamado o segundo mês de adar. o ano sagrado principiava no mês de abibe (nisã), pelo tempo do equinócio da primavera. No dia 16 de abibe, as espigas de trigo, já maduras, deviam ser oferecidas como primícias da colheita (Lv 2.14 – 23.10,11). Depois do cativeiro, um mês, o décimo-terceiro, era acrescentado ao ano, todas as vezes que o duodécimo acabava tão longe do equinócio, que não se podia fazer a oferta das primícias no tempo fixado. o ano civil principiava aproximadamente no tempo do equinócio do outono. (*veja Cronologia, Tempo.)
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ano novo
A lua nova do sétimo mês (tisri, ou outubro) indicava o começo do ano civil – e a festa que nesse dia, o dia do ano novo judaico, se celebrava, recebia o nome de Festa das Trombetas (Lv 23. 23 a 26). Era um descanso solene, antecipando-se ao Dia da Expiação, que vinha nove dias depois. Com respeito ao serviço especial e sacrifícios do ano novo, *veja Nm 29.1 a 6.
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anômalo
Que apresenta anomalia; irregular, anormal.
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anonimato
Estado do que é anônimo, ou seja, sem o nome ou a assinatura do autor; sem denominação; indivíduo obscuro, sem nome ou renome.
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anra
hebraico: vermelho
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anrafel
a boca de Deus falou
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anrão
misericórdia de Deus
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anri
hebraico: eloqüente
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anselmo
Aquele que é protegido pelo elmo divino
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ansi
hebraico: robusto ou força de Deus 1 Cr 6.46
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ansiedade
Do Latim anxietate
Dificuldade de respiração; opressão; angústia; inquietação de espírito; desejo veemente; impaciência. -
antao
Aquele que está na vanguarda, inestimável
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ante
Em presença
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antenor
Forte adversário, lutador que toma lugar de outro
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anti-cristo
grego: contra Cristo, em lugar de Cristo
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antibíblico
Ensino errôneo que contraria o ensino bíblico; antônimo de extrabíblico.
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anticristo
(isto é, rival de Cristo, contra Cristo.) o termo ocorre somente em 1 Jo 2.18 a 22, 4.3, e 2 Jo 7, onde a última hora é assinalada pela atividade de falsos mestres, ‘os quais não confessam Jesus Cristo vindo em carne’. Mas a idéia aparece sob várias formas, na concepção geral de que o reino do Messias, ou de Cristo, será precedido e anunciado por uma terrível e mortal manifestação dos poderes do mal. *veja Ez 38,39 e Dn 7.9,11,12. A base do ensino do N.T. pode achar-se nas palavras de Jesus, mencionadas em Mt 24.6 a 24. Paulo refere-se a esta última reunião de forças opostas ao espírito do Evangelho, como desvio da verdade (apostasia), e personifica-as no ‘homem da iniqüidade’, no ‘filho da perdição (2 Ts 2.3 a 12). Em 2 Co 6.15 o Apóstolo usa o termo ‘Maligno’, aplicado na literatura judaica a esta mesma idéia de anticristo (cp. com a epístola de Judas, e 2 Pe 2,3, e com a ‘besta’ do Apocalipse). É destas passagens das Escrituras que se devem deduzir as qualidades características da apostasia do anticristo. Dois pontos são claros: l. que o anticristo é uma personificação, e não uma pessoa (1 Jo 2.18, onde está a expressão ‘muitos anticristos’, e deve-se notar que Paulo troca a frase ‘o que o detém’ por esta: ‘aquele que agora o detém’, 2 Ts 2.6,7) – 2. Que o triunfo de Cristo sobre o anticristo é certo.
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antídoto
Medicamento usado para frustrar a ação de um veneno.
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antigo testamento
o título. É difícil resolver se ‘Pacto’ ou ‘Testamento’ representa exatamente a palavra ‘diatheke’ na frase ‘he kaine diatkeke’ em Lc 22.20 – 1 Co 11.25 (cp. com Hb 9.15). o que parece é que a palavra hebraica ‘berith’ significa propriamente um pacto, uma aliança, quer entre homem e homem (Gn 31.44), quer entre Deus e o homem (Gn 15.18 – Êx 19.5 – Jr 31.31). Pela expressão Antigo Testamento compreendemos os livros do original hebraico, pela ordem, geralmente falando, da tradução grega dos Setenta. Porquanto a nossa Bíblia separa cuidadosamente dos livros canônicos, aos quais somente costumamos chamar o A.T., os outros livros, que denominamos apócrifos. (*veja Apócrifos.) A ordem hebraica, porém, é diferente da nossa. É constituída de três partes: primeiramente a Lei, isto é, o Pentateuco – em segundo lugar os Primeiros e últimos Profetas, sendo os primeiros os livros de Josué, Juízes, 1º e 2º de Samuel, e 1º e 2º dos Reis – e os últimos os profetas maiores, isaías, Jeremias, Ezequiel, e o Livro dos Doze, isto é, os profetas menores – em terceiro lugar, os Escritos, isto é, os três Livros Poéticos (Salmos, Provérbios, Jó), os Cinco Volumes ou Rolos (Cântico dos Cânticos, Rute, Lamentações, Eclesiastes, Ester) – Daniel, Esdras, Neemias, e o 1º e 2º das Crônicas. A base sobre a qual se apóia esta disposição parece ser a ordem em que foram recebidos os diversos livros no Cânon das Escrituras. (*veja Cânon.) É importante chamar a atenção para o fato de que o atual texto da Bíblia hebraica é aquele que foi aceito pelos escritores massoréticos (assim são chamados) dos séculos iX e X (d.C.). Eram estes uns judeus eruditos que se ocupavam das letras e vogais da língua hebraica, fixando estas, tanto quanto possível pela tradição (Massorá), que tinha vindo até eles. Por uma comparação com certa prova, e mais antiga, (tal como o Talmude do V e Vi séculos, a Vulgata de S.Jerônimo do ano 390 aproximadamente, o Misná do terceiro século, as citações dos Pais e do N.T., e mesmo as dos escritores Josefo e Filo) podemos perceber que o texto do A.T., fixado pelos massoretas, era praticamente idêntico ao que corria no princípio do primeiro século da nossa era. Desde esse tempo, pelo menos, parece que os judeus o haviam conservado com escrupulosa fidelidade. Devemos recordar que o A.T. é, essencialmente, uma narrativa do modo como Deus preparou um povo, que devia ser o depositário da Sua completa revelação. o método empregado não é aquele que teríamos imaginado, e talvez só agora compreendemos o que era em grande parte esse método. Porquanto nos parece que Deus não somente instruiu o povo de israel, mas também preparou o meio em que ele devia ser ensinado. Quanto a Abraão e aos seus descendentes imediatos, devem eles ter bebido a ciência babilônica e arábica. Moisés era um homem que tinha a instrução de um egípcio. Tendo sido ele educado na corte de Faraó, não devia ter ignorado a escrita cunciforme da Babilônia. Quando os israelitas se estabeleceram na Palestina, estiveram, para seu bem ou para seu mal, em contato com a cultura cananéia, que parece ter sido alta. Davi e também o seu filho Salomão receberam influência de Tiro e de outras nações, ao passo que a Assíria, e mais tarde a Babilônia e a Pérsia exerceram com resultado, sobre os homens de israel dos séculos vindouros, um poder mais que militar e político. Num sentido, na verdade, israel vivia isolado, visto como se recusava a aceitar os falsos deuses das nações vizinhas – mas em outros, estando situado na estrada principal entre Babilônia e Egito, e achando-se nos limites de Moabe e Edom e das tribos desertas, encontrava-se nas condições de assimilar o que havia de bom na vida social daqueles povos. Deus, que tinha operado entre os pagãos, porque a Vida foi sempre a Luz dos homens (Jo 1.4), preparou o Seu povo predileto, não somente separando-o, de forma que israel pudesse crescer em força mental e espiritual, mas também incutindo nele, de quando em quando, aquela instrução secular que os pudesse habilitar na realização de um maior progresso no conhecimento do Senhor. israel, e só israel, pôde assimilar tudo isso – israel tornou-se, de um modo crescente, capaz de ser o recipiente da Encarnação. Evidentemente, o A.T. é um auxílio espiritual para nós. Na maior parte os seus livros são históricos, sendo ilustrados os princípios expostos. Não há ali israelita algum, por exemplo, que seja apresentado como pessoa sem defeito – e por mais ilustre e bondoso que seja, quando ele peca, o seu pecado produz o seu fruto próprio, seguindo-se de alguma forma o respectivo castigo. Por outro lado, é fácil delinear em cada caso o efeito das boas ações na feliz existência dos indivíduos e dos povos. Mas o leitor cristão do A.T. obterá mais do que um conhecimento profundo dos eternos princípios, e do que o necessário esclarecimento na sua aplicação. Ele achará um auxílio espiritual muito direto. As vidas dos santos que ali se acham descritas, porque santos muitos israelitas o foram, apesar da sua relatava ignorância de uma revelação mais alta sobre a vontade de Deus, lhe infundirão coragem, e ao mesmo tempo o levarão a prostrar-se perante o Senhor de infinita misericórdia, humilde e envergonhado, porque, não obstante os altos privilégios cristãos, está, na sua vida, abaixo deles. Ele se gloriará na esperança da perfeição social anunciada nos últimos profetas, esperança que, por enquanto, só teve realização parcial na vinda do Messias, pois a obra do Messias apenas se acha principiada. Acima de tudo, ele procurará entrar no espírito dos Salmos, pois foram escritos por homens que, evidentemente, viviam em íntima comunhão com Deus e tinham progredido muito na vida espiritual. Nenhum cristão piedoso pode seguramente desprezar o estudo religioso do A.T., por grande que seja o seu conhecimento do Evangelho.
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antiguidade
do Lat. antiquitate
s. f.,
qualidade de antigo; o tempo antigo, remoto; tempo de serviço em algum cargo; período histórico, também chamado Idade Antiga, indefinido quanto ao seu início e que culmina com a queda do Império Romano do Ocidente, no ano de 476;
(no pl. ) objectos antigos de grande valor;
(no pl. ) instituições antigas. -
antioco
o nome de Antíoco não se encontra nas Escrituras, mas há várias referências aos monarcas desta designação. Antíoco ii é um dos reis a que se refere Daniel 11.6: ‘Mas, ao cabo de anos, eles se aliarão um com o outro.’ Era rei da Síria, e estivera em guerra com o rei do Egito (Ptolomeu Filadelfo). Foi feita a paz no ano 250 a.C. : Ptolomeu, ‘o rei do Sul’, deu em casamento sua filha Berenice a Antíoco, ‘o rei do Norte’, que se separou da sua primeira mulher Laudice. Quando morreu Ptolomeu (247 a.C.), Laudice e seus filhos foram de novo chamados à corte. E ‘não pôde Berenice conservar o poder’, pois Laudice envenenou Antíoco, que ‘tinha sustentado’ aquela sua rival, e mandou matar a ela e a seu filho (Dn 11.6). Depois da morte de Antíoco, procurou vingar-se Ptolomeu Emergetes, irmão de Berenice, (‘um renovo da linhagem dela’) da morte desta sua irmã, invadindo a Síria: nesta invasão foi morta Laudice, e seu filho expulso do trono por algum tempo, sendo todo o país saqueado (Dn 11.7 a 9). Continuaram as hostilidades por muitos anos, e um neto de Antíoco ameaçou lançar por terra o poder do Egito (Dn 11.9,10). Antíoco iii, rei da Síria, apelidado o Grande, era neto de Antíoco ii. Ele uniu-se a Filipe iii da Macedônia com o fim de conquistar e dividir os domínios egípcios. Algumas facções dos judeus abraçaram a mesma causa (Dn 11.14). Todavia, Antíoco e Filipe foram obrigados, por causa de perturbações nos seus países, a desistir da sua empresa, resultando desse fato assenhorear-se de Jerusalém o rei do Egito e recuperar o território que havia perdido. No ano 198 a.C., reapareceu Antíoco em campo e aprisionou Scopas e suas tropas que se tinham refugiado em Sidom (Dn 11.15). os judeus receberam Antíoco como seu libertador, e ele permaneceu ‘na terra gloriosa, e tudo estará em suas mãos’ (Dn 11.16). Mais tarde deu Antíoco em casamento sua filha Cleópatra a Ptolomeu Epifânio, rei do Egito, e por seu dote as províncias de Fenícia – porém ela favoreceu mais os interesses de seu marido do que os de seu pai. Em 187 a.C. atacou Antíoco o templo de Belos em Elimais, sendo assassinado pelo povo que acorreu em defesa do seu santuário. Deste modo ele tropeçou, caiu, e não foi encontrado (Dn 11.19). Com respeito aos judeus, Antíoco não somente lhes deu inteira liberdade de culto, mas também fez ricas doações ao templo, favorecendo muito os sacerdotes. Apreciando a fidelidade dos judeus, transportou 2.000 famílias israelitas da Mesopotâmia para a Lídia e Frígia, para assim desfazer as tendências revolucionárias que se tinham manifestado nestas províncias. Antíoco iV, Epifânio, rei da Síria, filho mais novo do precedente. Seleuco, o filho mais velho, foi morto por Heliodoro, que usurpou a coroa. Antíoco expulsou este último, obtendo ele próprio ‘o reino com intrigas’, com exclusão de Demétrio, o filho de Seleuco (Dn 11.21). Depois disto promoveu quatro felizes campanhas contra o Egito, sendo evitada a completa conquista do país pela intervenção dos romanos (Dn 11.24). Este rei foi perdulário nas suas despesas, e as condições da Palestina durante o seu reinado foram de turbulência. Quando na sua segunda campanha (170 a.C.) ele voltou do Egito, assaltou Jerusalém, saqueou o templo, ordenando uma terrível carnificina. Dois anos mais tarde, ocupou a cidade e a fortificou. o templo foi profanado, e proibida a observância da lei. Foi feito um sacrifício no Lugar Santo a Júpiter olimpo (Dn 11.29, 30,31). Matatias e seus filhos organizaram a resistência ‘ajudados com pequeno socorro’ (Dn 11.34), mantendo deste modo intatos a fé e o nome de israel. Entretanto, Antíoco voltou as armas para o oriente (Dn 11.44). Em vão tentou saquear o rico templo de Nanéia (talvez com ‘o desejo de mulheres’ Dn 11.37), em Elimais. Por fim chegou ao termo da sua vida no ano 164 a.C., sem socorro de qualquer pessoa (Dn 11.45). Grande proeminência se dá no livro de Daniel ao reinado de Antíoco iV. Sem consideração alguma pelos deuses de seus pais (Dn 11.37), ele era incapaz de apreciar o valor da religião das outras pessoas – e tornou-se, assim, o símbolo dos inimigos de Deus (Dn 11.36,37). Pelos judeus era ele considerado como uma figura do anticristo, resistindo com todo o seu poder a tudo que era divino.
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antioquia
Havia duas importantes cidades com este nome. (1) Antioquia da Síria. Nenhuma cidade, depois de Jerusalém, está em tão íntima conexão com a primitiva história do Cristianismo como Antioquia da Síria. os cristãos que tiveram de sair de Jerusalém, depois da morte de Estêvão, pregaram o Evangelho em Antioquia. Foi neste lugar que Paulo censurou a Pedro por se ter conduzido, contrariamente ao que devia ser, conforme as razões dos emissários de Jerusalém (Gl 2.11,12). Ali foi fundada a primeira igreja gentílica (At 11.20,21) – ali, pela primeira vez, se chamaram cristãos os discípulos de Jesus Cristo – ali praticou S. Paulo o sistemático trabalho ministerial – e deste lugar partiu ele para realizar a sua primeira viagem missionária, e voltou. E depois do Concílio Apostólico (cujas resoluções foram especialmente dirigidas aos convertidos dentre os gentios, em Antioquia, At 15.23), iniciou o Apóstolo, nesta mesma cidade, a sua segunda viagem missionária, voltando ao mesmo lugar – e daqui outra vez partiu, efetuando a terceira viagem, que terminou com a sua prisão em Jerusalém e Cesaréia. Esta famosa cidade de Antioquia fora fundada no ano de 300 a.C. os judeus aí se estabeleceram, logo de início, em grande número, e eram governados pelo seu próprio chefe, sendo-lhes permitido ter os mesmos privilégios políticos de que gozavam os gregos. É, certamente, esta a Antioquia do período romano, da qual se trata no Novo Testamento. os cidadãos tornaram-se notáveis pela sua maneira rude de tratar as questões e pela invenção de alcunhas. o nome de ‘cristãos’ foi, talvez, dado por escárnio aos discípulos do Divino Mestre. Existia ali perto Dafne, o célebre santuário de Apolo. A moderna Antakia é uma miserável e reduzida povoação. (2) Antioquia de Pisídia acha-se mencionada em At 13 e14, e em 2Tm 3.11. Tudooqueagora resta dessa terra são ruínas, sendo algumas delas importantes, como as de um templo, de um teatro, de uma igreja, e de um belo aqueduto. A pregação de Paulo na sinagoga de Antioquia produziu a conversão de um grande número de gentios – e este fato irritou de tal maneira os judeus, que eles fizeram grande oposição ao Apóstolo, que por isso foi obrigado a sair dali para icônio e depois para Listra. Voltando de Listra, foi de novo S.Paulo a Antioquia com o fim de confirmar na fé os convertidos. Deram-se estes acontecimentos por ocasião da primeira viagem missionária, indo S.Barnabé na companhia de S.Paulo. As palavras de 2 Tm 3.10,11 mostram que Timóteo estava bem informado sobre o que o Apóstolo sofrera durante a sua primeira visita a Antioquia da Pisídia.
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antiparo
hebraico: igual ao pai
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antipas
grego: contratação de Antipater: Contra todos
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antipatris
grego: que pertence a Antipater, ou contra o pai
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antípatro
o retrato do pai
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antítese
Oposição entre idéias ou palavras; contrário.
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antitético
Que contém antítese.
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antotias
orações respondidas pelo Senhor
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antotija
hebraico: resposta do Senhor
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anube
ligado juntamente
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anuir
Dar consentimento; aprovação
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anulou
Reduziu a nada; invalidou, destruiu, eliminou.
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anunciacao
Mensageira
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anunciar
Divulgar, Fazer conhecer, Levar o conhecimento a mais pessoas. Anunciar a Jesus Cristo, dar conhecimento de suas palavras.
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anzi
forte
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aoá
irmão do junco
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aode
glória
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aodi
hebraico: irmão de Jeová
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aoi
hebraico: calor
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aoita
hebraico: amado do Senhor ou irmão do Senhor
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aolá
a tenda dela
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aoliabe
a tenda de meu pai
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aoliba
minha tenda está nela
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aolibama
meu tabernáculo
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aolibana
hebraico: a minha tenda está no lugar
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apaim
face – presença
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apartados
Desviados do caminho; afastados.
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apatia
Falta de energia; indiferença; insensibilidade
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apáticos
Que tem apatia (estado de insensibilidade; impassibilidade, indiferença).
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apear
Descer da montaria
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apedrejamento
Entre os judeus era o apedrejamento método usual da execução da pena de morte. Qualquer crime que merecesse a morte, exceto se a lei estabelecesse expressamente outra forma, era punido com o apedrejamento. As testemunhas deviam arremessar as primeiras pedras (Dt 17.7). Eis algumas referências do A.T. a esse costume: Êx 8.26 – 19.13 – 21.28 a 32 – Lv 20.2, 10, 27 – Dt 13.5, 10 – 1 Rs 21.10. Nas referências do N.T. o apedrejamento é, não somente, uma punição legal, mas também um ato de violência da população (Lc 13.34 – Jo 8.5 – 10.31 a 33 – At 5.26 – 7.58, 59 – 14.19).
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apelação
Ato ou efeito de apelar, recurso.
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apeles
aprovados em Cristo
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apercebido
Notar; perceber
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apetecer
desejar; pretender
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aphonso
Guerreiro pronto para o combate
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ápice
Ponto mais elevado; o mais alto grau.
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apio
latim: nome de uma cidade da Itália
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aplacar
tranqüilo; suave
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apocalipse
o livro da Revelação. Chama-se assim o último livro da Bíblia pelo fato de conter as proféticas doutrinas reveladas ao autor por Jesus Cristo. A sua autoria é, pelo próprio livro, atribuída a João (1.1,4,9 – 22.8). Foi o servo de Jesus Cristo (1.1), ‘o qual atestou a palavra de Deus e o testemunho de Jesus Cristo’ (1.2). A igreja Primitiva, num testemunho quase universal, diz que o autor do Apocalipse é o Apóstolo João, filho de Zebedeu, o mesmo que escreveu o quarto Evangelho. Com respeito à DATA do livro, é muito discutido. A questão principal é saber se o desterro de João para Patmos, pequena ilha do mar Egeu, aconteceu quando Nero era imperador de Roma (64 a 68 A.D.), ou no tempo do imperador Domiciano (81 a 96). Este livro é do mesmo caráter profético, que distingue os livros de Daniel e Ezequiel. Esta literatura apocalíptica teve sempre por fim animar e estimular o povo judeu, em tempos de desgraça nacional, com a certeza de um futuro glorioso pela vitória do Libertador de israel que havia tanto tempo se esperava. o conteúdo pode ser dividido da maneira seguinte: A primeira parte (1 a 3) refere-se ‘às coisas que são’, e compreende uma visão preparatória das perfeições divinas, a simpatia do Redentor para com os homens, e também as epístolas aos ‘anjos’, que são personificações do espírito de cada uma das sete igrejas. Cada uma destas cartas ou epístolas consta de três partes: (1) a introdução, que se refere sempre a alguns dos atributos Daquele que fala à igreja, tomados da visão precedente, e nos quais se observa uma ordem progressiva e uma adaptação ao sentido geral da epístola que segue – (2) uma descrição das características da igreja com a conveniente animação, admoestação e censura – (3) e as promessas de uma recompensa aos que vencerem, promessas que são feitas a todas as igrejas. A parte restante do livro (4 a 22) compreende a profecia do ‘que deve acontecer depois destas coisas’. Há uma série de visões que mostram, por meio de imagens simbólicas e linguagem figurada, os conflitos e sofrimentos do povo de Deus, e a ação da Providência sobre os perseguidores dos fiéis. E conclui, apresentando a queda da mística Babilônia, que é a figura do erro, e mostrando a triunfante Nova Jerusalém, a igreja aperfeiçoada. Toda a matéria do livro pode, também, dividir-se em sete partes, não contando com o prólogo, que compreende os oito primeiros versículos do cap. 1º: l. As sete epístolas às sete igrejas (1 a 3) – 2. os sete selos (4.1 a 8.1) – 3. As sete trombetas ressonantes (8.2 a 11) – 4. As sete figuras místicas: a mulher vestida do sol, o dragão vermelho, o varão criança, a primeira besta que saiu do mar, a segunda besta que se levantou da terra, o Cordeiro no monte Sião, o Filho do Homem sobre a nuvem – 5. o derramamento das sete taças (15,16) – 6. A aniquilação dos inimigos da igreja (17-20) – 7. As glórias da Cidade Santa, a Nova Jerusalém (21 a 22.5) – 7. Epilogo (22.6 a 21). A interpretação das profecias tem sido assunto para grandes discussões. As diferentes teorias podem ser dispostas em quatro parágrafos: (1) A interpretação preterista, que diz terem tido as profecias do Apocalipse o seu cumprimento na primeira idade da igreja. os críticos do sistema preterista afirmam que uma grande parte do livro refere-se ao tempo da perseguição de Nero e da rebelião judaica. os sete reis de que fala o v. 10 do cap. 17 significam os imperadores Augusto, Tibério, Gaio Calígula, Cláudio, Nero, Galba e oto. o que se diz em 13.18 com respeito ao número da besta, 666, corresponde, segundo este sistema de interpretação, ao valor numérico das letras hebraicas nas palavras Nero César. g) A escola histórica de expositores considera estas profecias como um delineamento dos grandes acontecimentos da história do mundo, ou da igreja, desde os tempos apostólicos até ao fim do mundo. (3) A escola futurista sustenta que a maior parte desta série de profecias, ou todas elas, dizem respeito a acontecimentos, que se realizarão um pouco antes da segunda vinda de Cristo. o anticristo, ou a besta apocalíptica é, segundo esta teoria, um infiel em pessoa, que reinará sobre toda a extensão do velho império Romano, e perseguirá triunfantemente os santos pelo espaço somente de três anos e meio, vindo depois Cristo destruir aquele ímpio poderoso. (4) o quarto sistema de interpretação, com o nome de espiritual ou ideal, considera o Apocalipse uma manifestação pitoresca de grandiosos princípios em constante conflito, embora sob várias formas, e de caráter eclético. É importante observar a correspondência de linguagem, em certas expressões, entre o Evangelho de João e o Apocalipse: i. A aplicação do título ‘Verbo de Deus’ a Jesus (19.13). Este nome ‘o verbo’ aparece somente no Novo Testamento, nos escritos de João: *veja Jo 1.1 e 1 Jo 1.1. ii. A idéia de designar pelo nome de Cordeiro o Redentor da Humanidade ocorre vinte e cinco vezes no livro do Apocalipse, e também em Jo 1.29, 36. iii. o uso do termo vencer, no sentido de destruir o mal do mundo, repetidas vezes se nota nas cartas às sete igrejas (2,3, e também em 12.11 e 15.2, e 17.14 e 21.7 – *veja 1 Jo 2.13, 14 e 4.4 e 5.4,5). iV. o termo ‘verdadeiro’ no sentido de real, genuíno, em oposição a fictício acha-se treze vezes no Evangelho e Epístolas, e dez vezes no Apocalipse (*veja 3.7 e 19.11 – Jo 1.14 e 15.1 – e 1 Jo 5.20). *veja A expressão ‘quantos o traspassaram’ (1.7) acha-se somente em Jo 19.37, e está em relação com a passagem de Zacarias, 12.10, cuja tradução difere da dos Setenta. Vi. A excelente idéia de João no Evangelho, expressa pelo nome e correspondente verbo grego, que se acham traduzidos pelas palavras ‘testemunho’, ‘testificar’, no sentido de declaração respeitante a Jesus Cristo, e de uma profissão pública de crença, encontra-se também de modo proeminente no Apocalipse (*veja 1.2,9 e 6.9, e 12.11, 17, e 19.10, e 20.4 e 22.18, 20).
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apócrifo
Vocábulo grego que significa “aquilo que está oculto”. Usado primitivamente em literatura para designar o que se achava em sigilo para os iniciados e revelado aos sábios. Séculos mais tarde, serviu para designar escritos de Segunda classe; nos dias de Jerônimo designava a literatura “falsa”. Isto é, não inspirada. Este sentido permaneceu. Hoje “apócrifo” significa “falso”. Como usualmente o entendemos, refere-se a coleção dos livros canônicos, incorporados a Setenta ou Septuaginta e Vulgata, rejeitados, entretanto, pelos Judeus e protestantes. (Fonte: www.cristianet.com.br)
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apócrifos (livros)
Livros não canônicos. l. A palavra Apócrifo significa oculto, e com toda probabilidade foi o termo primitivamente empregado por certas seitas a respeito de livros seus, que eram guardados para seu próprio uso. o termo Apócrifo é, agora, restritivo aos livros não canônicos. Posteriormente, a palavra apócrifo era aplicada aos livros espúrios. 2. os livne apócrifos do A.T. Estes não faziam parte do Cânon hebraico, mas todos eram mais ou menos aeeitos pelos judeus de Alexandria que liam o grego, e pelos de outros lugares – e alguns são citados no Talmude. Esses livros, à exceção de 2 Esdras, Eelesiistico, Judite, To-bias, e 1 dos Macabeus, foram primeiramente escritos em grego, mas o seu conteíído varia em diferentes coleções. Eis os livros apócrifos pela sua ordem usual: i (ou iii) de Esdras: Trata dos fatos históricos desde o tempo de Josias até Esdras, sendo a maior parte da matéria tirada dos livros das Crônieas, de Esdras, e de Neemias. Foi escrito talvez no 1< – século a. C. ii (ou iV) de Eedrae: Uma série de visões e profecias, especialmente apocalípticas, que Esdras anunciou. É dos fins do 1º século d.C. Tobiar: Uma narrativa lendária, interessante pelo conheeimento dos eostumes dos antigos tempos de Aicar. Cerca do princípio do 2º sé-culo a.C. Judite: Uma história a respeito de serem liber-tados os judeus do poder de Holofernes, general persa, pela coragem da heroína Judite. Foi escrito cerca de meados do segundo século a.C. Ester: Capítulos adicionados à obra canônica. É, talvez, do segundo século a.C. Sabedoria de Salomão: Livro escrito um pouco no estilo do livro dos Provérbios, sendo precioso por estabelecer o contraste entre a verdadeira sabedoria e o paganismo. A DATA do seu aparecimento deve ser entre o ano 50 a.C. e 10 d. C. Eclesiástico, ou Sabedoria de Jesus, filho de Siraque: É uma coleção de ditos prudentes e judiciosos em forma muito semelhante ao livro dos Provérbios. Foi escrito primitivamente em hebraico, cerca do ano 180 a 175 a. C., e traduzido em grego depois de 132 a.C. A maior parte do original hebraico foi descoberta nos anos 1896 a 1900. Baruque: Uma pretensa profecia feita por Baruque na Babilônia, com uma epístola ao mesmo Baruque por Jeremias. Provavelmente é um escrito do segundo século a.C. Adição à História de Daniel, isto é, (a) o Cântico dos três jovens (Benedicite, com uma introdução) – (b) a História de Susana, representando Daniel como justo juiz – (c) Bel e o Dragão, em que Daniel mostra a loucura do paganismo. Há pouca base para determinar a DATA destas adições. oração de Manassés, rei de Judá, no seu cativeiro da Babilônia. A DATA é desconhecida. Primeiro Livro dos Macabeus, narrando os fatos da revolta macabeana que se deu do ano 167 em diante (a.C.). Foi escrito cerca do ano 80 a.C. Segundo Livro dos Macabeus, assunto semelhante, porém mais legendário, e homilético. Foi escrito um pouco depois do primeiro. Há também, o Terceiro Livro dos Macabeus, que é, segundo parece, uma história fictícia do ano 217 a. C., tratando das relações do rei egípcio, Ptolomeu iV, com os judeus da Palestina e Alexandria. DATA incerta, mas antes de 70d. C. Existe ainda o Quarto Livro dos Macabeu, que é um ensaio homilético, feito por um judeu de Alexandria, conhecedor da escola estóica, sobre a matéria contida no 2º livro dos Macabeus. É, talvez, do 1º século d. C. Ainda que os livros apócrifos estejam compreendidos na versão dos Setenta, nenhuma citação certa se faz deles no Novo Testamento. É verdade que os Pais muitas vezes os citaram isoladamente, como se fossem Escritura Sagrada, mas, na argumentação, eles distinguiam os apócrifos dos livros canônicos. S. Jerônimo, em particular, no fim do 4º século, fez entre estes livros uma claríssima distinção. Para defender-se de ter limitado a sua tradução latina aos livros do Cânon hebraico, ele disse: ‘Qualquer livro além destes deve ser contado entre os apócrifos.’ Sto. Agostinho, porém (354-430 d.C.), que não sabia hebraico, juntava os apócrifos com os canônicos como para os diferençar dos livros heréticos. infelizmente, prevaleceram as idéias deste escritor, e ficaram os livros apócrifos na edição oficial (a Vulgata) da igreja de Roma. o Concilio de Trento, 1546, aceitou ‘todos os livros… com igual sentimento e reverência’, e anatematizou os que não os consideravam de igual modo. A igreja Anglicana, pelo tempo da Reforma, nos seus trinta e nove artigos (1563 e 1571), seguiu precisamente a maneira de ver de S. Jerônimo, não julgando os apócrifos como livros das Santas Escrituras, mas aconselhando a sua leitura ‘para exemplo de vida e instrução de costumes’. 3. Livros Pseudo-epígrafos. Nenhum artigo sobre os livros apócrifos pode omitir estes inteiramente, porque de ano para ano está sendo mais compreendida a sua importância. Chamam-se Pseudo-epígrafos, porque se apresentam como escritos pelos santos do Antigo Testamento. Eles são amplamente apocalípticos – e representam esperanças e expectativas que não produziram boa influência no primitivo Cristianismo. Entre eles podem mencionar-se o Livro de Enoque (etiópico), que é citado em Judas 14. Atribuem-se várias datas, pelos últimos dois séculos antes da era cristã. os Segredos de Enoque (eslavo), livro escrito por um judeu helenista, ortodoxo, na primeira metade do primeiro século d. C. o Livro dos Jubileus (dos israelitas), ou o Pequeno Gênesis, tratando de particularidades do Gênesis de uma forma imaginária e legendária, escrito por um fariseu entre os anos 135 e 105 a.C. os Testamentos dos Doze Patriarcas: é este livro um alto modelo de ensino moral. Pensa-se que o original hebraico foi composto nos anos 109 a 107 a. C., e a tradução grega, em que a obra chegou até nós, foi feita antes de 50 d. C. os oráculos Sibilinos, Livros iii-V, descrições poéticas das condições passadas e futuras dos judeus – a parte mais antiga é colocada cerca do ano 140 a. C., sendo a porção mais moderna do ano 80 da nossa era, pouco mais ou menos. os Salmos de Salomão, entre 70 e 40 a. C. As odes de Salomão, cerca do ano 100 da nossa era, são, provavelmente, escritos cristãos. o Apocalipse Siríaco de Baruque (2 Baruq
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apoderar
Tomar posse, Apossar
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apokálypsis
A preposição grega apó indica um movimento de afastamento ou retirada de algo que está na parte externa de um objeto. Assim é usada em Mt 5,29: “Caso o teu olho direito te leve a pecar, arranca-o e lança-o para longe de ti (apó sou)”.
Em hebraico, o verbo gâlâh é usado com o significado de “despir”, “descobrir”, “revelar”, “desvelar”. Ex 20,26 diz: “Nem subirás o degrau do meu altar, para que não se descubra (thigâleh) a tua nudez”. E 1Sm 2,27: “Um homem de Deus veio a Eli e lhe disse: ‘Assim diz Iahweh. Eis que me revelei (nighlêthî) à casa de teu pai…'”.
Dn 2,29 usa o verbo gâlâh para a revelação do que deve acontecer: “Enquanto estavas sobre o teu leito, ó rei, acorriam-te os pensamentos sobre o que deveria acontecer no futuro, e aquele que revela (weghâlê’) os mistérios te deu a conhecer o que deve acontecer”.
LXX traduz o verbo gâlâh pelo grego apokalýptô, que significa “descobrir”, “revelar”, “desvelar”, “retirar o véu”.
O NT usa o mesmo verbo neste sentido. Mt 10,26, por exemplo: “Não tenhais medo deles, portanto. Pois nada há de encoberto que não venha a ser descoberto (apokalyfthêsetai)”. Ou Lc 10,22: “Tudo me foi entregue por meu Pai e ninguém conhece quem é o Filho senão o Pai, e quem é o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar (apokalýpsai)”.
Deste verbo deriva o substantivo feminino grego apokálypsis, “revelação”, “apocalipse”. Em Gl 2,2 Paulo diz a propósito de sua ida a Jerusalém: “Subi em virtude de uma revelação (apokálypsin)…”. E o livro do Apocalipse começa assim: “Revelação (apokálypsis) de Jesus Cristo…”.
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apoliom
destruidor – anjo do abismo
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apolo
Eloqüente judeu de Alexandria, que veio a Éfeso durante a ausência de S. Paulo, sendo aí mais perfeitamente instruído na doutrina de Jesus Cristo por Áqüila e Priscila. Por conselho destes foi a Corinto, onde foi bem sucedido no seu trabalho, especialmente nas discussões com os judeus (At 18.24 a 28). Quando Paulo escreveu a sua primeira epístola aos Coríntios, a igreja de Corinto estava dividida em diversas parcialidades – uns cristãos eram do partido de Apolo em oposição a outros que arrogavam a si próprios os nomes de Paulo, de Cefas, e de Cristo (1 Co 1.12 – 3.4 a 6, 22 – 4.6). Apolo não era, de modo algum, responsável por aquele cisma, pois é certo que Paulo tinha inteira confiança nele (1 Co 16.12). A não ser a referência que lhe é feita em Tito 3.13, nada mais se sabe a seu respeito.
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apologia
Discurso para justificar, defender ou louvar.
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apolônia
que pertence a Apolo
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apolônio
consagrado a Apolo
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apolönio
consagrado a Apolo
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apostasia
Ato de desviar-se ou afastar-se do relacionamento com Deus.
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apostatar
Desertar (da fé), mudar (de religião ou de partido)
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apostolado
Missão de apóstolo
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apóstolo
Esta palavra significa mais do que ‘mensageiro’: a sua significado literal é a de ‘enviado’, dando a idéia de ser representada a pessoa que manda. o apóstolo é um enviado, um delegado, um embaixador. i. Nos Evangelhos. S. Lucas diz-nos que o nome apóstolos foi dado aos doze por Jesus Cristo (6.13), e em mais quatro passagens o emprega a respeito dos discípulos (9.10, 17.5, 22.14, 24.10). Em cada um dos outros Evangelhos o termo ocorre uma só vez (Mt 10.2 – Mc 6.30 – Jo 13.16). Nos Atos e Epístolas, especialmente nos escritos de S. Paulo, é freqüente. A razão é clara: Jesus chamou alguns ‘discípulos’ para, de perto, viverem com Ele e irem aprendendo a Palavra do Evangelho, mas sempre com o fim de enviá-los por toda parte como Seus representantes. Daqui se depreende que as idéias essenciais do apostolado devem ser compreendidas em todas as relações do Mestre com os doze, embora o nome pertença propriamente aos casos em que o discípulo vai numa missão a qualquer ponto, quer para tratar de serviços temporais durante a vida de Cristo, quer para sustentar a obra evangélica depois da Sua morte. A idéia vem expressa com verdadeiro conhecimento e precisão de frase em S. Marcos, quando ali se diz que ‘chamou os que ele mesmo quis, e vieram para junto dele. Então designou doze para estarem com ele e para os enviar a pregar’ (Mc 3.13, 14). Na significação do verbo enviar está incluída a de apóstolo (grego apostello). o estudo primário da significação de ‘apóstolo’, com base nos Evangelhos, deve efetuar-se em volta destes três pontos: chamada, educação, missão. Basta indicar aqui algumas das feições de cada especialidade, como se acha na simples e primitiva narração do Evangelho de Marcos (a) A Chamada. o primeiro ato do ministério público de Jesus Cristo é a chamada de Simão e André, Tiago e João, para a Sua companhia, a fim de fazer deles ‘pescadores de homens’ Mc 1.16 a 20). Uma estranha autoridade se nota na maneira de chamar, correspondendo-lhe uma resposta imediata: estas características aparecem na posterior chamada de Levi (2.14), e mesmo na nomeação dos doze (3.13 a 19). Não é o caso de uma adesão gradual a qualquer doutrina nova, a algum novo Mestre: é o próprio Jesus que, para os fins da Sua missão, toma a iniciativa. (b) A Educação. Na primeira parte do Evangelho são os discípulos testemunhas e companheiros de Jesus no Seu ministério público, mas ali se menciona uma direta instrução do seu Mestre (4.10 a 25,35 a 41 – 6.7 a 11,31,47 a 52 – 8.14 a 21). Todavia, a sua convivência com Jesus já habilitou Pedro, como que falando por todos, a fazer a grande confissão: ‘Tu és o Cristo’ (8.29), confissão seguida da predição de Cristo, três vezes repetida, com respeito à Sua paixão (8.31, 9.31, 10.33), proporcionando-lhes, entrementes, lições sobre renúncia, humildade, e serviço. o que se pode depreender do que se lê em S. Marcos é que desde o tempo do ministério da Galiléia, e depois de terem saído desta província, Jesus consagrou-Se cada vez mais à instrução e educação dos doze. Esta conclusão é sustentada, com muitos pormenores adicionais, por S. Mateus e S. Lucas, e confirmada pelo maravilhoso discurso de Jesus (Jo 13 a 17). (c) A Missão. A missão temporária, de que se fala em Mc 6.7 a 13, ainda que, pelo que sabe-mos, não se acha repetida, pode ser considerada como típica. insiste-se na simplicidade do abastecimento, como sendo de grande conveniência para concentração em trabalho urgente. Esta confiança é, também, acentuada no grande discurso que vem em Mt 10 geia-se Lc 10.1 a 24 sobre a missão dos setenta). os discípulos são revestidos de autoridade por Jesus, e na sua volta referem ao Mestre tudo o que tinham feito e ensinado. ii. Nos Atos e Epístolas. A suprema autoridade dos apóstolos, na igreja Primitiva, acha-se indicada em At 1.1 a 11, e manifesta-se por todo o livro. Com a escolha de Matias para o lugar que Judas deixou pela sua traição, ficou completo o círculo dos doze. Este fato nos mostra que, para o apostolado, era essencialmente requerido que o eleito tivesse sido companheiro de Jesus desde o Seu batismo até à ascensão. Mas pelas exigências da igreja, que tomou logo grande desenvolvimento, e pela livre concessão do Espírito Santo, deixaram de ter aquela estreiteza os limites do apostolado. Por ato da igreja de Antioquia (At 13.1 a 3), Barnabé e Saulo foram constituídos apóstolos: é-lhes conferido esse titulo, em 14.4, 14. Paulo não somente reclama com firmeza aquela qualidade (Rm 1.1 – 1 Co 1.1 – 2 Co 1.1, etc. – 1 Co 9.1 – 2 Co 11.5 – Gl 1.1, etc.), mas associa com ele a Barnabé (Gl 2.9 – 2 Co 9.5,6). É provável que Paulo queira, também, aplicar aquele termo a Tiago, o irmão do Senhor (1 Co 9.5 – 15.7 – Gl 1.19), a Silvano (1 Ts 2.6) – e mesmo a cristãos tão pouco conhecidos na história como Andrônico e Júnias (Rm 16.7). Mas esta extensão do círculo apostólico foi limitada por uma condição essencial: um apóstolo devia ter visto o Senhor (1 Co 9.1), para poder testemunhar logo o objeto da fé da igreja, Cristo ressuscitado (1 Co 15.8). Além disto, devia haver nele uma clara consciência da chamada divina e sua nomeação (Rm 1.1 – 1 Co 1.1, etc) e, servindo ao Senhor, os sinais de um apóstolo (2 Co 12.12 – 1 Co 9.2), etc. É em virtude destas combinadas aptidões que os apóstolos se acham primeiramente na ordem dos dons, que Deus concedeu à Sua igreja (1 Co 12.28 – Ef 4.11). Eles conservavam-se numa relação espiritual com Jesus Cristo, que os fez depositários e autorizados pregadores da Sua Palavra (2 Pe 3.2, e repetidas vezes nos escritores da primitiva igreja: cf. Ef 2.20 e Ap 21.14). Em conformidade com isto, a prova da apostolicidade foi mais tarde requerida nos escritos, que por fim fizeram parte do Cânon do Novo Testamento.
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apoteótico
Glorioso.
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apoucar
Reduzir(-se) a pouco ou a poucos; restringir(-se); tornar menor; diminuir; representar como de pouca importância; menosprezar
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aprazer
Causar prazer; ser aprazível; agradar, deleitar.
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apreço
Estima
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apregoar
Publicar; divulgar
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aprisco
Curral de ovelhas
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aproximar
Pôr próximo, Tornar próximo,Achegar, Estabelecer relações, Relacionar, Unir, Ligar, Fazer chegar, Apressar, Efetuar um processo de aproximação.
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apupar
Vaia; grito de reprovação
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aqueduto
Quando se aproximava de Jerusalém o exército da Assíria, mandou Ezequias tapar o manancial superior das águas de Giom, fazendo-as correr por meio de um canal para o isso executado com o fim de garantir aos habitantes um suprimento de água, que seria desviado dos invasores. outras referências se fazem ‘do aqueduto do construído açude superior’, e também a outro, por ordem de Ezequias (2 Rs 18.17 – is 7.3 – 36.2 – e 2 Rs 20.20 – *veja, também, is 22.9,11). Existem ainda as ruínas de vários aquedutos, tendo sido um destes construído pelo rei Salomão para levar a Jerusalém a água, que vinha de uma distância de 24 km dos ‘poços de Salomão’, além de Belém.
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aquia
grego: irmão de, ou um irmão de Jeová
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aquias
grego: irmão de, ou irmão de Jeová
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aquietar
Pôr ou tornar quieto, acalmar.
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aquila
Águia
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áqüila
Águia. Um judeu que, por força de um édito de Cláudio, foi obrigado a sair de Roma com sua mulher Priscila. S.Paulo encontrou-os em Corinto por ocasião da sua primeira visita, e trabalhou com eles no oficio de fazer tendas. Quando, passados dezoito meses, S. Paulo partiu de Corinto, acompanharam-no Áqüila e Priscila até Éfeso, onde ficaram, indo S. Paulo para a Síria. Em Éfeso tomaram a peito orientar melhor, na doutrina de Cristo, o pregador Apolo, que já tinha sido instruído no caminho do Senhor, mas imperfeitamente (At 18.24 a 26). A seriedade das suas crenças cristãs mostra-se no fato de, tanto em Roma como em Éfeso, se reunirem em sua casa os cristãos para realizarem o serviço religioso (1 Co 16.19 e Rm 16.5), e serem descritos por Paulo, nas saudações da sua epístola aos Romanos, como pessoas que ‘pela minha vida arriscaram as suas próprias cabeças’, referindo-se ao cuidado deles com ele próprio em certas ocasiões de tumultos e perigo (Rm 16.4).
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áquilas
homem do norte
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aquiles
Aquele que possui lábios curtos e grossos
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aquim
hebraico: Jeová estabelecerá
- aquim =jeová estabelecerá
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aquimeleque
Deus é rei
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aquimneleque
hebraico: irmão de um rei
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aquimote
hebraico: irmão da morte
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aquinoa
hebraico: irmão gracioso
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aquinoão
Deus é amável
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aquior
Deus é luz
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aquis
hebraico: irado
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aquisameque
hebraico: irmão auxiliador
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aquitobe
meu irmão (Deus) é bom
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aquitofel
hebraico: irmão de loucura
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ar
hebraico: cidade ou vila
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arã
É o país situado ao norte e nordeste da Palestina, alta planície que está 600 metros acima do Mediterrâneo. Estendia-se desde o Líbano, Fenícia e Mediterrâneo até ao Eufrates (Nm 23.7 – 1 Cr 2.23). Até certo ponto incluía a Mesopotâmia e o território a que chamam Síria, sem a Palestina. *veja Síria. (Devemos notar que a Síria dos tempos bíblicos e a Síria moderna não são idênticas.) o país foi povoado por Arã, o quinto filho de Sem, cujos descendentes colonizaram as férteis terras ao norte da Babilônia, chamadas Arã, entre os dois rios, o Eufrates e o Tigres, sendo-lhes mais tarde dado o nome de Mesopotâmia pelos gregos, e de Padã-Arã pelos hebreus (Gn 25.20 e 28.2). Na Escritura, Arã geralmente é traduzido pelo termo Síria. os terrenos montanhosos fazem parte da alta e extensa cadeia de serras, conhecidas pelo nome de Líbano, incluindo os Montes de Hermom e Hor. orontes, Abana e Farfar são os seus principais rios. Durante o período da história do Antigo Testamento, Arã achava-se dividido em diversos pequenos reinos, que variavam por vezes em extensão e poder. os principais eram Síria de Damasco, Zobá, Hamate, Arã-Naaraim, Padã-Arã, Maaca, Bete-Reobe e Gesur. No tempo de Davi era Zobá o mais poderoso destes Estados – mais tarde, porém, foi transferida para Damasco a soberana autoridade (1 Rs 11.24 – is 7.8). Depois foi o reino submetido por Joabe, ficando dependente da monarquia judaica. Salomão perdeu Damasco, e Roboão a restante parte do país. (*veja Damasco.) Nos primitivos tempos da história dos heteus era por estes habitada a parte norte de Arã (*veja Heteus). Foi a pátria de Balaão (Nm 23.7). (*veja Síria.) 2. Filho de Sem (Gn 10.22, 23 – 1 Cr 1. 17). 3. Filho de Quemuel (Gn 22.21).
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arabá
A planície, o deserto. Arabá é esse profundo vale que forma a mais admirável característica da Palestina, e se estende, de ambos os lados do Jordão, desde acima do mar da Galiléia, ao norte, até ao Golfo Elanítico do mar Vermelho, constituindo uma das mais notáveis depressões na superfície do globo. A parte meridional deste vale irregular, e de uma maneira especial o sul do mar Morto, ainda tem o nome de Arabá, sendo particularmente interessante pelo fato de ter sido ali o teatro das peregrinações dos filhos de israel, depois que foram repelidos do sul da Terra Prometida. É, na maior parte, uma região pavorosamente desoladora, listrada de raríssima vegetação sob um sol ardente: ‘Terra seca e deserta, terra em que ninguém habita, nem passa por ela homem algum’ (Jr 51. 43). A palavra acha-se em Js 18.18; mas geralmente em lugar de Arabá vem o termo ‘planície’.
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arabe
hebraico: emboscada
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arabela
Altar formoso
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arábia
Deserto. A primeira vez que se menciona esta região na Sagrada Escritura é quando se refere a Salomão, recebendo ouro de ‘todos os reis da Arábia’ (1 Rs 10.15, 2 Cr 9.14). Josafá recebeu dos seus habitantes 7.700 carneiros e 7.700 bodes (2 Cr 17.11). os árabes, guerreiros selvagens, foram contra Judá nos dias de Jeorão, saquearam a casa deste rei, e levaram as suas mulheres e os seus filhos; mas foram derrotados por Uzias (2 Cr 26.7 e 21.17). A Arábia e os príncipes de Quedar negociaram com Tiro, e alguns dos seus habitantes estiveram entre os ouvintes dos apóstolos no dia de Pentecoste (At 2.11). Paulo, depois de convertido, retirou-se para a Arábia (Gl 1.17), provavelmente aquela parte do deserto, perto de Damasco. Em Gl 4.25 a referência é à península do Sinai. A designação de Arábia, como está nas Escrituras, aplica-se geralmente à Arábia Petréia, formada pelo Sinai, iduméia, e região do monte Seir. Algumas vezes se faz referência ao país, chamando-lhe ‘oriente’ (Gn 10.30, 25.6, e 29.1). os mais antigos habitantes foram chamados horeus, por terem vivido em cavernas, mas foram desapossados pelos edomitas, israelitas e amalequitas. As principais tribos da Arábia Petréia, mencionadas na Bíblia, são os amalequitas, edomitas, horeus, ismaelitas, midianitas, moabitas e amonitas. os habitantes do norte da Arábia, ou Arábia deserta (oeste e norte da Arábia Petréia), pretendem descender de ismael e Quetura. os seus hábitos de pilhagem são diversas vezes mencionados no Antigo Testamento (2 Cr 21.16, 26.7; Jó 1.15; Jr 3.2). o seu comércio era considerável em mercadorias da Arábia e da india, desde as praias do Golfo Pérsico (Ez 27.20 a 24); ainda há, principiando neste ponto, uma cadeia de oásis no deserto, que são outras tantas estações de caravanas. A Arábia ocidental, que inclui a península do Sinai, foi povoada pelos descendentes de Esaú, e geralmente era conhecida por terra de Edom ou iduméia, bem como pelo seu mais antigo nome de Deserto de Seir ou Monte Seir. os idumeus descendem ao mesmo tempo de Esaú e ismael, pelo fato de ter casado aquele com a filha deste último (Gn 28.9 e 36.3). o principal Estado da antiga Arábia era o de iêmen, ao sudoeste da península. Era este o reino bíblico de Sabá, cuja rainha foi ouvir a sabedoria de Salomão (1 Rs 10). os árabes chamam-lhe Bilkis. outro importante reino foi o de Hija, que estava situado na parte superior do mar Vermelho, do qual foi Mudade (ou El-Mudade) um dos seus famosos dominadores. Segundo os árabes, casou ismael com uma filha do primeiro Mudade, de quem é descendente Adnã, antepassado de Maomé. os árabes modernos afirmam que a sua nação é predominantemente ismaelita. As tribos que pretendem ter a sua origem no abandonado filho de Abraão, sempre foram governadas por pequenos chefes ou principais da família (xeques ou emires), havendo, geralmente, seguido a vida patriarcal. Diz o falecido Edward Stanley Poole: ‘Pessoa alguma pode misturar-se com este povo sem constantemente e por força lembrar-se dos primeiros patriarcas ou dos já fixados israelitas. Podemos apresentar, por exemplo, a sua vida pastoril, a sua hospitalidade, o seu universal respeito pela idade (Lv 19.32), a sua deferência familiar (2 Rs 5.13), e a sua supersticiosa consideração pela barba. No sinete do anel, que se usa no dedo mínimo da mão direita, está usualmente gravada uma frase de submissão a Deus, ou da Sua perfeição, como ‘Santidade ao Senhor’ (Êx 39.30) e as palavras de Cristo ‘por sua vez certifica que Deus é verdadeiro’ (Jo 3.33). Como sinal de confiança este anel é dado a outra pessoa (como em Gn 41.42). o estojo de escrevedor que se usa no cinto é, também, muito antigo (Ez 9.2), assim como o véu. Um homem tem o direito de requerer o casamento com sua prima, e abandona esse direito, tirando o seu sapato, como fez o parente de Rute a Boaz (Rt 4.7,8).’ As especiarias, o incenso, e as pedras preciosas mencionadas nas Escrituras, como vindas da Arábia, eram provavelmente produtos das regiões meridionais, que ainda são célebres por estas produções. o Cristianismo foi implantado na Arábia do sul pelo fim do segundo século, e já cem anos mais tarde tinha feito grande progresso. Floresceu principalmente no iêmen, onde se edificaram muitas igrejas; mas o estabelecimento da religião maometana, tendo na verdade destruído as crenças pagãs, extinguiu também no país o Cristianismo.
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arade
fugitivo
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arado
o arado da Síria, empregado em todas aquelas regiões, era um instrumento muito simples, sendo tão leve que um homem podia facilmente conduzi-lo. Na verdade, algumas vezes não era mais do que um ramo de árvore, cortado abaixo da bifurcação, e usado sem rodas. Com uma máquina tão imperfeita, era impossível fazer mais do que raspar a superfície da terra. Mesmo aqueles arados, providos de relhas e de dentes, eram, e ainda hoje são, muito leves, obrigando o lavrador a apoiar-se neles com toda a sua força para que possam rasgar a terra (Lc 9.62). Algumas vezes a extremidade do cabeçalho era guarnecida de ferro, ficando de tal forma que as profecias de isaías (2.4) e de Joel (3.10) poderiam facilmente ser realizadas.
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aram
hebraico: alto, magnificente
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aramaico
A língua do povo de Arã. Ela propagou-se por toda parte, exerceu influência sobre o hebraico, sendo no tempo de Jesus Cristo a língua popular da Palestina. As conquistas dos árabes destruíram a posição que o aramaico conservava.
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aranha
Em dois casos (Jó 8.14 – is 59.5,6) não há dúvida de que se trata da aranha, pois é ela mencionada com a sua teia. A Palestina tem aranhas em grande número, que habitam a superfície do chão, e debaixo da terra em buracos, nas árvores, nas casas, e nas cavernas, vendo-se algumas vezes as paredes e os buracos completamente cobertos das suas teias. Jó compara a esperança do malvado à fraqueza da filamentosa teia de aranha (8.14).
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arão
A significação deste nome é incerta. Foi o primeiro Sumo Sacerdote de israel, descendendo de Levi, o terceiro filho de Jacó. Seu pai chamava-se Anrão e sua mãe Joquebede, era irmão de Moisés e de Miriã, três anos mais velho que aquele, e mais novo do que esta. Foi escolhido por Deus para ser cooperador de Moisés em virtude do seu dom de fala (Êx 4.16). Ele foi com Moisés a Faraó, realizando sinais na presença deste rei, e sendo também o instrumento de Deus em outros maravilhosos casos (Êx 7.10). Na batalha contra Amaleque, sustentaram Arão e Hur as mãos de Moisés, para que israel fosse vitorioso (Êx 17.12). Quando Moisés subiu ao monte Sinai, foi Arão persuadido pelo povo a fundir um bezerro de ouro para adoração, e pelo seu procedimento foi severamente censurado. Moisés orou, e obteve o perdão de Deus para o povo e Arão (Dt 9.20). Algum tempo depois foi ele consagrado sumo sacerdote, devendo este alto cargo ser hereditário na família. Coré e os levitas revoltaram-se contra a sua dignidade sacerdotal, sendo o primeiro consumido pelo fogo. ofereceu Arão incenso para suspender a praga, e o Senhor manifestamente aceitou sua intercessão pelo povo. Juntamente com Moisés e os príncipes de israel recebeu ele a missão de fazer a contagem do povo. o murmúrio de Arão e Miriã contra Moisés teve, talvez, a sua origem na má vontade de Miriã, mas não persistiu por muito tempo (Nm 12). Em Meribá pecou ele e Moisés (Nm 20.10 e seg.), e parece que a sua morte se deu pouco depois no monte Hor, sucedendo-lhe no cargo seu filho Eleazar, que, somente com Moisés presente, dirigiu o culto da sepultura (Nm 20.28). Teve Arão de sua mulher Eliseba quatro filhos. Dois deles, Nadabe e Abiú, pereceram pelo fogo do Senhor, ainda em vida de seu pai, pelo fato de terem oferecido um fogo estranho. o sumo sacerdócio continuou na descendência de Nadabe até ao tempo de Eli, que pertencia à casa de itamar. Quando Salomão subiu ao trono, tirou aos filhos de Eli o sumo sacerdócio, e deu-o a Zadoque da casa de Eleazar, cumprindo-se assim a profecia que vem no livro 1º de Samuel 2.30.
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arará
terra santa
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ararate
Território montanhoso da Armênia, mencionado na Escritura, para designar o lugar onde repousou a arca depois do dilúvio (Gn 8.4) – foi o asilo dos filhos de Senaqueribe (2 Rs 19.37 – is 37.38), e o seu povo era aliado, e provavelmente vizinho, de Mini e Asquenaz (Jr 51.27). o platô armênico foi bem adaptado para ser o berço da raça humana, e o centro do qual os homens podiam partir para as várias partes do mundo. A especial montanha que tem sido identificada com aquela, onde parou a arca, embora seja chamada Ararate pelos exploradores europeus, é conhecida com o nome de Massis pelos armênios, de Aghri-Dagh (escarpado monte) pelos turcos, e de montanha de Noé (Kuh-i-Nuh) pelos persas. Termina em dois picos cônicos, que se chamam o Maior e o Menor Ararate, distantes cerca de onze quilômetros um do outro, o primeiro estando a 6.260 metros acima do nível do mar, e o outro a 4.267 metros acima da planície dos Arapas.
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arauna
hebraico: ágil ou força de Baal
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arauto
Mensageiro
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arba
quatro
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arbe
hebraico: meu servo
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arca
Uma caixa, ou qualquer vaso de forma semelhante. Há três arcas, que pedem especial menção. l. A arca de Noé (Gn 6.14 a 8.19). Noé, por mandado de Deus, construiu uma embarcação na qual ele, sua família e uma grande variedade de animais foram salvos do dilúvio. As dimensões da arca eram: 300 côvados de comprimento, 50 de largura, e 30 de altura. Foi feita de madeira de cipreste, sendo muito bem betumadas as juntas por dentro e por fora para torná-la impermeável à água. Tinha três andares e uma janela que, provavelmente, se prolongava em volta de toda a arca com pequenas interrupções. (*veja Noé.) 2. A arca de Moisés. Era uma arca feita de juncos (Êx 2.3 a 6), na qual o menino Moisés foi colocado, quando exposto à beira do rio Nilo. Como a arca de Noé, foi feita impermeável por meio de betume e pez. (*veja Moisés.) 3. A arca da Aliança ou do Testemunho: esta, com a sua cobertura, o propiciatório, achava-se realmente revestida de santidade e mistério. Em Êx 25 vem uma completa descrição da sua estrutura. o propiciatório, que servia de apoio aos querubins, era considerado como o símbolo da presença de Deus (*veja Propiciatório). Por vezes se manifestava a divindade por uma luminosa nuvem, chamada Shequiná. Quem tinha o cuidado da arca eram os levitas da casa de Coate, que a levaram pelo deserto. Mas, antes de ser transportada, era toda coberta pelos sacerdotes, e já não era vista. Continha a arca as duas tábuas da Lei, chamando-se por isso a arca da Aliança, e provavelmente também uma urna com maná, e a vara de Arão (Hb 9.4). A arca, que ocupava o lugar mais santo do tabernáculo, o Santo dos Santos, nunca era vista senão pelo sumo sacerdote, e isso somente em determinadas ocasiões. A arca realiza um papel eminente na história do povo escolhido. Foi levada pelos sacerdotes até ao leito do Jordão, cujas águas se separaram, para poder passar o povo israelita (Js 4.9 a 11). Por sete dias andou aos ombros dos sacerdotes em volta de Jericó, antes de caírem os muros da cidade (Js 6.1 a 20). Depois de fixar-se na Palestina o povo de israel, a arca permaneceu por algum tempo no tabernáculo em Gilgal, sendo depois removida para Silo até ao tempo de Eli, quando foi levada para o campo de batalha, porque os israelitas supunham que pela presença dela podiam alcançar completa vitória. Mas não foi assim, e a arca ficou em poder dos filisteus (1 Sm 4.3 a 11). A santidade da arca, enquanto estiveram de posse dela os pagãos, foi manifestada por milagres, sendo grandes as tribulações nas terras dos filisteus para onde era levada (1 Sm 4 e 6). Depois de seis meses foi devolvida a arca para território hebreu. Primeiramente, esteve em Bete-Semes, onde a curiosidade do povo foi terrivelmente castigada (1 Sm 6.11 a 20) – depois disto foi transportada para Quiriate Jearim (1 Sm 7.1), donde seguiu mais tarde, por ordem de Davi, para a cidade de Jerusalém, com grande cerimonial. Mas antes disso esteve por algum tempo em Perez-Uzá, onde foi ferido de morte Uzá, quando estendia a mão à arca que parecia tombar (2 Sm 6.1 a 19). Mais tarde foi colocada por Salomão no templo (1 Rs 8.6 a 9). Quando os babilônios destruíram a cidade de Jerusalém e saquearam o templo, provavelmente foi a arca tirada dali por Nabucodonosor e destruída, visto como não se achou mais vestígio dela. Não é mencionada entre as coisas sagradas que foram expostas na cidade santa (Ed 1.7 a 11). Tácito, historiador romano, dá testemunho do estado vazio do Santo dos Santos, quando Pompeu ali entrou. A ausência da arca, no segundo templo, foi uma das notas de inferioridade deste com respeito ao edificado por Salomão.
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arca da aliança
Objeto mais sagrado de culto em Israel. Uma caixa feita de acácia e coberta com ouro. A arca ficava guardada no Santo dos Santos do tabernáculo durante o Êxodo e no Lugar Santíssimo do templo edificado por Salomão. Ela não podia ser tocada; era transportada por varapaus sobre argolas fixadas nos seus quatro cantos.
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arcabouço
Ossatura do tórax; esqueleto
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arcanjo
Anjo principal. 2 Ts 4.16 – Jd 9 (*veja Anjo.)
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arcano
Segredo; mistério
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arco
do Lat. arcu
s. m.,
porção da circunferência; instrumento que serve para atirar setas; haste, guarnecida de crina, com que se ferem as cordas de certos instrumentos; curva de abóbada; qualquer objecto de forma anelar ou circular; aro; ornamentos constituídos por dois mastros ligados por vergas e revestidos de verdes e flores que se levantam em festas religiosas e romarias; cada uma das curvas do parêntesis. -
arco-iris
A correta interpretação de Gn 9.13 não é que pela primeira vez tenha aparecido então o arco-íris, mas sim que Deus consagrou esse fenômeno como sinal do Seu amor e testemunho da Sua promessa.
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arde
que brota
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ardil
Cilada; armadilha
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ardilosamente
Astuciosamente
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ardim
ornamento
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ardis
Astúcia, manha, artimanha, artifício; estratagema, ardileza.
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ardom
hebraico: rebento
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ardósia
Rocha rudimentar, separável em lâminas.
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aredi
hebraico: fugitivo, ou jumenta brava
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areli
valente, heróico
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areópago
ou Monte de Marte. Areópago significa literalmente o monte de Marte ou de Ares. Estava situado num cimo rochoso de Atenas, em frente da Acrópole. o sítio é memorável pelo fato de ali reunir-se o senado do Areópago, a mais antiga e venerável das academias de Atenas. os areopagitas sentavam-se como juizes, ao ar livre, em bancos de pedra, escavados na rocha. A linguagem de At 17.19, 22, deixa-nos em dúvida sobre se S.Paulo foi ali levado e permaneceu em pé no meio do Areópago, ou se foi ao monte de Marte guiado pelos filósofos, a fim de que, em lugar à parte e em maior sossego do que havia no mercado, ouvissem o que ele tinha a dizer. As opiniões dividem-se sob este ponto. A expressão dos Atos ‘no meio do Areópago’ parece indicar que a conversa foi no lugar apontado – mas como a fala de Paulo tinha caráter popular, é bem possível que tudo se passasse fora de qualquer formalidade. Certamente não houve uma conferência formal, mas talvez Paulo fosse à audiência de Stoa Basileios, ou para um exame preliminar de suas doutrinas, ou então para, segundo Ramsay (Paul the Traveller), ‘satisfazer aquele supremo claustro universitário acerca das qualificações do apóstolo para ensinar’.
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aretas
o rei Aretas (2 Co 11.32). Houve muitos príncipes da Arábia com este nome, mas o único mencionado nas Escrituras é aquele, cujo governador em Damasco (9 a. C. até 40 d. C.) procurou prender Paulo, que escapou descendo num cesto por uma janela da muralha. Trata-se daquele Aretas, cuja filha casou com Herodes Antipas. Quando este repudiou sua mulher para unir-se a Herodias (mulher de seu irmão Filipe), Aretas mandou um exército contra ele, alcançando uma grande vitória. Foi esta guerra, no juízo da plebe, o justo castigo do Céu, que Antipas sofreu por ter mandado assassinar João Batista.
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areuna
hebraico: Jeová está firme
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arfade
hebraico: apoio
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arfaxade
hebraico: atolado ou brotando
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arganaz
Acha-se mencionado quatro vezes na Escritura: em Lv 11.5 – em Dt 14.7, entrando no número daqueles animais, de que ninguém se podia alimentar, porque ‘ruminam, mas não têm a unha fendida’ – em Sl 104.18, como achando abrigo nas rochas – e em Pv 30.26, pertencendo às quatro pequenas coisas, que são muito sábias: ‘povo não poderoso, contudo fazem a sua casa nas rochas.’ o que se traduz por ‘arganaz’ é o Hyraz Spria-cus. Destes animais, parecidos com o nosso coelho, há ainda abundância na Síria – vivem nas rochas e procuram refúgio logo ao menor sinal de perigo.
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argemiro
Combatente, guerreiro ilustre
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argentina
De prata, natural da Argentina
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argobe
Amontoado de pedras. 1. Território ao oriente do Jordão, em Basã, no reino de ogue, contendo sessenta grandes cidades fortificadas. Argobe estava na porção que coube à meia tribo de Manassés, tendo tomado a respectiva posse Jair, o chefe daquela tribo. Depois disto formou um dos comissariados de Salomão, que estava a cargo de um oficial, cuja residência era em Ramote-Gileade (Dt 3.4, 13,14 – 1 Rs 4.13). Em tempos posteriores, Argobe recebeu o nome de Traconites. Tem sido identificado este território com o Lejah, notável província ao sul de Damasco e ao oriente do mar da Galiléia. A região é, na realidade, uma vasta camada de lava, dura como pederneira, soando como metal quando fortemente tocada. Ainda que tão rochosa e escalvada, tem, contudo, sítios férteis. Deve ter sido muito povoada em certo tempo, porque foram descobertas as ruínas de mais de cinqüenta cidades. Este vasto território forma maravilhoso contraste com a confinante planície de Haurã, um platô de ondulantes vales, de solo riquíssimo, que se estende desde o mar da Galiléia até ao Lejah, indo além do deserto, e quase não tendo uma pedra. 2. *veja 2 Rs 15.25 – esta passagem não nos diz claramente se ele foi conspirador ou um oficial do rei Peca.
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argueiro
Uma partícula de qualquer coisa seca como o pó (Mt 7.3).
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argüem
Acusar
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argüir
Repreender; acusar; censurar
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argumento
Raciocínio pelo qual se tira uma conseqüência ou dedução.
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arguto
De espírito vivo, engenhoso, sutil, perspicaz.
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ari
Leão
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ari ou arih
leão
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ariana
Aquela que é pura e casta
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ariane
Aquela que é pura e casta
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ariatico
grego: derivado da cidade de Ádria na Itália
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aridai
hebraico: grande, brilhante
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aridata
persa: nascimento nobre
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aridez
Qualidade do que é árido, secura, esterilidade..
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arié
Leão. Foi, juntamente com Argobe,conspirador ou oficial (2 Rs 15.25). (*veja Argobe.)
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ariel
leão de Deus
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ariet
latim: leão, hebraico: carneiro
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ariete
(Ez 4.2 – 21.22). Máquina de guerra, feita de uma comprida trave de qualquer madeira dura, como carvalho. Numa extremidade tinha uma pesada chapa metálica com a feição de cabeça de carneiro. Esta trave estava suspensa sobre um estrado de vigas grossas, e era colocada diante do muro ou portão que devia ser derrubado: a cabeça de carneiro era movida para trás, e, impelida depois fortemente, ia bater no alvo. os romanos fizeram grande uso desta arma no cerco de cidades fortificadas. (*veja Armas.)
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aríetes
Antiga máquina de guerra para abater ou derrubar muralhas
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arimatéia
altura
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ario
dedicado a ares, rei da guerra
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arioque
nobre
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arisai
semelhante a leão
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arisal
hebraico: semelhante a um leão
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armadura
Conjunto de armas defensivas dos antigos guerreiros, especialmente aquelas que constituíam a sua vestidura e proteção direta do corpo.
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armagedom
A montanha de Megido. Nome simbólico da cena da última grande luta espiritual, e derivado de 2 Cr 35.22. (Ap 16.16.) o vale de Megido é o grande campo de batalha do Antigo Testamento, onde se efetuaram as principais lutas entre os israelitas e os inimigos do povo de Deus. Foi ali, na planície de Esdrelom, que Baraque ganhou uma grande vitória sobre os cananeus, e Gideão sobre os midianitas (Jz 4 e 5, e 7). Ali também encontrou a morte o rei Saul às mãos dos filisteus (1 Sm 31.8), e Josias às mãos dos egípcios (2 Rs 23.29,30g Cr 35.22).
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armas
Primeiramente, vamos tratar das armas ofensivas, mencionadas na Bíblia: 1. A espada, o instrumento de guerra mais usual, na antigüidade, era menor do que a moderna, como podemos inferir da descrição em Jz 3.16, onde se diz que o punhal de Eúde tinha um côvado de comprimento. Mas, nas mãos de guerreiros experimentados, ela podia ser manejada com terrível efeito (2 Sm 20.8 a 12 – 1 Rs 2.5). Era metida numa bainha, e estava presa a um cinturão. Antes do tempo do metal, as armas contundentes e cortantes eram feitas de pederneira, mas em parte alguma se diz que os israelitas fizeram uso delas. Somente em tempo de guerra se usava a espada – em tempo de paz nem mesmo o rei na sua majestade a trazia (1 Rs 3.24). 2. A lança, de diversas espécies, desde a fortíssima arma, a chanith, que pesava cerca de 25 arratéis, e foi usada por Golias e Saul, até ao kidon, leve e curta haste, que o guerreiro levava às costas, entre os ombros. Ainda havia outras, como a romack, a slelach, e a shebet. Foi com a lança shebet (traduzida a palavra por ‘dardos’) que Joabe acabou de matar Absalão (2 Sm 18.14). 3. o ano era uma arma, na qual eram amestrados todos os soldados, desde o mais humilde aos filhos do rei. Parece que era curvado com o auxílio do pé. Também são mencionados arcos de aço, como especialmente fortes. o cordel era provavelmente, a princípio, alguma fibra dura. As setas eram levadas numa aljava, e algumas vezes envenenadas. 4. A funda é, pela primeira vez, mencionada em Jz 20.16, onde se diz que 700 benjamitas, com a sua mão esquerda, podiam atirar ‘com a funda uma pedra num cabelo, e não erravam’. Em tempos posteriores os fundibulários faziam parte do exército regular (2 Rs 3.25). As fundas são ainda usadas na Palestina por aqueles que vigiam os rebanhos, e certamente Davi, enquanto rapaz, também fez uso dessa arma, com que mais tarde havia de ferir o gigante Golias. Agora, a respeito de armas defensivas, que a Bíblia menciona – são elas: (1) a couraça (1 Sm 17.5, 2 Cr 26.14 – Ne 4.16) – (2) o capacete (1 Sm 17.5 – 2 Cr 26.14 – Ez 27.10) – (3) grevas ou caneleiras para proteger as pernas e os pés (1 Sm 17.6) – o escudo, de que havia duas espécies: o zinnah, que encobria toda a pessoa, e o magen, para usar-se nos conflitos corpo a corpo. Ambas estas palavras se usam nos salmos metaforicamente com relação ao amparo de Deus (*veja Ef 6.10 a 17).
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armênia
hebraico: terra sagrada
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armoni
hebraico: nascido no palácio
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arnã
ágil, veloz
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arnan
hebraico: ligeiro, ágil
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arni
hebraico: homem
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arnom
Torrente. Um rio que servia de limite ao país de Moabe, tendo ao norte o país dos amorreus. Nasce nas montanhas da Arábia, corre através do deserto para o mar Morto, em frente de En-Gedi. Atualmente chama-se Mojeb. o seu curso é através de uma ravina de grande profundidade. À corrente em plano segue-se uma descida precipitada, que abre caminho à água por entre precipícios de pedra calcária – a largura de crista a crista é de quase cinco quilômetros. Em certa parte ainda ali se vêem vestígios de uma empedrada estrada romana, existindo também o arco da ponte. o rio corre por entre ricos prados, e em certos lugares há, nas margens, abundância de loureiros e salgueiros. Quando o Arnom se precipita no mar Morto, a sua largura é de 24 m, tendo pouco mais de um metro de profundidade, com lados perpendiculares de arenita, escura, avermelhada e amarela.
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arnon
hebraico: murmurando, berrando, Torrente bravadora
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arnon ou armôn
rio que desagua no mar Morto
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arode
burro selvagem
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arodi
hebraico: asmo, montes
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aroer
desnudo
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arolote
hebraico: monte de prepúcios
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aron
iluminado
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arpachade
grego: regenerador
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arpade
descanso
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arquelau
Guia do povo. Filho de Herodes Magno e de Mataca, a quem Herodes legou a maior parte do seu reino (Judéia, iduméia e Samaria) com o título de rei. A única menção que dele se faz no N.T. é significativa. Quando José, casado com Maria, ouviu ‘que Arquelau reinava na Judéia em lugar de seu pai Herodes, temeu ir para lá’, com o menino Jesus (Mt 2.22). Desde o princípio foi o governo de Arquelau manchado com atos de crueldade e derramamento de sangue. Não muito depois da morte de seu pai, foram assassinados 3.000 judeus no templo por uma coorte de soldados romanos, que Arquelau tinha mandado para sufocar um tumulto. Uma poderosa embaixada de judeus pediu ao imperador César Augusto que depusesse Arquelau e unisse a Judéia à Síria. Augusto recusou, permitindo, contudo, que ele não usasse o título de rei, mas o de etnarca. E na qualidade de governador dirigiu a sua província por dez anos, 4 a.C. até 6 d. C. Quando chegou este ano, uma segunda delegação foi a Roma, com o fim de apresentar queixas ao imperador a respeito das crueldades de Arquelau. A prova dos fatos era, então, esmagadora. Augusto, tendo posto o governador em frente dos seus acusadores, tomou por fim a resolução de o banir para a Gália, onde morreu.
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arqueólogo
Especialista em arqueologia (ciência que estuda a vida e a cultura dos povos antigos por meio de escavações ou através de documentos, monumentos, objetos, etc., por eles deixados).
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arqueus
Uma das famílias cananéias quehabitaram em Arca, cidade situada ao norte da Fenícia (Gn 10.17 – 1 Cr 1.15). Arca tornou-se famosa pelo culto que os seus habitantes prestavam a Afrodite. Foi fortificada pelos árabes e atacada pelos Cruzados, que, sob o comando de Raimundo de Tolosa, em vão a cercaram em 1099 durante o espaço de dois meses. Todavia, mais tarde, foi tomada por Guilherme de Sartanges. Em 1202 foi totalmente destruída por um terremoto. o lugar que agora tem o nome de Arca está à distância de dezenove quilômetros mais ou menos, ao norte de Trípoli, e de oito quilômetros ao sul de Nahr-el-Kebir (Eleutero). A grande estrada da costa passava entre essa povoação e o mar.
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arquimedes
O que pensa muito
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arquipo
mestre-estábulo
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arquita
hebraico: tolerância
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arquitetura
o mais antigo edifício de que há memória é a Torre de Babel, construida com tijolos cozidos ao fogo, fortemente ligados por meio de betume, tão abundante no vale do Eufrates (Gn 11). Há, pelo menos, duas cidades nas terras a que se refere a Bíblia, que pretendem ser de uma remotíssima antigüidade, e são elas Damasco e Hebrom. A primeira já existia no tempo de Abraão, e Hebrom, que era de origem cananéia, foi fundada cerca do ano 2.000 a.C. os primeiros israelitas, pastores de vida nômade, habitavam em tendas, mas durante a sua escravidão no Egito foram obrigados a trabalhar em construções, muitas das quais de considerável fama. Mas é somente a partir do tempo de Davi que eles se podem considerar como edificadores. Começaram nessa época a usar a pedra calcária, de que havia abundância, não só em reparações de ruínas, mas na edificação de novos palácios e fortalezas. Mas as tendas ou cabanas de ramagem com rudes pinturas ainda continuaram a ser as casas favoritas do povo. Quando entraram na terra prometida, ai acharam cidades muradas que os esperavam (Nm 13.28 – Dt 1.28). Davi preparava-se para a grande empresa de edificar o templo, mas essa tarefa foi reservada para Salomão, que livremente chamou em seu auxílio operários estrangeiros, mandando vir, também, materiais de fora (1 Rs 5.10 – 1 Cr 28 e 29). Além das suas obras em Jerusalém e perto desta cidade, Salomão edificou, em vários lugares, fortalezas e cidades. Entre os reis de Judá e israel, houve muitos que foram grandes edificadores (1 Rs 15.17, 23 – 22.39 – 2 Rs 20.20 – 2 Cr 32.27, 30). Na volta do cativeiro foram reedificados os muros de Jerusalém e o templo, muito solidamente com pedra e madeiras do Líbano (Ed 5.8). Durante o governo de Simão Macabeu foi erigida para defesa do templo e da cidade a fortaleza Barris, mais tarde chamada Antônia. ‘Mas’, diz o cônego Philpott, ‘os reinos de Herodes e seus sucessores foram especialmente notáveis pelo desenvolvimento que, por meio deles, tomou a Arquitetura. o templo foi restaurado com grande magnificência, e Jerusalém fortalecida com várias fortificações e embelezada de bons edifícios.’ Ainda existem as ruínas de muitas sinagogas galiléias, de um estilo misto de arquitetura, parte judaico e parte romano, as quais foram construídas durante o segundo e terceiro séculos da nossa era.
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arraial
Acampamento
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arraigar
Firmar pela raiz; fixar, enraizar.
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arratéis
496 gr.
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arratel
325 gr.
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arrazoar
Discutir; expor um assunto; falar
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arrebatamento
A palavra grega, traduzida por arrebatamento ou êxtase, somente a emprega Lucas, o médico (At 10.10 – 11.5 – 22.17). Pedro experimentou um arrebatamento quando viu os céus abertos e toda espécie de animais quadrúpedes que desciam até perto dele. Neste arrebatamento ouviu uma voz que lhe ensinou como havia de proceder a respeito da chamada dos gentios. Paulo diz que caíra em êxtase na sua volta de Damasco, quando recebeu o mandado de Deus para ir aos gentios. Há uma breve notícia de outro arrebatamento em 2 Co 12.1 a 4. Tal palavra não se encontra no A.T., mas acham-se lá descritos alguns fenômenos análogos (Nm 24.4,16). Um profundo sono caiu sobre Abraão, sentindo também o pavor de uma grande escuridão (Gn 15.12). Balaão viu uma visão de Deus (Nm 24.4). Saul profetizou e caiu em êxtase (1 Sm 19.24). Ezequiel por sete dias esteve atônito até que a palavra do Senhor veio à sua alma (Ez 3.15 – 8.3). (*veja Sonho, Visão.)
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arrebatar
Enfurecer; encolerizar
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arrecada
Brinco, em geral de metal e em forma de argola.
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arrecadas
Adorno de orelha, geralmente em forma de argola
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arredar
Remover para trás; recuar
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arregimentar
Alistar ou reunir em regimento
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arremeter
Atacar com ímpeto ou fúria
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arrepender
se – Abandonar conscientemente o pecado e voltar-se para Deus; lastimar-se por atos cometidos e resolver nunca mais repetir o mesmo erro.
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arrepender-se
Abandonar conscientemente o pecado e voltar-se para Deus; lastimar-se por atos cometidos e resolver nunca mais repetir o mesmo erro.
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arrependimento
Arrependimento é o sentimento de pesar por faltas cometidas, ou por um ato praticado. Neste último sentido se diz a respeito de Deus, como se vê em Gn 6.6 – 1 Sm 15.11, etc. – e, semelhantemente, as ações divinas são, a outros respeitos, apresentadas por meio de ter-mos que se aplicam propriamente em relação ao homem (Gn 8.1 – 11.5). os profetas, em muitas das suas passagens, chamam o homem ao arrependimento dos seus pecados e à mudança de vida (is 55.7 – Jr 3.12 a 14 – Ez 14.6 – Jl 2.12,13). Com respeito a alguns exemplos de arrependimento e confissão de pecados, no A.T., *veja Nm 12.11 – 1 Sm 15.24 a 31 – 2 Sm 12.13 – 1 Rs 21.27 a 29 – 2 Cr 12.6,7. No N. T. uma palavra traduzida por ‘arrependimento’ denota pesar por coisa feita (Mt 21.30), e é usada em relação a Judas (Mt 27.3). outra palavra (na sua forma verbal ou substantiva) exprime uma mudança de idéias, que se manifesta numa mudança de vida e de propósitos. É a palavra usada na pregação de Jesus (Mt 4.17, etc.), na dos Apóstolos (At 2.38 – 5.31, etc.), nas Epístolas (Rm 2.4, etc.), e no Apocalipse (2.5, etc.).
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arribação
Partida
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arrieiro
Condutor de bestas de carga
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arrimo
Amparo; proteção
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arrojada
Audaz, denodado, destemido, valente, valoroso
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arrojar
Ousadia; atrevimento
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arruda
Pequeno arbusto, de sessenta a noventa centímetros de altura, com folhas peque-as e flores amarelas. o seu aroma é demasiadamente ativo para os ocidentais, mas era apreciado dos antigos. A arruda foi, antigamente, usada como condimento, e também para fins medicinais (Lc 11.42).
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arsa
hebraico: terra, delícia
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artaxerxes
o grande rei. Nos livros deEsdras e Neemias, o nome de Artaxerxes parece pertencer a dois reis da Pérsia: (1) o Artaxerxes de Esdras 4, que mandou suspender as obras do templo, é de vários modos identificado com Cambises, o pseudo-Smeredis ou Xerxes – (2) e o monarca posterior a quem se refere Esdras 7 e Ne 2.1, 5.14, 13.6, o qual permitiu e favoreceu a reedificação das muralhas de Jerusalém. A identificação, porém, do primeiro Artaxerxes é difícil, porque as inscrições refutam a teoria de que Artaxerxes era título real, e não simplesmente um nome. Já é geralmente aceita a opinião de que há referência apenas a um Artaxerxes, estando, por conseqüência, fora de lugar a parte de Esdras 4.6 a 27. Deve, provavelmente, ser identificado com Artaxerxes 1º, o Longímano, que reinou de 464 a 425 a.C.
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artemas
grego: presente de Artêmia
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artemis
grego: deusa grega (chamada Diana pelos romanos): deusa da luz e da caça
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artifício
Habilidade, perspicácia.
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arubote
pátio
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aruma
elevação
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arvade
lugar de fugitivo
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arvorar
Erguer; erigir
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árvore
Em quase todos os países há certas árvores tidas como sagradas, e a Palestina não faz exceção. Não é raro ver ali árvores a que estão presos alguns pedaços de pano, como sinal da oração que aí foi feita por certos adoradores, pois se pensa que elas possuem uma sagrada virtude para afastar doenças. Esta reverência recua a tempos remotíssimos, muito antes dos patriarcas, e explica alguns casos em que se faz especial menção das árvores. o aserá (*veja Bosque), que é um tronco ou poste, não é mais que a forma convencional de uma árvore, e como tal se acha em conexão com um falso culto.
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arza
terra
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asa
Médico. 1. Filho de Abias e rei deJudá, que se distinguiu pela sua dedicação ao verdadeiro culto do SENHoR e pela sua ativíssima hostilidade à idolatria (1 Rs 15.9 a 24 – 2 Cr 15.1 a 19). Sua avó Maaca prestava culto a certo ídolo num bosque, mas Asa queimou esse símbolo religioso, e mandou lançar as suas cinzas no ribeiro de Cedrom, despojando depois Maaca da sua dignidade de rainha-mãe. Asa fortificou cidades na fronteira e levantou um grande exército, com o qual derrotou inteiramente o invasor Zerá. Voltando a Jerusalém, convocou uma grande assembléia, na qual foi renovado, com impressiva solenidade, o concerto de buscar a nação o Senhor Deus de israel (2 Cr 15). Aliando-se com Ben-Hadade, rei de Damasco, Asa obrigou Baasa, rei de israel, a abandonar o seu projeto de fortificar Ramá, e firmou as fortalezas de Geba e Mispa em Benjamim com a intenção de evitar a emigração de Judá, ou a imigração para este reino. Asa morreu, muito estimado e honrado pelo seu povo, no ano quarenta e um do seu reinado. 2. *veja 1 Cr 9.16.
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asael
Deus o fez. 1. Filho mais novo de Zeruia, irmã de Davi, afamado como corredor. Foi um dos trinta valentes de Davi, dando-lhe este rei um comando no exército (2 Sm 23.24 e 1 Cr 27.7). Quando combatia sob as ordens do seu irmão Joabe em Gibeom contra o exército de is-Bosete, ele perseguiu Abner, que, depois de lhe pedir que o deixasse, foi obrigado a matá-lo em defesa própria (2 Sm 2.18). 2. Um levita, a quem Josafá mandou ensinar a lei ao povo em Judá (2 Cr 17.8). 3. Um levita, que por mandado do rei Ezequias tinha a seu cargo as ofertas, os dízimos e as coisas consagradas (2 Cr 31.13). 4. o pai de um agente empregado por Esdras (Ed 10.15).
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asaf
Deus foi benevolente (para mim)
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asafe
Cobrador. 1. Levita, um dos principais músicos de Davi, e a quem o rei nomeou para ‘dirigir o canto na casa do Senhor’ (1 Cr 6.31, 39). Asafe era, também, ‘vidente’ (2 Cr 29.30), e são-lhe atribuídos doze salmos, todos eles de caráter profético (Sl 50,73 a 83). os seus descendentes ou partidários, os ‘filhos de Asafe’, tomaram parte na purificação do templo e na celebração daquele acontecimento (2 Cr 29.13 a 30,35.15). 2. Antepassados de Joá, chanceler de Ezequias (2 Rs 18.18 – is 36.3 a 22). 3. oficial do rei da Pérsia, guarda das florestas reais em Judá (Ne 2.S). 4. Levita mencionado em 1 Cr 9.15 – Ne 11.17).
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asaias
o SENHoR o criou. l. o oficial a quem, juntamente com outros, o rei Josias mandou procurar informação divina a respeito do Livro da Lei, que Hilquias tinha achado no templo (2 Rs 22.12 a 14 e 2 Cr 34.20). 2. Príncipe simeonita, no reinado de Ezequias, o qual expulsou de Gedor os pastores de Cão (1 Cr 4. 36). 3. Levita, no reinado de Davi, da família de Merari (1 Cr 6.30). Ele auxiliou a levar a arca, desde a casa de obede-Edom até Jerusalém (1 Cr 15.6). 4. o primogênito da ‘silonita’, segundo 1 Cr 9.5, o qual com a sua família voltou de Babilônia a Jerusalém. Em Ne 11.5 chama-se Maaséias.
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asalias
hebraico: Deus tem perdoado
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asaradom
persa: dom do fogo
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asaramel
hebraico: príncipe do povo de Deus
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asareel
o que Deus tem ligado por um voto
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asarel
hebraico: Jeová limitou
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asarela
hebraico: reto com Deus
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asariel
meu D’us luta
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asarmote
hebraico: aldeia da morte
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asasontomar
hebraico: fonte de cabrito
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asbai
hebraico: desprezo
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asbéia
juro
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asbel
opinião de Deus
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ascalom
Uma das cinco cidades dos senhores dos filisteus (Js 13.3 – 1 Sm 6.17). Estava situada à borda do mar Mediterrâneo (Jr 47.7). o sítio ainda conserva o antigo nome. Sansão desceu de Timna para Ascalom, onde ele matou trinta homens, despojando-os do que tinham. Era uma cidade afastada, e muito menos notável nas Escrituras do que as outras principais cidades da Filístia. No tempo de orígines viam-se alguns poços de notável configuração perto da cidade, os quais se julgou serem os cavados por isaque, ou de qualquer modo pertencentes à época patriarcal. Ascalom teve parte notável nas lutas dos Cruzados: dentro dos seus muros, ainda firmes, estabeleceu Ricardo Coração de Leão a sua corte. Echalota é uma planta com o cheiro e sabor do alho, a qual existia por aqueles sítios de Ascalom, donde deriva a palavra.
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ascaradom
persa: dom do fogo
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ascensão
Subida de Jesus ressuscitado ao céu em corpo e alma. Embora falemos com uma linguagem de localização, não se trata propriamente de mudanças de lugar, mas de mudanças no modo de ser. Na realidade, a ascensão coincide com a ressurreição. Cristo passa à nova dimensão do existir, sem limitação das leis do tempo e do espaço. Vive junto do Pai em estado glorioso.
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ascetismo
Moral que desvaloriza os aspectos corpóreos e sensíveis do homem.
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ascode
hebraico: lugar fortificado ou fortaleza
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asdobe
praça fortificada
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asdode
Fortaleza, castelo. Cidade bem fortificada, dominando a planície da Filístia. Está situada no cimo de um monte, e domina a entrada da Palestina, para quem vai do Egito, devendo a este fato a sua grande importância histórica. Asdode foi, também, a sede principal do culto de Dagom. Acha-se quase 50 km. distante da fronteira meridional da Palestina, cinco do mar Mediterrâneo, e, aproximadamente, a meio caminho entre Gaza e Jope. Ainda que coubesse à tribo de Judá, nunca foi conquistada pelos israelitas (Js 15.47). Mas é mencionada como ponto de ofensivas operações contra eles. Quando o rei Uzias derrubou a muralha da cidade, estabeleceu redutos sobre os montes adjacentes a fim de estar a salvo contra futuros ataques (2 Cr 26.6). Ainda no tempo de Neemias conservava as suas características de raça e de linguagem (Ne 13.23,24). A única referência que se faz no N. T. a este lugar está em relação com a viagem de Filipe, que voltava de Gaza (At 8.40). Hoje é uma insignificante povoação, com o nome de Esdud, sem padrões alguns da sua antiga importância.
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asdode-pisea
hebraico: lugar fortificado de divisão
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asel
hebraico: nobre
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asena
hebraico: forte, durável
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asenate
hebraico: que pertence a deusa Neith
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aser
Feliz. oitavo filho de Jacó nascido de Zilpa, serva de Lia (Gn 30.13). o território que coube aos descendentes de Aser ficava no litoral da Palestina desde o monte Carmelo até Sidom. Continha alguns dos mais belos terrenos da Terra Santa, e na sua natureza produtora manifestava as bênçãos que tinham sido conferidas a Aser por Jacó e Moisés (Gn 49.20 – Dt 33.24,25). Havia ali o azeite em que ele havia de banhar o seu pé, o pão em abundância, e os deliciosos manjares para sua satisfação – e, também, nas manufaturas metálicas dos fenícios, estavam o ferro e o metal para o seu calçado. A Fenícia estava já, naquele primitivo período, em completo vigor, e Aser contentava-se em participar das suas riquezas, habitando entre os seus habitantes, sem tentar a sua conquista e extermínio, prescritos a respeito de todos os cananeus (Jz 1.31,32 – 5.17). Na contagem dos israelitas no Sinai, era mais numerosa a tribo de Aser do que a de Efraim, Manassés, ou Benjamim (Nm 1.32 a 41) – mas, no reinado de Davi, tão insignificante se tinha tornado a tribo que o seu nome é inteiramente omitido na lista dos principais chefes (1 Cr 27.16 a 22). À exceção de Simeão, é Aser aquela tribo a oeste do Jordão, que não deu à nação qualquer herói ou juiz. Todavia, Ana que servia a Deus com jejum e orações, de dia e de noite, no templo (Lc 2.36 a 38) era filha de Fanuel, da tribo de Aser.
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asera
deusa dos tiros
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aserim
deusa cananéia da fertilidade
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aserote
deusa cananéia da fertilidade
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asfenaz
persa: veloz, focinho de cavalo
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ashã
fumaça- fumo
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ashkenazi
Termo utilizado para designar os judeus nascidos na Europa Ocidental.
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ashkenazita
Judeu de origem ashkenazi.
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ásia
Província romana, que compreendiaapõe-nas a parte ocidental do que hoje é conhecido com o nome de península da Ásia Menor, e da qual era Éfeso a capital. Esta província teve a sua origem na doação de Atalo, rei de Pérgamo, ou rei da Ásia, que em testamento legou à república romana os seus domínios hereditários, a oeste da península (133 a.C.). A fronteira foi um tanto alterada, vindo a Ásia a constituir a província, que no tempo de Augusto era governada por um procônsul. Continha muitas cidades importantes, entre as quais estavam as sete igrejas do Apocalipse. os ‘príncipes da Ásia’ (At 19.31), ou asiarcas, eram oficiais da província, encarregados de dirigir os jogos públicos e as festividades religiosas. Não se sabe se este cargo era anual ou conservado por quatro anos.
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ásia: lamacento
pantanoso
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asiarca
grego: chefe da Ásia
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asias
hebraico: feito por Jeová
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asiel
hebraico: Deus fez
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asiia
hebraico: Jeová tem perdoado
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asila
hebraico: Jeová tem perdoado
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asima
Era um deus adorado pelo povo deHamate. o respectivo culto foi introduzido na Samaria pelos colonos de Hamate, a quem o rei da Assíria estabeleceu naquela terra (2 Rs 17.30).
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asíncrito
incomparável
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asiongaber
hebraico: espinha dorsal do homem
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asir
prisioneiro
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asírios
Semitas, descendentes de Assur, um dos filhos de Sem. Estabeleceram-se no curso médio do rio Tigre, na Mesopotâmia. Eram um povo guerreiro, que herdou a cultura hurrita e suméria e fundou um grande império no séc. VII aC, destruído pelos medos e babilônios em 605 a. C. Foram eles que destruíram o reino de Israel (722 aC) e exilaram sua população.
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asmavete
hebraico: a morte é forte
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asmodeu
hebraico: perder
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asmoneu
hebraico: opulento
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asmos
Sem fermento
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asmos / ázimos
São pães sem fermento que se comia na semana da Páscoa. A festa dos Asmos celebrava-se no princípio da colheita da cevada e do trigo.
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asmos ou ázimos
Sem fermento
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asná
forte, poderoso
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asnapar
persa: veloz
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asot
hebraico: feito, o gozo do prêmio
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aspata
persa: cavalo
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aspenaz
persa: focinho de cavalo
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aspergir
Respingar
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aspergir / espargir
Espalhar em borrifos um líquido.
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áspide
Esta palavra encontra-se em diversas passagens, como Jó 20.14, 16, ‘veneno de áspides sorveu’ – is 11.8, ‘A criança de peito brincará sobre a toca da áspide’. No Sl 58.4, ‘como a víbora surda que tapa os ouvidos’, víbora é a tradução da palavra hebraica queem outros lugares se acha vertida para áspide. o réptil de que se trata é o que se conhece pelo nome de cobra vendada do Egito. Acha-se, geralmente, nos terrenos mais ermos da Palestina, ainda que seja vulgar ao sul de Berseba. Vive em buracos de rochas e de muros velhos. Esta cobra é muito sensível à arte do encantador, mas há algumas que afrontam todas as tentativas para acalmá-las, e chamam-se ‘surdas’ (Sl 58.4), embora ouçam bem. É verdade que as serpentes não têm grande sensação de som – somente notas agudas e penetrantes como as da flauta é que podem produzir sobre elas alguma impressão.
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asquelon
persa: migração ou cavalo
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asquenas
persa: assim espalha fogo
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asriel
voto de Deus
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assarela
reto para com Deus
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assaz
Bastante; suficiente
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asse
Moeda romana de cobre, equivalia a 1/16 do denário (Salário de um dia de um trabalhador braçal)
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assediar
Importunar insistindo
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assembléia
congregação
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assentar
Basear-se, Firmar-se, Fundar-se, Fundamentar-se.
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assento
duas pedras
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assertiva
Proposição afirmativa.
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asseveração
Afirmação
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asseverar
Dar por certo; atestar
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assima
hebraico: cabra pelada
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assinalar
Distinguir, ilustrar, marcar.
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assir
Prisioneiro. Freqüente nome na família de Coré. 1. Filho de Coré (Êx 6.24 – 1 Cr 6.22). 2. Filho de Ebiasafe, filho de Coré (1 Cr 6.37). 3. Filho de Ebiasafe, filho de Elcana, sendo, deste modo, Assir sobrinho de Samuel (1 Cr 6.23).
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assiria
grega: uma modificação de Assur, planície
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assiria, assur
Assur era um dos netos de Noé (Gn 10.11,22), a quem a idolatria dos últimos tempos tinha elevado à posição de um deus. os assírios chamam muitas vezes ao seu país ‘a terra do deus Assur’ – nos tempos primitivos a capital do império era Assur (Kileh-Shergat), e é provável que o nome de Assíria derivasse desta cidade. País e Povo. Na geografia antiga, Assíria era um país situado ao oriente do rio Tigre, limitada ao norte pela Armênia, a leste pela Média, e ao sul pela Susiana e Caldéia. A região é atravessada por vários rios, sendo o principal o Tigre (*veja Hidéquel). os territórios ao norte e ao sul eram montanhosos, ainda que nada impróprios para pastagens, produzindo também frutas, trigo e algodão. Foi para estas montanhas que Salmaneser mandou como colonos os habitantes de Efraim e Galiléia, quando ele se apoderou das dez tribos (2 Rs 17). Agora são, em parte, povoadas pelos nestorianos, cujos antepassados abraçaram o Cristianismo. o povo acha-se mergulhado numa rude e supersticiosa ignorância. Assur foi, primitivamente, o nome, não de um país, mas de uma cidade fundada em tempos remotos nas margens do Tigre – mais tarde o país circunjacente recebeu essa denominação. Foi edificada por um povo de raça semelhante à dos modernos turcos, sendo mais tarde conquistada pelos assírios semíticos, gente ligada pelo sangue e linguagem aos hebreus e árabes. o nome que, primitivamente, significava ‘limite de água’, foi ligeiramente mudado pelos assírios, tomando a forma de uma palavra que, na Assíria, quer dizer ‘gracioso’. E assim tornou-se Assur uma personificação divina do poder e constituição da Assíria. Assur (Kileh-Sherghat) não foi sempre a capital, sendo mudada a sede do governo para Nínive, Calá e Dur-Sargin, que na atualidade são respectivamente conhecidas pelos nomes de Konyurgik, Nimrud, e Khorsabad. Em vez de Dur-Sargin, o livro do Gênesis menciona Resém ‘entre Nínive e Calá’ (Gn 10.12). Destas cidades é Nínive, pelo menos, tão antiga como Assur. Assíria só começou a levantar-se quando a monarquia babilônica já se ia tornando velha. Antes disso, o país tinha o nome de Gútio (Curdistão), o qual tem sido identificado com o de Goim, ou ‘nações’, a que se refere Gn 14.1, e das quais foi Tidal o rei. Parece ter havido tempo em que os príncipes de Assur eram meros governadores, nomeados pelos imperadores de Babilônia, visto como os mais antigos de que temos conhecimento se chamavam a si mesmos vice-reis e não reis. os primeiros possuidores desta terra, geralmente denominados acadianos, foram os que inventaram o sistema cuneiforme de escrever, e fundaram as principais cidades da Babilônia, sendo, também, os construtores dos mais antigos monumentos babilônicos que se conhecem. (*veja Babilônia.) Embora os invasores semitas tenham subjugado o povo da Acádia, este, contudo, sobreviveu por muito tempo na sua língua, que, ocupando o mesmo lugar que a latina na Europa, era geralmente conhecida dos babilônios educados. os babilônios eram agricultores, mas os assírios eram um povo militar e comercial, simples nos seus costumes, mas cruéis e ferozes, empalando e queimando vivos os habitantes das cidades conquistadas. Constituíam um poder realmente militar, mas destruída a sua grande fortaleza de Nínive, a própria nação se extinguiu (*veja Nínive). ‘Resumo histórico’. Pouco sabemos dos primeiros chefes da Assíria, exceto os seus nomes, sendo Bel-Capcapi o seu primeiro rei, e já não vice-rei (séc. 16 a.C.). Por alguns séculos ocupa-se a História das lutas que o povo assírio teve de sustentar com a Babilônia. Rimom-Hirari i (1320 a. C.) deixou inscrições nas quais vêm mencionadas as suas guerras. Seu filho fundou a cidade de Calá, e seis gerações dos seus descendentes se sentaram no trono da Assíria. Veio depois Tiglate-Pileser ii, fundador do primeiro império assírio, estendendo os seus limites desde a Cilícia, para o ocidente, até o Curdistão ao oriente. Quando este conquistador alcançou o mar Mediterrâneo, depois de ter subjugado os heteus, simbolizou essa conquista do mar por meio de um navio em que ele navegava, matando um delfim. Embelezou Nínive, e no ano de 1130 sitiou a cidade de Babilônia, tomando-a. (*veja Tiglate-Pileser.) Mas as conquistas de Tiglate-Pileser foram-se perdendo nos reinados seguintes, durante os quais se levantou e se alargou o reino de Davi e Salomão. Todavia, nos anos 911 a 858 a.C., o império da Assíria mais uma vez reviveu, tornando-se notáveis as jornadas dos monarcas conquistadores pelas horríveis barbaridades praticadas, tais como empalações e pirâmides de cabeças humanas. os exércitos de Assur-Natsirpal invadiram a Armênia, Mesopotâmia, Hindustão, Babilônia, Fenícia, ao passo que os de Salmaneser ii, o que submeteu oséias, estenderam mais os limites da nação, marcando o auge do poderio assírio. Num dos monumentos deste rei estão traçadas as figuras dos portadores de tributos de ‘Jeú, filho de onri’. Para se defenderem contra Salmaneser ii, os reis dos povos vizinhos formaram uma confederação. Entre estes acha-se mencionado ‘Acabe de israel’, que forneceu para a guerra 2.000 carros e 10.000 homens de infantaria. (*veja Acabe, Ben-Hadade ii.) Doze anos mais tarde, quando Hazael, rei da Síria, ocupava o trono de Damasco, marchou contra ele Salmaneser, sitiando esta cidade. Foi nesta conjuntura que Jeú se apresentou com ofertas de tributos e de submissão. (*veja Jeú.) A revolta de vinte e sete cidades, incluindo Nínive e Assur, obrigou Salmaneser ii a conservar-se na sua nação, bem como seu filho e sucessor. Mas Rimom-Nirari iii (810 a 781 a. C.) compeliu os fenícios, os israelitas, os edomitas e os filisteus a pagarem-lhe tributo. Desde esta ocasião decaiu esta potência até que, no ano de 745 a.C., Pul se apoderou da coroa, tomando o nome de Tiglate-Pileser iV – e assim foi fundado o segundo império da Assíria. (*veja Pul.) Este monarca fortaleceu grandemente a Assíria e inaugurou uma política de extensão e consolidação, que foi sustentada com êxito pelos seus sucessores. Era tal o terror que o seu nome infundia, que os reis de países pequenos, como Eniel de Hamate, Uzias de Judá, Rezim da Síria,
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assobiar
o ato de chamar alguém por meio de assobio significava poder e autoridade (is 5.26 – 7.18). Quando Zacarias fala da volta do cativeiro, diz que o Senhor assobiará para juntar a casa de Judá, e trazer os judeus ao seu próprio pais. A palavra ‘assobiar’, ou o som, significava geralmente insulto e desprezo (1 Rs 9.8 – Jó 27.23 – Jr 19.8 – 49.17 – 51.37 – Lm 2.15 – Ez 27.36 – Sf 2.15).
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assom
hebraico: forte
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assôs
Cidade e porto de mar da província romana da Ásia, no território chamado antigamente Mísia. Ficava situada no golfo do Adramítio, à distância de onze quilômetros mais ou menos da costa fronteira de Lesbos, perto de Metimna. A estrada romana, que liga as cidades da parte central da província com Alexandria e Trôade passava por Assôs, sendo a distância entre os dois últimos lugares de 32 km. aproximadamente. Estes pontos geográficos esclarecem a rápida passagem de S. Paulo pela cidade, como se acha mencionada em At 20.13,14. Existem, ainda, muitas ruinas da antiga cidade, incluindo a cidadela, donde se divisa uma paisagem surpreendente. A Rua dos Túmulos, que vai até à Porta Grande, é outro notabilíssimo ponto. Este lugar, outrora importante, é hoje uma pequena vila, Bairam Kalessi (*veja Trôade).
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assueiro
rei leão
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assuero
1. Pai de Dario, o Medo (Dn 9.1). 2. Assuero, rei da Pérsia, acha-se mencionado em Ed 4.6. Depois da morte de Ciro, os inimigos dos judeus, desejando embargar a reedificação da cidade de Jerusalém, fizeram a Assuero acusações contra eles. Pode ser identificado com o do número seguinte. 3. o Assuero do livro de Ester deve ser o mesmo que Xerxes, filho de Dario Histaspes, mais bem conhecido pela sua derrota na batalha de Salamina, quando invadiu a Grécia, 480 anos antes de Cristo. Ele divorciou-se da rainha Vasti, em virtude de ela recusar-se a aparecer em público num banquete, e quatro anos mais tarde casou-se com a judia Ester, prima e pupila de Mordecai. (*veja Ester.)
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assur
plano
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assurim
poderoso
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astade
hebraico: espinheiro
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astarote
Estrela, o planeta Vênus. A principal divindade feminina dos fenícios, como Baal era o principal dos deuses. Assim como Baal foi identificado com o Sol, assim Astarote, ou Astarte, com os seus crescentes, o era com a Lua, simbolizada pela vaca. o culto desta deusa veio dos caldeus para os cananeus. Era a deusa do poder produtivo, do amor, e da guerra. Entre os filisteus o seu culto era acompanhado de grande licenciosidade, em que os bosques representavam uma proeminente parte. As pombas eram-lhe consagradas. (*veja Bosque.)
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asterote
uma esposa
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asterote-carnain
hebraico: deusa de carnain, o mesmo que hoba
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asterpte
hebraico: união
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astrólogo
o fato de predizer o futuro pelos aspectos, influências e posições dos corpos celestes, esteve muito em voga entre o povo da antigüidade, excetuando-se, talvez, os hebreus. A palavra astrólogo é derivada das palavras gregas aster (estrela) e logos (discurso ou palavra). Embora houvesse muita velhacaria e charlatanismo entre os astrólogos, especialmente quando eles pretendiam prever os acontecimentos futuros pela observação das estreei-las (que eles supunham exercer influência sobre os negócios dos homens), transmitiram, contudo, às gerações posteriores conhecimentos muito úteis, e foram os fundadores da moderna ciência da Astronomia. A prova de que se fez tentativa em tempos remotíssimos para regular o ano, segundo o movimento anual do Sol, acha-se no fato de serem os meses judaicos divididos em trinta dias cada um (Gn 7.11 – 8.4). os egípcios, babilônios e fenícios manifestaram grande superioridade na ciência astronômica. Somos informados de que havia mágicos e encantadores no Egito (Êx 7.11 – Lv 19.31 – 20.27 – Dt 18.20), que calcularam os eclipses do Sol e da Lua, e fingiam perante o povo ter produzido aqueles fenômenos por meio dos seus encantamentos. Algumas das constelações são mencionadas em Jó (9.9 – 38.31,32) – em is (13.10), em Am (5.8) – e em 2 Rs (23.5). Não é, de forma alguma, para admirar que os hebreus não tivessem prestado grande atenção à Astronomia, visto que o estudo da astrologia, a que se dava alta importância entre os pagãos, lhes era proibido (Lv 20.27 – Dt 18.10 – is 47.9 – Jr 27.9 – Dn 2.13,48). Na verdade, Daniel estudou a arte da astrologia em Babilônia, mas não a praticava (Dn 1.20 – 2.2). os astrólogos (certamente os magos do cap. 2 de Mt) dividiam os céus em repartimentos ou habitações, atribuindo a cada uma das divisões um governador ou presidente. Este fato pode, talvez, explicar a origem da palavra Belzebu, ou o senhor das habitações celestes (Mt 10.25 – 12.24 a 27 – Mc 3.22 – Lc 11.15 a 19). (*veja Magoa, Feiticeiros.)
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astúcia
Habilidade em enganar; artimanha, ardil, malícia, sagacidade.
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asur
preto negrume
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asvate
feito, trabalhado
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atace
lugar de alojamento
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atade
hebraico: Espinheiro
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atai
hebraico: oportuno
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ataias
o Senhor é ajudador
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ataide
O pai que luta
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atalaia
Guarda; ponto alto de onde se vigia; vigia
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atalia
Jah é grande. 1. Filha de Acabee Jezabel, a qual casou com Jeorão, filho de Josafá, rei de Judá, e introduziu nas terras do sul o culto de Baal, que já estava espalhado pelo reino de israel. Depois da subida de Jeú ao trono de Samaria, ela matou todos os membros, menos um, da família real de Judá, que tinham escapado ao morticínio do rei de israel (2 Rs 10.14). o que foi salvo era uma criança, de nome Joás, filho mais novo de Acazias, tendo sido a sua tia Jeoseba quem o escondeu. Esta era filha do rei Jorão, e mulher do sacerdote Joiada (2Cr 22.11) – e foram estes que cuidaram do pequeno príncipe, ocultando-o no templo pelo espaço de seis anos, durante os quais reinou Atalia sobre Judá. Mas no fim deste tempo apresentou Joiada ao povo o seu legítimo rei, e ‘na casa do Senhor’ recebeu este as homenagens dos soldados da guarda. No sábado, uma terça parte das tropas manifestou a sua fidelidade ao rei no palácio, e os restantes dois terços contiveram a multidão dos visitantes e adoradores, que acorreram ao templo. Atalia, que não prestava o seu culto na casa do Senhor, reconheceu que estava em perigo, ao ouvir as vozes do povo e a música na exaltação do seu neto ao trono. Ela chegou já tarde ao templo, e imediatamente a retiraram dali por mandado de Joiada, que disse: ‘Não a matem na casa do Senhor’ (2 Rs 11). Foi morta à entrada da casa do rei. 2. Um benjamita, filho de Jeroão (1 Cr 8.26). 3. o pai de Jesaias (Ed 8.7).
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atanal
hebraico: galardão o mesmo que Eteni
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atap
oportuno
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ataque
hebraico: alojamento, pousada
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atara
hebraico: diadema
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atargatis
deusa síria
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atarote
coroa- ornamento
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atarote – bete – joabe
a coroa da casa de Joabe
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atarote-adar
hebraico: coroas de Adar ou de grandeza
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atarote-sofar
hebraico: coroas de Sofar
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ataviou
Enfeitou; vestiu-se
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ateísmo
Doutrina dos que negam a existência de Deus.
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ateisticamente
De modo ateu, que acredita que não há Deus.
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atenas
A mais afamada cidade da antigaGrécia. S. Paulo visitou-a quando vinha da Macedônia, e parece ter ficado ali por algum tempo (At 17). No tempo deste Apóstolo era Atenas uma cidade livre, isto é, isenta de pagar tributos, fazendo parte da província romana de Acaia. Durante a sua permanência, proferiu S. Paulo aquele seu memorável discurso no Areópago perante os filósofos atenienses. A observação do historiador sagrado, respeitante ao caráter inquiridor dos atenienses (At 17.21), é justificada por muitos outros escritores. Demóstenes, o célebre orador ateniense, censura os seus conterrâneos por esse costume de constantemente andarem pelo mercado, perguntando uns aos outros: Que notícias há ? A sua natural vivacidade devia-se, em parte, à pureza e claridade da atmosfera, o que lhes permitia passar uma boa parte do tempo ao ar livre. o povo, como nota São Paulo, era algum tanto supersticioso – e na cidade, em todas as direções, havia grande número de templos, altares, e outras construções sagradas. S. Paulo disputou com os judeus numa sinagoga da cidade (At 17.17). No N.T. não há qualquer referência à igreja cristã, fundada pelo Apóstolo – mas, segundo a tradição, Dionísio, areopagita, que se converteu pela pregação de S.Paulo, foi o primeiro bispo da igreja.
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ater
aromático incensado
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aterrador
Que aterroriza; pavoroso, aterrador, aterrorizante.
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aterrar
Aterrorizar
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aterrorizador
Que aterroriza; pavoroso, aterrador, aterrorizante.
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atinar
Acertar
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atirar
Arremessar, Lançar, Disparar, Jogar, Proferir, de súbito e com violência.
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atlai
O Senhor é forte
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atônito
Confuso; perturbado; tonto
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atos dos apóstolos
Título e Plano. o titulo do livro nos mais antigos MSS é simplesmente Atos, ou ‘Atos dos Apóstolos’. Esta indeterminação é própria da natureza seletiva dos fatos narrados. As primeiras palavras estabelecem a ligação entre o que se lê no Evangelho e o que o livro dos Atos expõe. Não se sabe se a expressão ‘todas as coisas que Jesus fez e ensinou’ quer significar que a intenção do autor era escrever uma continuação da obra de Jesus realizada por meio dos apóstolos. Talvez a frase signifique, na sua simplicidade, ‘o que fez Jesus primeiramente’, sendo a obra dos apóstolos que ele tinha escolhido, distinta da de Jesus. o tema dos Atos vem apontado em 1.8: ‘Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.’ Este plano, irregularmente traçado, facilmente se reconhece na estrutura da obra. Ao milagre de Pentecoste segue-se o testemunho dos apóstolos e o aumento da igreja, nas três fases – Jerusalém (caps. 2 a 7), Judéia e Samaria (caps. 8 a 12), e até aos confins da terra (caps. 13 a 28). o progresso exterior da igreja acompanha o crescimento interior, especialmente na gradual emancipação do Judaísmo. A terceira fase acha-se quase inteiramente identificada com os trabalhos de S.Paulo. o autor. o testemunho externo desde ireneu é unânime em atribuir a Lucas tanto os Atos como o terceiro Evangelho. É universalmente admitido que a primeira pessoa ‘nós’, no cap. 16, v. 10, significa que as linhas descritivas da viagem são traçadas por um companheiro de Paulo. A única explicação razoável é que em Trôade o autor se juntou a Paulo, acompanhou-o até Filipos, ficando nesta cidade durante a sua ausência, e daí para o futuro andou sempre com o Apóstolo até que este chegou a Roma. Fontes. o ‘documento de viagem’ se nos mostra como sendo as próprias notas de Lucas, completadas com casos de memória e naturais investigações. E com respeito às outras partes do livro podemos supor que Lucas seguiu o método indicado em Lc 1.1 a 4. Devia ter aproveitado com maior descanso a companhia de Paulo em Cesaréia, em Malta, e em Roma, onde, talvez, encontrasse mais tarde o Apóstolo S. Pedro. Tenha havido tal encontro, ou não, é certo que Marcos ‘o intérprete de Pedro’ esteve com ele em Roma (Cl 4.10 – 4.14 – Fm 24) – e podia, sem dúvida, fornecer-lhe boas informações acerca dos primitivos acontecimentos em Jerusalém, dos quais foi centro a casa que sua mãe habitava. Em Cesaréia permaneceu Lucas com Filipe, o evangelista (21.8), e em Jerusalém encontrou-se com Tiago e os anciãos (21.18). Data. As últimas palavras (28.30,31) permitem-nos dizer que a história dos Atos vai até ao ano 62. Têm alguns sustentado que a maneira abrupta como termina o livro indica o limite do conhecimento do escritor, sendo provável que fosse escrito cerca do ano 63. É muito pouco provável que o Evangelho de Lucas fosse escrito antes do ano 70, e o livro dos Atos é posterior. Estas e outras leves indicações de caráter externo e interno, levam-nos a fixar o ano 80, pouco mais ou menos, como sendo a mais provável data. Valor histórico. A impressão geral que recebemos na leitura do livro é a de ser uma narrativa verdadeira, feita por um historiador consciencioso, guiado pelo Espírito Santo. Já, em 1790, Paley traçou no seu livro, Horae Paulinae, ‘as coincidências naturais’ entre os Atos e as epístolas paulinas com argumentos que ainda de forma alguma perderam o seu valor. A suma do que trata o livro é como se segue: i. A primeira parte da história, consagrada inteiramente à igreja de Jerusalém, narra o preenchimento do corpo apostólico (1): a primeira manifestação do Espírito Santo, segundo a promessa (2) e o aumento e prosperidade da igreja, entre amarguras e perturbações de dentro e de fora, até à perseguição e dispersão dos seus membros (3 a 7). Neste período é dada especial proeminência aos primeiros discursos de Pedro, que apresenta o Evangelho como o cumprimento das profecias e a realização completa do ‘pacto feito com os pais’ – e à oração histórica de Estêvão, mostrando que o tratamento da parte de Deus com o antigo povo de israel era progressivo, e que a relação do privilégio religioso com o lugar e circunstâncias exteriores era apenas temporária. ii. Segue-se uma narração sobre o progresso da obra evangelizadora, sendo levado o Evangelho a Samaria, e convertido um prosélito da Etiópia (8) – depois disto, como introdução à história missionária da igreja, dá-se a conversão e a chamada daquele que havia de ser ‘o Apóstolo dos gentios’ (9) – abre-se a porta da fé em Cesaréia aos incircuncisos pela pregação de S.Pedro, e começa a evangelização dos pagãos em Antioquia, onde Paulo exerce primeiramente a sua especial missão (10,11) – e, finalmente, a morte de um e o livramento de outro dos dirigentes da igreja-mãe de Jerusalém, que deixa de ser então o principal assunto da história (12). iii. A terceira parte, que começa com a obra de Antioquia, o grande centro da igreja gentílica, marca outra interposição do Espírito Santo, narrando as viagens de S.Paulo, constituindo elas três grandes circuitos missionários. o Apóstolo, em cada lugar onde evangeliza, dirige-se primeiramente aos judeus, mas é rejeitado e perseguido por eles, ao passo que os gentios acodem a ouvir a Palavra, de forma que numerosas igrejas se fundaram pelo seu ministério nas principais cidades da civilização pagã (13 a 20). Por fim, quando visita Jerusalém em circunstâncias especiais para conciliar os seus compatriotas, ele é atacado, preso, e depois de uma notável série de falas, em que se defende a si próprio e às suas doutrinas, é mandado para a capital do mundo gentílico a fim de ser julgado no tribunal de César. Já em Roma, ele mais uma vez apela para os seus compatriotas, e lembra-lhes a antiga lamentação profética sobre a sua obstinada cegueira, e declara-lhes que a ‘salvação de Deus foi enviada aos gentios. E eles a ouvirão’ (21 a 28). Alguns dos seus numerosos discursos, proferidos nas viagens missionárias, são amostras de argumentação na maneira de dirigir-se a diversas classes de ou
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atributo
Aquilo que é próprio de um ser.
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átrio
Pátio interno de acesso a um edifício
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atrote
hebraico: coroas
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atrote-bete-joabe
hebraico: coroas de casa de Joabe
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atrote-sofã
Cidade de Gade (Nm 32.35)
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atulhado
Cheio completamente
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audível
Que se ouve, que se pode ouvir.
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aumai
morador próximo da água
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aurea
Aquela que é dourada, de ouro
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áureo
Da cor do ouro; brilhante; magnífico
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ausate
hebraico: possessão
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auspicioso
De bom augúrio; prometedor.
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autêntico
Verdadeiro, legítimo, que não deixa dúvidas.
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autocomiseração
Capacidade de ter piedade, pena, ou compaixão de si mesmo.
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auzam
hebraico: a sua possessão
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auzão
sua possessão
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auzate
possessão
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av
Também chamado Menachem Av; quinto mês do calendário judaico (contando a partir do mês de Nissan).
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ava
hebraico: religião, virando
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avarento
Apego excessivo ao dinheiro; mesquinhez; sovinice.
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avareza
Apego doentio ao dinheiro
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ávedez
Desejar ardentemente
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avem
hebraico: vácuo, nonada, ídolo
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aven
vaidades
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aversão
Repulsa; antipatia; forte
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aves
As aves achavam-se divididas em animais limpos e imundos na Lei de Moisés. As aves imundas, que por isso mesmo não podiam servir de alimento, eram aquelas que se alimentavam de carne, peixe e animais mortos. As que se alimentavam de insetos, de grãos e de fruta eram ‘animais limpos’. Esta classificação pode, facilmente, concordar com as idéias modernas sobre o assunto. outra cláusula da lei judaica proibia que se tirasse do ninho a ave-mãe, embora os seus filhinhos ou os seus ovos pudessem dali ser levados. Há várias referências aos hábitos das aves. Jeremias (8.7) fala da chegada da cegonha, do grou e da andorinha – e em Cantares de Salomão (2.11,12) o canto das aves e a voz da rola são anunciativos da primavera. Em Ec 12.4 acha-se esta expressão, ‘a voz das aves’: é a do rouxinol, que existe em grande número ao longo das margens do Jordão e na vizinhança do mar Morto. Canta muito bem, e é uma ave que facilmente se domestica. Tais aves são muito procuradas no oriente, e há uma referência a este costume em Jó (41.5): ‘Brincarás com ele, como se fora um passarinho?’ A grande maioria das aves que se encontram na Palestina, pertence à classe das aves de arribação. Nos lugares mais baixos do vale do Jordão acham-se aves subtropicais, que não se vêem nas regiões mais ao norte. Além destas, há umas quinze espécies peculiares à Palestina. As aves eram muito empregadas como alimento pelos habitantes da Terra Santa, e ainda o são hoje. Nos tempos primitivos eram elas apanhadas principalmente por meio de redes e armadilhas (Sl 124.7 – Pv 7.23) – mas atualmente são caçadas com a espingarda nos arrabaldes de Jerusalém. outro sistema de caçar aves, principalmente perdizes e abetardas, consiste em arremessar uma pequena vara. A uma caça deste gênero faz-se alusão em 1 Sm 26.20. Em uma única passagem menciona Bildade quatro diferentes métodos de apanhar aves (Jó 18.8 a 10). Aves marítimas e aves aquáticas são raras na Palestina – mas aves de presa, como abutres, açores, etc., são numerosas, e há muitas referências a elas na Bíblia. No livro de Deuteronômio (32.11) diz-se que Deus ensinou israel como a águia ensina os filhos. (*veja Águia.)
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avestruz
Em Jó (39.13 a 18) há uma vívida pintura da sua ostentação, e do modo como cruelmente e com estupidez trata os seus ovos e os filhos pequenos. É posto pela lei entre as aves imundas, e é considerado como criatura que habita na desolação do deserto (Lv 11.16 – Dt 14.15 – Jó 30.29 – is 13.21 – 34.13 – 43.20 – Jr 50.39 – Mq 1.8). Não é verdade que o avestruz oculte alguma vez a sua cabeça na areia, julgando-se então invisível. Desde tempos remotíssimos se conhecem os avestruzes, na Síria, na Arábia e na Mesopotâmia.
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aveus
Povo primitivo da Palestina. Habitava em vilas, ou em acampamentos nômades, ao sul de Sefela, grande planície ocidental, que vai até Gaza. Nestas ricas possessões foram os aveus atacados pelos invasores filisteus, ‘os caftorins, que saíram de Caftor’, sendo destruídos por estes, que habitaram aquelas terras em seu lugar (Dt 2.23). Fala-se da parte restante desse povo em Js 13.3, 4, como habitando ao sul dos filisteus. Tem sido identificado com os heveus.
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avidez
Desejo; desejar ardentemente
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aviltar
Tornar(-se) vil, abjeto, desprezível
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avim
vilas
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avite
ruínas
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avivamento
Quando falamos de avivamento ou despertamento, sempre vem à nossa mente a idéia de manifestações poderosas e visíveis do Senhor, sempre pensamos em Deus agindo de maneira grandiosa através do Seu Espírito Santo. Realmente, às vezes, o Senhor se revela de maneira poderosa e visível em nossas vidas. Mas isso nem sempre é assim. Às vezes, Deus também age de maneira diferente, e um despertamento pode se manifestar de maneira bem diversa.
Quando acontece isso? Quando Deus decide deixar um despertamento acontecer em pequena escala, dentro da vida de uma só pessoa.
Avivamento significa em primeiro lugar que os crentes mornos, cansados, despertem para uma nova vida espiritual e entrem outra vez em contato com “rios de água viva”. Ou expressando-o com uma passagem bíblica: “… a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus” (Cl 3.3). Esse é quase sempre o início de um avivamento. Mas nós pensamos sempre em acontecimentos espetaculares quando falamos em rios de água viva e em despertamento. Entretanto, o acontecimento maior e mais espetacular é quando filhos de Deus que estavam mornos e cansados espiritualmente se tornam outra vez ardorosos pelo Senhor; quando em suas vidas começam a jorrar outra vez os “rios de água viva”. -
avultar
Aumentar; fazer crescer
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ayrton
Ilha misteriosa
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azã
agudo
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azaca
hebraico: cercado
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azael
Deus viu
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azai
hebraico: declínio, separado ou nobre
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azaiel
minha força é D’us
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azair
rico, poderoso
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azalia
aquele a quem o Senhor tem preservado
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azalias
hebraico: Jeová pôs de parte
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azanate
hebraico: dedicado ao Senhor
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azanias
aquele a quem o Senhor ouve
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azanote-tabor
hebraico: desfiladeiro de Tabor
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azareel
hebraico: Jeová ajudou
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azarel
aquele a quem Deus ajuda
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azarias
A quem o Senhor ajudou. Nome vulgar hebraico, especialmente nas famílias de Eleazar. As principais pessoas, que tiveram este nome, foram: 1. o sumo sacerdote, que foi sucessor do seu avô Zadoque (1 Rs 4.2). Ele oficiou na consagração do templo, e foi o primeiro sumo sacerdote que ali serviu. 2. Sumo sacerdote nos reinados de Abias e de Asa (1 Cr 6.10,11). 3. Sumo sacerdote no reinado de Uzias, o décimo rei de Judá. o mais notável acontecimento da sua vida acha-se narrado em 2 Cr 26.17 a 20. Quando o rei Uzias pretendeu queimar incenso no altar do templo, fortemente lhe resistiu Azarias, acompanhado de oitenta sacerdotes do Senhor. Uzias foi, por isso, atacado de lepra. Azarias foi contemporâneo de isaías, Amós e Joel. 4. Sumo sacerdote nos dias de Ezequias (2 Cr 31.10 a 13). Especialmente se ocupava em abastecer as câmaras do templo, armazenando ali os dízimos, as ofertas, e os objetos consagrados, para utilidade dos sacerdotes e levitas. A manutenção destas coisas e a conservação do culto dependiam inteiramente dessas ofertas, e quando o povo era pouco cuidadoso neste ponto, viam-se obrigados os sacerdotes e levitas a ir para as suas terras, ficando deserta a casa de Deus (Ne 10.35 a 39 – 12.27 a 30,44,47). 5. Um dos diretores dos filhos da província, que vieram de Babilônia com Zorobabel (Ne 7.7). Noutro lugar é chamado Seraías (Ed 2.2). 6. Um dos sacerdotes que repararam uma parte do muro (Ne 3.23, 24). 7. Levita que ajudou Esdras na instrução do povo com respeito ao conhecimento da lei (Ne 8.7). 8. Um dos sacerdotes que selaram o pacto com Neemias (Ne 10.2), sendo, provavelmente, aquele mesmo Azarias que prestou o seu auxílio na dedicação do muro da cidade (Ne 12.33). 9. Um dos príncipes de Salomão, filho de Natã, talvez neto de Davi (1 Rs 4.5). 10. Filho de Josafá, rei de Judá (2 Cr 21.2). 11. o primitivo nome de Abede-Nego (Dn 1), escolhido com Daniel e outros para servirem o rei Nabucodonosor. Ele recusou-se a apoiar a idolatria, e foi, por isso, lançado numa fornalha com os seus companheiros, sendo todos miraculosamente livres. 12. Filho de odede, e profeta nos dias do rei Asa. Ele aconselhou o rei, falando também ao povo de Judá e Benjamim, a que fizesse desaparecer a idolatria, e restaurasse o altar do verdadeiro Deus, que estava em frente do pórtico do templo. Grande número de israelitas da nação irmã reuniram-se aos seus irmãos para a reforma, e isso deu começo a uma era de paz e de grande prosperidade (2 Cr 15). 13. Filho de Jeroão, e um dos capitães de Judá, no tempo de Atalia (2 Cr 23.1). 14. Um dos capitães de Efraim no reinado de Acaz – mandou voltar ao seu lugar os cativos e o despojo, que tinham sido levados por Peca na invasão de Judá (2 Cr 28.12).
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azaz
forte
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azazias
aquele a quem o Senhor fortaleceu
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azbuque
totalmente desolado
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azeca
Cidade de Judá, com aldeias independentes, situadas no Sefelá, uma rica planície agrícola. Josué, na perseguição dos cananeus, depois da batalha de Bete-Horom, foi até Azeca (Js 10.10, 11). os filisteus acamparam entre Azeca e Socó, antes da batalha, na qual Golias foi morto (1 Sm 17.1). Foi uma das cidades fortificadas pelo rei Roboão (2 Cr 11.9), e acha-se mencionada como lugar reocupado pelos judeus, depois da sua volta do cativeiro (Ne 11.30).
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azeite
A principal fonte de azeite entre os judeus era a oliveira. Havia comércio de azeite com os negociantes do Tiro, os quais, provavelmente, o exportavam para o Egito, onde as oliveiras, na maior parte, não o produzem de boa qualidade. Foi na quantidade de 20.000 batos (2 Cr 2.10), ou 20 coros (1 Rs 5.11), o azeite fornecido por Salomão a Hirão. o comércio direto desta produção era, também, sustentado entre o Egito e a Palestina (1 Rs 5.11 – 2 Cr 2.10,15 – Ed 3.7 – is 30.6 – 57.9 – Ez 27.17 – os 12.1). A ‘oferta de manjares’, prescrita pela Lei, era, freqüentes vezes, misturada com azeite (Lv 2.4,7,15 -8.26,31 – Nm 7.19 – Dt 12.17 – 32.13 – 1 Rs 17.12,15 – 1 Cr 12.40 – Ez 16.13,19). o azeite estava incluído entre as ofertas de primeiros frutos (Êx 22.29 – 23.16 – Nm 18.12 – Dt 18.4 – 2 Cr 31.5) – e o seu dízimo era reclamado (Dt 12.17 – 2 Cr 31.5 – Ne 10.37,39 – 13.12 – Ez 45.14). o azeite ‘para a luz’ devia ser, por expressa ordenação, o azeite das azeitonas esmagadas no lagar (Êx25.6 – 27.20,21 -35.8 – Lv 24.2 – 1 Sm3.3 – 2 Cr 13.11 – Zc 4.3,12). Usava-se o azeite na consagração dos sacerdotes (Êx 29.2,23 – Lv 6.15,21), no sacrifício diário (Êx 29.40), na pu-rificação do leproso (Lv 14.10 a 18,21,24,28), e no complemento do voto dos nazireus (Nm 6.15). Certas ofertas deviam efetuar-se sem aquele óleo, como, por exemplo, as que eram feitas para expiação do pecado (Lv 5.11) e por causa de ciúmes (Nm 5.15). os judeus também empregavam o azeite para friccionar o corpo, depois do banho, ou antes de uma ocasião festiva, mas em tempo de luto ou dalguma calamidade abstinham-se de usá-lo. Nos banquetes dos egípcios havia o costume de ungir os hóspedes – os criados ungiam a cabeça de cada um na ocasião em que tomavam o seu lugar à mesa (Dt 28.40 – Rt 3.3 – 2 Sm 12.20 – 14.2 – Sl 23.5 – 92.10 – 104. 15 – is S1.3 – Dn 10.3 – Am 6.6 – Mq 6.15 – Lc 7.46). Também se aplicava o azeite externamente ou internamente como medicamento (is 1.6 – Mc 6.13 – Lc 10.34 – Tg 5.14). Geralmente era ele empregado nos candeeiros, que no Egito têm um depósito de vidro, onde primeiramente se derrama água: a mecha é feita de algodão, torcida em volta de uma palha (Mt 25.1 a 8 – Lc 12.35). o azeite indicava alegria, ao passo que a falta denunciava tristeza, ou humilhação (is 61.3 – Jl 2.19 – Ap 6.6). Muitas vezes é tomado simbolicamente o azeite por nutrição e conforto (Dt 32.13 – 33.24 – Jó 29.6 – Sl 45.7 – 109.18 – is 61.3). (*veja Unção, oliveira.)
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azel
Nobre. Descendente de Saul (1 Cr 8.37,38 – 9.43). Declive, rampa. o lugar até onde há de chegar a ravina do monte olivete, quando o Senhor aí Se manifestar (Zc 14.5).
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azem
hebraico: fortaleza, osso
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azenate
hebraico: dedicado ao Senhor
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azer
auxílio
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azgade
forte na fortuna
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azi
hebraico: minha força
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aziel
Deus poderoso
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azmavate
a força da morte – poder da morte
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azmavete
A morte é forte. l. Um dos valentes de Davi (2 Sm 23.31 – 1 Cr 11.33). 2. Um descendente de Mefibosete ou Meribe-Baal (1 Cr 8.36). 3. o pai de Jeziel e de Pelete, dois dos hábeis fundibulários e frecheiros, que se juntaram a Davi em Ziclague (1 Cr 12.3). 4. Superintendente dos tesouros reais, no reinado de Davi (1 Cr 27.25). 5. Uma aldeia dos confins de Judá e Bergamim – atualmente Hismeh. Quarenta e dois dos filhos de Azmavete voltaram do cativeiro com Zorobabel (Ed 2.24). Em outro trecho o nome é Bete-Azmavete.
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azmom
vigoroso
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azmote
hebraico: desfiladeiro
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azmote-tabor
hebraico: desfiladeiro de Tabor
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aznote -tabor
orelha de tambor
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azor
ajudador
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azoto
forma grega de Asdode, fortaleza
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azrial
hebraico: auxiliador ou auxílio de Deus
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azrica
hebraico: auxílio contra o inimigo
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azrição
hebraico: auxílio contra o inimigo
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azriel
Deus é meu ajudador
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azuba
abandonada
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azul
o vestuário real era, comumente, de uma cor azul, ou purpúrea (Êx 25.4), visto que não há na língua hebraica termo algum para designar o verdadeiro azul. A cor azul era, como a púrpura, derivada de uma espécie de marisco, sendo a cor obtida do próprio animal, e não da concha. (*veja Cores.) A palavra traduzida pelo termo azul é, também, usada para indicar uma certa espécie de tapeçarias (Et 1.6).
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azur
hebraico: proveitoso ou auxiliador
B
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baal
Deus cananeu da fertilidade responsável, segundo se acreditava, pela germinação dos plantios, pela multiplicação dos rebanhos e pelo aumento de filhos na comunidade. O mais conhecido dos deuses de Canaã
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baal (baalim)
Senhor, Principal. Este nome, na sua origem, significava senhor, ou possuidor, mas posteriormente empregava-se para mostrar a relação do homem para com sua mulher, ou da divindade para com o seu adorador. Nunca foi estritamente um nome próprio, mas era o nome do deus de cada lugar, como Baal-Peor (Nm 25.3). E o seu plural era Baalim. Comparem-se os nomes pessoais, como Hasdrubal, e Baal-Hanan. Nos ‘lugares altos’ era Baal adorado como princípio macho, que dava acrescentamento aos rebanhos e produção à terra. os atos rituais eram realizados com muita pompa e cerimônias, havendo ofertas dos produtos da Natureza e incenso, holocaustos e sacrifícios humanos (os 2.8 – Jr 19.5). os seus sacerdotes, em certas ocasiões, excitavam-se a tal ponto que chegavam a ferir-se com facas, como procediam outros sacerdotes pagãos, mencionados por Heródoto e Plutarco (1 Rs 18.28). o culto de Baal tinha-se propagado por uma extensa área, e existia desde os tempos primitivos (Nm 22.41). Predominava entre os cananeus e moabitas, passando destes para o povo de israel. Pelo casamento de Acabe com Jezabel tornou-se o culto fenício de Baal a religião do Estado entre os israelitas, até que foi desarraigado no reinado de Jeú. o culto prestado a Baal nunca obliterou inteiramente a adoração ao Senhor. Por certo tempo foram seguidas lado a lado as duas religiões – e mais tarde veio a ser o Senhor o Baal ou Senhor de Canaã, sendo adorado com os hediondos ritos do deus pagão. E assim aconteceu, como já foi dito, que os israelitas ligaram o nome de Baal com os seus próprios nomes, como fizeram com o nome do Senhor em palavras como isaías (is-Baal, is-Bosete). os profetas do Senhor sempre combateram com toda energia este culto degradante e cruel. Elias corajosamente e com êxito levantou a consciência nacional contra a prática da desmoralizadora religião (1 Rs 18). oséias também a condenou como sendo verdadeira idolatria, e Jeú atacou com todo o rigor esse culto de Baal introduzido por Acabe, não conseguindo, contudo, suprimi-lo inteiramente, porque mais tarde Josias foi compelido a empregar medidas violentas com o fim de evitar a sua revivescência entre o povo escolhido, que tinha levantado templos ao deus falso, e posto as suas imagens e altares em toda parte, sustentando os seus sacerdotes (2 Rs 23.4,5). Praticava-se o falso culto nos lugares altos (1 Rs 18.20) ou mesmo sobre os terraços das casas (Jr 32.29). Tão largamente propagado estava o culto de Baal, que indícios dessa religião se encontram em muitos países, isto é em Babilônia (Bel), e nas colônias fenícias do Mediterrâneo.
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baal shem tov
Nome completo: Rabino Israel Baal Shem Tov (1698-1760); conhecido como o “Mestre do Bom Nome”. Fundador do Chassidismo.
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baal teshuvá
Aquele que retorna ao caminho de Torá após ter permanecido afastado.
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baal-ber
hebraico: possuidor de um poço
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baal-berite
hebraico: possuidor de um pacto, aliança
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baal-cade
hebraico: Senhor da fortuna
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baal-farasim
hebraico: Senhor de Faresim
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baal-hamom
hebraico: Senhor da multidão
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baal-hana
hebraico: senhor de gentileza, gracioso
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baal-hazor
hebraico: senhor de aldeia
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baal-hermon
hebraico: senhor do Hermom
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baal-meom
hebraico: senhor de Meom
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baal-peor
hebraico: senhor de Peor
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baal-perazim
hebraico: senhor de Perazim, ou das brotas
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baal-salisa
hebraico: senhor de Salisa
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baal-tamar
hebraico: senhor da palma
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baal-zebu
hebraico: senhor da mosca
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baal-zebube
hebraico: senhor da mosca
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baal-zebube ou belzebu
Senhor da mosca Deus filisteu de Ecrom. Acazias consultou-o (2 Rs. 1.2). Supõe-se que o nome é uma desdenhosa modificação judaica de Baal-Zebul ‘Senhor da casa alta’ (Mt 10.25) e também ‘Senhor da mosca da esterqueira’. Não deixa de ser natural tal designação, visto como são numerosas as moscas nos climas quentes, sendo certo, também, que os egípcios fizeram do escaravelho um deus.
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baal-zefom
hebraico: senhor de Zefom, ou da vigilância
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baala
hebraico: senhora
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baalate
hebraico: senhora
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baalate-beer
hebraico: possuidor de um poço
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baali
hebraico: meu Senhor
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baaliada
hebraico: o senhor conhece
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baalins
Plural de Baal, eram imagens de Baal, e aspectos locais do mesmo Baal.
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baaná
Filho da dor. l. oficial do comissariado de Salomão em Jezreel, ao norte do vale do Jordão. Filho de Ailude (1 Rs 4.12). 2. oficial do comissariado de Salomão em Aser (1 Rs 4.16). 3. Pai de Helebe, um dos trinta valentes de Davi (2 Sm 23.29 – 1 Cr 11.30). 4. Capitão do exército de is-Bosete (2 Sm 4.2 a 9). Assassinou com seu irmão a is-Bosete e foi castigado com a morte por Davi. os corpos dos assassinos foram pendurados sobre o tanque de Hebrom. 5. o pai de Zadoque que voltou com Zorobabel, e auxiliou a reparação da muralha de Jerusalém (Ne 3.4). Talvez também em Esdras 2.2. 6. Um chefe que selou o pacto (Ne 10.27).
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baara
hebraico: estupidez
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baasa
Homem de origem muito humilde ‘levantado do pó’ (1 Rs 16.2). Filho de Aías, e usurpador do trono de israel. Para garantir sua posição real determinou que Nadabe e todos os da família de Jeroboão fossem mortos em Gibetom, e assim se cumpriu a profecia (1 Rs 14.10). Desprezando o aviso de Deus (1 Rs 16.1 a 5), o seu governo foi cheio de perturbações, pois esteve continuamente em guerra com Judá. No seu reinado, Ben-Hadade, rei da Síria, tomou diversas cidades ao norte de israel, obrigando-o, desta maneira, a desistir de fortificar Ramá contra Judá (1 Rs 15.20 a 22 – 2 Cr 16.4,5). Todavia, depois de um reinado de vinte e quatro anos, foi ele um dos poucos reis a morrer de morte natural. Foi sepultado em Tirza (1 Rs 15.21), e a sua dinastia foi extirpada por Zinri (1 Rs 16.9 a 13).
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baaseias
hebraico: obra de Jeová
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babel
Em assírio é Bab-ilu, porta de Deus; o verbo hebraico balal significa confundir (Gn 10.10). Cidade na planície de Sinear, fundada por Ninrode. Depois do dilúvio, os sobreviventes viveram juntos até que alcançaram Sinear. Aqui fizeram tijolos e edificaram uma cidade, que eles esperavam havia de ser o centro do império do mundo (Gn 11). Talvez, como lembrança do dilúvio, eles pensassem em prevenir-se contra outra calamidade semelhante, edificando uma torre altíssima, identificada com Birs, agora Birs Nimrude. Mas os seus planos foram frustrados por Deus (Gn 11.5,8), que confundiu a sua linguagem e os obrigou a dispersarem-se sobre a terra. (*veja Babilônia.)
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babilônia
Babilônia, Bavêl, em hebraico, está relacionada com a palavra Bilbul, que significa mistura, confusão. Bavêl corresponde ao mundo e suas nações, onde o sagrado, o mundano e o proibido estão todos misturados e é difícil diferenciá-los.
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babilônia (cidade de)
A moderna Hil-lah (Babel). A forma grega do hebraico Babel. Babilônia foi a capital do reino caldaico da Babilônia. Embora não fosse a cidade mais antiga do império, tornou-se no decorrer do tempo a mais importante pela sua grandeza e influência. Situada nas margens do Eufrates, quase 80 km. ao sul da moderna Bagdá, no meio de férteis planícies, tendo perto o Golfo Pérsico, foi a cidade de Babilônia o centro de comércio do mundo antigo. Ainda que incerta a DATA da sua fundação, contudo, a sua conexão com Acade e Calné (Gn 10.10) faz supor uma grande antigüidade, pelo menos 3.000 anos a.C. A história da Babilônia é uma longa série de lutas sustentadas por vários governadores e comandantes militares para a possuírem e conservarem. Foi muitas vezes cercada, muitas vezes foram arrasados os seus templos e muralhas, os seus habitantes cruelmente mortos, e despojada dos seus tesouros; mas, fato maravilhoso, essa cidade opulentíssima e magnífica levanta-se sempre do pó cada vez mais bela, até que, nos tempos de Nabucodonosor, é ela uma das maravilhas do mundo, com enormes edifícios e uma população maior do que provavelmente qualquer outra cidade dos tempos antigos, sendo cortada em todas as direções por canais navegáveis. As atuais ruínas, tudo o que resta da grande cidade da Babilônia, são um grande número de fortes que se estendem por uma distância de oito quilômetros, de norte a sul, principalmente na margem esquerda do rio. Há restos de muralhas, de templos e de palácios reais por toda parte. o forte que está na parte mais setentrional geralmente tem sido identificado com a Torre de Babel, achando-se ainda com 19,5 metros de altura. Maior do que isto é a série de plataformas do palácio. São numerosos os restos de fortificações, e nas margens do Eufrates ainda hoje se podem ver os vestígios de grandes diques. Foi Nabucodonosor quem mandou desviar o rio, e guarnecer de tijolos o leito através da cidade. A cidade foi descrita por Heródoto e outros escritores que puderam vê-la. E ainda que as suas descrições difiram um pouco entre si, concordam, contudo, todos eles na sua maravilhosa grandeza e magnificência. A cidade estava edificada em ambos os lados do rio, cercada por uma dupla muralha de defesa. Segundo a medição de Heródoto, estas muralhas, com 90 km. de circunferência, encerravam uma área de 322 quilômetros quadrados. Nove décimas partes desta área estavam ocupadas com jardins, parques e campos, ao passo que o povo vivia em casa de dois, três e quatro andares. Eram altíssimas as muralhas, e de tal maneira largas em cima que um carro de quatro cavalos tinha espaço para poder dar a volta. Duzentas e cinqüenta torres estavam edificadas por intervalos nos muros, que em cem lugares estavam abertos e defendidos com portões de cobre. outros muros havia ao longo das margens do Eufrates e junto aos seus cais. Navios de transporte atravessavam o rio entre as portas de um e de outro lado, e havia uma ponte levadiça de 9 metros de largura ligando as duas partes da cidade. o grande palácio de Nabucodonosor estava situado numa das extremidades desta ponte, do lado oriental. outro palácio ‘A Admiração da Humanidade’, que tinha sido começado por Nabopolassar, e concluído por Nabucodonosor, ficava na parte ocidental e protegia o grande reservatório. Dentro dos muros deste palácio elevavam-se a uma altura de 23 metros os célebres jardins suspensos, que se achavam edificados na forma de um quadrado, com 120 metros de lado, levantados sobre arcos. o templo de Bel, ou Torre de Babel, de quatro faces, era uma pirâmide de oito plataformas, tendo a mais baixa 120 metros de cada lado. Chegava-se ao topo, onde estava o altar de Bel, por um plano inclinado. Sobre o altar estava posta uma imagem de Bel, toda de ouro, e com 12 metros de altura, sendo também do mesmo precioso metal uma grande mesa e muitos outros objetos colossais pertencentes àquele lugar sagrado. As esquinas deste templo, como todos os templos caldaicos, correspondiam aos quatro pontos cardiais do globo terrestre. os materiais empregados na grandiosa construção constavam de tijolos feitos do limo, extraído do fosso, que cercava toda a cidade. A história política desta maravilhosa povoação acha-se relacionada com a do império da Babilônia, estando a sua queda final compreendida na de toda a nação, embora o culto de Bel continuasse em alguns templos até ao ano 29 a. C., muito tempo depois de ter desaparecido a grande Babilônia, como cidade.
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babilônia (império da)
A importância, para o estudante da Bíblia, do que foi o império da Babilônia, vê-se no fato de haver nas Sagradas Escrituras cerca de trezentas referências ao pais e ao seu povo. No Antigo Testamento a palavra hebraica Babel pode significar tanto o império como a cidade, embora algumas vezes se empregue o nome de Sinear para definir todo o país. Com efeito, Sinear era o mais antigo nome daquele grande território (Gn 10.10 e 11.2). Nas Escrituras dos tempos posteriores, já depois do exílio, chamava-se Caldéia àquela região, ou a terra dos caldeus (Jr 21.4 e Ez 12.13). os babilônios não tinham nome para o seu país no seu todo, mas falavam de Acade ou de Sumer, quando queriam referir-se à parte norte ou à parte sul. Tinham recebido estes nomes dos habitantes anteriores. Descrição física. Babilônia é uma planície de 650 km. de comprimento mais ou menos, por 160 km. de largura. É limitada ao sul pelo golfo Pérsico, e a oeste pelo deserto da Arábia. Ao oriente estava o rio Tigre, e ao norte a Assíria; mas este limite setentrional foi freqüentes vezes modificado segundo a maior ou menor grandeza da nação dos assírios. Devido a um sábio sistema de irrigação por meio de uma rede de canais, os campos da Babilônia eram notavelmente férteis. E a fertilidade era de tal ordem que o próprio trigo crescia sem auxilio do lavrador, fazendo-se cada ano, nas terras cultivadas, duas e três vezes a ceifa. E havia então pastagens em abundância. Às grandes colhei-tas de cereais e de tâmaras deve-se acrescentar o grande número de cavalos, camelos, bois, carneiros e cabras, que os babilônios possuíam. Havia uma grande quantidade de aves de muitas espécies, e os rios estavam cheios de peixe. Vê-se hoje, nas tristes condições daquela terra outrora muito fértil, como se cumpriram as profecias das Escrituras. Hoje é um deserto, com pântanos, povoado de hienas, linces, panteras e javalis. os seus grandes templos e cidades, outrora moradas de poderosos conquistadores, são atualmente montões de entulho. Como foi espantosa a queda da Babilônia, ‘a jóia dos reinos’ (is 13.19)! Hoje não há ali habitantes, exceto algumas tribos errantes de beduínos (is 14.Z2). Babilônia era ‘o deserto’, de que fala o profeta isaías (is 21.1); e as palavras de Jeremias, ‘habitas sobre muitas águas’ (Jr 51.13), eram uma alusão ao transbordamento do Eufrates, bem como aos numerosos canais abertos a fim de desviar para outros lugares as águas das cheias e também para transportar mercadorias. Eram estes os rios da Babilônia, junto dos quais se sentavam e choravam os filhos de israel (Sl 137.1). Era a capital babilônia uma ‘terra de negociantes; cidade de mercadores’ (Ez 17.4). o reino era um dos quatro ‘tronos’, descritos por Daniel, e acha-se realçado pelo símbolo de um leão com asas de águia. Além da cidade de Babilônia, outras havia de consideração. E destas, uma das mais importantes era Eridu (a moderna Abu-Sahrein). Este porto estava no golfo Pérsico, que naqueles tempos se estendia mais para o norte do que hoje, à distância de 210 km. isto se deve à quantidade de terra e de destroços levados pelas águas do Eufrates. Um pouco ao ocidente desta povoação Abu-Sahrein, há uma barreira marcando o lugar de Ur, o qual invariavelmente se designa na Bíblia pelo nome de ‘Ur dos Caldeus’ (Gn 11.28). Em tempos primitivos, não posteriores ao reinado de Gudea, que nas suas conquistas rumo ao ocidente foi até à Palestina, os reis de Ur tinham supremo domínio sobre Babilônia. Um dos reis de Ur, de nome Ur-gur, era muito zeloso em matéria de religião, e por isso mandou edificar templos na maior parte das cidades da Babilônia. Seu filho, Dungi (cerca de 2600 a.C.), conhecido pelo nome de ‘rei dos quatro quartos’, foi, também, entusiasta construtor de templos, como se vê pelas inscrições das lâminas que estão no Museu Britânico. Foi Dungi que erigiu um templo ao deus Nergal em Cuta, a moderna Tell-ibrahim (2 Rs 17.24), povoação próxima da Babilônia, e foi habitada por uma tribo guerreira, proveniente da Pérsia, que por fim foi subjugada por Alexandre Magno. Por certo tempo perdeu Ur a sua importância enquanto os reis de isin sustentaram o seu domínio sobre Babilônia; mas dentro de pouco tempo achamo-la conservando a sua antiga supremacia sobre toda a Babilônia. Todavia, a mais importante cidade do império babilônico estava ao norte. Conservando o seu caráter de independência durante a segunda dinastia de Ur, a cidade da Babilônia atingiu, pouco a pouco, uma importância que durou pelo espaço de quase dois mil anos. Depois que Ur foi decaindo, assumiu Babel, gradualmente, uma dominante posição na ‘Terra dos Caldeus’, sendo Hamurabi ou Anrafel (Gn 14) por aquele tempo (cerca de 2000 a.C. ) o mais conhecido dos seus reis. Já no ano 1700 a.C. era aquela cidade a sede do governo. os babilônios eram de pequena estatura, de corpo grosso, com nariz judaico, lábios largos e olhos oblíquos. o seu cabelo era preto, espesso e encrespado. Num país que tinha grande comércio com as terras vizinhas, era natural manifestar grandeza tanto no vestir como na habitação (Ez 23.15). Facilmente podiam ali obter-se especiarias, marfim, ouro, pedras preciosas, metais, 1ã e tintas. A pesca de pérolas no golfo Pérsico era, já nesse tempo, cuidadosamente cultivada. Mas o luxo trouxe consigo soberba e ociosidade (is 13.11; Jr 50.29). Uma baixa moralidade minava os fundamentos da fortaleza da nação, e ia preparando o caminho para a ruína final. As tabuinhas do contrato mostram-nos que o cidadão babilônio tinha dois nomes: um oficial, e outro particular. Quando morria, o seu corpo geralmente era queimado, e já se pensou que seria num destes fornos crematórios que foram lançados os três jovens, forno que teria sido sete vezes mais aquecido do que de costume. Quando morria um babilônio, dizia-se que a sua alma ia para a ‘região dos céus de prata’, e ali habitava com os heróis dos tempos passados. isaías sabia isto, e deste conhecimento fez uso quando profetizou contra a Babilônia (is 14.4 a 10). o vestuário do babilônio constava de uma camisa de linho, que descia até ao joelho, com uma capa curta sobre ela.
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babujar
Sujar de baba espumante
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baca
hebraico: vale de pranto
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bacbacar
hebraico: procura diligente
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bacbuque
hebraico: frasco
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bacbuquias
hebraico: Jeová torna vazio
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bacelar
Lugar onde se plantam barcelos
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bacia
l. Vaso de cerâmica ou de metal,que servia nos ritos judaicos. A palavra hebraica também se acha traduzida por taça e fiala. Poucos objetos de barro ou de metal se vêem hoje, que pertenceram aos antigos judeus. As taças e bacias de uso comum, entre os povos vizinhos, eram principalmente de barro ou de madeira. Hirão mandou manufaturar para Salomão muitas taças e bacias de ouro, prata e cobre, achando-se entre esses objetos o grande mar para os serviços do templo (2 Cr 4.8). Na cerimônia da purificação no deserto (Êx 24.6,8), recebeu Moisés metade do sangue dos sacrifícios em bacias, e com ele aspergiu o povo. As bacias de lavar os pés eram mais largas e fundas do que as usadas para conter alimentos – e eram, freqüentemente, feitas de madeira (Jo 13.5). Certas tigelas de madeira eram usadas nas refeições, para líquidos, e para o caldo, como se faz hoje, entre os árabes (2 Rs 4.40). Talvez a taça de José para as adivinhações fosse deste gênero (Gn 44.5). Estas bacias se enchiam de um líquido, que de um trago era bebido como preservativo contra o mal. (*veja olaria.) 2. A bacia do tabernáculo estava posta entre a porta e o altar – era feita de metal lustroso, que tinha servido de espelho às mulheres (Êx 38.8). No templo de Salomão havia dez bacias de metal amarelo (1 Rs 7.27 a 39), tendo cada uma delas a capacidade de mil trezentos e cinqüenta litros aproximadamente. Eram usadas para se lavarem os animais oferecidos nos holocaustos (2 Cr 4.6). Em Ef 5.26 e Tt 3.5 devia provavelmente, dizer-se ‘bacia’ por ‘lavagem’, sendo a metáfora aplicada ao batismo.
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baço
Sem brilho; embaçado (poderia se dizer: míope)
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badabe
hebraico: separação
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baena
hebraico: filho de aflição
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baila
Lembrança
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baios
Castanho
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bajite
hebraico: casa ou templo de Baal
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bal
hebraico: senhor
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bala
hebraico: timidez ou medo
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balaão
Significação desconhecida, talvez devorador. Um adivinho ou profeta, a quem Balaque, rei de Moabe, ordenou que amaldiçoasse os israelitas. Era filho de Beor, e residia em Petor, na Mesopotâmia (Nm 22.5). Em lugar de amaldiçoar os inimigos de Balaque, ele, por instrução e impulso divinos, os abençoou, predizendo a futura grandeza de israel (Ne 13.2 – Mq 6.5 – 2 Pe 2.15 – Jd 11 – e Ap 2.14). Ainda que vivia entre os pagãos, tinha Balaão algum conhecimento do verdadeiro Deus, sendo, além disso, homem de grande inteligência, com fama de santidade e sabedoria. Era considerado profeta entre a sua gente, que, em conformidade com as idéias de muitas outras nações da antigüidade, tinha o curioso costume de entregar aos deuses destruidores os inimigos, antes de entrar em combate com ele. Balaão negociara com os seus dons especiais, como se mostra no fato de terem os mensageiros de Balaque levado consigo presentes para recompensarem o profeta pelos seus encantamentos, quando foram ter com ele a pedido do rei. os israelitas haviam começado as suas conquistas na Terra Santa, e por isso o rei de Moabe, com os midianitas, seus aliados, procurou por todos os meios deter o seu avanço. Todavia, Balaão, avisado por Deus, recusou, embora desejoso do seu lucro (2 Pe 2.15), levar a efeito o que o rei desejava – e só depois de ter ido a sua casa outra deputação mais importante é que ele resolveu partir. Mas isso era contra a vontade de Deus, que pela boca da jumenta fez de algum modo compreender a Balaão o seu mau passo. Viu-se depois o resultado deste fato. Não somos, porém, levados a crer que ele se tornou verdadeiro crente no Senhor, porque mais tarde vamos encontrá-lo empregando vilmente todos os esforços para conseguir a destruição dos israelitas (Nm 25). E morreu quando combatia pelos midianitas contra aqueles, que ele tinha pensado em amaldiçoar (Nm 31.8,16).
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balaão ou balahan
sem povo, estrangeiro
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balac
Balac, que traduzido significa “o que lambe”, “o que esmaga”, ou ainda “o que envolve”, significa o demônio, que lambe aos que pode pelo afago da má tentação, esmaga-os pelo consentimento ou pelo fruto do pecado, e envolve-os pelas redes do mau costume.
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balada
hebraico: ele deu um filho
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baladão
hebraico: ele deu um filho
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balança
instrumento de pesar – julgar. Freqüentemente vê-se empregada esta palavra na Sagrada Escritura no sentido de uma atitude mental ou valor moral. Foi assim no caso de Belsazar (Dn 5.27). Em is 40.15 emprega-se a expressão ‘pó na balança’ no sentido de qualquer coisa inteiramente insignificante. Honra e integridade são comparadas a balanças certas (Pv 11.1). Também havia a idéia de equilíbrio, ou de perfeição de forma, como se vê em Jó 37.16. A balança constava de uma barra a prumo, tendo no alto uma travessa, de cujas extremidades pendiam ganchos ou sustentantes para os pesos e mercadorias (Pv 16.11 – Ap 6.5). A balança de braços desiguais parece não ter sido conhecida até ao tempo dos romanos. o profeta Miquéias (6.11) refere-se a esta fraude vulgar: havia negociantes desonestos que tinham duas espécies de pesos, sendo os mais pesados para quando compravam, e os mais leves para quando vendiam. Estes pesos, geralmente de pedra, eram levados em sacos de um sítio para o outro.
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balão
hebraico: devorador
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balaque
hebraico: devastador, gastando
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balaustre
Pequena coluna que sustenta uma travessa
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balbino
Aquele que balbucia
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baldaquino
Espécie de dossel (armação ornamental) sustentado por colunas que serve de cúpula ou coroa de um altar, trono, sólido ou leito
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balduino
Amigo audacioso
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baleia
A palavra hebraica que quatro vezes se traduz por ‘baleia’ em certas versões (Gn 1.21 – Jó l.12 – Ez 32.2 – Mt 12.40), é também traduzida por grande animal marinho, monstro marinho, crocodilo, grande peixe. Encontram-se baleias nas costas de Espanha, e diz-se que entram de tempos em tempos no mar Mediterrâneo. Duas espécies de hiperodontidas, ou baleias pontiagudas, se acham também no Mediterrâneo. A respeito de cetáceos menores, como o golfinho, a foca, e outros, habitam eles também nesse mesmo mar. Qualquer destes animais podia ser posto na classe de monstros marinhos que dão de mamar aos seus filhos, visto como todos eles são mamíferos aquáticos, que dão à luz seres vivos, e os amamentam. A baleia-esperma, que errando pelos mares talvez se possa ver no Mediterrâneo, e também o tubarão, podem engolir um homem. (*veja Jonas.)
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balizar
Demarcar, delimitar.
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balote
hebraico: que produz leite
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bálsamo
(Gn 37.25). Uma resina extraída de uma árvore balsamífera. A planta que produz o verdadeiro bálsamo é oriunda da costa oriental da África, mas essa substância balsâmica era preparada e exportada de certos lugares ao oriente e sul da Palestina, sendo o Egito o principal consumidor. Para obter-se o bálsamo corta-se a árvore, planta sempre verde de 4 metros de altura, ou então se lhe dá um golpe com um machado, pondo por baixo do corte uma taça ou uma garrafa suspensa, que vai recebendo a seiva à medida que ela transuda. A quantidade colhida de cada árvore é muito pequena. Em tempos antigos este odorífero bálsamo era afamado em todo o mundo conhecido, e mesmo então era tão escasso que pequenas amostras dele foram consideradas como grande tesouro, e levadas para Roma como troféu, quando a Palestina foi conquistada. o bálsamo de Gileade era assim chamado pelo fato de ser a resina balsâmica exportada principalmente das rampas de Gileade. A sua produção era, na realidade, quase privativa daquela região. Era muito precioso, valendo duas vezes o seu peso em ouro, e constituindo artigo de comércio de alta importância por causa das suas qualidades terapêuticas, quando aplicado a feridas ou chagas abertas. Segundo interessante tradição, as raízes originais do arbusto do bálsamo foram levadas à Palestina pela rainha de Sabá. Mas isto não se pode crer facilmente, visto como o bálsamo era exportado de Gileade para o Egito já nos tempos patriarcais (Gn 43.11), quando Jacó o considerava um belo presente para o seu ignorado filho. No quase tropical vale do Jordão o arbusto crescia por toda parte, nos tempos próximos à vinda de Cristo. A família das plantas do bálsamo (Balsamodendron) compreende várias espécies que produzem bálsamo e mirra. Ainda que os romanos se entregavam a um trabalho árduo para proteger e cultivar as plantações do bálsamo, que continuaram até ao tempo das Cruzadas, essas plantações desapareceram completamente de Jericó e Gileade.
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bálsamo de gileade
Produto cosmético e medicinal que os israelitas faziam a partir de um tempero ou seiva de árvore.
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baltasar
proteja o rei ou proteja sua vida
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baltazar
assírio: amigo do rei ou o que protege o rei
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baluarte
Fortaleza, Lugar seguro
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bama
hebraico: lugar alto
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bamote
hebraico: lugares altos
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bamote-baal
hebraico: lugar alto de Baal
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banaías
Deus construiu
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banca
hebraico: saídas (das águas)
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bandeira
(is 49.22). As palavras bandeira, estandarte, insígnia são termos sinônimos, usados todos eles nas Sagradas Escrituras. os filhos de israel, nas suas peregrinações pelo deserto, levavam à frente bandeiras que indicavam o lugar de cada divisão. Nestas bandeiras estavam bordados determinados planos, como necessária precaução a tão grande multidão de gente. Numa subdivisão já não se empregava a bandeira, mas somente uma simples lança, a que estava preso no alto algum emblema. os estandartes egípcios e romanos eram apenas modificações da lança arvorada, levando em cima um sólido emblema de metal, geralmente de ouro. (*veja insígnia, Estandarte.)
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bani
hebraico: edificado ou posteridade
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banimento
Eliminação, expulsão, exclusão.
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banir
Afastar; afugentar.
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banquete
o banquete, como ato distintoda simples refeição de cada dia, figurava largamente na vida religiosa e social dos hebreus. Dos dias de festa religiosa, em que havia banquetes, se tratará quando se descreverem as diversas Festividades. Havia banquetes em determinadas ocasiões: quando se celebravam casamentos, na ocasião do desmamar do herdeiro, nas reuniões de despedida, no tempo da tosquia, etc. Nos funerais eram servidos refrescos, mas não havia coisa alguma que se parecesse com o festim pagão. Faraó e Herodes, segundo lemos nas Sagradas Escrituras, festejavam com banquetes o aniversário do seu nascimento (Gn 40.20 – Mt 14.6). Que nestes diversos banquetes havia, muitas vezes, vergonhosos exemplos de intemperança, é evidente pela atitude dos profetas, que eram compelidos a censurar os participantes (Ec 10.16 – is 5.11 – Jr 35.5). Cantores e dançarinos estavam muitas vezes presentes. Dos banquetes nasceu o mau costume de reuniões só para beber. Quando qualquer pessoa preparava uma festa para os seus amigos, mandava com alguns dias de antecedência um criado com o necessário convite. E na tarde do dia aprazado eram outra vez mandados mensageiros à casa dos convidados, para lhes dizerem que viessem tomar parte no banquete. Este costume acha-se mencionado em S. Lucas 14.7 e versículos seguintes. o pedido para que aqueles indivíduos fossem tomar parte no banquete não era feito pela primeira vez – todos eles já tinham sido convidados e haviam aceitado o convite, e, por conseqüência, estavam comprometidos. A recusa, depois de todas as formalidades, era um grosseiro insulto à pessoa que convidava, e isso merecia castigo. os convidados eram bem recebidos pelo dono da casa, o qual os abraçava e beijava, ou nos lábios, nas mãos, nos joelhos ou nos pés, segundo a categoria do convidado. Era este um costume geral no oriente e comum entre os judeus – por isso Jesus queixou-Se a Simão porque este não o tinha beijado quando entrou (Lc 7.45). os hóspedes, depois de uma jornada, chegando à casa cheios de pó e em mal-estar pela transpiração, tinham por costume lavar-se antes de irem para a mesa. Eram, neste ato, geralmente auxiliados por um criado, e o serviço deste era considerado nada honroso – por esta razão o portador da toalha era uma pessoa inferior. Todavia, o próprio Salvador não hesitou em tomar a Seu cargo este humilhante trabalho, quando quis dar aos Seus discípulos lições de amor e humildade (Jo 13.12). os pratos eram servidos para cada conviva pela pessoa que presidia à mesa (Gn 43.34 – 1 Sm 1.5 – 9.23,24), sendo mandada dupla quantidade de alimento àqueles a quem se queria particularmente honrar. Havia, também, o agradável costume de mandar diretamente do banquete a amigos mais pobres certas porções de comida (Ne 8.10 – Et 9.19,22). Perfumes e óleos odoríferos eram oferecidos aos hóspedes, e espargidos sobre a cabeça, barba e vestidos. (*veja Refeições, Bebida, Páscoa.)
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baquebuquias
hebraico: fraco ou Jeová vazio
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baquedacar
hebraico: procura diligente
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baqueduque
hebraico: frasco
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bar
aramaico: filho (I), prefixo de nome de pessoas
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bar mitsvá
literalmente “Filho do Mandamento”; termo designado a meninos que completam a maturidade religiosa aos 13 anos de idade.
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bar-jesus
grego: filho de Jesus ou Josué
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bar-jonas
grego: filho de Jonas
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bara
Personificação de deus para os behaístas (beahismo é uma seita islâmica)
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baraque
raio
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baraquel
hebraico: abençoado por Deus
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baraquias
hebraico: Jeová abençoou
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baraquias ou barakiah
que D’us abençoou
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barba
Entre os judeus, e de modo geralno oriente, sempre foi atribuída grande importância à barba, como sinal de excelsa civilidade – e para o homem não havia maior ofensa do que tratá-la alguém com indignidade. Tocar-lhe alguém com a mão, mostrando desprezo, era grande insulto (1 Cr 19.4 – 2 Sm 10.4,5 – 20.9). Ao mesmo tempo era objeto de saudação, o chegar a barba aos lábios e beijá-la, quando qualquer pessoa queria manifestar simpatia a outra. A não ser os egípcios (Gn 41.14ì, que honravam os mortos deixando crescer a barba, o rapá-la ou arrancá-la era manifestação de luto ou de dor (2 Sm 19.24 – Ed 9.3 – is 15.2 – Jr 41.5 – 48.37). Quando se queria assegurar a alguém a sua boa fé e honrosa conduta, era ação vulgar jurar pela sua barba. os árabes ainda hoje juram solenemente pela sua barba e, quando precisam honrar de uma maneira particular um amigo, exclamam: ‘Conserve Deus a vossa abençoada barba.’ A idéia de ar varonil, de respeitabilidade, em relação com grandes barbas, é ilustrada pela lei judaica, que proibia o cortá-las à maneira dos egípcios (Lv 19.27 – e Sl 133.2). Diferentemente das nações circunvizinhas, os egípcios rapavam a cara, à exceção da parte inferior do rosto, onde se permitia haver um molho de cabelos, que se conservava bem cuidado. Algumas vezes, em lugar do seu próprio cabelo, usavam barba postiça, trançada, com formas diferentes, segundo a categoria do indivíduo. Alguma coisa havia de significação cerimonial no corte da barba judaica, segundo o que pode depreender-se de Lv 19.27 e 21.5. o cuidado da barba era objeto de primeira consideração da parte de pessoas distintas (Sl 133.2) – quando mal cuidada, era coisa ridícula e desprezível. os leprosos, ou indivíduos sujeitos à lepra, eram barbeados, ou para trazerem a pele descoberta, ou por causa da limpeza (Lv 14.9). Figuradamente, há referência na Bíblia às ‘barbas’ do povo de Deus falando-se da sua honra e dignidade, barbas que talvez o Senhor havia de cortar com a navalha do rei da Assíria (is 7.20).
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barbara
Estrangeira (nome dado a todos cuja origem não era greco-romana)
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bárbaro
Entre os gregos e romanos, dizia-se daquele que era estrangeiro; sem civilização; selvagem, grosseiro, rude, inculto.
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barcos
(Ed 2.53). Uma família de levitas, que voltou do exílio com Neemias (Ne 7.55). o nome significa filho ou adorador do deus Cos, e pertence a uma grande classe de nomes próprios teóforos.
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baria
hebraico: fugitivo
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barjesus
Filho de Jesus (At 13.6 a 12) Feiticeiro e falso profeta, que fazia parte da comitiva de Sérgio Paulo – era este um romano e oficial superior em Pafos, na ilha de Chipre. Quando Paulo e Barnabé estavam na ilha, desejou Sérgio Paulo receber deles instrução religiosa. Mas Barjesus, receando que a sua própria reputação e posição, bem como os seus proventos, estivessem em perigo por causa das doutrinas que aqueles apóstolos ensinavam, fez-lhes forte oposição. Como resultado desta atitude, Deus o feriu de cegueira por meio de Paulo. Barjesus era judeu, mas o segundo nome (8), pelo qual é conhecido, o de Elimas, tem origem árabe, derivado de uma palavra que significa mago ou apto, sendo no N.T. a sua tradução ‘encantador ou mágico’.
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barjona
filho de Jona
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barnabé
Filho da consolação. Talvez, na sua origem, filho de Nebo – conhecido primeiramente pelo nome de José (At 4. 36). Barnabé, levita, natural da ilha de Chipre, era um dos mais antigos crentes em Jesus Salvador, e parece ter tido especial zelo em exortar e animar os ouvintes. Era homem abastado, mas vendeu os seus bens e depositou o dinheiro da venda aos pés dos apóstolos. Na ocasião em que os cristãos judaicos hesitavam em receber Paulo como seu irmão, foi Barnabé quem venceu a sua relutância, e apresentou o novo convertido à igreja de Jerusalém (At 9.27). Era tão altamente considerado, e tanto confiavam no seu bom senso e integridade de caráter, que foi várias vezes encarregado de delicadas e importantes missões (At 11.19 a 26,30). Foi com referência à missão de Barnabé em Antioquia que Lucas emprega a seu respeito estas significativas palavras: ‘era homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé’ (At 11.24). Ele acompanhou Paulo na sua primeira viagem missionária (At 13.2,3). Em Listra, depois de ter curado um coxo, os pagãos prestaram-lhe culto, julgando ser ele o deus Júpiter (At 14.12). Levantaram-se divergências entre Barnabé e Paulo a respeito de João Marcos, primo ou sobrinho de Barnabé (Cl 4.10), e ele já não acompanhou Paulo na segunda viagem missionária deste Apóstolo (At 15.36 e seguintes). o rompimento foi mais tarde reparada, sendo certo que na providência de Deus esse fato havia servido para maior extensão da obra evangélica. Pouco se sabe da vida posterior de Barnabé. Diz-se que ele sofreu martírio pela sua fé. A sua vida foi cheia de abnegação e zelo – mas uma vez ele transigiu em atos que sabia não serem bons (Gl 2.12,13). Que não era homem casado parece depreender-se do que está escrito em 1 Co 9.6, passagem que também nos faz ver que, apesar da antiga questão, era ele tido em grande consideração pelo Apóstolo.
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barnabé ou barnebuah
filho da exaltação
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barrabás
Filho do pai, ou do Rabi. Aquele a quem Pilatos libertou, em conformidade a um antigo costume na Páscoa, deixando Jesus preso. Difere nos quatro Evangelhos a descrição do crime pelo qual aquele homem tinha sido lançado na prisão. Em Mt 27.16 ele é apenas ‘um preso muito conhecido’; Marcos diz (15.7) que Barrabás tinha sido ‘preso com amotinadores, os quais em um tumulto haviam cometido um homicídio’; Lucas confirma a exposição de Marcos, mas afirma também que a insurreição tinha sido na própria cidade de Jerusalém; e Zoão (18.40) não diz mais do que isto: ‘Barrabás era salteador’.
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barro
Era de várias espécies o barro, usado para edificação (*veja Tijolo), e para obra de olaria (is 29.16 – 45.9, etc„Rm 9.21). Também se usava o barro para selar (Jó 38.14) – o túmulo de Jesus Cristo parece ter sido assim selado (Mt 27.66). A prática de selar portas por meio do barro, com o fim de facilitar a descoberta de qualquer ato ilícito, é ainda hoje comum no oriente. o barro era uma substância relativamente rara, especialmente na Palestina, e tinha mais ou menos valor segundo a sua qualidade. A sua preparação acarretava grande trabalho, sendo amassado e pisado debaixo de água, para o tornar perfeitamente macio e livre de impurezas (is 41.25). o barro era, então, no seu estado macio, absolutamente obediente à mão do oleiro que lhe dava a forma que entendia. Acontecia, também, ser desfeito um objeto para lhe darem outro feitio (is 64.8 – Jr 18.4).
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barsabás
1. Filho de Sabá ou filho do sábado, como tendo nascido naquele dia (At 1.23). Ele foi mencionado para suceder a Judas no apostolado, mas, sendo rejeitado, é escolhido Matias. A organização não parecia estar completa enquanto o número dos doze (cp. com as doze tribos) não fosse completado. o seu nome por extenso era José Barsabás Justo, e tem-se pensado desde o quinto século que ele era um dos setenta (Lc 10.1). 2. De outro Barsabás se faz menção em At 15.22. Também era chamado Judas, e era membro proeminente da igreja de Jerusalém.
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bartholomeu
Filho de Tolmai (aquele que suspende as águas)
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bartimeu
Filho de Timeu. Um mendigo, cego, de Jericó, a quem Jesus Cristo deu vista (Mc 10.46), Mateus e Lucas descrevem o mesmo incidente (Mt 20.30 – Lc 18.35), mas Lucas conta que o milagre foi feito quando Jesus entrava na cidade e não quando saia. É singular ser Bartimeu o único cego curado, cujo nome se menciona nos Evangelhos. A sua fé era tão forte que, apesar de lhe ordenarem algumas vezes que se calasse, para não incomodar o Mestre, ele continuou clamando mais ainda, para chamar a atenção do Salvador. Desde que recuperou a vista, seguiu a Jesus Cristo, sendo um dos Seus humildes discípulos.
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bartolomeu
Filho de Tolmai. Um dos doze apóstolos (Mt 10.3). o seu verdadeiro nome não é conhecido, mas era chamado Bartolomeu, o filho de Tolmai. Tem sido identificado com Natanael, visto como Bartolomeu não está na lista dos discípulos, segundo o Evangelho de João, mas está Natanael, sobre o qual os outros guardam silêncio. Era natural de Caná de Galiléia, homem de bom caráter, recebendo, por isso, o elogio de Jesus Cristo. Diz-se que a Armênia foi o seu campo de trabalho, e que foi até à india, pregando e ensinando. Segundo uma lenda ele sofreu o martírio, sendo esfolado vivo e crucificado de cabeça para baixo.
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bartolomeu (natanael)
Falta-nos informação sobre a identidade do Apóstolo chamado Bartolomeu. Ele só é mencionado na lista dos apóstolos. Além do mais, enquanto os Evangelhos sinóticos concordam em que seu nome era Bartolomeu, João o dá como Natanael (Jo 1.45). Crêem alguns estudiosos que Bartolomeu era o sobrenome de Natanael.
A palavra aramaica bar significa “filho”, por isso o nome Bartolomeu significa literalmente, “filho de Talmai”. A Bíblia não identifica quem foi Talmai.
Supondo que Bartolomeu e Natanael sejam a mesma pessoa, o Evangelho de João nos proporciona várias informações acerca de sua personalidade. Jesus chamou Natanael de “israelita em quem não há dolo” (Jo 1.47). Diz a tradição que ele serviu como missionário na Índia e que foi crucificado de cabeça para baixo. -
bartolomeu ou bartalmai
filho dos sulcos
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baruc
hebraico: abençoado
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baruque
Abençoado. 1. Filho de Nerias,irmão de Seraías, amigo e secretário do profeta Jeremias (Jr 36.4 e seguintes). Era homem erudito, de nobre família (Jr 51.59), tendo servido fielmente ao profeta. Pelas instruções de Jeremias, escreveu Baruque as profecias daquele profeta, comunicando-as aos príncipes e governadores. E um destes foi acusar de traição o escrevente e o profeta Jeremias, mostrando ao rei, como prova das suas afirmações, os escritos, de que tinham conseguido lançar mão. Quando o rei leu os documentos, foi grande o seu furor. Mandou que fossem presos os dois, mas eles escaparam. Depois da conquista de Jerusalém pelos babilônios (586 a.C.), foi Jeremias bem tratado pelo rei Nabucodonosor – e Baruque foi acusado de exercer influência sobre Jeremias a fim de não fugirem para o Egito (Jr 43.3). Mas, por fim, foram ambos compelidos a ir para ali com a parte remanescente de Judá (Jr 43.6). Durante o seu encarceramento deu Jeremias a Baruque o titulo de propriedade daquela herdade que tinha sido comprada a Hanameel (Jr 32.12). Baruque lamentou-se muito, nas suas orações a Deus, por causa de tudo o que havia sofrido, mas apaziguou-se, pois compreendeu que era melhor para ele estar satisfeito com as suas condições de vida (Zr 45.2 a 5.). (*veja Jeremias, Apócrifos, (Livros). 2. Filho de Zabai, que ajudou a construir a muralha (Ne 3.20). 3. Um sacerdote que assinou o pacto (Ne 10.6). 4. Filho de Col-Hoze, um descendente de Perez. (Ne 11.5)
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barzilai
l. indivíduo gileadita. Homemabastado que protegeu Davi quando este fugia do seu rebelde filho Absalão (2 Sm 17.27). Mais tarde, quando a revolta foi dominada, desejou Davi que Barzilai viesse estabelecer a sua residência na corte, mas o ancião desculpou-se por sua avançada idade, mandando em seu lugar seu filho Quimã para Jerusalém (2 Sm 19.32 a 39). A gratidão de Davi para com este seu fiel súdito nunca se desvaneceu, e nas suas últimas recomendações a Salomão, ele pediu que continuasse a ser amigo da família de Barzilai (1 Rs 2.7). Cp. com Ed 2.61 – e Ne 7.63. 2. Pai de Adriel, o marido de Merabe (2 Sm 21.8).
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basã
País fértil. A primeira menção que se faz de Basã é em Nm 21.33, onde se narra que os israelitas derrotaram ogue rei de Basã, em Edrei, cidade da fronteira, aonde ele tinha vindo para resistir ao exército invasor de israel. É um extenso país e de grande força produtiva, que fica ao oriente do rio Jordão, limitando-se ao sul pelas montanhas de Gileade, ao oriente pelo Jebel Haurã, uma linha de vulcões extintos, ao ocidente por Gesur e Maaca (Js 12.5), e ao norte pelo Hermom. Quando os amorreus foram conquistados e expulsos juntamente com o rei ogue, o seu fértil território coube à meia tribo de Manassés (Js 13.29), que entrou logo na sua posse (Dt 31.3,4, comparado com Nm 21.35). As duas principais cidades eram Edrei e Astorote, a moderna Tell”-Ashtera. Em Dt 3.4 faz-se alusão a sessenta cidades muradas em Argobe de Basã, que estavam sob o domínio de ogue (*veja Argobe). Basã é uma terra notável e cheia de interesse. A sua extraordinária fertilidade acha-se provada com a densidade da sua população (Dt 3.4 a 14), e com o grande número de ruínas espalhadas por todo o território. Quando o império de Alexandre se fracionou, a posse do país foi objeto de contínua disputa. A parte central de Basã tornou-se, então, refúgio de ladrões e foragidos, caráter que ainda hoje conserva. os árabes consideram esta terra como tendo pertencido primeiramente ao patriarca Jó.
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basa-honote-jair
hebraico: nome da terra de Jair
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basaias
hebraico: obra do Senhor
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basemá
bálsamo
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basemate
hebraico: fragrância, cheiro agradável
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basia
hebraico: obra de Jeová
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basilio
Magnificante, rei
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basilisco
Serpente lendária que matava com um simples bafo
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baslite
hebraico: nudeza
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basmate
hebraico: fragrância, cheiro agradável
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bat mitsvá
literalmente “Filha do Mandamento”; termo designado a meninas que completam sua maturidade religiosa aos 12 anos de idade.
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bate-rabim
Filha de muitas multidões (Ct 7.4). Porta da antiga cidade de Hesbom, perto da qual estavam duas piscinas, que são comparadas pela noiva aos olhos do seu amado.
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bate-seba
hebraico: filho do juramento, ou sétima filha
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bate-seba, bate-sua
(1 Cr 3.5). Filha do juramento. A formosa esposa de Urias, a qual foi depois mulher de Davi e mãe de Salomão (2 Sm 11.3 e 12.24 – 1 Rs 1). o pecado de Davi com Bate-Seba tornou-se mais negro ainda quando ele buscou a morte de seu marido, Urias, que era oficial do exército e homem dedicado ao seu rei (2 Sm 11.6 e seguintes). Realizado este ato desleal e vil, casou Davi com a viúva. instigada pelo profeta Natã, ela fala a Davi já velho acerca da conspiração de Adonias para suceder no trono (1 Rs 1.16 a 31). Mais tarde ela é persuadida por Adonias a ir ter com Salomão, para que este permitisse o casamento dele com Abisague. Nesta ocasião é ela recebida honrosamente por Salomão como rainha-mãe, mas o rei vê na própria petição o plano astucioso de Adonias (1 Rs 2.13 a 25). Bate-Seba teve, além de Salomão, mais três filhos: Siméia, Sobabe e Natã (Mt 1.6 – 1 Cr 3.5). o fato de ser ela neta de Aitofel pode explicar a rebelião deste contra Davi (2 Sm 11.3 – 23.34).
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bate-sua
hebraico: filha da opulência ou filha sua
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bate-tapua
casa das maçãs
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batesaida
hebraico: casa de comida ou frutas
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batismo
Rito cristão que simboliza a purificação do pecado e a identificação com Jesus. A aspersão, a imersão e a efusão são as três modalidades do batismo com água praticado hoje pelos cristãos.
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batismo do espirito santo e co
(Mt 3.11). Como no grego não vem preposição alguma antes da palavra fogo, isso mostra que João se refere a dois aspectos de um só batismo. Tem de ser espiritual, em contraste com o material e externo – e deve ser purificante. Tem-se levantado a questão sobre se esse ‘fogo’ se refere à purificação dos piedosos que verdadeiramente acpurificadorismo do Es-pírito, ou à destruição dos perversos, como nos vers. 10 e 12. Mas a obra da presença de Deus é sempre dupla, visto como a alma ou submete-se espontaneamente, ou faz o contrário (is 31.9 – 33.14,15).
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batismo, batizar
Mergulhar. João não introduziu costume algum novo quando batizava os seus discípulos no rio Jordão, pois que, entre os judeus, a imersão de todo o corpo, em água corrente, sendo possível, era um meio de limpar toda a cerimonial impureza (is 1.16). Quanto ao batismo de Jesus, *veja Mt 3.13 a 17, e referências. Além das cerimoniosas lavagens do corpo, havia, também, entre os judeus, o hábito de batizar os convertidos ao Judaísmo. Portanto, quando viram João a batizar, não ficaram surpreendidos com o ato do batismo, mas com o fato de ele batizar. isto mesmo se depreende da pergunta que lhe fizeram: ‘Então por que batizas, se não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta?’ (Jo 1.25). Eles não perguntaram: ‘Que novo rito é este?’ mas: ‘por que o administras tu?’ o batismo de prosélitos era, para os judeus, coisa natural, visto como consideravam impuros e imundos todos os gentios. Na devida administração do batismo cristão a lavagem tornou-se o sinal da purificação da alma. Quando um gentio se convertia ao Judaísmo, era necessariamente batizado, porque toda a sua vida anterior tinha sido ritualmente impura. o batismo cristão era sinal de purificação moral, ao passo que o de João Batista era intermediário entre o ato cerimonial dos judeus e o emblemático e espiritual dos apóstolos. Mas quanto ao cerimonial necessário no ato judaico ou no ato cristão, a imersão não era essencial – não é provável que os 3.000 convertidos no dia de Pentecoste fossem imersos, ainda que certamente o eram os discípulos de João Batista. o batismo de João achava-se mais ligado às lavagens do cerimonial mosaico do que ao rito cristão. Ele próprio não pertencia ao número dos profetas, nem fez parte do colégio dos apóstolos. E, por essa razão, aqueles a quem João ou os seus discípulos batizaram eram outra vez batizados, quando se convertiam ao Cristianismo (At 19.1 a 5). o batismo cristão acha-se de um modo especial em conexão com o dom do Espírito Santo (Mt 28.19), e com o perdão dos pecados (Mc 16.16). As pessoas próprias para serem batizadas estão indicadas em At 2.41. Em At 8.16 e 22.16 se mostra em nome de quem se devia efetuar o ato batismal – e em Rm 6.3,4 se diz que os crentes em Cristo são ‘sepultados com Ele na morte pelo batismo’.
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batista
Aquele que batiza
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bato
20,82 lts. (líq.)
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batuel
homem de Deus
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baul
hebraico: pela misericórdia de Deus
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baurim
Vila de jovens. Fica entre o rio Jordão e Jerusalém. o nome importa unicamente por causa dos fatos interessantes em relação com o lugar. Foi aqui que Mical voltou para Davi (2 Sm 3.16). Aqui, também, foi Davi amaldiçoado por Rimei, quando fugia de Jerusalém (2 Sm 16.5 a 14). E foi em Baurim que Jônatas e Aimaás se esconderam, descendo a um poço, para escaparem à vingança de Absalão (2 Sm 17.18). Foi igualmente a terra natal de um dos homens fortes de Davi (2 Sm 23.31). Sítio desconhecido.
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bavai
Desejando. Filho de Henadade, chefe do tempo de Neemias, que ajudou a reedificar os muros de Jerusalém (Ne 3.18).
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baval
hebraico: pela misericórdia de Deus
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bazlite
Despojando. Família de servidores do templo, que voltou do exílio com Zorobabel (Ed 2.52 – Ne 7.54).
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bazlute
hebraico: nudeza
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bdélio
(Gn 2.12). Goma aromática, comum no oriente, e é produção da terra de Havilá. Supõem escritores autorizados que a palavra significa pérola, ou qualquer outra pedra preciosa. Diz-se em Nm 11.7 que o maná tem a aparência do bdélio. ora, sendo em Êx 16.14 assemelhado o maná à geada branca, deve o bdélio ter tido o mesmo brilho que tem a pérola e algumas espécies de goma, na ocasião em que esta transuda da árvore.
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bealias
hebraico: Jeová e o Senhor
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bealote
hebraico: senhora ou senhoras possuidoras
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bebai
hebraico: pai
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beber
Engolir ou ingerir líquido
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bebida – bebida forte
A bebida forte, aque se faz referência em is 5.22, era feita de cevada, tendo misturadas diversas especiarias. outras bebidas havia, além do vinho, feitas de mel, de trigo, e de tâmaras. Algumas passagens (Sl 107.27 – is 24.20 e 49.26 e 51.17 a 22) referem-se aos efeitos do uso da bebida forte. Era proibida aos sacerdotes, quando estavam em serviço (Lv 10.9, e também aos nazireus (Nm 6.3).(*veja Embriaguez.)
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beca
Fração. Meio ciclo, quantia equivalente pouco mais ou menos a 6 gramas. Era a contribuição de todo o israelita depois dos vinte anos de idade (Êx 30.12 a 16 – e 38.26). veja também Mt 17.24 a 27.
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becor
hebraico: camelo novo
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becorate
hebraico: primogenitura
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beda
hebraico: filho de Da ou filho de juízo
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bedade
hebraico: sozinho
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bedeias
hebraico: servo de Jeová
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bedias
hebraico: servo de Jeová
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bedicat chamêts
Busca realizada na noite anterior a Pêssach com a finalidade de remover todo e qualquer vestígio de chamêts.
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beeliada
Baal, sabe (1 Cr 14.7). Um filho de Davi. A forma original deste nome tornou-se odiosa para os israelitas por causa da sua relação com o culto de Baal, achando-se, por isso, a palavra mudada em Eliada ‘Deus sabe’ (2 Sm 5.16 – 1 Cr 3.8).
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beelzebube
*veja Baal-Zebube
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beemote
hebraico: cavalo do rio, ou hipopótamo
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beer
Um poço (Nm 21.16). l. Estação dos israelitas além de Arnom – assim chamada por causa do ‘poço’ cavado pelos príncipes do povo. Podemos identificar Beer com o ‘Beer-Elim’, ‘Poço de heróis’ de is 15.8, podendo os heróis ser uma referência aos príncipes e nobres que o cavaram, ou melhor, o mandaram cavar. Cavar o poço era, certamente, uma expressão simbólica. Quando se encontrava um poço e se preparava para uso do povo, ia o chefe da tribo proceder à formalidade de cavá-lo, havendo durante o ato canções, por meio das quais o poeta da tribo celebrava as virtudes da água (Nm 21.17,18). o sítio foi há pouco identificado com um lugar que existe perto das ruínas de El-Modeyne. 2. Lugar para onde fugiu Jotko, filhõ de Gideão, por medo do seu irmão Abimeleque. Acha-se a treze quilômetros ao ocidente de Hebrom (Jz 9.21).
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beer-elim
poço de Elim, ou poço dos heróis
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beer-laai-roi
o poço daquele que vive e me vê. o nome da fonte, onde apareceu um anjo do Senhor a Hagar, quando esta fugia da cólera de Sara, mulher de Abraão (Gn 16.14). Que esse poço ficava no deserto de Berseba, para o ocidente do mar Morto, mostra-se em Gn 21.14 a 21. Esta parte da Arábia do norte parece ter sido a terra de onde Hagar era natural, e não o Egito. Era, pois, de esperar que ela voltasse para o seu próprio povo, quando foi despedida por Abraão. isaque também habitou ali (Gn 24.62 – 25.11). (*veja Hagar, ismael e Muraim.)
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beera
hebraico: poço
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beeri
hebraico: meu poço
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beerote
Poços (Dt 10.6). l. Uma das quatro cidades dos heveus, que se puseram em segurança por meio de um tratado de paz com Josué (Js 9.17) – foi dada a Benjamim (Js 18.25). Era a terra natal dos assassinos de is-Bosete (2 Sm 4.2), e também de um dos heróis de Davi (2 Sm 23.37 – 1Cr 11.39). veja, igualmente, Ed 2.25 e Ne 7.29. Beerote, ou antes El Bireh, cerca de 13 km. ao norte de Jerusalém, é ainda o primeiro lugar de paragem para caravanas, embora seja apenas uma insignificante aldeia com menos de 1000 habitantes. Segundo a tradição, foi ali que Maria e José deram pela falta de Jesus (Lc 2.43). 2. Houve, também, uma estação dos israelitas, que se chamava Beerote-Bene-Zaacã (Dt 10.6 – Nm 33.31).
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beerote-bene-jaacã
hebraico: poços dos filhos de Jaaçã
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beestera
hebraico: templo ou casa de Astarate
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beestra
hebraico: templo ou casa de Astarate
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beijo
Costume de saudação entre os hebreus. No A.T. nota-se o seu uso entre pais e filhos (Gn 27.26) – entre parentes (Êx 4.27) – entre pessoas não aparentadas (2 Sm 20.9). Usava-se no encontro de pessoas, e quando se separavam (Gn 29.11 – Rt 1.14). Podia ser uma prova de homenagem (Sl 2.12), e era assim usado no culto idolátrico (1 Rs 19.18 – os 13.2). No N.T. o beijar os pés a alguém apresenta-se como ato de humilde reverência (Lc 7.45). os crentes saudavam-se uns aos outros, beijando-se (At 20.37 – Rm 16.16 – 1 Ts 5.26 – 1 Pe 5.14).
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beit hamicdash
Templo Sagrado; referente aos dois Templos que existiam em Jerusalém e foram destruídos; moradia de D’us na Terra; local onde eram realizados os sacrifícios e trazidas as oferendas; o Muro das Lamentações é a muralha remanecente que cercava o Segundo Templo.
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bel
hebraico: Senhor
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bel-prazer
Vontade própria; talante; arbítrio.
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bela
hebraico: destruição
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belarmino
Belo Armínio
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belém
Casa do pão, ou lugar de comidal. Belém, que primitivamente se chamou Efrata, era uma das mais antigas cidades da Palestina (Gn 35.19). o seu nome atual é Beit-Lahm. Situada à distância de 10 quilômetros ao sul de Jerusalém, a cidade está em magnífica posição, pois que se acha numa eminência de 600 metros acima do nível do mar, cercando-a montes e fertilíssimos vales, perto da principal estrada que vai da cidade Santa a Hebrom (Rt 2 – Sl 65.12,13). Não tem água, a não ser a que guardam em cisternas, proveniente das chuvas, e a que vem das Fontes de Salomão por meio de um aqueduto. Nenhuma localidade da Palestina tem recordações mais interessantes. Todavia, não se compreende que esta povoação, terra natal de Davi e do ‘Filho de Davi’, sendo também teatro de numerosos e importantes acontecimentos, tenha permanecido na obscuridade durante a sua longa existência. o seu nome mais antigo de Efrata ocorre na história de Jacó. Raquel foi sepultada perto deste lugar. Salma, um neto de Calebe, é chamado o ‘pai dos belemitas’ em 1 Cr 2.51,54. Mais tarde esteve em estreita relação com o país de Moabe, continuando essa amizade até ao tempo de Saul (1 Sm 22.3,4). A vida de Rute familiariza-nos com o seu povo e a sua maneira de viver. Embora Davi tivesse nascido em Belém, a cidade não ganhou coisa alguma nesta conexão com o grande rei, que não edificou ali nenhum monumento, nem a pôs em estado superior às outras cidades do reino. Todavia, quando oprimido terrivelmente por adversários, o seu maior desejo foi beber um pouco de água do velho poço (2 Sm 23.15). Este lugar foi mais de uma vez fortificado. os filisteus tiveram lá uma guarnição (2 Sm 23.14), e mais tarde é Roboão considerado como tendo edificado Belém (2 Cr 11.6): isto quer dizer que Belém foi uma das cidades que ele fortificou para defender a sua posição em Jerusalém. Pelo livro de Ed 2.21 sabemos que cento e vinte e três homens de Belém voltaram do cativeiro com Zorobabel (Ne 7.26). Não diferia esta estalagem materialmente das outras da Palestina, mas tornou-se notável por ser o ponto de partida de quem fazia a grande e penosa viagem para o Egito (Jr 41.17). Foi nesta estalagem, já fora das portas da obscura terra de Belém, que ocorreu o mais memorável acontecimento da história do mundo, em conformidade com a profecia de Miquéias 5.2. Nasceu o Salvador do mundo, não numa cidade, nem mesmo na hospedaria, mas no estábulo da estalagem. Foi daqui, também, que começou a fuga para o Egito, a fim de ser salva a vida do menino Jesus (Mt 2.1 a 15 – Lc 2.4 a 15 – Jo 7.42). A subsequente história de Belém, com uma ou duas exceções, é tão obscura como a passada. o imperador de Roma, Adriano, plantou um bosque idolátrico no sítio da natividade – mais tarde a imperatriz Helena edificou uma igreja no mesmo lugar, templo que ainda hoje ali está. Este templo acha-se circundado por três conventos, pertencentes às igrejas grega, romana e armênia. No século Si foi Belém conquistada aos turcos pelos cruzados, sendo estabelecida uma sede episcopal. 2. Cidade de Zebulom, mencionada somente em Js 19.15. Está à distância de nove quilômetros ao ocidente de Nazaré e chama-se Bet-Lahm, como a sua famosa homônima.
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belga
hebraico: prazenteiro
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belial
Maligno, indignidade. Uma palavra muitas vezes empregada nas Sagradas Escrituras. No seu uso comum significa o que é vil, indigno e inútil, quer se trate de coisas (Sl 41.8), ou de uma pessoa ou classe de pessoas, como ‘homens malignos’ (Dt 13.13), ‘filho de Belial’ (1 Sm 25.17), ‘todos os maus e filhos de Belial’ (1 Sm 30.22). Mas nunca no Antigo Testamento se emprega de uma maneira restrita como nome próprio.
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bélica
Relativa ou pertencente à, ou próprio da guerra.
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bélico
Relativo ou pertencente à, ou próprio da guerra.
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belida
Mancha esbranquiçada na córnea dos olhos
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beligerante
Que faz guerra, ou está em guerra
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belisario
Arremessador de dardos
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belizario
Arremessador de dardos
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belma
hebraico: ilustre
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belsazar
babilônico: Bel protege o rei
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beltessazar
babilônico: Bel ou Belatsur protege sua vida
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belzebu
Satanás, príncipe dos demônios. No AT. Baal era uma deidade de Canaã, cujo nome foi expandido apra Belzebu (que significa Baal Exaltado ou Príncipe Baal).
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bem-ami
hebraico: filho do meu povo
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bem-hamam
hebraico: compassivo
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bemote
hebraico: animal monstruoso ou hipopótamo
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ben
hebraico: filho
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ben-dequer
hebraico: filho de Dequer, ou furo
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ben-dezer
hebraico: filho de Dezer
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ben-hadade
Filho de Hadade. Título religioso dos reis de Damasco, sendo Hadade, ou Adade, o deus da tempestade, na Síria. Era costume juntar este nome aos nomes de indivíduos. 1. Filho de Rezom que, como senhor de Damasco, foi pouco a pouco adquirindo influência e domínio sobre os chefes dos povos vizinhos, até que veio a ser um poderoso monarca, sendo a sua aliança procurada por Baasa, rei de israel, e Asa, rei de Judá. Tendo recebido de Asa um grande tributo, aliou-se com este rei, e então invadiu a parte setentrional de israel, que ele possuiu e devastou até ao tempo de onri ( 1 Rs 20.1 a 34). 2. Filho do precedente rei, a quem sucedeu no trono de Damasco. Quando ele pelejou em Carcar contra os assírios, no ano 854 a.C., foi Acabe um dos seus aliados, mas o maior número de vezes ele esteve em guerra com o rei de israel. (*veja Acabe.) Ben-Hadade cercou Samaria, e nesta ocasião era ele acompanhado de trinta e dois reis tributários. Depois da morte de Acabe, a cidade de Samaria foi novamente sitiada pelo rei de Damasco, que tratou a cidade tão rigorosamente (2 Rs 7), que a fome reduziu os habitantes a terríveis dificuldades, tendo eles recorrido à carne humana para se alimentarem. (*veja Eliseu.) Jorão, o rei israelita, estava sem saber o que havia de fazer, quando as forças sitiantes de repente desapareceram, tomadas de grande pânico. Foi tão completo o socorro que Jorão pôde recuperar o território até Ramote-Gileade (2 Rs 9). Logo depois da sua volta a Damasco, caiu Ben-Hadade doente, e consultou Eliseu sobre o resultado da sua doença. Pouca esperança lhe deu o profeta, dizendo-lhe que seguramente havia de morrer dentro de pouco tempo, embora não fosse isso por virtude da doença que o afligia. Hazael que tinha vindo consultar o profeta, como mensageiro do rei, foi informado por Eliseu de que era ele o homem, que pela providência de Deus estava destinado a ser o sucessor de Ben-Hadade. Esta profecia teve o seu cumprimento, pois que Ben-Hadade foi assassinado por Hazael, que se apoderou do trono (2 Rs 8.15). (*veja Hazael, Acabe, Eliseu, Damasco, Samaria.) 3. Filho de Hazael, e seu sucessor no trono. Não tinha as grandes qualidades de seu pai, como rei e general, e dentro de pouco tempo teve de entregar a Joás, na planície de Esdrelom, as cidades que Hazael tinha conquistado aos israelitas (2 Rs 13.25). Em Am 1.4 é profetizada a destruição de todos os palácios de Ben-Hadade e outros infortúnios que lhe sobrevieram.
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ben-hana
hebraico: filho bondoso
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ben-hesende
hebraico: filho da piedade
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ben-hur
hebraico: filho de Hur
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ben-zoete
hebraico: filho de Zoete
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benadinadabe
hebraico: filho de Abinadabe
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benaia
Jah edificou. l. Um dos oficiais de Davi (2 Sm 23.22,23), filho de Joiada, tinha este nome. Era homem dotado de alma heróica, e distinguiu-se em diversas ocasiões. Foi partidário de Salomão contra as pretensões de Adonias (1 Rs 1.8 e seguintes), e, depois de ter dado a morte a Adonias e a Joabe, comandou o exército (1 Rs 2.25 e 4.4 a 35). No quadro de honra do rei Davi era ele considerado como homem de valor, logo em seguida aos ‘três mais valentes’, sendo os valorosos, mais de trinta (2 Sm 23.20 a 23). o seu filho, que se chamou Joiada, conforme o nome do avô, foi também pessoa do conselho do rei (1 Cr 27.34). 2. Um dos homens valentes de Davi e era piratonita (2 Sm 23.30 – 1 Cr 11.31). 3. Príncipe de Simeão (1 Cr 4.36). 4. Um dos sacerdotes de Davi em Jerusalém. Era cantor, e um dos que se faziam ouvir com alaúdes (1 Cr 15.18,20,24 – 16.5,6). Há, ainda, umas oito pessoas com este nome no Antigo Testamento, mas pouco se consegue saber a respeito delas.
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benais
hebraico: Jeová edificou, virtuoso
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benana
hebraico: compassivo
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bencail
hebraico: filho da fortaleza
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bênção
l. A consciência judaica do poder e amor de Deus achou natural expressão em palavras de louvor, reconhecendo a Sua bondade e misericórdia. ‘Bendito o Senhor Deus de israel’ (1 Sm 25.32, etc.) é uma frase do Antigo Testamento freqüentes vezes em relação com especiais ou gerais mercês. A adaptação da bênção a circunstâncias do N.T. é instrutiva. Zacarias, na sua visão de glória vindoura, faz uso da antiga frase: ‘Bendito seja o Senhor Deus de israel’ (Lc 1.68). ‘Bendito’ é Cristo, como vindo em nome do Senhor (Mt 21.9, etc. ). o Senhor é ‘bendito’ como o ‘Deus Pai de nosso Senhor Jesus Cristo’ (Ef 1.3, etc.). 2. Assim como Deus é ‘bendito’, assim também o são aqueles que confiam Nele e andam nos Seus caminhos. Comparai as bem-aventuranças dos Salmos (1.1, etc.) com as bem-aventuranças do Sermão da Montanha (Mt 5.3). 3. A bênção do alimento na ocasião das refeições – o dar graças a Deus pelo mantimento – costume judaico cuidadosamente observado, encontra-se quatro vezes mencionada nos Evangelhos: na alimentação dos cinco mil, e dos quatro mil, na última Ceia, e na refeição de Emaús. 4. A última ação de Jesus na terra foi a bênção dada aos discípulos (Lc 24.51).
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bendita
Aquela que é abençoada
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bendito
Aquele a quem se abençoou, Abençoado, Bom, Feliz.
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bendizer
louvar grandemente, glorificar (Sl. 34, 1).
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bene
hebraico: filho
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bene-abinadade
hebraico: filho de Abinadabe
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bene-beraque
hebraico: filho de Beraque
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bene-geber
hebraico: filho de Geber
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bene-geder
hebraico: filho de um herói
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bene-hadade
hebraico: filho de Hadade, supremo Deus da Síria
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bene-hail
hebraico: filho de força
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bene-hana
hebraico: filho da graça
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bene-hesede
hebraico: filho de benevolência
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bene-jaaca
hebraico: filhos de inteligência ou da necessidade
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bene-jacam
hebraico: filho da necessidade
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bene-jasem
hebraico: filho admirável, ou dormindo
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bene-zoete
hebraico: filho de Zoete
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beneplácito
Consentimento; aprovação
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benesede
hebraico: filho de benevolência ou Hesede
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benevolência
Boa vontade; complacência.
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benevolente
O que tende a fazer o bem, bondoso, benfeitor.
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benfeitor
Esta palavra somente se encontra no vers. 25 do cap. 22 de S. Lucas: ‘os que exercem autoridade são chamados benfeitores’. A referência é ao título, tomado por certos reis. Ptolomeu, rei do Egito, é assim intitulado: ‘Evergetas’ ou Benfeitor.
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bengeber
hebraico: poço de Geber
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benignidade
Qualidade de ser bom.
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beninon
hebraico: lamentação
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beninu
hebraico: nosso filho
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benjamim
Filho da mão direita. 1. Nomeque lhe foi dado por seu pai Jacó. A sua mãe moribunda tinha dado à recém-nascida criança o nome de Benoni, filho da minha aflição (Gn 35.18). Benjamim era dos doze filhos do patriarca Jacó o mais novo, e teve com o seu irmão José, filho da mesma mãe, a mais afetuosa estima da parte de seu pai. Benjamim era a grande consolação do seu idoso pai, e correspondia com igual afeto à grande amizade que lhe tinha o seu irmão José, mais velho do que ele (Gn 45.14). Nasceu na Palestina, entre Betel e Belém, e a sua vida, quando foi dado à luz, custou a vida de sua mãe (Gn 35.16 e seguintes). Nada mais se sabe de Benjamim até àquela ocasião em que seus irmãos tiveram de ir ao Egito para comprar trigo. Revela-se, então, o seu caráter como bem amado filho e querido irmão. É ele o favorito de toda a família, e ainda que pai de numerosa descendência, foi sempre considerado como aquele de quem o resto da família devia ter especial cuidado (Gn 46.21 – 44.20). A partir de então a sua vida se extingue na da tribo, a que deu o seu nome. Ele, que parece ter sido o menos varonil dos doze, foi o fundador de uma tribo de guerreiros temíveis. Mas a fortaleza e as qualidades guerreiras desta gente provinham do seu escabroso país que estava também exposto aos ataques dos seus inimigos de fora. Que isto havia de ser assim, foi anunciado por Jacó à hora da sua morte (Gn 49.27). 2. Um descendente de Harim (Ed 10.32). 3. Um daqueles que tomaram parte na reedificação dos muros de Jerusalém (Ne 3.23). Provavelmente o mesmo que o dos números 4 e 5. 4. (Ne 12.34). 5. (1 Cr 7.10).
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benjamin ou benjamim ou binyamin
filho da felicidade
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benjamlm, tribo de
Ainda que pequena, esta tribo foi, de uma maneira especial, enérgica e belicosa. Ainda caminhavam no deserto, e já os seus guerreiros eram mais de 35.000 (Nm 1.37) – mas foi aumentado o número de modo que, quando os israelitas entraram na Terra da Promissão, já havia nesta tribo 45.600 combatentes (Nm 26.41). Depois da conquista da Palestina, aquele temperamento belicoso dos benjamitas foi a causa de se envolverem em guerra com as outras tribos, pois que se recusaram a entregar à justiça certos homens criminosos: e o resultado de tudo isto foi que na peleja acabou aquele forte exército, à exceção de 600 guerreiros, que se refugiaram no deserto de Rimom (Jz 20.47). Todavia, apesar de ter sido quase exterminada a tribo de Benjamim, refez-se tão depressa que, quando Davi era rei, eles puderam reunir um exército de quase 60.000 – e durante o reinado de Asa chegou o seu numero a 280.000, todos eles armados e adestrados. É certo que a amizade dos benjamitas com os seus irmãos de Judá foi de grande beneficio para ambas as tribos. os laços que uniam estes dois povos aguerridos tornaram-se ainda mais estreitos pelo fato de Davi, depois de expulsar de Sião os jebuseus, ter feito daquela fortaleza a sua própria capital, sendo ele já rei de todo o povo de israel. E Sião, ou Jerusalém, formava uma parte do território de Benjamim, que ficava ao lado, ou para melhor dizer, quase dentro do território de Judá. Quando morreu Salomão, as duas tribos, Judá e Benjamim, permaneceram fiéis, e formaram um reino à parte (1 Rs 12.21), que simplesmente tinha o nome de Judá. Saul, o primeiro rei de israel, era da tribo de Benjamim (*veja Saul e Davi).
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beno
hebraico: seu filho
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benoni
hebraico: filho da minha tristeza ou tribulação
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bensabat
nascido no Sábado
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benui
hebraico: pela misericórdia de Deus
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benzoete
hebraico: filho de Zoete, corpulento
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beom
hebraico: casa de habitação
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beor
hebraico: facho
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bequel
hebraico: camelo novo
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bequer
Camelo novo. 1. o segundo filhode Benjamim. Foi um dos quatorze descendentes de Raquel, que se estabeleceram no Egito (Gn 46.21 – 1 Cr 7.6,8). A esta família pertencia aquele Seba (2 Sm 20), que se revoltou contra Davi depois da morte de Absalão. (*veja Seba.) Bequer foi um dos antepassados de Saul e Abner, seguindo-se as gerações nesta ordem: Bequer, Abias, Becorate, Zeror, Jeiel, Ner, Quis, Saul (1 Cr 7.8 – 1 Sm 9.1 – 1 Cr 9.36). Abner era irmão mais novo de Quis, e por isso tio de Saul. 2. Filho de Efraim (Nm 26.35).
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bera
hebraico: poço, excelência, dom
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beraca
Bênção. 1. Guerreiro benjamita,afeiçoado a Davi (1 Cr 12.3). Juntou-se às tropas deste rei em Ziclague. 2. Vale perto de Tecoa, ao sul de Judá, identificado com o moderno Beireicute. Está na altura da estrada principal de Belém a Hebrom. Este Vale de Bênção foi o lugar de grande regozijo e de uma festa de ação de graças do rei Josafá e seu povo, depois da derrota dos amonitas e moabitas pela imediata intervenção de Deus (2 Cr 20.26).
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berach
Um dos passos do sêder de Pêssach, quando ao final da refeição, recita-se o Bircat Hamazon, Bênção de Graças após a refeição.
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beraias
hebraico: Jeová criou
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berede
hebraico: saraiva
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beréia
Cidade que hoje tem o nome de Verria ou Kara Verria, e está situada na rampa oriental da serra do olimpo, na base do monte Bermios, na Baixa Macedônia. o fato de estar no caminho da viagem de S. Paulo, explica ter sido escolhida esta povoação para refúgio do Apóstolo e Silas, quando estes foram obrigados a deixar Tessalônica (At 17.10). Foi a terra natal de Sópatro, um dos companheiros de Paulo (At 20.4). Tanto os judeus como os gregos de Beréia receberam de boa vontade as doutrinas do Evangelho (At 17.12). Aqui se demorou Paulo, tendo cuidado dos seus convertidos de Tessalônica, até que os judeus deste lugar novamente excitaram o povo, e então o Apóstolo saiu de Beréia. Na sua viagem para a cidade de Atenas, ele foi guiado por alguns dos novos crentes desta terra. Atualmente o número dos seus habitantes é de 15.000 a 20.000, constando de turcos e gregos. os seus produtos são arroz, kuta, mármore, e artigos manufaturados de algodão.
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berequias
o Senhor abençoa. 1. Filho de Zorobabel, e descendente de Joaquim, rei de Judá (1 Cr 3.20). 2. Pai de Asafe, o principal dos cantores (1 Cr 15.17). 3. Levita que viveu perto de Jerusalém (1 Cr 9.16 e 15.23). Era filho de Asa. 4. Um efraimita (2 Cr 28.12). Foi um dos principais da sua tribo, no tempo de Acaz. 5. o pai de Mesulão, estando na lista dos que reedificaram os muros de Jerusalém (Ne 3.4,30 e 6.18). 6. o pai do profeta Zacarias (Zc 1.1,7).
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bereshit
Lit. “No princípio” o primeiro dos cinco volumes da Torá.
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beri
hebraico: homem de um poço
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beria
hebraico: grito de dor
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berias
1. Este triste nome, que lembrava grande infelicidade, foi dado ao filho de Efraim por causa de uma tragédia doméstica (1 Cr 7.21 a 23). os filhos de Efraim tinham ido buscar o seu gado, e nessa ocasião foram assassinados pelos homens de Gate – e, quando nasceu outro filho a Efraim, foi-lhe posto o nome de Berias, ‘porque as coisas iam mal na sua casa’. 2. Filho de Aser, do qual descendeu a família dos beritas (Gn 46.17 – Nm 26.44,45 – 1 Cr 7.30,31). 3. Filho de Elpaal, e bergamita por adoção, por causa dos serviços prestados ao povo de Benjamim, quando os habitantes de Gate foram expulsos. Ele e seu irmão Sema foram nos tempos primitivos chefes dos moradores de Ajalom (1 Cr 8.13). 4. Filho de Simei, levita e gersonita, que vivia no tempo de Davi (1 Cr 23.10,11).
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berilo
Em Êx 28.20 e 39.13 é a turqueza. Esta jóia era a décima pedra, ou a primeira da quarta ordem, engastada no peitoral do sumo sacerdote. Não se sabe bem que espécie de pedra era essa. Era, também, a oitava das pedras preciosas que formavam os fundamentos da Jerusalém Celestial (Ap 21.20), onde, provavelmente, significa o moderno berilo, que é muito semelhante à esmeralda. Plínio descreve-a como sendo de cor verde-mar.
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berite
hebraico: poço de Deus
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berodaque-balada
persa: Merodaque deu um filho
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berota
hebraico: poços
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berotal
hebraico: poços do Senhor
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bersabé
filha do juramento
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berseba
Poço do Juramento, mas segundooutros, Poço dos sete (Gn 21.22 a 33 – 26.26 a 33). Tendo sido outrora um sítio de certa importância, é hoje, sob o nome moderno de Bir-es-Seba, apenas um lugar de ruínas, com dois imensos poços, cercados de bebedouros de pedra para uso dos animais. Embora não estivesse na extremidade de Judá, pois estava a uns 95 km para dentro do território da Palestina, existia à beira das terras cultivadas de Simeão, e por isso era costume na conversação vulgar significar Berseba o limite meridional de todo o país: nisto se originaram as freqüentes frases: ‘De Dã até Berseba’ (2 Sm 17.11), de ‘Geba até Berseba’ (2 Rs 23.8). Foi perto deste poço, ou poços, que Abraão, isaque e Jacó, residiram, ali matando a sede de seus rebanhos. Situada a cidade cerca de 32 km ao sul de Hebrom, caiu, por fim, nas mãos de Simeão (Js 15.28 e 19.2). Em Berseba também viviam os filhos de Samuel (1 Sm 8.2), e em tempos posteriores chegou a haver nesta povoação imagens, com as quais pretendiam representar o verdadeiro Deus (Am 5.5 – 8.14). Alguns dos que voltaram do exílio estabeleceram ali a sua residência no tempo de Neemias (Ne 11.27,30). Além dos dois poços circulares, acima mencionados, com 15 metros de profundidade, há indícios de que outros poços ali havia, mas é duvidoso que tenha sido de sete o seu número. Na história dos primeiros tempos do Cristianismo ocorre o nome de Berseba em listas eclesiásticas, como cidade episcopal sob a jurisdição do Bispo de Jerusalém (620 d.C.).
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berta
Brilhante, gloriosa
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berzelai
homem de ferro
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besai
hebraico: pisado pelo Senhor
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beseleel
na sombra de Deus
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beseque
hebraico: relâmpago
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besodeias
hebraico: no concilio do Senhor
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besodias
hebraico: familiar de Jeová
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besor
hebraico: frialdade
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besta ou animal
Significa Rei ou Reino conforme Daniel 7:17 e 23
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bestialidade
Conjunção carnal com animais.
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besuntar
Mudar; sujar; deturpar; lambuzar
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betá
Confidência. Era uma cidade pertencente a Hadadezer, da qual levou Davi um grande despojo de bronze (2 Sm 8.8). Em 1 Cr 18.8 vem a mesma povoação com o nome de Tibate.
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betacarão
hebraico: casa da vinha
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betacarem
hebraico: casa da vinha
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betana
hebraico: lugar alto
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betânia
A casa das tâmaras. É muito interessante o caso de esta povoação, tão relacionada com a vida do nosso Salvador, ter atualmente o nome de el-Azeriete, a ‘vila de Lázaro’. Está situada na encosta, a sudeste do monte das oliveiras, 670 metros acima do nível do mar, distante 1600 metros do cume, e 3 km de Jerusalém, perto da estrada de Jericó (Jo 11.18 – Mc 10.46). Foi a povoação onde Jesus recebeu hospitalidade da família de Lázaro, e onde se deu a ressurreição deste seu amigo (Jo 11.1 a 46 e 12.1) – foi a residência de Simão, o leproso (Mt 26.6) – e dali partiu Jesus para Jerusalém, no dia em que foi recebido nesta cidade de uma maneira triunfal (Mc 11.1). igualmente em Betânia Jesus descansou de noite, na semana anterior à Sua crucificação, e ai se realizou a Sua ascensão (Mt 21.17 e Lc 24.50).
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betänia
casa do pobre
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betaram
hebraico: casa do alto
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betavem
hebraico: casa da vaidade
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bete
hebraico: casa
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bete-acarem
hebraico: casa da vinha
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bete-anate
Templo da deusa Anate. Fortaleza, ou ‘cidade murada’ de Naftali, na qual permaneceram os primitivos habitantes, depois de ter sido conquistado o resto do país pelos israelitas (Js 19.38), ficando sujeitos aos seus conquistadores com o fim somente de trabalharem nas obras públicas (Jz 1.33). É hoje Aenitha, na alta Galiléia.
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bete-anote
templo ou casa de Anote
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bete-arã
Casa da montanha. Cidade de Gade ao oriente do Jordão (Js 13.27). Bete-Harã em Nm 32.36. Sendo primitivamente uma cidade dos amorreus, foi depois fortificada por Gade. o seu nome moderno é Tell-er-Rameh. Esta povoação está 200 metros acima do nível do mar, quase defronte de Jericó, entre Hesbom e o Jordão. Perto deste lugar havia umas fontes de água quente, que se dizia serem eficazes contra a lepra, sendo por isso um lugar de banhos muito freqüentado. Herodes, o Grande, tinha ali um palácio, e Herodes Antipas cercou-o de muros.
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bete-araba
hebraico: casa do deserto
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bete-arabim
hebraico: casa da multidão
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bete-arbel
hebraico: casa de emboscada, ou casa da cilada de Deus
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bete-asbeia
hebraico: casa que eu seja testemunha
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bete-avem
hebraico: casa do nada, ou idolatria
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bete-áven
Casa de iniquidade, ou de idolatria. 1. Lugar ao oriente de Betel (Js 7.2), situado entre Betel e Micmás (1 Sm 13.5). o seu sítio não foi ainda identificado, mas é certo ter sido na extremidade do deserto (Js 18.12). 2. Um sinônimo injurioso de Betel (os 4.15, 5.8 – 10.5).
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bete-azmavete
hebraico: casa da morte valente
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bete-baal-meom
Casa de Baal-Meom. Cidade moabita dada a Rúben. Ficava ao norte de Arnom, um pouco ao sul do monte Nebo, a leste do Jordão (Js 13.17). Foi primeiramente chamada Baal-Meom (Nm 32.38), a que juntaram os israelitas o prefixo Bete. Também tinha o nome de Bete-Meom (Jr 48.23) e de Beom, uma condensada forma da palavra (Nm 32.3). É um dos lugares, mencionados na ‘Pedra Moabita’, e nesta se diz ter o rei Mesa edificado, ou reedificado, aquela cidade. o seu sítio é notado por algumas ruínas, que têm o nome de ‘Fortaleza de Miun’.
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bete-bara
Casa do vau. Um lugar de Gade, ao oriente do Jordão (Jz 7.24). Aqui alcançou Gideão uma grande vitória, indo contra os midianitas – e foi este sítio o termo da incursão dos homens de Efraim. As águas a que o texto se refere eram os Hachos que corriam dos montes de Efraim, e iam desaguar no rio Jordão.
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bete-basi
hebraico: casa de Basi
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bete-bata
hebraico: casa de confiança
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bete-bera
hebraico: lugar do deserto ou casa do vau
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bete-beri
hebraico: casa da minha criação ou casa do vau
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bete-birai
hebraico: lugar da cidade, casa por Deus
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bete-biri
Casa da minha criação. Cidade de Simeão (1 Cr 4.31), aquele mesmo lugar que se chama Bete-Lebaote em Js 19.6. Ficava situada na parte mais meridional da Terra Santa, nas proximidades de Berseba.
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bete-car
A pastagem das ovelhas ou a casa de um cordeiro. Foi este o lugar onde os israelitas cessaram de perseguir os filisteus, tendo sido a perseguição desde Mispa (1 Sm 7.11). Pelo texto se infere que a cidade, ou fortaleza, estava edificada no alto de um monte. Aqui, também, Samuel colocou uma pedra (vers. 12), e lhe chamou Ebenézer, em memória do auxilio que o Senhor tinha dado aos homens de israel, e também como sinal do fim da perseguição.
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bete-dagom
Casa de Dagom. 1. Cidade deJudá, cujo nome mostra que o culto prestado ao deus Dagom pelos filisteus tinha-se propagado além dos limites da Filístia. A sua posição era nos sítios baixos de Judá, mas a verdadeira localidade ainda não foi identificada, sabendo-se apenas que ficava perto de Gede-rote (Js 15.41). 2. Cidade nos limites de Aser, e perto da costa. Foi uma possessão dos filisteus (Js 19.27), e agora é conhecida pelo nome de Tell d”Auk.
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bete-diblataim
hebraico: casa da pasta de figo
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bete-edem
hebraico: casa do prazer
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bete-emeque
hebraico: casa do vale
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bete-equede
hebraico: casa de Equede ou casa do vale
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bete-ezel
hebraico: casa ao lado ou casa da proximidade
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bete-gader
hebraico: casa do muro
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bete-gamul
hebraico: casa dos camelos
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bete-gamur
hebraico: casa de perfeição ou casa dos camelos
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bete-haca-cherem
hebraico: casa da vinha
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bete-hana
hebraico: casa da Hana
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bete-haquerem
Casa da vinha. Uma estação com farol entre Tecoa e Jerusalém, sob o domínio de Recabe (Ne 3.14 – Jr 6.1). Este tem sido identificado com Ain-Karim, que fica um pouco ao sudoeste de Jerusalém. Como praça militar estava bem situada, porque achando-se superior às terras circundantes, a sua luz no alto se tornaria visível a toda a região em volta. Veja Jr 6.1: ‘tocai a trombeta de Tecoa, e levantai o facho sobre Bete-Haquerém.’ Era, também, lugar de abundância, que merecia ser protegido. As pedras sobre as quais deviam, talvez, ter sido postos os luzeiros, tendo uma delas 12 metros de altura e 40 metros de diâmetro, ainda se podem ver no topo da montanha.
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bete-hara
hebraico: lugar alto
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bete-haraquem
casa da vinha
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bete-haraquezem
hebraico: casa da vinha
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bete-hogla
hebraico: casa de perdiz
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bete-horom
Casa da caverna. Havia doissítios com este nome em Efraim, respectivamente chamados ‘o superior’ e ‘o inferior’, perto da fronteira de Benjamim (Js 10.10). os lugares representantes destas duas povoações se chamam hoje Beit-Ur el Foca e Beit-Ur el Tahta, significando uma palavra ‘o lugar mais alto’ e a outra ‘o lugar mais baixo’. o fundador destas duas vilas foi Seerá, filha de Berias, que em 1 Cr 7.24 se diz tê-las edificado. A referência que 1hes é feita em 2 Cr 8.5, implica que Salomão as reedificou e as converteu em fortalezas. A posição de Bete-Horom na orla do planalto, mesmo ao pé da descida para a fértil planície de Sarom, e sobre a grande estrada que parte de Jerusalém, tornou esse lugar de grande importância do ponto de vista militar. Quando Gibeom foi ameaçado pelos cananeus da baixa região, Josué derrotou-os e perseguiu-os, subindo a ladeira de Bete-Horom e continuou a feri-los na descida de Bete-Horom (Js 10.10,11). E mais tarde, nos perturbados tempos do reinado de Saul, os filisteus que estavam acampados em Micmás tinham sob a sua ação estratégica aqueles lugares. Depois disto refortificou Salomão tanto a Bete-Horom de cima, como a Bete-Horom de baixo – e também Gezer (1 Rs 9.17 – 2 Cr 8.5). Foi passando por Bete-Horom que os egípcios invadiram Judá durante o reinado de Roboão. A estrada agora é de pouco uso, mas por certos restos de calçada sabemos que os romanos não desprezaram tão importante posto, que protegia a principal linha de comunicação entre Jerusalém e a costa.
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bete-jesmote
hebraico: casa das devastações
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bete-le-afra
hebraico: casa do pó
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bete-lebãote
hebraico: casa da leoa
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bete-maaca
hebraico: prado da casa de Maacã
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bete-marcabote
hebraico: casa de carros ou carroças
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bete-melo
hebraico: casa de Melo ou Semeate
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bete-memra
hebraico: caso do leopardo
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bete-meom
hebraico: casa de habitação
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bete-meraque
hebraico: casa de retirada
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bete-milo
hebraico: casa de Milo
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bete-nimra
hebraico: casa da água fresca ou cristalina
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bete-pelete
hebraico: casa de fuga
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bete-peor
hebraico: casa de Peor
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bete-querem
hebraico: casa de Querem ou casa de vinha
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bete-rabim
hebraico: casa da multidão
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bete-rafa
hebraico: casa de Rafa ou casa de um gigante
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bete-rapazes
hebraico: casa de dispersão
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bete-recobe
hebraico: casa ou lugar de largueza
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bete-sã
casa do descanso
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bete-samis
hebraico: casa do sol
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bete-seã
Casa de sossego. Cidade distante seis quilômetros ao ocidente do rio Jordão, ficando 29 quilômetros ao sul do mar de Tiberíades. Foi, por muito tempo, conhecida como Citópolis, talvez por ter sido conquistada pelos citas cerca do ano 600 a. C. Estava situada entre a província de Galiléia e a de Samaria, na orla da grande planície do Jordão, dentro dos confins de issacar, mas cedida a Manassés (Js 17.11 – Jz 1.27). Quando os filisteus derrotaram o rei Saul na batalha de Gilboa, dependuraram o seu corpo, como era costume entre eles, nas muralhas de Bete-Seã (1 Sm 31.10). Bete-Seã ficou então, evidentemente, pertencendo à Filístia, mas tempos depois achamo-la fazendo parte do reino de Judá (1 Rs 4.12). A casa de Salomão era abastecida por Bete-Seã, que nesta ocasião compreendia todas as terras em volta, estando ao cuidado de um oficial do comissariado do rei. Visto como uma guarnição era ali sustentada pelos filisteus, fazendo também os cananeus parte da sua população (Jz 1.27), pensa-se que a cidade caiu em poder dos israelitas durante o reinado de Davi. Depois do exílio, e quando os gregos dominavam, foi chamada Citópolis, nome que depois se desvaneceu, revivendo a antiga designação. Nos primeiros séculos do Cristianismo foi famosa como sede de uma escola cristã. o seu atual nome de Beisân é apenas para indicar algumas belas ruínas – mas no tempo de Jesus Cristo era um dos mais importantes lugares da Decápolis.
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bete-seba
hebraico: filha de juramento
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bete-semes
Casa do Sol. 1. Cidade da fronteira, em terreno acidentado ao nordeste das montanhas de Judá, embora tivesse sido possessão da tribo de Dã (Js 15.10). Hoje é conhecida pelo nome de Ain-Semes, perto da região baixa da Filístia. Que ela estava situada em sítio baixo, ou, numa cova, claramente se depreende pelo pedido feito aos habitantes de Quiriate Jearim para que descessem e levassem a arca para a sua terra (1 Sm 6.21). os filisteus ficaram aterrorizados com a posse da arca, e, quando a enviaram para fora de Ecrom, foi escolhido para a receber o campo de ‘Josué, o bete-semita’. Bete-Semes foi teatro de uma batalha entre Jeoás, rei de israel, e Amazias, rei de Judá (2 Rs 14.11 a 13). Foi também tomada pelos filisteus (2 Cr 28.18), quando fizeram uma incursão por este e outros lugares durante o reinado de Acaz. Bete-Semes era um território que tinha feito parte de certo comissariado de Salomão (1 Rs 4.9). Tanto em Bete-Semes como nos seus arredores prestava-se amplamente culto ao Sol, o que pode ser provado pelas ruínas que ainda existem. 2. Cidade nos limites de issacar (Js 19.22), talvez Ain esh-Shemsiyeh, onze quilômetros ao sul de Bete-Seã, no vale do Jordão. 3. Cidade murada de Naftali, cujos habitantes cananeus não tinham sido expulsos pelos israelitas, mas obrigados a pagar uma contribuição (Js 19.38). 4. Cidade do Egito, chamada om (*veja este nome), onde se adorava o Sol: em grego tinha o nome de Heliópolis. Esta povoação ainda na idade Média se chamava Ain-Semes (Jr 43.13).
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bete-semis
hebraico: casa do sol
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bete-sita
casa da acácia
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bete-tapua
hebraico: casa de macas
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bete-zefom
hebraico: casa do desejo ou Zefem
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bete-zur
Casa de rocha. Cidade nas montanhas de Judá (Js 15.58), dominando a estrada principal de Berseba e Hebrom para Jerusalém. Foi fortificada pelo rei Roboão (2 Cr 11.7) – e os seus habitantes auxiliaram Neemias na reedificação dos muros de Jerusalém depois do cativeiro (Ne 3.16). Tendo sido primitivamente o lugar mais forte de toda a Judéia, é hoje representada por uma simples aldeia, no meio de antigas ruínas, à distancia de sete quilômetros de Hebrom.
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betel
Casa de Deus. l. A importância de Betel na história bíblica não se pode bem avaliar pelo número de vezes (65), que aparece na Bíblia. Fica no centro da terra de Canaã, 19 km ao norte de Jerusalém, perto de Luz. Foi Jacó quem lhe deu o nome (Gn 28.19 – 35.1-15). Quando se deu a tomada da cidade por Efraim, desapareceu o nome de Luz, prevalecendo o de Betel, dado a todo aquele sítio (Jz 1.22). Betel já era conhecido como santuário quando a Palestina foi dividida nos reinos de israel e Judá. E Jeroboão estabeleceu ali eem outro lugar um culto idolátrico, com o fim de impedir o povo israelita de ir a Jerusalém para adorar a Deus. Foi em Betel que ele pôs um dos bezerros de ouro, organizando um sacerdócio, ordenando festas, e promovendo peregrinações aos altares que ele tinha levantado (1 Rs 12.28). Em conseqüência desta idolatria veio de Judá um homem de Deus (1 Rs 13.1 a 3), e mais tarde Amós, que profetizaram, dirigidos por Deus, contra Betel. Amós desempenhou finalmente a sua missão, mas foi avisado pelo sumo sacerdote de Jeroboão de que deixasse a cidade. oséias também profetizou contra Betel. As profecias foram cumpridas, quando Josias, rei de Judá, destruiu os seus altares e ídolos, queimando sobre eles ossos de homens mortos (2 Rs 23.15, 16). Antes desta destruição era Betel o ‘santuário do rei’, e o ‘templo do reino’ (Am 7.13). Pelo que diz Amós no cap. 8 vers. 5 e seguintes, sabe-se que Betel foi um importante centro comercial, contando entre os seus moradores um considerável número de ricos negociantes. Que estes homens do comércio não eram honestos, depreende-se do que o profeta vai dizendo por palavras claras – e foi por causa destas coisas, bem como pela sua idolatria, que o notável lugar teve de sofrer. A sua opulência foi causa de outras perversidades, de maneira que tinha dito Amós que Betel seria reduzida a nada (Amós 5.5) – e oséias alcunhou-a de Bete-Áven (os 4.15), Casa da iniquidade. Entre outras referências a Betel, sabe-se que nos perturbados tempos dos juizes estava o povo acostumado a ir ali, à ‘Casa de Deus’, com o fim de consultar o Senhor (Jz 20.18, 26,31 e 21.2), pois achava-se nesse santuário a arca da aliança, ao cuidado de Finéias, e ali se recorria aos sacrifícios pela paz, e aos holocaustos. Samuel também foi a Betel na sua visita às cidades santas (1 Sm 7.16). Note-se que o culto ao Senhor continuou em Betel ao lado do culto a Baal, e com aquelas extravagantes formas de idolatria estabelecidas por, Jeroboão. Estavam assim as coisas, quando Eliseu visitou os ‘discípulos dos profetas’ (2 Rs 2.2, 23), e foi escarnecido pelos rapazes. Jeú apoderou-se do trono, e, destruindo o culto de Baal, elevou a um grau de superioridade o culto do bezerro, implantado por Jeroboão (2 Rs 10.29). Começou, então, um período de crescente prosperidade para Betel, até que, no tempo de Jeroboão ii, se tornou de novo a residência real, havendo palácios de ‘pedra’ e ‘marfim’ para habitação de verão e de inverno, em grande suntuosidade (Am 3.15 e 7.13). Todavia, quando o reino de israel foi invadido e assolado, pelo rei da Assíria, o bezerro de ouro foi levado de Betel por Salmaneser, tendo ficado ali os sacerdotes para que ensinassem ao povo como deviam adorar ao Senhor, ‘o Deus da terra’ (2 Rs 17.27, 28). Este corrompido culto se extinguiu por completo com os drásticos métodos de Josias, como já se disse. 2. Cidade ao sul de Judá, tendo sido um dos retiros de Davi, quando fugia de Saul (1 Sm 30.27). Talvez, também, o lugar mencionado em Js 12.16.
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béten
entranha
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beter
profundidade
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betesaida
casa da pesca
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betesda
Casa de misericórdia. Nome de um tanque ou reservatório de Jerusalém, perto do mercado das ovelhas (Jo 5.2 a 7). o fornecimento de água era intermitente, explicando-se assim o movimento da água (vers. 3), e a resposta do enfermo a Jesus, usando da palavra ‘agitada’ ou ‘movida’ (vers 7). A menção que se faz de cinco alpendres pode indicar que se trata de dois tanques, porque os alpendres constavam de galerias que eram levantadas sobre os quatro lados, com uma separação que dividia o tanque em duas partes. Estas galerias deviam dar ampla acomodação a grande número de inválidos que ali se reuniam para receber benefícios do movimento das águas. Foi novamente descoberto este lugar em 1888, perto da igreja de Sant”Ana, e consta de dois tanques, tendo cada um deles 18 metros de comprimento por 3,5 metros de largura, colocados juntos em todo o seu comprimento.
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betesemes
casa do sol
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betezel
hebraico: lugar de proximidade
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betfagé
Casa de figos verdes. (A palavra traduzida por ‘começou a dar seus figos’ em Ct 2.13 é ‘phagim’). Este lugar está perto de Betânia, no monte das oliveiras, na estrada entre Jericó e Jerusalém (Mt 21.1 – Mc 11.1 – Lc 19.29). As posições relativas de Betfagé e Betânia, e destas para com Jerusalém, têm sido diversa mente compreendidas. Quando Jesus vinha de Jericó parece ter entrado em Betfagé antes de chegar a Betânia, e por isso o mesmo lugar de Betfagé ficaria provavelmente um pouco abaixo daquela cidade para o lado do oriente.
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bethania
Aquela que é simples, humilde
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betia
hebraico: filha de Jeová
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betias
hebraico: filha do Senhor 1 Cr 4.18
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betonim
pistaque- amêndoas
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betorom
hebraico: casa de abertura
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betsabé
a viçosa
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betsabeia
hebraico: filha de juramento
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betsaida
Casa da pesca. Parece ter havido dois lugares com este nome: um deles foi a terra natal de André, Pedro e Filipe – o outro estava perto do sítio onde se deu a alimentação das 5000 pessoas. 1. A primeira destas povoações, Betsaida da Galiléia, ficava ao noroeste do lago de Genesaré, à beira da água, não muito distante de Cafarnaum (Mt 11.21 – Mc 6.45 – Lc 10.13 – Jo 1.44). A existência desta Betsaida é, contudo, negada por muitos homens doutos. 2. A outra Betsaida, onde se realizou o milagre da multiplicação dos pães (Lc 9.10 a 17), ficava no lado oriental do lago, perto da foz do Jordão. Perto estava, também, o deserto de Betsaida (Mt 14.15 a 21 – Lc 9.10). A povoação, tendo sido apenas uma aldeiaem outros tempos, foi reedificada, embelezada, e elevada à categoria de cidade por Filipe, o tetrarca, que lhe deu o nome de ‘Julias’ em honra de Júlia, filha do imperador romano César Augusto. Diz-se que Filipe ali morreu e foi sepultado. o lugar das ruínas de El-Tell, numa encosta ao oriente do Jordão, tem sido identificado com Betsaida Julias. Se houve apenas uma Betsaida, como muitos supõem, era esse o lugar que umas vezes se acha incluído na Galiléia, e outras vezes como pertencente aos gaulanitas. (*veja o mapa de israel no tempo de Jesus)
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betseba
hebraico: filha do juramento 2 Sm 11.3
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betsur
hebraico: casa de pedra
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betuel
Homem de Deus. 1. Filho de Naor, irmão de Abraão, e pai de Rebeca (Gn 22.22,23 – 24.15,24). Chamava-se (Gn 25.20) ‘Betuel, o arameu’. Ainda que o nome se veja diversas vezes, todavia a própria pessoa só uma vez aparece (Gn 24.50), e supõe-se que a sua morte ocorreu logo depois. 2. Cidade simeonita (1 Cr 4.30). Em Js 15.30 chama-se Quesil, e Betul em Js 19.4.
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betul
hebraico: virgem, separado
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betume
Esta substância era colhida na forma de lodo na região do mar Morto, e do Eufrates, eem outros lugares, sendo usada como cal nas construções (Gn 11.3) – era especialmente empregada para proteger da umidade em toda a extensão as camadas inferiores. o betume que jorra das nascentes é freqüentemente visto flutuando à superfície do mar Morto em grandes pedaços, e também correndo pelo rio Eufrates abaixo. Erupções de betume são freqüentes ao longo das praias do mar Morto, que também se chama ‘Lago do Asfalto’. Empregava-se muito nas construções, tendo-se encontrado certas quantidades de betume, seco e duro, nas grandes ruínas, como as de Babilônia (Gn 6.14 – Êx 2.3 – is 34.9).
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beula
hebraico: casado
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bezai
hebraico: espada
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bezal
hebraico: alto, brilhante
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bezalel
Na sombra de Deus. l. o filho de Uri, o filho de Hur, da tribo de Judá, isto é, um descendente de Calebe (1 Cr 2.18 a 20,50) – era hábil mecânico e desenhador, e foi encarregado de executar as obras de arte necessárias para o tabernáculo no deserto. Ele tinha-se associado com Aoliabe, que tinha a seu cargo a fabricação dos tecidos. o trabalho pessoal de Bezalel era em metal, madeira e pedra, mas ele era mestre de Aoliabe, e dirigia os trabalhos deste artista (Êx 31.2 – 35.30 – 36.1,2 – 1 Cr 2.20 – 2 Cr 1.5). (*veja Hur.) 2. Filho de Paate-Moabe, um dos que tinham casado com mulheres estranhas (Ed 10.30).
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bezeque
hebraico: relâmpago ou disseminação
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bezer
hebraico: fortaleza
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bianca
Branca, luminosa, brilhante
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biblia
livros
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bicho
Não se trata exclusivamente dos bichos que vivem dentro da terra, mas de qualquer animal rasteiro, como a lagarta. Pode significar bichos da terra em Mq 7.17 – a larva das moscas em Êx 16.20 – Jó 7.5, etc. (Cf. Mc 9.48) – a lagarta da traça em is 51.8 – alguma larva de inseto em Dt 28.39 – Jn 4.7.
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bicri
primogênito
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bidcar
Capitão de Jeú, e primeiramenteseu companheiro de armas e colega (2 Rs 9.25). Ele próprio executou o que já estava sobre Jorão, filho de Acabe (vers. 26), depois que Jeú o tinha atravessado com uma flecha – e foi isso arremessar o seu corpo para o campo de Nabote, o jezreelita.
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biforme
Que tem duas formas.
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bifurcação
Ponto em que alguma coisa se divide em dois ramos, ao modo de uma forquilha.
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bigtã
Eunuco que conspirou contra Assuero. Mordecai, descobrindo a conspiração, pôde salvar a vida do rei, e mais tarde recebeu por esse fato grandes honras, ao passo que os conspiradores foram dependurados numa forca (Et 2.21 – 6.2). A morte destes deve ter sido por crucificação ou por empalação, pois que não era então usada a corda. A mesma terrível morte foi dada a Hamã (Et 7).
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bigvai
jardineiro ou feliz
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bigval
hebraico: jardineiro
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bila
1. Serva de Raquel, a filha mais nova de Labão. Foi concubina de Jacó, que teve dela dois filhos: Dã e Naftali (Gn 29.29 e 35.25). o seu pecado com Rúben levou Jacó a predizer o mal que havia de cair sobre os seus descendentes (Gn 35.22 e 49.4). 2. Cidade de Simeão (1 Cr 4.29). Também é chamada Balá em Js 19.3 e Baalá em Js 15.29. A sua posição é desconhecida.
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bildade
Um dos três amigos de Jó (Jó 211). Era suíta, descendente direto de Abraão, e habitava ao oriente da Arábia. Como consolador falhou, sendo rude e sem piedade. Atribuiu a morte dos filhos de Jó às suas próprias vidas más – e quanto a Jó, disse que certamente ele devia ter cometido grandes pecados para ser assim tão severamente castigado. Ele representa justamente a sabedoria do mundo e a falta de sentimento. Jó se impôs, por fim, com os seus argumentos, e o repreende pela sua falta de caridade (Jó caps. 8,18,25). (*veja Jó.)
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bileã
Destruição do povo. Cidade levítica que, com os seus arrabaldes, foi cedida aos filhos de Coate (1 Cr 6.70). É aquele lugar chamado ibleã em Js 17.11. Fica ao norte de Samaria, um pouco ao ocidente do monte Gilboa, e foi incluído na meia tribo ocidental de Manassés. Acha-se identificado com Belame, ao norte de Nablus. (*veja ibleã.)
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bileão
ardor, destruição
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bilga
alegria
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bilgai
persa: prazenteiro
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bilha
Vaso profundo; moringa
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bilmal
circuncidado
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bilsa
filho da língua
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bimail
hebraico: circuncidado ou filho da mistura
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bimal
hebraico: circuncidado
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bina
hebraico: filho de mistura
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binca
hebraico: saídas das águas
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bineá
peregrino- viandante
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binômio
Conjunto composto de dois termos que se relacionam; por exemplo: ensino-aprendizagem; trabalho-capital; etc.
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binui
Fundando uma família. 1. Pai de Noadias, sendo este um levita designado para pesar o ouro e a prata que Esdras tinha trazido da Babilônia (Ed 8.33). 2. Filho de Paate-Moabe, que tinha casado com mulher estrangeira (Ed 10.30). 3. Membro da família de Bani. Menciona-se como tendo casado com mulher estrangeira (Ed 10.38). 4. indivíduo pertencente à família de Henadade (Ne 3.24) – ele ajudou a reedificar os muros de Jerusalém sob a direção de Neemias. Talvez o mesmo que Bavai, vers. 18. 5. Uma família que voltou com Zorobabel (Ne 7.15). Na lista de Esdras acha-se o nome de Bani para designar a mesma pessoa (Ed 2.10). 6. Um levita (Ne 12.8).Talvez os indivíduos dos números 4 e 6 sejam idênticos.
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bircha
hebraico: filho de maldade ou forte
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birsa
filho da iniqüidade
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birzavite
abertura ou poço das oliveiras
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bislão
hebraico: filho da paz
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bispo
(No grego, episkopos, donde se deriva a palavra episcopal. Superintendente. Antes de ser aplicado este termo a um pastor da igreja cristã, empregava-se geralmente para designar o cargo de superintendente. E assim os operários empregados pelo rei Josias, nas obras do templo, tinham os seus superintendentes (2 Cr 34.12). Na parte judaica da igreja cristã havia ‘anciãos’ ou ‘presbíteros’ (At 11.30 e 15.2 – *veja também 14.23). os presbíteros a que se faz referência em At 20.17, são chamados, em At 20.28, ‘bispos’ ou superintendentes em razão do seu cargo. Em 1 Tm 3.2 a 7, o apóstolo Paulo particulariza as qualidades que devem revestir os que têm de desempenhar essa missão na igreja. ‘oração’ e ‘imposição das mãos’ eram funções características da sua ordenação. os bispos desempenhavam funções que compreendiam também o múnus pastoral (1 Tm 5.17). Quando a organização das igrejas cristãs nas cidades gentílicas envolvia a constituição de uma ordem distinta na superintendência pastoral, o título de ‘epíscopus’ apresentava-se logo conveniente e familiar – e foi tão prontamente adotado pelos gregos, como tinha sido o termo ‘ancião’ (presbítero) na igreja-mãe de Jerusalém. Por conseqüência, não há dúvida de que as palavras ‘ancião’ e ‘bispo’ eram primitivamente consideradas equivalentes.
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bitias
hebraico: filho do Senhor
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bitinia
Distrito e província romana, na Ásia Menor – é, agora, uma parte da moderna Anatólia. Limita-se ao norte pelo mar Negro, ao oriente pelas províncias do Ponto e Galácia, ao sul pela da Ásia, e ao ocidente pelo mar de Mármora. Houve, provavelmente, cristãos nesta parte da Ásia Menor, numa época primitiva, porque os habitantes do Ponto são mencionados em At 2.9. S. Paulo desejou ir ali na sua segunda viagem missionária (At 16.7). Acha-se incluída nas províncias, às quais enviou Pedro a sua primeira epístola ( 1 Pe 1.1). Plínio, o moço, que foi governador da Bitínia, no ano 111 (d. C.), testemunha a pureza e firmeza dos cristãos daquela província (ou do Ponto) numa notável carta enviada a seu senhor, o imperador Trajano. Bitínia foi um Estado independente até que Nicomedes iii, o último dos seus reis, saiu dali por vontade dos romanos no ano 74 a. C. Quase cem anos mais tarde, quando tinha sido expulso o Sultão do Ponto, Bitínia se reuniu ao Ponto e Pafiagônia, formando uma província romana, governada por um ‘procônsul’. Quando Plínio escreveu a carta, a que nos referimos, já o Cristianismo tinha feito grandes progressos, e tão consideráveis, que os templos e o culto pagãos tinham sido muitíssimo desprezados. o sacerdócio e aqueles que viviam dos sacrifícios tinham sofrido com a decadência da sua religião. E eis a razão por que os cristãos eram atrozmente perseguidos.
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bitrom
corte: divisão ou garganta
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bizioteia
hebraico: desprezo de Jeová
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biziotia
hebraico: desprezo de Jeová
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bizta
hebraico: infrutífero ou eunuco
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blanche
Branca, luminosa, brilhante
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blasfemar
Falar a respeito de Deus ou de assuntos sagrados de modo descuidado, indevido ou afrontoso.
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blasfêmia
Todo aquele que amaldiçoava a Deus blasfemava o nome do Senhor, ou fosse estrangeiro ou israelita era castigado com a morte, como se vê em Lv 24.16. o transgressor de que se fala em Lv 24.11 era filho de mãe hebréia e de pai egípcio. Procurou-se a direção de Deus para tratar deste caso. E quando foi conhecida a disposição do Senhor (Lv 24.12), o blasfemo foi levado para fora do arraial: os que tinham ouvido a ofensa puseram as suas mãos sobre ele, e toda a congregação o apedrejou (Lv 24.14,23). Era nas palavras de Lv 24.16 que os rabinos baseavam a sua crença de que não era lícito pronunciar distintamente o nome do Senhor. (*veja Jeová.) A blasfêmia é tratada por Jesus Cristo como ofensa de especial gravidade.
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blasto
Camarista. Fidalgo da câmara dorei Herodes Agripa i (At 12.20). Pessoas de Tiro e Sidom o persuadiram a que pedisse para eles uma audiência do rei, mostrando este fato que ele era um homem de considerável influência.
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bllha
Vaso de barro para conter água, azeite, mel, etc. (1 Sm 26.11). (*veja Botija.)
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bloch
estrangeiro
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boã
dedo polegar
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boacrú
ele é primogênito
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boanerges
Filhos do trovão. Epíteto dado a Tiago e João, filhos de Zebedeu, por causa do seu temperamento altivo e zeloso (Mc 3.17). Para se compreender esse zelo excessivo dos dois irmãos, *veja Mc 9.38 e Lc 9.54. os críticos ainda não puderam determinar com exatidão a origem da palavra.
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boarneges
filho do trovão
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boaz
Força, firmeza. l. Um lavrador natural de Belém e descendente de Jacó. Foi um dos antepassados dos reis judaicos (Mt 1.5), e finalmente de Jesus Cristo. Era homem abastado, possuindo caráter reto, como se vê no justo tratamento para com a sua jovem parenta Rute, a moabita, cuja causa ele sustentou, e com quem casou. 2. Uma das colunas de bronze, levantadas no pórtico do templo de Salomão, e que tinha 18 côvados de altura (1 Rs 7.15 a 21) – era oca, e terminava num capitel ornamental com a altura de cinco côvados (2 Cr 3.17). As diferentes medidas, nas diversas narrativas, são devidas à inclusão ou exclusão do capitel.
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boazes
hebraico: brilhantes
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bociau
hebraico: provado por Jeová
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bocor
hebraico: camelo novo
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bocru
hebraico: primogênito
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bodas
festa nupcial- matrimonial
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bodas do cordeiro
O que significa a palavra bodas? (João 2:1-2 [gámos e gámon]; Mat. 22:2-4 e 9 [gámous, gámous e gámous, gámous], 10-12 [gamos, gamou e gámou]; 25:10 [gámous]; Apoc. 19:7 [Gámos toû Arníou – Bodas do Cordeiro], 9 [deîpinon toû Gámos toû Arníou – Ceia das Bodas do Cordeiro]; Compare com Luc. 14:16 [deîpnon mega = grande banquete]; 17 e 24 [deípnou e deípnou]; ).
A palavra grega é: Gámos, ou – s. m. // união legítima, matrimônio // bodas, festas nupciais; núpcias; etc.;
2. Qual é o significado histórico das bodas? (Mateus 25:1-12 [10]).
“Cristo e Seus discípulos estão assentados no Monte das Oliveiras. O Sol já transmontou, e as sombras da noite crescem sobre a Terra. Jaz em plena vista uma moradia esplendorosamente iluminada como para uma festa. A luz jorra das aberturas, e um grupo expectante indica que um cortejo nupcial está prestes a aparecer. Em muitas regiões do Oriente as festividades nupciais são realizadas à noite. O noivo parte ao encontro da noiva e a traz para casa. À luz de tochas, o séqüito dos nubentes sai da casa paterna para seu próprio lar, onde um banquete é oferecido aos convidados. Na cena que Cristo contemplava, um grupo espera o aparecimento do séqüito nupcial para a ele se ajuntar.”
“Na adjacência do lar da noiva esperam dez virgens trajadas de branco. Todas levam uma lâmpada acesa e um frasco de óleo. Todas aguardam ansiosamente a aparição do esposo. Há, porém, uma tardança. Passa-se uma hora após outra, as virgens fatigam-se e adormecem. À meia-noite ouve-se um clamor: ‘Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro.’ As tosquenejantes despertam, de repente, e levantam-se. Vêem o cortejo aproximando-se resplandecente de tochas e festivos, com música. Ouvem as vozes do esposo e da esposa. As dez virgens tomam suas lâmpadas e começam a aparelhá-las, com pressa de partir. Cinco delas, porém, tinham deixado de encher seus frascos. Não previram demora tão longa, e não se prepararam para a emergência. Em aflição apelam para suas companheiras mais prudentes, dizendo: ‘Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas se apagam.’ Mas as cinco outras, com suas lâmpadas há pouco aparelhadas, tinham seus frascos esvaziados. Não tinham olé de sobra, e responderam: ‘Não seja caso que nos falte a nós e a vós, ide antes aos que o vendem, e comprai-o para vós.’”
“Enquanto foram comprar, o séqüito foi-se e as deixou. As cinco, com as lâmpadas acessas, se uniram à multidão, entrando na casa com o cortejo nupcial, e fechou-se a porta. …”. (Parábolas de Jesus. 9ª ed. 1996. pp. 405-406.).
3. Qual é o significado espiritual das bodas? (Mat. 25:13; Apoc. 3:7-13).
“Quando Cristo, sentado, contemplava o grupo que aguardavam o esposo, contou aos discípulos a história das dez virgens, ilustrando, pela experiência delas, a da igreja que viveria justamente antes de Sua segunda vinda”.
“Os dois grupos de vigias representam as duas classes que professam estar à espera de seu Senhor. São chamadas virgens porque professam fé pura. … As lâmpadas representam a Palavra de Deus. … O óleo é símbolo do Espírito Santo. …”
“Na parábola, todas as dez virgens saíram ao encontro do esposo. Todas tinham lâmpadas e frascos. … muitos não estão preparados. Não tem óleo em seus vasos nem em suas lâmpadas. Estão destituídos do Espírito Santo”.
“Sem o Espírito de Deus, de nada vale o conhecimento da Palavra. A teoria da verdade não acompanhada do Espírito Santo, não pode vivificar a alma, nem santificar o coração. Pode estar-se familiarizado com os mandamentos e promessas da Bíblia, mas se o Espírito de Deus não introduzir a verdade no íntimo, o caráter não será transformado. Sem a iluminação do Espírito, os homens não estarão aptos para distinguir a verdade do erro, e serão presa das tentações sutis de Satanás”.
“A classe representada pelas virgens loucas não é hipócrita. Têm consideração pela verdade, advogam-na, são atraídos aos que crêem na verdade, mas não se entregam à operação do Espírito Santo. Não caíram sobre a rocha, que é Cristo Jesus, e não permitiram que sua velha natureza fosse quebrantada. …”. (PJ. pp. 406-408, 411.).
“A vinda do esposo foi à meia-noite – a hora mais tenebrosa. Assim a vinda de Cristo será no período mais tenebroso da história deste mundo. … A grande apostasia se desenvolverá em trevas tão densas como as da meia-noite, impenetráveis como o breu. Para o povo de Deus será uma noite de prova, noite de lamentação, noite de perseguição por causa da verdade. Mas nessa noite de trevas brilhará a luz de Deus.”
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boeiro
Guardador e condutor de bois
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boi selvagem
É tradução da palavra hebraica re”em. É algum animal bem conhecido, pela sua grandeza e ferocidade, e notável pelos seus chifres (Nm 23.22 – 24.8 – Dt 33.17 – Jó 39. 9,10 – Sl 29.6 – 92.10 – is 34.7). o boi bravo ou o urus, que em tempos antigos abundava na Europa e Ásia ocidental, acha-se representado nos baixos-relevos dos monumentos da Assíria. Distingue-se do boi manso por um certo número de sinais no corpo, fazendo crer que possuía um pêlo comprido. Era de natureza feroz, e como caça não era menos grandiosa do que o leão nos dias de Semíramis e Senaqueribe. Há razão para crer que esta raça de animais se extinguiu na Terra Santa numa idade remota, sendo desconhecidas as exatas características deste veloz e terrível boi. o cônego Tristam descobriu quatro dentes num minério do Líbano, os quais na sua identificação se viu ter pertencido a algum boi bravo de grandes dimensões, sendo esse sem dúvida o auroque ou o urus. isto é confirmado por um obelisco partido que foi encontrado em Ninive, no qual se fala de certo rei assírio com uma referência ao ‘destrutivo rimi selvagem’, que ele matou nas faldas do Líbano.
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boi,vaca
Entre os israelitas, os bois executavam certos trabalhos de agricultura. Empregavam-se para lavrar a terra (Dt 22.10 – 1 Rs 19.19) – para pisar o trigo (Dt 25.4 – os 10.11) – para puxar ao carro (Nm 7.3 – 1 Sm 6.7) – e no serviço de animais de carga (1 Cr 12.40). os israelitas alimentavam-se da sua carne (Dt 14.4 – 1 Rs 1.9). os bois eram oferecidos em sacrifício (Gn 15.9 – 2 Cr29.33 – 1 Rs 8.63), sendo também o leite das vacas usado na alimentação e para fazer manteiga. Por via de regra, permitia-se que os bois andassem vagueando pelos campos, mas havia seleção deles para serem engordados e sustentados a seco para os ricos. As vacas gordas distinguem-se das vacas de pasto em 1 Rs 4.23.
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bojo
Barriga; saliência arredondada
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bolivar
Moinho à beira do riacho
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bolotas
alfarrobas
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bolsa
l. A bolsa usada por Judas (Jo 12.6 – 13.29) era uma pequena caixa, significando a palavra primitiva um estojo para guardar a embocadura de um instrumento de sopro. 2. Um saco de couro ou de seda, suspenso da cintura, que era usado pelos viajantes e também pelos negociantes, trazendo estes últimos nessa bolsa o seu dinheiro e os seus pesos. As bolsas usadas pelas mulheres tinham, algumas vezes, magníficos ornatos (is 3.22). outra espécie de bolsa era formada numa cinta de lã muito comprida, por meio de uma tira de pano, cosida a uma das suas extremidades. Punha-se a cinta em volta da cintura, afivelava-se a primeira roda, e envolvia-se a mesma cintura com a parte restante, ficando a extremidade para dentro (Pv 1.14 – Mt 10.9 – Me 6.8 – Lc 10.4 – 22.35,36).
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bonança
Do Casteliano bonanza
Calmaria, bom tempo no mar; fig., calma, serenidade. -
bonifacio
Aquele que é destinado à felicidade
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bons portos
Uma enseada na costa meridional de Creta, perto de Laséia, onde o navio que levava Paulo a Roma foi obrigado a ancorar. Este lugar é, ainda hoje, conhecido pelo seu antigo nome grego de Kaloi Limenes. A costa, um pouco ao ocidente de Bons Portos, dirige-se de repente para o norte. o navio permaneceu em Bons Portos, porque não podia lutar contra os fortes ventos do noroeste, que o impediam de continuar a viagem (At 27.8).
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boos
nele há força
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boquim
choradores
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bordado
Esta arte de embelezar o pano de linho, ou de outra espécie, com desenhos artísticos, feitos por meio do tear ou da agulha, existe desde os tempos mais remotos. Provavelmente veio da Babilônia para a terra dos hebreus, ou então do Egito (Js 7.21 – Ez 27.7). São dignas de nota certas referências bíblicas a esses trabalhos de bordadura – (1) a vestimenta do sumo sacerdote (Êx 28, obra matizada, que provinha provavelmente de serem unidas fazendas diferentes) – (2) as cortinas e véus do tabernáculo (Êx 26.36) – (3) Jz 5.30 – Ez 16.10,13,18 – 26.16 – 27.7, 16,24. A preparação do fio de ouro para bordados acha-se descrita no livro do Êxodo (39.3).
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bordão
Bastão; cajado; vara
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bordejando
Dirigir a embarcação de um lado a outro lado, conforme o vento
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borla
Tufo (Porção de lã aberta) redondo composto de fios
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borra
Sedimento que se forma durante a fermentação do vinho. A borra, se não separada do vinho, lhe provoca um sabor acre. Serve de retrato das características indesejáveis dos ímpios e do amargor da ira de Deus contra eles (Sf 1.12).
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borralho
Cinzas quentes
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boses
hebraico: brilhante
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bosor
hebraico: consumido
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bosora
hebraico: curral
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bosque
o mesmo que poste-idolo. Esta palavra ocorre freqüentes vezes no A.T., como uma das feições do culto idólatra, sendo tal culto proibido ao povo de israel (Êx 34.13 – Jz 6.25 a 30 – 1 Rs 16.33 – 2 Rs 18:4 – is 17.8, etc.). A palavra hebraica é Aserá, ou (pl.) Aserim, que parece ter sido uma coluna sagrada para marcar o lugar do culto pagão, ou como símbolo de qualquer adorada divindade. Segundo alguns intérpretes, o termo bosque ou arvoredo não está bem em 1 Sm 22.6, devendo ser substituído por tamargueira.
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botija
Vaso de barro de forma cilíndrica, como a da garrafa (Jr 19). (*veja Bilha.)
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bozcate
elevado
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bozez
brilhante
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bozra
Aprisco. l. A cidade real de Jobabe, rei de Edom (Gn 36.33 – 1 Cr 1.44), situada no território montanhoso, que fica perto da fronteira setentrional do país, a meio caminho entre Petra e o mar Morto. Era terra afamada pelos seus carneiros, e foi assunto para proféticas denunciações (is 34.6 – 63.1 – Jr 49.13,22 – Am 1.12 – Mq 2.12.). o lugar que representa a antiga cidade de Bozra chama-se hoje el-Buseira ao sueste do mar Morto. Carneiros e bodes, que isaías menciona, ainda se encontram na vizinhança daquela povoação. 2. Cidade de Moabe, nas colinas arenosas a leste do mar Morto. Sofreu na geral desolação do país (Jr 48.24). o rei Mesa declara na Pedra Moabita que ele a tinha reedificado.
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braça
180 metros
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bracelete
Diferentes palavras da língua hebraica são traduzidas pela palavra bracelete. Em 2 Sm 1.10 e em Êx 35.22 há referência à forma anular do bracelete. Em Gn 38.18 a palavra significa um fio, trazendo suspenso um sinete circular. ocorre mais freqüentemente na acepção de pulseira, como se pode ver em Gn 24.22 – mas em is 3.19 trata-se de um ornamento em forma de cadeia. os braceletes eram de ouro ou de outros metais preciosos, com pedras de valor, e também os havia de ferro e de barro. Tanto homens como mulheres usavam braceletes. Entre as princesas do oriente era essa jóia uma insígnia da sua realeza, e foi provavelmente assim considerada no tempo de Davi (2 Sm 1.10). o bracelete real era de bom metal e ornado de pedras preciosas, usando-se acima do cotovelo, ao passo que o vulgar era usado no pulso, como a nossa pulseira (Ez 16.11). os braceletes eram, também, usados como preservativos contra doenças e espíritos maus.
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bramar
Dar bramidos (o veado, o tigre, o boi etc.); gritar, vociferar; enfurecer-se, zangar-se
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branca
Luminosa, brilhante, alva
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brandao
Aquele que luta com a espada
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brandir
Erguer
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bras
Gago
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brasas
Trata-se do carvão de madeira, empregado como combustível. Aquela refeição de Elias, ‘um pão cozido sobre pedras em brasa’, significa um bolo cozido sobre uma pedra quente, como é ainda usual no oriente (1 Rs 19.6). A expressão proverbial ‘amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça’ (Pv 25.22) foi adotada por S. Paulo para exprimir a vergonha ardente que os homens devem sentir quando o mal que fizeram é pago com o bem (Rm 12.20).
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braseiros
Serviam os braseiros para levar brasas vivas, e este uso estava em relação com os holocaustos – eram de bronze (Êx 27.3 – 38.3), ou de ouro (2 Rs 25.15 – Jr 52.19). A mesma palavra hebraica também se traduz por espevitadores para espevitar os candeeiros (Êx 25.38 – 37.23 – Nm 4.9), e por ‘incensário’ para levar incenso (Lv 10.1 – 16.12 – Nm 16.6). Um antigo braseiro, que foi encontrado na cidade de Jerusalém, podia ser visto na Exposição Judaica de Whitechapel, no ano de 1906. Era de bronze, e tinha aproximadamente três decímetros de comprimento, com inclusão do cabo, sendo a superfície da própria pá 60 centímetros mais ou menos.
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brenha
floresta
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brigida
Grande, elevada
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brincos
os brincos eram simples enfeites lisos, ou tinham preso um pingente, que podia ser uma pequena campainha. Usavam-nos as senhoras elegantes, que se vestiam à moda, acrescentando a isso outros adornos como braceletes, anéis, pendentes do tornozelo, pendentes do nariz, etc. (Gn 24.22 – Êx 32.2,3 e is 3.21). A grandeza e o peso destes objetos excediam bastante o que entre nós é usual. os brincos mais bem elaborados não eram somente cinzelados, mas também eram freqüentemente ornamentados de pérolas e de rubis. Deste modo o seu valor intrínseco convertia-os em magníficos presentes (Nm 31.50 e Jó 42.11). A gente pobre, em lugar destes brincos, usava coisas de barro, de chifre, e outros substitutos baratos. Nalgumas passagens é impossível dizer se o que se deve entender são brincos das orelhas ou pendentes do nariz, visto como estes últimos eram tão estimados como os primeiros, sabendo-se, além disso, que os escritores sagrados usavam indistintamente os respectivos termos. Todas as mulheres e moças do oriente fazem uso destes adornos. Alguns destes brincos das orelhas têm figuras neles gravadas, talismãs ou feitiços, ou ainda os nomes e símbolos dos seus deuses. É provável que os brincos da família de Jacó eram desta qualidade, e foi esta a razão deste patriarca os ter pedido, a fim de que ele os pudesse enterrar debaixo do carvalho, antes de irem para Betel (Gn 35.4).
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broquel
Escudo antigo
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bruna
Escura, parda
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bruxaria
Prática de prever o futuro mediante a interpretação de presságios, o exame do fígado de animais sacrificados e o contato com os mortos – entre outras técnicas. A lei do AT proibia essas práticas de ocultismo e de magia (Dt. 18.9-12).
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bubasta
hebraico: porção da esposa ou da vergonha
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bul
o oitavo mês do ano sagrado dos judeus, correspondente ao nosso outubro ou novembro. Era o segundo mês do ano civil, e principiava na primeira lua nova de outubro. o nome é de origem cananéia, evidentemente o nome de um deus, e foi adotado pelos israelitas (1 Rs 6. 38). (*veja Mês.)
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buna
prudÊncia
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buni
edificador
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buqui
hebraico: Jeová justiça
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buquias
hebraico: provado por Jeová
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buxo
Era uma espécie de cedro, assemelhando-se geralmente ao cipreste (is 60.13). A profecia em is 41.19 quer dizer que o deserto se tornará como as rampas do Líbano, cobertas de árvores – o buxo crescia muito naquelas regiões montanhosas, e é de pequena dimensão, raras vezes excedendo seis metros de altura. o seu crescimento é perpendicular, com os seus ramos para cima, formando peque-nos cones.
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buz
l. o segundo filho de Milca e de Naor, irmão de Abraão (Gn 22.21). A sua família estabeleceu-se na Arábia Petréia (Jr 25.23). Eliú, um dos confortadores de Jó, era descendente de Buz, e tinha a sua casa nesta região (Jó 32.2). o nome é interessante, porque nos fornece outro exemplo de um particular costume judaico, que consistia em dar aos parentes nomes que soam semelhantemente: assim Uz e Buz, imná, isvá e isvi (Gn 46.17) – e Uzi e Uziel (1 Cr 7.7). Dizem que os árabes gostam tanto de empregar palavras consonantes que ainda chamam Kabil a Caim, e Abil a Abel. 2. Um habitante de Gade (1 Cr 5.14).
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buzi
hebraico: descendente de Buz
C
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cabalmente
Completo; pleno; perfeito; rigoroso
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cabana
No oriente, muitas vezes os acampamentos eram abertos, sem reparos, apenas guardados por um vigia, que ficava sentado dentro de uma barraca no alto dalguma colina. Este abrigo era apenas suficiente para proteger do mau tempo uma única pessoa (Jó 27. 18). Bastava esse guarda para defender dos animais, etc. as novidades. Se qualquer depredação fosse tentada pelos assaltantes, era seu dever dar o alarma imediatamente (is 1.8). A diferença que havia entre uma tenda e uma cabana era ser a primeira coberta de pano e a segunda protegida com ramos de árvores. Muitas vezes era esta construída como abrigo contra os ardentes raios solares (Ne 8.16), sendo colocada debaixo de uma árvore, perto de qualquer ribeiro, ou então nos eirados das casas das cidades e das vilas. Na estação do estio a gente da cidade retirava-se muitas vezes para as suas casas de campo, e ali se instalava em edifícios de uma construção ligeira, semelhante a cabanas. (*veja Festa dos Tabernáculos, e Tenda.)
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cabeça
l. Esta palavra é muitas vezes empregada figuradamente na Sagrada Escritura. Cristo é a cabeça da igreja (Cl 1.18) em virtude de sua eminência e da sua influência, comunicando vida, saúde, força a cada crente. o marido é, também, a cabeça da mulher (Gn 3.16), com respeito à preeminência do sexo (1 Pe 3.7) e à excelência do conhecimento (1 Co 14.35). A pedra que os edificadores rejeitaram foi feita a cabeça (a principal pedra) do ângulo (Sl 118.22). 2. Nas visões de Ezequiel os sacerdotes piedosos costumavam cortar rente o cabelo de suas cabeças, mas não com a navalha de barba – e faziam isso como sinal de varonilidade, e com o fim de evitar aqueles costumes do sacerdócio pagão (Ez 44.20). (*veja Cabelo.)
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cabelo
As mulheres hebréias usavam o cabelo comprido e separavam-no em certo número de tranças, que eram depois entrelaçadas juntamente. o cabelo preto, entre os israelitas, era considerado como o mais belo (Ct 5.11). os hebreus usavam o cabelo natural com certo arranjo, mas não cortado. Que as israelitas tinham bastante trabalho para dar realce à sua natural beleza, depreende-se de muitas passagens da Escritura, como Rt 3.3; Sl 23.5; Ec 9.8; Mt 6.17, onde se mostra ter sido comum o cuidado e embelezamento do cabelo, usando-se para isso ungüentos perfumados. os apóstolos notaram a excessiva atenção prestada ao adorno do cabelo pelas mulheres do seu tempo, e censuraram essa atitude (1 Tm 2.9; 1 Pe 3.3). Rapar a cabeça era sinal de grande aflição (Jó 1.20; Jr 7.29); mas pela mesma causa também se permitia que o cabelo crescesse, sem cuidarem dele. Arrancar os cabelos com as mãos era demonstração de grande e repentino desgosto. Um dos sinais de lepra era uma mudança na cor do cabelo; por isso se mandava que fosse cortado, como sendo a sede da doença (Lv 13.4,10; 14.8,9). A frase em Ct 7.5, ‘a tua cabeleira [é ] como a púrpura’, significa que estavam bem cuidados os anéis do cabelo. Considerava-se o cabelo a coisa menos valiosa do homem (2 Sm 14.11; Mt 10.30) mas os árabes ainda hoje juram pelas suas barbas; e, talvez jurar pela cabeça signifique o juramento pelo cabelo que nela está (Mt 5.36). (*veja Barba, Calvície. ) A fim de embelezar o cabelo, recorria-se muitas vezes, aos pós; a guarda de Salomão, segundo conta Flávio Josefo, polvilhava com ouro as suas cabeças, que previamente haviam sido frisadas e perfumadas. As classes superiores, entre os medos, usavam cabeleiras; mas, conservando os assírios os cabelos em compridos anéis, é duvidoso se estes eram formados dos próprios ou de falsos cabelos. os hebreus nunca usaram cabeleiras. A cor predileta era a preta, fazendo-se uso, algumas vezes, de diversos preparados colorastes, ou para dar mais brilho ao cabelo, ou para ocultar a idade.
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cabo
vasilha oca
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cabom
bolo ou atadura
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cabouqueiro
Que trabalha em minas ou pedreiras
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cabra
A cabra doméstica era um dos animais limpos, para alimentação e para sacrifícios. o cabrito era considerado comida delicada (Gn 38.17 – Jz 15.1 – Lc 15.29), e ainda é o prato obrigatório em qualquer festa, ou no uso da hospitalidade, entre árabes. o mesmo pastor que guarda as ovelhas também cuida de cabras, misturando-se estas com aquelas na busca de alimento. De noite, ou quando são conduzidas, separam-se umas das outras. Todavia, acham-se ordinariamente as ovelhas e as cabras em localidades diferentes, sendo mais própria para cabras uma região montanhosa. As cabras da Síria são geralmente pretas. o leite de cabra é de muito apreço, fazendo-se dele queijo e manteiga. Usa-se a sua pele na fabricação de vasilhas de água e vasilhas de vinho. Em Sl 119.83: ‘Já me assemelho a um odre na fumaça’, o salmista refere-se à aparência quebrada que estas peles tomam, quando se secam pela ação do calor. o pêlo da cabra é usado para vestuário, para cortinas e para tendas. Um rebanho de cabras, embora pequeno, tem por condutor um bode e é metaforicamente empregado por guia em Jr 50.8 e Zc 10.3. As cabras têm concorrido em alto grau para o extermínio dos arbustos na região da Síria meridional, conservando-se esta parte em solidão. Não há animais mais impeditivos do crescimento das plantações do que as cabras.
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cabra montês
Há referências à cabra selvagem do sul da Palestina, em 1 Sm 24.2 – Jó 39.1 e Sl 104.18. o lugar de En-Gedi (Ain Jid), ou ‘a fonte das cabras’, é assim chamado por causa das cabras monteses, que ainda algumas vezes ali são vistas. Andam em pequenos grupos, são tímidas, e habitam nos menos acessíveis retiros das montanhas. A carne destes animais é uma excelente comida, e, sem dúvida, foi esta caça aquela que isaque mandou que seu filho lhe alcançasse por meio de aljava e do arco (Gn 27). A gazela, a única espécie comum de caça livre no país, tem uma carne seca, e é de inferior qualidade.
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cabul
terra árida
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cabuli
hebraico: sujo, terra árida
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cabzeel
Deus ajunta. Cidade situada naextremidade de Judá, a sueste, justamente no princípio da subida de Acrabim (Js 15.21) – a terra natal de Benaias, filho de Joiada, um dos valentes de Davi (2 Sm 23.20 – 1 Cr 11.22) – foi repovoada depois do cativeiro.
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caçador, caça
os monumentos da Assíriaapresentam os seus monarcas em perseguição da caça. A vida patriarcal era mais a do possuidor de rebanhos do que a de caçador – mas Ninrode (Gn 10.9) e Esaú (Gn 25.27) são considerados caçadores de fama. Parece que a Palestina tinha animais ferozes em abundância quando os hebreus a conquistaram (Jz 14.5 – 1 Sm 17.34). As feras e as aves eram apanhadas com armadilhas, ratoeiras, laços e redes – e a prática destes atos era bastante familiar, daí usar-se a respectiva linguagem figurada (Js 23.13 – Jó 18.10 – Jr 5.26).
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cacilda
Lança de combate
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caco
Pedaço de louça partida (Jó 2.8)Esses pedaços de louça eram largamente usados no Egito, como coisas próprias para escrever e de baixo preço – e, pelo emprego que lhe davam, possuímos muitas informações com respeito à linguagem de todos os dias e costumes dos tempos, em que foi gravada neles qualquer escrita.
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cadeia
1. Cadeias, ou cordas, ou laços(Jz 15.14 – Ec 7.26 – Jó 38. 31). os costumes pecaminosos encadeiam qualquer pessoa. A paz e o amor são laços que unem os crentes (Ef 4.3 – Cl 3.14). 2. Em os 11.4 compreende-se por meio do termo cordas, ou cadeias, a influência moral exercida. A escravidão, a dor, o receio, e a perplexidade, se chamam ataduras ou cadeias ou as varas do jugo, porque restringem a liberdade (is 28.22 – Ez 34.27).
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cadeia, colar
o colar de ouro colocadoao pescoço de José (Gn 41.42), e a prometida a Daniel (Dn 5.7), eram insígnias próprias de certas posições. o primeiro-ministro e os juizes do Egito usavam cadeias. Semelhantemente, homens e mulheres usavam colares, como ornamento (Pv 1.9). os midianitas adornavam os pescoços dos seus camelos com colares feitos de peças de metal em forma de crescente (Jz 8.21,26). os meios empregados entre os judeus para segurar os prisioneiros eram umas manilhas em volta dos pulsos e nos tornozelos, sendo ligadas por cadeias (Jz 16.21 – 2 Sm 3.34 – 2 Rs 25.7 – Jr 39.7). Entre os romanos estava o prisioneiro seguro a um guarda e, às vezes, a dois, ligando-se a algema de um à do outro por uma cadeia (At 12.6,7 – 21.33).
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cades
(En-Mispate, a fonte do juízo.) É hoje Ain-Kadis, oitenta quilômetros ao sul de Berseba. No limiar da Terra Prometida (Gn 16.14 – 20.1). Foi aqui que Quedorlaomer derrotou os chefes dos amorreus (Gn 14.7). os filhos de israel acamparam neste lugar enquanto os espias observavam a terra (Nm 13.26 – 32.8 – Dt 1.2,19,46 – 9.23 – Js 14.6,7), sendo ali, provavelmente, o seu quartel general durante trinta e oito anos. Foi, também, o lugar onde Moisés feriu a rocha (Nm 27.14 – Dt 32.51) – dali partiram os israelitas para suas jornadas (Nm 14.25 – Dt 2.1,14) – e ao mesmo sítio voltaram, no seu caminho para Canaã pelo Monte Hor, morrendo nessa ocasião Miriã (Nm 20.1,14,22 – 33.36,37 – Jz 11.16,17). (*veja Meribá, Quedes 3.)
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cades-barnéia
Conhecido local de acampamento e habitação de israel, tem sido identificado como ‘Ain Quedeis’, que está localizada a uns 78 km a sudoeste de Berseba.
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cadmiel
o Deus antigo
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cadmomeu
hebraico: orientais
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cadro
árvore frondosa
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caducidade
Enfraquecimento; envelhecimento
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caetano
Aquele que veio de Gaeta
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caf
10 letra do alfabeto hebraico, macaco
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cafar-emona
hebraico: aldeia dos Amonitais
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cafarnaum
Aldeia de Naum. Achava-se situada ao norte do mar da Galiléia. A sentença contra ela pronunciada e contra outras povoações foi singularmente cumprida. Cafarnaum é, para nós, um lugar interessante pelo fato de ter sido residência de Jesus Cristo e dos Seus Apóstolos, e centro de tantas maravilhas. Cafarnaum era a Sua própria cidade (Mt 9.1). Era quando voltava para ali que se dizia estar Jesus na Sua casa (Mc 2.1). Foi aqui que se deu a chamada de Mateus (Mt 9.9). os irmãos Simão Pedro e André eram de Cafarnaum (Mc 1.29). Aqui, também, Jesus operou a cura do criado do centurião (Mt 8.5 – Lc 7.1), e da sogra de Simão Pedro (Mt 8.14 – Mc 1.30 – Lc 4.38), mandou levantar o paralítico (Mt 9.6 – Mc 2.9 – Lc 5.24), e curou aquele homem atormentado de um espírito imundo (Mc 1.32 – Lc 4.33). o filho do homem nobre (Jo 4.46), apesar de habitar em Cafarnaum, foi curado por meio de palavras, que parece terem sido proferidas em Caná de Galiléia. Foi em Cafarnaum que ocorreu aquele caso de ser chamado um menino para uma lição aos Seus discípulos (Mt 18.1 – Mc 9.33) – e, estando ele na sinagoga, foi pronunciado o maravilhoso discurso que se lê em Jo 6. Era uma importante estação de alfândega, e tinha uma guarnição de tropas romanas.
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cafarsalama
hebraico: aldeia de Salem
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café
palma da mão
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cafenata
hebraico: a torre que de levanta acima da casa do rei
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cafira
hebraico: aldeia, coberta, expedição
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caftor
colônia egípcia
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caftorim
hebraico: capadócios
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caftos
hebraico: coroa ou copo
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caiar
Revestir de cal; pintar
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caifás
Genro de Anás, foi sumo sacerdote desde o ano 18 até ao ano 36 (A.D.), exercendo, pois, esta alta função sacerdotal por muito tempo, o que raramente acontecia. Depois da ressurreição de Lázaro, proferiu Caifás perante o Sinédrio aquela inconsciente predição de que Jesus havia de morrer pela nação (Jo 11.50). Ele teve conhecimento da conspiração para prender Jesus com dolo (Mt 26.3,4). E Jesus, depois de interrogado por Anás, foi por este enviado, manietado, a Caifás (Jo 18.24), a quem Ele confessou que era o filho de Deus. Por esta razão Caifás o considerou digno de morte (Mt 26.66). Este príncipe dos sacerdotes também interrogou os apóstolos Pedro e João (At 4.6).
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caim
1. Primogênito de Adão e Eva, quenum acesso de inveja, em virtude de ter sido aceito o sacrifício de Abel e rejeitado o seu, se levantou contra o seu irmão e o matou. As palavras que se acham em Gn 4.15, podem ser traduzidas desta maneira: ‘Um sinal foi determinado pelo Senhor, para que Caim não fosse ferido por qualquer que o encontrasse.’ Caim fundou a primeira cidade, à qual deu o nome do seu filho Enoque. Com respeito aos seus descendentes, Lameque instituiu a poligamia – Jabal estabeleceu a vida nômada – Jubal inventou os instrumentos musicais – e Tubalcaim foi o primeiro ferreiro. As referências a Caim, feitas no N.T., estão em Hb 11.4 – 1 Jo 3.12 – Jd 11. 2. Cidade no país montanhoso de Judá (Js 15.57). Chama-se hoje Yukin.
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cainã
aquisição
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caio
feliz, alegre
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calá
Firmeza. Uma das mais antigas cidades da Assíria, fundada por Assur (Gn 10.11) – acha-se identificada com Ninrode, cujas ruínas estão situadas cerca de 32 km. ao sul de Konyunjik (Nínive). Tiglate-Pileser, Esar-Hadom, e outros monarcas, erigiram na real Calá edifícios de considerável extensão e grande magnificência. os objetos assírios, que se acham no Museu Britânico, são na maior parte, provenientes da antiga cidade de Calá.
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calabe
cão
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calabouço
(Jr 37.16.) o cárcere de Jeremias era, provavelmente, um subterrâneo (v. 38.6), no meio do pátio interior da casa, com recessos abobadados em volta, onde os prisioneiros eram colocados (*veja Prisão).
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calai
depreciado pelo Senhor
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calal
hebraico: acabado, perfeição
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calamitoso
Que traz, ou em que há calamidade; catastrófico.
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calano
grego: cana Ct 4.14
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calcanhar
Ter os calcanhares descobertos significava vergonha, desprezo, cativeiro e aflição (Jr 13.22). Levantar o calcanhar, dar pontapé, e pagar o bem com o mal, como fez Judas (Sl 41.9 – Jo 13.18). os homens são apanhados pelos calcanhares num laço, quando o mal os surpreende (Jo 18.9). o cumprimento da profecia ‘tu lhe ferirás o calcanhar’ (Gn 3.15), provavelmente deve ver-se nos sofrimentos infligidos a Jesus Cristo.
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calção
Em certas ocasiões, especialmente no dia da expiação, o sacerdote oficiante tinha de usar calção, que cobria o corpo ‘da cintura às coxas’ (Êx 28.42), quando entrava no lugar santo. Eram, também, usados pelos sacerdotes quando realizavam os sacrifícios.
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calcol
sustentáculo
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caldéia
Província situada ao sul de Babilônia, na parte mais baixa do rio Eufrates – ao ocidente do rio Tigre – era o limite do deserto da Arábia e estendia-se até ao golfo Pérsico. Nos tempos do Antigo Testamento era cortada por numerosos canais, sendo aqueles sítios muito povoados, e muito férteis. Hoje é uma terra deserta. A sua superfície compreendia 640 km. de comprimento, por 160 km. de largura em média. Empregava-se a palavra Caldéia num sentido mais lato para significar a Babilônia, e mesmo os domínios do império, por causa da supremacia que os caldeus tinham alcançado sobre aqueles povos (Ed 5.12). Foi da Caldéia (Ur dos caldeus) que Abraão, chamado por Deus, emigrou (Gn 11.28), e da Caldéia vieram aquelas tropas que saquearam Jó (Jó 1.17). o nome Caldéia era, evidentemente, usado pelo de Babilônia (2 Rs 25.5,10,13 – 2 Cr 36.17 – is 13.19 e 48.20 – Jr 50.1,8,10 e 51.35 – Ez 11.24 – 12.13 – 16.29 – 23.15,16). (*veja Babilônia.)
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caldeus
Eram, primitivamente, uma tribo que vivia em grandes regiões pantanosas, nas embocaduras do Tigre e do Eufrates, ao sul da Babilônia. Esta tribo estava destinada a exercer importante influência na vida do povo babilônio. No governo de Merodaque-Baladã, eles apoderaram-se de Babilônia (721 a C.) – mas, passados doze anos, foi Merodaque forçado a fugir, perseguido pelos invasores da Assíria – e, embora voltasse à cidade de Babilônia, foi isso apenas por pouco tempo. Senaqueribe assolou o país da Babilônia a ferro e fogo, tornando-se o império um apanágio da coroa da Assíria. Todavia, é provável que Nabucodonosor e sua família fossem de geração caldaica. Certamente os caldeus alcançaram uma situação proeminente na Babilônia, usando-se o seu nome para designar os habitantes de todo o pais. É provável que os caldeus pertencessem à raça semítica. Aqueles do livro de Daniel eram simplesmente ‘astrólogos’. Desde os tempos mais remotos foi a Babilônia, isto é, a Caldéia no sentido mais largo da palavra, o pais da astrologia, e os indivíduos que a praticavam eram altamente considerados. Um astrólogo foi elevado por Senaqueribe ao trono da Babilônia.
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calebe
Filho de Jefoné (Nm 13.6). Um dos dozes espias que, um de cada tribo, foram enviados à terra de Canaã para examiná-la acontecendo este fato no segundo ano do Êxodo. Calebe representava a tribo de Judá. Ele e Josué foram os únicos que voltaram com boas notícias acerca do país que iam habitar, e esse seu otimismo desagradou tanto ao povo israelita, com medo de efetuar a conquista de Canaã, que por pouco não foram apedrejados. Deus castigou a rebeldia do povo, determinando que, dos israelitas de vinte anos de idade para cima, apenas Josué e Calebe teriam permissão de entrar na terra prometida. Quando Calebe era de oitenta e cinco anos de idade, ele reclamou a posse da terra dos enaquins, Quiriate-Arba ou Hebrom, e a vizinhança do país montanhoso (Js 14). Ele expulsou de Hebrom os três filhos de Enaque, e deu a sua filha Acsa a seu irmão mais novo otniel, como recompensa por ter tomado Quiriate-Sefer (isto é Debiri (Js 15.14 a 19 – Jz 1.11 a 15). Crê-se que Calebe era cananeu por nascimento, tendo sido a tribo dos quenezeus, à qual ele pertencia, incorporada na de Judá (Js 14.6,14).
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caled
Aquele que é imortal
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cálice
Segundo o costume dos judeus, nos seus sacrifícios de ação de graças, o anfitrião tomava um cálice de vinho na mão, e em palavras solenes rendia graças e louvores a Deus pelos benefícios recebidos, naquela ocasião especial, e passava depois o cálice a todos os convidados, cada um dos quais bebia dele. o Salmista refere-se a este costume em Sl 116.13 – nosso Salvador, na célebre reunião em que se despedia dos Seus discípulos, seguiu a mesma prática. S. Paulo, em 1 Co 10.16, faz referência ao uso do ‘cálice de bênção’. É, algumas vezes, uma expressão eufêmica por ‘amaldiçoar’, e assim se acha traduzida em Jó 1.5,11 e 2.5,9.
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calil
Amigo íntimo
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calisto
O mais belo
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calixto
O mais belo
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calmom
haste de trigo
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calné
fortaleza de Ana
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caluniador
diabo
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calvário
Três dos evangelistas conservam o nome aramaico do lugar onde Jesus foi crucificado, isto é, Gólgota (a caveira), e acrescentam a interpretação – ‘Lugar da Caveira’ (Mt 27.33 – Mc 15.22 – Jo 19.17). Lucas omite isto, e mais simplesmente diz: ‘Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali o crucificaram’ (Lc 23.33). Na Vulgata, e traduções da Vulgata, adota-se o termo latino Calvário, que é empregado como nome próprio, ‘o lugar que se chama Calvário’. E é este o nome pelo qual é mais conhecido em Portugal e no Brasil o sítio da crucificação de Jesus Cristo (*veja Gólgota).
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calvicie – calva
A calvície natural nãoé muito comum no oriente, e quando, porventura, ocorre em alguém, dá esse fato ocasião a ser ridicularizada a pessoa calva. Eliseu foi um dia insultado por uns rapazes (não meninos) de Betel, mas não se trata tanto de uma ofensa pessoal, como de um ato praticado contra o representante da religião de Jeová, pois deve-se considerar que Betel era um dos principais lugares de idolatria na Palestina. Durante o tempo de luto deixavam crescer muito o cabelo – no Egito, pelo contrário, em casos semelhantes, geralmente era tirada a cabeleira. o povo das nações circunvizinhas, e as mulheres árabes em particular, cortavam o cabelo, como sinal de grande aflição – mas isso era proibido aos israelitas (Lv 19.27 – Dt 14.1). os nazireus cortavam rente o cabelo por virtude do voto que faziam (At 18.18), e freqüentemente se faz alusão a esse fato nas Escrituras (Mq 1.16 – Jr 47.5). os pagãos ofereciam, muitas vezes, o cabelo aos seus deuses, como oferta de valor, porque, depois do sangue, era considerado como a sede da força e da vida. Esta oferta do cabelo, que era um ato meramente pessoal e particular, foi a origem da tonsura monacal. o corte do cabelo era proibido às mulheres pela opinião pública, no tempo de S. Paulo (1 Co 11.5).
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calvinista
Baseado no sistema teológico protestante exposto pelo teólogo Calvino.
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calvino
Aquele que é meio calvo
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cama
As camas, no oriente, sempre foram de uma forma mais simples do que na Europa. os colchões, ou colchas estofadas, eram usados para dormir, sendo colocados sobre o divã que era uma pequena elevação, no sobrado do quarto, e que se achava coberto de um tapete no inverno e de uma fina esteira no verão. Fazia-se uso de almofadas em lugar de travesseiros. Estas camas não se conservavam feitas, sendo enrolados os colchões e colocados num armário até à noite. E por esta razão se compreendem melhor as palavras de Jesus, dirigidas ao paralítico: ‘toma o teu leito’ (Mt 9.6). o divã tinha uma subida de vários degraus, e servia para as pessoas se sentarem durante o dia, sendo o canto o lugar de honra (Am 3.12). No verão era suficiente cobri-lo com um delgado cobertor, ou mesmo com qualquer peça de vestuário exterior, que se usava de dia (1 Sm 19.13). Quando as pessoas eram pobres, esse vestuário era, geralmente, o que lhe servia de cama – e por isso a lei providenciava para que não fosse conservado em penhor depois do pôr do sol (Dt 24.13). (*veja Quarto de Cama.).
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câmaras
Compartimento ou aposento de uma casa.
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cambas
Cada uma das peças curvas das rodas de um veículo
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cambial
Relativo ao câmbio; papel representativo de valor em moeda estrangeira.
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cambista
Todo o israelita, rico ou pobre, que tivesse chegado aos vinte anos, ou já passado essa idade, devia pagar na casa do sagrado tesouro, quando se fazia o recenseamento da população, a metade de um siclo, como oferta ao Senhor (Êx 30.13 a 15). os cambistas que Jesus expulsou do templo (Mt 21.12 – Mc 11.15 – Jo 2.15) eram aqueles negociantes que forneciam os meios ciclos, pelo qual podiam exigir um certo ágio, aos judeus de todas as partes do mundo, que, vindo a Jerusalém durante as grandes festividades, tinham de pagar o seu tributo ou o dinheiro do resgate em moeda hebraica. Também se recorria a esses cambistas para fins gerais do câmbio.
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cambotas
Parte circular das rodas dos carros onde se prendem os raios e sobre a qual é fixado o aro
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camelo
o mais valioso de todos os animais nas desertas regiões do oriente. os camelos serviam para levar pessoas (1 Sm 30.17), para transportar cargas, e para puxar carros (is 21.7). os camelos pequenos podem com uma carga de 800 arratéis, e os grandes com meia tonelada. Assim carregados, eles percorrem 45 a 60 km por dia, num andamento regular de cerca de cinco quilômetros por hora. o grande valor do camelo é poder ele estar sem comer e sem beber por um longo período de tempo, não lhe fazendo mal essa falta de alimentação. É sabido que eles podem viajar uns dez dias sem necessidade de beber. o camelo da Arábia é dotado de uma série de bolsas d”água que guarnecem o primeiro estômago, podendo, assim, levar consigo, como reserva, perto de sete litros d”água. A sua corcova é composta de gordurosas células, o que representa uma reserva de alimento, aumentando o seu volume quando o animal se acha bem tratado, e trabalha pouco, enrugando-se quando tem trabalho pesado e má alimentação. A carne do camelo era alimento proibido pela Lei, porque, embora o camelo seja animal ruminante, não tem unhas fendidas (Lv 11.4 – Dt 14.7). o seu leite é muito usado. Jacó preparou um presente, incluindo trinta camelas de leite, para Esaú (Gn 32.15). o pêlo do camelo, tecido em pano, era usado para fazer as sacolas do selim, tendas, e a roupa simples do deserto. João Batista tinha um vestido de pêlos de camelo, o vestido de profeta (Mt 3.4 – Mc 1.6 – *veja 2 Rs 1.8 e Zc 13.4). Faziam-se com a pele do camelo tendas, escudos, arneses e baús. os aparelhos de um camelo constavam de uma grande sela de madeira, em volta da corcova, e sobre a qual se prendia um tapete, e um pano de lã. Sentam-se em cima os homens com as pernas cruzadas, mas as mulheres e crianças são levadas dentro de uma leve armação de madeira suspensa como um cesto grande sobre os lados da sela. A proverbial expressão ‘é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha’ (Mt 19.24) está perfeitamente em harmonia com a linguagem oriental: não se sabe bem se ‘o fundo da agulha’ era a pequena porta de um portão.
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camila
Aquela que nasceu livre ou que veio de ilustre família
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camilo
Aquele que nasceu livre, ou de ilustre família
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caminho
Esta palavra aparece na Bíbliano sentido de via, de estrada (Gn 16.7 – Nm 14.25 – Mc 10. 32). Muitas vezes o termo ‘caminho’ significa os simples hábitos da vida – ‘endireitai os vossos caminhos’ – ‘todo ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra’ (Gn 6.12 – 19.31 – Jr 32.19). ‘Caminho do Senhor’ quer dizer o que Ele é em relação a nós: ‘os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos’ (is 55.8). ir ‘pelo caminho de todos os da terra’ (Js 23.14) significa estar para morrer, na sua viagem para a sepultura. Caminho duro representa o caminho dos pecadores (Jz 2.19). Jesus Cristo é chamado o Caminho (Jo 14.6), pois que é por Ele somente que os crentes obtêm a comunicação com o Pai. Estas expressões ‘o Caminho’, ‘este Caminho’, usavam-se a respeito da crença e prática cristãs (At 9.2 – 19.9,23 – 22.4 – 24.14,22), talvez para contrastar com o sistema judaico de regras para a vida diária, chamadas Halacote ou Caminhos.
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caminho dum dia
As codornizes foram espalhadas pelo arraial até à distância de 25 a 32 km. que era o caminho de um dia (Nm 11.31). o caminho de um dia de sábado (Mt 24.20 – At 1.12) eram 1400 metros, distância que podia ser percorrida sem quebrar a lei (Êx 16.29).
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camita
Descendentes de Cã, filho de Noé.
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camos
Deus dos moabitas e dos amonitas, cujo culto foi introduzido em Judá por Salomão, e abolido por Josias (Nm 21.29 – 1 Rs 11.7 – 2 Rs 23.13 – Jr 48.7).
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campainha
As campainhas em forma de discos ou címbalos de metal eram instrumento muito antigo, ainda que a primeira menção que delas se faz na Escritura é do tempo de Moisés. No livro de Êxodo, 28.33, se diz a respeito do sumo sacerdote que as bordas inferiores do seu vestido deviam ser ornamentadas de campainhas de ouro, a fim de que a sua presença pudesse ser notada quando ele entrasse no Santo Lugar diante do Senhor, e quando saísse, para que não morresse. Uma campainha era, também, sinal de vitória, e no decorrer do tempo veio a fazer parte do equipamento de um cavalo de batalha. A este costume alude o profeta Zacarias, quando, ao anunciar a mudança que se devia operar na aceitação universal da verdadeira religião, ele diz: ‘Naquele dia será gravado nas campainhas dos cavalos: Santo ao Senhor’ (Zc 14.20). Era comum entre os pagãos o uso das campainhas nas suas cerimônias religiosas. Pensava-se que o som era bom para todas as espécies de expiação e purificação, tendo influência sobre as almas dos mortos. As campainhas eram também tocadas com o fim de exorcizar ou afugentar os demônios. Havia, igualmente, o costume, nalguns templos pagãos, de chamar o povo por meio de toques de campainha, para assistir ao sacrifício. Era isto feito regularmente pelos sacerdotes de Persefom em Atenas. Daí a origem das campainhas nas igrejas.
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campeia
Prevalecer; dominar; imperar.
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campo
Significa esta palavra, na Bíblia, uma terra meramente cultivada – ou limitada extensão de terreno (Gn 23.13,17 – is 5.8) ou toda herança de um homem (Lv 27.16 – Rt 4.5 – Jr 32.9,25). A ausência de valados tornava os campos expostos ao dano feito pelos animais desgarrados (Êx 22.5). o ‘campo fértil’, em Ez 17.5, significa uma terra para plantação de árvores – muitas vezes, porém, é uma tradução da palavra hebraica Carmel, como em is 10.18. Vilas sem muros, e casas espalhadas eram tidas como campos aos olhos da Lei (Lv 25.31).
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campo do oleiro
Pensou-se que este lugar havia recebido esse nome por estar em conexão com a olaria que havia em Jerusalém (is 30.14), ou talvez, por virtude da casa do oleiro, a que se refere Jeremias (18.2). Este pedaço de terreno foi comprado com o dinheiro da traição, aquele dinheiro que Judas devolveu aos sacerdotes – e fez-se naquele lugar um cemitério para sepultura dos judeus estrangeiros (Mt 27.7,10).
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cana
As palavras hebraicas traduzidas por cana são termos genéricos, que se aplicam a uma certa variedade de vegetais, como canas, juncos, tábuas, etc. o cesto onde Moisés foi posto (Êx 2.3) teria sido feito de juncos ou outras plantas que crescem na água (Jn 2.5). As palavras de Jó 8.11: ‘Pode o papiro crescer sem lodo? ou viça o junco sem água?’ referem-se à vegetação dos pântanos. Em Jó 41.2,20 trata-se de cordas de junco e de juncos a arder. Não há dúvida de que em alguns casos o papiro é especialmente significado. Mais de vinte variedades de juncos, e umas trinta de caniços, crescem na Palestina, incluindo o papiro, que é uma espécie de cana alta, com uma grande panícula de fiorinhas, partindo os pedúnculos da parte superior da haste. Alcança uma altura de três a quatro metros, com um diâmetro de cinco a oito centímetros na base. Para fazerem papel do papiro, tiravam os folhelhos, sendo depois a simples haste cortada em tiras, que eram postas ao comprido sobre uma peça plana de madeira, sendo unidas com alguma espécie de cola, e tudo depois comprimido de modo a formar um todo compacto.
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cana aromática
(is 43.24 – Jr 6.20). Talvez seja o cálamo de bom cheiro, que era oferecido no ritual assírio.
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caná da galiléia
Cidade, ou vila, notável pelo fato de ter sido ali que se operou o primeiro milagre de Jesus Cristo (Jo 2.1 a 11 – 4.46), realizando o Salvador, mais tarde, no mesmo lugar, outro sinal maravilhoso (Jo 4.54). Era, também, a terra natal do apóstolo Natanael (Jo 21.2). Nenhuma dessas passagens nos pode indicar de uma maneira precisa a situação de Caná. o que se pode depreender do que está escrito é que aquela povoação não ficava muito longe de Cafarnaum (Jo 2.12 – 4.46). investigações recentes tendem mais a identificá-la com Curbete Caná, que fica 1õ km ao norte de Nazaré, do que com Queque Quená, que está apenas 5 km ao nordeste.
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canaã
Baixo, plano. 1. Quarto filho deCão (Gn 10.6 – 1 Cr. 1.8), progenitor dos vários povos que antes da conquista dos israelitas, se tinham estabelecido no litoral da Palestina, ocupando, de um modo geral, todo o país ao ocidente do rio Jordão (Gn 10.15). Uma maldição foi lançada sobre a terra de Canaã, em virtude do procedimento pouco respeitoso de Cão para com seu pai Noé (Gn 9.20 a 27). 2. o nome de Canaã é, algumas vezes, empregado por ‘terra de Canaã’.
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canaã (terra de)
Em Sf 2.5 e em Mt 15.22, a terra de Canaã se restringe à parte marítima da Filístia e da Fenícia, e essa parte, sendo a mais baixa de todo o país, está em harmonia com a significação da palavra Canaã (terra Baixa), mas a sua aplicação era extensiva a toda a região ao ocidente do rio Jordão e do mar Morto, entre estas águas e as do Mediterrâneo. A língua de Canaã (is 19.18), isto é, a fenícia, tinha grande semelhança com a hebraica dos israelitas.
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cananeus
Esta designação é usada em sentido restrito, e também em sentido lato. implica ou a tribo que habitava uma particular porção da terra ao ocidente do Jordão antes da conquista, ou o povo que habitava, de uma maneira geral, todo o país de Canaã. Quanto à sua significação restrita: a região baixa da parte ocidental compreendia as planícies que ficam entre a praia do Mediterrâneo e a base dos montes de Benjamim, de Judá, e de Efraim, a planície de Filístia do sul, e de Sarom entre Jafa e o Carmelo, a grande planície de Esdrelom, junto à baía de Aca, a planície da Fenícia, contendo Tiro, Sidom, e todas as outras cidades daquela nação, e finalmente, o vale do Jordão, que se estendia desde o mar de Genesaré até ao sul do mar Morto, cerca de cento e noventa quilômetros de comprimento, por treze a vinte e dois quilômetros de largura. A tribo cananéia habitava a costa desde Sidom até Gaza, e dali até à extremidade sul do mar Morto (Gn 10.18,19). os carros, que constituíam uma parte importantíssima dos seus exércitos (Js 17.16 e Jz 1.19 e 4.3), em nenhuma parte podiam ser conduzidos a não ser nas planícies. Eram estes terrenos planos a parte mais rica do país. Na sua significação mais ampla, o termo ‘cananeus’ incluía todos os habitantes não israelitas da terra, antes da conquista.
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candeeiro
Foi ordenado a Moisés que fizesse um candeeiro ou candelabro para o tabernáculo, como se acha descrito em Êx 25.31 e 37, e 37.17 a 24. Assim como o castiçal de Moisés simbolizava a luz da lei, do mesmo modo os candeeiros se tornaram símbolos do Espírito, da igreja, e de testemunhos (Zc 4 – Ap 2.5 e 11.4). o candeeiro estava colocado na parte meridional do primeiro compartimento do tabernáculo, sendo essa parte um símbolo da região celestial. No templo de Salomão, em lugar do candeeiro do tabernáculo, havia dez castiçais de ouro, semelhantemente trabalhados, cinco à direita e cinco à esquerda (1 Rs 7.49 – 2 Cr 4.7). Estes candeeiros foram levados para Babilônia (Jr 52.19). Quando Jesus Cristo exclamou, ‘Eu sou a luz do mundo’ (Jo 8.12), a comparação foi provavelmente sugerida pelos dois grandes candeeiros de ouro que se achavam acesos no chamado pátio das mulheres durante a Festa dos Tabernáculos, iluminando toda a cidade de Jerusalém.
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candeia
Pequeno aparelho de iluminação, sustentado por um prego e abastecido com óleo
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candido
Aquele que é puro, ingênuo, inocente
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caniço
Vara para pescar (bambu)
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cânon das santas escrituras
A aplicação do termo cânon ao conjunto dos livros, que constituem as Escrituras do Antigo e Novo Testamento, somente se fez pelo fim do quarto século, quando todo o Novo Testamento se apresenta reconhecido pelas igrejas. Mas a idéia se derivou da coleção das Sagradas Escrituras judaicas, já fixadas e completas no princípio da era cristã. A. Cânon do Antigo Testamento. os livros que encerra: o Antigo Testamento contém trinta e nove livros, agrupados segundo o assunto. Há os cinco livros da Lei – doze de História, cinco de Poesia – dezessete de Profecia. Esta disposição provém da Vulgata Latina, que, por sua vez, se baseia na versão grega dos Setenta, assim chamada por terem sido setenta os tradutores. Quando nos referimos a esta tradução grega, dizemos a versão dos LXX. Todavia, as Escrituras hebraicas compreendem somente vinte e quatro livros. É porque se considera como um só livro cada grupo dos seguintes: os dois de Samuel, os dois dos Reis, os dois das Crônicas, Esdras e Neemias, os doze profetas menores. Por uma classificação posterior ficou reduzido o número a vinte e dois livros, para corresponder, certamente, ao número de letras do alfabeto hebraico, aparecendo o livro de Rute ligado ao dos Juizes, e as Lamentações ao livro de Jeremias. o agrupamento das Escrituras hebraicas é, provavelmente, significativo da história do Cânon do Antigo Testamento. 1. Lei (Torá) – Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio. 2. Profetas: primeiros – Josué, Juizes, Samuel, Reis – últimos – isaías, Jeremias, Ezequiel e os Doze. 3. Escritos (Quetubim na versão dos LXX são os hagiógrafos, ou escritos sagrados). a) Livros Poéticos: Salmos, Provérbios, Jó. b) Megilote (Rolos, que eram lidos, cada um em separado, nas cinco grandes festividades judaicas) – Rute, Cantares de Salomão, Eclesiastes, Lamentações, Ester. c) Daniel, Esdras, Neemias, e Crônicas. Deve notar-se que somente a primeira divisão, a Lei, corresponde ao agrupamento da Vulgata Latina. os ‘Profetas’ incluem quatro livros históricos, e o próprio titulo da terceira divisão, os ‘Escritos Sagrados’, sugere o caráter miscelâneo dos assuntos. A versão dos LXX, que em geral é citada pelos escritores do N.T., contém quatorze livros além dos das Escrituras hebraicas. o excesso dos livros gregos sobre os hebraicos é representado pelos livros apócrifos. B. Cânon do Novo Testamento. Livros que encerra: A ordem dos vinte e sete livros do Novo Testamento é derivada da Vulgata Latina. E acham-se assim agrupados: a) os quatro Evangelhos e o livro histórico dos Atos. b) A série das quatorze epistolas de S. Paulo, terminando com a epistola aos Hebreus. c) As sete epístolas universais. d) Apocalipse. A ordem tradicional é particularmente infeliz com respeito aos escritos paulinos, que parecem ter sido geralmente dispostos segundo o seu comprimento e importância. Se esta disposição pudesse, dalgum modo, justificar-se por se tratar de inspiradas ‘Epístolas’, devia pensar-se em que, primeiramente, foram cartas, chamando-se depois epístolas, quando se incluíram no Cânon, e como cartas tinham um lugar marcado na sua relação com a vida e ministério de S. Paulo. A sua ordem cronológica é, realmente, de grande importância para inteira compreensão de cada uma das epístolas e pode ser determinado com mais ou menos certeza, este agrupamento: Segunda viagem missionária: (Gálatas), 1 e 2 aos Tessalonicenses. Terceira viagem missionária: (Gálatas), 1 e 2 aos Coríntios (Gálatas), Romanos. Quando Paulo estava na prisão: Epístolas aos Efésios, aos Colossenses, e a Filemom – Epístola aos Filipenses. Depois da (primeira) Prisão: Epístolas a Tito – 1 Timóteo – 2 Timóteo. A literatura do N.T. compreende, então, os quatro Evangelhos, ou uma narrativa da vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo – a história da igreja primitiva, tratando de um modo especial da obra de S. Paulo, uma coleção de vinte e uma Epístolas Apostólicas – e o Apocalipse. Estes escritos constituem, de fato, o Cânon do N.T.
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canonização
Processo que levou ao reconhecimento dos livros que compõem a Bíblia como realmente inspirados por Deus.
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cantares
CÂNTiCoS DE SALoMÃo. o assunto deste Cântico é a mútua afeição e ternuras entre esposo e esposa. Tem sido objeto de muita discussão saber quem é o autor e quando foi escrito. A voz universal da antigüidade atribui o livro a Salomão, e a prova interna mostra conformidade com o tempo e a vida desse rei. Esteve sempre no Cânon mas não é citado no N.T. Temos de considerar Cantares de Salomão como uma bela manifestação dos sentimentos amorosos, que o Criador implantou na nossa alma . Mais do que isto, porém, devemos ainda dizer. As afetuosas relações entre o homem e sua mulher são referidas em muitas passagens das Escrituras para demonstrar a união entre Jeová e o Seu povo escolhido. Nesta conformidade, os judeus sempre compreenderam os Cantares de Salomão num sentido figurativo. Do mesmo modo os comentadores cristãos de todos os tempos têm considerado este poema como uma expressiva pintura de amor que existe entre o Salvador e Sua igreja, descrevendo convenientemente a fidelidade e perpetuidade da sua união. E, quando a esta luz se vê o poema, parece, então, ser uma valiosa percepção da verdade divina. É, certamente, no objeto geral do poema que devemos procurar a sua significação mística. De maneira alguma devemos tentar a interpretação simbólica de todas as pequenas circunstâncias mencionadas. o poema Cantares de Salomão acha-se na forma de diálogo: os principais interlocutores são o rei Salomão e a sua noiva, havendo, também, um coro de virgens, e manifestando-se outros espectadores. As partes do poema podem considerar-se da seguinte maneira: l. introdução, fazendo conhecer o mútuo amor do noivo e da noiva (termina esta parte em 2.7) – 2. A visita do noivo e o sonho da noiva (termina em 3.5) – 3. os desponsórios reais (acabam em 5.1) – 4. Um sonho de afastamento e tristeza, seguindo-se uma renovação de amor (o fim desta cena é em 6.9) – 5. Alegria do amor conjugal (acaba a cena em 8.4) – 6. o noivo visita a casa da Sulamita e há, então, uma feliz revista dos tempos passados (termina em 8.14). Como geralmente acontecia nos antigos poemas, não há alíneas no Cântico que indiquem a mudança de cena e de personagens. Conhecem-se essas mudanças em parte pelo sentido, mas principalmente pelo uso no original dos pronomes do gênero masculino ou feminino, da segunda ou terceira pessoa. Quando não se observa esta distinção nas traduções, o poema fica obscuro. Todavia, em algumas edições da Bíblia, acham-se indicadas as diferentes cenas e personagens.
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cântaro
Jarro ou vaso grande para guardar líquidos.
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canto do campo
Segundo a Lei, o canto dos campos não devia ser completamente ceifado, pois isso fazia parte da provisão para os pobres (Lv 19.9). os constantes queixumes dos profetas com respeito a serem defraudados os pobres (is 10.2 – Am 5.11 – 8.6) parecem mostrar que essa disposição da Lei tinha perdido a sua força na prática. Aos hebreus era proibido cortar os ‘cantos’, isto é, as extremidades do cabelo e das suíças em volta das orelhas (Lv 19.27 – 21.5).
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canzil
Canil; cada um dos paus presos aos tirantes ou por baixo da canga, entre os quais se meteo pescoço do boi ou do cavalo.
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cão
1. Um dos filhos de Noé, talvez o mais novo (Gn 5.32). É possível que o nome signifique crestado ou preto, sendo esta qualidade peculiar aos povos tidos como seus descendentes, por Cuxe seu filho mais velho – e esses povos são: os assírios, os babilônios, os cananeus, os sidônios, os egípcios, e os líbios (Gn 10.6). os descendentes de Cão, em geral foram, muitas vezes, uma raça marítima, e mais depressa podiam ser civilizados do que os seus irmãos pastores das outras duas famílias. os primeiros grandes impérios da Assíria e do Egito foram fundados por ele – e muito cedo as repúblicas de Tiro, Sidom e Cartago se distinguiram pelo comércio desse povo. Mas também mais depressa viram a sua decadência. o Egito, que era uma das primeiras nações, tornou-se a última e ‘o mais humilde dos reinos’ (Ez 29.15), tendo estado sucessivamente sujeito aos descendentes de Sem e de Jafé e o mesmo acontecendo com outros ramos da descendência de Cão. Na referência que se faz em Sl. 78.51 e 105.23 à ‘terra de Cão’, o país assim designado é o Egito. Em 1 Cr 4.40 a significação é talvez a dos antigos cananeus. (*veja Cuxe, Canaã, Mizraim.) 2. Quente: Sitio da vitória de Quedorlaomer sobre os zuzins (Gn 14.5).
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capacete
o capacete que os israelitas usavam era na forma de uma carapuça com peças que cobriam as orelhas e o pescoço. Era de bronze ou metal amarelo. os capacetes que Uzias forneceu ao seu grande exército (2 Cr 26.14), eram do mesmo metal, bem como os de Saul e Golias (1 Sm 17.5,38). Estes capacetes de bronze eram usados somente pelos principais guerreiros, sendo o simples soldado, segundo parece, provido de carapuças enchumaçadas, com hastes de metal, ou então de barretes feitos de feltro ou de couro. os heteus usavam capacetes mais largos para cima, do que os usados comumente, ao passo que os oficiais da Assíria os usavam altos e em ponta.
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capadócia
Província oriental da Ásia Menor, limitada ao sul e oriente pela cordilheira do Tauro, e pela corrente superior do Eufrates. Nos tempos primitivos estendia-se mais para o Norte, até ao mar Negro – mas, no tempo dos apóstolos, achava-se dividida em duas províncias romanas, Ponto e Capadócia, achando-se esta perto do monte Tauro. É uma região elevada e plana, cortada por cadeias de montanhas, famosa pelos seus pastos para criação de gado, sendo, também, rica em searas. A sua metrópole era Cesaréia, situada perto do monte Argeu, a mais alta montanha da Ásia Menor. Alguns judeus da Capadócia achavam-se em Jerusalém entre os ouvintes do primeiro sermão de Pedro (At 2.9) – e alguns dos cristãos ali residentes pertenciam ao número dos leitores da sua primeira epístola (1 Pe 1.1).
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capitéis
Coroamento do fuste (tronco da coluna entre a base e o capitel) de uma coluna
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capitel
Coroamento do fuste (haste, cabo) duma coluna
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caráter
Do Latin character e do Grego charaktér
Cunho especial que distingue as coisas entre si; marca; impressão; índole; resolução; firmeza; propriedade; expressão ajustada; natureza; sentimentos; feitio moral.Em psicologia, “o conjunto de qualidades e atitudes que configuram o modo de ser de uma pessoa”. Ao próprio do temperamento, que são as disposições herdadas, acrescenta as características adquiridas.
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caravançará
Grande abrigo, para hospedagem gratuita de caravanas, e que de ordinário consta de quatro pavilhões em volta de um pátio.
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carbunculo
pedra preciosa
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carca
terreno profundo
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carcás
águia
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carcor
terreno mole e plano
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cardo
Planta espinhosa
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caréa
calvo
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carecer
Não ter, não possuir
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caridade
amor ao próximo, benevolência, bondade, compaixão, esmola, beneficência.
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carina
Aquela que tem graça, delicadeza
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carine
Querida, amada
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carla
Fazendeira, viril
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carlo
Fazendeiro, viril
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carlos
Fazendeiro, viril
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carmelo
Lugar bem coberto de vegetação l. Uma montanha que nos fornece notável e característica feição de Canaã. Entra no mar Mediterrâneo formando um grande promontório, e estende-se pela terra dentro, quase em linha reta, numa distância de mais de 19 km. para o sueste, terminando repentinamente num despenhadeiro. Forma como que uma barreira entre a planície marítima de Sarom ao sul e as terras interiores de Esdrelom ao norte. o monte Carmelo é formado de pedra calcária dura, abundante em cavernas. Na montanha são, por vezes, encontradas pedras redondas, conhecidas pelo nome de ‘melões de Elias’. São, realmente, o que os geólogos chamam ‘geodos’. o carmelo acha-se ainda revestido daquela excelente vegetação que sugeriu aos profetas algumas das suas favoritas ilustrações (is 33.9 – Mq 7.14). o carmelo coube à tribo de Aser (Js 19.26) – e o rei de ‘Jacanã, ou Jocneão do Carmelo’ era um dos chefes cananeus, que foram derrotados por Josué (12.22). o monte Carmelo é, para nós, muito interessante pela sua conexão com a história dos dois grandes profetas de israel – Elias e Eliseu. Foi ali que Elias desconcertou os profetas de Baal, levando de novo o povo de israel à obediência ao Senhor. Deu-se este acontecimento na extremidade oriental da cordilheira. Deste sítio devia ser distintamente visível a cidade de Jezreel onde estavam o palácio de Acabe e o templo de Jezabel. E na base da montanha claramente se via o tortuoso leito do Quisom. Depois da mortandade subiu Elias ao cume do Carmelo, ali orando pela desejada chuva (1 Rs 18.17 a 46). Foi, também, no monte Carmelo que Elias fez descer fogo do céu, que consumiu por duas vezes os cinqüenta soldados com o seu capitão, que o rei Acazias tinha mandado ali para prender o profeta, em virtude de ter este feito parar os seus mensageiros que iam consultar Baal-Zebube, deus de Ecrom (2 Rs l.9 a 15). Depois de Elias ser elevado ao céu, foi Eliseu ao monte Carmelo, mas somente uma vez – recebeu ali a sunamita, aquela consternada mãe, cujo filho lhe foi restituído vivo (2 Rs 4.25). 2. Cidade na região montanhosa de Judá (Js 15.55), e que nos é familiar por ter sido a residência de Nabal (1 Sm 25) e a terra natal da predileta esposa de Davi, a carmelita Abigail (1 Sm 27.3 – 1 Cr 3.1). Foi este, sem duvida, o lugar, onde Saul levantou um monumento depois de ter alcançado vitória na batalha com os amalequitas (1 Sm 15.12). Ali, também, o rei Uzias tinha as suas vinhas (2 Cr 26.10). As ruínas da cidade, que hoje se chama Curmul, estão 16 km. abaixo de Hebrom. Entre elas são notáveis um castelo com grande fortaleza e um grande e belo reservatório.
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carmem
Poema, versos, poesia
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carmen
Poema, versos, poesia
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carmesim
’Ainda que os vossos pecados são como a escarlate… – ainda que são vermelhos como carmesim…’ (is 1.18). A palavra carmesim refere-se à fêmea do inseto cochonilha, que se pega à azinheira da Síria. Quando viva, a ninfa é quase tão grande como o caroço da cereja, tendo uma cor escura de amaranto – mas quando está morta, torna-se tão pequena como um grão de trigo. Vê-se muito na Palestina, e ainda por vezes se usa para tingir. A escarlate provém do mesmo inseto, mas nem sempre são essas cores exatamente distintas.
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carmi
vinhateiro
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carmo
Religiosa
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carne
A palavra hebraica do A.T., basar, tem freqüentemente o sentido literal de carne, ou seja do homem ou de animal (Gn 2.21 – 9.4 – Lv 6.10 – Nm 11.13), e também significa todas as criaturas vivas (Gn 6.13,17) – além disso tem a significação especial de Humanidade, sugerindo algumas vezes quanto é grande a fraqueza do homem, posta em confronto com o poder de Deus (Sl 65.2 – 78.39). No N. T. a palavra sarx é empregada da mesma maneira (Mc 13.20 – 26.41 – Hb 2.14 – 1 Pe 1.24 – Ap 17.16) S. Paulo põe habitualmente em contraste a carne e o espírito – e faz a comparação entre aquela vida de inclinação à natureza carnal e a vida do crente guiado pelo Espírito (Rm 7.5, 25, 8.9 – Gl 5.17 – etc.). A frase ‘Carne e sangue’ (Mt 16.17 – Gl 1.16) é para fazer distinção entre Deus e o homem (*veja Alimento).
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carol
Fazendeira
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carolina
Fazendeira
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caroline
Fazendeira
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carpo
fruto, pulso
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carquemis
Cidade do norte da Síria, dominando a passagem do Eufrates, e era, por esse fato, objeto de contenda. Foi tomada por Faraó-Neco, e depois reconquistada por Nabucodonosor (2 Cr 35.20 – is 10.9 – e Jr 46.2). Em 1911 fizeram-se escavações no sitio da antiga Carquemis, Jerablus – mas, posto que alguns esclarecimentos se colheram desses trabalhos com respeito aos heteus, os resultados, em geral, não foram satisfatórios (*veja Heteus).
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carranca
Sombrio, fechado, carregado, com aspecto de mau humor.
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carro
Veículo puxado por bois (2 Sm 6.3), que deve distinguir-se dos carros de guerra, tirados por cavalos. Eram abertos, ou cobertos, e serviam para levar pessoas, cargas, ou produtos. Com efeito, ainda que a maneira comum de viajar no oriente seja em palanquim ou a cavalo, empregavam-se contudo, também os carros. Eram grosseiros veículos, em fortes rodas, puxados por bois. Segundo a sua representação nos monumentos, eram usados para levar os frutos dos campos, e transportar mulheres e crianças nas suas viagens. José mandou carros a fim de que seu pai e família fossem conduzidos, juntamente com os bens da casa, para o Egito (Gn 45.19, 21,27 – 46.5). Quando se celebrou a dedicação do tabernáculo, as ofertas dos ‘príncipes’, isto é, dos principais personagens, foram levadas em seis carros, sendo cada um puxado por uma junta de bois (Nm 7.3, 6, 7).
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carro de guerra
o poder militar de umanação era avaliado, principalmente, pelo número de carros de guerra que ela possuía. Até ao tempo de Davi, os israelitas poucos ou nenhum carro dessa espécie possuíam, mas o rei Salomão mantinha uma força de 1.400 carros, proveniente de um imposto sobre certas cidades (1 Rs 9.19 – 10.25). Há uma primitiva referência aos carros do Egito em Gn 41.43 e Êx 14.7: os carros armados de ferro, pertencentes aos cananeus, eram um sério obstáculo à ocupação da terra pelos israelitas (Js 17.16,18 – Jz 4.3,13). Como esses aparelhos bélicos podiam ser queimados (Js 11.9), eram, provavelmente, construídos de madeira, e tornavam-se mais resistentes com o ferro. Quando os judeus quiseram, também, ter carros seus, sem dúvida imitaram os modelos egípcios. o carro egípcio constava de uma armação de madeira semicircular com os seus lados direitos, pousando a parte de trás sobre o eixo de duas rodas – tinha um parapeito de madeira ou de marfim, preso à armação por tiras de couro, achando-se na frente uma peça perpendicular de madeira. o pavimento do carro era feito de cordas em forma de rede, certamente para oferecer um ponto de apoio mais elástico aos ocupastes. Subia-se para o carro pela parte de trás, que era aberta, sendo os lados fortalecidos com guarnições de couro e metal. Ajustada ao lado direito, e atravessada em diagonal, estava a caixa dos arcos, e, tomando uma direção inclinada para cima, a aljava e o estojo das lanças. Se duas pessoas estavam no carro havia outra caixa de arcos. Cada uma das duas rodas tinha seis raios. Não havia tirantes – uma correia achava-se segura a um gancho, e as rédeas passavam por argolas, que estavam de cada lado dos dois cavalos. o condutor permanecia do lado direito, e quando despedia a seta tinha o chicote pendurado no pulso. Nalgumas esculturas está o rei só, no seu carro, com as rédeas postas em volta do corpo, podendo, desta forma, arremessar os dardos com as mãos sem estorvo algum. Geralmente eram duas as pessoas, e, também, às vezes três, as que eram levadas sobre o carro, segurando a terceira a umbela de honra. Um segundo carro era costume seguir o rei na batalha, para ser usado em caso de necessidade. os carros de guerra assírios e persas eram muito semelhantes aos do Egito. os monarcas judeus que caíram na idolatria fizeram oferecimentos de carros e cavalos ao deus do Sol (2 Rs 23.11).
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carsena
presa da guerra
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cartá
cidade
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carvalho
Há, na Síria, umas nove espécies de carvalho, e quase outras tantas variedades. Quando a terra foi colonizada pelos cananeus, era, provavelmente, a Palestina ocidental tão rica de montados, como o é hoje a Palestina oriental. Alguns carvalhos são sempre viçosos, mas outros são precoces, deixando cair as suas folhas no outono. É esta uma clara distinção que seria feita mesmo numa idade não científica. Que era esse o caso entre os antigos hebreus, depreende-se de duas passagens de isaías: ‘sereis como o carvalho, cujas folhas murcham’ (1.30) – e ‘Como terebinto e como carvalho, dos quais, depois de derrubados, ainda fica o toco’ (6.13). o carvalho de folhas persistentes acha-se representado na Palestina principalmente pelo carvalho de Quermes, do qual há exemplares de uma circunferência de 6,5 a 8 metros. outra abundante espécie é a Valônia do Levante, isto é o carvalho decíduo de cúpula espinhosa: empregam-se as suas bolotas no curtimento de peles, mas os árabes servem-se delas como alimento. o carvalho é o símbolo da força: ‘(o amorreu) era forte como os carvalhos’ (Am 2.9). os ídolos eram, algumas vezes, feitos de carvalho (is 44.14,15), bem como os remos dos barcos da Síria (Ez 27.6).
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cãs
Cabelos brancos
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casa
No sentido mais lato da palavra “baytith” emprega-se para significar qualquer habitação, fixa, ou mutável. Pode ter-se derivado de uma raiz que significa passar a noite. Também o tabernáculo de Deus, embora tenha sido apenas uma tenda, é, algumas vezes, chamado a casa, a residência de Deus. Pouca mudança tem havido no sistema de edificar casas no oriente. As ruas das cidades são geralmente estreitas, tendo, por vezes de um e de outro lado uma carreira de lojas. Por detrás destas estão as habitações. Se entrarmos numa das principais casas, passaremos, primeiramente, por um corredor, onde se vêem bancos de cada lado, e é ali que o senhor da casa recebe qualquer indivíduo, quando quer tratar dos seus negócios, sendo a poucas pessoas permitido passar adiante. Para além desta entrada, o privilegiado visitante é recebido no pátio, ou quadrângulo, que geralmente é pavimentado de mármore ou outra substância dura, e não tem cobertura. Este pátio dá luz e ar a vários compartimentos que têm portas para aquele quadrângulo. Com o fim de receber hóspedes, é o pavimento coberto de esteiras ou tapetes – e visto como estão seguros contra qualquer interrupção de fora, é o lugar mais próprio para recepções e diversões. o pátio é, geralmente, rodeado de um claustro, sobre o qual, quando acontece ter a casa mais de um andar, é levantada uma galeria para cada andar nas mesmas dimensões que o claustro, tendo uma balaustrada para impedir o povo de cair. As janelas que deitam para a rua são pequenas e altamente colocadas, sendo fechadas por meio de um sistema de tábuas furadas e esculpidas em vez de vidro. Deste modo fica oculto o morador, podendo, contudo, obter uma vista do que se passa fora. Todavia, as janelas dos andares superiores são, freqüentemente, de considerável grandeza, e construídas numa saliência para fora da parede da casa. Foi esta a espécie da janela pela qual foi atirada Jezabel por mandado de Jeú. Nas casas dos ricos a parte mais baixa das paredes é adornada de tapeçarias de veludo ou damasco, suspensas em ganchos, podendo esses ornamentos subir ou descer segundo se quer (Et 1.6). A parte superior das paredes é adornada de um modo mais permanente, ao passo que os tetos são, algumas vezes, feitos de madeira preciosa e odorífera (Jr 22.14). os sobrados destes esplêndidos quartos são cobertos de lajes pintadas, ou de pedra mármore. Algumas vezes eram feitos de estuque, coberto de ricos tapetes. Em todos os casos, os quartos de mulheres estão separados, embora a separação não fossem outros tempos tão estrita como é hoje entre os hebreus. Nas casas de certa pretensão havia um quarto para hóspedes. o telhado das casas orientais é quase sempre plano. Compõe-se de vigas de madeira, cobertas de pedra ou argamassa, para proteger os moradores contra o sol e as chuvas, e também, para lhes proporcionar um sítio muito agradável ao ar livre quando está bom o tempo. Em volta deste telhado há um parapeito, não muito alto, para segurança das pessoas (Dt 22.8). Na Palestina o povo dorme nos terraços da casa, durante o tempo de mais calor, em caramanchões feitos de ramos ou de junco (Ne 8.16). o quarto dos hóspedes é, algumas vezes, construído sobre o telhado, e como para este se sobe por uma escada exterior, pode o hóspede entrar ou sair sem comunicar-se com a família. Várias ocupações domésticas são efetuadas nestes lugares altos da casa, como estender a roupa para secar, e espalhar figos, uvas, etc., para se fazer passas. E algumas vezes também foram usados estes lugares para o culto idolátrico (2 Rs 23.12 – Jr 32.29). As tendas, usadas durante a Festa do Tabernáculo, eram levantadas sobre telhados planos, que eram também escolhidos para os moradores se lamentarem em ocasião de grande aflição. os fogões não existem nas casas orientais, mas a família serve-se de braseiros, acontecendo, também, acenderem o lume no pátio aberto. Todavia, a cozinha tinha uma elevação feita de tijolo, com cavidades, em que se fazia a necessária fogueira. Havia os lugares para cozinhar, aos quais se refere Ez 46.23. Além dos caramanchões para uso no verão, havia, também, compartimentos especialmente protegidos, que se usavam no tempo frio. As casas dos pobres no oriente são construções muito fracas, sendo as paredes feitas de barro, canas e junco (*veja Jó 4.19). Pode o ladrão penetrar facilmente dentro destas habitações (Jó 24.16 – Mt 24.43). Algumas vezes estas moradas de barro, e mesmo de tijolo, constavam de uma sala somente, sendo ainda uma parte dela separada para o gado. o exterior de todas as casas, tanto dos ricos como dos pobres, apresenta uma fraca aparência. Nada mais se observa, geralmente, do que uma nua parede branca, com pequenas janelas, gelosias e uma simples porta. (*veja Tenda, Tabernáculo, Cabana.)
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casa do tesouro
Conta a história de um grupo de cegos que tentou descrever como era um elefante. Um deles após apalpar o lado musculoso do elefante, chegou à conclusão que ele era como um muro. O segundo cego após tocar nas pernas grossas e roliças, protestou dizendo: “Não, o elefante tem uma forma diferente. Ele se parece com uma coluna.” O terceiro abordou o elefante de outra forma. Após apalpar a tromba, disse: “Vocês dois estão enganados, o elefante se parece com uma grande cobra.” E, assim cada um dos seis teve uma concepção diferente do mesmo elefante.
As vezes por desinformação ou por conhecerem apenas uma parte da verdade algumas pessoas agem como estes cegos, enfatizando um aspecto das coisas em detrimento de outros.
Heresia não é apenas uma doutrina errada, mas pode ser também um assunto ou doutrina em que apenas é enfatizado apenas um lado. Um dos exemplos desta distorção é a interpretação de Malaquias 3:10 que diz: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes.”
A expressão “Casa do Tesouro” tem em nossos dias sido interpretada como sendo a igreja local e onde os dízimos e ofertas devem ser administrados e distribuídos.
Mas, o que realmente quer dizer a expressão “Casa do Tesouro”, onde Deus pediu para os israelitas trazerem os seus dízimos e ofertas? Estaria o texto de Malaquias discutindo ou aprovando uma prática congregacionalista de governo eclesiástico?
Vale lembrar que no congregacionalismo a igreja local é quem administra o dinheiro doado pelos membros. Então seria o congregacionalismo, segundo este texto, a melhor forma de governo? Estaria o sistema democrático representativo contrário ao texto de Malaquias 3:10?
Bem, em primeiro lugar temos que compreender o que significava a expressão “Casa do Tesouro”.
Quando Salomão construiu o templo, várias salas ou câmaras foram construídas para diversos fins. (I Reis 6:5) Estas dependências, por exemplo, eram usadas como abrigo para os cantores que apresentariam suas músicas (Ezequiel 40:44). Os guardas ocupavam uma destas salas(I Reis 14:28) Em uma ocasião uma delas foi usada como esconderijo para Joás (II Reis 11:2 e 3)
Uma destas salas era usada como o lugar onde o dízimo que não era composto apenas de moedas, mas também de produtos agrícolas era entregue e guardado. Neemias usa a expressão “Casa do Tesouro” para falar de uma destas câmaras ou salas onde eram depositados os dízimos (ver Neemias 10:38)). Uma espécie de tesouraria do templo. Portanto, “Casa do Tesouro” é uma expressão para designar primariamente o lugar (ou espaço) onde o dízimo deveria ser guardado.
Inclusive a KJV, a famosa King James Version traduziu a expressão de Malaquias 3 como celeiro ou lugar onde cereais eram depositados, já que grande parte dos dízimos vinha em grãos. É bom que se diga que o autor não está discutindo quem deveria administrar o dízimo pois sobre isto Deus já havia falado e instruído o povo.
Levar à “Casa do Tesouro” significa devolver o dízimo no lugar designado, ou seja, a igreja da qual a pessoa é membro ou freqüenta. Mas, a questão crucial de nossos dias não é esta. Todos sabem onde levar o dízimo. A grande pergunta é: Quem deve administrar este dinheiro?
Precipitadamente alguns tem dito que a expressão “Casa do Tesouro” indica que a igreja local deve administrar os recursos do dízimo. Na prática, porém, os que defendem esta aplicação do texto não estão fazendo isto.
Quando dão o dízimo eles mesmos administram dentro do seu ponto de vista, e sequer consultam a igreja local.
Temos que voltar à Bíblia para entender a questão da distribuição do dízimo.
Em Gênesis 14:20 lemos que Abraão entregou o dízimo a Melquisedeque que era não apenas um rei, mas também sacerdote do Senhor. O ato de Abraão revela que o receptor do dízimo deve ser alguém separado por Deus para uma tarefa santa. Abraão obedeceu (e note bem, ele poderia usar o dízimo para o que quisesse, mas não o fez. Ele cria no plano de Deus) e deu o dízimo a quem de direito.
No sistema israelita Deus estabeleceu regras ainda mais claras a respeito do dízimo. O dízimo foi dado aos levitas como herança e deveria ser administrado por eles(Números 18:21 a 32). Tanto é que o doador não podia manipular a décima parte. A pessoa não devia separar o bom do defeituoso ou fazer qualquer substituição (Levítico 27:33). Por exemplo em um rebanho o décimo animal que passasse sob o cajado do pastor pertencia ao Senhor, não importando a sua condição. O israelita também não dava seus dízimos e ofertas para simplesmente “pagar” o salário dos levitas. O dízimo era na verdade não oferta para os levitas, “mas para o Senhor” (Números 18:26)
Esta verdade é reforçada em Malaquias 3:8 quando Deus diz: “… vós me roubais”. O roubo não é contra os levitas ou sacerdotes, mas contra Deus.
Tendo isto como base, o dízimo era uma oferta para o Senhor a qual Ele deu para o sustento e administração dos levitas e do sacerdócio. E um aspecto que tem sido ignorado é que este ministério levítico era global, ou uma corporação. Não eram células isoladas (congregações independentes) mas um corpo. O centro administrativo da religião de Israel estava no templo. Eles eram o que hoje chamamos de administração da igreja. Esta centralização no templo permitia que dali saísse o sustento necessário para os homens que faziam a obra de Deus naquela época.
Ninguém trabalhava independentemente do todo. Reiteradas vezes o Velho Testamento fala de Israel como um povo. Então, surge uma dúvida… E, o Novo Testamento conceberia uma idéia da igreja local administrar todos os recursos do Senhor?
Os advogados do congregacionalismo defendem que o sistema de governo do Novo Testamento é congregacional. Uma leitura atenta do texto bíblico nos permite ver que as coisas não são bem assim. Considerando que a igreja ainda estava iniciando, e portanto alguns passos na organização ainda deviam ser dados; vamos tomar 2 exemplos: O concílio de Jerusalém é o primeiro deles (Atos 15). Neste concílio as decisões não foram tomadas por uma pessoa ou congregação local , mas por representantes da igreja, que neste caso eram os apóstolos e os anciãos (Atos 15:6). Temos aqui um caso semelhante ao sistema de democracia representativa. O concílio de Jerusalém reflete que as tomadas de decisão foram feitas por uma liderança internacional e interdistrital. (comparar Atos 15:6 com Atos 16:4 e 5)
O outro exemplo é o do apóstolo Paulo, um evangelista e plantador de igrejas em várias cidades. Ele sempre que podia voltava àquelas congregações ou deixava alguém para trabalhar ali sob a sua supervisão. Havia entre estes líderes e igrejas um trabalho harmônico.
Paulo era uma espécie de presidente de campo. As igrejas não decidiam tudo sozinhas. Mesmo empiricamente se percebe que havia uma organização central que dirigia a obra naquela região do mundo.(Tito 1:5, II Timóteo 4:5, Tito 2:15)
Em I Coríntios 16: 1 a 3 temos o desafio de Paulo para que os membros da igreja separem suas ofertas para os pobres da Judéia. Ele pessoalmente passaria para pegar este dinheiro e usá-lo para atender necessidades.
Os que questionam a distribuição e administração dos dízimos pela Associação (por exemplo) tem grande dificuldade com este texto. Por que Paulo não deixou que cada igreja administrasse este dinheiro? Uma pergunta para pensar…
É claro que as igrejas locais devem ter dinheiro para fazer face às suas despesas. Mas, deveriam elas usar todo o dinheiro e esquecer da missão mundial que a igreja tem?
A RAIZ DO PROBLEMA
Na verdade, a raiz do problema de alguns não é teológica, mas pessoal e às vezes administrativa.
Os que defendem a idéia de que a igreja local ou eles mesmos devam administrar e distribuir todo o dízimo estão amparados muito mais em idéias pessoais e textos distorcidos do que no “Assim diz o Senhor”.
Alguns trazem uma certa revolta por causa do erro de um ou outro pastor ou administrador, e então tentam fazer a Bíblia concordar com suas idéias pessoais. Não podemos misturar as coisas. Se alguém na organização erra na aplicação do dízimo deve ser corrigido e deve arcar com as conseqüências. Mas, jamais devemos usar este precedente para desistimular a devolução da parte pertencente a Deus e que deve ser usada no ministério evangélico.
O sistema representativo é o mais justo e equilibrado, pois permite à igreja pensar de forma global nas necessidades da pregação do evangelho. Às vezes temos a tendência egoísta de olharmos apenas para nossa congregação e nos esquecemos que o Novo Testamento concebe a igreja como um corpo (I Coríntios 12:13). E como um corpo ela deve ser dirigida. Primeiramente por Cristo e depois pelos homens e mulheres que ele escolheu.
Aqueles que tem dúvidas sobre a eficácia deste método deveriam conhecer um pouco mais sobre os problemas de igrejas congregacionais, e verão que a crítica feita ao sistema representativa na maioria das vezes é infundada. Todavia se há algum desvio na igreja ele deve ser corrigido conforme manda a palavra de Deus.
Com amor, mansidão e de acordo com o Espírito de Cristo é que as coisas se resolvem (Gálatas 6:1 a 4).
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casaias
hebraico: canela
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casamento (cerimônias do)
o conhecimento das cerimônias relacionadas com os atos nupciais no oriente é essencial para a compreensão de várias passagens da Escritura. os esponsais realizam-se festivamente, com muita alegria, e então é permitido aos dois que conversem, tornando-se, assim, mais conhecidos um do outro. Mas, por espaço de alguns dias, antes do casamento, eles fecham-se nas suas respectivas casas, recebendo, então, o noivo e a noiva as visitas de amizade. os companheiros do noivo acham-se expressamente mencionados na história de Sansão – também são indicadas as companheiras da noiva em Jz 14. 10 a 18 e Sl 45.9,14,15. As amigas e companheiras da noiva cantavam o Epitalâmio, ou cântico nupcial, à porta da noiva, à tarde, antes do casamento. os convidados das duas partes são chamados ‘filhos das bodas’, sendo isto um fato que lança muita luz sobre as palavras de Jesus Cristo: ‘Podem acaso estar tristes os convidados para o casamento, enquanto o noivo está com eles?’ (Mt 9.15) o noivo parte de tarde a reclamar a sua noiva, a hora já avançada, acompanhado de um certo número de amigos – e todos em procissão levam tochas e lâmpadas, indo adiante, geralmente, uma banda musical. Nenhuma pessoa pode juntar-se ao cortejo, sem alguma espécie de luz. As luzes que se levam nessas procissões são chamadas meshals. Estopa ou farrapos de linho são muito torcidos e metidos em certos vasos de metal, no topo de um varapau. Doutras vezes a lâmpada ou a tocha vai em uma das mãos, ao passo que a outra segura um vaso de azeite, havendo o cuidado, de quando em quando, de deitar azeite na candeia para conservar acesa em todo o trajeto (Mt 25.1 a 8). Depois da cerimônia e bênção do casamento, são conduzidos o noivo e a noiva com grande pompa à sua nova casa. A procissão assemelha-se, em todos os seus principais aspectos, à do noivo que vem buscar a sua noiva. o episódio da ‘veste nupcial’ baseia-se no fato de que era costume aparecerem as pessoas nas festas do casamento com ricos vestidos. Havia um guarda-roupa, do qual, podia servir-se todo aquele que não estava devidamente provido de veste nupcial. Se o casamento era entre pessoas de alta estirpe, recebia cada convidado uma magnífica vestimenta. Estavam as vestes penduradas numa câmara por onde passavam os convidados, que se revestiam em honra do seu anfitrião antes de entrarem na sala do banquete. Ainda prevalece no oriente este costume: quando um homem rico faz uma festa, ordena uma espécie de pelica, para vestir sobre a sua roupa.
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casamento, noiva
A instituição do casamento tem, segundo a Sagrada Escritura, a sua origem na criação (Gn 2.23,24), e assim é esse ato considerado por Jesus Cristo (Mt 19.4,5). As mais antigas memórias do casamento no A.T. mostram que eram os pais que combinavam a união (Gn 21.21 – 24), embora, algumas vezes, fosse pedido o acordo das partes contratantes (Gn 24.58). Na ocasião dos esponsais, era pago o preço, ou o dote (Gn 24.53 – 34.12). o pagamento era, algumas vezes, realizado por meio de serviços que deviam ser prestados (Gn 29.18, 27,28 – Js 15.16). o casamento era acompanhado de um festim (Gn 29.22 – Jz 14.10,12). Pelo espaço de um ano estava o recém-casado livre de ser chamado para a guerra, ou para ‘qualquer encargo’ (Dt 24.5 – Cp. com Lc 14.20). Sendo um fato que por lei era proibido o casamento dentro de certos graus de parentesco (Lv 18.6 a 18 – 20.11,12,17,19 a 21 – Dt 22.30 – 27.20,22,23), há, contudo, exemplos de casamentos entre parentes próximos (Gn 24.4 – 29.19). o casamento com irmã da esposa, ainda viva, era proibido (Lv 18.18). Com um fim particular era prescrito o casamento com a viúva do irmão falecido (Gn 38.8,11 – cp. com Mt 22.24). No princípio, as uniões matrimoniais eram formadas, tanto quanto possível, dentro da mesma família (Cp Gn 29.19 com Gn 27.43 e 28.5). Mais tarde foi proibido o casamento com mulheres cananéias, ou ainda com outras fora da família israelita. Uma exceção parece ter sido feita em favor dos edomitas e dos egípcios (Dt 23.7,8). Era, também, permitido o casamento com mulher aprisionada na guerra (Dt 21.10 a 14). José e Moisés casaram com mulheres que não eram hebréias (Gn 41.45 – Êx 2.21 – Nm 12.1). E pelo tempo adiante assim fizeram Davi, Salomão, Acabe e Manassés (2 Sm 3.3 – 1 Rs 11.1 – 1 Rs 16.31 – 1 Cr 7.14). A respeito das dificuldades ocasionadas pelos casamentos com mulheres pagãs, *veja (Ed 9 e 10, e Ne 13.23). o casamento do sumo sacerdote, dos sacerdotes, de uma herdeira, e de uma mulher divorciada estava sujeito a certas restrições(Lv 21.7,13,14 – Nm 36.5 a 9 – Dt 24.1 a 4). No N.T. refere-se Jesus Cristo ao casamento, como divinamente instituído, e indissolúvel – e se fora permitido o divórcio, isso se devia à ‘dureza do coração’ (Mt 5.31,32 – 19.9 – Mc 10.2 a 9). Ele honrou com a sua presença um casamento em Caná, e ali operou o Seu primeiro milagre (Jo 2.1 a 11). Contra o pensar dos ascetas, que pregavam a necessidade do celibato (1 Tm 4.3), o casamento é declarado ‘digno de honra’ (Hb 13.4). São avisados os membros da igreja a fazerem o seu casamento dentro da esfera cristã (1 Co 7.39 – 2 Co 6.14). o caso dos dois consortes, aceitando um a fé cristã, e permanecendo o outro fora do Cristianismo é tratado em 1 Co 7.12 a 16. As relações gerais e deveres de marido e mulher são assuntos considerados em 1 Co 11.3,8 a 12 – 14.35 – Ef 5.22 a 33 – Cl 3.18,19 – 1 Tm 2.11 a 15 – 1 Pe 3.1 a 7. (*veja Adultério, Poligamia, e o artigo seguinte.)
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casede
hebraico: aumento de prosperidade
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caserim
hebraico: região montanhosa
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casfeu
hebraico: confiança, ousadia
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casfia
hebraico: prata do Senhor
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cashrut
Conjunto de leis que regem a dieta judaica e que estão descritos na Torá.
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casia
hebraico: canela
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casifia
Um lugar na estrada, entre Babilônia e Jerusalém (Ed. 8. 17), residência de levitas e servidores do templo, que acompanharam Esdras, quando este sacerdote voltava de Babilônia.
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casilia
hebraico: prata do Senhor
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casleium
hebraico: fortificador
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casluim
hebraico: fortificado
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cassandra
Auxiliar do homem
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cássia
Um dos ingredientes do ‘óleo sagrado para a unção’ (Êx 30.24). Acha-se mencionada em conexão com a noiva real, em Sl 45.8: ‘Todas as tuas vestes recendem a mirra, aloés e cássia.’ Era artigo de comércio no mercado de Tiro (Ez 2l.19). A cássia, pequena planta, semelhante a um arbusto, é oriunda da Cochinchina e da Costa do Malabar. A cássia para mercadoria é a casca da árvore. o cheiro é mais penetrante e menos agradável do que o do cinamomo.
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cassiana
Justiça
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cassiano
Justiça
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cassio
Distinto, sábio, pobre
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castas
Os diferentes grupos de habitantes de um país que, por motivos religiosos, políticos, de nascimento, etc., constituem um conjunto fechado. A Índia é o país no qual o sistema de castas divide e estratifica mais profundamente as pessoas em classes superiores e inferiores, que praticam rígida endogamia (matrimônio dentro do grupo).
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castiçal
Candelabro sagrado, com sete braços, um dos símbolos do antigo templo judeu de Jerusalém.
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castigo
punição do culpado
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castor
grego: astro, constelação boreal ou deus estrela
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casualidade
Qualidade de casual; acaso, eventualidade.
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casualmente
Eventualmente, acidentalmente.
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cata
hebraico: cidade dupla
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catadupa
Cachoeira; catarata
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catadupas
espécie de cachoeira
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catadura
Semblante; aspecto
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catao
Astuto, perspicaz
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catarina
Aquela que é pura, nobre e imaculada
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catate
pequena
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categórico
Claro, explícito, positivo.
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cathia
Aquela que é nobre, pura e imaculada
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catia
Aquela que é nobre, pura e imaculada
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cativeiro
Escravidão
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cativeiro, cativeiros de israe
Á. A origem destas calamidades vamos encontrá-la nos pecados dos governantes e do povo, e ainda nas alianças com os poderes pagãos. Peca, rei de israel, procurou o auxílio de Rezim, rei da Síria, contra Acaz, rei de Judá. Acaz, imitando a política do seu rival, pediu a Tiglate-Pileser (ou Pul), rei da Assíria, que viesse socorrê-lo. Este veio e castigou duramente os israelitas, levando para a Média as duas tribos e meia de além Jordão (Rúben, Gade, e a meia tribo de Manassés), e fazendo tributário o resto do pais. Dez anos mais tarde, oséias, rei de israel, apelou para Sô, rei do Egito, a fim de que este o auxiliasse a tirar de cima dos israelitas o peso do tributo, também fazendo parte da confederação Ezequias, rei de Judá. Esta revolta fez que Salmaneser, filho de Tiglate-Pileser, viesse com um grande exército atacar o reino de israel. Caiu Samaria em poder de Sargom, sucessor de Salmaneser, e foi o pais anexado ao império da Assíria. Foi este o segundo cativeiro de israel, que produziu a despovoação do país. Escapou Jerusalém, visto como o exército de Senaqueribe, filho de Sargom, foi miraculosamente destruído. os territórios conquistados aos israelitas foram depois, povoados por colonos vindos da região do Tigre e Eufrates (2 Rs 17.24). Estes colonos e os israelitas que tinham ficado na terra de israel uniram-se por casamentos recíprocos, tomando mais tarde o nome de samaritanos. Não se sabe o que foi feito das dez tribos. o reino de Judá foi, sucessivamente, tributário da Assíria, do Egito e da Babilônia. A revolta do rei Zedequias contra o império de Babilônia causou a vinda de Nabucodonosor contra Jerusalém, 587 a.C. Depois de um cerco de dezoito meses, foi a cidade tomada à meia-noite. A maior parte dos seus habitantes foram mortos, e a Zedequias lhe vazaram os olhos e lhe assassinaram os filhos, indo depois este rei carregado de cadeias para Babilônia. Nebuzaradã, general de Nabucodonosor, incendiou a cidade, destruiu o templo, e levou consigo os vasos sagrados, que ainda ali havia, e a maior parte dos judeus, ficando apenas alguma pobre gente para cultivar a terra. os judeus na Babilônia foram, desde o princípio, um povo separado dos outros, e em muitos lugares formaram distintas comunidades, com os seus anciãos e governo próprio. Eram tratados como colonos, e não como escravos. Podiam alcançar as mais altas posições do Estado, como Daniel, ou ocupar os lugares de maior confiança junto da pessoa do rei. A idolatria de que estavam cercados já não tinha atração alguma no seu meio – pelo contrário, despertou neles um forte antagonismo. o restaurador da nação judaica foi Ciro, o Grande, que conquistou Babilônia, e tornou-se célebre como fundador do império Persa. Ciro publicou um decreto, em virtude do qual os súditos dos Estados, que tinham sido conquistados pela Babilônia, podiam voltar aos seus países e restabelecer o seu culto. os resultados deste decreto e a história dos judeus desde esse fato até ao encerramento do cânon do Antigo Testamento acham-se nos livros históricos de Esdras, Neemias e Ester, e nas profecias de Ageu, Zacarias e Malaquias. Ciro decretou a reedificação do templo em 536 a.C. Pode-se dizer que foram cerca de 56.000 as pessoas que voltaram do exílio – mas quase todos aqueles judeus que tinham nascido em Babilônia ficaram neste país. Aqueles que conservaram as suas nacionais distinções nessas terras distantes formaram o importante ramo israelita, ou das tribos dispersas, conhecido pelo nome de Dispersão (Jo 7.35 – 1 Pe 1.1 – Tg 1.1). Estes judeus, habitando em terras pagãs, realizaram o grande propósito de propagar o conhecimento do verdadeiro Deus, e foi, também, por meio deles que os evangelistas da fé cristã começaram a evangelizar as doutrinas de Jesus Cristo. (*veja Ciro, Dispersão.)
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cativo
Prisioneiro
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católico
Do Latin catholicu < Gr. katholikós, universal Aquele que segue a religião de que o papa é chefe.
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caudalosos
Rios que correm águas em abundância
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caue
Um tipo de bebida tomada pelos indígenas
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cáustico
Que queima; cauterizador de tecidos
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cauterizar
Aplicar cautério a, queimar.
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cavaco
Lasca de madeira
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cavalo
As referências que se lêem nas Sagradas Escrituras dizem respeito ao cavalo de guerra, à exceção, talvez, da passagem de is 28.28, onde se mencionam cavalos para fazer a debulha do trigo. A bela descrição poética em Jó 39.19 a 25 aplica-se somente ao cavalo de guerra. os primitivos hebreus não tinham cavalos. Havia a proibição de multiplicá-los (Dt 17.16), e isso significava que não deviam procurar a sua salvação fazendo alianças com povos estrangeiros (is 31.1). os cananeus tinham carros, e portanto cavalos (Js 17.16) – e os carros ferrados constituíam bons elementos nas forças de Sísera (Jz 4.3). Quando Davi pôde subjugar Hadadezer, reservou para si alguns dos carros tomados e os seus respectivos cavalos (2 Sm 8.4) – mas foi Salomão o primeiro que, de um modo regular, estabeleceu a criação de cavalos e formou uma força de cavalaria. Tendo Salomão casado com uma das filhas de Faraó, do Egito lhe vieram muitos cavalos. Foi tão bem sucedido na criação de cavalos que chegou a ter 400 cavalariças, 40.000 cavalos e 12.000 cavaleiros (1 Rs 4.26 – 2 Cr 9.25). Quando os israelitas estavam dispostos a depositar demasiada confiança no auxilio da cavalaria, o profeta isaias (31.3) os admoestou: ‘Pois os egípcios são homens, e não Deus – os seus cavalos carne, e não espirito.’ Josias tirou os cavalos que os seus antecessores tinham consagrado ao Sol (2 Rs 23:11). o Sol era adorado nas terras do oriente, e representavam-no como movendo-se num carro puxado por cavalos. E na Pérsia eram estes animais sacrificados ao Sol. Pensa-se que os cavalos, retirados do pátio do templo por Josias, se destinavam a um fim semelhante. o freio dos cavalos é freqüentemente mencionado nas Escrituras (Sl 32.9), e não fazia grande diferença dos que atualmente são usados – sabe-se que os assírios decoravam os seus cavalos com campainhas e tapeçarias (Ez 27.20 – Zc 14.20). os romanos ferravam, algumas vezes, os seus cavalos com objetos apropriados de ferro ou de couro, que se prendiam aos pés. Ainda que, presentemente, se encontram cavalos em toda parte da Palestina, que se empregam para puxar carros, e para levar carga, contudo, em tempos antigos eram a mula, o burro e o camelo os animais de que faziam uso os que queriam viajar. As palavras em Zc 14.20 significam que mesmo os cavalos, o símbolo das coisas mundanas, seriam consagrados ao Senhor. (*veja Carro.)
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caverna
As rochas na Palestina, na suamaior parte calcárias, abundam em cavernas, muitas das quais têm sido alargadas pelas mãos do homem para servirem de abrigo e defesa. os pastores que vivem perto de Hebrom deixam, no verão, as suas aldeias e vão habitar em cavernas e ruínas a fim de estarem mais perto do campo e dos seus rebanhos. Quase todas as habitações de Gadara são cavernas. Grandes séries de cavernas existem em Eleuterópolis de Judá, e num lugar entre Belém e Hebrom. Ló habitou numa caverna depois da destruição de Sodoma (Gn 19.0). Abraão sepultou Sara, sua mulher, na caverna de Macpela (Gn 23.19). os cinco reis dos amorreus, quando eram perseguidos por Josué, refugiaram-se numa caverna, em Maquedá. Josué ordenou que grandes pedras fossem levadas para a boca da caverna e continuou a perseguir o inimigo. Quando a derrota foi completa, voltou à caverna, tirou de lá os reis, e mandou enforcá-los em cinco madeiros (Js 10.15 a 27). outras cavernas se acham mencionadas nas Sagradas Escrituras: a de Adulão, onde Davi e seus companheiros acharam refúgio (1 Sm 22.1 – 2 Sm 23.13 a 16) – a caverna de En-Gedi, onde Saul foi procurar Davi e os seus homens (1 Sm 24.1 e 8) – aquela em que obadias escondeu os profetas para não serem vítimas da fúria de Jezabel (1 Rs 18.4) – e a caverna em que Elias descansou depois da mortandade dos profetas de Baal no Monte Carmelo (1 Rs 19.9). Sob a categoria de caverna, podem também ser mencionadas as sepulturas de Lázaro e de Jesus Cristo (Mt 27.60 – Jo 11.38), e que tinham sido abertas em rocha. No tempo de Gideão, os israelitas, para não caírem nas mãos dos midianitas, refugiaram-se em cavernas, abundantes na região montanhosa de Manassés (Jz 6.2) – e nos primeiros tempos de Saul escaparam dos filisteus, procurando abrigo em covas. As cavidades naturais das rochas eram, freqüentes vezes, aproveitadas, transformando-se em cisternas de água, ou servindo de prisão (is 24.22 – Ez 32.23 – Zc 9.11). o solo rochoso de uma grande parte da Terra Santa quase não permite os sepultamentos, a não ser em cavidades naturais ou feitas na rocha. A habitação do demoníaco nos túmulos explica-se pelas muitas cavernas rochosas que existem perto do mar da Galiléia.
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cazez
tosquiador
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cebola
os israelitas lembravam-se das cebolas do Egito com grande desejo de comê-las (Nm 11.5) – elas são de um sabor mais doce do que as nossas. os orientais sempre foram muito apreciadores deste vegetal.
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cecilia
Ausência de visão, cega
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cedar
hebraico: homem moreno ou poderoso
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cedemot
hebraico: princípios antigos, ou lugares orientais
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cedes
hebraico: Santuário
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cedma
hebraico: para o oriente
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cedmiel
hebraico: eternidade de Deus
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cedro
o cedro-do-líbano pertence à família das Pináceas. o seu principal habitat é nas cordilheiras do Touro e do Líbano, sendo esta última o seu limite mais meridional. o tronco dos maiores exemplares, que desta árvore existem na floresta do Líbano, mede 15 metros de circunferência, sendo a sua altura de quase 30 metros. os poetas hebreus consideravam o cedro-do-líbano, como o símbolo do poder e da majestade, da grandeza e da beleza, da força e da permanência (is 2.13 – Ez 17.3,22,23 – 31.3 a 18 – Am 2.9 – Zc 11.1,2). o cedro, no seu firme e contínuo crescimento, é comparado ao progresso espiritual do homem justo (Sl 92.12). Nas suas florestas naturais, a madeira do cedro é de superior qualidade. o principal madeiramento do primeiro templo e dos palácios reais, como o de Davi (1 Cr 14.1) era de cedro, sendo este último edifício chamado ‘a Casa do Boaque do Líbano’ (1 Rs 7.2). o cedro tornou-se tão comum em Jerusalém durante o reinado de Salomão como a inferior madeira do sicômoro era em tempos anteriores (1 Rs 10.27 – 2 Cr 9.27 – Ct 1.17). os posteriores reis de Judá, os imperadores da Assíria tinham habitações igualmente feitas daquela preciosa madeira (Jr 22. 14,15 – Sf 2.14). os navios de Tiro tiveram os seus mastros feitos de troncos dos cedros-do-líbano (Ez 27.5). Foi ainda o Líbano que forneceu a madeira dos seus cedros para o segundo templo de Zorobabel (Ed 3.7), e para o de Herodes.
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cedrom
Escuro. É o nome de um ribeiro,cuja nascente está ao noroeste de Jerusalém, e desliza para o oriente pelo lado setentrional até à distância de 2,5 km – depois dá uma volta apertada para o sul passando entre a cidade e o monte das oliveiras – contrai-se, então, e desce rapidamente, sendo depois o seu leito profundo estreito e escuro, pelo qual só correm águas durante as grandes chuvas do inverno. Liga-se ao vale de Hinom em Bir-Ezube, 200 metros abaixo do seu ponto de partida, e dai segue, tomando a direção do sueste, até ao mar Morto. Foi atravessado por Davi, quando fugia de Absalão (2 Sm 15. 23) – e por Jesus Cristo, no seu caminho para o monte das oliveiras e para o jardim de Getsêmani (Jo 18.1). Nele se lançavam ídolos e outras impurezas (2 Rs 23.4,6, 12 – 2 Cr 29.16 – 30.14 – Jr 31.40). Hoje é vulgarmente conhecido por vale de Josafá. A palavra Cedrom é, segundo alguns escritores, o genitivo plural grego de cedro, significando ‘dos cedros’, e talvez seja corrupção popular pela semelhança no som com a palavra hebraica Kidron (escuro).
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cefas
Pedro
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cefira
hebraico: aldeia ou vila
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cego, cegueira
A cegueira é uma tristee freqüente manifestação em todos os povos do oriente. Causas físicas produzem esse mal, que a falta de cuidado e mau tratamento agravam. Era defeito que tornava qualquer homem inábil para o sacerdócio (Lv 21.18). Quem guiava mal o cego, fazendo-o errar o caminho, era amaldiçoado (Lv 19.14 – cp com Dt 27.18). Aponta-se como um dos castigos de apostasia (Dt 28.28). Era, também, miraculosamente infligida (Gn 19.11 – 2 Rs 6.18) – e foi uma forma cruel de vingança ou castigo (Jz 16.21 – 2 Rs 25.7). Duma maneira figurada, o ato de abrir os olhos aos cegos é anunciado pelo profeta isaias como uma das obras do Messias (29.18 – 35.5 – 42.7). No N.T. se acha indicado o predomínio da cegueira. os milagres que Jesus operou, abrindo os olhos aos cegos, chamaram, sem dúvida, especial atenção sobre o nosso Salvador (*veja Jo 10.21). Há, também, a cegueira espiritual com manifesta influência sobre o caráter (Jo 12.40 – 2 Co 4.4 – 2 Pe 1.9 – Ap 3.17).
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cegonha
A cegonha é uma ave de arribação, que chega à Palestina no fim de março. Voa de dia, de maneira que a sua elevação ‘no céu’ é manifesta a toda a gente (Jr 8.7). Era considerada ave imunda (Lv 11.19 – Dt 14.18). As penas das asas são pretas, num belo contraste com a restante plumagem, que é alvíssima. Tem-se imaginado que Jó se referiu a esta feição característica das cegonhas (39.13). As asas são grandes e fortes, com uma envergadura de 2 metros (Zc 5.9), podendo, assim, essas aves voar a grande altura, percorrendo longas distâncias.
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ceia
Havia apenas duas refeições por dia na vida de um oriental. A primeira era ao meio-dia, pouco mais ou menos (Gn 43.16 – 1 Rs 20.16 – Rt 2.14 – Lc 11.37 – 14.12). A segunda, chamada a ceia, constituía a principal refeição, e era a certa hora da tarde (Jz 19.21). A festa do cordeiro pascal era, também, celebrada a essa hora (Êx 16.12).
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ceia do senhor
Trata-se da ceia do Senhor de um modo distinto em cinco passagens do N.T. : nas três narrativas dos Evangelhos, quando se referem à sua instituição – em 1 Co 10 – e em 1 Co 11. os nomes pelos quais é conhecida esta ordenação no N.T. são: o ‘partir do pão’ (At 2.42), e a ‘ceia do Senhor’ (1 Co 11.20). Esta cerimônia foi instituída na véspera da morte de Jesus Cristo, e na presença dos Seus discípulos mais intimamente a Ele ligados, mostrando isto que só podiam tomar parte naquele ato os que já estavam instruídos nas doutrinas do Mestre, e não os que se andavam preparando para ser do número dos crentes. Há uma estreita conexão entre a ceia do Senhor e a morte de Cristo – e é essencial estudar todas as passagens que derramam luz sobre a Sua morte. Ele havia simbolizado antecipadamente a Sua morte em linguagem altamente metafórica (Jo cap. 6) e numa clara exposição a tinha anunciado (Mt 16.21), explicando que esse fato era ‘pela vida do mundo’ (Jo 6.51), pois ia ‘dar a sua vida em resgate por muitos’ (Mt 20.28). Foi em Cafarnaum, cerca de um ano antes da Sua crucifixão, que Cristo proferiu o Seu mais completo ensinamento a respeito da Sua morte (Jo 6). Duma maneira solene e enfática Ele afirmou que era o pão do céu para vida do mundo – e que era absolutamente necessário que cada um comesse a Sua carne e bebesse o Seu sangue para receber e conservar a vida eterna. E assim Ele ensinou a absoluta necessidade de participar da Sua morte para a posse da vida eterna. Este discurso em Cafarnaum foi principalmente dirigido a incrédulos, e a certos indivíduos que eram crentes de nome. Em vista da clara referência feita à Sua morte, vê-se logo a relação entre aquelas Suas palavras e a ceia do Senhor instituída na véspera da Sua paixão. Essa relação é a de ser uma verdade universal com particular aplicação – a ceia é um meio pelo qual os discípulos de Cristo podem apropriar a si mesmos o beneficio da Sua morte. Tanto o discurso como a ceia se referem à mesma coisa – a cruz. Vamos, agora, examinar nos seus pormenores a linguagem de Cristo na instituição da ceia. A instituição foi imediatamente depois da refeição da Páscoa. Tomou Jesus primeiramente o pão, e depois o cálice, bendizendo a Deus por um, e dando graças pelo outro. Com efeito, dirige a Deus louvores e dá-lhe graças. E no ato de partir o pão, disse Jesus: ‘Tomai, comei – isto é o meu corpo’, e quando tomou o cálice exprime-se deste modo: ‘isto é meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados’ (Mt 26.26,28). As palavras: ‘isto é meu corpo’ referem-se àquele pedaço de pão que Jesus deu a Seus discípulos – e estão elas em conformidade com as usadas pelos judeus por ocasião da sua Páscoa: ‘Este é o pão da aflição que os nossos antepassados comeram na terra do Egito.’ E por isso a frase de Jesus tem esta significação: ‘Este bocado de pão representa o Meu corpo, que é dado por vós.’ o termo ‘aliança’ traz à memória fatos e promessas do A.T., especialmente a nova aliança, anunciada por Jeremias (Jr 31.31 – Hb 8.7 a 13). ‘Em memória de mim’ (Lc 22.19) que dizer ‘para recordação’, sendo a lembrança do fato o fim primário e fundamental da instituição. E ‘fazei isto’ significa ‘praticai este ato’. Passando dos Evangelhos para as Epístolas, achamos um ou dois pontos adicionados às palavras da ceia na narração de S. Paulo. Em 1 Co 10.16 lemos ‘o cálice da bênção que abençoa-mos’, e isto quer dizer: ‘o cálice sobre o qual é pronunciada a bênção.’ No N.T. nunca a bênção se acha associada com as coisas como sendo o seu objeto, mas somente com Deus, como sendo Aquele, o Único Ser, a quem bendizemos e glorificamos. ‘A comunhão do corpo de Cristo’ significa a participação com outras pessoas do que é ‘comum’. Deste modo S. Paulo segue de um modo restrito a primitiva instituição, relacionando a ceia com a morte de Cristo. Note-se que o Apóstolo usa o termo ‘mesa’, e não ‘altar’, para a ceia do Senhor. Em 1 Co 11.26 há um pensamento adicional: ‘todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que Ele venha’. o Apóstolo avisa para que na Santa Ceia ninguém coma nem beba indignamente, isto é, que ninguém deixe de considerar a significação sagrada e solene do que o Senhor instituiu. Porquanto, quem de um modo indigno participa ‘será réu do corpo e do sangue do Senhor’, isto é, réu por profanar os meios divinos da nossa redenção, o próprio Senhor. Deve haver um determinado exame e discernimento – isto quer dizer que cada um deve discernir espiritualmente o fim sagrado e os desígnios do ato. São estas as passagens do N.T. que se referem à ceia do Senhor. Em todo o ensinamento da Sagrada Escritura se nota a extrema simplicidade da instituição – o lugar era uma casa e não um templo – as pessoas eram simples judeus – a hora era à tarde – as circunstâncias eram as de uma refeição social, fazendo ver uma família que se reunia por ocasião da Páscoa. A idéia fundamental da ordenação acha-se nestas palavras de Jesus: ‘Fazei isto em memória de mim.’ Recordamos o Salvador e o Seu sacrifício para o nosso bem. Mas o pão deve ser comido e o vinho deve ser bebido. isto quer dizer que não se trata simplesmente de uma lembrança, mas de uma aplicação a cada crente. Devemos, em nossos corações, ‘alimentar-nos dele por fé’, praticando o ato não em segredo e isoladamente, mas em companhia de outros, pois confessamos a nós próprios e aos que comungam conosco a nossa confiança no sacrifício expiatório de Cristo. Realizamos, então, a posse em comum de tudo o que o Calvário significa, manifestando igualmente a nossa unidade com Aquele que morreu na cruz (1 Co 10.17). Mais ainda: tanto Jesus como S. Paulo relacionam de um modo precioso aquele ato com o futuro, com o segundo advento – e nós proclamamos a Sua morte ‘até que Ele venha’. Desta forma a Santa Ceia envolve, simboliza e apresenta o Evangelho inteiro em miniatura, Cristo para nós, oferecido no Calvário – Cristo em nós, apropriado por fé – Cristo entre nós, sendo o nosso centro de unidade – Cristo vindo, como nosso Senhor e Rei. E assim a ceia do Senhor revela e exprime a ‘totalidade da sal
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ceifa
o tempo da ceifa começa em abrile acaba em princípios de junho. Medeia o espaço de três meses entre a semeadura e a primeira colheita, e um mês entre esta e a ceifa completa. A cevada tem já a espiga cheia em todo o território da Terra Santa, no começo de abril. E nos meados do mesmo mês começa a tornar-se loura, particularmente nos distritos do sul. Já então se acha tão amadurecida nos terrenos em volta de Jericó, como quinze dias mais tarde nas planícies de Acre. Faz-se a colheita até meados de sivã que é em fins de maio. os segadores na Palestina e na Síria fazem uso da foice para cortar o trigo quando o caule está em boas condições – mas quando pequeno, é costume arrancá-lo com as mãos pelas raízes. E fazem isto para que não se perca coisa alguma da palha, que serve para alimentação do gado. Há referência a esta prática no Sl 129.7. os ceifeiros vão para o campo, de manhã, muito cedo, e voltam de tarde para suas casas. Levam consigo os necessários provimentos, indo a água em cabaças ou em vasilhas de couro. Andam com eles na colheita os seus próprios filhos, ou outras pessoas, que vão apanhando tudo aquilo que, pela maneira descuidosa de ceifar, fica para trás. E sendo isto assim, é fácil compreender-se o caso de achar-se Rute no campo da ceifa. o direito dos respigadores estava assegurado pela lei positiva (Lv 19.9). Após a ceifa da cevada vinha a do trigo. Depois da colheita era o trigo debulhado e joeirado na eira. Em seguida depositava-se o trigo nos celeiros, e a palha servia de combustível, sendo muito empregada para aquecer os fornos de cozer pão.
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ceila
hebraico: fortaleza
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celal
hebraico: pouco estimado
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célebre
Famoso; notável
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célere
Com rapidez.
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celeuma
barulhos; gritos de protestos
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celia
Aquela que é sincera e verdadeira
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celibato
Estado de pessoa solteira. Aplica-se particularmente àqueles que reuniciam ao matrimônio por motivo de dedicação particular à vida e atividades religiosas: clero, religiosos.
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celina
Filha do céu
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celita
hebraico: congregação do Senhor
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celon
hebraico: em paz
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cenáculo
Sala onde se comia a ceia ou o jantar
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cencreia
grego: milhate
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cenido
hebraico: urtiga
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cenopegica
hebraico: festas das luzes, ou purificação
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centurião
Acham-se referências a ‘centurião’ em Mt 8.5 e 27.54, e freqüentemente nos Atos. Era o capitão de cem homens, entre os romanos. (*veja Exército.)
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cepa
Tronco
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cepo
tronco de madeira
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cera
Este termo é usado metaforicamente para designar qualquer coisa suave e que facilmente se amolga (Sl 22.14 – 68.2 – 97.5 – Mq 1.4).
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cerca
obra de pedra, ou de silvado, oude madeira, com que na Palestina os lavradores, ou os pastores, cercam os seus pomares ou seus apriscos. A protetora providência de Deus também se chama circunvalação, cerca (Jó 1.10 – is 5.2). os obstáculos e inquietações são como que uma cerca, ou uma sebe que nos estorva no nosso caminho (Jó 19.8 – Lm 3.7 – os 2.6). Veja, também, Pv 15.19. Em is 5.5 trata-se de uma silveira para proteger a vinha.
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cercanias
Proximidades.
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cerne
A parte mais íntima, essencial.
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cerrada
Cobrir-se de nuvens; apertar; encobrir; tapar
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cerrar
Fechar
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cerva
fêmea do veado, corsa, gazela
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cerviz
A parte posterior do pescoço; nuca
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césar
No N.T. é o imperador de Roma. os judeus pagavam-lhe tributo e tinham o direito de para ele apelar, se eram cidadãos romanos. Era o nome de família de Júlio César, e foi adotado como título por todos os imperadores romanos. Ha referências a quatro ‘Césares’ no N.T.: Augusto (Lc 2.1) – Tibério (Mt 22.17 e lugares paralelos – Jo 19.12). Cláudio (At 17.7) – e Nem (At 25 – Fp 4.22). Também se encontra no N.T. a expressão casa de César, significando todos os que faziam serviço no palácio, incluindo os escravos. ‘os santos da casa de César’ (Fp 4.22) eram, provavelmente, alguns dos mais humildes servos. Alguns que tinham sido convertidos antes da chegada de Paulo são mencionados no cap. 16 da epístola aos Romanos.
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cesar augusto
latim: são títulos dos reis de Roma
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cesaréia
(Não se deve confundir com Cesaréia de Filipe.) Chama-se hoje Kaisarich, cidade situada na costa do mar Mediterrâneo, cerca de trinta e três quilômetros ao sul do monte Carmelo, precisamente acima da linha que separa a Samaria da Galiléia, na estrada principal, que vai de Tiro ao Egito. Foi edificada por Herodes, o Grande, com muita beleza e magnificência, sendo-lhe dado pelo seu fundador o nome de Cesaréia em honra do César de Roma. Era a metrópole romana da Judéia, e foi a residência oficial dos reis herodianos, e de Félix, e de Festo, e de outros procuradores romanos. Foi nesta cidade que Herodes Agripa i, neto de Herodes, o Grande, foi ferido de repugnante enfermidade (At 12.19 – 23.23 – 25.1,4,6,13 – 12.21 a 23). Cesaréia era a terra de residência de Filipe, o evangelista, e diácono (At 8.40 – 21.8) – foi o porto em que Paulo embarcou para Tarso, quando foi obrigado a sair de Damasco (At 9.30) – nesta cidade vivia Cornélio, o centurião romano, sendo também ali que se deu o fato da sua conversão (At 10.1,24 – 11.11) – e foi também neste lugar que Paulo desembarcou, na volta da sua segunda e terceira viagens missionárias (At 18.22 – 21.8) – dali partiu para Jerusalém (At 21.15) – e para ali voltou, já preso, sendo guardado em cadeias por Félix, pelo espaço de dois anos, antes de ser mandado para Roma pelo governador Festo (At 23.23,33 – 24.27 – 25.4). Cesaréia possuía um grande e esplêndido porto. Vendo-se do mar, havia um templo dedicado a César e a Roma, contendo estátuas colossais do imperador romano.
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cesaréia de filipe
’Cesaréia de Filipe’ era assim chamada para distingui-la da Cesaréia, porto do mar. Banias é seu nome atual. Uma cidade edificada numa pitoresca posição, na base da serra de Hermom, para o sul, dominando a rica planície do Jordão superior (Huleh). Estava aqui uma das principais nascentes do rio. o lugar era antigamente conhecido pelo nome de Panéias, (do deus Pã), mas quando a povoação foi compreendida no território de Filipe, tetrarca de Traconites, este alargou-a e embelezou-a, chamando-lhe Cesaréia em honra do imperador. Está incluída nas jornadas de Jesus Cristo – foi ali que Pedro reconheceu o caráter messiânico de seu Divino Mestre (Mt 16.13 a 16 – Mc 8.27 a 29) – e por aqueles sítios provavelmente subiu Jesus ao monte da Transfiguração, uma das eminências da serra de Hermom (Mt 17.1 – Mc 9.2).
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cesaria
latim: cabeluda, porção construída por César
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cesaria da palestina
latim: cidade dos Césares
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cesaria de felipo
latim: cidade dos Césares
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cesil
hebraico: gordo, tolo
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cessação
Ato de cessar; não continuar; interromper-se; acabar, parar.
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cesto
os cestos da Palestina eram de muitas formas e tamanhos e na sua fabricação entravam vimes e muitos outros rebentos, bem como canas e ervas. Eram geralmente baixos – algumas vezes, porém, viam-se largos e fundos, com a competente tampa, servindo para armazenar objetos. os cabazes para levar gêneros sobre o costado do cavalo ou do burro eram algumas vezes feitos de vime. Um cesto de vime também se usava para levar refeições (Gn 40.16 – Êx 29.3 – Lv 8.2 – Jz 6.19). os cestos, a que se faz referência no milagre da alimentação dos 5.000 (Mt 14.20 – Mc 8.19), eram pequenos – os da alimentação dos 4.000 (Mt 15.37 e Mc 8.20), eram grandes. Foi num cesto desta última espécie que os discípulos desceram S. Paulo em Damasco (At 9.25). A palavra traduzida por cesto em 2 Rs 10.7 e Jr 24.2, significa realmente uma espécie de alcofa.
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ceteues
hebraico: adoração
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cetim
hebraico: vencedores
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cetro
Palavra grega significando propriamente bastão curto, que é uma insígnia de reis, de governadores e doutras pessoas de autoridade (Gn 49.10 – Nm 24.17 – is 14.5). o cetro serve, também, de vara de correção e para mostrar a suprema autoridade que castiga ou humilha (Sl 2.9 – Pv 22.15 – etc.). o cajado do pastor era, também, chamado cetro (Lv 27.32) – nesta passagem a palavra vara é a queem outros lugares se traduz por cetro (*veja também Mq 7.14). os cetros eram feitos de ferro, de ouro, de prata, e doutros metais (Sl 2.9 – 125.3) – e também os havia de marfim e de madeira preciosa. Do mesmo modo se usava metaforicamente a palavra para exprimir predomínio (Gn 49.10) – e ao governo de Deus se chama o ‘cetro de equidade’ (Sl 45.6 – Hb 1.8).
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cetura
incenso
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céu
Segundo os judeus, havia pelo menos três céus: o primeiro era a região nublada do ar, onde voam os pássaros, que por isso mesmo são chamados ‘as aves dos céus’ (Jó 35.11). É a este que se referem aquelas passagens em que se fala do orvalho do céu, das nuvens do céu, e do vento do céu. o segundo céu era aquela parte do espaço, onde luzem o Sol, a Lua, e as estrelas, e que se chama o ‘firmamento’, ou a expansão do céu (Gn 1.8). o terceiro, segundo pensavam os judeus, achava-se simbolizado pelo Santo dos Santos, e era a Casa de Deus e dos santos anjos. Foi este o céu, donde veio Cristo, e para o qual subiu depois da Sua ressurreição (At 1.11), e donde há de vir outra vez (1 Ts 4.16). A este mesmo céu foi Paulo arrebatado (2 Co 12.2). Não é como os outros céus, perceptíveis à vista humana (Jo 3.12,13 – Hb 8.1 – e 9.24). Alguns judeus distinguiam sete céus (Testamento dos doze Patriarcas, Levi 2 e 3 – Livro dos Segredos de Enoque, 3.21). Com respeito ao céu, como eterna morada dos remidos, sabemos que é um lugar, que foi para eles preparado por Jesus Cristo (Jo 14.2) – um lugar de felicidade (1 Co 2.9), e de glória (2 Tm 2.11) – e é, também, um repouso, em que se está livre de toda inquietação (Hb 4.10, 11). Chama-se ‘reino’ (Mt 25.34 – Tg 2.5 – 2 Pe 1.11) – Paraíso (Lc 23.43 – Ap 2.7) – uma herança (1 Pe 1.4) – cidade (Hb 11.10). Nesta abençoada morada servem os remidos a Deus, inteiramente livres do mal da alma e do corpo (Ap 7.15,16), em completa alegria e felicidade (Sl 16.11), vida essa acima da nossa compreensão (1 Co 2.9).
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cevada
(Ez 4.9.) o pão de cevada era aprincipal alimentação das classes mais pobres, e vem logo depois do trigo nas produções da Palestina. A cevada era, também, muito empregada para alimento de cavalos, etc. (1 Rs 4.28). Em Jz 7.13, um pão de cevada é figura de um exército de aldeãos, não querendo isso significar qualquer fraqueza da parte dos 300 de Gideão. Na lei mosaica se prescrevia uma oferta de farinha de cevada para certos casos, em que a moral era afrontada (Nm 5.15). A cevada era semeada em outubro e colhida em março ou abril. Como amadurecia mais cedo do que o trigo, havia, algumas vezes, segunda semeadura. Barcos de seis remos, com cevada, acham-se esculpidos nos monumentos e moedas do Egito, do século Vi antes de Cristo.
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cevado
Gordo
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chaagaz
persa: servo de belo
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chabad
Lit. acróstico das palavras hebraicas “Chochmá, Biná e Daat” que significam, respectivamente, inteligência , entendimento e sabedoria; forma chassídica que filtra o poder espiritual e emocional através do intelecto: foi fundado pelo Rebe Schneur Zalman de Liadi; um sinónimo para Chabad é Lubavitch, aldeia onde este movimento surgiu durante um século.
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chabadniks
Aqueles que seguem a filosofia Chabad.
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chacal
Mamífero carniceiro, da família dos Canídeos (Família cosmopolita de mamíferos carnívoros, que inclui os cães, lobos, chacais, raposas etc)
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chacham
“Sábio”; alusivo a um dos quatro filhos citados na Hagadá.
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chafenata
hebraico: a torre que se levanta acima da casa do rei
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chag ou pl. chaguim
Lit. “festa”;Termo usado para designar as festas judaicas.
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chaguigá
Era uma das oferendas trazidas ao Templo Sagrado durante a peregrinação dos judeus a Jerusalém realizada três vezes por ano.
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chamêts
Todo alimento ou bebida feito à base de trigo, centeio, cevada, aveia ou espelta, ou seus derivados, que é fermentado
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chanucá
Lit. “Dedicação”; oito dias nos quais comemora-se a vitória dos chashmonaim sobre o exército opressor Greco-sírio; subsequentemente o Templo Sagrado foi reconsagrado .
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charôsset
Mistura composta por maçãs e pêras raladas e nozes misturadas com vinho tinto formando uma pasta. Sua cor e consistência recorda a argamassa com a qual ou nossos ancestrais foram obrigados a trabalhar no Egito.
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chasquear
Escarnecer; ridicularizar, zombar de
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chassid
Lit. “um homem piedoso”; o termo se aplica aos seguidores do movimento chassídico; seguidor de um Rebe chassídico.
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chassídico
Qualidade de apreciar a Chassidut, filosofia que incentiva o estudo e compreensão da parte mais profunda e mística da Torá.
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chassidismo
Sinônimo de Chassidut.
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chassidut
Estudo e prática da parte oculta e mística da Torá.
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chave
A chave usada nos tempos do A.T., muito diferente da moderna, era uma grande peça de madeira, ajustada com arames ou pregos pequenos. Quando introduzida na concavidade, que servia de fechadura, levantava outras peças dentro da chapa, para deste modo fazer recuar a lingüeta. É comum entre os mouros ver um homem de autoridade, andando com uma grande chave de metal amarelo presa ao ombro num pedaço de pano. isto serve para explicar is 22.22: ‘Porei sobre o seu ombro a chave da casa de Davi’ (Cp com Mt 16.19).
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chazêret
Ervas amargas usadas na travessa do sêder para o Corêch.
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chêder
Escola na qual meninos judeus, a partir de três anos de idade, são iniciados no aprendizado do alfabeto hebraico e nos estudos de Torá.
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cheol
hebraico: mundos dos mortos
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cheshvan
Também chamado Marcheshvan; oitavo mês do calendário judaico (contando a partir do mês de Nissan).
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chibolete
hebraico: rio corrente
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chifre
Esta palavra tem muitos sentidos na Sagrada Escritura: 1. São as pontas de um animal (como em Gn 22.13), ou a sua imitação (1Rs 22.11). 2. o chifre servia, e ainda hoje serve, de vaso, para conter certos líquidos ou perfumes (1 Sm 16.1). 3. Era também usado como trombeta (Js 6.5). 4. Chamavam-se chifres as quatro pontas do altar – consideravam-se especialmente sagrados e em certas cerimônias rituais eram aspergidos de sangue (Êx 29.12 – Lv 4.7) – a eles se seguravam os refugiados que procuravam o santuário (1 Rs 1.51 – 2.28). 5. o chifre era símbolo do poder e da glória (1 Sm 2.1), podendo ser cortado (Jr 48.25) e humilhado no pó (Jó 16.15). Para a interpretação (de chifre) na profecia de Daniel, vede o Livro de Daniel. Um corno, ou uma projeção de prata, é algumas vezes usado no oriente, especialmente pelas mulheres – entre os povos selvagens são em certas cerimônias usados os cornos sobre a cabeça.
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chilrar / chilrear
Tagarelar.
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chinuch
Lit. educação.
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chipre
Uma grande, bela e fértil ilha do mar Mediterrâneo – era a terra natal de Barnabé (At 4.36) – cedo recebeu o Evangelho e mandou evangelistas a diversos lugares (At 11.19, 20 e 21.16) – foi visitada por Paulo e Barnabé na sua primeira viagem missionária (At 13.4 a 13) – Barnabé a visitou de novo (At 15.39) – Paulo passou ao sul de Chipre por volta da sua terceira viagem missionária (At 21.3) – e quando ia para Roma, por ali navegou outra vez (At 27.4). A ilha de Chipre tornou-se célebre pelas suas minas de cobre, que em certa ocasião foram arrendadas a Herodes, o Grande. Um notável fato da sua história foi a terrível insurreição dos judeus, no reinado do imperador Trajano (117 d.C.), trazendo isso em resultado a mortandade dos habitantes gregos em primeiro lugar, e depois dos próprios insurgentes. (*veja Quitim.)
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choça
Casa rústica; choça
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chocarrice
Gracejo atrevido.
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chocarrices
Gracejo atrevido; gozação; caçoada
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choupana
Cabana
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christiana
Seguidora de Cristo
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christiane
Seguidora de Cristo
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christiani
Seguidora de Cristo
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christina
Seguidora de Cristo
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chumash
Pentateuco; os cinco livros da Torá
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chumbo
o chumbo é pela primeira vez mencionado em Êx 15.10. Era usado para servir de peso, e davam-lhe então a forma de um bolo redondo e chato (Zc 5.7), ou a de uma dura pedra, não trabalhada (Zc 5.8). Em tempos antigos empregavam geralmente as pedras como pesos (Pv 16.11). Jó exprime o desejo de que as suas palavras fossem gravadas com pena de ferro e com chumbo na rocha (19.24). Refere-se isto à prática de entalhar inscrições na pedra, derramando depois chumbo derretido nas cavidades das letras. E assim se tornavam estas mais legíveis e duradouras. A maneira de purificar o chumbo tirando-lhe a escória que está misturada com ele, por meio de uma chama ativa, fornece várias alusões na Escritura ao castigo de Deus e purificação do povo (Ez 22.18,20).
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chuva
Há, na Sagrada Escritura, referências às primeiras chuvas, e às que vinham mais tarde, as temporãs e as serôdias (Dt 11.14 – Jr 5. 24 – os 6.3 – Jl 2.23 – Tg 5.7). As primeiras caíam pelos meses de outubro e novembro (não muito depois do começo do ano civil), e as últimas na primavera. Na Palestina, a chuva, de modo geral, cai entre aquele espaço de tempo. Aquela trovoada e chuva miraculosamente vindas durante a sega dos trigos, encheram o povo de medo e de espanto (1 Sm 12.16 a 18). E Salomão pôde falar da ‘chuva na ceifa’ para dar expressivamente a idéia de alguma coisa fora do seu lugar, que não é natural (Pv 26.1). As chuvas, a maior parte das vezes, vinham do ocidente e do sudoeste (Lc 12.54).
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cibo
Comida de aves
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cidadania
Qualidade ou estado de cidadão.
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cidadão (direitos de)
o privilégio de cidadão romano adquiria-se por compra (At 22.28), por serviços militares, ou por mercê. Uma vez obtido, passava esse direito para os filhos. Grande número de judeus, que eram cidadãos romanos, estavam espalhados pela Grécia e Ásia Menor. Um cidadão romano não podia ser acorrentado ou encarcerado sem julgamento formal (At 22.29), e ainda menos era permitido que ele fosse açoitado (At 16.37) – e, se ele quisesse, podia apelar de um tribunal de província para o imperador de Roma (At 25.11). Qualquer infração deste privilégio trazia consigo um castigo severo. Em figura é aplicado por S. Paulo esse direito de cidadão aos privilégios e responsabilidades do cristão (Ef 2.19, e Fp 1.27 e 3.20).
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cidade
Desde o tempo em que a cidade de Jerusalém foi tomada por Davi, tornaram-se os hebreus, em grande parte, um povo habitante de cidades. As cidades eram, no seu maior número, muradas, isto é, possuíam uma muralha com torres e portas. Mas em volta da cidade, especialmente em tempos de paz, viam-se sem defesa os arrabaldes, aos quais se estendiam os privilégios da cidade. Em conformidade ao costume oriental, determinadas cidades deviam abastecer de certos produtos o Estado, para a construção de edifícios, fabricação de carros de guerra, armação de cavaleiros, e provisão da mesa real. Para manutenção dos levitas foram-lhes concedidas quarenta e oito cidades, espalhadas pelo país, juntamente com uma certa porção de terreno suburbano. Antes do cativeiro, o governo interno das cidades judaicas era efetuado por uma junta de anciãos (2 Rs 10.1), juntamente com juizes, devendo estes pertencer à classe sacerdotal. No tempo da monarquia parece que era nomeado, um governador ou presidente, sendo por ele mandados a diversos pontos do distrito os juízes, que, presumivelmente, levavam depois certas questões de dúvida a Jerusalém para serem resolvidas por um conselho de sacerdotes, levitas e anciãos. Depois do cativeiro, disposições semelhantes foram realizadas por Esdras para nomeação de juizes. Em muitas cidades orientais, destina-se grande espaço a jardins, e desta forma torna-se muito maior a extensão da cidade. A notável amplidão das cidades de Nínive e Babilônia pode assim, em parte, ser explicada. As ruas são, em geral, extremamente estreitas, raras vezes permitindo que dois camelos carregados passem um pelo outro. o comércio interno das cidades era sustentado, como hoje acontece, por meio de bazares. o profeta Jeremias fala-nos (37.21) da Rua dos Padeiros. os espaços abertos, junto às portas das cidades, eram, em tempos antigos, como ainda são hoje, usados pelos anciãos para suas assembléias, e pelos reis e juizes para reunião de cortes e constituição de tribunais e pelo povo para tratarem das suas regalias. Também se empregavam para exposição pública, quando era preciso castigar assim os culpados de certos delitos. Havia grandes trabalhos para abastecer de água as cidades, empregando-se reservatórios e cisternas que se enchiam com as águas pluviais, ou trazendo de distantes nascentes o precioso líquido por meio de aquedutos.
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cidade de refúgio
Eram seis as cidadeslevíticas, escolhidas para lugares de refúgio, quando se tratava de homicídio involuntário (Nm 35 e Js 20). Estavam espalhadas por diversas tribos: três achavam-se do lado oriental do rio Jordão, isto é, Bezer em Rúben, Ramote-Gileade em Gade e Golã em Manassés. As outras três que se viam no lado ocidental eram Quedes em Naftali (ainda hoje Quedes, distante 32 km. da cidade de Tiro), Siquém no monte Efraim, e Hebrom em Judá.
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cidade murada
Era cidade onde havia defesas permanentes, que constavam de muralhas, coroadas de parapeitos com seteiras, e havendo torres e espaços regulares (2 Cr 32.5 – Jr 31.38). Em tempos posteriores foram colocadas máquinas de guerra sobre os muros, e em ocasiões de luta havia sentinelas vigilantes nas torres (Jz 9.45 – 2 Rs 9.17 – 2 Cr 26.9,15). A cidade de Jerusalém estava cercada de três muralhas, sobre as quais, segundo se diz, havia, respectivamente, 90,14 e 60 torres. Em muitas cidades havia um castelo, como último recurso para os defensores – e era isso assim, por exemplo, em Siquém, e Tebes (Jz 8.17 – 9.46,51 – 2 Rs 9.17).
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cidadela
Torre ou outra edificação preparada para guerra, sobretudo dentro de uma cidade, em geral considerada como a imbatível unidade de defesa da cidade.
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ciladas
Lugar escondido apropriado para esperar o inimigo; emboscada.
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cilicia
Província marítima ao sueste da Ásia Menor, cercada de altas cordilheiras. A parte oriental era notável pela sua beleza, fertilidade e suavidade do seu clima – e tornou-se, por isso, a residência favorita dos gregos, depois que a Grécia foi incorporada no império da Macedônia. A sua capital, Tarso, foi sede de uma celebrada escola de filosofia. Era a Cilícia, pela sua posição geográfica, a via de comunicação entre a Síria e o ocidente – e na idade apostólica estabeleceram-se os judeus ali em número considerável. Tarso era a terra natal de Paulo (At 9.11, 30 – 21.39 – 22.3) – logo depois da sua conversão ele visitou a Cilícia (At 9.30 – Gl 1.21), dirigindo-se para ali outra vez por ocasião da sua segunda viagem missionária (At 15.41).
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cilício
Cinto ou cordão de lã áspera que por penitência se usa direto sobre a pele
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címbalo
É a designação de um antigo instrumento de cordas ou um instrumento constituído por dois meios globos de metal que se percutiam um contra o outro; como pratos.
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cinamomo
o cinamomo é a casca de uma árvore, importada do extremo oriente – Cochinchina, Ceilão, e a Costa de Malabar – sendo conhecida na Palestina desde tempos remotos. Acha-se mencionada em Êx 30.23, como uma das partes componentes do óleo da santa unção – em Pv 7.17, como um perfume para o leito – em Ct 4.14, como uma das plantas do jardim que é a imagem da noiva – e Ap 18.13 (canela de cheiro), como uma das mercadorias da grande Babilônia.
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cingir
Cercar; ligar; unir
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cingir o navio
Esta expressão somente se lê em At 27.17. Eram amarrados uns cabos em volta do casco do navio abaixo da sua quilha, sendo depois ligados ao convés. Havia desses cabos especiais nos arsenais das galeras de Atenas. Este processo de amarrar o barco tem sido empregado nos tempos modernos.
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cinta
Artigo indispensável no vestuário de um oriental, e que se usa com o fim de arregaçar as compridas vestimentas, que doutro modo seriam um impedimento para trabalhar ou para caminhar. Geralmente era feito de couro, de 1ã, ou de linho, tendo, muitas vezes, tecidas várias figuras, e sendo de comprimento suficiente para algumas voltas em redor do corpo. Como uma das extremidades da cinta era dobrada para trás e cosida nas bordas, servia isso de bolsa. Esta é a bolsa de que se fala em Mt 10.9 e Mc 6.8. A cinta servia, algumas vezes, para prender nela facas e punhais, empregando-a também os escritores e secretários para segurarem os seus tinteiros de ponta (Ez 9.2). Tirar a cinta ou desprender o cinto do corpo, oferecendo qualquer destes objetos a alguém, era uma prova de grande confiança e afeto. Um cinto que fosse rica e primorosamente trabalhado era um objeto de honra, que algumas vezes era dado como recompensa de mérito (2 Sm 18. 11). ‘Cingir os lombos’ é apertar mais a cinta, e desta forma preparar-se para uma jornada, ou para alguma vigorosa empresa.
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cinturão
Grande área.
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cinza
A cinza de uma novilha, inteiramente queimada, segundo o que se acha prescrito em Nm 19, tinha eficácia cerimonial na purificação dos imundos (Hb 9.13), mas poluía os limpos. As cinzas esparsas sobre uma pessoa, e especialmente postas sobre a cabeça, eram usadas como sinal de tristeza – e aquela passagem de Jó 2.8, ‘sentado em cinza’, é uma expressão de dor extrema. A cinza é, também, figuradamente usada em Jó 30.19 – is 44.20 – Ml 4.3 eem outros lugares.
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cirandeios
Peneira; peneira grossa
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circuncidar
v. circuncisão.
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circuncisão
Esta cerimônia foi ordenada por Deus a Abraão e seus descendentes, como sinal do Pacto estabelecido entre o Senhor e o povo escolhido. o rito fazia parte da herança comum a hebreus, cananeus e outras nações da antigüidade, constituindo uma notável exceção os filisteus, que são expressamente designados como incircuncisos (em 1 Sm freqüentes vezes). Era condição necessária na nacionalidade judaica. Toda criança de sexo masculino devia receber a cincuncisão, quando chegasse ao oitavo dia do seu nascimento. igualmente os escravos, quer nascidos em casa ou comprados tinham de ser circuncidados. Nenhum estrangeiro podia comer o cordeiro na celebração da Páscoa, a não ser que todos os varões da sua família fossem circuncidados, tornando-se então, de fato, judeu (Êx 12.48). A obrigação de serem circuncidados os gentios que se convertiam ao Cristianismo foi uma questão que se levantou na igreja apostólica, dando causa a grandes inquietações. A paz da igreja de Antioquia foi perturbada pelos mestres judaizantes, que diziam aos gentios convertidos: ‘Se não vos circuncidardes segundo o costume de Moisés, não podeis ser salvos’ (At 15.1) – mas os apóstolos e presbíteros decidiram, em Jerusalém, que os gentios estavam inteiramente livres de toda obrigação a respeito de qualquer rito judaico (At 15.22 a 29). A maneira de pensar do Apóstolo Paulo, neste assunto, pode ver-se em Gl 5 e 6 – Rm 3.30 e 4.9 a 12 – 1 Co 7.18,19 – Fp 3.2 – e também em At 16.3 e Gl 2.3. Todavia, o Cristianismo apoderou-se do significado espiritual da circuncisão. A qualificação de ‘incircunciso’ era, no Antigo Testamento, aplicada aos lábios, aos ouvidos e aos corações (Êx 6.12 – Jr 6.10 – e Lv 26.41). Declara-se, no Novo Testamento, que a verdadeira circuncisão é ‘do coração, no espírito, não segundo a letra’ (Rm 2.29). São os cristãos que pela sua fé constituem a circuncisão no sentido espiritual (Fp 3.3, cp com Gl 2.11).
- circuncisão =cortar em rodas
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circunstancial
Relativo a, ou resultante de circunstância.
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circunvalação
Barreiras em volta de uma povoação
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circunvalar
cercar
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cirene
É hoje El-Krenna. Era a principal cidade da Cirenaica (Trípoli). Este pais estendia-se desde Cartago ao Egito, e desde a Líbia (At 2.10) ao Mediterrâneo. Cirene era habitada por um considerável número de judeus, que deram o seu nome a uma das sinagogas de Jerusalém (At 2.10 – 6.9) – era natural desta mesma cidade aquele homem de nome Simão, que levou a cruz do Salvador (Mt 27.32 – Mc 15.21 – Lc 23.26), e também alguns dos primeiros evangelistas. Ainda que Cirene estava na costa africana, era uma cidade grega.
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cirenio
grego: natural de Cirene
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ciriaco
Homem do Senhor
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ciro
o sol. A primitiva carreira destegrande imperador acha-se inextricavelmente envolta em lenda: nada sobre ela se encontra nas Sagradas Escrituras. A narração mais digna de fé estabelece que ele era filho de Cambises, um persa de sangue real, e pelo lado de sua mãe era neto de Astiages, o rei dos medos. Ele chegou a dominar sobre Babilônia, Média, Pérsia e outros países. Ele levou os seus exércitos vitoriosamente até às cidades gregas setentrionais da Ásia Menor, e também marcharam tanto para o sul que chegaram ao vale do Tigre. Diz-se que ele realizou muitos e grandes feitos de engenharia militar, como: atravessar o Gindes, tributário do Tigre, desviando as suas águas para um grande número de pequenos canais – e tomar Babilônia, afastando a corrente do Eufrates, de maneira que os soldados puderam entrar na cidade pelo leito do rio. Ciro não foi só um grande conquistador, mas um sábio governador, que procurou, tanto quanto possível, identificar-se com os sentimentos das várias nações que ele havia subjugado. Tanto os judeus como os babilônios viviam satisfeitos sob o seu domínio. Ele decretou que fosse reedificado o templo de Jerusalém (2 Cr 36.23 – Ed 1.2 – 4.3 – 5.13) – que voltassem para Jerusalém os vasos da casa do Senhor que Nabucodonosor tinha levado (Ed 1.7) – e permitiu que fossem levadas do Líbano e Jope madeiras de cedro (Ed 3.7). No livro de isaias é Ciro reconhecido como pastor do Senhor (is 44. 28), e como um rei ungido (is 45.1).
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cis
dom
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cisterna
os verões na Síria são muito secos, e, como há falta de nascentes em muitas partes do país, a água da chuva, que cai durante as outras estações, é ajuntada em cisternas e reservatórios. os depósitos públicos de água são de costume chamados ‘lagoas’. A natureza rochosa do solo torna fácil, de um modo especial a construção de cisternas, ou por escavação, ou pelo alargamento de cavidades naturais. As cisternas da Palestina têm, atualmente, uma abertura circular em cima, feita algumas vezes de cantaria, estando provida de uma roldana e de um balde para tirar água. As cisternas vazias serviam, algumas vezes, de cárcere e de lugares de detenção. Era assim a cova onde José foi lançado (Gn 37.22). Jeremias foi lançado numa lodosa cisterna, que não tinha água (Jr 38.6).
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cita
Uma só vez é mencionada esta palavra, sendo então um termo geral com a significação de povo rude e bárbaro (Cl 3.11). Cícero coloca os citas na mesma classe dos bretões. o país da Cítia estendia-se desde o mar Negro através da Ásia Central – mas o termo cita é usado pelos primitivos historiadores muito vagamente para designar as tribos nômades não civilizadas, que erravam por aquelas vastas planícies limitadas ao ocidente pelo mar Cáspio e mar Negro, prolongando-se para o oriente. os citas chegaram à Palestina, pois Bete-Seã se chamava Citópolis – e diz Heródoto que os egípcios os derrotaram em Asdode.
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cítara
Instrumento de cordas, forma aperfeiçoada da lira.
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ciúmes
A passagem em Nm 5.11 a 31 mostra qual o processo prescrito para a descoberta e castigo da mulher, que tinha provocado o ciúme de seu marido.
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civilizações
Tipos de culturas com características próprias da vida social, política, econômica de um país ou de uma região.
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clangor
Som rijo e estridente
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clara
Brilhante, ilustre
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clarificar
Tornar(-se) claro, limpando ou purificando; purificar-se, arrepender-se
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clarim
Instrumento de sopro, feito de metal
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clássico
Tradicional; antigo.
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clauda
latim: voz quebrada
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claudia
latim: coxa
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cláudio
Foi o quarto imperador de Roma, governando o império desde o ano 41 a 54 (d.C.). Ele deu a Agripa toda a Judéia, e a seu irmão Herodes o reino de Cálcis. Pôs fim à disputa que havia entre os judeus e os alexandrinos, dando força aos primeiros na liberdade de Alexandria e no livre exercício da sua religião e leis, mas não lhes permitindo que eles convocassem assembléias em Roma. Morto o rei Agripa no ano 44, foi novamente reduzido o reino da Judéia a província romana, e para ali foi mandado Cúspio Fado como governador. Foi por este tempo que houve aquela fome, predita pelo profeta Agabo (At 11.28). No ano 49 publicou Cláudio um decreto, pelo qual todos os judeus seriam expulsos de Roma (At 18.2). E a causa desta ordem foram, segundo relata Suetônio, os freqüentes motins a que se entregavam os israelitas, instigados por um certo ‘Cresto’. Se, como é possível, há nas palavras daquele historiador confusão de Chrestus com Christus, a causa dos tumultos pode ter sido a oposição judaica aos cristãos de Roma. É duvidoso se o decreto foi em algum tempo inteiramente cumprido. (*veja Cristão.)
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claudio-lisias
latim: coxo de Lisias
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clemência
Disposição para perdoar
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clemente
grego: benigno, misericordioso
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clementina
Aquela que possui bondade e clemência
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cleopas
grego: a glória inteira
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cleopatra
grego: glória do pai
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cleusa
Princesa, rainha, dominadora
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cleuza
Princesa, rainha, dominadora
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cloate
assembléia
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clodoaldo
Chefe ilustre
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cloé
folhagem viçosa
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clopas
grego: glória inteira
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cnido
(Agora é Kria do Cabo. ) Cidade situada na extremidade sudoeste do promontório da Caria, na Ásia Menor, por onde passou Paulo, quando navegava para Roma. As ruínas mostram que a antiga Cnido devia ter sido uma povoação de grande magnificência. (*veja At 27.7.)
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co-herdeiro
Aquele que herda em comum.
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coa
hebraico: garanhão
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coate
Era o segundo filho de Levi e avô de Moisés, Arão, e Miriã. Dele, por Arão, descendente de Coate, mesmo os que não eram sacerdotes, tinham superioridade sobre os outros descendentes de Levi (embora Coate não fosse o filho mais velho de Levi), pelo fato de que na família de Coate residia exclusivamente o sacerdócio. Era a família de Coate que levava a arca e os vasos sagrados do tabernáculo, quando os israelitas caminhavam pelo deserto. A herança dos coatitas, não falando dos sacerdotes que tinham treze cidades em Judá, Simeão, e Benjamim, constava de terras na meia tribo de Manassés, em Efraim, e em Dã. Mais tarde tomaram uma parte diretiva no serviço do templo (Gn 46.11 – Êx 6.16,18 – Nm 3.17 – etc. – 4.2, etc. 7.9 – 10.21 – 16.1 – 26.57 – Js 21.4, etc – 1 Cr 6.1, etc – 9.32 – 15.5 – 23.6 – 2 Cr 20.19 – 29.12 – 34.12).
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cobar
hebraico: abundantemente
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cobiça
Afã desordenado de possuir bens materiais; desejo veemente de possuir; ambição de riquezas; avidez; ganância; cupidez.
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cobre, latão
Há referência ao minério de cobre em Dt 8.9, e à sua fundição em Jó 28.2. A liga que se conhece pelo nome de metal amarelo foi inventada no século treze (d.C.). Havia minas de cobre nos montes de Canaã, sendo este metal empregado em grande número de obras de arte (Jz 16.21 – 1 Sm 17.5 – 2 Rs 25.7). o bronze, que é uma liga de cobre e estanho, é muito antigo, sendo manufaturados com ele armas, espelhos e vários ornamentos. o cobre era usado na fabricação da moeda (Mt 10.9). A palavra é, também, muitas vezes empregada em sentido simbólico, como se lê em Lv 26.19, onde a frase ‘farei… a vossa terra como bronze’ quer dizer grande dureza e secura – também se usa por invulnerabilidade (Jó 6.12), ‘de bronze a minha carne’ – e por indignidade (Jr 6.28) – e na acepção de fortaleza (Zc 6.1). Em Ed 8.27 fala-se do lustroso e fino bronze. o cobre abundava nos tempos antigos, e com ele se fabricavam cadeias, pilares, bacias, capacetes e lanças (Jz 16.21 – 1 Rs 7.15 a 21 – 2 Rs 25.13 – 1 Cr 18.8 – Êx 38.8 – Jó 37.18 – 1 Sm 17.5 – 6.38 – 2 Sm 21.16). o arco de bronze em Jó 20.24.
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codorna
Ave pequena, sarapintada, semelhante à perdiz; as codornas migravam da África do Norte através do Egito, do Sinai e da Palestina. Deus providenciou codornas junto com o maná (q. v.) como alimento para sustentar os israelitas nas peregrinações pelo deserto (Êx 16.13).
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codorniz
Uma pequena ave da família das perdizes. os israelitas foram miraculosamente contemplados com codornizes, no deserto de Sim (Êx 16.13), e em Quibrote-Taavá (Nm 11.31 a 34). Dizem alguns críticos que as codornizes que caíram no arraial dos israelitas foram para ali levadas na sua emigração anual, pelo vento sudoeste, que sopra da Etiópia e do Egito sobre as praias do mar Vermelho.
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coentro
Planta umbelífera Família que abrange plantas economicamente importantes (como cenouras, salsa, aipo, erva-doce etc.), aromática, usada como tempero
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cofe
hebraico: 1 letra do alfabeto hebraico, macaco
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cogitar
Pensar; refletir; imaginar
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cohanim
Plural de Cohen
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cohen
Uma das três categorias em que se divide o povo judeu: Cohen Levi e Israel; descendentes de Aharon, irmão de Moshê.
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coito
abrigo, morada
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col-hoze
o que tudo vê
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colaias
voz do Senhor
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colaterais
Que estão ao lado; paralelos.
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colchete
Uma espécie de ganchos para prender cortinas e outras coisas do tabernáculo (Êx 26,27,36,38). Em 2 Rs 19.28 – is 37.29 – Ez 29.4 – e 38.4 há, sem dúvida, referência ao anel colocado no nariz dos animais, pelo qual podiam ser guiados.
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colchetes
Ganchinho de metal para prender uma parte do vestuário a outra
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colera
fúria, zanga
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coletivo
Que abrange ou compreende muitas coisas ou pessoas.
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colheitas (festa das)
*veja Tabernánculos (Festa dos ).
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colhoze
hebraico: que vê tudo
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colônia
Uma designação de Filipos, a famosa cidade de Macedônia, em At 16.12. Augusto, depois da batalha de Actio, cedeu aos seus veteranos aquelas partes da itália que tinham abraçado a causa de Antônio, e transportou para Filipos e outras cidades muitos dos habitantes expulsos. Foi feita de Filipos uma colônia romana, por haver prevalecido ali o Jus italicum, e por ser Paulo um cidadão romano é que se considerou uma ilegalidade terem os magistrados daquela cidade mandado que o Apóstolo fosse açoitado.
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colossenses (epistola aos)
Esta epístola foi escrita durante o tempo em que Paulo esteve preso em Roma pela primeira vez, e foi, provavelmente, também por essa ocasião que ele escreveu as cartas dirigidas aos Efésios e a Filemom, sendo as três cartas mandadas pelos mesmos mensageiros, Tíquico e onésimo. Este último estava de volta à casa de seu senhor Filemom, residente em Colossos. Por conseqüência, devia ter sido escrita pelo ano 62. o seu objetivo é manifesto. A descrição da igreja feita por Epafras, o seu fundador, que tinha sido mandado pelos colossenses a Roma com o fim de confortar Paulo e dar-lhe informações da sua situação, era no seu todo satisfatória. Todavia, parece ter havido algum perigo nos ensinamentos dos falsos doutores que pretendiam harmonizar o Cristianismo com as especulações dos filósofos. Negavam a suprema dignidade de Cristo, atribuindo aos anjos não só a criação (1.16), mas também a obra mediadora de redenção entre Deus e o homem e além disso haviam introduzido na igreja o culto dos anjos (2.18). Há, também, claras referências à influência perturbadora dos mestres judaizantes e dos ascetas (2.16 – 3.11, 18,19). Corrigir e refutar os mencionados erros foi o fim desta epístola. Na sua exposição o Apóstolo faz-lhes ver que nem as especulações dos filósofos, nem as tradições humanas, nem as austeridades, poderiam levantar a alma acima dos atos grosseiros e habilitá-la a realizar propósitos invisíveis e eternos. Mas em Cristo há perfeita salvação: porquanto a fé Nele nos reconcilia com Deus, e, pondo-nos em relação com um Redentor celestial, guia os nossos pensamentos e desejos para assuntos superiores. o pensamento essencial da epístola é: ‘Cristo é tudo e em todos.’ Como na epístola aos Efésios, aparece aqui também o seu termo favorito ‘riquezas’, nestas e outras expressões: ‘a riqueza da glória deste mistério’ (1.27) – ‘toda riqueza da forte convicção’ (2.2) – e na forma adverbial ‘Habite ricamente em vós a palavra de Cristo’ (3.16). A semelhança entre esta epístola e a escrita aos Efésios mostra que tendências parecidas se manifestavam nas duas igrejas – e pode, também, atribuir-se a analogia ao fato de, sendo as duas epístolas enviadas pelo mesmo tempo, haverem naturalmente ocorrido as mesmas idéias e ainda as mesmas expressões. E, na verdade, as duas epístolas devem ser lidas juntamente. Uma é comentário da outra. Uma diferença, contudo, de tom enfático se nota nelas. São Paulo, levado pela controvérsia, sustenta com firmeza nesta epístola a natureza de Cristo e o que Ele é para com a Sua igreja – ao passo que na carta aos Efésios é explicada a unidade da igreja e o seu glorioso destino nos desígnios do seu divino fundador.
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colossos
Grande cidade da Frígia, ÁsiaMenor, nas margens do rio Lico, a qual, tendo sido em tempos antigos de grande importância, já nos tempos do Novo Testamento estava decadente perante as suas rivais Laodícéia e Hierápolis. Achava-se situada junto da grande estrada que ia de Éfeso ao Eufrates, e estava distante cerca de cinco km. do lugar que é hoje a vila de Conas. Foi sede de uma igreja cristã, à qual S. Paulo dirigiu uma das suas epístolas – ali residiu Filemom e o seu escravo onésimo (Cl 4.9) e Arquipo (Cl 4.17), e Epafras (Cl l.7 – e Fm 23), que foi o fundador da igreja ali estabelecida. Pelo que se lê em Cl 2.1, Paulo não tinha visitado Colossos.
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coluna
Monumento de pedra usado na idolatria, muitas vezes com uma inscrição, com o provável objetivo de representar uma deidade pagã (2 Rs 3.2). Foi categoricamente proibida aos israelitas (Lv 26. 1,2)
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coluna ou pilar
Em tempos muito antigos, usavam-se pedras toscas colocadas verticalmente, com fins votivos e para memória, realizando-se muitas vezes certos sacrifícios perto delas. Vê-se isto nas colunas de Jacó (Gn 28.18 – 31.45,51,52 – 35.14) – nos pilares levantados por Moisés no monte Sinai (Êx 24.4) – nas doze pedras do rio Jordão, e na de Siquém (Js 4.8,9 – 24.26,27). Tais pilares tornaram-se, muitas vezes, objeto de culto idolátrico. Eram, também, levantadas colunas para servir de marcos e de postes de estrada (1 Sm 20.19). o termo também ocorre num sentido metafórico. E assim se diz uma coluna de nuvem, de fogo, de fumo, etc. (Êx 13.21 – Jz 20.40). Jó fala das colunas do céu e da terra (Jó 9.6 – 26.11), como sendo os céus e a terra um edifício levantado pela mão do Criador. Paulo fala da igreja cristã como coluna na qual se acha inscrita a verdade do Evangelho (1 Tm 3.15). Em 2 Sm 18.18 lê-se que Absalão levantou para si uma coluna no vale de Josafá para que o seu nome não fosse esquecido. Do mesmo modo o crente há de ter um lugar de permanência e de utilidade no templo divino, com o nome de Deus e o nome da Sua cidade nele inscritos (Ap 3.12).
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combustivel
A falta de combustível, nooriente, obriga, por vezes, os habitantes a fazerem uso de todas as coisas próprias para alimentar o fogo. os caules secos de ervas e flores, as gavinhas da videira, os pequenos ramos de murta, de alecrim, e outras plantas, tudo isto se emprega para aquecer os fogões. Jesus refere-se à ‘erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno’ (Mt 6.30). Nesta passagem a erva inclui, em geral, todas as plantas de hastes tenras. Daqui deriva a expressão ‘o crepitar dos espinhos debaixo de uma panela’ (Ec 7.6). Às vezes era tão grande a falta de lenha que o povo chegava a usar como combustível o esterco de animais (Ez 4.12 a 16). Em Am 4.11 há esta frase: ‘um tição arrebatado da fogueira’. isto refere-se às varas da videira e a outros gravetos para o lume, usados no oriente, e que em pouco tempo são consumidos pelo fogo.
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comércio
Abraão era rico em objetos e ornamentos de prata e de ouro, o que mostra que já naqueles primitivos tempos as raças nômades tinham relações comerciais com outras (Gn 13.2 – 24.22,53). Desde os tempos mais remotos o Egito tinha uma alta situação como nação comercial, ainda que os seus negócios externos estavam nas mãos de estrangeiros. Foi uma caravana de ismaelitas, com os seus camelos carregados de especiarias, que levou José para o Egito – a descrição desse fato mostra que os escravos faziam, algumas vezes, parte da mercadoria importada (Gn 37.25 – 39.1 – *veja Jó 6.19). o trigo era exportado do Egito e pago por meio de pesadas quantidades de prata (Gn 41.57 – 42.3, 25, 35 – 43.11, 12, 21). As pedras preciosas e especiarias da índia eram levadas para o Egito (Êx 25.3,7). Por este mesmo tempo havia relações comerciais entre Babilônia e as cidades da Síria. Até ao reinado de Salomão pode dizer-se que a nação hebraica não tinha comércio externo. Mas esse rei importou do Egito fio de linho, cavalos, e carros. Tudo isto ele pagou com o ouro que vinha da india e da Arábia por mar (1 Rs 9.26,27 – 10.22 a 29). o cedro e outras madeiras para as grandes obras do templo e da sua casa foram levados por mar para Jope pelos fenícios, ao passo que as necessárias provisões para os operários, que trabalhavam no monte Líbano, eram mandadas por Salomão (1Rs 5.6,9 – 2 Cr 2.16). os navios costumavam navegar para o oceano indico de três em três anos, partindo de Elate e Eziom-Geber, portos sobre o golfo Elanítico do mar Vermelho, e traziam para a Palestina ouro, prata, marfim, pau sândalo, ébano, pedras preciosas, macacos e pavões (1Rs 9.26 – 10.11,12 – 2 Cr 8.18). A Fenícia era abastecida pela Judéia de trigo, mel, azeite e bálsamo (1 Rs 5.11 – Ez 27.17 – At 12.20), enquanto os comerciantes de Tiro traziam a Jerusalém peixe e outras mercadorias por ocasião da volta do cativeiro (Ne 13.16), bem como madeiras para a reedificação do templo. Exportava-se azeite para o Egito (os 12.1), e se vendiam cintos de manufatura doméstica para ornamento, e linho fino aos mercadores (Pv 31.24). Na linguagem de Ezequiel, aparece Jerusalém como rival de Tiro no comércio de exportação, que se fazia pelo seu porto de Jope (Ez 26.2). os lugares do mercado público eram, principalmente, os espaços abertos próximos das portas das povoações para onde eram levados os gêneros de venda por aqueles que vinham de fora (Ne 13.15,16 – Sf 1.10). Com respeito à compra e venda das diversas mercadorias, a lei era muito exigente na maneira honesta de negociar. Pesos exatos e balanças certas eram exigidos com todo o rigor (Lv 19.35, 36 – Dt 25. 13 a 16). Levar à força para outras terras homens ou mulheres para serem vendidos era crime, passível de dura penalidade (Êx 21.16 – Dt 24.7).
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cominho
É uma pequena e tenra semente,que era debulhada, batendo-a com uma vara (is 28.25 a 27). os antigos empregavam o cominho como condimento no peixe e em certos guisados, e como estimulante do apetite – e os cozinheiros egípcios costumavam salpicar de cominho os bolos e o pão. Em Mt 23.23 menciona-se o cominho entre as pequenas ervas, das quais os escribas e fariseus escrupulosamente pagavam dízimos.
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compadecer
do Lat. compatescere
v. tr.,
ter compaixão de; lastimar; deplorar;v. int.,
consentir; sofrer;v. refl.,
apiedar-se; condoer-se; comiserar-se; ser compatível; harmonizar-se. -
compassivo
Que denota compaixão; dó; piedade
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compelem
Do verbo compelir: Impelem; empurraram; obrigam; constrangem.
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compêndio
Resumo de doutrinas, síntese.
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comportar
Permitir, admitir.
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compraz
Alegrar; deleitar-se
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comprazer
Fazer o gosto, a vontade; ser agradável; deleitar-se, regojizar-se.
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compunção
O mesmo que contrição, tristeza ou pesar por haver cometido ato pecaminoso; tristeza que leva ao arrependimento de haver pecado.
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compungido
Arrependido
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compungido:
Pesaroso por haver pecado; contrito; arrependido.
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compungir
Magoar; afligir; arrepender; pesar profundo
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comunhão
do Latim communione
comunidade de crenças, de opiniões;
sacramento da Eucaristia;
recepção do sacramento da Eucaristia;
antífona que o coro entoa enquanto o sacerdote comunga.– de bens: comparticipação de bens entre os esposos.
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comunidade
Grupo de pessoas que comungam uma mesma crença ou ideal.
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conanias
hebraico: Jeová estabeleceu
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conceber
Formar no espírito ou no coração; compreender, entender.
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conceicao
Concepção, religiosidade
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conceituar
Formar conceito acerca de; julgar, avaliar.
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concepção
Ato de conceber ou criar mentalmente, de formar idéias, especialmente abstrações.
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concerne
Que diz respeito; refere-se
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concernente
Que diz respeito; relativo
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concidadão
Certa pessoa que, em relação a outra, é da mesma cidade ou do mesmo país.
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concitado
Incitar; instigar
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concubina
Na idade patriarcal não aparece muito clara a diferença entre esposa e concubina, devido ao predomínio da poligamia. Contudo, a concubina era, em geral, uma escrava. Com respeito aos filhos das concubinas, como as idéias de legitimidade não eram compreendidas como hoje, aparecem nas genealogias exatamente como os das esposas. Se a concubina fosse hebréia que tivesse sido comprada a seu pai como escrava, ou fosse uma pagã prisioneira de guerra, eram os seus direitos protegidos por lei (Êx 21.7 – Dt 21.10 a 14). Um hebreu não podia tomar para sua concubina uma mulher cananéia, embora fosse nesta classe de mulheres que as concubinas dos reis eram, na maior parte, procuradas. As mulheres hebréias livres, podiam, também, tornar-se concubinas (*veja Poligamia ).
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concupiscência
Desejo ou apetite excessivo. Geralmente se entende do relacionado com a inclinação sexual, embora abarque também os outros âmbitos. A concupiscência é apresentada na Bíblia como causa de pecado.
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condenação
Situação de tormento a que é definitivamente destinado quem morre em inimizade com Deus. É um ponto de nossa fé que para muitos fica muito difícil de aceitar. A causa é que se entende como se Deus se vingasse de quem não lhe obedeceu. Tal visão repugna com a idéia correta de Deus, que é todo bondade. A condenação deve ser entendida como separação voluntária de Deus. Deus é felicidade para si e para quem se adere a Ele pelo amor. Pelo amor experimentamos e fazemos própria a felicidade do ser amado, como o comprovante frente a familiares e amigos. Para quem não ama a Deus, é intrinsecamente impossível gozar de sua felicidade. E esta separação daquilo que constitui nossa realização e nossa felicidade é o que é traduzido por condenação. O que nos é incompreensível é como o ser humano pode escolher de modo definitivo o que o faz desgraçado e permanecer nessa aberrante escolha.
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condescender
Tolerante; pronto a perdoar; agradável
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condicional
Dependente de condição, que envolve condição
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condoer
Ter compaixão; dó; misericórdia
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conducente
Que conduz.
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conectado
Unir ou ligar por conexão; estabelecer conexão entre uma coisa e outra.
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confiscar
Apoderar-se ou apossar-se de, como em caso de confisco.
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confraria
Associação, ordem, sodalício.
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congregação
Esta palavra é mui freqüentemente aplicada a todo o povo hebreu, como sendo ele uma comunidade religiosa (Êx 12.3, etc – Lv 4.13, etc. – Nm 1.2, etc,). Antes da instituição da monarquia, o parlamento da congregação constava do chefe ou pai de cada casa, família e tribo. os delegados tinham o nome de anciãos ou príncipes – exerciam direitos soberanos – e o povo achava-se ligado aos atos desses magistrados, ainda mesmo quando os desaprovava (Js 9.18). outra palavra hebraica se emprega a respeito de uma assembléia, convocada para qualquer fim especial, como, por exemplo, a que se realizava por ocasião de uma das grandes festividades (1 Rs 8.65 – 2 Cr 7.8 – 30.13). Há, ainda, uma terceira palavra hebraica que aparece várias vezes em certas frases. Assim traduzidas: tenda da congregação, tabernáculo do testemunho etc.
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congregação (o monte da)
’No monte da congregação me assentarei’, diz o rei da Babilônia na visão de isaías (is 14.13). Ele refere-se a um monte ao norte da Babilônia, onde, segundo a mitologia, tinham os deuses as suas reuniões.
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conjurar
Amaldiçoar; lamentar-se
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conquistar
Do Latin *conquisitare freq. de conquiro
Tomar pela força das armas; vencer; subjugar; submeter; adquirir; alcançar (à força de trabalho). -
conrado
Conselheiro prudente
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consagração
Ritual do AT que simbolizava as responsabilidades e os privilégios do sacerdócio levítico (Lv 8.22). A palavra hebraica traduzida por consagrar significava literalmente encher a mão e provavelmente se referia a ofertas depositadas nas mãos deles. A consagração (ou ordenação de ministros hoje tem raízes nessa prática veterotestamentária.
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consagrar
Separar ou dedicar para o uso de Deus (Êx 13.2)
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cônscios
Aquele que sabe bem o que faz ou o que deve fazer.
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consecutivamente
Que segue outro; imediato.
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conselho
1. *veja Sinédrio. 2. ‘Quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal’ (Mt 5.22). o tribunal a que aqui se refere era um dos tribunais inferiores. (*veja também Mt 10.17 – Mc 13.9). 3. Uma espécie de júri ou conselho privado, constando de assessores, que ajudavam os governadores romanos na administração da justiça e outros casos públicos (At 25.12).
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consenso
Conformidade; acordo de idéias.
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consoante
Conforme; segundo
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consolador
grego: advogado ou o que consola
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constante
Perseverante
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constantino
Perseverante
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consternar
Causar profundo desgosto ou abatimento a; afligir
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consternar-se
causar desgosto ou dor profunda
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consubstanciar
Unir para formar uma substância; ligar, unificar, consolidar.
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consulente
Que ou quem consulta; consultador, consultante.
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contemporâneo
Que é do mesmo tempo, que vive na mesma época.
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contenda
Luta, briga, discussão, controvérsia, debate, contenção; esforço para conseguir alguma coisa.
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conterrâneo
Diz das pessoas naturais da mesma terra, do mesmo lugar.
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contestada
Respondido, contraditado; combatido com provas contrárias
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contestar
Provar com o testemunho de outrem
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contexto
Aquilo que constitui o texto no seu todo.
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contígua
Próximo; junto; adjacente
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contrapartida
Compensação, eqüivalência.
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contrapor
Opor, confrontar.
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contrição
Profunda tristeza acompanhada de arrependimento em conseqüência do quebrantamento da lei de Deus.
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contristado
Magoado; triste; compungido
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contristar
Ficar muito triste; afligir-se
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contrito
Ato de contrição, pesaroso, cheio de arrependimento.
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controvérsia
Discussão acerca de assunto literário, científico ou religioso.
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contumaz
Obstinado; teimoso; obcecado
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contundente
Incisivo, decisivo.
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conturbação
Perturbação de ânimo.
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convalescer
Retorno progressivo à saúde
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convincente
Que convence; convencedor.
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convocação
Geralmente santa convocação Aplica-se somente ao sábado e às grandes festividades anuais dos judeus (Êx 12.16 – Lv 23.2 – Nm 28.18 – 29.1 – is 1.13).
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copeiro
Era um empregado superior na casa dos monarcas orientais, sendo a sua missão servir o vinho ao rei, e preservá-lo de qualquer veneno. Neemias tinha este emprego na corte do rei da Pérsia (Ne 1.11). o despenseiro de Faraó era copeiro (Gn 40.1 a 13 – *veja também 1 Rs 10.5 e 2 Cr 9.4). o serviço prestado pelo copeiro era pessoal, porque não só tinha de superintender em certos preparativos da mesa, mas também era seu dever passar a taça de vinho ao seu senhor. Nos tempos primitivos era isso uma garantia de que o vinho não estava envenenado.
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copiosa
Abundante
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cor
As cores naturais que a Bíblia menciona são branco, preto, vermelho, amarelo e verde. o branco era símbolo de inocência – e por isso as vestes angelicais e as dos santos na glória se descrevem como alvas (Mc 16.5 – Jo 20.12 – Ap 19.8,14). Era, também, esta mesma cor emblema de alegria (Ec 9.8), e de vitória (Zc 6.3,6). o preto, como cor oposta ao branco, é expressão do mal (Zc 6.2,6 – Ap 6.5), do luto, da aflição e das calamidades (Jr 14.2 – Lm 4.8 – 5.10). o vermelho simbolizava o derramamento de sangue (Zc 6.2 – Ap 6.4 – 12.3). Era considerado como elemento de beleza pessoal (1 Sm 16.12). o lírio de que se trata em Ct 2.1 é o vermelho, tendo fama a Síria de possuir essa flor. A cor do rosto é comparada ao fruto vermelho da romã (Ct 4.3 – 6.7) – e a cor da pele se diz ser mais vermelha do que os rubis (Lm 4.7), fazendo contraste com o branco dos vestidos. A cor verde freqüentes vezes se aplica às pastagens. Também a palavra verde ocorre no sentido de novo, fresco, oposto a seco (Gn 30.37 – Lv 2.14 – 23.14 – Jz 16.7,8 – Et 1.6 – Jó 8.16 – Ct 2.13). A vestimenta de José, de muitas cores (Gn 37.3), era provavelmente um vestido comprido, com mangas, distinto da vulgar túnica curta e sem mangas (*veja 2 Sm 13.18).
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cora
hebraico: calva
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coração
os hebreus empregavam esta palavra no sentido de ser a sede de toda a vida mental – inteligência, vontade e emoção (Ez 13.2 – os 7.11 – Lc 8.15 – At 16.14).
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coral
(Jó 28.18 – Ez 27.16.) os recifesde coral e as ilhas de coral são abundantes no mar Vermelho, onde, provavelmente, tomaram os hebreus conhecimento dessa produção marinha. Há corais de diferentes cores: branco, preto e vermelho, sendo o desta última cor o mais precioso.
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corar
Branquear de vergonha
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corasã
Um dos lugares, que Davi e os seus homens costumavam visitar, e para onde mandou presentes, aos seus amigos, do despojo tirado aos amalequitas. Talvez o Asã de Josué 15.42 (1 Sm 30.30).
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corazim
Hoje é Querazé, que fica a 4 km ao norte de Tel Hum (Cafarnaum) sobre o mar da Galiléia. As extensas ruínas abrangem as de uma sinagoga. Jesus Cristo operou sinais maravilhosos em Corazim, mas pela incredulidade dos seus habitantes denunciou a cidade (Mt 11.21 – Lc 10.13).
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corbã
Palavra hebraica que está no Evangelho de Marcos (7.11), mas que não vem no lugar paralelo de Mt 15.5, sendo a sua significação ‘oferta para o Senhor’. Freqüentemente ocorre o termo em Levítico (p. ex. 2.4) no sentido de oblação – literalmente, qualquer coisa levada a Deus como oferenda. Por esta causa tornou-se uma fórmula de dedicação a sagrados propósitos, e um mero pretexto para escapar a certas obrigações. A lei ‘honra a teu pai e a tua mãe’ compreendia o dever de sustentar os pais, se estes estivessem em necessidade – mas se a palavra Corbã era pronunciada sobre os necessários meios de auxílio, já estes não eram para os pais, pois isso era sacrossanto. Assim, a religião era posta contra a palavra de Deus pelos seus autorizados representantes, os escribas e os fariseus, que ‘dispensavam o indivíduo de fazer qualquer coisa em favor de seu pai ou de sua mãe’. É provável que o voto de dedicar alguma coisa ao serviço do templo fosse apenas uma formalidade (*veja Mt 23.16 a 22) – mas o que Jesus condena não é simplesmente a aparência de voto, mas o próprio voto. Desprezar os deveres de piedade filial em nome da religião é invalidar a palavra de Deus (*veja também Mt 5.23,24).
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corbán pêssach
Oferenda do Cordeiro Pascal ; era realizada durante a época do Templo Sagrado, sacrificado na véspera de Pêssach e ingerido na noite, no final do sêder.
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corça
Fêmea do cabrito selvagem
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corço
o corço da Escritura é a gazela -era permitido comer a sua carne, e ia à mesa do rei g)t 12.15,22 – 14.5 – 15.22 – 1 Rs 4.23). A gazela de Dorcas é muito comum na Palestina, especialmente no deserto da Judéia e na Arábia. Manadas de gazelas, em número de vinte a cinqüenta ou sessenta, vêem-se freqüentes vezes entre Berseba e Gaza. São elegantes, tímidas, belas, e mais velozes na carreira do que os mais ligeiros cavalos.
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corda
Era usada para segurar tendas, para levar animais, para atrelar bois, cavalos, etc. ao arado ou ao carro, para ligar as mãos dos presos, para armar os arcos das flechas, para formar o cordame de um navio, para medir o chão, para pescar, para fazer laços, para prender os toldos, para com um peso servir de sonda, para com um balde tirar água de um poço, para içar coisas pesadas (Êx 35.18 – Jz 15.13 – Et l.6 – Sl 118.27 – is 5.18 – Jr 38.6). Diversas espécies de cordas mais finas eram feitas de linho (is 19.9). Aquelas cordas, de que Jesus se serviu para manifestar a sua indignação, eram, provavelmente, feitas de vergas (Jo 2.15). Como a barraca de pano era como que uma imagem do corpo humano, as cordas que a seguravam ao chão representavam o princípio da vida (Ec 12.6). Afrouxar, sacudindo a corda, uma metáfora originada no modo de dirigir animais, significava libertar-se da autoridade (Sl 2.3). Como as cordas eram empregadas na medição das terras, a corda ou a linha tornava-se uma expressão de herança (Sl 16.6) – e ‘lançar o cordel’ (Mq 2.5) significava determinar a posse de uma propriedade. Pôr uma corda na cabeça em lugar de toucado era sinal de abjeta submissão (1 Rs 20.31).
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cordão
Um fio ou faixa em volta da base dos capitéis das colunas do templo (Jr 52.21) ou do tabernáculo e seu pátio (Êx 27.10 – 36.38).
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cordato
Prudente; que tem bom senso
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cordeiro
São diversas as palavras que no A.T. se traduzem por ‘cordeiro’. A mais livremente usada, especialmente em Levítico e Números, refere-se ao cordeiro macho. o cordeiro pascal tanto podia ser um cordeiro, como um cabrito (Êx 12.5), visto como a respectiva palavra hebraica se aplica aos dois animais. o cordeiro aparecia notavelmente entre os sacrifícios ordenados pela Lei. Era oferecido todos os dias (Êx 29.38 – Nm 28.3) – e designadamente no sábado (Nm 28.9 – cp com Ez 46.4,13 -) – na Páscoa (Êx 12.5), no Pentescoste (Lv 23.18), na Festa dos Tabernáculos (Nm 29.13), eem outras ocasiões. No N.T. há três palavras gregas traduzidas como ‘cordeiro’. o cordeiro aparece como símbolo de inocência e da impotência no Antigo e Novo Testamento (is 11.6 e 53.7 – cp com Lc 10.3, e At 8.32). (*veja Sacrifício, e Cordeiro de Deus.)
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cordeiro de deus
A frase ocorre somente duas vezes (Jo 1.29,36) e tem relação com is 53.7 (cp com At 8.32). As palavras foram usadas por João, quando se aproximava a Páscoa, sugerindo assim o sacrifício do cordeiro pascal (Êx 12.5 – cp com João 19.36 – e 1 Co 5.7 – e 1 Pe 1.19). Esta expressão ‘cordeiro de Deus’ dá a idéia não só da inocência de Jesus, mas também dos seus sofrimentos de substituição. Foi Ele o cordeiro designado para o sacrifício pelo próprio Deus (Gn 22.8). o epíteto de cordeiro aplica-se vinte e nove vezes a Jesus Cristo no Apocalipse, sendo a respectiva palavra grega somente encontrada no próprio Apocalipse e em Jo 21.15. É uma forma diminutiva da palavra usada em Lc 10.3. (*veja Expiação.)
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cordel
1) Linha, corda ou barbante de determinado comprimento, usado para medir. 2) Às vezes usado como símbolo do castigo completo e premeditado que Deus inflige a Judá e a outras nações (2Rs 21.13), mas também usado como símbolo de restauração (Zc 1.16).
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coré
l. Um coreíta (1 Cr 9.19 – 26.1). . Um levita, que estava encarregado das ofertas voluntárias que se entregavam na porta oriental do templo (2 Cr 31.14). 3. Em 1 Cr 26.19, ‘os filhos dos coreítas’ devem ser filhos de Coré. 4. Um coatita, que não estando satisfeito com a posição que tinha entre os filhos de Levi, e invejando a autoridade de seus primos, Moisés e Aarão, se revoltou contra estes juntamente com Datã, Abirão e om, e mais 250 dos principais levitas (Nm 16). Coré e os seus partidários pereceram por motivo de se ter aberto o chão que pisavam, saindo da terra línguas de fogo (*veja Judas 11).
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corêch
É um dos passos do sêder de Pêssach; a raiz amarga é mergulhada no charôsset e colocada entre dois pedaços de matsá.
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coreitas
os descendentes de Coré ou Corá, que tinham escapado da catástrofe, continuaram a fazer serviço no tabernáculo, como antes. Foram nomeados por Davi para o serviço do templo, sendo a sua missão guardar as portas e cantar louvores ao Senhor (1 Cr 9.19 a 31). Diversos salmos lhes são atribuídos pelo nome de Coré. Mas é duvidoso se os salmos foram compostos por eles, ou se a sua composição foi feita para serem cantados por eles. (*veja Hemã.)
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corintio
grego: estimo, adorno
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corintios (epistolas aos)
Como resultado dos trabalhos de Paulo e de Apolo foi formada em Corinto uma numerosa e florescente igreja – e doutrinadores eram ali colocados para instruir os convertidos, sendo regularmente observados os preceitos cristãos. Todavia, não muito depois, foi perturbada a paz desta igreja por certas pessoas que procuravam enxertar naquele ramo do Cristianismo os refinamentos da filosofia humana. Esses indivíduos tentaram depreciar o Apóstolo, descrevendo-o como pregador sem estilo e sem arte oratória, e pondo mesmo em dúvida a sua autoridade apostólica. Além disso, defendiam a vida licenciosa de cada um, sob pretexto de liberdade cristã. Destes ensinamentos resultaram divisões e irregularidade, não tardando que a igreja decaísse do seu primitivo estado de fé e amor. o estado dos cristãos de Corinto muito se assemelhava, de fato, ao daqueles que em todos os tempos abandonam os erros e baixezas do paganismo. Com efeito, a santidade da vida cristã trabalha dentro deles, mas duros conflitos surgem entre a verdade do novo caminho e os inveterados males. Era esta a situação da igreja de Corinto, que Paulo procurou melhorar nas duas epístolas que dirigiu aos coríntios. A primeira epístola foi escrita de Éfeso, não muito depois de ter S. Paulo saído de Corinto. A DATA em que foi escrita deve ter sido o ano 57. Embora esta epístola seja denominada a primeira aos Corintios, evidentemente outra a precedeu, que não chegou aos nossos dias, mas à qual se faz referência em 5.9. Essa primeira carta, ou se cruzou com alguma dos coríntios, ou estes, depois de recebida a de Paulo, lhe escreveram, pedindo os seus conselhos e instruções sobre alguns pontos (7.1). o fim da epístola foi corrigir os males que prevaleciam entre os cristãos de Corinto, e de que o Apóstolo fora informado por alguns dos seus membros (1.11 – 5.1 – 11.18). Causou-lhe tão grande cuidado aquele espírito de desordem, que ele deliberou mandar a Corinto o seu discípulo Timóteo (4.1l – At 19.22). os males que Paulo procurou corrigir eram os seguintes: divisão entre eles por espírito de partido – inclinação pela chamada filosofia – a imoralidade – os recursos aos tribunais gentílicos – a imodéstia feminina – o tornar a ceia do Senhor uma ocasião de jovialidades – o abuso do dom de línguas – e negar a Ressurreição de Jesus Cristo. os pontos acerca dos quais tinham sido pedidas instruções, eram: o casamento, a circuncisão e a escravidão – a comida de carnes oferecidas em sacrifício aos ídolos – e as coletas para os santos de Jerusalém. E, à medida que vai expondo a boa doutrina, não deixa de instruir os crentes sobre a aplicação dos mais altos princípios a todas a particularidades da vida pessoal ou da igreja. os tópicos especiais da primeira epístola são: o evangelho como sabedoria de Deus (1 a 3) – a supremacia do amor (13) – e a doutrina da ressurreição (15). Em nenhuma epístola do Apóstolo se manifesta o seu próprio caráter de um modo mais brilhante do que nesta. A afirmação da sua autoridade apostólica é belamente apresentada com humildade e piedosa desconfiança de si mesmo (2.3 – e 9.16, 27). Ele combina a fidelidade com a mais alta ternura (3.2 – 4.14 – 6.12), e quaisquer que sejam os seus dons, ele a todos prefere o amor (13.1). A segunda epístola. Paulo partiu de Éfeso não muito depois de ter escrito a primeira epístola, e foi para Trôade. Aqui ele esperava encontrar Tito (que havia mandado a Corinto), para informar-se do estado da igreja e do efeito produzido pela sua primeira carta. Mas não o achando aí, dirigiu-se para a Macedônia, onde a sua ansiedade foi aliviada com a chegada de Tito. Por este evangelista soube Paulo que as suas leais repreensões tinham despertado na alma dos cristãos de Corinto uma piedosa tristeza, levando-os a considerar proficuamente a boa disciplina da igreja. Mas, infelizmente, haviam-se manifestado sintomas de outra espécie. o partido, que tinha a orientação dos falsos mestres, estava ainda deprimindo a autoridade apostólica de Paulo e desvirtuando as suas intenções e conduta: faziam uso da primeira carta do Apóstolo para levantar novas acusações contra ele, pois afirmavam que não tinha cumprido a promessa de voltar a Corinto, e havia adotado uma maneira de escrever muito autoritária, não concordando esse procedimento com a forma desprezável da sua pessoa e do seu modo de falar. Em conseqüência disto escreveu o Apóstolo a segunda epístola com o fim de prosseguir na obra de reforma, firmar ainda mais a sua autoridade contra os falsos doutores, e preparar os coríntios para sua desejada visita, que havia de realizar-se quando tudo estivesse em ordem e preparadas as prometidas contribuições para os seus irmãos necessitados. Em nenhuma parte foi o próprio coração de Paulo mais sensivelmente posto a descoberto do que nesta epístola. A linguagem de recomendação, de amor e de reconhecimento acha-se confundida com palavras de censura, indignação e desgosto. o principal objetivo da epístola foi animar e tranqüilizar a parte mais sã dos membros da igreja, de defendê-los contra as tentativas dos falsos mestres para os desviarem do verdadeiro caminho evangélico. Paulo estabelece a sua autoridade apostólica e aduz, como credencial da sua missão, os seus trabalhos, sofrimentos, perigos e revelações divinas. Que esta epístola produziu, em geral, bom efeito, podemos inferi-lo da corrente de tranqüilidade que perpassa pela epistola aos Romanos, escrita de Corinto alguns meses depois, não tendo nós nenhuma informação em contrário. Para conhecimento de muitos pormenores da vida do Apóstolo, é esta epístola a nossa única fonte de informações.
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corinto
Famosa cidade grega, edificadasobre o istmo que liga o Peloponeso ao continente, gozando assim do benefício de dois portos, o de Cencréia ao oriente e o de Léquio ao ocidente. Recebe de uma parte as ricas mercadorias da Ásia, e da outra parte as da itália e de outros países ocidentais. Foi, em tempos muito antigos, um grande empório comercial, bem como terra de grande luxo e licenciosidade, sendo ali o culto prestado à deusa Vênus acompanhado de ritos vergonhosos. Em Corinto escreveu o Apóstolo Paulo a epístola aos Romanos, em que faz uma preciosa descrição dos vícios dos pagãos (Rm 1.21 a 32). A verdadeira Corinto grega já não existia quando o Apóstolo ali esteve, mas, sim, aquela cidade reedificada por Júlio César, e que foi a capital da província romana de Acaia. Paulo ali trabalhou na obra de evangelização, quando imperava Cláudio, pelo espaço de dezoito meses, no fim da sua segunda viagem missionária (At 18.1 a 18) – ali foram escritas as duas epístolas aos Tessalonicenses – aos seus trabalhos nesta cidade há referências em At 18.27 – 19.1 – 1 Co 3.6. Foi à igreja de Corinto, composta de gentios e judeus convertidos (At 18.4 a 8 – 2 Co 1.1,23), que Paulo dirigiu duas epístolas, uma de Éfeso e a outra da Macedônia. E ali voltou durante a sua terceira viagem missionária, permanecendo então na Grécia por três meses (At 20.3) – foi durante esse tempo que ele escreveu a epistola aos Romanos. Residência de Estéfanas (1 Co 1.16 – 16.15,17) – de Crispo (At 18.8 – 1 Co 1.14), de Gaio (Rm 16.23 – 1 Co 1.14), e de Erasto (Rm 16.23 – 2 Tm 4.20). Corinto não é hoje mais que uma simples vila, situadas no antigo sitio e com o mesmo nome, que muitas vezes é corrompido em Gorto. Ainda ali se observam algumas notáveis relíquias do seu primitivo esplendor, como as ruínas do Posidônio, ou Santuário de Netuno, o campo dos jogos ístmicos aonde Paulo foi buscar algumas das suas mais belas imagens, que se lêem nas epístolas aos Coríntios e em outras. Estas ruínas compreendem o estádio, onde se efetuaram as corridas pedestres (1 Co 9.24). Abundantes na praia são os pequenos pinheiros verdes, com que se faziam as coroas para os vitoriosos nos jogos (1 Co 9.25).
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cornélio
Centurião que fazia serviço em Cesaréia, e um dos mais antigos convertidos da religião pagã ao Cristianismo (At. 10). Cornélio e Simão Pedro tiveram visões celestiais que resultaram num encontro entre eles. ‘Vós bem sabeis’, disse Simão Pedro, ‘que é proibido a um judeu ajuntar-se ou mesmo aproximar-se a alguém de outra raça – mas Deus me demonstrou que a nenhum homem considerasse comum ou imundo.’ o apóstolo Pedro anunciou, então, o Evangelho a Cornélio que recebeu bem as doutrinas de Cristo, manifestando-se o Espírito Santo sobre aqueles que tinham ouvido a Palavra, isto é, sobre Cornélio, os seus parentes e os seus amigos (At 10.24,44). A importância dada a este acontecimento, pois que até a sua narração se acha repetida no cap. 11, mostra-nos que esse fato constitui uma época distinta na história da igreja. Embora Cornélio temesse a Deus e fosse muito afeiçoado ao Judaísmo (10.2), era, contudo, incircunciso (11.3), não sendo, por isso, prosélito. E desta maneira foi o seu batismo o primeiro passo importante na admissão dos gentios (11.18).
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coro
A maior das medidas para coisas secas, equivalente ao hômer, contendo perto de 220 litros (1 Rs 4.22 – Ez 45.14 – 2 Cr 2.10 – 27.5).
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coro = (ômer)
220 lts. (secos)
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coroa
As coroas são constantemente mencionadas na Sagrada Escritura, e representam várias palavras de significação diferente. No A.T. acham-se designadas: a coroa ou a orla de ouro em volta dos ornamentos do tabernáculo (Êx 25.11,24 e 30.3) – a coroa do sagrado ofício, que o sumo sacerdote punha na cabeça (Êx 29.6 – v. 28.36,37) – a usada pelo rei (2 Sm 1.10) – e, mais freqüentemente, o diadema real (2 Sm 12.30). Emprega-se, também, simbolicamente, tanto a coroa sagrada (Sl 89.39) como a real (Pv 12.4 e 16.31 e 17.6). No N.T. fala-se do diadema real no Ap 12.3 e 13.1 e 19.12. Em outros lugares há referências à coroa da vitória (1 Co 9.25 – 1 Pe 5.4 – etc.), ou à da alegria festiva.
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coroa de espinhos
Em Nosso Senhor Jesus Cristo foi posta, pelos soldados romanos, uma coroa de espinhos, para assim escarnecerem do ‘Rei dos Judeus’ (Mt 27.29 e textos paralelos). A planta de que se serviram pode ter sido a nabk da Arábia, que tem muitos espinhos, possuindo, ao mesmo tempo, ramos muito flexíveis, que facilmente se prestam a ser entrelaçados. o emprego da coroa de espinhos foi mais para escarnecer do que para torturar.
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corpórea
Relativo a corpo; material.
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corpóreo
Relativo a corpo; material.
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correia
Tira de couro com que se prendia a sandália ao pé. Constava de duas correias, passando uma delas entre o dedo grande do pé e o segundo, e a outra em volta do calcanhar e sobre o peito do pé. Desatar as correias era tarefa de um servo (Mc 1.7).
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correio
Pessoa encarregada de levar correspondência, despachos, etc. (2 Cr 30.6 – Et 3.13,15 – 8.10,14 – Jó 9.25 – Jr 51.31). o estabelecimento de correios regulares, com substituições de corredores a pé ou a cavalo, é geralmente atribuída aos persas. A rapidez com que as mensagens eram levadas ao seu destino é quase inacreditável. Para que não houvesse qualquer demora, estavam os postilhões autorizados a obrigar aqueles homens ou animais ao seu serviço a caminharem apressadamente. Acontecia, às vezes, serem as mensagens levadas de um sítio a outro pelas vozes de homens estacionados sobre as eminências dos montes.
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corroborar
Confirmar; comprovar; fortalecer
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corte
Entre os cananeus e povos vizinhos era corrente a prática de rapar a cabeça e mutilar o corpo, como meio de tornar propícios os espíritos dos mortos. A lei proibia aos israelitas imitar esses gentios com tais atos (Lv 19.28). os sacerdotes de Baal golpeavam-se com canivetes para aplacarem o seu deus (1 Rs 18.28). outro costume, também proibido, era o de praticarem a tatuagem com o fim de mostrarem a sua submissão a uma divindade. A isto se faz evidentemente alusão no livro de Ap 13.16. o rasgar a carne por motivo de haver morrido uma pessoa era considerado prova de afeição (Jr 16.6 – 41.5 e 48.31).
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cortejo
Comitiva pomposa; séquito.
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coruja, bufo
o grande bufo (ou coruja)da Palestina (Lv 11.17 – Dt 14.16 – is 34.15) é a águia bufo do Egito, e quase se limita esta espécie ao Egito e Palestina. É uma grande ave, que tem quase sessenta centímetros de comprimento, habitando nas ruínas e nas despovoadas regiões do deserto. Neste último caso faz o seu ninho em tocas. o pequeno bufo da Palestina é muito comum por aqueles sítios, sendo ave muito favorita dos árabes, diz o Sr. H. Chichester Hart (Animals of the Bible) – ‘é considerada como uma afortunada espécie, e amiga do homem… Nem as ruínas nem qualquer grande túmulo se encontram sem essa ave. Também sempre se vê em volta das povoações e nos lugares de oliveiras, e geralmente ao pôr do sol é quase certo ser ouvida a sua triste voz melodiosa, seja qual for o lugar onde o viajante fixa a sua tenda. Quando canta, curva-se de um modo extraordinariamente esquisito e grotesco – e sendo uma ave completamente dócil, consente que se faça um apurado estudo das suas divertidas maneiras’. o ‘pequeno bufo’ da Palestina (Lv 11.17 – Dt 14.16) está em estreita relação com o ‘pequeno bufo’ da Europa, mas é mais pequeno e de uma cor mais pálida (Sl 102.6 – is 34.15).
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corvo
É a primeira ave mencionada peloseu nome na Bíblia (Gn 8.7). os corvos, por determinação de Deus, levaram alimento ao profeta Elias, junto ao ribeiro de Querite (1 Rs 17.4,6). Em Pv 30.17 há uma referência àquele bem conhecido costume do corvo, que invariavelmente ataca primeiro os olhos dos animais pequenos ou doentes. o corvo é citado para explicar a providência de Deus com respeito às Suas criaturas, visto como ele vive em lugares solitários, onde o alimento é muito escasso, achando, contudo, sempre o seu sustento (Jó 38.41 – Sl 147.9 – Lc 12.24). As aves da espécie do corvo são abundantes na Palestina: em geral se alimentam de animais mortos, e por isso eram consideradas animais imundos, sendo a sua carne alimento proibido (Lv 11.15 – Dt 14.14).
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corvo marinho
o termo hebraico em Lv 11.17 e Dt 14.17 implica uma ave mergulhadora, que não parece ser o corvo marinho. É algum membro da família das andorinhas do mar.
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cós
Hoje chama-se Stâncio, uma pequenailha, afastada da costa da Cária, Ásia Menor, onde Paulo passou a noite, quando voltava da sua terceira viagem missionária (At 21.1) – foi célebre pelas suas fábricas de tecidos e pelos seus vinhos, bem como pelo seu templo consagrado ao deus Esculápio, anexa ao qual havia uma escola de Medicina, com um museu de Anatomia e Patologia.
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cosa
hebraico: espinho Lc 3.28
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cosão
hebraico: espinho Lc 3.28
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cosbi
hebraico: mentiroso, embusteiro, enganador
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coscorão
Bolo de farinha e ovos, frito em azeite e passado no açúcar.
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coscorões
Bolo de farinha e ovos fritos em azeite e passado no açúcar
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coser
Costurar
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cósmico (a)
Pertencente ou relativo ao cosmo, ao Universo.
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cotidiano
De todos os dias; diário.
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coudelaria
Haras; Fazenda ou sítio onde se criam e reproduzem cavalos, especialmente de corridas; coudelaria
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couraça
Uma veste de malha, que cobriao corpo pela frente e nas costas. Constava de duas partes, unidas nos lados (Jr 46.4 – 51.3). É aquilo a que se refere o Ap em 9.9. Armadura para proteger a parte superior do corpo (Jó 41.26).
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côvado
45 cm
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côvados
Unidade de medida em torno de 50 cm de cumprimento – distância do cotovelo até a ponta do dedo médio.
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covil
Abrigo de salteadores, de ladrões.
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coxear
Mancar; capengar
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coz
hebraico: espinho
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cozbi
mentirosa
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cozeba
Enganador. São chamados ‘homensde Cozeba’ uns certos descendentes de Selá, o filho de Judá (1 Cr 4.22).
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cozeram
Prepararam alimentos ao fogo
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cozinhar
Geralmente a carne não fazia parte da alimentação entre os judeus. Poucos animais eram mortos para esse fim, exceto em ocasiões de hospitalidade e de festividade. A goela do animal, fosse ela de cabrito, de cordeiro, ou de vitela, era cortada para que o sangue pudesse correr todo para fora (Lv 7.26). Depois de esfolado, estava pronto para se assar ou cozer. Quando se queria assar o animal, punha-se inteiro na assadeira (Êx 12.46), que era colocada sobre lume de lenha (is 44.16) ou metida num forno, que não era mais que um buraco cavado na terra, bem aquecido, tendo por cima uma tampa. Se era carne cozida o que se pretendia, nesse caso empregava-se o sistema comum de cozinhar, sendo o animal cortado em pedaços, que eram lançados num caldeirão cheio de água ou de leite (Êx 12.9 – 23.19). Em lume de lenha era, então, preparada esta comida – de quando em quando era removida a escuma que se formava à superfície, deitando-se no devido tempo sal e diversas especiarias. A carne e o caldo eram servidos separadamente (Jz 6.19), usando-se o caldo com pão asmo – havia, também, molho de manteiga para nele se ensoparem bocados de pão (Gn 18.8). Comumente era servida uma sopa de vegetais (Gn 25.29 – 2 Rs 4.38). os utensílios necessários para cozinhar eram diversos, havendo duas ou mais panelas (Lv 11.35), um caldeirão (1 Sm 2.14), um garfo ou fateixa para pendurar carne, um grande vaso de metal aberto, semelhante a uma caldeira de cozer peixe, o qual servia, também, para lavagens ou para dele comer (Êx 16.3).
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creditada
Depositada, lançada.
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credo
Profissão de fé.
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cremilda
Aquela que combate com o capacete
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crepitar
Estalar
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crepúsculo
Luminosidade proveniente da iluminação das camadas superiores da atmosfera pelo sol, quando, embora escondido, está próximo do horizonte
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crescente
grego: que cresceu ou aumentado
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crestada
Queimar a superfície de leve; tostar
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crestamento
Queimar a superfície de leve; tostar
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crestar
Queimar levemente a superfície de; chamuscar, tostar
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creta
Uma das maiores ilhas do mar Mediterrâneo, igualmente distante da Europa, Ásia e África, mas sempre considerada como fazendo parte da Europa. Era habitada por considerável número de judeus, alguns dos quais estavam em Jerusalém no célebre dia de Pentencoste (At 2.11) – por esta ilha, do lado sul, passou Paulo na sua viagem para Roma (At 27.7 a 13,21) – e, provavelmente, foi pelo mesmo Apóstolo visitada depois da sua primeira prisão em Roma (Tt 1.5) – foi campo dos trabalhos de Tito, que ali recebeu a epístola de Paulo, na qual são descritos os seus habitantes como gente sem lei e imoral (Tt 1.10 a 13). o seu próprio poeta Epimênides (600 a.C.) é citado contra eles (Tt 1.12). Tito foi muito venerado em Creta durante a idade Média. o nome da ilha é hoje geralmente Cândia.
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cretense
os habitantes de Creta (Tt 1.12 e At 2.11).
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creusa
Princesa, rainha, dominadora
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creuza
Princesa, rainha, dominadora
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crime (culpa) de sangue
Veredicto por crimes merecedores de morte.
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crisopraso
grego: pedra de ouro
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crispo
de cabelo crespo
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cristal
No livro de Jó (28.17) declara-se que a sabedoria é mais preciosa do que o ouro e o cristal. Em Ez 1.22 quer-se, com esta palavra, significar o cristal de rocha. No Ap 4.6 e 22.1 a palavra tem o significado de gelo ou cristal.
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cristão
Esta palavra ocorre somente três vezes no Novo Testamento (At 11.26 – 26.28 – 1 Pe 4.16) – e todas estas referências sugerem que o nome era de origem e aplicação pagãs. Eram os cristianos donde se derivou cristão. A mesma formação se vê na palavra ‘herodianos’, que quer dizer partidários de Herodes. Nos Atos e Espístolas, todos aqueles que abraçavam as doutrinas de Jesus Cristo se chamavam a si mesmo discípulos, irmãos, santos, etc. o honroso título que prevaleceu nas igrejas desde o segundo século, tendo o sentido de uma particular afeição e devoção para com a santa pessoa de Jesus, parece ter tido a sua origem numa alcunha pagã. ‘Em Antioquia foram os discípulos pela primeira vez chamados cristãos’ (At 11.26). Em concordância com este uso gentílico está o governador romano, Festo, que afasta a idéia de tornar-se cristão (At 26.28). E S. Pedro diz que ser alguém acusado de cristão nos tribunais romanos não é motivo para um crente envergonhar-se mas para dar glória a Deus (1 Pe 4.16). Tácito, escrevendo pelo ano 116 (d. C). acerca da perseguição movida pelo imperador Nero (64 a 68), diz que tinham sido infligidos grandes castigos àqueles ‘a quem a populaça chamava cristãos’. o escritor Claúdio também se refere aos que seguiam um certo Cresto, que era um nome de uso comum com a significação de amável. Desta particularidade sobre o sentido da palavra se aproveitaram os apologistas cristãos do segundo século, acentuando esse caráter de gentileza, de amabilidade, completamente vazio de ofensa, em resposta a serem acusados de malfeitores os discípulos de Jesus Cristo.
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cristian
Seguidor de Cristo
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cristiana
Seguidora de Cristo
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cristiane
Seguidora de Cristo
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cristiani
Seguidora de Cristo
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cristina
Seguidora de Cristo
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cristo
Ungido , (hebraico) – Messias.
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cristovao
Portador de Cristo
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crivo
Peneira de arame
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crocodilo
o crocodilo de Jó 41.1 a 34 é o que se encontra no Nilo do alto Egito, e ainda existe no Zerka ou rio do Crocodilo, que nasce perto de Samaria, e corre pela planície de Sarom. o crocodilo ataca principalmente o peixe, que ele persegue com a velocidade do raio, mas também às vezes se alimenta de qualquer anima! que pode apanhar. o crocodilo era animal sagrado entre os egípcios. No Sl 104.25,26, não se faz referência ao crocodilo, mas algum monstro da espécie da baleia – porquanto não há crocodilos no Mediterrâneo, o ‘mar vasto, imenso’ da passagem. Em Jó 3.8 parece haver uma alusão ao dragão mitológico, que devora o Sol, quando há eclipse. No Sl 74.14 e em is 27.1 usa-se o termo metaforicamente a respeito do Egito.
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crônica
Narração de fatos históricos segundo o cronista
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crônicas
o título do primeiro e segundo livro de Crônicas foi dado por Jerônimo. os dois livros eram, primitivamente, um só livro, que se chamava ‘Palavras dos Dias’, isto é, judeus incluídos nos Quetubins, ou Hagiógrafos. Na versão dos LXX são conhecidos pelo nome de omissões (Paralipômenos), sendo considerados como suplementos. Segundo a tradição judaica, foi Esdras o autor das Crônicas, devendo observar-se que a conclusão do segundo livro é igual ao começo do livro de Esdras – e assim se acham reunidos estes livros, que com o de Neemias formavam a princípio um todo completo. São também semelhantes estes livros, considerando seu ponto de vista histórico e o método seguido na escolha de elementos. Não se pode determinar a DATA em que foram escritos. Se foi Esdras o seu principal autor, houve, provavelmente, um acréscimo feito por outro escritor. Que as ‘Crônicas’ são uma compilação de primitivas fontes, que por certo foram obra dos profetas, evidentemente se deduz dos próprios livros. Estes documentos parecem algumas vezes ser citados literalmente (*veja 2 Cr õ.8 e 8.8). Além disso, muitas passagens são idênticas, ou quase idênticas, a outras dos livros dos Reis, o que revela que tanto umas como outras foram tiradas dos mesmos anais. os documentos a que se faz referência são os seguintes: 1. o livro dos Reis de Judá e de israel, 2 Cr 16.11 – 25.26 – 28.26. Que na citação deste livro não se compreendem os livros canônicos dos Reis é evidente pelas alusões feitas a acontecimentos, que nestes não se acham registrados. 2. A História de Samuel, o vidente (1 Cr 29.29). . A História de Natã, o profeta (1 Cr 29.29). 4. A História de Gade, o vidente (1 Cr 29.29). 5. A profecia de Aías, o silonita (2 Cr 9.29). 6. A visão de ido, o vidente (2 Cr 9.29). 7. As Histórias de Semaías, o profeta, e de ido, o vidente (2 Cr 12.15). 8. A História de Jeú, o filho de Hanani (2 Cr 20.34). 9. o Comentário ao Livro dos Reis (2 Cr 24.27). 10. os Atos de Uzias, por isaías o filho de Amóz (2 Cr 26.22). 11. A Visão de isaías, o profeta, filho de Amóz (2 Cr 32.32). 12. A História escrita por Hosai (2 Cr 33.19). As matérias dos livros podem ser expostas da seguinte maneira: l. o primeiro livro das Crônicas acha-se naturalmente dividido em duas partes: i Parte. Contém as genealogias, com resumidas narrações históricas, mostrando a descendência do povo de israel desde Adão até ao tempo de Esdras. As genealogias desde Adão até Jacó (1.1-2.2). os descendentes de Judá, e suas residências (2.3 a 55) – a família de Davi (3). outros descendentes de Judá e também de Simeão, Rúben e Gade, e da meia tribo de Manassés, com a sua colonização – e noticias históricas (4 e 5). Genealogias dos levitas e sacerdotes (6). os descendentes de issacar, Benjamim, Naftali, da outra meia tribo de Manassés, de Efraim e de Aser, com algumas das suas possessões – e notícias históricas (7). A genealogia de Benjamim até ao tempo de Saul – os descendentes de Saul (8). Lista das famílias que habitaram em Jerusalém (9.1 a 34). Linhagem de Saul, repetida (9.34 a 44). ii Parte. A segunda parte trata, principalmente, do reinado de Davi, e compreende: a morte de Saul e de Jônatas (10) – a subida de Davi ao trono, e a tomada de Jerusalém – os seus homens valentes (11 e 12) – a mudança da arca para a casa de obede-Edom (13) – o palácio de Davi, os filhos deste rei e as suas vitórias (14) – a arca é levada da casa de obede-Edom para Jerusalém, e os necessários preparativos para o culto divino (15 e 16) – o desejo que Davi tem de edificar um templo, e a mensagem que Deus lhe manda por meio de Natã (17) – diversas vitórias alcançadas sobre os filisteus, os moabitas, os edomitas, os sírios, e os amonitas (18 a 20) – a numeração do povo, a peste que se seguiu a esse fato, e a extinção da epidemia (21) – os preparativos de Davi para o templo (22) – número de distribuição dos levitas e sacerdotes (23 e 24) – os cantores e os músicos (25) – funções dos porteiros, guardas do tesouro, oficiais e juizes (26) – a ordem do exército – os príncipes e os oficiais g7) – as últimas exortações de Davi – as ofertas dos príncipes e do povo para o templo – ação de graças e preces de Davi – e o princípio do reinado de Salomão (28 e 29). o segundo livro das Crônicas pode, também, dividir-se em duas partes: i Parte. Trata da história do povo de israel sob o governo de Salomão e compreende: os sacrifícios de Salomão em Gibeom, a sua oração, e a sua escolha de sabedoria – suas riquezas e poder (1) – a edificação, aprestos e ornamentos do templo (2 a 5) – a oração de Salomão na dedicação do templo e a resposta de Deus (6 e 7) – as edificações de Salomão, os oficiais, e o comércio (8) – a visita da rainha de Sabá – riquezas e grandezas de Salomão (9). ii Parte. Compreende esta parte a história do reino de Judá, depois da separação das dez tribos – narra, também, a elevação de Roboão ao trono e a revolta das dez tribos (10) – o governo de Roboão e êxito – a sua degeneração, e a invasão do rei do Egito (11 e 12) – reinado de Abias e de Asa (13,14,15,16) – o bom reinado de Josafá (17 a 20) – maus reinados de Jeorão e de Acazias, e a usurpação de Atalia (21 e 22) – reinado de Joás (23 e 24) – de Amazias, de Uzias, de Jotão e de Acaz (25 a 28) – o bom reinado de Ezequias e as reformas – Jerusalém é ameaçada por Senaqueribe, é libertada por Deus (29 a 32) – a maldade de Manassés, o seu cativeiro, e o seu arrependimento – e o mau reinado de Amom (33) – o bom reinado de Josias, e o seu zelo reformador (34 e 35) – reinados de Jeoacaz, de Jeoaquim e de Joaquim, pai e filho, e de Zedequias – destruição da cidade e do templo – cativeiro do povo (36.1 a 21) – e, finalmente, a proclamação de Ciro, permitindo a volta dos judeus (36. 22,23).
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cronista
Pessoa que escreve crônica
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cronograma
Representação gráfica da previsão da execução de um trabalho, na qual se indicam os prazos em que se deverão executar as suas diversas fases.
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cronologia
os hebreus não tinham divisão do tempo em frações da hora. A noite estava dividida em três vigílias. Mas no N.T. acham-se mencionadas quatro (Mc 6.48 e 13.35), originando-se a idéia, provavelmente, dos romanos. A semana era um período de sete dias, que terminava no sábado. os dias da semana, a não ser sábado, parece não terem tido nome especial. o dia correspondente à sexta-feira, porém, era designado ‘dia da preparação’, isto é, a preparação para o sábado. os meses eram rigorosamente lunares, constando de 354 dias o ano de 12 meses – mas durante o exílio, e depois dele, um mês intercalar foi acrescentado, o “veadar”, com o fim de completar com os onze dias de excesso o ano solar de 365 dias. o dia da lua nova era guardado como de festa sagrada. o primeiro mês é chamado abibe ou nisã, ‘o mês das espigas de trigo’, era o tempo em que estas estavam tão crescidas que no décimo-sexto dia, o segundo dia da Festa dos Pães Asmos, podiam ser oferecidas já maduras. isto fixa o princípio do ano nos meados de março. Acredita-se que o ano patriarcal fosse de 360 dias. Nas passagens históricas, desde o fato do Êxodo até ao tempo do cativeiro, o ano é lunar, constando de 354 dias. Era o princípio do ano, o primeiro dia do sétimo mês, em que havia uma especial santificação acima da santificação da ordinária lua nova. os antigos hebreus não dividiam o ano em estações certas: achamos menção do verão e do inverno, e também das estações em relação com a agricultura, como a da sementeira e a da ceifa. o ano sabático ocorria de sete em sete anos, como o sábado ocorria de sete em sete dias. Durante esse ano não se cultivava a terra. Havia, também, remissão temporária ou absoluta das dívidas. o ano sabático começava no sétimo mês. Passados sete anos sabáticos, ou o espaço de quarenta e nove anos, guardava-se o qüinquagésimo, que era o ano do jubileu. o jubileu chamava-se ‘o ano da trombeta’, porque o inicio do ano era anunciado ao som da trombeta no dia da expiação. Era um ano privilegiado, visto como nessa ocasião as dívidas eram perdoadas, as terras voltavam aos seus primitivos possuidores, e os escravos ficavam livres. Cronologia do Antigo Testamento. Antes do estabelecimento do reino, a cronologia é matéria de debate. 1. Período da História dos Reis. Para este período encontra-se a principal fonte de informações nas listas que a Escritura apresenta dos reis de israel e de Judá, estabelecendo-se a comparação com os anais dos impérios confinantes. As dificuldades do cômputo aparecem primeiramente pelo fato de que as duas séries de reinados diferem na totalidade dos anos – e, na verdade, os reinados de Judá, desde a morte de Salomão até à queda de Samaria, abrangem, segundo parece, o espaço de 259 anos, ao passo que os de israel, durante o mesmo período, não contam mais do que 241 anos. Diferentes interpretações se têm adotado para a explicação desta divergência: pensam uns que não foram registrados os intervalos de anarquia em israel – outros fazem ver que em Judá houve exemplos da associada soberania, de forma que os mesmos anos foram contados ao pai e ao filho. A segunda fonte de dificuldades ocasionais está no ajustamento dos anais das outras nações com a cronologia bíblica. Todavia, a despeito de aparentes discrepâncias, os resultados notavelmente confirmam e esclarecem o que se diz na Bíblia. os sincronismos da última parte deste período com conhecidas datas da história profana já tornam possível a indicação precisa do ano antes de Jesus Cristo. Dum modo especial deve notar-se aqui que certas particularidades sobre a maneira de contar são causa de dificuldades circunstanciais. a) Historiadores judeus, por exemplo, falam de certo reinado que, compreendendo um ano e parte de dois, é por eles considerado como sendo de três anos. ora, tanto podem ser dois anos e dez meses como um ano e dois meses. b) Algumas vezes eles fixam o principal número, omitindo o mais pequeno, como em Jz 20.35 (Vide *veja 46). c) Como acontecia freqüentes vezes, nas antigas monarquias, governarem os pais juntamente com os filhos, o tempo do reinado de cada um inclui, algumas vezes, o reinado do outro, e outras vezes o exclui. Diz-se, por exemplo, que Jotão reinou dezesseis anos (2 Rs 15.33) – todavia, no *veja 30 faz-se menção do seu vigésimo ano. Parece que, durante quatro anos, ele reinou com Uzias, que era leproso. Compare-se 2 Rs 13.1 a 10 e 24.8 com 2 Cr 36.9. De modo semelhante se pode explicar Dn 1.1 e Jr 25.1: Nabucodonosor era rei juntamente com seu pai quando Jerusalém foi cercada. d) Acontece também, não poucas vezes, que se adotam diferentes modos de contar com referência aos mesmos acontecimentos (*veja Gn 15.13 e Gl 3.17). Moisés fala de 400 anos desde o nascimento de isaque até ao Êxodo, ao passo que S. Paulo menciona 430 desde a vocação de Abraão até que a Lei foi dada no monte Sinai, fato este que ocorreu três meses depois do Êxodo. 2. Do Cativeiro ao Advento. o segundo período, compreendendo o tempo dos últimos profetas e encerramento do Cânon do Antigo Testamento e o intervalo antes do Advento, está definitivamente determinado pelos anais das várias nações. Acerca desta parte da cronologia não há, positivamente, dúvida alguma (*veja israel). Eras cronológicas. Deve-se acrescentar que, tendo em vista os sincronismos com a história profana no primeiro e segundo períodos, temos certas eras determinadas nos ‘Cânones’ seguintes: 1) Cânon Assiríaco Epônimo. Quatro anais diferentes foram descobertos, concordando entre si substancialmente, sendo as faltas de qualquer deles supridas pelos outros. os anos são contados pelos nomes dos dignitários anualmente nomeados, desde 893 até 669 antes de Jesus Cristo. A DATA conhecida de um eclipse total do Sol mencionado nestes anais (15 de junho, 763 a.C.) dá a chave do resto. 2) Em Babilônica de Nabonassar: 747 a.C. Nabonassar foi um rei de Babilônia, de quem nada mais se sabe do que o ter início no seu reinado o celebrado Cânon de Ptolomeu (um astrônomo egípcio do ii século da Era Cristã), o qual se prolonga desde 747 a.C. até 137 d.C. 3) As olimpíadas, ou períodos de quatro anos, que eram contados pelos gregos
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cronometrar
Registrar de modo preciso, com o cronômetro, a duração de.
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crucial
Muito importante.
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crucificação
Método de execução usado pelos romanos no tempo do Novo Testamento. A pessoa a ser crucificada era pregada normalmente em dois travessões de madeira formando uma cruz. Um prego atravessava os dois pés e dois outros atravessavam cada pulso. Alguns criminosos condenados por crimes sérios eram crucificados.
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crucifixão
A Crucifixão era uma forma de pena oriental que foi introduzida no Ocidente pelos persas. Foi pouco usada pelos gregos, mas muito utilizada pelos cartagineses e romanos.
Na literatura romana, a crucifixão é descrita como punição cruel e temida, não sendo aplicada aos cidadãos romanos, mas apenas aos escravos e aos não-romanos que houvessem cometido crimes atrozes, como assassinato, furto grave, traição e rebelião. Seguindo a forma romana de crucifixão Jesus provavelmente carregou somente a parte transversal da cruz, pois a parte vertical era deixada no local da execução à espera do condenado. Os braços eram inicialmente amarrados e somente ao chegar no local eram pregados ao madeiro. Acontecia o mesmo procedimento com as pernas e pés.
A vítima era suspensa pouco mais de um metro do chão para que as pessoas pudessem dar de beber uma mistura de água e fel ou vinagre para ser mantida o tempo inteiro consciente , sem haver possibilidade de desmaios (Mt 27,48). Os romanos crucificavam os criminosos inteiramente nus e não há motivo para se pensar que tenha sido feita alguma exceção para Jesus. As vestes do crucificado eram entregues aos soldados para serem divididas. As vestes de Jesus não foram divididas mas sorteadas pois era de tecido fino e sem costuras. Tal indumentária e feitio não poderiam ser destruídas, por isso preferiu-se lançar sorte. (Mt 27,35ss).
Uma inscrição com o nome do criminoso e a natureza do seu crime era feita sobre uma tabuinha, que o condenado levava pendurado no pescoço até o local da execução; essa tabuinha foi afixada acima da cabeça de Jesus na cruz. Por ironia de Pilatos, a inscrição de Jesus não indicava um crime, mas registrava simplesmente a expressão “rei dos judeus” (Mt 27,37). A inscrição era feita em três línguas: aramaico, o dialeto local; o grego, a língua do mundo romano e o latim, a língua oficial da administração romana.
A morte de Jesus foi muito rápida. Ele ficou suspenso à cruz algumas horas. Geralmente a morte dos condenados à cruz se dava depois de alguns dias após pregado. Este foi o caso dos dois ladrões que ladeavam Jesus: foram- lhe quebradas as pernas para que o fim fosse apressado pois a Páscoa judaica se aproximava (Jo 19,32ss).
No Novo Testamento, o simbolismo teológico da cruz só aparece em uma afirmação do próprio Senhor e nos escritos de São Paulo. Jesus disse que aqueles que o seguem devem tomar a sua própria cruz, perdendo assim a vida, para depois conquista-la (Mt 10,38). Não se trata apenas de alusão à sua própria morte, mas também da afirmação de que seu seguimento exige a negação de si mesmo ( Mc 8,34), o total desprezo pela própria vida, pelo bem-estar, pelas posses pessoais, a tudo aquilo a que se deve renunciar para seguir Jesus.
Paulo pregava o Cristo crucificado, embora isto fosse escândalo pra os hebreus e loucura para os gentios (1Cor 1,23). A linguagem da cruz é absurda para aqueles que, sem ela, se perdem; entretanto é poder de Deus para aqueles que se salvam (1Cor 1, 18)
Ao encerrarmos a Festa da Santa Cruz, depois de refletirmos sobre este tema de maneira mais minuciosa, cabe-nos dar à cruz seu devido valor. O sofrimento nos dá a possibilidade da redenção. Reclamar dele nos atesta que ainda precisamos crescer espiritualmente.
Bibliografia: Mckenzie, John L, Dicionário Bíblico,
Ed Paulinas, 1983 -
cruz
A crucificação era um método romano de execução, primeiramente reservado a escravos. Neste ato se combinavam os elementos de vergonha e tortura, e por isso este processo de justiçar os réus era olhado com o mais profundo horror. o castigo da crucificação começava com a flagelação, depois de o criminoso ter sido despojado dos seus vestidos. No azorrague muitas vezes os soldados fixavam pregos, pedaços de osso, e coisas semelhantes, podendo a tortura do açoitamento ser tão forte que às vezes o flagelado morria em conseqüência dos açoites. Geralmente a flagelação era efetuada estando o réu preso a uma coluna. No caso de Jesus, parece ter sido esse castigo infligido de modo brando, antes da sentença, com o fim de provocar a compaixão e conseguir isenção do novo atormentamento (Lc 23.22 – e Jo 19.1). Colocava-se, em geral, uma inscrição por cima da cabeça da pessoa (Mt 27.37 – Mc 15.26 – Lc 23.38 – Jo 19.19), em poucas palavras, exprimindo o seu crime. o criminoso levava a sua cruz ao lugar da execução. Jesus Cristo foi pregado na cruz, mas algumas vezes o paciente era apenas atado a esse instrumento de suplício, sendo certo que este último processo era considerado o mais penoso, visto como a agonia do criminoso era extraordinariamente prolongada. Entre os judeus, algumas vezes o corpo de um criminoso era dependurado numa árvore – mas não podia ficar ali durante a noite, porque era ‘maldito de Deus’, e contaminaria a terra (Dt 21.22, 23). Paulo aplica esta passagem a Jesus na sua epístola aos Gl 3.13, e dela podem achar-se ecos em At. 5.30 e 10.39 etc.
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cuasias
o mesmo que Quisi; hebraico: dom de Deus
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cube
hebraico: frutífero
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cuche
hebraico: preto
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cum
cidade de Haderezer rei da Síria, significado ignorado; talvez signifique comando
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cumprir
ocorre freqüentes vezes no N.T a frase ‘para se cumprir’, ou ‘para que se cumprisse’ (Mt 2.15, 17,23 – 8.17 – 12.17). isto geralmente não quer dizer que aquelas pessoas que tomavam parte no acontecimento soubessem que estavam cumprindo uma profecia. o sentido, na maioria dos casos, deve ser, na realidade, o seguinte: ‘neste acontecimento se verificou o que foi dito pelo profeta…’.
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currículo
Conjunto de dados concernentes ao estado civil, ao preparo profissional e às atividades anteriores de quem se candidata a um emprego.
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cus
hebraico: trevas queimadura
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cusa
hebraico: malicioso
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cusã – risataim
o mais malicioso
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cusa-resataim
hebraico: duplamente malicioso
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cusaias
arco do Senhor
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cuse
hebraico: preto
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cusi
escuro, preto
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custódia
Guarda; proteção; lugar onde se conserva alguém detido
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cuta
hebraico: preto
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cutelo
Instrumento cortante, semicircular de ferro
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cuxe
hebraico: preto
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cuza
Era o procurador de Herodes Antipas, sendo Joana, sua mulher, uma das crentes que acompanhavam Jesus e os Seus discípulos (Lc 8.3). Ela foi também das que muito cedo se dirigiram ao sepulcro naquela manhã da ressurreição (Lc 24.10).
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cynthia
Um dos nomes da deusa Diana ou Artêmis
D
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dã
fazer justiça
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dã-jaã
Lugar situado ao noroeste do reino de Davi, e que foi visitado por Joabe para a numeração do povo (2 Sm 24.6). Talvez possa ser identificado com Damã, cujas ruínas se vêem seis quilômetros ao norte de Aczibe.
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da-jaja
hebraico: juiz de bosque
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daberate
pastagens
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dabesete
corcova de camelo
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dabir
hebraico: um oráculo
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dabri
hebraico: promessa, eloquente
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dacio
Referente a uma antiga região ao norte do Rio Danúbio
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dada
hebraico: inclinado
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dádiva
boas coisas
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dafne
grego: louro
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dagmar
Dia de glória
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dagoberto
Brilhante como o dia
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dagom
o deus nacional dos filisteus. Havia templos consagrados ao deus Dagom em Gaza e Asdode (Jz 16.21 a 30 – 1 Sm 5.5,6 – 1 Cr 10.10). Dagom era deus da agricultura. Procede desta circunstância o fato de serem mandados pelos filisteus ao Deus de israel cinco ratinhos de ouro, semelhantes aos do campo, como sacrifício expiatório pelo pecado – o rato do campo simbolizava, talvez, aquele Deus que tinha castigado os adoradores de Dagom. Há, provavelmente, alguma conexão no fato de que a praga era, na sua origem, uma doença de rato.
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dahi
hebraico: promessa eloqüente
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daimonion
deuses
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daise
Olho do dia, miniatura simbólica do sol
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daisy
Olho do dia, miniatura simbólica do sol
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dalaias
hebraico: Jeová planejou
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dálete
quarta letra do alfabeto hebraico
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dalfom
hebraico: esforçado
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dalila
Uma mulher de Soreque, na Filístia, amada por Sansão. Foi por instigação de Dalila que os filisteus puderam saber onde estava o segredo da força daquele afamado israelita (Jz 16.4 a 18). Ela recebeu, pela sua traição, a importância de 5500 peças de prata (700 libras).
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dalmácia
Região montanhosa na costa oriental do mar Adriático, fazendo parte da província romana do ilírico, para onde Tito foi mandado (2 Tm 4.10). o próprio apóstolo Paulo tinha pregado o Evangelho nas terras circunvizinhas (Rm 15.19). Não foi propriamente nome de uma província senão depois do ano 70 (d.C.)
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dalmanuta
hebraico: um balde, magreza
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dalmatia
grego: enganoso
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dalton
Aldeia do vale
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dâmaris
Bezerra. Mulher convertida em Atenas com as pregações de Paulo (At 17.34). Não parece ter sido uma senhora da nobreza ateniense, porque tal dama não teria estado no auditório de S. Paulo.
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dämaris
implorada pelo povo
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damasco
A mais importante e uma das mais antigas cidades da Síria, situada numa fértil planície, quase circular, com 48 km. de diâmetro – é banhada pelo Barada e o Awaj (Abana e Farfar). Dista de Jerusalém para o nordeste 218 km. Foi, por séculos, um centro comercial (Ez 27.18 e 47.16 a 18). Já era conhecida no tempo de Abraão, e foi terra natal do seu mordomo Eliezer (Gn 14.35 e 15.2). A não ser no curto período de tempo em que Damasco esteve sujeita a Davi e Salomão, era esta cidade a capital do reino independente da Síria, e com esta nação está a sua história estreitamente ligada. Foi conquistada a cidade de Damasco pelo rei Davi, sendo obrigada a pagar um certo tributo (2 Sm 8.5,6 – e 1 Cr 1S.5 a 7) – mas no tempo de Salomão foi retomada por um guerreiro de nome Rezom (1 Rs 11.23 a 25). Ben-Hadade i, rei da Síria, sendo subornado por Asa, rei de Judá, quebrou a sua aliança com Baasa, e invadiu o reino de israel (1 Rs 15.18 a 20 – 2 Cr 16.2 a 4), continuando a guerra com israelitas no tempo de onri (1 Ra 20.34). Ben-Hadade ii cercou Samaria, mas sem resultado, no tempo do rei Acabe – depois voltou, mas foi de novo posto em debandada, firmando, porém, uma aliança com Acabe (1 Rs 20.1 a 34). Três anos mais tarde foi a guerra renovada, tendo sido Acabe derrotado e morto (1 Rs 22.1,37). o general Naamã foi mandado de Damasco à Samaria para curar-se da lepra (2 Rs 5). Pela segunda vez foi cercada a cidade de Samaria por Ben-Hadade, mas em vão (2 Rs 6.24). Hazael foi visitado por Eliseu em Damasco, e designado como sucessor de Ben-Hadade (2 Rs 8.7 a 15). Este mesmo Hazael foi derrotado pelos assírios, mas alcançou vitória contra Jorão e Acazias (2 Rs 8.28,29). os sírios assolaram a terra de israel ao oriente do Jordão, no reinado de Jeú (2 Rs 10.32, 33 – e Am 1.3 a 5) – cercaram e tomaram Gate (2 Rs 12.17 e Am 6.2) – ameaçaram Jerusalém (2 Rs 12.18 – 2 Cr 24.23) – oprimiram israel no reinado de Jeoacaz (2 Rs 13.3 a 7,22). Ben-Hadade iii foi também um rei opressor – mas perdeu as cidades que Hazael tinha tomado (2 Rs 13.25), ficando Jeoás vitorioso conforme o vaticínio de Eliseu (2 Rs 13.14 a 19) – também Jeroboão atacou a cidade de Damasco (2 Rs 14.28). Rezim, juntamente com Peca, rei de israel, atacou Jerusalém não sendo bem sucedido, mas levou numerosos cativos e recuperou Elate (2 Rs 16.5,6 – 2 Cr 28.5 – e is 7.1 a 9). Tiglate-Pileser, rei da Assíria, instigado por Acaz, tomou Damasco, matou Rezim e transportou para Quir os habitantes desta cidade, como tinha sido predito por Amós – e assim terminou o reino de Damasco (2 Rs 16.9 a 12 – is 17.1 a 3 – Jr 49.23 a 27 – Am 1.5). Nos tempos do N.T. fazia Damasco parte do reino de Aretas, um árabe que conservava o seu poder, estando sujeito aos romanos (2 Co 11.32). Foi perto daquela cidade que se deu a conversão de S. Paulo (At 9). Damasco gozou de prosperidade comercial, quase sem interrupção, e ainda hoje é uma cidade que tem para cima de 100.000 habitantes. A planície produz nozes, romãs, figos, ameixas, damascos, limões, peras e maçãs – e nos arredores existem famosas vinhas. o trânsito por Damasco foi em todos os tempos mais lucrativo do que propriamente o seu comércio direto. As caravanas entre o Egito e a Síria, e entre Tiro e Assíria e o oriente passavam geralmente, todas elas por Damasco. (*veja Ben-Hadade e Hazael.)
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damiao
Domador
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damim
hebraico: fim do sangue (uvas)
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daná
terra baixa
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danaba
hebraico: ela pronunciou julgamento
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dança
As mulheres hebréias exprimiam por meio de dança os seus sentimentos – e quando os seus maridos ou pessoas amigas voltavam a suas casas, vindo de combater pela vida e pela pátria, saíam elas ao seu encontro com danças de triunfo (Êx 15.20 – Jz 11.34). os jovens são mencionados em Jr 31.13, como entrando em danças com pessoas idosas. Já se tem dito que a particularidade do procedimento de Davi quando ele ‘dançava com todas as suas forças diante do Senhor’ (2 Sm 6.14) tem esta explicação: a dança, segundo o costume, devia ter sido dirigida por Mical, que com as suas donzelas havia de ir receber os conquistadores. É certo, porém, que, entre as nações semíticas, as danças sagradas eram observadas tanto por homens como por mulheres. Mical considerava como coisa indigna e indecorosa para o rei de israel despojar-se das vestes do seu real ofício. No caso dos sacerdotes de Baal, trata-se, provavelmente, de uma dança aos saltos (1 Rs 18.26). Em Ct 6.10 ‘formidável como um exército com bandeiras’ pode significar uma dança de espada, efetuada pela noiva. A dança a que se faz referência em Sl 149.3 e 150.4, era feita ao som da gaita pastoril ou de qualquer outro instrumento de sopro. Em nenhum caso se apresentam os homens a dançar com mulheres. A dança que moças executavam era, freqüentes vezes, de uma maneira licenciosa, como provavelmente o foi no caso de Salomé (Mc 6.22).
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daniel
Deus é meu Juiz. 1. Segundo filho de Davi, que lhe nasceu em Hebrom, de Abigail, a carmelita (1 Cr 3.1). Mas em 2 Sm 3.3 o seu nome é Quileabe. 2. o profeta Daniel, de cuja vida pouco se sabe, a não ser o que pode ser colhido do livro que tem o seu nome. Ele não foi sacerdote, como Jeremias e Ezequiel – mas era como isaías, da tribo de Judá, e provavelmente membro da família real (1.3 a 6). Foi levado para Babilônia, quando ainda jovem (1.4) no terceiro ano de Jeoaquim (605 a.C.), oito anos antes da ida de Ezequiel. Quando chegou à Babilônia foi colocado na corte de Nabucodonosor – ali tornou-se conhecedor da ciência dos caldeus, alcançando uma sabedoria superior à deles. o primeiro acontecimento que tornou conhecido Daniel, e que lhe deu grande influência, foi o ter revelado e explicado o sonho de Nabucodonosor. Este fato ocorreu no segundo ano do exclusivo reinado daquele monarca, isto é, em 603. Depois disso foram os seus companheiros salvos de morrer na fornalha de fogo, em que tinham sido lançados por se terem recusado a prestar culto a uma imagem – e alguns anos mais tarde sucedeu o segundo sonho de Nabucodonosor. os acontecimentos registrados no cap. 5 do livro de Daniel, isto é, o banquete de Belsazar e as palavras escritas na parede parece terem ocorrido no ano 538 a. C., pelo fim do reinado de Nabonido, representado em Babilônia pelo seu filho Belsazar. Naquela noite foi assassinado o jovem príncipe (que tinha a denominação de ‘rei’) e mudada a dinastia. Daniel tinha sido elevado por Nabucodonosor a alta posição e poder: e ele ocupou lugar honroso, embora com interrupção, durante o governo da dinastia babilônia e da persa. No reinado de Dario foi aquele servo de Deus lançado numa cova de leões, pela sua fidelidade para com a religião de Moisés, mas viu-se miraculosamente salvo. Ele profetizou durante o cativeiro (1.21), sendo a sua última profecia revelada dois anos mais tarde, no terceiro ano do reinado de Ciro (10.1). Foi um modelo de fidelidade na religião do Senhor, mesmo numa terra estranha. Ezequiel menciona Daniel, e também Noé e Jó, como homens justos (14.14,20), e dotados de especial sabedoria (28.3). Se for este o mesmo Daniel, é muito notável ter sido posto um jovem contemporâneo na mesma classe de grandes homens da antigüidade. Jesus Cristo cita-o como profeta (Mt 24.15). 3. Um descendente de itamar, que voltou do exílio com Esdras (Ed 8.2), e selou o pacto traçado por Neemias (Ne 10.6).
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daniel (livro de)
Conteúdo. o livro acha-se dividido em duas partes: (i) histórica (1 a 6), e (ii) profética (7 a 12). Na primeira parte fala-se de Daniel na terceira pessoa – na segunda parte (à exceção de preliminares notícias, 7.1 a 10.1), é ele próprio o narrador. (i) Daniel e seus companheiros na corte de Nabucodonosor (1) – o sonho do rei com respeito à grande imagem, simbolizando quatro reinos (2) – a fornalha de fogo (3) – o sonho de Nabucodonosor em que foi vista uma grande árvore, sendo esta interpretada na sua destruição como figura da loucura do imperador (4) – o banquete de Belsazar (5) – Daniel na cova dos leões (6). (ii) Visão dos quatro grandes animais que subiam do mar – o seu juízo diante do ‘Ancião de dias’, e a entrega do reino a ‘um como o Filho do homem’ (7) – visão do carneiro com dois chifres, o qual foi ferido pelo bode, que tinha um chifre insigne entre os olhos – quebrado este chifre, dele saíram quatro outros chifres, e de um destes um chifre mui pequeno, que se tornou grande e perseguiu os santos (8) – a Daniel é dada a compreensão da profecia de Jeremias (Jr 25.12 e 29.10) quanto aos setenta anos das ‘idolatrias’ de Jerusalém (9) – Daniel, depois do jejum e do luto, teve ainda outras visões (10 a 12). A interpretação das visões tem sido assunto de viva controvérsia. o anjo Gabriel explica a visão do cap. 8, tornando-se a sua aplicação histórica um assunto simples. o império dos persas, estabelecido por Ciro, durou de 538 até ao ano 333 a.C., em que foi destruído por Alexandre Magno na batalha de issus. Da idade de trinta e dois anos (em 333) morreu este conquistador (o simbolizado chifre quebrado), que havia estabelecido domínio quase universal – e não tendo deixado herdeiro, foi o seu grande império repartido entre os seus generais. Depois de vinte anos de rivalidades e lutas, estabeleceram-se quatro reinos: Macedônia e Grécia, Trácia e Bitínia, Egito e Síria, sendo dada a parte oriental com a Babilônia a Seleuco. Por esta razão viveu a Judéia sob o governo dos reis selêucidas – destes, foi Antíoco Epifanes o nono (175 a 164 a. C.), que está na profecia figurada pelo ‘pequeno chifre’. As suas perseguições aos judeus resultaram numa revolta, chefiada por Judas Macabeu, e na reconsagração do templo (em 165), cerca de três anos depois da sua profanação. Antíoco morreu alguns meses mais tarde. Pode, então, deduzir-se que, como a clara predição do cap. 8 se acha repetida e desenvolvida na parte restante do livro, antecipa-se ele nas profecias do mesmo gênero, porém mais obscuras, dos caps. 7 e 2, e que os reinos da Média, Pérsia e Grécia estão também compreendidos nos quatro simbolizados pelos animais e pela imagem. Além disso, o primeiro dos quatro é o do próprio Nabucodonosor, isto é, Babilônia (2.38). Chegado a este ponto, dividem-se expositores. Serão a Média e a Pérsia um só império, fundado por Ciro, e simbolizado pelo carneiro de chifres mais compridos e mais curtos ? Se for assim, a Grécia é o terceiro, e o quarto naturalmente acha-se identificado com o império de Roma, tendo passado para os domínios romanos o império fundado por Alexandre Magno. Desta interpretação derivam diversas interpretações a respeito dos dez reinos (os dedos dos pés da imagem, cap. 2 e os chifres do quarto animal, cap. 7), em que havia de dividir-se o império romano. A pequena ponta do cap. 7.8, 20, 21,25 é, também muitas vezes, identificada com o papado. A interpretação do quarto reino está em estreita conexão com a controvérsia que diz respeito à DATA e autoria do livro. Se, em conformidade à invariável tradição dos judeus e da igreja cristã, o livro foi escrito por Daniel em Babilônia, então não somente é certa a historicidade dos caps. 1 a 6, mas também são maravilhosas as predições concernentes a Antíoco Epifanes, anunciadas quatro séculos antes do acontecimento. Em favor de tal DATA há várias razões: (1) a de ter o livro o seu lugar no Cânon. Ele foi recebido como Escritura Santa no tempo dos Macabeus (*veja 1 Mac 2.59,60) – e diz Flávio Josefo que as suas profecias foram apresentadas a Alexandre Magno na ocasião da sua chegada a Jerusalém. o livro está na versão dos Setenta do A.T., havendo começado essa tradução cerca do ano 280 a. C. (2) o testemunho de Jesus Cristo (Mt 24.15). (3) o testemunho da igreja cristã. Porfírio, um escritor pagão (233 a 302 d.C.) pela primeira vez atacou as qualidades proféticas de Daniel, e S. Jerônimo tratou das suas objeções. (4) os pormenores e colorido da narrativa nos impressionam de tal maneira que somos levados a julgar esse livro a obra de um contemporâneo. Todavia, o valor religioso do livro, a sua revelação do plano de Deus, a sua promessa da vinda de Cristo, e todas as lições morais e espirituais, que a igreja, em todos os tempos, tem recebido por meio das suas páginas, devem julgar-se independentes de qualquer conclusão sobre o tempo em que foi escrito e a respeito do seu autor.
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daniela
Meu juiz é Deus
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daniele
Meu juiz é Deus
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danielle
Meu juiz é Deus
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danilo
Meu juiz é Deus
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dante
Perene, duradouro, permanente
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danton
Aquele que está na vanguarda
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daphne
Loureiro
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dara
hebraico: pérola da Sabedoria ou coração de sabedoria
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darci
Nobre de Arcy
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darcom
espalhador
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darcy
Nobre de Arcy
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darda
perola de sabedoria
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dardo
’Dardos inflamados’ (Ef 6.16) são setas ou outras armas de arremesso, lançadas quando estão em fogo ou têm em si qualquer material combustível.
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darico
Moeda persa, de ouro que pesa 8,4 gramas
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dáricos
Moeda persa de ouro que pesava 8,4 gramas
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dario
Três reis deste nome são mencionados no Antigo Testamento: 1. Dario, o Medo, que sucedeu no governo da Babilônia ao rei Belsazar. Nessa ocasião tinha ele 62 anos de idade (Dn 5.31 e seg.). Foi ele quem escolheu Daniel para ser um dos três presidentes que foram colocados à frente de 120 sátrapas – e, depois do miraculoso livramento do próprio Daniel na cova dos leões, publicou um decreto ordenando reverência ao Deus de Daniel em todos os seus domínios. Acha-se, de ordinário, identificado com Gobrias, governador da Média, que operou como representante de Ciro na tomada de Babilônia. 2. Dario, o filho de Histaspes, que foi proclamado rei do vasto império da Pérsia no ano de 521 a. C. Foi um dos maiores generais da antigüidade. Ele conduziu os seus vitoriosos soldados para aquém dos Balcãs e muito ao longo da costa setentrional da África – e para o lado do oriente chegou até às planícies do indo. Tentou, também, conquistar a Grécia, mas a derrota dos persas foi espantosa na batalha de Maratona (490 a.C.), que foi uma das mais decisivas na história da Humanidade. Durante os trinta e seis anos do seu reinado ele firmou e estendeu o reino, fundado por Ciro. os judeus viveram em prosperidade durante o reinado de Dario, na boa vontade do qual continuou a restauração do templo até ao seu acabamento (Ed 6.15). 3. Dario, o Persa (Ne 12.22), provavelmente Codomano, o último rei da Pérsia, que foi aniquilado por Alexandre Magno em 330 a. C.
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darlene
Aquela que é muito querida
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datã
da fonte
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davi
o segundo e o mais ilustre dos reis de israel. Era filho de Jessé, bisneto de Rute, e nasceu em Belém, sendo o mais novo de uma família de dez. Davi, na sua mocidade, foi pastor, ocupação que nos países orientais era geralmente exercida pelos escravos, pelas mulheres, ou pelos íntimos da família. Apesar de tudo isto foi ungido por Samuel para ser rei de israel. Como era hábil tocador de harpa, foi chamado por Saul com o fim de suavizar a melancolia do infeliz monarca (1 Sm 16). o lugar do recontro de Davi com Golias foi Efes-Damim (1 Sm 17), que fica entre os montes da parte ocidental de Judá – e o ribeiro que corria entre dois exércitos era o Elá, ou ‘o Terebinto’, que hoje tem o nome de Wady Es-Sunt. A fama que Davi adquiriu pelo fato de ter vencido o gigante, se por um lado motivou o seu casamento com Mical, filha do rei, foi, também, causa de ter Saul maliciosos ciúmes do jovem guerreiro. Todavia, o rei nomeou Davi capitão da sua real guarda, posição somente inferior à de Abner, o general do exército, e à de Jônatas, o presuntivo herdeiro do trono. Davi e Jônatas vieram a ser dedicados amigos, mas a louca inveja e os maus intentos do rei arrastaram por fim Davi para o exílio. Ele foi ter primeiramente com o sacerdote Aimeleque, mas depois refugiou-se na corte de Aquis, o filisteu monarca de Gate, e dali pôde livrar-se, fingindo-se louco (1 Sm 19 a 21). Retirando-se de Gate, escondeu-se Davi na caverna de Adulão – e foi depois para uma fortaleza perto de En-Gedi – e mais tarde apareceu no bosque de Herete ao sul de Judá. Aqui se juntou a Davi um grupo de homens dedicados, que de boa vontade compartilhavam os seus perigos. É verdade que pertencer ao partido de Davi era uma situação perigosa, e isso se patenteou no assassinato de Aimeleque e dos sacerdotes que Doegue o idumeu, perpetrou por mandado de Saul (1 Sm 22). os amigos de Davi entraram na fortificada cidade de Queila, e esperava Saul apanhá-los ali de surpresa (1 Sm 23). Em contraste com a furiosa perseguição, movida contra Davi, manifesta-se a cavalheiresca atenção do fugitivo para com ‘o ungido do Senhor’, como se mostrou quando ele poupou a vida de Saul no deserto de En-Gedi (1 Sm 24), e no deserto de Zife (1 Sm 26). Foi para esta nobre disposição que Abigail apelou no caso do insensato Nabal (1 Sm 25). Por algum tempo achou Davi abrigo junto de Aquis, rei de Gate, e então Saul não o procurou mais (1 Sm 27.4). Na ausência de Davi, foi tomada Ziclague e incendiada pelos amalequitas – mas Davi perseguiu os invasores, derrotou-os, e assim pôde livrar do cativeiro muitas pessoas, entre as quais estavam as suas próprias mulheres (1 Sm 30). Depois da desastrosa batalha de Gilboa (1 Sm 31), proferiu Davi aquela tocante lamentação a respeito de Saul e Jônatas (2 Sm 1). Davi veio a ser, então, rei de Judá – foi ungido em Hebrom (2 Sm 2), e reinou ali por mais de sete Prolongada guerra houve entre a casa de Saul e a casa de Davi (2 Sm 3.1). Mas, depois do assassinato de is-Bosete, filho de Saul (2 Sm 4), ato que foi fortemente desaprovado por Davi, tornou-se ele rei de todo o povo de israel (2 Sm 5). Pensou, então, em conquistar uma fortaleza, a única que no centro daquela terra tinha resistido às forças do povo escolhido. Por meio de um repentino assalto foi tomada a cidade de Jebus, sendo daí para o futuro conhecida pelo seu antigo nome Jerusalém, e também pelo nome de Sião (2 Sm 5). Esta cidade foi grandemente fortificada, tornando-se a capital do reino. A arca foi transportada com grande solenidade de Quiriate-Jearim sendo construída uma nova tenda ou tabernáculo para recebê-la (2 Sm 6). A prosperidade continuou a bafejar as armas de Davi – mas no meio de tantos triunfos, quando o seu exército estava cercando Rabá, caiu ele nas profundezas do pecado, planejando a morte de Urias, depois de ter cometido adultério com Bate-Seba (2 Sm 11). Convencido da sua grave falta, arrependeu-se, implorando a misericórdia do Senhor, e foi perdoado – mas a parte restante da sua vida foi amargurada com questões de família. Absalão, seu filho muito amado, revoltou-se contra ele, e por algum tempo Davi teve de exilar-se – mas por fim morreu o ingrato e revoltado israelita, que tanto martirizou seu pai (2 Sm 15 a 18). o insensato procedimento do rei, na numeração do povo, enevoou ainda mais a vida de Davi (2 Sm 24). Finalmente, depois de ter Adonias pretendido o trono, abdicou Davi em favor de Salomão, confiando-lhe, além disso, a tarefa de edificar o templo, para o qual ele tinha reunido muitos materiais. E, depois das recomendações finais ao seu sucessor, descansou com seus pais, ‘e foi sepultado na cidade de Davi’ (1 Rs 1 e 2). A vida de Davi acha-se cheia de incidentes românticos e de contrastes surpreendentes. É, realmente, uma história humana, que manifesta tanto a fraqueza como a força de uma alma de extraordinária capacidade. o ter sido qualificado Davi como homem ‘segundo o coração de Deus’ (1 Sm 13.14 e At 13.22) não significa, de forma alguma, que Davi fosse homem perfeito, mas somente que ele era um agente escolhido do Senhor para os Seus profundos desígnios. os pecados de Davi foram causa de graves acontecimentos na sua vida, mas nele se via um homem que se humilhou a si mesmo em grande arrependimento na convicção de haver pecado (2 Sm 12). Sobre o caráter geral de Davi diz o deão Stanley o seguinte: ‘Tendo em vista a complexidade dos elementos que constituem o caráter de Davi, a paixão, a ternura, a generosidade, a altivez, as suas qualidades de soldado, pastor, poeta, estadista, sacerdote, profeta, rei – considerando ainda nesse homem extraordinário o amigo romântico, o guia cavalheiresco, o pai dedicado, não se encontra em todo o A.T. outra pessoa com a qual ele se possa comparar… É ele o tipo e a profecia de Jesus Cristo. Não se chama a Jesus o filho de Abraão, ou o filho de Jacó, ou o filho de Moisés, mas sim o ‘filho de Davi’.
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dayênu
Lit. “já teria bastado para nós”; refrão de uma canção entoada na Hagadá.
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dayse
Olho do dia
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debalde
Em vão; inútil
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debilidade
Qualidade ou estado de débil; falta de vigor ou energia (física ou psíquica); fraqueza.
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debir
Significação desconhecida: será relicário ? l. É hoje Edh-Dhaherayeh, uma cidade nas montanhas de Judá (Js 15.49), em outros tempos chamada Quiriate-Sefer (Js 15.15 – Jz 1.11). Está situada no cimo de uma comprida crista achatada, um território árido sem nascentes – mas conta hoje quatorze na distância de uns onze km para o norte. Cidade real de Anaquim, a qual foi tomada por otoniel (Js 10,11,12 e 15 – Jz 1.12,13), e concedida aos sacerdotes (Js 21.15 – 1 Cr 6.58). 2. Lugar na fronteira norte, de Judá, perto do vale de Acor (Js 15.7). 3. Um sítio perto da fronteira de Gade, no vale oriental do Jordão (Js 13.26). 4. Rei de Eglom, um dos cinco monarcas que Josué mandou enforcar (Js 10.3,23).
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deblaim
hebraico: bolos
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débora
Abelha. l. A ama de Rebeca (Gn 35.8 – cp. com 24.59). No oriente as amas eram pessoas importantes da família, e de grande consideração. Débora acompanhou Rebeca à terra do seu marido (Gn 24.59). 2. Uma profetisa que julgava a israel debaixo das palmeiras do monte Efraim (Jz 4.5) – era mulher de Lapidote. os seus dons proféticos lhe deram grande influência num tempo de desespero e confusão (Jz 4.6,14 – 5.7), sendo, realmente, uma verdadeira ‘mãe de israel’. Com as suas palavras despertou os filhos de israel para resistirem a Jabim, rei de Hazor, que havia oprimido o povo israelita pelo espaço de vinte anos. Com o auxilio de Baraque, organizou um exército de 10.000 homens, sendo completamente derrotadas as forças de Jabim, comandadas por Sísera. E depois disto houve paz em israel por quarenta anos (Jz 5.32). o seu glorioso cântico de triunfo se lê no mesmo cap. 5 – sendo uma das mais antigas e grandiosas poesias hebraicas, é, também, uma das mais admiráveis odes do seu gênero em toda a literatura. Com exceção de Atalia, não há outra mulher na história judaica que governasse o povo de israel.
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deborah
Abelha
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debruar
Guarnecer (Equipar; Prover do necessário) com debrum
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debrum
Tira que se costura dobrada sobre a orla (borda; rebordo) dum tecido
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decálogo
ou os Dez Mandamentos ou, segundo a expressão da Bíblia, “as Dez Palavras” (Êx 34,278; Dt 4,13; 10,4). Na Segunda Escritura aparecem em forma de conjunto já unitário no contexto da aliança entre Deus e seu povo no Sinai (cf. Êx 19-20), e, em outra palavra, no Código deuteronômico, incluído no 2º e longo discurso posto na boca de Moisés (cd. Dt 5,6-21).
O Decálogo é a expressão positiva das exigências da lei natural, olvidada pelo homem por causa de seu próprio descumprimento. Na cena com o jovem rico, Jesus recorda como o cumprimento dos mandamentos conduz à salvação (cf. Mt 19,17-19; Mc 10,19; Lc 18,18-20). São Paulo diz explicitamente o que resume todo o evangelho: que todos os mandamentos se condensam ou reduzem ao amor (cf. Rm 13,9).
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decápolis
Dez cidades. Trata-se de umaconfederação de cidades gregas, que se calcula terem sido dez, e que se estendiam por uma área que abrangia ambos os lados do Jordão, ao sul do mar da Galiléia e na direção do norte. Depois do ano 63 a.C. recebiam de Roma certos privilégios . Alguns doentes, que habitavam este território, foram curados por Jesus Cristo (Mt 4.25 – Mc 5.20 – 7.31). As dez cidades, segundo Plínio, eram Damasco, Filadélfia, Rafana, Citópolis (Bete-Seã), Gadara, Hipos, Diom, Pela, Gerasa e Canata. Nos tempos de Jesus Cristo continham estas cidades grandes populações, na sua maior parte gregas, vivendo em prosperidade: seis delas acham-se completamente arruinadas e desertas – três, Citópolis, Gadara e Canata, têm ainda algumas famílias, vivendo mais como brutos do que como seres humanos, por entre aquelas ruínas de palácios, que se desfazem em pó, e nos cavernosos retiros de antigos túmulos. Damasco, embora despojada de muito da sua antiga glória, é ainda uma cidade importante e populosa.
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decar
hebraico: filho
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decla
palmeira
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declínio
Ato de declinar, ou seja, desviar-se do rumo; afastar-se dum ponto ou direção.
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decomposição
Ato ou efeito de decompor-se; redução a elementos simples; alteração profunda; análise; desorganização.
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dedã
1. Filho de Raamá e neto de Cuxe (Gn 10.7). 2. Filho de Jocsã (Gn 25.3). os dedanitas, is 21.13, e os de Dedã, Ez 27.20, descendentes de um ou do outro tronco, eram uma tribo árabe – viviam como negociantes de caravana entre o oriente e o ocidente, e sua residência principal era perto de Edom (Ez 25.13). Há uma ilha chamada Dadã, perto do golfo Pérsico, cujo nome pode ter alguma conexão com a Dedã bíblica.
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dedicação (festa da) festainst
ra comemorar a purificação do templo e a reedificação do altar, depois que Judas Macabeu expulsou os sírios (164 a. C.). É apenas mencionada uma vez na Bíblia (Jo 10.22). Celebrava-se essa festa com muitos cânticos, e conduzindo ramos de árvores. Ainda hoje é observada pelos judeus (Hanucá), e costuma realizar-se pelos fins de dezembro.
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dedução
Ação de deduzir, o que resulta de um raciocínio lógico.
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defeito
Esta palavra é aplicada aos sacerdotes. isto quer dizer que os ministros da religião mosaica não deviam ter defeito físico, que fosse neles uma incapacidade para a sua missão sacerdotal. Esses defeitos acham-se especificados em Lv 21.18 a 20. Deste modo a perfeição física dos sacerdotes era uma representação do sacerdote perfeito, que é Cristo. Também a palavra defeito se emprega com relação aos sacrifícios: não devia haver neles defeito algum (Lv 22.20 a 24). isto se realizou em Cristo, o cordeiro imaculado e incontaminado (1 Pe 1.19), que se sacrificou pelos homens.
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deferência
Respeito; reverência.
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deficiente
Falto, falho, carente, incompleto.
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definhar
Enfraquecer-se pouco a pouco, extremar-se, mirrar-se; abater, decair, murchar, secar
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defraudar
Fraudar; engano propositado; logro; artifício para iludir; cilada
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dehi
hebraico: promessa eloqüente
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deidade
Divindade; qualidade de divino.
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deísmo
Teoria dos que crêem em Deus e na religião natural, mas rejeitam a revelação.
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delaias
a quem o Senhor fez livre
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delea
hebraico: campo de pepinos
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deleite
Prazer inteiro, pleno; delícia.
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delfon
hebraico: esforçado
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delfos
hebraico: esforçado
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deliberado
Resolvido
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deliberar
Resolver; examinar
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delinear
Traçar linhas gerais, esboçar.
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delito
Crime; falta
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delongas
Demora; adiamento
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delos
grego: visível
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demanada
Causa, litígio, pleito
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demanda
Processo; litígio; causa
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demandar
Pedir; necessitar; ir em busca
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demas
grego: uma abreviatura de Demétrio, popular
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deméter
a deusa terra-mãe
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demétrio
1. Fabricante de pequenas relíquias de Diana, em Éfeso, representando elas, provavelmente, a deusa colocada dentro de um nicho de prata. Era costume essas relíquias com a imagem de Diana serem trazidas pelas pessoas, ou postas nas casas, servindo de amuletos ou de sortilégios. Eram facilmente compradas pelos que visitavam o famoso templo. Demétrio foi causador de uma grande gritaria contra Paulo, quando este Apóstolo pregou o Evangelho em Éfeso – Demétrio pensava, com razão, que com essas doutrinas da religião cristã corria perigo o negócio de fazer representações da deusa (At 19.24). 2. Um convertido de quem São João faz o elogio, e que vivia em Éfeso, ou perto desta cidade (3 Jo 12).
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demonio
cabeludo, cabrito, bode
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demônio (possesso do)
A possessão demoníaca figura largamente nos Evangelhos e nos Atos. Três palavras representam o espírito do mal e a condição de estar a alma na sua sujeição: demônio, endemoninhado, endemoninhar. implicam a existência de seres que podem ter certo poder sobre seres humanos, ou que habitam mesmo nos animais (como aconteceu com os porcos gadarenos, Mt 8.32). A sua influência se manifestou por vezes na enfermidade física(como a mudez, Mt 9.32,33) – mas que as pessoas assim possessas não eram, em certas ocasiões, pessoas doentes, mostra-se por uma nítida diferenciação, como em Mt 10.8. Pela parábola do espírito imundo se vê que a influência demoníaca se manifestou, também, na degradação moral (Mt 12.43 a 45ì. os demônios se opõem ao reino da paz, e a sua sujeição constituía prova de que era vindo o reino de Deus (Lc 11.20). Reconheceram eles, também, em Jesus Cristo o Filho de Deus, como se vê em Mt 8.29, e sentiram a autoridade do Seu nome, quando era usada por outros (At 19.15). o querer apresentar a possessão demoníaca como uma simples doença física ou mental não pode sustentar-se em face dos pormenores que se colhem nos Evangelhos. Nem existe qualquer força probatória no argumento de que tal possessão já não existe. Tal afirmação não tem base firme.Fenômenos como os descritos nos Evangelhos têm sido observados no campo missionário.
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demônio / satanás
Diabo, Acusador, Adversário. Falso acusador, que calunia Deus perante o homem, e o homem perante Deus.
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demônio, satanás
Diabo, Acusador, Adversário. l. o falso acusador, que calunia Deus perante o homem, e o homem perante Deus. Em Gn 3.5 procura o demônio fazer crer que Deus é um dominador arbitrário e egoísta. Como acusador do homem, vide Jó caps. 1 e 2. Ele é descrito como ‘acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia, e de noite, diante do nosso Deus’ (Ap 12.10). Sobre a natureza e estado original de Satanás pouco se acha revelado nas Escrituras, mas insinua-se o seu poder sobre a alma. Na parábola do semeador (Mt 13.19), é ele apresentado como arrancando dos corações a boa semente – e na do trigo e joio é ele pintado como introdutor do mal no mundo. Paulo declara a Agripa que a sua missão era desviar os homens do poder de Satanás, levando-os para Deus (At 26.18) – e quando quer considerar os homens como separados da graça de Cristo, a sua frase é ‘entregue a Satanás’ (1 Co 5.5 e 1 Tm 1.20). E achamos a expressão ‘sinagoga de Satanás’ (Ap 2.9 – 3.9) – e também ‘coisas profundas de Satanás’ (Ap 2.24). Na epístola aos Hebreus fala-se da morte de Cristo, como tendente a destruir ‘aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo’ (Hb 2.14). As ‘ciladas’ (Ef 6.11),’os desígnios’ (2 Co 2.11), ‘o laço do diabo’ (1 Tm 3.7 e 6.9, 2 Tm 2.26), são expressões que indicam a natureza do poder do mal. os demônios que têm o poder de tentar as almas como que constituem um exército de que Satanás é chefe (Mt 12.24,26 – Lc 10.18 – At 10.38 – Ef 6.12). A Escritura descreve os pecados como ‘obras do demônio’, e atribui ao inimigo da luz o erro e o mal (2 Co 11.14,15 – 1 Ts 2.18 – Ap 2.10 – 20.10). Satanás é apresentado como tentador, superior a qualquer outro – os principais exemplos que a Escritura nos mostra acerca da sua atividade neste gênero, são as tentações de Eva e de nosso Senhor (*veja Satanás). 2. Ao demônio, como objeto de culto, ao qual eram oferecidos sacrifícios propiciatórios, há referências em Lv 17.7 – Dt 32.17 – 2 Cr 11.15 – Sl 106.37. (Cp. com Ap 9.20 – e *veja Sátiro.)
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demover
Afastar-se; deslocar-se; sair
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denaba
hebraico: ela pronunciou julgamento
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denário
O denário, que em outra tradução é um dinheiro, era a principal moeda romana de prata. Era, geralmente, o salário que um homem recebia pelo trabalho de um dia. Era moeda de grande uso por todo o império romano, nos tempos do N.T. O seu nome latino era denarius, e em grego, denarion (Mt 20.2 – 22.19 – Mc 6.37 – 12.15 – Lc 20.24 – Jo 6.7 – 12.5 – Ap 6.6). À dracma, peça de prata, equivalia o denário romano, que correu em toda a Europa, ainda muito depois do desmembramento do império. O que circulava no tempo de Cristo, tinha no anverso a cabeça de Tibério, com esta inscrição: ‘Tibério César Augusto, filho do deificado Augusto.’ No reverso estava a imagem da imperatriz Lívia, com cetro e flor. (*veja Moeda.)
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denotar
Significar, exprimir, simbolizar
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deodato
Dado por Deus
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depreciativo
Que deprecia; menosprezo; aviltamento; rebaixamento, etc.
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depurada
Purificada
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derbe
Cidade da Licaônia, geograficamente falando, embora fizesse parte da província romana da Galácia. Foi visitada por S. Paulo, como se lê em At 14.20 e 16.1, sendo possível que também ali tivesse ido, quando ele visitou a província da Galácia e Frígia (At 18.23). Gaio, companheiro do Apóstolo, era natural de Derbe (At 20.4). o sítio onde estava Derbe é, provavelmente, o da muralha de Gudelissim, uns 48 km. ao sudoeste de Listra.
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derribar
Lançar por terra; fazer cair.
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desacato
Falta de acatamento; profanação, desprezo.
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desafeto
Sem afeto; adversário, inimigo, rival.
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desafortunado
Infeliz
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desarraigar
Arrancar pela raiz ou com raízes; desenraizar, desraigar; extinguir, extirpar
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desatino
Falta de juízo; loucura
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descambar
Tender, derivar, descer, declinar.
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descomprometido
Que deixou de estar comprometido; cujo compromisso cessou ou se desfez.
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descortinar
Patentear, mostrar, correndo a cortina; enxergar, avistar; tornar manifesto; patentear, revelar.
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desdém
Desprezo com orgulho; altivez
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desdenhado
Desprezo; menosprezo
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desdenhar
Desprezar como indigno de siAto ou efeito de desdenhar; desprezo com orgulho; altivez, arrogância
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desdobrar
Fracionar ou dividir em grupos.
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desenlace
Desfecho, solução.
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deserção
Ato ou efeito de desertar; abandonar, deixar; desistir.
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deserto
A simples idéia de deserto, significando uma vasta extensão de areia, sem árvores e água, não se deve ligar à palavra, conforme empregada na Bíblia. os israelitas não tinham conhecimento de semelhante deserto, quer nas viagens, quer na sua existência fixa. Nos livros históricos da Bíblia, a palavra ‘deserto’ significa o vale do Jordão, o do mar Morto, e aquela região que fica ao sul do mar Morto. Nestes sítios, nos dias de prosperidade da Palestina, crescia a palmeira, o bálsamo, a cana-de-açúcar, podendo admirar-se ali uma forte e bela vegetação. Nos livros proféticos e poéticos o deserto tem já a significação de território seco pela ação do excessivo calor, ainda que, no livro de Ez 47.8, se compreende o vale do Jordão. A palavra traduzida por ‘deserto’ em Êx 3.1 – 5.3 – 19.2, e em Nm 33.16, teria melhor versão, dizendo-se ‘terra de pasto’. os israelitas levavam consigo rebanhos e manadas durante todo o tempo da sua passagem para a Terra da Promissão. A mesma significação em Jó 24.5, is 21.1, Jr 25 e 24.
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deserto da judéia
Chamava-se assim aquela região de Judá, que ficava ao oriente e ao sul de Jerusalém. Trata-se de um território áspero, bastante acidentado, tendo muitas covas, e correntes de água, que se vêem secas na maior parte do ano. os rebanhos de algumas tribos errantes andam por ali, alimentando-se nas fracas pastagens, juntamente com as cabras bravas e coelhos (Jz 1.16). Foi ao ocidente desta região que Davi, foragido, encontrou o miserável Nabal, no monte Carmelo – e na orla oriental teve ele o memorável encontro com Saul na caverna de En-Gedi (*veja esta palavra). Neste mesmo deserto João Batista fez as suas pregações (Mt 3.1) – e geralmente se crê que foi aqui, também, que se deu a tentação de Jesus. (*veja Deserto.)
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desígnio
Plano; propósito
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desígnios
Intento; plano; projeto
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desincumbir-se
Dar cumprimento a uma incumbência.
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desmensurado
Desmedido; que que excede as medidas
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desmesuradamente
Excessivamente.
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desmitologização
É a necessária operação hermenêutica que libera o sentido existencial da pregação e da doutrina cristãs, que funda e assegura a livre decisão da fé, esvaziando-a de toda pretensão objetivante.
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desnucar
Deslocar a cabeça pela nuca
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despenseiro
o encarregado da despensa
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despenseiros
Guardadores; administradores
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despojamento
Espólio, privar da posse, despir.
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despojar
Roubar ou saquear como ato de guerra. O substantivo despojos refere-se aos objetos pilhados dessa forma.
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despojo
Presa de guerra; roubar; saquear
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despojos
Restos
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desposado
Indivíduo recém-casado, ou noivo.
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desposar
Casar de novo
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desprendimento
Abnegação, altruísmo.
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desregramentos
Abusos, desordens.
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destarte
Assim; por essa forma
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desterrado
Que foi banido da pátria
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desterrados
Exilados; sem terra
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desterrar
fazer sair da terra, do país; banir
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destilar
Passar do estado líquido para o gasoso, depois ao líquido novamente
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destra
Mão direita. Palavra usada com uma figura de linguagem, para indicar habilidade poder ou autoridade, intimidade, lugar de honra próxima de alguém.
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desvairar
Enlouquecer
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desvalido
Zombaria; escárnio
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desvanecer
Dissipar; extinguir; aliviar
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desvarios
Ato de loucura
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desvelo
Grande cuidado; carinho; vigilância, dedicação.
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desventura
Infelicidade; infortúnio; má sorte
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desventurado
Infeliz; infortúnio a que se atribui desgraça; infelicidade
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detença
Sem demora
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deterioração
Ato ou efeito de deteriorar-se; dano, ruína, degeneração.
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detração
Maledicência; desprezo; depreciação; murmurações
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detrimento
Dano; prejuízo
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deturpar
Tornar torpe, feio; desfigurar, manchar
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deuel
Pai de Eliasafe (Nm 1.14 – 7.42,47 – 10.20).
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deus
i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador. (a) o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20.13 – 1 Sm 4.8). (b) El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14.18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17.1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael). (c) Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel. (d) Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel. (e) outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30.11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética. (f) Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32.6 – os 11.1 – *veja Êx 4.22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2.7, 12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103.13 – Mt 3.17). ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto. (a) Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir. (b) Deus é um, e único (Dt 6.4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12.29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45.6,7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda. (c) Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1.1 – At 17.24 – Ap 4.11 – e semelhantemente Jo 1.3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado. (d) Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra: (1) Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40.22 – 42.5 – 1 Tm 6.16). (2) É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17.28 – *veja também Jo 1.3,4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4.24) é dotado de onipresença. iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4.24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)
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deus, reino de
O domínio de Deus sobre a terra, presente a ainda assim futuro. Iniciou-se com a vinda de Cristo, e será consumado quando Cristo voltar à terra pela segunda vez.
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deuteronômio
Quinto livro do A.T., e último do Pentateuco. o nome, derivado dos assuntos que encerra, significa ‘Segunda Lei’. Quanto às suas matérias, podem elas ser resumidas da seguinte maneira: i. introdução, ou Prefácio, tendo por fim chamar a atenção do povo: 1. Comemoração das bênçãos que os israelitas tinham recebido, ou em tempo de paz com relação aos dons de uma sábia e religiosa magistratura, ou em tempo de guerra com relação às vitórias alcançadas sobre os reis de Hesbom e Basã (1,2,3). 2. Em seguida é descrita a Lei preciosa que lhes foi dada, com referências ao seu Autor, à sua promulgação miraculosa, ao seu assunto e aos benefícios que lhes adviriam na sua observância (4.1 a 40). ii. Segunda Parte contém: l. os essenciais princípios da religião, nos Dez Mandamentos (4.44 a 49.5): segue-se uma declaração relativa ao fim da Lei – a obediência, com uma exortação a esse respeito (6), e razões dissuasivas dos atos que a pudessem impedir, como a comunicação com as nações pagãs (7), o esquecimento dos benefícios de Deus (8), e a justificação própria. Vem depois a lembrança do abatimento de israel, motivado por suas freqüentes rebeliões, murmurações, e provocações, fazendo-se também menção da livre graça e amor de Deus para com Seu Povo (9,10.1 a 11). 2. Exortações práticas, deduzidas desses princípios, tendo como introdução um apelo fervoroso e impressivo (10.12 a 22 -11). Estas advertências dizem respeito principalmente à adoração a Deus, quanto ao seu lugar próprio, e forma de culto (12) – à ação de evitar os que arrastavam o povo à idolatria, e ao castigo destes transgressores (13) – à alimentação, proibindo-se a comida de animais imundos (14.1 a 21) – e aos tempos e estações próprias dos serviços religiosos, com inclusão do ano sabático (15), e das festas anuais (16.1 a 17): também é considerada a direção do Aomem, na sua obediência à autoridade civil ou à autoridade eclesiástica (16. 18 a 22 – 17 e 18), tratando-se, de uma maneira geral, dos nossos deveres para com Deus e para com o próximo, e do cumprimento das diversas leis, morais, judiciais, e cerimoniais (19 a 26). iii. Conclusão. Depois de uma solene repetição da lei, vêm: 1. As exortações, chamando o povo à obediência com promessas de bênçãos e denunciação de maldições (28), recordando as grandes maravilhas de Deus em benefício dos israelitas, fazendo-lhes ver ao mesmo tempo a obrigação no caminho da Lei por um reverente pacto, (29), e finalmente incitando-os ao arrependimento (30). 2. Também há que considerar a parte histórica: Moisés resigna o seu cargo, e encarrega Josué de guiar os israelitas para a Terra Prometida, dando igualmente a lei aos sacerdotes (31.1 a 21) – compõe um cântico profético que ele entrega ao povo (31.22 a 30 – e 32) – pronuncia uma bênção sobre cada tribo em particular (33) – avista a Terra Prometida, em que não devia entrar – morre, e é sepultado (34). Foi do livro de Deuteronômio que Jesus três vezes citou aquelas palavras, com que respondeu ao tentador no deserto (cp. Mt 4.4,7,10 com Dt 8.3, 6.16, e 6.13). A predição acerca de um profeta, no Deuteronômio 1S.15 a 19, é duas vezes aplicada a Jesus Cristo no Novo Testamento – pelo Apóstolo Pedro e pelo mártir Estêvão (At 3.22 e 7.37). Há provas de que essas palavras eram, também, consideradas pelos judeus como referentes à vinda do Messias. *veja Jo 1.30,31,45 e 5.45 a 47. Não há dúvida de que a linguagem de Moisés teve geral cumprimento no fato de uma sucessão profética, culminando no aparecimento e obra de Jesus Cristo, a Quem por conseqüência as palavras mosaicas se referem de um modo eminente. As numerosas citações do livro de Deuteronômio no Novo Testamento deixam ver a consideração em que o livro era tido logo nos primeiros dias da igreja cristã. (*veja Pentateuco.)
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devassidão
Libertinagem; pervertido; depravado; corrompido
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devastador
Aquele que destrói, danifica.
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deveras
Realmente
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dez mandamentos
os mandamentos estão escritos no livro de Êx 20.3 a 17 – Dt 5.6 a 21 – as circunstâncias em que eles foram dados a Moisés acham-se descritas no Êx 19 a 24. os Dez Mandamentos foram gravados em duas tábuas de pedra, e estas colocadas dentro da arca. São também chamadas as Tábuas do Testemunho, algumas vezes simplesmente ‘o testemunho’ – é o testemunho da vontade de Deus para com os homens, é a própria Retidão, exigindo a retidão do homem (Êx 25.16 – 31.18). Para se conhecer a maneira como devem ser compreendidos pelos cristãos, vejam-se as palavras de Jesus Cristo em Mt 5.21 a 32.)
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di-zaaba
hebraico: abundante em ouro
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dia
o ‘calor do dia’ (Mt 20.12) significa o tempo das nove horas, quando no oriente o sol resplandece vivamente no Céu. ‘Pela viração do dia’ (Gn 3.8) é justamente antes do sol posto. Antes do cativeiro, os judeus dividiam a noite em três vigílias: a primeira vigília durava até à meia-noite (Lm 2.19), a média ia da meia-noite até ao cantar do galo (Jz 7.19), e a da manhã prolongava-se até ao nascer do sol (Êx 14.24). No N.T., porém, há referências a quatro vigílias, divisão que os judeus receberam dos gregos e romanos: a primeira desde o crepúsculo até às nove horas (Mc 11.11 – Jo 20.19) – a segunda, desde as nove horas até à meia-noite (Mc 13.35) – a terceira, desde a meia-noite até às três da manhã (Mc 13.35) – e a quarta, desde as três horas até ao romper do dia (Jo 18.28). o dia achava-se dividido em doze partes (Jo 11.9). A hora terceira, a sexta, e a nona, eram consagradas à oração (Dn 6.10, At 2.15, e 3.1). Parte de um dia era equivalente nos cálculos ao dia todo (Mt 12.40). os judeus não tinham nomes especiais para os dias da semana, mas contavam-nos desde o sábado. Usa-se, também, a palavra ‘dia’, como significando dia de festa (os 7.5), e dia de ruína (Jó 18.20, e os 1.11). Deve ser notado que no cálculo da duração de um reinado, por exemplo, conta-se uma pequena parte do ano por um ano completo. E assim se um rei subia ao trono no último dia do ano, o dia seguinte era o princípio do segundo ano do seu reinado. (*veja Cronologia, Tempo, Ano.)
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dia da preparação
O dia anterior à Páscoa. Recebeu esse nome pelo fato de serem feitos muitos preparativos para a festa.
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dia do senhor
Conceito do AT referente à ocasião em que Deus interviria para fazer justiça aos retos e condenar os ímpios (Is 2.12). O NT relaciona-o mais especificamente com a Segunda Vinda de Jesus (1Co 1.8). O Dia do Senhor era um momento tanto de salvação quanto de condenação.
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dia natalicio
Somente três vezes se usa esta expressão: uma vez no A.T., quando em Gn 40.20 se faz referência ao dia do nascimento de Faraó, o qual era sempre dia de festa – e duas vezes no N.T., em que se menciona o dia do nascimento de Herodes (Mt 14.6 e Mc 6.21). No oriente, como em qualquer outra parte, é muito antigo o costume de comemorar o dia do nascimento com grandes demonstrações de alegria. Mais tarde os judeus não tinham por estas festas muita consideração, devido isso ao fato de se praticarem, muitas vezes, nesses dias festivos, certos atos de idolatria – mas nos dias antigos da igreja cristã eram celebrados, como se fossem aniversários natalícios, os dias em que tinham sido martirizados os discípulos de Jesus Cristo, comemorando-se assim a sua entrada na vida eterna.
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diabo
Por sua etimologia, Demônio; Diabo (de dia-ballo = dividir), o caluniador, e Satã ( do hebraico, adversário), o acusador. É o mesmo sujeito com esses e outros muitos nomes (Dragão, Maligno, Belial=Besta, Inimigo, Tentador etc.). Quer como “deuses inferiores” – daimones -, nas culturas politeístas, quer como espíritos malignos, detrás desses nomes o sujeito ou sujeitos são potências maléficas. NA Bíblia aparecem desde o Gênesis até o Novo Testamento. São clássicas as cenas do Paraíso Terrestre (Gn 3) e do livro de Jó. No Novo Testamento, a esses espíritos são atribuídas toda classe de maldades, tudo o que vai contra Deus e inclusive efeitos como as doenças. O reino de Deus é a vitória sobre o Satanás, e um dos poderes que Jesus dá a seus enviados é o de expulsar demônios. Em alguns casos do AT há o recurso a nomes e imagens de povos pagãos (por ex, em Is 34,14; Tb 3,8). Jesus, por sua parte, fala a linguagem de seus contemporâneos, de modo que não é fácil interpretar os numerosíssimos casos nos quais a Bíblia fala do Demônio. Em todo caso, sempre está nesses espíritos o que se opõe à vontade benéfica de Deus. Cf. Mc 5,1-13; 9,17.25; Mt 9,32; 12,22; Lc 11,15 etc. Outro nome de Satanás = adversário. Ver também Demônios.
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diaconisa
Em virtude da referência em Rm 16.1: ‘Recomendo-vos a nossa irmã Febe, que está servindo à igreja de Cencréia’, tem-se pensado que a mesma Febe pertencia a uma já reconhecida ordem de diaconisas. Mas não há prova alguma de que isto era assim. A mais geral significação da palavra diákonos (*veja diácono) pode ser essa usada no caso de Febe. implica isso que Febe era uma mulher de influência, cujos serviços prestados ao Apóstolo, bem como a outros santos do Evangelho (Rm 16.1,2), eram uma justificação do honroso título de diákonos. Note-se, contudo, que as ‘mulheres’ de que se faz menção em 1 Tm 3.11 têm ali uma missão especial. Neste período, já de um modo claro, o diaconato incluía tanto os homens como as mulheres. Tem sido objeto de disputa se as mulheres, a que se faz referência em 1 Tm 3.11, eram as esposas de diáconos, ou outras mulheres. Na igreja Primitiva, mulheres solteiras bem como viúvas eram admitidas na qualidade de diaconisas.
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diácono
É o título usualmente aplicadoaos sete, a que em Atos 6 se faz referência. os Apóstolos, tomando em consideração as queixas que os judeus gregos faziam de que as suas viúvas eram desprezadas no ministério quotidiano, convocaram a multidão dos crentes com o fim de serem eleitos sete homens, ‘cheios do Espírito Santo e de sabedoria’, a quem pela oração e imposição das mãos fosse confiado o dever de servirem às mesas e distribuírem as esmolas da igreja. Em geral a igreja Primitiva julgava ter tido a ordem de diácono a sua origem nos sete, de que se fala no cap. 6 de Atos. Deve-se observar que os sete nunca são chamados diáconos nos Atos dos Apóstolos. Pelo fim da vida de S. Paulo já há claros indícios de aparecerem os diáconos, como fazendo parte regular da organização da igreja. Eles são mencionados com os ‘bispos’ da igreja filipense (Fp 1.1) – e, em 1 Tm 3, S. Paulo estabelece regulamentos para ambos os cargos. Devemos notar que a palavra diácono (diákonos) se usa no N.T. no sentido geral de servo ou agente (como de um rei, Mt 22.13 – ‘de Deus’, Rm 13.4 – ‘de Jesus Cristo’, 1 Tm 4.6). É neste sentido que S. Paulo fala de si próprio, como de um diácono ou ‘ministro’ do Evangelho (Cl 1.23), e da igreja (Cl 1.25).
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diadema
Coroa
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diamante
Pedra preciosa (Êx 28.18 e 3911 – Ez 28.13). os modernos comentadores preferem traduzir por ônix a palavra hebraica. Esta palavra é derivada de uma palavra grega, que significa invencível. Primitivamente aplicava-se ao mais duro metal, e também metaforicamente a qualquer coisa fixa e inalterável – em Ez 3.9 e Zc 7.12, a palavra é tradução do hebraico Shamir, sendo alguma pedra de grande dureza (talvez corundo, cristalizado em alumina), que se empregava para cortar.
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diana
Diana é o nome latino da deusa grega, Artemis, e havia em Éfeso um famoso templo para lhe prestarem culto os seus adoradores (At 19). Pensava-se naquela cidade que ela era o sustentáculo de todas as criaturas vivas. E acreditavam os efésios que a imagem dessa deusa tinha caído do céu. o templo era servido por um grupo de sacerdotes e por virgens consagradas a Vesta (*veja Éfeso e Demétrio). Era esse grandioso edifício uma das 7 maravilhas do mundo: tinha sido construído com mármore brilhante, demorando 220 anos a sua construção. Por detrás da imagem da deusa havia um tesouro, onde as nações e também reis depositavam os seus preciosos objetos. Esta famosa obra arquitetônica foi queimada pelos godos no ano 260 (d.C.).
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diane
Uma homenagem à Deusa Romana da caça (Diana)
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dibalim
dois bolos
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dibla
pasta de figo seco, feito bolo
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diblaim
hebraico: bolos, gêmeos ou abraço duplo
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diblataim
hebraico: escondido no pé de figo
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dibom
nostalgia, curso de rio
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dibom, dibom-gade
1. Dibom, que fica cinco quilômetros ao norte de Arnom. Cidade de Moabe (Nm 21.30), foi acampamento dos israelitas (Nm 33.45,46), cedida a Rúben, reedificada por Gade (Nm 32.3,34 – Js 13.9,17), e reconquistada por Moabe (is 15.2 e Jr 48.18,22). Também se chama Dimom (is 15.9), e foi o sítio da descoberta da pedra moabita. 2. Cidade que foi novamente habitada pelos homens de Judá, depois da volta do cativeiro (Ne 11.26). (*veja Dimona.)
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dibom-gade
hebraico: caminho devastado de Gade
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dibri
eloquente
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dicla
palmeira
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didático
Arte de ensinar
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dídimo
gêmeo
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difamação
Ato de difamar, desacreditar.
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difamar
Caluniar; falsa imputação que ofende a honra de outrem
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difate
hebraico: um terror
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difundida
Irradiar, emitir, espalhar, disseminar.
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difundir
Espalhar; propagar
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dignidade
Autoridade moral, honestidade, honra.
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dignitário
Aquele que exerce um cargo elevado.
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dila
hebraico: campo de pepinos, ou uma grande abóbora
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dilatar
Estender; ampliar
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dilea
hebraico: campos de pepinos, ou uma grande abóbora
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dilermando
Aquele que tem boa pontaria
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dileto
Muito querido
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diligência
Cuidado ativo; zelo, aplicação.
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diligente
Cuidadoso; empenhado
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dimas
Aquele que se arrependeu de seus pecados
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dimna
hebraico: monte de lixo
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dimom
sangue
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dimon
hebraico: monte de lixo
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dimona
Pantanoso lugar. Cidade que ficava na extremidade sul de Judá (Js 15.22) – é provavelmente o mesmo que Dibom (2).
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dina
Julgado ou vingado. Filha de Jacóe de Lia – ela acompanhou seu pai desde a Mesopotâmia até Canaã, e foi violada por Siquém, filho de Hamor – Simeão e Levi, irmãos de Diná, por seu pai e mãe, tomaram terrível vingança por esta ofensa, assassinando todos os indivíduos do sexo masculino da cidade de Hamor, sendo esta cidade (Gn 34) também saqueada.
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dina ou diná
a julgada
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dinaba
hebraico: pronunciou julgamento
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dinah
Julgada (isto é: absolvida, vindicada)
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dinaitas
Tribo assíria, transportada para a Samaria pelo rei assírio Asnaar (Assurbanipal) (668 a 626 a.C.), depois da conquista do reino de israel e cativeiro das dez tribos. Esses assírios opuseram-se à reedificação do templo (Ed 4.9). Tem-se conjeturado que eles eram o povo Dayani, que vivia na Armênia ocidental.
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dinheiro
Nos tempos antigos, antes da fabricação da moeda, o ouro e a prata eram pesados para os pagamentos (Gn 23.16). Em toda a história de José achamos provas de se fazer uso do dinheiro de preferência à troca. Todo o dinheiro do Egito e de Canaã foi dado a Faraó pelo trigo comprado, e só então tiveram os egípcios de recorrer à permutação (Gn 47. 13 a 26). No tempo do Êxodo o dinheiro era ainda pesado (Êx 30.13), sendo a prata o metal mencionado – o ouro, ainda que estimável, não se empregava como dinheiro. Não encontramos na Bíblia alguma prova de se usar dinheiro cunhado, antes do tempo de Esdras. Vejam-se as palavras que significam as diversas espécies de moeda. (*veja Denário.)
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dinora
Luz
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dinorah
Luz
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diomedes
grego: claro a divindade
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dionísio
filho de zeus ( o deus do vinho)
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dioscoro
grego: filho de Júpiter
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diótrefes
alimentado por Zeus
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direita
grego: destra, gazeta
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direito de primogenitura
No oriente, oprimogênito, ou o filho mais velho, gozava de certos privilégios em relação aos outros filhos. Dava-se isto de um modo especial entre os hebreus. o primogênito era consagrado ao Senhor (Êx 22.29). Pertencia-lhe a excelência da dignidade e a excelência do poder (Gn 49.3). Quando morria o pai, recebia ele porção dobrada na distribuição dos bens de família (Dt 21.17) – e nas famílias reais era ele quem sucedia no trono (2 Cr 21.3). o direito de primogenitura e os privilégios que lhe eram inerentes poderiam ser retirados por inconveniente conduta do primogênito, como no exemplo dos filhos de isaque, sendo transferidos os direitos dessa situação (Gn 27.37). Davi, por direção divina, excluiu do trono a Adonias, para favorecer Salomão, sendo marcada a preferência pelo ato da unção. o filho mais velho era muito respeitado na família, e à medida que a família ia crescendo, ia ele pouco a pouco obtendo mais autoridade, vindo por esse fato a ser o maioral – ‘cabeça da casa de seu pai’ (Nm 7.2, e 21.18, 25.14). A ‘dobrada porção’ da herança da família, que cabia ao filho mais velho pela Lei de Moisés, explica o ter pedido Eliseu porção dobrada do espírito de Elias (2 Rs 2.9). Nas primitivas genealogias das Escrituras, o primogênito de uma linha é muitas vezes mencionado (Gn 22.21 e 25.13) de um modo particular. Também uma especial santidade se achava ligada no Judaísmo ao titulo de primogênito, e é neste sentido que, segundo parece, é aplicado ao Messias (Rm 8.29 – Cl 1.18 – Hb 1.6 – Ap 1.5) – e como co-herdeiros Dele reclamam os remidos a sua herança (Lc 22.29 – Rm 8.17 – Cl 3.24).
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disa
hebraico: pigarga, ave
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discipulo
É discípulo o que aprende dealguém, ou o que segue os princípios de um Mestre, seja de Moisés (Jo 9.28), ou de João Batista (Mt 9.14), ou dos fariseus (Mt 22.16) – mas de um modo preeminente se dá a qualidade de discípulo, ou em geral aos que seguiam Jesus Cristo (Mt 10.42), ou de um modo restrito aos Apóstolos (Mt 10.1). A palavra é também aplicada a uma mulher, no caso de Dorcas (At 9.36). (*veja Escolas, Apóstolo.)
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discorrer
Falar; discursar; correr para todos os lados sussurrando
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discorriam
Corriam para todos os lados; falar; discursar; analisar
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discrição
Modesto; recatado; prudência; ponderação
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discriminar
Estabelecer diferença; distinguir.
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disentería
fluxo de sangue
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disom
hebraico: antílope
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dispensação
É um período de tempo onde nos é concedido a mordomia ou responsabilidade no serviço à Cristo
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dispersão, os judeus da
os judeus da dispersão são aqueles que habitavam em países estrangeiros. Estas colônias conservavam inteiramente o tipo israelita, evitando perder-se nas nações, onde viviam por meio de uma poderosa coesão da sua fé. Nestas novas circunstâncias era difícil a literal observância da lei mosaica, mas na meditação obtinham um conhecimento mais profundo e verdadeiro das doutrinas, na sua espiritual significação. A dispersão foi uma preparação, realmente maravilhosa e providencial, para a propagação dos princípios cristãos entre judeus e gentios. o templo de Jerusalém ficou sendo o reconhecido centro da religião judaica, e os judeus em toda a parte contribuíam anualmente com metade de um siclo para a sua manutenção. No princípio da era cristã havia judeus na Babilônia, Pérsia, Média, Pártia, por toda a Ásia Menor, na ilha de Chipre e nas ilhas do mar Egeu, na Alexandria, ao longo da costa setentrional da África, e na própria Roma. A mais antiga prova que possuímos de uma comunidade de judeus dispersos, em outro sítio que não seja Babilônia, é a colônia de Elefantina (Assuã) no Alto Egito, onde, pelas descobertas recentes, evidentemente se vê que houve ali um templo judaico no sexto século (a.C.). Muitas dessas comunidades viviam na prosperidade, e gozavam de influência. A influência da dispersão na rápida propagação do Cristianismo é de considerável importância, tanto pela modificação da doutrina judaica, como pelo proselitismo desses israelitas. Entre os convertidos do dia de Pentecoste havia judeus que tinham vindo de todas as partes do mundo onde existiam colônias israelitas, e naturalmente foram esses os que, na volta para suas casas, fizeram de um modo notável altiva propaganda do Evangelho, preparando assim o caminho para a subsequente obra dos Apóstolos. A dispersão tinha criado entre os gentios uma classe conhecida pelo nome de ‘devotos’, ou ‘tementes a Deus’, os quais, embora não fossem formalmente judeus, manifestavam em vários graus a fé no Deus de israel. Foi, naturalmente, desta gente que procederam os primeiros convertidos ao Cristianismo.
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dispõe-te
Fique à disposição; arrume; decida; ir; vá
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dispor-se
Ficar a disposição; arrumar; ir; decidir
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dispusera
Ficaram à disposição
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dissabor
Desgosto, mágoa, tristeza.
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dissecar
Analisar miudamente
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disseminar
Difundir, divulgar, espalhar.
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dissertando
Exposição argumentada; tese
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dissimulação
Fingimento; disfarce; ocultar-se
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dissimular
Ocultar ou encobrir com astúcia; não dar a perceber; disfarçar
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dissociar-se
Desunir-se; separar-se; desagregar-se.
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dissolução
Viver somente para prazer próprio; esbanjar a vida em prazeres tolos ou perversos.
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dissoluto
Devasso; libertino; depravado
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dissuadir
Afastar-se de um propósito
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distinção
Ato ou efeito de distinguir(-se); diferença, separação
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distorção
Ato de distorcer, mudar o sentido, a intenção.
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ditame
Regra, aviso, ordem.
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ditoso
Venturoso; feliz
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diuturnamente
De dia e de noite; o tempo todo.
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diva
Deusa
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divindade
Qualidade de divino; natureza divina; que tem deidade.
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divisa
Emblema; distintivo; lema; etc.
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divisar
Avistar; observar
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divórcio
A lei de Moisés permitia que o marido israelita repudiasse sua mulher (Dt 22.19,29 – e 24.1 a 4), mas por que motivos ele podia tomar tal deliberação é assunto para discussões. Jesus Cristo disse: ‘Qualquer que repudiar sua mulher exceto em caso de adultério, a expõe a tornar-se adúltera, e aquele que casar com a repudiada, comete adultério’ (Mt 5.32). (*veja Adultério, Casamento.)
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dizimado
Destruidos ou exterminados; devastados.
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dizimo
Décima parte. Abraão apresentouo dizimo de tudo a Melquisedeque, o sacerdote do Deus Altíssimo (Gn 14.20). Jacó, depois de ter a visão dos anjos, prometeu ao Senhor o dízimo do que o Senhor lhe desse, se de novo voltasse em paz à casa de seu pai (Gn 28.22). A Lei de Moisés declarava que a décima parte dos produtos da terra, bem como dos rebanhos e manadas, pertencia ao SENHoR e devia ser-lhe oferecido. os dízimos haviam de ser pagos na mesma espécie, e, havendo resgate deles, tinha de fazer-se o aumento de um quinto do seu valor (Lv 27.30 a 33). Para dizimar as ovelhas, era costume encerrá-las num curral, e à maneira que os animais iam saindo, eram marcadas de dez em dez com uma vara, que tinha sido imersa em vermelhão. Era isto a passagem ‘debaixo da vara’. Este dízimo recebiam-no os levitas, que, pela sua vez, dedicavam uma décima parte dele ao sustento do sumo sacerdote (Nm 18.21 a 28). Esta legislação foi modificada ou aumentada em tempos posteriores (Dt 12.5 a 18 – 14.22 a 27 – 26.12,13). Parece mostrarem estas passagens que, além do primeiro dízimo para a subsistência dos levitas e do sumo sacerdote, havia um segundo dízimo, que se aplicava a fins festivos. De três em três anos tinham os levitas e os pobres uma parte no dízimo para festas. No tempo dos reis, um dízimo adicional era cobrado com fins seculares (1 Sm 8.15,17) – mas o sistema religioso do dízimo foi caindo em desuso. Todavia, Ezequias o restabeleceu, como também Neemias, depois da volta do cativeiro (2 Cr 31.5,12,19 – Ne 12.44). Empregados especiais eram nomeados para tomar conta dos armazéns e depósitos, com o fim de procederem à dizimação. A prática de dizimar, especialmente para socorro dos pobres, era realizada também no Reino do Norte, porque o profeta Amós a isso se refere, embora em tom irônico, como coisa que era costume fazer-se em seus dias (Am 4.4). Malaquias queixa-se de que o dízimo estava sendo posto de parte (Ml 3.8,10). o sistema foi depois sustentado com todas as particularidades por aqueles que, como os fariseus, pretendiam que fosse inteiramente cumprida a Lei (Mt 23.23 – Lc 18.12 – Hb 7.5 a 8).
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djalma
Célebre pelo elmo, capacete
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doação
do Lat. donatione
s. f.,
ato ou efeito de doar; aquilo que se doou; documento que assegura ou legaliza a doação. -
doc
hebraico: vigia
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docetismo
Do grego dókesis=aparência. Heresias dos primeiros tempos da Igreja, à qual já se refere em escritos do NT (Jo, Cl), que atribuía a Cristo um corpo apenas aparente; com isso negava a realidade do mistério da Encarnação.
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docus
hebraico: vigia
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doda
hebraico: amado do Senhor
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dodai
amado do Senhor
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dodanim
hebraico: chefes
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dodanim ou rodanim
Raça descendente deJavã, filho de Jafé (Gn 10.4 – 1 Cr l.7). Podem eles representar uma colônia grega da Ásia Menor. Se Rodanim é a forma correta, designará certamente os naturais da ilha de Rodes. Rodes tinha sido, em tempos primitivos, ocupada pelos fenícios, cujos túmulos têm sido descobertos nos antigos cemitérios da ilha – mas a colônia fenícia foi subseqüentemente inutilizada pelos gregos dóricos.
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dodava
amor do Senhor
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dodavau
hebraico: amado do Senhor
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dodó
pertencente ao amor
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dodo do pai
hebraico: amado do Senhor
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doegue
Ansioso. o capataz dos pastoresde Saul, um idumeu que deu a Saul informações sobre ter Aimeleque auxiliado Davi. Ele destruiu os sacerdotes de Nobe e suas famílias, em número de oitenta e cinco pessoas, e também todas as suas propriedades (1 Sm 21.7 – 22.9,17,22).
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doengue
tímido
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dofca
dirigindo rebanho
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dogma
Afirmação doutrinal precisa que a Igreja definiu de forma solene. Sua aceitação é obrigatória para todos os membros da Igreja. Quem a rejeita, cai na heresia e está fora da Igreja. As controvérsias sobre pontos doutrinais importantes são geralmente as que levam a estabelecer uma verdade como dogma.
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dogmático (a)
Diz respeito a explanação de um credo, de uma declaração de fé, respeitante a, ou próprio de dogma (ponto fundamental e indiscutível duma doutrina religiosa).
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dogmatizar
Estabelecer dogmas; atribuir às suas afirmações o valor de indiscutíveis.
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dogue
hebraico: vigia
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dolo
Ato consciente de induzir alguém ao erro; engano propositado
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doloso
Ato consciente e intencional
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dom
Donativo, dádiva, presente
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domingo
(*veja Dia do Senhor.)
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donaldo
Aquele que governa o mundo
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donato
Dado
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donim
hebraico: fim de sangue (uva)
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doninha
Esta palavra ocorre somente emLv 11.29, sendo mencionada entre os animais imundos, que se arrastam. Há, na Palestina, vários animais desta espécie, parecendo que aquele de que se trata aqui é o icneumon, que abundantemente se encontra nos lugares rochosos por toda a extensão das planícies cultivadas. Assemelha-se, sob certos aspectos, à doninha, e é também parecido com o furão, muito vulgar na Palestina. Pelo seu corpo comprido e curtas pernas foi provavelmente classificado entre os animais que andam rastejando.
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dons espirituais
São os poderes ou graças que o Espírito Santo confere a certos crentes em benefício da igreja. A natureza desses dons e o modo do seu reto exercício são tratados em Rm 12, e 1 Co 12 a 14 – veja também 1 Co 7.7 – 1 Tm 4.14 – 2 Tm 1.6 – 1 Pe 4.10. São mais do que exemplos das simples graças cristãs (‘o fruto do Espirito’, Gl 5.22,23), porque são certos e determinados poderes.
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dor
hebraico: habitação
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dora
grego: dadiva
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dorcas
gazela
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dorcas, tabita
Palavra grega, cujo significado é gazela, por causa dos grandes olhos do animal, assim como Tabita é a palavra aramaica para gazela, por virtude da beleza que esta geralmente apresenta. Foi uma querida mulher cristã de Jope, que fazia vestidos para os pobres. Foi levantada dentre os mortos por Pedro (At 9.36 a 42).
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dorda
hebraico: pérola da sabedoria
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dorgue
hebraico: tímido
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dorival
Aquele que veio de Orval
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dorso
Costas; parte posterior
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dotã
poço
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dotaim
hebraico: dois poços
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dote
Bens que recebe uma pessoa, em especial uma mulher quando se casa
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douglas
Rio negro de águas escuras
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doutrina
Conjunto de princípios em que se baseia um sistema religioso, político ou filosófico. 2. Opinião em assuntos científicos
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doutrinário
Que encerra ensinamento.
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doxologia
Fórmula litúrgica de louvor a Deus, geralmente ritmada.
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dozenda dara (= dário)
hebraico: dono, senhor.
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dracma
Moeda de prata (Lc 15.8,9). Era uma moeda grega, tendo quase o mesmo valor que o Denário romano. O duplo dracma (didracma) é a mesma coisa que metade de um siclo, dois dos quais formavam o estáter, de que se fala em Mt 17.27. (*veja Denário, Dinheiro.)
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dragão (fonte do)
Ficava a oeste, ou na parte sudoeste da muralha de Jerusalém (Ne 2.13). o nome provavelmente é devido ao culto que antes dos israelitas se prestava ali a uma serpente sagrada, ou a um jinn na forma de serpente.
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dragão, chacal
Com esta palavra, em algumas traduções, faz-se referência ao chacal. A Terra Santa, com o seu grande número de cavernas e de velhos túmulos, oferece lugares favoritos ao chacal, que anda em busca de animais desgarrados, ou cabritos, mas não se atreve a atacar o homem. o dragão do cap. 12 do Ap é simbólico, não se referindo necessariamente, a qualquer criatura realmente existente. S. João pode ter tido na sua mente a boa, quando ele descreve Satanás como sendo o grande dragão vermelho, ferindo veemente com a sua cauda.
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dramaturgo
Autor de dramas; escritor que compõe peças teatrais; teatrólogo.
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dromedário
Em is 60.6 e Jr 2.23. Camelo de corrida, de uma só corcova.
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drusila
Drusila era a terceira filha de Herodes Agripa, o que mandou matar o Apóstolo Tiago (At 12.1,2), e que lançou Pedro na prisão (At 12.3,4), tendo, depois de uma vida iníqua, uma terrível morte na ocasião em que falava ao povo em Cesaréia (At 12.23). Drusila era notável pela sua beleza. o seu segundo marido foi Cláudio Félix, governador da Judéia, de quem teve um filho, cujo nome era Agripa. Foi diante de Drusila e de seu marido Félix que o Apóstolo Paulo compareceu, defendendo a sua profissão cristã (At 24.24). Agripa, o filho de Drusila, pereceu na grande erupção do Vesúvio, no ano 79 (d.C.) – pensam alguns escritores que filho e mãe morreram na mesma ocasião.
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dualismo
Coexistência de dois princípios ou posições contrárias, opostas.
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dubiedade
Qualidade de dúbio; duvidoso, incerto, ambíguo.
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dúbio
Duvidoso, incerto; ambíguo.
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dudia
hebraico: amado do Senhor
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dumá
Silêncio. l. Uma tribo ismaelita da Arábia, sendo por isso Dumá também o nome do principal lugar ou território, habitado por aquela tribo (Gn 25.14 – e 1 Cr 1.30). A principal povoação chama-se agora Jof, e está situada na parte setentrional da península, quase a meio caminho entre Petra e o Eufrates. 2. Cidade no território montanhoso de Judá (Js 15.52), à distância de cerca de onze quilômetros de Hebrom e atualmente é Ed-Dômeh, lugar de grandes ruínas com túmulos cavados na rocha. 3. Em is 21.11 parece ser um título da profecia seguinte, para exprimir o ‘silêncio’ do destino de Edom.
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duplicidade
Falso; duplo
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dura
Era um lugar na província de Babilônia, que dava o seu nome à planície que o rodeava, sendo aqui onde o rei Nabucodonosor mandou levantar a imagem de ouro (Dn 3.1). Dura tem sido identificado com o terreno plano de Dowair ou Duair, ao sudeste de Babilônia, onde foi descoberto o pedestal de uma colossal estátua.
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durval
Aquele que veio de Orval
E
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eanes
Filho de João
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ebal
1. Um horeu (Gn 36.23 – 1 Cr 1.40) 2. Um filho de Joctã, descendente de Sem (1 Cr 1.22). É chamado obal em Gn 10.28.
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ebal (monte)
Descoberto. Um monte célebre com 900 m de altura, ao norte do vale de Siquém. Ebal e Gerizim são montes gêmeos, próximos um do outro, estando apenas separados por um profundo vale, em que ficava situada a cidade de Siquém, a moderna Nablus (Jz 9.7). os dois montes são muito semelhantes em altura e forma. Mas o monte Ebal é desprovido de vegetação, ao passo que o monte Gerizim se acha coberto de bela verdura. Moisés ordenou que, quando os israelitas tivessem passado o rio Jordão, se dirigissem logo a Siquém, e se dividisse ali toda a multidão em dois corpos, cada um deles composto de seis tribos, sendo uma das partes colocada no monte Ebal e a outra no monte Gerizim. As seis tribos que estavam no monte Gerizim deviam proferir bênçãos sobre os que observassem fielmente a lei do Senhor, enquanto as outras seis anunciavam maldições contra os que a violassem (Dt 11.29 – 27.11 a 13 – Js 8.30,31). o primeiro ‘grande’ altar ao Senhor foi levantado em Ebal (Dt 27.2 a 8), tendo sido também ali colocadas pedras memoriais, com o fim de recordar a entrada dos israelitas na Terra da Promissão depois da queda de Jericó. os samaritanos, contudo, sustentavam que o altar fora elevado no monte Gerizim – e mais tarde edificaram aqui um templo, cujas ruínas ainda hoje se podem ver. A observação da mulher samaritana em Siquém diz respeito a este fato (Jo 4.20).
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ébano
Escuridão
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ebede
servo
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ebede – meleque
escravo do rei
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ebede-meleque
hebraico: servo do rei
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ebenézer
Pedra de auxílio. Uma pedra memorial erigida por Samuel, depois de libertados dos filisteus os israelitas (1 Sm 4.1, 5.1 e 7.12). isto foi feito em certo lugar que ficava entre Mispa, a ‘torre de vigia’, à distância de oito quilômetros ao norte de Jerusalém, e Sem – mas, na verdade, a sua exata situação não é conhecida.
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eber
hebraico: região alem
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éber (heber)
1. Bisneto de Sem, e filho de Salá. Foi um dos antepassados de Abraão, na sétima geração (Gn 10.21 – e 11.14 a 26). 2. o chefe de uma fami1ia de Gade (1 Cr 5.13). 3. Um filho de Elpaal, da tribo de Benjamim (1 Cr 8.12). 4. Um filho de Sasaque, também da tribo de Benjamim (1 Cr 8.22). 5. Um sacerdote da família de Amoque (Ne 12.20). (*veja Hebreus.)
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ebes
hebraico: brancura
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ebiasafe
pai do ajuntamento
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ébrio
Bêbado
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ebrom
Uma cidade de Aser (Js 19.28)
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ebrona
hebraico: passagem do mar
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ebsa
hebraico: ativo Jz 12.8
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ecbatama
hebraico: imenso
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ecetam
hebraico: pequenez
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eclesiaste
aquele que fala a uma assembléia
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eclesiastes
hebraico: pregador, aquele que fala a assembléia
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eclesiastes (livro do)
o Eclesiastes acha-se agora classificado entre os sagrados escritos, que fazem parte dos ‘Livros da Sabedoria’. Estas obras distinguem-se na sua substância e na sua natureza das dos Profetas. Elas são mais refletivas e éticas do que a expressão de uma direta mensagem de Deus, não se vendo no livro as explicativas palavras ‘assim diz o Senhor’. E, na verdade, o nome do Senhor não se acha no Eclesiastes. Título e Autor. o nome português deste livro, tirado da versão grega, significa o ‘pregador’, aquele que fala a uma assembléia. Provavelmente é este o sentido do titulo hebraico Qoheleth. Esta pessoa deve ser a de Salomão, mas idealmente, como se o seu espírito falasse assim: eu fui rei. Tem sido geral a crença de que Salomão foi realmente o seu autor, afirmando-se que o livro encerra as reminiscências das horas de arrependimento e as sábias conclusões da sua avançada idade. Segundo esta maneira de ver, aquele sábio monarca, que foi tão ricamente dotado de sabedoria, afastou-se de Deus, procurando a felicidade nas coisas do mundo e na prática da idolatria (1 Rs 11.1 a 13) – mas nos seus últimos anos, reconhecendo bem a sua loucura, deixa registrada no Eclesiastes a sua experiência, depois de haver proclamado em tempos áureos as grandes verdades da vida perante todos aqueles que de todas as partes vinham à sua corte, para serem instruídos com a sua famosa sabedoria. Conteúdo. Enquanto as grandiosas lições deste livro estão sendo claramente expostas, não se pode de forma alguma traçar o curso do pensamento. Depois de uma introdução geral, apresentando ao leitor o assunto e o desígnio (1.1 a 11), o Pregador recorda a sua experiência pessoal na sua procura da felicidade, mostrando que nem os prazeres da vida, nem mesmo as obras da inteligência lhe puderam dar (1.12 a 2.23) – e conclui dizendo que a melhor coisa é a gente regular a sua maneira de viver segundo as inalteráveis disposições da Divina providência (2.24 e 3.15). o autor faz então as suas observações sobre a vida doe homens, especialmente nas suas relações sociais, achando nisto vaidade (3.16 e 4.16), e algumas admiráveis considerações ele apresenta sobre isso (5.1 a 9). Renova as suas observações, considerando os homens como indivíduos, e expõe a decepção que sofrem os egoístas e avarentos (5.10 e 6.12). Então ele apresenta algumas máximas de sabedoria prática para suavizar estes males, mas admitindo que nem sempre dão resultado (7.1 e 9.10) – e acrescenta algumas das mais impressionantes e preciosas instruções, tendo em vista a aplicação da sabedoria às várias circunstâncias da vida, com o fim de se conseguir a maior felicidade possível (9.11 e 11.6). isto conduz à exposição dos mais altos pensamentos da sabedoria, produzindo uma serena esperança nos homens, e preparando-os para a velhice, morte e juízo (11.7 e 12.7). E da exibição da sua doutrina chega o Pregador a esta conclusão: (1) que as coisas do mundo não podem fazer verdadeiramente felizes os homens (12.8) – (2) que somente a sabedoria divina pode ensiná-los a alcançar a melhor vida com a sua imperfeita natureza humana (12.9 a 12) – e que essa sabedoria celestial prescreve que se cultive uma piedade humilde e respeitosa (12.13), na expectativa de um futuro de perfeita harmonia e retribuição, como sendo a melhor coisa para o homem na terra (12.14).
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eclesiástica
Pertencente ou relativo à Igreja; eclesial.
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eclesiástico
Relativo à igreja.
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eclesiástico (livro do)
Este é o titulo latino de um livro, que está compreendido entre os Apócrifos, e que na Versão dos Setenta se chama ‘Sabedoria de Jesus, filho de Siraque’. Jesus ben Siraque, a quem se atribui a obra, parece ter sido um judeu da Palestina, ardente estudioso das Escrituras hebraicas, bem como grande patriota que sentia orgulho pelos grandes homens da sua nação, e que era ao mesmo tempo um viajante, minucioso observador das coisas. o prólogo do livro é obra do neto do autor, que cerca do ano 130 a.C. traduziu em grego a obra hebraica, que devia ter sido escrita pouco depois do ano 200 a.C. Até há pouco tempo o Eclesiástico somente era conhecido pelas versões, tendo sido a grega e a siríaca feitas do original hebraico, e a latina da tradução grega. Mas ultimamente foram descobertos e examinados vários fragmentos do original hebraico. Foi pela primeira vez intitulado Eclesiasticus por Cipriano, no terceiro século, d.C. Considerando a vida sob os três aspectos social, doméstico e civil, o livro reconhece a paternidade de Deus, trata da Sabedoria, e refere-se à Lei de Moisés. Algumas partes da obra são escritas com elevação, como o Louvor da Criação (42.15 a 43.33) e o Elogio dos homens famosos (44 a 50). É este livro o mais belo monumento que possuímos da literatura judaica não-canônica.
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ecoar
Ressoar, repercutir.
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ecram
desarraigada
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ecrom
hebraico: extirpação
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ecumênico
Movimento que prega a unificação das igrejas protestante e católica.
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edar
hebraico: rebanho
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ede
testemunho
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edelina
Bem humorada
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édem
deleite
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edema
hebraico: solo
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éden
Delícias 1. o Éden é o jardim ou paraíso, que Deus preparou para receber o homem (Gn 2.8). A localidade do Jardim do Éden não pode ser exatamente determinada, embora dois dos seus quatro rios sejam indubitavelmente o Tigre e o Eufrates. Não tem dado resultado a identificação de Pisom e de Giom. Talvez o ‘rio’ que se tornou em quatro cabeças seja o golfo Pérsico, para o qual o Tigre e o Eufrates com dois outros rios corriam primitivamente. Provavelmente se pensou que o golfo era como um rio, explicando os fenômenos das marés a sua divisão em quatro partes. Desta maneira estaria o Éden nas férteis planícies de Babilônia. outras referências ao Éden ‘o Jardim do Senhor’, se acham em is 51.3 – e em Ez 28.13 – 31.9 e 36.35. Nestas passagens, como na narrativa do Gênesis e em outros lugares, a versão dos LXX usa a palavra persa paraíso ou jardim do Senhor. E por isso no N.T. o Paraíso vem a ser o restaurado Éden, a ideal habitação dos bem-aventurados após a ressurreição (Lc 23.43 – 2 Co 12.4 – e Ap 2.7). (*veja Paraíso.) 2. Um gersonita, filho de Joá (2 Cr 29.12). 3. Um levita do tempo de Ezequias, que foi nomeado para distribuir as oblações (2 Cr 31.15). 4. Um dos mercados do comércio de Tiro, que foi tomado por um rei assírio. Parece ter sido a habitação dos Bit-Adini, a que se referem as inscrições assírias, sendo a sua situação pouco mais ou menos a 320 km ao nordeste de Damasco. Eles tinham sido levados cativos para Telassar, na parte oriental do rio Tigre (2 Rs 19.12 – is 37.12 – Ez 27.23).
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eder
1. Chama-se a ‘torre de Eder’ o lugar onde Jacó permaneceu entre Belém e Hebrom (Gn 35.21). Era uma das torres que serviam para os pastores vigiarem os rebanhos. Também serviam de lugares de abrigo, ou ainda como pontos de reunião, no estio, para os seus possuidores. A torre de Eder ficava afastada de Belém cerca de 1600 metros. Em Mq 4.8 parece estar empregada a torre de Eder pela própria cidade de Belém, como terra natal do Messias. 2. Cidade da fronteira, na extremidade sul de Judá (Js 15.21). 3. Um neto de Merari, filho de Levi (1 Cr 23.23).
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edgar
Lanceiro guardião dos bens, próspero
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edgard
Lanceiro guardião dos bens, próspero
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edina
Amiga próspera
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ediom
vermelho
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edisa
hebraico: murta, ou misto
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edito
Decreto; ordem
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edmar
Rico, famoso
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edna
hebraico: cheia de graça
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edom
Vermelho. Foi este o nome dado a Esaú por motivo da cor vermelha da sopa de lentilhas, pela qual ele vendeu a Jacó o seu direito de primogenitura (Gn 25.30 – 36.1). 2. o país que nos tempos do N.T. era conhecido pelo nome de iduméia (Mc 3.8). Primitivamente se chamava ‘monte Seir’ (escabroso), e era então habitado pelos horeus (Gn 14.6). Estendia-se desde o mar Morto até ao mar Vermelho, sendo Elate e Eziom-Geber os portos idumeus (Dt 2.8). É um território estreito e montanhoso, com 160 km de comprimento por 32 de largura, sendo a altura média acima do nível do mar uns 600 metros. Limita-se ao oriente pelo deserto da Arábia, sendo a sua fronteira ocidental vizinha de Judá. É uma região de profundos vales e de férteis planícies, com um clima magnífico, mas o aspecto geral do país é áspero e inculto (Jr 49.16 – e ob 3.4). Foi esta terra que Esaú ocupou logo depois da morte de seu pai isaque (Gn 36.6 a 8). Foi subjugada pelos seus descendentes (Dt 2.12). os idumeus (descendentes de Esaú ou Edom) eram um povo guerreiro, habitantes das cavernas, como tinham sido os horeus, a quem eles tinham afugentado daqueles sítios (Jr 49.16), sendo além disso idólatras (2 Cr 25.14). Eles recusaram aos hebreus a passagem pelo seu território (Nm 20.14 a 21 e 21.4), e foram acusados de inveterado ódio para com o povo israelita (Ez 25.12). Saul fez guerra aos idumeus, e Davi os subjugou completamente depois de terrível carnificina (1 Sm 14.47 – 2 Sm 8.14). A partir deste tempo ficaram os reis de Edom tributários dos reis de Judá até ao reinado de Josafá (1 Rs 22.47). A partir daí mantiveram a sua independência e fizeram repetidos ataques a Judá (2 Cr 28.17). A sua hostilidade perversa (Ez 25.12) trouxe sobre eles os males profetizados por isaías (34.5 a 15 – 63.1 a 6), por Jeremias, (49.7 a 12, e nas Lm 4.21), por Ezequiel (25.14), por Joel (3.19), e por Amós (1.11,12). Durante o tempo do cativeiro dos israelitas, avançaram os idumeus na direção do noroeste, ocupando muitas cidades ao sul de Judá e Simeão – mas ao mesmo tempo perderam a parte meridional do seu próprio território, sendo-lhes conquistado pelos nabateanos, poderosa tribo de árabes. Em tempos posteriores o nome de Edom, ou iduméia, estendia-se a todo o território desde o deserto da Arábia até ao Mediterrâneo. Era Bozra (Bezer) a cidade capital, mas a principal fortaleza era Petra (Sela), esse maravilhoso e quase inexpugnável lugar, talhado na rocha viva (*veja Petra). As palavras dos profetas foram completamente cumpridas – ‘Edom se fará um deserto abandonado’ (Jr 49.17 – Jl 3.19). É hoje de tal sorte o deserto de Edom, que a gente se espanta, e pergunta como é que uma região tão estéril e acidentada pôde, em tempos antigos, ser adornada de cidades, e habitada por um poderoso e opulento povo! o seu atual aspecto devia desmentir a sua história, se essa história não fosse confirmada por muitos vestígios de sua primitiva grandeza, pelos sinais de uma antiga cultura, isto é, pelas ruínas de cidades e fortificações, vendo-se ainda também os restos de muralhas e de estradas empedradas.
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edrai
hebraico: forte, terra cultivada
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edrei
Fortaleza. 1. Cidade fortificada, sobre um promontório roqueiro, que se salienta no ângulo sudoeste do Lejá. Foi uma das duas principais cidades de Basã, e o ponto da derrota de ogue pelos israelitas (Nm 21.33 a 35 – Dt 1.4 – 3.10 – Js 9.10 – 12.4 – 13.12). Foi cedida à meia tribo oriental de Manassés (Js 13.29 a 31) – mas depois disso não lhe é feita qualquer outra referência. Ainda que foi outrora uma grande fortaleza, é agora apenas um montão de ruínas, ao qual está ligado ainda o seu antigo nome (Edrael). 2. Cidade de Naftali ao norte da Palestina (Js 19.37), à distância de três quilômetros ao sul de Quedes.
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eduardo
Próspero guardião
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efa
22 lts. (secos)
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efai
hebraico: fatigado
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efata
aramaico: abra-te
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efêmera
De pouca duração; passageiro, transitório
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efêmero
De pouca duração; passageiro, transitório.
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efer
bezerro ou pequeno animal
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efes-damim
hebraico: fim do sangue (uvas), grego: costa de Damim
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efésios (epistola aos)
A DATA em que foi escrita a epístola do Apóstolo Paulo pode ser deduzida da narrativa. Foi escrita pelo mesmo tempo em que o foram as dirigidas aos Colossenses e a Filemom, quando Paulo era prisioneiro em Roma. Ele está antevendo a rápida decisão do seu caso, e o seu termo, ou na morte, ou, como julga mais provável, no seu livramento (Fp 1.25,27 – 2.23,24). Parece, também, que os filipenses tiveram tempo de ouvir falar da sua prisão e haviam, por isso, contribuído com certa quantia para auxiliar o Apóstolo – mais tarde foram informados da doença do seu mensageiro Epafrodito em Roma, recebendo posteriormente S. Paulo notícias dos seus cuidados a respeito deles (Fp 2.25 a 30 – 4.10 a 18). Sem dúvida a carta foi escrita de Roma pelo ano 62 ou 63d.C. (60 ou 61 na cronologia revista). E é provável que, na sua origem, fosse a epístola aos Efésios uma carta circular (epístola de Laodicéia, Cl 4.16), que devia ser dirigida a todas as igrejas da Ásia Menor. A ocasião da epistola faz lembrar o ministério de S. Paulo em Éfeso. A sua primeira visita a Éfeso foi por pouco tempo, incluindo apenas um sábado, quando lá estava de volta, na sua segunda viagem missionária. Mas a obra por ele principiada entre os judeus foi sustentada por Aqúila e Priscila, e também por Apolo (At 18.19 a 21,24, 26) – e de tal modo trabalharam estes cooperadores de Paulo, que este achou, já na sua segunda visita, algumas preparações para os seus posteriores trabalhos. E continuou trabalhando por mais de dois anos, não obstante fortes perseguições (At 20.19 – 1 Co 15.32), e pôde colher notáveis frutos do seu trabalho entre judeus e gentios, não somente na cidade, mas por toda a província (At 19.10). E desta maneira foram fundadas as ‘sete igrejas da Ásia’. Na sua evangelização zelosa e persistente (At 20.18 a 20), Paulo organizou na própria cidade de Éfeso uma grande e florescente igreja, à qual, no ano seguinte, na sua última viagem a Jerusalém, por meio dos seus anciãos ou presbíteros ele dirigiu solenes palavras de despedida (At 20.17 a 35). Depois confiou esta igreja ao cuidado de Timóteo (1 Tm 1.3). As palavras da epístola têm um caráter distintivo. Não é bem uma epístola de feição pessoal, no mesmo grau em que foram compostas as outras cartas do mesmo autor. E, por outro lado, é notável pelos seus considerados e cuidadosos delineamentos sobre o proclamado Evangelho de Paulo. A sua linguagem é a de um coração apaixonado pela verdade, manifestando um ardente espírito, católico nos seus propósitos e generoso em todos os seus aspectos. Há muitos pontos de relação entre a linguagem da epístola aos Efésios e a da enviada aos Colossenses – e, também, é digno de nota o uso de algumas palavras e frases, que se lêem nestas mesmas cartas. Cinco vezes ocorre na epístola aos Efésios a hase ‘lugares celestiais’ ou ‘regiões celestiais’ – e não menos de doze vezes se encontra a palavra ‘graça’. A palavra ‘riqueza’ é, igualmente, por vezes empregada: ‘riqueza da sua graça’ (1.7 – 2.7) – ‘riqueza da glória’ (1.18 – 3.16) – ‘riquezas de Cristo’ (3.8). ‘Mistério’, no sentido de segredo outrora oculto, mas agora revelado, é termo de uso freqüente nas epístolas de Paulo, mas especialmente característico desta epístola, em que é empregado cinco vezes (1.9 – 3.3, 4,9 – 6.19), e sempre enfaticamente. A comparação que faz entre a igreja e um edifício suntuoso, e também a alegoria tirada da armadura de um soldado romano, são belamente expressivas nesta epístola (2.20 a 22 – e 6.13 a 17). A omissão de saudações pessoais foi já observada.Toda a matéria versada na epístola está dividida em duas partes principais: os capítulos 1 a 3 são principalmente doutrinais – e os 4 a 6 são quase inteiramente práticos.
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éfeso
Cidade situada naquela região que hoje se chama Ásia Menor, nas margens do rio Caístro, à distância de uns dez quilômetros da sua foz. Era uma cidade livre, centro da administração romana, habitando lá muitos judeus. Esta povoação era grandemente famosa pelo templo de Ártemis (Diana), que era de extrema magnificência, e possuía imensos tesouros, sendo considerado como uma das maravilhas do mundo. Este templo tinha 130m de comprimento por 67m de largura, e achava-se adornado com pinturas e estátuas. Foi incendiado no dia em que nasceu Alexandre Magno, e esteve em ruínas por algum tempo. ofereceu-se Alexandre para reconstruí-lo se os efésios quisessem colocar no novo edifício uma inscrição que indicasse o nome do benfeitor. Foi recusado o oferecimento, e os próprios habitantes é que reedificaram o templo com maior magnificência do que o anterior. Vêem-se as ruínas de Éfeso perto da cidade turca de Aiasluque. Muitos dos mármores e outras pedras preciosas que se empregaram na construção dos seus magníficos edifícios foram levadas para Constantinopla e outras grandes cidades, situadas à beira do Mediterrâneo, tendo a massa de toda aquela alvenaria servido durante séculos aos habitantes daqueles sítios próximos. o livro dos Atos menciona duas visitas de S. Paulo a Éfeso (18.19 e 19.1). Na primeira vez, quando se dirigia a Jerusalém, pregou num dia de sábado na sinagoga, deixando ficar em seu lugar Priscila e Áqüila, aos quais pouco tempo depois se juntou Apolo. Quando, pela segunda vez, visitou a cidade, permaneceu Paulo ali por mais de dois anos, sendo a razão provável dessa demora a importância do lugar como sede principal da idolatria, e grande centro de influência. os trabalhos de evangelização foram coroados de notáveis resultados, tanto entre os da cidade, como entre a gente das aldeias circunvizinhas. Segundo uma primitiva tradição, viveu São João, evangelista e apóstolo, em Éfeso, nos anos mais próximos do seu fim na terra. (*veja Paulo, Diana.). o sumário das referências bíblicas a Éfeso é o seguinte: situação do templo e a imagem de Diana, que sugeriram ilustrações a Paulo (1 Co 3.9 a 17 – Ef 2.19 a 22 – 1 Tm 3.15 – 2 Tm 2.20). Centro dos trabalhos de Paulo quando concluía a sua segunda viagem (At 18.19 a 21) – e por quase três anos ali evangelizou, também, quando realizava a sua terceira volta missionária (At 19.1 a 20 – 20.31). Foi teatro do tumulto que fizeram os adoradores de Diana (At 19.21 a 41 – 20.1 – 1 Co 15.32) – depois disto mandou Paulo chamar os presbíteros de Éfeso para se encontrarem com ele em Mileto (At 20.16 a 18). Ali exerceu Timóteo o seu ministério (1 Tm 1.3), e trabalharam também na obra do Evangelho Áqüila e Priscila (At 18.18, 19 – 2 Tm 4.19) – e Apolo (At 18.24) – e também Trófimo e Tíquico (At 20.4 – 21.29 – 2 Tm 4.12). Foi residência de alguns discípulos de João Batista (At 19.1 a 3) – e de onesíforo (2 Tm 1.16 a 18 – 4.19) – e de Alexandre, o latoeiro (2 Tm 4.14) – e de Demétrio (At 19.24) – e dos filhos de Ceva (At 19.14) – e de Himeneu e Alexandre (1 Tm 1.20 – 2 Tm 4.14) – e finalmente de Figelo e Hermógenes (2 Tm 1.15). É o lugar de uma das sete igrejas, a que se refere o Apocalipse (1.11 – 2.1) – sendo a essa igreja que Paulo dirigiu de Roma a epístola aos Efésios (Vede o artigo precedente).
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effata
abre-te
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eflal
hebraico: judioso
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eflúvio
Efluência; exalação.
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éfode
coberta
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efra
hebraico: um veado, povoação
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efraim
Fértil. Segundo filho de José, nascido no Egito (Gn 41. 52). Quando foi levado à presença do patriarca Jacó com Manassés, Jacó pôs a sua mão direita sobre ele. Quis José mudar as posições dos seus dois filhos, mas Jacó recusou (Gn 48.8 a 20).
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efraim (cidade de)
Cidade ‘vizinha ao deserto’, para onde Jesus Cristo se retirou, quando era viva a hostilidade dos judeus de Jerusalém (Jo 11.54). É, provavelmente, a mesma cidade que ofra. (*veja esta palavra.) Não se sabe se é idêntica àquela povoação, mencionada em 2 Sm 13.23, a qual ficava na vizinhança da herdade de Absalão.
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efraim (floresta de)
A floresta ou bosque de Efraim (1 Sm 14.25 – 2 Rs 2.24) ficava ao oriente do Jordão, perto de Jabes-Gileade e foi um lugar memorável pela batalha que ali se travou entre Davi e o rebelde exército de Absalão (2 Sm 18.6).
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efraim (monte de)
(Js 17.15 – 19.50 – 207.) Também se diz região montanhosa de Efraim. Deu-se este nome à cordilheira que se estende de norte a sul pelas terras de Efraim. Era fértil o solo tanto das rampas orientais como das ocidentais.
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efraim (porta de)
Uma das portas de Jerusalém, perto daquela que é hoje conhecida pelo nome de porta de Damasco (2 Rs 14.13 – 2 Cr 25.23 – Ne 8.16).
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efraim (tribo de)
os descendentes de Efraim ocuparam uma das mais férteis regiões da Palestina, tendo o mar Mediterrâneo ao ocidente, e protegendo-os pelo oriente o rio Jordão. Ao norte era limitada pela tribo de Manassés, e era fechada ao sul pelas tribos de Dã e Benjamim. A família de Efraim tinha saído do Egito, extraordinariamente forte em número (Nm 2.18,19) – e Josué, ele próprio efraimita, deu-lhe a porção de território acima descrita (Js 16.1 a 10). A arca e o tabernáculo por muito tempo permaneceram no território desta tribo, em Silo – e, depois da revolta e separação das dez tribos, esteve a capital do seu reino sempre dentro dos limites de Efraim, de maneira que a todo o povo se dá algumas vezes o nome de efraimitas (Jr 31.9, 18.20).
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efrata
fertilidade
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efrom
pertencente ao bezerro
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egeu
grego: Venerável
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égide
Escudo, proteção.
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egito
Por toda a história da Bíblia, desde que Abraão desceu ao Egito para ali habitar (Gn 12.10) por causa da grande fome que havia em Canaã, até àquele dia em que José, a um mandado do Senhor, se levantou às pressas, e, tomando de noite o menino e sua mãe (Mt 2.14), partiu para o Egito, achamos estarem em constante comunicação os israelitas e os egípcios. Na Sagrada Escritura o nome genérico do Egito é Mizraim: o Alto Egito é algumas vezes chamado Patros (Cp is 11.11 – Jr 44.1 – Ez 29.14 com Dt 2.23 – Jr 47.4 – Ez 30.14 a 16). Uma designação poética do Egito é Raabe (Sl 87.4 e 89.10 – is 51.9). (*veja Raabe.) Na sua parte física é o Egito limitado ao norte pelo mar Mediterrâneo – ao noroeste pelo ribeiro El-Aris (o rio do Egito em Nm 34. 5), a fronteira da Palestina, e pelo deserto sírio ou arábico até ao golfo de Suez, e deste ponto para o sul tem por limite a costa ocidental do mar Vermelho, ficando a oeste das terras egípcias o deserto da Líbia. Desde os tempos mais remotos têm sido marcados os seus limites meridionais nas cataratas de Assuã, a antiga Siene. o comprimento do Egito está em grande desproporção com a sua largura, visto que sendo aquele de 800 km, esta varia entre 8 km pouco mais ou menos (terra cultivável) e cerca de 130 km, que é toda a largura da fronteira marítima do Delta. A bem conhecida e afamada fertilidade do solo do Egito provinha, e ainda hoje provém, da fertilizadora influência das inundações anuais do rio Nilo, fato que já é notado no Dt (11.10 a 12), quando ali se faz referência ao sistema de cultivar as terras por meio da irrigação. A Palestina, diz-nos a mesma passagem, era um país regado pelas chuvas, ao passo que o Egito tinha de ser laboriosamente regado pelo próprio homem – porquanto neste pais as chuvas não são freqüentes, dependendo a fertilidade do solo da cheia anual do Nilo. E tira-se todo o proveito possível desta cheia, para a rega das terras, por meio de canais e abertura de regos. Fazer canais e limpá-los era uma das formas da ‘dura servidão, em barro e em tijolos’ (Êx 1.14), com que eram amarguradas as vidas dos israelitas no Egito. Não somente dependiam das cheias do Nilo a prosperidade, as riquezas e a fertilidade do Egito, mas também a sua própria existência é devida à mesma causa. o limo é trazido nas correntes que descem das montanhas e planaltos da Abissínia e de sítios que estão muito para o interior da África, e durante as inundações anuais deposita-se ele nas terras. No período das cheias, todo o país parece um conjunto de lagos, canais, reservatórios, estando tudo isto separado por diques e estradas alteadas. E não é tanto a saturação do solo, como o que nele se deposita, que produz tão largas colheitas. Logo que baixam as águas, começa a lavoura. A semente é lançada no chão umedecido, ou mesmo sobre a água que ainda cobre um pouco a terra, e sob a ação do quentíssimo sol aparecem com tal rapidez a vegetação e os frutos que se pode fazer uma série de colheitas. A transformada aparência do país em virtude das cheias anuais é simplesmente assustadora. o que era seco deserto de areia e pó converte-se, num curto espaço de tempo, em belos campos cobertos de verdura. Tão inteiramente estavam os egípcios dependentes do rio Nilo, que eles o adoravam, prestando-lhe honras divinas, como sendo o primeiro de todos os seus deuses. Foi este culto pelo seu rio que tornou terrivelmente impressionante a praga das rãs e a da conversão das águas em sangue (Êx 7.15 a 25 – 8.1 a 15). o Egito, nas suas divisões políticas, achava-se dividido, desde tempos muito remotos, em nomos, ou distritos. Estes eram, outrora, praticamente reinos separados, sujeitos a um supremo governador, contando-se primitivamente trinta e seis, tendo cada um deles os seus especiais objetos de culto. Estes nomos foram diminuindo em número até que, no tempo de isaías, não havia, provavelmente, mais do que dois. Somente duas das divisões se acham mencionadas na Sagrada Escritura, Patros e Caftor. Com respeito a uma certa divisão, a terra de Gósen, era, pelo que se dizia, uma das mais ricas terras de pastagem do Baixo Egito. A significação do nome é desconhecida, mas talvez seja derivado de Guse, palavra árabe que significa ‘o coração’, querendo dizer o que é escolhido, ou o que é precioso (Gn 45.18 – e 47.11). Foi esta a província que José escolheu para ali estabelecer os seus parentes. Gósen ficava entre o braço mais oriental do Nilo, e a Palestina, e a Arábia. Fazia parte do distrito de Heliópolis, do qual era capital a notável om das Escrituras. (Vejam-se Gósen, e om.) Como era de esperar num país tão populoso como o Egito, havia muitas cidades, grandes e prósperas, dentro dos seus limites. Pouco sabemos das mais antigas povoações, a não ser o que tem sido respigado nos monumentos e inscrições dispersos. Tebas, uma das mais notáveis dessas cidades, era a antiga capital do Egito. Diz-se que esta famosa cidade foi edificada por Mizraim, filho de Cão, e neto de Noé. Foi também chamada Nô (Ez 30.14), Nô-Amom, e Dióspolis. Estava situada nas margens do Nilo, e era a sede do culto prestado ao deus Amom, achando-se enriquecida de magníficos templos e outros edifícios públicos. Quão grandiosa e forte era a cidade de Tebas, atesta-o a História, e a Sagrada Escritura o confirma (Na 3.8 a 10), quando a compara com Nínive, mas dando-lhe preeminência sobre essa cidade (*veja Nô). outras importantes cidades eram Zoã (Sl 78.12) – om, ou Heliópolis (Gn 41.45) – Pitom e Ramessés (Êx 1.11) – Sim (Ez 30.15) – Pi-Besete ou Bubastes (Ez 30.17) – Tafnes, ou Hanes (Jr 43.8 – is 30.4) – Migdol (Jr 46.14) – Mênfis ou Nofe, cuja riqueza e fama são atestadas por antigos escritores, que chegaram a marcar-lhe um lugar superior ao de Tebas, sendo ela a maior cidade dos Faraós, a mais bem conhecida dos hebreus, com grande número de referências na Bíblia – Seveno (Ez 29.10) – e Alexandria. os egípcios já haviam alcançado um alto grau de prosperidade, quanto à vida luxuosa e aos seus costumes num tempo em que todo o mundo ocidental se achava ainda envolto no barbarismo, antes mesmo da fundação de Cartago, Atenas e Roma. o seu sistema de governo era uma monarquia, que
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eglá
novilhas
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eglaim
dois bezerros
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eglom
1. Eglom era rei dos moabitas, que, com o auxilio dos amonitas e dos amalequitas (Jz 3.12 e seg.), tomou Jericó, oprimindo o povo de israel pelo espaço de dezoito anos, e obrigando-o a pagar tributo. Foi assassinado por um israelita, chamado Eúde, que tinha obtido por meio de um presente ser chamado à sua presença. (*veja Eúde.) 2. Uma das cidades dos amorreus, que em poder do seu rei Debir, e na confederação de quatro outras cidades, fez guerra a Gibeom. Foi destruída por Josué (Js 10.3 a 35 – e 12.12) – e coube na divisão das terras à tribo de Judá (Js 15.39). Hoje chama-se Ailã e fica 22 km ao nordeste de Gaza, e distante 16 km de Beit Jibrim, ao sul da grande planície marítima. (*veja Josué.).
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eglon
bezerro avantajado
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egocêntrico
Aquele que refere tudo ao próprio eu.
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einar
Guerreiro solitário
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eira
Terreno onde se secam e limpam os cereais e legumes, nas marinhas, se ajunta o sal
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eirado
Terreno duro e liso onde se secam os cereais
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el
hebraico: Deus forte, herói
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el shadai
SHADAI ou EL SHADDAY – aparece 48 vezes nas Escrituras hebraicas (31 em Jô, 9 no Pentateuco e 8 nos demais livros).
Sua etimologia indica que o nome pode derivar do acádio “SHADU”, “Rocha”, “Montanha” (Deus Das Montanhas), ou ainda ,” SHE-DAY”(aquele que é suficiente a si mesmo)
Mas estudos recentes demonstraram que “SHADU” = “MONTANHA” pode significar “seios”, “mamas” (em hebraico, shaddayim – Gn 49,25): por EL SHADDAI… benção das mamas e dos seios; Gn 17,2; 27,1s. 35,11; 49,25 – denominação de EL SHADDAI ligada à fecundidade.
Em nossas Bíblias tem o significado de ação de um SER FORTE.
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el shaddai
Deus todo-poderoso
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el-berite
hebraico: Deus de concreto
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el-betel
o Deus da casa de Deus
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el-elohe-israel
hebraico: Deus é Deus de Israel
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el-hanã
Deus é gracioso
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el-shadai
Deus todo poderoso.
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el-shadais
hebraico: Deus é Senhor
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ela
hebraico: carvalho
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elada
Deus é ornamento
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elade
hebraico: Deus continua
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elai
grego: tocha
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elaine
Tocha, luz
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elam
hebraico: mocidade
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elamitas
Ed, 4.9 – At 2.9. (*veja Elão.
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elana
hebraico: Deus e clemente ou gracioso
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elão
mocidade
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elasa
Deus criou. 1. Sacerdote que casou com uma mulher estrangeira no tempo de Esdras (Ed 10.22). 2. Embaixador do rei Zedequias, que foi à Babilônia falar com Nabucodonosor. Ele também levava uma carta aos judeus, que estavam cativos na Babilônia (Jr 29.3).
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elasar
os domínios do rei Arioque (Gn 14.1). Nos tempos de Abraão era Elasar a capital de um reino, sujeito a Elão. Tem sido identificada essa povoação com a antiga cidade de Larsa, na Caldéia, a qual hoje se chama Senkereh.
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elate
Uma praia do mar, na terra de Edom, que hoje se chama Eilé, e que se achava situada na parte superior do golfo Arábico. Pertencia primitivamente aos idumeus, estando no país da iduméia. Quando Davi conquistou Edom, e ‘em todo o Edom pôs guarnições’ (2 Sm 8.14), ele começou a estabelecer relações comerciais com o mundo exterior. Elate tornou-se porto de importância, e lugar de considerável grandeza. No reinado de Salomão veio a ser Elate, bem como o vizinho lugar Eziom-Geber, ainda mais importante por causa dos navios que o mesmo rei mandou construir e prover do necessário, com o fim de comerciar com ofir e mandar vir dali ouro e outras preciosas mercadorias (2 Cr 8.17). Permaneceu o porto de Elate em poder dos israelitas durante 150 anos, sendo recuperado pelos idumeus, no reinado de Jeorão (2 Rs 8.20). Todavia, foi retomado por Uzias, rei de Judá, que de novo o fortificou e o repovoou de súditos seus, restabelecendo o comércio com ofir. Continuou em prosperidade até ao tempo de Acaz, que perdeu aquele importante lugar, tomando posse dele o rei de Damasco. Uma vez mais foi mudada a população da cidade. os judeus foram expulsos, desta vez para o bem deles, sendo substituídos pelos sírios, que ali foram postos pelo rei Rezim (2 Rs 14.22 – 16.6).
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elcana
Possessão de Deus. l. (Êx 6.24) 2. Pai de Samuel (1 Sm 1.1 a 23 – 1 Cr 6.27,34). Ele viveu no tempo de Eli, e era casado com duas mulheres – uma delas, chamada Ana, em resposta às suas orações, teve um filho ao qual foi dado o nome de Samuel. 3. Um levita, que deve ser o mesmo que 1, e um dos primitivos antepassados de 2 (1 Cr 6.23). 4. Também antepassado mais próximo de 2 (1 Cr 6.26). 5. (1 Cr 9.16). 6. Um coraíta, que se juntou a Davi em Ziclague (1 Cr 12.6). 7. Um levita (1 Cr 15.23). 8. Um oficial do rei Acaz (2 Cr 28.7).
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elda
quem Deus chamou
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eldade
quem Deus amou
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eleada
hebraico: Deus e testemunha ou a quem Deus louva
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eleade
hebraico: para o alto onde Deus sobe
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eleal
hebraico: para o alto onde Deus sobe
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eleal ou eleale
Deus é engrandecido. Cidade moabita, ao norte de Hesbom, foi dada a Rúben (Nm 32.3). Está situada ao oriente do Jordão em terra de pastagem. Foi denunciada tanto por isaías como por Jeremias. Podem ainda ver-se as suas ruínas, que têm o nome de El-Áal, no cimo de um monte, cercado de uma larga planície (is 15.4 – 16.9 – Jr 48.34).
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eleale
Deus é exaltado
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eleasa
hebraico: quem Deus fez
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eleazar
Deus nos auxiliou. 1. Terceirofilho de Arão e de Eliseba, sendo esta filha de Aminadabe, descendente de Judá por Perez (Gn 38.29 – Êx 6.23 – Rt 4.18). Ele e os da sua família que o seguiram, sucederam a Arão no cargo de sumo sacerdote, conservando-se nesta alta posição até ao tempo de Eli. os seus dois irmãos mais velhos, Nadabe e Abiú, foram feridos de morte por causa da sua perversidade, ainda que tinham sido consagrados ao ministério sacerdotal. Como Eleazar era o sobrevivente filho mais velho, sucedeu a seu pai, tendo ele próprio como sucessor o seu filho Finéias e os seus herdeiros, em conformidade com o pacto (Nm 25.12,13) – e isto continuou assim até que, na pessoa de Eli, passou o sagrado oficio por certo tempo para a família de itamar. Não se sabe o motivo por que a sucessão sacerdotal foi transferida de Eleazar para itamar, mas temos o conhecimento de que tornou aquela alta missão a ser exercida pela família de Eleazar por causa da vida escandalosa dos filhos de Eli. Desde então o lugar de príncipe dos sacerdotes foi ocupado pela família de Eleazar até ao cativeiro. (*veja Abiatar.) 2. Filho de Abinadabe, a cujo cuidado foi confiada a arca, quando esta voltou para israel enviada pelos filisteus. Ele foi nomeado para esta tarefa pelos seus conterrâneos de Quiriate-Jearim (1 Sm 7.1). 3. Um dos principais capitães do exército de Davi (2 Sm 23.9). Era aoíta. Era filho de Dodó, e considerado como homem de grande coragem pessoal (1 Cr 11.12). 4. Merarita e filho de Maeli (1 Cr 23.21). 5. Sacerdote que esteve presente na dedicação dos restaurados muros de Jerusalém (Ne 12.42). 6. Filho de Finéias (Ed 8.33). 7. *veja Ed 10.25. 8. Filho de Eliúde, nome que se encontra na genealogia de José, casado com Maria (Mt 1.15).
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eleazar (= lázaro)
hebraico: Deus ajudou.
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electa
eleita
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elefe
boi
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elegia
Poema lírico de tristeza
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eleito, eleição
As expressões ‘meu eleito’, e ‘meu escolhido’, e ‘meus eleitos’ encontram-se algumas vezes na segunda parte do livro de isaías (42.1 – 45.4 – 65.9,22) – e muitas outras passagens se vêem em que há referências a israel como povo escolhido de Deus (*veja Dt 4.32 a 40 – 7.6 a 11 – Sl 78.67 a 72 – 105.6 – is 41.8). A redentora graça de Deus a respeito da Humanidade manifesta-se com a divina escolha daqueles que haviam de ser instrumentos dos Seus altos desígnios, umas vezes nacionais, outras vezes individuais (Moisés – Sl 106.23 – Davi – 1 Rs 11.34, etc.). Na grande profecia do ‘servo do Senhor’ (is 42 a 53), o servo é identificado ou com toda a nação, ou com o fiel povo remanescente, ou ainda com a ideal Figura de 52.13 a 53.12: o cumprimento acha-se em Lc 9.35: ‘Este é o meu Filho, o meu eleito’. (Noutras versões: ‘Este é o meu amado Filho’.) o termo eleição não ocorre no A.T. No N.T. faz-se referência à eleição de israel em At 13.17, e especialmente quando Paulo se baseia, para as suas argumentações, na maneira divina como foi tratado o povo de Deus (Rm 9.11). As promessas divinas sempre tinham sido para aqueles a quem Ele escolheu: e quanto à rejeição de todos, excetuado um remanescente de israel, estava isso claramente predito nas Escrituras. No decorrer da argumentação há uma certa assertiva da soberania divina (9.15 a 21), mas isso é mais para repreender a arrogância do privilégio judaico do que como fim de todo o assunto. o povo de israel é endurecido, para que a plenitude dos gentios possa entrar. Pela compaixão manifestada para com os gentios, os judeus também obteriam compaixão e assim Deus realizaria o seu propósito de ter ‘misericórdia de quem quer’. Esta é a doutrina de Paulo acerca da eleição – e como ele vê o resultado final na salvação do mundo, irrompe com a doxologia que fecha a discussão (11.25 a 36). Todavia, pondo de parte estas históricas referências ao povo judeu, o conceito do A.T. a respeito da eleição acha-se transferido no N.T. para o israel espiritual, isto é, para a igreja cristã. isto se vê claramente em 1 Pe 1.2, e 2.9,10 – e também nos termos ‘escolhidos’ ou ‘eleitos’, que eram empregados a respeito dos crentes (Mt 24.22, 31 – Rm 8.33 – Cl 3.12 – 1 Ts 1.4, etc.). É claro que não se insistia sobre o privilégio nacional, e, sim, sobre uma espiritual realidade, que deve ser sustentada contra a tentação da apostasia (Mt 22.14 – 24.24), e cuidadosamente empregada para se tornar mais firme (2 Pe 1.10 – *veja Fp 3.12 – Cl 1.23 – 3.1). o método e o valor desta eleição se realçam em Ef 1.3 a 14.) A escolha de indivíduos para uma missão especial aparece de um modo notável no caso dos apóstolos (Jo 15.16 – At 1.2): também a respeito de Paulo (At 9.15) – e, como já se notou, foi perfeitamente realizada em Jesus Cristo (Lc 23.35). o termo, na aplicação que Paulo faz, referindo-se a Rufo (Rm 16.13) ‘eleito (escolhido) no Senhor’, parece denotar especial eminência no caráter e serviço cristãos. No mesmo sentido pode a palavra aplicar-se àquela pessoa apenas designada por ‘a senhora eleita’, a quem S. João dirige a sua segunda epístola (2 Jo 1) – pais provavelmente parece ser usada simbolicamente a respeito de uma igreja, à qual o apóstolo escreve, e à qual envia (vers. 13) as saudações da sua própria igreja: ‘os filhos de tua irmã a eleita te saúdam.’ De modo semelhante a expressão ‘Aquela que se encontra em Babilônia, também eleita, vos saúda’ (1 Pe 5.13) poderá ser a igreja que estava em Roma. (*veja Babilônia.)
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eleitos
Escolhidos para um relacionamento ou função específica. O povo de Deus escolhido em Cristo antes da fundação do mundo (Ef. 1.4).
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elem
hebraico: martelo, golpe, pancada
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elementos
Esta palavra tem diversas significações: (1) as letras do alfabeto, e por conseqüência os rudimentos (o a b c ) de qualquer ramo de conhecimentos – (2) os elementos de que é composto o nosso globo: terra, ar, água, e fogo – (3) os corpos celestiais, como partes constitutivas do Universo. Com respeito à frase que vem na segunda epístola de S. Pedro (3.10) – ‘os elementos se desfarão abrasados’ – divergem os intérpretes na sua significação: ao passo que uns dizem que se trata dos elementos, afirmam outros que há referência aos corpos celestiais (3) – e talvez este sentido corresponda melhor ao que antes está dito ‘os céus passarão’, oferecendo contraste com a idéia expressa depois: ‘também a terra e as obras que nela existem serão atingidas.’ Em Hebreus (5.12) ‘os princípios elementares dos oráculos de Deus’ evidentemente trazem ao espírito a primeira significação (1). Há quatro passagens de S. Paulo, em que é duvidosa a significação. Em cada caso se diz: ‘os rudimentos (ou elementos) do mundo.’ Era sob a influência destes que os gálatas tinham estado em escravidão, e a esses rudimentos, ainda que pobres e fracos, estavam de novo voltando (Gl 4.3,9). Em conformidade com estes, e não ‘segundo. Cristo’, estavam os colossenses em perigo de ser desviados do Evangelho ‘por meio de filosofia e vãs sutilezas’. Não tinham eles morrido com Cristo com respeito aos rudimentos do mundo ? (Cl 2.8, 20) Nesta usual interpretação dos ‘rudimentos do mundo’ toma-se a palavra ‘mundo’ no sentido moral: a doutrina condenada pelo Apóstolo é, ao mesmo tempo, não-espiritual e elementar, em oposição à plenitude que está em Cristo.
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elena
Tocha, luz
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eleomar
Aglutinação de El Omar, “o próspero”
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eleuterio
grego: o libertador
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elga
Sagrado
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eli
Engrandecido. Sumo sacerdote e juiz de israel. Foi o antecessor de Samuel, e descendia de Arão por itamar (cp. 2 Sm 8.17 com 1 Rs 2.27, e 1 Cr 24.3). Como resultado da sua fraca influência sobre os seus dois filhos, Hofni e Finéias, foi-lhe dito que Deus o castigaria, sendo eles diretamente atingidos. A mensagem foi-lhe comunicada por meio do menino Samuel (1 Sm 3). Esta profecia foi cumprida vinte e sete anos mais tarde, sendo mortos Hofni e Finéias, quando combatiam os filisteus, em cujas mãos caiu a arca nessa mesma ocasião. Eli, que era então da idade de noventa e oito anos, ficou tão sucumbido com as más notícias que lhe foram trazidas do campo da batalha pelos corredores, que caiu da cadeira para trás, e, quebrando o pescoço, expirou (1 Sm 4). Este sumo sacerdote tinha sido juiz de israel por quarenta anos (1 Sm 4.18). Eli foi o primeiro da sua família que exerceu as funções de sumo sacerdote, sendo-lhe predito por Samuel que aquele alto oficio sacerdotal havia de passar de novo para a família de Eleazar. Sendo então mortos os seus filhos, foi investido o seu neto Aitube (1 Sm 14.3) do sumo sacerdócio, mas Abiatar, o neto de Aitube, foi expulso ‘para que não mais fosse sacerdote do Senhor’ (1 Rs 2.27), visto que se tinha juntado à rebelião de Adonias contra Salomão. Zadoque foi feito sumo sacerdote em seu lugar (1 Rs 2.35).
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eliã
Deus edificou seu povo
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eliabá
Deus oculta
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eliabe
Deus é pai. l. Era filho de Helom e chefe da tribo de Zebulom quando foram enumeradas as tribos no deserto do Sinai (Nm l.9). 2. Filho de Palu (Nm 26.8), e pai de Datã e Abirã (Nm 16.1). Era membro de uma das principais famílias da tribo de Rúben, e os seus filhos foram os principais instigadores da revolta contra Moisés (Nm 16.1 a 12 – Dt 11.6). 3. o filho mais velho de Jessé e irmão de Davi (1 Sm 16.6). Ele é chamado Eliú em 1 Cr 27.18. A sua neta Maalate casou com Roboão (2 Cr 11.18). 4. Levita que viveu no tempo de Davi – era porteiro e também músico (1 Cr 15.18 – 16.5). 5. indivíduo da tribo de Gade, e chefe do seu povo. Era dotado de caráter guerreiro, e uniu os seus destinos aos de Davi, quando este fugia de Saul para o deserto (1 Cr 12.9). 6. Levita, da família de Coate, e filho de Naate, de quem descendeu o profeta Samuel (1 Cr 6.27). Noutras narrações genealógicas é ele chamado Eliú (1 Sm 1.1), e Eliel (1 Cr 6.34).
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eliacim
(Eliaquim)
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eliadá
pelo qual Deus tem criado
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eliade
hebraico: Deus conhece
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eliakim
Meu Deus se levanta
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eliana
Sol, solar, de beleza resplandecente
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eliane
Sol, solar, de beleza resplandecente
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elião
hebraico: povo de Deus
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eliaquim
A quem Deus estabelece. l. Umdos oficiais da corte de Ezequias. Sucedeu a Sebna como mordomo da casa real, e foi nomeado para conferenciar com o rei da Assíria, que estava então cercando a cidade de Jerusalém (2 Rs 18 e 19 – is 22.20). 2. Filho e sucessor do rei Josias. Foi posteriormente chamado Jeoaquim (2 Rs 23.34). (*veja Joaquim.) 3. Sacerdote que assistiu à festa da dedicação dos muros, no tempo de Neemias (Ne 12.41). 4. e 5. Antepassados de Jesus Cristo (Mt 1.13 – Lc 3.30).
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elias
o SENHoR é Deus. 1. Elias era tesbita, natural de Gileade, país ao oriente do Jordão, e foi ‘o maior e o mais romântico caráter que houve em israel’. É dramático o seu aparecimento público. No reinado de Acabe, rei de israel, que recebia a forte influência de Jezabel, sua mulher, a nação caiu na idolatria, esquecendo o pacto do SENHoR. Veio, então, de repente a Acabe, por meio de Elias, esta terrível mensagem : ‘Tão certo como vive o Senhor, Deus de israel, perante cuja face estou, nem orvalho nem chuva haverá, nestes anos segundo a minha palavra’ (1 Rs 17.1). Elias era dotado de um temperamento impetuoso e ardente – tendo nascido nas serras de Gileade, amava as terras montanhosas. Pela narrativa dos fatos podemos depreender, na realidade, certos aspectos e traços pessoais. os seus cabelos eram compridos e abundantes (2 Rs 1.8). Era também forte, pois, não sendo assim, não teria podido correr até grande distância diante do carro de Acabe, nem teria suportado um jejum de quarenta dias. o seu vestuário constava de peles, presas com um cinto de couro, e de uma capa de pele de carneiro, que se tornou proverbial (1 Rs 19.13). A seca que houve no país pela maldade do rei e do povo durou três anos e seis meses (Lc 4.25 – Tg 5.17). A fome que se manifestou foi rigorosa, e a Fenícia foi, também um dos territórios atingidos pelo terrível flagelo. Tendo Elias entregado a sua mensagem, escondeu-se de Acabe num profundo vale ao oriente do Jordão, onde corria o ribeiro de Querite. ‘os corvos lhe traziam pela manhã pão e carne, como também pão e carne ao entardecer – e bebia da torrente’ (1 Rs 17.6). Passado algum tempo, secou o riacho de Querite e Elias foi mandado procurar outro lugar, e ele se levantou e foi para Sarepta, povoação próxima de Sidom, o próprio país de Jezabel (1 Rs 17.8,9). Ali se encontrou com uma mulher viúva, que andava apanhando lenha para cozinhar a última refeição, que ela e seu filho tinham para comer, pensando que dentro de pouco tempo morreriam de fome. E quando Elias pediu para si um pouco desta pequena porção de alimento, ela fez como o profeta lhe recomendou. A sua fé foi recompensada, porque, ainda que a fome teve a duração de três anos, nunca lhe faltou a farinha, e nunca se acabou o azeite (1 Rs 17.10 a 16 – Lc 4.26). Durante a sua residência em Sarepta, Elias teve a oportunidade de mostrar o poder do Senhor, visto que o filho da viúva tinha adoecido e morrido. A consternada mãe acusou o profeta de ter trazido à sua casa tal infelicidade – mas, havendo-lhe ele entregado vivo o filho, foi obrigada a confessar: ‘Nisto conheço agora que tu és homem de Deus’ (1 Rs 17.17 a 24). No terceiro ano da calamidade, as terras estavam tão secas, e a fome era tão dura que o próprio Acabe, e obadias, chefe da sua casa, tiveram de procurar por toda parte forragem para não morrerem os seus cavalos e mulas. Fizeram-se então, em Samaria, os preparativos para uma expedição. E nesta ocasião mandou o Senhor a Elias que fosse ter com Acabe, fazendo, ao mesmo tempo, a promessa de que mandaria chuva, e desta maneira acabou a seca em israel. No caminho, Elias encontrou obadias, e tranqüilizou-o quanto aos seus receios a respeito do rei, dizendo-lhe, ao mesmo tempo, que procurasse Acabe (1 Rs 18.7 a 16). o encontro do rei com o profeta, o desafio do servo do Senhor, no monte Carmelo, dirigido aos profetas de Baal, o resultado daquela cena, a vinda da chuva, tudo isto é descrito com uma tal viveza que é difícil ser excedida (1 Rs 18.17 a 46). Pela desumana mortandade dos profetas de Baal (*veja Dt 13.5 e 18. 20), excitou Elias a cólera de Jezabel, declarando esta terrível mulher que o mesmo que havia sido feito aos sacerdotes de Baal o seria e ele. Elias podia afrontar um rei colérico, mas a ameaça de uma mulher enraivecida o levou a procurar de novo o deserto, onde, em desespero, desejou que a morte o levasse. Mas Deus, na Sua infinita bondade, o guardou, alimentou, e guiou pelo deserto, numa jornada de quarenta dias, até que chegou a Horebe, ‘o monte de Deus’. Ali, pelas manifestações das terríveis forças da Natureza, como o tufão, o terremoto, e o fogo, ouvindo-se depois ‘um cicio tranqüilo e suave’, sentiu Elias na sua alma que estava na presença de Deus. A investigadora pergunta ‘que fazes aqui, Elias?’ teve como resposta um protesto de lealdade ao Senhor e, ao mesmo tempo, o reconhecimento da sua derrota, da sua solidão, e o receio de lhe tirarem a vida. o profeta recebe, então, a ordem de voltar à sua abandonada tarefa, no conhecimento íntimo de que a causa de Deus permanecia segura. Repreendido, e, contudo, cheio de coragem, volta Elias à sua missão – ao encontrar no caminho Eliseu, que lhe havia de suceder, lançou sobre ele a sua capa, e o levou a deixar a lavoura (1 Rs 19). Dois anos mais tarde, foi Elias mandado à presença de Acabe para avisá-lo, e ao mesmo tempo reprovar o seu procedimento no caso da vinha de Nabote. Da perturbada alma de Acabe, quando viu aproximar-se Elias, saiu este grito: ‘Já me achaste, inimigo meu?’ (1 Rs 21.20). o seu arrependimento adia o julgamento dos seus pecados, mas não o anula (*veja Acabe e Nabote ). Depois destes acontecimentos aparece Elias como mensageiro de Deus, para repreender Acazias, que, tendo subido ao trono após a morte do seu pai Acabe, havia procurado o auxílio dos deuses estranhos. o plano de Acazias para lançar mão da pessoa do profeta é frustrado por haver descido, nessa ocasião, fogo do céu (2 Rs 1 – *veja também Lc 9.54 a 56). Na ocasião em que fazia uma visita às escolas dos profetas em Betel e Jericó, Elias soube que estava para ter fim a sua carreira neste mundo (2 Rs 2). Quando Elias e Eliseu partiam de Jericó, e se dirigiam para um lugar além do Jordão, foram acompanhados por cinqüenta estudantes, que assim puderam observar a miraculosa separação das águas do rio por meio do manto de Elias. Tendo Eliseu pedido uma dobrada porção do espírito de Elias, isto é, que pudesse ser herdeiro do seu ministério e da sua influência (uma alusão ao duplo quinhão, que o primogênito recebia pela morte do pai), foi-lhe respondido que, embora a petição fosse extraordinária, seria atendida,
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eliasafe
a quem Deus acrescenta
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eliasibe
Deus restaurou. 1. Sumo sacerdote, que fez inconveniente uso do templo, dando ali refúgio a um seu parente, Tobias, o amonita, excitando desse modo a ira de Neemias (Ne 13.4 a 7). o seu neto casou com a filha de Sambalá, o horonita (Ne 13.28). Ele aparece pela primeira vez auxiliando a reedificação dos muros da cidade (Ne 3). 2. Um sacerdote (1 Cr 24.12). 3. Um descendente da casa de Judá (1 Cr 3.24). 4. Um músico do templo (Ed 10.24). 5 (Ed 10.27). 6. (Ed 10.36). 7. Pai de Joanã (Ed 10.6 – Ne 12.22,23). Talvez o mesmo que o do número 1.
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eliasibi
quem Deus restaura
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eliatá
Deus é vindo
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eliazafe
hebraico: Deus acrescentou
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elica
hebraico: Deus da congregação ou Deus rejeita
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elidade
quem Deus ama
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eliel
meu Deus é Deus, quem Deus fortalece
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eliemeleque
hebraico: meu Deus e rei
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elienai
meus olhos estão postos em Deus
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eliequim
quem Deus estabeleceu
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eliezer
Deus me ajuda. l. o principal servo de Abraão, que era chamado ‘damasceno Eliezer’ (Gn 15.2). ‘Um servo nascido na minha casa’ (vers. 3), quer dizer, que era membro da família. Era ele o ‘mais antigo servo da casa’, que foi mandado por Abraão procurar mulher para isaque (Gn 24.2). 2. Segundo filho de Moisés (Êx 18.4, 1 Cr 23.15,17). 3. Neto de Benjamim (1 Cr 7.8). 4. (1 Cr 15.24). 5. (1 Cr 27.16). 6. Profeta que profetizou contra Josafá (2 Cr 20.37). 7. (Ed 8.16). 8. (Ed 10.18). 9. (Ed 10.23). 10. (Ed 10.31). 11. Um dos antepassados de José na genealogia de Cristo (Lc 3.29).
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elifal
quem Deus julga
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elifaz
1. Filho de Esaú e de Ada, a filha de Elom (Gn 36.4 – 1 Cr 1.35). 2. o principal dos três amigos de Jó. Era temanita, da província da iduméia, a qual tinha sido colonizada por um filho de Esaú (Gn 36.10,11 – *veja Jr 49.7,20). Elifaz sustentava, mais que os outros amigos de Jó, que a infelicidade de Jó provinha do Senhor como castigo dos seus pecados ocultos. Ele trata mais amavelmente Jó do que Zofar ou Bildade. A grande verdade que ele apresenta é a assombrosa pureza e majestade de Deus (Jó 4.12 a 21). (*veja Jó, Livro de )
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elifelau
hebraico: Deus e excelente
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elifelete
Deus, caminho da salvação. l Um dos filhos de Davi, nascido em Jerusalém (2 Sm 5.16). 2. outro filho de Davi (1 Cr 3.6. Cp. com *veja 8). 3. (2 Sm 23.34) – também chamado Elifal (1 Cr 11.35). 4. (1 Cr 8. 39). 5. (Ed 8.13). 6. (Ed 10.33).
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elim
Palmeiras. o segundo acampamento dos israelitas depois que eles atravessaram o mar Vermelho, sendo célebre pelas suas doze nascentes e setenta palmeiras (Êx 15.27 – Nm 33.9, 10). É, provavelmente, a elevada e ondulosa planície da margem sul do Wady Gurundel.
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elimas
Mago ou feiticeiro. Falso profeta, que resistiu a Saulo e Barnabé em Pafos, na ilha de Chipre (At 13.8).(*veja Barjesus.)
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elimeleque
Deus é Rei. o marido de Noemi, sogra de Rute. Pertencia à família hezronita, que habitava em Efrata de Belém no tempo dos juizes. Não só Elimeleque, mas também seus filhos morreram em Moabe, voltando por isso Noemi e sua nora Rute para Belém, onde esta última casou com Boaz, seu parente, ‘da família de Elimeleque’ (Rt 1.2, 3 – 2.1,3 – 4.3,9). (*veja Rute.)
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elioda
hebraico: quem conhece Deus
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elioenai
meus olhos são para Deus
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eliona
hebraico: meus olhos estão posto em Jeová
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elionai
hebraico: meus olhos estão em Jeová
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eliorefe
Deus é uma recompensa
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elisá
de quem Deus é a salvação
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elisabe
Deus é juramento
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elisabete
Deus é plenitude ou consagrada a Deus
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elisabeth
Meu Deus é abundante, Deus de abundância
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elisafa
hebraico: Deus me protegeu, ou esconde
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elisafate
hebraico: Deus de defesa, Deus é juiz, ou Jeová o escondeu
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elisama
Deus que ouve
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eliseba
hebraico: Deus da promessa
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eliseu
Deus é Salvação. Eliseu, filho de Safate, foi discípulo e sucessor de Elias. o profeta Elias, a quem Deus tinha mandado que ungisse Eliseu como profeta, foi para este fim a Abel-Meolá, onde encontrou Eliseu, ocupado em lavrar a terra com doze juntas de bois, e lançando o seu manto sobre ele, abruptamente passou adiante (1 Rs 19. 19). Correu Eliseu após ele, e pediu-lhe fosse permitido despedir-se da sua família – recebendo uma resposta enigmática, matou logo uma junta de bois, cozeu a carne com a madeira do arado, e fez uma festa de despedida a que assistiram os seus vizinhos. Depois disto, foi coadjuvar Elias, a quem serviu até ser este trasladado da terra – nessa ocasião apanhou Eliseu o manto caído, sendo-lhe dada, em conformidade ao seu pedido, dobrada porção do espírito de Elias, sinal de que havia de ser o seu herdeiro e sucessor (2 Rs 2). Após o desaparecimento de Elias, mostrou Eliseu ter sido favorecido com os dons de profeta, separando as águas do rio Jordão por meio do manto do ser mestre (2 Rs 2.14). os ‘discípulos dos profetas’ publicamente o reconheceram como sucessor de Elias. Logo depois deste fato, deu-se o segundo e o terceiro dos seus milagres, que foram a dulcificação das águas de Jericó (2 Rs 2.19 a 22), e o aparecimento de ursos, que despedaçaram rapazes escarnecedores (2 Rs 2.23,24). Quando o rei de Moabe, que havia pagado tributo desde o tempo de Davi, se revoltou contra o rei de israel, marchou este e os seus aliados, os reis de Judá e de Edom, para o deserto, na esperança de surpreender o rei de Moabe – mas a falta de água os fez sofrer muito. A pedido de Josafá, profetizou Eliseu um notável livramento (2 Rs 3.1 a 25), que foi maravilhosamente realizado. Não está muito claramente indicada a cronologia da vida de Eliseu – mas como ele morreu no reinado de Jeoás (2 Rs 13.14), deve o seu ministério ter-se exercido durante os reinados de Jeorão, Jeú, Jeoacaz, e Jeoás, pelo espaço de quase cinqüenta e sete anos. A mais profunda lição deste longo ministério não foi tanto a pregação do poder do Senhor, como fazer ver o cuidado, a providência e o auxílio do Senhor, que sempre se tornam visíveis para com os Seus servos e o Seu povo. Vê-se isto no caso da viúva, cujo marido tinha vivido no temor do Senhor (2 Rs 4.1 a 7). Em virtude de ter ficado pobre esta viúva, o credor tomou conta dos seus dois filhos, para serem seus servos. E, fazendo isto, estava dentro de lei (Lv 25.39), mas semelhante ação não se podia justificar pela sua dureza. Então Eliseu, o profeta do Deus de infinita misericórdia, não pôde resistir ao apelo que lhe foi feito, prestando auxilio à pobre mulher. Aconteceu também que, vindo Eliseu várias vezes do monte Carmelo, costumava ficar em Suném, hospedando-se em casa de uma piedosa família israelita (*veja Suném). A mulher sunamita não tinha filhos, o que era considerado como grande desgraça entre as mulheres judias – mas um dia o profeta assegurou-lhe que Deus a livraria dessa esterilidade (2 Rs 4.8 a 17). Na verdade, essa mulher teve um filho, que, passados alguns anos, morreu, devido a um ataque de insolação. Deitando ela o corpo do seu filho na cama do profeta, partiu logo, montada numa jumenta, em procura de Eliseu, que orou ao Senhor, e pôde fazer voltar à vida o rapazinho (2 Rs 4.26 a 3 7). (*veja Sunamita.) Algum tempo depois do acontecimento narrado, numa ocasião de grande fome, estava Eliseu em Gilgal, ensinando os discípulos dos profetas e animando-os com a sua presença durante o tempo em que aquele flagelo angustiava o povo. Tendo sido lançada na panela uma planta venenosa, o profeta tornou a refeição inofensiva, misturando-lhe farinha (2 Rs 4.38 a 41). (*veja Gilgal.) Pertence a este mesmo período o milagre dos vinte pães e algumas espigas de trigo. o outro milagre que Eliseu operou é descrito no cap. 5 do segundo livro dos Reis, de modo notável. As tropas da Síria, numa das suas incursões, tinham levado consigo uma menina que foi servir em casa de Naamã, homem de grande autoridade, porém leproso. (*veja Lepra.) Veio Naamã ao reino de israel e apresentou-se, por indicações da menina judia, em casa do profeta Eliseu. E Naamã foi curado. o fato do machado, que, tendo caído na água, é recuperado, mostra a poderosa influência de Eliseu. Tinham ido os discípulos dos profetas receber de Eliseu a necessária instrução – mas, como o seu número já era demasiadamente grande, pediram ao profeta que lhes permitisse construir uma casa própria nas margens do rio Jordão, onde havia madeira em abundância. Nessa ocasião se deu o caso do machado, que caiu no rio (2 Rs 6.1 a l). Em outra ocasião, não sabemos quando, porque os acontecimentos descritos nestes capítulos não estão na sua ordem cronológica, pôde Eliseu avisar o rei acerca de diversas conspirações, pelas quais o rei da Síria esperava apoderar-se da pessoa do rei. Não podia o monarca sírio explicar o ter Jeorão descoberto os seus planos, em tão grande segredo preparados, até que lhe foi sugerido que o taumaturgo profeta podia ter revelado tudo. Sabendo então onde se achava Eliseu, mandou soldados a Dotã, para que o prendessem. Mas este orou para que todo o exército de Ben-Hadade fosse ferido de cegueira. Foi ouvida a sua oração, e em cegueira foram conduzidos os soldados até entrarem os muros de Samaria. Todavia, não permitiu Eliseu que o rei de israel massacrasse o exército, que daquela maneira tinha caído no laço, manifestando assim o profeta quanto era humanitária a sua alma. Mostrou também ao rei sírio a futilidade de suas tentativas, nas contendas contra o Deus de israel (2 Rs 6.19 a 23). E Ben-Hadade abandonou, com efeito, as suas incursões de salteador, mas foi preparando um exército regular, e veio cercar Samaria, numa ocasião em que Eliseu e o rei de israel ali estavam. A cidade viu-se em terríveis dificuldades por falta de alimento, e a fome era tão grande que um ato de canibalismo chegou ao conhecimento do rei. Extraordinariamente angustiado por este fato, o rei Jeorão acusou Eliseu de ser a causa de todas as suas infelicidades, e mandou matá-lo. Avisado o profeta do que estava acontecendo, e sabendo, também, das intenções do r
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elisua
hebraico: Deus e salvação, Deus e força
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elisur
hebraico: Deus e uma rocha
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elite
Minoria prestigiada e dominante no grupo.
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elitizada
Relativa ao elitismo, ou próprio dele (sistema que favorece as elites da sociedade com prejuízo da maioria).
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eliú
Ele é o meu Deus. 1. Filho de Baraquel, o buzita. Eliú, embora fosse o mais novo, interveio na controvérsia entre Jó e seus amigos, não sendo favorável ao patriarca Jó o seu juízo na questão (Jó caps. 32-37). 2. Um dos antepassados do profeta Samuel (1 Sm 1.1). 3. (1 Cr 12.20). 4. (1 Cr 26.7). 5. Um irmão de Davi, que foi chefe da tribo de Judá (1 Cr 27.18). (*veja Eliabe 3.)
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eliude
hebraico: Deus meu louvor
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eliza
Meu Deus é abundante, Deus de abundância
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elizabete
Meu Deus é abundante, Deus de abundância
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elizabeth
Meu Deus é abundante, Deus de abundância
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elizafã
Deus é protetor
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elizafra
hebraico: quem Deus escondeu
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elizur
Deus é uma rocha
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elma
Escudo protetor
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elmada
hebraico: Deus de medida
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elmodade
hebraico: Agitador
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elmodam
hebraico: Deus de medida
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elmodom
hebraico: Deus de medida
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elmon deblataim
hebraico: escondido no pé de figo
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elnaão
é a alegria de Deus
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elnaem
hebraico: Deus e alegria
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elnata
hebraico: Deus deu, Deus tem dado
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elohim
(do hebraico אֱלוֹהִים , אלהים ) é o termo hebraico para designar divindades e poderes celestiais, em especial Deus, ou D-us como transcrevem os judeus. Na Torá é o primeiro termo utilizado em relação a divindade como consta no livro Bereshit/Gênesis: “No princípio criou Elohim os céus e a terra”. Consiste na palavra אלוה (Eloah), com o sufixo plural, que em relação à YHWH, o D-us único judaico teria o sentido de plural majestático, ou seja, uma reafirmação do poder da divindade (algo como “Poderosissímo”).
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eloi
aramaico: meu Deus
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eloi, eli, sabactâni
Meu Deus. (Pronuncia-se como trissílabo – E-lo-í). S. Marcos (15.34) apresenta aquela expressão de dor, proferida na cruz por Cristo, da seguinte forma – Eloí, Eloí, Lamá sabactâni? Mas S. Mateus diz assim: ‘Eli, Eli, etc.’. Provém a diferença de ter sido o termo hebraico substituído em um dos lugares pelo aramaico nas palavras citadas do Sl 22.1. Em ambas as passagens vem a palavra aramaica ‘sabactâni’ em vez da hebraica ‘azabtâni’ (me abandonaste); mas S. Mateus conserva a forma hebraica ‘Eli’ (Meu Deus), ao passo que S. Marcos usa o equivalente aramaico Eloí. Devemos interpretar com toda a reverência aquele grito de angústia, no grande sofrimento da cruz. Era a citação de um salmo em que uma alma crente, sucumbida pela demora do auxílio de Deus, tem grande confiança na vitória.
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eloim
Javé é o Deus e não há outro senão ele
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eloisa
Combatente gloriosa
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elom
carvalho
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elom-bete-hana
hebraico: carvalho da casa da paixão
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eloqüente
Arte de persuadir; comover com palavras
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elote
hebraico: fortaleza
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elpaal
o Deus que guarda ou opera
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elpelete
Deus é escape ou livramento
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elsa
Virgem das águas
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eltecom
da qual Deus é fundamento
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elteque
da qual Deus é terror
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eltolade
raça que procedeu de Deus
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elucidar
Tornar compreensível; esclarecer; explicar.
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elucidativo
Aquilo que esclarece, explica.
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elul
sexto mês dos hebreus, que corresponde a setembro
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elul (mês)
Agosto/setembro
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eluzai
o Deus que guarda ou opera
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elza
Virgem das águas
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elzabade
Deus doador
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elzafa
hebraico: quem Deus escolheu
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elzafra
hebraico: quem Deus escolheu
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ema
hebraico: fiel 1 Cr 2.5
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emanar
Provir, proceder, sair, originar-se; manar.
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emanavam
Do verbo emanar: provir; originar-se; exalar, etc.
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emanuel
É a forma grega da palavra hebraica immanuel (Mt 1.23). Significa Deus conosco. Foi o nome simbólico dado à criança, cujo nascimento é anunciado por isaías, como sinal, a Acaz, rei de Judá (is 7.14). o nome ocorre de novo somente em 8.8 de isaías (cf.*veja 10), e na aplicação que da profecia é feita ao nascimento de Jesus por S. Mateus (1.23). Naquela ocasião de desastre nacional, nenhum libertador se levantou – mas a referência a Emanuel é demasiadamente concreta para ser apenas considerada como expressão figurativa da fé em Deus, a qual não podia ser esmagada por desgraça alguma. Certamente devia existir no horizonte das previsões proféticas um real libertador, uma Pessoa divina, em quem havia de ter completa realização a fé inextinguível de ‘Deus conosco’. Nesta profecia de Emanuel, a Figura aparece coberta de sombra, como que ocultando-se nas calamitosas nuvens da guerra e da desolação: isto é natural, mas vem a dúvida sobre se isaías considera o nascimento da criança como caso sobrenatural. Na verdade o texto declara que ‘uma virgem conceberá, e dará à luz um filho’. Mas é difícil separar a profecia da brilhante linguagem messiânica do cap. 9, vers. 6 a 7: ‘Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu – o governo está sobre os seus ombros – e o seu nome será : Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.’ E dando aos dons proféticos uma interpretação racional (1 Pe 1.10 a 12), podemos ler, nas linhas incertas desta passageira visão de Emanuel, uma promessa real e uma antecipação do Cristo (*veja Jesus Cristo).
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emanuela
Conosco está Deus
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emanuele
Conosco está Deus
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emate
hebraico: fontes quentes
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emaús
Várias localidades da palestina levam este nome. A mais famosa é a aldeia para a qual, no dia da ressurreições do Senhor, caminhavam os dois discípulo dos quais fala Lc 24,13 – 35, situada a uns 11 ou 12 km de Jerusalém [Atualmente El – Qubeibeh] embora haja aqueles que a identificam com ‘amwas, a 24 km.
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embaixador
Pessoa encarregada de uma mensagem, amistosa ou hostil, de governador para governador (1 Rs 20.2 a 6 – 2 Rs 14.8 – 16.7 – 18.14). A palavra aparece também, algumas vezes, com a significação de intérprete, ou de pessoa que finge levar uma mensagem (2 Cr 32.31 – Js 9.4), e também de mensageiro, no sentido mais lato (Pv 13.17 – 25.13 – is 18.2 – 57.9 – Jr 49.14 – ob 1.1). Há, nas Escrituras, exemplos mostrando que já em tempos remotíssimos se mandavam embaixadores, com o fim de obter qualquer benefício ou explicações (Nm 20.14 – 21.21 – Jz 11.12 a 19 – *veja também 2 Rs 18.17). No N.T. a palavra é usada metaforicamente (2 Co 5.20 – Ef 6.20). Encontra-se também a palavra embaixada, querendo significar embaixadores (Lc 14.32 e 19.14).
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embalsamamento
As mais antigas memórias de embalsamamento vamos encontrá-las nos monumentos egípcios. o costume teve a sua origem na suposta necessidade de preservar o corpo para ser novamente ocupado no futuro, quando a alma tivesse acabado todas as suas transmigrações. A arte de embalsamar os corpos atingiu muito cedo, na história dos povos, um certo grau de perfeição. Com efeito, as múmias mais bem conservadas são aquelas de DATA mais remota. Dois exemplos somente de embalsamamento ocorrem na Bíblia: os de Jacó e José – mas estes em conexão com os costumes do Egito (Gn 50.2,3,26). os hebreus não costumavam embalsamar os cadáveres, embora fizessem grande uso de especiarias e ervas aromáticas nas sepulturas dos seus mortos. Asa foi posto ‘sobre um leito, que se enchera de perfumes e de várias especiarias, preparados segundo a arte dos perfumistas’ (2 Cr 16.14). E no evangelho de S. Jo 19.39,40 lemos como Nicodemos cuidou do corpo do Salvador. Heródoto descreve diversos modos de embalsamar que estavam em uso no Egito, sendo os preços da operação desde uma pequena quantia até 300 libras. Quando se empregava a mais dispendiosa preparação, era o encéfalo removido pelo nariz com um instrumento de ferro, enchendo-se de medicamentos a cavidade do crânio. Em seguida abria-se o tronco, os órgãos eram retirados, e o espaço enchia-se de mirra, cássia, e outras especiarias. Depois disto, durante sessenta dias, o corpo ficava metido em natrum, por fim era enfaixado com ligaduras de linho, em cujas dobras se punham especiarias aromáticas e gomas, sendo desta forma mandado aos parentes, que o introduziam numa caixa de madeira, ajustada ao corpo. Essa urna era colocada direita, verticalmente, na câmara sepulcral da casa, permanecendo ali durante um ano ou mais, até que, finalmente, era depositada no carneiro de família. Segundo os sistemas mais baratos de embalsamação, o corpo era posto em natrum, depois de terem sido cheias as cavidades com óleo de cedro, e depois esvaziadas. Esta operação dava à múmia a aparência de um corpo, formado apenas de pele e osso. (*veja Funeral.)
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embaraço
Impedimento, obstáculo, atrapalhação.
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embargo
Obstáculo, impedimento; restrição imposta pelo juiz à liberdade de ação do devedor, para segurança do credor
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embocar
Aplicar a boca
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emborcar
Virar o barco de boca para baixo
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embotar
Tirar a energia
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embriaguez
o primeiro exemplo de embriaguez, registrado nas Escrituras, é o de Noé (Gn 9.21). o pecado da embriaguez acha-se condenado em Rm 13.13 – 1 Co 6.9,10 – Ef 5.18 – 1 Ts 5.7,8. Representam-se os homens como embriagados de tristeza, de aflições, e com o vinho da ira de Deus (is 63.6 – Jr 51.57 – Ez 23.33). Pessoas que vivem sob a influência da superstição, da idolatria, e da ilusão, diz-se estarem embebedadas (is 28.7 – Ap 11.2).
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embrom
passagem
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embusteiro
Que ou aquele que usa de embustes; mentiroso, intrujão, impostor
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emendar
Corrigir; arrepender-se
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emeque-queziz
hebraico: vale de queziz
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emer
hebraico: Ele prometeu
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emilia
Rival enciumada
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eminus
hebraico: gigantes
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emona
hebraico: coberta ou aldeia dos Amonitais
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emor
hebraico: jumento
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empanar
Tirar o brilho a; embaçar, ofuscar.
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empedernido
Que se tornou duro como pedra; petrificado; endurecido, insensível, duro
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empenhada
Dada em penhor; obrigada por promessa
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emperdenidos
Duros; insensíveis
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emplasto
Medicamento de uso externo, adesivo ao corpo
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empréstimos
Nos primitivos tempos dos hebreus era dever religioso emprestar ao pobre, e de maneira nenhuma se devia cobrar juro por isso (Êx 22.25 – Lv 25.35,37 – Dt 15.3,7 a 10 – 23.19,20). Com o desenvolvimento do comércio foi introduzido o princípio do juro, mas o espírito original da lei teve a aprovação de Cristo (Mt 5.42 – 25.27 – Lc 6.35 – 19.23). Rígidas precauções eram contidas na Lei de Moisés contra o duro tratamento para com os devedores (Êx 22.26 – Dt 24.6,10,11,17). Um devedor hebreu não podia ser conservado como escravo por mais tempo do que o sétimo ano (ou ano sabático), e nunca para época mais afastada do que o ano do jubileu (Êx 21.2 – Lv 25.39,42 – Dt 15.9). Esta provisão não se aplicava aos estrangeiros, que viviam entre os hebreus, e eram presos por dívidas (Lv 25.46 – 2 Rs 4.2 – is 50.1 – 52.3). Em tempos posteriores o devedor estava sujeito a prisão até pagar toda a dívida (Mt 5.26).
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emproado
Orgulhoso; presunçoso
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emulação
Estímulo; incentivo; ciúme
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en-core
hebraico: fonte do que clama
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en-dor
hebraico: fonte de dor, ou fonte de habitação
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en-eglaim
fonte de dois bezerros
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en-eglain
hebraico: fonte de bezerros
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en-ganim
Fonte de jardins. 1. Cidade nas terras baixas de Judá (Js 15.34). 2. Cidade de issacar, atualmente a próspera vila de Jenin, à distância de 26 km ao norte de Siquém, nos limites da planície de Esdrelom. Belas e abundantes correntes de água cristalina vêm dos montes e atravessam a povoação, explicando-se assim a existência de numerosos jardins na sua vizinhança, e também o seu nome (Js 19.21).
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en-ganin
hebraico: fonte de jardins
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en-gedi
Fonte do cabrito. É esta povoação a moderna Ain Jidi, cidade no deserto de Judá, ao ocidente do mar Morto, e a meio caminho entre as extremidades norte e sul (Js 15.62 – Ez 47.10). o seu antigo nome era Hazazom-Tamar, ‘fendas das palmeiras’ (Gn 14.7 – 2 Cr 20.2). É banhada por uma quente e constante corrente, e foi outrora célebre pelas suas palmeiras e vinhas (Ct 1.14). Há, no deserto, atrás do desfiladeiro, inumeráveis cavernas, nas quais se refugiaram Davi e os seus companheiros (1 Sm 23.29 – e 24.1 a 3). Estava En-Gedi sobre a estrada que os moabitas e amonitas seguiram, quando foram atacar Josafá (2 Cr 20.1,2). A fonte ainda existe, surgindo uma fina nascente de água numa espécie de terraço – e, formando essa água uma corrente, vem pelo monte, desde a altura de 120 metros acima do nível do mar Morto, onde deságua. Havia, começando ali, uma escarpada subida, ‘ a ladeira de Ziz’ (2 Cr 20.16), que parece não ter sido senão o atual desfiladeiro que é ainda atravessado.
- en-gedi =fonte do cabrito
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en-hacore
hebraico: fonte do que clama
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en-hada
fonte rápida
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en-hazor
fonte da aldeia
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en-mispate
fonte do julgamento
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en-rimom
Fonte de Rimom. Cidade de Judá, ocupada depois da volta do cativeiro (Ne 11.29). Provavelmente, trata-se do mesmo lugar nas passagens em que o texto tem ‘Aim’, e ‘Rimom’ (Js 15.32, e 19.7 – 1 Cr 4.32). (*veja Rimom.)
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en-rimon
fonte de romã
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en-rogel
fonte do espião ou do assentador
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en-semes
fonte do sol
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enã
duas fontes- olhos
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enacora
hebraico: fonte de chamada
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enaim
hebraico: duas fontes
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enamorado
Apaixonado
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enamorar
Apaixonar-se
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enaque
hebraico: pescoço comprido
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enaquins
Raça de gigantes, assim chamados ou pela sua estatura ou pela sua força (Dt 2.10). Eram descendentes de Arba, um dos filhos de Sete, habitando, depois da morte de Abraão, na parte meridional de Canaã, e particularmente em Hebrom. Umas vezes são chamados filhos de Enaque (Nm 13.33) e outras, filhos dos enaquins (Dt 1.28). Eles incutiram terror nos corações dos israelitas com a sua aparência guerreira (Nm 13.28 – Dt 9.2) – Josué, porém, expulsou-os completamente de Canaã, à exceção dos que se refugiaram nas cidades filistéias de Gaza, Gate, e Asdode (Js 11.21,22), onde perderam a sua separada existência. A sua principal cidade, Hebrom, foi possuída por Calebe, que fez sair dali os três filhos, ou antes as famílias ou tribos, de Enaque (Js 15.14 – Jz 1.20).
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enazor
hebraico: fonte de aldeia
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encalço
Rasto, pista, pegada.
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encanecido
Embranquecido; criar cãs; envelhecer
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encantador, encantamento
A prática do encantamento acha-se ligada com coisas de bruxaria e de feitiçaria, e é condenada pela lei de Moisés (Dt 18.9 a 12). Frases especiais se usam na Bíblia para designar encantamentos: (1) no Sl 58.5, falar em voz baixa, falar por entre os dentes, é costume dos mágicos nas suas operações de magia – (2) coisas secretas, são aquelas de que Moisés fala, quando se refere às habilidades, operadas pelos mágicos de Faraó – (3) a ilusão da vista e dos sentidos do povo é efetuada por aqueles que praticam a prestidigitação, a magia, e habilidades (2 Cr 33.6) – (4) encantar serpentes, isto é, tornar amável e sociável o que até ali era violento, perigoso, e intratável (Dt 18.11).
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encarnação
Mistério pelo qual Deus se fez homem.
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encarquilhado
Enrugado; ressequido
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encerrados
Fechados; enclausurados
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encerrar
Meter ou guardar em lugar que se fecha; fechar
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encosta
Declive de montanha
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endêmica
Que tem endemia, doença que existe constantemente em determinado lugar e ataca número maior ou menor de indivíduos.
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endor
hebraico: fonte de habitação
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enéias
herói da lenda
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enfatuado
Cheio de si; vaidoso; presumido; arrogante
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enforcar
o ato de pendurar no madeiro era, na primitiva história dos judeus, mais um sinal de opróbrio (Dt 21.22) do que castigo – e, geralmente, se infligia aos corpos já mortos. Todavia, mais tarde, tornou-se esse ato uma forma de pena capital, embora não fosse tão geral como a estrangulação, qualquer coisa à maneira do garrote na Espanha. Que os suicidas faziam uso dessa maneira de pôr fim à vida, claramente se vê na morte de Aitofel (2 Sm 17.23) e na de Judas (Mt 27.5). Em vários lugares onde se faz menção de ser alguém enforcado, significa isso alguma forma de empalação ou crucifixão (Js 8.29 – 2 Sm 4.12). (*veja Pena de morte.)
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engaste
Guarnição de metal que segura a pedraria nas jóias
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engendrar
Maquinar; inventar
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enlaçar
Unir-se
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enlanguescer
Enfraquecer
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enlatã
Deus tem dado
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enlear
Envolver
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enlutado
Prostrado pela dor; aflitos
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enlutar
Cobrir-se de luto
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enom
fonte (em aramaico)
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enon
grego: fontes
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enoque
1. Filho mais velho de Caim (Gn4.17), do qual deriva o nome da primeira cidade mencionada na S a Escritura. 2. ‘o sétimo depois de Adão’ (Jd 14), pai de Matusalém na linha de Sete (Gn 5.1 a 24). Diz-nos a Bíblia que ele ‘andou com Deus’ (Gn 5.22), expressão que denota comunhão com o Senhor (Gn 6.9): cp. com Mq 6.8 e Ml 2.6. E continua a dizer-nos a Escritura que ele ‘já não era, porque Deus o tomou para si’ uma frase enigmática, que foi interpretada pelo autor da epístola aos Hebreus da seguinte maneira: ‘Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte, e não foi achado, porque Deus o trasladara’ (Hb 11.5). Uma posterior tradição judaica atribui a Enoque a invenção da escrita, da aritmética, e da astronomia, fazendo dele o recipiente de muitas visões e revelações. Por esta razão formou-se em volta do seu nome uma vasta literatura apocalíptica, sendo a mais notável obra que existe, o etiópico ‘Livro de Enoque’, que foi escrito no século ii, ou século i a.C. Este livro apócrifo é citado por Judas nos vers. 14 e 15. (*veja Apócrifos (Livros).
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enós
homem
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enramada
Que tem ramos
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enredar
Prender; envolver
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enrubescida
Tornar vermelho ou corado.
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enseada
Pequeno porto ou baía
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ensejo
Ocasião; oportunidade
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entenebrecido
Cobrir de trevas; escurecer; obscurecer.
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enternecer
Tornar-se terno; brando; amoroso; sensibilizado
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enterro
Entre os judeus, o funeral realizava-se, em regra, tanto quanto possível, logo depois da morte. Desde os tempos mais remotos, o método mais seguido no funeral entre os mais abastados, era o de depositar num túmulo o corpo do falecido. A cremação era considerada prática pagã, e por isso contrária ao espírito da lei. A razão pela qual se preferia sepultar o morto era porque a Escritura dizia: ‘Tu és pó, e ao pó tornarás.’ o respeito pela ordem e pelo decoro era tão grande na família israelita que até ao inimigo assassinado e ao malfeitor se fazia o enterro (1 Rs 11.15 – Dt 21.23). As classes mais pobres, que não podiam ter túmulos, adotavam o enterramento. Era grande a consideração pelos mortos, de sorte que profanar uma sepultura era tido como ato selvagem, que somente se podia justificar, praticado naqueles que tinham ultrajado a religião g Rs 23.16, 17 – Jr 8.1, 2). Devido à natureza dura do terreno da Palestina, eram numerosas as cavernas, que naturalmente eram usadas como túmulos. Nestas cavernas, que eram alargadas e arranjadas de forma a poderem servir de túmulos, se encerravam os corpos dos mortos, havendo apenas uma simples cerimônia religiosa. Jacó e José, que morreram no Egito, são os únicos exemplos conhecidos de terem sido sepultados segundo os elaborados métodos do Egito. Estes sepulcros em cavernas ou na encosta de outeiros eram, muitas vezes, preparados durante a vida do possuidor, e freqüentes vezes se encontram em jardins particulares junto da estrada, mas sempre fora das cidades. Parece provável que nenhuma pessoa, à exceção dos reis e dos profetas, era sepultada nas cidades (1 Sm 25.1 – 1 Rs 2.10 – 2 Rs 10.35 – 2 Cr 16.14). Era uma afronta para as famílias que tinham sepulcros, que já eram dos seus antepassados, não poderem ter ali a sua sepultura (1 Rs 13.22). E era sinal de profunda simpatia com uma pessoa, que não era da família, desejar ser sepultada com ela no mesmo sitio (Rt 1.17 – 1 Rs 13.31), ou dar-lhe um lugar na sua própria sepultura (Gn 23.6).As pessoas das classes inferiores eram sepultadas em cemitérios, fora dos muros da cidade. Semelhante lugar público para enterramentos acha-se mencionado em 2 Rs 23.6, onde se faz referência às ‘sepulturas do povo’, as quais estavam situadas no vale de Cedrom, fora de Jerusalém. Tal era, também, o ‘campo do oleiro’ (Mt 27.7). Nestes cemitérios enterravam-se os cadáveres em covas, não levando eles mais que uma simples mortalha. Não era permitido que correntes de água ou caminho público atravessassem os cemitérios, e tampouco se consentia que os carneiros pastassem ali. Era costume visitar as sepulturas (Jo 11.31), ou para orar, ou para chorar de saudade – e era coisa ilegítima comer, beber, ler, ou mesmo passear, sem necessidade, por entre as campas. os corpos de crianças de menos de um mês eram levados por suas mães para o lugar do sepulcro, sendo outros transportados em esquifes, como aconteceu naquele funeral do filho da viúva de Naim. É fato interessante que a maior parte dos funerais mencionados no A.T. são os dos patriarcas, reis, profetas, ou outras pessoas de distinção – ao passo que no N.T. são apenas referidos aqueles enterros de pessoas de modesta posição social. Mas em ambos os casos eram usados, segundo a maneira dos judeus, as especiarias, quando elas podiam ser fornecidas (2 Cr 16.14). Nos cemitérios públicos era obrigatório haver um espaço de quarenta e cinco centímetros entre uma sepultura e outra. As grutas, ou sepulcros cavados na rocha, constavam de uma antecâmara, na qual se depositava o caixão, havendo ainda uma cavidade de certa profundeza, na qual eram metidos os corpos, que se colocavam deitados dentro de nichos cavados na rocha. Estas moradas dos mortos eram usualmente de 1.80 m de comprimento por 2.70 m de largura, sendo a altura de 3 metros. Nestes mausoléus havia nichos para oito corpos. Era esta a forma geral – mas havia sepulcros de maior e de menor capacidade. A entrada para esta espécie de sepulcro era fechada com uma grande pedra, tendo a forma de uma enorme mó, que rolava em sulcos feitos para esse fim – ou se tapava por meio de uma porta. A forma de construção dos túmulos explica o fato de terem as mulheres ficado admiradas, quando, havendo chegado de manhã cedo ao sepulcro de Cristo, acharam a grande pedra revolvida e, entrando lá dentro, viram, espantadas, um mancebo sentado à direita (Mc 16.4,5 – Jo 20.1 a 12). Competia ao parente mais próximo dirigir toda a cerimônia do funeral, mas desde certo tempo, certamente por urgente necessidade, havia-se estabelecido o costume de tratarem do enterramento determinados funcionários públicos (At 5.6, 10). Raras vezes se usavam caixões, e quando usados, eram caixões abertos – mas sarcófagos de pedra eram muito empregados nos túmulos de pessoas eminentes. Durante todo o tempo que o corpo estava dentro de casa, era proibido comer, ou beber, ou pôr filactérias. o alimento era preparado, e sendo possível, também tomado fora de casa.
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entornar
Derramar (líquidos, grânulos, objetos pequenos, etc.)
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entranha
Conjunto das vísceras do abdome ou do tórax; intestinos
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entranhas
Qualquer víscera (intestinos) do abdome ou do tórax
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entrave
Obstáculo, empecilho, estorvo.
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entrementes
Entretanto; naquele intervalo de tempo
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entretecer
Tecer; tornar
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entronizado
Exaltado; elevado
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envilecer
Tornar-se vil; mau
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enxárcia
Conjunto de cabos fixos que, de um e outro lado ou bordo do navio, seguram os mastros e os mastaréus (Cada um dos mastros suplementares)
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enxárcias
Conjunto de cabos que seguram os mastros
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enxovia
Cárcere térreo ou subterrâneo, escuro, úmido e sujo
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enxúndia
Gordura
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epafras
Cristão, natural de Colossos, e fundador da igreja colossense (Cl 4.12 – e l.7). S. Paulo lhe chama ‘amado conservo…e fiel ministro de Cristo’ (Cl 1.7), e honra-o com aquele título que em outro lugar reservou somente para si e Timóteo, isto é, o de ‘servo de Jesus Cristo’ (Cl 4.12 – *veja também o *veja 13). Tinha ido a Roma com o fim de levar a Paulo notícias a respeito dos seus convertidos, sendo a epístola aos Colossenses a resposta ‘aos santos e fiéis irmãos em Cristo, que se encontram em Colossos’ (Cl 1.2). Aparentemente estava ele preso junto com o Apóstolo Paulo, embora possa ser figurada a expressão ‘prisioneiro comigo, em Cristo Jesus’ (Fm 23). o nome é uma forma abreviada de Epafrodito, mas o pastor colossense é distinto do mensageiro filipense.
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epafrodito
Ministro e mensageiro dos filipenses, que foi mandado pela igreja de Filipos a Roma, para entregar um presente de dinheiro a Paulo, que nesse tempo estava preso. Ele ficou com o Apóstolo por algum tempo, e serviu-o com tão grande zelo que contraiu uma séria enfermidade (Fp 2.26 – 4.18). Tendo ouvido, mais tarde, que os filipenses estavam muito cuidadosos a respeito da sua saúde, voltou a Filipos, levando consigo a epístola de Paulo aos Filipenses (Fp 2.25 a 30 – 4.18).
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epëneto
o elogiado
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epicureus
Adeptos do filósofo grego Epicuro (341-270 a.C).
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epicuristas
Uma filosófica seita gregada qual alguns partidários, juntamente com os estóicos, discutiram com Paulo em Atenas (At 17.18). (*veja Estóicos.)
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epifanes
grego: revelação
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epifania
“Manifestação”. A solenidade da Epifania (6 de janeiro; no Brasil, no Domingo entre 2 e 8 de janeiro; popularmente, Dia de Reis) celebra a manifestação de Deus no Verbo encarnado. É o equivalente à natividade, na qual aparece Deus em carne humana. Na Igreja católica, no ocidente se destaca o Natal, enquanto no oriente se dá relevo à Epifania.
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epílogo
Conclusão, resumo, remate, fecho.
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episódio
Ação incidente, ligada à ação principal (em obra literária ou artística); incidente, acessório; fato notável relacionado com outros.
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epistola
carta
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epitacio
Rápido, ligeiro
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epode
hebraico: coberta
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equer
hebraico: estrangeiro que se estabelece em outro lugar
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equidade
Disposição de reconhecer o direito de cada um; sentimento de justiça
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equinócio
Ponto da órbita da terra onde se registra igual duração do dia e da noite
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equívocos
Enganos.
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er
vigia, guarda
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era
outro
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erasmo
Amável
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erasto
Um dos que serviam a Paulo em Éfeso, sendo daqui mandado com Timóteo à Macedônia. Passado algum tempo, ‘Erasto, tesoureiro da cidade’, isto é, de Corinto, envia saudações a igreja de Roma (Rm 16.23). Mais tarde manda Paulo dizer a Timóteo que ‘Erasto ficou em Corinto’ (2 Tm 4.20). Pelas datas não podem ser identificadas estas três referências.
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ercilia
Orvalho
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ercua
hebraico: fugitivo
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ereque
Foi a segunda das quatro cidades fundadas por Ninrode na terra de Sinar (Gn 10.10). Ali eram sepultados os reis da Assíria, estando ainda cobertos os arredores de diques, e havendo tijolos e caixões espalhados por aqueles sítios. É também chamada orchoë, fica a 128 km da Babilônia para o sul, e a 79 km para o oriente. o seu nome moderno é Warka, nas terras pantanosas do baixo Eufrates. Samaria foi colonizada com gente de Ereque (Ed 4.9).
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eretz
Terra; designação utilizada para descrever Israel: Eretz Israel.
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erí
meu vigilante
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erica
Aquela que é sempre poderosa
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erigir
Erguer; levantar
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erika
Aquela que é sempre poderosa
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ermelinda
Linda serpente
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ernani
Corajoso, valente
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eros
Significa amor sensual, amor físico. É a palavra usada pelos gregos para falar sobre sexo. Desta palavra vem a palavra erótico, que hoje significa qualquer coisa que desperte o prazer físico.
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erotizada
Que se erotizou, paixão amorosa.
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errante
Que erra, que vagueia.
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errôneo
Que contém erro; contrário à verdade; falso.
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ersom
hebraico: dado de gozo, ou sitiado
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eruditos
Que tem erudição; instrução vasta e variada, adquirida sobretudo pela leitura.
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erva
A vegetação dos prados, que na linguagem bíblica é chamada ‘a erva do campo’. Logo no princípio da primavera ela cresce vistosa e abundante, secando depressa quando chega o calor do verão e, por isso, frequentes vezes se toma como emblema da fragilidade da natureza transitória da vida humana, e da fortuna (Jó 8.12 – Salmos 37.2 – 90.5 – Isaías 40.6,7). Os prados da Palestina ficam sem cor no inverno estando completamente apagados todos os vestígios da sua beleza de primavera.
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es-baal
homem de Baal
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esã
apoio, suporte
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esar-hadom
(Assírio – Assur deu um irmão.) Filho de Senaqueribe, que, quando este foi assassinado, lhe sucedeu no reino da Assíria (2 Rs 19.37 – is 37.38). Foi um dos mais célebres reis da Assíria, homem sábio e conciliador, e também vitorioso general A cidade de Babilônia, que seu pai tinha destruído, foi por ele reedificada, fazendo dela uma capital do seu reino, imediatamente inferior a Nínive. Por esta razão, quando os seus exércitos invadiram a Palestina, foi para Babilônia que Manassés foi levado cativo (2 Cr 33.11). Parece que na Samaria ajuntou àquelas que primitivamente tinham sido estabelecidas por Sargão (Ed 4.2). Por motivo de sucessivas campanhas foi o Egito reduzido a uma província da Assíria – e quando Esar-Hadom marchava para ali, com o fim de sufocar uma revolta egípcia, morreu ele no ano 668 (a.C.), depois de um reinado de treze anos.
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esaradom
persa: Assur deu um irmão, dom do fogo
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esaú
Cabeludo. Filho de isaque e Rebeca, e irmão gêmeo de Jacó. Atribui-se o seu nome ao fato de ter aparecido no seu nascimento ‘ruivo, todo revestido de pelo’ (Gn 25.2ó). o seu outro nome, Edom (vermelho), usado pelos seus descendentes, foi derivado da sopa de lentilhas, de cor avermelhada, que ele obteve de Jacó, quando, vindo da caça, estava esfomeado (Gn 25.30). Esaú era caçador, homem do campo, ao mesmo tempo impetuoso e valente, contrastando, assim, de modo notável com o pacífico, meigo e prudente Jacó. Ele era generoso e considerado ‘homem do mundo’. o procedimento de Esaú, vendendo o seu direito de primogênito, foi caprichoso e profano. Foi um ato profano porque as bênçãos que acompanhavam a primogenitura eram não só de caráter civil, mas também espirituais: as promessas feitas por Deus a Abraão tinham a sua realização na linha dos primogênitos. Estes altos privilégios foram desprezados por Esaú, que é, por isso, citado pelo autor da epístola aos Hebreus como tipo de todos aqueles que se afastam de Cristo (Hb 12.16, 17). Quando tinha quarenta anos de idade, casou Esaú com duas mulheres cananéias, sendo este ato causa de grande desgosto para isaque e Rebeca (Gn 26.34). Esaú, pelo fato da transferência das bênçãos, sendo extraordinariamente lesado por seu irmão Jacó, prometeu vingar-se dele (Gn 27.41). Mas Rebeca tratou de mandar Jacó para a casa de seus parentes, na Mesopotâmia (Gn 27.43). Quando Jacó estava de volta para a terra de Canaã, veio encontrar o seu irmão, próspero na vida e muito rico – e sendo Esaú dotado de caráter generoso, não só perdoou a seu irmão, mas ofereceu-se para escoltá-lo até à sua casa, no monte Seir. Jacó aceitou, mas acusado por sua consciência, evidentemente receava servir-se da oferecida escolta (Gn 32.6 a 8). o próximo encontro de Esaú e Jacó foi no funeral de isaque, quase 20 anos depois. Desta vez tomou Esaú a sua parte, que tinha na herança, e, afastando quaisquer pensamentos de inimizade que lhe viessem a respeito da bênção, voltou para o monte Seir. E desejando fazer daquela região a sua pátria, expulsou os primitivos habitantes (Gn 36.8). (*veja Jacó e Edom.)
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esba
hebraico: razão
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esbaal
o seguidor de Baal
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esbaforido
Ofegante; afobado; apressado
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esbai
hebraico: despojo, belo
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esbi
hebraico: despojo, belo
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esboçar
Traçar os contornos de; delinear, bosquejar, tracejar, planejar.
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esbom
hebraico: razão, fortaleza
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esboroa
Reduzir a pó
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esbulhar
Sacar; expropriar; desapropriar
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escabelo dos pés
Apoio para os pés do que se assenta no trono (2Cr 9.18). A Bíblia retrata o escabelo dos pés de Deus como: 1) a terra (Is 66.1); 2) a arca da aliança, que no AT representava a presença de Deus entre os israelitas (1Cr 28.2); 3) O templo (Sl. 95.5) e 4) os inimigos derrotados do Messias (Sl. 110.1).
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escabroso
Áspero; pedregoso; de acesso difícil; irregular; indecoroso
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escalões
Hierarquia.
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escândalo, pedra de escândalo
(is 8.14). Estas expressões são, talvez, sugeridas pelas ásperas e acidentadas estradas e caminhos por serras da Palestina, o que constitui um perigo permanente para o viajante. No N.T. empregam-se duas palavras gregas para exprimir a idéia: (1) ‘scandalon’, implicando, na sua origem, alguma coisa que mais surpreende do que faz tropeçar (Mt 16.23 – 1 Co 1.23 – Gl 5.11 – etc.) – (2) qualquer coisa em que o pé tropeça (Rm 9. 32, 33 – 14.13, 20 – 1 Co 8.9).
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escanecer
Ridicularizar; tratar com desdém, humilhar, rebaixar, aviltar, zombar.
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escaninho
Recanto, esconderijo; pequeno compartimento, geralmente secreto, em caixa, gaveta, cofre.
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escarlata
hebraico: carmesim
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escarlate
Esta tinta era feita em vários lugares da costa do Mediterrâneo, sendo extraída do inseto cochonilha. Era principalmente empregada nos objetos ricos (Êx 28.15), nos vestidos de cerimônia que os reis davam àqueles a quem concediam certos benefícios (Pv 31.22). E usava-se o termo emblematicamente para designar suntuosidade e vida ociosa (2 Sm 1.24).
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escarmento
Correção; castigo; repreendem rigorosamente
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escarnecedor
Desprezo; ridicularizar; desdenhar
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escarnecer
Zombaria; escárnio
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escarnecer
de escarnir
v. tr. e int.,
fazer escárnio de; motejar; zombar; mofar; troçar; ludibriar. -
escárnio
Zombaria; desprezo
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escarvar
Cavar superficialmente
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escatologia
Estudo sistemático e lógico das doutrinas concernentes às últimas coisas.
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esco
hebraico: opressão
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escol
Cacho de uvas. irmão de Manre, oamorreu que, juntamente com Abraão, libertou Ló, que tinha sido levado cativo por quatro reis (Gn 14.13 e seguintes).
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escol (vale de)
Vale perto de Hebrom, e que teve esse nome pela abundância das suas uvas. Foi este o vale visitado pelos espias, mandados à terra de Canaã por Moisés (Nm 13.23, 24 – 32.9 – Dt 1.24).
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escola
Este termo deriva de uma palavra grega, que primitivamente queria dizer descanso, sendo empregado o tempo do descanso em conferências e discussões – veio, depois, a significar o próprio lugar em que eram feitas essas conferências ou discussões. A palavra escola’ tem esta significação no único lugar em que ela aparece na Escritura. Quando Paulo estava em Éfeso pôde, durante três meses, usar a sinagoga para as suas conferências, mas obrigado a sair dali pela oposição que lhe fizeram, ‘separou os discípulos, passando a discorrer diariamente na escola de Tirano’ (At 19.8 a 10). o uso que Paulo fez da sinagoga em Éfeso sugere-nos que era esse templo o reconhecido lugar da instrução religiosa, ministrada na Palestina, depois do exílio, por um corpo de mestres profissionais, os escribas (*veja esta palavra). Tem-se afirmado, muitas vezes, que nos tempos primitivos uma obra semelhante era dirigida pelas ‘escolas dos profetas’ – mas esta frase realmente não se encontra, e não há prova alguma de que os ‘discípulos dos profetas’ se entregassem à educação. Havendo no A.T. muitas referências à ‘instrução’ e aos ‘mestres’, não se encontram vestígios de escolas para crianças. o que parece é que a casa judaica era a escola, sendo os pais os instrutores.
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esconjurar
Amaldiçoar; exorcizar
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escopo
Alvo, mira, intuito; intenção.
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escorchada
Tirar a casca ou cortiça de…
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escória
Subproduto sem valor que sobra após o refino de metais preciosos como o ouro ou a prata e é assim jogado fora. Retrato de como são tratados os desviados (Sl. 119.119).
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escorpião
o escorpião pertence à mesmaclasse das aranhas, e encontra-se nos países quentes. o seu tamanho varia muito, sendo de 15 cm na África, e de 7,5 cm mais ou menos nas vizinhas costas do Mediterrâneo. A principal característica do escorpião é o seu ferrão, que é um esporão em curva, com duas glândulas venenosas na base, e está na extremidade da cauda. Este animal esconde-se nos buracos e debaixo das pedras, saindo de noite em busca de presa – grandes insetos e crisálidas – que ele segura com a sua boca de pinça, ferindo-a logo, mortalmente, com um golpe da sua cauda, que faz passar pelas costas. os escorpiões são muito abundantes, em geral, nas proximidades do mar Morto e da península do Sinai, como acontecia nos dias do Êxodo, ‘naquele grande e terrível deserto de serpentes abrasadoras, de escorpiões, e de secura’ (Dt 8.15). Um desfiladeiro na fronteira meridional de Judá, mencionado no livro de Josué (15.3), tem o nome de Passagem do Escorpião. As únicas referências no A.T., além da referida, acham-se em Ez 2.6, uma metáfora do israel rebelde, e 1 Rs 12.11 – 2 Cr 10.14: ‘Eu, porém, vos castigarei com escorpiões’ é uma expressão figurada, embora possa ser o escorpião qualquer espécie de azorrague. No N.T. aparece o escorpião nas imagens do Apocalipse (9.3, 5, 10) e em dois ditos de Jesus (Lc 10.19 – 11.12) – na última destas passagens há, talvez, alusão à aparência de ovo que o escorpião tem quando enroscado.
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escravidão, escravo
Quase sempre o termo servo é que se encontra na Bíblia para exprimir o que queremos dizer com a palavra escravo. A escravidão, como instituição, aparece nos mais antigos anais da Humanidade. os escravos do tempo do A.T. eram obtidos de vários modos. Muitos eram prisioneiros de guerra (Gn 14.14 – Dt 20.14 – 2 Cr 28.8 – Dn 1.4). os ladrões, e todos aqueles que faziam grande mal ao próximo eram vendidos como escravos (Êx 22.3). Se um homem devia dinheiro e não podia pagar, ficava escravo do seu credor, e podia por este ser vendido (2 Rs 4.1 – Ne 5.4, 5 – Mt 18.25). Havia, também, escravos que eram filhos de escravos, e que tinham nascido na família do senhor (Gn 14.14 – 15.3 – 17.23 – 21.10 – Jr 2.14 – *veja também Sl 86,16 e 116.16). os escravos desta última classe eram, geralmente, tratados com mais humanidade do que os outros – mas havia, contudo, grande diferença entre aqueles e os filhos da família (Rm 8.15 – Gl 4.6). Todavia, os seus senhores punham grande confiança neles, e mesmo os armavam quando se tratava da defesa geral (Gn 14.14 – 32.6 – 33.1). A vida de José e a de Daniel mostram que os escravos eram, algumas vezes, elevados a posições de grande autoridade. A lei mosaica era de compaixão para com os escravos (Êx 20.10 – 21.20, 26, 27 – Dt 5.14 – 12.18 – 16. 11 – etc.). Todos os hebreus que haviam sido obrigados a servir como escravos, deviam obter a sua liberdade no fim do sétimo ano, a não ser que preferissem continuar no serviço do seu senhor (Dt 15.12). Foi, em parte, por se ter desprezado esta compassiva determinação, que o Senhor entregou a nação aos inimigos de israel (Jr 34.9,20). (*veja Servo.)
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escriba
Escritor. Antes do cativeiro empregava-se esta palavra para significar a pessoa que tinha certos cargos no exército (Jz 5.14 – 2 Rs 25.19 – is 33.18 – Jr 52.25) – e também se chamava escriba o secretário do rei, constituindo este emprego, junto das pessoas reais, uma alta posição (2 Sm 20.25 – 1 Rs 4.3 – 2 Rs 12.10). Na história judaica dos tempos mais modernos os escribas são os intérpretes ou copistas da lei. Esdras é descrito como ‘escriba versado na lei de Moisés’ (Ed 7.6) – e proclamavam os escribas os seus direitos, dizendo: ‘Somos sábios, e a lei do Senhor está conosco’ (Jr 8.8). Quando o povo começou a falar o aramaico, a língua hebraica lhes era familiar. Eram eles de profissão os estudantes da Lei, escrita ou oral, e no tempo de Jesus tinham de tal forma obscurecido a primeira com as suas explicações e adições que foram acusados pelo Divino Mestre de transgredir os mandamentos de Deus por causa da sua tradição, e de ensinar ‘doutrinas que são preceitos de homens’ (Mt 15.1 a 9 – Mc 7.7). A maior parte das vezes eles são mencionados juntamente com os fariseus, certamente pelo fato de mostrarem a mesma atitude para com a lei e o mesmo formalismo na vida religiosa (Mt 5.20 – 12.38 – etc.). Mas, embora os escribas possam, na maior parte das vezes, ter sido fariseus, não pertenciam todos eles àquela seita (*veja Mc 2.16 – Lc 5.30 – At 23.9). A sua influência é manifesta pelas suas estreitas relações com os principais sacerdotes e anciãos (Mt 16.21 – 20.18 – 26.3 – Mc 10.33 – 14.53 – At 6.12). os ensinamentos de Jesus eram de tal modo opostos ao formalismo dos escribas, que não admira a sua hostilidade para com o nosso Salvador (Lc 5.30 – 6.7, etc.) – e essa hostilidade continuou a manifestar-se contra os apóstolos (At 4.5 – 6.12).
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escrita
o livro de Gênesis não faz alusão alguma à arte de escrever, embora a arqueologia nos mostre que ela era praticada no tempo dos patriarcas, e de modo particular por quase todas as classes do Egito no tempo do Êxodo. A primeira alusão acha-se em Êxodo (24.4). No tempo dos profetas são freqüentes as referências à escrita (is 8.1 – 30.8 – Jr 30.2 – Hc 2.2, etc.). (*veja Livro, Tinta, Papiro e Pergaminho.)
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escritura
Lê-se esta palavra uma vez somente no A.T. (Dn 10.21). No N.T. usa-se o plural, geralmente referindo-se aos escritos do A.T. (Mt 21.42 – Mc 12.24 – Jo 5.39 – At 17.11, etc.) – o singular é usualmente empregado, tratando-se no contexto de uma passagem particular (Mc 12.10 – Jo 7.38, etc.)(*veja Cânon das Santas Escrituras, Novo Testamento, Apócrifos (Livros), e Antigo Testamento.)
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escrivão da cidade
o oficial, intitulado em Atos (19.35) ‘escrivão da cidade’, ocupava posição de dignidade e influência. o escrivão da cidade de Éfeso estava em contato imediato com o procônsul da Ásia. o que Lucas refere a seu respeito no livro dos Atos concorda com o que se sabe de outras fontes. Tinham essas autoridades por dever tornar conhecidos do povo as leis e decretos do Estado. A estas funções se acrescentava o dever de presidir nas assembléias públicas, e receber o voto. Nalguns casos eram eles os administradores da comunidade – em outros, achavam-se associados com um magistrado superior. Na ausência ou morte desse superior, o escrivão da cidade tomava o seu lugar até que ele voltasse, ou fosse nomeado o seu sucessor.
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escudeiro
Era um oficial que os reis eos generais escolhiam entre os mais valentes. Era dever do escudeiro levar as armas do seu senhor, e além disso ser portador de mensagens de uma parte do campo para outra, como hoje fazem os ajudantes de campo. Muitas vezes, no combate, era ele que levava o escudo e protegia a pessoa do seu senhor (Jz 9.54 – 1 Sm 16.21 – 31.4). (*veja Exército.)
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escudo
Quatro palavras hebraicas são traduzidas pela palavra escudo. A primeira refere-se àquele escudo que era de tal grandeza que podia proteger todo o corpo. Era este o tsinnah, grande escudo de madeira, coberto de duras peles – o magen era um pequeno escudo redondo ou octogonal, muito usado pelos judeus, babilônios, caldeus, assírios e egípcios. Este pequeno escudo era, também, feito de madeira, coberto de couro para uso geral, e havia-os com uma cobertura de ouro (1 Rs 10.16, 17 – 14.26,27). o escudo de maiores proporções era empregado principalmente pela infantaria, sendo, algumas vezes, levado pelo escudeiro (1 Sm 17.7). Também se usava durante os cercos, sendo muitos deles colocados juntos, de forma a proteger as cabeças dos sitiadores contra os dardos e pedras, que eram arremessados das muralhas, ou das torres. Quanto ao pequeno escudo redondo, era usado tanto pela cavalaria como pela infantaria. o terceiro (kidon ) é propriamente um dardo ou azagaia (1 Sm 17.45). A significação da quarta palavra (shelet em 2 Sm 8.7) é incerta, embora, provavelmente, se trate de qualquer espécie de escudo. Era desonroso perder o escudo no combate, porque aumentava a tristeza nacional o dizer-se que ‘desprezivelmente tinha sido arrojado o escudo dos valentes’ (2 Sm 1.21). Tal ato, entre os gregos, era castigado com a pena de morte. As mães, na Lacedemônia, costumavam excitar a ambição de seus filhos, passando-lhes às mãos os escudos dos pais, e proferindo estas palavras: ‘Teu pai sempre conservou este escudo. Agora conserva-o tu, também, ou morre.’ Era motivo de orgulho para o guerreiro guardar brilhante o seu escudo. Quando não se usava, estava sempre coberto, sendo friccionado com azeite para livrá-lo dos estragos do tempo (is 21.5 – 22.6). os escudos, guarnecidos de ouro, eram muito empregados para fins de ornamentação ou para manifestação ostentosa. Salomão os empregava deste modo e nas procissões religiosas, como seu pai havia anteriormente feito com os seus troféus de batalha (1 Rs 10.16 e seg. – 2 Sm 8.7). A fé é descrita como escudo em Ef 6.16 – bem como a salvação em Sl 18.35.
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escultura
As artes de bordar e esculpir foram muito utilizadas na construção do tabernáculo e do templo, bem como na ornamentação das vestes sacerdotais. No tempo de Salomão, o artista Hirão, da Fenícia, tinha o principal cuidado nesta espécie de trabalhos, e também dirigia grandes obras de arquitetura (Êx 28.9 a 36 – 31.2 a 5 – 35.33 – 1 Rs 6.18, 35 – 2 Cr 4.11, 16 – Sl 74.6 – Zc 3.9).
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escusar
Desculpar-se; justificar; perdoar
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escuso
Escondido; recôndito
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escusos
Suspeitos, misteriosos; ilícitos.
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esdras
Auxílio. 1. Esdras era filho, ou neto, de Seraías (2 Rs 25.18 a 21 – Ed 7.1), e descendente de Arão. Nasceu em Babilônia, no quinto século antes de Jesus Cristo. Era sacerdote e escriba versado na Lei de Moisés (Ed 7.6). Embora tivesse nascido na terra do cativeiro, ele, contudo, pelo estudo da Lei e investigação entre os seus compatriotas, tinha obtido informações precisas sobre a terra e templo de seus pais – e o resultado desses conhecimentos foi conceber um forte desejo de revivificação moral e religiosa entre os judeus da Palestina. No sétimo ano de Artaxerxes Longímano (458 a.C.), recebeu Esdras a permissão de voltar à terra de seus pais com os que desejassem acompanhá-lo, levando, também, material e dinheiro para o templo e seus serviços. o decreto do rei acha-se por extenso no cap. 7 de Esdras. Todavia, os planos de Esdras para uma revivificação religiosa encontraram obstáculos. os príncipes do povo traziam-lhe noticias de que tinha havido numerosos casamentos de israelitas com mulheres pagãs. Quando Esdras ouviu isto, rasgou os seus vestidos, arrancou os cabelos e a barba (sinais de dor interna), e assentou-se atordoado. E depois de um dia de humilhação, ‘Esdras orava e fazia confissão, chorando prostrado diante da casa de Deus’. A conseqüência disto foi fazer-se um pacto, em virtude do qual deviam os israelitas despedir as suas mulheres estranhas (Ed 9 a 11). Nada mais se diz acerca de Esdras, até que, passados treze anos, o encontramos de novo em Jerusalém com Neemias, naquele ato solene em que foi lida a Lei diante do povo, repetindo-se a leitura todos os dias durante a festa dos Tabernáculos. É este o último fato mencionado relativamente a Esdras. A tradição judaica atribui-lhe o acabamento do Cânon do Antigo Testamento, e a autoria de alguns dos livros canônicos, bem como a instituição da Sinagoga. 2. Sacerdote, que voltou do exílio com Zorobabel e Josué (Ne 12.1).
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esdras (livro de)
Alguns trechos destelivro (4.8 a 6.18 – 7.12 a 26) acham-se escritos em língua aramaica e mostram ser matéria inserida, constando, principalmente, de comunicações ou decretos naquela língua. Esdras aparece na primeira pessoa como o autor de 7.27 – 8.34 – 9 – outras porções narrativas do livro falam dele na terceira pessoa. o livro que é, evidentemente, uma continuação das Crônicas (2 Cr 36.22, 23 – e Ez 1.1 a 3), compreende o período de tempo que vai desde o ano 536a 457 a.C., isto é, cerca de setenta e nove anos. o livro de Neemias, que faz parte de Esdras no cânon hebraico, narra a atividade reunida de Esdras e Neemias desde o ano 445 a 432 a.C. A história, cujos fatos se narram neste livro, consta de duas partes, separadas uma da outra por um espaço de cinqüenta e oito anos, incluindo todo o reinado de Xerxes. A primeira parte, que termina e 6.22, contém a história dos que voltaram da Babilônia, e trata da reedificação do templo, a qual tinha sido determinada por um decreto de Ciro, no ano 536 a.C., tendo completa realização no reinado de Dario, filho de Histaspes (geralmente conhecido por Dario Histaspes), no ano 515 a.C. A segunda parte, desde 7.1, contém a narração da jornada de Esdras a Jerusalém, jornada que foi empreendida em virtude de um decreto de Artaxerxes Longímano no ano 458 a.C. – e também fala dos seus esforços para a reforma do povo. os assuntos do livro podem ser indicados do seguinte modo: i. A primeira companhia de judeus volta de Babilônia com a proclamação de Ciro para a reedificação do templo (1) – a lista dos que voltaram com Zorobabel, com as suas ofertas para o templo (2) – a construção do altar, sendo lançados os alicerces do Templo (3) – oposição dos samaritanos, e suspensão das obras (4) – profecias de Ageu e Zacarias, continuação das obras, visita dos governadores, e a carta destes a Dario – o favorável decreto do rei – acabamento e dedicação do templo (5,6). ii. A jornada de Esdras a Jerusalém com grande número de pessoas, e as reformas que ele efetuou: em comissão da parte de Artaxerxes vem Esdras para a Judéia com os seus companheiros (7.8) – os casamentos dos judeus com as suas vizinhas pagãs – a aflição de Esdras pelos pecados do povo, e a sua oração – o arrependimento e a reforma do povo (9,10). A primeira parte do livro deve ser estudada em conexão com as profecias contemporâneas de Ageu e Zacarias. As coincidências que se encontram nos livros de Esdras e de Ageu mostram que este profeta escrevia os anais do povo antes de Esdras. Compare-se Ed 5.1,2 com Ag 1 – e Ed 3.6, 10, 11, 12 com Ag 2.18 – e vejam-se as repetidas referências dos dois livros à lei de Moisés. No fato de voltarem de Babilônia os judeus, vemos o cumprimento das profecias (is 44.28 – e Jr 25.12 e 29.10). A restauração da igreja judaica, do templo e do culto, foi acontecimento de altíssima importância, tendente a preservar no mundo a verdadeira religião e a preparar o caminho para a vinda do Senhor.
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esdrias
hebraico: Deus ajudou
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esec
hebraico: opressão contenta
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eseque
hebraico: luta, opressão, contenta
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esequel
contenda, opressão
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eser
tesouro, ou aquele que amontoa
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esfaimado
Causar fome a; encher-se de fome; esfomeado; fome.
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esfalfado
?
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esfata
hebraico: do cavalo
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esfriar
Arrefecer; desalentar; entibiar; desanimar; diminuir de intensidade (o calor); diminuir (o entusiasmo).
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esgravatar
Remexer com as unhas
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esli
hebraico: perto de mim
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esmeralda
Pedra preciosa altamente apreciada pelos antigos. A esmeralda tinha o segundo lugar no peitoral do sumo sacerdote (Êx 28.18 – 39.11). Acha-se mencionada como sendo uma das pedras preciosas que adornavam o rei de Tiro (Ez 28.13) – e fazia parte da mercadoria levada para aquela cidade (Ez 27.16). Nos fundamentos da Nova Jerusalém lá está, também, a esmeralda (Ap 21.19).
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esmirana
latim: mirra ou amargura
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esmirna
Cidade situada a leste da Ásia Menor. O mais importante porto comercial depois que Alexandre Magno dispusera sua reedificação. No Apocalipse (2,8-11) é dirigido uma mensagem ao anjo da Igreja de Esmirna.
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esmiuçar
Dividir em partes miúdas, esmigalhar, reduzir a pó, pulverizar.
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esmola
A palavra esmola (do grego eleêmosynê ) repetidas vezes se vê no N.T., mas não no A.T., embora o dever de dar esmola esteja bem determinado na lei de Moisés. Mandava a Lei que os israelitas apresentassem os primeiros frutos da terra diante do Senhor todos os anos. Todo proprietário devia, de três em três anos, repartir os dízimos dos seus produtos com estas pessoas: o levita, o estrangeiro, o órfão e a viúva. Havia, no vestíbulo do templo de Herodes, treze caixas para receberem as esmolas voluntárias, sendo uma delas destinada a donativos para a educação das crianças pobres de boa família. Depois do cativeiro havia, em cada cidade, três cobradores oficiais das esmolas – e havia obrigação de dá-las sob pena de multa. os fariseus eram zelosos em dar esmolas, mas foram censurados por Jesus, visto como cumpriam aquele dever moral com excessiva ostentação (Mt 6.2). o dever de socorrer os pobres não foi desprezado pelos cristãos (Mt 6.1 a 4 – Lc 14.13 – At 20.35 – Gl 2.10). Aconselhavam-se os crentes em Jesus Cristo a pôr de parte no domingo, e isto todas as semanas, uma certa parte dos seus lucros para remediar as faltas dos necessitados (At 11.29,30 – Rm 15.25 a 27 – 1 Co 16.1 a 4). Considerava-se dever especial das viúvas consagrarem-se ao serviço de distribuir esmolas (1 Tm 5.10). Antes do cativeiro não há vestígio algum de que fosse permitida a mendicidade, mas com certeza foi isso autorizado em tempos posteriores (Mt 20.30 – Mc 10.46 – At 3.2).
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esmorecido
Sem ânimo; desanimado
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espacial
Relativo ou pertencente ao espaço.
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espada
A espada era curta e larga, geralmente com um só gume, mas algumas vezes com dois, quando a sua função era a de instrumento perfurante. A sua forma era muito variável, sendo muitas vezes direita, outras curva. Era sempre levada sobre a coxa esquerda, e por esta razão pôde Eúde ocultar uma espada curta ou um punhal sobre a coxa direita, sem desconfiança, visto que era canhoto (Jz 3.16). A espada é a mais antiga arma ofensiva mencionada na Bíblia. Foi com ela que os filhos de Jacó assassinaram os siquemitas (Gn 34.25). É muitas vezes sinônimo de guerra: ‘o Senhor mandará a espada à terra.’ ‘A espada da boca’ (Jó 5.15 – Sl 57.4) é a conversa perniciosa, a falsa acusação, a difamação, a calúnia. A Palavra de Deus é, na sua força penetrante, comparada a uma espada de dois gumes (Hb 4.12). As palavras: ‘Da boca saía-lhe uma afiada espada de dois gumes’ (Ap 1.16) exprimem a força da Sua Palavra, quer se considere a Sua graça, ou o Seu juízo.
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espádua
Ombro
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espaldar
Costas da cadeira
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espanha
um pais da Europa
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espargir
Espalhar em borrifos um líquido
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espargir / aspergir
Espalhar em borrifos um líquido.
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espartaco
Referência ao gladiador que chefiou uma revolta contra Roma
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esparzir
Espalhar ou derramar (um líquido); irradiar, difundir.
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espebam
hebraico: muito vermelho
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especiarias
os antigos tinham a maior parte das especiarias que hoje conhecemos, e apreciavam-nas muito. Serviam-se delas para temperar a carne (Ez 24.10), para dar sabor agradável aos seus vinhos (Ct 8.2), para perfumar pessoas e camas (Et 2.12 – Sl 45.8 – Pv 7.17), e para preparar os mortos (2 Cr 16.14 – Jr 34.5 – Mc 16.1). o negócio das especiarias era cuidadosamente estimulado e protegido, sendo largamente sustentado por meio de caravanas, que viajavam através do deserto da Arábia, e ao longo da costa da Palestina até ao Egito, indo ainda mais adiante (Gn 37.2õ). Muitas especiarias vinham, para a Palestina, da india e da Pérsia – mas as de uso comum provinham principalmente do próprio pais, como o bálsamo de Gileade, a mirra e o nardo, embora estas substâncias tenham mais o caráter de perfumes do que propriamente o de especiarias.
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espectador
Aquele que vê qualquer ato; testemunha, assiste a qualquer espetáculo.
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especulação
Investigação teórica; exploração.
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espelho
Em tempos antigos o espelho somente raras vezes era feito de vidro, e as referências na Bíblia são, sem dúvida, aos de metal que, por mais bem polidos que fossem, davam um reflexo imperfeito. Constituíam estes espelhos uma chapa de metal polido, sendo uma obra muito menos perfeita que os modernos (Jó 37.18 – 1 Co 13.12 – Tg 1.23).
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espéneto
digno de louvor
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espevitadeira
Cortar o morrão de vela para aumentar a chama
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espevitadores
Cortar o morrão de vela para avivar a chama
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espezinhar
Humilhar; rebaixar
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espia
Quando os israelitas tinham já alcançado a fronteira do país de Canaã em Cades, mandou Moisés, dirigido por Deus, doze homens, um de cada tribo, para espiar a terra, e fazer um relatório sobre o caráter, número e qualidade dos seus habitantes (Nm 13.1 a 20). Estiveram ausentes durante quarenta dias, voltando depois com amostras de frutos, e trazendo boas noticias sobre a produtibilidade da terra, mas diziam que os seus habitantes eram fortíssimos e terríveis (v*veja 25 a 33). Todavia, dois deles, quando os israelitas se estavam se rebelando contra Moisés e Arão (14.1 a 4), asseguraram ao povo que a conquista do pais não era, de forma alguma, impossível (v*veja 5 a 10). Estes dois, Josué e Calebe, estavam para ser apedrejados pela enfurecida multidão, quando o Senhor interveio (v*veja 11, 12). o resultado de tudo isto foi que somente Josué e Calebe tiveram permissão de entrar na Terra Prometida (14.13 a 35), sendo os outros dez castigados com morte imediata (v*veja 36 a 38). Mais tarde mandou Josué dois espias a Jericó, quando ele procurava tomar aquele cidade (Js 2.1 e seg.). Foram descobertos – e teriam sido mortos se não fosse o auxílio que lhes prestou Raabe que, por este seu procedimento, foi salva e sua família com tudo o que lhe pertencia, quando a cidade foi destruída (Js 6.1 e seg. – *veja também Hb 11.31).
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espinho
Em is 55.13 a palavra espinheiro está em relação com a urtiga, que causa pruridos quando se lhe toca. Em Ez 28.24 trata-se de um arbusto espinhoso, e em Hb 6.8 há referência à planta, cujas folhas têm espinhos nas bordas, embora não se saiba exatamente o que é. os espinhos e os abrolhos, de que se fala em Jz 8.7, 16, explicam uma terrível forma de castigo, que estava em uso entre os antigos. E era o fato de dilacerar a carne da vitima, empregando os espinhos ou os cardos. Noutros exemplos referem-se as escrituras bíblicas a espinhosas plantas do deserto, de que há muitas variedades na Palestina. (*veja Sarça.).
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espinho na carne
Esta expressão de S. Paulo e idéias semelhantes (2 Co 12.7 a 10 – Gl 4.14 – e possivelmente 1 Co 2.3 – 2 Co 1.8 e 10.10 – 1 Ts 2.18) têm tido interpretações várias. Essa aflição na carne, de que ele falou, era, decerto, qualquer sofrimento corporal, como se fossem murros com a mão fechada (2 Co 12.7), estando essa apoquentação relacionada com as suas espirituais visões. Tem-se julgado que seria epilepsia, ou qualquer afecção nervosa, aliada a essa doença – e outros sugerem que esse mal era a oftalmia (At 23.5 – Gl 4.15 – cp. com Gl 6.11). (*veja Paulo.)
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espírito
Ao passo que o termo hebraico nephesh – traduzido como alma – denota individualidade ou personalidade, o termo hebraico ruach, encontrado no Antigo Testamento, e que aparece traduzido como espírito, refere-se à energizante centelha de vida que é essencial à existência de um indivíduo. É um termo que representa a energia divina, ou princípio vital, que anima os seres humanos. O ruach do homem abandona o corpo por ocasião da morte (Sl 146:4) e retorna a Deus (Ec 12:7; cf. Jó 34:14).
O equivalente neotestamentário de ruach é pneuma, ‘espírito’, proveniente de pneo, ‘soprar’ ou ‘respirar’. Tal como ocorre com ruach, pneuma é devolvida ao Senhor por ocasião da morte (Lc 23:46; At 7:59). Não há coisa alguma inerente à palavra pneuma que possa denotar uma entidade capaz de existência consciente separada do corpo.
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espirito santo
3 pessoa da Trindade
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espirito santo, paracleto
o Espírito Santo, a terceira Pessoa da Trindade, é, nas Sagradas Escrituras, denominado ‘o Espirito’, ‘o Santo Espírito’, ‘o Espírito de Deus’, ‘o Espirito do Filho de Deus’, e o ‘Consolador’. Na criação o Espírito pairava por sobre as águas (Gn 1.2 – Jó 26.13) – foi dado a certos homens para realizarem a sua obra: Bezalel (Êx 31.2,3), Josué (Nm 27.18), Gideão (Jz 6.34), Jefté (Jz 11.29), Saul (1 Sm 11.6), Davi (1 Sm 16.13) – foi especialmente manifesto nos profetas (Ez 11.5 – Zc 7.12), foi dado para luz dos homens (Pv 1.23), prometido ao Messias (is 11.2 – 42.1), e a ‘toda a carne’ (Jl 2.28). No N.T. o Espirito Santo se manifesta no batismo de Jesus (Mt 3.16 – Mc 1.10), e na tentação (Mt 4.1 – Mc 1.12 – Lc 4.1) – imediatamente depois da tentação (Lc 4.14) – e na ocasião em que Jesus, falando em Nazaré, recorda a promessa messiânica de is 61.12 – (cp. com 42.1 a 4). Do mesmo modo fala o Santo Espírito ao velho Simeão dirigindo-o nos seus passos e pensamentos (Lc 2.25 a 27). o dom do Espírito Santo é, de uma maneira determinada, prometido pelo nosso Salvador (Lc 11.13). No quarto Evangelho, o ensino de Jesus quanto à obra do Espírito é mais preciso. ‘Deus é Espirito’, com respeito à Sua natureza. A não ser que o homem novamente nasça ‘da água e do Espírito’, ele não pode entrar no reino de Deus (3.5). o Espírito é dado sem medida ao Messias (3.34). Referindo-se Jesus às promessas messiânicas (is 44.3 – J12.28) falou do ‘Espírito que haviam de receber os que nele cressem’ (7.39) – porquanto o Espirito, na Sua manifestação e operação, ainda não tinha sido dado (7.39) – mas, na qualidade de Consolador, Paracleto, Advogado (14.16,26 – 15.26 – 16.7 – Jo 2.1) – Espírito da verdade, por quem a verdade se expressa e é trazida ao homem (15.26 – 16.13). Ele havia de ser dado aos crentes pelo Pai (14.16), habitando neles e glorificando o Filho (16.14), pelo conhecimento que Dele dava. Em 1 Jo 3.24 a 4.13 esta presença íntima do Espírito é um dos dois sinais ou característicos da união com Cristo – e o Espírito, que é a verdade, dá testemunho do Filho (1 Jo 5.6). Nos Atos, a manifestação do Espírito é feita no dia de Pentecoste, e o fato acha-se identificado com o que foi anunciado pelo profeta (2, 4, 17, 18) – Ananias e Safira ‘tentam’ o Espírito, pondo à prova a Sua presença na igreja (5.9) – o Espírito expressamente dirige a ação dos apóstolos e evangelistas (1.2 – 8.29, 39 – 10.19 – 11.12 – 16.7 – 21.4) – e inspira Ágabo (11.28). Nas epístolas de Paulo a presença do Espírito Santo está claramente determinada (Rm 8.11 – 1 Co 3.16 – 6.17 a 19). É Ele o autor da fé (1 Co 12.3 – cp. com 2 Co 4.13) – no Espírito vivem os homens (Gl 5.25), por Ele são ajudados nas suas fraquezas (Rm 8.26, 27), fortalecidos por Ele (Ef 3.16), recebendo Dele dons espirituais (1 Co 12), e produzindo frutos como resultado da Sua presença (Gl 5.22). Por meio Dele há a ressurreição dos que crêem em Cristo (Rm 8.11). Pedro (1 Pe 1.2) escreve acerca da santificação, como sendo obra do Espírito Santo. No Apocalipse se vê que S. João conscientemente é influenciado pelo Espirito (1.10 – 4.2) – e a mensagem dirigida às sete igrejas é a mensagem do Espírito (2.7, 11, 17, 29). o Espírito Santo é uma pessoa da SS. Trindade, e não simplesmente um método de ação divina (vejam-se especialmente as palavras de Jesus Cristo: Jo 14.16, 17 – 15.26 – 16.7, 8 – cp com Mt 12.31, 32 – At 5. 3, 9 – 7.51 – Rm S.14 – 1 Co 2.10 – Hb 3.1, etc.). o Espírito procede do Pai e do Filho (Gl 4.6 – 1 Pe 1.11, etc). É Ele tanto ‘o Espírito de Deus’ como ‘o Espírito de Cristo’ (Rm 8.9). E assim nos mistérios da redenção, e de uma nova vida, na regeneração, na santificação, e na união com Cristo, é uma Pessoa que, na Sua operação, como auxiliador do homem, é ainda Aquele que pode ser negado, entristecido, e apagado (Ef 4.30 – 1 Ts 5.19). (*veja Trindade. )
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espólio
Bens que alguém morrendo deixou
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espraiar
Espalhar; alastrar; difundir
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espreitar
Observar ocultamente
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esquadrinhar
Investigar minuciosamente
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esquife
Caixão de madeira para levar os mortos, ou aquilo sobre que se leva alguma coisa. No A.T. a palavra é a mesma que se usa para cama. Coisa curiosa é que, embora sejam freqüentes na Bíblia as referências aos funerais, é somente mencionado duas vezes o esquife, ou féretro (2 Sm 3.31 – Lc 7.14). (*veja Enterro.) Em 2 Cr 16.14 a palavra empregada é ‘leito’.
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esrom
grego: preso, sitiado
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essi
hebraico: ao meu lado está Deus
- está em lugar alto
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estacio
O que está em pé
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estádio
Medida grega equivalente a 185metros (Lc 24.13).
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estágios
Cada uma das sucessivas etapas nas quais se realiza determinado trabalho.
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estalagem
A proverbial hospitalidade no oriente tornava desnecessária, nos tempos antigos, a estalagem, sendo esta um assunto em que não se pensava. Foi somente em tempos posteriores que, nas pouco freqüentadas estradas da Palestina, onde a distância era considerável entre povoação e povoação, ou mesmo nos subúrbios das cidades (Lc 2.7), foram regulares hospedarias, ou caravançarás, construídas com o fim de alojar os estrangeiros. os sítios precursores destas estalagens eram simplesmente as nascentes d”água, que se escolhiam como bons lugares de acampamento para viajantes (Gn 42.27 – 43.21 – Êx 4.24). No decorrer do tempo foram estes sítios de águas metidos entre paredes – ou então um espaço murado as preparava perto da nascente, no qual estavam seguros os animais da caravana durante a noite. Depois as coisas foram melhorando, de forma que, dentro de um certo recinto já havia compartimentos onde, com certo resguardo, podiam recolher-se as famílias (Jr 9.2 – 41.17). Como os modernos khans, eram estes lugares umas construções abertas, sendo o espaço do meio reservado para animais de carga ou para veículos. Alguns dos khans, porém, eram de dois andares, tendo os quartos de cima portas para umas galerias que havia em toda a volta. Nem os compartimentos superiores nem os inferiores tinham qualquer espécie de mobília, a não ser que possa dar-se este nome a um estrado para dormir. Também não se preparava alimento para os viajantes – mas algumas vezes havia uma espécie de venda anexa à estalagem, onde se podia abastecer do necessário mediante pagamento. Um exemplo disto ocorre na história do bom samaritano (Lc 10.35). Foi numa estalagem como esta que Moisés se deteve, quando voltava do pais de Midiã para o Egito (Êx 4.24) – os irmãos de José também fizeram pouso num lugar semelhante, e estavam realizando os últimos preparativos para a grande viagem de regresso à sua casa, quando descobriram que o dinheiro destinado ao pagamento do trigo tinha sido colocado nos seus sacos (Gn 42.27). Nas estalagens maiores, as aberturas arqueadas davam acesso a séries de dois quartos, servindo o interior para mais oculta pousada e para se armazenarem com mais segurança as mercadorias. Muitas hospedarias tinham, também, estrebarias em lugar separado da casa – foi num lugar como este que a Virgem Maria deu à luz o seu filho Jesus (Lc 2.7).
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estandarte
Durante a marcha dos israelitas pelo deserto, cada tribo possuía o seu próprio estandarte. Quando estavam acampados, colocavam-se três tribos de cada lado do tabernáculo, formando cada três tribos um campo separado, ou uma divisão, com estandarte comum (Nm 1.52 – 2.2 e seg.). (*veja Bandeira e insígnia.)
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estanho
Este metal acha-se mencionado com outros, nos despojos dos midianitas (Nm 31.22). Foi conhecido dos hebreus que o ligavam com outros metais (is 1.25 – Ez 22.18, 20). os mercados de Tiro eram abastecidos daquele metal por meio dos navios de Társis (Ez 27.12). Com ele se faziam prumos (Zc 4.10).
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estanislau
Glória do povo
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estaol
petição
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estáquis
espiga de milho
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estatelar
Cair de chapa
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estatístico
Relativo à estatística (parte da matemática em que se investigam os processos de obtenção, organização e análise de dados sobre uma população ou sobre uma coleção de seres quaisquer, e os métodos de tirar conclusões e fazer ilações ou prediç
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estatuto
Lei orgânica de um estado. Sociedade; leis
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estatutos
Leis
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estéfanas
que usa coroa
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estefania
Coroa, realeza
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estela
Estrela
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estemó
igual ESTEMOA
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estemoa
ouvir – atender – obedecer
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ester
Estrela. Era costume, entre os monarcas do oriente, mudar os nomes dos indivíduos a quem queriam honrar (Gn 41.45). Foi nesta consideração que o novo nome de Ester foi dado a uma donzela judia, Hadassa (murta), quando foi elevada à categoria de rainha. Ela havia nascido na Pérsia, e era exilada. o nome de seu pai era Abiail. Mortos os seus pais quando era ainda muito nova, o seu primo Mordecai tomou-a como filha adotiva. Quando a rainha Vasti foi destituída, foram trazidas à presença do rei Assuero as mais belas donzelas que puderam encontrar-se, a fim de ser escolhida aquela que havia de ser esposa do monarca. Foi Ester a eleita e coroada rainha com o maior esplendor. (*veja Assuero.) Pouco tempo depois do seu casamento, recebeu Ester uma comunicação escrita por Mordecai na qual se declarava que dois camaristas tinham conspirado contra a vida do rei. Assuero foi avisado, e, achando-se que as coisas eram assim, como tinham sido comunicadas, foram os conspiradores supliciados. Até esta ocasião, a nacionalidade da nova rainha não estava reconhecida, visto como os parentes de Ester temiam a inveja dos nobres da Pérsia. E não distinguindo o rei a raça a que pertencia Ester, prestou atenção, condescendente, mas irrefletidamente, ao pedido de Hamã, que estava irritado contra Mordecai, porque este, em certa ocasião, não se havia ajoelhado quando passava aquele ministro. Permitiu o rei que Hamã pudesse exterminar todos os judeus, novos e velhos, apoderando-se ao mesmo tempo dos seus bens. Ester estava fora da convivência social, e não sabia coisa alguma do que se passava. Mordecai, porém, achou maneira de falar com a rainha, e pôde convencê-la de que ela devia interceder pelos seus compatriotas. A rainha Ester corria grande perigo, aparecendo na presença de Assuero, sem fazer-se anunciar e sem ser convidada. Porquanto, segundo a lei persa, tal procedimento merecia a morte, a menos que o monarca estendesse o cetro para a pessoa que tinha transgredido as regras estabelecidas. Com toda a confiança, porém, depois de três dias de humilhação e oração, não tendo já receio algum, apresentou-se Ester ao rei, que estendeu o cetro para ela. A rainha convidou o rei para um banquete, e ali revelou a conspiração de Hamã, que também estava presente. Hamã foi executado, e novo decreto foi lavrado, em virtude do qual podiam os judeus defender-se quando fossem atacados (*veja Ester, Livro de ).
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ester (livro de)
o livro de Ester foi escrito durante o tempo que decorreu desde o término do templo até à missão de Esdras (516 a 458 a.C.). Xerxes, que neste livro se chama Assuero, filho daquele Dario mencionado em Esdras (Dario Histaspes), ocupava nesta ocasião o trono da Pérsia. A sua tirania acha-se vivamente pintada por Heródoto (iX). Provavelmente as festas descritas no cap. 1 foram efetuadas com o fim de inaugurar a expedição de Xerxes à Grécia, podendo ser, também, que o casamento com Ester, no sétimo ano de seu reinado, se realizasse depois das grandes derrotas dos persas em Salamina, Platéia e Micalé, 480 e 479 a.C. o rei Xerxes, segundo diz Heródoto, consolou-se na sua humilhação com os prazeres do seu harém (iX, 108). A fonte desta narrativa podem ter sido os anais do reino da Pérsia (*veja 2.23 e 6.1). Sendo assim, temos a explicação dos pormenores que ali se dão com respeito ao reino de Xerxes, e a exatidão com que são mencionados os nomes dos seus ministros e dos filhos de Hamã – e essa conjetura também nos dá a razão de serem os judeus somente mencionados na 3ª pessoa, e de ser Ester freqüentemente designada pelo título de ‘a rainha’, e Mordecai pelo epíteto de ‘o judeu’. E tal fonte explicará, também, o tom secular do livro, não sendo uma vez sequer mencionado o nome de Deus. Todavia, embora o nome de Deus não apareça no livro, a Sua mão providencial se vê claramente, impedindo o mal que ameaçava os judeus, dominando-o, e desfazendo o ardil dos maus, para maior bem da família israelita e até dos pagãos (1.2 – 4.10). Seja bem posta em relevo a importância dos fatos descritos: não era somente a segurança dos judeus na Pérsia que estava em perigo – porquanto, se Hamã tivesse conseguido o seu fim, sendo então supremo o poder da Pérsia em Jerusalém e por toda a Ásia, teriam os judeus, provavelmente, perecido em toda parte, e com eles a igreja visível de Deus. A festa de Purim (as Sortes), que os judeus observam com grande regozijo, nos lugares onde vivem, um mês antes da Páscoa, é uma comemoração permanente, como ação de graças por aquela nacional libertação. De manhã é o Megillak de Ester lido e explicado nas sinagogas, sendo o resto do dia destinado a divertimentos e a sessões festivas. Segundo a tradição judaica ‘todas as festas acabarão nos dias do Messias, exceto a festa do Purim’. Alguns têm pensado que Purim é aquela festa mencionada em João 5.1 – a não ser assim, nenhuma referência se faz ao livro de Ester no Novo Testamento. os assuntos deste livro são os seguintes: a elevação de Ester ao trono da Pérsia, para o lugar de Vasti (1, 2) – a conspiração de Hamã para a destruição dos judeus (3) – a conseqüente aflição dos judeus – o malogro da conspiração de Hamã – o triunfo dos judeus sobre os seus inimigos – a instituição da festa de Purim para comemorar o livramento do povo israelita (4 a 10) – e a exaltação de Mordecai. As lições que nos dá o livro são distintas. Mostra-se nos dois livros, que precedem no Cânon o livro de Ester, a misericórdia do Senhor para com os judeus que voltaram da Babilônia para seu pais. E pelo livro de Ester sabemos que também aqueles que ficaram em países pagãos foram, pela providência de Deus, guardados e defendidos. o livro também nos esclarece sobre a maravilhosa maneira como Aquele que tudo vê, conhecendo o princípio e o fim dos acontecimentos, dispõe as coisas para a execução dos Seus planos. E deste modo exerce o Altíssimo Deus superintendência mesmo sobre os resultados das livres ações dos homens. Além disso, manifesta o livro quão fácil é para Deus ‘derrubar do seu trono os poderosos’ e ‘exaltar os humildes’ – e ensina-nos quão seguro é pôr a nossa confiança em Deus, e andar humildemente com Ele. E, assim, as lições do livro de Ester nos ensinam a reprimir todo o orgulho e vanglória, e nos ministram conforto nas provações, tornando, desse modo, mais firmes a nossa fé e esperança.
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esterco
o uso do esterco para cozer pão (Ez 4.12 a 16) refere-se ao seu emprego como combustível, o que é ainda comum no oriente – mas a sua proximidade tornaria o pão impuro para os judeus. o estrume era a palha regada com líquidos imundos (is 25.10), ou então as varreduras das ruas e das estradas, que eram ajuntadas fora da cidade em determinados sítios (Ne 2.13). Aplicava-se o esterco às arvores, abrindo covas em volta das raízes (Lc 13.8). Sentar-se alguém no monturo era sinal do mais profundo desalento (1 Sm 2.8 – Sl 113.7 – Lm 4.5).
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esterqueira
Lugar onde se lança e se ajunta o esterco; imundície, sujidade
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esterroar
Desfazer os terrões ou torrões de.
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estético
Imóvel como estátua; sem movimento; parado.
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estêvão
Coroa. Judeu helenista, que foi o primeiro mártir cristão. Ele é mencionado em primeiro lugar, entre os sete da ‘igreja de Jerusalém’ como homem ‘cheio de fé e do Espírito Santo’, ‘cheio de graça e poder’, que fazia muitos milagres (At 6.5 a 8). Havendo discussões sobre as doutrinas da fé cristã, foi Estêvão escolhido para responder aos opositores helenistas da jovem igreja (vers. 9) – mas as palavras de sabedoria cristã do notável evangelista produziram a sua prisão. Levado ao Sinédrio, o discurso proferido em sua própria defesa levantou uma terrível hostilidade contra ele. Foi por isso apedrejado, e, já moribundo, invocou ao Senhor e orou pelos seus assassinos (At 7.58 a 60). A perseguição então iniciada trouxe notáveis resultados para a igreja (At 8.1, 4 – 11.19).
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estigma
Aquilo que marca, que assinala.
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estirpe
Origem; linhagem
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estofo
Qualquer tecido para revestir
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estóicos
Adeptos da filosofia de Zenão Citium (340-264 a.C).
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estóicos e epicureus
Filósofos estóicos e epicureus acham-se mencionados numa passagem dos Atos (17.18 a 33), em que se lê que eles, ouvindo Paulo em Atenas, inquiriram dele com respeito a sua nova doutrina. 1. os estóicos formavam uma seita de filósofos gregos, discípulos de Zenão, derivando-se aquele nome de Stoa, ‘pórtico’, sendo o pórtico o lugar onde o seu mestre permanecia para ensinar em Atenas (299 a.C.). As principais doutrinas dos estóicos eram: que Deus não procede de nenhuma causa – é incorruptível e eterno – é possuidor de infinita sabedoria e bondade – é causa e preservador de todas as coisas e qualidades – que a matéria nos seus primitivos elementos é, também, sem precedência e eterna, sendo pela poderosa energia da Divindade dotada de movimento e forma – que embora Deus e a matéria tenham existido desde toda a eternidade, teve princípio o atual sistema de coisas, que, na sua origem, foi um caos, e acabará numa conflagração tal que todas as coisas materiais voltarão ao seu primitivo estado, sendo, então, toda a vida reabsorvida na Divindade – e essa volta ao caos, seguida do aparecimento de uma nova ordem de coisas, são acontecimentos que têm de repetir-se em todos os tempos. imaginaram mesmo alguns que cada indivíduo, a cada reaparecimento, voltaria ao seu próprio corpo. Aqueles estóicos, que acreditavam na existência da alma depois da morte, supunham que ela ia para as regiões celestes dos deuses, onde permaneceria até que todas as almas, na conflagração geral, tanto as dos homens como as dos deuses, fossem absorvidas na Divindade. Alguns também admitiam uma espécie de purgatório, no qual a alma seria purgada e purificada de todas as impurezas. os estóicos eram rígidos fatalistas, pois todas as coisas, na sua opinião, mesmo os deuses, estavam sujeitos a uma eterna cadeia de causas e efeitos. Ensinavam eles que um homem sábio e virtuoso podia ser feliz no meio da tortura, e que todas as coisas externas eram para ele indiferentes. Se um homem estava satisfeito consigo mesmo, isso era suficiente. Detestavam os vícios. 2. Epicureus. Epicuro era um filósofo grego que foi mestre em Atenas, desde o ano 307 a.C. Segundo o seu sistema, o grande fim da vida é uma vida de prazer. Admitia a existência de seres divinos, mas não acreditava que eles tivessem qualquer comunicação com os homens. Estes entes existiam num estado de perfeita pureza, tranqüilidade e felicidade. Com respeito à vida do homem, ensinava Epicuro que uma vida tranqüila, livre de males e rica de prazeres, é o principal bem da vida humana. Sustentavam os seus sectários que o mundo não tinha sido formado por Deus, nem com qualquer desígnio, mas por um concurso fortuito de átomos. Negavam a imortalidade da alma. A felicidade que eles procuravam era a obtida pelo gozo da vida: se alguns deles buscavam esta felicidade na tranqüilidade e alegria da sua alma, pela prática da moralidade, é certo que outros a procuravam nos prazeres mais grosseiros, segundo os seus apetites. A filosofia de Epicuro era dupla: primeiramente havia o estudo e observação de todas as coisas pertencentes à Natureza – em segundo lugar fazia-se esse estudo e observação a respeito das ações morais, pelas quais a conduta dos homens havia de ser verificada, e ser evitada a causa da pena. A vida do homem constava de prazer e dor, portanto era um verdadeiro filósofo aquele que podia encontrar a alegria da vida e diminuir as situações contrárias. Todavia, a verdadeira e perfeita felicidade somente podia ser alcançada por um viver de virtude e de pensamento, e pela prática da temperança, da gentileza, da compaixão, da gratidão e da amizade.
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estola
Espécie de xale (Peça de vestuário usado como adorno e agasalho dos ombros e costas) retangular, comprido
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estola sacerdotal
A estola de linho era uma distintiva vestimenta do sacerdote oficiante, uma espécie de túnica, apertada em volta com um cinto (1 Sm 2.18, 28 – 14.3 – 22.18 – 2 Sm 6.14). A do sumo sacerdote acha-se descrita no Êx 28 e 39 – Lv 8.7. Era uma vestimenta de linho fino, belamente ornamentada, com lavores em ouro, azul e púrpura. Constava de duas partes, cobrindo uma as costas e a outra o peito, unidas nos ombros. Sobre cada ombro havia uma grande pedra de ágata, à maneira de dragona, estando gravados nas duas pedras os nomes das doze tribos, seis em cada pedra. Nesta vestimenta o cinto era tecido de uma só peça ligada à parte da frente (Êx 28. 8). E sobre o vestuário se usava o peitoral, no qual havia um bolso que continha o Urim e o Tumim, ou os sagrados lotes. Sabemos que Gideão mandou fazer uma estola com materiais tirados aos midianitas, tornando-se este cinto um laço para os israelitas (Jz 8.27). Tendo Mica feito um ídolo, fez necessariamente também uma estola, consagrando um dos seus filhos como sacerdote (Jz 17.5 – 18.14 a 20).
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estom
estranhas
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estoraque
É um dos três ingredientes que entravam na composição do sagrado perfume (Êx 30.34,35). A palavra hebraica tem a significação de gota, sendo ‘stacte’ o equivalente grego. É, talvez, uma resina que se extrai do Storax officinale, planta da espécie da que dá a goma de benjoim, ou talvez seja uma certa qualidade de mirra inferior.
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estrabismo
Fig. Maneira errada, defeituosa, de ver, de julgar, de raciocinar.
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estrada real
No tempo de Cristo atravessavam o país seis grandes artérias de comércio e comunicação. Cesaréia e Jerusalém eram os pontos principais a que elas conduziam, sendo a primeira cidade a capital militar, e a segunda a capital religiosa. Em primeiro lugar estava a estrada do sul, que de Jerusalém ia por Belém a Hebrom, seguindo depois na direção do ocidente para Gaza, e na direção do oriente para a Arábia, de onde também partia outra estrada para o norte até Damasco. Foi por esta estrada que S. Paulo viajou, quando depois da sua conversão procurou as solidões da Arábia (Gl 1.17, 18). Em segundo lugar, havia a velha estrada, pela costa do mar, desde o Egito até Tiro – e, daqui ia outra direita a Damasco, passando por Cesaréia de Filipe, a qual não era muito freqüentada. A estrada à beira-mar era a mais importante via militar da terra. Foi, provavelmente, por esta estrada que os soldados romanos levaram S. Paulo (At 23.31). A terceira estrada corria desde Jerusalém acima de Bete-Horom e Lida até Jope. A quarta estrada vinha da Galiléia a Jerusalém, atravessando a Samaria, ramificando-se em Siquém para o oriente, tomando depois esse ramo a direção de Damasco. Por via de regra os viajantes judeus evitavam passar pela Samaria, preferindo os perigos da quinta grande estrada (Mt 20.17, 29 – Lc 10.30 – 19.1, 28). A quinta estrada partia de Jerusalém, e ia por Betânia a Jericó, onde atravessava o rio Jordão num vau, tomando a direção de Gileade. A sexta grande estrada não era inteiramente judaica, mas ligava Damasco com Ptolemaida. Partindo de Damasco, atravessava o rio Jordão para ir a Cafarnaum, Tiberíades, Naim, e daqui a Nazaré – deste lugar seguia até ao porto de Ptolemaida. Estava assim Nazaré na grande estrada do mundo, e o que ali se passava, depressa era conhecido em toda parte. Além destas estradas que acabamos de mencionar, outras muitas de menor importância atravessavam o país em todas as direções. A estrada real (Nm 20.17, 19) era conservada para fins nacionais à custa do público. os caminhos para as cidades de refúgio deviam estar sempre em boa ordem (Dt 19.3). Sabemos pelos historiadores judeus, que estas estradas secundárias deviam ter 14 metros de largura, com as necessárias pontes e letreiros. (*veja Jornada.)
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estrangeiro, estranho
Diversos termos hebraicos se acham traduzidos pelas palavras ‘estrangeiro’ e ‘estranho’, devendo procurar-se num comentário a sua verdadeira significação. 1. Nekar, Nokri. Um estrangeiro que podia, ou não, entrar em relações com israel. Adora deuses estranhos, e é considerado como inteiramente fora dos interesses do povo de Deus (Gn 35.2 – Êx 12.43). . Zar. Palavra de sentido mais lato, empregando-se a respeito de qualquer pessoa, que está fora de um particular parentesco, isto é, que é estranho à família (Dt 25.5), ou a uma casa sacerdotal (Lv 22. 12), ou à terra (os 7.9). 3. Toshãb. Aquele que por pouco tempo habita entre o povo de israel, mas não entra, como tal, em qualquer boa relação com os israelitas. Liga-se, muitas vezes, à palavra seguinte (Lv 22.10). 4. Ger. Estrangeiro, habitante da terra no melhor sentido. Tem, algumas vezes, uma significação geral, como quando se trata de Abraão em Hebrom (Gn 23.4) e de israel no Egito (Gn 15.13 – Êx 22.21) – mas amiúde o sentido técnico do termo é o de um estrangeiro que vai viver mais ou menos permanentemente em israel, colocando-se sob a proteção do Senhor, e obtendo, por isso, certos direitos e privilégios (Js 8.33). Deve participar do descanso sabático (Êx 20.10), e não deve ser maltratado (Lv 19.33) – mas não se exigia que ele de um modo estrito observasse as leis referentes à dieta (Dt 14.21). Este estrangeiro especial serve para ilustrar a relação do crente com Deus, visto como, não tendo direitos em relação ao seu Criador, é-lhe permitido, contudo, gozar de certos privilégios (Sl 39.12). Todo estrangeiro que ia fixar a sua residência entre os hebreus era tratado com amabilidade (Êx 22.21 – 23.9 – Lv 19.33, 34 – 23.22 – Dt 14.29 – 16.10, 11 – 24.19) – e em muitas coisas tinha os mesmos direitos que os verdadeiros filhos de Jacó (Êx 12.49 – Lv 24.22 – Nm 15.15 – 35.15). Com certeza não lhes era permitido ofender as suscetibilidades religiosas do povo hebreu.
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estreiteza
Qualidade de estreito, apertado.
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estrela
A astronomia foi estudada por alguns dos antigos – e as referências do A.T. às estrelas fazem ver que nesses tempos havia sobre os astros boas observações e reflexão. A sua contemplação causava espanto e temor. Vieram de Deus, estão sob o seu império, e só Ele as pode contar (Gn 1.16 – Jó 9.7 – Jr 31.35 – Sl 8.3 – 136.9 – 147.4 – is 40.26). o escurecer e a confusão dos corpos celestes são fenômenos associados com calamidades, tanto no A.T. (is 13.10 – Ez 32.7 – Jl 2.10 – 3.15), como no N.T. (Mt 24.29 – Mc 13. 25 – At 2.19, 20 – Ap 6.13 – 8.10 a 12). A adoração dos astros era uma das formas de idolatria entre os povos, e isso desviou também os hebreus do caminho da Lei (Dt 4.19 – 2 Rs 17.16 – Jr 19.13 – Am 5.26 – Sf 1.5 – At 7.43). Fala-se de Jesus, como sendo a Estrela da Manhã (Ap 2.28 – 22.16). No *veja 13 da epístola de Judas há uma referência ás ‘estrelas errantes’, numa comparação com os cometas. Com respeito a especiais estrelas e constelações *veja Ursa, Órion, Plêiade.
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estrela do oriente
A estrela que os Magos viram no oriente (Mt 2. 2, 7, 9, 10) era, evidentemente, maior do que uma simples estrela, embora não tivesse sido observada pelo público. Herodes teve de fazer inquirições (2.7) quanto ao tempo em que ela aparecera àqueles sábios. Supõem alguns ter sido uma nova estrela, ou um cometa, ou ter ocorrido naquele tempo uma conjunção de certos planetas conhecidos. (*veja Astrólogo, Magos.)
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estrépto
Ruído forte; estrondo
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estribar
Apoiar-se, escorar-se
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estultícia
Tolice; estupidez; necedade
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estulto
Tolo; néscio; ignorante
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esvaecer
Tornar-se vão; vazio
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etã
Lugar de aves de presa. Aldeia da tribo de Simeão (1 Cr 4.32). Deve ser esse lugar umas ruínas, com o nome de Aitun, perto de En-Rimom. 2. Cidade fortificada de Judá, reedificada por Roboão (2 Cr 11.6 – talvez também 1 Cr 4.3). Ficava perto de Belém. E das suas nascentes, que tornavam famoso o sítio, eram abastecidos os tanques de Salomão. o seu nome moderno é ain”Atan. 3. Sansão refugiou-se ‘na fenda da rocha de Etã’ (Jz 15.8, 11) – deve ser perto de Leí. 4. Uma primitiva estação dos israelitas na sua peregrinação pelo deserto (Nm 33.6, 8). Fazia parte do grande deserto de Sur, que ficava ao norte do golfo ocidental do mar Vermelho. 5. Um ezraíta que se tornou notável pela sua sabedoria (1 Rs 4. 31 – 1 Cr 2.6 – Sl 89, título). 6. Descendente de Merari e regente da música do templo (1 Cr 6.44 – 15.17). 7. Um coatita, antepassado de Asafe (1 Cr 6.42).
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etan
hebraico: lugar de seres famintos
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etana
hebraico: dadiva, salário
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etanim
É o sétimo mês do ano sagrado dos hebreus desde a última lua de outubro até à primeira de novembro (1 Rs 8.2). (*veja Mês, Ano).
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etão
hebraico: lugar de seres famintos
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etbaal
Com Baal. Rei de Sidom, e pai de Jezabel, a mulher de Acabe (1 Rs 16.31). Ele foi esse sacerdote de Astarte, tendo o nome de itobal, que, depois de ter assassinado Feles, rei de Tiro, apoderou-se do trono, reinando pelo espaço de trinta e dois anos.
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ete-cazim
tempo ou povo do juízo
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etei
hebraico: oportuno
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eter
plenitude abundância
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eterna, vida
l. Ensino do Antigo Testamento. A comunhão entre Deus e a alma individual do homem, se for bem entendida, envolve um futuro para essa alma – e as anomalias da vida que não têm aqui a sua explicação requerem, para serem explicadas, a vida além da campa. Mas o A.T. é apenas comparativamente pouco explícito sobre o assunto, porquanto os escritores dessa parte da Bíblia falam-nos de Sheol, a palavra que geralmente se traduz por ‘inferno’. o termo, porém, significa ‘concavidade’ ou ‘vácuo’. os mortos ainda ali vivem, mas privados de tudo o que realmente pertence à vida. É lugar de trevas, de esquecimento, de sono, de ignorância – lá não há esperança, nem louvor – é lugar de corrupção, um poço horrível – e dali não se volta (*veja Jó 7.9 – 14.7 a 12 – Sl 88 e 115 – Ec 9.5 – is 14.11). Este aspecto do ensino, no A.T., já pode explicar a existência futura, considerando principalmente tudo aquilo que cerca a morte. Mas não é este o único aspecto. Conhecemos a vida de Enoque e o ter andado sempre com Deus, a triunfante passagem de Elias, a misteriosa visão de Samuel em Tecoa, esclarecendo todos estes fatos esta grande verdade: que, visto como o homem vive em comunhão com Deus, não há morte que possa realmente quebrar essa comunhão. A expressão tantas vezes repetida: ‘Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de isaque, o Deus de Jacó’ explica aquela comunhão de uma forma concreta, e devia ter produzido no espírito dos judeus a compreensão do que Jesus lhes queria ensinar. Nos Salmos, e também em alguns dos profetas, mas especialmente nos Salmos, o fato de que o piedoso judeu vive numa estreita união com o Espirito do Criador é para ele uma segurança, mesmo na morte – ele pouco sabe da vida além da sepultura, mas pode confiar no seu Deus. ‘Não deixarás a minha alma na morte’ – ‘Quando acordar eu me satisfarei com a tua semelhança’ – ‘Tu me guias com o teu conselho, e depois me recebes na gloria.’ A visão dos ossos secos no cap. 37 de Ez ensina-nos uma lição semelhante (vede também is 26.19 e Dn 12.2). Ao lado destes ensinamentos existia na alma israelita a idéia de uma relação entre a morte e o pecado – mas nunca o judeu pôde penetrar inteiramente o mistério dessa ligação. Na literatura da Sabedoria, como o Eclesiastes, os Provérbios, Jó, e alguns dos Salmos, era ao judeu ensinada a verdade da vida futura por outro processo de argumentação. As necessidades da vida, a sua aparente injustiça, a sua inexata retribuição, o óbvio fato de que nem sempre é o sofrimento o resultado de pecado, tudo isto se avolumava numa questão que só poderia ser resolvida pela realidade da vida futura. 2. Ensino do Novo Testamento. É no N.T. que está perfeitamente definida a doutrina da vida eterna. A palavra grega, que indiscriminadamente se traduz por ‘eterno’ ou ‘perpétuo’ (aionios ), é derivada de um nome que significa uma idade, ou um período de tempo. o adjetivo toma amplamente a sua característica significação do nome a que se aplica. Quando se aplica a Deus ou à vida deve significar ‘eterno’, no sentido mais lato. Aplicado ao serviço de um escravo, significa a duração da vida: ‘ele o servirá para sempre’ (Êx 21.6). A vida de Deus é a eternidade – a vida dos que hão de estar sempre com Ele deve ser igualmente eterna, e também, sendo usada a mesma palavra, parece ser eterna a vida dos que hão de estar separados Dele. Acerca da eternidade da vida não há, e nunca houve, entre os cristãos, qualquer dúvida.
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eternidade, eterno
A palavra ‘eternidade’ ocorre em is 57.1õ ‘assim diz o… que habita a eternidade’, frase que muitos hebraístas traduzem desta maneira: ‘o que habita para sempre’. Em is 9.6 o termo é duvidoso. A palavra eterno significa literalmente ‘longo tempo’, e esta idéia de um tempo, ou tempo indefinido, constitui a base da significação de perpetuidade nas expressões hebraica e grega. No A.T. as palavras traduzidas por eterno, perpétuo, para sempre, e para todo o sempre, são aplicadas, em primeiro lugar, a Deus – depois, ao seu modo de proceder com os homens, à Sua misericórdia, ao Seu Pacto, ao Seu reino, ao Rei e Sacerdote messiânico, etc. A frase, ‘os outeiros eternos’ (Gn 49.26 – Dt 33.15 – Hc 3.6) é excepcional e poética (Cp. com is 54.10). No N.T. emprega-se a palavra que no grego significa ‘idade’, em várias frases, para exprimir longa idade, tempo sem fim. Com referência ao passado significa ‘desde todos os tempos’ – e ao futuro, ‘até aos tempos de tempos’, ou ‘em todas as gerações, para todo o sempre’ (Ef 3.21). Capital importância, contudo, se dá ao correspondente adjetivo, com a significação literal de ‘longa idade’, ‘tempo perpétuo’. o simples sentido se vê em Fm 15, ‘para que o possuísses (a onésimo) para sempre’. o mais freqüente uso do termo acha-se na frase ‘vida eterna’. Esta expressão ocorre oito vezes nos evangelhos sinópticos (Mt 19.16 a 29 e lugares paralelos – Mt 25.46 – Lc 10.25) – onze vezes em S. Paulo, uma vez na epistola de S. Judas (*veja 21) – vinte e três vezes no Evangelho e primeira epistola de S. João. Na verdade, a frase é especialmente característica de S. João, e é certo que com ela o apóstolo evangelista quis significar uma coisa muito diferente, tendo em vista uma idéia mais profunda do que mera existência futura sem fim. Ele refere-se não à duração, mas à qualidade de vida, a uma vida realmente possuída por aquele que crê em Jesus Cristo (Jo 3.36 – 5.24 – 6.47, 54, 68 – 17.3 – 1 Jo 5.11, 13). E em conformidade com esta inteligência, Jesus identifica a vida eterna com a vida (Lc 10.25, 28) – e S. Paulo emprega estas expressões – ‘Toma posse da vida eterna’, e ‘a fim de se apoderarem da verdadeira vida’ (1 Tm 6.12, 19). Esta interpretação de se considerar a qualidade da vida, e não a duração, foi originada no contraste que repetidas vezes se apresenta entre ‘esta idade’ (este mundo) e ‘a idade vindoura’ (mundo porvir) (Mt 12. 32 – 13.22 – etc.). o século futuro, ou a idade futura (ou o mundo vindouro) é o reino messiânico, o mundo invisível, no qual tudo o que é terreno e transitório desaparece, permanecendo só e eternamente as realidades espirituais. E é às realidades pertencentes a este mundo invisível, e supersensível, que regularmente se aplica o termo que estamos considerando. Assim, Jesus Cristo emprega o termo eterno (não no sentido de duração perpétua), referindo-se ao fogo, à vida, ao castigo, às moradas (Mt 25.41, 46 – Mc 3.29 – Lc 16.9) – S. Paulo também se exprime deste modo: ‘Eterno peso de glória’ – uma casa eterna nos céus – ‘eterna destruição, banidos da face do Senhor’, etc. (*veja 2 Co 4.17, 18 – 5.1 – 2 Ts 1.9 – 2.16 – 1 Tm 6.16 – 2 Tm 2.10 – cp. 1 Pe 5.10 – 2 Pe 1.11 – Jd l – Ap 14.6).
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etimologia
Origem de uma palavra; parte da gramática que trata da origem das palavras.
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etimologicamente
De acordo com a origem da palavra.
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etiope
duplamente malicioso
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etiópia
sol abrasador
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etiópia, etiope
A palavra hebraica Cuxe, que em At 8.27 se traduz por etíope, aplicava-se, pelo menos, a três países distintos. Em Sf 3.10, o profeta fala dos judeus que voltavam do cativeiro, e menciona a Etiópia, que se chamava Cuta (2 Rs 17.24), e também Cuxe. Em Nm 12.1 a palavra ‘etiópica’ ou ‘cusita’, é designação dos naturais de um pais da Arábia meridional, que ficava ao longo do mar Vermelho, o qualem outro lugar é chamado Cusã (Hc 3.7). Em is 45.14 – Jr 13.23 – Ez 29.10, etc., cita-se a própria Etiópia, ou etíope. A parte setentrional deste território foi chamada Sebá pelos hebreus (is 43.3), segundo o nome do filho mais velho de Cuxe (Gn 10.7), e Meroque pelos romanos – provavelmente Candace foi rainha deste país (At 8.27). (*veja Cuxe.)
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etnã
dádiva
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etni
liberal, ou minha dádiva
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étnica
Relativa ou pertencente a povo ou raça.
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eu sou
hebraico: Jeová ou Senhor
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eubulo
bom conselheiro
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eúde
1. Descendente de Benjamim (1 Cr 7.10). 2. Filho de Gera, o segundo juiz ou libertador dos israelitas (Jz 3.15). os israelitas mandaram Eúde pagar tributo a Eglom, que era rei de Moabe em Jericó. Ele, ardendo de indignação, obteve de Eglom uma audiência particular. Depois disto fugiu Eúde para o monte Efraim, e chamou para o seu lado os oprimidos israelitas – foram, então, vigiados os vaus do Jordão, e deste modo os moabitas, que conservavam a terra com a força de várias guarnições, não puderam fugir. Caíram, então, os israelitas sobre o inimigo, desbarataram-no, ficando assim liberto o país. Eúde, como muitos dos seus compatriotas, era canhoto, e foi com a sua mão esquerda que ele vibrou o fatal golpe contra Eglom.
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eufrates
o Eufrates é o mais largo, o mais extenso, e o mais importante rio da Ásia ocidental. Tem duas origens nas montanhas da Armênia, sendo o ramo norte, o Frat, o verdadeiro Eufrates. Este ramo por si só tem 640 km de comprimento ao passo que o Murad Chai, o ramo do sul, corre na extensão de 435 km antes de juntar-se ao Frat em Keblan-Maden. A corrente unida vai através do Tauro e do anti-Tauro na direção sul-sudeste. Defronte de Selêucia o Eufrates aproxima-se do Tigre, e então corre pelas planícies da Babilônia, alargando-se sobre a terra, e formando charcos e lagos. Depois de correr quase paralelo com o Tigre numa considerável distância, junta-se, finalmente, a este rio, a 96 km do golfo Pérsico, no qual deságuam os dois rios unidos. Desde a sua origem até à foz a extensão do Eufrates é de 2.850 km. o Eufrates foi um dos quatro rios do Éden (*veja esta palavra), (Gn 2.14), e formava o limite oriental da terra que fora prometida à descendência de Abraão (Gn 15.18 – Dt 1.7 e 11.24 – Js 1.4). os rubenitas ocuparam o país até ao Eufrates (1 Cr 5.9) – foi também possuído por Davi (2 Sm 8.3), tendo então o Eufrates o nome de ‘o Rio’, e por seu filho Salomão (1 Rs 4.21 – 2 Cr 9.26). Neco, rei do Egito, estendeu os seus domínios até ao rio Eufrates (2 Rs 23.29), mas Nabucodonosor, rei da Babilônia, lhe arrancou a posse do seu território (2 Rs 24.l – Jr 46.2 a 10). o rio foi visitado por Jeremias (Jr 13.4 a 7 ). A última menção que se faz do Eufrates, na Bíblia, é no Apocalipse, onde o termo é usado simbolicamente ( 9.14 – 16.12). Como acontece à maior parte dos grandes rios que têm a sua origem em terras altas, o Eufrates estava sujeito a cheias anuais, quando a neve se derretia. Desde tempos antigos era a água das inundações cuidadosamente utilizada, pela irrigação, numa grande porção de terras. Este rio era navegável, e durante séculos foi, com o auxilio dos caminhos de caravanas, a via comercial entre o mar Mediterrâneo e o golfo Pérsico. Barcos feitos de vime, e alcatroados, bem como jangadas, eram empregados na condução de mercadorias. Nas margens do rio Eufrates havia, além da cidade da Babilônia, numerosas povoações de grande população: os caldeus habitavam aquele território que ficava nos dois lados da sua foz. Devido a encherem-se de lodo as águas, há muita terra pantanosa ao longo do seu curso, e especialmente na sua foz. Diz-se que a antiga cidade de Eridu foi primitivamente um porto do mar.
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eugenia
Nobre, nascida em berço de ouro
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eumenes
hebraico: bem disposto
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eunice
A mãe de Timóteo (2 Tm 1.5), uma judia cristã, casada com um grego (At 16.1).
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eunuco
Emprega-se esta palavra para significar ‘oficial’ ou ‘camareiro’, embora nem sempre fossem eunucos estes funcionários. os eunucos eram empregados pelos reis orientais para tomarem a seu cuidado os aposentos dos príncipes, e das princesas em lugar apartado (Et 2.3). Nas cortes da Pérsia e da África eram os principais empregos desempenhados por eunucos (At 8.27), sendo estes, também, guardas de haréns. Em Mt 19.12, fala Jesus daqueles que per amor do reino dos céus se fizeram eunucos, isto é, renunciaram ao casamento.
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eupolemo
hebraico: bom na guerra
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eura
hebraico: ramos
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euro aquilão
grego: vento nordeste
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euro-aquilão
vento nordeste
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eustaquio
Carregado de belas espigas
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êutico
o próspero
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eva
Vivente. Foi o nome dado por Adão à primeira mulher (Gn 3.20). Foi tentada pela serpente a comer do fruto proibido, dando-o em seguida a Adão (Gn 3). Eva teve três filhos: Abel, Caim e Sete. (*veja Gn 5.4.) Depois do nascimento de Sete, desaparece da narração bíblica o seu nome, havendo apenas meras referências (2 Co 11.3 – e 1 Tm 2. 13).
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evandro
Viril
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evangelho
Esta palavra, cuja significação é ‘boas novas’, ou ‘boa mensagem’, aplica-se às quatro inspiradas narrações da vida e doutrinas de Jesus Cristo, compreendidas no N.T. (Mateus, Marcos, Lucas, João) – e, também, à revelação da graça de Deus, que Cristo veio pregar, e que se manifesta na Sua vida, morte e ressurreição, significando para os homens salvação e paz. Por diferentes nomes é conhecido o Evangelho: o Evangelho da graça, porque provém do livre amor de Deus (At 20.24) – o Evangelho do Reino, pois que trata do reino da graça e da glória (Mt 4.23) – o Evangelho de Cristo, porque Jesus é o seu autor e assunto (Rm 1.16 – 15.19) – o Evangelho da Paz e salvação, pois que as suas doutrinas promovem o nosso bem-estar presente e conduzem à gloria eterna (Ef 1.13 -6.15) – o glorioso Evangelho, porque nele se expõem as gloriosas perfeições de Deus (2 Co 4.4) – e o Evangelho eterno, visto que foi planejado desde a eternidade, é permanente, e de efeitos eternos (Ap 14.6). *veja cada Evangelho sob o nome de seu autor.
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evangelista
Pregador de boas novas. Esta palavra ocorre três vezes no N.T. (1) Está em terceiro lugar na ordem dos obreiros qualificados, que Cristo concedeu à sua igreja: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores, e mestres (Ef 4.11). Mas já não aparece o nome na correspondente lista que vem em Rm 12.6 a 8 e em 1 Co 12.28. (2) Timóteo é mandado por Paulo fazer ‘o trabalho de um evangelista’ (2 Tm 4.5). (3) Filipe, um dos sete diáconos (At 6.5), é chamado ‘o evangelista’ (At 21.8). o título parece designar uma função missionária: o evangelista levava o Evangelho a lugares onde era ainda desconhecido, e assim facilitava os meios para uma instrução e organização mais permanentes. A aplicação que se faz do termo aos autores dos quatro Evangelhos é muito posterior ao tempo do N.T.
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evaristo
ótimo
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eví
desejo
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evidência
Qualidade do que é evidente; certeza manifesta.
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evil-merodaque
Filho e sucessor de Nabucodonosor, rei da Babilônia. Era amigo de Joaquim, rei de Judá, que tinha ido preso para aquele país, e o colocou em lugar superior aos outros reis cativos em Babilônia. Reinou cerca de dois anos, sendo assassinado pelo seu cunhado, que se apoderou da coroa (2 Rs 25.27 – Jr 52.31).
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evil-moradaquel
babilônico : homem de Deus Merodaque
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evódia
que escolhe um bom caminho
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evolução
Processo de desenvolvimento ou crescimento de um ser. De per si é mais genérico que o transformismo e não implica necessariamente a transformação das espécies. Contudo, em ciências naturais se entende por evolução o processo de mutuação das espécies, o que implica alteração dos elementos genéricos. Os conhecimentos atuais mostram que os seres vivos existentes sobre a terra evoluíram desde formas inicialmente muito simples até as atuais. Em teologia é caro que a criação provém de Deus e evolui segundo as possibilidades postas por ele; o próprio homem está no vir a ser até a meta que Deus lhe marcou: o Deus criador é igualmente o Deus fim de tudo; a história é o processo dessa marcha evolutiva. Ponto medular da transformação é a encarnação do Verbo que introduz a dinâmica divinizadora, e a ressurreição que transforma a Cristo, e o traz a todos os que vivemos de sua vida, dando uma nova dimensão à existência.Outros tipos de evolução podem ser considerados, como a que experimenta o homem em seu crescimento, maturação e declive biológico, ou a evolução espiritual de uma pessoa, a evolução cultural etc.
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evolutivo
Relativo ao desenvolvimento progressivo duma idéia, acontecimento, ação, etc.
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exalçar
Vangloriar-se, gloriar-se, gabar-se, envaidecer-se.
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exarado
Registrar por escrito.
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exasperar
Irritar-se muito
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exator
Aquele que comete exações; cobrador de impostos e contribuições; aquele que exige o que é devido
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exceder
Ultrapassar em valor, peso, extensão, tamanho.
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excelso
Alto; sublime; excelente
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excentricismo
Manias, esquisitices, cacoetes.
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excludente
Que exclui.
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exclusivismo
Sistema ou espírito de exclusão, ou seja, ato de excluir (-se); exceção.
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excogitar
Inventar; imaginar
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execração
Ato de execrar; aversão, horror ou ódio ilimitados; maldição.
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execráveis
Abomináveis; nojentos
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execrável
Abominável, detestável.
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exegese
É a prática da hermenêutica sagrada que busca a real interpretação dos textos que formam, no caso, o Antigo e o Novo Testamento.
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exemplo
Tipo proposto para se imitar, para ser seguido, ou qualquer acontecimento que serve para chamar a atenção na maneira de proceder (Fp 3.17 – 1 Ts 1.7 – 2 Ts 3.9 – 1 Pe 5.3 – 1 Co 10.11 – 2 Pe 2.6).
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exército
Durante o Êxodo, todo homem, de idade superior a vinte anos era soldado (Nm 1.3), sendo isentos do serviço militar somente os sacerdotes e os levitas (Nm 2.33). Cada tribo formava um regimento, com a sua própria bandeira e o seu próprio chefe (Nm 2.2 – 10.14). Quando estava próximo o inimigo, era feito o alistamento de todos os combatentes. Alguns destes podiam ser dispensados do serviço em determinados casos (Dt 20.5 a 8). o exército era, então, dividido em milhares e centenas, sob o comando dos seus respectivos capitães (Nm 31.14 – 1 Sm 8.12 – 2 Rs 1.9). Depois da entrada dos israelitas na terra de Canaã e depois de disperso o povo por todo o país, podiam os combatentes ser chamados na excitação do momento por uma trombeta (Jz 3.27), ou por mensageiros (Jz 6.35), ou por algum significativo sinal (1 Sm 11.7), ou, como em tempos posteriores, pelo arvorar de um estandarte (is 18.3 – Jr 4.21 – 51.27), ou ainda por meio de uma fogueira sobre algum lugar eminente (Jr 6.1). Escoltava o rei um certo número de guerreiros, que formavam o núcleo do exército. A guarda de Saul era de 3.000 guerreiros escolhidos (1 Sm 13.2 – 14.52 – 24.2) – e Davi tinha 600, que ele, com o correr do tempo foi aumentando (2 Sm 15.18). Mais tarde organizou uma milícia nacional, dividida em doze regimentos, tendo cada um destes o nome dos diferentes meses do ano (1 Cr 27.1). À frente do exército, quando estava em serviço ativo, punha o rei um comandante chefe (1 Sm 14.50). Até esta ocasião o exército constava inteiramente de infantaria, mas como as relações com os povos estranhos aumentavam, muita importância foi dada aos carros de guerra. Estes não eram de grande utilidade na própria Palestina, devido a ser muito acidentado o país, mas podiam ser empregados com vantagem nas fronteiras, tanto do lado do Egito, como da banda da Síria. Davi pôs de reserva cem carros, do despojo dos sírios (2 Sm 8.4) – Salomão tornou muito maior esse armamento, e aplicou-o à proteção das povoações da raia, sendo para esse fim estabelecidas estações em diferentes localidades (1 Rs 9.19). Essa força foi aumentada até ao número de 1.400 carros e 12.000 cavaleiros. Para cada carro eram destinados três cavalos, ficando o terceiro de reserva (1 Rs 10.26 – 2 Cr 1.14). os diversos postos do exército eram os soldados (homens de guerra), os tenentes (servidores), os capitães (príncipes), os oficiais do estado-maior, e os oficiais de cavalaria (1 Rs 9.22). As operações de guerra começavam geralmente na primavera, depois de solenemente se pedir a Deus a Sua proteção. (*veja Urim e Tumim.) os sacerdotes levavam a arca e acompanhavam os combatentes com o fim de infundir coragem e prestar qualquer auxílio. Eles também influiam na qualidade de arautos e de diplomatas, tanto antes como depois da guerra (Nm 10.8 – Dt 20.2 a 4 – 1 Sm 7.9). os judeus, como guerreiros, eram terríveis combatentes, gostando de aproximar-se do inimigo, e levá-lo à luta de corpo a corpo. Precipitavam-se sobre o adversário, dando altos gritos e tocando trombetas. Mostravam, também, grande astúcia na guerra, preparando emboscadas e efetuando ataques noturnos. (*veja Davi, Jonatas.) os feitos de valor eram generosamente recompensados. Antes do estabelecimento de um exército permanente, tinha o soldado de prover a sua própria armadura, e pela força ou outros meios devia obter o seu alimento. Mais tarde tornou-se o exército um encargo nacional, embora os soldados não recebessem soldo. o exército romano pode ser descrito nesta maneira esquemática: Uma centúria = 50 a 100 homens, Duas centúrias = 1 manípulo, Três manípulos = 1 coorte, Dez coortes = 1 legião. Segue-se que havia sessenta centúrias numa legião, cada uma das quais era comandada por um centurião. Primitivamente constava a centúria, como o nome dá a conhecer, de cem homens, mas depois variava o número segundo a força da legião. No Novo Testamento acha-se mencionada ‘a legião’ (Mt 26.53 – Mc 5.9) – e a ‘coorte’ (Mt 27.27 – Mc 15.16 – Jo 18.3 a 12 – At 10.1 – 21.31 – 27.1). o comandante de uma coorte (Lat. tribunus, gr. chiliarck, isto é, comandante de 1000) é mencionado em João 18.12, e várias vezes em Atos 21 a 24. Neste último caso a coorte era a guarnição romana de Jerusalém, com o seu quartel no Forte Antônia, contíguo ao templo. Além dessas coortes legionárias, havia também coortes de voluntários, servindo ao abrigo dos estandartes romanos. Uma destas chamava-se coorte italiana (At 10.1), porque era formada de voluntários da itália. o quartel general das forças romanas, na Judéia, era Cesaréia. A ‘coorte imperial’ (ou ‘Augusta’), a que se faz referência em At 27.1, pode ter sido alguma das espalhadas pelas províncias, talvez a de Samaria, pois que a esta cidade tinha Herodes dado o nome de Sebasta (Lat. Augusta). E pode também essa coorte ter derivado o seu nome de alguma honra especial, concedida pelo imperador a esse corpo do exército. Referências ao oficial ‘centurião’ acham-se em Mt 8.5 e 27. 54, e freqüentemente no livro dos Atos. Quatro soldados constituíam a ordinária guarda militar, e como esta havia quatro, correspondentes às quatro vigílias da noite, e que se rendiam de três em três horas (Jo 19.23 – At 12.4). Quando uma guarda tinha a seu cuidado um prisioneiro, acontecia então que dois soldados vigiavam fora das portas da prisão, enquanto os outros dois estavam na parte de dentro (At 12.6). os arqueiros mencionados em Atos 23.23, parece terem sido tropas irregulares, que eram armados à ligeira.
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exército dos céus
As estrelas e outros corpos celestes, cuja adoração a Bíblia condena (Dt. 4.9)
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exilado
pessoa banida da pátria e levada ao cativeiro em país estrangeiro. Um dos meios que Deus usou no AT para castigar o seu povo, purificando-o dos seus modos pecaminosos e rebeldes.
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exílio
Expatriação; ir residir em país estrangeiro de modo forçado ou voluntário
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êxodo
A saída dos israelitas da escravidão egípcia. A causa imediata do Êxodo foi a opressiva servidão a que os israelitas estavam sujeitos pelas leis dos Faraós do Egito. os descendentes de Jacó de tal maneira se haviam multiplicado (Êx 1.7) que se estenderam pelo país, excitando os receios destes faraós. Para obstar ao aumento dos israelitas, sujeitaram-nos primeiramente a uma dura e cruel escravidão (Êx 1.8 a 14). Depois deram ordens às parteiras hebréias que matassem todas as crianças do sexo masculino – mas elas, temendo a Deus, não fizeram como o rei do Egito ordenara (Êx 1.15 a 21). Afinal foi dada a ordem de serem lançados ao rio todos os rapazinhos que então nascessem (Êx 1.22), sendo poupadas as meninas. Por causa destes e outros atos de opressão, levantou Deus o seu servo Moisés para ser o libertador daquela gente – e por meio de Moisés foi realizado o livramento do povo hebreu e o seu final estabelecimento na Terra da Promissão. Depois que os israelitas se estabeleceram em Canaã, parece que as relações entre israel e o Egito foram amistosas durante algumas gerações, permanecendo ainda essa amizade no tempo de Salomão, que fez um tratado comercial com aquele país, casando ele próprio com uma princesa egípcia (1 Rs 3.1 – 10.28,29). (*veja Egito, Moisés, Faraó, Pragas do Egito, Peregrinação.)
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êxodo (livro do)
o propósito, que reverentemente podemos admitir para explicação dos acontecimentos narrados no livro, pode ser assim exposto: com a chamada de Abraão e o pacto da circuncisão, o povo de onde devia provir o prometido Salvador, e que devia ser por muitos séculos o depositário da Divina Revelação, tornara-se, de certo modo, um povo distinto entre os habitantes do mundo. Mas, enquanto os israelitas vivessem misturados com as outras nações que tinham caído na idolatria, estavam eles em perigo de perder a sua verdadeira religião. E por isso Deus determinou separá-los inteiramente de todos os povos. Permitiu então Deus, para realização de Seu plano, que os hebreus fossem duramente escravizados e oprimidos, como conseqüência da política dos egípcios, pela qual foi transformada uma vida de abundância em casa de servidão, sendo obrigados os israelitas a desejar a libertação (cap. 1). Foi-lhes dado na melhor ocasião um libertador, Moisés, que tomou a seu cargo, não por escolha ou vontade própria, uma grandiosa missão, obedecendo à chamada do Senhor, que a Si mesmo Se revelou com o nome de Deus da Aliança (2 a 4). A glória de Deus é manifestada a israel, libertando-os da sua escravidão – e, quanto a Faraó, é ele castigado pela sua oposição a Deus, e ao Seu povo (6 a 15). Em seguida, os israelitas são muito particularmente guiados e disciplinados pelo Senhor, que Se lhes torna patente por meio de um misterioso esplendor material, em conformidade com o atraso espiritual daquela gente – e entre trovões, relâmpagos e tremores de terra, é a Lei divina promulgada, sendo, então, renovadas as suas promessas e feita a solene declaração de que eles eram o Seu povo, declarando o povo, também, que o Senhor do Universo seria o seu Deus (16 a 20). E como seu Divino Rei, Ele revela as regras do Seu governo e a maneira de Lhe ser prestado culto. Além disso, nomeia os seus ministros, e dirige a construção do Seu lugar de habitação entre eles (21 a 40). Com respeito às leis morais, mostra Deus que as Suas pretensões não são abaladas pela queda do homem, levando o pecador a considerar as suas próprias culpas e misérias, e a sentir a necessidade de um Salvador. E nesta consideração ele provê o Seu remido povo de uma regra de vida, mostrando aos hebreus o caminho em que eles deviam andar na sua direção para o céu. As instituições cerimoniais eram a expressão das grandes verdades e princípios, apresentados de uma forma simples e palpável, os quais eram adaptados à relativa infância da igreja: e ao mesmo tempo eram tipos e figuras das bênçãos cristãs. De um modo especial era a Páscoa um emblema impressivo do sacrifício de Cristo, o ‘Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo’. (*veja Lei.)
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exorcista
Esta palavra significa literalmente aquele que adjura, isto é, aquele que invoca uma entidade poderosa com o fim de expulsar os demônios (*veja At 19.13, único lugar da Escritura, onde ocorre a palavra). A profissão de exorcista está relacionada com a crença na possessão diabólica, sendo comum entre os judeus (Mt 12.27 – Mc 9.38). Jesus Cristo expulsava os demônios pela Sua própria autoridade, e deu aos Seus discípulos o poder de expulsá-los em Seu nome (Mt 10.1 – Lc 10.17 – *veja também At 16.18). (*veja Demônio, possesso do.)
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exortação
do Lat. exhortatione
s. f.,
acção de exortar; admoestação; advertência; conselho; incitação. -
exortar
Significa proclamar de forma autêntica o Evangelho, transmitindo não uma doutrina, mas uma experiência concreta com todas as exigências éticas decorrentes da adesão de fé.
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expectação
Esperança; expectativa
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expiação
Ato mediante o qual os pecadores são reconciliados com Deus – pela eliminação do pecado, que faz separação entre Deus e os pecadores. O Dia da Expiação, no AT, era um jejum anual, quando o sumo sacerdote entrava no Santo dos Santos para fazer expiação pelos pecados do povo (Lv 16). Os sacrifícios oferecidos no Dia da Expiação purificavam a nação inteira do pecado – até mesmo das transgressões inconscientes. Posteriormente, a morte de Cristo fez a expiação definitiva a favor dos crentes, tornando desnecessário qualquer sacrifício (Hb 9,23-28).
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expiação (dia da)
Era este o grande dia de humilhação nacional, entre os filhos de israel. A maneira de observar-se essa manifestação de dor e arrependimento acha-se descrita no cap. 16 de Levítico. As vitimas que se ofereciam estão enumeradas em Nm 29.7 a 11, e a conduta do povo está enfaticamente prescrita em Lv 23.26 a 32 e Nm 29.7 a 11. Esse dia, um sábado de descanso para os israelitas, era o décimo do sétimo mês, cinco dias antes da Festa dos Tabernáculos. (*veja Festas. ) Era somente no Dia da Expiação que o sumo sacerdote podia entrar no lugar Santo dos Santos. Uma significativa parte da cerimônia constava da apresentação de dois bodes à porta do tabernáculo. Eram lançadas sortes: um dos bodes era morto, e com seu sangue se espargia o propiciatório – o outro, o bode emissário, era levado ao deserto. o bode que devia morrer era ‘para oferecer ao Senhor’, e o mandado ao deserto era ‘para Azazel’ (em algumas versões). Muita discussão tem havido a respeito da interpretação que se deve dar a Azazel – mas é claro que, neste ato simbólico, eram levados para o deserto os pecados do povo. A particular virtude expiadora estava simbolizada no bode emissário. Além disso, os vestidos brancos do sumo sacerdote e a sua entrada no Santo dos Santos tinham uma significação profundamente evangélica que o autor da epístola aos Hebreus deu a conhecer (Hb 9.7 a 2S). o sumo sacerdote, já purificado e vestido de alvas roupas, era, na sua pessoa e na sua aparência exterior, o melhor tipo que um homem santo podia apresentar Daquele puro e santo Ente, que devia limpar o Seu povo e purificá-lo dos seus pecados. os pecados eram simbolicamente colocados sobre as costas dos bodes, como na verdade em dias futuros haviam de ser realmente postos sobre Cristo.
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expiar
Remir (a culpa), cumprindo pena; pagar.
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expiatório (a)
Que serve para, ou em que há expiação; remissão, cumprimento de pena, vem de expiação; cancelamento pleno do pecado com base na justiça de Cristo.
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explícita
Expressa formalmente; clara, desenvolvida, explicada.
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expositor
Aquele que expõe.
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êxtase
Estado de contemplação em íntima união com Deus pelo amor, acompanhado no exterior pela suspensão em maior ou menor graus de exercício dos sentidos.
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extasiar
Causar êxtase a; enlevar, encantar, arrebatar.
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extirpar
Extrair; desarraigar
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extirpe
Linhagem
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extorquir
Obter com violência; constranger alguém por ameaça; ardil
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extorsão
Obtenção de algo mediante a força ou por algum outro meio ilegal.
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extrabíblico
Ensino fora das Escrituras, nem sempre contrário a elas.
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extrapolar
Ir além de; ultrapassar, exceder.
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extraviado
Perdido no caminho; desencaminhado,
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exuberante
Superabundante, cheio, repleto.
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exultar
Alegrar-se muito
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ezbai
brilhante
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ezbal
hebraico: brilhante
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ezei
hebraico: separado, partida
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ezel
divisão, separação
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ezem
hebraico: osso
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ezen
força
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ezeque
hebraico: Violência
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ezequias
o Senhor, a suprema Força. Foi rei de Judá (726 a 697 a.C.), tendo sucedido a Acaz, seu pai, na idade de vinte e cinco anos, e governou o reino pelo espaço de vinte e nove anos. Ele é geralmente tido como um dos mais sábios e melhores reis de Judá. Tem-lhe sido dado o epíteto de ‘rei virtuoso’, e realmente a descrição de muitos atos do seu reinado mostra à evidência o seu piedoso caráter no temor de Deus (2 Rs 18.5). Logo no princípio do seu reinado ele desfez inteiramente a má política de seu pai, e no seu ardente zelo destruiu os ídolos e templos pagãos que tinham sido erigidos em terras de israel – ao fazer isto, restaurou ao mesmo tempo e purificou o culto prestado ao Senhor, e ordenou que o povo de israel viesse a Jerusalém para celebrar a Páscoa (2 Cr 30.5). Distingue-se o seu reinado não só pela reforma na religião, mas também por muitas obras que realizou no país. Nas suas relações com os poderes estranhos, mostrou o rei igual vigor e zelo. Fortalecido pelas vitórias alcançadas na guerra contra os filisteus (2 Rs 18.8), ele preparou-se para sacudir o odioso jugo da Assíria. Estas preparações consistiam, em parte, no aperfeiçoamento das fortalezas de Jerusalém, e em levar abundância de água por baixo da terra para a cidade (2 Rs 20.20 – 2 Cr 32.5 a 30). (*veja Siloé.) ora, aconteceu que a tomada das cidades muradas de israel pelo rei Senaqueribe deu causa a que Ezequias deixasse de pagar o tributo que tinha sido imposto a seu pai pelos assírios. E a conseqüência imediata desta forte resolução foi ser invadido o reino de Judá pelo exército assírio (is 36), que exigia a rendição de Jerusalém. Tanto o rei como o povo compreenderam que era chegado o tempo de resistir às forças assírias, e prepararam-se para a luta. Então o juízo de Deus se manifestou sobre o exército assírio, que foi obrigado, pela pestilência que se espalhou no seu campo, a retirar-se muito apressadamente. A doença de Ezequias e o seu restabelecimento (2 Rs 20.1 a 11 – is 38), inspiraram a bela passagem que se acha em isaías (38.10 a 20), e que é a única composição que do rei chegou até nós. Todavia, este rei que tão vivamente pôde exprimir a sua gratidão para com Deus, vemo-lo ceder à lisonja de Merodaque-Baladã, rei de Babilônia (que desejava obter o seu auxílio contra o rei da Assíria), efetuando um vão e pomposo aparato diante dos seus embaixadores. Por esta causa o profeta isaías predisse o cativeiro da Babilônia, que aconteceu passado pouco mais de um século. Ezequias viveu submisso à vontade de Deus, e o restante do tempo do seu reinado passou-se tranqüilo, continuando na prosperidade o seu país. Este rei parece ter sido o protetor da literatura (Pv 25.1). Sucedeu-lhe no trono, em 697 ou 686 a.C., o seu filho Manassés, que não correspondeu às boas qualidades do seu pai. (*veja Senaqueribe, isaías.) 2. Filho de Nearias, descendente da família real de Judá (1 Cr 3.23). 3. Este nome também se lê em Sf 1.1. Talvez Sofonias fosse um descendente do famoso rei. 4. Um exilado que voltou da Babilônia (Ed 2. 16).
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ezequiel
Deus fortalece. Um dos quatrograndes profetas, o qual foi sacerdote dos judeus (Ez 1.3). Era filho de um sacerdote, que se chamava Buzi, e fez parte da grande leva de cativos que Nabucodonosor mandou para Babilônia com Jeoaquim, o jovem rei de Judá. Ele e muitos outros dos seus compatriotas foram habitar um lugar da Mesopotâmia, perto do rio Quebar, onde recebeu as revelações divinas que o seu livro encerra. Começou a profetizar no quinto ano do seu cativeiro, e pelo espaço de vinte e dois anos continuou nas suas profecias, condenando ousadamente a idolatria e toda a maldade dos seus compatriotas. A sua audácia e a veemência das suas palavras custaram-lhe a vida. A sua memória foi grandemente reverenciada tanto pelos judeus como pelos medos e persas. Foi contemporâneo de Jeremias, tendo havido entre os dois profetas correspondência epistolar. os seus escritos mostram notável vigor, e evidentemente foi ele a pessoa mais própria para fazer oposição a um povo de ‘fronte obstinada e duro de coração’, ao qual tinha sido mandado. A sua vida foi uma consagração completa à obra que queria realizar. Ele sempre pensa e sente como profeta, sendo neste ponto muito diferente de Jeremias. Que ele, na verdade, era homem de grande fortaleza espiritual, deduz-se da breve narração acerca da morte de sua mulher (Ez 24.15 a 18). o ponto central das predições de Ezequiel é a destruição de Jerusalém. Depois deste acontecimento, o seu principal cuidado era dirigir palavras de consolação aos exilados judeus, anunciando-lhes o seu futuro livramento e a volta à sua pátria. Foi morto por um dos seus companheiros de exílio, que era entre os cativos homem de posição.
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ezequiel (livro de)
É universalmente reconhecido que o livro foi escrito pelo grande profeta, cujo nome é mencionado no seu título. A DATA do seu aparecimento nos é indicada no fato de Ezequiel ter começado a profetizar no ano quinto do cativeiro do rei Jeoaquim (1.2), isto é, no reinado de Zedequias (592 a.C.), continuando as suas profecias até ao ano 27, pelo menos (29.17). o ano em que começou o seu ministério profético foi o 30 do reinado de Nabopolassar e da reforma de Josias. Que a sua influência era grande entre o povo, está claro pelas numerosas visitas que lhe faziam os anciãos que iam ter com ele para saberem que mensagens tinha recebido de Deus (8.1 – 14.1 – 20.1, etc.) o livro pode dividir-se em nove seções, que, pela maior parte, podem cronologicamente ter a seguinte disposição: i. Chamada de Ezequiel ao ministério profético (1 a 3.14), no quinto ano do cativeiro de Jeoaquim, 594 a.C. ii. Predições e representações simbólicas sobre a próxima destruição de Jerusalém e sofrimentos] do povo, sendo anunciada a promessa da preservação de uma parte remanescente (3.15 a 7), que foi libertada no ano da chamada do profeta. iii. Visões que o profeta teve quatorze meses depois das precedentes, nas quais se mostra o templo poluído pelos cultos idólatras do Egito, da Fenícia e da Assíria. Depois vem descrito o castigo que veio sobre os habitantes de Jerusalém e sobre os sacerdotes, sendo apenas poupados, por exceção, alguns fiéis. Finalmente, brilham as promessas de tempos mais felizes e de um culto mais puro (cap. 8 a 11). iV. Uma série de repreensões e de avisos contra os predominantes pecados e erros do povo, e chama então os judeus ao arrependimento – e, renovando as suas ameaças de castigo, declara que o sofrimento deles é conseqüência dos seus próprios atos e não somente dos pecados de seus pais (cap. 12. a 19). *veja outra série de avisos, que apareceram um ano mais tarde, anunciando o profeta que se aproximavam novos julgamentos divinos, acompanhados, porém, das promessas de melhores tempos pela misericórdia do Senhor (20 a 23). Vi. Predições proferidas dois anos e cinco meses depois, no nono ano do cativeiro do rei Jeoaquim, anunciando aos judeus expatriados o cerco de Jerusalém, que começava naquele mesmo dia da profecia (vede 2 Rs 25.1), e assegurando-lhes a completa destruição da cidade (24). Vii. Predições de que iam ser castigadas por julgamento divino as nações pagãs, vizinhas da Palestina (25 a 32) – e eram essas as que especial hostilidade tinham mostrado para com a Judéia: Amom, Moabe, Edom, Filístia, Tiro, Sidom e Egito. Estas profecias foram feitas por intervalos, desde o ano undécimo ao 27 do cativeiro de Jeoaquim. Viii. Depois da destruição de Jerusalém, são dirigidas exortações aos judeus para que se arrependam e reformem as suas vidas. Profetiza a restauração de israel, como rebanho guiado por Davi, o seu pastor – também é predita a destruição dos seus inimigos, primeiramente o país de Edom, e mais tarde o ‘de Gogue, da terra de Magogue’ – e por último são anunciados os triunfos do reino de Deus sobre a terra (33 a 39). iX. Representações do estabelecimento e prosperidade do Reino de Cristo, debaixo das figuras simbólicas de uma nova divisão da terra de Canaã, da reedificação do templo, e da reorganização dos seus serviços (40 a 48). o livro acha-se, em grande parte, escrito em prosa poetizada, embora sejam intercaladas muitas passagens de pura poesia.
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ezer
auxílio
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ezi
hebraico: minha força
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eziom-geber
o sítio de um acampamento israelita. Cidade árabe à entrada do golfo Elanítico, estando contígua a Elate (*veja esta palavra). Foi aqui que Salomão equipou a sua esquadra para relações comerciais com ofir – e no mesmo porto meteu-se em empresa semelhante o rei Josafá, mas não foi feliz (Nm 33.35 – Dt 2.8 – 1 Rs 9.26 – 22.48 – 2 Cr 8.17 – 20.36).
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ezion-geber
hebraico: espinha dorsal de gigante, espinha dorsal do homem
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ezra
hebraico: ajuda, auxílio
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ezri
meu auxílio
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ezrição
hebraico: auxílio contra o inimigo, auxílio que se levantou
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ezriel
hebraico: auxílio de Deus
F
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faate
hebraico: governante
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fabia
Aquela que planta favas
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fabiana
Fava que cresce
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fabiane
Aquela que planta favas
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fabiano
Fava que cresce
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fabio
Aquele que planta favas
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fabiola
Aquela que planta favas
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fabricia
Aquela que fabrica objetos de metal
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fabricio
Aquele que fabrica objetos de metal
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fábula
Há apenas duas fábulas, na vulgar acepção do termo na Bíblia – a das árvores que quiseram escolher o seu rei (Jz 9.8 a 15), e a do cardo do Líbano dirigindo-se ao cedro (2 Rs 14.9). As ‘fábulas’ de 1 Tm 1.4 – 4.7 – 2 Tm 4.4 – Tt 1.14 referem-se às lendas e alegorias judaicas de que são exemplos muitas historietas do Talmude. Em 2 Pe 1.16 compreendem-se aquelas coisas que são falsas, e imaginárias. (*veja Parábola.)
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fábulas
histórias para iludir a fé
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faca
Pouco uso faziam das facas os hebreus nas suas refeições mas empregavam-nas na matança dos animais, e para fazerem em pedaços os que estavam mortos (Gn 22.6 – L*veja 7.33,34 – 8.15,20,25 – 9.13 – Nm 18.18 – 1 Sm 9.24 – Ed 1.9 – Ez 24.4). As mais antigas facas eram de pederneira, e talvez destas se tenha conservado o uso nos atos cerimoniais (Êx 4.25 – Js 5.2,3).
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facéia
Deus abriu os olhos
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faceias
hebraico: Jeová deu vista ou libertou
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facho
Luzeiro; archote
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fadon
hebraico: liberdade, redenção
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fagor
hebraico: abertura
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fagundes
Vem de fecundo, alegre, falador
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faia
Expressão genérica que compreendenão somente a própria faia, mas também o cipreste e o zimbro. Sua madeira é empregada em construções de casas (1 Rs 6.15), em navios (Ez 27.5), e serve também para fazer instrumentos musicais (2 Sm 6.5). os ‘ciprestes escolhidos’ do Líbano (is 37.24) são o pinheiro de Alepo, uma formosa árvore que se assemelha à faia escocesa. (*veja Cedro. )
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falaia
hebraico: juízo do Senhor
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falazes
Enganadores, ardilosos, fraudulentos.
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faldas
Base da montanha; sopé; apoio
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faldas de pisga
Ladeiras de Pisga. Certa feição de terreno, provavelmente uma ravina, ao oriente do mar Morto, na fronteira da tribo de Rúben (Dt 3.17 – 4.49 – Js 10.40 – 12.3,8 – 13.20). o distrito é conhecido pelas suas muitas nascentes, correndo a água dos montes em várias altitudes. o vale onde se reúne a água dessas fontes formava o limite setentrional de Nebo. É lugar de grande beleza natural, que pelos seus mananciais e pela sua grande vegetação contrasta com a região deserta em que se acha.
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falete
libertação
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falez
hebraico: divisão
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falonita
hebraico: fulano
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falti
hebraico: libertação do Senhor
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faltias
hebraico: libertação do Senhor
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faltiel
hebraico: salvação de Deus
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falu
hebraico: distinguido, notável
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fanuel
presença de Deus
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fara
hebraico: ramos
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faraó
casa grande
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faraó, hofra
A grande Casa. Primeiramente significou um palácio, e mais tarde o próprio rei. Era o título do monarca do Egito. À exceção do Faraó Neco (2 Rs 23.29), cuja marcha para o oriente na direção de Carquemis foi sustada por Josias, e do Faraó-Hofra que sugeriu a Zedequias a resistência a Nabucodonosor, nenhum outro Faraó das Escrituras pode, com certeza, ser identificado. Quando Abraão (Gn 12.15 e seg.) foi ao Egito, o Faraó era Amenemete iii, da 12ª dinastia, segundo algumas autoridades. Foi este o primeiro rei que tomou certas medidas para que houvesse água suficiente, evitando, assim, aquelas terríveis fomes que eram freqüentes. Ele mandou construir o grande reservatório, que tinha o nome de Lago Moéris, distribuindo a água por meio de uma esplêndida série de canais. Tão bem imaginada e executada foi aquela obra que, segundo dizem os engenheiros modernos, valeria a pena restaurar o antigo lago, reparando os restos da primitiva construção. o Faraó da história de José (Gn 37.28 e seg.) foi um dos primitivos reis hicsos, ou reis pastores. Sabemos muitas particularidades a respeito deste soberano, mas não o seu nome. Ele reinou cerca do ano 1700 a.C. o fato de ele repentinamente elevar o hebreu José a um lugar próximo do seu, mostra-nos o seu absoluto poder, que ele pôde exercer em beneficio do seu favorito ministro e da família deste. A opressão não principiou na vida de José, mas foi efetuada por um Faraó pertencente a uma dinastia que ‘não conhecera a José’ (Êx 1.8). os Faraós da opressão (19ª dinastia) eram egípcios, os quais tinham expulsado os reis pastos, voltando ao poder. o Faraó que morreu quando Moisés andava pelo país de Midiã, supõe-se que era Ramesés ii. Tanto a tradição como os monumentos mostram que Ramesés ii empregou os estrangeiros nas tarefas duras e difíceis da sua terra, inscrevendo este fato em cada um dos seus edifícios, vangloriando-se muito por não ter chamado um único egípcio para tal trabalho. Ele também estabeleceu um campo de tijolo, que era dele próprio. E, assim, aproveitando o trabalho dos cativos, podia vender os seus tijolos por um preço inferior ao do mercado. Todos os tijolos de Ramesés ii tinham gravada a sua própria imagem. Alguns destes ainda se podem ver no Museu Britânico. A perseguição, que teve o seu principio no reinado de Ramesés ii, continuou mais rigorosamente no tempo de Meneptá: este tornou a vida dos israelitas tão triste, que as suas lamentações subiram até ao trono de Deus. Deste Faraó do Êxodo não se sabe muito. o que a Escritura diz dele é que era homem supersticioso, vacilante nos seus propósitos. E essa sua vacilação foi causa de ser o seu exército afogado no mar Vermelho. A sua múmia já foi descoberta, e acha-se no Cairo, no Museu de Antigüidades Egípcias. A narrativa do Êxodo não diz que ele morreu com o seu exército. (*veja, contudo, o Sl 136.15.) o edomita rei Hadade, que foi inimigo de Davi, e o rei Salomão, casaram com as filhas de um Faraó da 21ª dinastia (1 Rs 3.1 – 11.18 a 20). Quando entrava no seu fim a 20ª dinastia, ganharam grande predomínio os sumos sacerdotes de Ámem, deus de Tebas, e conseguiram destruir o poder da família de Ramesés no Alto Egito. Nesta ocasião governavam no Baixo Egito os reis Tanitas. Havia então no Egito dois soberanos, e, segundo alguns, três governando ao mesmo tempo, até que os reis bubasitas da 22ª dinastia, tendo sido Sisaque da Bíblia o primeiro, reuniram as duas coroas na sua própria. Principiou Sisaque a reinar, quando Salomão já estava no 25º ano do seu reinado (990 a.C.). Hadade foi bem recebido na corte egípcia. E foi-lhe dada em casamento a filha de Faraó, e um bom lugar para ali habitar (1 Rs 11.18 a 20). (*veja Hadade, Tafnes.) o Faraó do tempo de Salomão conduziu uma expedição à Palestina, apoderou-se de Jezer, e depois deu esta terra a sua filha, mulher de Salomão (1 Rs 9.16). o reino de Salomão era pouco extenso, visto como, segundo esta narração, não compreendia ainda toda a Palestina. (*veja Palestina. ) Esta aliança foi desastrosa para os hebreus, porque os levou a manterem relações de amizade com idólatras, fato do qual resultaram mais tarde os cativeiros e, por fim, a dispersão. Quando governava o rei Roboão, trouxe Sisaque um exército contra ele (2 Cr 12. 2 a 4). Num muro de Tebas está uma lista das cidades conquistadas por este rei, as quais foram: Bete-Horom, Ajalom, Megido, Edom, e ‘Judahmele’, que o Dr. Birch (Hist. of Egypt, pág. 157) julga ser a cidade real de Judá, isto é, Jerusalém. Mas como algumas cidades do reino do norte são também mencionadas, é evidente que ele não atacou somente o reino de Judá. o Faraó-Neco e o Faraó-Hofra são os outros Faraós mencionados na Bíblia. o primeiro encontrou-se com Josias, rei de Judá, na batalha de Megido. Todavia, foi depois tão terrivelmente derrotado por Nabucodonosor ii, que permaneceu o resto da vida na sua própria terra (2 Rs 24.7). Faraó-Neco é o primeiro Faraó mencionado na Bíblia, com o seu nome próprio. o segundo, Faraó-Hofra, auxiliou os reis Joaquim e Zedequias a revoltarem-se contra Nabucodonosor. o resultado foi desastroso para os aliados (Jr 27.5 a 8 – Ez 17.11 a 18). Hofra subiu ao trono pelo ano 590 a.C. e governou dezenove anos. Ezequiel descreve Hofra como um grande crocodilo, que vive nos seus rios, e que se gaba de que foram feitos para ele próprio (Ez 29.3). o profeta Ezequiel, porém, predisse a respeito dele resultados desastrosos, como também Jeremias que, com outros judeus, se tinha refugiado no Egito (Jr 44.30 – 46.25,26). As profecias foram completamente cumpridas. Há alguns anos, no inverno de 1908 a 1909, mandou o Prof. Petrie fazer escavações no palácio deste rei egípcio. ocupava uma superfície de duas geiras, e em certos sítios tinha uma altura de quinze metros.
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farbrenguen
Reunião chassídica na qual idéias são compartlhadas com intervalos marcados por melodias entoadas com L’chaims.
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farés
o que rompe
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farfar
hebraico: rápido
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farid
único
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fariseus
Separados. Formavam os fariseus a mais importante das escolas judaicas, de caráter religioso, que funcionaram, depois que, 150 anos antes do nascimento de Cristo, mais ou menos, o espírito de profecia já tinha deixado de existir. Receberam aquele nome porque eles, na sua vida, separavam-se de todos os outros judeus, aspirando a mais do que uma simples santidade e exato cumprimento de deveres religiosos: mas a sua separação consistia principalmente em certas distinções a respeito do alimento e de atos rituais. A maior parte das vezes isso era apenas exterioridade religiosa, sem profundeza de religião (Mt 23.25 a 28), embora, em geral, não fossem faltos de sinceridade. Não tardou muito tempo para que esta seita obtivesse reputação e poder entre o povo – e passava já como provérbio o dizer-se que se apenas duas pessoas entrassem no céu, uma delas havia de ser fariseu. Foi a seita farisaica a única que sobreviveu depois da destruição do estado judaico, imprimindo as suas doutrinas em todo o Judaísmo posterior. A literatura talmúdica é unicamente obra sua. As suas principais doutrinas eram as seguintes: a lei oral que eles supunham ter Deus entregado a Moisés por meio de um anjo no monte Sinai, e que tinha sido preservada e desenvolvida pelo ensino tradicional, tinha autoridade igual à da lei escrita. Na observância destas leis podia um homem não somente obter a sua justificação com Deus, mas realizar, também, meritórias obras. o jejum, as esmolas, as abluções e as confissões eram suficiente expiação pelo pecado. os pensamentos e desejos não eram pecaminosos, a não ser que fossem postos em ação. Reconheciam que a alma é imortal e que a esperavam futuros castigos ou futuras recompensas – acreditavam na predestinação, na existência de anjos bons e maus, e na ressurreição do corpo. (*veja Ressurreição.) o estado de felicidade futura, em que criam alguns dos fariseus, era muito grosseiro. imaginavam eles que no outro mundo se come, bebe, e goza dos prazeres do amor, vivendo cada homem com a sua primeira mulher. E derivou desta maneira de pensar a astuta questão dos saduceus, que não acreditavam na ressurreição – eles perguntaram a Jesus de quem seria no céu a mulher que tivesse tido sete maridos na terra. No seu vestuário, os fariseus manifestavam muitas particularidades. As suas filactérias (peças de pergaminho com textos escritos e que se punham na testa ou no braço ) eram mais largas do que as da outra gente (Dt 6.8) – estendiam a orla dos seus vestidos (Mt 23.5) – alargavam as franjas (Nm 15.38,39) – e adotavam uma especial vestimenta e cobertura da cabeça, quando estavam cumprindo um voto.
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farmacêutico ou boticário
A palavra hebraica não se refere aos preparadores de medicamentos, mas de perfumes, a qual, quase sempre se acha traduzida por perfumista. Algumas vezes o é por boticário. Vejam-se as passagens: Êx 30.25, 35 – 37.29 – Ec 10.1 – 2 Cr 16.14 – Ne 3.8. Neste último texto, ‘um dos perfumistas’, há a significação de que Hananias era membro de uma associação comercial ou profissional.
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farmakeos
encantador com drogas
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farmasta
persa: muito grande
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farmenas
grego: pérola, ou coral
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farnac
hebraico: mui ágil
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farnaque
hebraico: mui ágil
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faros
hebraico: irrupção ou dividir
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farsadante
hebraico: de nascimento nobre
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farsando
hebraico: de nascimento nobre
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farsi
Dialeto de origem persa.
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fartiel
hebraico: salvação de Deus
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faruc
hebraico: florescente
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faruda
hebraico: separada
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faruk
Severo
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fasea
hebraico: coxo
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fasfa
hebraico: opressão
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fasga
hebraico: rocha fendida
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faspa
hebraico: dispersão
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fasquias
Pedaço de tábua
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fasur
hebraico: mui nobre
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fatal
Decisivo, inevitável.
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fatalista
Que acredita na doutrina que admite que o curso da vida humana está, em graus e sentidos diversos, previamente fixado, sendo a vontade ou a inteligência impotentes para dirigi-lo ou alterá-lo
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fateia
hebraico: solto do Senhor
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fatia
hebraico: solto do Senhor
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fatima
Donzela esplêndida
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fatuel
hebraico: abertura de Deus
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fau
hebraico: gritando
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fauces
A parte superior e interior da goela, junto a raiz da língua; garganta
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fausto
Auspicioso, feliz
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fauzi
Vencedor
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fava
Duas vezes é mencionado na Bíbliaeste legume, como gênero de alimentação (2 Sm 17.28 – Ez 4.9), para servir de pão, cozido e misturado com outras substâncias. A fava foi um dos mais antigos vegetais usados na Europa, sendo já conhecida dos antigos habitantes da Palestina e do Egito, onde os aldeãos deste último pais a admitiam nas suas refeições embora os sacerdotes proibissem o seu uso. Na Palestina moderna as favas são semeadas em novembro e apanhadas no tempo da colheita do trigo.
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favor
Benefício; bondade
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favor/favorável
Benefício; graça; obséquio
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fé
1. Definição da Palavra. A simples fé implica uma disposição de alma para confiarem outra pessoa. Difere da credulidade, porque aquilo em que a fé tem confiança é verdadeiro de fato, e, ainda que muitas vezes transcenda a nossa razão, não Lhe é contrário. A credulidade, porém, alimenta-se de coisas imaginárias, e é cultivada pela simples imaginação. A fé difere da crença porque é uma confiança do coração e não apenas uma aquiescência intelectual. A fé religiosa é uma confiança tão forte em determinada pessoa ou princípio estabelecido, que produz influência na atividade mental e espiritual dos homens, devendo, normalmente, dirigir a sua vida. A fé é uma atitude, e deve ser um impulso. A fé cristã é uma completa confiança em Cristo, pela qual se realiza a união com o Seu Espírito, havendo a vontade de viver a vida que Ele aprovaria. Não é uma aceitação cega e desarrazoada, mas um sentimento baseado nos fatos da Sua vida, da Sua obra, do Seu Poder e da Sua Palavra. A revelação é necessariamente uma antecipação da fé. A fé é descrita como ‘uma simples mas profunda confiança Naquele que de tal modo falou e viveu na luz, que instintivamente os Seus verdadeiros adoradores obedecem à Sua vontade, estando mesmo às escuras’. E mais adiante diz o mesmo escritor: ‘o segredo de um belo caráter está no poder de um perpétuo contato com Aquele Senhor em Quem se tem plena confiança’ (Bispo Moule). A mais simples definição de fé é uma confiança que nasce do coração. 2.A fé, no A.T. A atitude para com Deus que no Novo Testamento a fé nos indica, é largamente designada no A.T. pela palavra ‘temor’. o temor está em primeiro lugar que a fé – a reverencia em primeiro lugar que a confiança. Mas é perfeitamente claro que a confiança em Deus é princípio essencial no A.T., sendo isso particularmente entendido naquela parte do A.T., que trata dos princípios que constituem o fundamento das coisas, isto é, nos Salmos e nos Profetas. Não se está longe da verdade, quando se sugere que o ‘temor do Senhor’ contém, pelo menos na sua expressão, o germe da fé no N.T. As palavras ‘confiar’ e ‘confiança’ ocorrem muitas vezes – e o mais famoso exemplo está, certamente, na crença de Abraão (Gn 15.6), que nos escritos tanto judaicos como cristãos é considerada como exemplo típico de fé na prática. 3. A fé, nos Evangelhos. Fé é uma das palavras mais comuns e mais características do N.T. A sua significação varia um pouco, mas todas as variedades se aproximam muito. No seu mais simples emprego mostra a confiança de alguém que, diretamente, ou de outra sorte, está em contato com Jesus por meio da palavra proferida, ou da promessa feita. As palavras ou promessas de Jesus estão sempre, ou quase sempre, em determinada relação com a obra e palavra de Deus. Neste sentido a fé é uma confiança na obra, e na palavra de Deus ou de Cristo. É este o uso comum dos três primeiros Evangelhos (Mt 9.29 – 13.58 – 15.28 – Me 5.34 a 36 – 9.23 – Lc 17.5,6). Esta fé, pelo menos naquele tempo, implicava nos discípulos a confiança de que haviam de realizar a obra para a qual Cristo lhes deu poder – é a fé que obra maravilhas. Na passagem de Mc 11.22 a 24 a fé em Deus é a designada. Mas a fé tem, no N.T., uma significação muito mais larga e mais importante, um sentido que, na realidade, não está fora dos três primeiros evangelhos (Mt 9.2 – Lc 7.50): é a fé salvadora que significa Salvação. Mas esta idéia geralmente sobressai no quarto evangelho, embora seja admirável que o nome ‘fé’ não se veja em parte alguma deste livro, sendo muito comum o verbo ‘crer’. Neste Evangelho acha-se representada a fé, como gerada em nós pela obra de Deus (Jo 6.44), como sendo uma determinada confiança na obra e poder de Jesus Cristo, e também um instrumento que, operando em nossos corações, nos leva para a vida e para a luz (Jo 3.15 a 18 – 4.41 a 53 – 19.35 – 20.31, etc.). Em cada um dos evangelhos, Jesus Cristo proclama-Se a Si mesmo Salvador, e requer a nossa fé, como uma atitude mental que devemos possuir, como instrumento que devemos usar, e por meio do qual possamos alcançar a salvação que Ele nos oferece. A tese é mais clara em S. João do que nos evangelhos sinópticos, mas é bastante clara no último (Mt 18.6 – Lc 8.12 – 22.32). 4. A fé, nas epístolas de S. Paulo. Nós somos justificados, considerados justos, simplesmente pelos merecimentos de Jesus Cristo. As obras não têm valor, são obras de filhos rebeldes. A fé não é a causa, mas tão somente o instrumento, a estendida mão, com a qual nos apropriamos do dom da justificação, que Jesus, pelos méritos expiatórios, está habilitado a oferecer-nos. Este é o ensino da epístola aos Romanos (3 a 8), e o da epístola aos Gálatas. Nós realmente estamos sendo justificados, somos santificados pela constante operação e influência do Santo Espírito de Deus, esse grande dom concedido à igreja e a nós pelo Pai celestial por meio de Jesus Cristo. E ainda nesta consideração a fé tem uma função a desempenhar, a de meio pelo qual nos submetemos à operação do Espírito Santo (Ef 3.16 a 19, etc). 5. Fé e obras. Tem-se afirmado que há contradição entre S. Paulo e S. Tiago, com respeito ao lugar que a fé e as obras geralmente tomam, e especialmente em relação a Abraão (Rm 4.2 – Tg 2.21). Fazendo uma comparação cuidadosa entre os dois autores, acharemos depressa que Tiago, pela palavra fé, quer significar uma estéril e especulativa crença, uma simples ortodoxia, sem sinal de vida espiritual. E pelas obras quer ele dizer as que são provenientes da fé. Nós já vimos o que S. Paulo ensina a respeito da fé. É ela a obra e dom de Deus na sua origem (*veja Mt 16. 17) – a sua sede é no coração, e não meramente na cabeça – é uma profunda convicção de que são verdadeiras as promessas de Deus em Cristo, por uma inteira confiança Nele – e deste modo a fé é uma fonte natural e certa de obras, porque se trata de uma fé viva, uma fé que atua pelo amor (Gl 5.6). Paulo condena aquelas obras que, sem fé, reclamam mérito para si próprias – ao passo que Tiago recomenda aquelas obras que são a conseqüência da fé e justificação, que são, na verdade, uma prova de justificação. Tiago condena uma fé morta – Paulo louva uma fé
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febe
hebraico: puro, brilhante, grego: luz da lua
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febre
As doenças febris são muito comuns nos países do oriente. os médicos dividiam as febres em ‘grandes’ e ‘menores’, e Lucas, como médico, é exato quando escreve que a sogra de Pedro sofria de uma febre muito alta. (Lc 4.38) – comparai com as narrativas paralelas de Mt 8.14 e Mc 1.30). outros de que fala o N.T. e que tiveram febre, são o filho do régulo (Jo 4.52) e o pai de Públio (At 28.8).
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febre ardente
Provavelmente é a malária, freqüente no Egito e vizinhanças do Jordão, a febre indicada em L*veja 26.16. A febre alta que teve em Cafarnaum a sogra de Pedro era, provavelmente, da mesma natureza (Lc 4.38). Alguns escritores pensam que ‘o espinho na carne’, que perturbava Paulo (2 Co 12.7), era uma ardente dor de cabeça, que acompanha a febre na malária.
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fecaia
hebraico: Jeová deu vista ou libertou
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fechadura
Trancas, ou varões de ferro usados pelos antigos hebreus, a fim de porem seguras as suas portas. introduzia-se por um buraco feito na porta uma grande chave, que fazia correr o varão de ferro, deixando a porta livre (Jz 3.23,24 – 1 Rs 4.13 – Ct 5.4,5 – is 45.2). (*veja Chave.)
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fecundo
Capaz de produzir ou reproduzir-se
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fedassur
hebraico: redenção por força
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feitiçaria
Emprego de meios que, segundo se acreditava, tinham poder sobrenatural para produzir ou impedir determinado resultado; arte de controlar ou usar semelhantes poderes sobrenaturais. Consta da lista de artes mágicas condenadas e proibidas no AT (Dt 18.10).
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feiticeira, feitiçaria
A feitiçaria é pela primeira vez indicada em Êx 22.18: ‘A feiticeira não deixarás viver.’ É, também, condenada em Lv 20.27, Dt 18.9 a 12. A feitiçaria era considerada como apelo a outro poder diferente do Senhor, sendo por isso uma manifesta rebelião contra a majestade divina. (*veja En-Dor, Magia.)
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feitor
Capataz; administrador de bens alheios
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feixe
Molho; porção de objetos reunidos num só grupo
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feixes
Molho; grande porção de qualquer coisa
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fel
No Antigo Testamento trata-se de uma planta e seus frutos, que eram excessivamente amargos (Dt 29.18 -32.32 – S169.21 – Jr 8.14 – 9.15 – 23.15 – Lm 3.5,19 – Am 6.12). A mesma palavra hebraica está traduzida em oséias (10.4) por ‘erva venenosa’. Era uma planta de rápido crescimento, talvez a dormideira. No livro de Jó há referências à sua significação literal, como sendo o humor proveniente do fígado (Jó 16.13 – 20.14,25). A Jesus Cristo deram ‘vinho com fel’ (Mt 27.34) – era um vinho fraco, azedo, misturado com uma droga chamada ‘mirra’ (Mc 15.23), empregando-se essa bebida com o fim de produzir a estupefação nos supliciados.
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feldas
hebraico: remido de Deus
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felete
hebraico: veloz
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felicia
Feliz
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feliciana
Feliz
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felicidade
Estado de satisfação que experimentamos pela posse, real ou em esperança, daquilo que amamos. A felicidade completa exclui as dores, as preocupações, o temor. Esta felicidade total não é deste mundo; é a que nos espera na posse de Deus pelo amor quando o veremos “face a face” na vida eterna.
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félix
Antônio Félix foi governador da Judéia no tempo dos apóstolos, desde o ano 52 a 58 A.D. Ele tinha a sua residência em Cesaréia, quando Paulo foi levado a salvo por uma escolta de soldados romanos (At 23.26,27 – 24.1). o Apóstolo proferiu um notável discurso perante o governador e sua mulher Drusila. Por causa de sua crueldade e mau governo, foi chamado a Roma, talvez em 58 d.C. (não mais tarde que o ano 60), e por pouco se livrou de ser castigado pelo imperador. Foi para ser agradável aos judeus que, segundo ele sabia, o queriam acusar perante o imperador, que Félix deixou S. Paulo na prisão por dois anos.
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felti
hebraico: libertação do Senhor
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fenece
Definha, morre, desaparece.
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fenecer
Terminar; acabar
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fenema
grego: coral
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fenicia
País das palmeiras. É o país que fica entre a base ocidental do Líbano e o mar Mediterrâneo. Variava em extensão de vez em quando. os seus limites mais longínquos foram Arado e Antarado ao norte, e Dor, abaixo do Carmelo, ao sul. Em nenhum tempo foi a sua largura mais de 32 quilômetros. Foi o campo dos trabalhos dos primeiros evangelistas cristãos (At 11.19 – 15.3 – 21.2). o nome Fenícia foi-lhe dado pelos gregos, podendo-se ver a palmeira como emblema nas moedas de Tiro e Sidom, as principais cidades daquele distrito. o seu nome nativo era Canaã (terra baixa), para distinguir das terras altas de Arã, o nome hebraico da Síria. (*veja Fenícios, Tiro, Sidom.)
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fenicios
os fenícios eram comerciantes, e haviam estabelecido uma colônia em Cartago, que veio a ser um sério obstáculo ao progresso de Roma nas suas conquistas. A sua língua era semítica, cognata do hebreu e aramaico, a língua vulgar da Palestina nos tempos de Cristo, e do árabe. Concordam os escritores gregos e romanos em que as letras foram primeiramente ensinadas aos gregos pelos fenícios. E, na verdade, era crença antiga que eles inventaram o alfabeto, o que ainda não está provado. No tempo de Salomão os judeus e os fenícios sustentavam juntamente o comércio exterior do país ( 1 Rs 10.22). Uma união mais estreita dos dois povos foi impedida pela desastrosa revolta das dez tribos, embora Acazias tentasse restaurar o comércio, que em outros tempos se efetuava juntamente com os fenícios, no mar Vermelho (1 Rs 22.48,49). o favorável pacto não foi renovado, e mais tarde alcançavam os fenícios grandes lucros, comprando hebreus cativos e vendendo-os de novo. A religião dos fenícios era um sistema politeísta, em que as forças da Natureza e os princípios da reprodução (macho e fêmea) tinham o seu lugar. o Sol, a Lua e os planetas eram adorados como poderes inteligentes, fiscalizando os destinos humanos. Eram seus deuses, entre outros, Baal, Astarote, e, segundo parece, Aserá, divindades que exerciam má influência sobre os hebreus, principalmente porque eram adorados por um povo de mais alta cultura do que eles próprios. o culto a Baal, entre os ferúcios, era acompanhado do horrível sacrifício dos filhos, que os pais faziam passar pelo fogo. (*veja Moloque.) (Jr 19.5.).
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fenix
famosa ave egípcia
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fera
Quando esta palavra se usa em oposição ao homem, significa qualquer criatura animal (Sl 36.6). Quando se aplica aos répteis, como em L*veja 11.2 e 7. 29,30, entendem-se animais de quatro pés como distintos dos de dois. Quando Paulo diz em 1 Co 15.32 que combateu em Éfeso contra as feras não quer isso dizer que o Apóstolo foi ao anfiteatro lutar, como os gladiadores, mas sim que teve de contender em Éfeso com homens de igual ferocidade. Com certeza não se refere ao tumulto no teatro, porque isso aconteceu mais tarde. Há, ainda, outras passagens em que é usado o termo para significar o procedimento selvagem de homens perseguidores e desenfreados (Sl 22. 12 – Ec 3.18 – is 11.6 a 8, etc.). Sob o governo do rei de Nínive, os animais tomaram parte no jejum do povo (Jn 3.7,8). A Lei de Moisés protegia os animais contra o mau tratamento de donos cruéis, embora eles sofressem, juntamente com o culpado, os juízos de Deus (Êx 9.6 – Sl 135.8). Quanto a ser a palavra besta empregada por S. João na significação de Roma, *veja o termo Apocalipse.
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ferdinando
Valente em tempos de paz
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féretro
Caixão
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ferezeus
hebraico: aldeões
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fermento
o simples fermento constava de uma porção de massa velha em alto grau de fermentação, que se lançava na massa fresca para se cozer no forno e fazer pão. Aos hebreus era proibido o uso do fermento durante os sete dias da Páscoa, em memória do que os seus antepassados tinham feito, quando saíram do Egito, tendo sido obrigados a levar com eles pão fabricado à pressa sem fermento, visto como os egípcios já lhes diziam que deixassem o país (Êx 12.15,19 – Lv 2.11). A insipidez do pão asmo é um apropriado símbolo da aflição (Dt 16.3). o fermento é empregado em figura para significar um poder gradualmente transforma dor, como é, por exemplo, a silenciosa influência do Evangelho no coração do homem (Mt 13.33 – 16.11 – 1 Co 5.6).
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fernanda
Ousada, inteligente, protetora
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fernando
Ousado, inteligente, protetor
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ferreiro
(1 Sm 13.19.) Até ao tempo dos reis não tinham os israelitas aprendido as artes mecânicas. Foi então que, tendo o rei Hirão mandado artífices para a Palestina, puderam os israelitas ficar sabendo essas artes por meio deles. o metal predominante então empregado era o bronze, com o qual se fabricavam utensílios de cozinha e cadeias (Jz 16.21), além de armaduras e outros instrumentos de guerra (1 Sm 17.5,6 – 2 Sm 21.16 – 22.35). o ferro era principalmente usado para fazer pontudas lanças, para fabricar relhas de arado e machados, sendo também os carros dos cananeus chapeados com esse metal (Jz 1.19) – e tudo isto requeria inteligência e perícia nos serralheiros.
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ferro
A primeira menção que se faz do ferro na Bíblia é em Gn 4.22, onde é citado Tubalcaim como forjador de instrumentos cortantes de bronze e ferro. Que os assírios usavam este metal em grande escala, mostra-se isto pelas descrições do explorador Layard, que achou serras e facas nas ruínas de Nínive. A fundição do ferro acha-se representada nas esculturas egípcias, devendo, por isso, ter sido conhecido o uso dos foles pelo ano 1500 a.C. Além disso, têm sido encontradas chapas de ferro, ligando as fiadas de pedras no interior das Pirâmides. Deste modo o trabalho em ferro é muito antigo, embora não se diga na Bíblia que Moisés fez uso desse metal quando erigiu o tabernáculo, ou que Salomão o empregou em qualquer parte do templo em Jerusalém. Todavia, no Pentateuco acham-se referências à sua grande dureza (Lv 26.19 – Dt 28.23,48) – ao leito de ferro do rei ogue de Basã (Dt 3.11) – às minas de ferro (Dt 8.9) – e também aquela dura escravidão dos israelitas no Egito é comparada ao calor da fornalha para fundição do ferro (Dt 4.20). Vemos também na Bíblia que as espadas, os machados e instrumentos de preparar pedra eram feitos de ferro (Nm 35.16 – Dt 19.5 – 27.5). o ‘ferro do Norte’ (Jr 15.12) era, talvez, o endurecido ferro produzido no litoral do mar Euxino pelo povo daqueles sítios, que, segundo se diz, descobriu a arte de temperar o aço. Figuradamente é usado o ferro como símbolo da força (Jó 40.18), e da aflição (Sl 107.10), etc.
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ferrolho
Tranca
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feruda
hebraico: eminência
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fes-domim
hebraico: costa de Domim
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fesse
hebraico: coxo
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festa (dias de)
Algumas das festas, entre os judeus, achavam-se associadas com as periódicas fases da Lua e com as diversas estações do ano, como, por exemplo, a Lua Nova, os Sábados, e as três grandes festas anuais de peregrinação, isto é, a Páscoa com a festa dos Pães Asmos, a festa de Pentecoste, e a festa dos Tabernáculos. A Páscoa era no dia quatorze do primeiro mês, seguindo-se imediatamente a festa dos Pães Asmos, que começava no dia 15 e durava sete dias. A festa de Pentecoste celebrava-se no 50º dia, a contar do dia 16 do primeiro mês – e a festa dos Tabernáculos, que durava sete dias, começava no dia 15 do sétimo mês. o primeiro mês, conhecido pelo nome de abibe, corresponde em parte ao nosso abril. A festa dos Pães Asmos coincidia com o princípio da colheita do trigo, e a festa de Pentecoste marcava o seu fim, ao passo que a festa dos Tabernáculos era na sua essência uma festa de vindima. Com respeito às particularidades destas festas, vejam-se os respectivos artigos. Todas as pessoas do sexo masculino deviam assistir aos serviços do santuário por ocasião destas três grandes festas (Êx 23.14 a 17 – 34.23 – Dt 16.16), e era-lhes expressamente proibido irem com as mãos vazias. os salmos 120 a 134 podem ser considerados como o Livro de Hinos do Peregrino. A concorrência de judeus, vindos de todas as partes do mundo a Jerusalém, para a celebração das três grandes festas, especialmente da de Pentecoste (At 2.9) era enorme, excedendo algumas vezes dois milhões. Entre as festividades que foram instituídas depois da volta do cativeiro, deve ser mencionada a festa de Purim (Et 9.21), em memória de ter sido libertado o povo judaico das maquinações de Hamã.
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festa da lua nova
Festa tanto religiosa quanto civil no AT (1Sm 20.5). Era celebrada no começo de cada mês, sendo muitas vezes mencionada no AT junto com o sábado (Is 1.13).
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festo
latim: festivo, alegre, jubiloso
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festo, pórcio
Pórcio Festo sucedeu a Félix, como governador da Judéia, no ano 58 d.C. Félix tinha deixado Paulo preso na prisão de Cesaréia (At 24.27) – e quando Festo chegou à Terra Santa pediam-lhe os principais dos judeus que condenasse o Apóstolo, ou o mandasse a Jerusalém, sendo o seu fim assassiná-lo no caminho. Todavia, Festo respondeu que entre os romanos não era costume condenar ninguém sem primeiramente ouvi-lo, e escutou a defesa de Paulo, na presença de Agripa ii e Berenice. Tendo o grande Apóstolo apelado para César, foi mandado a Roma por Festo. Este governador morreu dois anos mais tarde, em 62 d.C.
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festões
Tecido com dobras
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fesur
hebraico: muito nobre
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fetaias
hebraico: soldado do Senhor
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fetatias
hebraico: Jeová abre
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fezata
hebraico: branco
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fezes
A palavra hebraica pode significar escuro. Vinho ‘sobre a borra’ significa o vinho que era deixado na vasilha, em que primitivamente se havia deitado. E permanecendo ali tornava-se espesso e xaroposo. Antes de ser bebido era coado, e já sem as escórias considerava-se purificado. ‘Repousar nas suas fezes’ significava continuar nas impurezas de um modo descuidoso – e aplicava-se a frase aos preguiçosos, aos estúpidos, e aos néscios (Jr 48.11 – Sf 1.12). Beber do vinho das suas fezes queria dizer que se bebia até à ultima gota do cálice (Sl 75.8 – is 51.17).
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fiador
Ser fiador de alguém por uma dívida não parece ter sido ato sancionado pela Lei, embora fosse praticado. E assim se explicam certas passagens dos provérbios, de aviso contra esse costume (Pv 11.15 – 17.18 – 22.26). Todavia, há exemplos de certos indivíduos se terem oferecido como fiadores para a realização de uma promessa (Gn 43.9 – 44.32 – Jó 17.3 – Sl 119.122) – e na epístola aos Hebreus (7.22) fala-se de Jesus, como sendo Ele fiador do cumprimento do novo e eterno pacto. (*veja Lei, Penhor.)
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fialas
hebraico: tem bacias
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fiar
Esperar; confiar
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ficção
Coisa imaginária; fantasia.
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ficol
boca de todos
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fidias
Econômico
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figelo
grego: fugitivo
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figueira brava
A expressão “figueira brava” usada por Jesus, se refere à religião dos judeus e à nossa quando é inoperância. (Marcos 11:12-14, 20,21)
O que Jesus está pedindo é que lancemos fora a nossa religião inoperante e passemos a desfrutar da grandeza de Deus, pois Ele é grande para nós! Na Sua grandeza somos fortalecidos e podemos ser muito mais que vencedores neste mundo! Na Sua grandeza, aprenderemos o verdadeiro significado de nossas vidas, produziremos frutos e cresceremos em Deus. Na Sua grandeza, muitas coisas que estão amarradas e sem vida, poderão ser restauradas e a nossa vida florescer novamente. O desejo de Deus é compartilhar conosco a Sua grandeza, afim de que tenhamos uma vida equilibrada, vitoriosa e abençoada.
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figueira, figo
A figueira é muito comum na Palestina. Divide-se em muitos ramos, bem providos de folhas, e dando por isso a mais completa sombra para resguardar do sol oriental. Lemos na Bíblia que todo homem se assentava debaixo da sua figueira (1 Rs 4.25 – Mq 4.4 – Zc 3.10). Natanael estava debaixo de uma figueira, provavelmente entregue às suas devoções (Jo 1.49 a 51). o fruto, procedente dos grandes ramos, sempre precede as folhas. os primeiros figos amadurecem entre maio e agosto, segundo a sua situação, e caem logo que estão maduros: caem, na frase de Naum (3.12), na boca do que os há de comer, quando a árvore é sacudida. os últimos figos amadurecem em setembro. Acontece também, que, quando o inverno é suave, há uma terceira colheita de figos, que se realiza na próxima estação da primavera. A figueira a que se refere o evangelho de S. Marcos (11.13), foi amaldiçoada por Jesus pelo seu fingimento – porquanto deve observar-se que nesta árvore o fruto vem primeiro, e não as folhas – e por isso, se tinha folhas e nenhum fruto, era árvore estéril para a estação. ‘É preciso ver’, diz o Cônego Tristram, ‘que o milagre de Jesus tinha uma intenção típica, mostrando como seriam tratados por Deus os israelitas, que, tendo a pretensão de serem os primeiros, como a prematura figueira, haviam de ser os últimos, visto como nenhum fruto era produzido nas suas vidas, mas somente se viam as sussurrantes folhas de uma profissão religiosa sem o bom fruto das obras.’ Bolos, feitos de figos secos, eram aconselhados quando havia em qualquer pessoa falta de forças (1 Sm 30.12), e também se aplicavam os figos no tratamento de chagas (2 Rs 20.7).
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filactérios
Amuleto ou encanto. Certosversos da Lei eram escritos em caracteres hebraicos muito pequenos sobre quatro peças de pergaminho, sendo estas colocadas num estojo de couro com quatro divisões. os pequenos pergaminhos eram dobrados e muito apertadamente postos nas cavidades ligados com cabelos de animais limpos. o estojo era, então, posto sobre três pedaços de couro para formar a base que assenta sobre a testa, sendo essas peças unidas com doze pontos, para representarem as doze tribos, três de cada lado. Eram usados, em lugar de fio, finos nervos, tirados do pé de um animal limpo. Tiras de couro se ligavam ao frontal, com o fim de prenderem o filactério à testa. Nos filactérios do braço, a caixa não está dividida em seções, mas dentro há um pedaço de pergaminho, contendo os designados versos da Escritura, escritos em quatro colunas. Ela está ligada ao braço esquerdo perto do coração. Usam esses filactérios as pessoas piedosas do sexo masculino, da idade de treze anos para cima, em um dos dias da semana, em todo o ano, por ocasião da oração da manhã – e era costume trazê-los, segundo parece, durante todo o dia. Não se usavam nos dias de sábado ou em qualquer dia santificado, porque estes já eram assinalados em si mesmos. Jesus Cristo condenou o uso ostentoso dos filactérios entre os fariseus (Mt 23.5). o uso de tais distintivos vem desde o terceiro ou quarto século antes de Cristo. Além dos filactérios usados pelas pessoas, há ainda outro chamado ‘mezuza’ (ombreira da porta), que se fixava na peça de pedra, à direita, de cada ombreira de uma casa judaica. o judeu religioso toca esse sítio todas as vezes que por ali passa – e beijando os seus dois dedos, repete em hebreu: ‘o Senhor guardará a tua entrada e a tua saída, desde agora e para sempre’ (Sl 121.8). os versículos que invariavelmente se colocam nos filactérios são Êx 13.1 a 16 – Dt 6.4 a 9, 13 a 21. A figura desenhada no exterior da caixa é a letra hebraica Shin, a primeira letra de Shadai (Todo-poderoso). A explicação deste costume vamos certamente encontrá-la em Dt (6.6 a 8) – Moisés diz ao povo que deve mostrar reverência e obediência aos mandamentos do Senhor, acrescentando: ‘Também as atarás como sinal na tua mão e te serão por frontal entre os teus olhos.’ isto, na verdade, era para se compreender espiritualmente. Lídia, sede de uma das sete igrejas da Ásia, às quais foram dirigidas as cartas do Apocalipse (Ap 1.11 – 3.l). Hoje tem o nome de Allah Sheher (cidade de Deus), com uma considerável população, havendo ali muitos cristãos. A cidade foi fundada por Átalo Filadelfo (138 a.C.), para ser um mercado dos vinhos produzidos no território circunjacente, que é descrito como maravilhosamente fértil, embora sujeito a abalos de terra. Em tempos romanos teve alguma importância, mas estava ligada à jurisdição de Sárdis. A sua situação era no caminho entre Esmirna e as terras altas da Ásia Menor Central, parecendo que à igreja ali estabelecida se ofereceu boa ocasião de propagar as doutrinas do Evangelho.
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filadélfia
amor fraternal
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filantropia
Amor ao próximo.
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filegonte
grego: ardente, Zeloso
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filemom
Um cristão de Colossos, a quemPaulo escreveu, intercedendo pelo seu escravo onésimo (Cl 4.9). A sua mulher chamava-se Áfia, e seu filho Arquipo. Pela narrativa se conclui que Filemom era homem de caráter, hospitaleiro, grato a Paulo, que era seu pai espiritual. Era cheio de boas obras e de fé.
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filemom, epistola a
o fim da epístola é claramente manifestado. onésimo, um escravo de Filemom, tinha-se evadido da casa do seu senhor, e foi para Roma. Nesta cidade recebeu o conhecimento do Evangelho por meio da pregação de Paulo. o Apóstolo apreciava o seu caráter, e alegremente o teria conservado no seu próprio serviço – mas pensou que era melhor voltar o fugitivo para casa do seu amo. Foi, pois, onésimo mandado com Tíquico a Colossos (60,61 – ou 62, 63 d.C.), levando uma especial recomendação nas palavras da epístola – Paulo faz ver a Filemom, de uma maneira muito amável qual o dever do senhor cristão para com um escravo que era agora um ‘irmão caríssimo’ (10,16). A carta é um modelo de cortesia e de liberdade nas relações de amizade cristã.
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filêmon
que ama
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fileo
Significa ter afeição, gostar, prestar devoção. É o sentimento que um irmão tem pelo outro, ou que os amigos experimentam entre si. É o amor que leva uma pessoa a ajudar outra. Este é o amor traduzido por filadelfos. Descreve o relacionamento entre os irmãos que se ajudam mutuamente.
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fileto
o amado
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filha
A palavra, segundo o uso que temna Escritura, quer algumas vezes dizer neta, ou outra descendente. ‘Filha de Belial’ (1 Sm 1.16) simplesmente significa ‘Filha da indignidade’, isto é, mulher indigna. A palavra ‘filha’ é, também, freqüentemente usada a respeito das cidades. Sobre a herança das filhas, *veja Nm 27.6 a 11.
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filho de deus
No A.T. a qualificação ‘filhos de Deus’ aparece em Gn 6.2, tendo sido essa expressão interpretada de diversos modos (1) jovens preeminentes – (2) anjos – (3) os descendentes de Sete – (4) os descendentes de Caim. Em Jó usa-se o título a respeito de anjos – e em oséias (1.10) a respeito de israel espiritual. Visto que Deus Se revelou a Si mesmo como Pai do povo de israel (is 63.16 – 64.8 – Jr 31.9), são chamados filhos de Deus os israelitas (Êx 4.22 – Dt 14.1 – cp. com Dt 1.31 – is 1.2 – 30.1). As palavras do Sl 2.7, ‘Tu és meu filho – Eu hoje te gerei’, são aplicadas a Jesus Cristo em At 13.33, e Hb 1.5, e 5.5. No. N.T. as qualificações de ‘Filho de Deus’, ou de ‘o Filho’ são aplicadas a Jesus como títulos distintivos nos evangelhos sinópticos, antes do nascimento de Cristo (Lc 1.35) – e pela voz divina no batismo e na transfiguração (Mt 3.17 – 17.5 – Mc 1.11 – 9.7 – Lc 3.22 – 9.35) – e por Pedro (Mt 16.16) – pelos homens que viram os milagres (Mt 14.33) – pelo espírito das trevas na tentação (Mt 4.3,6 – Lc 4.3,9) – pelos possessos (Mc 3.11 – R7 – Lc 4.41 – 8.28) – pelos sacerdotes e outros de um modo interrogativo, estando Cristo pregado na cruz (Mt 27.43) – e pelo centurião que estava no Calvário (Mt 27.54 – Mc. 15.39). o quarto evangelho começa com o testemunho pessoal do autor para com o Filho de Deus (1.34) – o próprio Cristo faz uso desse mesmo título (9.35,37 – 11.4) – é mencionado pelos seus acusadores diante de Pilatos (19.7) – e o autor do livro declara ser o seu fim promover a crença em Jesus como sendo ‘o Filho de Deus’ (20.31). Cp. também 3.16,17,18,35,36 – 5.20,21,22,etc. Nos Atos somente aparece essa designação em 8.37, e em 9.20 (*veja também 13.33). Nem a expressão ‘Filho de Deus’, nem a de ‘o Filho’, aparecem nas epístolas: aos Filipenses, 2 aos Tessalonicenses, 1 e 2 a Timóteo, a Tito, a Filemom, de Tiago, 1 Pedro, Judas, e João. Mas onde há referências ao Filho de Deus, se fala Dele, como tendo sido mandado por Deus (Rm 8.3), e por Ele não poupado (Rm 8.32), sendo manifestamente declarado como Seu Filho (Rm 1.4) – e como grande sumo sacerdote (Hb 4.14) – tendo vindo à terra para ‘destruir as obras do diabo’ (1 Jo 3.8) – para dar vida eterna (1 Jo 4.9 – 5.11) – para ser a propiciação pelos nossos pecados (1 Jo 4.9,10), e ‘o Salvador do mundo’ (1 Jo 4.14) – e para, por meio Dele, procurarmos a presença de Deus, a vitória sobre o mundo, e a vida eterna (1 Jo 4.15 – 5.5,10,11,12). (*veja Jesus Cristo.)
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filho do homem
o Filho do homem é Jesus Cristo no N. T, a Si mesmo aplicando Jesus o qualificativo, à exceção da passagem de At 7.56, e do Ap 1.13 e 14.14, tratando-seem outros lugares mais de uma descrição do que um título. o Salvador faz uso dessa expressão com referência ao poder e supremacia (Mt 9.6 – 13.41 – 16.27 – 19.28 – 24.27,30 – 25.31,32 – 26.64 – Mc 14.62), e também à fraqueza, humilhação e sofrimento (Mt 8.20 – 17.22 – 26.24). os Seus discípulos evitaram, sem dúvida, o emprego desse título, porque eles estavam mais ocupados com a Sua divindade do que com a Sua humanidade. Ele podia empregar o título, sem querer significar com isso uma direta e clara pretensão ao messianismo, pretensão que Ele procurava sempre afastar de Si próprio, a não ser particularmente diante dos Seus discípulos (Mt 16.13 a 16) e, por último, na presença do sumo sacerdote (Mc 14.61,62). Todavia, no livro de Ezequiel, ambos os aspectos do título são compreendidos: o da fraqueza humana em contraste com a fortaleza de Deus, tudo descrito de um modo perfeitamente claro, quase todas as vezes (umas cem) em que a frase ocorre, sendo também implicado o caráter do poder e da glória. Porquanto na visão introdutiva das quatro criaturas viventes (o ‘carro’ de Deus, querendo usar uma frase antiga), tendo cada uma delas as faces de homem, de leão, de boi, e de águia, vê-se lá sentado sobre o trono sobranceiro a eles, ‘uma figura semelhante a um homem’ (1.26) que se dirige ao profeta, chamando-lhe Filho do homem. Assim é ordenado a Ezequiel que manifeste a sua íntima comunhão não só com o carro, mas também com o condutor. É a esta dupla relação que Jesus Se refere quando usa o termo. Na criação é Ele homem, e portanto sujeito ao sofrimento – mas ao mesmo tempo Ele mantém um lugar supremamente único, numa certa relação com Aquele Ente, a respeito do qual a relação de Ezequiel era apenas uma idéia, revestindo-o essa suprema afinidade do poder para governar e julgar. A frase sugere também que Ele é o homem ideal, estando mais próximo de Deus que qualquer ser humano, mesmo do que o primeiro Adão. Por conseqüência, embora o predicado ‘Filho do homem’ não fosse identificado, no vulgar conhecimento daquele tempo, com a personalidade do Messias, não constituindo, portanto, uma direta pretensão ao messianismo, Ele admiravelmente exprimia tanto a Sua humilhação como a Sua glória – e assim foi considerado pelos discípulos, quando eles chegaram a compreendê-Lo como Ele realmente era, humano e, contudo, divino. (*veja Jesus Cristo.)
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filho pródigo
Existem palavras que se fixam na memória das pessoas com um significado que nem sempre corresponde ao que está nos dicionários. Uma delas é “pródigo”. Uma rápida consulta às pessoas que estiverem perto de você será suficiente para constatar que a maioria acha que “pródigo” tem valor positivo. Muita gente até liga “pródigo” a “prodígio”. O filho pródigo seria o filho genial, extremamente bom. É muito conhecida a frase “O filho pródigo a casa torna”.
E por que volta? Por que é bom e não esquece os seus? Nada disso. Volta porque gasta tudo que recebe do pai como pagamento antecipado da herança. Isso está no Evangelho. É exatamente a parábola do filho pródigo. Uma consulta a qualquer dicionário é suficiente para descobrir que “pródigo” significa “esbanjador, gastador, perdulário, extravagante”.
O filho pródigo torna a casa (sem acento indicador de crase no “a”, o que, aliás, é ótimo assunto para conversas futuras) porque esbanja. Só lhe resta a alternativa de voltar ao aconchego da casa paterna.
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Pasquale Cipro Neto
https://www.crmariocovas.sp.gov.br/ntc_a.php?t=002A parábola a que se refere o texto acima está em S.Lucas 15:11-32
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filhos do trovão
*veja Boanerges
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filial
Relativo a, ou próprio de filho.
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filipe
Amador de Cavalos. l. Aquele apóstolo, natural de Betsaida, cidade de André e de Pedro, ou ali residente, e que Jesus chamou bem cedo para o seu ministério (Jo 1.43, 44). Filipe, pela sua vez, trouxe a Jesus o seu amigo Natanael, que certamente havia de ter falado muito sobre as promessas do A.T. a respeito do Messias (Jo 1.45). Foi um dos doze apóstolos (Mt 10.3 – Mc 3.18 – Lc 6.14 – At 1.13) – Jesus o interrogou naquela ocasião em que houve o milagre da alimentação de cinco mil pessoas (Jo 6.5 a 7). Ele e André, no último tempo da vida de Jesus, trouxeram-lhe ‘alguns gregos’, que desejavam ver o Divino Mestre (Jo 12.20 a 22) – e na última ceia dirigiu a Jesus esta súplica ‘mostra-nos o Pai, e isso nos basta’ (Jo 14.8). Encontra-se ainda Filipe entre os apóstolos, reunidos no cenáculo depois da ascensão, mas não torna a ser mencionado no N.T. 2. o segundo dos sete diáconos (At 6.5). Talvez pertencesse a Cesaréia, na Palestina, onde mais tarde vivia ele com as suas filhas (At 21. 8,9). Depois do apedrejamento de Estêvão, pregou Filipe em Sebasta ou Samaria, onde operou muitos milagres, sendo muitos os convertidos. E foram batizados – mas quando os apóstolos em Jerusalém souberam que Samaria havia recebido a palavra de Deus, mandaram para lá Pedro e João, que, dirigindo-se àquela cidade e falando àqueles crentes, oraram para que o Espírito Santo viesse sobre eles. No tempo em que Filipe estava ali, um anjo lhe ordenou que tomasse o caminho que vai de Jerusalém à antiga Gaza. obedeceu, e deu-se o fato de ele encontrar um eunuco etíope, que era mordomo da rainha Candace. Filipe continuou o seu trabalho de evangelização em Azoto (Asdode), e caminhou depois ao longo da costa de Cesaréia (At 8). Nada mais se sabe dele pelo espaço de vinte anos, até ao tempo em que Paulo e seus companheiros se hospedaram em sua casa, vivendo então o diácono com as suas quatro filhas, que possuíam o dom da profecia. Ele era conhecido como um dos sete, sendo também cognominado ‘o Evangelista’ (At 21.8). 3. Filho de Herodes, o Grande (Mt 14.3). (*veja Herodes.) 4. outro filho de Herodes, o Grande – tetrarca da ituréia (Lc 3.1).
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filipe
O Evangelho de João é o único a dar-nos qualquer informação pormenorizada acerca do discípulos chamado Filipe. Jesus encontrou-se com ele pela primeira vez em Betânia, do outro lado do Jordão (Jo 1.28). É interessante notar que Jesus chamou a Filipe individualmente enquanto chamou a maioria dos outros em pares. Filipe apresentou Natanael a Jesus (Jo 1.45-51), e Jesus também chamou a Natanael (ou Bartolomeu) para seguí-lo.
Ao se reunirem 5 mil pessoas para ouvir a Jesus, Filipe perguntou ao Seu Senhor como alimentariam a multidão. “Não lhes bastariam duzentos denários de pão, para receber cada um o seu pedaço”, disse ele (Jo 6.7). Noutra ocasião, um grupo de gregos dirigiu-se a Filipe e pediu-lhe que o apresentasse a Jesus. Filipe solicitou a ajuda de André e juntos levaram os homens para conhecê-lo (Jo 12.20-22).
Enquanto os discípulos tomavam a última refeição com Jesus, Filipe disse: “Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta” (Jo 14.8). Jesus respondeu que nele eles já tinham visto o Pai.
Esses três breves lampejos são tudo o que vemos acerca de Filipe. A igreja tem preservado muitas tradições a respeito de seu último ministério e morte. Segundo algumas delas, ele pregou na França; outras dizem que ele pregou no sul da Rússia, na Ásia Menor, ou até na Índia. Nada de concreto portanto. -
filipenses
grego: nome dos naturais de Filipo
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filipos
Pertencente a Filipe. Cidade da Macedônia (primitivamente Crenides), cujo nome se deriva de Filipe, rei da Macedônia, e pai de Alexandre Magno, que a reedificou e embelezou (cerca do ano 350 a.C. ). A antiga Filipos, que estava afastada da costa, cerca de quinze quilômetros, não é hoje mais do que ruínas – mas o seu antigo porto de Neápolis é hoje conhecido pelo nome de Kavalla. Entre Filipos e o mar havia uma série de montes escarpados, pelos quais passava a antiga estrada empedrada, que fora construída para o tráfico das minas do interior. Foi em Filipos que pela primeira vez pregou Paulo o Evangelho na Europa, por ocasião da sua segunda viagem missionária, convertendo-se então Lídia e o carcereiro (At 16.12 a 40 – 1 Ts. 2.2). Por duas vezes o Apóstolo visitou aquela povoação (At 20.1 a 6), animando a igreja ali estabelecida, a qual esteve por muitos anos sob o cuidado de Lucas. os cristãos de Filipos manifestaram sempre a sua gratidão pela fé que tinham recebido por meio de Paulo. Auxiliaram o Apóstolo em diversas ocasiões (Fp 4.16) – mandaram-lhe dinheiro, quando ele estava na Acaia – e sabendo que era prisioneiro em Roma, enviaram-lhe um donativo por intermédio de Epafrodito, 61,62 d.C. (Fp 2.25 a 30 – 4.10 a 20).
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filisteus
É desconhecida a significação, talvez querendo dizer imigrantes – os filisteus habitavam as terras baixas de Judá ao longo da costa, desde Jope até ao deserto de Gaza. o território tinha cinco divisões, cada uma das quais com a sua capital – Asdode ou Azoto, Gaza, Ascalom, Gate e Ecrom, sendo as duas últimas cidades situadas no interior. Estes cinco distritos formavam uma confederação de que Asdode era a capital federal (1 Sm 6.17) – e por isso foi para ali levada a arca (1 Sm 5.1). É muito incerta a DATA do estabelecimento deste povo em Canaã, mas eles venceram o Avim, tendo vindo de Caftor (Dt 2.23 – Jr 47.4 – Am 9.7). Quando os israelitas entraram no país, bem depressa estiveram em conflito com os filisteus, que obstinadamente resistiram aos invasores, obrigando uma parte da tribo de Dã a emigrar para as proximidades do monte Hermom (Jz 18). o poder dos filisteus aumentou durante o governo dos juizes e de Saul – foi Davi, que depois da morte do seu antecessor, de um modo notável uniu as tribos e os derrotou. (*veja Sansão.) A parte superior do território dos filisteus foi reclamada pelos descendentes de Efraim (1 Rs 15.27 – 16.15), que, contudo, não puderam expulsar os habitantes. A Filístia em nenhum tempo fez parte do Reino de israel (2 Rs 1.3 – 8.2) – jamais o seu povo deixou de atacar os israelitas, praticando terrivelmente a pilhagem, e prendendo os habitantes para vendê-los como escravos (1 Sm 10.5 – 13.3, 17 – 14.21 – 23.1 – 28.1 – 29.11 – 31.1 a 12). Esta situação durou até que Tiglate-Pileser (734 a.C.) invadiu todo o país, subjugando os filisteus até Gaza. Alguns anos depois revoltaram-se contra Sargom (is 20) e Senaqueribe. Ezequias foi envolvido na luta, por ter recebido o rei de Ecrom, que antes tinha estado em boas relações com a Assíria. o rei Ezequias havia restabelecido sobre a Filístia, o poder que Salomão tinha adquirido (2 Rs 18.8). Nesta ação foi o rei de Judá auxiliado pelos egípcios que se apoderaram dos lugares baixos do país (is 19.18). Mas Senaqueribe, na guerra com os egípcios, tomou Ascalom. outras cidades se submeteram aos assírios, perdendo Ezequias, também, certas porções do seu território. Por muito tempo os assírios tiveram a cidade de Asdode em seu poder, até que os egípcios, sob Psamético i, a subjugou (Jr 25.20). Neco, o seguinte egípcio, quando voltava da batalha de Megido, conquistou Gaza. Ainda outra vez os filisteus ficaram esmagados entre as duas potências em luta, o Egito e a Caldéia, pois Nabucodonosor, percorrendo o país levou cativa, depois de grande mortandade, quase toda a população (Jr 47). o velho ódio dos filisteus para com os judeus se patenteou durante o cativeiro (Ez 25.15 a 17). Todavia, desde a volta do cativeiro, a história dos filisteus é absorvida nas lutas dos reinos vizinhos.
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filístia
terra de estrangeiros
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filólogo
amigo das letras
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filometor
grego: amável
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filosafia
amor a sabedoria
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filósofo, filosofia
A primeira palavraé empregada a respeito dos estóicos e epicureus (somente em At 17.18), que eram aqueles pensadores gregos, representantes do que ainda se chamava filosofia. Esta última palavra, que se encontra em Cl 2.8, não se refere à filosofia grega, mas sim àquele especial sistema de pensamento e prática dos falsos mestres de Colossos, qualquer que ele fosse. Talvez se tratasse simplesmente de regras de conduta e de observâncias cerimoniais.
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filósofos
Aqueles que cultivam a filosofia; pensadores.
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finéias
Provavelmente é uma palavra egípcia com a significação de ‘o negro’. 1. Filho de Eleazar, e neto de Arão (Êx 6.25). Enquanto novo, mostrou Finéias grande zelo na supressão da licenciosa idolatria que se estava propagando entre o povo (Nm 25.7 e seg.). Pelo seu procedimento nesta ocasião foi-lhe prometido que o sacerdócio ficaria na sua família para sempre (Nm 25.10 a 13). Ele estava presente quando os midianitas foram postos em debandada (Nm 31.6) – e, muito tempo depois, foi ele o chefe de uma importante delegação enviada com o fim de admoestar as tribos de além do Jordão por causa do levantamento de um altar (Js 22.13 a 32). Quando se procedeu à divisão da terra, a sua porção foi um monte na cordilheira de Efraim (Gibeá-Pinhas). Tendo morrido Eleazar, foi Finéias o sumo sacerdote, e nesta qualidade proferiu um oráculo diante do seu povo a respeito de Gibeá (Jz 20. 28). 2. Um dos filhos mais novos de Eli, e juiz de israel (1 Sm 1.3 – 2.34). Este Finéias pertencia à família de itamar. Foi morto com seu irmão, quando a arca foi tomada pelos filisteus. 3. Um sacerdote ou levita, cujo filho Eleazar voltou com Esdras (Ed 8.33).
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finemas
hebraico: negro
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firmamento
A palavra hebraica que se acha em Gn 1.7 significa propriamente expansão, ou alguma coisa extensa, como metal batido e que se dilatou (*veja Jó 37.18). Encontra-se na Vulgata, a versão latina da Bíblia, ainda usada pela igreja de Roma, o termo ‘firmamento’, que propriamente significa alguma coisa sólida.
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fison
hebraico: grande difusão de água
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fitar
Olhar fixamente
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fiton
hebraico: cercado
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flagelo
Tortura; castigo; calamidade
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flagelos
Pragas; castigo; peste
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flamejar
Brilhar, resplandecer
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flauta
instrumento musical em uso tanto nas festas públicas como particulares (1 Rs 1.40 – is 5.12 – 30.29 – Dn 3.5,7,10,15). os instrumentistas a que se refere Mt 9.23 eram tocadores de flauta, músicos contratados para casos de lamentação. o costume popular não permitia menos que dois tocadores de flauta em qualquer funeral, ainda mesmo que se tratasse de pessoas muito modestas, assistindo também uma mulher, cuja profissão era carpir nessas ocasiões de luto.
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flavia
Dourada
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flaviana
Dourada
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flaviano
Dourado
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flavio
Dourado
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flegonte
o fervoroso
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flor
As flores abundam na Palestina, embora muito poucas sejam mencionadas na Bíblia. À sua beleza se refere o Cantares de Salomão (2.12) e Mateus (6.28). Também há referências às flores, como emblemas da natureza transitória da vida humana, em Jó 14.2 – Sl 103.15 – is 28.1 e 40.6 e Tg 1.10.
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florentina
Florida
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floresta
As florestas ou bosques, mencionados na Bíblia, são o bosque de Efraim (Js 17.15), o de Betel (2 Rs 2.23,24), o de Herete (1 Sm 22.5), e o do deserto de Zife, em que Davi se escondeu (1 Sm 23.15). *veja também 1 Sm 14.25 – 2 Cr 27.4 – is 56.9. Ainda hoje existem partes destes bosques, não havendo dúvida de queem outro tempo era a Palestina bem provida deles. Perto de Maanaim estava o bosque de Efraim (2 Sm 18.6), onde se deu o combate entre Davi e Absalão. A ‘Casa do Bosque do Líbano’, edificada por Salomão, magnificente pela sua grandeza e estilo arquitetônico, foi assim chamada pela grande quantidade de madeira de cedro, que foi empregada na sua construção (1 Rs 7.2 – 10.17,21 – 2 Cr 9.16,20). A floresta era usada como símbolo do orgulho (2 Rs 19.23 – is 10.18 – 32.19 – 37.24 – Jr 21.14 – 22.7 – 46.23 – Zc 11.2), e também como figura de esterilidade em confronto com um campo cultivado ou uma vinha (is 29.17 – 32.15 – Jr 26.18 – os 2.12).
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floriano
Flor
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fluir
Correr com abundância.
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fogo
Deus revelou a Sua presença na sarça ardente por meio do fogo (Êx 3.2), e desceu ao monte Sinai entre chamas e relâmpagos (Êx 19.18). Aquele fogo que desceu do céu, primeiramente sobre o altar do tabernáculo, e mais tarde sobre o altar do templo de Salomão, quando da sua dedicação, ali se conservou constantemente alimentado, e cuidadosamente sustentado de dia e de noite pelos sacerdotes. o fogo para fins sagrados, que não fosse obtido do altar, era chamado ‘fogo estranho’ – e por ser este usado por Nadabe e Abiú, foram estes sacerdotes mortos com fogo que veio de Deus (Lv 10.1,2 – Nm 3.4 – 26.61). o emprego do fogo para fundir metais já era conhecido dos hebreus no tempo do Êxodo (32.24). Em dia de sábado nenhum lume se acendia para qualquer fim doméstico (Êx 35.3 – Nm 15.32 a 36). os adoradores do deus Moloque, ou queimavam os seus filhos no fogo, ou os faziam passar por ele (2 Rs 16.3 – 21.6 – 2 Cr 33.6). o Espirito Santo é comparado ao fogo (Mt 3.11 – At 2.3), sendo a sua obra converter e purificar as almas, inflamando-as de amor a Deus e de zelo pela Sua Glória. A Palavra de Deus é, também, apresentada como semelhante ao fogo (Jr 23.29). Empregam-se, além disso, os termos ‘fogo’ e ‘chama’, para exprimir vivos sentimentos e a inspiração divina, e descrever calamidades temporais e futuros castigos (Sl 66.12 – Jr 20.9 – Jl 2.30 – Ml 3.2 – Mt 25.41 – Mc 9.43).
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fogoso
Que tem fogo ou calor; irrequieto
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folati
hebraico: obra do Senhor
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fole
o uso do fole é muito antigo, provavelmente do mesmo tempo que a arte de fundir metais (Jr 6.29). Não se sabe qual era a forma dos primeiros foles, julgando-se, provavelmente, que fosse uma espécie de maçarico – os monumentos egípcios, contudo, mostram figuras de foles que não diferem muito de alguns atualmente usados. Constavam de duas partes, estando o operário sobre eles, e fazendo pressão com os pés, ora com um, ora com o outro.
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folgar
Ter prazer ou lazer
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fome
As fomes mencionadas nas Escrituras, e que por vezes afligiram a Palestina, eram devidas à falta daquelas abundantes chuvas, que caem em novembro e dezembro. Mas no Egito as fomes eram produzidas pela insuficiência da subida do rio Nilo. A mais notável fome foi a que durou pelo espaço de sete anos no Egito, quando José tinha ao seu cuidado os celeiros de Faraó (Gn 41.53 a 56). Com respeito a outras fomes, *veja Gn 12.10, e 2 Rs 6 e seguintes. Nestas ocasiões os sofrimentos do povo eram horrorosos.
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fonte
Nascente de água, ou manancial, de que se faz menção muitas vezes na Bíblia. Em terras secas da Judéia eram de particular valor, e provém daí o uso figurativo da palavra, como emblema de esperanças, bênçãos e consolações. ‘o Cordeiro… os guiará para as fontes da água da vida’ (Ap 7.17). Um grande número de lugares tinha o nome de alguma fonte, que estivesse próxima, sendo este fato indicado por meio dos prefixos Ain e En. Fontes perpétuas, descritas como nascentes de água viva, eram muito apreciadas (Sl 36.7 a 9 – is 49.10 – Jr 2.13 – Jl 3.18 – Zc 13.1 – Jo 4.10). Anuncia Zacarias que uma fonte se abriria, na qual podiam ser lavadas as impurezas da casa de Davi e de Jerusalém, profecia esta que teve cumprimento no sangue expiatório de Jesus Cristo. o termo ‘fonte’ serve também para designar os filhos ou a posteridade (Dt 33.28).
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fonte de rogel
A fonte dos canais. Nascente que existia na fronteira das duas tribos de Judá e Benjamim (Js 15.7 e 18.16), perto de Jerusalém (2 Sm 17.17). Foi neste lugar de En-Rogel que Jônatas e Aimaás esperaram por notícias da cidade, que levaram a Davi, quando este foi obrigado a sair da sua capital por causa da revolta de seu filho Absalão. Foi ali, também, que Adonias deu uma festa em honra dos seus partidários, quando ele conspirava contra Davi (1 Rs 1.9). Pode, provavelmente, este lugar ser identificado com a atual ‘Fonte da Virgem’, ao oriente de ofel. É daqui que vai com intermitência a água, que corre por debaixo da terra para a fonte de Siloé.
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foquerete
hebraico: que enreda
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forasteiro
No AT, não-israelita que habitasse em Israel, muitas vezes na pobreza. Mais tarde, veio designar qualquer forasteiro longe de casa.
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forasteiros
Que é de fora; estrangeiro, peregrino, estranho, alheio.
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forata
hebraico: ornato ou dado a sorte
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forjado
Falso, forjicado.
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forjar
Fazer; provocar
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forje
Armadilha
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forma de deus
Em Fp 2.6 a 8, onde aparece três vezes a palavra forma, está esta em contraste com a figura, que é uma forma modelada. E assim a ‘forma’ é um termo empregado a respeito do ser vivo e não de uma estátua. Jesus sendo segundo a forma e natureza de Deus, tomou também a forma e natureza de servo – mas despojou-se das exteriores manifestações da Divindade, com aquelas com que Deus Se manifestou aos antigos patriarcas e que eram os sinais da Sua visível glória (Dt 5.22 a 24). Cristo pôs de parte estas demonstrações divinas quando tomou sobre Si a forma de servo. Do mesmo modo em Rm 12.2, a significação no grego é a de que não devemos ser formados segundo as transitórias figuras deste mundo, mas transformados interiormente pela renovação da nossa alma.
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formiga
Duas vezes se menciona este inseto no livro dos Provérbios, onde é apresentado como modelo de atividade (6.6 a 8), e de sabedoria (30.24,25). os árabes têm a sabedoria da formiga em tão grande estima que, quando nasce uma criança, costumam pôr-lhe nas mãozinhas um destes insetos, repetindo estas palavras: ‘oxalá que sejas igualmente inteligente e hábil.’
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formosa
hebraico: beleza, bonita
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fornalha
Usam-se as fornalhas para derreter metais preciosos (Pv 17.3). Aquela em que foram lançados os jovens hebreus por mandado de Nabucodonosor, por terem recusado adorar a imagem do rei (Dn 3.22,23), era muito grande, como que para cozer tijolo, tendo uma abertura no topo para receber o combustível e uma porta próxima ao chão, pela qual se extraía o metal. Uma fornalha assim construída devia estar constantemente em atividade por causa dos mortos, que entre os babilônios eram incinerados. 2. Forno para cozer o pão (Gn 15.17 – Ne 3.11) – era uma espécie de vaso, largo em baixo, a estreitar-se para o alto. Quando era aquecido pelo fogo da lenha que ardia lá dentro, espalhava-se a massa pela superfície do forno, cozendo-se desta maneira o pão. A palavra grega traduzida por ‘fornalha acesa’ (Mt 13.42), aplica-se à fornalha do oleiro, à forja do ferreiro, e ao forno da cal.
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fornicação
Esta palavra é usada na Sagrada Escritura, tanto no seu sentido natural, como de modo figurado com aplicação à idolatria, significando então a infidelidade para com Deus, a quem só devemos adorar. (*veja Adultério.)
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fornicação
Algumas traduções da Bíblia usam a palavra “fornicação” onde outras usam a expressão “relações sexuais ilícitas” ou “imoralidade sexual”. A palavra original grega é porneia, que é definida como “relações sexuais ilícitas” (Dicionário da Bíblia Almeida), que inclui, mas não é limitado ao adultério. A palavra “ilícito” (que significa ilegal ou impróprio) pode confundir algumas pessoas, uma vez que vivemos num tempo quando pouca coisa é considerada ilícita. Somente porque nossas autoridades civis legalizaram algumas atividades que Deus não autorizou não as torna corretas. Um homem que, mesmo com a aprovação do governo, se divorcia de sua esposa sexualmente fiel, ou cuja esposa se divorcia dele, e se casa com outra, comete adultério (veja Mt 5:32; 19:9).
Desde que Deus autorizou cada homem a “ter sua própria esposa” e vice-versa (1 Co 7:2), qualquer variação (sexo pré-marital ou extra-marital, bem como bigamia, poligamia e homossexualismo) é ilícito e cai dentro da definição de fornicação.
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forno
o forno é uma das coisas comuns no oriente, e é costume ser construído pelos habitantes de cada doze habitações para seu uso geral. Muitas vezes tem a forma e a grandeza de um cortiço de abelhas, sendo construído de tijolos, cimentados por meio de cal misturada com grande quantidade de sal. o espaço livre para cozer o pão tem aproximadamente 90 cm. de diâmetro, sendo apenas de 25 centímetros quadrados a boca do forno. É aquecido com silvas e erva seca, e quando o aquecimento está feito, as cinzas são varridas e postas ao lado com uma vassoura apropriada. Depois disto é colocado no centro um pano molhado, sobre o qual se depositam os bolos de farinha, sendo então fechada a boca do forno com uma grande pedra. Dentro de pouco tempo o pão está cozido. Nos tempos mais antigos, cada casa possuía um forno portátil, semelhante ao mencionado (Êx 8.3), e era somente em ocasiões de fome que ele servia para uso de diversas famílias (Lv 26.26). Ainda outra espécie de forno era um vaso de barro de pouca altura, tendo fogo por baixo.
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forro
Liberdade
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fortaleza
Lugar de refúgio ou de defesa, como uma torre, uma fortificação ou uma colina alta cercada de defesas; desses locais, podiam-se rechaçar os inimigos. Metáfora de refúgio e de segurança (Sl 27.1).
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fortunato
Acha-se este homem mencionado juntamente com Estéfanas e Acaico, como tendo estado com S. Paulo em Éfeso, e na intenção de voltar à sua casa em Corinto – quando o Apóstolo escrevia a sua epístola aos Coríntios, contava que os três lhe tinham sido de grande auxílio (1 Co 16.15,17).
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fosec
hebraico: partidor
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fradique
Uma referência aos franceses, francês
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fragor
Estrondo; estampido; ruído semelhante à coisa que se quebra
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francelino
Uma referência aos franceses, francês
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francis
Francês
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francisca
Uma referência aos franceses, francesa
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francisco
Uma referência aos franceses, francês
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franco
Francês ou atrevido
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franjas
É a borda de um vestido judaico. Quando o transgressor do sábado foi apedrejado até morrer (Nm 15.32 a 41), foi ordenado a Moisés que falasse aos filhos de israel e lhes dissesse ‘que nos cantos das suas vestes façam borlas pelas suas gerações’, e também seriam ‘as borlas em cada canto presas por um cordão de azul’, como recordação dos mandamentos de Deus e aviso visível contra os maus desejos e idólatras inclinações. Estas franjas eram uma espécie de borlas que se colocavam principalmente nas pontas do vestido. Foi esta parte do vestido de Jesus, tida como coisa sagrada, que a mulher tocou (Mt 9.20). Ainda hoje, nos serviços da sinagoga, os judeus fazem uso de uma espécie de banda, de 90 a 150 cm. de comprimento, com 30 cm. de largura, e que é guarnecida de franjas nas pontas. Estas compridas borlas constam de fios de lã branca, unidos por cinco nós como pequenos botões, e abertos e destorcidos na extremidade.
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franzino
De talhe fino, delgado, frágil.
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fraternal
De, ou próprio de irmão
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fraudulosamente
Propenso à fraude; enganosamente.
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frecheiro
os frecheiros eram empregados tanto em operações de caça, como no exército (Gn 21.16 – 21.3 – Jr 51.3). No campo de batalha eram eles que atacavam em primeiro lugar, retirando-se depois mais para a retaguarda, donde incomodavam fortemente o inimigo, lançando frechas por cima das cabeças dos seus camaradas que combatiam nas fileiras da frente. As suas setas eram curtas ou compridas, segundo o serviço que tinham de desempenhar, sendo os arcos feitos de madeira ou de metal (Sl. 18.34). A corda do arco era de couro, de crina de cavalo, ou de tripa. A ponta da frecha era em forma de farpa, para que melhor pudesse irritar e inflamar a ferida. os frecheiros que tanto amarguraram José, e lhe atiraram frechas, eram os seus inimigos, que com dardos de falsa acusação, com palavras duras, e tentativas de assassinato, procuravam inutilizá-lo (Gn 49.23). os frecheiros de Deus que cercaram Jó, eram as aflições, as dores e os terrores que Deus lhe mandou, e que, como duras frechas cravadas, feriam e afligiam a sua alma (Jó 6.4 – 16.13). (*veja Armas.) FREio. Quatro ou cinco termos diferentes têm sido traduzidos pela palavra freio. No Salmo 39 (*veja 1) a significação própria é ‘mordaça’, eem outras passagens é ‘rédea’ e ‘bridão’ (Jó 30.11 – 41.13 – Sl 32.9 – Pv 26.3 – Tg 1.26 – Ap 14.20).
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fressura
Conjunto das vísceras (entranhas, intestinos) mais grossas (pulmão, fígado, coração)
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frigia
Território do interior, na ÁsiaMenor (At 2.10 – 16.6 – 18.23). Em certo tempo compreendia quase a totalidade da Ásia Menor, mas foi depois dividida em Frígia Maior ao sul, e Frígia Menor ao noroeste. A maior parte dela achava-se na província romana da Ásia – e é provável que todas as vezes que a Frígia é mencionada no N.T. se entenda sempre a parte que estava na ‘Ásia’, embora alguns críticos pensem que em At 16.6 há referência a um distrito da província da Galácia. As cidades da Frígia, mencionadas no N.T., são Laodicéia, Hierápolis e Colossos. o país está em alta situação, acima do nível do mar, e mostra considerável diversidade de terreno e de clima. os judeus iam ali desde os tempos mais remotos para fins comerciais, e no tempo dos apóstolos o seu número era considerável.
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frívolo
Palavreado sem importância
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frondosa
Árvore muito grande (copa, ramo e ramagem)
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frugal
Modesto, simples, comum, trivial.
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fruição
Ação ou efeito de fruir; gozo, posse, usufruto.
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frutificar
Dar frutos, reproduzir, darresultado positivo e vantajoso.
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fua
hebraico: boca
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fuad
Coração
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fugaz
Transitório; efêmero; que passa rapidamente
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fulgor
Brilho; clarão; esplendor
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fulgurava
Brilhava, resplandecia.
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fumegante
Lançar ou exalar fumaça ou vapores
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fumegar
Deitar, lançar fumo ou fumaça
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funda
As fundas faziam parte do equipamento dos soldados nos tempos antigos (2 Cr 26.14). os da tribo de Benjamim tinham fama de bons atiradores de armas pontiagudas (Jz 20.16) – e Davi matou Golias por meio da funda (1 Sm 17.40 a 50). Mais tarde, os romanos construíram instrumentos que podiam arremessar pedras e bestas a grandes distâncias, figurando antecipadamente as armas modernas (*veja Armas, Guerra.) A funda era também usada pelos pastores e guardas de manadas, para afugentarem os animais ferozes. Eles tornaram-se hábeis no manejo daquele instrumento que, na sua forma mais simples, constava de duas tiras presas às duas extremidades de uma pequena peça de couro, em que se colocava a pedra.
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fundar
Assentar os alicerces de (construção); fundamentar.
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fundibulário
Aquele que combate com a funda.
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fundibulários
Que combate com a funda (Arma de arremesso de projéteis, consistindo em um pedaço de couro e duas cordas)
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fundição
Ato, efeito, arte ou fábrica de fundir, derreter, juntar.
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fundição de metais
o método judaico defundir metais era desta maneira: o metal era reduzido ao estado líquido pelo calor, sendo então aplicado um álcali ou chumbo, que se ligavam com a escória, ficando assim o metal purificado (is 1.25 – Jr 6.29). o processo de refino de metais é aplicado, figurativamente, em Zc 13.9 e Ml 3.2,3. No oriente o refinador da prata procura saber muitas vezes a qualidade do metal fundido, vendo se ele reflete a sua face.
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funestos
Que produz tristeza, amargura; lutuoso, doloroso, angustioso, aflitivo.
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fura
hebraico: boca, beleza
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furtadela
Ação de furtar
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furtar
Apoderar-se de coisa alheia, subtrair fraudulentamente.
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furtivo
Disfarçado; dissimulado; escondido
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furtivo (a)
Praticado a furto, às ocultas; disfarçado, disfarçada; oculta; escondida; dissimulada.
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fuso
Entre os judeus a fiação era maisuma operação doméstica do que um negócio regular. E ainda é assim, não só na Palestina, mas também por todo o oriente. os instrumentos de fiação eram dos mais primitivos, constando de uma roca e de um fuso, não sendo empregada roda alguma. o fuso era um pau roliço tendo quase 30 cm. de comprimento, com um objeto de pedra na extremidade de baixo para lhe dar peso, e tornar firme o seu movimento rotatório. o material para ser fiado estava frouxamente preso à roda, que era sustentada na mão esquerda, sendo puxado o fio com a mão direita, que segurava o fuso no seu movimento. Esta indústria estava inteiramente nas mãos das mulheres, embora fossem auxiliadas pelos homens da tecelagem (Êx 35,25,26 – Pv 31,19 – Mt 6,28 – Lc 12,27). (*veja Tecelagem,).
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fuso horário
Cada uma das 24 divisões longitudinais de 15nas quais foi dividida a Terra para estabelecer uma seqüência regular de alterações da hora legal. O fuso 0estende-se a 7,5de cada lado do meridiano de Greenwich (subúrbio de Londres); à hora legal desse fuso acrescenta-se uma hora para o leste e subtrai-se uma hora em direção à oeste.
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fustigar
Açoitar; bater com vara
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fute
hebraico: extensão
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futiel
hebraico: afligido por Deus
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futilidade
Qualidade ou caráter de fútil; insignificante, vão.
G
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gaa
hebraico: flamífero
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gaal
repugnância
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gaão
flamejante
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gaar
esconderijo
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gaas
terremoto
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gaba
testa
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gaba ou gabaa
hebraico: outeiro
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gabael
gabelo
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gabai
extrator de trigo
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gabar-se
Elogiar, enaltecer, louvar. 2. Pron. Jactar-se, vangloriar-se
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gabarola
Fanfarrão; pessoa que gosta de gabar-se
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gábata
Palavra hebraica ou aramaica que parece significar uma plataforma elevada, ou um estrado, da parte de fora do pretório de Jerusalém, onde estava a cadeira do juiz, sendo daí que Pilatos entregou Jesus para morrer (Jo 19.13). Chama-se em grego Litóstrotos, provavelmente pelo fato de estar esse sítio calçado com pedras, em obra de mosaico, o que era comum em palácios e repartições públicas. o pavimento mosaico estava em moda entre os romanos.
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gabea
hebraico: outeiro
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gabel
hebraico: Deus das alturas
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gabelo
Deus é elevado
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gabriel
Homem de Deus. Nome de um anjoque foi mandado ao profeta Daniel para lhe explicar as suas visões – e igualmente foi Zacarias visitado por esse mesmo anjo, que lhe anunciou o futuro nascimento de João Batista. Seis meses mais tarde foi enviado à Virgem Maria, de Nazaré, com a sua mensagem sobre o nascimento de Jesus (Dn 8.16 – 9.21 – Lc 1.19,26). (*veja Anjo.)
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gabriela
Força de Deus
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gabriele
Força de Deus
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gádara
É hoje Um-Keis. Era uma grande cidade fortificada da Peréia, na extremidade noroeste das montanhas de Gileade, à distância de oito quilômetros ao oriente do Jordão e quase dez quilômetros a sudeste do mar da Galiléia: uma das cidades que formavam a Decápolis. No tempo de Jesus Cristo, era Gádara na sua maior parte uma cidade grega, embora se notasse também um forte elemento judaico na população, e possivelmente houvesse ali muitos aramaicos judaizados. As ruínas compreendem dois teatros, uma basílica, um templo, e uma bela estrada com uma colunata de cada lado. Ao longo das bordas do mar da Galiléia, perto de Gádara, ainda se podem ver os restos de antigos sepulcros, cavados nas rochas, estando voltados para o mar. Nos dias do nosso Salvador eram esses lugares o ponto de reunião de homens miseráveis, atormentados por doenças, os párias da sociedade. Na descrição da cura que Jesus efetuou num possesso, no país dos gadarenos, há uma especial referência a esse túmulos: ‘Veio dos sepulcros, ao seu encontro, um homem possesso de espírito imundo, o qual vivia nos sepulcros’ (Me 5.2,3 – Lc 8.27). (*veja Gadarenos.)
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gadarenos, gerasenos, gergesen
Eram os habitantes de Gádara e do território circunvizinho. Segundo S. Mateus (8.28), foi na ‘terra dos gadarenos’ que Jesus curou o homem, possuído de espirito imundo, permitindo que os demônios entrassem numa manada de porcos. A exata situação do milagre era provavelmente uma cidade, chamada Kersa, cujas ruínas ainda existem na embocadura de Wady Semack. Está perto da praia, nas faldas de um alto monte, sendo na encosta deste que estão aqueles túmulos, donde parece terem saído os dois endemoninhados para encontrarem Jesus. o lago está tão perto da base do monte que os porcos, a correr desordenadamente, não puderam parar, precipitando-se deste modo na água, e morrendo afogados. A cidade de Kersa (ou Gerasa) pode, segundo sugere Mateus, ter sido incluída no território de Gádara. Nas três narrações do fato há a variante ‘gerasenos’.
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gade
Afortunado. 1. Filho de Jacó e deZilpa, serva de Lia (Gn 30.9, 10, 11). Teve Gade sete filhos (Gn 46.16), saindo mais tarde do Egito a tribo de Gade em número de 45.650 pessoas. Depois de terem sido derrotados os reis ogue e Siom, desejaram Gade e Rúben que a sua porção territorial fosse ao oriente do Jordão, como sendo mais conveniente do que a região ocidental para as suas grandes manadas. Moisés cedeu ao seu pedido, com a condição de que eles haviam de acompanhar os seus irmãos e ajudá-los a conquistar a terra ao ocidente do rio Jordão. A herança de Gade era limitada ao norte pela tribo de Manassés, ao ocidente pelo Jordão, ao sul pela tribo de Rúben, tendo ao oriente as montanhas de Gileade, mas estes limites, a não ser os da parte ocidental, eram muito incertos. o território de Gade era uma combinação de ricas terras de lavoura e de pastagens, com belas florestas. É, também, terra de rios e nascentes, e os desfiladeiros por onde correm as abundantes águas desde os montes até ao vale do Jordão, são de grande beleza. Mas, sendo a gente de Gade impetuosa e guerreira, não tardou muito que os limites da tribo se estendessem além dos primitivos, e compreendessem toda a região de Gileade. Foram onze os heróis de Gade, que se juntaram a Davi no tempo da sua maior angústia (1 Cr 12.8). Freqüentes vezes os homens de Gade entraram em guerra com os amonitas, os agarenos, e os midianitas, e outras tribos errantes dos ismaelitas a quem tinham desapossado dos seus territórios (1 Cr 5.19 a 22). Jefté, que foi juiz de israel e era natural de Mispa, pertencia à tribo de Gade (Jz 11) – e também Barzilai (2 Sm 19.32 a 39), e provavelmente o profeta Elias. Foi campo de muitas batalhas o território de Gade durante as longas e terríveis lutas entre a Síria e israel, e em conseqüência disso sofreu muito aquela região (2 Rs 10.33 – Am 1.3). o povo de Gade foi levado para o cativeiro por Tiglate-Pileser (1 Cr 5.26) – e no tempo de Jeremias foram as cidades daquela tribo habitadas pelos amonitas (Jr 49.1). 2. o vidente: Profeta e particular amigo de Davi (1 Sm 22.5). Por mais uma vez foi mensageiro de Deus em relação a Davi (1 Sm 22.5 – 2 Sm 24.13 a 19 – 1 Cr 21.9 a 11) – foi, também, um dos biógrafos do mesmo rei Davi (1 Cr 29.29).
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gade (o deus)
A palavra hebraica traduzida em isaías (65.11) por ‘Fortuna’, devia ser assim vertida – ‘o deus Gade’, deus ou talvez deusa da Fortuna, uma divindade pagã, mencionada em várias passagens da Escritura: Baal-Gade (Js 11.17), a torre de Gade (Js 15.37). ‘os que preparais mesa para a deusa Fortuna…também vos destinarei à espada’ (is 65.11,12) – pode ser isto uma referência ao costume de reservar um esplêndido leito na casa para Gade, não podendo este leito ser usado de qualquer outro modo. Semelhantemente punham os babilônios a mesa para o seu deus Bel, e os etíopes para o Sol.
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gader
hebraico: tapume, muro
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gadi
a quem pertence a fortuna
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gadiel
Deus afortunou
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gadis
hebraico: afortunado
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gado
A riqueza dos patriarcas constavaprincipalmente de gado e de escravos, ou servos, que se empregavam em guardar os seus rebanhos e manadas (Gn 13. 7). Tinham Abraão e Ló tantos e tão grandes rebanhos e manadas, que foram obrigados a separar-se a fim de encontrarem as necessárias pastagens. Abraão e os patriarcas mais ricos tinham consideráveis manadas de gado, sendo uma grande parte destinada aos sacrifícios – e também serviam os animais para as ocasiões de pública hospitalidade, ou de festas especiais ou para quando era necessário obsequiar amigos. Vagueavam numa condição de meia domesticidade por grandes áreas de terreno, e muitas vezes estes animais se tornavam bravos, principalmente quando naqueles tempos estavam expostos aos ataques de feras, como o leão e o urso, o lobo e o leopardo, adquirindo desta maneira hábitos de ferocidade para se defenderem. A raça do gado, na Palestina Central, é presentemente de pequeno corpo e peludo, e pouco empregada para fins de agricultura. Todavia, nas terras ao sul do mar Morto, os árabes agricultores fazem uso desses animais, quase exclusivamente. (*veja Boi, Cabra.)
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gaer
hebraico: esconderijo
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gaetã
seu toque
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gafanhoto
inseto pertencente à mesma ordem dos grilos, locustas, baratas, fura-orelhas, formigas brancas, e moscardos. os gafanhotos alimentam-se exclusivamente de vegetais, e quando eles se reúnem em grande quantidade, são muito destruidores. Nuvens destes insetos chegam a eclipsar o sol ao meio-dia, e, caindo sobre os campos, pode-se abandonar a esperança de salvar as plantações. As folhas são tiradas das árvores, aparecendo a terra, como se tivesse sido queimada (Jl 1.4 – 2.4 a 9). E deste modo são eles a causa de horríveis fomes – felizmente não são freqüentes estas visitas de gafanhotos. Era permitido aos hebreus alimentarem-se destes insetos – e mesmo hoje, em certos lugares, como por exemplo no vale do Jordão, Gileade, Arábia e Marrocos, são considerados uma comida delicada. João Batista, no deserto, alimentava-se deles. A linguagem hebraica é rica de nomes para os designar, mas não é certo se eles se referem a diferentes fases do seu desenvolvimento. Vários desses nomes ocorrem em Jl 1.4.
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gaio
1. Gaio, da Macedônia. Foi companheiro de Paulo na viagem. Ele e Aristarco foram arrebatados pela multidão, no tumulto de Éfeso (At 19.29). 2. Gaio, de Derbe. Era, provavelmente, representante da igreja, na delegação que acompanhou o apóstolo Paulo, quando este levou a Jerusalém as contribuições das igrejas gentílicas (At 20.4). 3. Gaio, de Corinto. Foi hospedeiro de Paulo naquela cidade (Rm 16.23 – 1 Co 1.14). 4. Gaio, a quem S. João dirige a sua terceira epístola em termos de muito afeto (3 Jo 1). Não se pode saber se quaisquer destes são os mesmos. o nome era vulgar.
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galaade
hebraico: fonte perpetua
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galaadi
hebraico: removido pelo Senhor
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galacia
branco lácteo ou áspero
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galácia, gálatas
o nome ocorre no NovoTestamento, em três formas. 1. o país da Galácia. Paulo refere-se ‘as igrejas da Galácia’ em 1 Co 16.1 e Gl 1.2 – Crescente tinha ido para a Galácia (2 Tm 4.10). Pedro menciona a Galácia, enumerando as províncias romanas da Ásia Menor, às quais dirigiu a sua primeira epístola (1 Pe 1.1). 2. os habitantes, os gálatas (em Gl 3.1, e no título da mesma epístola). 3. Nas referências que àquela região se fazem nos Atos, não vem o substantivo Galácia, mas o adjetivo gálata, e em 16.6 a verdadeira versão deve ser ‘eles passaram pela Frígia e pela região gálata’, e em 18.23: ‘Ele atravessou a região gálata e a Frígia.’ Pelas palavras de Gl 4.13 parece que duas visitas precederam a respectiva epístola – a província da Galácia compreendia as cidades de Antioquia da Pisídia, icônio, Derbe e Listra, que foram visitadas por S. Paulo na sua primeira viagem (13.14), e também na segunda (At 16.1 a 6).
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galal
nobre, digno
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galali
hebraico: removido pelo Senhor
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galardão
Recompensa – recompensa de serviços valiosos; homenagem; prémio; honraria; glória.
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gálatas (epistola aos)
A causa da epístola é manifesta pelo seu conteúdo. As igrejas da Galácia constavam, em parte, de judeus convertidos – mas é provável que na sua maioria fossem formadas de gentios, que tinham abraçado o Cristianismo (4.8), e que, segundo parece, tinham bastantes luzes do Antigo Testamento (*veja 4.21 a 31). Eles receberam logo o Evangelho com prontidão e alegria, e por certo espaço de tempo perseveraram fielmente nas doutrinas apostólicas (5.7). Mas não muito depois da segunda visita do Apóstolo às igrejas da Galácia, alguns mestres judaizantes (provavelmente emissários do partido fariseu em Jerusalém: *veja At 15.1,2) visitaram as igrejas da Galácia, e ensinavam que os gentios convertidos deviam submeter-se à circuncisão, e observar o ritual mosaico para se salvarem. A própria autoridade de Paulo foi por esses atacada, julgando-a inferior à de Pedro e à dos outros apóstolos, a quem, segundo as suas afirmações, eles seguiam (caps. 1 a 2). Além disso, acusavam-no de não ser correto, visto como, observando ele próprio a lei enquanto se achava entre os judeus, persuadia aos gentios que a ela renunciassem (5.11). E apresentadas assim as coisas, conseguiram espalhar a semente da discórdia e da divisão (5.15), desviando do caminho direito muitos cristãos da Galácia (1.6 – 3.1 – 4.9), que receberam as idéias dos seus novos doutrinadores, com o mesmo zelo queem outros tempos tinham mostrado, quando ouviram as pregações do seu pai espiritual Contra estes erros Paulo já tinha protestado pessoalmente (1.9 – 4.16) – mas sabendo que eles estavam ganhando rapidamente terreno, escreveu esta epístola. Esta epístola, pelo seu objetivo, pela maneira abrupta e severa como principia, e pelas enérgicas e ternas acusações que encerra, mostra quão grande era a preocupação do Apóstolo a respeito das perigosas doutrinas que era urgente combater. o seu principal fim era provar que os judaizantes, com os seus erros doutrinários, não faziam mais que destruir a própria vida e alma do Cristianismo – e então prepara o caminho para a demonstração, rebatendo as falsidades que os adversários tinham propagado a seu respeito, e com energia sustentando a sua missão e autoridade apostólicas. o principal contraste entre o método desta epístola e o da epístola aos Romanos é que o grande tópico de justificação faz parte, nesta epístola, de um particularizado argumento, sem referência a quaisquer circunstâncias especiais – ao passo que na dirigida aos Gálatas tudo é tratado em controvérsia, com claras referências aos mestres judaizantes. o Apóstolo não está aqui formando argumentos contra os gentios, que consideravam as boas obras como um direito à recompensa divina, nem contra os judeus incrédulos que rejeitavam o Cristianismo, persistindo na sua obediência à Lei como único caminho de justificação – toda a sua argumentação era contra aqueles judeus que, fazendo profissão de ter abraçado o Evangelho, ensinavam, contudo, que não só a fé em Cristo, mas também a observância da lei cerimonial eram necessárias para a salvação. E então ele demonstra que essa lei nunca fora designada para esse fim, que estava já ab-rogada, e que aqueles que observavam as suas determinações com o fim de assegurar o favor de Deus estavam, por esse fato, abandonando o único caminho da salvação. os erros que ele considerava como subversivos do Evangelho tinham sido propagados por homens que professavam o Cristianismo sem compreender os seus essenciais princípios – e a esses mestres ‘nem ainda por uma hora’ queria estar em sujeição. os mal compreendidos preceitos da lei mosaica, que Paulo apresenta nos caps. 14 a 15 da epístola aos Romanos, como assuntos próprios da tolerância da parte dos que estavam mais bem informados, são os daqueles cristãos, sinceros, mas não inteiramente esclarecidos, que na verdade viam a sua salvação somente em Jesus Cristo, mas ainda não estavam satisfeitos com respeito à abolição do ritual judaico. A epistola acha-se naturalmente dividida em três partes, compreendendo cada uma delas dois capítulos. As duas primeiras divisões são principalmente de controvérsia, e a terceira consta de doutrinas práticas e exortativas. i. Paulo afirma e prova a sua chamada divina, e a sua autoridade como apóstolo de Jesus Cristo (1, 2). ii. Estabelece o seu principal argumento, que a nossa justificação é inteiramente pela fé, e não pelas obras da lei (3, 4). iii. Conclui com certos conselhos e direções práticas, e faz um resumo dos principais tópicos da epístola (5, 6).
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galeade
hebraico: monte de testemunho
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galeede
montão de testemunho
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galgala
hebraico: removendo
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galião
latim: que vive de leite
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galiléia
Uma das províncias da Palestina. Compreendia aquele território que foi repartido pelas tribos de issacar, Zebulom, Naftali e Aser, e também uma parte de Dã, e da Peréia além do rio. os seus limites eram: ao norte o Antilíbano – ao ocidente a Fenícia – ao sul ficava a Samaria – e tinha do lado do oriente o mar da Galiléia e o rio Jordão. A Galiléia superior era designada pelo nome de Galiléia dos Gentios, constando a sua população de egípcios, árabes, fenícios, e também de judeus. A Galiléia era bastante povoada, e os seus habitantes laboriosos, sendo, por isso, uma província rica, que pagava de tributo 200 talentos aos governadores romanos. A Cristo chamavam o galileu (Mt 26.29), porque Ele tinha sido educado nessa parte da Palestina, e ali viveu, ensinou as Suas doutrinas, e fez a chamada dos Seus primeiros discípulos (Mt 4.13 a 23 – Mc 1.39 – Lc 4.44 – 8.1 – 23.5 – Jo 7.1). A Galiléia tornou-se um nome de desprezo tanto para os gentios como para os judeus, porque os seus habitantes eram uma raça mista, que usava de um dialeto corrompido, originado no fato de se misturarem os judeus, que depois do cativeiro ali se tinham estabelecido, com os estrangeiros gentios (Jo 1.46 – 7.52 – At 2.7). A maneira como Pedro falava, imediatamente indicava a terra do seu nascimento (Mt 26.69, 73 – Mc 14.70). Durante toda a vida de Cristo foi Herodes Antipas o governador ou tetrarca da Galiléia. Ainda existem em muitas das antigas cidades e vilas as ruínas de magníficas sinagogas, que são uma prova de prosperidade dos israelitas e do seu número naqueles antigos tempos.
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galiléia (mar da), tiberiades
o mar daGaliléia também se chamava ‘lago de Genesaré’ (Lc 5.1), e ‘mar de Tiberíades’ (Jo 6.1 e 21.1) – e no Antigo Testamento ‘mar de Quinerete’ (Nm 34.11 – Dt 3.17 – Js 13.27 e 19.35). Este mar interior tem de comprimento 20 km, de norte a sul, sendo a sua largura entre 6 e 12 km. A sua superfície está 208 m abaixo do nível do mar Mediterrâneo – e a sua profundidade é de 24 a 30 m. o rio Jordão entra no mar da Galiléia a 42 km da sua nascente, e nessa distância há uma descida no rio de 513 m, o que representa mais de 12 m por quilômetro. o lago dista do mar Mediterrâneo uns 44 km, e está ao nordeste de Jerusalém cerca de 96 km. Acha-se circundado por terras altas, aproximando-se da praia as montanhas pelo lado do oriente. A sua superfície é, em geral, tão suave como a do mar Morto, mas está sujeito aquele pequeno mar a repentinos pés-de-vento, de pouca duração, tendo por causa as ventanias que vêm dos montes, principalmente quando a forte corrente formada pelo rio Jordão é contrária ao vento sudeste, que sopra das serras com a força de um furacão. Podemos fazer uma idéia do mar da Galiléia, no tempo de Cristo, imaginando-o coberto de embarcações de diversos tamanhos, com as suas praias cintilantes de casa e palácios, de sinagogas e templos, sendo a população composta de judeus e gentios.
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galileu
Habitante da Galiléia (Mc 14.70).
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galim
montão, pilha
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gálio
Era irmão de Sêneca, o filósofo estóico. Foi nomeado procônsul da Acaia pelo imperador Claúdio. São Paulo foi levado à sua presença pelo motivo de ensinar os homens a ‘adorar a Deus por modo contrario à lei’ (At 18.12, 13) – mas Gálio não prestou atenção às acusações dos judeus, querendo apenas com isso significar que não desejava intrometer-se nas controvérsias religiosas. Pela força do destino passou o seu nome em provérbio de censura, como o de uma pessoa indiferente na religião. o procedimento de Gálio mostra atitude amistosa, ou, pelo menos, imparcial, das autoridades romanas para com o Cristianismo nos primeiros tempos. Gálio foi condenado à morte pelo imperador Nero.
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galo (cantar do)
o cantar do galo acha-se mencionado em Mc 13.35, como sendo o período de tempo entre a meia-noite e o romper do dia. É, realmente, ao romper da alvorada que é ouvido o segundo cantar do galo, sendo o primeiro menos regularmente à meia-noite. Marcos (14.30) menciona os dois cantos do galo, ao passo que Mateus (26.34) se refere ao que expressivamente se chama o cantar do galo, isto é, ao segundo.
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gamaditas
valentes
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gamaliel
Recompensa de Deus. Um distinto doutor da lei judaica, fariseu, e mestre de Paulo (At 22.3). A ilustre família, a que ele pertencia, gozava de particulares privilégios, especialmente em relação ao estudo de literatura grega, o qual era, em geral, proibido entre os judeus. Quando os apóstolos foram levados à presença das autoridades judaicas, Gamaliel aconselhou a assembléia a que tratasse aqueles homens de um modo tolerante – e, aceito o conselho, foram libertados (At 5.34).
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gamarias
hebraico: aperfeiçoado pelo Senhor
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gamul
recompensado
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gana
Vontade, desejo de fazer o mal
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ganimedes
Alegria dos deuses
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ganzo
hebraico: abundante em sicômoro
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garebe
aspero
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garibaldi
Aquele que usa a lança com valentia
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garmita
hebraico: que pertence a Gerem
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gasa
hebraico: forte
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gasmu
hebraico: chuva
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gaspar
Inspetor
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gastao
Hóspede
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gata
hebraico: doentio ou vale queimado
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gatam
hebraico: vale queimado
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gate
Prensa de vinho. Uma das cinco fortalezas dos filisteus, e era a terra natal do gigante Golias (1 Sm 6.17 – 17.4). No tempo dos reis hebreus era Gate um espinho para israel. Tem sido esta fortaleza identificada com Telles-Safi, na distância de 26 km ao oriente de Asdode.
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gate-hafer
lagar do polço
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gate-hefer
Lagar de sítio cavado. Era a terra natal do profeta Jonas (2 Rs 14.25). Josué cedeu a cidade à tribo de Zebulom (Js 19.13). Esta povoação tem sido identificada com a moderna aldeia de Mesh-hed, que está à distância de quatro quilômetros, ao oriente de Séforis ou Sefurich, constando a sua população dalguns muçulmanos. o suposto túmulo de Jonas é ainda ali venerado.
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gate-rimom
lagar das romãs
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gate-rimon
hebraico: lagar das Romãs
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gatrimom
hebraico: lagar da Roma
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gaudencio
Aquele que sente menos alegria
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gavela
Feixe de espigas
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gaver
hebraico: a cria de uma fera
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gavião
o termo em hebraico serve para significar forte e rápido vôo, e geralmente se usa para designar pequenas aves de presa. o gavião acha-se mencionado entre as aves imundas, que a lei proibia que se comessem (Lv 11.16 e Dt 14.15). Aquelas palavras (Jó 39.26) ‘ou é pela tua inteligência que voa o falcão, estendendo as suas asas para o sul?’ referem-se claramente aos instintos errantes da maior parte de certas aves que se vêem na Palestina, e que procuram as regiões quentes do sul quando se aproxima o inverno. outras procedem de modo contrário, buscando as regiões do norte para fugirem das zonas ardentes. o milhano encarnado é desta ordem. o esmerilhão, de pernas vermelhas, e o gavião do Levante, são visitantes da Palestina no estio, e voam para as terras do sul no fim desta estação. No Egito, uma espécie destas aves, pelo menos, era de tanta consideração e tão sagrada, que matar uma delas, mesmo acidentalmente, era julgado crime de morte. Eram aves consagradas a Horus, o deus Sol – e vem a propósito dizer-se que as divindades solares acham-se representadas nas suas estátuas como tendo cabeça de gavião. A ligação do sol com o gavião é proveniente de supor-se que esta ave podia contemplar o ardente sol sem sofrer coisa alguma.
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gavinha
Trepadeira
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gaza
Legar forte. Cidade dos filisteus, e que Josué incorporou na tribo de Judá. Era uma das cinco fortalezas dos filisteus, situada na parte meridional da Palestina (1 Sm 6.17), entre Ráfia e Ascalom, 96 km. ao sudoeste de Jerusalém. Josué não pôde subjugá-la. Judá conseguiu conquistar Gaza, mas esta fortaleza não permaneceu por muito tempo em seu poder. As suas portas foram levadas por Sansão (Jz 16.1 a 3), que esteve mais tarde ali como prisioneiro, e ali ‘virava um moinho no cárcere’. Um dia fez cair o templo de Dagom, matando os príncipes e o povo que ali estavam, ficando Sansão também morto sob os destroços (Jz 16.21 a 30). Nos reinados de Jotão e de Acaz recuperou Gaza a sua independência, mas foi de novo subjugada por Ezequias (2 Rs 18.8). Mais tarde ficou sujeita aos egípcios, persas e caldeus, e foi tomada por Alexandre Magno depois de um cerco de cinco meses. Alexandre Janeu a conquistou depois, sendo infligidas espantosas barbaridades aos seus habitantes. Foi reedificada por Gabínio, e colocada sob a proteção de Roma. Hoje somente existem restos da sua primitiva grandeza. A moderna Guzzeh está numa elevação: as casas são construídas de pedra, mas a aparência é muito fraca. A vista em redor é bela, e os produtos vegetais apresentam-se viçosos e odoríferos.
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gazão
devorador
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gazer
hebraico: tosquiador
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gazofilácio
os ricos e a pobre viúva lançavam as suas ofertas em caixas especiais (Mc 12.41). Jesus falou, estando no lugar da arca do tesouro (Jo 8.20). os sacerdotes não quiseram lançar no gazofilácio as trinta peças de prata, que Judas lhes restituíra, porque eram o preço de sangue (Mt 27.6). Não havia nenhum edifício especial que fosse a casa do tesouro. o tesouro eram as treze caixas de bronze, nas quais lançavam os seus donativos os adoradores que iam ao templo. Quando João diz que Jesus falou, estando no lugar do gazofilácio, refere-se ao pátio exterior das mulheres, onde foram postas as mencionadas caixas de bronze.
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gazor
hebraico: princípio, lugar talhado
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geada
Falando Jacó a Labão a respeito dos seus sofrimentos, dizia-lhe que a geada o consumia de noite (Gn 31.40). Ele estava, então, na Mesopotâmia. As noites ali eram tão penetrantemente frias, como era abrasador o dia. outras referências à geada se podem ler em Jó 37.10 – Sl 78.47 – Jr 36.30).
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geazi
Vale da visão. o servo confidente de Eliseu, e que se tornou notável na história do filho da Sunamita (2 Rs 4 a 8). Quando o profeta curou da lepra o general Naamã, este lhe ofereceu um belo presente, que não foi aceito. Geazi, contudo, por palavras mentirosas obteve parte daquela oferta. Foi castigado por Eliseu, que o feriu de lepra a ele e à sua posteridade (5.15 a 27).
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geba
monte
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geba, gaba, e gibeá
Monte. Atualmente Jeba a 9,5 km ao norte de Jerusalém sobre uma crista rochosa, na borda meridional do Wady es Surveinit, que a separa de Micmás (1 Sm 14.5), dominando o desfiladeiro. Cidade de Benjamim na fronteira setentrional da tribo e do reino de Judá (Js 18.24; 1 Sm 13.16; 2 Sm 5.25; 2 Rs 23.8; 1 Cr 8.6); cedida aos sacerdotes (Js 21.17; 1 Cr 6.60); teatro da luta entre os filisteus e Jônatas (1 Sm 13.3), e da vitória que Davi alcançou sobre os filisteus (2 Sm 5.25). Foi fortificada por Asa (1 Rs 15.22; 2 Cr 16.6); ocupada pelo exército assírio na sua marcha para Jerusalém (is 10.29), e por alguns que voltaram do cativeiro (Ed 2.26; Ne 7.30; 11.31; 12.29).
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gebai
hebraico: um fiscal de tributo
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gebal
Confim. Cidade na costa da Fenícia e que não foi conquistada pelos israelitas (Js 13.5). os seus habitantes, os gibleus, eram afamados como pedreiros e construtores de navios (1 Rs 5.18 – Ez 27.9). Hoje chama-se Jebeil, e as suas ruínas ainda indicam a sua primitiva grandeza e magnificência. É duvidoso se este lugar de Gebal é aquele a que se refere o Salmo 83 (*veja 7), ou se é outro ao sul do mar Morto.
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gebe
hebraico: outeiro
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gebea
hebraico: outeiro
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geber
forte, herói
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gebim
cisterna
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gedalias
Jah é grandioso. Foi nomeado por Nabucodonosor para governar o povo de Judá, depois de ter aquele imperador conquistado o reino e destruído Jerusalém e o templo (2 Rs 25.22). Gedalias a quem se juntou Jeremias, tomou medidas para a reinstalação dos judeus dispersos – mas depois de um benéfico governo de dois meses foi assassinado por um bando da família real de Judá, do qual era chefe ismael (Jr 40 e 41). Ele era homem piedoso, amável, que governou bem o povo, e cuja morte é ainda hoje comemorada no calendário judaico como uma calamidade nacional.
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gedalis
hebraico: Deus e grande
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gedeão
lutador de espada
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geder
muro, murada
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gedera
curral de ovelha
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gederotaim
dois currais
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gederote
currais
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gediel
hebraico: tropa de Deus
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gedor
Uma muralha. 1. Cidade de Judá, na região montanhosa (Js 15.58), está identificada com Jedur, cerca de 3 km ao ocidente da estrada que vai de Hebrom a Belém. Talvez seja a mesma povoação que Gedor (1 Cr 12.7), que era uma cidade de Benjamim. 2. Em 1 Cr 4.39 entre o sul de Judá e o monte Seir, isto é, Petra. 3. Um dos antepassados de Saul (1 Cr 8.31 – 9.37). 4. Membro da tribo de Judá (1 Cr 4.4, 18).
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geena
Ver Tofete, inferno, Hinom
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gehenna
hebraico: inferno
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geleade
hebraico: fonte perpetua
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gelilote
hebraico: círculos, regiões
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geliote
circulo
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gemalí
cameleiro
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gemarias
o Senhor o aperfeiçoou. 1. Príncipe de Judá, de cuja janela leu Baruque ao povo a assustadora profecia de Jeremias. Ele pediu ao rei Jeoaquim que não queimasse o rolo (Jr 36). 2. Embaixador de Zedequias ao rei de Babilônia, por quem Jeremias mandou uma carta aos seus compatriotas, que estavam desterrados, avisando-os de que não haviam de alimentar falsas esperanças de redenção (Jr 29.3).
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gemaris
hebraico: Jeová completou, ou aperfeiçoou
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genealogia
Nenhuma nação foi, em tempoalgum, mais cuidadosa em conservar as suas genealogias do que os judeus. Depois do cativeiro, tiveram as genealogias uma importância ao mesmo tempo civil e religiosa, pois por elas se provavam os direitos que tinham as diferentes famílias às respectivas heranças, e se fornecia a prova da descendência do Messias. Eram os sacerdotes obrigados a apresentar uma genealogia exata de suas famílias, antes de serem admitidos ao exercício das suas funções. Em qualquer parte que estivessem os judeus, eles conservavam as tábuas genealógicas das suas várias famílias, estando os originais guardados em Jerusalém, para serem consultados quando fosse necessário. Estes autênticos monumentos eram, durante as guerras e perseguições, cuidadosamente postos em segurança e de tempos a tempos renovados. Todavia, desde a última destruição de Jerusalém, na dispersão do povo, perderam-se as antigas genealogias judaicas (1 Cr 5.1,17 – 9.1 – 2 Cr 12.15 – Ed 2.62 – Hb 7.3, 14). A genealogia de Jesus Cristo está disposta por S. Mateus desde Abraão, e por S. Lucas desde Adão a José, abrangendo um espaço de mais de 4.000 anos. Esta genealogia mostra a linhagem de José, e não de Maria, pois que nos registros públicos, dos quais, podemos supor, teriam sido transcritas as genealogias, somente como filho de José podia aparecer Jesus, filho de Maria, que era casada com José. o evangelista Mateus exibe aquela genealogia que contém os sucessivos herdeiros ao trono de Davi e Salomão – o evangelista Lucas expõe o tronco paternal daquele que era o herdeiro. Maria era, com toda a probabilidade, prima de José, de modo que, de fato, embora não formalmente, ambas as genealogias são tanto de Maria como de José. o termo ‘genealogia’ em 1 Tm 1.4 e em Tt 3.9 refere-se a essas fantasiosas enumerações, como as que se lêem no Livro dos Jubileus. (*veja Crônicas, Geração.)
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genérico
Que tem o caráter de generalidade; o que não é específico.
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genesare
hebraico: jardim de Hazor
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genesaré (lago de)
*veja Galiléia (marda).
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genesaré (terra de)
Depois daquele milagre pelo qual foram alimentadas 5.000 pessoas, atravessou Jesus e Seus discípulos o mar da Galiléia e ‘chegaram à terra, em Genesaré’ (Mt 14.34 – Mc 6.53). Este nome é derivado de Quinerete, o antigo nome de uma cidade (Js 19.35), e do território adjunto, estendendo-se a terra de Genesaré por 6 km. ao noroeste do mar de Galiléia. Era um distrito de singular fertilidade, com um delicioso clima, havendo abundância de fruta de muitas qualidades. As praias nesta parte do lago estão cobertas de ruínas, informes, marcando os sítios dalgumas daquelas cidades e vilas, por onde Jesus Cristo andou, na pregação das Suas doutrinas.
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gênesis
origem
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gênesis (livro do)
As diversas matérias do Gênesis podem ser resumidas da seguinte maneira: i. Desde a criação até ao dilúvio. Compreende esta parte a criação do mundo, a formação do homem à imagem de Deus, a instituição do sábado (dia de descanso), e a do casamento (caps. 1, 2) – a entrada do mal no mundo, a sentença contra o tentador e o homem, e a promessa de Deus a respeito de um Salvador (3) – o caso de Caim e Abel, e os descendentes de Caim – o princípio das obras humanas, as manufaturas, e as artes (4) – a linha dos patriarcas desde Adão até Noé (5) – a universal preponderância do pecado, a destruição do mundo corrompido pelo dilúvio, sendo Noé salvo com sua família (6, 7). ii. Desde o dilúvio até à vocação de Abraão. Compreende esta parte o pacto da misericórdia que Deus fez com o novo mundo, e a profecia de Noé com respeito aos seus três filhos (9) – a repovoação da terra pelos descendentes de Nóe, a origem das distinções nacionais, e o começo dos principais impérios da antigüidade (10) – a confusão das línguas, e a dispersão da família humana pela terra (11). iii. Desde a vocação de Abraão até à morte de José. Nesta divisão do livro os negócios gerais da Humanidade somente são relatados ocasional e acidentalmente: trata-se, principalmente, do patriarca e seus descendentes, a quem Deus escolheu e separou do resto do mundo, a fim de que da sua geração pudesse descender o Salvador prometido. Compreende, pois, esta parte a vida de Abraão e sua família, com informações da origem e história de alguns dos mais antigos reis e nações (12 a 25) – de isaque e sua família (26, 27) – e de Jacó e sua família (28 a 35) – e mais particularmente a vida de José, indo a narração até ao estabelecimento da família de israel no Egito, onde os israelitas puderam livrar-se da fome e, pela providência de Deus, começar a sua preparação para constituírem mais tarde um grande povo (37 a 47) – vem em seguida a profecia de Jacó com respeito a seus filhos e seus descendentes, brilhando nela um raio de luz a respeito da futura redenção (48, 49). Conclui o livro com a determinação de José em relação aos seus restos mortais, e com a sua morte (50). São abundantes as referências no Novo Testamento ao livro de Gênesis. As passagens seguintes são indicadas segundo a fórmula geral das citações – ‘está escrito’, ‘o Senhor disse’, etc.: Gn 1.27 … Mt 19.4, Gn 2.2 … Hb 4.4, Gn 2.7 … 1 Co 15.45, Gn 12.3 … At 3.25 – Gl 3.8, Gn 17.7 … Gl 3.16, 19, Gn 21.10,12 … Gl 4.30 – Hb 11.18, Gn 22.16,17 … Hb 6.13, 14 – Tg 2.23, Gn 25.23 … Rm 9.12. Há freqüentes referências a episódios e personagens do Gênesis, como: Gn 3.4,5 (Eva enganada pela serpente) – 2 Co 11.3 – 1 Tm 2.14. Gn 4.4 (Sacrifício de Abel) – Hb 11.4 Gn 5.24 (Caráter e trasladação de Enoque) – Hb 11.5,6. Gn 14.18 a 20 (Melquisedeque) – Hb 7. Gn 19.24 a 26 (Destruição de Sodoma e Gomorra) – Lc 17.29,32 – 2 Pe 2.6. Gn 22.9 (Sacrifício de isaque) – Tg 2.21. Gn 25.33 (A venda que fez Esaú do seu direito de primogenitura) – Hb 12.16. Gn 47.31 (Jacó adorando apoiado ao seu bordão ou sobre a cama) – Hb 11.21. Juntai a isto todas as referências que fez Estêvão, quando estava sendo julgado no Sinédrio (At 7). A frase ‘no princípio’ (1.1) é repetida com uma profunda significação em Jo 1.1. o Homem criado à imagem e semelhança de Deus (5.1 e 9.6) é uma verdade reconhecida em 1 Co 11.7 – Ef 4.24 – Cl 3.10 – Tg 3.9. A santidade da união conjugal é reforçada com as palavras de Gn 2.24 por Jesus Cristo em Mt 19.5, e por Paulo em 1 Co 6.16 e Ef 5.31. A fé de Abraão (15.5,6) é repetidas vezes mencionada como figura de caráter cristão, Rm 4.3 – Gl 3.6 – Tg 2.23. A palavra ‘paraíso’ leva o pensamento ao Jardim do Éden, Gn 2.8,9 – Ap 2.7 – 22.1,2. E a escada de Jacó é tomada como símbolo de grande expressão, Gn 28.12 – Jo 1.51. Muitas conformidades verbais mostram que o Gênesis era familiar aos inspirados escritores do Novo Testamento, sendo reputado como livro de autoridade divina.
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genla
hebraico: ele cumprira, ou Deus enche
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gentílico
Dos, ou próprio dos gentios; aqueles que professam o paganismo; não-cristãos.
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gentio
Termo que designa o não israelita. Judeus e gentios foram reconciliados com Deus e entre si por meio de Cristo (Ef 2.11-22).
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gentios
Emprega-se esta palavra para significar aqueles povos que não eram da família hebraica (Lv 25.44 – 1 Cr 16.24, etc.). E usa-se o mesmo termo para descrever os incrédulos, como em Jr 10.25. Dum modo geral os gentios eram todos aqueles que não aceitavam que Deus se tivesse revelado aos judeus, permanecendo eles então na idolatria. Tinha sido divinamente anunciado que na descendência de Abraão seriam abençoadas todas as nações – que as gentes se uniriam ao Salvador, e ficariam sendo o povo de Deus (Gn 22.18 – 49.10 – Sl 2.8 – 72 – is 42.6 – 60). Quando veio Jesus Cristo, a sua resposta aos gregos implicava que grandes multidões de gentios haviam de entrar na igreja (Jo 12.20,24). Tanto na antiga, como na nova dispensação, não podia o povo de Deus aliar-se pelo casamento com os gentios. E nos seus primitivos tempos os judeus constituíam essencialmente uma nação separada das outras (Lv 20.23), e eram obrigados a conservar, para não se confundirem com os outros povos, o seu caráter moral, político e religioso, sob pena de duras sentenças (Lv 26.14 a 38 – Dt 28). Era mesmo proibido unirem-se pelo casamento com a parte remanescente das gentes conquistadas, e que tinham ficado na Palestina (Js 23.7), para que não fossem castigados como o tinham sido os seus antecessores (Lv 18.24, 25). Um amonita ou moabita era excluído da congregação do Senhor, sendo essa medida tomada até à décima geração (Dt 23.3), embora um idumeu ou egípcio tenha sido admitido na terceira. A tendência que se notava nos israelitas para caírem na idolatria mostra a necessidade que havia da severidade empregada.
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genubate
furto
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genuínos
Verdadeiros, autênticos.
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geom
hebraico: corrente
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georgia
Agricultora
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georgiana
Agricultora
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georgiano
Agricultor
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georgina
Agricultora
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gêra
grão
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geração
Emprega-se esta palavra no Sl 24 (*veja 6) para designar uma certa classe de povo. Dum modo prático e equivalente a ‘genealogia’ em Mt 1.1 e a ‘história’ em Gn 2.4 (Versão Bras.). Na longa vida patriarcal parece ter sido calculado em 100 anos o tempo de uma geração (Gn 15.16) – mas em cálculos posteriores era esta de 30 a 40 anos (Jó 42.16).
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geraldo
Aquele que domina com a lança
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gerar
É hoje Um el-Jerar. Cidade e distrito no pais dos filisteus, ao sul de Gaza (Gn 10.19) e de Berseba. Foi residência de Abimeleque – de Abraão depois da destruição de Sodoma (Gn 20.1,2) – e de isaque quando houve fome em Canaã (Gn 26.1 a 26). Foi destruída por Asa, quando derrotou e perseguiu os etíopes, que estavam sob o domínio de Zerá (2 Cr 14.13, 14).
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gerasa
hebraico: cercado
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gerizim
Terra estéril. Um monte de 869metros acima do nível do mar, ao sul da entrada do vale de Siquém, defronte de Ebal: foi em Gerizim que foram pronunciadas as bênçãos e maldições, quando os israelitas entravam em Canaã (Dt 11.29 – 27.12 – Js 8.33) – e ali foi dita a parábola de Jotão aos homens de Siquém (Jz 9.7). Neste mesmo monte havia o templo samaritano (Jo 4.20), e ainda hoje lugar de culto. o nome atual é Jebel et-Tor.
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germano
Irmão, autêntico, legítimo. Natural da Germânia.
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gérsom
Primeiro filho de Moisés. (Êxodo 2:22)
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gérson
Eis ali um estrangeiro. l. o filho primogênito de Moisés (Êx 2.22 – 18.3). Jônatas, o filho de Gérson, foi o primeiro sacerdote no culto irregular da tribo de Dã (Jz 18.30). 2. Um membro da família de Finéias, que acompanhou Esdras desde a Babilônia (Ed 8.2). 3. o filho mais velho de Levi (Gn 46.11 – 1 Cr 6.1 – 6.16,17,62,71). A linha de Coate, segundo filho, tornou-se preeminente, porque a ela pertenciam Arão e os sacerdotes. o mais distinto dos gersonitas foi Asafe (1 Cr 6.39 a 43). Tinham ao seu cuidado a coberta, as cortinas, o pavilhão e as cordas do tabernáculo (Nm 3.25,26 – 4.25,26). Foram-lhes cedidas treze cidades, nas tribos do norte (Js 21.27 a 33 – 1 Cr 6.62,71 a 76).
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gerute-quima
hebraico: alojamento de Quima
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gervasio
Lança pontuda
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gesã
sujo
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gesem
hebraico: chuva
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geser
hebraico: lugar talhado
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gesur
Pequeno reino ao oriente do Jordão, limitado ao norte pelo monte Hermom e ao sul pelo Basã (Js 12.5) – foi conquistado por Jair filho de Manassés (Dt 3.14, 1 Cr 2.23), mas os habitantes não foram expulsos (Js 13.2, 11.13) – esteve sob o governo de Talmai, cuja filha, casada com Davi, foi mãe de Absalão (2 Sm 3.3) – em Gesur se refugiou Absalão depois de haver matado o seu irmão Amnom (2 Sm 13.37,38 – 14.23,32 – 15.8).
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getaim
hebraico: dois lugares
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geter
hebraico: medo
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geteus
Habitantes de Gate (2 Sm 6.10,11 – 15.18,19).
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geth
hebraico: medo
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getite
hebraico: habitante de Geth ou dois lugares
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getsêmane
lagar do azeite
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getsêmani
Lugar de azeite. Jardim que ficava logo à saída de Jerusalém, atravessado pelo Cedrom, no sopé do monte das oliveiras. Era um lugar freqüentado por Jesus, e ocorreu ali a cena da Sua agonia.
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geuel
majestade de Deus
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gezer
Despenhadeiro. Cidade real dos cananeus, conquistada por Josué (Js 10.33 – 12.12) – no limite meridional de Efraim (Js 16.3 – 1 Cr 7.28) – dada aos coatitas, e dela foi feita uma cidade de refúgio – os seus habitantes não foram expulsos (Js 16.10 – 21.21 – Jz 1.29 – 1 Cr 6.67) – foi o limite da perseguição movida por Davi contra os filisteus (2 Sm 5.25 – 1 Cr 14.16) – tomou-a e incendiou-a o rei Faraó, que a deu a sua filha, mulher de Salomão, sendo por este reedificada (1 Rs 9.15 a 17). Hoje é conhecida pelo nome de Tell-Jezer, distante alguns quilômetros ao sul de Ramlé. Pelas investigações feitas nas suas ruínas se vê que desde o ano 2500 (a.C.) até tempos recentes foi sempre habitada. Entre as coisas achadas se mencionam esqueletos de crianças que tinham sido sacrificadas, uma fileira de grandes pedras levantadas em relação com o culto do Sol, e uma língua de ouro, que lembra o caso de Acã (Js 7.21).
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gia
queda d´água catarata
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giane
Deus é cheio de bênçãos
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gibar
herói
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gibeá
Monte. 1. Cidade das montanhas de Judá (Js 15.57). 2. Gibeá de Benjamim. Aqui ocorreu aquele fato narrado nos caps. 19 e 20 do livro dos Juizes, que foi causa de ser quase extirpada a tribo de Benjamim – casa de Saul (1 Sm 10.26 – etc.) – dali mandou Jônatas desalojar de Gibeá os filisteus (1 Sm 13.2,3) – lugar onde foram enforcados sete filhos de Saul (2 Sm 21.1 a 9) – terra de três dos homens valentes de Davi (2 Sm 23.29 – 1 Cr 11.31 – 12.3) – e de Uriel (2 Cr 13.2) – foi ocupada pelo exército assírio, quando marchava para Jerusalém (is 10.29, uma passagem que mostra não serem o mesmo lugar Gibeá e Geba) – um centro de idolatria (os 5.8 – 9.9 – 10.9). Acha-se identificada com a moderna Tell-el-Ful, uma vila sobre a principal estrada que parte de Jerusalém na direção do norte. Em 1 Sm 7.1 se diz que a arca foi levada ‘à casa de Abinadabe, no outeiro’, isto é, em Gibeá (2 Sm 6.3).
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gibea-eloim
hebraico: monte de Deus
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gibeão
pertence a um monte
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gibeate
hebraico: altura
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gibeate-aralote
hebraico: colunas dos prepúcios
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gibeom
Ficava esta povoação à distância de oito quilômetros ao noroeste de Jerusalém, e estava edificada sobre um pequeno monte isolado e oblongo, no meio de uma rica planície, de terreno elevado, ‘a terra de Benjamim’. Uma das cidades principais dos heveus: os seus habitantes fizeram uma liga com Josué (Js 9.3 a 17). Por esta razão foi a cidade atacada por alguns reis cananeus, mas socorrida por Josué (Js 10) – coube à tribo de Benjamim, e foi cedida aos sacerdotes (Js 18.25 – 21.17) – foi teatro do reencontro entre os homens de Davi e os de is-Bosete sob o respectivo comando de Joabe e Abner, morrendo então Asael (2 Sm 2.12 a 17, 24 – 3.30) – ali também foi morto Amasa por Joabe (2 Sm 20.5 a 10), e Joabe por Benaia (1 Rs 2.28 a 34). Em Gibeom estava o tabernáculo da congregação nos reinados de Davi e Salomão (1 Cr 16.39 – 2 Cr l.3), achando-se a arca em Jerusalém (2 Cr 1.4) – foi visitada por Salomão, que ali entrou em grande pompa, no princípio do seu reinado (1 Rs 3.4 a 15 – 9.2 – 2 Cr 1.3 a 13) – e houve segunda visita a fim de ser removido para o templo o tabernáculo da congregação com os vasos sagrados (1 Rs 8.4) – ocuparam-na alguns daqueles que voltaram do cativeiro (Ne 3.7 – 7.25). Foi a residência de Ananias, o falso profeta (Jr 28.1) – e ali foram libertados por Joanã os cativos de ismael (Jr 41.12,16). o seu nome moderno é El-lib.
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gibetom
elevado
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gibleus
hebraico: povo da montanha
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gidalte
eu tenho magnificado
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gidalti
hebraico: eu engrandeci
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gideão
o talhador. Era filho de Joás, da tribo de Manassés – também foi chamado Jerubaal (Jz 6.32) e Jerubesete (2 Sm 11.21). Habitava na cidade de ofra, e foi escolhido por Deus de um modo muito extraordinário para libertar os israelitas do jugo dos midianitas, sob o domínio dos quais israel tinha sofrido pelo espaço de sete anos. As hordas rapaces e cruéis destruíam todos os anos os produtos da terra de Canaã, à exceção dos que podiam ser escondidos nos retiros fortificados das montanhas. o estratagema de Gideão foi bem pensado, para lançar a consternação nos arraiais de um grande exército indisciplinado. o brilho dos fachos, o ressonante alarido dos israelitas, e o toque das trezentas trombetas por entre os montes, tudo isso originou tal pânico, que deu motivo à terrível derrota dos midianitas. Foi Gideão o sétimo juiz de israel, que julgou os israelitas pelo espaço de cinqüenta anos. Recusou ser rei de israel. infelizmente deixou-se cair na idolatria, mandando fazer uma estola, ‘a qual veio a ser um laço a Gideão e à sua casa’. Todavia, é ele honrosamente mencionado na epistola aos Hebreus (11.32). (*veja Jz 6.14 a 27 – 8.1 a 24 etc.)
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gidel
muito grande
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gideon, gidon
cortador
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gideoni
hebraico: cortado
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gidom
Um corte. Lugar designado como limite de perseguição, movida contra Benjamim depois da batalha de Gibeá. Ficava, pois, entre Gibeá e a penha de Rimom (é hoje Rummon), cerca de cinco quilômetros ao oriente de Betel (Jz 20.45).
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gilalai
pesado
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gilboa
Cordilheira em issacar, ao ocidente do rio Jordão, onde foram derrotados e mortos pelos filisteus o rei Saul e o seu filho Jônatas (1 Sm 2S.4 – 31. 1,8 – 2 Sm 1.6,21 – 21.12 – 1 Cr 10.1, 8). Na vila de Jelbom, na parte meridional da serrania, ainda lá existe uma abundante nascente de água, donde, sem dúvida, se derivou o nome de Gilboa. os montes são estéreis mas há ricos vales para um e outro lado das serras. Há nove povoações nas rampas de Gilboa, sendo Jezreel a mais importante, atualmente conhecida pelo nome de Zerin.
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gilda
Aquela que tem valor, valorosa
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gileade
Região pedregosa. 1. Território montanhoso ao oriente do Jordão, ocupado por Gade, Rúben, e a meia tribo de Manassés – por vezes a palavra significa toda a região que fica ao oriente do rio Jordão (Dt 34.1 – Js 22.9 – Jz 20.1). o país era acidentado, rico de florestas, com ricas pastagens (Nm 32.1), e produzia especiarias e gomas aromáticas (Gn 37.25 – Jr 8.22 – 46.11). Ali acampou Jacó quando foi alcançado por Labão (Gn 31.21,25) – foi tomado pelos israelitas (Nm 21.24, 25, 32 a 35 – Dt 2.32 a 36 – 3.1 a 10) – era a terra de Jair (Jz 10.3) – de Jefté (Jz 11.1,7 a 11), e de Elias (1 Rs 17.1) – foi refúgio dos israelitas, quando se livravam dos filisteus (1 Sm 13.7), refugiando-se ali também os filhos de Saul (2 Sm 2.8, 9), e mais tarde Davi quando fugia de Absalão, que o seguiu até aqueles sítios (2 Sm 17.24,26) – e no reinado de Jeú foi o país de Gileade conquistado por Hazael, rei da Síria (2 Rs 10.33). o ‘bálsamo de Gileade’ era a seiva de uma árvore que cresce naquela região. É uma substância branca, viscosa, que depressa se coagula, e é de valor para cura de inflamações. No tempo de Alexandre Magno valia duas vezes o seu peso em prata. Maanaim, a capital meridional de Gileade, ainda hoje existe com o nome de Mukhmah. Ao norte havia o lugar de Jabes-Gileade, que hoje se chama Wadi-Yabir. Ao noroeste de Rabate-Amom, na parte sul, as ruínas de Jubeiá indicam o sítio de Jogbeá, sendo até este lugar que os midianitas foram perseguidos por Gideão (Jz 8.11). Sucote, para onde se dirigiu Jacó depois que Esaú se apartou dele, acha-se hoje identificado com Tell Der”ala, ao norte de Jaboque, e Mispa com Sufe. 2. A palavra Gileade também se encontra como nome de pessoa (Nm 26.29 – Jz 11.1 – 1 Cr 5.14).
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gileaditas
Um ramo da tribo de Manassés, descendendo de Gileade, ou habitando em Gileade (Nm 26.29 – Jz 12.4 – 2 Sm 17.27 – 1 Rs 2.7 – Ed 2.61 – Ne l.63).
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gilgal
Um círculo de pedras. 1. Foi o sítio onde, pela primeira vez, acamparam os israelitas, depois de terem atravessado o rio Jordão. Aqui foram levantadas as doze pedras que tinham sido tiradas do rio, e foram circuncidados aqueles que tinham nascido no deserto – e pela primeira vez se celebrou a Páscoa na terra de Canaã. E no mesmo lugar permaneceu um acampamento durante o primitivo período da conquista (Js 4.19,20 – 5.9, 10 – 9.6 – 10.6 a 43 – 14.6). Foi visitado por Samuel, quando era juiz (1 Sm 7.16). Ali foram oferecidos sacrifícios ao Senhor (1 Sm 10.8 – 11.14,15 – 13.4-15 – 15.12, 21) – Saul foi proclamado rei (1 Sm 11.14, 15) – e foi morto Agague, o amalequita (1 Sm 15.33). Àquele lugar se dirigiram os homens de Judá para apresentarem as suas saudações ao rei Davi, pela sua volta a Jerusalém depois da morte de Absalão (2 Sm 19.15 a 40). Foi ocupado depois da volta do cativeiro (Ne 12.29). No sítio de Gilgal acha-se agora a povoação de Tell Jiljul, distante sete quilômetros do rio Jordão, e 2.400 metros de Er-Riha (Jericó). 2. Uma cidade, distante dez quilômetros ao norte de Betel, donde partiram Elias e Eliseu antes da trasladação do primeiro, e para onde voltou Eliseu (2 Rs 2.1 – 4.38). Hoje o seu nome é Jiljilia. 3. o ‘rei de Gilgal’ foi derrotado por Josué (Js 12.23). Chama-se agora Jiljulia ao norte de Jope, e distante dez quilômetros de Antipatris. 4. Limite da parte setentrional de Judá, também com o nome de Gelilote, sendo, provavelmente, o mesmo que Gilgal de 1 (Js 15.7 – 18.7).
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giliote
hebraico: círculos
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gilo
emigração, exílio
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gilvania
Aglutinação de Gil e Vânia, cheia de juventude e esperança
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gimel
hebraico: 3 letra do alfabeto hebraico, camelo
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ginate
hebraico: jardim 1 Rs 16.22
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ginete
cavalo de boa raça, fino e bem cuidado
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ginetom
jardineiro
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gineton
hebraico: jardineiro
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ginzo
hebraico: abundante em sicomeros
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giom
Regato. 1. Um dos rios do Éden (Gn 2.13). 2. o lugar onde Salomão foi ungido e proclamado rei (1 Rs 1.33, 38, 45), no vale do Cedrom, ao oriente de Jerusalém (2 Cr 33.14) – havia ali uma nascente, cujas águas foram desviadas para a cidade de Davi, à aproximação do exército assírio (2 Cr 32.30).
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giovana
Forma italiana de Joana, Deus é cheio de bençãos, Deus é gracioso
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giovani
Forma italiana de João, Deus é cheio de bençãos, Deus é gracioso
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giovanna
Forma italiana de Joana, Deus é cheio de bençãos, Deus é gracioso
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girgaseus
Uma das tribos que estavam de posse de Canaã quando este país foi invadido pelos filhos de israel (Gn 10.16 – 15.21 – Dt 7.1 – Js 3.10 – 24.11 – 1 Cr 1.14 – Ne 9.8). o território dos girgaseus ficava ao ocidente do rio Jordão.
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gisela
Garantia, penhor, jovem loura
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giselda
Garantia, penhor, jovem loura
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gispa
bajulação, ou atenção
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gitaim
dois lugares
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giulia
Aquela que é brilhante, cheia de juventude
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giuliana
Aquela que é brilhante, cheia de juventude
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giulianna
Aquela que é brilhante, cheia de juventude
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giuliano
Aquele que é brilhante, cheio de juventude
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gizonita
hebraico: lavrador de pedra
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glaucia
Verde claro
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glauco
Verde-azulado
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globalização
O inter-relacionamento e internacionalização da economia, política, cultura, informação e de outras atividades humanas, entre todos os países do mundo.
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glória
Qualidade essencial do caráter de Deus (Sl. 63.2); sua glória é o sue valor, a sua dignidade. Tudo o que há nele comprova ser ele digno de receber louvor, honra e respeito. No NT, Jesus é revelado como o Senhor da glória (1Co 2.8). Na Bíblia, glória está muitas vezes associada a brilho ou esplendor (Lc 2.9).
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glutão
Pessoa que costuma comer demais.
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gnosticismo
Em grego significa conhecimento. Movimento filosófico-teológico que considera o conhecimento como decisivo para a salvação. Nasce antes do cristianismo com elementos de diversas culturas antigas. Adquire força no mundo judeu e heleno desde o século I a. C. e se prolonga, também com elementos cristãos, até o século IV d.C. É dualista; o espírito deve ser libertado do cárcere da matéria por meio do conhecimento em etapas sucessivas.
Posteriormente várias seitas heréticas, como os docetas e os valentinianos, embora divergentes entre si, professaram idéias gnósticas, que incluíam uma visão negativa da criação, negação da encarnação, da morte e da ressurreição de Cristo, substituição dos sacramentos por ritos gnósticos mágicos, mudança do cânon das Escrituras etc.
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goa
mugido
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goata
hebraico: mugido
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gobe
cavidade
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godalias
hebraico: engrandecido pelo Senhor
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godofreda
Aquela que é protegida por Deus
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godolias
o Senhor mostrou sua grandeza
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gogue
hebraico: telhado alto, extensão
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gogue e magogue
Ezequiel 38:1 profetizou sobre a vinda de um terrível rei, Gogue, da terra de Magogue, para opor o povo restaurado de Deus. Os capítulos 38 e 39 descrevem a preparação dos exércitos que apoiaram Gogue, o seu ataque contra o povo de Deus e a sua repentina derrota por Deus. As nações que iam participar com Gogue na batalha representam diversos povos gentios. É interessante notar que a maioria desses nomes vem de Gênesis 10, das listas de descendentes de Jafé e Cam. Nenhum deles se encontra na lista dos descendentes de Sem.
A linhagem da promessa é traçada através de Sem. Abraão, Davi e Jesus são descendentes de Sem. Jafé e Cam, por sua vez, eram antepassados de muitas nações ímpias, conhecidas geralmente como gentios. Essas informações esclarecem para nós a simbologia de Ezequiel 38 e 39. Os exércitos de Gogue de Magogue representam os inimigos do povo de Deus tentando derrubar Israel restaurado.
Nada no contexto (um livro que usa um estilo apocalíptico) sugere que Gogue seria uma determinada pessoa histórica. Capítulo 37 é simbólico (ele fala da ressurreição de pessoas num vale cheio de ossos secos). Capítulos 40-48, também, são simbólicos (falam de uma cidade especial e um templo figurado que representam a presença de Deus no meio de seu povo redimido). No mesmo estilo, o profeta usa Gogue para representar a ameaça dos ímpios que tentariam derrotar o reino de Deus.
Numa profecia menos detalhada, Gogue e Magogue reaparecem em Apocalipse 20:8-10. Esta vez, Satanás é visto como o líder verdadeiro deles. O resultado é o mesmo: a súbita e decisiva vitória das forças de Deus. Como foi o caso em Ezequiel, o contexto no Apocalipse usa linguagem figurada, e não sugere uma pessoa específica e histórica.
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golã
exílio
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gólgata
caveira
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gólgota
Caveira. É o nome hebraico do sítio onde Cristo foi crucificado (Mt 27.33 – Mc 15.22 – Jo 19.17). (*veja Calvário.)
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golias
Famoso gigante de Gate, que desafiou o exército de israel, e foi morto e despojado por Davi, sendo este um adolescente (1 Sm 17). A sua altura era de seis cúbitos e um palmo. Como o comprimento do cúbito variou em diversas épocas entre 0,450 m e 0,475 m, podemos dar ao gigante a altura de aproximadamente 3 metros. Davi, depois da sua vitória, cortou a cabeça de Golias, e a trouxe para Jerusalém, pondo as armas dele na sua tenda (1 Sm 17.54).
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gômer
2 lts. (secos)
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gomorra
Submersão. Uma das cinco cidades da planície (Gn 10.19 – 13.10), que se opuseram à invasão de Quedorlaomer (Gn 14.2 a 11) – foi destruída com fogo e enxofre (Gn 19.24, 28) – era proverbial a sua maldade (Gn 18.20 – Dt 29.23 – 32.32 – is 1.9, 10 – Jr 23.14 – 49.18 – Rm 9.29) – o que lhe aconteceu foi um aviso contra o pecado (Dt 29.23 – Mt 10.15 – Mc 6.11 – 2 Pe 2.6 – Jd 7) – e nela foi visto um precedente para a destruição de Babilônia, de Edom, de Moabe e de israel (is 13.19 – Jr 50.40 – Jr 49.18 – Sf 2.9 – Am 4.11). As cidades da planície estavam situadas no vale do Jordão, perto da extremidade norte do mar Morto. Todas essas cidades foram envolvidas na terrível catástrofe, à exceção de Zoar, que tem sido identificada com a moderna Tell esh-Shaghur, nas faldas dos montes de Moabe.
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goncalo
Aquele que se preserva, mesmo estando no combate
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gonzos
Dobradiça
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gordura
Era proibido comer certas porções da gordura dos animais que tinham sido oferecidos em sacrifício, visto como, sendo a gordura a parte mais rica do animal, pertencia ao Senhor (Lv 3.3, 9, 16, 17 – 7.3, 23). outras partes da gordura de animais sacrificados e a gordura de outros animais, a não ser que eles tivessem morrido de doença ou houvessem sido despedaçados pelas feras, podiam ser comidas (Lv 7.24). os hebreus apreciavam muito as carnes gordas (1 Rs 4.23 – Jr 46.21 – Lc 15.23).
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gorem
hebraico: espinheiro
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gorgias
grego: campestre
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gosem
hebraico: talhado, malhado
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gósen
1. Fértil território na parte oriental do Baixo-Egito, onde se estabeleceu Jacó e sua família, e onde permaneceram os seus descendentes até ao Êxodo (Gn 45.10 – 46.28 a 34 – 47.1 a 6, 27 – 50.8 – Êx 8.22, 9.26). Quando os hebreus ali se estabeleceram, não era aquela região uma província organizada, que estivesse ocupada por uma população agrícola, mas um amplo espaço de terra pantanosa que podia ser dada pelo rei aos estrangeiros, sem ofensa para os nacionais. Com o aumento da população deu-se o nome de Gósen a um grande espaço de território, cujos limites podemos julgar que se estendiam desde o ramo tanítico do Nilo, na parte oriental do delta, até ao deserto do mar Vermelho. 2. Certa região ao sul da Palestina, tomada por Josué (Js 10.41 – 11.16). 3. Cidade das terras montanhosas de Judá (Js 15.51).
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gotoniel
hebraico: vinhateiro
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gozã
Território para onde os israelitas foram levados cativos pelos assírios (2 Rs 17.6 – 18.11 – 19.12 – 1 Cr 5.26 – e is 37.12) – trata-se, provavelmente, daquela região notavelmente fértil, banhada pelo Habor, que corre pela Mesopotâmia para o Eufrates.
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graça
No A.T. significa favor, especialmente na frase ‘achar graça’ (Gn 6.8, etc.). No N.T. é aquele favor que o homem não merece, mas que Deus livremente lhe concede – algumas vezes é posta em contraste com a lei (Rm 6.14) – e também exprime a corrente de misericórdia divina, pela qual o homem é chamado, é salvo, é justificado, e habilitado para viver bem e achar isso suficiente para ele (Gl 1.15 – Ef 2.8 – Rm 3.24 – 1 Co 15.10 – 2 Co 12.9).
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grace
Deusas da mitologia que tinham o dom de agradar
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graciliana
Franzina, pequena
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graciliano
Franzino, pequeno
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gradar
Ir arando
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grade
l. A grade judaica para desterroar a terra constava, como atualmente, de uma pesada prancha em bruto, tendo de um e doutro lados pedras agudas, ou pregos de ferro com o fim de desfazer os duros torrões. Este instrumento era puxado por bois, estando o lavrador em cima, para com o seu peso ficar a terra bem quebrada e preparada para receber a semente (is 28.24). Algumas vezes se usava um objeto ainda mais primitivo, isto é, um cepo, ou um ramo de árvore, que era arrastado pelo chão áspero. Também se empregava a grade como instrumento de castigo ou de tortura (2 Sm 12.31), se de torturas se trata nesta passagem, e não propriamente de formas de trabalhos. 2. A grade pela qual olhava a mãe de Sísera (Jz 5.28), era simplesmente uma janela estreita. Em Ct 2.9 trata-se de um trabalho de rede, diante da janela.
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gral
objeto de madeira que se emprega para se pisar o grão. Nas casas de pessoas abastadas eram de metal o gral e o pilão. Quando o maná caía no deserto, os israelitas trituravam-no no moinho, ou pisavam-no no gral, até que ficava em boas condições para servir na alimentação (Nm 11.8). Também hoje é usado pelos árabes o gral de pedra para moer trigo. o gral de P*veja 27.22, em que o louco devia ser calcado, era de uma espécie muito maior. (*veja Moinho.)
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granjear
Atrair; conquistar
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grão
As espécies mais vulgares de grão, que a Escritura menciona, são o trigo, a cevada, a espelta e o milho. A aveia não é mencionada. o trigo era fragmentado em casa para fins domésticos (2 Sm 4.6). Desde o tempo de Salomão foi a Palestina um pais exportador de trigo, e para Tiro era levado este produto em grande abundância (2 Cr 2.10, 15 – Ez 27.17). (*veja Agricultura.)
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grassar
Desenvolver; alastrar, propagar progressivamente.
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gravitar
Andar à volta de um astro, atraído por ele; seguir (uma coisa ou pessoa) o destino de outra, em situação secundária.
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grécia
País situado ao sudeste da Europa, mas pouco conhecido dos hebreus – nas primitivas Escrituras acham-se referência à Grécia sob os títulos de ‘Javã’ (isto é, Jônia), Quitim, etc. os seus habitantes compraram os israelitas como escravos (Ez 27.13 – J13.6) – foi predito por Daniel a sua extensão e poder (Dn 8.21 – 10.20 – 11.2) – e em Zacarias se anuncia que os judeus fariam oposição aos gregos (Zc 9.13). Foi o centro de trabalhos evangelistas (At 20.2). os pontos de direto contato entre a Grécia e a Palestina são poucos e obscuros. Alexandre Magno visitou a cidade de Jerusalém depois do cerco de Tiro, tratando o sumo sacerdote e a religião judaica com grande respeito. Um fato da maior importância, para o desenvolvimento da obra evangélica, foi a existência do grego como meio de geral comunicação na Ásia ocidental, durante o período do ministério de Jesus e dos trabalhos apostólicos.
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gregoriana
Vigilante, cuidadosa
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gregoriano
Vigilante, cuidadoso
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gregos, helenistas
Este termo no N.T. (Helênicos) denota ou os naturais da Grécia, ou, mais geralmente, os gentios, os que não eram judeus (Rm 1.14 – 1 Co 1.24 – etc.). Deve-se distinguir cuidadosamente do termo ‘helenistas’, que se acha traduzido por ‘gregos’ em At 6.1, 9.29, e 11.20. Estes eram judeus que falavam a língua grega, e que se achavam dispersos por vários povos. Em At 11.20 a versão é incerta, como que entre ‘gregos’ e ‘judeus gregos’ que constitui um problema de grande interesse para a interpretação da narrativa do escritor, quanto à extensão que o Evangelho foi gradualmente alcançando até chegar aos gentios. (*veja Dispersão.)
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grei
Rebanho de gado miúdo; partido; sociedade
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grilhão
Corrente que prende os condenados; cadeia, algema.
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griselda
Velha heroína
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grou
is 38.14 e Jr 8.7. o grou é uma ave de arribação, bem conhecida na Palestina e que tem uma voz alta, melancólica e rouquenha. Bandos de grous, em quantidades de milhares, dirigem-se no inverno a certos sítios do deserto, ao sul, bem conhecidos como lugares de poleiro, para ali se conservarem.
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guaraci
Sol
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guarida
Abrigo, refúgio, amparo.
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guarnição
Tropa
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gud-goda
hebraico: monte de Gada, caverna do trovão
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guel
hebraico: majestade de Deus
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guerra
As circunstâncias em que vivia o povo hebreu, levavam-no a freqüentes guerras, e pelas narrativas do A.T. se podem conhecer as condições sob as quais se pelejava nesses tempos. Antes de entrarem na luta, as nações pagãs consultavam os seus oráculos, adivinhos, necromantes, e também a sorte (1 Sm 28.3 a 10 – Ez 21.21). os hebreus, a quem eram proibidos atos deste gênero, costumavam, na primitiva parte da sua história, interrogar a Deus por meio de Urim e Tumim (Jz 1.1 – 20.27, 28 – 1 Sm 23.2 – 28.6 – 30.8). Também costumavam levar a arca para o campo (1 Sm 4.4 a 18 – 14.18). Depois do tempo de Davi, os reis que governavam na Palestina consultavam segundo a sua crença religiosa, ou segundo os seus sentimentos, os verdadeiros profetas, ou os falsos, com respeito ao resultado da guerra (1 Rs 22.6 a 13 – 2 Rs 19.2, etc.). Eram, também, oferecidos sacrifícios, e em virtude desses atos se dizia que os soldados se consagravam eles próprios à guerra (is 13.3 – Jr 6.4 – 51.27 – Jl 3.9 – ob 9). Há exemplos de formais declarações de guerra, e algumas vezes de prévias negociações (Jz 11.12 a 28 – 2 Rs 14.8 – 2 Cr 25.27) – mas isto nem sempre era observado (2 Sm 10.1 a 12). Quando o inimigo fazia uma incursão repentina, ou quando a guerra principiava inesperadamente, era dado ao povo o alarma por mensageiros mandados com rapidez a toda parte – e então soavam as trombetas de guerra, tremulavam os estandartes nos lugares mais altos, clamavam vozes reunidas sobre as montanhas, formando eco de cume para cume (Jz 3.27 – 6.34 – 7.22 – 19.29, 30 – 1 Sm 11.7,8 – is 5.26 – 13.2 – 18.3 – 30.17 – 62.10). As expedições militares começavam geralmente na primavera (2 Sm 11.1), e continuavam no verão, indo no inverno os soldados para os quartéis. Quanto aos exércitos romanos, permaneciam fumes e vigilantes em ordem de batalha, prontos a receber o golpe dos adversários: a esta prática pode haver alusões nas seguintes passagens: 1 Co 16.13 – Ef 6.14. os gregos, enquanto estavam ainda distantes do inimigo algumas centenas de metros, começavam o cântico de guerra: alguma coisa que a isto se assemelha, se vê em 2 Cr 20.21. Levantavam então vivas, o que também se fazia entre os hebreus (Js 6.5 – 1 Sm 17.52 – is 5.29, 30 – 17.12 – Jr 4.19 – 25.30). o grito de guerra, em Jz 7.20, era ‘Espada pelo Senhor e por Gideão’. Nalguns exemplos soltavam clamores terríveis. A simples marcha dos exércitos com a suas armas, carros e atropeladoras corridas de cavalos, ocasionava uma confusão terrível, cujo barulho é comparado pelos profetas ao bramido do oceano e à queda de caudalosas correntes (is 9.5 – 17.12,13 – 28.2). os vitoriosos no combate ficavam extremamente excitados na sua alegria – as aclamações ressoavam de montanha para montanha (is 42.11 – 52.7, 8 – Jr 50.2 – Ez 7.1 – Na 1.15). o povo, guiado pelas mulheres, saía ao encontro dos conquistadores, com cânticos e danças (Jz 11.34 a 37 – 1 Sm 18.6, 7). Cânticos de vitória eram entoados em louvor aos vivos – e recitavam-se elegias pelos mortos (Êx 15.1 a 21 – Jz 5.1 a 31 – 2 Sm 1.17 a 27 – e 2 Cr 35.25). Levantavam-se monumentos em memória do triunfo obtido (1 Sm 7.12, e segundo alguns intérpretes, 2 Sm 8.13), e eram penduradas as armas do inimigo como troféus, no tabernáculo (1 Sm 31.10 – 2 Rs 11.10). os soldados merecedores de recompensas pelos seus feitos eram honrados com presentes, e proporcionava-se-lhes a ocasião de realizarem honrosos enlaces matrimoniais (Js 14 – 1 Sm 17.25 – 28.17 – 2 Sm 18.11).
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guerra fria
Estado de tensão política entre os Estados Unidos e a antiga União Soviética após a Segunda Guerra Mundial.
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guerras do senhor (livro das)
Faz-se na Bíblia uma citação desta desconhecida coleção de hinos acerca das guerras, sustentadas por israel no nome do Senhor (Nm 21.14,15). É, talvez, uma parte do livro dos Justos.
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guigal
hebraico: removendo
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guilhermina
Protetora voluntária
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guimel
hebraico: 3 letra hebraico, camelo
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gume
hebraico: cume
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gumes
O lado afiado de instrumento de corte; perspicácia, agudeza.
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guní
pintado de cores
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gur
hebraico: residência, leãozinho
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gur-baal
hebraico: residência de Baal
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gusmu
hebraico: chuva
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gustavo
Bastão de combate
H
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ha
hebraico: calor, queimado
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haastari
mensageiros
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haasttari
hebraico: tropeiro
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haba
hebraico: Ele será escondido
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habacuque
Foi profeta, autor do livro que tem seu nome. Pouco se conhece ao certo a respeito da sua personalidade e do tempo em que viveu e nada se sabe relativamente à sua tribo, ao seu parentesco, e à sua ocupação. Visto que não faz menção da Assíria, mas fala do poder caldaico, que ia crescendo com rapidez espantosa, conclui-se disso que ele profetizou em Judá durante o reinado de Joaquim pouco antes da invasão de Nabucodonosor (1.6; 2.3). E por isso devia ter sido contemporâneo de Jeremias. *veja um exemplo das lendas, que a seu respeito corriam entre os judeus no livro apócrifo, Bel e o Dragão, vers. 33 a 39.
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habacuque (livro de)
os assuntos destelivro podem dividir-se em duas partes. os caps. 1 e 2 descrevem os pecados de Judá; e anunciam que o povo havia de ser castigado pelos caldeus, mas estes sofreriam grande ruína, pronunciando o profeta cinco vezes a palavra ‘ai!’ contra eles (veja v*veja 6 a 20). Depois disto o profeta conclui o seu livro com um sublime cântico de louvor e oração. Este salmo, que foi evidentemente escrito para ser usado no culto público, tinha por objeto levar consolação aos piedosos judeus, quando se esperavam grandes calamidades. A libertação pela misericórdia de Deus em tempos futuros seria tão notável como o tinha sido em tempos passados no monte Sinai. A profecia de Habacuque se torna notável, de uma maneira especial, pela declaração que faz da importante verdade adotada pelo apóstolo Paulo, como base dos seus sublimes ensinamentos: ‘o justo viverá pela sua fé’ (Hc 2.4; Rm 1.17). (*veja Fé) Além da profunda declaração em 2.4, são por ele empregadas também duas proposições com significação evangélica; o aviso em 1.5, que é citado por S. Paulo em Antioquia (At 13.40,41); e a visão certa, embora sem determinação de tempo (2.3) a que se faz alusão em Hb 10.37. Há, também, semelhança entre 2.11 e Lc 19.40; e entre 3.18 e Lc 1.47.
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habaias
proteção de Jeová
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habazinaias
hebraico: quem o Senhor fez escudo
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habezinas
candeeiro de Jeová
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habib
Amor, querido
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habor
Junção. Um rio de Gozã, que nascendo no montanhoso distrito da Mesopotâmia, corre para o Eufrates. Ele banhava o território para onde foram levados cativos os israelitas pelos assírios (2 Rs 17.6 – 18.11 – 1 Cr 5.26). A transportação das dez tribos foi começada por Tiglate-Pileser, e completada por Salmaneser. o nome de Habor acha-se hoje mudado para Kabour. A região de ambos os lados do rio está coberta de ruínas das cidades assírias.
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hacalias
hebraico: esperar por Jeová ou Jeová ocultou
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hacamom
hebraico: muito sábio
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hacata
hebraico: pequenez
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hacmoni
sabio
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hacoz
Espinho. Sacerdote nomeado por Davi para o serviço do santuário (1 Cr 24.10). o nome é, na realidade, Coz, visto que Ha é um artigo definido, que duplica a primeira letra. Esta palavra ocorre, também, mas sem o prefixo, em Ed 2.61.
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hacufa
curvado, curva
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hadabe
hebraico: chefe ou pai
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hadade
(Talvez ‘o que lança o raio’.) o título do deus do Tempo, a que se prestava culto na Palestina e na Síria. 1. Filho de ismael, que também se chamava Hadar (Gn 25.15 – 1 Cr 1.30). 2. Filho de Bedade, rei de Edom, sendo Avite, a capital deste pais (Gn 36.35 – 1 Cr 1.46). 3. outro rei, o último dos reis de Edom. Depois da sua morte, os governadores do país tiveram o nome dos príncipes (1 Cr 1.51). Em Gn 36.39 é chamado Hadar. A sua principal cidade era Pai ou Pau (1 Cr 1.50). 4. o Filho de Bedade, rei de Edom. Foi levado para o Egito pelos servos do seu pai, quando Joabe, general das tropas de Davi, extirpou a todo o varão em Edom. Hadade era apenas então uma criança. o rei do Egito deu-lhe posição, casa e terras, e casou-o com a irmã da sua própria mulher. Depois da morte de Davi, desejou Hadade voltar ao seu país. Faraó procurou detê-lo no Egito, porque uma forte amizade se manifestava entre as famílias de ambos, mas por fim consentiu na sua partida. Voltando para Edom, começou Hadade a levantar embaraços a Salomão – não sabemos sobre isso nenhuma particularidade (1 Rs 11.14 a25).
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hadadezer
Hadade é um auxílio. Rei de Zobá a quem Davi derrotou (2 Sm 8.3 – 1 Rs 11.23). Nas Crônicas é chamado de ‘escudos de ouro’, etc., foi levado para Jerusalém, e consagrado ao serviço de Deus (1 Cr 18.3,4,7). Mais tarde em Helã, estando novamente em guerra com Davi, foi outra vez vencido (2 Sm 10.16 – 1 Cr 19.16), tornando-se os seus aliados súditos do rei de israel. (*veja Zobá.)
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hadadrimom
Hadade Rimom. Se trata de um lugar, é aquele em que houve grande lamentação no vale de Megido, pelo fato de ali ter morrido Josias em resultado das feridas que recebeu na batalha com os egípcios (Zc 12.11 – *veja 2 Rs 23.29 – 2 Cr 35.22). Tem sido identificado com Rumané. Mas talvez essa lamentação tenha sido por causa do deus Tamuz, que é possível tivesse o nome dos dois deuses Hadade e Rimom.
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hadadrimon
persa: chefe de Romão
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hadar
circulante, poderosa
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hadarezer
hebraico: Hadade é ajuda/auxílio ou majestade
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hadasa
nova
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hadassa
murta
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hadata
nova
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hades
Palavra grega que se refere ao local dos mortos, à semelhança da palavra hebraica Seol.
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hadide
Aguçada. Cidade que foi ocupadadepois da volta do cativeiro (Ed 2.33 – Ne 7.37 – 11.34). É hoje Haditheh, distante cinco quilômetros ao oriente de Lida.
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hadlai
hebraico: frágil, ou abandonado pelo Senhor
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hadora
hebraico: raça elevada
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hadorão
hebraico: raça elevada
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hadraque
habitação
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hafaraim
duas covas
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haferré
arrebatar
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haftará
Lit. “passagem final”; Passagem dos Profetas lida na sinagoga após a leitura do da Torá.
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hagaba
gafanhoto
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hagabe
hebraico: gafanhoto
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hagadá
“Narrativa”; leitura de passagens que relatam a história do povo judeu e sua saída do Egito.
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hagar
Escrava egípcia, pertencente a Sara, e por esta cedida a Abraão para que lhe desse filho (Gn 16). Hagar, quando viu que era mãe, sendo a sua senhora mulher estéril, ficou tão entusiasmada que chegou a irritar Sara – e então foi a escrava compelida a abandonar as tendas de Abraão e a esconder-se no deserto. Um anjo a encontrou e a aconselhou a voltar para casa, submetendo-se a Sara. Para comemorar esta visão (Gn 16.14), deu-se ao lugar o nome de Beer-Laai-Roi. Quando seu filho ismael tinha quatorze anos, e Sara estava celebrando com grande regozijo o ato de desmamar o seu filho isaque, outra vez Hagar insultou a sua senhora. Percebendo Abraão que as duas mulheres não podiam viver juntamente, despediu Hagar a pedido de Sara, e desta vez definitivamente (Gn 21.14). No deserto é ismael miraculosamente salvo da morte. os árabes, que são os descendentes de ismael, chamam a Hagar ‘a mãe Hagar’, e sustentam que ela era esposa legítima de Abraão. o apóstolo Paulo toma Hagar como um símbolo do antigo pacto (Gl 4.22), sendo os seus descendentes segundo a Lei escravos como o era ela. Mas Sara era livre e como tal era figura de Jerusalém celestial – e sendo assim, o cristão é avisado para que não esteja preso à Lei de Moisés, correndo o perigo de ser também banido com Hagar e ismael. (*veja ismael, Abraão. )
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hagarenos
São estes os ismaelitas, descendentes de Hagar, os quais foram derrotados no tempo de Saul pelos rubenitas (1 Cr 5.10,19,20). Que eles eram um povo nômade, vê-se no fato de constar o despojo principalmente de tendas e camelos (Sl 83.6). o maioral dos que guardavam os rebanhos de Davi era Jaziz, o hagareno (1 Cr 27.31). Em tempos posteriores aplicou-se o termo hagarenos aos muçulmanos, que com os árabes se dizem descendentes de Hagar.
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hageri
hebraico: vagabundo
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hagi
festivo
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hagias
festival de Jeová
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hagite
nascida numa festa
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hagos
Feliz
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hagui
hebraico: festivo
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haidiai
descanso de Deus
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hala
hebraico: junto a, unido
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halaca
hebraico: monte calvo, liso, nu
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halachá (pl. halachot)
Compêndio das leis judaicas; uma lei específica
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haláchica
Pertinente à halachá, lei; de origem legal.
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halaque
hebraico: monte calvo, liso, nu
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halcalias
a quem Jeová obscureceu
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haldraque
persa: esférico ou volta periódica
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halel
“Cânticos de Louvor”; Recita-se cânticos de agradecimentos a D’us.
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hali
colar
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haloés
encantador
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halosete
hebraico:
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halul
trepidação
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hamã
Hamã, filho de Hamedata, o agagita (Et 3.1), era o vizir do rei Assuero. Ele intentou a destruição de todos os judeus do império da Pérsia, para se vingar de uma desconsideração que lhe tinha feito Mordecai, um judeu, tio da rainha Ester. Mordecai instou com a rainha para que intercedesse junto de Assuero pelo livramento dos israelitas. Mas tudo o que o rei podia fazer, visto como o decreto já tinha sido assinado, era pendurar Hamã naquela mesma forca que tinha sido preparada para Mordecai e publicar outro decreto, permitindo aos judeus que se defendessem a si próprios. os judeus modernos têm por costume dar o nome de Hamã a qualquer inimigo comum. Quando pela festa do Purim é mencionado o nome de Hamã nas sinagogas da Rússia, há pateada e fazem barulho com argolas, já preparadas para esse fim. (*veja Ester, Pur, Purim.)
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hâmas
violência
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hamate
Fortaleza ou recinto sagrado. Cidade e reino da alta Síria, no vale de orontes – sendo a ‘entrada de Hamate’ na extremidade norte do Líbano, trata-se do sítio que fica entre a montanha e a cordilheira de Bargilus (Nusairiyeh) ao norte. Era o limite daquele território, cedido aos israelitas (Nm 13.21), ainda que a verdadeira possessão estava muito abaixo desse limite. No tempo de Davi, o nome aparece de novo, quando o rei Toi mandou felicitar ao rei israelita por ter derrotado Hadadezer, o seu inimigo comum (2 Sm 8.9,10). Que Hamate fazia parte dos domínios de Salomão, depreende-se do fato de ter o sábio rei edificado ali cidades-armazéns (2 Cr 8.4 – *veja também 2 Rs 14.28). Por morte de Salomão, tornou-se outra vez estado livre, e conservou a sua independência até que o rei Jeroboão a tomou, destruindo as suas fortificações (2 Rs 14.28). Mais tarde fez parte do império da Assíria (2 Rs 18.34 – is 10.9), passando depois para o poder dos caldeus no tempo de Zedequias (Jr 39.5 – 49.23 – 52.9,27). Não somente era um importante centro comercial, mas também se tornara notável em virtude do seu sistema de irrigação por meio de grandes rodas, que faziam subir a água do rio orontes para ser levada à cidade alta. É hoje conhecida pelo nome de Hama.
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hamate-dor
grego: fontes quentes de Dor
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hamate-zoba
hebraico: fortaleza de Zoba
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hamedadta
hebraico: dobrado
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hameleque
o rei
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hamelequete
a rainha
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hamilcar
Graça de Hércules
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hamilton
De aparência orgulhosa
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hamolequete
hebraico: rainha
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hamom
quente
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hamom-gogue
hebraico: multidão de Gogue
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hamoná
multidão
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hamor
Jumento. Um heveu, a quem Jacó comprou uma porção de terreno (Gn 33.19 – Js 24.32). Era o pai daquele príncipe, Siquém, que praticou um ato ofensivo e funesto contra Dina (Gn 34).
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hamuel
calor de Deus
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hamul
aquele que experimentou misericórdia
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hamurábi
o quente
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hamutal
refrescante como o orvalho
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hanã
Gracioso. Havia muitas pessoas com este nome, que é uma forma abreviada de diversas palavras compostas, em que entra o nome de Deus, querendo o vocábulo significar a graça de Deus, como Elanã, Hananias, etc. l. Filho de Sasaque, pertencente à tribo de Benjamim (1 Cr 8.23). 2. indivíduo, descendente de Saul (1 Cr 8.38 e 9.44). 3. Um dos heróis de Davi (1 Cr 11.43). 4. Um dos que voltaram do cativeiro com Zorobabel (Ed 2.46 – Ne 7.49). 5. Levita, que auxiliava no culto, quando Esdras lia a Lei (Ne 8.7). 6. Levita que selou o pacto com Neemias e o povo. É possível que seja o mesmo do número 5 (Ne 10.10 – 13.13). 7. Chefe de uma família que assinou o pacto (Ne 10.22). 8. outro chefe de uma família que também assinou na mesma ocasião (Ne 10.26). 9. Filho de Jigdalias, que parece ter sido o chefe de uma corporação de profetas que tinha uma câmara no templo (Jr 35.4).
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hanameel
Graça de Deus ou Deus é bondade. Filho de Salum e primo de Jeremias, o profeta. Jeremias mostrou a sua fé, comprando a Hanameel um campo em ocasião de grande inquietação e incerteza, quando a Judéia estava dominada e Jerusalém era ameaçada pelos caldeus (Jr 32.7 a 12).
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hananeel
Deus é clemente. Uma das torres que estavam sobre a muralha de Jerusalém, tendo recebido o seu nome do homem que a edificou (Ne 3.1 – 12.39 – Jr 31.38). A sua situação era entre a porta do gado e a porta do peixe. Uma vez mais se faz menção desta torre em Zc 14.10.
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hananeel ou hananel
hebraico: Deus tem sido gracioso
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hanâni
Deus compadeceu-se
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hanani: o senhor é clemente
1. Videntede Davi, e chefe de um turno ao serviço do santuário (1 Cr 25.4,25). 2. Censurou o rei Asa por ter confiado no rei da Síria, Ben-Hadade (2 Cr 16.7 a 10). Provavelmente é o mesmo indivíduo que o seguinte. 3. o pai de Jeú um vidente, que falou contra Baasa (1 Rs 16.1), e Josafá (2 Cr 19.2 e 20.34). 4. Um sacerdote (Ed 10.20). 5. irmão de Neemias que o fez governador de Jerusalém (Ne 1.2 – 7.2). 6. Sacerdote e músico, que prestou o seu auxílio na dedicação dos muros de Jerusalém (Ne 12.36).
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hananias
o Senhor é clemente. Este nome é a forma original de Ananias. l. Um dos três jovens, pertencentes à tribo de Judá e membros da família real, os quais, sendo levados cativos para Babilônia, foram escolhidos para serem instruídos na ciência dos caldeus e postos ao serviço de Nabucodonosor. o seu nome foi mudado para Sadraque. Ele recusou-se a prestar culto à imagem de ouro (Dn 1.7 – 3.12). (*veja Daniel – Sadraque.)2. Chefe do 16º turno de músicos ao serviço do templo. Era um dos quatorze filhos de Hemã, o cantor, que se empregavam em exaltar pelas cornetas o poder de Deus (1 Cr 25.4,23). 3. Capitão do exército de Uzias (2 Cr 26.11). 4. Pai de Zedequias, era um dos príncipes do tempo de Jeoaquim (Jr 36.12). 5. Falso profeta de Gibeom, que no reinado de Zedequias anunciou, diante de Jeremias e de todo o povo, que dentro de dois anos haviam de voltar a Jerusalém os cativos e também todos os vasos do templo que Nabucodonosor tinha levado para Babilônia (Jr 28.1 a 17). Jeremias replicou profetizando, que em lugar de um jugo de madeira devia ser posto sobre o povo um jugo de ferro pelo espaço de setenta anos, e que o próprio Hananias morreria dentro de um ano por ter resistido à vontade do Senhor. 6. Avô de Jerias, um capitão que tinha a seu cuidado a porta de Benjamim. Ele prendeu Jeremias, porque tinham acusado este profeta de querer desertar para os caldeus (Jr 37.13). 7. Filho de Sasaque (1 Cr 8.24). 8. Filho de Zorobabel ( 1 Cr 3.19,21). 9. Um dos que tinham casado com mulheres estrangeiras (Ed 10.28). 10. indivíduo que acumulava os cargos de perfumista e de sacerdote (Ne 3.8). Ele estava encarregado de preparar o óleo sagrado e o incenso. 11. Homem que trabalhou nas obras dos muros de Jerusalém (Ne 3.30). Talvez o mesmo indivíduo que o de nº 9. 12. Principal da fortaleza de Jerusalém, ‘porque era homem fiel e temente a Deus’ (Ne 7.2). 13. o nome de uma família cujo chefe selou o pacto (Ne 10.23). 14. Sacerdote, quando Joaquim era sumo sacerdote, cerca do ano 480 a.C. (Ne 12.12,41).
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hanatom
hebraico: benigno, grande graça, ou olhando com favor
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handrão
hebraico: inexperiência
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hanes
hebraico: hieroglifico, sun chenen, mercúrio
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haniel
favor, ou graça de Deus
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haninel
hebraico: graça de Deus
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hanom
compadecer-se
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hanoque
hebraico: dedicado
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hanucá
Festa judaica que celebra a restauração do templo.
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hanum
Favorecido. Filho de Naás, rei dos amonitas. Davi tinha recebido favores do rei Naás, e por isso, quando este morreu, mandou os seus servos a Hanum com uma mensagem de simpatia. Julgou Hanum que os mensageiros eram espias, e então praticou uma ação grandemente insultuosa, mandando-lhes tirar metade da barba, e cortar os seus vestidos até ao alto das coxas. E desta forma os despediu, duplamente ridículos. Voltando eles ao seu país e ouvindo Davi a sua história, mandou que ficassem em Jericó até que as suas barbas crescessem de novo – e preparou a guerra, na qual morreram numerosos amonitas (2 Sm 10.1 a 4 – 1 Cr 19.2 a 6). 2. Um reparador da Porta do Vale (Ne 3.13). 3. Um reparador do muro (Ne 3.30).
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hão
hebraico: calor, queimado
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hapises
hebraico: dispersão
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hapizez
dispersão
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haquila
escuro
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haquilia
hebraico: muito sábio
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har
hebraico: cidadão, vigilante
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har-magedon
Monte de Megido (a guerra do grande dia de Deus)
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harã
l. Uma cidade de Padã-Arã, para onde foi Abraão, quando saiu de Ur, e onde morreu Terá (Gn 11.31,32). E foi de Harã que o patriarca partiu para Canaã (Gn 12.4,5). Vivia Labão ali quando Jacó foi ter com ele (Gn 27.43). Pelo que se diz em is 27.12, sabemos que estava na dependência dos assírios – e o profeta Ezequiel (27.23) refere que era um dos mercados de Tiro. Chama-se Naor em Gn 24.10 – e Harã em At 7.2,4. Ainda hoje existe o lugar com o seu antigo nome de Harã, e encontra-se nas margens de um afluente do Eufrates. Em tempos antigos, a divindade principal a que ali se prestava culto era a deusa Lua. (*veja Abraão. ) 2. Filho de Calebe ( 1 Cr 2.46). 3. Montanhês (palavra diferente das duas precedentes). Filho de Terá, e pai de Ló, de Milca (mulher de Naor), e iscá (Gn 11.27,29,31). 4. Um levita (1 Cr 23.9).
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harada
medo, terror
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haradade
hebraico: medo
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haraias
Jehová é proteção
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hararita
hebraico: serrano ou morador da montanha
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harás
brilho, esplendor
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harbona
hebraico: o que guia um jumento
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harefe
hebraico: arrebatar
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harete
hebraico: cortador de lenha
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harife
hebraico: inverno
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harim
De nariz chato. 1. Sacerdote quetinha a seu cargo a terceira divisão do santuário (1 Cr 24.8). 2. Um indivíduo do qual descendiam aquelas 1017 pessoas que vieram com Zorobabel (Ed 2. 39 – Ne 7.42). Membros da mesma família acham-se mencionados em Ed 10.21 e Ne 10.5. 3. Filhos de Harim: tinham mulheres estrangeiras por esposas (Ed 10.31). Provavelmente o mesmo nome que o dos números 4 a 6. 4. Uma família que selou o pacto com Neemias (Ne 10.27). É provavelmente idêntico ao nome dos números 3,6. 5. (Ne 12.15). 6. Parece ter sido um lugar de Judá, que tinha o nome de uma família de Bene-Harim, que voltou do cativeiro, e constava de 320 pessoas (Ed 2.32 – Ne 7.35), e é, provavelmente, o mesmo nome que o dos números 3,4.
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harmônico
Que tem harmonia; proporção, coerência.
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harnefer
hebraico: palpitação
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harode
Medo, Terror
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haroldo
Comandante do exército
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harosete
Artífice
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harosete-hagoim
Cidade ao norte de Canaã, onde habitava Sisera, que era general de Jabim, rei de Canaã. Sísera retirou-se para Harosete-Hagoim, depois de ter sido derrotado por Baraque (Jz 4.2,13,16). o seu nome moderno é El-Harithiyeh, que fica à direita do Quisom inferior, ao noroeste de Megido.
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harpa
É o mais antigo instrumento musical que se conhece, existindo já antes do dilúvio (Gn 4.21). A palavra hebraica kinnor, que se acha traduzida por harpa, significa provavelmente a lira. os hebreus faziam uso dela, não só para as suas devoções, mas também nos seus passatempos. Nas suas primitivas formas parece ter sido feita de osso e da concha de tartaruga. Que a harpa era um instrumento leve na sua construção, claramente se vê no fato de ter Davi dançado enquanto tocava, assim como também o fizeram os levitas (1 Sm 16.23 – e 1S.10). Não era usada em ocasiões de tristeza (Jó 30.31 – Sl 137.2).
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harsa
Encantador, mágico
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harsarsual
hebraico: aldeia da raposa
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harum
Elevado
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harumafé
Nariz chato
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harur
Inflamação, febre
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haruz
hebraico: industrioso
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hasaba
hebraico: muitíssimo estimado
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hasabande
hebraico: estimado em juízo
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hasabias
o Senhor o estimou. É um nomepredileto dos levitas. Várias pessoas com esse nome aparecem nas Sagradas Escrituras (*veja 1 Cr 6.45; 9.14; 25.3; 26.30; 27.17; 2 Cr 35.9; Ed 8.19,24; Ne 3.17; 10.11; 11.15,22; 12.21,24).
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hasabna
Jeová é amigo
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hasabnéias
1. Pai de um edificador do muro (Ne 3.10). 2. Um levita (Ne 9.5). A mesma pessoa que Hasabias em Ed 8.19,24 – Ne 10.11 – 11.22 – 12.24.
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hasabnias
hebraico: o Senhor estimou
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hasadias
Jeová é benigno
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hasbadama
hebraico: estimado em juízo
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hasbadana
Razão, Pensado ou julgado
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hasbana
hebraico: estimado em juízo
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hasem
Gordo, corpulento
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hasemom
hebraico: solo fértil
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hasmona
Frutífero
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hasobneias
hebraico: o Senhor estimou
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haspsiba
hebraico: meu gozo nela
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hassabom
hebraico: muitíssimo estimado
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hassenua
Espinhoso
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hassube
Atencioso
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haste
Pau ou ferro, direito, longo e levantado, no qual se encrava ou apóia alguma coisa.
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hasubá
Estimado
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hasube
hebraico: atencioso, pensativo
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hasufa
Despido
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hasum
Rico, Saudável
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hataque
hebraico: verdade
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hatate
Terror
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hatifa
Sequestrado, cativo
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hatil
Vacilante
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hatita
Gravador
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hatus
hebraico: congregado
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haurã
Terra preta, ou terra de cavernas. Este nome acha-se mencionado somente duas vezes na Sagrada Escritura (Ez 47.16,18). Era uma porção de territórios de pequena extensão no tempo dos judeus, tendo sido aumentada pelos romanos, que lhe chamaram Auranítis. Estendia-se por quase 32 km. ao sul de Damasco, um pouco abaixo de Bozra. Dentro dos seus limites estavam a Traconites, a ituréia, que agora se chama Dejedour, e parte de Basã (*veja Basã). É uma região vulcânica, vendo-se os restos de uma cratera sobre o Tel Shoba, do lado do oriente. Produz boa ervagem e cereais, e é muito freqüentada essa região pelos árabes, para pastagens. A sua superfície acha-se coberta das ruínas de muitas cidades, com inscrições gregas. os muros dos edifícios são de notável espessura, e muitas das suas portas são de pedra, revelando remota antigüidade.
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havilá
Deserto arenoso. 1. Filho de Cuxe (Gn 10.7 – 1 Cr 1.9). 2. Filho de Joctã, e descendente de Sem (Gn 10.29 – 1 Cr 1.23). 3. A terra que o Pisom rodeava depois de deixar o Éden (Gn 2.11). Talvez fosse ao ocidente do mar Cáspio ou sobre a costa ocidental do golfo Pérsico. (*veja Eden.) 4. Limite do território dos ismaelitas (Gn 25.18), que foi teatro da guerra por Saul sustentada contra os amalequitas (1 Sm 15.7). Deve ter havido outras Havilás, e talvez muitas, além da primitiva, terras essas que foram habitadas pela numerosa e largamente espalhada posteridade de Cuxe.
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havote-jair
Aldeias de Jair. o Havote hebraico significa certo gênero de cabanas ou choupanas, como as que pertencem aos árabes. Um certo número destas habitações, colocadas em círculo, formavam uma aldeia. o distrito mencionado (Nm 32.41 – Dt 3.14 – Js 13.30 – Jz 10.4), ficava além do Jordão – mas não está claro se era na terra de Gileade (1 Rs 4.13), ou na terra de Basã (Dt 3.14). Talvez em ambas estivessem essas povoações situadas. Pertenciam à meia tribo de Manassés. Este grupo de aldeias fazia parte de um dos comissariados de Salomão (1 Rs 4.13).
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havote-jair
hebraico: aldeias de jair
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haydee
Independência e ousadia
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hazael
A quem Deus vê. A vida de Hazael, rei de Damasco, é profundamente maléfica. Era oficial de alta patente, que servia o rei Ben-Hadade. Este, estando em certa ocasião doente, mandou Hazael a Eliseu, para saber deste profeta se ele, Ben-Hadade, recuperaria a saúde. o profeta Eliseu, em obediência à ordem dada por Deus a Elias, ungiu rei a Hazael, e ao mesmo tempo lhe disse que a doença de Ben-Hadade não era fatal, mas que morreria, reinando ele em seu lugar. E Hazael notou que a profecia se havia cumprido, porque matando ele a Ben-Hadade, se apoderou do trono. Foi contemporâneo de Jorão, Jeú, e Joacás, reis de israel. No obelisco Preto, que está no Museu Britânico, é ele mencionado, como pagando tributo com Jeú a Salmaneser ii, rei de Assíria, no ano 842 a.C. A pergunta que ele fez ao profeta Eliseu (2 Rs 8.13): ‘Pois que é teu servo, este cão, para fazer tão grandes coisas?’ mostra bem que ele não se horrorizou com o que acabava de ouvir, mas hipocritamente se considera indigno da alta posição anunciada. As cruéis barbaridades, que por ele foram infligidas a israel, acham-se narradas em 2 Rs 8.12 e 10.32… e 12.17. (*veja também 1 Rs 19.15 a 18 e Am 1.4.)
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hazaias
Sobre quem Deus vela
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hazar
hebraico: cercado ou aldeia
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hazar-adar
Vila de Adar (ou de um nobre). Um lugar no limite meridional da Terra Prometida, entre Cades-Barnéia e Azmom (Nm 34.4). o nome é simplesmente Adar em Js 15.4. A palavra Hazar é prefixo de certo número de nomes de lugar. Geralmente se emprega para indicar que os lugares assim designados são de um caráter semi-permanente, como os que são edificados pelos árabes, e que em geral constam de paredes de pedra, tendo um teto de lona.
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hazar-ena
hebraico: aldeia das fontes
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hazar-gada
hebraico: aldeia da boa fortuna
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hazar-hadar
hebraico: aldeia de Hadar
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hazar-mave
hebraico: aldeia da morte
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hazar-mavete
hebraico: aldeia da morte
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hazar-sual
hebraico: aldeia da raposa
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hazar-susa
hebraico: aldeia de cavalo
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hazarmavete
hebraico: aldeia da morte
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hazazom-tamar
Desbaste de palmeiras. Éo nome antigo de En-Gedi, ao ocidente do mar Morto. Ali habitaram os amorreus, que foram vendidos por Quedarlaomer e seus aliados (Gn 14.7). Foi o sítio do acampamento dos aliados que invadiram Judá no reinado de Josafá (2 Cr 20.2). É possível que este lugar fosse ‘a cidade das palmeiras’, donde emigraram os filhos de Queneu para o deserto de Judá (Jz 1.16). Quando Balaão se refere aos queneus, ele podia observar a praia ocidental do mar Morto e as rochas escarpadas de En-Gedi, onde os filhos de Queneu tinham a sua fortaleza ou o seu ‘ninho’. Mas é a Jericó que provavelmente se refere a passagem em Jz 1.16.
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hazazon-tamar
hebraico: poda da palmeira
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hazel
hebraico: Deus vê ou Deus tem vista
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hazelei-pone
hebraico: a sombra que vira para mim
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hazer
hebraico: cercado
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hazer-haticom
hebraico: aldeia do meio
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hazerim
hebraico: aldeias Dt 2.23
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hazerote
Acampamento
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haziel
Visão de Deus
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hazo
Visão, vidente
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hazor
Cerca. 1. Cidade fortificada, que Josué conquistou e cedeu a Naftali, quando foi repartida a terra. Era a cidade real e principal dos cananeus e estava situada entre Ramá e Cades, numa elevação, donde se divisava o lago de Merom (Js 11.1, 10,13 – 12.19 – 19.36). Hazor, a maior cidade da Palestina setentrional, oprimiu no reinado de Jabim os israelitas, mas foi dominada por Débora e Baraque (Jz 4.2,17 – 1 Sm 12.9). Esta cidade foi reedificada por Salomão (1 Rs 9.15). Mais tarde foram os seus habitantes levados cativos para a Assíria por Tiglate-Pileser (2 Rs 15.29). 2. Cidade ao sul de Judá (Js 15.23). 3. Ligado o nome de Hadatá, a palavra composta significa Nova Hazor. outra cidade ao sul de Judá (Js 15.25). As duas partes do nome acham-se impropriamente separadas em algumas versões. 4. Lugar ao norte de Jerusalém, onde alguns benjamitas residiam depois que voltaram do cativeiro. Pensa-se ser o mesmo lugar que Hazor (Ne 11.33), o qual atualmente se chama Hazzur. 5. Um certo distrito da Arábia, que foi conquistado por Nabucodonosor (Jr 49.28,30,33).
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hazor-hadata
hebraico: aldeia nova
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he
hebraico: 5° letra do alfabeto hebraico, representa também, o
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héber
l. Um homem de Aser (Gn 46.17 – Nm 26.45 – 1 Cr 7.31). 2. o marido daquela mulher, Jael, que matou Sísera. Pertencia à tribo dos queneus, gente nômade, que por algum tempo se estabeleceu no disputado terreno que existia entre as tribos do norte e as terras de Jabim, rei cananeu (Jz 4.11 a 24). . Um descendente de Judá (1 Cr 4.18). 4. indivíduo da tribo de Benjamim (1 Cr 8.17).
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hebraico
Língua em que a maior parte do AT foi escrita.
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hebraico
Língua em que a maior parte do AT foi escrita.
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hebraistas
Pessoa que estuda a língua hebraica e o texto hebreu das escrituras.
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hebreu
Vindo de outro lado. A mais antiga menção que se faz deste qualificativo vê-se em Gn 14.13. É o nome pelo qual eram designados os filhos de israel pelas nações circunvizinhas, embora fossem igualmente empregados os termos israel e israelitas. A própria palavra é derivada de Héber (homens vindos do outro lado, do Eufrates), que é também o nome de um lugar (Nm 24.24), e secundariamente o nome de um dos avós dos hebreus (Gn 10.21). Héber significa, realmente, a parte marginal de um rio, e deriva-se de uma raiz que significa atravessar. Supõe-se, geralmente, que deste nome proveio chamar-se Abraão, o hebreu, isto é, aquele que atravessou o rio, vindo da outra banda, o que aconteceu quando aquele patriarca emigrou da Mesopotâmia (Gn 14.13) – mas também pode ser que muito antes tenha sido dado o nome aos seus ascendentes pelos babilônios, quando eles saíram da península arábica e se dirigiram para o oriente, atravessando o Eufrates. (*veja Abraão, israel, israelitas, Judeus, e o artigo seguinte.)
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hebreu,lingua hebraica
A língua hebraica foi falada pelos israelitas durante a sua independência. Era por eles considerada a ‘língua sagrada’, e no A.T. é chamada ‘a língua de Canaã’, ou a dos judeus (2 Rs 18.26 a 28 – is 19.18 – 36.13). Foi a língua dos habitantes de Canaã e da Fenícia. isto se prova não somente pelas inscrições, mas também pelo silêncio da Escritura Sagrada com respeito a qualquer diferença entre a língua dos cananeus e a dos hebreus. Tanto uns como outros povoavam o mesmo país, e, contudo, nunca diferença alguma se nota na linguagem, sendo aliás reconhecida a diferença entre a língua hebraica e a egípcia (Sl 81.5 – 114.1). E igualmente se reconhece a diferença entre o hebreu e as línguas dos assírios (is 36.11), e também o aramaico usado pelos caldeus (Jr 5.15). Pode, então, o hebreu ser considerado como o dialeto israelítico da língua dos cananeus. Mas no decurso do tempo foi tão grande sobre a língua hebraica a influência das línguas dos povos circunjacentes, as de Arã, Mesopotâmia, Síria, e as de grande parte da Arábia, que pelo ano 722 a.C. começou o hebreu a decair, e de tal maneira que se extinguiu, deixando de ser uma língua falada Era, ainda, a língua de Jerusalém no tempo de Neemias (Ne 13.24) mas muito antes do tempo de Jesus Cristo tinha a língua hebraica sido substituída pelo aramaico, sendo a sua literatura inteligível apenas para os eruditos. Por conseqüência, quando se menciona no N.T. a língua hebraica, isso quer dizer que se trata da língua popular, conhecida pelo nome de aramaico. Mas também quando se faz menção de um hebreu, contraposto a grego, ou helenista, quer-se significar um judeu, cuja língua nativa era o aramaico e não o grego, e que tinha sido educado segundo os costumes estritamente judaicos.
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hebreus (epistola aos)
Esta epístola foi certamente dirigida a cristãos hebreus, que habitavam uma qualquer cidade ou região, e haviam formado uma sociedade organizada ou igreja, tendo tido os seus pastores já falecidos, e possuindo agora mestres, a quem por conselho do autor deviam os crentes obedecer (*veja 13.l, 17, 24). Tem sido geralmente aceita a opinião de que esses cristãos residiam na Palestina, talvez em Jerusalém, ou na Cesaréia – mas alguns críticos julgam que a epístola foi dirigida aos judeus convertidos de Alexandria. Há, também, quem afirme que ela foi destinada aos romanos, que tinham recebido a fé cristã, dizendo outros escritores que era em Antioquia que se achavam aqueles a quem a carta foi primeiramente mandada. Quando e onde foi escrita. Não podemos, de uma maneira determinada, saber quando e onde foi esta epístola escrita. Apenas uma indicação de lugar, e essa duvidosa, nos é dada (13.24): ‘ os da itália vos saúdam.’ Mas isto pode significar tanto aqueles com quem o escritor vivia em Roma, como certos italianos, que em qualquer parte estivessem com o autor. Com referência à DATA da epístola, concorda-se geralmente que foi escrita não depois da destruição de Jerusalém, mas na proximidade desse acontecimento. o autor fala do ritual levítico, como estando ainda em toda a sua força. o seu autor. Com respeito a saber-se quem tenha escrito a epístola, foi sempre, desde os tempos primitivos da igreja, uma coisa muito incerta. Tem sido atribuída a S. Paulo, nas traduções mais antigas. Com respeito à comunidade, à qual foi primeiramente endereçada a epístola, encontram-se nestas pequenas alusões, que podem dirigir, quando não possam inteiramente resolver, a nossa inquirição. Segundo o que se lê em 13.7, parece que se trata de uma sociedade organizada ou igreja, que tivesse existido por algum tempo, tendo os membros dessa igreja os seus mestres, a quem era devida a obediência (13.17). Estas observações, porém, tanto se podem aplicar aos cristãos judeus da Palestina (entre os quais os de Jerusalém ou de Cesaréia), como os da Dispersão. Esta epístola, quanto à sua matéria, pode dividir-se em duas partes principais: a primeira é principalmente doutrinal (1 a 10.18) – a segunda é principalmente prática (10.19 a 13). i. Na primeira parte prova-se a suprema autoridade e glória da dispensação cristã, fazendo ver quanto é superior o seu Mediador, o Eterno Filho de Deus, aos mediadores do antigo pacto, quer sejam espirituais, como os anjos, quer terrestres, como Moisés. Embora fossem grandes os Seus sofrimentos, e Se humilhasse até à morte, isso, longe de diminuir a Sua glória de Mediador, foi o grande meio de realizar a Sua grandiosa obra de redenção (1 a 4.13). A comparação de Cristo com Moisés e com Josué é seguida de outra com Arão. Primeiramente o autor faz ver que Cristo, como Arão era verdadeiro sacerdote, que Deus nomeou, e verdadeiro representante do homem – e depois se mostra que Jesus Cristo sobrepuja em muito a Arão na qualidade de sacerdote, reproduzindo o mais antigo e mais nobre sacerdócio do rei-sacerdote Melquisedeque. A nova economia, de que Jesus é a Cabeça, invalida e ab-roga a antiga, provando-se isso com o próprio A.T. E a eficácia intrínseca e perpétua do Seu único sacrifício, como perfeita propiciação pelo pecado, é posta em contraste com a virtude típica e cerimonial daqueles sacrifícios muitas vezes repetidos os quais estavam já terminando (4.14 a 10.18). ii. A argumentação precedente acha-se entremeada de conselhos práticos e avisos solenes. E, na conclusão da epístola, são vivamente exortados os hebreus a continuarem a sua vida de fé com paciência e alegre confiança, no meio de provações presentes. Prova-se que a fé é virtude essencial na participação das prometidas bênçãos de Deus – e é exibida a sua ação e eficácia numa longa linha de heróis, mártires, e confessores, que termina em Jesus, o grandioso exemplar. E são os cristãos hebreus encorajados a sofrer também as suas provações, como sendo um paternal castigo, que devia produzir o mais alto bem. os gloriosos privilégios do Novo Pacto são apresentados, para fazer conhecer o terrível perigo da apostasia (10.19 a 12). Seguem-se algumas exortações para cumprimento de especiais deveres, preceitos e regras da vida, sendo esta recomendação feita com precipitação paulina. E fecha o escritor a notável epístola à maneira do apóstolo S. Paulo, com uma doxologia e bênção (13).
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hebrom
Confederação, companhia. l. Umadas mais antigas cidades do mundo, primeiramente chamada Quiriate-Arba, perto da qual estavam os carvalhais de Manre (Gn 13.18 – Nm 13.22 – Js 20.7). Está situada num vale aberto, cerca de 29 km. ao sul de Jerusalém (Nm 13.22). Era a residência predileta de Abraão, isaque e Jacó, e ali estava a sepultura da família (Gn 23 – 25.9 – 49.29 a 31). A caverna, que Abraão comprou, ainda lá se encontra, cercada pelas paredes de uma mesquita – e o moderno nome de Hebrom, el-Khalil (‘o amigo’), é o nome pelo qual Abraão é conhecido dos sectários de Maomé. Hebrom foi conquistada aos cananeus por Josué, e dada a Calebe (Js 10.36 – 11.21 – 12.10). Mais tarde foi cedida a Judá, aos sacerdotes e coatitas – e dela se fez uma cidade de refúgio (Js 15.54 – 21.11 – 20.7 – 15.13 – Jz 2.10). Foi aqui, também, que David estabeleceu o seu governo quando foi ungido rei de Judá, reinando nessa cidade pelo espaço de sete anos e meio (2 Sm 5.5). Abner foi sepultado em Hebrom, como o foi também a cabeça de is-Bosete (2 Sm 3.32 – 4.1,8,12). Foi este lugar o centro da revolta de Absalão (2 Sm 15.7 a 10), sendo depois fortificado pelo rei Roboão (2 Cr 11.10). os judeus, quando voltaram do cativeiro, reedificaram e ocuparam a cidade (Ne 11.25). Hebrom, ou antes, el-Khalil, é ainda um lugar de considerável população e importância, ocupando as rampas do vale, onde os espias colheram os magníficos cachos de uvas (Nm 13.23). As suas rampas são, ainda hoje, cobertas de vinhas, e ali se produzem as mais belas uvas e azeitonas de toda a Palestina. (*veja Manre.) 2. Cidade na fronteira de Aser, perto de Reobe (Js 19.28). Também foi chamada Abdom (*veja esta palavra). 3. Filho de Coate, filho de Levi (Êx 6.18 – Nm 3.19 – 1 Cr 6.2). 4. Acha-se numa lista de pessoas, cujos nomes são idênticos aos de alguns lugares ao sul de Judá (1 Cr 2.42,43).
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heder
hebraico: rebanho
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hedonismo
Doutrina que considera que o prazer individual e imediato é o único bem possível, princípio e fim da vida moral.
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hefer
Cova, cisterna
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hefzibá
A minha delícia está nela
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hegai
Venerável, eunuco
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hegal
hebraico: venerável
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hegel
hebraico: venerável
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hela
hebraico: escuma ou ferrugem
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helba
Fartura
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helbom
Era célebre este lugar nos tempos antigos pelo seu vinho original. Hoje é uma vila, e chama-se Halbum, situada numa ladeira inculta, distando alguns quilômetros de Damasco – é ainda famosa pelas suas excelentes uvas (Ez 27.18).
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helcai
hebraico: porção do Senhor, ou minha porção e o Senhor
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helcal
hebraico: porção do Senhor Ne 12.15
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helcate
Porção, pedaço
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helcate-azurim
hebraico: campos das espadas, ou campo das facas afiadas
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helci
hebraico: porção do senhor
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hélcias
Deus é a minha sorte
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heldai
Mundano
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helebe
Gordura, gordo
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helede
hebraico: sofrimento, vida transitória
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helefe
Local movimentado ou mudança
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helem
Golpe, pancada
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helena
Tocha, luz, luminosa
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heleque
Porção
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helez
Lombo, libertação
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helga
Sagrado
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heli
o Senhor é excelso
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heliodoro
dádiva do deus-sol
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heliopoles
grego: cidade do sol, vácuo, nonada, ídolo
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helma
Escudo protetor
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heloisa
Variante de Luisa, guerreira gloriosa
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helom
Forte
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helquias
hebraico: Jeová está escondido
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hem
Graça
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hemã
feliz
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hemete
hebraico: desejo
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hemor
hebraico: asno
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hemorragia
Derramamento de sangue para fora dos vasos que devem contê-lo.
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hen
hebraico: dom gracioso
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hena
1. Cidade da Mesopotâmia, conquistada pelos assírios (2 Rs 19.13 – is 37.13). 2. Planta a que se faz referência em Ct 1.14 e 4.13, geralmente estimada no oriente pela fragrância das suas flores e pelas propriedades colorantes das suas folhas. É um arbusto de 1,80m a 2,50m de altura, com folhagens de um verde desmaiado e cachos de bagas brancas e amarelas, que exalam um delicioso perfume. No tempo de Salomão ainda se encontrava esta planta na vizinhança do mar Morto em En-Gedi. No oriente as casas são perfumadas por meio de hena, sendo as suas flores apresentadas aos convidados num especial cumprimento – as mulheres fazem uso delas como ornamento pessoal. Serve, também, para dar cor às mãos, aos pés e às unhas. As folhas são secadas e depois reduzidas a pó, fazendo-se com este uma massa que, aplicada à pele, produz nela uma cor avermelhada ou alaranjada.
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henadade
hebraico: favor de Hadade
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henda
hebraico: desejável
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henoc
hebraico: dedicado
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henoque
Enoque
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henrieta
Senhora da pátria
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henriqueta
Senhora da pátria, poderosa
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hepsiba
hebraico: meu gozo nela
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her
hebraico: vigia
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heracles
Referente ao herói mitológico Hércules
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herança
A lei mosaica, que dizia respeito à sucessão das terras, não era de forma alguma complicada. A propriedade do pai era igualmente repartida entre os filhos, à exceção do mais velho que tinha uma dobrada porção (Dt 21.17). Quando não havia filhos, mas somente neste caso, as filhas partilhavam na herança, imposta a condição de que haviam de casar com homens da sua própria tribo (Nm 36.6 e seg.). Não havendo filhos nem filhas, ia a propriedade do morto para o seu irmão, e na falta deste para o tio paterno, e finalmente para o parente mais próximo. Uma interessante feição da lei mosaica acerca da herança era a disposição de que, se uma mulher enviuvasse, e não tivesse filhos, o parente mais próximo do seu falecido marido tinha o direito de casar com ela – se ele não quisesse recebê-la por mulher, então tinha o mesmo direito o que estivesse mais próximo em parentesco (Rt 3.12,13 – 4). Neste caso era obrigado o novo marido pelo ‘direito da herança’ a remir a propriedade da sua mulher, quando esta tivesse deixado de a possuir (Jr 32.7). Deve ser lembrado que todas as leis relativas à propriedade da terra foram estabelecidas com o fim de evitar que saíssem esses bens da posse da família (Dt. 21.15 a 17). As leis referentes ao ano do jubileu deviam ter o mesmo objetivo, isto é, o de rigorosamente fixar as propriedades rurais numa certa linha de herdeiros. Desta maneira a sucessão na posse era um fato de direito, e não de escolha. os filhos, na verdade, tinham o direito de reclamar a sua herança antes da morte do pai, contanto que estivessem todos de acordo. isto era assim com respeito aos bens pessoais, de que o proprietário podia dispor como quisesse. A este costume se refere a parábola do filho pródigo (Lc 15).
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herbom
hebraico: união, aliança, confederação
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hercilia
Orvalho
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herculano
Uma referência ao herói mitológico Hércules
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herdade
Grande propriedade rural
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herdeiro
os princípios relativos aos direitos de herança, no oriente, diferem dos que são aceitos entre nós – nem sempre os filhos esperam que morram seus pais para receberem a sua parte. E por esta razão, quando se chama a Cristo ‘herdeiro de todas as coisas’ (Hb 1.2), isto não implica a morte de qualquer primeiro possuidor dessas riquezas – e quando os santos são chamados herdeiros da promessa (Hb 11.9), da retidão do reino, do mundo, dos dons divinos, co-herdeiros de Cristo (Rm 8.17), isto quer significar que eles participam de certas e determinadas vantagens, sem que seja preciso que faleça qualquer proprietário dos referidos bens. Entre nós é que não é costume haver herança sem que haja o falecimento dos parentes ou de quaisquer outros testadores (Gn 15.3 – 2 Sm 14.7 – Jr 49.1,2 – Mt 21.38 – Rm 4.13. (*veja Adoção, Primogênito, Concubina, Herança.)
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hereditário
Que se transmite por herança; que passa de pai para filho; proveniente dos pais; etc.
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herege ou heterodoxo
Aquele que se separa da fé da Igreja em algum ponto definido.
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heres
Sol. l. Equivalente ao grego Heliópolis, ‘Cidade do Sol’. o monte Heres era perto de Aijalom, nos confins de Judá e Dã. Foi habitada pelos amorreus, que não foram expulsos (Jz 1.35). 2. É também o nome de um levita (1 Cr 9.15).
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heresia
Este nome deriva-se de uma palavra grega, que primeiramente queria dizer o ato de tomar (uma cidade, por exemplo) – depois teve o sentido de escolha ou eleição, de inclinação ou preferência – e a significação da própria coisa escolhida – e por fim veio a significar um princípio filosófico ou sistema, as pessoas que seguem esses princípios, e uma seita ou escola de pensamento. Nos Atos dos Apóstolos a palavra grega equivalente a heresia é traduzida por ‘seita’, com aplicação aos saduceus (At 5.17), aos fariseus (At 15.5 – 26.5), aos nazarenos (At 24.5), e aos cristãos (At 28.22). o seu uso, como aplicado à igreja cristã, vê-se também em At 24.14. S. Paulo e S. Pedro, escrevendo a respeito de heresias, qualificaram-nas de divisões, ou de doutrinas que dividem a igreja (1 Co 11.19 – Gl 5.20 – 2 Pe 2.1). os escritores eclesiásticos empregam a palavra heresia para designar aquelas opiniões que se apartam da verdadeira fé. Santo Agostinho sustentou (De Haeret.) que era ‘inteiramente impossível, ou em todo o caso a coisa mais difícil’, dar uma definição de heresia. Segundo Filastrius, bispo de Bréscia, eram vinte e oito as heresias que existiam entre os judeus antes de Jesus Cristo, elevando-se o número delas a 128 depois desse tempo.
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herete
hebraico: separação
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heri
hebraico: vigilância
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hermas
Mercúrio. o nome de uma pessoa,a quem Paulo se refere nas suas saudações (Rm 16.14). Ainda que o nome seja de origem grega, trata-se de um cristão, residente em Roma – e, na verdade, o maior número dos primitivos cristãos em Roma parece que falavam grego. o Pastor de Hermas, uma obra do meado do segundo século, já lhe tem sido atribuída, mas erradamente. Ele é considerado como santo na igreja de Roma, sendo a sua festa no dia 9 de maio.
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hermenêutica
Do Grego hermeneutiké, scilicet téchne, a arte de interpretar
A arte de interpretar os livros sagrados; interpretação dos textos, dos símbolos; interpretação do sentido das palavras; arte de interpretar as leis. -
hermes
Mercúrio. Um cristão grego de Roma que foi saudado por Paulo. Tanto este homem como Hermas eram chefes de famílias cristãs, e pessoas de influência na igreja (Rm 16.14). Segundo a opinião de alguns teólogos, foi Hermes um dos setenta discípulos, e mais tarde bispo de Dalmácia. Ele é um dos santos do calendário grego, e a sua festa é celebrada em 8 de abril. (*veja Mercúrio.)
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hermes
deus grego
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hermes herodes
filho de herói
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hermógenes
descendente de Hermes
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hermom
Provavelmente sagrado ou proibido (significação de muitas montanhas, por exemplo o monte Fujiyama no Japão). o monte Hermom domina a terra Santa, vendo-se o seu diadema de neve e a sua crista acima das alturas, que estão em volta. Para a Síria antiga, era este monte o lugar santo da sua religião, o mais alto de todos os lugares altos de Baal – para israel, já prevenido contra a idolatria, que se praticava sobre os altos outeiros, pouco mais era do que a fronteira natural do norte, na Terra Prometida – mas para o cristão voltou a possuir alguma coisa da sua antiga santidade, e num sentido mais nobre, visto ter sido aquele o monte, perto de Cesaréia de Filipe, para onde Jesus se retirou por algum tempo, e onde Jesus Se transfigurou diante dos Seus discípulos. Era o monte Hermom a grande baliza dos israelitas: constantemente se fala dele como sendo o seu limite setentrional. os hebreus conquistaram toda a terra, desde o rio Arnom até ao monte Siom ‘que é Hermon’ (Dt 4.48). Era o ponto do norte, como o era também o Monte Tabor – ‘o Tabor e Hermom exultam em teu nome’ (Sl 89.12). Por outros nomes era conhecido o Hermom, sendo o mais antigo o de Siom (Dt 4,48). o seu orvalho é tão abundante que as tendas dos viajantes aparecem molhadas, como se sobre elas caíssem grandes gotas de água. os fenícios chamavam-lhe Siriom, mas os amorreus conheciam-no pelo nome de Senir (Dt 3.9), palavras que têm a mesma significação de esplendor, o que se explica por ser raro ver o monte sem a sua brilhante coroa de neve. Sobre o mais alto dos três cimos podem ser descobertos os restos do antigo templo de Baal, constando de pedras que podem formar quase um círculo, dentro do qual se acham as ruínas de um templo. Foi este, talvez, destruído pelos israelitas, em obediência a esta ordem: ‘Destruireis por completo todos os lugares, onde as nações… serviram os seus deuses, sobre as altas montanhas’ (Dt 12.2). Desta altura podiam os sacerdotes de Baal obter uma vista clara do curso do Sol. Tão importante era o monte Hermom para os antigos idólatras, que eles rodeavam a sua base de templos, estando todos eles voltados para o cume. Era esse lugar, para eles, um grande santuário, como também o foi Jerusalém para os judeus, e Meca para os muçulmanos. Ainda hoje conserva o seu nome Harmum ou Hermum.
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hermon
hebraico: montanha sagrada
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herodes
filho de herói
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herodes antipas
Quando morreu Herodes,o Grande, foi Antipas o governador da Galiléia e da Pérsia. A sua principal obra foi a edificação de Tiberíades à beira do mar da Galiléia, segundo os modelos gregos. Foi Antipas aquele de que Jesus falou, chamando-lhe ‘raposa’ – e foi a esse mesmo dominante que Jesus foi mandado por Pilatos para julgamento. o seu casamento com Herodias, mulher de seu irmão Filipe, só lhe causou perturbações e inquietações. Teve guerra com o pai da sua legítima e repudiada mulher, que era filha de Aretas, rei da Arábia, sendo derrotado. E a ambição de Herodias fez que Herodes Antipas fosse, por fim, privado dos seus domínios e mandado para o exílio. A sua conduta com João Batista é bem conhecida, não sendo preciso mencionar-se neste lugar (Mt 14.1 a 6 – Mc 6.14 a 22 – 8.15 – Lc 3.1,19 – 8.3 – 9.7,9 – 13.31 – 23.7 a 15 – At 4.27 – 13.1). A respeito dos outros membros da família herodiana, vede Herodias, Agripa, Berenice, Arquelau, Drusila, Salomé.
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herodes, o grande
Antipater, pai de Herodes, tinha sido nomeado procurador da Judéia por Júlio César, no ano 47 a.C. – e foi o próprio Herodes feito tetrarca por Antônio no ano 40 a.C. Quando Marco Antônio foi derrotado por Augusto na batalha de Actium, no ano 31 a.C., não perdeu Herodes tempo, indo logo ter com o conquistador, que lhe confirmou a posse de todo o reino dos macabeus, dividido em cinco distritos: Judéia, Samaria e Galiléia ao ocidente do Jordão – Peréia e iduméia ao oriente. Herodes, sendo idumeu, era descendente dos edomitas. o seu governo foi assinalado por extraordinários contrastes. Dum lado procurou agradar aos judeus, alargando, fortificando, e embelezando a cidade de Jerusalém. Por outro lado era sua intenção firme ‘romanizar’ o povo. E então levantou um anfiteatro na cidade santa, instituiu jogos públicos, reedificou Samaria, dando-lhe o nome de Sebasta (Augusta), e construiu nesta cidade e na Cesaréia de Filipe suntuosos templos em honra do imperador. Quando uma terrível fome se manifestou na Judéia e Samaria (25 a.C.), Herodes não se furtou a despesas para diminuir o mal, contribuindo com o ouro e a prata dos seus palácios para abastecer o país com trigo, que veio do Egito em navios. Finalmente, para coroar os seus esforços em benefício do povo, ele começou, no décimo-oitavo ano do seu reinado (20 a.C.), a reconstrução do templo em grandiosa feitura. ‘Em quarenta e seis anos foi edificado este Santuário’ (Jo 2.20), assim se dizia muito depois da sua morte – e, todavia, não se achava ainda completado em todas as suas particularidades. Não obstante tudo isto, a desenfreada ambição e a implacável crueldade do rei deram-lhe lugar entre os piores tiranos de todos os tempos. Para ter completamente desembaraçado o caminho do trono, mandou matar o venerável Hircano (31 a.C.). Mariana, sua mulher, e os seus dois filhos, foram depois disso vítimas da sua insensata desconfiança. Além disso ordenou, estando já gravemente enfermo, e execução de Antipater, seu filho também, mas de outra mulher. E já próximo da morte, mandou que os anciãos das principais cidades judaicas fossem encerrados no anfiteatro, para serem assassinados na ocasião em que saísse dele o último suspiro de vida, pois queria ‘que ao menos pudesse haver algumas lágrimas no seu funeral’. Felizmente houve a sensatez de não se cumprir tal ordem! Foi pouco tempo antes da sua morte que Jesus Cristo nasceu em Belém – a matança dos inocentes estava realmente em conformidade com o caráter deste rei, sendo ele um homem tão cruel, ciumento, e arrebatado.
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herodíades
filha de herói
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herodianos
os herodianos constituíam um partido político que favorecia a autoridade dos Herodes, sob o governo de Roma. os seus membros mostraram forte hostilidade para com Jesus Cristo, em diversas ocasiões (Mt 22.16 – Mc 3.6 – 12.13). Nestas questões eram partidários dos fariseus e dos saduceus. Que esta liga era apenas uma coisa acidental, sendo a conseqüência de julgarem ser necessário combater o perigo comum, parece deduzir-se de raras vezes fazer-se menção dos herodianos. o seu fim político era a fundação de um independente império judaico, governado por Herodes, servindo-lhes de proteção a soberania de Roma até que fossem bastante fortes para poderem sacudir o odiado jogo.
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herodianos
Grupo de judeus que se opunham a Jesus e apoiavam os Herodes, linhagem de reis judeus dos dias de Jesus. Favoreciam o governo de Roma, de onde provinha a autoridade deles.
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herodião
fiho de herói
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herodias
Era neta de Herodes, o Grande o seu primeiro marido foi o seu tio Filipe, havendo deste casamento uma filha, chamada Salomé – mas como Filipe caísse em desagrado, sendo obrigado a viver fora da sociedade, ela abandonou-o, e foi novamente casar com o seu cunhado Herodes Antipas, tetrarca da Galiléia, que lhe ofereceu um palácio e uma coroa. Pelo fato de João Batista ter censurado este incestuoso casamento (Mt 14.3,4 – Mc 6.17), ordenou Antipas que ele fosse preso, e mais tarde mandou degolá-lo, tendo Herodias sugerido este crime. outra sugestão desta mulher foi a de ir ele a Roma, a fim de alcançar o título de rei, mas isso resultou em sua desgraça. Sendo-lhe recusado o título real, foi Antipas degredado para Seom. E acompanhou-o para o desterro a sua ambiciosa e iníqua mulher. (*veja Herodes Antipas, João (Batista), Salomé.)
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hesbom
Fortaleza. A cidade principal de Seom, rei dos amorreus (Nm 21.26 – Dt 4.46). As suas ruínas ainda se podem ver numa colina que está na orla ocidental de uma alta planície: 33 km ao oriente da extremidade norte do mar Morto, nos confins de Rúben e Gade. Foi conquistada por Moisés (Nm 21.21 a 26), e cedida a Rúben (Nm 32.27) que a mandou reedificar, sendo depois transferida a sua posse para o ramo merarita dos levitas (Js 21.39). Mais tarde os moabitas (Nm 21.26) retomaram-na (is 15.4), e também os amonitas (Jr 48.2). Ainda se acham, nas ruínas de Hesbom, cisternas e depósitos de água (Ct 7.4). o seu nome atual é Husban.
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hesebon
hebraico: calculo
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hesede
hebraico: misericórdia, bondade
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heser
hebraico: presa
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hesli
hebraico: perto de mim
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hesmom
Solo fértil
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hete
o tronco do povo heteu (Gn 10.15 -1 Cr 1.13). Foi o segundo filho de Canaã, e habitava ao sul da Terra Prometida. Hebrom no tempo de Abraão, era povoado pelos filhos de Hete (*veja Heteus.)
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heteus
Eram os descendentes de Hete, filho de Canaã. Até há poucos anos pouco se sabia a respeito dos heteus. Alguns críticos, afirmando que os heteus não eram mais que uma pequena raça de pouca importância, falavam deste povo como querendo negar o caráter histórico de 2 Rs 7.6: ‘Eis que o rei de israel alugou contra nós os reis dos heteus e os reis dos egípcios, para virem contra nós.’ Mas as descobertas que se têm feito justificam amplamente a narrativa bíblica. Sabe-se já que os heteus constituíam um poder notável. Não muitos séculos antes do tempo do profeta Eliseu tinham disputado o império da Ásia ocidental aos egípcios – e, ainda que o seu poder havia declinado nos dias de Jorão, eram eles ainda formidáveis inimigos e úteis aliados, podendo comparar-se o seu domínio com o dividido reino do Egito, sendo o seu reino mais poderoso que o de Judá. Depois disto é que se não fala mais deste povo no A.T. Ele tinha chegado ao auge da grandeza, quando não estava ainda fundada a monarquia de israel, ou mesmo antes de terem os israelitas conquistado a terra de Canaã. os heteus, a cujos príncipes e cidades se referem os posteriores livros históricos do A.T., estavam estabelecidos ao norte, sendo Hamate e Cades nas margens do orontes os pontos mais meridionais. Mas o Gênesis fala de outros heteus (Gn 15.20). Abraão comprou a um heteu a cova de Macpela (Gn 23.10), e as duas mulheres de Esaú eram ambas daquele povo (Gn 26.34). Deve ser a estes heteus do sul que se refere a lista de Gn 10.15, e só assim se pode explicar a passagem de Ez 16.3,45, que ‘o pai’ de Jerusalém ‘era amorreu’, e a sua ‘mãe hetéia’. O profeta atribui a fundação de Jerusalém aos amorreus e aos heteus. Por conseqüência, os jebuseus, de cujas mãos a cidade foi arrancada por Davi, devem ter pertencido a uma ou a outra destas duas grandes raças, provavelmente a ambas, porque as duas nações estavam estreitamente entrelaçadas. A colônia dos heteus na Palestina limitava-se a um pequeno distrito, nas montanhas de Judá: a sua força nacional existia bem longe, ao norte. o povo dos amorreus era mais antigo, e foi entre uma parte deste que se estabeleceram os heteus, unindo-se com aqueles por casamentos recíprocos – mas não se sabe em que tempo foi isso Fora das narrações bíblicas, tudo o que se conhece deste misterioso império dos heteus é fruto das investigações feitas nos monumentos do Egito e da Assíria, e dos estudos das inscrições encontradas nas ruínas da Ásia Menor, o centro do seu poder setentrional. Sabemos pelas tabuinhas de Tel el Amarna que, estando o Egito enfraquecido, se apoderaram os heteus gradualmente dos seus postos avançados, até que, por fim, se acharam na fronteira setentrional da Palestina, sendo então o seu poder igual ao dos egípcios, que afinal foram obrigados a ceder aos heteus a Síria do norte. E assim, das suas primitivas habitações eles se foram estendendo, para o oriente, até ao rio Eufrates, em cujas margens estava Carquemis, a sua capital, e, para o ocidente, até ao mar Egeu, sendo a Capadócia o seu limite ao norte, e ao sul as tribos de Canaã. Pelo século 12 a.C. eram ainda os heteus suficientemente fortes, para conterem os avanços dos reis assírios. Mas a esse tempo já não era um só o seu imperante. Depois, por mais de 200 anos, são silenciosas as inscrições. E é neste período de tempo que se forma o reino esplendoroso de Davi e de Salomão, aparecendo depois da separação das dez tribos de israel o poder de Damasco. os heteus conservaram Carquemis, até que esta cidade foi conquistada por Sargom, imperador da Assíria, em 717 a.C. A principal divindade dos heteus era a Terra, ou a ‘Grande Mãe’, apresentando cada cidade ou Estado uma forma especial daquela deusa.
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hetlom
Esconderijo
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heveus
os heveus (descendentes dos cananeus, Gn 10.17) acham-se especialmente associados com os amorreus. Eles representam uma população mista de amorreus e cananeus, a qual vivia na vizinhança da grande fortaleza dos amorreus. (*veja Amorreus.) Segundo se lê em Josué (11.3), o povo heveu existia ao pé de Hermom: ‘habitavam nas montanhas do Líbano, desde o monte de Baal-Hermom, até à entrada de Hamate’ (Jz 3.3). Há mais referências a este povo, como vivendo mais ao sul, em Gibeom (Js 9.7), e em Siquém (Gn 34.2), tendo também o nome de amorreusem outras passagens (2 Sm 21.2 – Gn 48.22). Podem, portanto, ser considerados predominantemente amorreus de raça, e descendentes de Canaã (Gn 10.17). Eles habitavam Siquém quando Jacó voltava a Canaã, sendo governados pelo seu príncipe Hamor (Gn 34.2) – foram vítimas dos cruéis e vingativos filhos de Jacó. os gibeonitas eram também heveus (Js 11.19). Eles tomaram dos cananeus o costume de fazerem as suas reuniões às portas das cidades. Eram um povo pacífico quanto à sua disposição e maneiras.
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héxapla
A Héxapla, isto é séxtupla. O católico Orígenes cria a edição da Hexapla do AT em seis colunas, que continha o hebraico paralelo com versões gregas.
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hezeci
fortaleza do senhor
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hezequias
A força de Jeová
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heziom
hebraico: visão
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hezir
Porco
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hezlon
hebraico: fortalecido por Deus
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hezrai
hebraico: fechado
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hezrom
Acordo. 1. Filho de Perez, e antepassado de Davi (Gn 46.12 – Nm 26.21). 2. Filho de Rúben, e tronco da família dos hezronitas (Gn 46.9 – Êx 6.14 – Nm 26.6 – 1 Cr 5.3). 3. Um lugar na fronteira meridional de Judá (Js 15.4). 4. outra povoação ao sul de Judá, também chamada Hazor (Js 15.25).
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híbrido
Originário do cruzamento de espécies diferentes.
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hidai
hebraico: alegre
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hidequel
hebraico: o rápido
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hidequel, tigre
o rio Tigre (Gn 2.14 – Dn 10.4). Um dos rios que regavam o Jardim do Éden. ‘o grande rio’ de Daniel, junto ao qual teve este profeta algumas das suas mais importantes visões. Nas montanhas da Armênia estão as suas duas principais nascentes. o seu curso é, em grande parte, na direção sueste – e, a 96 km do golfo Pérsico, se junta com o rio Eufrates, depois de ter percorrido 1.835 km mais ou menos. Estava antigamente ligado com o Eufrates por um sistema de canais de irrigação, tornando muito fértil a região entre os rios. o seu moderno nome de Digleh deriva-se do antigo Hiddekel. (*veja Éden.)
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hidrópico
Acumulação de serosidade (líquido semelhante a soro sanguíneo) no tecido celular ou numa cavidade do corpo
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hiel
Deus vive. Homem natural de Betel, que reedificou Jericó, apesar da maldição proferida contra aquele que tentasse de novo construí-la, depois de ter sido destruída por Josué (Js 6.26). Hiel, no tempo de Acabe sofreu os efeitos da maldição, pondo os fundamentos da cidade à custa da vida de Abirão o seu filho mais velho e colocando as portas à custa da vida do seu filho mais novo, Segube (1 Rs 16.34). É possível que tenham sido sacrificados em obediência a um costume, de que se encontram vestígios em muitas terras. (*veja Jericó.)
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hierápolis
Cidade sagrada. É uma só vez mencionada em conexão com Colossos e Laodicéia, na Frígia (Cl 4.13). Situada a 330 metros acima do nível do mar. Foi sede de uma igreja cristã, talvez fundada por Epafras – e tornou-se famosa pelas suas nascentes de água quente, que ainda são hoje naturais características daquele sítio. Atualmente é representada por uma povoação, chamada Pambuk Kale.
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hierarquia
Ordem e subordinação de poderes.
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higaiom
Som solene, meditação
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higaion
hebraico: som profundo, meditação
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hilário
Divertido, alegre
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hilda
Donzela da batalha, guerreira
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hildebrando
Aquele que combate com a espada
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hilel
O que canta louvores
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hilem
Lugar forte
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hilquias
o Senhor é a minha porção. 1o pai de Eliaquim, oficial de Ezequias (2 Rs 18.18). 2. Sumo sacerdote no reinado de Josias, rei de Judá (2 Rs 22.4). os notáveis acontecimentos que ocorreram durante a sua vida sacerdotal, tornaram-no superior a outros sacerdotes. Ele auxiliou a grande reforma de Josias, e a celebração da Páscoa em conformidade com a vontade do rei, e descobriu no templo o livro da Lei de Moisés (1 Cr 6.13 – 2 Cr 34.14 – Ne 11.11). 3. Um levita (1 Cr 6.45). 4. outro levita (1 Cr 26.11). 5 Um sacerdote contemporâneo de Esdras (Ne 8.4 – 12.7,21). 6. Pai de Jeremias (Jr 1.1). 7. Pai de Gemarias (Jr 29.13).
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him
Uma medida de capacidade para secos, a qual continha 12 logs, cerca de 6,6 litros.
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himeneu
Nupcial. Um homem convertido ao Cristianismo pelas pregações de Paulo. Mais tarde caiu naquela heresia, segundo a qual a ressurreição já estava realizada (2 Tm 2.17). Ele, como se diz em 1 Tm 1.20, foi entregue a Satanás, o que, segundo parece, quer dizer que foi privado da comunhão dos fiéis.
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himineu
grego: pertencente a Himem (Deus do casamento) ou cântico sagrado
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hino
A igreja cristã herdou os Salmos,usando-os muito no culto público e nas devoções particulares. Aquele hino que Jesus e Seus discípulos entoaram (Mt 26.30), era o grandioso Hallel (*veja Aleluia), compreendendo os Salmos 113 a 118. Paulo recomenda o uso dos hinos (Ef 5.19 – Cl 3.16). Lucas dá-nos três hinos cristãos: o Magnificat (Lc 1.46 a 55), o Benedictus (Lc l. 68 a 79), e o Nunc Dimittis (Lc 2.29 a 32), e talvez um quarto no Gloria in Excelsis (Lc 2.14). As passagens de Ef 5.14 e 1 Tm 3.16 podem ser fragmentos de hinos cristãos.
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hinom
Gracioso
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hinom (vale de)
Vale que está situado ao sudoeste de Jerusalém, tendo cerca de 2 km de comprido. Começa na parte ocidental da cidade, estende-se na direção sueste até à Porta de Jafa, e depois forma uma curva para o sul – e ali dobra-se de repente em volta do cume a sudoeste da cidade, seguindo por fim para o oriente a juntar-se ao vale de Cedrom, ou de Josafá, em Byr Eyub. Perto desta junção está um pedaço de terreno de forma oblonga, que é o sítio de Tofete. Este vale é algumas vezes chamado o vale dos filhos de Hinom (2 Rs 23.10). Ele marcava o limite entre Judá e Benjamim (Js 15.8), e foi teatro daquele culto idólatra, que compreendia o sacrifício de crianças, conforme os ritos de Moloque (1 Rs 11.7 – 2 Rs 16.3 – 2 Cr 28.3, etc.). Finalmente era usado para receber todo o refugo da cidade, para serem destruídas pelo fogo essas imundícias. E por isso esse sítio era tomado como símbolo do lugar reservado para castigo dos maus (Mt 5.22,29,30 – 18.8,9 – Mc 9.43 a 48). (*veja inferno, Tofete.)
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hinoro arco
hebraico: balada heróicos
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hipocrisia, hipócrita
Estas palavras são derivadas do grego, significando um hipócrita aquele que faz o papel de ator no teatro. Nas referências do A.T. as palavras hebraicas fazem supor que se trata de uma profanação ou de uma pessoa profana. No N.T. a palavra emprega-se para significar, algumas vezes, uma hipocrisia consciente (Mt 6.16) – e outras, inconsciente (Mt 7.15). (*veja Fariseu.)
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hipócrita
Que tem, ou em que há hipocrisia; impostura, fingimento, simulação, falsidade.
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hipopótamo (beemote)
Bestas. (Jó 40.15a 24.) Beemote é uma palavra que se traduz por besta, animais, ou por qualquer grande quadrúpede, em Jó 35.11 – Sl 73.22 – Gn 6.7 – Êx 9.25 – Lv 11.2. Há duas espécies rigorosamente aproximadas de hipopótamos, que somente na África se encontram. Apesar da sua enorme corpulência, são capazes de veloz movimento em terra firme. São notívagos nos seus costumes. Deixam os rios e os lagos, onde vivem bem no seu elemento, e vão muitas vezes de noite praticar grande devastação nos terrenos cultivados. A sua alimentação predileta são ervas, relvas, e especialmente trigo verde. Este animal era muito procurado entre os romanos, para ser apresentado nos circos, e vinha do Egito.
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hipotecar
Sujeição de bens imóveis ao pagamento de uma dívida, sem se transferir ao credor a posse do bem gravado; garantir; assegurar
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hipotético
Fundado em hipótese, duvidoso, incerto.
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hir
hebraico: cidadão ou vigilância
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hira
Nobre, descendência nobre
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hirão
Forma abreviada de Airão, ‘irmãode um poderoso’. 1. Rei de Tiro que viveu em amistosa aliança com Davi e Salomão (2 Sm 5.11,12 – 1 Rs 9.14 – 10.22). Ele auxiliou este último rei na construção do templo, e ajudou a preparação da armada de Társis. A sua própria cidade de Tiro era célebre pela sua magnificência. As relações entre Hirão e Salomão eram contínuas e estreitas, e segundo reza a tradição, estes reis gostavam muito de propor adivinhações um ao outro. 2. Era o principal arquiteto que o rei Hirão mandou a Salomão para auxiliar a edificação do templo (1 Rs 7.13 – 2 Cr 2.13).
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hirão ou hirom
O irmão (Deus) é sublime
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hissopo
Esta palavra foi adotada do hebreu. o hissopo é, provavelmente, a manjerona, um pequeno arbusto que tem de altura cerca de 45 centímetros, com hastes direitas, delgadas e providas de folhas, possuindo além disso grandes espigas de pequenas flores. Tem um aroma picante, e nasce em muitos lugares, mesmo nos muros (1 Rs 4.33). (Êx 12.22 – Lv 14.4 – Jo 19.29 – Hb 9.19.) Como as hastes da manjerona (e muito mais da alcaparra) são muito mais flexíveis, tem-se julgado também que em Jo 19.29 está empregada a palavra ‘hissopo’ por ‘hissos’, a lança curta dos romanos.
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historicidade
Relativo à história.
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hizqui
Deus é a minha força
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hoão
Um a quem Deus costrange
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hobá
Lugar oculto
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hobabe
Querido. Era o sogro de Moisés,ou o seu cunhado. Em Nm 10.29 é ele chamado o filho de Revel, que se acha identificado com Jetro em Êx 2.18, comparando-se esta passagem com 3.1. As palavras de Jz 4.11 são em favor da identificação de Hobabe com Jetro.
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hodavias
Louvai a Jeová. l. Um descendente da casa real de Judá (1 Cr 3.24). 2. Homem da tribo de Manassés (1 Cr 5.24). 3. Um benjamita (1 Cr 9.7). 4. Um levita, que foi fundador da família dos bene-hodavias (Ed 2.40). Em Ed 3.9 é chamado Judá e Hodeva em Ne 7.43.
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hode
Glória, ou majestade
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hodes
Nova, lua nova
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hodias
Esplendor de Jeová
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hodsi
hebraico: consagrado
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hofa
hebraico: da praia, do porto
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hofni
Era filho de Eli, o sumo sacerdote. Ele e seu irmão Finéias são chamados filhos de Belial, por causa do seu péssimo comportamento (1 Sm 2.12). Eles desonraram o seu santo ministério com odiosas rapacidades e cobiças. Deus anunciou, por meio do menino Samuel, a destruição da casa de Eli (1 Sm 3.11,12), sendo aqueles sacerdotes mortos numa batalha contra os filisteus (1 Sm 4.4,11,17).
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hofra
hebraico: povoação, um veado
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hogla
hebraico: perdiz
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holez
hebraico: forte ou vigilância
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holística
Tendência, que se supõe seja própria do Universo, a sintetizar unidades em totalidades organizadas.
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holocausto
A palavra original é derivada de uma raiz que significa ‘ascender’, e aplicava-se à oferta que era inteiramente consumida pelo fogo e no seu fumo subia até Deus. Uma pormenorizada descrição dos holocaustos se pode ler nos primeiros capítulos do Levítico. Pertenciam à classe dos sacrifícios expiatórios, isto é, eram oferecidos como expiação daqueles pecados, que os oferentes tinham cometido – eram, também, sacrifícios de ação de graças – e, finalmente, constituíam atos de adoração. os altares para holocaustos eram invariavelmente edificados com pedras inteiras, à exceção daquele que foi feito para acompanhar os israelitas na sua jornada pelo deserto, e que se achava coberto de chapas de cobre. (*veja Altar. ) os holocaustos, bem como as ofertas de manjares, e as ofertas de paz, eram sacrifícios voluntários, sendo diferentes dos sacrifícios pelos pecados, pois estes eram obrigatórios – e tinham eles de ser apresentados de uma maneira uniforme e sistemática, como se acha estabelecido em Lv caps. 1 a 3. os três primeiros (holocaustos, ofertas de manjares, e as ofertas de paz) exprimem geralmente a idéia de homenagem, dedicação própria, e ação de graças – e os sacrifícios pelos pecados tinham a idéia de propiciação. os animais, que serviam para holocaustos, podiam ser reses do rebanho ou da manada, e aves – mas se eram novilhos ou carneiros, ou rolas, tinham de ser machos, sem defeito, e deviam ser inteiramente queimados, sendo o seu sangue derramado sobre o altar, e as suas peles dadas aos sacerdotes para vestuário. Havia holocaustos de manhã e de tarde – e eram especialmente oferecidos todos os sábados, também no primeiro dia de cada mês, nos sete dias dos pães asmos, e no dia da expiação. o animal era apresentado pelo oferente, que punha nele a sua mão, e depois o matava, fazendo o sacerdote o resto. Realizavam-se holocaustos nos atos de consagração dos sacerdotes, levitas, reis, e lugares – e na purificação de mulheres, dos nazireus, e dos leprosos (Êx 29.15 – Lv 12.6 – 14.19 – Nm 6 – 1 Rs 8.64). Antes de qualquer guerra também se efetuavam holocaustos, e em certas festividades, ao som das trombetas.
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holocausto (oferta queimada)
O mais comum dos sacrifícios do AT – oferecido de manhã e à tarde, todos os dias. Para pagar os seus pecados, o adorador levava ao sacerdote, voluntariamente, um animal sem defeito, impondo-lhe a mão na cabeça para manifestar identificação com ele. Depois disso, o sacerdote passava a sacrificar o animal e a queimá-lo por completo, símbolo da dedicação total da pessoa a Deus (Lv. 1).
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holofermes
assírio: capitão forte
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holom
Arenoso
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homa
hebraico: destruição ou destruidor
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homem
As principais palavras traduzidas por ‘homem’ no A.T. são : (1) Adam (Gn 1.26, etc.) É, também, um termo coletivo, que se emprega ‘por humanidade’, e que se distingue de Deus. (2) ish (Gn 2.24, etc.), um indivíduo do sexo masculino. (3) Enosh (Gn 6.4, etc.), a raça humana, como seres mortais. (4) Geber (Êx 10.11, etc.), homem na sua robustez. No N.T. as principais palavras são (1) Aner (Lc 1.27, etc.), homem da idade madura – (2) Anthropos (Mt 4.4, etc.), homem em oposição a animal.
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homem da iniqüidade
Somente em 2 Ts 2.3. (*veja Anti cristo.)
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homicida
Foi ordenado aos filhos de israel que escolhessem seis cidades para refúgio, três de cada lado do Jordão, a fim de que qualquer que matasse uma pessoa, pudesse ir para ali, fugindo assim do vingador de sangue – mas se o ato fosse cometido com intenção, devia o assassino ser entregue ao vingador, ainda mesmo que ele tivesse ido para junto do altar de Deus (Êx 21.14 – Nm 35 – 1 Rs 2.29 a 34). Quando morria o sumo sacerdote, podia o homicida deixar impunemente a cidade de refúgio. (*veja Cidade de refúgio.)
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homilética
A ciência e a arte de preparar sermões.
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homiziado
Que anda fugindo à ação da justiça.
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hor
1. Montanha na fronteira de Edom, geralmente identificada com Jebel Nebi-Harun, ao sudeste de Petra – mas preferem alguns a identificação com Jebel Madura, ao noroeste de Edom. Foi uma das estações dos israelitas, quando eles andavam na sua peregrinação pelo deserto – e ali morreu Arão, sendo lá o lugar da sua sepultura (Nm 20.22 a 29 – 21.4 – 33.37 a 41 – Dt 32.50). 2. Chamava-se Hor aquela montanhosa projeção em forma de espora que se vê do lado nordeste do Líbano, e que servia de limite ao território marcado aos israelitas, embora não fosse realmente ocupado (Nm 34.7,8).
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hor-gidgade
hebraico: montanha de Gaalade
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hor-hagidgade
Montanha
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hora
os antigos contavam o tempo desdeo nascer ao pôr do sol. o dia estava dividido em doze horas, que eram mais ou menos longas segundo a estação: e desta maneira a hora do verão era maior que a hora do inverno. Era, também, conhecida uma divisão do dia em três partes: manhã, meio-dia, e tarde (Sl 55.17). Entre os hebreus dividia-se a noite em primeira, segunda, e terceira vigília (Jz 7.19) – mas entre os romanos eram quatro as vigílias, e a estas se refere o N.T. (Mc 13.35). No N.T. temos também a divisão do dia em doze horas ou período’ (Mt 20.1 a 10 – Jo 11.9 – At 23.23), que começavam ao nascer do sol. (*veja Tempo.) Em muitas passagens emprega-se o termo hora para exprimir uma curta duração de tempo, ou mesmo uma determinação de tempo (Dn 3.6,15 – 4.33 – Mt 8.13 – 10.19). A freqüente frase ‘na mesma hora’ significa ‘imediatamente’ (Dn 5.5 – At 16.18).
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horacio
Visível, evidente
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horanaim
Duas cavernas
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horão
Montanhês
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horda
Bando indisciplinado; malfazejo
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horebe
Uma terra deserta. o mesmo monte sagrado, queem outros lugares se chama Sinai. Foi aqui que Moisés viu a sarça ardente (Êx 3.1) – que a rocha foi ferida para dela sair água para os israelitas (Êx 17.6) – e que os israelitas acamparam por onze meses, e receberam a Lei (Dt 1.2 e seguintes – 4.10 a 15 – e seguintes capítulos). E foi também neste lugar que os hebreus provocaram o Senhor, fazendo e adorando o bezerro de ouro (Êx 33.6). Horebe não é mencionado nas referências do N.T. (*veja Sinai.)
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horem
Sagrado, vedado
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horeus
Habitantes da caverna. os primitivos habitantes do monte Seir, aliados dos emins e refains (Gn 14.6). Tinham os seus príncipes, e eram poderosos antes de Esaú ter conquistado o seu país. os horeus e os edomitas parece terem sido mais tarde um só povo (Dt 2.12,22 – Jz 5.4). As cavernas da sua habitação ainda hoje se vêem nas colinas arenosas, e nas montanhas de Edom.
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hori
Morador de caverna
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hormá
Consagrado, ou um asilo. Era a cidade real dos cananeus, que foi conquistada por Josué (Nm 21.3), e cedida a Simeão. Chamava-se, em tempos primitivos, Zefate (Jz 1.17). Até ali chegaram aqueles israelitas, que prematuramente tencionavam ocupar a terra (Nm 14.45 – Dt 1.44). Não está identificado o lugar.
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horonaim
hebraico: cidade de duas cavernas
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hortelã
Diversas espécies desta planta, que se usa como condimento, cultivam-se na Palestina. A única menção que desta planta se faz na Bíblia é uma referência à escrupulosidade ostentosa e hipócrita dos fariseus, quando pagavam o dízimo das mais pequenas plantas dos seus jardins (Mt 23.23 – Lc 11.42).
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hortencia
Aquela que cultiva o jardim, horticultora
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hortensia
Aquela que cultiva o jardim, horticultora
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hosa
Refúgio
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hosaias
Quem Jeová Ajuda
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hosama
o Senhor já nos ouviu. Um dos filhos de Jeconias ou Joaquim, rei de Judá (1 Cr 3.18). Nada se diz a respeito dos filhos de Jeconias, quando se descreve a prisão de seu pai por Nabucodonosor, embora sejam mencionadas as suas mulheres e a sua mãe. Deve-se notar que o que está escrito em Jr 22.30 não é uma predição de que nenhum deles seria rei.
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hosana
’Salva-nos, te pedimos.’ A saudação de numerosas pessoas, que viram passar o Salvador, na ocasião da sua entrada triunfal em Jerusalém. Era uma forma de louvor, muito conhecida entre os judeus (Mt 21.9,15 – Mc 11.9,10 – Jo 12.13). o Salmo 118, do qual foi tirada a exclamação hosana, era familiar aos israelitas, e mesmo às crianças, pois que os versos 25 e 26 eram recitados na festa dos Tabernáculos, sendo então, também, cantado o grande Hallel (Sl 113 a 118) por um dos sacerdotes – e em certos intervalos as multidões agitavam os seus ramos de salgueiro e de palmeira, gritando hosana ou aleluia. No decorrer do tempo os ramos de salgueiro se chamaram hosanas, e o sétimo dia da festa era denominado a grande hosana.
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hosmom
hebraico: solo fértil
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hospitalidade
Conceder hospitalidade éum dever, reconhecido tanto no Antigo como no Novo Testamento. Era uma virtude patriarcal (Gn 18.3) – estava prescrita na Lei (Lv 19.33,34) – implicava responsabilidade pela segurança do hóspede (Gn 19.6 a 8) – e a sua violação tinha mais importância que um caso meramente pessoal (Jz 19 e 20). Ser hospitaleiro é considerado um dever cristão (Rm 12.13 – Hb 13.2 – 1 Pe 4.9), mais especialmente no caso de um bispo ou um superintendente (1 Tm 3.2). As circunstâncias em que se achava a igreja Primitiva tornavam os cristãos particularmente dependentes de tal auxilio.
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hoste
Corpo de exército; tropa; exército; multidão. Exemplo: hoste angelical; hoste inimiga.
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hostes
Tropas, exércitos.
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hota
hebraico: selo, sinete
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hotão
Selo
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hotir
Abundância
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hozai
hebraico: vivente ou Jeová está vendo
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hucoque
Coisas determinadas
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hufa
hebraico: da praia, porto ou protegido
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hufão
Morador da costa do mar.
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hul
Círculo
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hulda
Doninha. Profetisa que foi consultada pelo rei Josias (2 Rs 22.14 – 2 Cr 34.22). (*veja Hilquias.) Em 2 Rs 22.14 se diz que Hulda habitava em Jerusalém, na Cidade Baixa, isto é, na parte mais baixa da cidade.
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humanização
Ato ou efeito de humanizar-se.
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humildade
Uma humilde disposição espiritual. o paganismo não tinha qualquer palavra para significar a graça e beleza da humildade. os termos correspondentes queriam dizer fraqueza e baixeza da alma. A humildade é preciosa aos olhos de Deus (1 Pe 3.4) – revela que mais graça será dada a quem a possuir (Sl 25.9 – Tg 4.6) – conserva a alma na tranqüilidade e contentamento (Sl 69.32,33), e gera a paciência e resignação nos momentos de grandes infelicidades (Jó 1.21). Jesus nos deu o grande exemplo de humildade (Fp 2.6 a 8). As maiores promessas de felicidade são feitas aos humildes (Sl 147.6 – is 57.15 – Mt 5.5 – 1 Pe 5.5).
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hunta
Lugar Cercado
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hupa
Coberto
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hupim
Cobertura ou proteção
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hur
Branco. l. Um homem que juntamentecom Arão sustentava as mãos de Moisés em Refidim (Êx 17.10). Ele e Arão foram encarregados da direção do povo, enquanto Moisés se conservava no monte Sinai (Êx 24.14). Segundo a tradição judaica, era ele o marido de Miriã. 2. Filho de Calebe e de Efrate (1 Cr 2.19,20). Pertencia à ilustre família dos Peres, e tinha três filhos, que fundaram as três cidades de Quiriate-Jearim, Belém, e Bete-Gader. Depois de Hur, na linha direta, veio Salma ou Salmom (Rt 4.20), que se chamou o ‘pai dos belemitas’, cujo filho foi Boaz, o progenitor direto de Davi (1 Cr 2.51,54 – Rt 4.21). Mas o próprio Hur é também algumas vezes chamado o pai de Belém. ‘Abi-Belém’ (Êx 31.2 – 35.30 – 1 Cr 2.19,50 – 4.1,4). 3. Rei de Midiã, que foi morto com Balaão (Nm 31.8). 4. Um dos provedores de Salomão no comissariado do monte Efraim (1 Rs 4.8). 5. o pai de Refaías, que ajudou Neemias na reparação dos muros de Jerusalém (Ne 3.9).
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hurai
Nobre, nobre
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hurão
hebraico: nobre, ingênuo
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huri
Tecelão
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husá
Pressa
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husabe
Estabelecida
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husai
hebraico: apressando-se
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husai/husão
Apressado
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husão
hebraico: colérico, grande presa
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husate
hebraico: presa
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husim
Aquele que é apressado
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huz ou hus
hebraico: fértil
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huzabe
hebraico: cidade rainha
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huzate
hebraico: prega
I
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iago
Aquele que supera
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iamuarte
hebraico: altura
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iara
Mãe das águas
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iarnun
hebraico: sono
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iave
Ele causa que venha a ser
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ibar
Quem ele escolhe
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ibelão
Devorador do povo
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ibelea
hebraico: o povo falha, quem devorará o povo, ou lugar de vitoria
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ibnéia
Aquele que Jeová edificará
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ibneias
hebraico: Jeová edifica
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ibnijas
hebraico: Jeová edifica
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ibrahim
Pai da multidão
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ibrí
Atravessar
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ibsa
hebraico: ilustre
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ibsão
Alegre, Agradável
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ibzã
Esplêndido
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icabô
Onde está a glória?
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icabode
Nenhuma glória. Filho de Finéias, neto de Eli, o sumo sacerdote. Ele foi assim chamado por sua mãe, porque na ocasião do seu nascimento chegou aos ouvidos dela a terrível notícia da perda da arca e da morte de seu sogro, tendo também morrido no combate com os filisteus o seu marido. E o abalo foi tão grande que ela também morreu (1 Sm 4.19 a 22 – 14.3).
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icaro
Personagem mitológico que tentou voar com asas de cera
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icônio
É a capital da Licaônia, que SPaulo visitou (At 13, 14, 16.2 – 2 Tm 3.11). Licaônia era o nome que tinha sido dado ao planalto no centro da Ásia Menor – e a importância de icônio provinha de estar situada na linha direta da comunicação entre Éfeso, Antioquia e o Eufrates. Foi a boa situação da cidade, atravessada pelas estradas militares romanas, que fez de icônio um bom lugar para trabalhos missionários. É a moderna Konia. (*veja Paulo, Barnabé, Antioquia .)
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icutiel
hebraico: o temor do Senhor ou Deus e poderoso
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idala
O que Deus tem mostrado
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idalia
latim: que viu o sol, grego: sol flamejante
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idbas
Melado
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idia
hebraico: louvor do Senhor ou conhecido do senhor
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idida
hebraico: louvor do Senhor ou conhecido do Senhor
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ido
Amado. l. Um provedor de Salomão (1 Rs 4.14). 2. Um descendente de Gérson, o levita (1 Cr 6.21). No versículo 41 é Adaías. 3. Filho de Zacarias, da tribo de Manassés (1 Cr 27.21).4. Profeta e vidente que acusou Jeroboão, filho de Nebate (2 Cr 9.29). o escritor Josefo julga ter sido este profeta aquele que foi morto por um leão (1 Rs 13). As obras de ido, das quais não há vestígio algum, constituíam um repositório do historiador, e faziam parte da literatura histórica e profética. *veja 1 Cr 27.21 – 29.29 – 2 Cr 12.15 – 13.22, etc.
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idólatra, idolatria
idólatra é o adorador de ídolos, a idolatria é o culto que lhes é prestado. No A.T. o pecado da idolatria é explicitamente condenado no primeiro e segundo mandamentos (Êx 20.3 a 5) – e o seu castigo, no caso de transgressão nacional, está claramente determinado (Dt 4.15 a 28). Apareceu esse culto na idade patriarcal (Gn 31.19 – 35.2) – influenciava s israelitas no Egito (Êx 12.12 – e *veja Js 24.14) – foi praticado no deserto pelos hebreus (Êx 32.1 a 4) – e o povo teve na sua frente a idolatria ao entrar na Terra da Promissão (Jz 2.3) – tornou-se terrível mal no tempo dos reis, especialmente no reinado de Acabe (1 Rs 16.33) – foi a causa de ser julgado por Deus o povo escolhido (Am 5.26, 27) – e era freqüente objeto das denunciações proféticas. o pecado da idolatria era, sob a Lei, castigado com a morte, quer se tratasse do indivíduo (Êx 22.20), quer de uma comunidade (Dt 13.12 a 16) – e o induzidor da idolatria era tratado com igual severidade (Dt 13.6 a 11). No N.T. fala-se da avareza, como sendo também idolatria (Cl 3.5 – cp. com Mt 6.24) – mas a própria idolatria em si sempre inquietou os convertidos à religião de Jesus (At 15.20 – 17.16). Eles tinham de ser guiados com respeito à convivência com os idólatras (1 Co 5.10), e relativamente à comida de alimentos, expostos para venda, e que tinham sido oferecidos aos ídolos (At 15.29 – 1 Co S. 1). Quando o Cristianismo se tornou dominante na Europa, foi a idolatria proibida por lei, no ano 324 d.C., sendo imperador Constantino Magno, e no ano 392, governando o imperador Teodósio.
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idolatria
Adoração a deus falsos, às vezes por meio de imagens. Qualquer coisa que nos afaste da adoração ao único Deus verdadeiro (Rm 1.18-25)
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idolo
A palavra ídolo vem do grego eidólon, e significa ‘imagem’. É, pois, uma representação da divindade, de que se faz objeto de culto, usurpando essa imagem o lugar de Deus, e recebendo a adoração ou o culto que só a Ele é devido. No A.T. aquelas palavras que mais freqüentemente se empregam para significar um ídolo ou imagem são: (1) Tselem, imagem – cp. Gn 1.26 com Ez 16.17 e Dn 3.1. (2) Pesel, imagem de escultura (Êx 20.4). (3) .Vassekah, uma imagem de fundição (Êx 32.4). (4) .Watstsebah, a pedra sagrada – cp. Êx 23.24 e 2 Rs 3.2 com Gn 28.18. (5) Gillulim, significação incerta, mas provavelmente um termo de desprezo, tão livremente empregado por Ezequiel, tratando-se de ídolos (*veja Ez 6.4, e seguintes). (6) Elil, igualmente termo de desprezo, implicando, provavelmente, falta de poder (como em Sl 96.5). (7) Atsab, significando ou uma figura (*veja Sl 115.4), ou uma causa de dor. (8) Terapkim, deuses domésticos ou pessoais (Gn 31.19 – Jz 17.5). os ídolos eram em alguns casos feitos, inteiramente ou em parte, de prata, ou de ouro (Êx 32.3, 4 – is 2.20). Havia fabricantes regulares de ídolos (Hc 2.18, 19). os ídolos eram postos nos templos, e também em casas (Jz 17.5 – 1 Sm 5.2). Sacrifícios e presentes lhes eram oferecidos (os 2.8 – 4.13). No N.T. são os ídolos uma característica especial da vida religiosa do mundo gentílico. os que se convertiam à fé cristã abandonavam-nos (1 Ts 1.9) – e tinham de observar certos cuidados para que não se manchassem com os costumes idólatras (At 15.29). Alguns doutrinadores da primitiva igreja consideravam a profissão de fazer ídolos coisa igual ao ato de lhes prestar qualquer culto (Tertuliano, De idol. c. 6).(*veja idólatra, idolatria, imagem.)
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idolos do lar
imagens, que algumas vezes na sua forma e grandeza eram como homens, e estavam em conexão com ritos de magia (1 Sm 19.13 a 16). Eram objetos de idolatria, em uso nos cultos domésticos (Gn 31.19 e 30 – Jz 17.5 – 18.14 a 20) – foram consultados pelos israelitas para fins oraculares (Zc 10.2), e pelos babilônios no caso de Nabucodonosor (Ez 21.21).
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idôneo
Apto; capaz
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idox
hebraico: senhor idoso
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iduméia
É a forma grega de Edom. *vejaesta palavra (Mc 3.8).
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ie-semes
hebraico: cidade do sol
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ieda
Favo de mel
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iedez
hebraico: meu pai e auxílio
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ielon
hebraico: escondido
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iemanja
Rainha do mar
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ifdéias
A quem Jeová resgata – Torna livre
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iftá
Abre
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iftá-el
Deus abre
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iftael
hebraico: Deus abre, ou liberta
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igal
Quem Deus vingará
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igdalias
hebraico: o Senhor engrandecera
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igeal
hebraico: Ele remira
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ignomínia
Grande desonra; infâmia
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igreja
Quando se realiza a união entreJesus Cristo e o pecador, estabelece-se naturalmente uma relação de fraternidade entre aqueles que estão em comunhão com Cristo. Uma reunião de crentes é, portanto, um produto da obra redentora do nosso Salvador, é a sociedade de todos aqueles que estão em direta relação com Ele próprio. Esta sociedade é designada de várias maneiras no N.T. – mas o seu mais importante título, o mais característico na presente idade, é o de ‘igreja’. ocorre para cima de cem vezes no N.T. A palavra grega que está traduzida por igreja (ecclesia), significa uma assembléia ou congregação, e por este termo se acha vertida na Bíblia de Lutero. Quando começou a igreja? Geralmente se fala do dia de Pentecoste como sendo o do nascimento da igreja, porque foi então que, pela primeira vez, constituíram os crentes um corpo espiritual pela presença íntima do Espírito Santo. Mas em certo sentido começou realmente a igreja cristã quando dois dos discípulos de João Batista, ouvindo falar o seu mestre do Cordeiro de Deus, se uniram a Jesus (Jo 1.37). E já antes havia a igreja judaica ou congregação, por todo o tempo do Antigo Testamento. o termo ‘igreja’ acha-se, pela primeira vez nos lábios do Salvador, em Mt 16.18, e logo depois em Mt 18.17 – e são estas as únicas ocasiões em que se menciona a palavra nos Evangelhos. E isso mostra que foi intenção de Jesus fundar uma sociedade de caráter permanente. Como começou a igreja? Querendo servir-nos do dia de Pentecoste como uma ilustração típica, pode-se dizer que a igreja começou pela aceitação da Palavra de Deus, pregada pelo apóstolo Pedro. Deste modo ficaram os crentes unidos a Cristo, e uns aos outros Nele. A ordem precisa dos acontecimentos devia ter sido cuidadosamente observada. Cristo era pregado, depois era aceito pela fé, e em seguida pela sua influência eram os arrependidos crentes filiados à igreja. Havia um determinado contato de cada crente com Deus, pela obra da fé, no que respeita ao homem, e pela operação do Espírito Santo no que respeita a Deus. Em seguida vinha o ato ministerial do batismo. A narrativa, que se acha em At 2, dá no N.T. uma idéia da igreja, nas suas linhas essenciais. Qual a razão da existência da igreja? Geralmente, foi para glorificar a Deus (Ef 3.10 – 1 Pe 2.9), mas especialmente para manter a fraternidade entre os cristãos, para dar testemunho ao mundo em nome de Cristo, e para maior extensão dos princípios evangélicos. E desta forma a igreja satisfez o instinto social, e ao mesmo tempo o proveu dos meios a empregar para estabelecer o Cristianismo no mundo. E nisto está o grande valor da igreja: ao passo que cada crente se salva pela sua união com Cristo, é, também, santificado, não isoladamente, mas em associação com outros. o lar, a escola, a aldeia, a vila, a cidade, o país, são ilustrações da vida social, que tem religiosamente a sua expressão na igreja. o termo ‘igreja’ acha-se no N.T. em três diferentes acepções, embora estejam associadas. o mais antigo emprego da palavra refere-se aos cristãos de uma casa, ou de uma cidade, isto é, aos crentes de um só lugar. Em seguida nota-se um sentido mais vasto, significando um agregado de igrejas por certo tempo em diferentes lugares (1 Co 10.32 – 12.28) – e alarga-se a significação do termo até ao ponto de abranger de um modo universal os cristãos de todos os tempos e de todos os lugares, constituindo o ‘Corpo de Cristo’ (At 20.28 – Ef 1.22 – Cl 1.18). A igreja deve, portanto, ser encarada nos seus aspectos de vida interior e de vida exterior. Esta distinção faz-se, algumas vezes, por meio dos termos ‘invisível e visível’, segundo é considerada a igreja quanto à sua Cabeça espiritual, ou à sua organização terrena – ou segundo a sua vida espiritual e a sua existência temporal. A igreja é invisível pelo que respeita ao seu Chefe Divino e à sua vida espiritual – mas é visível em relação àqueles que a formam. os dois aspectos, se os relacionarmos, não se harmonizam sempre de um modo exato. Um homem pode pertencer à igreja visível, sem que por esse fato pertença à igreja invisível. Pode ser membro da sociedade exterior, sem que isso signifique que esteja espiritualmente unido a Cristo. Tendo a vida da igreja tomado diversas formas na sua existência de 20 séculos, somente podemos aceitar como absolutamente necessário para o seu bem estar o que se acha no N.T. importa observar que nunca se empregou o termo ‘igreja’ no N.T. para significar um edifício, mas sempre em relação com o povo crente em Jesus Cristo. Uma estrita exatidão nos levará a evitar a expressão ‘igreja de Cristo’ – porquanto o singular nunca é usado. Usa-se o plural desta maneira – ‘igrejas de Cristo’. É, também, muito importante ter em vista a idéia da igreja Universal como primitivamente espiritual, sendo mais um organismo do que uma organização. É esta idéia espiritual da igreja a que predomina na epístola aos Efésios, e por ela devíamos ser orientados a respeito da igreja local, da universal, e do ministério. A verdadeira doutrina da igreja pode resumir-se nas bem conhecidas palavras: ‘onde está Cristo, ali está a Sua igreja.’ E se nos perguntarem: ‘onde está Cristo?’ a resposta deve ser: ‘Cristo está onde opera o Espírito Santo, porque é somente esta força divina que realmente apresenta Cristo aos homens.’ E se ainda formos interrogados de outra maneira: ‘onde está o Espírito Santo?’ a resposta é óbvia: ‘o Espírito Santo se mostra pela Sua graça e poder nas vidas das pessoas.’ Devemos ter muito cuidado em não dar valor excessivo à posição e importância da igreja. A expressão ‘por meio de Cristo para a igreja’ é inteiramente certa – ‘da igreja para Cristo’ é somente certa em parte. Nunca devemos colocar a igreja entre o pecador e o Salvador – mas se, por outro lado, exaltarmos e honrarmos a Cristo, terá sempre a igreja o seu próprio lugar, e será apreciada como deve ser. Devemos, também, ser cuidadosos em não depreciar a posição da igreja. o cristão precisa da igreja para tudo aquilo que está relacionado com o culto – a fraternidade, a evangelização, e a edificação. Devemos cultivar a unidade da igreja e s fraternidade da maneira mais prove
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iguaria
Comida fina, delicada e/ou apetitosa – Comida preparada.
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iim
hebraico: ruínas
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ije abarim
hebraico: ruínas de Abarim
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ijim
hebraico: ruínas
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ijom
Ruínas
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ilai
Supremo
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ilha
A palavra hebraica que na Bíblia é traduzida por ilha, quer antes dizer terra habitável, significando geralmente terras distantes. Deste modo em Gn 10.5, ‘as ilhas das nações’, há referência tanto ao litoral como às ilhas do mar Mediterrâneo – mas nos caps. 26 e 27 de Ezequiel as ilhas são os países distantes, com os quais comerciava a cidade de Tiro, tanto para o oriente como para o ocidente, incluindo mesmo, talvez, a África oriental e a india (27.15). isaías (20.6) refere-se às terras marítimas de Canaã. As ‘ilhas do Mar’ são geralmente as ilhas e praias do Mediterrâneo ocidental.
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ilharga
Lado do ventre
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ilhargas
Lado do ventre
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ilibar
Tornar puro, sem mancha, purificar, depurar, reabilitar, justificar.
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ilicitude
Qualidade de ilícito, ilegal.
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iliria
grego: gozo
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ilirico
Província romana, situada na costa oriental do mar Adriático, que separa a Grécia da itália. Fica ao noroeste da Macedônia e foi teatro dos trabalhos de Paulo (Rm 15.19). Achava-se dividida pelo rio Drilo, chamando-se a parte do norte a ilíria Bárbara, e a parte do sul a ilíria Grega. Este país compreendia a Dalmácia (2 Tm 4.10), que por último deu o seu nome a toda a região que se estende do Epiro às terras da itália.
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imaculado
Que não tem mácula ou mancha de pecado, puro, inocente.
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imagem
É uma representação artificial de alguma pessoa ou coisa, a qual se usa como objeto de adoração. E, nesta circunstância, é sinônima de ídolo. Mica, indivíduo da tribo de Efraim, mandou fazer uma imagem de prata (Jz 17.3,4). Além disso, persuadiu um levita a que fosse seu sacerdote. Era esta imagem consultada como oráculo, e publicamente foi instalada junto dos danitas. o neto de Moisés tornou-se seu sacerdote, e o cargo continuou a ser exercido na sua família (Jz 18.4 a 6 e 14 a 31). Gideão também fez uma estola sacerdotal com o ouro tirado ao inimigo, e a colocou em ofra (Jz 8.24 a 27) – essa estola tornou-se um ídolo que trouxe grande mal a israel e a Gideão.
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imanência
Qualidade do que está em si mesmo, e não transita a outrem. Eis os atributos que caracterizam a imanência divina: onipotência, onisciência e onipresença.
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imanente
Que existe sempre em um dado objeto e inseparável dele.
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imarcescível
Que não pode murchar; imperecível
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imensurável
Que não pode ser medido; não mensurável; incomensurável.
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imer
hebraico: loquaz, ou ele prometeu
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iminente
Próximo; a qualquer momento
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imna
Prosperidade
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imolado
Morto; sacrificado; diz da vítima do sacrifício.
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imolar
Sacrificar
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imortalidade da alma
1. Nos autores não cristãos. Heródoto, historiador grego que viveu alguns séculos antes de Cristo, diz-nos que os egípcios foram os primeiros que ensinaram a imortalidade da alma humana. Logo depois Platão ensinou ao mundo grego a mesma verdade, dizendo ter aprendido essa doutrina de outro filósofo, chamado Pitágoras. Platão baseou uma boa porção dos seus ensinamentos morais nesta grandiosa crença. o ser bom ou o ser mau é que determina o futuro da alma, sendo pitorescamente descritos os tormentos dos maus, e a felicidade dos bons. 2. Na Sagrada Escritura, ‘E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida; e o homem tornou-se alma vivente.(Gn 2.7). A alma é a combinação do corpo e do fôlego de vida, quer dizer, sem corpo não há alma e sem fôlego de vida também não há alma. O fôlego de vida é a mesma coisa que espírito (Jó 27:3). Quanto à vida futura, a Escritura claramente nos ensina que o corpo volta a ser pó e o espírito, ou fôlego de vida, volta para Deus. ‘Eis que todas as almas são minhas; como o é a alma do pai, assim também a alma do filho é minha: a alma que pecar, essa morrerá.’ Ezequiel 18:4. Nós aspiramos possuir a imortalidade. A Bíblia usa a palavra alma 1600 vezes, mas nunca usa a expressão: ‘alma imortal’. Receberemos a imortalidade quando Jesus voltar (1Tim 6:16 e Rom 2:7).
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impenitente
Que persiste no erro ou no crime
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impenitentes
Que persiste no erro ou no crime.
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imperativo
Que ordena, ou exprime uma ordem; autoritário.
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imperfeição
Qualidade de imperfeito; defeito, incorreção.
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império romano
o império Romano está em relação com a história do povo hebreu a partir do ano 161 (a.C.), mais ou menos. Judas Macabeu (representante do mais antigo ramo da família de Arão), que numa patriótica revolta contra os sírios tinha alcançado a independência dos judeus, tornando-se seu governador, concluiu uma aliança defensiva com o senado romano. Todavia, no ano 63 (a.C.), Pompeu mandou um exército para a Judéia e tomou Jerusalém. Desde então estiveram os judeus, na realidade, debaixo do domínio de Roma, embora Hircano (que era da família de Judas Macabeu) conservasse uma soberania nominal. o ministro de Hircano, como Antipáter, cujo filho se tornou conhecido na história pelo nome de Herodes, o Grande, tomou o título de rei por favor de Antônio, no ano 40 (a.C.), sendo confirmada a sua posição por César Augusto. Apesar disso foram os judeus todo este tempo tributários de Roma, sendo os seus príncipes procuradores de Roma. os soldados romanos estavam aquartelados em Jerusalém no tempo de Herodes. Desterrado Arquelau, no ano 6 (d.C.), tornou-se a Judéia uma dependência da Síria, sendo governada por um procurador romano, que residia na Cesaréia. Quanto à Galiléia e territórios adjacentes, foram governados pelos filhos de Herodes e outros príncipes de ordem inferior. Tais eram as relações em que estava o povo judeu com o governo de Roma, quando principiou a história do N.T. Algumas das cidades das províncias conquistadas ou anexadas eram ‘livres’, isto é, governadas pelos seus próprios magistrados, e isentadas de ocupação uma guarnição romana. Eram desta sorte Tarso, Antioquia da por Síria, Atenas, Éfeso, Tessalônica. outras cidades tinham o nome de ‘colônias’: eram certas comunidades de cidadãos romanos, que tinham sido mudadas, como guarnições da cidade imperial, para uma terra estrangeira. Tais eram Filipos, Corinto, Trôade, e Antioquia de Pisídia. Sobre as províncias pesavam grandes impostos em beneficio de Roma e dos seus cidadãos. os tributos eram ‘dados de renda’, pagando os ‘rendeiros’ uma determinada quantia a Roma, arrancando depois aos provincianos o mais que eles podiam. os cobradores, gente de inferior classe, foram os publicanos do N.T. o império Romano teve a sua parte na preparação do mundo para Cristo, e no auxílio prestado à propagação do Cristianismo. (*veja Jesus Cristo.)
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ímpeto
Manifestação súbita e violenta
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impetuoso
Manifestação súbita e violenta; encolerizado
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impetuoso = veemente
Manifestação súbita e violenta
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impiedoso
Que não tem piedade; sem compaixão.
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impigem
Doença de pele, que desqualificava o descendente de Arão para servir no templo (Lv 21.20). Para o sacrifício, coisa alguma se podia oferecer que tivesse impigens (Lv 22.22).
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ímpio
Cruel; sem dó; impiedoso; sem compaixão
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implementar
Dar executar a (um plano, programa ou projeto)
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implicar
Envolver, importar, demandar, requerer.
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implícita
Que está envolvida, mas não de modo claro; tácita, subentendida.
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implícito
Subentendido, claro, mas não explícito.
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imprecação
Pedir que envie a alguém males ou bens
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imprecar
Pedir ou rogar com instância
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imprescindível
Que não se pode dispensar ou abrir mão, pôr de lado, renunciar.
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impropério
Palavra ofensiva; vitupério; injúria
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improviso
De repente; súbito; subitamente; repentino; inesperado.
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impudente
Sem vergonha
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impudícia
Sem pudor; sem vergonha.
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impudicícia
Sem pudor; sem vergonha
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impugnada
Contestada; opor-se
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impugnar
Contrariar com razões; refutar; dizer em contrário; desmentir; desaprovar
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impulsivo
Que age irrefletidamente, obedecendo ao impulso do momento.
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imputado
Atribuído; dar; conceder
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imputar
Atribuir (a alguém ou a alguma coisa) a responsabilidade de…
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imundícia
v. imundo
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imundo
Sob a Lei de Moisés, certos atos e condições acarretavam uma determinada impureza, tornando-se depois necessária uma purificação cerimonial ou sacrifício próprio. o estar imundo podia provir do parto (Lv 12) – da lepra (Lv 13.14) – de certas emissões (Lv 15) – de contato com os mortos (Nm 19.11 a 22 – 31.19, 20) ou com o corpo de um animal limpo, que morresse de alguma doença (Lv 11.39, 40 – 17.15, 16 – 22.8) – e de certos atos no sacrifício da novilha vermelha (Nm 19.1 a 10). Logo que se observava a impureza, eram providenciadas certas formas de purificação (Lv 11.24, 25, 28, 39, 40 – 15.5, 8, 21 – Nm 19.11, 22). Quando alguém, estando imundo, não fazia conhecido o seu estado, e não tratava por isso da sua purificação, precisava oferecer um sacrifício de expiação do pecado. Na vida judaica dos tempos posteriores, foi imensa a significação espiritual dos ritos de purificação em inumeráveis formalidades, que eram empregadas (conf. Mc 7.2 a 8). (*veja Alimentação imunda.)
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imune
Não sujeito; isento, livre.
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imutável
Não sujeito a mudança.
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inacessível
Que não dá acesso; a que não se pode chegar, ou onde não se pode entrar
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inacio
Ardente, fogoso
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inadvertido
Irrefletido; que revela falta de reflexão
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inamovível
Que não pode ser removido.
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incauto
Imprudente; ingênuo
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incensada
Defumada ou perfumada com incenso.
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incensário
Pequeno vaso de metal, próprio para receber do altar carvões em chama – nele era deitado o incenso pelo sacerdote, que conservava o incensário nas suas mãos (2 Cr 26.19 – Lc 1.8,9).
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incenso
Substância seca, resinosa, aromática, de cor amarela, de gosto amargo e picante, mas extremamente odorífera. A árvore, de onde se extrai a goma por incisão na casca, cresce na Arábia e na india. Chama-se, também, incenso ao fumo que se eleva pela combustão daquela substância aromática. Há duas palavras hebraicas que se traduzem por incenso – uma significa propriamente a espécie de goma – a outra refere-se ao fumo que sai do sacrifício e do incensário. o incenso era oferecido, ou juntamente com outras oblações (como em Lv 2.1), ou só sobre o altar do incenso (Êx 30.1 a 9), ou num incensário (Lv 16.12 – Nm 16.17). A preparação do incenso acha-se descrita em Êx 30.34 a 38 – e as ocasiões cerimoniais para queimar o incenso em Êx 30.7,8 – igualmente no dia da expiação era posto o incenso sobre o fogo (Lv 16. 12, 13). No N.T. é somente mencionado o incenso em relação com o culto do templo (Lc 1.10, 11), e no Apocalipse (5.8 – 8.3,4 – e 18.13). os seus vapores aromáticos eram considerados símbolo da oração que sobe até Deus (Sl 142.2 – Ap 5.8 – 8.3, 4), dando, de certo modo, uma idéia da perfeição de Deus nos vários elementos que entravam na sua composição. Também eram uma manifestação típica da intercessão de Cristo. Durante os quatro primeiros séculos da igreja cristã não há indicio algum do uso do incenso no culto cristão, embora isso fosse vulgar nos serviços religiosos do paganismo. o uso do incenso em fumigações apareceu mais tarde, constituindo depois um rito.
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incesto
Relações sexuais entre consagüineos. São proibidas severamente no AT (Lv 18,6-18; 20,11-21; pena de morte). São Paulo repreende com rigor um caso ocorrido em Corinto (1Cor 5,1-15). A Igreja condena o incesto como pecado de especial gravidade. Também outras culturas e religiões o proibem. É considerado, também, incesto o trato sexual entre parentes próximos por afinidade.
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incircunciso
1) Meninos ou homens de quem não se tirou a pele que envolve a extremidade do pênis (Gn 17.14). V. Circuncisão 2) Figuradamente, o coração não-responsivo é dito incircunciso (At 7.51), ou seja, não-consagrado ao Senhor. 3) Os gentios eram chamados incircuncisos (Ef 2.11), mas Paulo disse que a verdadeira circuncisão é a […] do coração (Rm 2.29). V. Tofete
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incisivo
Decisivo, pronto, direto, sem rodeios.
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inclinar-se
Curvar o corpo foi sempre uma forma usual de saudação, sendo um ato expressivo de respeito e reverência pela pessoa saudada, e de humilde deferência da que saúda (Gn 24.26, 48 – 1 Rs 1.53 – 2.19). Jacó inclinou-se diante de Esaú sete vezes (Gn 33.3).
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inclusivo
Que inclui, encerra, abrange.
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incólume
São e salvo; ileso
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incondicional
Não sujeito a condições; total, absoluto, irrestrito, integral.
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incondicionalmente
Não sujeito a condições; total, absoluto, irrestrito, integral; incondicionado.
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inconteste
Que não é conteste, afirmativo.
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incontinência
Sensualidade; luxúria; perversão de costumes
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incontinente
Sem demora; sem interrupção
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incrementado
A que se deu incremento; desenvolvido, aumentado.
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increpada
Censurar asperamente.
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increpar
Repreender
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incruento
Em que não houve derramamento de sangue, que não custou sangue.
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inculcar
Dar a entender, demonstrar.
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inculpado
Isento de culpa; inocente
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inculta
Não cultivado; sem cultura; rude, agreste, árido.
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incursão
Entrada, penetração.
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indagar
Procurar saber; procurar; investigar
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indébito
Que não é devido; que não tem razão de ser.
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indecoroso
indecente, indigno, vergonhoso
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indelével
Desistir de; renunciar, resignar.
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india
Embora a india seja mencionada apenas duas vezes na Bíblia, e isso no livro de Ester (1.1 – 8.9), há, contudo, outras provas de que mesmo em tempos muito primitivos tiveram os judeus algum conhecimento daquele pais, ou pelo menos de certas mercadorias, vindas dali. Estes gêneros eram trazidos em récuas de camelos através da Arábia, ou pelo mar ao longo das costas do oceano indico. o negócio estrangeiro no reinado de Salomão foi grande em produtos da india, e diz-se que mesmo o estanho era importado daquela região. A afirmação, em Et 1.1, de que o rei Assuero governava desde a india até à Etiópia, fixa a extensão dos domínios persas no oriente até ao rio indo. o nome hebreu Hodu é uma abreviação de Honadu, sendo ele próprio idêntico ao nome original e local do indo-Hindu, ou Sindu, o grande rio, e ‘Hapta Hendu’. A india da Bíblia era a moderna Punjabe, não toda a península, e fazia parte do território conquistado por Alexandre Magno.
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indignação
Repulsa; revolta
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indiscriminado
Não distinguido, não separado.
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indisfarçável
Não disfarçável; que não encobre, oculta.
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indisposição
Desavença, zanga.
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indissolubilidade
Qualidade daquilo que não se pode dissolver.
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individualização
Ato ou efeito de individualizar-se.
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índole
Propensão natural, tendência característica, temperamento.
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indolente
Preguiçoso; negligente
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indulgente
Clemente; tolerante; pronto à perdoar
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indulto
Perdão; graça
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indumentária
Traje; indumento; induto; vestuário.
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induzir
Causar, inspirar, incutir; instigar, incitar, sugerir, persuadir.
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inefável
Que não se exprimir com palavras; indizível
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inepto
Incapaz
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inerentemente
Que está por natureza inseparavelmente ligado a alguma coisa ou pessoa.
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inerte
Que tem inércia; sem atividade.
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inescrutável
Que não se pode sondar, investigar, pesquisar
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inestimável
Que não se pode estimar ou avaliar; incalculável, inapreciável.
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inexorável
Implacável, inabalável.
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inexpugnável
Que não é expugnável; invencível, indestrutível, inabalável.
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infalíveis
Que não falha; que não pode deixar de ser, de acontecer; inevitável; que nunca se engana ou erra.
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infame
Que tem má fama; que pratica atos vis
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infâmia
Perda da boa fama; má fama
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inferir
Tirar por conclusão; deduzir pelo raciocínio.
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inferno, hades
A crença popular ensina que quando uma pessoa morre, se foi boa, vai para o Paraíso; se foi má, vai para o Inferno.
Há também uma doutrina chamada purgatório, que existe em conexão com a doutrina do inferno.
Mas o que a Bíblia ensina sobre este assunto?
Se estudarmos a Bíblia com cuidado, vamos descobrir que ao Jesus voltar a esta terra, “os mortos ouvirão a Sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo”. João 5:28-29.
A Bíblia também ensina que quando Jesus voltar, Ele se assentará no Seu trono para julgar o mundo “com justiça”.
Seria possível harmonizar as doutrinas da Volta de Jesus e da Ressurreição, com a doutrina do inferno?
Se quando alguém morre, vai ou paraíso, ou para o inferno ou mesmo para o purgatório, qual seria a importância ou o significado da ressurreição e mesmo de um julgamento por ocasião da Volta de Jesus?
A Bíblia afirma que quando Jesus voltar, Ele mesmo vai separar os bons dos maus, o trigo do joio, as ovelhas dos cabritos. (Mateus 25:31-33)
A Bíblia ensina enfaticamente em Apocalipse 22:12 que somente quando Jesus regressar é que cada um receberá a recompensa segundo as suas obras.
Ao tratarmos deste assunto controvertido, queremos lembrar outra vez aos nossos queridos amigos, ouvintes, que somente a Palavra de Deus pode esclarecer e dizer a verdade. O que fugir disso é conjectura humana.
Vejamos um pouco da história:
Dante Alighieri, que viveu na Idade Média, de 1.265 a 1.321, escreveu uma obra intitulada: “A Divina Comédia”, dividida em 3 partes: Inferno, Purgatório e Paraíso.
Com esta obra, Dante abalou o pensamento teológico da época.
Infelizmente, o Inferno de Dante, estava baseado nos ensinos pagãos de Platão e Virgílio.
Os escritos de Dante influenciaram até mesmo o cristianismo, pois as características principais do Inferno, segundo a concepção hindu, persa, egípcia, grega e cristã, são essencialmente as mesmas.
O Inferno tem sido descrito como a morada dos espíritos malignos, o lugar da vingança divina, onde não há misericórdia e cujo sofrimento é sem fim.
Então nós perguntamos: Como harmonizar todas estas idéias com o ensino da Bíblia que diz que Deus é amor? Se você é um pai, admitiria a idéia de castigar um filho incessantemente? Com certeza que não! Será que Deus seria mais severo que um pai terrestre?
Há na Bíblia 4 expressões que são traduzidas por Inferno. São elas: Sheol do hebraico, e Geena, Hades e Tártaro do grego.
Analisemos brevemente estas 4 palavras usadas e traduzidas por Inferno, e então vejamos na Bíblia, as suas aplicações:
A palavra Sheol às vezes é traduzida por sepultura, como no Salmo 16:10. “Não deixarás a minha alma na sepultura”. Sheol
Também a palavra Hades significa sepultura, ou morte. Aparece 11 vezes no Novo Testamento. “Onde está ó morte a tua vitória?. Hades I Coríntios 15:55
A palavra Geena também significa “lugar de queimar”. Ocorre 12 vezes no Novo Testamento e é a forma grega de “Vale de Hinon”.
O vale de Hinon, ao sul de Jerusalém, foi o local onde o povo de Israel ofereceu sacrifícios humanos, de criancinhas, ao “deus” Moloque. Deus determinou que aquele vale seria chamado de “vale da matança” Jeremias 7:32.
Mais tarde o vale de Hinon tornou-se o local da queima de lixo e de cadáveres. Por isso o fogo e a fumaça existiam ali constantemente, e o que o fogo não destruía, os vermes consumiam. Era símbolo de destruição. Geena
A última das 4 palavras traduzidas por Inferno, é Tártato. Significa prisão, ou profundo abismo, e refere-se aos anjos caídos do céu, quando Lúcifer se rebelou contra Cristo e foi expulso de lá. Apocalipse 12:9. Acha-se uma vez mais na Bíblia, em II Pedro 2:4. Tártaro
A Palavra de Deus ensina que quando os seres humanos morrem, todos vão para o Sheol ou Hades, sepultura, quer sejam bons, quer sejam maus, justos ou injustos, salvos ou perdidos. Eles dormem o sono inconsciente da morte, e aguardam a volta de Jesus para o juízo final, bem como a recompensa que cabe a cada um. O Salmo 89:48 pergunta: “Que homem há, que viva, e não veja a morte?. e Salomão confirma: “O mesmo sucede ao justo e ao perverso”. Eclesiástes 9:2.
Sim amigos, bons e maus, justos e injustos, todos os que morreram estão na sepultura e aguardam o dia final.
Talvez isso possa surpreendê-lo, mas atualmente não existe em lugar nenhum, um inferno de fogo, queimando pecadores, como também não há almas libertas do corpo. Quando as pessoas morrem elas vão para a sepultura, para o sono da morte; ninguém vai ao Paraíso, ao Purgatório ou ao Inferno.
Exatamente agora, não existe nenhum Inferno, mas haverá sim, um Inferno, no futuro e será aqui mesmo na terra. Isso é o que a Bíblia ensina. Foi Satanás quem inventou o chamado Inferno de Fogo, para desvirtuar o caráter e a imagem de Deus. A fim de que as pessoas pensem que Deus é vingativo, cruel, queimando os ímpios por toda a eternidade. Seria isto amor? Seria isto justo?
Desde o princípio tem sido parte da obra do enganador distorcer o caráter divino, levando criaturas a terem ódio do Criador.
Graças a Deus, não existe ninguém queimando num Inferno. O Senhor não tem prazer na morte do ímpio. Deus mesmo afirma: “Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus: não tenho prazer na morte do ímpio, mas que o ímpio se converta do seu mau caminho e viva”. Ezequiel 33:11.
Por ocasião da Segunda Vinda de Cristo, os justos mortos ressuscitarão.
I Tessalonisenses 4:16. E Então receberão a recompensa.
Somente quando Jesus regressar é que os justos serão levados ao Paraíso. Lá reinarão com Cristo por mil anos e julgarão os ímpios, para comprovar a justiça de Deus. Apocalipse 20:4 e I Coríntios 6:2-3.
Após mil anos no céu, Jesus Cristo e os santos retornarão à terra. Naquela ocasião Jesus Cristo dará a recompensa aos ímpios. A Palavra de Deus afirma que quando os ímpios quiserem destruir a Cidade Santa e derrotar a Cristo e os salvos, então “descerá fogo do céu e os consumirá”. Apocalipse 20:9.
Nessa mesma ocasião, o diabo, a morte e o inferno (sepultura), também serão destruídos para sempre, pois serão lançados no lago de fogo e enxofre. Apocalipse 20:10 e 14.
Este fogo eterno – o inferno de Deus – destruirá tudo, e eliminará todo o mal: desde Satanás, o causador do pecado, até o último dos pecadores. Diz a Bíblia que quando esta terra for incendiada pelos fogos do inferno, no dia final, “todos os soberbos e todos os que cometem perversidade, serão como a palha… não sobrará nem raiz e nem ramos”. Malaquias 4:1-3
A atitude de Deus ao destruir os ímpios é chamada na Bíblia de “o ato estranho de Deus”. Isaías 28:21. Pois a destruição é contrária ao caráter de Deus, pois “Deus é amor”. I João 4:8
Um dia Deus destruirá os ímpios num inferno de fogo, aqui nesta terra. Mas, somente depois de julgá-los pois Deus é amor e justiça..
O ensino bíblico de que o inferno de fogo será somente depois do juízo final, é coerente com o caráter justo de Deus, e se harmoniza perfeitamente com as promessas da segunda vinda de Cristo e da ressurreição dos mortos.
Amados ouvintes: a idéia de um fogo de tormento eterno tem levado milhões a servirem a Deus por medo. Deus, no entanto, deseja serviço simples, franco e sincero. Em amor Ele nos salvou. Em amor Ele cuida de nós.
Se O amarmos e O servirmos de coração, não precisaremos temer os fogos do inferno, pois poderemos ter a certeza de alcançar a vitória final, a vida eterna.
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inflamar
Excitar; exaltar
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infortúnio
Infelicidade; mau
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infrutuoso
Infrutífero, estéril.
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infundir
Inspirar; colocar
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inglório
Em que não há glória.
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iniquidade
Maldade; perversidade
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iniqüidade
Maldade; perversidade
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iníquo
do Lat. iniquu
adj.,
contrário à equidade; injusto; perverso; malvado. -
injúria
Ação ou efeito de injuriar; afronta, agravo, insulto, ofensa, ultraje; aquilo que é contra o direito
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injuriar
Insultar; afrontar; injustiça
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inlá
O que Deus enche
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inquirição
Inquérito, sindicância, inquisição.
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inquirir
Fazer perguntas; indagar
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inra
Obstinado
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inri
Eloqüente
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insensato
Falto de senso; louco
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insidiosamente
Traiçoeiramente
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insignia
Sinal ou símbolo militar. As palavras hebraicas empregadas nos diversos textos significam o estandarte de uma pequena divisão do exército (Nm 2.2 – Sl 74.4), ou certo símbolo, especialmente usado como sinal de convocação do povo para fins militares, e outros (is 5.26 – 11.10, 12 – 18.3 – 30.17 – 31.9). A serpente de cobre foi levantada no deserto sobre uma haste como insígnia (Nm 21.9), e a este caso Jesus compara o fato de ser Ele próprio levantado (Jo 3.14): por conseqüência Ele chamará todos os homens a Ele, e os crentes o seguirão como a um estandarte (Jo 12.32). (*veja Bandeira, Estandarte. )
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insípido
Que não tem sabor; desagradável; tedioso; monótono.
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insolente
Grosseiro; atrevido; relutante
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insondável
Inexplicável, incompreensível.
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inspiração, revelação
Esta palavra deriva-se de in spiro, ‘soprar para dentro, insuflar’, aplicando-se na Escritura não só a Deus, como Autor da inteligência do homem (Jó 32.8), mas também à própria Escritura, como ‘inspirada por Deus’ (2 Tm 3.16). Nesta última passagem claramente se acha designada uma certa ação de Deus, com o fim de transmitir ao homem os Seus pensamentos. Ainda que se fale primeiramente de inspiração no A.T., pode o termo retamente aplicar-se ao N.T., como sendo este livro considerado também como Escritura. A palavra, significando ‘sopro de Deus’, indica aquela primária e fundamental qualidade que dá à Escritura o seu caráter de autoridade sobre a vida espiritual, e torna as suas lições proveitosas nos vários aspectos da necessidade humana. o que é a inspiração, pode melhor inferir-se da própria reivindicação da Escritura. os profetas do A.T. afirmam falar segundo a mensagem que Deus lhes deu. o N.T. requer para o A.T. esta qualidade de autoridade divina. De harmonia com isto, fala-se em toda parte da Escritura, como sendo a ‘Palavra de Deus’. Tais designações como ‘as Escrituras’ e ‘os oráculos de Deus’ (Rm 3.2), havendo também frases como esta – ‘está escrito’ -, claramente mostram a sua proveniência divina. Além disso, são atribuídas as palavras da Escritura a Deus como seu Autor (Mt 1.22 – At 13.34), ou ao Espírito Santo (At 1.16 – Hb 3.7) – e a respeito dos escritores se diz que eles falavam pelo Espírito Santo (Mt 2.15). E deste modo as próprias palavras da Escritura são consideradas de autoridade divina (Jo 10.34, 35 – Gl 3.16), e as suas doutrinas são designadas para a direção espiritual e temporal da Humanidade em todos os tempos (Rm 15.4 – 2 Tm 3.16). o apóstolo Paulo reclama para as suas palavras uma autoridade igual à do A.T., como vindas de Deus – e semelhantemente o autor do Apocalipse muito claramente coloca a sua mensagem ao nível das mais antigas Escrituras. A garantia de ter esta doutrina da Sagrada Escritura autoridade divina está no ensinamento a respeito do Espírito Santo, que foi prometido aos discípulos de Cristo como seu Mestre e Guia (Jo 14.26 – 16.13). É melhor usar o termo ‘revelação’ quando se tratar, propriamente, da matéria da mensagem, e a palavra ‘inspiração’ quando quisermos falar do método pelo qual foi revelada a mensagem. Por inspiração da Escritura nós compreendemos a comunicação da verdade divina, que de certo modo é única em grau e qualidade. Como os apóstolos eram inspirados para ensinar de viva voz, não podemos pensar que não tivessem sido inspirados quando tinham de escrever. Por conseqüência, podemos considerar a inspiração como especial dom do Espírito Santo, pelo qual os profetas do A.T., e os apóstolos e seus companheiros no N.T., transmitiram a revelação de Deus, como eles a receberam. É claro o fato de uma única inspiração das Escrituras. Mas até onde se estende esta inspiração? Revelação é a manifestação dos pensamentos de Deus para direção da vida do homem. Se a vontade divina tem de ser conhecida, e transmitida às gerações, deve ser corporificada em palavras – e para se estar certo dos pensamentos, é preciso que estejamos certos das palavras. A inspiração deve, portanto, estender-se à linguagem. Em 2 Pe 1.21, os homens, e em 2 Tm 3.16, a Escritura, diz-se serem inspirados – na verdade, não poderíamos ficar satisfeitos, considerando inspirados os homens, e não os seus escritos, porque a inspiração pessoal deve, necessariamente, exprimir-se pela escrita, se é certo que tem de perpetuar-se. A vida estende-se por toda parte do corpo, e não podemos realmente fazer distinção entre o espírito e a forma, entre a substância e o molde. Todavia, a expressão ‘inspiração verbal’ precisa ser cuidadosamente determinada contra qualquer noção errônea. A possibilidade de haver má compreensão faz que muitos cristãos prefiram a frase ‘inspiração plenária’. A inspiração verbal não significa um ditado mecânico, como se os escritores fossem instrumentos meramente passivos: ditar não é inspirar. A inspiração verbal estabelece até que ponto vai a inspiração, estendendo-se tanto à forma como à substância. Diz-nos o ‘que é’, e não ‘como é’, não nos sendo explicado o método da operação do Espírito Santo, mas somente nos é dado conhecer o resultado. Deus fez uso das características naturais de cada escritor, e por um ato especial do Espírito Santo habilitou-os a comunicar ao homem, por meio da escrita, a Sua divina vontade. observa-se esta associação do divino e do humano nas passagens como estas: Mt 1.22 – 2.15 – At 1.16 – 3.18 – 4.25. A operação do Espírito Santo junta-se com a atividade mental do escritor, operando por meio dele e guiando-o. Ainda que não saibamos explicar o modo de tal operação, conhecemos os seus resultados. Certamente esta maneira de ver a respeito da inspiração refere-se somente aos escritos, como eles saíram das mãos dos escritores originais. os manuscritos originais não foram preservados e por isso precisamos do auxílio de um minucioso criticismo textual de tal maneira que possamos aproximar-nos tanto quanto possível do tempo e das circunstâncias dos autógrafos. Esta maneira de compreender a inspiração pode ser justificada pelas seguintes considerações: (a) o uso atual da Bíblia, na vida e obra da igreja cristã, sendo acentuada a sua autoridade no ensinamento verbal. (b) Uma ponderada e sábia exegese em todos os tempos, mas especialmente em nossos dias. (c) o recurso à Bíblia em todos os assuntos de controvérsia. (d) A crença sobre este ponto nos tempos apostólicos e subapostólicos. (e) o uso do A.T. pelos escritores do N.T., notando-se 284 citações, e frases como ‘está escrito’. (f) Jesus Cristo acha apoio no A.T. para as suas considerações, como em Jo 10.30 a 36. (g) os profetas e os apóstolos consideravam-se homens inspirados (2 Sm 23.2 – Jr 36.4 a S – 1Co 2.13 – 14.37). É impossível limitar a inspiração à doutrina, e considerar a história como sujeita a circunstâncias comuns, pois que doutrina e história estão unidas de tal modo que não podem separar-se. A própria revelação de Cristo é a de uma pessoa histórica, sendo inseparáveis os fatos e as doutrinas que lhe dizem re
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instância
Insistência
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instar
Pedir com insistência; persistência
-
insuflar
Insinuar, sugerir, incutir.
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insulso
Que não tem sal; insosso; que não tem sabor; insípido.
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insurreição
Rebelião, revolta, oposição violenta.
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inteireza
Integridade física ou moral.
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intendente
Pessoa que dirige ou administra alguma coisa
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intento
Intenção; desígnio; propósito
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interagir
Agir mutuamente.
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interceder
Orar por outra pessoa, em geral visando a obter o socorro divino.
-
intercessão
Pedir a favor de alguém
-
intercessor
do Lat. intercessore
adj. e s. m., que ou aquele que intercede; intermediário; medianeiro.
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interdito
Proibição
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internet
Rede mundial de computadores interligados via telefone.
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interpelar
Dirigir a palavra; intimar; perguntar
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intrépido
Corajoso; audaz
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inusitado
Desconhecido, incomum.
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invalidar
Tornar inválido; tirar o valor a; inutilizar; anular.
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invernar
Passar o inverno
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investidura
Ato de investir ou dar posse
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investir
Dar, formalmente, posse ou investidura a; fazer entrar de posse.
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inveterada
Enraizado pela idade ou pela duração; fortificado, muito antigo, crônico.
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iolanda
Violeta
-
iques
hebraico: perverso
-
ir
Vigilante
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ir-naas
hebraico: cidade da serpente ou, de uma serpente
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ir-semes
Cidade do Sol
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irã
Cidadão
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ira de deus
A atitude de Deus para como pecado e o pecador apresenta-se como sendo de ira (Êx 22.24 – Sl 21.9, etc.). Usa-se a frase a respeito das distintas manifestações dos retos juízos de Deus (Rm 1.18 – 3.5) – especialmente em relação à ‘ira vindoura’ (Mt 3.7 – Lc 3.7 – 1 Ts 1.10). os homens, por motivo da sua pecaminosa natureza, são ‘filhos da ira’ (Ef 2.3).
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iracema
Anagrama de América
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iraci
Mãe do mel
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iracundo
Iracível; colérico; agastado; furioso.
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irade
hebraico: cidade de testemunha ou corredor
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iraja
hebraico: o Senhor vê
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irascível
Irado; colérico
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irfeel
hebraico: Deus cura
-
iri
hebraico: cidadão ou vigilante
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irmanado
Igualado, unido, emparelhado.
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irmão
Com vários sentidos aparece a palavra ‘irmão’, nas Sagradas Escrituras. Diversas vezes a significação é: um parente próximo (Gn 29.12) – um sobrinho (Gn 14.16) – um indivíduo da mesma tribo (2 Sm 19.12) – uma pessoa da mesma raça (Êx 2.11) – e, metaforicamente, qualquer semelhança (Lv 19.17 – Jó 30.29 – Pv 18.9). Também se usa por um amigo, um companheiro de trabalho, um discípulo (Mt 25.40). Este nome era geralmente empregado pelos cristãos, quando falavam dos que tinham a mesma crença religiosa (At 9.17 – 22.13). os judeus reservavam o termo ‘irmão’ para distinguir um israelita, mas Cristo e os Seus apóstolos estendiam a todos os homens a significação do nome (Lc 10.29, 30 – 1 Co 5.11).
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irmãos do Senhor
Jesus não teve apenas irmãos, mas também irmãs (Mc 6:3). Os nomes de Seus irmãos são conhecidos (Tiago, José, Judas e Simão [Mt 13:55]), mas não os nomes das irmãs. Uma vez que a palavra “irmão” é algumas vezes usada nas Escrituras para designar uma pessoa não necessariamente nascida do mesmo pai e mãe, surgem perguntas sobre os “irmãos” e “irmãs” de Jesus.
Na tradição católico-romana, há a necessidade de esclarecimento quanto a isso, devido à crença na perpetuidade da virgindade de Maria. Para nós, essa pergunta tem conotação histórica, não teológica. Essa controvérsia remonta à metade do segundo século e ainda não foi resolvida a contento; a evidência bíblica permite interpretações diferentes.
Filhos de José e Maria. Alguns consideram este o ensino do Novo Testamento. Jesus é chamado o primogênito de Maria (Lc 2:7), e somos informados de que José conheceu Maria, isto é, teve relação sexual com ela, após o nascimento de Jesus (Mt 1:25). Portanto, a conclusão mais lógica seria de que a expressão “irmãos de Jesus” se refere aos filhos de José e Maria. Além disso, não existe uma menção clara nos Evangelhos de que José era viúvo antes de se casar com Maria, ou de que tivesse filhos de um casamento anterior.
Primos de Jesus. Esta interpretação baseia-se no argumento de que a palavra “irmão” podia algumas vezes designar um parente chegado, um primo. Entre outras coisas, essa teoria ensina que a mãe de Tiago e José não era a mãe de Jesus, mas a irmã dela, Maria, a esposa de Cléopas (Jo 19:25). Seu irmão Tiago é o mesmo chamado filho de Alfeu e Cléopas (Mc 3:18). Esta idéia considera os “irmãos de Jesus” como Seus primos. Mas o elevado grau de especulação dessa teoria e o fato de que dificilmente haveria uma evidência para o uso de “irmão” com o significado de “primo”, descartam essa hipótese.
Meio-irmãos. Muitos argumentos são invocados para apoiar essa idéia. Primeiro, em lugar algum do Novo Testamento os “irmãos de Jesus” são explicitamente chamados “filhos de Maria”. A passagem que mais se aproxima dessa idéia é Mateus 13:55: “Não é este o filho do carpinteiro? Não se chama Sua mãe Maria, e Seus irmãos, Tiago, José, Simão e Judas?” Mas Jesus é o único chamado especificamente filho de Maria. Alguém poderia argumentar que o texto diz implicitamente que Maria era a mãe apenas de Jesus, não de Seus irmãos mencionados na passagem.
Segundo, a palavra “irmão” é usada na literatura grega para se referir a um meio-irmão; assim, o termo em si mesmo não é conclusivo para responder à pergunta. Terceiro, a palavra “primogênito” não infere que Maria tivesse outros filhos. Ela é usada em Lucas 2:7 para preparar o caminho para a dedicação de Jesus ao Senhor como primogênito (verso 23). Uma antiga inscrição egípcia menciona uma mulher que morreu ao dar à luz seu “primogênito”. Portanto, não se pode concluir que Maria tinha outros filhos.
Quarto, o fato de que José não teve relações sexuais com Maria a não ser após ela ter dado à luz a Jesus (Mt 1:25), não quer dizer necessariamente que ela teve outros filhos.O propósito da informação de Mateus foi enfatizar que Maria era ainda virgem quando do nascimento de Jesus. Quinto, o fato de que os “irmãos” de Jesus tentaram várias vezes controlá-Lo sugere a possibilidade de que eles eram mais velhos que Jesus. Na vida familiar judaica, os filhos mais velhos tinham autoridade sobre os mais novos.
Finalmente, o fato de Jesus, durante Sua crucifixão, ter confiado Sua mãe aos cuidados de João denota que os “irmãos” de Jesus não eram filhos de Maria; caso contrário, eles teriam assumido essa responsabilidade. Embora este assunto esteja ainda em debate, parece que a melhor solução é a última: os irmãos de Jesus eram Seus meio-irmãos. A pergunta óbvia é: Por que o Senhor fechou a madre de Maria? Esta é uma pergunta teológica. A Bíblia não responde a essa questão. Talvez Deus quisesse preservar a singularidade da experiência de Maria como mãe do Salvador.
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irom
Timidez
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irpeel
Deus restaura
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irrepreensível
Correto; perfeito; imaculado
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irrestrito
Amplo, ilimitado.
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irreverência
falta de respeito; desonra
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irrisão
Zombaria; escárnio
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irromper
Aparecer, brotar, surgir de repente
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iru
hebraico: cidadão ou vigilância
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is-bosete
o homem de vergonha. o seu primeiro nome foi Esbaal, como vem em 1 Cr 8.33 e 9.39 – mas a palavra baal (mestre, senhor), inofensiva em si mesma, tornou-se tão associada à idolatria, que os nomes que a continham foram modificados pelos escritores posteriores, sendo a última parte componente substituída por bosete (vergonha, coisa vergonhosa). Assim Meribaal é igual a Mefibosete – e Jerubaal é igual a Jerubesete. (*veja Baal, isi.) Era o filho mais novo de Saul, e sucessor ao trono de israel. Quando morreu Saul, de tal maneira operou o seu distinto general Abner, que era também seu parente, que is-Bosete foi reconhecido rei em Maanaim por uma parte muito considerável de israel (2 Sm 2.8), reinando Davi em Hebrom sobre Judá. Era is-Bosete da idade de 40 anos quando subiu ao trono. Por dois anos reinou ele em paz, mas vieram depois tempos tormentosos. Havia constantes escaramuças entre as suas forças e as de Davi, acabando essas lutas somente com a sua morte. Foi a defecção de Abner, ofendido por causa de uma falsa acusação (2 Sm 3.7), que provocou o assassinato de is-Bosete, quando este dormia – e assim se extinguiu a casa de Saul, e se estabeleceu firmemente Davi, reinando sobre todo o povo de israel e Judá. o assassinato foi efetuado em revoltantes circunstâncias por dois soldados que andavam na pilhagem. Eles esperavam ganhar as boas graças de Davi, quando se apresentaram ante o rei com a cabeça do seu inimigo. Mas nisto se enganaram eles, porque tiveram como recompensa uma morte cruel (2 Sm 4.2 a 12). (*veja Abner, Baaruí, Recabe.)
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is-hode
hebraico: homem de esplendor ou homem de glória
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is-tobe
hebraico: homens de Tobe
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isabel
Deus é uma promessa. A mulher de Zacarias, e mãe de João Batista (Lc 1.5). Descendia de Arão, e provavelmente foi assim chamada como lembrança de Eliseba, mulher daquele sumo sacerdote. Foi mulher de elevado caráter, e parenta de Maria, mãe de Jesus (Lc 1.36).
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isai
hebraico: riqueza
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isaias
Salvação do Senhor. É isaías justamente chamado ‘o mais ilustre dos profetas’. Mas ele foi tão grande estadista como era profeta, tomando parte ativa nos negócios públicos durante os reinados de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias. A respeito de seu pai Amoz nada se sabe (1.1 – 2.1). É, também, incerta a tradição de que isaías foi condenado à morte por Manassés. Era casado, e sua mulher foi por ele apelidada de ‘a profetisa’ (is 8.3). Tiveram dois filhos, dos quais nada se sabe, a não ser os seus nomes simbólicos (is 7.3 – 8.3,4). Deve ter exercido a sua missão de profeta durante um longo período de tempo. Calculando pelo menor tempo, passaram-se quarenta anos desde o último ano de Uzias (c. 740 a.C. – is 6.1) até ao ano em que Jerusalém foi libertada dos ataques de Senaqueribe (701 a.C.), sendo então que o profeta desaparece da história. Foram contemporâneos de isaías os profetas oséias e Miquéias. Além do livro de isaías, sabemos por 2 Cr 26.22 que o Profeta escreveu uma narração dos ‘atos de Uzias’. Perdeu-se esta obra, bem como outros escritos do profeta. A vida de isaías está intimamente relacionada com as histórias de Samaria e Judá, mas principalmente com este reino, e deve ser estudada nesta relação.
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isaias (livro de)
os assuntos do livropodem ser divididos em sete seções, como se segue: (1) Caps. 1 a 6. Discursos de caráter geral, principalmente nos tempos de prosperidade e de corrupção, nos reinados de Uzias e Jotão, publicando os pecados do povo e fazendo ver, também, que com o arrependimento viria a misericórdia do Senhor. o cap. 6 relata a chamada do Profeta, como uma justificação para as suas ameaças e promessas. g) Caps. 7 a 12. o Livro de Emanuel. Profecias em conexão com a invasão de Judá pelas combinadas forças de israel e da Síria, referindo-se, também, às invasões dos assírios – e compreende os avisos a Acaz contra o seu desejo de procurar obter a aliança com aquele povo – e são depois anunciadas as incursões dos assírios, e a destruição dos seus exércitos, com promessas de uma salvação mais grandiosa. (3) Caps. 13 a 23. o Livro dos Pesos. Calamidades anunciadas contra várias nações, que eram hostis ao Senhor e a Seu povo. E nesses inimigos estava incluída a própria cidade de Jerusalém e um alto oficial do palácio do rei (2.2), porque estavam infeccionados dos pecados dos pagãos. (4) Caps. 24 a 27. o Apocalipse de isaías. Uma vista geral de todas estas operações divinas acerca do julgamento e da misericórdia, mostrando os seus fins e resultados. (5) Caps. 28 a 35. Estes capítulos compreendem certas profecias, principalmente as do tempo de Ezequias, denunciando os pecados de israel e de Judá, mas com promessas de compaixão, e de cair o peso das calamidades sobre os seus opressores.(6) Caps. 36 a 39. Há nestes uma narrativa da invasão de Senaqueribe e da sua derrota, ilustrando esse acontecimento as precedentes profecias – e ainda outra narrativa sobre a vaidade de Ezequias, e a conseqüente ameaça de castigo, não faltando em seguida as consoladoras promessas. (7) Caps. 40 a 66. A Grande Profecia da Restauração de israel. Uma prolongada revelação dos desígnios de Deus quanto à sua misericórdia para com o povo de israel, tendo especialmente em vista o fim do cativeiro da Babilônia. Trata-se, na maior parte, de uma profecia continua – mas pode ser dividida em três seções: (a) os capítulos 40 a 50 contêm uma defesa da Divindade do Senhor, que há de manifestar-se grandemente como Salvador do Seu povo. (b) os capítulos 51 a 56.8 anunciam e descrevem esta manifestação por meio do Messias, e o resultado maravilhoso da Sua obra. (c) os capítulos 56.9 a 66 expõem mais largamente estes resultados na superioridade da igreja de Cristo sobre o antigo israel nacional, relativamente ao caráter, privilégios e destinos daquela. Citações no N.T.: São numerosas as citações que se fazem do livro de isaías no N.T., mais especialmente do cap. 53, que trata dos sofrimentos do Servo do Senhor: ele salva do pecado e da aflição. Este capitulo acha-se quase todo reproduzido no N.T., sempre aplicado a Jesus Cristo. Cp. o *veja 4 com Mt 8.17 – *veja 5 e 6 com 1 Pe 2.24, 25 – *veja 7 e 8 com At 8.32, 33 – o *veja 9 com 1 Pe 2.22 – o *veja 12 com Mc 15.28 e Lc 22.37, e Hb 9.28.
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isaque
Riso. Era filho de Abraão e Sara. Foi-lhe dado este nome por sua mãe, porque, quando um anjo lhe anunciou que havia de ter um filho, embora já tivesse passado a idade de ter filhos, ela riu-se consigo (Gn 18.10 a 12). Quando nasceu o menino, disse ela: ‘Deus me deu motivo de riso’ (Gn 21.6). o nascimento de isaque foi assunto de várias profecias e promessas. Esse fato foi por Deus adiado até serem já velhos Abraão e Sara, a fim de ser pelo Senhor experimentada a fé dos Seus servos, e tornar evidente que a criança era um dom de Deus, um filho da promessa (Gn 17.19). Nasceu isaque em Gerar (*veja esta palavra), sendo já seu pai da idade de cem anos. Quando foi desmamado, zombou dele o seu irmão ismael, filho de Hagar (Gn 21.9) – e mais tarde esteve a ponto de ser sacrificado pelo seu pai, havendo então a intervenção de Deus (Gn 22.6 a 19). Casou, quando tinha quarenta anos, e teve dois filhos, Jacó e Esaú, de sua mulher Rebeca, que era também sua prima. Estava já na sua meia idade quando a fome o levou a Gerar, onde Deus lhe apareceu, proibindo-lhe que fosse ao Egito. Foi, também, naquela povoação que ele repetiu o erro de Abraão, sujeitando-se à censura de Abimeleque por ter declarado falsamente que Rebeca era sua irmã (Gn 26.7). Vindo a ser um homem rico apesar da oposição dos filisteus, ele edificou em Berseba um altar ao Senhor. Quando o seu filho Jacó obteve de modo enganador a sua bênção, isaque o mandou para Padã-Arã (Gn 28.5), de onde, passados anos, ele voltou em prosperidade e com numerosa família. Viveu até a idade de 180 anos, e foi sepultado em Macpela pelos seus filhos, na mesma sepultura em que ele e seu irmão ismael tinham colocado muitos anos antes o corpo de Abraão. (*veja Abnuío, Jacó e Esaú.)
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isari
hebraico: criador
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isaura
Igual aos outros
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isbá
Ele Louva
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isbaal
hebraico: apaziguador
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isbaal ou isbosete
homem da vergonha
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isbi-benobe
Nas alturas
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isbosete
Homem de vergonha
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iscá
Atalaia, um que olha
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iscariotes
Homem de Queriote. (*veja Judas iscariotes.)
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isi
Meu Marido. É um nome simbólico, pelo qual havia de ser designado o povo de Deus por oséias, quando os israelitas se convertessem. A importância deste nome está no fato de ser um termo israelitico, com o sentido de ‘meu homem’, ‘meu marido’, e que devia substituir ‘Baal’, uma palavra cananéia com a mesma significação (os 2.16). 1. Um descendente de Judá (1 Cr 2.31). 2. outro descendente de Judá (1 Cr 4.20). 3. Um simeonita, que era dos quatro que levaram seus irmãos contra os amalequitas (1 Cr 4.42). 4. Um chefe da tribo de Manassés (1 Cr 5.24).
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isli
hebraico: ao meu lado esta Deus
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isma
Desgaste, diminuição
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ismael
o Senhor me ouve. 1. Filho de Abraão e de Hagar, a serva de Sara (Gn 16.11 a 16). Hagar tinha saído da casa de Abraão por causa de uma questão com Sara. Apareceu-lhe o anjo do Senhor, que lhe ordenou que voltasse para junto de seus senhores, revelando-lhe ao mesmo tempo que de Abraão ela havia de ter um filho, ao qual daria o nome de ismael. Foi também declarado que ele seria um homem bravo e feroz, cuja ‘mão será contra todos, e a mão de todos contra ele’. obedecendo à ordem angélica, voltou Hagar para sua casa e teve ismael, justamente treze anos antes do nascimento de isaque. Anos mais tarde, Sara, irada por causa da zombaria de ismael, induziu Abraão a expulsar de casa tanto o filho como a mãe (Gn 21.14). Hagar e ismael andaram errantes pelo deserto de Berseba, sendo miraculosamente salvos quando estavam na mais aflitiva situação – e recebeu Hagar a promessa divina de que ismael havia de ser o pai de uma grande nação. A Mãe e a criança habitaram no deserto de Parã, tornando-se aí ismael um hábil frecheiro, habituado à fadiga e às privações. Sua mãe o casou com uma mulher egípcia, de quem teve doze filhos (Gn 25.13) e uma filha, Maalate, ou Basemate, que casou com Esaú (Gn 28.9 – 36.3). os descendentes dos doze filhos de ismael formavam doze tribos de árabes, subsistindo ainda alguns dos seus nomes. É interessante a observação de que Maomé afirmava ser descendente de ismael em linha direta. Assim como ismael tinha estado presente no funeral de Abraão, juntamente com todos os outros filhos do patriarca, assim também ele foi sepultado na presença de todos os seus irmãos (Gn 25.18). 2. Um descendente de Saul por Meribaal (Mefibosete) (1 Cr 8.38 – 9.44). 3. o pai de Zebadias (2 Cr 19.11). 4. Filho de Joanã, que ajudou Joiada a colocar Joás no trono de Judá (2 Cr 23.1).5 Um sacerdote do tempo de Esdras. Foi um dos doze que foram obrigados a repudiar as suas mulheres estrangeiras (Ed 10.22). 6. Filho de Netanias, e assassino de Gedalias. Este ismael parece ser descendente dos reis (Jr 41.1). A sua vil conspiração e a maneira infernal como foi posta em prática, tudo isso se acha descrito em 2 Rs 25.23 a 25 – Jr 40.8 a 16 – 41.1 a 18. ismael e seu partido foram perseguidos e vencidos por Joanã, que igualmente tomou as suas mulheres, navios e eunucos. Mas ismael com uma parte da sua companhia pôde escapar, fugindo para as terras de Amom. Depois deste fato deixa de ser mencionado na Bíblia. (*veja Gedalias.)
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ismaelita
Descendente de ismael (Gn 3725 – Sl S3.6).
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ismaia
hebraico: Jeová ouve
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ismaías
Jeová ouve
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ismaquias
Quem Jeová sustenta
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ismerai
Quem Jeová Guarda
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isode
hebraico: homem de esplendor
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ispa
Calvo
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ispaque
ele será visível
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israel
Luta com Deus. Foi este o novo nome dado a Jacó, quando ele pedia uma bênção depois de ter lutado com o Anjo do Senhor em Maanaim (Gn 32.28 – os 12.4). Depois é usado alternadamente com Jacó, embora menos freqüentemente. o nome era, primeiramente, empregado para designar a família deste patriarca, mas depois, libertando-se os hebreus da escravidão egípcia, aplicava-se de modo genérico ao povo das doze tribos (Êx 3.16). Mais tarde, porém, achamos a tribo de Judá excluída da nação de israel (1 Sm 11.8 – 1 Rs 12.16) a qual, desde que as tribos se revoltaram contra Roboão, se tornou o reino do Norte, constituindo o reino do Sul as tribos de Judá e Benjamim, com partes de Dã e Simeão. E isto foi assim até à volta do cativeiro. os que voltaram à sua pátria tomaram de novo o nome de israel, embora fosse um fato serem judeus a maior parte deles. Nos tempos do N.T. o povo de todas as tribos era geralmente conhecido pelo nome de judeus.
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israel, reino de
Com o reinado de Salomão acabou a glória do reino unido de israel. Houve a revolta das dez tribos, sendo a causa imediata deste fato o louco procedimento de Roboão (1 Rs 12), embora já houvesse grande inquietação, principalmente por causa das enormes contribuições que se julgavam necessárias para manter a dignidade real. As dez tribos, das quais Efraim era a principal, separaram-se das restantes e formaram o reino de israel, sendo as tribos de Judá e de Benjamim as únicas que permaneceram fiéis à casa de Davi (1 Rs 12.20). Todavia, a maior parte dos levitas, e muitos de todas as tribos que temiam a Deus, aderiram por fim ao reino de Judá (2 Cr 11.13 a 16). Jeroboão, o primeiro rei de israel, da tribo de Efraim, subiu ao trono, sendo essa elevação divinamente sancionada por meio do profeta Aías – e foi então feita a promessa condicional de que o seu reino seria como o de Davi (1 Rs 11.38). Mas Jeroboão não tinha a fé nem a obediência de Davi (1 Rs 12.15). Com o fim de preservar a independência do seu reino, organizou um corpo sacerdotal em separado, e estabeleceu o culto do bezerro em Dã e Betel. Este sistema de idolatria tornou-se até certo ponto, de uma forma ou de outra, a religião nacional. o próprio rei é assim julgado na história: ‘Abandonará a israel por causa dos pecados que Jeroboão cometeu, e pelos que fez israel cometer’ (1 Rs 14.16). E desde este tempo até oséias, que foi o 19º e último monarca dos israelitas, não há um só rei que fosse livre da pecha geral de depravação (2 Rs 15.17). onri (1 Rs 16), que foi famoso e poderoso entre as nações vizinhas, como atestam os monumentos, foi dos piores em caráter. Acabe (1 Rs 16 a 22), filho de onri, introduziu em israel, sob a influência de Jezabel, sua mulher, o culto de Baal, deus fenício, constituindo este fato uma idolatria de marca mais profunda que a de Jeroboão. Jeú, na verdade (2 Rs 10.18 a 28),destruiu os profetas de Baal, e pela sua obediência, em parte, foi recompensado com largas bênçãos temporais – mas ele ‘não teve cuidado de andar de todo o seu coração na lei do Senhor Deus de israel, nem se apartou dos pecados de Jeroboão, que fez pecar a israel’. A nação seguiu na maldade os seus reis. Algumas exceções houve, mas foi preciso nos dias de Elias, uma revelação direta para as descobrir – e sendo a população composta de centenas de milhares de indivíduos, apenas 7.000 são mencionados como não tendo dobrado o joelho perante Baal (1 Rs 19.18). Entretanto não estava israel sem avisos. No espaço de cinqüenta anos apareceram entre os profetas israelitas Jeú e Miquéias, Elias e Eliseu, operando estes dois últimos mais milagres do que qualquer outro profeta desde os tempos de Moisés e Josué. Alguns anos depois do seu ministério vieram Jonas, oséias e Amós. As mensagens destes profetas foram confirmadas por acontecimentos de justiça divina. A ruína dos dois últimos reis está em direta relação com a política fatal das alianças feitas com os poderes do paganismo. Peca tinha procurado o auxílio de Rezim, rei da Síria, contra Acaz, e ao princípio tinha tirado vantagens. Acaz, na imitação da política do seu rival, pediu auxílio a Tiglate-Pileser (ou Pul), rei da Assíria. Veio este monarca e incomodou terrivelmente os israelitas, levando para a Média as duas e meia tribos de além-Jordão, e tornando tributário o resto do país. Foi este o primeiro cativeiro de israel. Dez anos mais tarde, apelou oséias para Sô, rei do Egito (provavelmente Sobaco, o etíope, fundador da 25ª dinastia), a fim de que este p auxiliasse a lançar fora a carga do tributo, fazendo também parte desta liga, infelizmente, o rei Ezequias. Esta revolta foi causa de vir Salmaneser, filho de Tiglate-Pileser, sobre israel, com um grande exército – Samaria caiu diante das forças de Sargom, sucessor de Salmaneser, sendo o reino do Norte anexado à Assíria. Foi este o segundo cativeiro de israel, que trouxe em resultado a despovoação da terra. Escapou o reino de Judá por ter sido o exército de Senaqueribe, filho de Sargom, miraculosamente destruído. o conquistado território de israel foi depois povoado por colonos, que vieram da região do Tigre e Eufrates. Aliaram-se estes por casamentos recíprocos com os israelitas que tinham ficado, tomando por fim o nome de samaritanos. As devastações dos leões no despovoado país eram por eles atribuídas à cólera do ‘Deus da terra’ – e, apelando para o rei assírio, foi-lhes mandado um sacerdote do Senhor para os instruir. A religião deles era, a princípio, de uma variada espécie: ‘temiam o Senhor e ao mesmo tempo serviam aos seus próprios deuses’. Todavia, com as reformas de Josias, que se estenderam até Betel e os distritos do norte (2 Rs 23.15 – 2 Cr 34.6, 7), parece ter-se submetido o povo à destruição dos seus ídolos, e ter adotado de novo a religião israelita. Este fato também trouxe consigo novas complicações, segundo narra a história do país. Não se sabe o que aconteceu às dez tribos. Muitos israelitas parece terem voltado em diferentes períodos à sua terra. Ciro dirigiu a sua proclamação a todo o povo do Senhor (Ed 1.1 a 3) – e alguns dos ritos em conexão com a consagração do templo fazem supor que estavam presentes pessoas de todas as tribos. Além disso, muitos israelitas parece terem-se estabelecido na Galiléia e Peréia, muito tempo antes de Jesus Cristo (1 Mac 5.9 a 23). o que é certo é que nos tempos do N.T., o nome israelita já não se restringia às tribos do norte, parecendo ter-se restaurado de certo modo a antiga nacionalidade.
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israelitas
São os descendentes de Jacóou israel. No N.T. o nome nacional, vulgar, é o de judeu. israelita é já um termo de especial dignidade, ‘um membro da teocracia e herdeiro das promessas’ (Jo 1.47 – Rm 9.4 – 11.1 – 2 Co 11.22).(*veja Hebreus, Judeus.)
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isri
hebraico: criador
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issacar
o portador do salário. l. o quinto filho de Jacó e Lia. o que sabemos da sua vida é que ele teve quatro filhos, Tola, Puva, Jó e Sinrom (Gn 46.13). Estes indivíduos foram fundadores de famílias importantes na sua tribo, sendo a sua posição ao oriente do tabernáculo durante a marcha no deserto (Nm 2.5). issacar ia com Judá e Zebulom à frente das tribos (Nm 10.15). Tinham as três tribos um estandarte em comum, no qual se achavam inscritos os seus nomes e a figura de um leãozinho. A tribo de issacar foi, também, uma das seis que foram nomeadas para assistirem à cerimônia da maldição e da bênção, no monte Gerizim (Dt 27.12). Apesar da desastrosa mortalidade em Peor, a tribo de issacar aumentou rapidamente durante a marcha para a Terra da Promissão, porque sendo no Sinai de õ4.400 o número dos seus combatentes, estava já em 145.600 no censo de Joabe (1 Cr 7.2 a 5). Quando os israelitas chegaram à Terra Prometida, recebeu esta tribo, na divisão das terras, algumas das melhores e mais férteis porções ao longo da grande planície ou vale de Jezreel, com a meia tribo de Manassés ao sul, Zebulom ao norte, formando o mar Mediterrâneo e o rio Jordão, respectivamente, os seus limites, ocidental e oriental (Js 19.17 a 23). (*veja Canaã.) Depois de se estabelecerem em Canaã, cessou quase inteiramente a conexão entre Judá e issacar, mas manteve-se perfeitamente até à dispersão o laço fraternal com Zebulom. A bênção de Jacó evidentemente tinha relação com a grande fertilidade da porção de issacar na Terra Prometida. ‘issacar é jumento de fortes ossos, de repouso entre os rebanhos de ovelhas. Viu que o repouso era bom, e que a terra era deliciosa – baixou os ombros à carga, e sujeitou-se ao trabalho servil’ (Gn 49.14, 15). Eis aqui uma descrição pitoresca de um povo agrícola que vive pacificamente, feliz com a fecundidade da sua terra, desejando pagar o tributo aos seus violentos e saqueadores vizinhos do norte. No tempo de Davi, grande número da tribo tinha-se entregado a uma vida errante, tornando-se mercenários quando o seu auxilio era desejado (1 Cr 7.1 a 5). Pelo espaço de vinte e seis anos governaram o povo de israel reis de issacar. (*veja Baasa, Zinri, Canaã.) 2. Um porteiro ao serviço do tabernáculo, durante o reinado de Davi (1 Cr 26.5).
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issias
A quem Jeová empresta
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isul
hebraico: pai de liberdade
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isvá
Equilibrado, nivelado
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isvi
hebraico: igual
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itai
1. Um indivíduo, natural de Gate,que tinha aparentemente sido banido, e que com um certo número de homens se ajuntou a Davi (2 Sm 15.18, 19). o belo procedimento de itai, recusando abandonar o rei, quando este fugia de Absalão, é comparável ao de Rute e Noemi (2 Sm 15.19 a 22). Mais tarde aparece ele como capitão de um terço da força, que tinha sido destinada à perseguição de Absalão (2 Sm 18.2, 5, 12).
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ital
hebraico: vivo
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itália
o Estado central do império Romano, quatro vezes mencionado no N.T. (At 18.2 – 27.1,6 – Hb 13.24).
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italiana, coorte
Um certo número de soldados romanos (propriamente 1/10 da legião, isto é, cerca de 600 homens), estacionados em Cesaréia, sendo Cornélio um dos seus (seis) centuriões (At 10.1). A ‘coorte italiana’ compunha-se de naturais da itália, e deste modo se distinguia do resto das tropas romanas, que se recrutavam das diversas províncias do império.
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itamar
Era o mais novo dos filhos de Arão (Êx 6.23). Ele sucedeu com Eleazar a Nadabe e a Abiú, no sacerdócio (Êx 28.1 – 38.21). Tinha itamar a seu cuidado no serviço do templo o transporte das cortinas e diferentes tapeçarias, juntamente com os pilares e cordas (Êx 38.21). o seu descendente Eli veio a ser sumo sacerdote, mas nenhum outro membro da família desempenhou em algum tempo este cargo. (*veja Eleazar, Eli.)
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itiel
Deus está comigo
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itla
Lugar alto
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itma
Privação
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itnã
Dado, concedido
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itra
Abundância
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itram
hebraico: muito eminente
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itreão
Fartura de gente
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ituréia
Era uma pequena província ao nordeste da Palestina. Fazia parte da tetrarquia de Filipe (Lc 3.1). o seu nome era derivado de Jetur, o filho de ismael, que a colonizou (Gn 25.15, 16).
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iva
É uma cidade talvez da Síria, que se acha mencionada em 2 Rs 18.34 com Sefarvaim e Hena – e em 2 Rs 19.13, is 37.13, com Hamate e Hena. Talvez seja a mesma povoação que Ava (2 Rs 17.24), de onde Sargom, rei da Assíria, trouxe colonos para a Samaria. Tem-se julgado que iva ou Ava seja o nome de um deus sírio, sendo ainda hoje a significação da palavra um problema não resolvido.
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ivan
Aquele que é glorioso
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iyar
Segundo mês do calendário judaico (contando a partir do mês de Nissan).
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izar
Brilho ou azeite
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izias
Quem exulta por Jeová
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izlias
Quem Deus tira, ou livra
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izraías
A quem Jeová trouxe a luz
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izrí
Criativo
J
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ja
hebraico: forma abreviada de Jeová, Senhor, Deus -Sl 68.4
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já (iaoh)
Abreviação de Jeová
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jaacã
Torcedor
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jaacobá
Suplantador
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jaala
Corça ou elevação
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jaanai
hebraico: o Senhor ouve
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jaare-oregim
hebraico: tecelões da floresta
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jaaresias
Quem Jeová nutre
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jaasai
Quem Jeová fez
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jaasau
hebraico: feito pelo Senhor
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jaasiel
Quem Deus fez
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jaate
Ávido
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jaaz
hebraico: lugar aberto
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jaaz ou jaza
Um Lugar pisado. Foi teatro de uma batalha decisiva, na qual os israelitas puseram em debandada os amorreus, comandados por Seom, tomando desta forma posse da primeira porção da Terra Prometida (Nm 21.23 – Dt 2.32 – Jz 11.20). Coube o lugar a Rúben, e foi dado aos filhos de Merari (Js 13.18). Esteve sob a maldição dos profetas, como parte da terra de Moabe (is 15.4 – Jr 48.21,34). o sítio é desconhecido.
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jaazer
hebraico: O Senhor ajudara ou serviçal
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jaazias
O qual Jeová conforta
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jaaziaz
hebraico: ele vera o Senhor
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jaaziel
Deus. l. Aderente de Davi em Ziclague (1 Cr 12.4). 2. Sacerdote que ajudou a levar a arca desde obede-Edom (1 Cr 16.6). 3. Um coatita (1 Cr 23.19). 4. Levita, que deu coragem a Josafá e ao seu exército numa ocasião de perigo (2 Cr 20.14). 5. o chefe de uma família, que voltou da Babilônia com Esdras (Ed 8.5).
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jaazinas
hebraico: Ele será ouvido pelo Senhor
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jabal
Filho de Lameque, e descendente de Caim. Ele habitava em tendas, e possuía manadas e rebanhos, como os atuais beduínos (Gn 4.20).
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jabes
Seco
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jabes-gileade
Era a principal cidade de Gileade de Manassés, cujos habitantes foram mortos por não terem estado na guerra de israel contra Benjamim (Jz 21.8 a 14). Saul a defendeu contra os filhos de Amom, e foi ali que foi sepultado aquele rei e os seus três filhos (1 Sm 11.1 a 13; 31.11 a 13; 2 Sm 2.4,5; 21.12;1 Cr 10.11). Em outros lugares bíblicos se chama somente Jabes. o seu nome se conservou na moderna povoação do Wady Yabes, que se une com o Jordão abaixo de Bete-Seã.
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jabez
1. Cidade de Judá (1 Cr 2.55). Ainda não está identificada. 2. Chefe da tribo de Judá. As letras do seu nome, quando transpostas (Jazeb), significam ‘Ele dá tristeza’ – mas a bela oração de Jabez afastou o infortúnio, sugerido pelo seu nome (1 Cr 4.9,10).
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jabim
Ele considera. 1. Rei de Hazor. (*veja esta palavra.) Tendo receio de Josué, que já tinha subjugado o sul de Canaã, formou Jabim uma aliança tanto ofensiva como defensiva com outros reis do Norte, entre o Jordão e o Mediterrâneo (Js 11.1). Josué derrotou em Merom os aliados, e perseguiu-os até à grande Sidom ao vale de Mispa. Hazor foi tomada, e Jabim morto. 2. outro rei de Hazor. Ele oprimiu os israelitas pelo espaço de vinte anos, até que Sísera, seu general, foi derrotado por Baraque e Débora, nas faldas do monte Tabor (Jz 4.2 a 24).
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jabnael
hebraico: Deus edifica
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jabné
Deus é que constrói
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jabneel
Deus edifica. 1. Cidade na fronteira setentrional de Judá, que esteve em poder dos filisteus até que Uzias os expulsou dali (Js 15.11 – 2 Cr 26.6). Chamava-se Jâmnia no tempo dos Macabeus, e tem esse mesmo nome no Talmude. o seu nome moderno é Yebna, 21 km ao sul de Jafa. 2. Cidade da fronteira de Naftali (Js 19.33). A sua posição era onde hoje está Yemma, na Galiléia superior, onze quilômetros ao sul de Tiberíades.
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jaboque
Espalhado, murmurando. Rio quenasce no platô oriental das montanhas de Gileade. Formava um dos limites da terra dos filhos de Amom (Jz 11.12 a 22). Na sua margem do sul houve a entrevista entre Jacó e Esaú (Gn 32.22). E foi perto do vau de Jaboque que o anjo lutou com Jacó (Gn 32.24).
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jacã
Atribulado
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jacim
hebraico: Deus estabelecerá
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jacinta
Nome de uma pedra preciosa
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jacintha
Nome de uma pedra preciosa
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jacintho
Nome de uma pedra preciosa
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jacinto
Esta pedra preciosa acha-se mencionada no Ap 9.17 e 21.20. As pedras conhecidas por este nome, nos tempos modernos, são de várias cores avermelhadas. o verdadeiro jacinto é um baço cristal encarnado, muito raro, e que, polido adquire um grande brilho – o seu peso específico é maior que o da granada. o hiacinto de Plínio, no primeiro século d.C., era uma pedra azul, talvez a safira, e é a esta que S. João provavelmente se refere. Mas no peitoral do sumo sacerdote (Êx 28.19) é mais provável que seja uma pedra vermelha, ou alguma de cor amarelada.
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jackline
Deus é gracioso, cheio de bençãos
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jacó
Suplantador. o filho mais novo deisaque e Rebeca. Na ocasião do seu nascimento ele segurava na mão o calcanhar do seu irmão gêmeo, Esaú, e foi por causa disto que ele recebeu o seu nome (Gn 25.26). Não devemos, porém, supor que este nome era desconhecido antes deste fato, pois ele se encontra gravado em inscrições muito mais antigas. Jacó era dotado de temperamento meigo e pacífico, e gostava de uma vida sossegada e pastoril. E era nisto muito diferente do seu irmão, que amava a caça, e era de caráter altivo e impetuoso! Quanto à predileção que tinha Rebeca por Jacó, e às suas conseqüências, *veja a palavra Esaú. Foi por um ardil que Jacó recebeu do seu pai isaque, já cego, aquela bênção que pertencia a Esaú por direito de nascimento. Este direito de primogênito já tinha sido assunto de permutação entre os irmãos, aproveitando-se Jacó de certa ocasião, em que Esaú estava com fome, a fim de tomar para si os privilégios e direitos de filho mais velho. (*veja Primogênito. ) Embora fosse desígnio de Deus que a sua promessa a Abraão havia de realizar-se por meio de Jacó, contudo os pecaminosos meios empregados por mãe e filho foram causa de resultados tristes. Ambos sofreram com a sua fraude, que destruiu a paz da família, e gerou inimizade mortal no coração de Esaú contra seu irmão (Gn 27.36 a 41). o ano de ausência (Gn 27.42 a 44), que Rebeca imaginou ser suficiente para abrandar a cólera de Esaú, prolongou-se numa separação de toda a vida entre mãe e filho. Antes da volta de Jacó já Rebeca tinha ido para a sepultura, ferida de muitos desgostos. o ódio de Esaú para com Jacó foi perdurável, e, se Deus não tivesse amaciado o seu coração com o procedimento de Jacó, ele sem dúvida teria matado seu irmão (Gn 27.41). Antes de Jacó fugir da presença de Esaú, foi chamado perante isaque, recebendo novamente a bênção de Abraão (Gn 28.1 a 4). Ele foi mandado a Padã-Arã, ou Harã, em busca de uma mulher de sua própria família (Gn 28.6). Foi animado na sua jornada por uma visão, recebendo a promessa do apoio divino. (*veja Betel.) Todavia foi forçado a empregar-se num fastidioso serviço de sete anos por amor de Raquel – e, sendo no fim deste tempo enganado por Labão, que, em vez de Raquel, lhe deu Lia, teve Jacó de servir outros sete anos para casar com Raquel, a quem ele na verdade amava. Depois disto, foi ainda Jacó defraudado por Labão numa questão de salários – e foi somente depois de vinte anos de duro serviço, que conseguiu ele retirar-se furtivamente, com sua família e bens (Gn 31). Queria Labão vingar-se de Jacó pela sua retirada, mas Deus o protegeu. o ponto em que principia uma mudança na vida de Jacó foi Penuel – ali foi humilhado pelo anjo, e renunciou aos seus astutos caminhos, aprendendo, por fim, a prevalecer com Deus somente pela oração. (*veja israel.) Ele teve grandes inquietações domésticas: a impaciência da sua favorita mulher Raquel, com os seus queixumes, ‘Dá-me filhos, senão morrerei’ – a morte dela pelo nascimento de Benjamim – o pecado da sua filha Diná (Gn 34.5 a 26), e a conseqüente tragédia em Siquém – o mau procedimento de Rúben, e o desaparecimento de José, vendido como escravo – todos estes males juntos teriam levado Jacó à sepultura, se Deus não o tivesse fortalecido. Deus foi com ele, sendo calmos, felizes e prósperos os últimos dias do filho de isaque. Quase que as suas últimas palavras foram a predição da vinda do Redentor (Gn 49.10). Doze filhos teve Jacó, sendo somente dois, José e Benjamim, os nascidos de Raquel. (*veja israel, Esaú, Raquel, José, Gileade, etc., a respeito de outros incidentes na vida deste patriarca.) A certos fatos faz referências o profeta oséias (12.2 a 12). *veja também Dt 26.5. 2. o pai de José, casado com Maria (Mt 1.15, 16). 3. o nome de Jacó era também empregado figuradamente, para significar os seus descendentes (Nm 23.7, e muitas outras passagens).
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jacó (poço de)
Poço que ficava à distância de 800 metros ao sudoeste da vila de Sicar, Askar (Jo 4.6 a 12), e afastado 1600 metros de Siquém – foi o lugar onde o nosso Salvador teve uma memorável conversação com a mulher de Samaria. o poço é muito fundo, e escavado na rocha, naquela parte do campo que Jacó comprou (Gn 33.19). A sua largura é de cerca de 2,70 m. Foi, em tempos recentes, edificado sobre ele um templo. o fato de haver abundância de água nas vizinhanças do lugar claramente corrobora o nome, sugerindo-nos que o poço foi feito por um estrangeiro, a quem não era permitido fazer uso das outras fontes do sitio. o oferecimento de Jesus Cristo, feito à mulher, dessa ‘água da vida’, que nunca havia de faltar, é expressivo no fato de estar esse poço, algumas vezes, seco.
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jacqueline
Aquela que supera
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jactância
Gabar-se; vangloriar-se
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jactar
Gloriar-se, ufanar-se, vangloriar-se
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jada
Sábio, ou, entendido
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jadai
Um a quem Jeová dirige
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jadaias
hebraico: Jeová conhece
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jadala
hebraico: louvor do Senhor
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jade
Pedra preciosa de cor verde
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jadem
Julga, ou alguém que Deus julga
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jader
Santo da igreja católica
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jadiel
Um a quem Deus alegra
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jado
União
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jadom
hebraico: governam, julga ou habita
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jadua
Conhecido
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jael
Cabra montesina. 1. A mulher de Héber, o queneu (Jz 4.17 a 22 – 5.24). Sísera, o general de Jabim, rei de Hazor, tinha sido derrotado por Baraque, e havia procurado refúgio nas tendas dos queneus, uma tribo neutra. Neste sítio foi ele convidado a esconder-se na tenda de Jael, que era um esconderijo seguro, visto como nenhum árabe poderia pensar em o procurar em qualquer tenda de mulheres. Apesar da sua promessa de guardar segredo, quando o general, muito cansado, estava dormindo, Jael tomou uma estaca de madeira, das de prender no chão a tenda, e a cravou na cabeça dele. Ela então esperou por Baraque, que ia em perseguição do fugitivo, e exultando de contentamento revelou-lhe o que tinha feito. o seu ato mostrou que ela tinha fé no bom êxito de israel, possuindo, portanto, fé no Deus dos israelitas. Mas a sua ação foi de uma mulher meio selvagem, que possuía apenas um pequeno conhecimento espiritual. 2. Aparentemente o nome de um juiz, em Jz 5.6. Pode ser corrupção de Jair (10.3), e talvez mesmo idêntico a Jael 1.
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jaela
hebraico: escondido
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jaerá
Aquele que se descobre, ou adornado
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jafé
Alargando-se. o filho mais novo de Noé, e o antepassado dos povos ao norte do Mediterrâneo procedendo dele também as raças indiana e mongólica (Gn 5.32). A profecia ‘habite ele nas tendas de Sem’ (Gn 9.27), foi, talvez, cumprida quando os gregos, seguidos pelos romanos, invadiram a Palestina, a pátria de Sem. outra explicação do texto é a de que se deve ler ‘Ele (Deus) habitará’, juntando-se desta maneira a bênção temporal de Jafé com a espiritual concedida a Sem. No mesmo versículo há referência a ter sido Cão castigado pelo seu procedimento, impróprio de um filho. Considerando este modo de ver, foi a profecia cumprida quando Deus esteve presente com o Seu povo durante a longa peregrinação pelo deserto, também no tabernáculo e no templo, e inteiramente na Encarnação.
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jafete
hebraico: engrandecido
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jafia
Ele fará que brilhe. 1. Cidade da fronteira de Zebulom, três quilômetros ao sul de Nazaré (Js 19.12). o seu nome moderno é Yafa. 2. o rei amorreu de Laquis, que foi derrotado por Josué (Js 10.3). 3. Um dos filhos de Davi que nasceram em Jerusalém (2 Sm 5.15 – 1 Cr 3.7).
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jafieti
hebraico: será libertado pelo Senhor
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jaflete
A quem Deus liberta
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jafo
hebraico: belo ou alto
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jagur
Alojamento
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jaiel
hebraico: cobra montesa ou dilatado
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jaime
Aquele que supera, variedade popular de Jacó
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jaion
hebraico: morando ou obstinado
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jair
o iluminado por Deus
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jairo
Chefe da sinagoga de Cafarnaum, cuja filha, da idade de doze anos, Jesus ressuscitou (Mt 9.18 – Mc 5.22 – Lc 8.41). É notável pela sua fé no Salvador. o nome é a forma grega de Jair.
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jalaliel
hebraico: ele louvara a Deus
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jalão
Quem Deus esconde
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jaleel
Quem Deus Aflige (espera em Deus)
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jalom
Passando a noite, Demorado
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jamai
hebraico: robusto
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jamail
Quem Jeová guarda
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jamal
hebraico: robusto
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jambres
S. Paulo refere-se a Jambres, como sendo este um dos mágicos que resistiram a Moisés na corte de Faraó, procurando imitar os seus milagres (2 Tm 3.8). (*veja Janes, Mágico.)É possível que este nome fosse propriamente Mambres.
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jamila
Formosa
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jamile
Formosa
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jamim
Mão direita, prosperidade
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jana
hebraico: ele que fala
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janai
A quem Jeová responde
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janaina
Rainha do mar
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jandira
Abelha do mel
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jane
Deus é cheio de bênçãos, Deus é gracioso
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janela
Geralmente todas as janelas dascasas orientais abrem para os pátios interiores, excetuando algumas vezes pequenas janelas de grades ou varandas, que existem para o lado da rua. Era somente em ocasiões de festas públicas que estas janelas exteriores se abriam. Estava Jezabel usando da liberdade permitida às mulheres durante uma recepção popular, quando da sua janela, colocada no andar superior, pôde ver Jeú (2 Rs 9.30). Por via de regra, as janelas eram perfeitamente estreitas e altas, nas casas comuns – mas, nas habitações dos ricos, o feitio era diferente e artístico, dando larga entrada à luz e ao ar (1 Rs 7.2 a 12). (*veja Casa, Jezabel.)
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janelas de fasquias
Janelas situadas na parte superior das paredes internas, que se elevam acima das câmaras (qualquer compartimento fechado) laterais. Essas janelas proporcionam luz no templo
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janes
A este homem se refere S. Paulo,como sendo um dos mágicos do Egito, que se opuseram a Moisés diante de Faraó (2 Tm 3.8).
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janete
Deus é cheio de bênçãos, Deus é gracioso
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jangada
Armação feita de tábuas, para navegar nos rios (1 Rs 5.9 – 2 Cr 2.16).
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jania
latim: referente ao deus Jano
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janice
Deus é cheio de bênçãos, Deus é gracioso
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janim
Sono
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janine
Deus é cheio de bênçãos, Deus é gracioso
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janisse
Deus é cheio de bênçãos, Deus é gracioso
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janleque
Quem Deus faz reinar
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janoa
Descanso
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janra
hebraico: ele rebelara ou se exaltara
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janum
hebraico: sono
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jaque
Piedoso
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jaqueline
Deus é gracioso, cheio de bençãos
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jaquim
Ele confirmará. 1. Filho de Simeão, que em 1 Cr 4.24 é chamado Jaribe (Gn 46.10). 2. Um sacerdote (1 Cr 9.10 – Ne 11.10). Ele parece dar o seu nome ao turno 21º de sacerdotes (1 Cr 24.17). 3. Um pilar, no pórtico do templo de Salomão. (1 Rs 7.21).
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jara
hebraico: o Senhor adornara
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jarafel
hebraico: Deus restaurara
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jarbas
Aquele a quem Baal concedeu força
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jardim
os jardins dos hebreus destinavam-se principalmente a árvores de fruto e de sombra, e a plantas e ervas aromáticas (1 Rs 21.2 – Ct 4.12 a 16). A Bíblia também se refere a jardim de rosas e de oliveiras. Em virtude do excessivo calor na estação de estio era indispensável um abastecimento de água, proveniente das fontes, ou de um poço, ou de corrente de águas que atravessasse o jardim (Gn 2.10 – 13.10 – Pv 21.1 – Ec 2.5,6 – is 58.11). Um jardim regado, e um jardim sem água são símbolos de bênção ou de maldição. os jardins eram utilizados para sepulturas (Jo 19.41), sendo também lugares de culto e de retiro religioso (is 1.29 – 65.3). Plantavam-se vegetais para alimentação, em algum sitio produtivo do jardim. Estacionavam ali vigias para guardar os frutos (Jó 27.18 – Jr 4.16,17) – mas não lhes era permitido impedir alguém de tomar do campo o que fosse bastante para a sua alimentação naquele mesmo sítio (Dt 23.24). No Jardim de Getsêmani, nas rampas do monte olivete, há oito oliveiras muito antigas, que marcam o lugar onde, segundo a tradição, se passou a agonia de Jesus.
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jarebe
Averso
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jarede
Descendência
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jaribe
Adversário
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jarim
hebraico: florestas
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jarmute
1. Cidade de Judá. Fica situada na crista de um monte, à distância de quase 13 km a nordeste de Gate. Quando foi conquistada por Josué, era cidade real dos cananeus (Js 10.3,5,23). Foi de novo habitada depois do cativeiro (Ne 11.29). o seu nome atual é El-Yarmuk. 2. Cidade de issacar, que foi dada aos gersonitas (Js 21.29). Há uma certa razão em julgar este nome idêntico ao de Remete (Js 19.21) e Ramote (1 Cr 6.73).
- jarmute =lugares altos
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jaroa
Lua
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jarpel
hebraico: Deus restaurara
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jarretar
Jarretar um cavalo é cortar os importantes tendões e nervos, movidos pelos músculos da curva da perna – e desta maneira, cortados os jarretes, torna-se o cavalo, ou outro animal, incapaz de andar. A prática era comum em tempo de guerra (Js 11.6,9 – 2 Sm 8.4 – 1 Cr 18.4).
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jarrete
Tendão ou nervo da perna dos quadrúpedes. 2. Região posterior do joelho
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jasa
hebraico: lugar aberto
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jasão
curandeiro
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jaseias
hebraico: Jeová vê
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jasem
hebraico: dormindo ou brilhando
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jasen
Brilhante
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jaser
hebraico: reto, justo
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jasera
hebraico: ele pode reconduzir
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jashar
hebraico: reto
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jasiel
hebraico: feito por Deus
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jasobeão
hebraico: que o povo se volte para Deus
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jasom
Próprio para curar. 1. Crente deTessalônica – era amigo de Paulo e Silas, e que por essa razão foi maltratado pelos judeus (At 17.1 a 9). Segundo a tradição, foi bispo de Tarso. 2. Companheiro de Paulo (Rm 16.21) e seu parente. Talvez seja o mesmo que l.
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jason
Saudável
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jaspe
Tem-se pensado que o jaspe da Sagrada Escritura era o diamante, a esmeralda, a opala, etc. Mas já pequena dúvida há de que a palavra hebraica, bem como a grega, representava uma variedade de quartzos, transluzentes, e com prismáticas cores. Era a duodécima das jóias que brilhavam no peitoral do sumo sacerdote (Êx 28.20 – 39.13), e a primeira das doze empregadas nos fundamentos da Nova Jerusalém (Ap 21.19). Fazia parte também de outra divisão dos muros da Nova Jerusalém (Ap 21.18). Em Ap 4.3 usa-se como figura da glória de Deus.
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jassom
grego: saudável
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jasube
Voltando
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jasubilem
hebraico: pão que volta
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jatanael
hebraico: ele será dado por Deus
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jater
hebraico: proeminente, alto
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jatir
Altura
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jatniel
A quem Deus concede dons
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javã
l. o quarto filho de Jafé (Gn 10.2,4). Provavelmente é o mesmo que 2. 2. É a mesma palavra que Jônia. A Grécia e as ilhas que a circundam são as terras de Javã 1 (is 66.19). os descendentes de Javã ocuparam também a Síria e a Macedônia. 3. Deve ter sido um território na Arábia do sul, com um porto comercial dos fenícios (Ez 27.19). Mas estas palavras e a sua identificação são extremamente duvidosas.
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javae
hebraico: barro ou jovem
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javali
A palavra hebraica aparece no Salmo 80.13, na significação de porco montês ou javali. Em outras passagens trata-se do porco doméstico. o javali tem existido sempre em abundância na Palestina, e geralmente vive no oriente. o Salmista descreve de maneira exata o estado das coisas, quando o rio Jordão transbordava e fazia sair dos seus covis estes animais. Nessa ocasião tinha o lavrador de vigiar os seus campos de dia e de noite, a fim de evitar que os javalis, ferozes e esfomeados, destruíssem inteiramente tudo. Diz-se que numa única noite uma vara de javalis pode desfazer as plantações de um campo.
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javé
o nome próprio de Deus, na bíblia hebraica
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jaza
Lugar calçado, pisado
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jazanias
o Senhor ouve. l. Um capitão judeu, filho do maacatita (2 Rs 25.23). Ele ajudou a recuperar o despojo de ismael, depois de Gedalias ter sido assassinado, indo em seguida para o Egito (Jr 40.8 e 42.1). Nesta última passagem lê-se Jezanias, e é chamado o filho de Hosaías. Parece ser o mesmo que Azarias (Jr 43.2). 2.Um recabita (Jr 35.3). 3. Filho de Safã, um dos setenta anciãos de israel que prestaram culto aos ídolos, sendo este ato de idolatria testemunhado por Ezequiel (Ez 8.11). 4. Filho de Azur, um príncipe iníquo de Judá, ao qual Ezequiel viu numa visão e contra quem profetizou (Ez 11.1).
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jazeel
hebraico: Deus distribui
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jazeias
O que olha para Jeová
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jazel
hebraico: Deus distribui
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jazer
Ele nos auxilia. Cidade dos amorreus, perto de Gileade, ao norte de Hesbom, que foi tomada pelos israelitas (Nm 21.32 – 32.1,3). Sendo reedificada por Gade, coube aos filhos de Merari (Nm 32.35 – Js 13.25 – 21.39 – 2 Sm 24.5). A cidade foi assunto de uma lamentação profética (is 16.8,9 – Jr 48.32). Nesta última passagem, o ‘mar’ pode ter sido um lago. A sua posição julga-se ter sido em Sa”aur, seis quilômetros ao norte de Hesbom – 1,5 km mais ao norte está ‘uma perene nascente, formando uma lagoa’.
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jazera
Quem Deus traz de volta
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jaziel
A quem Deus reparte
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jaziz
A quem Deus move ou dá a vida.
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jealelel
Ele louva a Deus
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jeanete
Deus é cheio de bênçãos, Deus é gracioso
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jearim
Floresta
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jeaterai
hebraico: ele abundara Senhor
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jebaar
hebraico: o Senhor escolhera
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jebanias
hebraico: Ele será edificado pelo Senhor
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jebequias
hebraico: Jeová abençoa
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jeberequias
Quem Deus abençoa
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jeblea
hebraico: quem devorara p povo
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jebneel
hebraico: Deus edificara
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jebsam
hebraico: ele cheirara agradavelmente
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jebus
Lugar que é pisado
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jebus, jebuseu
Filho de Canaã (Gn 10.16), e pai dos jebuseus. A fortaleza central deste povo, aguerrido e violento, tinha o nome de Jebus (Jz 19.10,11 – 1 Cr 11.4,5) até que foi conquistada por Davi (Js 15.8,63 – 2 Sm 5.6 a 8), sendo então, pela primeira vez, chamada Jerusalém. (*veja JEBUSEUS, Jerusalém.) Tem sido sugerido que a palavra significa em acadiano ‘casa de segurança’, tendo Jerusalém a mesma significação.
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jebuseus
Pertencentes a Jebus. São os descendentes de Jebus, filho de Canaã, os quais colonizaram o distrito, em volta de Jerusalém, que então se chamava Jebus (Gn 10.16 – 15.21). Não se sabe se foram eles os primitivos habitantes, ou se substituíram uma raça ainda mais antiga. A primeira referência aos jebuseus foi feita pelos espias, quarenta anos antes da entrada dos israelitas na Terra Santa (Nm 13.29). Constituíam eles uma forte e vigorosa tribo, sendo disto prova o fato de conservarem o seu poder na forte cidadela de Jebus até ao tempo de Davi (2 Sm 5.6). o seu rei Adoni-Zedeque foi morto na batalha de Bete-Horom (Js 10.1,5,26). A própria fortaleza de Jebus foi posta a saque e queimada pelos homens de Judá (Jz 1.21). Todavia, estes contínuos desastres não puderam pô-los fora do seu território, visto como os achamos numa época posterior, habitando ainda as terras de Judá e Benjamim (Js 15.8,63 – Ed 9.1). A submissão de Araúna, o rei jebuseu, a Davi, apresenta-nos um quadro característico da vida dos cananeus e também dos israelitas (2 Sm 24.23 – 1 Cr 21.15). Nada se sabe a respeito da religião dos jebuseus. Somente dois membros desta tribo são mencionados pelo seu nome, e são Adoni-Zedeque (Senhor de Justiça) e Araúna. (*veja Jerusalém).
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jecabazeel
hebraico: Deus ajudou
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jecabneel
hebraico: Deus traz junto
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jecabsel
hebraico: Deus ajudou
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jecalzeel
hebraico: Deus ajuntou
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jecameão
Ajunta o povo
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jecamias
Quem Jeová ajunta
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jecamias
hebraico: jeová estabelecerá
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jecelias
hebraico: Jeová prevaleceu
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jecolia
Em quem Jeová mostra-se forte
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jeconias
Deus dê força
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jecutiel
Temor de Deus
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jedaias
o Senhor é louvor, 1. Chefe datribo de Simeão (1 Cr 4.37). 2. Edificador dos muros de Jerusalém (Ne 3.10). o Senhor conhece. Jedaías com esta significação é já diferente do nome precedente. É um chefe do segundo turno de sacerdotes, no tempo de Davi (1 Cr 9.10 e 24.7). Também este nome é dado a sacerdotes, como por exemplo em Zc 6.10,14.
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jediael
Conhecido de Deus. Chefe dos benjamitas (1 Cr 7.6). Deste Jediael descenderam muitas famílias, que no tempo de Davi puderam reunir 17.200 combatentes. 2. o filho de Sinri, um dos trinta valentes de Davi (1 Cr 11.45). Talvez seja o mesmo nome que o seguinte. 3. Chefe da tribo de Manassés, que se juntou a Davi em Ziclague. ocupou lugar importante no ataque aos amalequitas (1 Cr 12.20). 4. Um levita. Um guarda-portão do templo (1 Cr 26.2).
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jedias
hebraico: moveu-se, Jeová expira alegremente, alegra pelo Senhor ou Deus fortalece
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jedida
Amada
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jedidiá
predileto de Deus
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jedidias
Querido do Senhor. o nome dado a Salomão pelo profeta Natã, que tinha sido mandado por Davi para obter um sinal da bondade divina a favor do menino recém-nascido. o nome é de grande interesse. Jedide e Davi são palavras com a mesma raiz. Foi para Davi, o amado do seu povo, um feliz presságio, em uma prova, de ser ele novamente o favorecido de Deus, o fato de vir o profeta dizer-lhe que o nome de seu filho devia ser uma combinação do seu próprio com o do Senhor – Jedid-Jah, ‘querido do Senhor’. Este costume de dar às crianças um segundo nome, de carinho, ainda existe no oriente (2 Sm 12.25).
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jedidja
hebraico: amado de Jeová
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jediel
hebraico: conhecido de Deus
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jeducal
hebraico: Jeová e capaz
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jedutum
Louvor. Levita da família de Merari. Um dos três grandes diretores musicais, que estavam ao serviço do templo (1 Cr 16.38,41 – 2 Cr 29.14). É o mesmo que Etã – e diz-se que certos salmos foram por ele compostos, isto é, os salmos 39,62,77. (*veja Música.)
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jeequiel
hebraico: Deus fortalece
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jeezer
hebraico: pai de ajuda
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jeezquel
Deus é forte
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jefoné
Que ele seja visto
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jeftá
Abridor ou libertador
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jefté
Ele abre. Um dos juizes de israel. Era filho de Gileade e de uma concubina, e por causa desta ilegitimidade foi expulso de casa pelos seus irmãos (Jz 11.1,2). Depois rogaram-lhe que voltasse para os ajudar contra os amonitas, que tinham invadido israel. Ele consentiu nisso com a condição de ser o comandante chefe das forças israelitas, e de lhe darem inteira liberdade nas operações contra os invasores. Na conformidade com os seus desejos, imediatamente procedeu contra o inimigo, depois de se ter esforçado, parlamentando com o rei dos amonitas, a que se retirasse do país, e renunciasse às suas pretensões. Não dando o rei ouvidos às suas razões, partiu Jefté contra os filhos de Amom, e ao mesmo tempo fez o voto de, sendo feliz na guerra, oferecer a Deus em holocausto a primeira criatura que, saindo das portas de sua casa, viesse ao seu encontro (Jz 11.30,31). Jefté teve bom êxito nos combates contra os amonitas – e, no regresso a sua casa, foi a sua filha a primeira pessoa que saiu de casa para o abraçar. Quando a viu, Jefté lembrou-se do voto, e disse: ‘Fiz voto ao Senhor, e não tornarei atrás’ (Jz 11.34 a 39). A filha de Jefté conformou-se. As condições do voto foram cumpridas, ao fim de dois meses. As palavras da filha de Jefté, bem como a frase final do vers. 39, fazem supor, na opinião de alguns intérpretes, que o voto do pai teve o seu cumprimento, sendo a filha consagrada a uma vida de celibato. o seguinte ato público de Jefté foi castigar os soberbos homens de Efraim por terem contestado o seu direito de combater os amonitas, sem o seu consentimento, e por terem tomado armas contra ele, invadindo Gileade. os efraimitas foram derrotados, sendo mortos os que fugiam da batalha nos vaus do Jordão (Jz 12). (*veja Sibolete.) Tendo, por seis anos somente, servido ao povo de israel com a sua sabedoria, morreu e foi sepultado em uma das cidades de Gileade (Jz 12.7). Foi Jefté manifestamente, como Sansão, mais um instrumento do poder de Deus do que um exemplo da Sua graça, embora em Hb 11.32 seja mencionado na lista de notáveis homens fiéis.
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jegadalias
hebraico: o Senhor engrandecera
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jegar-saaduta
o montão do testemunho. É o nome aramaico que foi dado por Labão ao montão de pedras, elevado como testemunho do pacto entre Jacó e ele próprio. Corresponde ao nome hebraico Galeede, que lhe pôs Jacó (Gn 31.47). o montão de pedras de Labão não só foi sinal do negócio realizado entre ele e o seu genro, mas também marcava o afastamento de novas comunicações, estando eles já em territórios separados. Daí para o futuro viajou Jacó em terra que os seus descendentes haviam de possuir. (*veja Labão Mispa.)
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jegdalias
hebraico, o Senhor engrandecera
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jegfar-saaduta
aramaico: monte de testemunho
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jeías
Jeová Vive
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jeiel
Um a quem Deus preserva vivo-arrebatado por Deus ou Tesouro de Deus
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jeiéli
Meu Deus vivifica
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jeira
2,750m2
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jeizquias
o Senhor fortalece. A mesma palavra que Ezequias. Filho de Salum, e homem superior de Efraim. É notado pela sua grande coragem em evitar, com outros, que fosse levado para a Samaria considerável número de cativos e grande despojo, que Peca tinha alcançado em campanha contra Acaz, rei de Judá. Ele e os seus amigos puderam providenciar no sentido de serem os prisioneiros vestidos, alimentados, e mandados para as suas casas (2 Cr 28.12).
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jejum
Havia somente um dia no ano, isto é, o dia da expiação, em que a Lei prescrevia o jejum a todos os israelitas (Lv 16.29,31). Durante o exílio foram estabelecidos para cada ano quatro dias de jejum pela queda de Jerusalém (Jr 52.6) – pela destruição do templo (2 Rs 25.8,9 – Jr 52.12) – pelo assassinato de Gedalias (2 Rs 25.25 – Jr 41.1,2) – e pelo principio do cerco (2 Rs 25.1 – Jr 52.4 – e Zc 8.19,20). No A. T. o jejum acha-se relacionado com o luto pelos mortos (1 Sm 31.13 – 2 Sm l.12) – com o infortúnio e tristeza (Jz 20.25 – 1 Sm 1.7 – 20.34 – Ne 1.4 – Sl 35.13 – 109.24 – Jl 1.14 – 2.12,15) – e com a expressão da dor pelos pecados (Dt 9.18 – 1 Sm 7.6 – 1 Rs 21.27 – Ed 10.6 – Ne 9.1 – Sl 69.10 – Jn 3.5). os fariseus jejuavam duas vezes na semana (Lc 18.12), na segunda-feira e na quinta-feira. A oração e o jejum estavam unidos na prática daqueles crentes que vinham do gentilismo (At 13.1 a 3 – 14.23). S. Paulo nos avisa, procurando desviar o nosso espírito da idéia de dar ao jejum um valor independente (Rm 14.2 a 6, 17,21 – Cl 2.16,21,22,23 – 1 Tm 4.3 a 5.8 – 5.23). Em Mt 17.21 – Mc 9.29 – 1 Co 7.5, não vem a palavra ‘jejum’ nos melhores manuscritos.
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jelel
hebraico: escondido por Deus
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jemai
hebraico: robusto
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jemina
hebraico: pombo
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jemma
hebraico: alguém retém
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jemmea
hebraico: alguém retém, ou estorva
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jemuel
O dia de Deus
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jeoacaz
o Senhor apoderou-se de. 1. Filho de Jeú, e rei de israel por dezessete anos (2 Rs 13.1 a 9). Durante o seu reinado esteve ele, em parte, sujeito a Hazael, rei da Síria, que o obrigou a reduzir as suas forças militares e a pagar tributo. Embora Jeoacaz tivesse seguido e apoiado a maligna idolatria de Jeroboão i, era, contudo, tão triste e aflitiva a sua situação e a do país que ele, por fim, suplicou ao Senhor que o ajudasse. o libertador mandado, ou foi Jeroboão ii (2 Rs 14.25), ou mais provavelmente Adade-Nirari iii, da Assíria, que bloqueou Damasco cerca do ano 803 a.C. 2. Filho de Josias, rei de Judá. Foi escolhido pelo povo em lugar de seu irmão mais velho (2 Rs 23.31 a 36). o seu governo foi de pouca duração, pois apenas reinou três meses em Jerusalém. Apesar de não ser longo o seu reinado, ainda pôde mostrar que era opressor do povo (Ez 19.3). Foi mandado para o Egito, preso com cadeias, e ali morreu (2 Cr 36.4). Também se chamou Salum. 3. outro nome de Acazias, rei de Judá, filho de Jeorão e pai de Joás, ambos reis de Judá. Em Acazias, a terminação é a mesma palavra que o prefixo Jeo em Jeoacaz (2 Cr 21.17 – 22.1 – 25.23).
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jeoada
Aquele a quem Jeová adornou
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jeoaquim
o Senhor eleva. irmão e sucessor de Jeoacaz, rei de Judá. Ele deveu a sua coroa a Faraó-Neco, que lhe mudou o nome, de Eliaquim em Jeoaquim (2 Rs 23.34 a 36). Por quatro anos foi tributário daquele monarca – mas, depois da batalha de Carquemis, em que Neco foi vencido por Nabucodonosor, foi Jeoaquim, e outros reis vassalos, compelido a aceitar a soberania do conquistador babilônio. Quatro anos depois da submissão da Judéia, revoltou-se o rei Jeoaquim contra o imperador da Babilônia (2 Rs 24.1) – mas este, passado pouco tempo, o atacou e capturou, sendo sua intenção levá-lo primeiramente para Babilônia (2 Cr 36.6): tomando, contudo, outra resolução, mandou-o matar. E assim, depois de um reinado iníquo de onze anos, de grandes perturbações, foi Jeoaquim morto, sendo o seu corpo arremessado para fora das portas de Jerusalém, com indignação, como Jeremias o havia anunciado, pois tinha feito ver ao rei o perigo e a loucura de revoltar-se contra Nabucodonosor (Jr 22.18,19 – 26.23). o caráter do rei está descrito em poucas palavras em 2 Rs 23.37: ‘Fez ele o que era mau perante o Senhor’, sendo muitas das suas maldades a proteção que ele dava à idolatria e a perseguição aos profetas e sacerdotes (2 Cr 36.8 – Jr 26 – Ez 8).
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jeoás
o Senhor é forte. l. A forma primitiva é Joás. Era filho de Acazias, sendo ele próprio rei de Judá (2 Rs 11.21). 2. Filho de Jeoacaz, e o 12º rei de israel. Foi o pai de Jeroboão ii (2 Rs 13.10). (*veja Joás.)
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jeocaz
A quem o Senhor segura
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jeoiada
Aquele a quem Jeová cuida
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jeoiaquim
Jeová tem estabelecido
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jeoiaribe
Aquele a quem defenderá ou contenderá a seu favor
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jeoirige
hebraico: Jeová contendera
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jeonadabe
Jeová está disposto, Jeová é nobre
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jeorão
o Senhor é engrandecido. A sua forma abreviada é Jorão. 1. Filho mais velho e sucessor de Josafá, rei de Judá (2 Rs 8.16). A rainha Atalia, filha de Acabe, incitou-o a praticar a idolatria e outros pecados, o que foi causa de grandes calamidades. Ele começou no trono a sua carreira assassinando todos os seus irmãos, a quem Josafá tinha afastado dos negócios do Estado, colocando-os nas cidades fortificadas de Judá. E aconteceu, como castigo das suas iniqüidades, que os edomitas, que por muito tempo haviam estado sujeitos aos reis de Judá, se revoltaram contra Jeorão, e estabeleceram a sua independência (2 Rs 8.20,21 – 2 Cr 21.8,9). Houve, depois disto, a invasão dos filisteus, assaltaram o palácio do rei, matando toda a família real e subordinados, escapando apenas o filho mais novo, Acazias, que foi levado para o cativeiro (2 Cr 22.1). Passados dois anos morreu o rei de uma terrível enfermidade, ‘sem deixar de si saudades’, sendo-lhe negada a sepultura no lugar dos sepulcros dos reis (2 Cr 21.19,20). 2. o filho de Acabe, Jorão, quando seu irmão Acazias, que tinha sucedido ao trono, morreu, não deixando filhos, veio a ser rei de israel (2 Rs 1.17 e 3.1). Continuou com Judá a aliança, que seu pai tinha realizado (1 Rs 22.44). Chamou Josafá, rei de Judá, e o rei de Edom, para o auxiliarem na guerra contra os moabitas. os aliados viram-se em grandes dificuldades por causa da falta de água, sendo Jorão censurado por Eliseu pela sua idolatria (2 Rs 3.14). o rei de israel e o seu exército retiraram-se do campo da guerra, quando o rei moabita ofereceu aos seus deuses em sacrifício o seu próprio filho (2 Rs 3.27). Ele próprio ‘tirou a coluna de Baal, que seu pai fizera’ (2 Rs 3.2). os casos em conexão com a cura de Naamã tornaram mais forte a sua reverência para com o Senhor, sendo, por isso, assegurada a amizade de Eliseu, amizade que lhe foi muito útil na guerra com a Síria (2 Rs 6). Mas durante o período de paz que se seguiu, caiu novamente Jorão na idolatria, censurando-o o profeta com toda a severidade. Foi castigado por Deus, que permitiu que Samaria fosse cercada pelos sírios. Em vez de arrepender-se e implorar o auxilio do Senhor, procurou Jorão matar Eliseu, que freqüentes vezes o tinha avisado (2 Rs 6.30 a 33). A cidade de Samaria foi salva,(2 Rs 7), depois de terem os seus habitantes praticado atos de canibalismo (2 Rs 6.29). Mas estavam contados os dias de Jorão nos seus esforços para reaver dos sírios a cidade de Ramote-Gileade, ficou ferido, retirando-se para Jezreel (2 Rs 8.29 – 9.14). Jeú, a quem ele tinha deixado em Ramote para a ocupar, revoltou-se, e dirigiu-se logo a Jezreel, onde matou a Jorão naquela mesma porção de terreno que Acabe tinha tirado a Nabote (1 Rs 21.21 e seguintes). Com a sua morte acabou a dinastia de onri. 3. Sacerdote que, por ordem de Josafá, foi ensinar nas cidades de Judá (2 Cr 17.8).
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jeosafá
Aquele a quem Jeová julga a sua causa
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jeoseba
Cujo juramento é Jeova
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jeová
(Para significação, *veja mais abaixo.) o mais antigo exemplo que se conhece do emprego da palavra Jeová, é do ano 1518 d.C., e é devido à má compreensão de um termo hebraico, cujas consoantes são Yhwk. Depois do cativeiro tinham os judeus tão grande respeito a este nome, que, na verdade, somente era usado, segundo algumas autoridades, pelo sumo sacerdote, uma só vez no ano, no dia da expiação. Todavia, Yhwk ocorre muito freqüentemente na Sagrada Escritura – e por isso outra palavra, Adonai (Senhor), a substituiu na leitura em alta voz, e foi adotada pelos tradutores nas diversas línguas estrangeiras (em grego Kyrios – em latim Dominus). E desta maneira se perdeu a verdadeira pronúncia de Yhwk. Quando, porém, foram acrescentadas às consoantes hebraicas (no oitavo e nono século d.C.) as letras vogais, as de Adonai foram dadas a Yhwk em vez das suas próprias. Por esta razão, se o primeiro ‘a’ fosse levemente disfarçado seria possível ler-se Yehowah – e foi isto o que realmente aconteceu. Com estas vogais se pretendeu, tanto quanto possível, designar várias formas do verbo hebraico e sugerir assim, numa só palavra, Jeová, estas idéias: ‘o que será’, ‘o que é’, e ‘Aquele que foi’. Embora isto seja pura imaginação, concorda com a frase que se encontra no Ap 1.4. Primitivamente, sem dúvida, Yhwk representava aquele tempo de um verbo hebraico que implica continuidade (o tempo chamado ‘imperfeito’), e com as suas vogais se lia Yahaweh ou Yahwek. A sua significação era provavelmente ‘Aquele que é’, ou ‘Aquele que será’, sugerindo plena vida com infinitas possibilidades. Para isto há a seguinte explicação: Quando Moisés quis informar-se a respeito do nome de Deus, foi esta a resposta: ‘o Ente “Eu sou o que sou”, “ou Serei o que serei”, me mandou vir ter contigo.’ Este nome significa, então, o Ser que subsiste por Si, o qual proverá a respeito do Seu Povo. Quanto a saber-se até que ponto o nome era conhecido do povo de israel, antes da chamada de Moisés, não é possível aprofundar o assunto. Por um lado, explicitamente diz Deus: ‘Eu sou o Senhor: e eu apareci a Abraão, a isaque, e a Jacó, como Deus, o Todo-poderoso (El-Saddai) – mas pelo meu nome, o Senhor, não lhes fui perfeitamente conhecido.’ Por outro lado, freqüentemente ocorre esse nome no livro de Gênesis, e acham-se vestígios dele, com aplicação a um certo deus, nos primitivos documentos babilônicos. Tudo bem considerado, é provável que o uso da palavra no Gênesis seja devido a escritores ou copistas, posteriores à chamada de Moisés, e que, embora a palavra fosse conhecida antes desse tempo, não estava formalmente identificada com o verdadeiro Deus. Seja como for, a palavra era tão expressiva, tão cheia de promessas para um homem que começa a sua vida, e para uma nação que estava a ponto de entrar numa carreira de proveito para todo o mundo, que a sua escolha não somente revelava a natureza de Deus, mas também assegurava o bom resultado do Seu povo. Era o nome do pacto com Deus, e estava revestido de poder. (*veja Deus.)
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jeová jireh
Senhor faz provisão
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jeová-adom
hebraico: Deus Senhor
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jeová-hossenu
hebraico: o Senhor, nosso Deus
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jeová-isidkenu
Quer dizer o Senhor é a nossa justiça.
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jeová-jire
hebraico: Deus provera
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jeová-jireh
Quer dizer o Senhor proverá.
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jeová-maquede
hebraico: o Senhor fere
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jeová-mequedesh
hebraico: o Senhor que santifica
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jeová-mikadeskim
hebraico: o Senhor que vos santifica
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jeová-nissi
hebraico: o Senhor é a minha bandeira
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jeová-ra-ah
Quer dizer o Senhor é meu pastor.
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jeová-rafa
hebraico: o Senhor é o que sara
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jeová-raphá
Quer dizer Eu Sou o Senhor que te sara.
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jeová-sabãote
hebraico: o Senhor dos exércitos
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jeová-sama
hebraico: o Senhor está ali
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jeová-shalom
hebraico: o Senhor é a nossa paz
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jeová-tsidquenu
hebraico: o Senhor justiça nossa
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jeovah jireh
“o senhor proverá.” (gênesis 22:14)
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jeovah nissi
“O Senhor é a minha bandeira.” (Êxodo 17:15)
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jeovah shalom
“O Senhor é paz.” (Juízes 6:24)
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jeovah shamah
“O Senhor está aqui.” (Ezequiel 48:35)
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jeovah tsidkenu
“O Senhor é a minha justiça.” (Jeremias 23:6)
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jeozabade
Aquele a quem Jeová dota
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jeozabate
hebraico: o Senhor deu
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jeozadabe
hebraico: o Senhor deu
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jeozadaque
Jeová é Justo
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jera
hebraico: mês, lua
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jeraias
hebraico: Jeová ilumina
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jerameel
Deus tenha compaixão. 1. Filho primogênito de Hezrom, descendente de Judá (1 Cr 2.9). os seus descendentes, que viviam na fronteira meridional de Judá, mantiveram amistosas relações com Davi, quando este estava em Ziclague (1 Sm 27.10). o nome tornou-se famoso, em tempos modernos, devido à estranha teoria de ter sido a tribo dos jerameelitas a origem de muitas doutrinas da religião judaica, e de ser um grande número de nomes do A.T. uma corrupção da palavra Jerameel. 2. Levita de Merari, que representava a família de Quis, quando Davi organizou o serviço divino (1 Cr 24.29). 3. Filho de Hameleque, a quem o rei Jeoaquim ordenou que prendesse Jeremias e Baruque (Jr 36.26).
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jerameelitas
os descendentes de Jerameel, cujo pais ficava ao sul de Judá (1 Sm 27.10). Davi mandou que as cidades dos jerameelitas tivessem uma parte do despojo dos amalequitas – e fez ver a Aquis que tinha invadido o país deles (1 Sm 30.29).
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jerão
hebraico: ele obterá misericórdia
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jerebaão
hebraico: que pleiteia pelo povo
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jerede
Baixo, ou ondulante
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jeremai
Alto
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jeremias
o Senhor é alto. 1. Profeta, filho de Hilquias, sacerdote de Anatote. Provavelmente este Hilquias não era o sumo sacerdote desse período (2 Rs 23.4), porque então não se teria falado dele daquela forma indefinida ‘um dos sacerdotes’ (Jr 1.1) – e parece que os sacerdotes de Anatote eram da casa de itamar (1 Rs 2.26), ao passo que o sumo sacerdócio tinha por muito tempo estado na linha de Finéias (1 Cr 6.õ0). Jeremias foi chamado a exercer o cargo profético cerca de setenta anos depois da morte de isaías, no ano décimo-terceiro de Josias, sendo a esse tempo muito jovem, e vivendo ainda em Anatote (Jr 1.1 a 6). Pouco tempo depois, recebeu ele a ordem de levar uma mensagem a Jerusalém (2.1) – e alguns supõem que fez uma viagem pelas cidades e vilas de Judá com o fim de anunciar aos seus habitantes o que ordenava o livro da Lei, encontrado no templo (11.2,6 – 2 Rs 22). Quando voltou a Anatote, os seus injustos concidadãos, incluindo mesmo algumas pessoas da sua própria família, como se julgassem ofendidos com as repreensões do profeta, conspiraram contra ele (11.21 – 12.6) – pelo que parece ter o profeta resolvido fixar a sua residência em Jerusalém. Durante o reinado de Josias, não há dúvida que Jeremias o auxiliou na reforma religiosa do povo. Mas ao fim de dezoito anos a invasão do Faraó-Neco trouxe a morte do bom rei, e o cativeiro, no Egito, do seu filho e sucessor Salum ou Joacás (22.10 a 12). Sucedeu Jeoaquim a Joacás, e de então para o futuro foi o ministério do profeta exercido no meio de grandes dificuldades e perseguições. os próprios ‘sacerdotes e profetas’ tornaram-se os seus acusadores, e pediam, com a população, que ele fosse condenado à morte por ter anunciado a ruína do templo e de Jerusalém (26). os ‘príncipes’ não se atreveram a afrontar Deus tão abertamente – mas Jeremias ficou em sujeição, ou impedido pelos seus adversários de aparecer em público. Nestas circunstâncias ordenou-lhe Deus que escrevesse as suas predições, que foram lidas por Baruque no templo, em dia de jejum, ‘no quarto ano de Jeoaquim’, sendo também o primeiro de Nabucodonosor. Continham elas o aviso de que o reino de Judá havia de ser oprimido pelo crescente poder da Babilônia (25). os príncipes ficaram assustados, e esforçaram-se por despertar o rei, lendo-lhe as palavras de Jeremias. Mas em vão: o monarca, depois de ouvir ler três ou quatro páginas, cortou o rolo em pedaços e o lançou no fogo, dando ordens para que fossem capturados Jeremias e Baruque. Deus os livrou desse mal – e logo depois foi Jeremias levado a escrever de novo as mesmas mensagens com alguns acrescentamentos (36). No curto reinado do seguinte rei, Jeoaquim, também chamado Jeconias, ou Conias, ainda se ouvia a voz do profeta, avisando o rei e o povo (cp. 2 Rs 24.12 com Jr 22.24 a 30), mas infelizmente as suas palavras não produziram efeito. No reinado de Zedequias, declarou Jeremias repetidas vezes, por inspiração divina, que os caldeus haviam de novamente voltar, tomar a cidade, e incendiá-la. Como fizesse esforços para sair de Jerusalém, o profeta foi acusado de ter passado para os caldeus – sendo preso, foi lançado num cárcere, onde permaneceu até à conquista da cidade. Nabucodonosor, tendo formado do seu caráter melhor conceito, encarregou o seu general, Nebuzaradã, de o proteger. Sendo-lhe permitido escolher ou a ida para Babilônia, onde, sem dúvida, seria recebido com todas as honras na corte, ou o viver no meio do seu próprio povo, preferiu esta última concessão, e ficou em Judá. Depois disto, ele aconselhou os principais do povo a que não fossem para o Egito, mas ficassem na sua pátria. os judeus não se conformaram com esta idéia, mas persistiram em ir para o Egito, obrigando Jeremias e Baruque a acompanhá-los (43.6). No Egito ainda procurou o profeta reconduzir o povo para Deus (44), não nos dizendo os seus escritos nada mais a respeito do que depois se passou. Todavia, uma antiga tradição assevera que os judeus, ofendidos pelas suas fiéis admoestações, o apedrejaram, causando-lhe a morte. Jeremias foi contemporâneo de Sofonias, de Habacuque, de Ezequiel e de Daniel. Entre os seus escritos e os de Ezequiel há muitos pontos interessantes ou de semelhança ou de contraste. os dois profetas trabalharam para a mesma obra, e quase ao mesmo tempo. Um profetizou na Palestina, o outro na Caldéia – mas ambos se esforçaram em persuadir os judeus a que fossem cidadãos pacíficos, esperando sempre a restauração. Ezequiel, contudo, insistia muito mais em pontos rituais da religião do que Jeremias. E havia neles uma grande diferença na maneira de se exprimirem e no seu caráter pessoal. A vida de Jeremias revela que ele era homem humilde e modesto, pois contra sua vontade saiu da obscuridade e isolamento para a vida pública, sujeitando-se aos perigos que acompanhavam a missão profética. Embora pacífico por natureza, e mais inclinado a lamentar em segredo as iniqüidades do povo do que a acusar publicamente os homens perversos, ele obedeceu à chamada de Deus, mostrando ser sempre um fiel e destemido campeão da verdade, entre censuras e perseguições. Em Ezequiel, porém, se vê o poder da inspiração divina, operando num espirito naturalmente firme e independente, sendo, contudo, mais eclesiástico. 2. Um homem de Libna, o pai de Hamutal, que casou com o rei Josias, e foi mãe do rei Jeoacaz (2 Rs 23.31). 3. Um indivíduo de Manassés (1 Cr 5.24). 4. Um benjamita (1 Cr 12.4). 5. Um homem de Gade (1 Cr 12.10). 6. outro homem de Gade (1 Cr 12.13). 7. Sacerdote que voltou com Zorababel (Ne 12.1). 8. Sacerdote que selou o pacto com Neemias, na dedicação dos muros de Jerusalém (Ne 10.2 – pode ser o mesmo de 12.12,34). Talvez os nomes de 7 e 8 sejam mais uma ordem de sucessão, do que pessoas – e deste modo são idênticos. 9. Um recabita (Jr 35.3).
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jeremias (livro de)
A autoria deste Livro, na sua forma primitiva, acha-se indicada no cap. 36. A seguinte classificação é sugerida por certas notas de ocasião em algumas das passagens, e também pelos assuntos tratados: – No reinado de Josias, 1 a 12. o princípio do cap. 11 parece designar o tempo em que foi novamente descoberto no templo o livro da Lei g Rs 22.3 a 13). – Reinado de Jeoaquim, 13 a 20. Em relação com a série de discursos proferidos nesse período, acha-se narrada a conspiração dos ‘príncipes de Judá’ contra o profeta, com o livramento deste (25,26). Ele, no cap. 22.1 a 19, censura Jeoaquim pela sua impiedade, e declara qual o fim que havia de ter o seu irmão e predecessor (Joacaz ou Salum). o cap. 35 apresenta-nos lições de constância e obediência, na conduta dos recabitas. o cap. 45 (a Baruque, o escriba do profeta) e o cap. 36 referem-se ao rolo daquelas profecias, que foram lidas a Jeoaquim no quinto ano do seu reinado, sendo por este rei cortadas as folhas e queimadas. – Reinado de Jeoaquim, 22.20 a 30. o triste destino do rei (que aqui se chama Conias) é pintado de forma patética. Ele devia ficar prisioneiro por toda a vida em Babilônia, e sem herdeiro para ocupar o trono de Davi, e desta forma era ele virtualmente um rei sem filhos. – Reinado de Zedequias. Pertencem a este período as seguintes passagens: os caps. 21,27 (aconselhando submissão ao jugo babilônico) – 28 (referindo a profecia do falso profeta Hananias sobre a libertação dos judeus dentro de dois anos) – 34 (descrevendo o destino do rei, e o castigo dos pérfidos possuidores de escravos) – 37 e 38 (narrando a prisão do profeta e o seu encarceramento) – 39 e 52.1 a 30 (tratando da tomada de Jerusalém). os caps. 30 a 33 dão a certeza da restauração, e da realização do Novo Pacto, sendo notável no cap. 32 o episódio da compra que Jeremias fez da sua propriedade de Anatote, na firme esperança de que a terra devia ser novamente recuperada. – Profecias contra as nações inimigas, 46 a 52. Estas profecias foram, provavelmente, anunciadas em tempos diferentes, e estão reunidas nestes quatro capítulos pela semelhança do assunto. Referem-se ao Egito, à Filístia, a Moabe, a Amom, a Edom, a Damasco, a Quedar, e aos reinos de Hazor, Elão, e Babilônia. o breve discurso contra Elão (49.34 a 39) foi proferido no princípio do reinado de Zedequias – e a maravilhosa profecia, que diz respeito à Babilônia (50,51), foi publicada no 4º ano do mesmo rei, quando este foi com o principal oficial da sua corte à Cáldéia, por qualquer motivo que nos é desconhecido. Este discurso devia ser lançado no rio Eufrates, preso a uma pedra, como figura de naufrágio da cidade soberba (51.63,64 – cp. com Ap 18.21). – Depois da queda de Jerusalém. Uma das mais notáveis partes do livro é, no cap. 29, a carta que foi enviada por Jeremias aos que estavam exilados em Babilônia com o rei Jeoaquim, dando-lhes conselhos sobre a sua vida no cativeiro. Em lugar de se revoltarem e de se afligirem, deviam viver como pacíficos e industriosos habitantes da terra, procurando s prosperidade do país, e repudiando aqueles falsos profetas que andavam a espalhar entre eles idéias de descontentamento e de agitação. E declarava o profeta que, passados setenta anos, havia de terminar o cativeiro. Esta nobre carta, revelando grande sabedoria, influiu por muito tempo nos judeus para seu bem, e foi lembrada quando chegou o dia da libertação (Ed 1.1). – Até ao fim da vida de Jeremias, 39 a 44. Esta divisão é principalmente histórica, tendo sido já notadas as suas particularidades. o principal discurso profético, que esta parte contém, é um protesto contra a idolatria dos judeus no Egito (44). Entre as predições especiais de Jeremias, acham-se as que se referem ao destino de Zedequias (34.2,3: cp. com 2 Rs 25.5 a 7 – e Jr 52.11), à duração do cativeiro de Babilônia (25.11,12 – *veja Dn 9.2), e à volta dos judeus (29.10 a 14 – Ez 1.1). A queda da Babilônia (25.12 – 50 e 51) e de muitas nações (46 a 49) são, também, acontecimentos anunciados, sendo o cumprimento sucessivo destas predições razão suficiente para ser conservada a fé dos judeus naquelas palavras que se referem ao Messias (23.3 a 8 – 30.9 – 31.15 – 32.37 – 33.26). Ele prediz de forma muito clara a revogação da Lei de Moisés – afirma que nunca mais será lembrada a arca da aliança (3.16) – e atinge a verdadeira altura nas predições do A.T. com a sua grande profecia sobre o Novo Pacto (31.31 a 34). As referências que no N.T. se fazem ao livro de Jeremias são freqüentes. Compare-se 7.11 com Mt 21.13 ‘um covil de salteadores’ – 9.34 com 1 Co 1.31 ‘glorie-se no Senhor’ – 10.7 com Ap 15.4 – 11.20 com 1 Ts 2.4 – 17.10 com Ap L23 – 22.5 com Mt 23.38 – 25.10 com Ap 18.22,23 – 51.7 a 9 com Ap 14.8 e 17.24 e 18.3,5 – 51.45 com Ap 18.4 – e 51.63,64 com Ap 18.21. A designação ‘oriente’, aplicada ao Messias, Lc 1.78, é de Jeremias (23.5), segundo a versão dos LXX – no hebreu é Ramo (*veja Zc 3.8 e 6.12). A mais notável das aplicações que o N.T. faz do texto de Jeremias (31.31 a 34), vê-se em Hb 8.8 a 13 e 10.15 a 17. o profeta descreve o Novo Pacto em termos tais que a passagem se torna uma verdadeira antecipação do Evangelho – e talvez a frase ‘nova aliança’, na instituição da Santa Ceia, tenha sido sugerida pelas palavras de Jeremias. E deste modo é este escritor colocado ao lado de isaías, como ‘profeta evangélico’.
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jeremote
Lugares altos
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jeresias
hebraico: será nutrido pelo Senhor
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jeriani
hebraico: Jeová vê
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jerias
Um que Jeová estima
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jeribai
Contencioso
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jeribal
hebraico: contencioso
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jericó
Cidade na orla ocidental do Gor, à distância de 10 km do rio Jordão, estando-lhe sobranceira uma cadeia de estéreis e alcantiladas montanhas. A cidade do tempo de Josué ficava cerca de 2 km ao noroeste da moderna povoação de Eriha, e 32 km ao nordeste de Jerusalém, perto da fonte de pura e doce água, sendo todos os outros mananciais da vizinhança ainda de água salobra. Chama-se hoje Ain es-Sultan e Fonte de Eliseu, talvez por se julgar ser aquela que pelo profeta foi purificada a pedido dos habitantes (2 Rs 2.19 a 22). Esta cidade de Jericó foi uma cidade real de alta antigüidade, a principal do vale do Jordão, à qual se referem como bem conhecida naquele tempo os livros de Números e Deuteronômio (Nm 22.1 – 26.3, 63 – 31.12 – 33.48 – 36.13 – Dt 32.49 – 34.1 – Js 13.32 – Jr 52.8). Ela achava-se defendida por muralhas e portas de considerável resistência (Js 2.5, 15 – 6.2,5,20 – 12.9). os cidadãos eram abastados, sendo produtivos os terrenos circunjacentes (Dt 34.3 – Jz 1.16 – 3.13). os importantes vaus do Jordão, que Josué atravessou, e eram os principais, ficavam em frente de Jericó, que foi a primeira cidade na Palestina que ele conquistou (Js 2.1,2 e seg.), depois da volta dos dois espias. (*veja Raabe.) Estando condenada por Deus, foi incendiada, depois da queda dos muros, e arrasada, pronunciando Josué uma maldição sobre aquele homem que tentasse reedificar ‘esta cidade de Jericó’ (Js 6.26). A condenação caiu, quinhentos anos mais tarde, sobre Hiel, de Betel (1 Rs 16.34). Foi ali estabelecida uma escola de profetas, sendo visitada por Elias e Eliseu (2 Rs 2.4 a 18). A cidade foi tomada pelos caldeus (2 Rs 25.5), mas repovoada depois da volta do cativeiro (Ed 2.34 – Ne 3.2). No tempo de Cristo, era Jericó a segunda cidade da Judéia. Foi ali que Jesus curou o cego Bartimeu, e que Zaqueu recebeu a visita do Salvador (Mt 20.29 – Mc 10.46 a 52 – Lc 18.35 – 19.1 a 10). Em certo tempo, Jericó fazia parte da propriedade de Cleópatra, que lhe tinha sido dada por Antônio, sendo depois arrendada a Herodes, o Grande, que ali construiu muitos palácios e edifícios públicos. Foi, finalmente, destruída pelos romanos, cerca do ano 230 d.C.
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jeriel
Povo de Deus, ou constituído por Deus.
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jerimote
Elevação ou altura
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jeriote
Cortina
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jermal
hebraico: alto
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jeroão
Aquele que achará misericórdia
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jerobaal
Baal mostre sua grandeza
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jeroboão
que o povo se multiplique
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jeroboão i
Filho de Nebate e de Zerua,mulher viúva, e nasceu (talvez de matrimônio) em Zeredá (1 Rs 11.26): ele é designado pela expressão infamatória de ter feito pecar a israel (1 Rs 12.26 a 33, e 13.34, etc.). Salomão teve conhecimento deste mancebo, quando estava edificando Milo (aparentemente uma parte dos muros de Jerusalém), e o fez intendente da cobrança proveniente dos trabalhos impostos aos indivíduos de Efraim (1 Rs 11.26,27). A sua ambição foi alimentada pelo profeta Aías, pois lhe disse que ele havia de reinar sobre dez das tribos, e que, se obedecesse às leis de Deus, havia de ser próspero o seu reino, como tinha sido o de Davi (1 Rs 11.29 a 40). Sabendo isto, ficou Salomão assustado, e procurou prender Jeroboão, que por esse motivo fugiu para o Egito, onde permaneceu até à morte do rei. Voltou, então, para a sua terra natal, e pôde observar que Roboão, que tinha sucedido a seu pai no trono de Davi, tinha já indisposto contra ele as dez tribos do norte. Quando os habitantes destas tribos souberam que Jeroboão tinha voltado, fizeram-no rei de todo o povo de israel. Jeroboão fixou a sua residência em Siquém, que mandou fortificar. Ele também reedificou Penuel, cidade além do Jordão, pondo-a em estado de defesa, a fim de conservar quietas as tribos situadas do outro lado do rio (1 Rs 12.1 a 25). Mas bem depressa esqueceu Jeroboão as condições sob as quais a prosperidade lhe tinha sido prometida (1 Rs 11.38). Receando que, se as dez tribos fossem a Jerusalém para assistirem às festividades anuais, poderiam afastar-se dele, estabeleceu um culto idolátrico com dois altares principais, em Dã e em Betel (1 Rs 12.28 a 30). Também edificou templos, e estabeleceu sacerdotes dos mais baixos do povo, que não pertenciam à família de Arão, nem à de Levi (1 Rs 12.31). Foi Jeroboão avisado por Deus, mediante as palavras de um desconhecido profeta, por virtude do qual foi secado o braço do rei, e depois restaurado (1 Rs 13.1 a 10). E recebeu ainda censuras do profeta Aías, que já estava cego por motivo da sua velhice (1 Rs 14.1 a 18). infelizmente as advertências divinas não foram tidas em consideração continuando Jeroboão e sua família no caminho do pecado para sua própria ruína (1 Rs 13.34). Depois de um reinado de vinte e dois anos, morreu Jeroboão, sucedendo-lhe seu filho Nadabe (1 Rs 13 e 14.1 a 20).
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jeroboão ii
Filho de Jeoás, rei de israel, e o quarto da dinastia de Jeú. Reinou pelo tempo de quarenta e um anos – e embora ele favorecesse as práticas idólatras do filho de Nebate, Deus, contudo, o prosperou tanto que o seu reinado foi uma restauração do reino das dez tribos, o qual se levantou da decadência, em que estava, a um alto grau de extraordinário esplendor. Foi durante o seu reinado que viveram e ensinaram os profetas Amós, oséias e Jonas. os fatos da vida de Jeroboão ii encontram-se narrados em 2 Rs 14.23 a 29, e nos escritos de oséias e Amós. Ele foi, talvez, esse ‘salvador’ prometido no reinado de Jeoacaz, pois pela sua ação saíram os israelitas de sob as mãos dos sírios (2 Rs 13.4 – 14.26,27). Continuou ainda a combater o inimigo, chegando a tomar a sua capital, a cidade de Damasco (2 Rs 14.28 – Am 1.3,5). E de conquista em conquista recuperou todo o domínio de Salomão, em conformidade à profecia de Amós 6.14. Todavia, a antiga moralidade dos israelitas e o puro culto de Deus não foram restaurados: predominava o vício e a opressão, e era manchado pela idolatria o culto do Senhor (os 1.2 – 4.12,13,14 – 13.6 – Am 2.6 a 8 – 4.1 – 6.6). (*veja Amós, oséias e Betel.)
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jerom
hebraico: grande reverencia
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jeromino(a)
grego: nome sagrado
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jersa
hebraico: lua crescente
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jersias
hebraico: Jeová nutre
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jerubaal
Baal que se vire, oras!
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jerubesete
hebraico: que a vergonha combata
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jerubeste
Contenda com ídolo
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jeruel
Povo, ou habitação de Deus
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jerusa
hebraico: possuída ou possessão
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jerusalém
Existia, com o nome de Uruslim, isto é, Cidade de Salim ou Cidade da Paz, uma cidade no mesmo sítio de Jerusalém, antes de terem os israelitas atravessado o rio Jordão ao entrarem na Palestina. inscrições da coleção de Tel el-Amarna mostram que naquele tempo (cerca de 1400 a.C.) era aquela povoação um lugar de alguma importância, cujo governador estava subordinado ao Egito. o nome aparece já com a forma de Jerusalém em Js 10.1. os judeus identificavam-na com Salém, de que Melquisedeque foi rei (Gn 14.18 – *veja também Sl 76. 2). os atuais habitantes, judeus e cristãos, conservam o nome de Yerusalim, embora sob o poder dos romanos fosse conhecida pelo nome de Aelia Capitolina, e seja pelos maometanos chamada El-Kuds, o Santuário, tendo ainda outros títulos, segundo as suas conexões. Quanto à sua situação estava Jerusalém entre as tribos de Judá e Benjamim, distante do Mediterrâneo 51 km, do rio Jordão 30 km, de Hebrom 32 km, e 58 km de Samaria. Acha-se edificada no alto de uma larga crista montanhosa, que atravessa o país de norte a sul, e está sobre duas elevações, que se salientam do platô para o sul, e são acessíveis apenas por estradas dificultosas. Esta proeminência está entre dois desfiladeiros, que tornam a aproximação difícil, a não ser pelo norte, e por isso constitui uma defesa natural. Do lado oriental está o vale de Cedrom, que também é chamado vale de Josafá. Ao sudoeste e pelo sul se vê outro desfiladeiro, o vale de Hinom. Estas duas ravinas unem-se no Poço de Jacó (Bir Eyab), numa profundidade de 200 metros, medida desde a parte superior do platô. A cidade, possuindo tais defesas naturais, as montanhas circunjacentes, e os profundos desfiladeiros, forma, assim, uma compacta fortaleza montanhosa (Sl 87.1 – 122.3 – 125.1,2). Com respeito à história de Jerusalém, começa no A.T. com o aparecimento de Melquisedeque, rei de Salém, que abençoou Abraão (Gn 14.18 a 20 – *veja Hb 7.1). No cap. 10 de Josué, fala-se de Adoni-Zedeque, rei de Jerusalém, o qual formou uma liga contra o povo de Gibeom, que tinha feito um acordo com Josué e os israelitas invasores. Josué prendeu e mandou executar os cinco reis confederados, incluindo o rei de Jerusalém – mas, embora as cidades pertencentes aos outros quatro fossem atacadas, é certo ter escapado naquela ocasião a cidade de Jerusalém. Ela é nomeada entre ‘as cidades no extremo sul da tribo dos filhos de Judá’ (Js 15.21,63) – e é notada a circunstância de não terem podido os filhos de Judá expulsar. os jebuseus, habitantes daquela cidade, habitando juntamente os invasores com o povo invadido. A sua conquista definitiva está indicada em Jz 1.8. Mais tarde os jebuseus parece que fizeram reviver a sua confiança na fortaleza da sua cidade. Quando Davi, cuja capital era então Hebrom, atacou Jerusalém (2 Sm 5), os habitantes mofaram dele (2 Sm 5.6). A réplica de Davi foi fazer uma fala aos seus homens, que resultou na tomada da ‘fortaleza de Sião’. E então foi a capital transferida para Jerusalém, aproximadamente no ano 1000 a.C., vindo ela a ser ‘a cidade de Davi’. Para aqui trouxe este rei a arca, que saiu da casa de obede-Edom (2 Sm 6.12). Sendo ferido o povo por causa da sua numeração, foi poupada a cidade de Jerusalém (2 Sm 24.16) – e na sua gratidão comprou Davi a eira de Araúna, o jebuseu, e levantou ali um altar (2 Sm 24.25), preparando-se para construir naquele sítio um templo (1 Cr 22.1 a 4) – mas isso só foi levado a efeito por Salomão (1 Rs 6.1 a 38). Quando o reino se dividiu, ficou sendo Jerusalém a capita! das duas tribos, fiéis a Roboão (1 Rs 14.21). No seu reinado foi tomada por Sisaque, rei do Egito (1 Rs 14.25) – e no tempo do rei Jeorão pelos filisteus e árabes (2 Cr 21.16,17) – e por Joás, rei de israel, quando o seu rei era Amazias (2 Cr 25.23,24). No reinado de Acaz foi atacada pelo rei Rezim, da Síria, e por Peca, rei de israel, mas sem resultado (2 Rs 16.5). Semelhantemente, foi a tentativa de Senaqueribe no reinado de Ezequias (2 Rs 18.19 – 2 Cr 32 – is 36 e 37). Quando governava Manassés, os seus pecados e os do povo foram a causa da prisão do rei e da sua deportação para Babilônia (2 Cr 33.9 a 11). Josias realizou em Jerusalém uma reforma moral e religiosa (2 Cr 34.3 a 5). Quando, no período de maior decadência, reinava Joaquim, foi a cidade cercada e tomada pelas forças de Nabucodonosor, rei da Babilônia, que deportou para aquele império o rei e o povo, à exceção dos mais pobres dos seus súditos (2 Rs 24.12 a 16). Zedequias foi colocado no trono, mas revoltou-se. Vieram outra vez as tropas de Nabucodonosor, e então Jerusalém suportou um prolongado cerco – mas, por fim, foi tomada, sendo destruído o templo e os melhores edifícios, e derribadas as suas muralhas (2 Rs 25). No tempo de Ciro, como se acha narrado em Esdras, voltou o povo do seu cativeiro, sendo o templo reedificado, e restaurada a Lei. As muralhas foram levantadas por Neemias (Ne 3). Alexandre Magno visitou a cidade, quando o sumo sacerdócio era exercido por Jadua, que é mencionado em Ne 12.11,22. Morto Alexandre, e feita a divisão das suas conquistas, ficou a Judéia nos limites dos dois Estados rivais, o Egito e a Síria. Como efeito dessa situação raras vezes tinham os judeus uma paz duradoura. Ptolomeu Soter tomou a cidade pelo ano 320 a.C., a qual foi fortificada e embelezada no tempo de Simão, o Justo, no ano 300 a.C., mais ou menos (Ecclus. 50). Antíoco, o Grande, conquistou-a em 203 (a.C.) – mas em 199 foi retomada por Scopas, o general alexandrino. Após a derrota dos egípcios, infligida por Antíoco, caiu novamente Jerusalém sob o seu domínio em 19S. Foi depois tomada por Antíoco Epifanes, que profanou o templo, e ergueu um altar pagão no lugar do altar do Senhor (Dn 11.31) – mas no ano 165 foi a cidade reconquistada por Judas Macabeu. Pompeu apoderou-se dela em 65 a.C., e foi saqueada pelos partos no ano 40. Retomou-a Herodes, o Grande, no ano 37 a.C. : foi ele quem restaurou o templo, levantando o edifício que foi visitado por Jesus Cristo. Com respeito ao lugar que ocupava Jerusalém na alma dos hebreus, *veja Sl 122.6 – 137.5,6 – is 62.1,7 – cp. com 1 Rs 8.38 – Dn 6.10 e Mt 5.35. A Jerusalém do N.
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jesaías
Um a quem Jeová ajuda, ou salva
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jesana
Ancião
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jesarela
Reto perante Deus
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jesbão
hebraico: ele voltara entre o povo
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jesboque
hebraico: ele ficara
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jesca
hebraico: Ele vera
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jesebeabe
Lugar paterno
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jeseias
hebraico: Jeová vê
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jeser
Retidão
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jesfa
hebraico: calvo
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jesi
hebraico: salvação
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jesião
hebraico: antigo do Senhor
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jesias
hebraico: Jeová abandona
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jesimiel
Alguém que Deus cria
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jesimom
Deserto
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jesimon
hebraico: deserto
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jesisai
Descendente de um ancião
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jesoaias
Alguém que Jeová humilha
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jesonias
Deus atenda
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jessé
Pai de Davi. Filho de obede, e neto de Boaz e Rute (Rt 4.17). É ele o único do seu nome, e geralmente era chamado ‘Jessé, o belemita’ (1 Sm 16.1 a 18). Desde o tempo do Êxodo era famosa a família de Jessé, pertencente à casa de Perez. (*veja Naasom.) Em 1 Sm 17.12 é-lhe dado o título completo de ‘efrateu de Belém de Judá’. Tinha Jessé oito filhos, que com ele viviam em Belém de Judá, sendo muito considerado pelos seus concidadãos, embora não fosse um dos anciãos da cidade (1 Sm 16.4,5,10 – 17.12). A sua propriedade constava de rebanhos de gado, que estavam ao cuidado de Davi (1 Sm 16.11). Davi é chamado ‘filho de Jessé’, ainda mesmo depois de ter-se tornado famoso e poderoso (1 Cr 29.26). o profeta isaías põe o nome de Jessé no ponto mais alto de honra: ‘Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes um renovo’ (is 11.1 – *veja também 11.10).
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jessi
hebraico: dadiva, riqueza
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jessica
Jeová é salvação
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jesua
Jeová é Salvador
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jesui
hebraico: igual
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jesul
hebraico: igual
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jesurum
hebraico: amado, reto
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jesus
Salvador. – É a forma grega do nome Josué, o filho de Num. Assim em At 7.45 – Hb 4.8. – Em Cl 4.11 escreve S. Paulo afetuosamente de ‘Jesus, conhecido por Justo’. Este Jesus, um cristão, foi um dos cooperadores do Apóstolo em Roma, e bastante o animou nas suas provações. (*veja José.)
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jesus cristo
Este assunto não pode de forma alguma ser discutido em um dicionário. Para um conhecimento mais profundo a respeito do Salvador, devemos ler o novo testamento integralmente.
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jete
hebraico: fortalecedor, ou sujeição
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jeter
hebraico: abundância, eminência, excelência
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jetete
hebraico: fortalecedor ou sujeição
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jetias
hebraico: Ele exaltara
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jetra
hebraico: abundância
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jetrão
hebraico: exaltado
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jetro
Abundância. Príncipe sacerdote de Midiã, e sogro de Moisés. (*veja Moisés.) É também chamado Jéter e Reuel, e talvez também Hobabe. Crê-se que ele foi sacerdote do verdadeiro Deus, e defendia a verdadeira religião. Descendia de Midiã, filho de Abraão e de Quetura. Moisés convidou-o a oferecer sacrifícios ao Senhor, quando ele chegou ao acampamento dos israelitas, como sendo também adorador do mesmo Deus (Êx 18.11,12). Em conformidade ao seu conselho, escolheu Moisés um certo número de anciãos para o auxiliarem no governo e ao mesmo tempo julgarem os casos de pequena importância (Êx 18). Moisés lhe rogou que acompanhasse os israelitas, servindo-lhes de guia, missão que se tornava desnecessária com a arca da aliança (Nm 10.31,33). A hospitalidade que concedeu a Moisés, quando este fugia do Egito para salvar a sua vida, é uma bela demonstração da vida e costumes do oriente. A cordialidade do sacerdote, que se manifestou para com o fugitivo de um modo notável, foi devida ao fato de ter Moisés auxiliado as suas filhas a darem de beber aos animais. (*veja Hobabe.)
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jetur
hebraico: nômade
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jeú
o Senhor, Ele o é. 1. Filho de Josafá e neto de Ninsi. Foi com ele que principiou a quinta dinastia dos reis de israel, a qual teve maior duração que outra qualquer casa real daquele país (2 Rs 10). As principais características de Jeú foram discrição, rapidez da ação, e crueldade. Ele era ainda jovem quando Deus mandou a Elias que o ungisse como rei de israel (1 Rs 19.16). Por qualquer razão não efetuou Elias o mandato, que passou para Eliseu, realizando este profeta a cerimônia da unção por procuração e em segredo (2 Rs 9.1,6). Nesta ocasião era Jeú capitão daquela força que cercava Ramote-Gileade, tendo ali sido deixado por Jorão, que se tinha retirado para Jezreel, a fim de ser curado de uma ferida. Havendo conhecimento de tudo isto, foi ele aclamado rei pelos oficiais, que lhe proporcionaram aquelas honras que o tempo e o lugar permitiam (2 Rs 9.2 a 15). Procurou Jeú evitar que as notícias da insurreição chegassem aos ouvidos de Jorão – e então partiu logo para Jezreel, e ali matou o rei de israel e provocou a fuga do rei de Judá e a morte de Jezabel (2 Rs 9.24 a 37). Não se deteve Jeú neste feito, mas continuou a mortandade até que a casa de Acabe foi exterminada (2 Rs 10.1 a 14). Foi durante a marcha para Samaria que Jeú encontrou Jonadabe, o recabita, conseguindo dele o seu auxilio na matança, dos adoradores de Baal, dentro do respectivo templo edificado por Acabe (1 Rs 16.32 – 2 Rs 10.23). Foi despedaçada a estátua de Baal, o templo foi arrasado, e daquele sítio fizeram um lugar para usos vis. Todavia, embora Jeú tivesse sido o instrumento nas mãos de Deus para infligir o devido castigo à casa de Acabe, é na Sagrada Escritura acusado de não abandonar inteiramente os pecados de Jeroboão, que fez pecar israel, prestando culto aos bezerros de ouro (2 Rs 10.29 a 31). Ele parece ter sido movido mais pelo espírito de ambição do que pelo temor de Deus, não sendo, na verdade, o desejo de restaurar a pureza do culto do Senhor o que o impelia nos seus atos. Durante os seguintes vinte e sete anos do seu reinado não há conhecimento de qualquer fato de Jeú que não seja o de manter o culto do bezerro, que Jeroboão tinha instituído. Foi sepultado em Samaria, sucedendo-lhe seu filho Jeoacás. (*veja Hazael, Ramote-Gileade, Jezreel. ) Jeú é mencionado no ‘obelisco Negro’ (que agora existe no Museu Britânico), sendo representado a pagar o tributo a Salmaneser ii, rei da Assíria (840 a.C.). É chamado na inscrição ‘Jeú, filho de onri’, não sendo conhecida a mudança da dinastia pelos escribas da Assíria, dado o caso que onri não seja um erro clerical, estando em vez de Ninsi, como já tem sido sugerido.- Profeta de Judá, a quem Deus mandou que fosse ter com Baasa, rei de israel, a fim de predizer-lhe o mau resultado das suas cruéis ações (1 Rs 16.1 a l), pois havia ferido a casa de Jeroboão. Ele também denunciou Josafá (2 Cr 19.2,3). (*veja Baasa.) – Descendente de Simeão (1 Cr 2.38). – Descendente de Judá (1 Cr 4.35). – Um dos heróis de Davi (1 Cr 12.3).
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jeuba
hebraico: escondido
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jeude
hebraico: louvor
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jeudi
hebraico: judeu ou louvor do Senhor
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jeuel
hebraico: tesouro de Deus
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jeus
hebraico: apressado ou conselheiro
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jeuz
hebraico: ele aconselha ou conselheiro
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jezabel
Era filha de Etbaal, rei dos sidônios, e foi casada com Acabe, rei de israel (1 Rs 16.31). Esta princesa introduziu no reino da Samaria a forma siríaca do culto a Baal, a Astarte, e a outras divindades fenícias. Com este culto trouxe ela também para os israelitas muitas daquelas abominações, que tinham chamado a ira de Deus contra os cananeus. Tão fanatizada estava Jezabel, nesta religião, que em volta da sua mesa reunia ela 450 profetas ou sacerdotes de Baal, e 400 sacerdotes de Astarte (poste-ídolo) (1 Rs 18.19). Foi um mau dia para os israelitas aquele em que Acabe trouxe uma mulher estrangeira para partilhar do trono de israel. Salomão tinha colocado cada uma das suas mulheres pagãs longe dos negócios do Estado; mas Acabe procedeu de diverso modo, permitindo que ela tomasse parte no governo, e até algumas vezes com exclusão dele próprio (1 Rs 21.25). A terrível perseguição contra os profetas do Senhor (1 Rs 18.13; 2 Rs 9.7) deu causa a um forte levante do povo, por instigação de Elias, sendo destruídos quase inteiramente os que adoravam o deus Baal (1 Rs 19.1). Mas ele próprio, o forte Elias, caiu em abatimento quando lhe constou que Jezabel ficara ferozmente irritada ao receber a notícia da mortandade dos seus sacerdotes; e então tratou de fugir para salvar a vida (1 Rs 19.3). Jezabel era mulher de desígnios mais firmes do que o seu marido. Sem escrúpulos, no uso daquele poder que o rei devia conservar nas suas próprias mãos, ela ocasionou a morte de Nabote (1 Rs 21.14), e mandou a seu marido que se apoderasse das cobiçadas terras do assassinado. Provavelmente a rainha pouca importância dava à vinha ou ao seu proprietário; mas para ela o poder era tudo, e foi pelo fato de o exercer cruelmente que a maldição do profeta caiu sobre ela (1 Rs 21.23). A descrição do seu terrível fim, sendo Jeú o seu implacável executor, é feita de modo inteiramente dramático em 2 Rs 9.30 a 37. As palavras de Jeú, quando o mensageiro que tinha sido encarregado de a enterrar, ‘porque é filha de rei’, voltou, informando-o do que tinha acontecido ao corpo, foram uma recordação da profecia de Elias (2 Rs 9.36,37). Ele havia considerado que, deixando a rainha sem sepultura, seria um insulto ao rei de Tiro. Jezabel deve ter sido de avançada idade quando morreu, porque ela sobreviveu a Acabe pelo espaço de quatorze anos, sendo proeminente o seu lugar na corte de seus filhos, como o tinha sido junto do trono do seu marido. Considerada em seu todo, foi Jezabel a mais perversa das rainhas de israel, sendo também a mais inteligente e notável. (*veja Acabe, Jeú, Elias, Nabote.)
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jezanias
hebraico: Jeová ouve
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jezata
hebraico: branco
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jezer
hebraico: formação, pai de ajuda
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jezias
hebraico: Jeová exulta
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jeziel
hebraico: Assembléia de Deus
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jezoar
hebraico: alvura
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jezonias
hebraico: Deus ouve 2 Rs 25.23
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jezreel
hebraico: Deus semeia
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jezreel (planicie de), esdrelo
Geralmente chamada Planície de Esdrelom. Esta planície é pelos árabes chamada Merj ibn Amer. Estende-se por quase 19 km, desde as faldas dos montes de Nazaré ao norte até aos montes de Samaria ao sul – e desde a serra do Carmelo ao ocidente, por quase 38 km, até ao monte Tabor e Gilboa ao oriente. Pelo lado do oriente há três grandes extensões, cada uma separada das outras pelos espinhaços do pequeno Hermom e de Gilboa. os ramos do norte e do centro (Vale de Jezreel) estendem-se até ao rio Jordão – a parte meridional termina como fundo de saco. Ao noroeste é estreitada a planície pelos montes do Carmelo até formar um desfiladeiro, pelo qual há acesso à planície de Acabe, correndo ali o Quisom. A planície de Jezreel servia de passagem, e foi grande campo de batalha da Palestina. Foi aqui que pelejaram Baraque e Sisera – e também Gideão com os amalequitas e midianitas (Jz 4.13,14 – 5.19 a 21 – e 7.1,22). Foi, também, teatro da luta entre Josias e Faraó-Neco (2 Rs 23.29 – 2 Cr 35.22), e da vitória de Salmaneser (os 1.4, 5,11 – 2.22). Esta planície fazia parte do território de issacar (Js 19.18), e, depois da morte de Saul, esteve por algum tempo em poder de is-Bosete (2 Sm 2.9). Salomão fez dela um dos seus comissariados em virtude da sua fertilidade (1 Rs 4.12). Era, contudo, lugar de pouca segurança para ser habitado, por isso o povo vivia em povoações situadas nos montes circunvizinhos. (*veja Megido.)
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jezreel, (vale de)
É este o lindo e frutífero vale que se estende desde a Planície de Jezreel até ao Jordão. o seu comprimento é de 26 km, variando a sua largura entre 3 a 5 km. Na sua extremidade ocidental estava a cidade de Jezreel, e no outro termo ficava Bete-Seã (Js 17.16). Este apertado vale foi teatro da última derrota de Saul, no seu combate com os filisteus (1 Sm 31.1), e também da marcha de Jeú contra Jorão (2 Rs 9).
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jidiafe
hebraico: ele chorara
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jidlafe
hebraico: ele chorara
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jifea
hebraico: ele abrira
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jigdalias
hebraico: Jeová e grande
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jigeal
hebraico: Ele remira
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jim
hebraico: ruínas
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jimna
hebraico: prosperidade
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jisbaque
hebraico: abandonado
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jitreão
hebraico: exaltado
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jizar
hebraico: brilho, azeite
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jó
A principal figura do livro que temo seu nome. Era um patriarca, que viveu na ‘terra de Uz’ (Jó 1.1), feliz e próspero – mas, com a permissão de Deus, foi ele terrivelmente experimentado por Satanás. As provações de Jó resultaram numa série de discussões entre o paciente e certos amigos. Por fim, submete-se a Deus, que ‘mudou a sorte de Jó’ e lhe acrescentou ‘o dobro de tudo o que antes possuíra’ (42.10). Restaurou inteiramente a sua prosperidade, e ‘Depois disto viveu Jó cento e quarenta anos’ (42.16). o profeta Ezequiel o põe na mesma categoria de Noé e Daniel (Ez 14.14,20) – e à sua paciência se refere Tiago (Tg 5.11). Para esclarecimento de certos assuntos associados com a personalidade de Jó, *veja Jó (livro de). – Uma palavra diferente da anterior, e provavelmente corrompida. Noutras versões Jó. o terceiro filho de issacar (Gn 46.13). o seu nome vem corretamente na forma de Jasube em 1 Cr 7.1 – Nm 26.24.
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jó (livro de)
Este livro tem o nome dopatriarca, cujas experiências se acham nele escritas. o tempo em que Jó viveu é uma questão sobre a qual se têm levantado grandes discussões. Segundo opinião antiga, existiu Jó antes de Abraão, e sendo assim, o seu lugar, no Gênesis, devia ser entre os caps. 11 e 12, como suplemento aos fatos que dizem respeito à primitiva condição da nossa raça, segundo se lê no primeiro livro de Moisés. outros, porém, descobrem alusões à destruição de Sodoma, etc., em 15.34, 18.15, e 20.26, e apresentam a coincidência de muitos nomes do livro serem iguais aos de alguns descendentes de Abraão, por ismael e Esaú – e por isso julgam o livro pertencente a uma época posterior. Alguns destes críticos atribuem-no ao tempo da residência dos israelitas no Egito, mas outros consideram-no produto de um período que talvez possa fixar-se depois do cativeiro. A respeito de quem seja o autor do livro, diferentes opiniões existem: uns dizem ser obra do próprio Jó, mas também é atribuído, principalmente pelos rabinos, a Moisés – e ainda outros julgam ter sido escrito por Eliú, ou Salomão, ou Esdras, sendo mencionados mais alguns escritores do A.T. Quanto ao teatro dos acontecimentos descritos não é coisa fácil de se determinar. Pensam alguns que foi na iduméia ou no deserto da Arábia – outros crêem ter sido na Mesopotâmia. Evidentemente, foi dentro da esfera dos sabeus, dos caldeus, ou dos edomitas (1.15,17 – 2.11), parecendo indicarem os fatos certa localidade ao norte da península arábica. o livro acha-se naturalmente dividido em 3 partes: – A introdução histórica em prosa (caps. 1 e 2): narra-se ali a aflição repentina e rude de Jó, sob a ação de Satanás, que se apresenta na corte do céu como acusador daquele piedoso varão – este, contudo, sofre com exemplar paciência e confiança em Deus todos os males. – o argumento, ou controvérsia, em cinco partes: – A primeira série de discussões compreende a lamentação de Jó (3) – a fala de Elifaz (4,5), e a resposta de Jó (6,7) – a fala de Bildade (8), e a resposta de Jó (9,10) – a fala de Zofar (11), e a resposta de Jó (12 a 14). – A segunda série compreende a fala de Elifaz (15), e a resposta de Jó (16,17) – a fala de Bildade (18), e a resposta de Jó (19) – a fala de Zofar (20), e a resposta de Jó (21). – A terceira série compreende a fala de Elifaz (22), e a resposta de Jó (23,24) – a fala de Bildade (25), e a resposta de Jó (26 a 31). Têm alguns afumado que uma parte do discurso, atribuído a Jó (cap. 27.7 a 23), foi na realidade uma terceira réplica de Zofar, tendo sido deslocada pelo erro de algum copista – mas esta maneira de ver não tem geral aceitação. Toda a questão encerra-se neste ponto: são ou não são os grandes sofrimentos a conseqüência de graves culpas? os amigos de Jó dizem que são, e por isso aconselham-no a que se arrependa e reforme a sua vida. Jó diz que não são, e apela para os fatos, queixando-se ao mesmo tempo amargamente dos seus amigos por terem agravado a sua triste situação com falsas acusações. – A fala de Eliú (32 a 37). Eliú sustenta que as aflições são para o bem dos que as sofrem, mesmo que, estritamente falando, não sejam o fruto do pecado – e então censura Jó por procurar mais a sua justificação do que a de Deus, e faz a defesa da divina providência. – Esta divisão compreende o encerramento da controvérsia com profundas palavras do Altíssimo, não explicando o Senhor a Sua ação, mas ilustrando o Seu poder e sabedoria (38 a 41) – e a resposta de Jó, submetendo-se no seu arrependimento aos juízos de Deus (42.1 a 6). – A conclusão em prosa (42.7 a 17). Esta parte descreve ter sido Jó bem aceito por Deus, e ter depois prosperado imensamente. As lições práticas sugeridas pelo livro são óbvias e importantes. Nota-se logo em Satanás o seu caráter, falho de caridade (1.9,10). Tanto a sua origem como a sua índole acusadora nos devem pôr de sobreaviso contra ele… Homens retos e de boa consciência são os primeiros a confessar que há neles vileza (1.1 – 40.4 – 42.6). o nosso progresso em sabedoria e santidade está em proporção com a humildade… Que não é preciso sabedoria para bem sustentar uma controvérsia, quando é certo que o próprio Jó teve falhas… E como se torna necessária uma revelação especial, sabendo-se que homens justos, com um exato conhecimento das coisas de Deus e da Sua providência, não souberam ler bem as lições escritas nas Suas obras! o próprio Criador teve de intervir para corrigir os defeitos da inteligência humana nessas questões, de que trata o livro de Jó. Se tratarmos de indagar qual a relação entre o livro de Jó e os outros do A.T. acharemos que certas coincidências de expressão, entre Jó e muitas passagens dos Salmos, Provérbios e isaías, nos sugerem a idéia de que o livro era familiar nos dias da monarquia hebraica. Há, no N.T., apenas uma citação explícita do livro de Jó, e é a que se lê em 1 Co 3.19 após a fórmula ‘está escrito’, e que tem a sua origem no cap. 5, *veja13. Compare-se também Fp 1.19 com 13.16 do livro. Em Tiago (5.11) há uma referência à paciência de Jó. A frase ‘o dia da ira’ (Rm 2.5), embora primeiramente ocorra em Jó, pode ter sido citada pelo Apóstolo, lendo ou pensando nas palavras de Sofonias (1.15,18).
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joa
hebraico: Jeová e irmão
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joabe
o Senhor é pai. – Sobrinho de Davi, pois era filho de Zeruia, irmã de Davi. Era irmão de Abisai e Asael, e um dos mais valentes soldados do tempo de Davi. Joabe era, também, homem cruel, vingativo e imperioso. Ele prestou grandes serviços a Davi, sendo sempre para ele um homem firme e leal – e foi comandante chefe do seu exército, quando Davi apenas governava em Judá. Às suas qualidades de estadista deveu ele o ter chegado a ocupar o segundo lugar no reino. o seu irmão Abisai já tinha unido a sua sorte à de Davi em Ziclague (1 Sm 26.6), quando Joabe, pela primeira vez mencionado, parte de Hebrom à frente da guarda de Davi, para vigiar Abner. o fatal duelo que se seguiu, entre doze campeões de cada lado, teve como conseqüência uma batalha geral entre as tribos de Benjamim e Judá, ficando derrotada a primeira, e morrendo Asael, irmão de Joabe, às mãos de Abner g Sm 2). A morte de Aaael foi vingada de modo traiçoeiro por Joabe (2 Sm 3.27). Manifestou Davi a sua dor por este acontecimento, e em conformidade ao seu desejo apareceu Joabe no funeral de Abner com saco e em pranto (2 Sm 3.31). Foi no cerco de Jebus (Jerusalém) que Joabe ganhou grande distinção, sendo nomeado comandante do exército de Davi. A fortaleza de Jebus estava no alto de uma rocha, e julgava-se que era inexpugnável. Mas quando Davi ofereceu o posto de principal do exército àquele que conseguisse tomá-la, foi Joabe quem pôde para ali conduzir as tropas com êxito. Tomada a fortaleza, tratou Joabe de fortificar o lugar, que foi ocupado por Davi como capital dos seus domínios, e quartel general do exército (1 Cr 11.8). Aqui residiu Joabe e edificou uma casa (2 Sm 14.24), saindo de Jerusalém somente quando era preciso comandar as tropas nas numerosas guerras, em que o rei andava envolvido. E foi desta maneira que ele materialmente ajudou a consolidar o império de Davi. As suas felizes campanhas contra os amonitas, os edomitas e os sírios fizeram do seu nome uma palavra de terror para as nações circunjacentes (1 Rs 11.15,16,21). No cerco de Rabá tinha consigo a arca (2 Sm 11.1 a 11) – e tomando a parte inferior da cidade mandou dizer ao seu real amo que fosse ali para ter a honra de conquistar a cidadela (2 Sm 12.26 a 28). Foi por esta sua lealdade que Joabe entrou na maquinação de Davi, que tinha por fim a morte de Urias (2 Sm 11). E embora, de então para o futuro, tenha sido maior a sua influência sobre Davi, não foi àquele ato impelido por motivos egoístas. A sua lealdade foi mais tarde manifestada quando ele, com bom êxito, serviu a causa de Absalão, depois do assassinato de Amnom – e foi também esta uma ocasião em que Davi patenteou o apreço em que tinha este general (2 Sm 14.1 a 20). E mais tarde, quando Absalão se revoltou contra seu pai, achou então Joabe necessário remover um inimigo tão perigoso, e tomou inteira responsabilidade pela sua morte (2 Sm 18.2 a 15 – 19.5 a 7). Por este ato foi Joabe removido do comando do exército, e nomeado em seu lugar Amasa que tinha sido um rebelde (2 Sm 20.4). Joabe foi, na realidade, um homem que com toda a dedicação serviu o seu rei – mas isso não o afastou de praticar atos de particular vingança, como foi o assassinato de Amasa, que se seguiu imediatamente ao fato de ser ele nomeado para o cargo que Joabe havia exercido (2 Sm 20. 7,10 – 1 Rs 2.5). A resistência de Joabe ao desejo que Davi tinha de numerar o povo foi uma questão de consciência – e ainda que a vontade do rei tinha prevalecido, é certo que pelos seus esforços escaparam ao censo as duas tribos de Benjamim e Levi (2 Sm 24.1 a 4 – 1 Cr 21.6). Tendo sido Joabe, desde a sua mocidade, um homem de sangue, era bem natural que o seu fim fosse violento. Até então os seus grandes feitos tinham sido de lealdade ao trono – agora, no fim de uma vida longa e corajosa, ele se desviou para seguir a Adonias (1 Rs 2.28). Davi, já moribundo, não podia castigar o seu antigo chefe militar – mas recordou o assassínio de Abner e de Amasa, e ordenou a seu filho Salomão que os vingasse (1 Rs 2.5,6). Morreu Davi – e Joabe, temendo a vingança de Salomão, fugiu para o tabernáculo do Senhor em Gibeom. Foi Benaia que, dirigido por Salomão, matou ali o velho general (1 Rs 2.28 a 34). (*veja Abner, Adonias.) – Filho de Seraías, um descendente de Quenas de Judá (1 Cr 4.14). – o nome de uma família que voltou com Zorobabel (Ed 2.6 – 8.9 – Ne 7.11). – Um nome mencionado numa passagem obscura, aparentemente em conexão com Belém: pode referir-se a Joabe i (1 Cr 2.54).
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joacaz
Deus segura minha mão
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joada
grego: Senhor do prazer, hebraico: Jeová apoderou-se
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joadem
hebraico: Jeová apoderou-se
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joanã
o Senhor é clemente. – outra forma de João. Filho de Azarias, o sumo sacerdote, no tempo de Salomão (1 Cr 6.9,10). – o filho mais velho de Josias, rei de Judá: morreu sendo ainda criança (1 Cr 3.15). – Príncipe da linha de Davi, depois da volta do Cativeiro (1 Cr 3.24). – Sumo sacerdote, que viveu aproximadamente no ano 370 a.C. Provavelmente o mesmo que Jonatã 10 (Ne 12.22,23). – Um benjamita, que foi um dos guerreiros de Davi (1 Cr 12.4). – Um guerreiro de Davi, e que era da tribo de Gade (1 Cr 12.12). – indivíduo de Efraim, que no tempo de Acaz se opôs a que os cativos fossem feitos escravos (2 Cr 28.12). – Um exilado que voltou com Esdras (Ed 8.12). – Filho de Eliasibe. Havia no templo uma câmara, chamada ‘câmara de Joanã’. Talvez o mesmo que o nº 4 (Ed 10.6). – Filho de Abias, o amonita (Ne 6.18). – o filho de Careá, e oficial do exército de Judá. Fugiu de Jerusalém quando a cidade foi atacada pelos caldeus, e refugiou-se entre os amonitas e moabitas, até que os invasores se retiraram, submetendo-se, então, ao novo governador de Jerusalém. Ele libertou os cativos, que eram conduzidos de Mispa por Gedalias (Jr 41.11 a 16). Fixou com outros capitães a sua residência em Tafnes – e depois disto perde-se de vista (2 Rs 25.23 – Jr 40,41,42,43).
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joão
Graça ou favor de Deus. – Aparece, também,em outros lugares com a forma de Joanã. Um parente do sumo sacerdote Anás. Juntamente com Anás e Caifás ele fez inquirições a respeito do ensino dos apóstolos Pedro e João e da cura do coxo (At 4.6). E nada mais se sabe dele. – João Marcos, o evangelista – filho de Maria, e primo (não sobrinho) de Barnabé. Apenas cinco vezes é este evangelista mencionado com o nome de João (At 12.12,25 e 13.5,13 e 15.37). Nas outras passagens é o nome Marcos que prevalece. (*veja Marcos.) – João Batista, o Precursor. A vinda de João foi profetizada por isaías (40.3), e por Malaquias (4.5 – *veja Mt 11.14), sendo o seu nascimento anunciado aos seus idosos pais por ‘um anjo do Senhor’ (Lc 1.5 a 23). Seu pai Zacarias era sacerdote, e sua mãe isabel ‘era das filhas de Arão’. A vinda desta criança foi também predita à Virgem Maria, na Anunciação (Lc 1.36). o nascimento de João (Lc 1.57) trouxe novamente, após a circuncisão, a fala a Zacarias, que a tinha perdido, quando o anjo lhe fez saber que havia de ter um filho (Lc 1.20,64). Quanto à infância de João Batista apenas se sabe que ele ‘Crescia e se fortalecia em espírito. E viveu nos desertos até ao dia em que havia de manifestar-se a israel’ (Lc 1.80). E assim, embora tivesse sido consagrado antes do seu nascimento à missão de pregar e ensinar (Lc 1.13 a 15), ele só deu início à sua obra quando chegou à idade viril, depois de ter passado vários anos isolado, vivendo uma vida de abnegação. A maneira como João Batista apareceu pregando chamou a atenção de toda a gente. o seu vestido era feito de pelos de camelo, e andava cingido de um cinto de couro, sendo a alimentação do notável pregador o que encontrava no deserto gafanhotos e mel silvestre (Lv 11.22 – Sl 81.16 – Mt 3.4). o ministério de João começou ‘no deserto da Judéia’ (Mt 3.1 – Mc 1.4 – Lc 3.3 – Jo 1.6 a 28). Ele pregava o arrependimento e a vinda do reino dos céus, e todo o país parecia ser movido pela sua palavra, pois vinham ter com ele as multidões para receberem o batismo (Mt 3.5 e Mc 1. S). Em termos enérgicos censurou a falsa vida religiosa dos fariseus e saduceus que se aproximavam dele (Mt 3.7), avisando, também, outras classes da sociedade (Lc 3.7 a 14) – e chamava a atenção dos ouvintes para Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus (Lc 3.15 a 17 – Jo 1.29 a 31), a quem batizou (Mt 3.13 a 17). o povo quis saber se João era o Cristo prometido (Lc 3.15) – mas ele categoricamente asseverou que não era (Jo 1.20). A importância do ministério de João acha-se claramente indicada nas referências de Jesus Cristo e dos apóstolos ao caráter e obra notável do pregador. Depois de responder aos mensageiros de João (Mt 11.2 a 6 – Lc 7.19 a 23), falou Jesus às multidões sobre o caráter e missão do Batista, declarando: ‘Entre os nascidos de mulher, ninguém apareceu maior do que João Batista’ (Mt 11.7 a 11 – Lc 7.24 a 28). Mais tarde foi por Jesus, de um modo preciso, identificado com o prometido Elias (Mt 17.10 a 13 – Mc 9.11 a 13) – e também o batismo de João foi assunto de que Jesus Se serviu para discutir com ‘os principais sacerdotes e os anciãos do povo’, colocando-os em dificuldades (Mt 21.23 a 27) – e, pelo fato de estes judeus rejeitarem o apelo de João, fez-lhes sentir o Salvador a sua responsabilidade (Mt 21.32). o batismo de João foi lembrado por Jesus depois da Sua ressurreição (At 1.5) – a ele se referiu também Pedro (At 1.22 – 10.37 – 11.16), e o apóstolo Paulo (At 13.24,25). Apolo conhecia somente o ‘batismo de João’ (At 18.25), e maior conhecimento não havia em certos discípulos de Éfeso (At 19.1 a 4). Com respeito ao ‘batismo de João’, *veja Batismo. o ministério corajoso de João parece ter alarmado Herodes, o tetrarca da Galiléia, que, segundo conta Josefo (Ant. Xiii, 5.2), o considerava como demagogo e pessoa perigosa. Como João o tivesse censurado por ter casado com Herodias, mulher de seu irmão Filipe, que ainda estava vivo, lançou Herodes o seu censurador numa prisão. (*veja Herodias.) o medo da indignação popular (Mt 14.5) parece tê-lo impedido de matar João Batista – mas a filha de Herodias, baseando-se numa inconsiderada promessa de Herodes, obteve a morte de João (Mt 14.3 a 12). – o Apóstolo. João, irmão de Tiago, era filho de Zebedeu (Mt 4.21), e de Salomé, sendo esta, provavelmente, irmã da mãe de Jesus (cp. Mt 27.56 com Mc 15.40 – Jo 19.25). Sendo assim, era João primo de Jesus, e por isso foi muito natural que o Salvador entregasse a Sua mãe aos cuidados de João, quando estava na cruz (Jo 19.25 a 27). João era, como seu pai, pescador de Betsaida, na Galiléia, trabalhando no lago de Genesaré (Mt 4.18,21). A família parece ter vivido em boas circunstâncias, visto como seu pai Zebedeu tinha jornaleiros (Mc 1.20) – a sua mãe era uma das piedosas mulheres, que desde a Galiléia acompanharam Jesus e o serviam com os seus bens (Mt 27.56) – o próprio evangelista era conhecido do sumo sacerdote (Jo 18.15), e tinha casa sua (Jo 19.27). Acha-se identificado com aquele discípulo de João Batista, que não é nomeado, e que com André seguiu a Jesus (Jo 1.35 a 40). A chamada de João e de seu irmão Tiago está, em termos precisos, narrada em Mt 4.21,22 e em Mc 1.19,20. Foi ele um dos doze apóstolos (Mt 10.2, e ref.). A ele e seu irmão deu Jesus o nome de Boanerges (Mc 3.17). Na sua juventude parece ter sido homem apaixonado, de temperamento impulsivo, dando ocasião a que Jesus o censurasse uma vez por ter proibido certo indivíduo de operar milagres (Mc 9.38,39), outra vez por ter desejado que viesse do céu castigo sobre os inóspitos samaritanos (Lc 9.51 a 56), e também pela sua pessoal ambição (Mc 10.35 a 40). Todavia, era ele chamado o discípulo, ‘a quem Jesus amava’ (Jo 21.20), e a quem, juntamente com Tiago e Pedro, deu Jesus Cristo o privilégio de presenciarem tantos e maravilhosos acontecimentos do Seu ministério. João pôde observar a cura da sogra de Pedro (Mc 1.29), a ressurreição da filha de Jairo (Mc 5.37 e Lc 8.51), a pesca miraculosa (Lc 5.10), a transfiguração (Mt 17.1 e refs.), e a agonia no horto de Getsêmani (Mt 26.37, e refs.). É certo que João, como os outros discípulos, abandonou o Divino Mestre, quand
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joão
Felizmente, temos considerável informação acerca do discípulo chamado João. Marcos diz-nos que ele era irmão de Tiago, filho de Zebedeu (Mc 1.19). Diz também que Tiago e João trabalhavam com “os empregados” de seu pai (Mc 1.20).
Alguns eruditos especulam que a mãe de João era Salomé, que assistiu a crucificação de Jesus (Mc 15.40). Se Salomé era irmã da mãe de Jesus, como sugere o Evangelho de João (Jo 19.25), João pode ter sido primo de Jesus.
Jesus encontrou a João e a seu irmão Tiago consertando as redes junto ao mar da Galiléia. Ordenou-lhes que se fizessem ao largo e lançassem as redes. arrastaram um enorme quantidade de peixes – milagre que os convenceram do poder de Jesus. “E, arrastando eles os barcos sobre a praia, deixando tudo, o seguiram” (Lc 5.11) Simão Pedro foi com eles.
João parece ter sido um jovem impulsivo. Logo depois que ele e Tiago entraram para o círculo íntimo dos discípulos de Jesus, o Mestre os apelidou de “filhos do trovão” (Mc 3.17). Os discípulos pareciam relegar João a um lugar secundário em seu grupo. Todos os Evangelhos mencionavam a João depois de seu irmão Tiago; na maioria das vezes, parece, Tiago era o porta-voz dos dois irmãos. Paulo menciona a João entre os apóstolos em Jerusalém, mas o faz colocando o seu nome no fim da lista (Gl 2.9).
Muitas vezes João deixou transparecer suas emoções nas conversas com Jesus. Certa ocasião ele ficou transtornado porque alguém mais estava servindo em nome de Jesus. “E nós lho proibimos”, disse ele a Jesus, “porque não seguia conosco” (Mc 9.38). Jesus replicou: “Não lho proibais… pois quem não é contra a nós, é por nós” (Mc 9.39,40). Noutra ocasião, ambiciosos, Tiago e João sugeriram que lhes fosse permitido assentar-se à esquerda e à direita de Jesus na sua glória. Esta idéia os indispôs com os outros discípulos (Mc 10.35-41).
Mas a ousadia de João foi-lhe vantajosa na hora da morte e da ressurreição de Jesus. Jo 18.15 diz que João era ” conhecido do sumo sacerdote”. Isto o tornaria facilmente vulnerável à prisão quando os aguardas do sumo sacerdote prenderam a Jesus. Não obstante, João foi o único apóstolo que se atreveu a permanecer ao pé da cruz, e Jesus entregou-lhe sua mãe aos seus cuidados (Jo 19.26-27). Ao ouvirem os discípulos que o corpo de Jesus já não estava no túmulo, João correu na frente dos outros e chegou primeiro ao sepulcro. Contudo, ele deixou que Pedro entrasse antes dele na câmara de sepultamento (Jo 20.1-4,8).
Se João escreveu, deveras, o quarto Evangelhos, as cartas de João e o Apocalipse, ele escreveu mais texto do NT do que qualquer dos demais apóstolos. Não temos motivo para duvidar de que esses livros não são de sua autoria.
Diz a tradição que ele cuidou da mãe de Jesus enquanto pastoreou a congregação em Éfeso, e que ela morreu ali. Preso, foi levado a Roma e exilado na Ilha de Patmos. Acredita-se que ele viveu até avançada idade, e seu corpo foi devolvido a Éfeso para sepultamento -
joão (evangelho segundo)
A prova positiva de ter sido João Evangelista o autor do quarto Evangelho. o próprio autor apresenta-se ao leitor no seu Evangelho. Em três passagens (1.14 – 19.35 e 21.24), o escritor, embora permanecendo anônimo, parece referir-se a si próprio, reclamando precisamente para os seus escritos a autoridade de uma testemunha ocular. Para a identificação do autor, uma direção é fornecida, na última das passagens referidas (21.24). Quem é ‘o discípulo que dá testemunho destas coisas’? A resposta é: Aquele ‘discípulo a quem Jesus amava, o qual na ceia se reclinara sobre o peito de Jesus’ (21.20 – cp. com 13.23,25 – 19.26 – 20.2 e 21.7). ora, aos acontecimentos referidos no cap. 21 estavam presentes Pedro, Tomé, Natanael, os filhos de Zebedeu, e ‘mais dois dos seus discípulos’ (vers. 2). Dentro deste círculo é natural procurar ‘o discípulo amado’ naquele trio, que nos sinópticos aparece na mais estreita relação com Jesus, e que consta de Pedro, Tiago e João. Pedro, contudo, é excluído pela própria narração, e Tiago foi martirizado muito antes de ter podido escrever-se este Evangelho. Fica, pois, o apóstolo João. A prova interna, oferecida pelo próprio Evangelho. Pela narrativa se infere que o seu autor era: 1. Judeu. Ele acha-se perfeitamente familiarizado com as opiniões judaicas (especialmente tratando-se da esperança messiânica, 1.21 – 4.25 – 6.14,15 – 7.52 – 12.13,34 – e 19.15,21), e com os usos e práticas do povo de israel. As explicações que o autor dá só poderiam ser fornecidas por um judeu, vivendo a certa distância da Palestina, depois da ruína da nação e do culto judaico, e quando se tinham tornado numerosas as conversões de pagãos ao Cristianismo. E assim ele se refere às festas, chamando-lhes ‘festas dos judeus’ (5.1 e 6.4) – esclarece que o mar da Galiléia é a mesma coisa que o ‘mar de Tiberíades’ (6.1) – diz aos seus leitores que ‘Rabi’ quer dizer ‘Mestre’ (1.38), e que ‘Messias’ quer dizer ‘Cristo’ (1.41) – e explica o procedimento dos samaritanos, recordando o fato de que ‘os judeus não se dão com os samaritanos’ (4.9). 2. Natural da Palestina. Mostra que lhe era familiar a topografia da Palestina e a de Jerusalém (cidade que já estava em ruínas quando o Evangelho foi escrito). 3. Falava aramaico. o estilo é semítico, e as citações do A.T. mostram não só o conhecimento do hebreu, mas também da versão dos LXX. 4. Testemunha ocular. Tempo, pessoas e lugares são constantemente especificados, mostrando o caráter gráfico da narrativa ou ‘a habilidade de um artista consumado ou a memória de um observador’ (Westcott). Vejam-se as passagens do Evangelho, a que já nos referimos (1.14 – 19.35 – 21.24). 5. Um apóstolo. Trata-se de uma testemunha ocular em estreita relação com os pensamentos e ações dos apóstolos e de Jesus Cristo. E agora passemos destas considerações, que têm a sua origem no próprio Evangelho, para o testemunho externo em favor da autoria de João. As palavras de Jo 1.1 são citadas por Teófilo de Antioquia (c. 180 d.C.), fazendo-as preceder de: ‘João diz.’ ireneu (que conheceu Policarpo, sendo este conhecido de João) atribui o livro, sem hesitação alguma, a ‘João discípulo do Senhor, e que também se recostara no Seu peito’, afirmando inclusive, que ele o escreveu em Éfeso, onde permaneceu até ao tempo de Trajano (97 a 117 d.C.). Um testemunho semelhante é dado por Tertuliano, por Clemente de Alexandria, e por outros escritores dos tempos subseqüentes. Além disto, investigações recentes mostram que já Taciano (c. 170 d.C) fazia uso deste Evangelho, e que é quase certo ter sido conhecido de Justino Mártir (c. 150) – e lêem-se passagens da mesma obra em Valentino (c. 130), e em Basilides (c. 125), que são citadas por Hipólito. A DATA do livro apenas a podemos deduzir. As palavras de Jo 21.19 sugerem-nos que se está aludindo a fatos passados havia bastante tempo, embora este capítulo 21 possa ter sido um apêndice à narrativa original. Com dificuldade se pode crer que tenha sido escrito o Evangelho antes do ano 80, devendo, talvez, pertencer à última década do primeiro século. Não há suficiente base para pôr em dúvida a crença da primitiva igreja de que o Evangelho foi escrito em Éfeso. Sumário do conteúdo: i. (1.1 a 18): o prólogo, expondo a glória do Filho de Deus na Sua natureza divina e atos, bem como no fato e fim da Sua Encarnação. ii. (1.19 a 12.50): Acontecimentos que ocorreram durante a Sua vida pública, manifestando o Filho de Deus a Sua glória a todo o povo. (a) Na primeira parte achamos: o testemunho de João Batista, a fé dos primeiros discípulos, a inquirição de Nicodemos, e a fé dos samaritanos e a de um nobre da Galiléia (1.19 a 4.54) – (b) nas narrativas subseqüentes se tratam os milagres de Cristo, conversações, e o Seu modo de viver, no meio de uma oposição violenta sempre em aumento (5.1 a 12.36). Vêm finalmente as reflexões sobre as precedentes narrativas (12.37 a 50). iii. (13.1 a 21.25): Acontecimentos preparatórios e em conexão com a Sua morte, manifestando Jesus a Sua Glória de um modo especial aos Seus discípulos. Temos nesta parte final: (a) os Seus discursos particulares, falando o Mestre aos Seus discípulos mais íntimos, e a Sua oração intercessória (13.1 a 17.26) – (b) o Seu julgamento, paixão e morte (18.1 a 19.42) – (c) a ressurreição e aparecimento aos Seus discípulos (20), acrescentando-se em apêndice uma nova descrição dos acontecimentos, junto ao mar de Tiberíades.
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joão (primeira epistola de)
Este livrodo N.T. tem mais a natureza de uma dissertação sobre a crença e deveres dos cristãos do que a de uma carta enviada a certa igreja. Não tem saudações ou quaisquer alusões pessoais. É uma ‘epístola universal’, visto que é dirigida à igreja em geral. A autoria é atribuída a João por alguns dos mais antigos escritores cristãos. A semelhança que se observa tanto nas idéias como na linguagem, entre o quarto Evangelho e a carta de que se trata, favorece essa crença. Com efeito, esta epístola tem todo o caráter de um suplemento e comentário do Evangelho. Cp., e.g.,1.4 com 16.24 – 2.3 com 14.15 – 2.8 com 13.34 – 2.11 com 12.35. A epístola parece, pelo que expõe, ter sido escrita por uma pessoa que viu Jesus e observou as Suas obras (1.1 a 4 e 4.14). Crê-se que foi escrita em Éfeso, mas não se sabe a DATA precisa. É muito provável que seja dos fins do século primeiro, atendendo aos erros que ali são condenados. o objeto da epistola está exposto pelo autor (5.13) – ele procura confirmar e reforçar o Evangelho, assegurando aos crentes que eles têm a vida eterna. Para conseguir o seu fim, entra o autor em controvérsia com os adversários. E, realmente, quase no início da vida da igreja, falsas doutrinas se haviam introduzido no seu seio. Havia quem pusesse em dúvida a divina dignidade de Jesus, negando que Ele fosse o Filho de Deus. Aos que assim falavam, chama o Apóstolo de enganadores e o anticristo (2.22 – 4.15 – 5.1). Havia outros que negavam a humanidade de Jesus, contradizendo, deste modo, a real comunicação social de Cristo com os homens (Hb 2.16 – 4.15, e a realidade da Sua morte e da Sua propiciação. A encarnação de Jesus era, na opinião desses, mera aparência, e a história da Sua vida não passava de um mito. o Apóstolo desfaz estas falsas idéias de modo enérgico (4.3), declara que ele próprio pôde tocar o corpo de Jesus (1.1), e alude em termos claros à água e ao sangue que jorravam do lado, que foi penetrado pela lança. Uma terceira corrente de idéias se manifestava, sustentando alguns que bastava adorar a Deus com o espírito, havendo indulgência para o corpo. o Apóstolo refuta esta doutrina imoral, pois declara que todo pecado é iniqüidade (3.4) – e que a comunhão com Deus purifica o cristão, e somente nesta pureza é que podemos ser reconhecidos como Seus filhos (2.5 – 3.8 a 10 – 4.13 – 5.11). os pontos de que trata a epístola abundam em ensinamentos positivos sob três aspectos: i. A epistola nos ensina qual a natureza da comunhão com Deus (1.3). Ele é luz (1.5), e amor: e a comunhão implica conformidade com os Seus atributos. Visto que Deus é luz, o homem deve ser purificado e remido (1.l a 2.2), e além disso deve ser santo (2.3 a 7). E como é amor, devemos amar-nos uns aos outros (2.10). Mas se Cristo for negado, todas estas bênçãos se perdem (2.22 a 24). ii. A epistola nos ensina qual a felicidade e os deveres de um filho de Deus. o nosso privilégio de cristãos é não somente a comunhão com Deus, mas a nossa adoção como filhos. Deus é justo, e por isso devem os Seus filhos ser também justos (2.29 a 3.3). Cristo veio para tirar o pecado do mundo, e Nele não há pecado – como Ele é, devemos nós ser (3.4 a 10). Ele deu a Sua vida por nós, e então deve o Seu amor ser o nosso modelo (3.11 a 18). Se tivermos o Espírito de Cristo, participaremos das outras bênçãos cristãs (3.19 a 24). ora, se Cristo for negado, quanto à Sua natureza humana em especial, essas bênçãos serão perdidas (3.19 a 4.6). iii. Deus não é somente luz: Deus é amor (4.7,8). o amor, parte essencial da Sua natureza, manifesta-se na missão e caráter de Seu Filho, e é condição necessária da filiação (4.21). Amar a Deus e ao próximo, a fé em Cristo, e uma confiança tal que nos conserve a paz são entre outros os resultados dessa revelação. ora, se verdadeiramente crermos que Deus dá a vida eterna, e que essa vida está em Seu Filho, seremos santos e felizes, seremos perdoados e santificados. Mas se rejeitarmos esta verdade, ou qualquer parte dela, ficaremos sem a esperança, e estaremos, como o mundo, em maldade (5.19).
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joão (segunda epistola de)
Esta carta é dirigida a uma ‘senhora eleita e aos seus filhos’ (vers. 1), a quem os filhos da sua ‘eleita irmã’ mandam saudações (vers. 13). Pensam alguns que sob esta figura o Apóstolo escreveu a uma igreja particular, ou à igreja em geral, mandando saudações da igreja irmã. Mas, geralmente, concordam os críticos em se tratar de uma carta dirigida a certa pessoa, exatamente como a terceira epistola. Com respeito às palavras ‘a senhora eleita’, sustentam alguns expositores que a tradução devia ser ‘a eleita Kiria’, sendo outros de opinião de que se devia dizer ‘a senhora Eleita’.
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joão (terceira epistola de)
Esta cartaé precisamente pessoal (vers. 1), sendo um exemplo da apostólica correspondência particular. E dirigida ao ‘amado Gaio’ (vers. 1), que pode ter sido aquele Gaio de que se fala em Rm 16.23, e, possivelmente, também o de 1 Co 1.14 – ou ainda o Gaio de At 19.29, e mesmo o de At 20.4,5, que é, talvez, idêntico ao de Rm 16.23. Mas, tratando-se de um nome comum, é possível que se trate de outra pessoa. o autor desta epístola foi, sem dúvida, quem escreveu a segunda epístola. A sua DATA e o lugar em que foi escrita não se podem determinar. o seu objeto foi felicitar Gaio, e avisá-lo contra um tal Diótrefes, recomendando ao mesmo tempo Demétrio à sua amizade.
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joão batista
Deus tem misericórdia
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joão marcos
Marcos: martelo grande
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joaquim
o Senhor estabelece. Era filhode Jeoaquim e de Neusta, e rei de Judá: é também chamado Jeconias (Jr 22.24 – 1 Cr 3.17). Ele nasceu por ocasião do primeiro cativeiro babilônico, quando seu pai era levado para a Babilônia. Tendo Joaquim voltado da Babilônia, reinou até que foi morto pelos caldeus, no 11º ano do seu reinado, sucedendo-lhe seu filho Joaquim. Em 2 Rs 24.8 diz-se que Joaquim tinha dezoito anos de idade, quando começou a reinar, ao passo que as Crônicas falam de 8. Este último número é provavelmente devido a erro de copista. As palavras de Jeremias: ‘Registai este como se não tivera filhos’ (Jr 22.30) não se devem tomar no sentido mais restrito, visto como ele foi pai de mais de um filho (1 Cr 3.17 – Mt 1.12). Significava a profecia que ele não havia de ter herdeiro para o seu trono, e foi isto o que aconteceu. Mal ele tinha subido ao trono, veio Nabucodonosor, e cercou Jerusalém com um exército regular. Joaquim, contudo, não fez praticamente resistência alguma, entregando-se quase logo que o inimigo principiou o cerco da cidade. Ele, a rainha mãe, e toda a sua casa foram levados para Babilônia (Jr 29.2), juntamente com todo o tesouro da cidade, e todos os habitantes de melhor posição (2 Rs 24.13 – 2 Cr 36.9,10). Em Babilônia esteve Joaquim preso com todo o rigor pelo espaço de trinta e seis anos – foi só depois deste tempo que Evil-Merodaque, sucedendo a Nabucodonosor (561 a.C.), o pôs em liberdade, e o colocou num lugar de superioridade em relação aos outros cativos. E nada mais se sabe dele, não obstante terem sido Daniel e Ezequiel seus companheiros no cativeiro. Todavia, há uma tradição judaica que diz ter sido Joaquim pessoa de grande riqueza e importância, e marido de Susana. Do que se lê no cap. 24 de Jr se pode depreender que os judeus esperavam que o rei Joaquim havia de voltar, não muito depois da sua queda. Na verdade houve uma conspiração resultante daquela expectativa – e foi isso, provavelmente, o que levou os babilônicos a terem Joaquim rigorosamente encarcerado durante o reinado de Nabucodonosor.
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joás
l. Um descendente de Benjamim porBequer (1 Cr 7.8). 2. Um dos oficiais da casa de Davi (1 Cr 27.28). 3. Este e o seguinte nome são palavras diferentes das duas anteriores o Senhor é forte. Pai de Gideão, que manteve no seu próprio lugar um altar e um poste-ídolo a Baal. Todavia, quando Gideão, na obediência a Deus, derrubou o altar de Baal, defendeu Joás o filho contra os que se levantaram contra ele (Jz 6.31). 4. Filho de Acabe (1 Rs 22.26). 5. Rei de Judá. Foi o único dos filhos de Acazias que escapou ao massacre, que Atalia ordenara (2 Rs 11.2). Foi salvo por Joseba, e oculto no templo pelo espaço de seis anos. No fim deste tempo foi Joás, por meio de uma revolução, elevado ao trono de Salomão, sendo ele o único sobrevivente que descendia deste rei. Começou então, um período de prosperidade, sendo restabelecida a verdadeira religião. Mas, quando morreu Joiada, ele, influenciado por maus conselheiros, restaurou o culto de Baal, estabelecendo também postes-ídolos em honra de Astorete. Zacarias o censurou, mas Joás mandou que ele fosse apedrejado no vestíbulo do templo. Recebeu depois a recompensa da sua barbaridade. o pais foi saqueado por Hazael, rei da Síria – e Joás, tendo adoecido, foi morto na cama pelos seus criados (2 Cr 24.20 a 25). o seu reinado teve a duração de quarenta anos. Foi sepultado em Jerusalém, mas o seu corpo não foi levado para os sepulcros dos reis de Judá (2 Rs 11.2 e seg. – 2 Cr 24.25). 6. Rei de israel, Joás, ou também Jeoás, era filho de Jeoacaz, a quem sucedeu – e foi pai de Jeroboão ii (2 Rs 14.1). Em conseqüência de uma visita que Jeoás fez a Eliseu, já moribundo, prometeu-lhe o profeta que ele havia de alcançar três vitórias na luta com seus inimigos g Rs 13.14 a 19). Por três vezes derrotou Hadade, reconquistando algumas cidades que os sírios tinham tomado. Saiu, também, vitorioso numa guerra que teve com Amazias, rei de Judá (2 Cr 25 e seg.). A causa desta guerra foi extraordinária. Ele tinha tomado a soldo por 100 talentos de prata um exército de guerreiros de israel, com o fim de tomarem parte numa expedição contra Edom. Mas sendo persuadido a ir ao combate sem esses homens, mandou-os embora. Ficaram as tropas mercenárias enfurecidas com este procedimento, e, no caminho para as terras de israel, saquearam um certo número de cidades de Judá. Amazias, para vingar-se da afronta, declarou guerra a Joás. Este rei derrotou Amazias em Bete-Semes, derribou o muro de Jerusalém, e saqueou a cidade e o templo, levando para o seu pais alguns dos seus habitantes, como reféns. Ele morreu em Samaria (2 Rs 13.9 e seg. – 14.1 a 27 – 2 Cr 25 – os 1.1 – Am 1.1). 7. Um judaíta que aparentemente tinha domínio em Moabe (1 Cr 4.22). 8. Um dos heróis que foram auxiliar Davi em Zielague. Alcançou, por isso, o segundo posto no comando das tropas (1 Cr 12.3). JoBABE. Grito agudo. 1. Filho de Joctã (Gn 10.29 – 1 Cr 1.23). 2. Rei de Edom (Gn 36.33,34 – 1 Cr 1.44). 3. Rei de Madom, ao norte de Canaã, derrotado por Josué em Merom (Js 11.1). 4. Um benjamita (1 Cr 8.9). 5 Um benjamita (1 Cr 8.18).
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joatão
Deus mostrou-se justo
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jobabe
hebraico: aclamar, tocar trombeta, rugir
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jocbeão
hebraico: possuído pelo povo
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jocmeão
hebraico: o povo vem junto
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jocneão
hebraico: o povo que possua
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jocoea
hebraico: elevado
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jocsa
hebraico: caçador
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jocta
hebraico: pequeno
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jocteel
hebraico: sujeito a Deus
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joda
hebraico: sábio
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jode
10 letra do alfabeto hebraico, sábio
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joede
hebraico: Jeová e testemunho
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joeira
Peneira para separar o trigo do joio
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joeirar
o grão é joeirado ou separado da palha, sendo lançado ao ar com uma larga pá de madeira – e fazia-se uso de um abano para afastar a palha (Rt 3.2 – is 30.24). João Batista alude a esta operação quando fala da separação entre bons e maus (Mt 3.11,12).
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joel
o Senhor é Deus. l. o filho primogênito de Samuel (1 Cr 6.28). Sendo já Samuel de idade avançada, nomeou para juizes de israel a Joel e ao irmão deste, Abias – mas estes, pelo seu procedimento vergonhoso e corrupção na maneira de administrar, fizeram que se produzisse uma mudança de governo, e fosse ungido Saul para rei. Foi pai de Hemã, o cantor (1 Sm 8.2 – 1 Cr 6.33 – 15.17). 2. Príncipe de Simeão (1 Cr 4.35). 3. indivíduo da tribo de Rúben (1 Cr 5.4,8). 4. Chefe de Gade (1 Cr 5.12). 5. Chefe de issacar (1 Cr 7.3). 6. irmão de Natã, e um dos heróis de Davi (1 Cr 11.38). 7. Um levita (1 Cr 15.7,11) – talvez o mesmo que o do nº 8. 8. Um levita (1 Cr 23.8, e 26.22). 9. Príncipe da meia tribo de Manassés, ao ocidente do Jordão – ele viveu no tempo de Davi (1 Cr 27.20). 10. Coatita da tribo de Levi. Ele foi mandado representar a sua tribo, na solene purificação que precedeu a restauração do templo (2 Cr 29.12).11. Judeu que casou com uma mulher estranha (Ed 10.43). 12. o chefe de uma classe de benjamitas, que viveu em Jerusalém depois da volta do cativeiro (Ne 11.9). 13. Profeta e autor do livro que tem o seu nome. É mencionado como ‘filho de Petuel’ (Jl l.1), e nenhuma outra particularidade nos é dada da sua vida pessoal. As freqüentes referências a Jerusalém e a Judá fazem-nos supor que ele era profeta do Reino do Sul, tendo vivido em Jerusalém. (*veja Joel, Livro de).
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joel (livro de)
É a obra que tem o nome do profeta, e encerra a sua mensagem (Joel 1 a 3). A DATA do livro de Joel tem sido muito discutida. A sua profecia menciona, entre os inimigos do país, os fenícios (3.4), os edomitas, e os egípcios (3.19), não fazendo referência alguma aos assírios ou aos babilônios, o que mostra claramente que ele escreveu, ou antes de estas potências se terem tornado formidáveis, ou depois de o terem sido. Por conseqüência, ele deve colocar-se entre os primeiros profetas ou entre os últimos, sendo mais geralmente aceita, e com visos de correta, a primeira idéia. A mensagem de Joel mostra que ele existiu num tempo em que o povo de Judá não tinha ainda caído naquela extrema depravação, de tempos posteriores. Por estas razões, talvez, se possa precisar o período do seu ministério entre os reinados de Joás e Uzias. Foi contemporâneo de oséias e Amós – e assim como estes falaram a israel, assim Joel falou a Judá. os assuntos do livro podem dividir-se em duas partes, começando a segunda em 2.18. Em 1 a 2.11 o profeta descreve, com vivas expressões, uma iminente devastação, a vinda de sucessivos exércitos de gafanhotos (1.4), e uma terrível seca (vers 1 a 19), querendo, provavelmente, representar desta forma as calamidades que vieram com as diferentes invasões. Ele então exorta ao arrependimento, ao jejum, e à oração (2.12 a 17), prometendo a remoção destes males, e a vinda de ricas bênçãos. Ao mesmo tempo anuncia o derramamento do Espírito Santo (2.18 a 31 – *veja At 2.1 a 21, e 10.41), e o ‘terrível dia do Senhor’ (2.31 a 3.14 – *veja Mt 24.29). No cap. 3 prediz o profeta a convocação das nações no vale de Josafá, ou vale da decisão, a sua destruição, o estabelecimento de Jerusalém como cidade santa, e o glorioso estado de paz e prosperidade, de que havia de gozar a igreja nos dias do Messias. As anunciadas desgraças no primeiro capítulo são evidentemente literais, e estão descritas na mais terrível forma de calamidade que pode ferir um povo agrícola. É questionável se também no segundo capítulo persiste a mesma interpretação – ou se a praga de gafanhotos é simbolicamente tomada por uma invasão de inimigos (*veja Ap 9.3 a 11), ou por diversas e repetidas invasões como as de Tiglate-Pileser, Salmaneser, Senaqueribe e Nabucodonosor. Talvez haja mesmo referência à subjugação do país, em tempos futuros. outras interpretações são a combinação destes pontos de vista – e consideram aquela profecia uma descrição literal e figurada de iminentes calamidades em geral. o ‘gafanhoto’ é de certo modo, usado nas Escrituras, umas vezes no sentido próprio, outras simbolicamente – e no segundo capítulo empregam-se expressões que parecem ter uma dupla significação, como as usadas mais tarde por Jesus Cristo (Mt 24), quando alude a uma primeira provação, e também à última. Efetivamente, assim como todos os grandiosos e divinos livramentos prefiguram a redenção por meio do sacrifício na Cruz, assim também as grandes e calamitosas visitações são uma figura do dia de Juízo. o estilo de Joel é claro e elegante, sendo apenas obscuro para o fim. A dupla destruição anunciada nos caps. 1 a 2.11, a primeira efetuada pelos gafanhotos e a segunda pelos inimigos de quem eram precursores, está descrita em termos que são admiravelmente adaptados ao duplicado caráter da narração. Quanto aos livros do A.T., está Amós em relação com Joel no sentido de ter Joel (3.16) fornecido a nota tônica a Amós nas palavras do cap. 1.2. No N.T. lê-se que Pedro, no dia de Pentecoste, citou a predição de Joel, concernente aos ‘últimos dias’ (2.28 a 32), como realizada no dom do Espírito Santo (At 2.17 a 21). As palavras com que esta profecia fecha são citadas por Paulo (Rm 10.13). Do gafanhoto, como símbolo de um exército destruidor, cap. 1 e 2, se faz menção no Ap 9.7 a 9.
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joela
hebraico: ajude-se
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joezer
hebraico: Jeová e auxílio
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jogli
hebraico: levado para exílio ou para o cativeiro
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jogos
Há, no N.T., notáveis referências aos jogos públicos, bem conhecidos dos gregos e romanos. os prêmios para os vencedores eram colocados em sítio bem visível, de forma que os concorrentes pudessem ser estimulados, tendo sempre diante dos olhos aqueles objetos. A meta era sempre distintamente visível, desde uma à outra extremidade do estádio, de tal modo que o corredor podia caminhar direto para lá. Era, sem dúvida, pensando nestas condições do jogo que S. Paulo dizia: ‘Prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.’ os competidores nestes jogos formavam uma classe distinta, os atletas. Eles sujeitavam-se a uma rigorosíssima preparação, para a luta, acostumando os seus corpos à fadiga, vivendo muito simplesmente, usando comida simples como figos secos, nozes, queijo fresco e pão escuro, e não bebendo vinho. ‘Todo atleta em tudo se domina… Mas esmurro o meu corpo, e o reduzo à escravidão’ (1 Co 9.25 a 27). Há, também, nesta passagem uma referência ao jogo do soco: ‘Assim luto, não como desferindo golpes no ar.’ As mãos e os braços estavam envolvidos em uma ligadura de couro, guarnecida de pregos, que tornavam muito duro o golpe. A destreza do combatente manifestava-se em evitar os golpes do adversário, de tal maneira que era apenas açoitado o ar. A palavra grega no vers. 27, traduzida para ‘rejeitado’ ou ‘desqualificado’ nas versões em português, era aplicada aos não aprovados pretendentes aos prêmios. os atletas tinham todo o cuidado em desembaraçar os seus corpos do todo artigo de vestuário que pudesse, de qualquer maneira, incomodá-los. Eles procuravam levar na corrida o menor peso possível. igualmente devem os cristãos desembaraçar-se de ‘todo peso, e do pecado que tenazmente nos assedia’ (Hb 12.1). A frase ‘grande nuvem de testemunhas’ compara os vitoriosos heróis da fé, de que se fala no cap. 11, com o imenso número de espectadores que, nas fileiras de bancos, observavam os jogos. o Apóstolo exorta Timóteo a que observe os preceitos do Evangelho. Sem essa observância não poderia esperar a aprovação de Deus e a posse da coroa celestial, assim como o competidor nos jogos públicos estava longe de receber das mãos do juiz a prometida recompensa, se ele não respeitasse as regras estabelecidas (2 Tm 2.5). As recompensas dos vitoriosos constavam de coroas ou grinaldas, feitas de zambujeiro, pinheiro, e salsa, ou de louro, conforme os lugares, em que eram celebrados os jogos. Logo que os juizes tivessem decidido a questão, era proclamado por um arauto o nome do vencedor, sendo posta a coroa, por um dos juizes, sobre a cabeça do herói, e na sua mão direita um ramo de palmeira. Depois era ele conduzido através da arena pelo arauto, que anunciava em voz alta o seu nome e a naturalidade: e a multidão, cheia de entusiasmo, tendo à vista o triunfador, redobrava de aclamações e de aplausos. Assim, também, os cristãos hão de receber uma coroa de glória, mas essa é imarcescível, e está reservada nos céus (1 Pe 1.4 – e 5.4). ‘Combati o bom combate, completei a carreira’, diz S. Paulo – … ‘a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele dia’ (2 Tm 4.7,8). Carreiras a pé, corridas de cavalos, e de carros, eram as diversões nos programas dos jogos. Faz-se referência aos circos romanos e aos seus desportos sanguinolentos em 1 Co 4.9 e 1 Co 15.3L os homens que lutavam com as feras eram, algumas vezes, executantes profissionais, mas na maioria dos casos eram criminosos, privados de quaisquer meios de defesa. os únicos desportos de crianças que a Bíblia menciona são: a guarda de passarinhos (Jó 41.5), e o tocar e cantar nos casamentos e funerais (Mt 11.16). Veja se também Zc 8.5.
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joiada
o Senhor conhece. l. Era o pai de Benaia (2 Sm 8.18), e o principal dos 3.700 sacerdotes, que se juntaram a Davi em Ziclague (1 Cr 12.27). 2. Foi o sucessor de Azarias no sumo sacerdócio, e o marido de Jeosabeate, filha de Jeorão, e irmã do rei Acazias (2 Cr 22.11). Auxiliado por sua mulher, ele livrou da morte a Joás, filho do rei Jeorão, o qual tinha apenas um ano de idade, e o ocultou no templo. Passados sete anos foi Joás proclamado rei, e morta a sanguinária Atalia (2 Rs 11,12 – 2 Cr 23,24). Durante a vida do sumo sacerdote Joiada, seguindo Joás os seus conselhos, tudo corria bem. Joiada formou o desígnio de reparar o templo, e para este fim obteve consideráveis quantias nas diversas cidades de Judá. Todavia, os levitas levantaram certas dificuldades – e foi só quando o rei chegou à idade de poder cooperar com o libertador, que ele conseguiu pôr em prática os seus planos (2 Rs 12.7,9 – 2 Cr 24.5 e seg.). Joiada conservou o seu cargo de sumo sacerdote em alta veneração. Quando apresentou Joás ao povo, e o proclamou rei, ele só permitiu que entrassem no templo os levitas para oficiarem. E também não quis que a idólatra Atalia fosse morta dentro da casa do Senhor. Ele destruiu o altar e o templo de Baal, sendo mortos os seus sacerdotes. Morreu Joiada na idade de 130 anos, e pelos seus serviços foi sepultado na cidade de Davi entre os reis de Judá. Sucedeu-lhe no alto cargo sacerdotal seu filho Zacarias (2 Cr 24.20 e seg.). Em Jr 29.26 é ele considerado como o tipo do sacerdote fiel. 3. Aparentemente filho de Benaia, e um dos principais conselheiros de Davi – mas pensam muitos que as palavras deviam ser Benaia, filho de Joiada, como está na outra passagem (1 Cr 27.34). 4. indivíduo que ajudou a reparar uma das portas de Jerusalém (Ne 3.6).
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joiari
hebraico: Jeová defende
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joiribe
hebraico: Jeová roga
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jojada
hebraico: Jeová conhece
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jona
pomba
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jonadabe
o Senhor dá livremente. 1. Sobrinho de Davi e primo de Amnom, a quem deu o fatal conselho (2 Sm 13.3 e seg.). 2. Filho de Recabe (Jr 35.6 a 19). os recabitas eram uma família de queneus (1 Cr 2.55), que descendiam provavelmente do sogro de Moisés (Jz 1.16). Supõe-se que Jonadabe foi o chefe da tribo no reinado de Jeú, sendo tido em alta estima pela sua sabedoria e piedade (2 Rs 10.15). Foi, pois, de grande importância para Jeú ter a aprovação pública de Jonadabe, na mortandade dos adoradores de Baal. o fato de ter o povo observado abnegadamente as suas prescrições, durante um período de quase 300 anos, é recordado para censurar os israelitas, que tantas vezes transgrediram as leis do Senhor – e por isso, sobre o povo de israel é proferida uma maldição, ao passo que uma benção é lançada sobre os recabitas. o caráter de Jonadabe nos dá a entender que os seus preceitos com referência a casas, vinho, etc. tinham por fim livrar o povo da vida luxuosa, que enfraquecia e rebaixava os hebreus (Jr 35.7).
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jonas
Uma pomba. Filho de Amitai (Verdadeiro), natural de Gate-Hefer, pequena aldeia de Zebulom, na Galiléia, hoje chamada el-Meshad. Jonas é mencionado em 2 Rs 14.25 – ele havia anunciado o aumento do reino de israel, o qual recuperaria os seus antigos limites, tendo este fato a sua realização no valor e predomínio de Jeroboão ii. Viveu, provavelmente, durante o reinado desse rei, ou talvez, antes, pelo tempo de Jeoacaz. Este Jonas é geralmente identificado com o principal personagem do livro de Jonas.
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jonas (livro de)
o autor deste livro tem sido identificado com aquele Jonas, de que se faz menção em 2 Rs 14.25. Mas, por outro lado, alguns críticos modernos recusam-se a considerar a obra como uma narração de fatos, julgando-a apenas um conto religioso, preparado com fins edificantes depois do exílio. isto, porém, não se harmoniza com as referências de Jesus a Jonas. Este livro, à exceção do cap. 24, contém uma simples narrativa. Conta que Jonas, tendo sido enviado, no cumprimento de uma missão, a Nínive, procurou fugir para Társis – mas, sendo surpreendido por uma tempestade, é lançado ao mar, sendo engolido por um grande peixe, em cujo ventre permaneceu pelo espaço de três dias (cap. 1º), no fim dos quais, pela sua oração fervorosa a Deus, é maravilhosamente salvo (cap. 2). Como Deus novamente o mandasse a Nínive, ele para ali partiu, e anunciou àquela cidade a sua destruição – mas os ninivitas, acreditando nas suas palavras, jejuam, oram, e arrependem-se, por isso são misericordiosamente poupados (cap. 3). Jonas, imaginando que o haviam de considerar um falso profeta, desgosta-se daquele ato de divina misericórdia, e deseja morrer. Quando deixou a cidade, sentou-se, e uma aboboreira o abriga, mas essa planta seca em pouco tempo, pelo que Jonas se entristece. E então Deus lhe faz ver, naquele fato, quanta razão havia na Sua suprema bondade para com os ninivitas arrependidos (cap. 4). Considera-se difícil de resolver a questão do caráter histórico do livro. É certo, porém, que a existência e o ministério do profeta, juntamente com os principais fatos da sua vida, são referidos por Jesus Cristo (Mt 12.39 a 41, e 16.4 – Lc 11.29,30), que não somente reconhece de um modo explícito a missão profética de Jonas, mas também em Mt 12.40 (embora seja possível ser isto apenas um comentário do Evangelista) descreve a sua estada no ventre do monstro marinho, indicativo de outro fato análogo, que havia de dar-se com Ele próprio. E depois de aludir à pregação do profeta em Nínive, e ao arrependimento dos seus habitantes, tem esta expressão: ‘Eis aqui está quem é maior do que Jonas.’ Toda a narrativa apresenta, também, o mais comovente contraste entre a terna misericórdia de Deus e a rebelião, impaciência e egoísmo do Seu servo, bem como entre a facilidade com que se arrependeram os ninivitas pela pregação de um profeta que os visitou como estrangeiro, e a dureza que os israelitas mostraram para com os servos do Senhor, que entre eles viviam e trabalhavam. Mas, indubitavelmente, o grande propósito do livro foi ensinar aos israelitas que a compaixão de Deus não se limitava a eles próprios, mas se estendia aos homens de todas as nações.
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jonata
Jeová deu
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jônatas
o Senhor nos deu. É o nome de muitos personagens do A.T. l. Um levita de Belém e descendente de Moisés. Tornando-se conhecido de Mica, um abastado efraimita, foi nomeado sacerdote da sua casa de deuses. Quando o exército de Dã marchou contra Lais, foram tomados os deuses a Mica, sendo Jônatas obrigado a ir com os guerreiros. Conquistada a cidade, e os seus habitantes passados ao fio da espada, puseram-no a ele como sacerdote das imagens. E esse oficio permaneceu na sua família até ao tempo do cativeiro (Jz 17 e 18). (*veja Lais e Mica.) 2. o filho mais velho de Saul (1 Sm 13.2), e íntimo amigo de Davi. Conhecemos a sua grande coragem pessoal pelo que está narrado em 1 Sm 14. A afeição que unia as almas de Jônatas e Davi parece ter tido a sua origem no triunfo alcançado sobre Golias (1 Sm 18.1 a 4) – e essa amizade não diminuiu com o aumento da hostilidade de Saul para com Davi (1 Sm 19.1 a 7). o laço entre pai e filho, que tão estreitado tinha sido (1 Sm 20.2), esteve quase a quebrar-se pela atitude do rei no seu desejo de aniquilar Davi (1 Sm 20.34). isto não obstante, os amigos separaram-se (1 Sm 20.42),aderindo Jônatas à causa de seu pai, apesar de ter previsto o futuro de Davi (1 Sm 23.17). Mais tarde caíram mortos pai e filho em Gilboa, na guerra com os filisteus (1 Sm 31.1,2 – 2 Sm 1.5). A lamentação de Davi, chorando Saul e mais especialmente o seu amigo Jônatas, é uma das mais patéticas cenas da Sagrada Escritura (2 Sm 1.17 a 27). A sua amizade com Jônatas reflete-se no modo como tratou Mefibosete, o filho do seu amigo (2 Sm 4.4 e 9.6 a 13). (*veja Saul, Davi, Mefibosete.) 3. Sobrinho de Davi. Este Jônatas matou, como seu tio, um gigante de Gate, que tinha seis dedos em cada mão – e em cada pé outros seis (2 Sm 21.21 – 1 Cr 20.7). 4. Tio e conselheiro de Davi (1 Cr 27.32). 5. o último descendente de Eli. Duas vezes ele apareceu na história, e de cada vez como mensageiro de confiança em importantes negócios de estado (2 Sm 15.27,36 – 17.17,20 – 1 Rs 1.42,43). 6. Um dos heróis de Davi (2 Sm 23.32 – 1 Cr 11.34). 7. irmão de Joanã. Ele e outros capitães, que tinham fugido de Jerusalém, andaram errantes pelos campos dos amonitas, até que se retiraram os invasores. Perde-se de vista, depois que ele partiu para Mispa, a fim de juntar-se a Gedalias (Jr 40.8). 8. Pai de Ebede, que voltou do cativeiro com Esdras (Ed 8.6). 9. Sacerdote que se opôs a inquirições sobre a questão das mulheres estranhas (Ed 10.15). 10. Sacerdote do tempo de Joiaquim (Ne 12.14). 11. o filho de Joiada, e, como ele também, sumo sacerdote (Ne 12.11). Provavelmente é o mesmo que Joanã 4. 12. Pai de um sacerdote, que tomou parte no serviço de dedicação dos muros de Jerusalém (Ne 12.35). 13. Escriba, em cuja casa Jeremias ficou preso (Jr 37.15,20 – 38.26). 14. indivíduo de Judá (1 Cr 2.32,33).
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jonathas
Jeová deu
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jope
Porto marítimo situado cerca de 56 km a noroeste de Jerusalém, hoje chamado Java.
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jope, e também jafo
Cidade edificada na encosta de um monte, que está sobranceiro ao mar, na costa oriental do Mediterrâneo, distante 48 quilômetros ao noroeste de Jerusalém, sendo desta cidade porto de mar desde o tempo de Salomão. Foi cedida a Dã (Js 19.46). Era o porto para onde era levada a madeira do Líbano, que serviu na edificação do templo de Jerusalém (2 Cr 2.16 – e Ed 3.7). Foi em Jope que Jonas embarcou para se dirigir a Társis (Jn 1.3). Neste mesmo lugar foi Tabita chamada à vida por Pedro, e teve este Apóstolo uma visão que o levou a visitar Cornélio (At 9.32 a 43 – 10.1 a 23 – 11.5 a 13). o porto de Jope é muito pobre e sempre tem sido perigoso. E por isso, a não ser como porto de Jerusalém, pouco utilizado tem sido. Todavia, mesmo assim pobre, foi Jope freqüentes vezes um lugar para cerco e assalto, e no intervalo entre o A.T. e o N.T. os acontecimentos por diferentes vezes mudaram a situação das coisas. Pelo menos duas vezes foi destruída a cidade por Céstio e Vespasiano, sendo da segunda vez um meio para limpar aqueles sítios de piratas, dos quais era verdadeiro ninho aquele porto do mar. A sua moderna história limita-se à repetição da sua antiga experiência, visto como alternativamente tem sido incendiada, saqueada, reedificada, e de novo fortificada pelos seus novos possuidores, sendo a sua última calamidade o terrível ‘massacre de Jope’, ordenado por Napoleão i, em 1799. Foi sede de um bispo cristão no quinto século, e atualmente tem vários conventos, pertencentes a diversas igrejas.
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joquebede
hebraico: Jeová e glória ou Jeová e grande
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joquim
hebraico: o Senhor tem levantado
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jora
hebraico: a primeira chuva
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jorai
hebraico: ele será edificado pelo Senhor
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jorão
o Senhor é exaltado. Forma abreviada de Jeorão. 1. Filho de Josafá (2 Rs 8.21). 2. Filho de Acabe (2 Rs 8.16 e seg.). 3. Filho de Toí, rei de Hamate (2 Sm 8.10). 4. Um levita do tempo de Davi (1 Cr 26.25). 5. Sacerdote que viajou por Judá, ensinando a Lei por ordem de Josafá (2 Cr 17.8).
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jordão
o Jordão é essencialmente o rioda Palestina e o limite natural do país ao oriente. Caracteriza-se pela sua profundidade abaixo da superfície geral da região que atravessa, pela sua rápida descida e força da corrente em muitos sítios, e pela sua grande sinuosidade. Nasce nas montanhas da Síria, e corre pelo lago Merom, e pelo mar da Galiléia, desaguando, por fim, no mar Morto, depois de um percurso de quase 320 km. Nas suas margens não existe cidade alguma notável, havendo duas pontes e um considerável número de vaus, o mais importante dos quais é o Bete-Seã. Não é rio para movimento comercial ou para pesca. No seu curso encontram-se vinte e sete cachoeiras, e muitas vezes transbordam as suas águas. o Jordão é, pela primeira vez, nomeado em Gn 13.10. Ainda que não há referência ao fato, deve Abraão ter atravessado o rio, como Jacó, no vau de Sucote (Gn 32.10). A notável travessia dos filhos de israel, sob o comando de Josué, efetuou-se perto de Jericó (Js 3.15, 16, 4.12,13). A miraculosa separação das águas pela influência de Elias e de Eliseu (2 Rs 2.8 a 14) deve também ter sido por esses sítios. Dois outros milagres se acham em relação com o rio e são eles: a cura de Naamã (2 Rs 5.14), e o ter vindo à superfície das águas o machado (2 Rs 6.5,6). João Batista, durante o seu ministério, batizou ali Jesus Cristo (Mc 1.9 e refs.) e as multidões (Mt 3.6). A ‘campina do Jordão’ (Gn 13.10) é aquela região baixa, de um e de outro lado do Jordão, que fica para a parte do sul.
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jorim
hebraico: o Senhor exalta
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jornada (um dia de)
Segundo o cálculo geral, um viajante, caminhando só, andaria cinco quilômetros por hora, e o camelo quatro quilômetros. os viajantes gastavam, na sua marcha, seis a oito horas. Mas o maior ou menor andamento dependia da natureza do caminho, por onde se marchava. Uma caravana de mulheres e crianças, camelos e mulas, movia-se muito devagar, não podendo ir além de dezesseis a dezoito quilômetros por dia.
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jornada de um dia
Segundo o cálculo geral, um viajante, caminhando só, andaria cinco quilômetros por hora, e o camelo quatro quilômetros. Os viajantes gastavam, na sua marcha, seis a oito horas. Mas o maior ou menor andamento dependia da natureza do caminho, por onde se marchava. Uma caravana de mulheres e crianças, camelos e mulas, movia-se muito devagar, não podendo ir além de dezesseis a dezoito quilômetros por dia.
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jornada de um sábado
Cerca de um quilômetro
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jornaleiro
o jornaleiro era o homem que ia livremente trabalhar todos os dias de trabalho – e assim se distinguia do servo permanente ou escravo. Especial consideração havia, na conformidade da lei, pelos sentimentos e necessidades dos pobres (Dt 24.10). A paga do trabalho era feita todos os dias (Lv 19.13 – Dt 24.14,15 – Jó 7.1,2 – 14.6 – Mt 20.8).
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jorqueão
hebraico: expansão
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josa
hebraico: retidão
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josabe-bassebete
hebraico: apaziguador
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josafá
o Senhor julga. 1. Filho de Asa, que subiu ao trono de Judá na idade de trinta e cinco anos. o seu reinado foi de vinte e cinco anos (2 Cr 17.1). Prevaleceu contra Baasa, rei de israel, e pôs guarnições nas cidades de Judá e Efraim, as quais seu pai tinha conquistado. Ele também demoliu os lugares altos e postes-ídolos dos deuses pagãos, quanto ele pôde – e levou isto a efeito, pondo ao mesmo tempo em campo um número considerável de sacerdotes, levitas e príncipes, para que atravessassem a terra e ensinassem ao povo a lei. Ele manteve um grande exército, e era respeitado e temido pelos povos circunvizinhos, pagando-lhe tributo os filisteus e os árabes. Todavia, foi censurado por ter feito aliança com o idólatra Acabe, rei de israel (1 Rs 22.44 – 2 Cr 18.1 – 19.2). Josafá reparou as suas faltas, com os regulamentos e ordenações que estabeleceu nos seus domínios, tanto pelo que respeita aos negócios civis, como aos religiosos – com a sua vigilância pessoal e exemplo – com a nomeação de juizes honestos e hábeis – e com a regularização da vida disciplinar dos sacerdotes e levitas, mandando que cumprissem os seus deveres com pontualidade (2 Cr 19). Depois disto deu-lhe Deus, em resposta às suas orações, um completo triunfo sobre os moabitas, e os amonitas, e também sobre os meonianos, povo da Arábia Petréia. Josafá tentou juntamente com Acazias estabelecer uma esquadra – mas, tendo os navios naufragado em Eziom-Geber, abandonou essa idéia (2 Cr 20.35 a 37). o desastre tinha sido predito pelo profeta Eliezer, como castigo da sua insensata aliança com Acazias, rei de israel. o fim do seu reinado foi calmo e sossegado, estando a direção dos negócios nas mãos de seu filho Jeorão. Josafá foi, certamente, um homem piedoso e justo, mas faltou-lhe aquela firmeza de caráter, necessária para bem dirigir os negócios de Estado, sendo isso a causa das calamidades do seu reinado. Todavia, pela sua coragem e atividade ele era respeitado e temido. Foi sepultado no real sepulcro (1 Rs 22.51 – 2 Cr 21.1). 2. Cronista nas cortes de Davi e Salomão (2 Sm 8.16 – 1 Rs 4.3). os historiadores da corte eram, talvez, empregados pelos potentados orientais, a fim de, geralmente, narrarem as vitórias e outros notáveis acontecimentos dos respectivos reinados. (Et 6.1.) Pode também ser que a missão especial desses homens consistisse em auxiliar de contínuo o rei, fazendo-lhe lembrar as pessoas e os acontecimentos. 3. oficial do comissariado, no reinado de Salomão (1 Rs 4.17). 4. Sacerdote encarregado de tocar a trombeta diante da arca, quando esta era levada de obede-Edom para Jerusalém (1 Cr 15.24). 5. Pai de Jeú (2 Rs 9.2,14).
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josafá (vale de)
É um nome simbólico, que o profeta Joel aplicou ao lugar onde havia de realizar-se o Juízo (Joel 3.2,12). Desde tempos remotíssimos o vale de Cedrom, um profundo fosse ao oriente de Jerusalém, tem sido considerado o sítio da visão do profeta – mas o mais provável é que Joel não tivesse na sua mente algum lugar particular. É certo que a Bíblia não menciona qualquer lugar especial com esse fim. Todavia, deve notar-se que os judeus acreditam que o Juízo final há de ter a sua realidade no vale de Cedrom – nesta consideração, acha-se o lugar literalmente guarnecido de túmulos de judeus e maometanos, que estão esperando a derradeira chamada. Assim se tem pensado a respeito do vale, pelo menos desde o tempo de Josias (2 Rs 23.6) – e afirma-se, com certa probabilidade, que teve o nome de Josafá antes de ter recebido o de Cedrom. o seu nome atual é Wady Sitti Miriam.
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josavias
hebraico: Jeová fez justiça
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josbecasa
lugar de firmeza
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josé
Ele (o Senhor) acrescenta. 1. Filho do patriarca Jacó e de Raquel – nasceu em Padã-Arã, depois de – por muito tempo, ter Raquel esperado em vão por um filho (Gn 30.1,22 a 24). os filhos da mulher favorita de Jacó foram José e Benjamim, sendo cada um deles particular objeto da profunda afeição de seus pais. Em virtude desta parcialidade surgiram acontecimentos de grande importância. Na primeira referência que a José se faz depois do seu nascimento, é ele um rapaz de dezessete anos, dileto filho de Jacó, tendo já este patriarca atravessado o rio Jordão, e havendo fixado em Canaã a sua residência. Raquel já tinha morrido, e por esta razão era de Jacó que pendia o cuidado dos dois filhos favoritos, e também por ser ainda jovem, servia José de portador de recados para seus irmãos mais velhos, que estavam longe, guardando os rebanhos – e, andando ele vestido com roupa superior à deles, era isso motivo de grande ofensa para os filhos de Jacó. Talvez o seu pai tivesse feito a ‘túnica de muitas cores’ com as suas próprias mãos, em conformidade com o costume ainda em voga entre os beduínos. E explica-se assim o ódio e o ciúme daqueles moços. Tanto a sua mãe como ele próprio tinham sido colocados desde o princípio em lugar de honra. Era Raquel a verdadeira esposa – e por isso só ela é nomeada como ‘mulher de Jacó’ na genealogia, que vem no cap. 46 de Gênesis. Além disso, a retidão de José era tal que eles reconheciam a sua própria inferioridade, comparando as suas vidas com a de José, mais pura e mais tranqüila. E então acontecia que ele levava a seu pai notícias dos maus feitos de seus irmãos (Gn 37.2). Mas parece que foi a ‘túnica talar de mangas compridas’ que fez que o ódio de seus irmãos se manifestasse em atos (Gn 37.3). Mais insuportável se tornou José para com os seus irmãos quando ele lhes referiu os sonhos que tinha tido (Gn 37.5 a 11). Não tardou muito que se proporcionasse a oportunidade de vingança. os irmãos de José tinham ido apascentar os seus rebanhos em Siquém, a 80 km de distância – e querendo Jacó saber como estavam seus filhos, mandou José ali para trazer notícias dos pastores. Mas como estes já se tinham retirado para Dotã, para ali também se dirigiu José, andando mais 24 km. Tinha bebido pela última vez do poço de Jacó. Dotã era uma importante estação, que ficava na grande estrada para caravanas, que ia de Damasco ao Egito. Havia, por aqueles sítios, ricas pastagens, estando a terra bem suprida de cisternas ou poços. Eram estas cisternas construídas na forma de uma garrafa, estreitas por cima e largas no fundo, estando muitas vezes secas, mesmo no inverno. E também eram empregadas para servirem de prisão. Naquela região foi encontrar José os seus irmãos, que resolveram tirar-lhe a vida (Gn 37.19,20). Mas Rúben, ajudado por Judá, fez todo o possível para o salvar, e isso conseguiu, não podendo, contudo, evitar que ele fosse vendido como escravo (Gn 37.36). os compradores eram negociantes ismaelitas ou midianitas, os quais, tendo dado por José vinte peças de prata, tomaram a direção do Egito (Gn 37.25, 28,36). Entretanto os irmãos de José levaram a seu pai a túnica de mangas compridas, com manchas de sangue de uma cabra, para fazer ver que alguma fera o havia devorado. José foi levado ao Egito e vendido como escravo a Potifar, oficial de Faraó (Gn 39.1). Bem depressa ganhou a confiança de seu senhor, que lhe entregou a mordomia da sua casa (Gn 39.4). Depois disto foi José tentado pela mulher de Potifar, permanecendo, contudo, fiel a Deus e a seu senhor (Gn 39.8,9) – sendo falsamente acusado pela dona da casa, foi lançado numa prisão (Gn 39.20). o carcereiro-mor tratava José com certa consideração (Gn 39.21) – e no seu encarceramento foi o moço israelita feliz na interpretação dos sonhos de dois companheiros de prisão, o copeiro-mor e o padeiro-mor de Faraó (Gn 40). o copeiro-mor, quando o rei precisou de um intérprete para os seus sonhos, contou ao monarca que tinha conhecido na prisão um jovem de notável sabedoria (Gn 41.1 a 13). Em conseqüência disto foi José chamado, afirmando ele que só como instrumento do Altíssimo Deus podia dar a devida interpretação (Gn 41.16). Explicado o sonho de Faraó, ele aconselhou o rei a respeito das providências que deviam ser tomadas, por causa da fome que ameaçava afligir o Egito. Faraó recebeu bem os seus conselhos, e colocou-o na posição própria do seu tino e sabedoria, dando-lhe, além disso, em casamento a filha do sacerdote de om (Gn 41.37 a 45). Nesta ocasião foi-lhe dado por Faraó um nome novo, o de Zafenate-Panéia. Durante os sete anos de abundância, preparou-se José para a fome, pondo em reserva uma quinta parte do trigo colhido (Gn 41.34,47 a 49). os governadores egípcios, em épocas anteriores à do governo de José, vangloriavam-se de terem providenciado de tal maneira que nos seus tempos não tinha havido escassez de gêneros. Mas uma fome de sete anos era acontecimento raríssimo, e tão raro que num túmulo de El-kad se acha mencionado um caso daquele gênero em certa inscrição, na qual o falecido governador da província declara ter feito a colheita dos frutos, e distribuído o trigo durante os anos de fome. Se trata da mesma fome, deve este governador, cujo nome era Baba, ter operado sob a suprema direção de José – porquanto está expressamente fixado no Sallier Papyrus que o povo da terra traria os seus produtos a Agrepi (o Faraó do tempo de José) em Avaris (Hanar). Mas com tantos cuidados não se esqueceu o governador israelita do seu Deus e dos seus parentes. os seus dois filhos, Manassés e Efraim, nasceram antes da fome. Tendo-lhes dado nomes hebraicos, mostrou que o seu coração estava ainda com o seu próprio povo, e que, de um modo especial, era fiel ao Deus de seus pais (Gn 41. 50 a 52). Com efeito, os acontecimentos foram tão maravilhosamente dispostos, que ele veio novamente a relacionar-se com a sua família. A fome foi terrível na terra de Canaã, e Jacó olhou para o Egito, como sendo o país donde lhe havia de vir o socorro (Gn 42.1 a 6). A descrição da visita dos filhos do patriarca ao Egito, e o fato de serem eles reconhecidos por José, tudo isso se lê em Gn 42 a 45. Não
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josias
o Senhor sara. 1. Filho de Amom, a quem sucedeu no trono de Judá, tendo a idade de oito anos (2 Rs 21.26). Já nesta pouca idade ele manifestava a sua piedade (2 Rs 22.2 – 2 Cr 34.3). Quando chegou aos doze anos de idade, aboliu a idolatria no seu reino (2 Cr 34.3 e seguintes), e por toda parte ele destruiu os lugares altos, os postes-ídolos, as imagens, e outros sinais do culto pagão. Pessoalmente ele assistiu a esta purificação religiosa, pois ia percorrendo o país para bem observar tudo, somente voltando quando os seus propósitos estavam realizados. Feito isto, mandou examinar as obras do templo (2 Cr 34.8). Foi durante as reparações que o sumo sacerdote Hilquias achou o perdido Livro da Lei, cuja leitura produziu um notável efeito em Josias e no povo. Este livro pode ter sido uma cópia original da lei de Moisés (2 Cr 34.14), ou então do pacto que com o povo foi renovado nas planícies de Moabe, pois esses manuscritos tinham sido postos ao lado da arca (Dt 31.24 a 26) – ou, mais provavelmente, era uma cópia da parte central do Deuteronômio. É provável que durante os reinados de Manassés e Amom tivesse sido proibida a leitura da Lei, e geralmente posta de parte. As passagens que foram lidas ao rei impressionaram-no profundamente (2 Rs 22.11). Parecia que Josias nunca tinha ouvido essas palavras, embora muitas cópias da lei tivessem sido feitas sob a direção de Ezequias. Como explicação do fato supõe-se que o povo ficava satisfeito naquele tempo com uma espécie de ritual, observando exteriormente a religião – e por isso ignorava as ameaças e maldições da Lei contra os transgressores. Considerando as causas em relação a si próprio e ao seu povo, mandou Josias emissários à profetisa Hulda, para que esta dissesse se as declarações da Lei haviam de ter sua efetuação no país durante a sua vida. Hulda anunciou que havia de vir a ruína sobre o país, mas que o rei teria um fim pacifico (2 Cr 34.14 e seguintes). Determinou então Josias que se procedesse segundo as direções da lei – e para este fim convocou o povo, e com ele renovou o pacto (2 Cr 34.29 e seguintes). os planos de reforma tiveram da parte dos israelitas uma forte resistência, e por isso os zelosos e perseverantes esforços de Josias não deram resultado, sendo, portanto, o pais visitado por aquelas calamidades que tinham sido preditas (2 Rs 22.20). Faraó Neco andava em guerra com os assírios. Josias, que de algum modo estava ligado ao rei da Assíria, opôs-se com o seu exército ao rei do Egito, quando ele marchava ao longo da costa (2 Cr 35.20). Neco, na sua ansiedade de evitar qualquer conflito com o rei de Judá, desejando alcançar Carquemis (sobre o Eufrates) com as suas forças intatas, procurou afastar Josias da sua frente por meios pacíficos (2 Cr 35.21). Mas Josias estava firme nas suas determinações, e por conseqüência foi mortalmente ferido em Megido (2 Cr 35.23), tendo a idade de trinta e nove anos. Foi sepultado com todas as demonstrações de pompa e afeto nos túmulos dos reis. o profeta Jeremias, que deu começo à sua carreira pública no início do reinado de Josias, compôs uma bela elegia (que se perdeu), a qual durante muito tempo era cantada ou recitada todos os anos (2 Cr 35.25). 2. Filho de Sofonias, em cuja casa em Jerusalém recebeu Zacarias prata e ouro de Heldai e de outros, que tinham vindo da Babilônia com presentes para assistirem à solene coroação do sumo sacerdote Josué (Zc 6.9 a 15). Supõe-se ter sido tesoureiro do templo.
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josibias
hebraico: Jeová concede abrigo
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josifias
hebraico: Jeová dará aumento
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josué
Deus é a salvação
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josué (livro de)
Escritores judaicos ea antigüidade cristã atribuíram-no a Josué, o filho de Num, e esta opinião é, também, a de alguns críticos modernos. Foi, sem dúvida, escrito antes do tempo de Davi (cp. 15.63 com 2 Sm 5.6 a 8) – e provavelmente o foi por um contemporâneo (6.25), podendo ter sido também uma testemunha ocular dos acontecimentos descritos. o lugar da narrativa, na história do povo, sugere-nos o fim com que foi escrito. Nos livros precedentes se descrevem as freqüentes rebeliões e provocações dos israelitas, vindos do Egito – e por causa desse seu procedimento foram eles excluídos da boa terra, que eles tinham desdenhado. Este livro trata da história da geração seguinte, isto é, daqueles israelitas que ainda não tinham vinte anos quando sairam do Egito, e dos que nasceram e foram criados no deserto, os quais parece terem sido dotados de melhor alma que seus pais. As provações e a dura disciplina nas longas jornadas dos israelitas, juntamente com as instruções de Moisés, tiveram, pela graça do Espírito Santo, o efeito de um despertamento e humilhação, pondo o povo em condições de serem neles cumpridas as promessas divinas. Foi com esta geração que Deus renovou o Seu pacto, como se acha referido no Cap. 29 do Deuteronômio. E grandes maravilhas foram por Ele operadas em benefício do Seu povo. Eles acreditaram em Deus – e pela sua fé venceram os exércitos dos cananeus, e puderam possuir a terra. Em muitas circunstâncias da vida nacional mostraram grande zelo pela sua religião, como na ocasião do pecado de Acã, e também quando suspeitaram que as duas e meia tribos tinham edificado um altar em oposição ao estabelecido altar dos holocaustos (22) – e a sua piedade é especialmente louvada em 23.8. os diversos assuntos do livro podem formar três seções principais: 1. A conquista de Canaã, incluindo a nomeação de Josué, e as suas determinações na direção do povo (1) – os espias mandados a Jericó (2) – a passagem do Jordão (3,4) – a circuncisão e a celebração da Páscoa em Gilgal (5.1 a 13) – a tomada e destruição de Jericó e de Ai, com a descrição do pecado e castigo de Acã (5.14 a 8.29) – a leitura da Lei nos montes Ebal e Gerizim (8.30 a 35) – o astucioso procedimento dos gibeonitas (9) – as vitórias alcançadas na guerra com os cananeus, primeiramente ao sul e depois ao norte – a subjugação do país (10,11) – e após isto a recapitulação das conquistas (12). 2. A divisão do país, incluindo tanto as partes conquistadas como as que não tinham ainda sido conquistadas – e a descrição das porções que couberam às diversas tribos (13 a 19) – a instituição das cidades de refúgio e das cidades levíticas (20.21) – o estabelecimento das tribos ao oriente do Jordão, e os acontecimentos que se deram após esse fato (22). 3. os conselhos na despedida, e a morte de Josué (23,24). As alusões aos acontecimentos descritos no livro acham-se no A.T. em 1 Cr 2.7 a 12.15 – Sl 44.2,3 e 68.12 a 14, e 78.54,55 – is 28.21 – Hc 3.11 a 13 – e no N.T. em At 7.45 – Hb 4.8 e 11.30,31 – Tg 2.25.
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josué, jesua
o Senhor é a minha salvação. Também JESSUA, o Senhor salva. l. o heróico filho de Num, da tribo de Efraim, foi primitivamente chamado oséias, ‘salvação’ ou ‘bem-estar’, e Jeosué ‘Deus é a minha salvação’. Jesus, como equivalente grego de Josué, acha-se em At 7.45 e Hb 4.8. Josué foi um dedicado cooperador de Moisés, e era geralmente chamado o seu servo, com ele estando no monte Sinai (Êx 24.13 e 33.11). Tinha Josué quarenta anos de idade quando saiu do Egito. A primeira notícia deste herói aparece quando os israelitas foram à peleja com os amalequitas em Refidim, sendo ele o comandante dos guerreiros (Êx 17.9). E de tal maneira ele se salientou nesta ocasião que daí para o futuro o seu papel foi da mais alta importância, nas primitivas lutas nacionais. A viagem pelo deserto estava quase no seu termo, quando Moisés, dirigido por Deus, e na presença de Eleazar, o investiu de completa autoridade sobre o povo (Nm 27.18 a 23 – Dt 31.14). Desde então a história de Josué é a história do povo israelita, na luta contra os povos de Canaã. Foi ele, durante seis anos, o guia dos exércitos do Senhor, e nesse tempo o idoso homem de guerra conquistou seis nações, e aprisionou trinta e um reis. Acabada a guerra, fez Josué a divisão do país, com o auxílio de Eleazar e dos principais das tribos (Js 14.1 – 19.51) – além disso, estabeleceu seis cidades refúgio, construiu o templo de Silo, destinou quarenta e oito cidades para os levitas, e mandou para as suas terras os combatentes. E pouco tempo depois convocou Josué todo o povo, para o exortar e dar-lhe os seus últimos avisos. Feito isto, determinou que o pacto com Deus fosse renovado em Siquém (Js 24.1 a 25). Morreu, tendo de idade cento e dez anos, e foi sepultado em Timnate-Sera. Quanto ao seu caráter, ele manifestou sempre piedade, coragem, e integridade desinteressada. o Espírito estava nele (Nm 27.18). Embora tivesse as promessas de vitória (Js 1), era, contudo, com prudência que ele operava para o bom resultado. Ele mandava espias, e disciplinava as suas forças, não tendo, contudo, a sua completa confiança nestes meios, mas esperava em Deus. E deste modo, antes de atacar os cananeus, ele solenemente renovava a sua consagração e a do povo ao Senhor onipotente (Js 5) – e em certas ocasiões de crise procurava pela oração alcançar bênçãos especiais (Js 10.12 a 14). A sua piedade e devoção se manifestam nos seus últimos apelos e dá-nos uma impressão favorável da sua influência o espírito de submissão com que o povo recebia as suas palavras (Js 24.24). 2. Um bete-semita (1 Sm 6.14). 3. Governador de Jerusalém, no reinado de Josias (2 Rs 23.8). 4. Sumo sacerdote, na reedificação do templo (Ag 1.1 – Zc 3.1). 5. Um sacerdote do tempo de Davi (1 Cr 24.11). 6. Um levita, que distribuiu os dízimos pelos sacerdotes no tempo de Ezequias (2 Cr 31.15). 7. Filho de Jozadaque, o sumo sacerdote, oficio que o próprio Josué exerceu (Ed 2.2 – 3.2 – Ne 7.7). Ele voltou do cativeiro de Babilônia com Zorobabel, e tomou parte na reedificação do templo. Mostrou grande energia e coragem na restauração do país, sendo principalmente pelos seus esforços que os serviços do templo foram de novo começados, pouco tempo depois da volta do cativeiro (Ed 3). os seus trabalhos foram retardados pelos samaritanos (Sambalá), por quatorze anos. Mas no fim deste tempo acabaram-se as obras do templo, sendo a sua dedicação feita por ocasião da Páscoa (Ed 6.15 a 22). A sua piedade, o seu alto caráter, e a importância da sua obra, quanto ao fato de estabelecer os seus conterrâneos na Judéia, elevaram-no ao ponto de ser considerado um tipo de Cristo (Zc 3.8). No princípio do mesmo capítulo de Zacarias, Josué representa israel, sendo para ele coisa certa o perdão e a restauração (Zc 3.1 a 7). 8. Um ramo da tribo de Judá que voltou com Zorobabel (Ed 2.6 – Ne 7.11). 9. outro sacerdote e chefe, que veio com Zorobabel (Ed 2.36). 10. Pai de um levita que voltou com Esdras (Ed 8.33). 11. Pai de Ezer, que reparou o muro (Ne 3.19). 12. Um levita que selou o pacto (Ne 10.9). 13. Uma cidade perto da Berseba, reocupada por Judá depois da volta do cativeiro. o seu nome moderno é S”Aweh (Ne 11.26).
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jotão
o Senhor é perfeito. 1. o filho mais novo de Gideão, que escapou da mortandade, operada por Abimeleque em ofra. Quando Abimeleque foi coroado rei, proferiu Jotão a famosa parábola das árvores que escolheram um rei, querendo desta forma dar um aviso aos homens de Siquém. Ele fugiu para Beer para salvar a sua vida, e com essa fugida acaba a sua história (Jz 9.5 a 57). 2. Filho de Azarias, rei de Judá. Jotão governou, como regente, durante vinte e cinco anos, por causa da doença de seu pai, que era leproso, subindo ao trono depois desse período de tempo. Foi rei e homem de retidão, embora não tivesse abolido os lugares altos da idolatria. Como os amonitas não quisessem pagar os tributos, que lhes foram lançados por seu pai, ele os obrigou a isso pela força das armas. o seu reinado foi próspero, mas já no seu fim a paz foi ameaçada pelo rei de Damasco e por Peca. Foi contemporâneo do profeta isaías (2 Rs 15 – 2 Cr 27). 3. Um descendente de Calebe (1 Cr 2.47).
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jotba
hebraico: agrade, bondade
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jozabade
hebraico: Jeová concedeu ou Jeová doador
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jozacar
o Senhor Se Lembrou. Filho de Simeate e um dos assassinos do rei Joás (2 Rs 12.21). Em 2 Cr 24.26 é ele chamado, por erro de copista, Zabade. o motivo do assassinato de Joás não está claro. ou foi um ato de vingança pessoal, ou então foram impelidos os homicidas a praticar o crime pela família de Joiada. os assassinos foram condenados à morte por Amazias (2 Rs 14.5,6).
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jozadaque
hebraico: Jeová e justo
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jozonias
hebraico: Ele será ouvido do Senhor
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juarez
Uma referência ao revolucionário mexicano Benito Juarez
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jubal
hebraico: torrente, região úmida, musica
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jubileu
A ponta do carneiro. Chamava-se ano do Jubileu aquele que vinha depois de sete anos sabáticos (Lv 25.8 a 11). Este 50º ano era anunciado pelo som de trombetas, feitas de pontas de carneiro, no 10º dia de tisri (*veja Mês), o grande dia da propiciação. A terra, como no simples ano sabático, devia ficar sem cultura, sendo os frutos somente colhidos pelos pobres – mas o povo podia caçar ou ganhar o seu sustento de qualquer outro modo. No ano do jubileu todos os servos ou escravos estavam em condições de obter a sua liberdade (Lv 25.39 a 46 – Jr 34.8 a 14). As terras do país, bem como as casas das cidades dos levitas, que haviam sido vendidas durante os precedentes cinqüenta anos, voltariam para os vendedores, a não ser o que havia sido consagrado a Deus, e remido (Lv 25.17 a 28 – 27.16 a 24). igualmente as terras hipotecadas haviam de ser libertadas sem ônus algum. A maneira completa como eram efetuadas estas disposições fez considerar o jubileu como um tipo do Evangelho(is 61.2 – Lc 4.19).o fim moral e espiritual destes dias festivos manifesta-se com toda a clareza. Todo o propósito era unir o povo pelos laços de fraternidade, e separá-lo dos pagãos – e além disso conservavam-se na memória os passados benefícios de Deus. A santidade do Senhor era patente nas disposições do jubileu. o peso dos pobres era aliviado, a opressão e a cobiça eram reprimidas, e todos aqueles atos solenes ou eram uma figura das bênçãos do Evangelho, ou sugestivos, para o crente, das verdades que haviam de ser inteiramente reveladas e realizadas em Cristo. o propósito do jubileu era dar a todo israelita o direito de recuperar a terra, que havia sido concedida aos antepassados. As casas das cidades muradas não estavam sujeitas à lei do jubileu, embora uma casa pudesse ser remida dentro de um ano após a venda – mas as casas em conexão com a terra do país, e deste modo essenciais à cultivação do solo, não eram excetuadas, devendo então voltar aos antigos possuidores no ano do jubileu. E da mesma sorte as casas das cidades levíticas não eram isentas da lei do jubileu – s terra, porém, que as circundava, e a elas estava ligada, não podia ser objeto de nenhum negócio, visto que nunca podia ser vendida sob qualquer condição. (*veja Sabático (Ano).)
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júbilo
Grande alegria
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jubiloso
Muito satisfeito; muito alegre; radiante; em que há regozijo.
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juca
Forma diminutiva de José, Deus acrescenta
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jucal
hebraico: capaz
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judá
Louvor. É este um nome que em diversos lugares aparece com a forma de Judas e de Juda. E também a Judéia se chama Judá em certo número de exemplos. 1. Pela primeira vez ocorre em Gn 29.35 – é Lia que dá esse nome ao seu quarto filho quando disse: ‘Esta vez louvarei o Senhor. E por isso lhe chamou Judá.’ Nasceu em Harã, na Mesopotâmia. À exceção de José, ele figura mais vezes na história de israel do que qualquer dos seus irmãos. Foi ele que aconselhou a venda de José aos mercadores ismaelitas, querendo evitar a sua morte (Gn 37.26,27). Ele se nos apresenta como o diretor dos negócios da família e, como se diz em 1 Cr 5.2, ‘foi poderoso entre os seus irmãos’. Naquelas memoráveis viagens ao Egito, para comprar trigo, foi Judá que fez objeções ao fato de querer Jacó conservar Benjamim junto de si – e foi ele também que, oferecendo os seus próprios filhos como reféns, fez todos os esforços para trazer de novo Benjamim (Gn 43.3 a 10). Em todas as ocorrências dramáticas entre os filhos de israel e seu irmão José, bem como no caso de ser a família removida para o Egito, foi Judá quem sempre falou pelos outros. E Jacó reconheceu a ascendência de Judá sobre seus irmãos, o que se mostra nas últimas palavras que o patriarca lhe dirigiu: ‘os filhos de teu pai se inclinarão a ti’ (Gn 49.8 a 10). Judá teve cinco filhos, dois dos quais morreram novos. os outros três, Selá, Perez e Sera, foram com seu pai para o Egito (Gn 46.12). Estes filhos nasceram na Palestina numa parte do país, de que a família, já uma tribo, se apossou de novo, no tempo da conquista. (*veja Judá, Judéia.) 2. Levita do tempo de Zorobabel, que auxiliou a restaurar o templo (Ed 3.9). Provavelmente devia ler-se Hodavias. 3. Levita que mandou embora a sua mulher estranha (Ed 10.23). 4. Um indivíduo da tribo de Benjamim. o superintendente de uma parte de Jerusalém, no tempo de Neemias (Ne 11.9). 5. Levita, provavelmente o mesmo que Judá 2 (Ne 12.8). 6. Chefe dos que fizeram a dedicação dos muros, ou então, talvez, devamos compreender por esse nome a própria tribo (Ne 12.34). 7. Um sacerdote na dedicação dos muros (Ne 12.36).
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judaizantes
Judeus cristãos que, no séc. I, ensinavam aos gentios cristãos que eles deviam seguir as práticas religiosas do Judaísmo.
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judas
É a forma grega da palavra hebraica Judá. 1. Filho de Jacó (Mt 1.2,3). 2. Um habitante de Damasco, em cuja casa foi Saulo recolhido (At 9.11). Era na ‘rua que se chama Direita’, ou na rua dos Bazares, que desde a porta do sul se estendia até ao centro da cidade. Ainda hoje se mostra aos viajantes uma ‘casa de Judas’. 3. Judas, chamado Barsabás, talvez irmão de José Barsabás. Era membro da igreja de Jerusalém (At 15.22 e seg.). Ele foi escolhido para ir com Paulo e Barnabé, como delegados, à igreja de Antioquia, com o fim de informarem os crentes cristãos sobre a resolução dos Apóstolos em Jerusalém, de que não era necessário ser observada a Lei pelos gentios. Tinha dons proféticos, gozava de grande consideração entre os seus irmãos na fé, e, segundo a tradição, tinha ele sido um dos setenta discípulos. E nada mais se sabe a respeito dele. 4. Judas, de Galiléia (At 5.37). No ano 6 ou 7 da era cristã, opôs-se ao registo do povo, feito por Quirino (Cirênio), na Judéia. Este alistamento efetuava-se com o fim de lançar impostos, e por isso era uma medida impopular. Nessa ocasião Judas, habitante de Gamala, conseguiu que o povo se revoltasse contra as autoridades, sendo a sua divisa ‘não temos outro mestre e senhor: só Deus’. E clamava Judas que pagar o tributo a César e reconhecer, de qualquer maneira, uma autoridade estrangeira era uma traição a Deus e à Lei de Moisés. Um considerável número dos seus partidários, os gaulonitas, como se chamavam, julgaram que ele era o Messias. Todavia, ele nada pôde fazer contra o poder de Roma – e ainda que por algum tempo assolou o país, foi por fim morto – e, dispersos os seus seguidores, recebeu o movimento o seu golpe de morte com a ruína total da nação. Embora os seus métodos fossem errados, e impiamente tivesse assumido o lugar de Messias, deve Judas ser considerado como um herói nacional, amante da sua pátria. 5. ‘Judas, de Tiago’, que talvez fosse filho de um Tiago, também chamado Tadeu. Era o décimo na lista dos apóstolos. Em Jo 14.22, ele é apresentado como ‘Judas, não o iscariotes’ – mas em Lc 6.16, e At 1.13, é ele simplesmente Judas sem qualquer apelido distintivo. Diz a tradição que ele pregou o Evangelho em Edessa, o campo da missão e martírio de Tomé – e que viajou até à Assíria, sendo, na sua volta às terras ocidentais, condenado à morte na Fenícia. 6. o irmão do Senhor e de Tiago i. os habitantes de Nazaré mencionaram o seu nome quando escutavam maravilhados os grandes ensinamentos do Filho dos seus vizinhos (Mt 13.55 – Mc 6.3). Foi ele quem escreveu a epístola de Judas, apresentando-se a si mesmo como ‘servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago’.
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judas (epistola de)
A autoria desta epístola tem sido atribuída a duas pessoas com o nome de Judas. Uma destas é o apóstolo Judas, também chamado Lebeu, e Tadeu (Mt 10.3 – Jo 14.22) – mas não há prova alguma de que este apóstolo fosse o ‘irmão de Tiago’, como a si próprio o escritor da epístola se denomina. Em Lc 6.16 e At 1.13 em algumas versões, a palavra ‘irmão’ não está no original – e seria mais conforme com o uso geral da linguagem, e particularmente dos escritores do N.T., se a palavra ‘filho’ fosse empregada em lugar da outra. Além disso, se o escritor desta epístola tivesse sido apóstolo, ele não julgaria necessário apresentar-se como ‘irmão de Tiago’ – nem se distinguiria dos apóstolos, como as palavras do vers. 17 parecem indicar. Disto tudo se conclui que aquele Tiago, mencionado no vers. 1, era realmente o ‘irmão do Senhor’ (Gl 1.19 – veja também Mc 6.3), o qual tem um trabalho distinto na última parte da idade apostólica. E nesta consideração teria estado Judas em relação com Jesus Cristo (Mt 13.55, e Mc 6.3), pertencendo Judas e Tiago, provavelmente, ao número daqueles irmãos do Senhor que estiveram com os apóstolos depois da Sua ascensão (At 1.14 – 1 Co 9.5). (*veja irmãos do Senhor.) Sobre a vida de Judas não temos informações certas. os seus descendentes são mencionados por Eusébio. Conta este escritor que quando o imperador Domiciano mandou que fossem mortos todos os descendentes de Davi, ‘alguns dos heréticos acusaram os descendentes de Judas de pertencerem à família, de Davi, visto como era Judas irmão, segundo a carne, do Salvador e por sua vez descendia Jesus daquele rei’. E depois refere-se à boa confissão da fé cristã, que eles fizeram na presença dos seus perseguidores (Eccl. Hist. iii.20). Não parece que a Epistola tenha sido dirigida a qualquer igreja. Segundo a antiga tradição, trabalhou Judas entre aqueles povos ao oriente da Judéia, e desse fato concluem alguns que a epístola foi mandada aos cristãos que por aquelas regiões se encontravam. Supõem outros que foi escrita para os cristãos da Palestina. Quanto à data, pode ela inferir-se da natureza das heresias e das práticas nocivas que aí são combatidas, e do modo como o autor fala da pregação dos apóstolos, mostrando que a epístola é mais referente ao passado do que ao presente. Parece, então, ter sido escrita no último período apostólico, poucos anos antes da destruição de Jerusalém, talvez cerca do ano 67 d.C. É obvia a relação desta epístola com a 2ª de Pedro. Há, entre as duas epístolas, uma notável semelhança, tanto no pensamento como na linguagem. A elegância do estilo na epístola de Judas, a sua particular forma e vigor nos pensamentos e linguagem, e a sua coerência de idéias, tudo nos leva a crer que a carta é toda original. E, por outro lado, o cap. 2 da 2ª de Pedro, onde se revela a semelhança com a epístola de Judas, parece ser diferente do estilo simples de Pedro. Há, também, na epístola de Pedro algumas expressões que precisam comparar-se com os lugares paralelos de Judas para se compreender a sua significação. Cp. 2 Pe 2.11 com Jd 9. No seu todo a epístola de Judas parece ter sido escrita primeiramente e Pedro, seguindo-a até certo ponto, usa-a de um modo independente, resumindo alguns pensamentos e acrescentando novas particularidades. o fim especial desta epístola parece ter sido acautelar os cristãos contra os falsos doutores que faziam consistir toda a religião na crença especulativa e profissão exterior, procurando arrastar os seus discípulos à insubordinação e licenciosidade. A carta pode dividir-se em duas partes: a primeira trata do castigo dos falsos mestres (vers. 5 a 7), e a segunda, do seu caráter em geral (8 a 19). Para ilustrar a doutrina que apresenta, ele recorre, como Paulo em certos casos (2 Tm 3.8, At 17.28, e Tt 1.12), a fontes diferentes das Escrituras. A referência à disputa entre Miguel e o diabo acerca do corpo de Moisés foi, segundo se diz, tirada da Assunção de Moisés, apocalíptica obra judaica, que se supõe ter sido escrita pelo ano 50 d.C., existindo dela apenas fragmentos. A obra etíope, Livro de Enoque, que é citada no vers. 14, era bem conhecida nos tempos em que foi escrito o Novo Testamento, notando-se coincidências de pensamento e linguagem em algumas das epistolas paulinas, na epístola aos Hebreus, e no Apocalipse. A característica da epístola é o emprego que o autor faz dos trios. observe-se nos vers. 1 e 2 a triplicação da saudação e da bênção. Três exemplos de justiça divina são citados: o dos israelitas incrédulos, o dos anjos rebeldes, e das cidades da planície, vers. 5 a 7. Três tipos de maldade, a de Caim, a de Balaão, e a de Coré, vers. 11. Três classes de homens maus: murmuradores, queixosos da sua sorte, obstinados. Três maneiras de proceder para com os que erram: ‘compadecei-vos de alguns que estão na dúvida’ – ‘salvai-os, arrebatando-os do fogo’ – ‘Sede também compassivos em temor’, v*veja 22 e 23.
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judas iscariotes
Homem de Queriote (Queriote Hezrom). Um dos doze apóstolos, o que traiu Jesus Cristo. É chamado o filho de Simão iscariotes (Jo 6. 71). o seu caráter, com o resultado final, foi sempre do conhecimento de Jesus (Jo 6.64). A sua fraqueza logo se manifestou na cena da unção em Betânia (Jo 12.4,5). As palavras, ‘por que não se vendeu?’ manifestavam o sentimento dos doze – mas a idéia de que o ungüento devia ser vendido para socorrer os pobres era de Judas, como o dá a entender S. João, acrescentando que ele tinha proposto a venda daquela essência por ser ladrão, pois ‘tendo a bolsa, tirava (isto é, subtraía) o que nela se lançava’ (Jo 12.4 a 6). E por esta revelação já se explica o ato que mais tarde praticou. Sendo ele, pois, cobiçoso, e não podendo conformar-se com a natureza da missão de Jesus Cristo, foi-se fortalecendo no seu espírito aquele sentimento que se acha indicado pelas palavras, ‘entrou nele Satanás’ (Jo 13.27) – e a triste conseqüência foi o pacto com os principais sacerdotes, e a entrega de Jesus Cristo. Depois daquela cena em Betânia, as más idéias começaram a preocupar a sus alma (Mt 26.14). Satanás achou o seu instrumento, e Judas foi ter com os príncipes dos sacerdotes (Lc 22.3,4). Provavelmente ele esperava mais do que as trinta moedas de prata (Mt 26.15), porque, na verdade, houve discussão sobre a quantia que lhe haviam de dar. Por fim, determinou fazer o papel de traidor, e esperou a ocasião. Com tudo isso não se separou de Jesus. Acompanhou o Divino Mestre e os seus colegas na ida a Betânia e de Betânia a Jerusalém – esteve com eles no horto de Getsêmani (Jo 18.2) – e na última Ceia lá se encontrava ele também, sendo lavados os seus pés pelo Salvador, e perguntando como os outros discípulos: ‘Sou eu?’ (Mt 26.25). E completou a sua infâmia, entregando com um beijo o Mestre, o que aumentou a tristeza da sua vitima (Lc 22.48). Praticada a vil ação, foi Judas atormentado pelo remorso. E pode-se dizer que o arrependimento era sincero pelo seu desejo de desfazer o que tinha praticado (Mt 27.3,4). Foi neste estado da sua alma que ele lançou aos pés dos sacerdotes as trinta moedas de prata, sendo por eles escarnecido. Foi ‘o filho da perdição’ (Jo 17.12), não havendo para ele esperança de perdão nesta vida – e assim ele ‘retirou-se e foi enforcar-se’ (Mt 27.5). As diversas descrições da sua morte se harmonizam, sendo compreendido que Judas primeiramente se enforcou em alguma árvore que estivesse à beira de um precipício, e que, quebrando-se a corda ou o ramo, ele foi despedaçado na queda. Em At 1.20 se liga a morte de Judas com as predições dos salmos 69.25, e 109.8 – vede também Jo 17.12.
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judas iscariotes
Todos os Evangelhos colocam Judas Iscariotes no fim da lista dos discípulos de Jesus. Sem dúvida alguma isso reflete a má fama de Judas como traidor de Jesus.
A Palavra aramaica Iscariotes literalmente significa “homem de Queriote”. Queriote era uma cidade próxima a Hebrom (Js 15.25). Contudo, João diz-nos que Judas era filho de Simão (Jo 6.71). Se Judas era, de fato, natural desta cidade, dentre os discípulos, ele era o único procedente da Judéia. Os habitantes da Judéia desprezavam o povo da Galiléia como rudes colonizadores de fronteira. Essa atitude pode ter alienado Judas Iscariotes dos demais discípulos.
Os Evangelhos não nos dizem exatamente quando Jesus chamou Judas pra juntar-se ao grupo de seus seguidores. Talvez tenha sido nos primeiros dias, quando Jesus chamou tantos outros (Mt 4.18-22). Judas funcionava como tesoureiro dos discípulos, e pelo menos em uma ocasião ele manifestou uma atitude sovina para com o trabalho. Foi quando uma mulher por nome Maria derramou ungüento precioso sobre os pés de Jesus. Judas reclamou: “Por que não se vendeu este perfume por trezentos denários, e não se deu aos pobres?” (Jo 12.5). No versículo seguinte João comenta que Judas disse isto “não porque tivesse cuidado dos pobres; mas porque era ladrão.”
Enquanto os discípulos participavam de sua última refeição com Jesus, o Senhor revelou saber que estava prestes a ser traído e indicou Judas como o criminoso. Disse ele a Judas: “O que pretendes fazer, faze-o depressa” (Jo 13.27). Todavia, os demais discípulos não suspeitavam do que Judas estava prestes a fazer. João relata que “como Judas era quem trazia a bolsa, pensaram alguns que Jesus lhe dissera: Compra o que precisamos para a festa da Páscoa…” (Jo13.28-29).
Judas traiu o Senhor Jesus, influenciado ou inspirado pelo maligno ( Lc 22.3; Jo 13.27). Tocado pelo remorso, Judas procurou devolver o dinheiro aos captores de Jesus e enforcou-se. (Mt 27.5) -
judas o zelote
hebraico: Judas o Zeloso
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judas, não o iscariotes
João refere-se a um dos discípulos como “Judas, não o Iscariotes” (Jo 14.22). Não é fácil determinar a identidade desse homem.
O NT refere-se a diversos homens com o nome de Judas – Judas Iscariotes; Judas, irmão de Jesus (Mt 13.55; Mc 6.3); Judas, o galileu (At 5.37) e Judas, não o Iscariotes. Evidentemente, João desejava evitar confusão quando se referia a esse homem, especialmente porque o outro discípulo chamado Judas não gozava de boa fama.
Mateus e Marcos referem-se a esse homem como Tadeu (Mt 10.3; Mc 3.18). Lucas o menciona como “Judas, filho de Tiago” (Lc 6.16; At 1.13).
Não sabemos ao certo quem era o pai de Tadeu.
O Historiador Eusébio diz que Jesus uma vez enviou esse discípulo ao rei Abgar da Mesopotâmia a fim de orar pela sua cura. Segundo essa história, Judas foi a Abgar depois da ascensão de Jesus, e permaneceu para pregar em várias cidades da Mesopotâmia. Diz outra tradição que esse discípulo foi assassinado por mágicos na cidade de Suanir, na Pérsia. O mataram a pauladas e pedradas. -
judas-macabeu
Macabeu: Martelo
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judeia
latim: terra dos judeus
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judéia-judá
Estes nomes aplicam-se, algumas vezes, a toda a Palestina (At 28.21 – e talvez Lc 23.5), mas geralmente só à parte meridional do país. A extensão do território que coube a Judá acha-se descrita minuciosamente em Js 15. o limite norte do primitivo quinhão de Judá começava no lugar em que o Jordão entra no mar Morto, e daí para o ocidente, passando por Bete-Semes, até Jabneel perto de Ecrom, distante 16 km do Mediterrâneo. E a linha limítrofe toma depois a direção do sueste, quase em linha reta, correndo junto ao país dos filisteus, e pelos limites de Simeão até Cades-Barnéia, na orla do deserto. Ao oriente era limitada a tribo pelo mar Morto e montanhas de Seir na terra de Moabe. Mas depois da morte de Salomão a tribo de Benjamim fez aliança com a casa de Davi, ficando assim incorporadas as duas tribos. E por esta forma ficou Jerusalém dentro dos limites do novo reino, tornando-se uma cidade real g Sm 2.9). Parte de Simeão (1 Sm 27.6) e outra de Dã (2 Cr 11.10) foram também incluídas em Judá. Mais tarde foi aumentada essa área pela inclusão de parte de Efraim (2 Cr 13.19 – 15.8, e 17.2). o total do território achava-se dividido em quatro regiões, e tinha a extensão de quase 72 km do norte ao sul, sendo de 80 km a distância do oriente ao ocidente. Compreendiam estas regiões, a que se chamava o Sul, as terras de pastagens e os desertos da parte mais baixa da Palestina (Js 15.21). Esta última parte também se chamava o Deserto de Judá (Jz 1.16). Era de 37 o número de cidades, estando quase metade delas incluídas na tribo de Simeão (Js 19.1 a 9). A outra grande divisão era a planície ou terras baixas (Js 15.33), achando-se entre a região montanhosa do interior e o Mar – o seu nome próprio era Sefelá, o qual ainda se conserva. Era o país dos filisteus e o celeiro da Palestina. As fortalezas dos filisteus estavam na costa, edificadas sobre promontórios, dominando elas por um lado o mar, e pelo outro os fertilíssimos campos de trigos e as vinhas. os viajantes modernos ainda ficam maravilhados, contemplando a beleza e fertilidade do pais. Foi com a abundância desta rica terra que Salomão pagou a Hirão o seu auxilio na edificação do templo e do palácio real. Semelhantemente, nos tempos do N.T. era o povo de Tiro e de Sidom alimentado com os produtos desta região (At 12.20). Era grande a sua população, pois havia 42 cidades além das vilas. A terceira divisão de Judá abrangendo as terras montanhosas, era, politicamente falando, a maior e a mais importante. Nela estavam situadas as cidades de Jerusalém, Siquém e Hebrom, e mais 38 de menor importância, como se acham enumeradas em Js 15.48 a 60. Agora todo o onduloso território (não tão acidentado como o que fica ao norte de Jerusalém), está coberto de ruínas de cidades e fortificações – isso mostra que em certo tempo devia ter sido muito povoado. Ali se vêem arbustos e flores, onde não esteja plantada a oliveira e a videira. o quarto distrito, o ‘Deserto’, era aquela grande depressão entre a costa do mar Morto e a parte montanhosa. Compreendia principalmente as planícies do sul – embora com algumas cidades, era de pequena importância, comparado com a região montanhosa ou com a Sefelá. o ‘Deserto’, onde estiveram Jesus e João Batista, ficava superior a Jericó e ao longo do Jordão. Quando Josué e Eleazar dividiram a terra entre as tribos (Js 14.1, e 19.51), recebendo Judá a sua parte, foi certamente espinhosa a sua tarefa. Eles tinham já combatido os filisteus (Js 10.28 a 35), e haviam avançado até Hebrom (Js 10.36 a 39). Todavia, os filisteus nunca foram completamente suprimidos, conservando a posse de algumas cidades. A tribo de Judá porém, fixou-se firmemente na região montanhosa, onde os deixaram fixar a sua habitação sem serem incomodados. E mesmo quando os filisteus afligiam as tribos do norte e do centro, nada sofria Judá, embora tivesse mandado guerreiros para auxiliar Saul. (*veja Davi, e Saul.) Depois da morte de Saul foi este independente e hábil povo para Davi, e elegeu-o rei. Eles tinham a compreensão do seu valor, e estavam informados de quem era Davi (2 Sm 2.4 a 11): sabiam que havia nele as qualidades da vigorosa tribo, uma vontade independente, e ousadia de ação. E se em certas circunstâncias as outras tribos faziam reclamações, eles conservavam-se à distância, e escolhiam o seu rei para que governasse sobretudo o país. Mesmo quando era seu desejo operar de harmonia com os outros, não o faziam, se a oportunidade se não oferecia, não hesitando em proceder isolados. Foi esta sua independência de caráter, e a sua disposição para viverem separados dos outros a causa de os acusarem de algumas faltas, como a de quererem desprezar os seus irmãos das outras tribos (2 Sm 19.41 a 43). Quanto à lista das cidades de Judá, *veja Js 15.21 a 63. Nove das cidades foram distribuídas pelos sacerdotes (Js 21.9 a 19). os levitas não possuíam cidades nesta tribo, e nas outras não as tinham os sacerdotes. o caso somente da cidade de Belém parece duvidoso. (Jz 17.7,9 – 19.1). Depois que Davi fez de Jerusalém a sua capital, tornou-se Judá a parte principal de todo o país de israel, sendo sempre assim, até que houve a separação das dez tribos, no reinado de Roboão. Desde esse tempo foi ocupado o trono no espaço de quase quatrocentos anos por vinte reis, todos eles descendentes de Davi. Apenas uma vez aparece, durante o período dos reis, um caso de certa gravidade, que podia ter quebrado a linha de Davi. E isso foi quando Rezim, rei da Síria, e Peca, rei de israel, receando ser esmagados pela Assíria fizeram entre si uma aliança, à qual quiseram que pertencesse Acaz, rei de Judá. isaías, no cap. 7, mostra de um modo pitoresco o mau êxito daquele plano. Alguns dos reis de Judá são dignos de louvor, e são esses Asa, Josafá, Josias e Ezequias – outros, porém, foram ímpios e depravados, como Acaz, Manassés e Amom. Houve também alguns que, sendo recomendáveis por algumas de suas qualidades, cometeram graves faltas, contudo. Mas o plano divino não sofreu mudança alguma na longa preparação dos fatos para a vinda do Messias, como se mostra na real genealogia do primeiro capítulo de Mateus. É notável que,
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judeu
Esse termo, derivado de Judá, a princípio denotou o pertencente dessa tribo, vindo mais tarde a ser empregado em referência a todos os descendentes de Abraão. Outras designações são: israelitas e hebreus.
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judeus
A palavra judeu significava, primitivamente, um membro do reino de Judá (2 Rs 16.6 – 25.25 – Jr 34.9). Durante o cativeiro, e depois da volta para a Palestina, os israelitas que formaram o novo Estado eram, geralmente, conhecidos pelo nome de judeus. os outros membros da raça israelita, espalhados por todo o mundo, foram, no decorrer do tempo, chamados judeus, e a si próprios eles também davam esse nome (Et 3 – Dn 3.8 a 12). (*veja Dispersão, Hebreu, israelitas.) Entre as nações, onde fixaram a sua residência, foram eles principalmente notáveis pelo seu extremo exclusivismo. Crendo estar sob a especial proteção do Senhor, eles depressa recuperavam as suas forças, que perdiam nas diversas calamidades causadas pela sua desobediência aos preceitos divinos, retomando a sua antiga satisfação como povo escolhido. Com a queda da cidade de Jerusalém, e a destruição do templo, terminou a existência nacional dos judeus. Daí para o futuro eram eles estrangeiros entre outros povos. Mesmo muito antes da conquista, realizada por Tito, tinham-se espalhado por outras terras, onde formaram grandes e poderosas comunidades. Um certo número deles tinha ficado na Babilônia, depois da volta do cativeiro. No Egito e em Cirene habitavam quase em igual quantidade, e em Roma e em outras grandes cidades formavam grandes colônias. Quão largamente eles estavam dispersos, pode deduzir-se da lista dada por Lucas na sua narrativa a propósito dos acontecimentos no dia de Pentecoste (At 2.1 a 11). Com qualquer outro povo o resultado da sua dispersão teria sido o desaparecimento das suas particularidades nacionais, se não raciais, e também o serem absorvidos pelas nações nas quais foram habitar. Todavia, já se vão 2.000 anos, e nota-se que eles continuam em vida separada, obedecendo, porém, às leis dos diferentes povos, conformando-se com os seus costumes, e falando a sua língua. Conquanto tenham percorrido todas as nações, é ainda o hebraico a sua língua nacional, e a sua religião é ainda o antigo culto de israel. Através de todas as dificuldades, embora súditos de muitos Estados, a verdade é que um judeu permanece sempre judeu, e somente judeu. Foi este poder de resistência às influências exteriores que os habilitou a restaurar o Sinédrio, passados alguns anos depois da total destruição de Jerusalém. Em duas gerações, com a maravilhosa vitalidade”, que sempre os distinguiu, puderam os judeus ‘recuperar em grande extensão os seus números, a sua riqueza, e o seu espírito indomável’. E é-nos fácil agora compreender como o tesouro do templo, tantas vezes arrebatado, era tão depressa substituído. Quando chegava às comunidades estrangeiras dos judeus a notícia de qualquer nova desgraça, eram por eles mandado dinheiro e homens a Jerusalém para o serviço do templo, e também para ser restabelecido o saqueado tesouro. As calamidades e misérias, que os judeus têm suportado, não podem talvez, comparar-se com os infortúnios de qualquer outra nação. o nosso Salvador chorou quando previu a rapina, o assassinato, o fogo, a pestilência, e outros horrores, que estavam para atormentar o povo escolhido. Quase todos os judeus modernos são fariseus na doutrina, embora eles não se chamem assim – e acham-se tão ligados à lei tradicional (isto é, oral), como o eram os seus antepassados. Eles nutrem um ódio implacável aos caraítas (uma seita dos Escrituristas), que aderem ao texto de Moisés, rejeitando as interpretações dos rabinos. Não há saduceus declarados, mas as doutrinas de muitos judeus ‘reformados’ não são dessemelhantes. Quanto aos samaritanos ainda restam cerca de 200, principalmente em Nablus.
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judi
hebraico: louvor do Senhor
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judite
louvada
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jugo
1) peça de madeira, em geral pesada, criada para encaixar-se por cima ao pescoço de dois animais (em geral dois bois) e ligada a um arado ou a um carro. 2) Figura da escravidão e da opressão (1Rs 12.4); ao contrário do “jugo” pesado da lei (Gl 5.1), o jugo de Jesus é fácil de suportar (Mt 11.29,30).
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juiz
Em tempos primitivos, e quando osisraelitas estavam ainda no Egito, tinham eles as suas próprias leis, que os anciãos faziam cumprir. Teve Moisés as suas mais antigas comunicações com o povo por meio dos anciãos (Êx 4.29), que sem dúvida eram chefes de tribos ou de famílias dos israelitas (Dt 29.10 – Js 23.2), sendo esse um sistema por muito tempo em voga, e existindo ainda, em paralelo com outros, no tempo de Davi (Nm 7.2,10 – Js 22.14). os primeiros magistrados regulares foram nomeados por conselho de Jetro (Êx 18.14 a 26), tendo este observado que a força de um só homem não era proporcional à tarefa de julgar uma nação inteira. A escolha dos juizes recaiu em indivíduos dotados de bom caráter, e que ao mesmo tempo ocupavam na sua tribo um lugar de consideração (Dt 1.15,16). Foi reconhecida nessa eleição a lei de primogenitura, sendo provada a outros respeitos a sua capacidade, e além disso deviam os eleitos, ser chefes de tribos, ou de famílias. Estes juizes tinham a seu cargo tratar de casos civis e criminais, excetuando-se aqueles que eram de maior importância. Quanto à própria Lei, era ela ensinada pelos levitas, que de certo modo vieram a ser os jurisconsultos do povo. Não sabemos como eram nomeados estes juizes, a maneira de sua sucessão, e quais os seus particulares poderes, mas é evidente que possuíam considerável autoridade, e que, no cumprimento da sua missão podiam os negócios públicos prosseguir sem haver rei, ou tribunal supremo, ou qualquer corpo legislativo. Havia, também, um conselho de setenta membros para auxiliar Moisés, mas essa instituição não era ao princípio um tribunal judicial (Nm 11.24,25). Foi depois do cativeiro na Babilônia que esse conselho, com o nome de Sinédrio, governava a nação. (*veja Sinédrio. ) Além do sumo sacerdote, o governador eclesiástico, por meio do qual tinha o povo comunicação com a Divindade, havia um supremo magistrado para os negócios civis, ao qual até a primeira autoridade sacerdotal estava subordinada. Foi Moisés o primeiro desses magistrados civis, e depois Josué (Nm 27.18). Em lugar inferior, os anciãos que formavam o seu conselho exerciam o governo. Depois da morte de Josué e dos anciãos, a quem ele tinha nomeado, veio uma situação anárquica, em que não havia obediência aos mandamentos divinos (Jz 2.12 a 15). E em conseqüência disso certas pessoas eram escolhidas por intervenção divina, para governarem a nação como juizes ou libertadores. (*veja Juízes, Livro dos.) Não tinham o poder de fazer novas leis, mas somente o de julgarem em conformidade com a lei de Moisés. Havia neles, também, o poder executivo, embora a sua jurisdição se estendesse somente algumas vezes a certa parte do país. Não tinham estipêndio estabelecido, mas o povo estava acostumado a levar-lhes presentes, ou oferendas. Esta forma de governo durou desde a morte de Josué até à escolha de Saul para ser rei, compreendendo um espaço de 460 anos. Foi Samuel o mais notável dos juizes, parecendo que na última parte da sua vida ele se limitava a exercer principalmente a missão de profeta. Sendo Saul rei, terminou a forma teocrática de governo (1 Sm 8.7). A pessoa do juiz era considerada santa e sagrada, de modo que consultá-lo era o mesmo que ‘consultar a Deus’ (Êx 18.15). Era ele divinamente dirigido, não temendo então a face de ninguém, ‘porque o juízo é de Deus’ (Dt 1.17,18 – cf. Sl 82). Além dos juizes supremos, havia os anciãos da cidade. Cada cidade do país tinha os seus anciãos, que constituíam um tribunal de justiça, com o poder de resolver as pequenas causas da localidade (Dt 16.18). Para juizes de menor responsabilidade eram escolhidos indivíduos de mais idade ou levitas, ou chefes de família, ou mesmo aqueles cujas riquezas os punham em situação de não serem tentados nos seus julgamentos, porque os hebreus eram sensíveis com respeito à administração da justiça. Estes juizes locais eram chamados ‘príncipes’, se pertenciam às classes superiores, e ‘anciãos’, se eram das classes inferiores (Êx 2.14 – Jz 8.14 – Ed 10.8 – Jó 29.9). Havia certos chefes de família para os auxiliarem, indivíduos que eram reconhecidos como cabeças entre os seus. Eram estes os juizes, que se sentavam às portas das cidades, homens de reconhecida influência e juízo (Jz 8.14,15). (*veja Boaz, Rute. ) Além disto, por todas as tribos estavam espalhados os levitas, de maneira que poucas eram as povoações que se achavam muito distantes de uma cidade levítica. Por costume, eram os juizes escolhidos entre os membros da tribo de Levi, pelo fato de serem homens muito versados na lei (2 Cr 19.5 a 11 – e 35.3). Ainda que se podia apelar em última instância para o sumo sacerdote (Dt 17.12), tal apelação, contudo, era raras vezes feita, certamente porque ele não gostava de proceder na qualidade de juiz. Sabe-se que, quando faziam uma petição ao rei, era no sentido de que precisavam do seu ‘juízo’, e não do seu auxílio contra os adversários (1 Sm 8.5,20). os principais juizes foram quinze: otniel, Eúde, Sangar, Débora e Baraque, Gideão, Abimeleque, Tola, Jair, Jefté, ibsã, Elom, Abdom, Sansão, Eli, e Samuel. Depois do governo dos juizes, veio o dos reis até ao tempo do cativeiro de Babilônia. Depois do cativeiro, Esdras nomeou duas classes de juizes (Ed 7.25) – mas os casos mais difíceis eram levados ao sumo sacerdote para serem resolvidos – e isto foi assim até que foi instituído o Sinédrio, o grande conselho. Este conselho supremo constava de setenta pessoas, havendo um presidente e um vice-presidente. Desde o tempo de Herodes, o cargo de presidente desse supremo tribunal era distinto do de sumo sacerdote, vindo a ser um lugar de considerável importância.
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juizes
livro da Bíblia que narra o período dos juizes
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juizes (livro dos)
A autoria e DATA deste livro não podem ser conhecidas com certeza. Segundo uma antiga tradição judaica, foi Samuel quem o escreveu, e isto não parece ser impossível. Certamente foi escrito antes dos acontecimentos narrados em 2 Sm 5.6 a 9. (*veja Jz 1.21.) Todavia, pelas expressões usadas em 17.6 – 18.1 – 19.1, e 21.25, concluem alguns críticos que o livro é obra de um partidário apaixonado da monarquia, que não parece ter vivido quando o governo real tinha degenerado extraordinariamente. Por isso é possível que tenha sido escrito no reinado de Davi ou de Salomão, podendo ter sido os seus autores os profetas Natã e Gade. A cronologia do livro tem sido muito discutida. As principais datas são as seguintes: l. Afirma-se em 1 Rs 6.1 que a edificação do templo foi iniciada por Salomão ‘no ano 480, depois de saírem os filhos de israel do Egito’. 2. o juiz Jefté declara (Jz 11.26) que israel habitou 300 anos (certamente um número redondo) em Hesbom e no território de além- Jordão. Veio depois a opressão dos filisteus por 40 anos (13.1), estando incluído, provavelmente, neste período de tempo o juizado de Sansão (20 anos, 15.20). E deste modo temos uma totalidade de 390 anos, entre a opressão de Cusã-Risataim e a morte de Sansão. A tomada da arca, que foi causa da morte de Eli, foi evidentemente antes das principais proezas de Sansão contra o poder da Filístia, e por isso os primeiros caps. do primeiro livro de Samuel, devem colocar-se antes de Jz 15.16. 4. o apóstolo Paulo (At 13.20), em conformidade ao texto aceito especifica ter sido de quase 450 anos o período dos juizes. Mas esta versão é duvidosa. Segundo alguns críticos, as genealogias mostram que o período dos juizes é muito mais curto do que geralmente se supõe. E dizem: entre Naasom, um príncipe da casa de Judá, quando os israelitas entraram na terra de Canaã, e Davi, seu descendente, só quatro nomes são dados (Salmom, Boaz, obede, Jessé). ora estes, seja qual for a maneira de contar, haviam de tomar um espaço demasiadamente pequeno – e deve ter havido omissões, o que faz que as tábuas genealógicas sejam em si mesmas um guia insuficiente. os assuntos do livro dos Juízes: i. Uma descrição das diversas guerras, que contra os cananeus foram sustentadas depois da morte de Josué – e vem depois um esboço dos acontecimentos durante o tempo do juizes, constituindo isto uma introdução às narrativas que se seguem (1 a 3.4). ii. os israelitas são oprimidos por seus inimigos, e são libertados pelos juízes. Compreende esta parte do livro: a sujeição aos reis da Mesopotâmia e de Moabe, e o seu livramento pela ação de otniel e de Eúde – a libertação das tribos ocidentais, sendo Sangar o juiz (3.5 a 31) – as do norte oprimidas por Jabim, rei de Canaã, sendo os israelitas defendidos por Débora e Baraque (4.5) – são libertadas as tribos setentrionais e orientais, que saíram do jugo dos midianitas pelo valor de Gideão (6 a 9) – os governos de Tola e Jair – o libertamento de israel, sendo Jefté o juiz que os livrou do poder dos amonitas – e os governos de ibsã, Elom, e Abdom (10 a 12) – a sujeição dos israelitas aos filisteus, sendo Sansão o seu libertador (13 a 16). E terminam as narrativas regulares. iii. Um apêndice que, provavelmente, foi composto em DATA posterior, pormenorizando fatos que aconteceram não muito depois da morte de Josué, e por conseqüência num tempo anterior à maior parte da história dos juizes. Trata-se de uma narrativa que diz respeito à introdução da idolatria entre os israelitas, e à conseqüente corrupção e castigo deste povo. Por exemplo: o caso dos ídolos de Mica, que foram roubados pelos daneus (17,18) – e o brutal ultraje, cometido pelos homens de Gibeá, de que resultou uma terrível guerra civil, na qual foi quase destruída a tribo de Benjamim (19 a 21). São freqüentes no A.T. as alusões a acontecimentos do tempo dos juizes, e encontram-se, por exemplo, em 1 Sm 12.9 a 11 – e 2 Sm 11.21 – e Sl 78.56 – 83.9 a 11 – 106.34 a 45 – is 9.4. No N.T. as principais referências acham-se em At 13.20, e Hb 11.32 e seg.
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juizo, dia do
Em S. Mateus (25.31 e seg.) o julgamento dos homens não atinge somente os discípulos declarados de Jesus Cristo, mas ‘todas as nações’. o termo é geralmente empregado nas Escrituras para descrever o julgamento dos gentios – é, então, universal. E parece ser uma referência especial a fatos da vida cristã. Aqueles que mereceram as palavras de Jesus ‘vinde benditos de meu Pai’ não sabiam que haviam servido a Cristo, mas o Espírito Santo lhes tinha inspirado atos de beneficência e de caridade (At 16.31 – 1 Co 15.24 a 26: 1 Ts 4.14 a 17). É referindo-se ao dia do juízo que S. Pedro diz: ‘ora, os céus que agora existem e a terra, pela mesma palavra têm sido entesourados para o fogo, estando reservados para o dia do juízo e destruição dos homens ímpios’ (2 Pe 3.7). o tempo fixado pelo Apóstolo para a destruição dos céus e da terra pelo fogo, isto é, o dia do juízo e castigo dos ímpios, mostra que ele não tem em vista apenas uma cidade ou nação, como alguns têm pensado, mas a própria terra, com todos os maus que nela têm vivido. Um ‘juízo universal’ se crê ser requerido pela justiça de Deus (2 Ts 1.6,7) – e é sugerido pelas acusações da consciência natural (Dn 5.6 – At 24.25 – Rm 2.1 a 15) – pela relação que há entre o homem e Deus, entre a criatura e o Criador (Rm 14.12) – e pela ressurreição de Jesus Cristo (At 17.31 – Rm 14.9). Acha-se claramente indicado nas Santas Escrituras (Mt 25 – At 24.25 – Rm 2.1 a 16 – 3.6 – 14.10,11 – 2 Co 5.10 – 1 Ts 4.16,17 – 2 Ts 1.7,10 – Jd 14,15). o tempo do juízo será depois da ressurreição, segundo se lê em 2 Tm 4.1, e Hb 6.2. Há um dia determinado (At 17.31), mas que não é conhecido dos homens (2 Ts 2.1 a 14). Quanto ao modo de se efetuar, começará o juízo pela abertura de certos livros (Ap 20.12). Entre esses se tornará patente o livro das memórias do Senhor (Ml 3.16) – o livro da consciência (Rm 2.15) – e o livro da Vida, em que os nomes dos justificados se acham escritos (Lc 10.20 – Ap 3.5 – 20.12,15). Quanto ao Juiz, declaram as Sagradas Escrituras que Deus julgará o mundo por meio de Jesus Cristo (At 17.31). Deus trino será o Juiz, tendo em consideração a autoridade original, o poder e o direito de julgamento, mas a obra é destinada ao Filho (Rm 14.9,10) – que aparecerá na Sua natureza humana (Jo 5.27 – At 17.31), com grande poder e glória (1 Ts 4.16,17). Será, então, invisível a todos, e descobrirá os segredos dos corações (1 Co 4.5). Terá plena autoridade sobre todos (Mt 28.18), e com reta justiça procederá (2 Tm 4.8). É este dia a grande esperança do cristão, porque então será ressuscitado, ficando completa a obra de redenção. (*veja Vinda de Cristo, Segunda.) juízos DE DEUS. os juízos do Altíssimo são os castigos que os homens recebem pelos seus crimes particulares (Gn l.19 a 24 – Êx 14 – At 12.23, etc.). Todavia, é preciso não ir longe nas nossas deduções, tratando-se de acontecimentos como a queda da torre de Siloé (Lc 13.4). Além disso, os julgamentos precipitados são proibidos (Mt 7.1 – 1 Co 4.5). o ‘juízo’ a que se faz referência em Mt 5.22, era o de um tribunal local, constando, segundo a tradição rabínica, de vinte e três juizes.
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julia
latim: macia, feminino de Júlio
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juliana
Aquela que é brilhante, cheia de juventude
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juliane
Aquela que é brilhante, cheia de juventude
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juliano
Aquele que é brilhante e cheio de juventude
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julieta
Diminutivo de Júlia, aquela que é brilhante, cheia de juventude
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julio
latim: macio, grego: de cabelos macio
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jumento
A freqüência com que se menciona na Bíblia o jumento mostra o grande uso que desse animal se fazia em todos os tempos, nas terras de que trata a Bíblia. As referências a este animal podem, ultimamente, formar cinco grupos, em conformidade com os nomes hebraicos das diferentes espécies no original. l. o primeiro é o clamor, o nome ordinário do burro doméstico, macho ou fêmea, porém mais propriamente o macho. Nos países orientais é o burro um animal de mais valor do que entre nós – é mais corpulento, e se tem com ele todo o cuidado. Pode fazer uma jornada de um dia, andando a meio galope, e tem uma maneira viva e fogosa de caminhar. A raça é cuidadosamente selecionada, valendo 40 libras (entre 500 e 600 cruzeiros) um burro da Síria, quando tenha sido bem tratado. A cor e as marcas do burro doméstico são quase as mesmas por toda a parte, sendo a cor parda a mais geral. Há, contudo, na Síria uma variedade de jumentos brancos, de grande preço pela sua beleza, embora essa espécie seja de feição delicada. Somente reis e pessoas ricas montavam sobre este animal, que principalmente se criava nas cercanias de Bagdá e Damasco. Débora e Baraque dirigem-se aos poderosos de israel, dizendo-lhes: ‘vós os que cavalgais jumentas brancas’ (Jz 5.10). Entre os judeus montavam jumentos as pessoas de mais honra. os jumentos são também empregados na cultura das terras, e para transportarem cargas. Abraão foi num jumento desde Berseba até ao monte Moriá (Gn 22.3). *veja também Jz 10.4 a 12.14. As mulheres também montavam em jumentos. Acsa e Abigail são particularmente mencionadas, como passeando ou viajando assim (Jz 1.14 e 1 Sm 25.20). Ainda que o jumento era considerado animal de importância, não era empregado na alimentação, a não ser em tempo de fome (2 Rs 6.25), pois pertencia ao número dos animais imundos pela lei de Moisés, visto como não remói e tem casco inteiro. 2. A segunda palavra, athon, é sempre traduzida por mula ou jumenta. Balaão ia montado sobre uma jumenta (Nm 2L23) – a abastada sunamita albardou a sua jumenta para ir procurar o profeta Eliseu (2 Rs 4.24) – Saul andava em busca das jumentas de Quis (1 Sm 9.3) – e Jedias tinha a seu cuidado as jumentas de Davi (1 Cr 27.30). Eram mais valiosas do que os jumentos, e sabemos que parte da riqueza de Jó constava de mil jumentas (Jó 42.12). 3. o terceiro termo, aiir, significava sempre um jumento novo, freqüentemente usado para passeio (Jz 10.4 e 12.14). o nosso Salvador fez a sua entrada triunfal em Jerusalém montado sobre uma jumenta, vindo um jumentinho com ela. o animal escolhido não o foi por ser o tipo da mansidão, como geralmente se supõe, mas sim por ser considerado em certa elevação, e julgado, por isso, próprio para levar o Rei de israel (Mt 21.2,5,7). 4.5. o quarto e quinto termos, pere e arod, são invariavelmente aplicados ao jumento selvagem , ainda que provavelmente se achem indicadas duas espécies diferentes (Jó 39.5 – Sl 104.11 – is 32.14 – Jr 2.24 – Dn 5.21 – os 8.9). o burro selvagem já se não encontra na Palestina ou no monte Sinai, mas, pela freqüente menção que dele se faz no A.T., deve ter havido abundância desses animais naqueles tempos antigos. Todos os jumentos selvagem s são velozes corredores, e vagueiam sobre largas áreas à procura de pastagem.
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junco
Planta herbácea que se usa para fazer móveis
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junias
grego: moca jovem
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junípero
Árvore; Juniperus Chinesis – Família das cupressácias. Origem: Ásia (China). Porte: árvore de 15 metros. Também possui uma outra espécie, que pode ser conhecido como Zimbro, mas aí é chamado de Juniperus Communis. Nesse caso junípero é um pinheiro nativo do norte da Europa, de regiões bem frias. É uma arbórea de pequeno porte, de tronco ereto e lignificado. Suas folhas são de coloração verde escuro, formando uma escama, parecida com as folhas da araucária. Seus frutos são verdes inicialmente, e à medida que vai amadurecendo vai se modificando para uma coloração anil, chegando até a cor preta. Este processo de amadurecimento pode chegar até três anos. O nome de zimbro, tem origem indo-européia, significando “junco”. Já o nome junípero, deriva da palavra holandesa genever, que acabou dando origem à palavra gin (a bebida).
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junta
Ponto de junção e reunião, juntura, articulação.
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juntas
Parelha; par de alguns animais; casal
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júpiter
Brilhante. o deus supremo da mitologia romana (em grego, Zeus), que o povo de Listra supunha ter descido do céu na pessoa de Barnabé (At 14.12). Na mesma ocasião pensou aquela gente que Paulo era Mercúrio (em grego Hermes) pela sua eloquência.
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juramento
o uso do juramento é freqüente nos pactos e confederações solenes. No A.T. este uso era reconhecido pela Lei (Êx 20.7 – Lv 19.12) – aparece nas promessas do próprio Deus (Gn 26.3) – usa-se nas convenções entre o rei e seus súditos (1 Rs 2.43), entre patriarca e povo (Gn 50.25), entre senhor e servo (Gn 24.2 a 9) – entre povo e povo (Js 9.20), entre indivíduo e indivíduo (Rt 1.17) – e é empregado nas promessas feitas a Deus (Gn 14.22,23). Encontram-se na Bíblia muitas formas de juramento, sendo esta a mais usual: ‘assim Deus me faça e outro tanto’ com as suas variações (1 Sm 3.17 – 1 Rs 2.23). Uma maneira de fazer juramento está escrita em Gn 24.2 a 9. o método mais usual consistia em levantar a mão direita para o céu (Gn 14.22 – cp com Sl 106.26). No N.T. as palavras de Jesus Cristo em S. Mateus (5.33 a 37) não são contra os juramentos judiciais, mas, sim, contra o uso profano e negligente de fazer juramento nos simples casos da vida temporal (*veja também 23.16 a 22 – Tg 5.12). o próprio Jesus, quando foi interrogado, respondeu sob esconjuração (Mt 26.63,64 – Mc 14.62). Expressões da natureza de juramentos se acham nas epístolas de S. Paulo (Rm 1.9 – 1 Co 15.31 – 2 Co 1.18 – Gl 1.20).
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jurisdição
Poder atribuído a uma autoridade para fazer cumprir determinada categoria de leis.
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jusabe-hesede
hebraico: voltou a misericórdia ou regresso da bondade
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justiça
Cumprimento das exigências de um relacionamento correto com ele, apagando a culpa deles e lhes creditando justiça (Rm 3.21,22), ajudando-os assim a dedicar-se em prol daquilo que ele declara justo (Rm 6.11-13).
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justificação
A justificação acha-se ligada a importantíssima questão de se saber ‘como pode o homem ser justo para com Deus?’ Por três vezes se faz uma tal pergunta no Livro de Jó (4.17 – 9.2 – 25.4 – cp com 15.14). Sinceros israelitas sentiram a opressão da idéia (Sl 143.2 – Mq 6.6). Em todo o ritual mosaico esse sentimento se manifesta, bem como no ritual e cerimonial do paganismo. o primeiro lugar da Bíblia, onde se sugere a verdadeira solução do problema, encontra-se em Gn 15.1 a 6, pois aí, pela primeira vez, se fala da ‘justiça’ e da ‘crença’. A palavra de Deus, se diz no vers. 1, veio a Abraão, porque foi grande a confiança deste na revelação divina, sendo a justiça a conseqüência. Esta passagem é, em alguns casos a chave para as diversas referências que em outros lugares da Bíblia as encontram com respeito à justiça e fé. A mesma idéia da justificação pela confiança em Deus se apresenta em Sl 32.1,2 e Hc 2.4 – mas de um modo mais claro se acha a doutrina da justificação nas páginas do Novo Testamento. A justificação diz particularmente respeito à nossa verdadeira relação com Deus, não se tendo em vista a condição espiritual, mas a situação judicial. Esta verdadeira comunhão com Deus foi comprometida pelo pecado, de que resultou a culpa, a condenação e a separação. A justificação compreende o ressurgimento dessa comunhão, sendo removida a condenação pelo perdão, a culpa pela justiça, e a separação pela boa vontade. A justificação significa realmente a reintegração do homem, na sua verdadeira relação com Deus. É, então, considerado como justo, aceito perante Deus como reto com respeito à lei divina, sendo, portanto, restaurada a sua primitiva posição. E deste modo a justificação é muito mais do que o perdão, embora o perdão seja, necessariamente, uma parte da justificação. As duas idéias se acham distintas em At 13.38,39. o perdão é apenas negativo, sendo dado para ser removida a condenação, ao passo que a justificação é também positiva, trazendo a remoção da culpa e a concessão das boas relações com Deus. o perdão é apenas um ato de misericórdia divina, repetindo-se esse ato sucessivamente por toda a nossa vida cristã. A justificação é completa, nunca é repetida, e abrange o passado, presente e futuro da nossa vida. ‘Quem já se banhou (justificação), não necessita de lavar senão os pés (perdão)’ (Jo 13.10). Também a justificação se deve distinguir da santificação, que geralmente se compreende na significação ‘de ser feito santo’. Ainda que justificação e santificação sejam estados inseparáveis na experiência da vida, devem, contudo, claramente distinguir-se no pensamento. A justificação diz respeito à nossa situação espiritual – e a santificação à nossa espiritual condição. Aquela está em conexão com o nosso estado para com Deus, e esta com o amor que Lhe devemos: uma trata da nossa aceitação, a outra da nossa qualidade de aceitáveis – uma é o fundamento da paz, Cristo por nós – a outra é o fundamento da nossa pureza, Cristo em nós. A base da nossa justificação é a obra redentora de nosso Senhor Jesus Cristo. ‘Àquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós, para que nele fôssemos feitos justiça de Deus’ (2 Co 5.21). ‘Por meio dele todo o que crê é justificado’ (At 13.39). Por conseqüência, é pela obra de Cristo, e não pelas nossa próprias obras ou méritos, que nós somos justificados. o homem tem sempre procurado estabelecer a sua própria justiça, mas o mau êxito tem sido o resultado, em todos os tempos, pois é manifesta a sua incapacidade, tanto para apagar o passado, como para garantir o futuro. ‘Pela graça sois salvos,… e isto não vem … de obras, para que ninguém se glorie’ (Ef 2.8,9). A justificação é alcançada pela fé. ‘Todo o que crê é justificado’ (At 13.39) – ‘Justificados, pois, mediante a fé’ (Rm 5.1). A confiança faz sempre supor que dependemos de alguém que nos está superior – é o reconhecimento da nossa própria incapacidade, e do poder de algum outro ser. A fé une-nos a Cristo, e essa união é a única resposta que se pode dar à revelação de Deus. É a renúncia de nós próprios, e a crença no Salvador. Descansamos em Jesus os nossos corações e aceitamos a Sua perfeita justiça. A grande verdade da justificação, pela fé em Cristo, é de supremo valor para a vida espiritual e serviço de Deus. Ela é a base da paz espiritual (Rm 5.1). É o fundamento da liberdade espiritual, ficando nós livres da escravidão do pecado, e sendo assim levados à própria presença de Deus. É a garantia da santidade, porque traz aos nossos corações o poder do Espírito Santo. É, também, a inspiração de toda a obra boa, visto como a alma, livre de toda a ansiedade a respeito da sua salvação, fica livre para trabalhar na salvação dos outros. Não há contradição entre S. Paulo e S. Tiago sobre esta doutrina da justificação, embora ambas as epístolas se refiram a Abraão para exemplo. Paulo, em Rm 4, trata de Abraão a respeito do que está descrito em Gn 15 – Tiago trata do mesmo patriarca, em relação ao fato narrado no cap. 22 do mesmo livro, o que aconteceu vinte e cinco anos depois. Mas durante este espaço de tempo foi Abraão um homem justificado pela fé (Gn 15.6), e quando chegou o tempo da grande prova (Gn 22), manifestou, então, a sua fé pelas obras. Quando Paulo escreveu teve em vista os não-cristãos, e faz uso do cap. 15 de Gn para provar a necessidade da fé, e mostrar que obras são as que vêm da fé. Tiago, porém, dirige-se aos cristãos, e usa o cap. 22 de Gn para provar as necessidades das obras, e fazer ver que a fé deve ser provada pelas obras. Paulo está tratando o assunto do ponto de vista legalístico, e contra todo o mérito humano – Tiago discorre com espirito antinômico e contra a simples ortodoxia intelectual. Um faz realçar a base da justificação, o outro a prova. Como diz Arnot, Paulo e Tiago não são dois soldados de exércitos diferentes, combatendo um contra o outro, mas sim dois combatentes do mesmo exército, lutando, costa com costa, contra inimigos que vêm de direções opostas.
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justificar
Apagar os pecados de alguém; declarar justo.
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justina
Aquela que faz valer justiça
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justo
Reto. 1. o sobrenome de José, também chamado Barsabás, que foi nomeado para suceder como apóstolo a Judas iscariotes (At 1.23). 2. Um crente de Corinto, hospedeiro de Paulo (At 18.7). 3. Um cristão romano, judeu, que estava com Paulo, quando este escreveu a sua epístola à igreja de Colossos, e a quem o Apóstolo chamou cooperador (C14.11). o seu primeiro nome era Jesus.
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juta
hebraico: estendido, extenso ou inclinado
K
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kabzeel
hebraico: Deus ajuntou
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kadmiel
hebraico: eternidade de Deus
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kadoshi
Palavra de origem hebraica que significa santo, separado.
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kaled
Aquele que é imortal
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kalei
hebraico: pouco estimado, ou Deus e luz
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kalil
Amigo íntimo
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kalypto
O verbo grego kalýpto significa “cobrir”, “esconder”, “ocultar”, “velar”. Neste sentido ele é usado, por exemplo, em Lc 23,30 ou 2Cor 4,3. Aqui, Paulo diz: “Por conseguinte, se o nosso evangelho permanece velado (kekalymménon) está velado (kekalymménon) para aqueles que se perdem…”.
Na LXX, kalypto é usado no mesmo sentido em Ex 24,15;27,2; Nm 9,15; 1Rs 19,13 e em muitos outros lugares. Ex 24,14 diz: “Depois, Moisés e Josué subiram à montanha. A nuvem cobriu (ekálypsen) a montanha”. Nm 9,15 diz: “No dia em que foi levantada a Habitação, a Nuvem cobriu (ekálypsen) a Habitação, ou seja, a Tenda da Reunião…”. O verbo hebraico assim traduzido é khâsah, “cobrir”, “ocultar”
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karen
Aquela que tem graça, delicadeza
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karin
Aquela que tem graça, delicadeza
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karina
Aquela que tem graça, delicadeza
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karine
Aquela que tem graça, delicadeza
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kathia
Aquela que é nobre, pura e imaculada
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katia
Aquela que é nobre, pura e imaculada
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keará
Lit. “prato”; bandeja, travessa ou toalha sobre a qual são colocadas as três matsot e os seis ingredientes que serão utilizados durante o sêder.
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kedar
Negro
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keila
hebraico: fortaleza
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kemuel
hebraico: congregação de Deus
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kénosis
Termo grego que significa “esvaziamento, despojamento, aniquilamento”. São Paulo emprega-o em Fl 2,7 para expressar o abaixamento ou despojamento da Segunda pessoa da Trindade ao fazer-se homem: “Cristo, sendo de condição divina…, aniquilou-se a si mesmo e assumiu a condição de escravo…”(cf. Fl 2,6-8). Não significa que deixou de ser Deus, mas que assumiu a condição humana em toda sua fraqueza, incluída a morte.
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kerem-hapuque
hebraico: brilho de cores
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kesia
hebraico: canela
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ketura
hebraico: incenso, perfume
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kfar chabad
Cidade Chabad em Israel.
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kidush
“Santificação”; bênção recitada sobre uma taça de vinho que proclama a santidade do Shabat ou festa judaica.
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kidush hashem
Ato de santificar o nome de D-us.
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kir
hebraico: um muro, fortaleza
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kislêv
Nono mês do calendário judaico.
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koinonia
Do original Grego que significa comunhão. É uma expressão muito usada na igreja entre os cristãos, que quer dizer: participação, companheirismo, comunicação, ter em comum, compartilhar.
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kolaias
hebraico: a voz do Senhor
L
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laada
hebraico: posto em ordem
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laade
hebraico: opressão
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laai-roi
hebraico: poço do que vive
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laama
hebraico: lugar de luz
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laamas
hebraico: lugar de luz
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laba
hebraico: branco, limpo
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labão
branco
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labão e labã
Branco. l. Era irmão de Rebeca, mulher de isaque. Como era pai de Lia e Raquel, vinham, portanto, estas a ser primas de Jacó. E com este seu primo casaram as filhas de Labão. o tio de Jacó tinha tomado uma parte proeminente nos desponsórios da sua irmã com isaque (Gn 24.10, 29 a 60; 27.43; 29.5). Era homem astuto e cobiçoso, como se depreende principalmente das suas relações com Jacó e do que aconteceu com o casamento de Lia e Raquel (Gn 29 e 30). (*veja Jacó, Jegar-Saaduta.) 2. Lugar nas vizinhanças de um acampamento israelita, talvez o mesmo que Libna 2 (Dt 1.1).
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labor
Trabalho
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lacum
hebraico: obstrução
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lada
hebraico: ordem
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ladrar
Proferir com violência: Ladrar maldições, pragas etc.
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ladrões (os dois)
Aqueles homens, que apareceram na cena da crucificação, não eram simples ladrões, mas salteadores ou bandidos, fazendo parte dos terríveis bandos que infestavam a Palestina nesse tempo. A parábola do Bom Samaritano nos mostra como era comum serem por eles atacados e roubados os viajantes, mesmo na grande estrada que ia de Jerusalém a Jericó (Lc 10.30). Era necessário empregar a força armada para os acometer (Lc 22.52). Muitas vezes, como no caso de Barrabás, a vida desses turbulentos salteadores estava em conexão com um zelo fanático pela liberdade, sendo transformado o saque numa popular insurreição (Mc 15.7). Para crimes desta espécie era a crucificação a pena aplicada.
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lael
hebraico: consagrado a Deus
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lagar
Grande tonel ou tanque em que várias pessoas podiam trabalhar juntas pisando as uvas. Com isso espremiam o suco, que então era coletado em vasilhames.
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lagar de vinho
Cada vinha tinha o seu próprio lagar de vinho, que em geral era uma cisterna feita na rocha, com cerca de 2,40m de comprimento por 1,50m de largura. Tinha em baixo uma abertura, donde corria o mosto para uma cuba que ficava mais baixa. Estas duas partes se distinguem claramente em Jl 3.13. Toda a adega tinha uma cobertura de colmo, de cujos barrotes estavam suspensas umas cordas, nas quais se seguravam os operários, que de corpo nu pisavam as uvas, que dos cestos eram lançadas para os balseiros. o trabalho de pisar as uvas era violento mas dava alegria aos trabalhadores, que no seu afã iam cantando, havendo também o toque de instrumentos musicais (is 16.9 – Jr 25.30 – 48.32,33). Em sentido figurado, a vindima, o rebusco, e o pisar das uvas significavam fortes batalhas e grandes violências(is 17.6 -63.1 a 3 – Jr 49.9 – Lm 1.15). (*veja Vinha.)
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lagarto
os lagartos achavam-se incluídos entre os animais impuros que rastejam pela terra: eram proibidos na alimentação (Lv 11.30). Há abundância deles na Palestina.
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lago de fogo
No sentido literal, o lago de fogo só existirá após o período dos mil anos. Isto é muito claro nas Escrituras:
“Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo”. (Apocalipse 20:14 RA).
Leia o contexto da passagem e verá que tal lago de fogo será “após o período dos mil anos” que passaremos no céu, e não antes disto. Quando a Bíblia usa a palavra inferno no sentido de fogo o faz referindo-se ao lago de fogo no fim; e este lago, não será eterno.
Deve-se ressaltar também que este texto diz que a morte e o inferno serão lançados no lago de fogo. Se tomarmos este texto como sendo literal, teremos de admitir que a morte é alguém e que Deus irá lançar fogo dentro do fogo (pois diz que o inferno será lançado no lago de fogo); tal seria um disparate.
“Ao mesmo tempo em que é evidente que os ímpios sofrerão uma terrível sorte, com punição e tormento correspondentes a sua culpa, também é certo que haverá um fim do pecado e pecadores. Um inferno ardendo eternamente cheio de criaturas histéricas, que blasfemam, e incessantemente atormentadas seria uma perpetuação e não um fim ao pecado e ao sofrimento. Em vez de pôr fim à tragédia humana, seria uma terrível perpetuação e aumento dela, sem finalidade e sem propósito”[4].
O sofrimento de alguns pecadores ao queimarem sem dúvida durará um período de vários dias e noites (Ap 20:10), porque cada pessoa ímpia será recompensada “conforme as suas obras” (Mateus 16:27). Sendo assim, o diabo demorará mais tempo do que os outros, pois seus pecados foram um maior proporção do que os pecados de qualquer outro; mas a Bíblia não diz que ele será atormentado pela eternidade, pois o livro sagrado afirma:
“… os ímpios serão como o restolho; o dia que vem os abrasará, diz o SENHOR dos Exércitos, de sorte que não lhes deixará nem raiz nem ramo… Pisareis os perversos, porque se farão cinzas debaixo das plantas de vossos pés, naquele dia que prepararei, diz o SENHOR dos Exércitos”. (Malaquias 4:1-3).
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lago de genesare
hebraico: mar de Quinerete ou Galiléia, harpa
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lais
Leão. 1. Cidade dos sidônios na extremidade norte da Palestina – a qual também se chamava Lesém (Js 19.47) – e mais tarde Dã (Jz 18.7,29). Ali esteve depositada a imagem de Mica, e depois disto um dos bezerros de Jeroboão. Agora o seu nome é Banias. 2. Um benjamita, cujo filho, Palti, ou Paltiel, veio a ser o marido de Mical, mulher de Davi (1 Sm 25.44 – 2 Sm 3.15). 3. Uma vila ao norte de Jerusalém (is 10.30). Talvez a moderna isawiye, três quilômetros ao nordeste da cidade.
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laisa
Democrática (grego), leoa (hebraico)
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lamede
20 letra do alfabeto
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lamentação
Cântico ou poesia de tristeza, grito de aflição (muitas vezes reconhecimento de condenação). O livro de Lamentações se compõe de cinco desses poemas de lamento
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lamentações
livro de Jeremias, sentimento de tristeza
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lamentações de jeremias
As lamentaçõesde Jeremias constam de cinco poemas. Estes poemas, à exceção do último, são no original hebraico acrósticos alfabéticos, começando cada estância com uma nova letra. o terceiro tem ainda a particularidade de principiarem todas as três linhas de cada estância pela mesma letra. o quinto poema não é um acróstico, embora tenha, como os outros, vinte e duas estâncias. A autoria do livro é uniformemente atribuída por antigas autoridades ao profeta Jeremias, embora no original hebraico não venha o seu nome. A versão dos Setenta tem uma nota, explicando que ‘Jeremias…fez esta lamentação sobre Jerusalém, e disse’. A elegia sobre Josias, que é atribuída a Jeremias em 2 Cr 35.25, e à qual se refere Josefo (Antig. X.5) como tendo permanecido até ao seu tempo, é, talvez, uma referência às Lamentações. A DATA dos poemas, se eles são de Jeremias, deve ter sido a daquele tempo que imediatamente se seguiu à queda de Jerusalém – mas, se é outro o autor, foram então escritos em qualquer ocasião antes da volta do cativeiro. os assuntos do livro: (1) a miséria da cidade destruída, e é confessada a sua culpa e a justiça do julgamento divino – (2) a miséria da cidade, descrita com expressões ainda mais lastimosas – (3) a lamentação pelas desgraças dos povos, seguindo-se firmes palavras sobre a compaixão e justiça de Deus, e uma oração pedindo o Seu auxilio – (4) ainda uma confissão do pecado – (5) mais uma vez são expostos os infortúnios do povo judeu, e, por fim, vem uma oração implorando a misericórdia de Deus.
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lameque
1. Era descendente de Caim, e foi o primeiro polígamo. Teve duas mulheres, Ada e Zilá. o seu cântico são palavras de triunfo na posse da espada (Gn 4.18 a 24). 2. Um descendente de Sete, e pai de Noé (Gn 5.28).
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lami
hebraico: guerreiro comedor
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lamia
hebraico: fantasma ou chacais
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lâmpada
A primeira referência ao candeeiro acha-se naquele notável episódio em que se fala do ‘fogareiro fumegante, e uma tocha de fogo’, isto é, da tocha que ratificou o pacto com Abraão (Gn 15.17), simbolizando a presença ardente de Deus. As lâmpadas de Êx 25.37, 2 Cr 4.20, 13.11, e em Zc 4.2 significam aquela parte do candeeiro que dá luz. As lâmpadas do tabernáculo eram acesas todas as tardes, e limpas todas as manhãs (Êx 30.7,8). As casas do oriente foram, desde a mais remota antigüidade, alumiadas por meio de candeeiros que eram postos sobre grandes veladores, que assentavam no chão. As casas do Egito, em tempos modernos, nunca se acham sem luz – toda a noite estão acesas as lâmpadas em todos os quartos ocupados. A gente mais pobre preferiria restringir a alimentação a ficar sem luz. isto torna mais enérgicas as expressões em Jó 18.5,6 e 21.17. Uma lâmpada brilhante é símbolo de prosperidade (Jó 29.2,3). As lâmpadas de Jz 7.16,20 eram tochas acesas. Para conservar a chama não se usa somente o azeite no oriente, mas também se emprega o pez, a nafta e a cera. Algumas vezes torcidas de algodão, embebidas nestas substâncias combustíveis, substituem as lâmpadas. E em certos casos é costume levar um vaso de azeite, numa das mãos, e a lâmpada com trapos oleosos de algodão na outra. Também se usam candeeiros volantes. o transeunte de noite precisa de uma lâmpada, porque mesmo nas cidades as ruas são muito escabrosas (Sl 119.105). (*veja Casamento, Cerimônias de.)
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lamuel
consagrado a Deus
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lamúria
Lamentação; queixa; choradeira
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lanceta
instrumento para cortar, para abrir abcessos, etc. (1 Rs 18.28).
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lanterna
Espécie de caixa portátil, dentro da qual se acende uma pequena lâmpada (Jo 18.3).
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laodicéia
Era uma florescente e rica cidade da Ásia Menor, nas margens do rio Lico, perto de Colossos, sobre a estrada principal, que, de grande movimento comercial, punha em comunicação o oriente com o ocidente da Ásia – a sede de uma importante igreja cristã, que não foi visitada por S. Paulo (Cl 2.1 – 4.13,15 – Ap 1.11 – 3.14).
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laodicenses
os habitantes de Laodicéia A carta que S. Paulo escreveu aos laodicenses (Cl 4.16) é, provavelmente, aquela circular conhecida pelo nome de epístola aos Efésios.
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lapidar
Dar educação a; polir, aperfeiçoar; cultivar, educar.
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lapidote
hebraico: tochas ou archotes
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laquis
Fortaleza dos amorreus, que foitomada por Josué, e que coube nas partilhas a Judá (Js 10 – 12.11 – 15.39) – foi fortificada pelo rei Roboão, e mais tarde ali se refugiou Amazias (2 Rs 14.19 – 2 Cr 11.9 – 25.27). Foi cercada por Senaqueribe, achando-se o fato representado nas placas de Ninive, que foram encontradas em Kouzunjik, e existem hoje no Museu Britânico (2 Rs 18.17 – 19.8 – 2 Cr 32.9 – Jr 34.7 – Mq 1.13). os judeus tornaram a ocupá-la, quando voltaram do cativeiro (Ne 11.30). o lugar está identificado com o moderno Tell el-Hesy.
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largueza
Generosidade
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larica
Cheia de alegria
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larissa
Cheia de alegria
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larmute
hebraico: altura
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lasa
o limite meridional dos cananeus,perto de Sodoma e Gomorra (Gn 10.19). Tem sido identificado com Calirhoé, um sítio famoso pelas suas nascentes de água quente, perto da costa oriental do mar Morto.
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lasarom
hebraico: que pertence a Sarom ou Planície
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lasca
latim: pais pedregoso
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lasciva
Sensual, libidinosa, lúbrica; desregrada.
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lascívia
Luxúria; libertinagem; sensualidade; perversão de costumes
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laseia
latim: pais pedregoso
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lassarom
hebraico: que pertence a Sarom ou Planície
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lastenes
hebraico: fortíssimo
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latente
Que permanece escondido; que não se manifesta; oculto.
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latim
A língua falada pelos romanos (Lc 23.38 – Jo 19.20). o titulo no alto da cruz, na qual morreu Cristo, estava escrito em latim (bem como em hebraico e grego) como sendo língua oficial.
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latitude
Arco do meridiano compreendido entre determinado observador ou determinada localidade (do norte ou do sul) e o equador terrestre.
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latrocínio
Roubo ou extorsão violenta, à mão armada.
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latusim
hebraico: marteladores
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laura
Coroa de folhas de louro
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laureano
Vitorioso
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lauro
Vitorioso
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lavagem
As abluções eram, ou cerimoniais ou não cerimoniais (Lv 11.25,28, etc. Gn 18.4 – 2 Sm 12.20 etc.). Lavar as mãos como sinal de inocência é um ato a que diversas passagens fazem referência (Dt 21.6 – Sl 26.6 – Mt 27.24). No tempo de Jesus Cristo estava a Lei sobrecarregada de inumeráveis preceitos em relação às abluções (Mt 15.2 – Mc 7.3). As condições de viagem e a natureza do calçado explicam as muitas alusões que se fazem ao lavamento dos pés. Tinha isso um alto lugar entre as regras da hospitalidade. Quando um hóspede se apresentava à porta, ou de uma tenda, ou de uma casa, ofereciam-lhe água para lavar os pés (Gn 18.4 – 19.2 – 24.32 – Jz 19.21). Se o hospedeiro desejava mostrar particular respeito ao seu hóspede, querendo exprimir a sua própria humildade numa comparação com o personagem recebido, ele próprio executava aquele ato (1 Sm 25.41 – Lc 7.38,44 – Jo 13.5 a 14 – 1 Tm 5.10).
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lavandeiro
o trabalho do lavandeiro era limpar os vestidos e branqueá-los (Mc 9.3). os vestidos eram metidos em tinas de água em que se deitava alguma substância, correspondente ao nosso sabão (Ml 3.2). os lavandeiros calcavam aos pés os vestidos, e os batiam. o que então se usava como sabão era, entre outras coisas, o nitro, álcali vegetal, e farinha de fava misturada com água. As diversas peças de pano eram branqueadas, esfregando-as com greda, barro ou marga. o exercício desta ocupação produzia cheiros nocivos – e era necessária grande extensão de terreno para secar a roupa. E provém desta circunstância ser fora da cidade de Jerusalém o campo do lavandeiro.
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lavandeiro (campo do)
Este lugar é acidentalmente mencionado como dando o seu nome a um caminho entre muros, que era o ‘aqueduto do açude superior’ (2 Rs 18.17,26 – is 7.3 – 36.2). Estava situado ao norte de Jerusalém, e tão perto das muralhas que quem estivesse em cima destas podia ouvir os que falavam no campo do lavandeiro. A fonte de Siloé, ou de Giom, cujas águas vêm da falda do monte Moriá, formava duas piscinas, chamadas ‘o açude superior’ ou o ‘açude do rei’ (Ne 2.14 – e is 7.3) e ‘açude inferior’ (is 22.9). o aqueduto que fazia a ligação do açude de cima com o de baixo, ou com a cidade, era chamado o ‘aqueduto do açude superior’. Tanto o açude como o aqueduto eram suficientes razões para ajuntamento de lavandeiros. o campo era, sem dúvida, um recinto para ali se branquear a roupa e pô-la a secar.
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lavor
Trabalho manual
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lavores
Trabalho manual
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lavoura
A cultura das terras pelo arado. ‘Nem lavoura nem colheita’, diz-se em Gn 45.6. (*veja também Êx 34.21 – Dt 21.4 – 1 Sm 8.12 – is 30.24.)
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lavrada
Aparelhado; desbastado; trabalhada
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lavrador
os hebreus eram um povo agrícola. A lavoura é, na Sagrada Escritura, mencionada desde o seu princípio, visto como Adão foi colocado no Jardim do Éden para o cultivar. Noé também foi agricultor (Gn 9.20). Deus é comparado ao lavrador (Jo 15.1 – 1 Co 3. 9), e o símile de uma terra diligentemente cultivada ou de uma vinha cuidadosamente tratada, é muitas vezes usado nas Escrituras. (*veja Agricultura.)
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lavrar
Cultivar
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lavrou
Sulcar e terra
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lázaro
É a forma grega de Eleazar. l. irmão de Marta e Maria. Ele vivia com suas irmãs em Betânia, perto de Jerusalém. Jesus deu-lhe a honra de Se hospedar em sua casa, quando visitou a cidade. A ressurreição de Lázaro (Jo 11) foi o ato final, que levou os judeus à resolução de quererem matar Jesus Cristo (Jo 11.47 e seguintes). 2. Lázaro é o nome dado ao pobre que na parábola estava sentado junto do palácio do rico (Lc 16.20).
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leabim
hebraico: chamas , calor ardente
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leandro
Homem-leão
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leão
o leão acha-se mencionado umas 130 vezes nas Escrituras, sendo nomeado mais vezes do que qualquer outro animal. Em tempos antigos o leão vagueava pela Síria e Ásia Menor, mas já desde o meado do século dezenove não tem sido visto na Palestina, Encontros pessoais com o leão teve-os Sansão (Jz 14.6), Davi (1 Sm 17.36), e Benaia, um dos valentes de Davi (2 Sm 23.20). As armadilhas eram meios vulgares de capturar leões. outro método de os caçar consistia em fazê-los sair do seu covil para uma rede, que era colocada por ali perto. Ainda hoje este meio é empregado na india. Algumas vezes a rede e a cova se combinavam, quando se desejava apanhar vivo o animal. Há referências a estes dois métodos em Jó 19.6 e Ez 19. A morte natural de um leão é pela fome: ‘Perece o leão, porque não há presa’ (Jó 4.11). os leões eram considerados como o tipo da mais alta coragem. Entre os melhores guerreiros de Davi estavam os homens de Gade cujos rostos eram como rostos de leões (1 Cr 12.8).o leão era o emblema da principesca tribo de Judá – todavia, por causa da sua ferocidade, emprega-se metaforicamente o leão por crueldade e curiosidade maligna (Sl 7.2 – 22.21 – 2 Tm 4.17), e também pelo próprio Satanás (1 Pe 5.8).
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lebana
hebraico: branca
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lebaote
Leoas
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lebe-amai
hebraico: caldeu
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lebeu
hebraico: forte de coração
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lebna
hebraico: alvura
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lebona
Incenso
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lebre
A lebre pertence ao número dos animais imundos na lei de Moisés, visto que, embora se pensasse que podia ruminar, não tem as unhas fendidas (Lv 11.6 – Dt 14.7). A suposição de que a lebre ruminava tinha sem dúvida por causa o hábito de constantemente mover a mandíbula, hábito adquirido com o fim de não elevar muito os dentes incisivos, visto que doutra sorte eles se entrelaçariam. Que se trata aqui da lebre não há dúvida alguma, pois que a palavra hebraica, para significar este animal, é a mesma que o moderno nome árabe. A lebre é um animal vulgar na Terra Santa, havendo diversas variedades. A espécie mais comum é mais ou menos como a nossa lebre, mas não se encontra além da Síria. Há, também, as variedades egípcias e sinaíticas, que abundam na região meridional da Judéia. A variedade do Egito é mais leve na cor do que a do Sinai, que é mais pequena, mais escura e tem pernas e orelhas mais compridas. Esta espécie de lebre é constituída de criaturas extraordinariamente ativas, mas estúpidas. Vê-se de tempos a tempos esta lebre na Arábia, abaixo do mar Morto. os coelhos não se acham na Palestina.
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lebviatã
Serpente veloz, tortuosa
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leca
Jornada
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lechaim ou l´chayim
Lit. “à vida”; é um brinde judaico feito sobre uma bebida forte.
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leci
hebraico: instruído
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leda
Alegre, contente, jovial, risonha
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leet
hebraico: ávido
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legalista
Relativo à lei, às normas legais.
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legião
Termo militar, romano, que significava um exército de aproximadamente 6.000 soldados a pé, com um contingente de cavalaria. No N.T. usa-se apenas metaforicamente acerca de uma multidão disciplinada (Mt 26.53 – Mc 5.9).
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legitimar
Tornar legítimo para todos os efeitos da lei, legalizar.
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legumes
Nome genérico de toda sorte degrãos, que nascem em vagens, como favas, feijões, etc. os hebreus da antigüidade torravam diversos legumes, quando estavam em campanha (2 Sm 17.28). os legumes de que se alimentaram os quatro jovens durante dez dias (Dn 1.12,16) não devem ser considerados como sendo apenas os grãos das vagens, pois por esse termo são também compreendidos outros vegetais.
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lei
A palavra Torah, traduzida por lei, significa propriamente uma direção, que era primitivamente ritual. Usa-se o termo, nas Escrituras, em diversas acepções, segundo o fim e conexão da passagem em que ele ocorre. Por exemplo, algumas vezes designa a revelada vontade de Deus (Sl 1.2 – 19.7 – 119 – is 8.20 – 42.12 Jr 31.33). Também significa a instituição mosaica, como distinta do Evangelho (Mt 11.13 – 12.5 – Jo 1.17 – At 25.8), e por isso freqüentes vezes se considera a lei de Moisés como sendo a religião dos judeus (Mt 5.17 – Hb 9.19 – 10.28). outras vezes, num sentido mais restrito, significa as observâncias rituais ou cerimoniais da religião judaica (Ef 2.15 – Hb 10.1). É neste ponto de vista que o apóstolo S. Paulo afirma que ‘ninguém será justificado diante dele por obras da lei’ (Rm 3.20). A ‘lei gravada nos seus corações’, que Paulo menciona em Rm 2.15, é o juízo do que é mau e do que é justo, e que na consciência de cada homem Deus implantou. (*veja Justificação.) o princípio predominante da lei era a teocracia. o próprio Senhor era considerado como Rei – as leis foram por Ele dadas – o tabernáculo (e depois o templo) era considerado como Sua habitação – ali houve visíveis manifestações da Sua glória – ali revelou a Sua vontade – era ali oferecido o pão todos os sábados – ali recebeu os Seus ministros, e exerceu funções de Soberano. Com Deus tinham relação a paz e a guerra, questões estas determinadas sob todos os governos pela suprema autoridade (Dt 1.41,42 – Js 10.40 – Jz 1.1,2 – 1 Rs 12.24). A idolatria era uma traição. Por conseqüência, em relação aos judeus, era Jeová ao mesmo tempo Deus e Rei. (*veja Rei.) A teocracia tinha as suas externas manifestações. Deste modo, o tabernáculo, onde se realizou o culto público desde o Êxodo até ao reinado de Salomão, era não só o templo de Deus, mas também o palácio do Rei invisível. Era a ‘Sua santa habitação’ – era o lugar em que encontrava o Seu povo e com ele tinha comunhão, sendo portanto ‘o tabernáculo da congregação’. (*veja Tabernáculo.) Depois do tabernáculo veio o templo, harmonizando-se a suntuosidade do edifício e os seus serviços com as determinações divinas, e com o aumentado poder da nação.(*veja Templo.) Mas o Senhor, como Rei, não só tinha o Seu palácio, mas também tinha os Seus ministros e funcionários do Estado. Sacerdotes e levitas eram apartados para o Seu serviço. (*veja Sacerdote, Levitas.) Este governo de Deus era reconhecido por meio dos sacrifícios de várias espécies, realizados sob condições cuidadosamente definidas, exprimindo a propiciação, consagração e comunhão. (*veja Sacrifício.) os direitos divinos eram ainda reconhecidos por meio de certas festividades, que na sua variedade eram o sábado de todas as semanas, as três grandes festas anuais, o ano sabático, e além disso o jubileu, tudo isto levado a efeito com os seus fins espirituais e morais (*veja Festa (Dias de) Sabático (ano), Jubileu.) As especificadas determinações promulgadas em nome de Deus alcançavam plenamente a vida individual e nacional, mas não foi tudo decretado de uma só vez e num só lugar. Houve ordenações feitas no Egito (Êx 12 e 13) – no Sinai (Êx 19 e 20) – em Parã (Nm 15.1) – e nas planícies de Moabe (Dt 1.5). As enunciações vinham por vezes do tabernáculo (Lv 1.1). Que as prescrições da Lei tinham caído em desuso, pode provar-se não só pela decadência da religião e da moral no tempo dos reis, porém mais particularmente pela descoberta, no 18? ano do rei Josias, do ‘livro da Lei na casa do Senhor’ (2 Rs 22.8), e pelas reformas que se seguiram. (*veja Deuteronômio.) o sumário das ordenações desta Lei formava para toda a nação um código que, embora rigoroso, era salutar (Ne 9.13 – Ez 20.11 – Rm 7.12), e além disso agradável a uma mentalidade reta (Sl 119.97 a 100). As instituições cerimoniais, por exemplo, estavam maravilhosamente adaptadas às necessidades, tanto espirituais como materiais, de um povo nas condições do israelita. Porquanto (1) eram, até certo ponto, regulamentos sanitários. E era isto um dos fins daquelas disposições, referentes às várias purificações, à separação dos leprosos, e à distinção de alimentos, etc. (2) Serviam para perpetuar entre os israelitas o conhecimento do verdadeiro Deus, para manter a reverência pelas coisas santas, para a manifestação de sentimentos religiosos na vida de todos os dias, e em todas as relações sociais. Dum modo particular eram as festas sagradas fatores de valor para a consecução destes fins. (3) Tinham, além disso, o efeito de evitar que os israelitas se tornassem estreitamente relacionados com as nações circunvizinhas (Ef 2.14,17). E assim deviam tantas vezes ter guardado o povo israelita da idolatria e corrupção, que campeavam em todo o mundo: deste modo conservou-se a nação inteiramente distinta dos outros povos, até que veio o tempo em que esta barreira já não era necessária. (4) Estas observâncias tinham outros usos na sua simbólica significação. Em conformidade com o estado moral e intelectual do povo que não tinha ainda capacidade para prontamente alcançar as verdades divinas, eram as coisas espirituais representadas por objetos exteriores e visíveis. E assim, as idéias de pureza moral e de santidade divina eram comunicadas e alimentadas pelas repetidas abluções das pessoas e moradas – pela escolha de animais limpos para o sacrifício – pela perfeição sem mácula, que se requeria nas vítimas oferecidas – e pela limitação das funções sacerdotais a uma classe de homens que eram especialmente consagrados a estes deveres, e que se preparavam com repetidas purificações. Além disso, pela morte da vítima expiatória, para a qual o pecador tinha simbolicamente transferido os seus pecados pondo as mãos sobre a cabeça do animal e oferecendo a Deus o sangue que representava a vida, ensinava-se a importante verdade de que o pecado merecia um castigo extremo, que somente podia ser desviado sacrificando-se outro ser em substituição. E desta maneira, por meio de símbolos impressivos, lembravam-se constantemente os piedosos israelitas da justiça e santidade da violada Lei, da sua própria culpa, e de quanto necessitavam da misericórdia divina – e quando eram efe
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lei (doutor da)
os doutores da Lei, tantas vezes mencionados no N.T., dedicavam-se ao estudo e explicação da Lei de Moisés, e das doutrinas tradicionais que tinham sido acrescentadas à mesma Lei (Mt 22.35 – Lc 7.30 – 10.25 – 11.45). Na epístola a Tito (3.13) intérprete da Lei significa, provavelmente, aquele que exercia o lugar de advogado legal nos tribunais dos gentios. (*veja Escriba.)
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léia
Fatigada
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leila
hebraico: fortaleza, castelo, o mesmo que Abiqueila
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leilane
Flor celestial
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leira
Elevação de terras entre dois sulcos
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leite
Nas terras da Bíblia usava-se não só o leite de vaca, mas também o de ovelha, de cabra e de camelas (Dt 32.14 – Gn 32.15 – Pv 27.27). Em diversos casos (exceto em Pv 30.33) o termo ‘manteiga’ refere-se a uma preparação do leite coalhado. Foi isto que Jael ofereceu a Sísera (Jz 5.25), num vaso de couro que ainda usam os beduínos. E ainda hoje, como nos dias de Abraão (Gn 18.8), os estrangeiros que passam por aqueles sítios são recebidos por gente hospitaleira, que Lhes apresenta aquela bebida. A proibição de cozer o cabrito no leite de sua mãe dizia respeito a qualquer uso pagão no tempo da ceifa (Êx 23.19 – 34.26 – Dt 14.21). Sugar o leite de uma nação inimiga era uma expressão que significava a sua completa sujeição (is 60.16 – Ez 25.4).
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leito
os leitos, como nós os compreendemos, não estavam em uso na Palestina. Havia, contudo, alguma coisa semelhante (*veja Gn 47. 31). Mas o divã ou sofá, em lugar de na sua construção ser uma parte do edifício, era algumas vezes um móvel separado, feito de materiais custosos. o livro de Ester (1.6) menciona camas de ouro e de prata, com tapeçarias pendentes, e colunas de mármore, mostrando assim o esplendor da corte de Assuero em Susã (*veja também Ct 3.9,10). ora, as relações que existiam entre o Egito e a Palestina deviam ter feito conhecidas de muitos judeus as camas – mas o fato de não serem por eles adotadas mostra, acidentalmente, o espírito conservador deste povo. Durante os longos séculos da história da Bíblia, geralmente não sofreu mudança a cama: era sempre a mesma coisa. É singular que, na Bíblia, o uso deste objeto é somente mencionado quando se trata de ogue, rei de Basã, dizendo-se que ele tinha um leito de ferro (Dt 3.11). Segundo os nossos atuais conhecimentos devia esse ser feito de basalto, substância rochosa, que contém 20 por cento de ferro. Esta pedra era geralmente usada ao oriente do Jordão para os sarcófagos, e seria um leito desta natureza que o gigante ogue empregava para dormir. Estes sarcófagos basálticos tinham muitas vezes três metros, ou mais, de comprimento, e eram proporcionadamente largos, devendo sem dúvida formar, mesmo para os vivos, confortáveis lugares de descanso, quando fossem bem estofados.
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lemuel
Para Deus
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lenitivo
Alívio; consolação; coisa que suaviza
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lentilhas
É uma espécie de ervilhaça. A planta de lentilha cresce até à altura de 15 a 20 centímetros, transformando-se então as suas flores de púrpura em vagens, contendo cada uma destas duas ou três sementes. Na Palestina faz-se a colheita das lentilhas em junho e julho, ou com uma foice, ou a mão, sendo então levadas para a eira. São bem conhecidas as suas nutritivas qualidades, sendo uma comida saborosa a sopa feita daquele vermelho legume. Esaú, tentado pelo apetite, pediu, à vista da iguaria, que seu irmão lhe deixasse comer do guisado vermelho. ‘Deu, pois, Jacó a Esaú pão e o cozinhado de lentilhas’ se diz em Gn 25.34. E molhando Esaú o pão no cozinhado, servia-se dele à maneira de colher, como atualmente costumam fazer os seus descendentes. Segundo uma tradição dos árabes, Hebrom é o sitio onde Esaú vendeu o seu direito de primogenitura – e é em memória deste fato que ainda hoje ali os dervixes fornecem aos pobres e aos viajantes uma sopa de lentilhas, preparada na cozinha da sua mesquita.
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leonardo
Aquele que é forte como um leão, leão bravo
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leopardo
Noutros tempos era um animal muito visto na Palestina, mas já é raro. A sua sarapintada pele, o seu caminhar rápido e o seu costume de estar de emboscada para saltar sobre a presa notam-se em diversos lugares da Bíblia (Jr 13.23 – Hc 1.8 – Jr 5.6). os beduínos do Sinai temem muito o leopardo, cujo alimento favorito são as cabras, que quase constituem a única possessão daquela gente. É notável, por isso, a declaração profética de isaías (11.6): ‘e o leopardo se deitará junto ao cabrito’.
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lepra
Hoje conhecida como “hanseníase”, se bem que o termo bíblico abarcasse também outros tipos de doença da pele. Pode provocar paralisia, deformidades e gangrena.
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leproso, lepra
Doença da pele, que se acha descrita com bastantes pormenores nos capítulos 13 e 14 do Levítico, e que é o mesmo terrível flagelo que hoje se conhece. Mas a Lei mosaica tinha em vista uma extensa classe de doenças, cujos sintomas eram erupções na pele. Por conseqüência, as palavras lepra e leproso se empregavam sem dúvida num sentido lato. Naamã, por exemplo, embora leproso, vivia na corte, e desempenhava os deveres de um general. A sua doença, então, não devia ser aquela que é dolorosamente conhecida no oriente. Doze casos de lepra se mencionam no N.T. (Mt 26.6 – Mc 1.40 – Lc 5.12 – 17.12 a 19). É importante, no estudo das prescrições mosaicas com respeito ao tratamento desta doença, não considerar o termo ‘imundo’ como equivalente a ‘contagioso’. os diversos atos cerimoniais, que se deviam observar na cura de lepra (Lv 14), são maravilhosamente simbólicos da purificação do pecador pelo sangue de Cristo. Quanto à chamada praga da lepra nos vestidos e nas casas (Lv 13.47 a 59 – 14.33 a 53), nada se sabe a esse respeito. isso é mal que deve ter desaparecido, ou, talvez, essas coisas fossem parasíticos crescimentos, que são relativamente inocentes.
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lequis
hebraico: queixo
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lesbianismo
Homossexualismo feminino.
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lesém
Cidade ao ocidente do monte Hermom (Js 19.47ì – também é conhecida pelos nomes de Laís e de Dã.
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lesma
Duas palavras são traduzidas porlesma. Em Lv 11.30 trata-se certamente de uma espécie de lagarto. No outro caso em que a palavra ocorre (Sl 58.8), deriva-se a metáfora do pegajoso rasto deixado pela lesma, e do seu modo de andar que lhe dá a aparência de derretimento. As lesmas são abundantes na Palestina, eem outras terras de que fala a Bíblia.
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letargia
Fig. Desinteresse, indiferença, apatia.
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leticia
Alegria
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letusim
Marteladores
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léu
Ócio, vagar. 2. Ensejo, ocasião. Ao léu: à toa; à vontade; a descoberto, à mostra: Com a cabeça ao léu
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leumim
Povos, nações
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leutumim
hebraico: povos e nações
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levedado
Que fermentou
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levi
l. o terceiro filho de Jacó, por Lia. Associou-se com seu irmão Simeão na terrível vingança contra os homens de Siquém pelo fato de ter sido seduzida a sua irmã Diná (Gn 34). Noutras passagens da sua vida, ele figura simplesmente como um dos filhos de Jacó. (*veja Levitas.) 2. o bisavô de José, marido da Virgem Maria (Lc 3.24). 3. Um remoto antepassado (Lc 3.29). 4. outro nome do apóstolo Mateus (Mc 2.14 – Lc 5.27,29).
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leviano
Que age ou procede irrefletidamente; irresponsável
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levianos
Irresponsável; que age irrefletidamente; volúvel
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leviatã
1) Grande animal marinho – possivelmente um crocodilo ou uma serpente marinha (Jó 41.1). 2) Considerado por alguns o antigo dragão mitológico que supostamente provocava eclipses ao se contorcer em torno do sol (Jó 3.8). 3) Criatura que, segundo a antiga mitologia, representava as águas do caos vencidas por Deus na criação (Sl. 74.14; 89.10; v. Raabe).
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levirato
Tomar por mulher a esposa de um irmão falecido
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levita
Membro da tribo de Levi; servo ou sacerdote da antiga Jerusalém; responsáveis pelo tabernáculo.
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levitas
Todos os sacerdotes do povo escolhido eram levitas, isto é, descendentes de Levi por Coate (segundo filho de Levi), e Arão. Mas Levi teve outros filhos, cujos descendentes ajudavam os sacerdotes, formavam a guarda do tabernáculo, e o transportavam de lugar para lugar (Nm 4.2,22,29). No tempo de Davi, toda a família achava-se dividida em três classes, cada uma das quais estava subdividida em vinte e quatro ordens. A primeira classe estava ao serviço dos sacerdotes – a segunda formava o coro dos cantores do templo – e a terceira constituía o corpo dos porteiros e guardas do templo (1 Cr 24,25,26). Para sustentar todos estes homens, tinham-lhes sido concedidas quarenta e oito cidades, com uma faixa de terra em volta de cada uma delas – e tinham, também, o dízimo de todos os produtos e gado do pais (Lv 27.30 – Nm 35.1 a 8) – desse dízimo cabia aos sacerdotes a décima parte. Além disso, todos os levitas participavam do dízimo dos produtos, que geralmente o povo tinha de empregar naquelas festas, para as quais eram eles convidados (Dt 14.22 a 27). (*veja Sacerdote, Sumo sacerdote.)
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levitico
3 livro da Bíblia, referente aos levitas, leis
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levitico (livro do)
o titulo deste livro deriva-se do que lhe é dado na versão dos Setenta: ‘o Livro Levítico’. Nos escritos judaicos é geralmente designado pelo nome da sua primeira palavra hebraica. Está em estreita relação com Êxodo e Números, mas difere destes livros em apresentar apenas uma pequena narrativa histórica (caps. 8 a 10 – 24.10 a 23). A epistola aos Hebreus dá uma interpretação cristã a uma parte considerável do Levítico. os assuntos do livro podem formar quatro seções : (1) o conjunto das leis concernentes aos sacrifícios (caps. 1 a 4, e partes de 5,6, e 7). (2) A instituição do Sacerdócio (caps. 8 a 10). (3) As leis acerca das Purificações, e as ordenações respectivas no Dia da Expiação (caps. 11 a 16). (4) ‘A Lei da Santidade’, que primitivamente talvez fosse um código separado. Repetidas vezes vem a palavra ‘santidade’ em conexão com várias disposições da lei cerimonial e moral (caps. 17 a 26). (5) Um apêndice sobre votos (cap. 27). As referências ao Levítico no N.T. são particularmente interessantes: a frase característica deste livro, ‘santos, porque eu, o SENHoR sou santo’ (11.44,45 – 19.2 – 20.7,26), repete-se em 1 Pe 1.16 com a fórmula ‘escrito está’. Também aqui se acha o grande mandamento (19.18) ‘amarás o teu próximo como a ti mesmo’, o qual é citado em Mt 19.19, e 22.39 – Mc 12.31 – Lc 10.27 – Rm 13.9 – Gl 5.14 e Tg 2.8. Alusões especiais: a um par de rolas para purificação (12.6,8) em Lc 2.22,24 – ao novilho e ao bode para expiação do pecado (16.18, 27), em Hb 9.12,13 – 10.4, e 13.11 a 13 – a sacrifícios de louvor, ou de ação de graças (7.12), em Hb 13.15. Em Lv 26.11,12 está a grande promessa que Deus fez aos israelitas a respeito de colocar o Seu tabernáculo no meio deles (cp. com Ez 37. 27 – Jo 1.14 – 2 Co 6.16 – Ap 7.15 e 21.3).
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leviyim
Plural de Levi
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leza
hebraico: furado
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lia
A significação é duvidosa – talvez vaca brava, e Raquel ovelha. Mulher de Jacó e a filha mais velha de Labão. Por meio de um ardil foi dada a Jacó para sua mulher em vez da sua irmã Raquel, que era mais nova e mais bela, e por quem ele tinha servido o pai dela pelo espaço de sete anos. Para casar com Raquel foi obrigado a servir mais sete anos o seu tio Labão (Gn 29.20,30). Ambas são nomeadas na bênção pedida para Boaz (Rt 4.11).
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libação
Oferta de líquidos, em geral de vinho ou de azeite, derramados em sacrifício de dedicação a Deus – parte, junto com a oferta de manjares, das ofertas regulares apresentadas todos os dias (Êx 29.38-41). No NT, simboliza aquele que derrama a vida pela causa de Cristo (Fp 2.17).
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libana
hebraico: alvura
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libano
Montanha branca. Ficava ao norte da terra da Promissão (Dt 1.7 – 11.24 – Js 1.4). Dá-se o nome do Líbano a duas cordilheiras, paralelas uma à outra, e igualmente paralelas à costa do mar, do sudoeste ao nordeste, na distância de 160km, aproximadamente, sendo separadas por dois vales. A que fica mais ao sul, a mais pequena, é o Wadi at-Teim, onde nasce o Hasbany, que leva as suas águas ao rio Jordão – a mais setentrional é o ‘Vale do Líbano’ (Js 11.17). A cordilheira do ocidente é o Líbano da Escritura, donde Salomão obteve madeira para a construção do templo (1 Rs 5.9). A da parte oriental, o Antilíbano, ‘o Líbano para o nascente do sol’ (Js 13.5), era primitivamente habitada pelos gibleus e heveus (Js 13.5,6 – Jz 3.3). A população achava-se dispersa e eram aqueles sítios a morada de muitas feras (Ct 4.8 – 7.4). As montanhas do Líbano impressionam muito o viajante, quer ele se aproxime delas, vindo do Mediterrâneo, do lado ocidental, quer vindo do deserto, do lado oriental. os cimos coroados de neve constituem uma agradável vista refrigerante para os viajantes do deserto, sob um céu de fogo (Jr 18.14). A estupenda grandeza e grande elevação das montanhas do Líbano – os seus cumes, revestidos de neve perpétua, dominando o espaço como torres, ou coroados de aromáticos cedros – os seus olivais – as suas vinhas, produzindo os mais deliciosos vinhos – as suas fontes de água cristalina, e os seus ribeiros de água fresca – a fertilidade dos vales e o agradável cheiro dos arbustos, tudo se combina para formar na linguagem da Escritura ‘a glória do Líbano’ (is 35.2). Numerosas plantas aromáticas crescem sobre montanhas – e isso explica Ct 4.11 e os 14.6.
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libbni
hebraico: branco puro
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libelo
Exposição articulada do que se pretende provar contra um réu
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liberalismo
O conjunto de idéias e doutrinas que visam a assegurar a liberdade individual no campo da política, da moral, da religião, etc., dentro da sociedade.
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liberdade
A lei de Moisés permitia queos escravos conquistassem a sua liberdade sob certas condições (Êx 21.2,3,4,7,8 – Lv 25.39 a 55 – Dt 15.12 a 18). Segundo a lei romana, homem livre era aquele que nascia livre. o escravo forro ou liberto era aquele que comprava a sua liberdade, ou aquele a quem era concedida.Não tinha este os mesmos direitos que o homem livre (At 22.28).
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libertinagem
Devasso; pervertido; perversão de costumes
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libertinos
Homens libertos. Aparentemente eram judeus que tinham estado presos em Roma (por exemplo os que Pompeu fez cativos) – mas sendo libertados voltavam a Jerusalém, onde eles e seus descendentes tinham uma sinagoga (At 6.9).
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libia
os líbios habitavam a costa setentrional da África, estendendo-se desde o ocidente do Egito até, talvez, às colunas de Hércules (2 Cr 12.3 – 16.8 – Na 3.9). São muitas vezes mencionados no monumentos egípcios.
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libina
Alvura
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libios
os habitantes da Líbia, que se supõe serem descendentes de Pute, o filho de Cão (Jr 46.9 – Dn 11.43).
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libna
Branco. 1. Cidade que ficava ao sudoeste da Palestina, não se conhecendo a sua exata situação. Foi tomada por Josué, cedida a Judá, e destinada aos sacerdotes (Js 10.29 a 39 – 12.15 – 15.42 – 21.13 – 1 Cr 6.57). Revoltou-se no reinado de Jeroboão (2 Rs 8.22 – 2 Cr 21.10) – e foi cercada por Senaqueribe (2 Rs 19.8 – is 37.8). Libna foi a terra natal da rainha Hamutal, mãe de Jeoacaz e Zedequias (2 Rs 23.31 – 24.18 – Jr 52.1). 2. Local de um acampamento israelita (Nm 33.20 21) – talvez o mesmo que Labã.
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libni
Branco
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licaônia
Distrito da Ásia Menor, ao noroeste da Cilicia, e que em tempos apostólicos foi habitado por uma raça imperfeitamente civilizada. Foi teatro importante dos trabalhos de Paulo durante a sua primeira viagem missionária (At 14 – 2 Tm 3.11) – foi, pelo mesmo apóstolo, atravessado na sua segunda e terceira viagens (At 16.1 a 8 – 18.23 – 19,1).
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licenciosidade
Qualidade ou caráter de quem é sensual; libidinoso, libertino.
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licia
que pertence a Licus ou, dissolvendo
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licio
grego: ave
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licutei sichot ou licutê sichot
Discursos do Rebe que foram editados através dele; engloba 39 volumes com comentários sobre os mais diversos assuntos.
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lida
grego: natividade
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lidia
Mulher de Tiatira, que vendia púrpura, e servia a Deus. Tendo sido convertida em Filipos pela pregação de S. Paulo, foi ela batizada e a sua família (At 16.14,40). É possível que Lídia fosse somente o seu nome de negócio (a Lídia), sendo o seu verdadeiro nome desconhecido. (*veja Macedônia.)
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lidiane
Irmã
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ligar/desligar
os termos ‘ligar’ e ‘desligar’ (Mt 16.19) são freqüentemente empregados pelos judeus no sentido de proibir e permitir, com referência ao ensino doutrinal e prático dos rabis. Quando eram nomeados os seus mestres, punham uma chave nas suas mãos, e diziam-lhes: ‘Recebei o poder de atar e desatar’ – e provém deste fato aquela alusão: ‘vós, intérpretes, da lei! tomastes as chaves da ciência’ (Lc 11.52). Notai, também, as palavras de Jesus em Mt 5.19, onde a palavra ‘violar’ ou ‘quebrantar’ é, no grego, a mesma que ‘desligar’ em 16.19. Pedro, em razão de confessar o messianismo de Jesus, é o primeiro a receber aquela autoridade, que mais tarde é conferida aos seus colegas, sendo para isso revestidos do poder lá do alto (Mt 18.18 – Jo 20.23). E quanto a Pedro, teve de Deus o privilégio de ser o primeiro a chamar ao caminho da fé tanto os gentios como os judeus (At 2.14, 38 – 10.45). os judeus interpretaram ao pé da letra a frase ‘atar as leis à mão’, e nasceu disto o costume dos filactérios presos ao pulso. os rolos ou volumes dos escritos eram ligados em fitas. E por isso em isaías (8.16) se encontra esta expressão: ‘Resguarda o testemunho… no coração dos meus discípulos.’
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ligia
Natural da Lígia, região da antiga alemanha
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lilian
Lírico, ou lírio
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liliana
Lírico, ou lírio
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liliane
Lírico, ou lírio
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lilite
hebraico: fantasma
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limiar
Soleira da porta
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lina
Suave
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linearidade
Que dá a idéia de seguir em linha reta, sem desvios.
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língua celta
Grupo de línguas indo-européias faladas pelos celtas.
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linguas (confusão de)
Por algum tempo,depois do dilúvio, havia só uma língua em toda a terra. A família humana procurou manter esta unidade, estabelecendo um grande campo central, uma cidade, que devia servir de metrópole e também, sem dúvida, de centro religioso para todo o mundo. Propuseram-se realizar este projeto na larga planície da Babilônia, um sítio que admiravelmente convinha ao fim em vista pelas suas particularidades físicas e geográficas. o Senhor desfez esse propósito, confundindo ‘a sua linguagem, para que um não entenda a linguagem do outro. Destarte o Senhor os dispersou dali pela superfície da terra’. Ficou a memória do grande acontecimento no nome Babel, que a um hebreu sugere a palavra balar ‘confundir’ (Gn 11.1 a 9). (*veja Babel, Babilônia.)
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linguas (dom de)
As principais passagens, com as quais temos de formar as nossas conclusões quanto à natureza e objetivo do dom de línguas, são as seguintes: Mc 16.17 – At 2.1 a 13 – 10.46 – 19.6 – 1 Co 12.10,28,30 – 14.1 a 39. No dia de Pentecoste, como está descrito nos Atos, apareceram aos 120 discípulos ‘línguas como de fogo’ – e então ‘passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem’. E o povo ouvia os discípulos falarem em línguas que não tinham aprendido, de modo que as pessoas que estavam em Jerusalém, pertencentes a muitas nacionalidades, compreendiam as palavras que lhes eram dirigidas, ou, mais provavelmente, Deus falava à alma segundo a própria língua de cada um.
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línguas estranhas
Embora se ensine que a pessoa que se torna cristã deva receber o batismo do Espírito Santo e falar línguas estranhas, (como prova de que recebeu o Espírito), a Bíblia não diz nada disso. Conforme veremos no estudo do capítulo 2 de Atos, o dom de línguas foi dado com um propósito evangelístico, a fim de se difundir a mensagem do evangelho entre outros grupos linguísticos.
O dom de línguas é apenas um dos diversos dons que o Espírito Santo distribui aos crentes como Lhe convém (ver I Coríntios 12:11). Assim como um crente não escolhe ser profeta, também não escolhe falar outro idioma. A escolha fica a critério do Espírito de Deus.
Para os pentecostais o dom de línguas é um aspecto fundamental na vida cristã, pois se algum crente ainda não falou em línguas, é porque não foi batizado pelo Espírito Santo. No entanto, vários personagens bíblicos que foram, sem sombra de dúvida, cheios do Espírito Santo, jamais falaram em línguas, como João Batista, Isabel, Jesus e outros.
Os próprios apóstolos, em outra ocasião em que o Dom de Línguas não se faz necessário, mas sem dúvida alguma cheios do Espírito , não falaram em línguas (ver Atos 4:31).
“Paulo falava mais idiomas do que os membros da igreja de Corinto. Entretanto, ele diz ser o Dom de Profecia superior, pois seus resultados atravessam os séculos, tais como as profecias de Daniel, enquanto a facilidade de falar outros idiomas, como os apóstolos em Atos, teve uma aplicação limitada a uns poucos anos de vida da pessoa” (Segue-Me, pág. 232). No entanto, vemos uma busca desenfreada pelo dom de línguas (que é mais evidente), e não pelos dons mais importantes e permanentes como o de profecia, o de ensinar e o de auxílio aos necessitados.
Como, então, entender Marcos 16:16 e 17, que declara que “os que crêem falarão novas línguas”? Aqueles que receberem esse dom, certamente falarão novas línguas. A palavra “novas” no grego é Kainós , que significa “nova na forma”, na “qualidade” ou seja, “não usada ainda”. Isso significa que a nova língua falada é “nova” porque até então não havia sido usada pela pessoa, não significando, contudo, uma língua estranha, ininteligível.
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linha do equador
O círculo máximo da esfera terrestre, perpendicular à linha que une os pólos.
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linhagem
Genealogia, geração.
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linho (pano de)
o ‘fino pano de linho’do antigo Egito, universalmente usado naquele país para fazer roupa e envolver os corpos dos mortos, e largamente exportado, era feito das fibras da planta do linho. Uma das pragas do Egito foi a destruição, pela saraiva, das plantações deste vegetal. Um pano tão leve, macio, e asseado, era especialmente apropriado para os vestidos daqueles que tinham a seu cargo os serviços religiosos. Tanto os sacerdotes judaicos, como os do Egito, deviam fazer uso, por lei, de vestidos de linho (Êx 28 – Ez 44.17 a 19). As cortinas do tabernáculo eram do mesmo material e bordadas (Êx 26.1). Samuel e Davi usavam estola de linho (1 Sm 2.18 – 2 Sm 6.14). Seres angélicos foram vistos por Ezequiel e Daniel (Ez 9.2 – Dn 10.5) como que vestidos de linho – e nas visões finais do Apocalipse anjos e santos glorificados aparecem adornados das mesmas emblemáticas vestimentas de pureza (Ap 15.6 – 19.8, 14). No livro dos Provérbios (31.22 a 24) faz-se alusão ao trabalho de fiar e tecer das mulheres judaicas. os mantos finíssimos de linho acham-se, em tempos de corrupção entre aqueles objetos de luxo que as mulheres usavam, e pelo que são censuradas no livro do profeta isaias (3.23). o rico da parábola estava ‘vestido de linho fino’ – e José de Arimatéia prestou ao Salvador a honra de envolver o Seu corpo num lençol de linho, antes de o depositar no túmulo (Lc 16.19 – 23.53).
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linho em flor
Esta expressão significaque ele estava em flor, já bem desenvolvido e quase próximo a ser colhido (Êx 9.31). E por isso o acontecimento da praga da saraiva devia ter sido aproximadamente em março, significando os prejuízos nesta ocasião a perda da planta e de todo o trabalho que tinha havido na cultivação. Em Js 2.6 a frase ‘canas do linho’ é simplesmente a haste. A passagem contém uma referência ao costume de secar os pés dessa planta, expondo-os ao calor do sol sobre os terraços das casas. Seguia-se a isto a descascadura das hastes e a separação da fibras. E cardava-se por fim com o sedeiro. o linho constituía, antigamente, uma das mais importantes colheitas da Palestina (os 2.5,9).
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lino
linho
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liqui
Erudito
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lira
Instrumento de madeira semelhante à harpa e diferenciado dela pelo número de cordas (segundo os historiadores, cerca de dez). A lira em geral tinha uma caixa de ressonância sobre a qual se faziam vibrar as cordas.
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lirio
A flor, conhecida pelo nome de lírio do vale, não está mencionada nas Sagradas Escrituras. os ‘lírios do campo’, em Mt 6. 28, parece que compreendem aquelas famílias de flores como a tulipa, a íris, o jacinto, e a fritilária, bem como as anêmonas. Mas se em Ct 2.1,2 e em os 14.5 se quer significar uma só espécie, é provável então que se trate da iris. Sendo esta um bela flor, vigorosa e grande, e além disso de cores brilhantes, não se podia imaginar mais próprio emblema, sob o ponto de vista oriental, para despertar o sentimento da admiração do amor.
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lisânias
aquele que livra de preocupações
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lísias
aquele que liberta
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listra
Cidade da Licaônia, na província romana da Galácia, onde Paulo e Barnabé foram, no espaço de algumas horas, primeiramente venerados como deuses, e depois apedrejados pelo povo. Fora das portas da cidade estava o templo de Júpiter. Segundo uma lenda que era corrente em Listra, Júpiter e Mercúrio haviam, em tempos passados, visitado a cidade em forma humana. Aquele povo ignorante e rude imaginou que, pela segunda vez, estava recebendo a mesma honra. Mais tarde foi fundada uma igreja na mesma povoação. Timóteo, que era natural deste lugar, observou, ou certamente teve conhecimento das perseguições que Paulo sofreu por ocasião da sua primeira visita (At 14.6 a 20 – 2 Tm 3.10 e seguintes). Quando Paulo, pela segunda vez, visitou a mesma cidade, era Timóteo já cristão (At 16.1 a 3 – 2 Tm 3.10, 11). Listra tem sido identificada com umas ruínas que existem perto da vila de Khatyn Serai.
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lisura
Boa fé, sinceridade.
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liteira
Cadeirinha coberta sustentada por dois varais compridos e conduzida por homens ou animais.
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literalmente
Conforme a letra do texto; citação literal.
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literário
Respeitante a letras, à literatura ou a qualquer espécie de cultura adquirida pelo estudo ou pela leitura.
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litigar
Discutir; questão
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litígio
Disputas; questão; demanda
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litostrotos
hebraico: pavimento
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liturgia
Culto público oficiado por uma igreja; forma pela qual um culto público é conduzido; ritual.
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litúrgico
O culto público e oficial instituído por uma igreja.
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livia
Pálida, lívida
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livre arbítrio
Deus criou o homem, concedendo-lhe o livre-arbítrio e o exercício deste livre-arbítrio é algo que só pode ser feito por nós que é a escolha.
O direito de escolha não se aplica, por exemplo, às situações do cotidiano, como a decisão entre um sorvete de chocolate ou de baunilha. Isto é apenas uma questão de preferência, a qual os animais também possuem. O livre-arbítrio, por sua vez, envolve decisões que só podem ser tomadas pelo homem e que se refletem na maneira como conduz a sua vida, tendo como base a imagem Divina.
O livre arbítrio inclui o princípio de que o homem tem consciência de que pode fazer opções, não deixando simplesmente que aconteçam; ou seja, o homem assume o controle das próprias decisões, sabendo que moldarão a sua vida. Por isso, é preciso sempre conhecer as razões para a tomada de decisão, os seus objetivos e, principalmente, ser responsável por suas decisões.
Para tomar as decisões adequadas às suas características individuais, é preciso que a pessoa se conheça. Não deve assumir como verdadeiros idéias e pensamentos predeterminados pela sociedade, a não ser que concorde integralmente com os mesmos. Deus espera que cada um seja responsável por suas decisões e que as tome sempre por si mesmo e não em função da sociedade.
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livro
os primeiros livros tinham a forma de blocos e tabuinhas de pedra, de que se faz freqüente menção nas Escrituras. os escritos, geralmente memoriais de grandes e heróicos feitos, eram gravados na pedra. Jó queria que as suas palavras ficassem permanentemente registadas, quando ele desejou – ‘Que, com pena de ferro, e com chumbo, para sempre fossem esculpidas na rocha!’ (Jó 19.24).outras substâncias eram usadas para registar pensamentos ou fazer qualquer comunicação a um amigo de longe, como as folhas de chumbo, as tabuinhas de madeira, as placas de madeira delgada ou de marfim, cobertas de uma camada de cera, onde facilmente se podia escrever com o estilo, podendo facilmente também apagar-se a escrita os livros de maior duração são aqueles que têm sido encontrados nas escavações da antiga Babilônia. Têm a forma de tijolos de barro e de chapas, sendo uns cilíndricos, outros com lados planos, e ainda outros de feitio oval. Alguns estão metidos numa caixa de barro, e todos estão cobertos de uma tênue escritura, feita em barro macio, por meio do estilo, sendo depois endurecidos no forno. Estes livros variam em tamanho, sendo a sua espessura de dois a vários centímetros, e não ficando sem ser utilizada nenhuma parte da superfície. Nestes tijolos escreviam-se poemas, lendas, narrações de batalhas, façanhas de reis, transações comerciais, e contratos. (*veja Babilônia.) outra forma antiga de livro era o rolo. Este era feito de papiro, de pano de linho, ou de peles especialmente preparadas, para o traçamento de caracteres. o papiro era manufaturado no Egito, empregando-se a haste da cana, que abundantemente crescia nas margens do Nilo. Era uma substância frágil, mesmo depois de muito cuidado na sua fabricação – e embora haja nos nossos museus amostras da mais remota antigüidade, a sua preservação somente se deve a terem sido hermeticamente selados em túmulos, ou enterrados profundamente debaixo da areia seca do deserto. Este papel de papiro ainda se usava na idade Média. Mas entre os hebreus, aquela substância que especialmente se empregava na confecção dos seus livros, ou, melhor, dos seus rolos, era o pergaminho. Estes rolos eram de vários comprimentos e espessuras, embora geralmente tivessem trinta centímetros de largura. os grandes rolos, como os da Lei, eram postos em duas varinhas, sendo numa delas enrolado o pergaminho, ficando a outra apenas presa sem ser enrolada. Quando não estavam em uso, os rolos eram cuidadosamente metidos em estojos para não se deteriorarem. o pergaminho empregado nestes livros era feito de peles, e preparado com todo o cuidado – muitas vezes vinha ele de Pérgamo, onde a sua fabricação chegou a alta perfeição. Desta cidade é que derivou o seu nome. A indústria de pergaminho só atingiu um alto grau dois séculos antes de Cristo, embora a arte fosse conhecida já no tempo de Moisés (Êx 26.14). Algumas vezes estes rolos de pergaminho eram coloridos, mas fazia-se isso somente para os de mais alto preço. As livrarias, que continham estes livros, não eram certamente como as nossas, com as suas ordens de estantes. E, na verdade, os livros eram tão raros, e era tão elevado o seu preço, que somente poucos indivíduos é que tinham alguns, sendo estes guardados em caixas, ou em estojos redondos. Todavia, encontravam-se livrarias de considerável grandeza, encerrando muitas e valiosas obras, e documentos públicos. (*veja Alexandria, Babilônia.) Livros particulares eram algumas vezes fechados com o selo (is 29. 11 – Ap 5.1 a 3), tendo a marca do possuidor.
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livro da vida
Registos judaicos. Quando alguém morria, o seu nome era riscado da lista, que as autoridades guardavam, e que se supunha compreender somente os nomes dos vivos (is 4.3 e Ap 21.27).
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livro das memórias
Alusão às lembranças escritas, que alguns monarcas orientais guardavam a respeito das boas ou más ações dos seus súditos. Em certas ocasiões esse livro era consultado, e recompensas ou castigos eram dados em conformidade à ação praticada (Et 6.1 a 3).
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livro dos justos
Js 10.13 – 2 Sm 1.18. Continha uma coleção nacional de baladas, cujos assuntos eram as grandiosas ações dos heróis judaicos. Em acrescentamento às duas referidas passagens, pensa-se que um terceiro fragmento do livro existe em Nm 21.14. Muitas suposições se têm feito com respeito à forma e história do livro, mas nada mais é realmente conhecido. Tem havido várias falsificações do Livro dos Justos, que como tais foram descobertas.
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ló
Coberta
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lo-ami
Não é meu povo
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lo-debar
Sem Pasto
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lo-ruama
Não tem obtido misericórdia
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lobato
Filhote de lobo
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lobna
hebraico: branco, transparente
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lobo
Ainda há lobos na Palestina e na Síria, embora a falta de florestas os leve a procurar refúgio a maior parte das vezes nos sítios ermos. Eles não aparecem em alcatéias na Síria, como fazemem outros lugares, mas não deixam de fazer grande mal às ovelhas. Menciona-se doze vezes o lobo nas Escrituras, sempre em sentido metafórico, para designar crueldade, ou qualquer qualidade deste gênero, e quase sempre em conexão com as suas devastações nos rebanhos. Há, muitas vezes, referências ao hábito que tem o lobo de atacar a presa à noitinha (Jr 5.6 – Hc 1.8 – Sf 3.3). A sua ferocidade é também mencionada em Gn 49.27 – Ez 22.27 – e à sua maleficência entre os cordeiros se refere Ezequiel, e também Jesus Cristo (Ez 22.27 – Lc 10.3 – Jo 10.12). Na linguagem simbólica que isaías emprega a respeito da paz no reino do Messias, ele afirma que o lobo habitará com o cordeiro, e se alimentarão juntos (is 11.6 – 65.25).
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locusta
Designação científica do gafanhoto
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lode
Contenda, luta
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lode, lida
Cidade de Benjamim na planície de Sarom, reocupada depois da volta do cativeiro (1 Cr 8.12 – Ed 2.33 – Ne 7.37 – 11.35). Ali se realizou a cura de Enéias pela ação de Pedro (At 9.32 a 35, 38). Diz-se que S. Jorge, o santo padroeiro de inglaterra, nasceu naquela povoação.
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lógica
Conforme o bom senso; coerência.
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logos
Em grego, “palavra, discurso, pensamento”. Em latim e nas línguas modernas chamamos a Cristo de o Verbo, a palavra eterna de Deus que se manifesta (cf. Jo 1,1.9.14).
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lograr
Produzir o resultado que se esperava
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lóide
Avó de Timóteo, de quem Paulo selembra em virtude de sua fé (2 Tm 1.5).
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lombos
Costas; dorso
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lomganimidade
Firmeza de ânimo.
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longanimidade
Firmeza de ânimo.
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longânimo
Paciente; bondoso; generoso
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longevidade
Vida longa
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longínquo
Distante; remoto; afastado.
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longitude
Arco do equador terrestre compreendido entre o meridiano que passa pelo observatório astronômico de Greenwich (subúrbio de Londres) e o meridiano que passa pelo observador (do leste ou do oeste).
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loquacidade frívola
Palavreado sem importância
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losna
nome de várias plantas asteráceas, alosna, absinto.
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lotã
Cobertura
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loto
Certa planta aquática
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louco / tolo
É quem desconsidera a Deus em oposição ao sábio, que teme a Deus e consegue discernir o bem e o mal
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loucura
o epíteto de louco aplica-se nas Sagradas Escrituras: (1) a um indivíduo privado da sua razão (At 26.24 – 1 Co 14.23) – (2) à pessoa que esteja pervertida e dominada pelas suas paixões (At 26.11) – também àquele cuja mente está confusa e desorientada, sendo tão grande a sua perturbação que ele procede de um modo incerto, extravagante e irregular (Dt 28.34 – Ec 7.7) – e, além disso, a todos os que se acham transtornados pela veemência dos seus desejos, com respeito a ídolos, vaidades, doidices, fraudes e falsidades (Jr 50.38 – os 9.1). No oriente olham para os loucos com certa reverência, considerando-os possuídos de uma espécie de caráter sagrado. Seja exemplo disto o tratamento que recebeu Davi, quando ele se mostrou como doido na corte de Aquis (1 Sm 21.13 a 15).
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louvor
hebraico: elogio
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lua
o luar é muito mais claro nos países orientais do que nos ocidentais, e por isso, de noite, à luz da lua, faz-se uma grande parte das viagens. As palavras do Sl 121.6 ‘não te molestará… nem de noite, a lua’ dizem respeito ao mal que, segundo se julgava, faziam os raios da Lua nos olhos daqueles que dormiam sob o céu aberto. os paroxismos da epilepsia eram relacionados com o crescente e o minguante da Lua. Refere-se a este estado o evangelho de S. Mateus (4.24 – 17.15) empregando o termo ‘lunático’. A Lua era adorada no Egito, Síria e Babilônia, com particularidade Ur da Caldéia, e Harã. A mais antiga referência a esta forma de idolatria acha-se em Jó 31.26,21. *veja também o aviso de Moisés (Dt 4.19). Manassés ‘se prostrou diante de todo o exército dos céus’ (2 Rs 21.3) – e os sacerdotes que queimavam incenso à lua foram postos de parte por Josias (2 Rs 23.4,5).
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lua nova
o primeiro dia do mês lunar era santificado (Nm 28.11 a 15) – por isso não se faziam negócios nem trabalhos manuais (Am 8.5), estando o templo aberto ao culto público (is 66.23 – Ez 46.3). E do que está escrito em 1 Sm 20.5 e 24 depreende-se que nesse dia se faziam banquetes de grande cerimônia, visto como Davi se considerava especialmente obrigado a ir nessa ocasião sentar-se à mesa do rei.
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lubavitch
Lit. “cidade do amor” ; aldeia na Rússia que foi o centro dos chassidim de Chabad de 1813 a 1915 e que permaneceu como Sinônimo de Chabad.
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lubim
hebraico: moradores em lugar sedento
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luca
Luminoso
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lucas
Lucas foi o companheiro de Paulo, e segundo a quase unânime crença da antiga igreja, escreveu o evangelho que é designado pelo seu nome, e também os Atos dos Apóstolos. Ele é mencionado somente três vezes pelo seu nome no N.T. (Cl 4.14 – 2 Tm 4.11 – Fm 24). Pouco se sabe a respeito da sua vida. Têm alguns julgado que ele foi do número dos setenta discípulos, mandados por Jesus a evangelizar (Lc 10.1) – outros pensam que foi um daqueles gregos que desejavam vê-lo (Jo 12.20) – e também considerando que Lucas é uma abreviação de Lucanos, já têm querido identificá-lo com Lúcio de Cirene (At 13.1). Dois dos Pais da igreja dizem que era sírio, natural de Antioquia. Na verdade não parece ter sido de nascimento judaico (Cl 4.11). Era médico (Cl 4.14). Ele não foi testemunha ocular dos acontecimentos que narra no Evangelho (Lc 1.2), embora isso não exclua a possibilidade de ter estado com os que seguiam a Jesus Cristo. Todavia, muito se pode inferir do emprego do pronome da primeira pessoa na linguagem dos Atos. Parece que Lucas se ajuntou a Paulo em Trôade (At 16.10), e foi com ele até à Macedônia – depois viajou com o mesmo Apóstolo até Filipos, onde tinha relações, ficando provavelmente ali por certo tempo (At 17.1). Uns sete anos mais tarde, quando Paulo, dirigindo-se a Jerusalém, visitou Filipos, Lucas juntou-se novamente com ele (At 20.5). Se Lucas era aquele ‘irmão’, de que se fala em 2 Co 8.18, o intervalo devia ter sido preenchido com o ativo ministério. Lucas acompanhou Paulo a Jerusalém (At 21.18) e com ele fez viagem para Roma (At 21.1). E nesta cidade esteve com o Apóstolo durante a sua primeira prisão (Cl 4.14 – Fm 24) – e achava-se aí também durante o segundo encarceramento, precisamente pouco antes da morte de Paulo (2 Tm 4.11). Uma tradição cristã apresenta como pregando o Evangelho no sul da Europa, encontrando na Grécia a morte de um mártir. (*veja Lucas – o Evangelho segundo.)
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lucas (o evangelho segundo)
A autoria deste livro é, pela voz unânime da antigüidade, desde ireneu (c. 180 d.C.) em diante, atribuída a Lucas, o médico. E alusões a ele alguns críticos descobriram a partir de Clemente de Roma (95 d.C.). Que o autor do Evangelho é o mesmo dos Atos dos Apóstolos, é quase universalmente aceito.(*veja Atos dos Apóstolos.) A DATA do livro é incerta. A comparação deste Evangelho com Mateus e Marcos nos sugere que é o livro de Lucas o último dos evangelhos sinópticos, e deste modo deve ter sido escrito depois do ano 70 (d. C). Mas também tem sido considerado que os dois anos da prisão de Paulo, em Jerusalém e Cesaréia, podiam ter proporcionado a Lucas a ocasião de compor a sua obra, o que torna possível ter sido escrita pelo ano 60 mais ou menos. o estilo do autor é o de um homem educado, hábil na maneira de escrever. o sumário do Evangelho é o seguinte: Prefácio (1.1 a 4). o nascimento e os primeiros tempos da infância de Jesus Cristo (1.5 – 2). o Seu batismo, genealogia, e tentação (3.1 a 4.13). o Seu ministério na Galiléia (4.14 a 9.50). A Sua viagem, partindo da Galiléia, indo pela Samaria, Peréia e Judéia, e terminando com a Sua chegada a Jerusalém (9.51 a 19.27). A Sua entrada na Cidade Santa, e os fatos que se seguiram até à Sua crucifixão (19.28 ao cap. 23). A Sua ressurreição e seus resultados (24). Pelas características deste livro achamos que ele nem foi escrito de um modo particular para os judeus, nem especialmente para os gentios mas para todo mundo: é o Evangelho de uma livre e universalmente oferecida salvação. As particularidades deste Evangelho são numerosas e notáveis. l. A narrativa dos acontecimentos que precedem e acompanham o nascimento de Jesus, incluindo o nascimento de João Batista, e belos hinos cristãos, conhecidos pelos nomes de Magnificat (1.46 a 55), Benedictus (1.68 a 79), Gloria in Excelsis (2.14) e Nunc Dimittis (2.29 a 32) – a genealogia humana (3.23 a 38). 2. A infância de Jesus, o único episódio que quebra os ‘trinta anos de silêncio’ (2.41 a 52). 3. Muitos discursos e máximas de Jesus, com certos incidentes como os relacionados com a festa na casa de Simão (7) – mas especialmente os fatos que estão compreendidos na grande seção que se estende desde 9.51 até 18.14. (Algumas das palavras de Jesus, incluídas nesta seção, são apresentadas por Mateus e Marcos sob aspectos diferentes, e foram talvez repetição das Suas primeiras falas.) Há incidentes absolutamente peculiares a este Evangelho, como a rejeição de Jesus pelos samaritanos (9), a missão dos setenta (10), discursos concernentes à maneira de dirigir os discípulos (14.25 a 35 – 17.1 a 10), a visita a Zaqueu (19) e várias parábolas. 4. o Evangelho encerra as seguintes parábolas: a dos dois devedores (7) – a do bom samaritano (10) – a do amigo importuno (11) – a do rico louco (12) – a da figueira estéril (13) – a da dracma perdida e do filho pródigo (15) – a do feitor infiel – a do rico avarento e Lázaro (16) – a do juiz iníquo – a do fariseu e do publicano (18) – a das minas (19). (*veja Parábola.) 5. os milagres narrados somente neste Evangelho são: a pesca maravilhosa (5) – a ressurreição do filho da viúva de Naim (7) – a cura da mulher paralítica (13) – a do homem hidrópico (14) – a dos dez leprosos (17) – a cura de Malco (22). (*veja Milagre.) 6. Com respeito aos acontecimentos ligados com a morte e ressurreição de Jesus Cristo, Lucas é o único evangelista que menciona a oração pelos Seus algozes (23.34), e a promessa ao ladrão arrependido (23.39 a 43). A ida a Emaús e a ascensão (24), embora estejam mencionadas no sumário do último capítulo de Marcos, são, de certo modo, peculiares ao Evangelho de Lucas. É também para se notar que neste Evangelho, mais do que em qualquer outro, é reconhecida a dignidade da mulher, visto como S.Lucas retrata belamente a mãe de Jesus Cristo, e nas referências tantas vezes feitas a mulheres mostra estas no serviço do Mestre, e as atenções do Salvador para com elas (Lc 1,2 – 7.11 a 17 – 8.1 a 3.48 – 10.38 a 42 – 13.16 – 23.28 – etc.). Além disso, em nenhum outro evangelho é o seu autor tão cuidadoso em patentear a atitude de Jesus para com os pobres, necessitados, e desprezados (2.24 – 6.20 a 25 – 8.2,3 – 12.16 a 21 – 14.12 a 15 – 16.13 – 19.25, etc.).
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lucelia
Luz, iluminação
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lucia
Luz, iluminação
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luciana
Luz, iluminação
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luciane
Luz, iluminação
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luciano
Luz, iluminação
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lúcida
Resplandescente, brilhante.
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lúcifer
A palavra traduzida pelo termoLúcifer (is 14.12) é um epíteto aplicado ao rei da Babilônia, que caiu do seu estado de glória e elevação. Emprega-se Babilônia no Apocalipse como símbolo do império e último destino do maléfico – e daqui provém o uso do nome de Lúcifer para significar Satanás pela sua queda do céu.
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lucila
Luminosa
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lucilia
Luz, iluminação
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lucio
latim:
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luciola
Luz, iluminação
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lude
hebraico: curvado
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ludim
hebraico: descendentes de Lude
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ludmila
Amada do povo
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lugares altos
Ver Altos.
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lugares altos (os altos)
os cumes dos montes e outeiros eram lugares de culto entre muitos povos. o altar de Noé foi, sem dúvida, sobre o monte Ararate (Gn 8.20). Abrão edificou um altar sobre um monte, ao oriente de Betel (Gn 12.8). o altar levantado por Moisés, chamado ‘o Senhor é minha Bandeira’ estava, sem dúvida, no cume do monte (Êx 17.9,15). Ao entrarem na Terra Prometida, acharam os hebreus lugares altos em conexão com o culto idolátrico. ordenou Moisés aos filhos de israel que deitassem abaixo ‘todos os seus ídolos’ (Nm 33.52). A lei deuteronômica determinava que o povo olhasse mais adiante, para ‘um lugar que o Senhor escolheria’, onde haviam de ser oferecidos os sacrifícios e ofertas. Se esta lei foi dada por Moisés, não podia ter sido aceita como uma ordem para se usar unicamente um lugar de sacrifício: porquanto tais atos como os de Gideão (Jz 6.24,26), de Davi (1 Cr 21.26), e de Elias (1 Rs 18.30 – cp. 1 Rs 19.10) nos fazem ver que o uso de outros altares não era excepcional. Entretanto, continuava o culto pagão nos lugares altos – e em alguns casos notáveis houve a cumplicidade de homens em evidência, como Salomão (1 Rs 11.7), e Jeroboão, filho de Nabate (1 Rs 1L28,33). o culto, que nestes lugares altos se efetuava, era ousadamente condenado pelos profetas (por exemplo, os 4.13 – 10.8). Foi atacado por Ezequias (2 Rs 18.4), e rigorosamente combatido por Josias g Rs 23.4 a 20). A expressão ‘lugares altos’ ou ‘os altos’ perdeu, no decorrer do tempo, o seu sentido material, e veio a significar o altar de um deus pagão, ou certo lugar de culto. Havia-os no vale de Hinom (Jr 7.31), à entrada de uma porta de Jerusalém (2 Rs 23.8), e mesmo nas estradas (Ez 16.24). os lugares altos para o culto idólatra tinham os seus sacerdotes (1 Rs 12.31), os seus sacrifícios, sendo até humanos os sacrifícios realizados nos ‘altos de Tofete’ (Zr 7.31), e ritos licenciosos (os 4.13).
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luisa
Guerreira gloriosa
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luite
Feitas de mesas, ou de tábuas
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luiza
Guerreira gloriosa
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lulav
Uma das quatro espécies utilizadas para fazer as bênçãos especiais durante a festa de Sucot.
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lume
A claro
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lunático
Que é sujeito à influência da Lua; maníaco, visionário, aluado.
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lunissolar
Calendário que leva em conta simultaneamente a rotação da Lua em torno da Terra e as estações do ano, regidos pelo Sol.
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luto
Uma notável feição do luto oriental é a sua preparada publicidade. Veio Abraão depois da morte de Sara, em grande cerimônia, lamentar a sua morta e chorar por ela (Gn 23.2). Sabemos também que lugares altos, estradas, terraços, eram sítios especialmente escolhidos, para manifestações de pesar, não só pelos judeus, mas também por outras nações. Entre os métodos especiais de qualquer pessoa exprimir a sua dor, havia os seguintes: rasgar os vestidos (Gn 37.29,34) – vestir-se de saco (Gn 37.34) – lançar cinza, pó ou terra sobre a cabeça (Js 7.6 – Jó 2.8) – usar vestidos de luto (2 Sm 14.2) – despojar-se dos seus atavios (Êx 33.4,6 – 2 Sm 19.24) – arrancar o cabelo da cabeça ou a barba (Ed 9.3) – jejuar (1 Sm 31.13) – prostrar-se sobre a terra (2 Sm 12.16) – e o emprego de contratados pranteadores, que eram mulheres e instrumentistas (2 Cr 35.25 – Mt 9.23). os sumos sacerdotes eram proibidos de tomar luto, mesmo pelo pai, ou pela mãe. os sacerdotes inferiores podiam exteriorizar o luto nos casos de parentes próximos (Lv 21.1 a 11). o aproximar-se do defunto para lamentações produzia mancha cerimonial (Nm 19.11 a 16).
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luxúria
Perversão de costumes; práticas antinaturais; licenciosidade
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luz
hebraico: amendoeira
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luza
hebraico: amendoeira
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luzia
Guerreira gloriosa
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lycia
hebraico: dissolvendo
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lydia
Irmã
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lylian
Lírico
M
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maaca
opressão l. A filha que Naor, irmão de Abraão, teve da sua concubina Reumá (Gn 22.24). 2. Uma das mulheres de Davi, e mãe de Absalão (2 Sm 3.3 – 1 Cr. 3.2). 3. Um pequeno reino, nas faldas do Hermom, próximo de Basã, que coube a Manassés. Mas este não exterminou os seus habitantes (Dt 3.14 – Js 12.5 – 13.11, 13). Juntou-se aos amonitas contra Davi (2 Sm 10.6,8 – 1 Cr 19.6,7) – é o mesmo que Abel-Bete-Maaca (2 Sm 20.14,15). 4. o pai de Aquis, que foi rei de Gate no princípio do reinado de Salomão (1 Rs 2.39). 5. A mulher de Roboão e mãe de Abias, rei de Judá (1 Rs 15.2 – 2 Cr 11.20). Durante o reinado do seu neto Asa, exerceu ela a influência de ‘Mãe do Rei’, e levou o povo para a idolatria (1 Rs 15.13 – 2 Cr 15.16). Foi, porém, afastada do poder, quando Asa empreendeu a sua reforma religiosa. 6. A concubina de Calebe, filho de Hezrom (1 Cr 2.48). 7. Uma mulher de Benjamim que casou com Maquir, filho de Manassés (1 Cr 7.15,16). 8. A mulher casada com Jeiel, que foi pai de Gibeom, de quem descendia a família de Saul (1 Cr 8.29 – 9.35). 9. o pai de Hanã, um dos guerreiros de Davi (1 Cr 11.43). 10. o pai de Sefatias, que foi governador de simeonitas no tempo de Davi (1 Cr 27.16).
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maacate
aramaico: casa de opressão
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maadai
Ornamento
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maadias
Ornamento de Jeová
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maai
hebraico: compaixão
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maalá
Tenro, enfermiço
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maalalel
Exaltação, glorificação a Deus
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maalate
Harpa
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maalelel
hebraico: louvor a Deus
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maali
hebraico: enfermidade, doença
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maanaim
Dois campos, ou exércitos. Cidade ao oriente do Jordão, e ao sul do Jaboque, onde Jacó foi encontrado pelos anjos de Deus (Gn 32.2). Ficava no limite sul de Basã, na fronteira de Gade e Manassés. Coube a Gade e foi dada aos meraritas (Js 13.26,30 – 21.38 – 1 Cr 6.80). Ali foi coroado is-Bosete depois da morte de Saul, e ali também se refugiou Davi, quando fugia de Absalão (2 Sm 2.8,12,29 – 17.24,27 – 19.32 – 1 Rs 2.8). Foi um dos comissariados de Salomão (1 Rs 4.14). Maanaim tem sido identificada com a vila moderna de Mahné, mas isto é incerto.
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maané-dã
Campo de Dã
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maarai
Impetuoso
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maarate
Lugar sem árvore
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maari
hebraico: impetuoso
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maasai
Trabalho de Jeová
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maaséia
Obra de Jeová
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maaséias
obra do Senhor. 1. Levita quetomou parte nas cerimônias que se efetuaram, quando a arca saiu da casa de obede-Edom (1 Cr 15.18,20). 2. Um dos capitães que ajudaram a colocar Joás no trono de Judá (2 Cr 23.1). 3. oficial do rei Uzias (2 Cr 26.11). 4. Filho de Acaz, rei de Judá – foi morto por Zicri, o efraimita, quando Peca, rei de israel, invadiu o reino de Judá (2 Cr 28.7). 5. Governador de Jerusalém no reinado de Josias – foi ele o superintendente nas obras da restauração do templo (2 Cr 34.8). 6. o nome de várias pessoas, que tinham casado com mulheres estrangeiras (Ed 10.18,21, 22,30). 7. o pai de Azarias, que consertou parte do muro de Jerusalém (Ne 3.23). 8. Sacerdote que estava ao lado de Esdras, enquanto este lia a lei (Ne 8.4). 9. Sacerdote que explicava a lei, lida por Esdras (Ne 8.7). 10. Um homem que selou o pacto, feito por Neemias (Ne 10.25). 11. Descendente de Perez (filho de Judá), que habitou em Jerusalém depois do cativeiro (Ne 11.5). 12. Benjamita, cujos descendentes habitaram em Jerusalém depois do cativeiro (Ne 11.7). 13. Sacerdote, que assistiu ao serviço de dedicação dos muros de Jerusalém (Ne 12.41,42). 14. Sacerdote, cujo filho recebeu ordem do rei Zedequias para que fizesse inquirições a respeito dos desígnios do Senhor (Jr 21.1 – 29.25 – 37.3). 15. Pai de um falso profeta, que falou durante o cativeiro da Babilônia (Jr 29.21). 16. Avô de Baruque, amanuense e mensageiro de Jeremias (Jr 32.12 – 51.59). 17. oficial do templo, no reinado de Jeoaquim (Jr 35.4).
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maasiai
hebraico: obra do senhor
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maasias
hebraico: refugio
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maate
Dissolução
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maaz
hebraico: ira ou conselheiro
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maazias
Consolação de Jeová
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maaziaz
hebraico: consolação de Jeová
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maaziote
Visões
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mabel
Amável
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mabsar
hebraico: defesa
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maçã, macieira
A maçã é mencionada várias vezes na Sagrada Escritura (Pv 25.11 – Ct 2.3 a 5 – 7.8 -8.5 – J11.12) -mas não se sabe se se trata da nossa maçã, pois que não é natural da Síria. As opiniões dividem-se, não se sabendo se é maçã, limão, laranja, marmelo, ou damasco, o fruto a que se faz referência. o Cônego Tristão sustentou que há somente um fruto que concorda perfeitamente com as exigências das passagens citadas, e esse é o damasco, abundante na Terra Santa. Que pode melhor convir às imagens de Salomão ‘maçãs de ouro em salvas de prata’ do que este áureo fruto, que se observa entre as folhas da árvore, folhagem que é brilhante na sua palidez?
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macabeu
valoroso, ilustre, guerreiro, vingador
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macabeus
hebraico: martelo, Livro apócrifos
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maçaroca
Porção de fio torcido e enrolado no fuso; rolo de cabelos difícil de ser desenrolado
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macaz
Fim
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macbanai
quem é como os meus filhos
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macbena
Capa, ou laço
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maceda
hebraico: lugar de pastores
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macedônia
Província romana que se estendia desde o mar Egeu ao Adriático, tendo a ilíria ao noroeste e a Acaia ao sul. Foi o primeiro país que recebeu o Evangelho, estando intimamente relacionado com o ministério de Paulo. o trabalho de Paulo nessa região foi ‘no início do Evangelho’ (Fp 4.15). Por efeito de uma visão passou ele à Macedônia (At 16.9 e seg.) – e mais tarde tornou a visitar as suas igrejas (At 19.21 – 20.1 a 3 – 1 Co 16.5 – 2 Co 1.16). Foram notáveis auxiliadores do Apóstolo os macedônicos Gaio e Aristarco (At 19.29). Segundo e Sópatro (At 20.4), e Epafrodito (Fp 2.25). os cristãos da Macedônia foram eminentes pela sua piedade e força de caráter (At 17.11 – Fp 4.10 a 19 – 1 Ts 2.8,17 a 20 – 3.10). Também, na Macedônia, as mulheres convertidas exerceram grande influência na vida da igreja de Cristo. A primeira pessoa convertida foi uma mulher (At 16.14), e sempre as mulheres foram ativas no serviço da igreja (Fp 4.2,3). (*veja Lídia.)
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macelote
hebraico: varas
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macenias
hebraico: posse do Senhor
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machado
Diversas espécies deste artigose mencionam na Bíblia. Uma variedade constava de uma peça de ferro, que, presa com correias a um cabo de madeira (Dt 19.5 – 2 Rs 6.5), servia para separar qualquer coisa. outra variedade parece ser uma forma de picão (Êx 20.25 – Ez 26.9). Aquele instrumento, a que se refere isaías (44.12) e Jeremias (10.3), parece ter sido um podão, que o serralheiro e o carpinteiro usavam. o martelo, ou acha de armas em Jr 51.20, era provavelmente uma maça pesada ou malho.
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macla
Tenra ou enfermiça
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macnadbai
O que é igual a uma pessoa liberal?
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macnadebal
hebraico: que há como a liberdade do Senhor
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macpela
o campo e a cova de Hebrom, que Abraão comprou, e onde foram colocados os restos mortais de Abraão, Sara, isaque, Rebeca, Lia e Jacó. Neste mesmo sítio está hoje uma mesquita, que é um dos quatro santuários do mundo maometano (Gn 23.17 a 20 – 25.9 – 49.30 – 50.13).
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macqui
hebraico: diminuição
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mactes
Lugar oco, ou cavidade
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macu
hebraico: diminuição
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mácula
Sujeira; culpa ou defeitos
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madai
hebraico: meio
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madalena
Nome de origem hebraica e significa “A que vive só na torre, a magnífica”
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madeira odorifera
A madeira, a que se refere o Ap 18.12, era preciosa e muito procurada pelos romanos para fazerem os seus móveis. Era a tuia, proveniente de uma árvore conhecida pelo nome de Callitris quadrivalvis, em estreita relação com a bem conhecida Arbor vitae.
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madias
ornamento do Senhor
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madmem
hebraico: monturo
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madmena
hebraico: monturo
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madnama
hebraico: monturo
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madom
Contenda, luta
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mãe
Esta palavra é, algumas vezes, usada na significação de metrópole, a ‘mãe’ ou cidade principal de um país ou de uma tribo – e outras vezes emprega-se compreendendo o povo todo (2 Sm 20.19 – is 50.1 – Gl 4.26 – Ap 17.5). ‘Mãe em israel’ foi um nome dado a Débora (Jz 5.7), querendo dizer a mulher que serviu a Deus na libertação do povo de israel.
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mãeli
hebraico: doença
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mãer-salal-has-baz
hebraico: rápido, desposo, presa, segura
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maestria
Qualidade de mestre; grande saber; sabedoria.
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mafazejo
Que se apraz em fazer mal; danoso, maléfico, pernicioso
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magada
hebraico: magnificente
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magali
Pérola, corresponde a margarida
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magbis
Congregação
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magdala
Grandeza, ou torre
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magdala, madalena
Cidade na borda do mar da Galiléia, situada cinco quilômetros ao norte de Tiberíades (Mt 15.39). Em Mc 8.10 chama-se Dalmanuta. Ali residia aquela Maria, que, por causa do lugar, é chamada Maria Madalena. o lugar acha-se identificado com a moderna vila de El-Mejdel.
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magdiel
Príncipe de Deus
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magedom
hebraico: magnificente
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magia, necromante
É o emprego de certos meios para influenciar os espíritos, pois se supunha que estes tinham ação sobre homens e circunstâncias. A magia era praticada no Egito (Êx 7 e 8), e geralmente no oriente. os hebreus estavam, portanto, em contato com os lugares de magia e era-lhes proibido pela lei de Moisés que fizessem uso dessas práticas (Lv 19.31 – 20.6 – Dt 18.9 a 14). Quando Saul visitou a feiticeira de En-Dor (1 Sm 28), a mulher recorreu à magia, ficando surpreendida com o resultado. No N. T. as ‘vãs repetições’ dos pagãos (Mt 6.7) podem ser uma referência à crença de que eram eficazes as orações e atribuições, quando eram repetidas muitas vezes (*veja 1 Rs 18.26). Nos Atos são nomeadas duas pessoas, que se dizia praticarem a magia: Simão (8.9), e Elimas (13.8) – e com respeito a At 19.19, que os crentes de Éfeso denunciaram, trata-se, sem dúvida, de atos de magia. Primitivos escritores cristãos se consideravam como pessoas que professavam a magia com respeito aos espíritos maus, pois acreditavam que estes espíritos podiam ser dominados pela palavra que um verdadeiro crente lhes dirigisse em nome de Cristo. o concílio de Ancira (315 d.C.) foi o primeiro a legislar contra a magia. (*veja Encantador.
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magistral
Perfeito, completo, exemplar.
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magnificência
Qualidade de magnificente; grandiosidade, suntuosidade, pompa, esplendor.
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magnitude
Qualidade de magno; grandeza.
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magogue
l. o segundo filho de Jafé (Gn10.2 – 1 Cr 1.5). 2. os descendentes de Magogue e a sua terra – mas é coisa incerta se era a Cítia, que ficava entre o mar Negro e o mar Cáspio, ou se era região da Ásia Menor. Ezequiel emprega a expressão Gogue, e terra de Magogue, para simbolizar a violência terrestre, malograda pelo poder de Deus (Ez 38.2 – 39.6). As imagens de Ezequiel são usadas no Apocalipse para descrever a luta final entre Cristo e o Anticristo (Ap 20.8).
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magor-messabide(a)
hebraico: terror por todos os lados
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magor-missabibe
Terror de todos os lados
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magos
A palavra Rabe-Mague, em Jr 39.3,13, significa ‘chefe de Magos’, que em tempos muito remotos constituíam uma casta religiosa entre os persas, que adoravam a Deus sob a forma de fogo. o fato de estarem os magos entre os caldeus da corte de Nabucodonosor produziu a corrupção da sua fé original, parecendo estarem as suas operações principalmente restringidas à astrologia, adivinhação e interpretação de sonhos. As relações entre Daniel e os magos estão descritas na sua profecia. Ele foi o principal dos magos de Babilônia (Dn 5.11). Nos tempos que precederam a história do N. T. o nome de magos estava já associado com trapaças de toda espécie. Em toda parte do império Romano se encontravam enxames de impostores, que se intitulavam magos. Mago é o epíteto de Simão, aquele embusteiro, a que se faz referência nos Atos (8.9). Todavia, a palavra ‘magos’ tem uma honrosa significação quando é aplicada aos sábios, vindos do oriente, para procurarem o Salvador, que nascia em Belém (Mt 2). Em At 13.6,8 o termo acha-se traduzido por mágico, encantador. (*veja Medos.)
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magpias
hebraico: matador de mariposas
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magrom
hebraico: lugar de grande conflito
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maguid
Lit. “relatando”; um dos passos do sêder que narra a história do Êxodo.
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maher-shalal-hash-baz ou maersalalhasbas
Muito mais longo do que o nome é o seu significado: “Rápido-Despojo-Presa-Segura” ou “Apresse o Espólio, Acelere o Saque”. Encontrado em Isaías 8:1-10
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mai
hebraico: compaixão
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maimam
hebraico: da destra, feliz
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maimônides
Rabi Moshê Ben Maimon (4895-4964 a partir da criação do mundo – 1135-1204 E.C.), talmudista, filósofo, médico, matemático e codificador da Lei Judaica. Nasceu na Espanha e viveu no Marrocos e Egito.
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maina
hebraico: feliz
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maiom
hebraico: doença
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mair
hebraico: preço, pago
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majorar
Aumentar
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mala
hebraico: doença, enfermidade
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malalai
hebraico: eloqüente
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malalieu
Deus faz resplandecer a sua luz
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malaquias
o meu mensageiro. Nome ou título do autor do último livro canônico do A. T. (Ml 1.1). Segundo a opinião judaica do tempo posterior de Jesus Cristo, e a dos Pais da igreja Primitiva, pensando também do mesmo modo a maior parte dos expositores, Malaquias não é um nome próprio mas apenas um título. Na versão dos LXX acha-se em Ml 1.1 esta expressão: ‘pela mão do Seu mensageiro’. Noutras traduções, diz-se ‘o meu mensageiro’. Jerônimo apresenta a maneira de ver hebraica, segundo a qual este ‘mensageiro’ foi Esdras, o escriba. Nada se sabe com exatidão quanto à personalidade do escritor além daquilo que se pode colher da sua obra. (*veja Malaquias, Livro de).
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malaquias (livro de)
É o último livro da série do A. T., conhecida pelo nome de Profetas Menores. Quanto à autoria do livro, *veja o vocábulo Malaquias. A sua DATA pode inferir-se do que se acha ali escrito – mas, ao passo que uns escritores o colocam antes da chegada de Esdras, outros afirmam ter ele aparecido durante o período de tempo em que Neemias estava na corte do rei da Pérsia. o estilo do escritor é vigoroso, conciso, e claro. Uma profunda veemência se nota nas suas palavras. É característica a maneira como o profeta se serve das objeções que teriam sido primeiramente feitas, quando as suas mensagens foram proferidas (*veja 1.2 – 2.17 – 3.8,13,14). Um resumo do livro pode ser exposto do seguinte modo: i. irreverência nos serviços divinos (cap. 1), especialmente vergonhosa por estes dois motivos: a ingratidão dos israelitas para com o Senhor, que os tinha acumulado de benefícios, em contraste com Edom (1.2 a 5) – e o seu culto que contrastava com aquela adoração santa e pura, que fora da Terra Santa se observava (1.10,11). Esta passagem, ou pode descrever a prática dos judeus da Dispersão, ou simboliza de um modo admirável o culto universal da igreja – na verdade, ‘em todo o lugar lhe é queimado incenso’ antecipa de um modo notável a declaração de Jesus Cristo (Jo 4.21). ii. infidelidade sacerdotal (2.1 a 9). Se é certo que o povo trazia impiamente ao altar vis e vergonhosas oferendas, não é menos certo que os sacerdotes, pelos seus ensinamentos corruptos, fazendo acepção de pessoas, eram ainda mais criminosos. iii. Casamentos ímpios (2.10 a 16). o grande desígnio de Deus para a formação de uma geração santa pela instituição do casamento era de modo flagrante combatido pelas alianças com os pagãos. E os divórcios, que esses casamentos originavam, eram a fonte de terríveis tristezas domésticas e de choros, que cobriam de lágrimas o altar do Senhor (2.13). iV. Estes pecados acarretariam o castigo próprio (2.17 a 3.6). o mensageiro do Senhor viria a preparar o Seu caminho – o próprio Senhor havia de aparecer no Seu templo, para julgar e purificar os homens. *veja o pecado que o povo cometia, não querendo oferecer a Deus os seus dons, é outra vez denunciado – e é feita a promessa de que a fidelidade neste assunto seria seguida de bênçãos temporais, e declarava-se que os ímpios, que por zombaria perguntavam se a religião era proveitosa, teriam mais tarde a resposta. Em contraste com estes escarnecedores brilhava o exemplo dos fiéis (3.7 a 18). Vi. o profeta fecha o livro com a segurança de uma salvação próxima, prediz o nascimento do sol da justiça, e ordena que até àquele dia se observe a Lei. Para confirmar isto mesmo, e preparar o caminho do juízo, havia de aparecer um segundo Elias (4). As referências a Malaquias, no Novo Testamento, são interessantes: a escolha de israel de preferência a Edom (1.2) serve para ilustrar a eleição divina, Rm 9.13. o ‘Mensageiro de Deus’ (3.1), e o ‘profeta Elias’ (4.5,6) são identificados com João Batista (Mt 11.10,14 – 17.11 – Mc 1.2 – 9.11,12 – e Lc 1.17,76 – 7.27). A bela imagem do nascimento do sol da justiça tem o seu lugar paralelo nestas palavras (Lc 1.78): ‘pela qual nos visitará o sol nascente das alturas.’ Cp. com Jo 1.4 – 8.12 – 9.5 e 12.46.
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malasar
hebraico: camareiro ou dispenseiro
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malçã
Seu rei
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malco
rei
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maleleel
hebraico: louvor de Deus
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malfeitor
Aquele que comete crimes ou delitos condenáveis.
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malhado
Que tem malhas ou manchas
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mali
hebraico: fraco, doente
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malograr
Fracassar; não ir adiante
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malom
Enfermo
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maloque
hebraico: conselheiro
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maloti
Minha plenitude
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malqui
hebraico: urtiga
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malquias
o Senhor é rei. l. Um gersonita, antepassado de Asafe, o qual foi um dos diretores do canto, no reinado de Davi (1 Cr 6.40). 2. o chefe de uma família de sacerdotes, quando os cargos do santuário eram destinados por sorte (1 Cr 24.9). 3, 4, 5. Pessoas que tinham casado com mulheres estrangeiras durante o cativeiro ou depois dele, e que as repudiaram por determinação de Esdras (Ed 10.25,31 – Ne 3.11). 6, 7. Pessoas que trabalharam na reparação do muro de Jerusalém, depois do cativeiro (Ne 3.14,31). 8. Um dos sacerdotes que estavam à esquerda de Esdras, quando este lia a Lei ao povo diante da praça, em frente da Porta das Águas (Ne 8.4). 9. Sacerdote que selou o pacto (Ne 10.3). 10. outro sacerdote, que tomou parte na dedicação dos muros de Jerusalém (Ne 12.42). 11. Pai de Pasur. Pasur foi mandado pelo rei Zedequias a Jeremias para ser consultado o Senhor. Depois disso Jeremias foi lançado na cisterna de Pasur. (1 Cr 9.12 – Ne 11.12 – Jr 21.1 – 38.1,6).
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malquiel
Rei posto por Deus
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malquirão
Rei da Exaltação
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malquisua
Rei da salvação, ou auxílio
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malta
É uma ilha do Mediterrâneo, ao sul da Sicília, onde se deu o naufrágio de Paulo (At 28.1). Naquele tempo era uma dependência da província romana da Sicília. Pela sua posição no Mediterrâneo, e pela excelência dos seus portos, foi sempre Malta, ou Melita, considerada de grande importância no comércio e na guerra. Foi famosa pelo seu mel e frutos, pelas suas fábricas de algodão, pelas suas pedreiras, e pela sua bem conhecida raça de cães. Em At 27.27 há uma referência ao Adriático – mas nenhuma dificuldade há na identificação de Melita com a moderna ilha de Malta, visto como Adriático, na linguagem daquele tempo, não designava o Adriático ou golfo de Veneza, mas o mar largo entre Creta e Sicília.
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maluque
hebraico: conselheiro
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malva
Erva medicinal da família das Malváceas, cujas folhas e flores encerram mucilagem
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mamom
Riqueza, Propriedade.
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maná
Alimento que Deus mandou, em forma de chuva, aos israelitas no deserto. Seria um líquen (Lecanora esculenta) ainda hoje comum na mesma região, e que, transportado pelo vento, cai à maneira de chuva e é usado como alimento. Dizem alguns que esta palavra se deriva da pergunta que os israelitas fizeram: ‘que é isto?’ (Êx 16.15). Em hebraico, Manhul o maná que caiu no deserto para alimento do povo de israel, e as condições respeitantes ao seu uso, tudo isso se acha descrito em Êx 16.14 a 36 – Nm 11.6 a 9. Um vaso de maná foi posto na arca para memória (Êx 16.33 – Hb 9.4). Também se faz alusão ao provimento do maná em Dt 8.3,16 – Js 5.12 – Ne 9.20 – Sl 78.24 – Jo 6.31,49,58. No Ap 2.17 a frase ‘maná escondido’ está escrita em oposição a sacrifícios aos ídolos. o maná tem sido identificado com a transpiração de uma árvore, que ainda hoje se encontra na península do Sinai, e com outras substâncias, incluindo o líquen, que têm sido levadas pelo vento a grandes distâncias. Mas nenhum particular produto preenche todas as condições da narrativa bíblica. o maná de uso moderno é a seiva do freixo (Árvore da família das oleáceas (Fraxinus excelsior)), depois de seca, sendo essa preparação feita na Europa meridional.
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manaate
descanso
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manaém
consolador
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manancial
Nascente de água; fonte abundante; que corre incessantemente.
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manassés
Causando esquecimento. l. o filho mais velho de José (Gn 41.51). José apresentou os seus dois filhos a seu pai Jacó, já moribundo, para que os abençoasse. Jacó os adotou: mas o direito de nascimento foi dado a Efraim, embora fosse o mais novo (Gn 48.1 a 22). A tribo de Manassés saiu do Egito em número de 32.200 homens, compreendendo os de 20 anos para cima, e sendo Gamaliel o seu príncipe, que era filho de Pedazur (Nm 2.20,21). Esta tribo dividiu-se na Terra Prometida. Meia tribo de Manassés estabeleceu-se ao oriente do Jordão, possuindo o país de Basã, desde a ribeira de Jaboque para o norte – e a outra meia tribo de Manassés ficou ao ocidente do Jordão, e tinha as terras que ficavam entre Efraim, ao sul, e issacar, ao norte (Js 17.10). Gideão e Jefté eram manasseitas. À meia tribo do oriente do Jordão se juntaram Rúben e Gade preparando 120.000 homens, com toda a sorte de instrumentos de guerra, a fim de tomarem parte na coroação de Davi em Hebrom (1 Cr 12.37). Mas a prosperidade levou os manasseitas à idolatria, os quais receberam o seu castigo, sendo arrastados ao cativeiro por Pul e Tiglate-Pilneser (1 Cr 5.23 a 26). Houve membros da tribo de Manassés, que exerceram um papel importante nas diversas reformas religiosas (2 Cr 15.9 – 30.1 – 31.1 – 34.6). 2. o décimo-quinto rei de Judá. Era filho de Ezequias e tinha doze anos de idade, quando iniciou o seu reinado, que durou o espaço de cinquenta e cinco anos. Ele prestou culto aos ídolos de Canaã – reedificou os altos que o seu pai tinha destruído – levantou altares a Baal – e fez a construção de poste-ídolo. (*veja Bosques.) Mais ainda: edificou altares a todo o exército dos céus, nos pátios da casa de Deus – fez passar o seu filho pelo fogo em honra de Moloque – dedicava-se à magia, às adivinhações, aos augúrios, e a outras superstições – pôs um ídolo na casa de Deus – e finalmente, envolveu o povo em todas as abominações das nações idólatras, a ponto de os israelitas cometerem mais maldades do que os cananeus, a quem o Senhor tinha expulsado de Canaã. A todos estes crimes adicionou Manassés a crueldade, sendo derramados rios de sangue inocente em Jerusalém. Acrescentam as Crônicas que Deus o castigou por esses pecados, pois foi levado cativo para a Babilônia, onde se humilhou diante de Deus. Voltando a Jerusalém, estabeleceu de novo o culto ao Senhor, e destruiu todos os símbolos da idolatria, à exceção dos altos. ordenou que Jerusalém fosse fortificada, e pôs guarnições em todos os lugares fortes de Judá. Manassés morreu em Jerusalém, e foi sepultado no jardim da sua casa (2 Rs 21 – 2 Cr 33 – Jr 15.4). A oração de Manassés, que está entre os apócrifos, é, sem dúvida, uma composição posterior. 3, 4. Pessoas que, nos dias de Esdras, tinham casado com mulheres estrangeiras (Ed 10.30,33). 5. No livro de Juizes (18.30) se diz que ‘Jônatas, filho de Gérson, o filho de Manassés’ foi um dos sacerdotes consagrados ao culto daquela imagem, que para si os filhos de Deus levantaram. Não há duvida que em vez de Manassés se deve ler Moisés. No tradicional texto hebraico a letra n (suficiente para mudar um nome em outro, pois que somente se escrevem as consoantes), está escrita por cima da linha, sendo essa uma maneira de conservar a fama de Moisés. Pode ser, também, que tal idolatria fosse considerada mais natural num descendente do rei idólatra Manassés do que no ‘filho de Gérson, o filho de Moisés’.
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mandrágora
Planta de flores fragrantes que cresciam naturalmente nas regiões desérticas. Tida pelos antigos como detentora de poderes mágicos, era usada como remédio e como amuleto contra os maus espíritos; também lhe creditavam qualidades afrodisíacas.
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mandrágoras
(Também se diz Maçãs de Amor.) A palavra acha-se somente em Gn 30.14 a 16 e Ct 7.13. A mandrágora é quase da família da erva moura, da maçã de Sodoma, e da planta da batata. Encontra-se nos vales e planícies da Palestina, tanto ao ocidente como ao oriente do Jordão, e dizem os árabes que possui virtudes medicinais. Cresce baixa como a alface, à qual pelas suas folhas se assemelha muito, sendo esta, contudo, de uma cor verde escura. As flores são purpúreas. Quando o fruto está maduro, o que acontece no princípio de maio, é do tamanho e cor de uma maçã pequena, extremamente vermelho, e de cheiro ativo. Geralmente é apreciada pelos habitantes, em virtude de alegrar o seu espírito. A bifurcada forma da sua raiz facilmente nos sugere uma representação da forma humana. Virtudes mágicas eram popularmente atribuídas a esta planta.
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manjar
Qualquer alimento delicado e apetitoso
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manjares
Alimento delicado e apetitoso
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manjedoura
Tabuleiro em que se deita comida aos animais nas estrebarias (currais)
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manoá
Descanso. Pai de Sansão. o nascimento de Sansão foi anunciado a Manoá e a sua mulher pelo ‘anjo do Senhor’ (Jz 13.3 a 23). Manoá e sua mulher procuraram dissuadir Sansão de casar com uma mulher filistéia (Jz 14.2 a 4). Sansão foi sepultado no ‘sepulcro de Manoá, seu pai’ (Jz 16.31).
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manoel
Deus está conosco
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manoela
Deus está conosco
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manoele
Deus está conosco
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manolo
Deus está conosco
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manre
Esta palavra ocorre em três contexturas: (1) é o nome de um amorreu, irmão de Escol e Aner, que fez aliança com Abraão (Gn 14.13,24). (2) o lugar onde habitou Abraão – ele ‘foi habitar nos carvalhais de Manre’ (Gn 13.18 e 18.1). *veja também Gn 35.27. (3) Acha-se o nome em conexão com Macpela, o lugar de sepultura, comprado por Abraão. Estava em frente de Manre – e também aparece identificado com Hebrom (Gn 23.17,19 – 25.9 – 49.30 – 50.13).
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mansidão
É a força revestida de veludo. É a calma, a tranqüilidade e o equilíbrio emocional. A mansidão é necessária para agradar a Deus, para a convivência e para manter a paz.
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manteiga
A fabricação de manteiga no oriente é um pouco laborioso – e depois de feita não está ainda apetitosa, sendo preciso filtrá-la e clarificá-la. São as mulheres que batem a nata. Deita-se leite num odre, que, meio cheio, se prende à parede pela boca. É então com força lançado para um lado e para o outro, até que se forme a manteiga. Algumas vezes duas mulheres tomam o odre, e alternadamente lhe batem – ou então é posto sobre os joelhos de uma mulher e embalado como se fosse uma criança para dormir, até que a manteiga se separa do soro do leite. Quando isto se efetua, tira-se a manteiga, derrete-se, deitando-se depois em vasilhas mais pequenas. No inverno, este samen, como é chamado, tem uma aparência de leite coagulado – mas no verão é puro óleo. Algumas vezes é clarificado, e depois derramado em cântaros, constituindo o gênero um importante artigo de comércio. Quando Abraão hospedou os três anjos, e além de outros refrescos lhes deu manteiga, devemos supor que o que ele lhes ofereceu foi uma refrigerante bebida de soro de leite, que ainda hoje os árabes preferem ao leite fresco. As palavras de Jó (29.6) ‘lavava os meus pés em leite’ são para dar uma idéia de grande riqueza – mas também mostram o sistema geral de bater o leite, sendo calcado aos pés o odre cheio de nata, até que esta se transformava em manteiga. Em Juizes 5.25 trata-se de um creme, que se servia como manjar delicado. outra iguaria fina, emblemática de grande felicidade, era feita de mel misturado com manteiga (is 7.15,22). (*veja Leite, Queijo.) o método de fazer manteiga no oriente explica o procedimento de Jael, quando abriu um odre de leite. No cântico de Débora é lembrado o acontecimento: ‘Água lhe pediu ele, leite lhe deu ela – em taça de príncipes lhe ofereceu nata’ (Jz 4.19 – 5.25). A palavra, que aqui está traduzida por manteiga, em algumas versões, significa propriamente creme, não o simples creme, mas aquele que se produz fervendo em fogo lento o leite de ovelha. Portanto deu Jael a Sísera para beber leite diluído em água, e um rico acepipe preparado com manteiga ou creme.
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manto
A coberta com que Jael cobriu Sísera (Jz 4.18) era uma espécie de chale ou manto, como os que ainda hoje usam geralmente os árabes, quando fazem as suas camas numa tenda. A capa que tinha Samuel quando foi chamado dos mortos pela feiticeira de En-Dor, e por meio da qual Saul o reconheceu, era a túnica sacerdotal, ou a veste que oficialmente ele usava (1 Sm 28.14). Elias tinha um manto que envolvia os seus ombros, e que, com uma tira de couro em volta dos seus rins, constituía todo o seu vestuário (1 Rs 19.13,19 – 2 Rs 2.8,13,14).
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manue
hebraico: descanso
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manuel
Deus está conosco
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manuela
Deus está conosco
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manufatura
A preparação de peles para tendas e o tecido de panos para vestidos constituíam o limite de habilidade mecânica na vida nômade do povo de israel, devendo ter sido essa arte executada por mulheres. os couros dos animais eram empregados na fabricação de vasilhas, de grande uso na antigüidade, para conter líquidos (água, leite e vinho), e também na fabricação de cintos, sandálias e correias. As referências em is 29.16 e Jr 18.2 mostram que a arte de formar vasos de barro tinham-na os hebreus aprendido durante o período dos reis, chegando a ser um trabalho familiar. Parece provável que eles tenham recebido da civilização babilônica a arte de oleiro por meio dos seus vizinhos cananeus. Certas peças de barro, que se acharam em Jerusalém, estão muito bem acabadas e são feitas com graça. Nos jarros, a sua formação corre em linhas paralelas à roda do corpo ou do gargalo do vaso. Na ornamentação usavam-se figuras geométricas, linhas paralelas, linhas em aspa, linhas curvas, bem como ziguezagues, quadrados, rombos e triângulos. Algumas vezes, nas grandes peças fenícias há diferentes partes, separadas por ornamentação linear, sendo cada divisão cheia de figuras de animais, figuras de homens, e de cenas de caça. Até ao tempo de Davi e Salomão não tinham os hebreus sobressaído em obras de madeira, pedra e metal. Que eles, contudo, antes desta época conheciam a arte de fundir metais preciosos, sabe-se pelo fato de terem feito uma estola de ouro, no santuário de Gideão em ofra, servindo-se de brincos de ouro, de anéis, de crescentes, tirados aos midianitas. Nesses tempos o metal mais em uso era o bronze. Com ele eram feitos utensílios de cozinha e cadeias (Jz 16.21), e também as diversas partes da armadura, capacetes, escudos, saias de malha e grevas (1 Sm 17.5,6). Lanças e arcos eram feitos do mesmo metal (2 Sm 21.16 – 22.35). As minas do Sinai, ou as possuídas pelos fenícios na ilha de Chipre, é que forneciam os materiais necessários. o ferro era principalmente usado para fabricar armas de ponta e diversos instrumentos da lavoura (lanças, relhas do arado e machados). Entre os cananeus os seus carros eram guarnecidos de chapas de ferro (Jz 1.19). o que fez que a história das manufaturas hebraicas se modificasse foi a entrada dos artistas fenícios na capital meridional de israel, nos reinados de Davi, e Salomão (2 Sm 5.11 – 1 Rs 5.6). Este mesmo fato mostra que naquele tempo eram medíocres os operários israelitas. Mas já no reinado de Joás, cerca de cento e vinte anos mais tarde, quando foi reparado o templo de Salomão, não houve necessidade de mandar vir de fora os necessários pedreiros, carpinteiros e mestres de obras (2 Rs 12.7 a 13). E quando a cidade de Jerusalém foi tomada pelos babilônios, foram levados para Babilônia uns mil carpinteiros e ferreiros e outros hábeis mecânicos (2 Rs 24.16). (Vejam-se os artigos sobre Aço, olaria, e Tecelagem.)
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mão
As mãos eram empregadas tanto metaforicamente como cerimonialmente. (a) Beijar a mão de alguém era um ato de adoração (Jó 31.26,27): ‘Se olhei para o sol, quando resplandecia,…beijos Lhe atirei com a mão… ‘ *veja também 1 Rs 19.18. (b) Prestar juramento era acompanhado em todas as nações do ato de levantar a mão. (c) Dar a mão sempre significou paz, amizade e confiança (2 Rs 10.15). (d) Sentar-se alguém à mão direita era indicio de alta mercê (Sl 16.11 – 77.10), sendo o Filho de Deus muitas vezes representado como estando sentado à mão direita de Seu Pai (Hb 1.13 – *veja também Sl 110.1). Satanás estava à mão direita do sumo sacerdote Josué como acusador (Zc 3.1) – mas, sob outro ponto de vista, o Salmista diz: ‘o Senhor, tenho-o sempre à minha presença – estando ele à minha direita não serei abalado’ (Sl 16.8). (e) A imposição das mãos compreende-se de diferentes maneiras no Antigo e Novo Testamento. Muitas vezes se toma no sentido de ordenação e consagração de sacerdotes e ministros entre judeus e cristãos (Nm 8.10 – At 6.6 – 13.3 – 1 Tm 4.14). Deus designou Moisés para pôr as suas mãos sobre Josué, como seu sucessor (Nm 27.18). Jacó pôs as suas mãos sobre Efraim e Manassés, quando os abençoava (Gn 48.14). Quando o sumo sacerdote proferia a bênção, ele tinha a sua mão levantada sobre o povo (Lv 9.22). Semelhantemente, quando os israelitas apresentavam no tabernáculo ofertas pelos pecados, os sacerdotes punham as suas mãos sobre as vítimas, para expiação (Lv 1.4). Neste testemunho o ofertante reconhecia pelos seus pecados que era digno da morte, sendo compreendido que esses pecados apagavam-se no sacrifício, consagrando-se ele a Deus. A mão das testemunhas se levantava contra o idólatra para executar a sentença de morte (Dt 13.9 – 17.7). o nosso Salvador pôs as mãos sobre as cabeças das crianças, quando as abençoava (Mc 10.16) – e o Espirito Santo era conferido aos que eram batizados, pela imposição das mãos dos apóstolos (At 8.17 – 19.6). Pilatos lavou as mãos em sinal de inocência (Mt 27.24).
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mãol
hebraico: dança, alegria
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mãoli
hebraico: doença
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maom
Habitação. Cidade edificada sobreum monte e cercada de incultas pastagens, nas montanhas de Judá, à distância de, aproximadamente, 3 km do Kurmul (Carmelo), e de 11 km para o sul de Hebrom. Ali se refugiou Davi, escondendo-se de Saul – e nesse mesmo lugar alimentou Nabal os seus rebanhos (Js 15.55 – 1 Sm 23.24,25 – 25.2 – 1 Cr 2.45). (*veja Meunitas.)
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maon
abitação
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maoque
opressão
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maqueda
lugar de pastores
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maquede
hebraico: lugar de pastores
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maquelote
assembléias, consagrações
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maqui
hebraico: intriga, diminuição
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máquina
Esta palavra é empregada para significar instrumentos de guerra. Em 2 Cr 26.15 se diz que Uzias ‘Fabricou em Jerusalém máquinas de invenção de homens peritos, destinadas para as torres e cantos das muralhas, para atirarem fichas e grandes pedras’. A mesma palavra acha-se traduzida por astúcias em Ec 7.29. Esses instrumentos bélicos são em Ez 4.2 e 26.9 os aríetes. Em adição a estas máquinas havia as torres movediças de madeira, que os sitiadores faziam avançar pouco a pouco, diante de uma cidade fortificada.
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maquir
l. o filho mais velho de Manassés, e portanto o neto de José. Uma grande parte de Canaã, ao oriente do Jordão, foi subjugada pelos descendentes de Maquir (Gn 50.23 – Nm 26.29 – 32.39 – Dt 3.15 – Js 17.1 – 1 Cr 2.21,23). 2. Filho de Amiel. Ele residiu na parte oriental do Jordão, e protegeu Mefibosete, o filho de Jônatas, depois de ter caído a dinastia de Saul (2 Sm 9.4,5). Alguns anos mais tarde, Davi, tendo sido tirado do seu trono pela rebelião de Absalão, achou também em Maquir boa vontade de o servir (2 Sm 17.27 a 29).
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mar
os hebreus davam o nome de mar a qualquer grande massa de água. Esse termo compreendia o oceano (Gn 1.2 – 1 Rs 10.22 – Jó 38.8) – o Mediterrâneo, que era chamado o mar último, o mar ocidental, tendo ainda vários outros nomes (Dt 11.24 – 34.2 – J12.20 – Êx 23.31 – 1 Rs 4.20 – Sl 80.11) – o mar Vermelho (Êx 10.19 – Js 24.6) – o mar Morto (ou Salgado) (Nm 34.3 – Js 18.19) – o mar da Galiléia (ou Quinerete) (Nm 34.11 – Mt 4.15 – Mc 3.7) – o mar de Jazer, um pequeno lago que fica perto de Hesbom (Jr 48.32). Além disso, aplicava-se algumas vezes a palavra aos grandes rios, como o Nilo (is 11.15), o Eufrates, o Tigre, que estavam sujeitos aos transbordamentos anuais, sendo inundados os territórios circunjacentes.
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mar da galileia
harpa
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mar de fundição
o chamado mar de fundição era um grande vaso de cobre, construído para fins cultuais, no serviço do templo. Foi feito para o tabernáculo estando situado entre o altar e a ‘tenda da congregação’. Era uma enorme bacia, sobre um pé ornamentado, na qual lavavam as mãos e os pés os sacerdotes, na ocasião em que iam cumprir os seus deveres rituais. Era feita de bronze, tendo piedosas mulheres renunciado aos seus espelhos de metal polido para a sua confecção (Êx 38.8). No primeiro templo, o de Salomão, o mar de fundição era um grande vaso com 2,70 m de profundidade e 15 metros de circunferência. Não é conhecida a sua forma exata, mas podia conter uma quantidade de água que ia de 50.000 a 90.000 litros. A bacia assentava-se sobre doze figuras de bois (2 Cr 4.2 a 4), todos voltados para fora. Foi construída com o metal que Davi mandou trazer de Tibate e de Cum (1 Rs 7.23 e seg. – 1 Cr 18.8) – e eram os gibeonitas que a enchiam de água, tendo feito esse trabalho por um longo espaço de tempo até que um aqueduto a levava para ali das lagoas de Belém. Não se sabe como era o mar de fundição no último templo, mas a água vinha para a bacia de um depósito subterrâneo por meio de roldanas. (*veja Templo.)
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mar mediterraneo
mar interior
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mar morto
Este nome não se encontra nas Sagradas Escrituras. Chama-se mar Salgado em Dt 3.17.
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mar morto ou mar salgado
que não tem vida
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mar ocidental
mar Mediterrâneo
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mar oriental
mar Morto
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mar salgado
o mar Morto também tem o nome de mar Salgado em Dt 3.17 – e Js 3.16 – 12.3. Chama-se assim pela imensa quantidade de sal que existe em dissolução nas suas águas, tendo estas por isso maior peso específico, mais de 20 a 25 por cento, do que a água do mar. Nas suas profundidades não há vida alguma – e o peixe que para ali é levado pelas águas do Jordão morre logo. o mar não tem nenhuma saída, desaparecendo as suas águas por meio de uma espantosa evaporação, na quantidade de seis milhões de toneladas por dia. A superfície do Mar Salgado está mais ou menos a 390 metros abaixo da do Mediterrâneo. (*veja Mar Morto, Jordão.)
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mar sufe
lírio roxo o mesmo que Mar Vermelho
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mar sul
mar morto, que não tem vida
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mar vermelho
É geralmente chamado na escritura Yam Suph, que significa ‘plantas marinhas’. Separa o Egito da Arábia, estando na parte setentrional dividido em dois braços pela península do Sinai: o braço ocidental, o maior, chama-se hoje golfo de Suez e o oriental tem o nome de Elanítico ou golfo de Acaba. o golfo de Suez gradualmente se tem estreitado desde a era cristã (is 11.15 e 19.5), secando-se a língua do mar Vermelho – mas provavelmente devia ter sido perto dos atuais Lagos Amargos. À entrada do golfo de Acaba estavam os dois únicos portos do mar Vermelho, mencionados na Bíblia: Elate e Eziom-Geber. A parte mais larga do mar Vermelho, até ao sitio onde se fende em dois golfos, é de 320 km, e a parte mais estreita é de 160 km, mais ou menos. A largura do golfo de Suez é, em média, de 28 km, sendo a do golfo de Acaba consideravelmente menor. o primeiro comunica com o mar Mediterrâneo pelo canal de Suez. É provável que os israelitas tivessem atravessado o mar Vermelho, num ponto que fica cerca de 48 km ao norte da atual entrada do golfo do Suez, isto é, na extremidade setentrional do mar Vermelho, como ele então era. Como todo o exército egípcio pereceu nas águas, o mar Vermelho devia ter tido neste lugar pelo menos a largura de 19 km. o livramento dos israelitas, na travessia do mar Vermelho, tornou-se, no espírito da nação judaica, o maior fato da sua história.
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mara
amargo
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marai
hebraico: levantado pelo Senhor ou rebelião
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maraiote
hebraico: rebelde
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marala
tremor ou, possível terremoto
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maranata
Uma expressão aramaica que SPaulo empregou (1 Co 16.22). Em algumas versões se encontram juntas as palavras anátema e maranata: mas ‘anátema e maranata’, não têm significação. Maranatha quer dizer o ‘Senhor vem’. A frase assim formada é uma expressão aramaica da primitiva senha cristã, que ocorre de novo na sua forma grega em Fp 4.5: ‘Perto está o Senhor.’ Todavia, alguns críticos dividem a palavra em marana e tha, significando: ‘Vem, Senhor nosso.’
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marasmo
Enfraquecimento, desânimo, indiferença, apatia.
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maratona
Corrida a pé, de longo percurso.
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marcela
Uma referência a Marte, o deus romano da guerra
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marcelino
Uma referência a Marte, o deus romano da guerra
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marcelo
Uma referência a Marte, o deus romano da guerra
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marcia
Uma referência a Marte, marcial, guerreira
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marciana
Uma referência a Marte, o deus romano da guerra
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marciano
Uma referência a Marte, o deus romano da guerra
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marcilio
Uma referência a Marte, o deus romano da guerra
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marcio
Uma referência a Marte, marcial, guerreiro
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marco
Visto como a divisão da terra deCanaã, entre as tribos e famílias das tribos, tinha sido um trabalho de grande cuidado, e na realidade era um dos fundamentos da política nacional, penas severas eram cominadas contra todo aquele que removesse qualquer marco ou sinal de limite (Dt 19.14 – 27.17 – Pv 23.10).
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marcos
(Jr 31.21.) Eram, no oriente, sinais feitos com pedras para mostrar o carreiro ao viajante. A mesma palavra se usa (2 Rs 23.17 – Ez 39.5) a propósito de certas pedras que servem para indicar um cadáver ou qualquer osso humano. (*veja Caminho, Jornada.)
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marcos (o evangelho segundo)
A autoriadeste Evangelho é atribuída a João Marcos. (*veja Marcos.) Uma das mais antigas tradições cristãs relaciona a origem do seu trabalho com o apóstolo Pedro – e, na verdade, Justino Mártir (100 a 120 d. C.) cita o evangelho como sendo as ‘Memórias de Pedro’. Certos característicos do Evangelho (*veja abaixo) apoiam essa suposição. A tradição cristã não é menos forte na indicação de Roma, como lugar da sua composição. E, quanto à data, diz ireneu que o Evangelho é posterior à morte de Pedro e de Paulo. Mas como nele não se acha referência alguma à tomada de Jerusalém (70 d. C.), deve colocar-se o seu aparecimento em época anterior àquele ano, entre o ano 63 e 70 (d. C.). os diversos assuntos deste Evangelho podem ser assim divididos: i. Uma breve introdução, descrevendo a pregação do precursor de Jesus e o próprio batismo e tentação do Salvador (1.1 a 13). ii. os mais importantes acontecimentos da vida pública e ministério de Jesus na Galiléia, ocupando estes fatos a parte maior do livro (1.14 a 9.50). iii. Uma resumida narração da viagem de Jesus a Jerusalém (10) – a Sua entrada na cidade, e alguns acontecimentos que ali ocorreram, principalmente os Seus sofrimentos, morte e ressurreição (11.1 a 16.20). Pela prova interna sustenta-se que o Evangelho foi escrito principalmente para os leitores gentios. Na verdade, explicam-se palavras, que os gentios não compreendem (3.17 – 5.41 – 7.11 – 7.34 – 10.46 – 14.36 – 15.34) – e igualmente são explicados os costumes judaicos (7.3,4 – 14.12 – 15.42) – são poucas as referências ao A. T. – e lêem-se formas latinas, que não aparecem nos outros Evangelhos (6.27 – 7.4 – 12.42 – 15.39,44,45). Eis algumas particularidades do Evangelho de Marcos : os milagres do surdo e mudo (l.31 a 37) e do cego de Betsaida (8.22 a 26) – a parábola da semente que cresce de modo oculto (4.26 a 29) – o caso daquele jovem envolto num lençol de linho, quando Jesus foi preso (14.51,52) – a aparição de Cristo aos discípulos depois da ressurreição, sendo acusados de incredulidade (16.14 a 18) – e a explicação dos costumes judaicos a respeito da purificação (7.2 a 4). Entre outros característicos deste Evangelho, precisamos notar que, diferente dos outros, ele não apresenta nenhum predominante fim teológico: é apenas uma crônica, alongando-se principalmente sobre os maravilhosos atos de Jesus. A vida que ele descreve é cheia de ação dotada de um poder sem limites, de uma energia que não fatiga, e de uma graça inesgotável. A relação do autor com Pedro explica as firmes, vividas e circunstanciadas cores da narrativa. As próprias palavras aramaicas, que o Divino Mestre emprega, são por vários motivos proferidas, como Boanerges, Talita cumi, Efatá, Corbã, Aba. As várias emoções dos personagens são maravilhosamente indicadas na narrativa. *veja por exemplo: 3.34 – 8.12 – 10.14,21,32 – 16.5,6. o tempo e o lugar são cuidadosamente particularizados. E se certas passagens referentes a Pedro são omitidas por outros evangelistas (1.36 – 11.21 – 13.3 – 16.7), também ele omite referências a Pedro que são igualmente importantes (cp. 7.17 com Mt 15.15 e 8.29,30 com Mt 16.17 a 19).
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marcos (o evangelista)
Marcos era judeu e tinha tomado um nome romano, achando-se identificado com ‘João, cognominado Marcos’ (At 12.12,25) – era sobrinho (primo?) de Barnabé (Cl 4.10), e filho de Maria, que residia em Jerusalém (At 12.12). Marcos foi, provavelmente, convertido à fé cristã pelo ministério de Pedro (1 Pe 5.13), que costumava freqüentar a casa de sua mãe (At 12.12). Ele acompanhou, desde Jerusalém até Antioquia, a Paulo e Barnabé (At 12.25), e dai partiu com eles para uma viagem missionária – mas deixou-os antes de a completarem (At 13.5,13). Seis anos depois deste acontecimento não quis Paulo levá-lo consigoem outra viagem – e então Marcos acompanhou Barnabé a Chipre (At 15.38,39). Todavia, quando Paulo estava preso em Roma, era já Marcos considerado um seu auxiliador, e é mencionado de uma maneira que bem mostra que ele tinha reconquistado a estima do Apóstolo (Cl 4.10 – 2 Tm 4.11 – Fm 24). Primitivos escritores cristãos afirmam que ele trabalhou com Pedro durante um tempo considerável do seu ministério, gozando da sua íntima amizade, e auxiliando-o como seu intérprete ou secretário – e diz-se que mais tarde missionou no Egito, sofrendo neste país o martírio. Algumas importantes suposições acham-se associadas com este evangelista. Já alguns críticos têm sugerido que a casa, de que se fala em At 12.12, era aquela mesma casa onde (na vida do pai de Marcos) se celebrou a última Ceia (Mc 14.14) – que o Jardim de Getsêmani lhe pertencia – e que o próprio Marcos era o homem do cântaro a que se refere Mc 14.13, sendo também o jovem daquele caso que unicamente é relatado no seu Evangelho (Mc 14.51,52). *veja Jo 2.
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marcus
Protegido por Marte (deus romano da guerra)
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mardiquides
hebraico: adorador de marte
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mardoqueu
pertencente ao deus Marduque
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mareassa
é o que está na cabeça
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mares
hebraico: alto
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maressa
Cidade principal. l. É hoje Merash, na orla da planície da Filístia – era uma cidade nas terras baixas de Judá, dominando uma das passagens para os montes, e que foi fortificada pelo rei Roboão (Js 15.44 – 2 Cr 11.8) – e o lugar aonde chegou o invasor Zerá, o etíope (2 Cr 14.9,10) – a terra natal de Eliezer, o profeta (2 Cr 20.37) – e foi o assunto de uma declaração profética havendo jogo de palavras com o nome (Mq 1.15). 2. o ‘pai de Hebrom’ (Abi-Hebrom), o que talvez signifique que Hebrom foi colonizada por habitantes de Maressa (1 Cr 2.42). 3. o ‘filho’ de Lada, que talvez tenha sido o fundador de Maressa (1 Cr 4.21). 4. o filho mais velho de Calebe (1 Cr 2.42).
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mareti
hebraico: lugar de arvores nuas
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marfim
o negócio do marfim, vindo estamercadoria da África e da india, era sustentado em tempos muito antigos pela Assíria, Tiro e Egito. Salomão mandou fazer um grande trono de marfim recoberto de ouro, que era trazido em navios de Társis (1 Rs 10.18,22 – no vers. 18 a palavra empregada significa simplesmente ‘dente’, e assim geralmente – no vers. 22 ‘dente de elefante’). A ‘casa de marfim’ de Acabe significa provavelmente estar ela embelezada com painéis de marfim. *veja Sl 45.8 – Ct 5.14 e 7.4 – Ez 27.6,15 – Am 3.15 – 6.4 – Ap 18.22).
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margot
Diminutivo de margarida, pérola
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maria
l. A mãe de Jesus Cristo. Pouco tempo antes da DATA designada para o seu casamento com José, apareceu-lhe o anjo Gabriel, e anunciou-lhe que por um milagre de Deus seria ela a mãe do Messias (Lc 1.26 a 56 – 2.1 a 52, cp. com Mt 1.2). os únicos acontecimentos em que, durante o ministério do Salvador, se manifesta Maria, são o casamento em Caná de Galiléia (Jo 2.1 a 11), e a sua tentativa de, com os outros irmãos, procurar restringir a ação de Jesus, que eles julgavam estar fora de Si (Mc 3.21,31 a 35) e lugares paralelos. Segundo o quarto evangelho ela acompanhou seu Filho ao Calvário, e ali esteve junto à Cruz. Vendo Jesus ali a Sua mãe e o discípulo a quem Ele amava, disse para a mãe: ‘Mulher, eis aí o teu filho’, e volvendo os olhos para o discípulo: ‘Eis aí a tua mãe’. E desde aquela hora o discípulo cuidou dela, levando-a para sua casa. os evangelhos sinópticos não falam dela em conexão com a cena do Calvário, mas por Lucas sabemos que Maria era uma das mulheres que estavam com os discípulos no cenáculo depois da ascensão (At 1.14). E não há mais nenhuma referência ao seu nome no N. T. 2. Maria Magdalena. o seu nome lhe vem de Magdala, cidade de Galiléia donde era natural, ou onde tinha residido durante os primeiros tempos da sua vida. Sete demônios Jesus expulsou dela (Mc 16.9 – Lc 8.2). Era do número daquelas mulheres que, seguindo a Jesus desde a Galiléia, foram testemunhas da crucifixão (Mt 27.56 – Mc 15.40 – Lc 23.49 – Jo 19.25), e do funeral (Mt 27.61 – Mc 15.47 – Lc 23.55). Do Calvário voltou a Jerusalém para comprar e preparar, com outros crentes, certos perfumes, a fim de ser embalsamado o corpo de Jesus, quando o sábado tivesse passado. Todo o dia de sábado ela se conservou na cidade – e no dia seguinte, de manhã muito cedo, indo ao sepulcro, achou-o vazio, e recebeu de um anjo a notícia de que Jesus Nazareno tinha ressuscitado. (Mt 28.1 a 10 – Mc 16.1 a S, [10,11] – Lc 24.1 a 10 – Jo 20.1,2: cp. com Jo 20.11 a 18). Em S. Lucas 8.2 faz-se menção, pela primeira vez, de ‘Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios’ – e esta referência vem logo depois do caso da pecadora, que ungiu os pés de Jesus (Lc 7.36 a 50). Não há, contudo, razão para identificar as duas, baseando-se a moderna conclusão com respeito ao termo ‘Madalena’ numa tradição de nenhum valor. Também ‘Maria de Betânia’, que, como se lê em Jo 12.3, ungiu os pés de Jesus seis dias antes da Páscoa, não se deve confundir com a hipotética Maria do diferente caso de Lucas (7). 3. Pelo que nos dizem os três primeiros evangelhos, sabemos que entre aquelas mulheres que seguiram a Jesus desde a Galiléia, e presenciaram no Calvário a crucifixão, estava ‘Maria mãe de Tiago, o menor (Me.), e de José’ (Mt 27.56 – Mc 15.40 – Lc 24.10). Na correspondente passagem do quarto evangelho (Jo 19.25) é essa mulher quase certamente a mesma Maria que é chamada ‘Maria, mulher de Clopas’, ou de Cleopas, possivelmente Filha de Clopas. Diversas questões interessantes se levantam sobre este assunto. (1) É Clopas o mesmo que Alfeu? (*veja Alfeu.) Se for assim, é possível que ‘Tiago, o menor’ seja o apóstolo ‘Tiago, filho de Alfeu’ (Mt 10.3 – Mc 3.18 – Lc 6.15 – At 1.13). 4. Maria, a irmã de Marta. A única referência sinóptica acha-se em Lc 10.38 a 42 – e pelo que aí se lê parece que Marta era a dona da casa numa certa povoação. A sua irmã Maria, tendo segundo parece, a sua parte nas hospitaleiras preparações, ‘quedava-se assentada aos pés do Senhor a ouvir-lhe os ensinamentos’ deixando que Marta fosse sobrecarregada de tanto trabalho. Marta queixa-se, então, e Jesus lhe responde ternamente. É o quarto evangelho que nos diz viverem estas mulheres em Betânia, relacionando Lázaro com elas, e nos mostra que esses três membros da casa eram estimados amigos de Jesus. As partes desempenhadas por Marta e Maria, no fato da morte e ressurreição de Lázaro (Jo 11.1 a 46), estão em notável concordância com o que delas afirma S. Lucas no cap. 10. João também atribui a esta Maria o ato narrado por Mateus (26) e Marcos (14). Ele, evidentemente, procura descrever o ato como um impulso de gratidão pela volta de Lázaro a sua casa (Jo 11.2 – 12.1,2). 5. A mãe de João Marcos, e tia de Barnabé (Cl 4.10), a qual tinha uma casa em Jerusalém. Depois da prisão de Pedro, estando reunidos nesta casa os fiéis, e orando, bateu à porta o mesmo Apóstolo, que tinha saído da prisão pelo ministério de um anjo (At 12.12). 6. Uma cristã de Roma, louvada por Paulo pelo seu grande trabalho na igreja (Rm 16.6).
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maria madalena
Miriã de Magdala
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mariana
Aglutinação de Maria e Ana
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marido
Adão foi o primeiro marido (Gn 2.22 – 3.6) – e a lei fundamental que diz respeito às relações entre homem e mulher é primeiramente estabelecida para Adão e Eva (Gn 2.24,25). Segundo a lei judaica, eram dez as obrigações que o marido tinha de cumprir com relação a sua mulher. A três destas obrigações se refere o Pentateuco (Êx 21.9,10). As outras sete compreendiam o seu dote – o seu tratamento em caso de doença – o resgate do cativeiro – o funeral – ser provida em casa do marido pelo tempo que ela ficasse viúva, e enquanto não lhe fosse paga a sua doação – a sustentação das filhas dela até que se casassem – e uma disposição para que seus filhos, além de receberem a parte da herança do pai, pudessem também compartilhar o que para ela estava estabelecido. Ao marido pertenciam todos os ganhos da sua mulher, e também aqueles bens que ela herdasse depois do seu casamento. Todavia, podendo o marido aproveitar-se dos frutos resultantes da administração do dote de sua mulher, era responsável por qualquer perda. Era ele o seu herdeiro universal. os deveres do marido são freqüentemente expostos nas epístolas, por exemplo: 1 Co 7.3 – Ef 5.25 – Cl 3.19 – 1 Pe 3.7. (*veja Casamento.)
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marilena
Aglutinação de Maria e Helena
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marilene
Aglutinação de Maria e Helena
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marilu
Aglutinação de Maria e Luísa
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marina
Oriunda do mar
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marinaldo
Aglutinação de Marina e Aldo, oriundo do mar, experiência, pescador
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mario
Homem forte, viril
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marisa
hebraico: aglutinação dos nomes Maria + luzia
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maristela
Estrela do mar
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marjorie
Pérola
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markus
Protegido por Marte (deus romano da guerra)
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marlene
Derivado de Madalena
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marli
Nome de uma povoação francesa
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maror
Ervas amargas; são consumidas no sêder em lembrança aos tempos amargos vividos por nossos ancestrais no Egito.
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marote
Amargura. Cidade nas terras baixas de Judá (Mq 1.12, onde é para notar o jogo de palavras.)
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marqueteiro
Diz-se daquele que faz marketing; publicidade; propaganda.
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marrada
Arremeter ou bater com a cabeça
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marsena
homem nobre
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marta
Senhora. irmã de Lázaro e de Maria – era a dona daquela casa, na vila de Betânia, onde Jesus se hospedava. Marta é sempre mencionada antes de Maria, provavelmente por ela ser a irmã mais velha (Lc 10 – Jo 11). Tinha um gênio inquieto, agitado, e por isso foi censurada em certa ocasião por Jesus.
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martelo
1. Talvez em Pv 25.18, e Jr 5120 haja referência ao cajado que usam os pastores, e que quando guarnecido de pregos, é uma terrível arma. 2. Um instrumento feito de metal duro para bater, ou despedaçar coisas. Acha-se o nome em 1 Rs 6.7 – is 44.12 – Jr 10.4 – Jz 4.21. Mas, no antigo cântico de Débora (Jz 5.26), outra palavra se emprega, significando um batedor ou martelo de pau (maço). o martelo, de que se serviu Jael (Jz 4.21), era um malho empregado para prender ao chão as estacas da tenda. os ourives do ouro e os da prata, bem como o cavouqueiro e o pedreiro, tinham os seus martelos especiais (is 41.7 – Jr 23.29). Usa-se metaforicamente o nome martelo para exprimir uma força esmagadora ou aniquiladora (Jr 23.29 – 50.23).
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martha
Senhora da casa
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martir
grego: testemunha
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mártires
Pessoas que sofreram tormentos, torturas ou a morte por sustentar a fé cristã.
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martírio
Sofrimento ou suplício de mártir; morte por professar ser cristão.
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martirizar
Afligir, atormentar, mortificar.
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mas
hebraico: tirado
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masai
hebraico: obra de Jeová
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maséia
cujo refugio é Jeová
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maseias
hebraico: Jeová e refugio
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mashiach
Lit. ungido; descendente do Rei David, descrito pelos profetas como o ser humano que trará o entendimento de D-us a todos, reconstruirá o Terceiro Templo Sagrado em Jerusalém e a Era Messiânica – época de paz e tranqüilidade no mundo.
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masquil
inteligência
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masreca
vinhedo
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massá
fardo, tentação, prova
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mastro
(is 30.17): ‘como o mastro no cume do monte’. Esta palavra está empregada num duplo sentido, como sinal de desolação e como sinal para direção. os judeus seriam como um mastro sobre o monte, quando pelos juízos de Deus fosse reduzido o seu número, sendo eles afligidos para aviso de outros povos.
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matã
dádiva
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matana
hebraico: donativo
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matanai
hebraico: dom do Senhor, dadiva
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matanias
Dom do Senhor. 1. Tio de Joaquim, que foi colocado no trono de Judá por Nabucodonosor em lugar do sobrinho, sendo então mudado o seu nome em Zedequias (2 Rs 24.17 – cp. com 2 Cr 36.10 a 13). 2. Descendente de Asafe, que tomou parte nas cerimônias musicais, na festa da dedicação dos muros de Jerusalém (1 Cr 9.15 – Ne 11.17 – 12.25,35). 3. Filho de Hemã, o cantor (1 Cr 25.4,16). 4. Descendente de Asafe. Ele ajudou a purificar o templo nos dias do rei Ezequias (2 Cr 29.13). 5. o nome de quatro pessoas que, por ordem de Esdras, despediram as suas mulheres estrangeiras (Ed 10.26,27,30 e 37). 6. Um levita, cujo descendente Hanã foi um dos tesoureiros, nomeados por Neemias (Ne 13.13).
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matata
hebraico: donativo
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matate
hebraico: dom, quem da
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matatias
presente de Deus
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matenai
dom
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materialismo
Filosofia de vida voltada unicamente para os gozos e bens materiais.
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mateus
o apóstolo que, pela comparaçãode Mt 9.9 com Mc 2.14 e Lc 5.27,28, é identificado com Levi, o filho de Alfeu. Além disso, o nome de Mateus aparece em todas as quatro listas dos apóstolos (Mt 10 – Mc 3 – Lc 6 – At 1) e o de Levi em nenhum. Mateus era publicano, ou recebedor da alfândega nos domínios de Herodes Antipas, em Cafarnaum, porto do mar da Galiléia. Foi nesta cidade que Jesus habitou, depois de ter saído de Nazaré – e provavelmente tinha Mateus ouvido nesta mesma povoação os discursos do Divino Mestre e observado os Seus milagres. Deste modo teria sido preparado para obedecer à chamada de Jesus. Com efeito, estando sentado na sua tenda à beira da estrada, tudo deixou para o seguir (Mt 9.9). Depois ele mostrou a sua afeição ao Mestre e o seu interesse pela felicidade espiritual dos seus antigos companheiros, convidando um grande número de publicanos para uma festa, em que se oferecia a ocasião de ouvir o Divino Pregador. Foi escolhido por Jesus Cristo para ser um dos doze apóstolos (Mt 10.3), e estava com os outros discípulos no cenáculo depois da ascensão (At 1.13). A humildade de Mateus pode ser reconhecida no evangelho que tem o seu nome. Ao enumerar os apóstolos, ele se cognomina ‘Mateus, o publicano’ (10.3), não suprimindo o seu primeiro emprego. É pelo que diz Lucas, e não pelo que Mateus escreve, que nós sabemos que ‘ele deixou tudo’ para seguir a Jesus, e ‘Lhe ofereceu um grande banquete em sua casa’ (Cp. Mt 9.9,10 com Lc 5.27 a 29). Eusébio (Hist. Eccl. iii, 24) diz que Mateus, depois de pregar aos seus próprios conterrâneos, foi para outras nações. E Sócrates (Hist. Eccl i, 19) diz que foi a Etiópia o centro dos seus trabalhos. A maior parte dos primitivos escritores afirmam que ele teve a morte de um mártir.
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mateus
Nos tempos de Jesus, o governo romano coletava diversos impostos do povo palestino. Pedágios pra transportar mercadorias por terra ou por mar eram recolhidos por coletores particulares, os quais pagavam uma taxa ao governo romano pelo direito de avaliar esses tributos. Os cobradores de impostos auferiam lucros cobrando um imposto mais alto do que a lei permitia. Os coletores licenciados muitas vezes contratavam oficiais de menor categoria, chamados de publicanos, para efetuar o verdadeiro trabalho de coletar. Os publicanos recebiam seus próprios salários cobrando uma fração a mais do que seu empregador exigia. O discípulo Mateus era um desses publicanos; ele coletava pedágio na estrada entre Damasco e Aco; sua tenda estava localizada fora da cidade de Cafarnaum, o que lhe dava a oportunidade de, também, cobrar impostos dos pescadores.
Normalmente um publicano cobrava 5% do preço da compra de artigos normais de comércio, e até 12,5% sobre artigos de luxo. Mateus cobrava impostos também dos pescadores que trabalhavam no mar da Galiléia e dos barqueiros que traziam suas mercadorias das cidades situadas no outro lado do lago.
O judeus consideravam impuro o dinheiro dos cobradores de impostos, por isso nunca pediam troco. Se um judeu não tinha a quantia exata que o coletor exigia, ele emprestava-o a um amigo. Os judeus desprezavam os publicanos como agentes do odiado império romano e do rei títere judeu. Não era permitido aos publicanos prestar depoimento no tribunal, e não podiam pagar o dízimo de seu dinheiro ao templo. Um bom judeu não se associaria com publicanos (Mt 9.10-13).
Mas os judeus dividiam os cobradores de impostos em duas classes. a primeira era a dos gabbai, que lançavam impostos gerais sobre a agricultura e arrecadavam do povo impostos de recenseamento. O Segundo grupo compunha-se dos mokhsa era judeus, daí serem eles desprezados como traidores do seu próprio povo. Mateus pertencia a esta classe.
O Evangelho de Mateus diz-nos que Jesus se aproximou deste improvável discípulo quando ele esta sentado em sua coletoria. Jesus simplesmente ordenou a Mateus: “Segue-me!” Ele deixou o trabalho pra seguir o Mestre (Mt 9.9).
Evidentemente, Mateus era um homem rico, porque ele deu um banquete em sua própria casa. “E numerosos publicanos e outros estavam com eles à mesa” (Lc 5.29). O simples fato de Mateus possuir casa própria indica que era mias rido do que o publicano típico.
Por causa da natureza de seu trabalho, temos certeza que Mateus sabia ler e escrever. Os documentos de papiro, relacionados com impostos, datados de cerca de 100 dC, indicam que os publicanos eram muito eficientes em matéria de cálculos.
Mateus pode ter tido algum grau de parentesco com o discípulo Tiago, visto que se diz de cada um deles ser “filho de Alfeu” (Mt 10.3; Mc 2.14). Às vezes Lucas usa o nome Levi para referir-se a Mateus (Lc 5.27-29). Daí alguns estudiosos crerem que o nome de Mateus era Levi antes de se decidir-se a seguir a Jesus, e que Jesus lhe deu um novo nome, que significa “dádiva de Deus”. Outros sugerem que Mateus era membro da tribo sacerdotal de Levi.
De todos os evangelhos, o de Mateus tem sido, provavelmente, o de maior influência. A literatura cristã do segundo século faz mais citações do Evangelho de Mateus do qu de qualquer outro. Os pais da igreja colocaram o Evangelho de Mateus no começo do cânon do NT provavelmente por causa do significado que lhes atribuíam. O relato de Mateus desta a Jesus como o cumprimento das profecias do AT. Acentua que Jesus era o Messias prometido.
Não sabemos o que aconteceu com Mateus depois do dia de Pentecostes. Uma informação fornecida por John Foxe, declara que ele passou seus últimos anos pregando na Pártia e na Etiópia e que foi martirizado na cidade Nadabá em 60 dC. Não podemos julgar se esta informação é digna de confiança. -
mateus (o evangelho segundo)
É uniforme crença, na igreja cristã, que foi Mateus quem escreveu o Evangelho do seu nome. (*veja Mateus.) A DATA só aproximadamente pode ser determinada. Conquanto tenha sido escrito depois do de Marcos, pode inferir-se de Mt 24.15, comparada esta passagem com Lc 21.20, que a crise não tinha ainda chegado. Note-se o caráter indeterminado e o solene aviso ‘quem lê entenda’. Além disso, aquelas passagens de Mt 4.5 – 5.35 – 22.7 – 23.2 a 34 – 24.2,15 e 27.53, com as suas alusões à Cidade Santa, ao lugar Santo, e à Cidade do Grande Rei, parecem implicar que o Evangelho foi escrito no fim da guerra com os judeus (70 d.C.). os assuntos do livro não estão pela mesma ordem da do Evangelho segundo S. Marcos. Em resumo são: 1.1 a 2.23 – nascimento e infância de Jesus – 3.1 a 4.11 – preparação para o ministério – 4.12 a 18.35 – ministério na Galiléia – 19.1 a 20.34 – Peréia e a viagem a Jerusalém – 21.1 a 25.46 – o ensino em Jerusalém – 26.1 a 28.20 – a paixão e a ressurreição. As principais seções, particulares deste Evangelho, são as seguintes: l. A real genealogia, a história dos primeiros dias da infância de Jesus em Belém e a fugida para o Egito (1,2). 2. Discursos. Partes do sermão da Montanha (5 a 7), e palavras contra os fariseus (23) – considerações a respeito da Sua igreja (16.17 a 19 – 18.15 a 20). 3. Parábolas. o trigo e o joio (13.24 a 30 e 36 a 43) – o tesouro escondido – a pérola de preço – a rede lançada ao mar (13) – o credor incompassivo (18) – os trabalhadores da vinha (20) – os dois filhos (21) – a veste nupcial (22) – as dez virgens – os talentos – e a descrição do Juízo final (25). 4. Milagres. A cura de dois cegos, e a cura de um mudo endemoninhado (9) – Pedro caminhando sobre as águas do mar (14) – a moeda na boca do peixe (17) – o tremor de terra e a ressurreição dos santos (27). 5. incidentes relacionados com a paixão, crucificação e ressurreição: a morte de Judas – o sonho da mulher de Pilatos – a guarda vigiando o sepulcro (27) – o aparecimento de Jesus às mulheres, perto do sepulcro, e sobre um monte da Galiléia aos discípulos (28). Para quem foi escrito o evangelho Aparentemente para os leitores judeus. Em todo o livro se encontram sinais de ter sido escrito por um hebreu cristão familiarizado com os sagrados escritos do seu país e profundamente penetrado do seu espírito. o seu principal fim, ao escrever a vida de Jesus, parece ter sido mostrar que o rejeitado Mestre de Nazaré é, realmente, o prometido rei de israel. Ele encontra o herdeiro do trono de Davi na oficina de uma vila da Galiléia e vê no filho adotivo de José o ‘Emanuel’ de isaias. Narra os perigos que correu o menino Jesus por causa do receio de um rival, e o Seu livramento do que tinha sido anunciado pelos profetas. os ensinamentos são no evangelho apresentados pelo Rei de israel, como sendo o complemento da antiga lei. As Suas ações e milagres, e todas as circunstâncias dos Seus sofrimentos e morte, são o cumprimento de profecias relativas ao Filho de Davi. Com respeito às predições de Jesus, são aqui mencionadas aquelas que se referem, ou à perseguição dos Seus discípulos por obra dos judeus, ou à ruína do estado judaico, essa ruína temporal que os antigos profetas tinham posto em conexão com o estabelecimento do reino espiritual de israel (cp. o cap. 24 com 66 de isaías). Este evangelho, mais completamente do que qualquer dos outros, faz ver a ligação entre o A. T. e o N. T. sendo muitas vezes as aplicações extraordinariamente admiráveis e sugestivas.
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matheus
Dádiva de Jeová
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mathias
Dádiva de Jeová
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matias
( forma reduzida de Matatias)
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matias, substituto de judas iscariotes
Após a morte de Judas, Pedro propôs que os discípulos escolhessem alguém para substituir o traidor. O discurso de Pedro esboçava certas qualificações para o novo apóstolo ( At 1.15-22). O apóstolo tinha de conhecer a Jesus “começando no batismo de João, até ao dia em que dentre nós foi levado às alturas”. Tinha de ser também, “testemunha conosco de sua ressurreição” (At 1.22).
Os apóstolos encontraram dois homens que satisfaziam as qualificações: José, cognominado Justo, e Matias (At 1.23). Lançaram sortes para decidir a questão e a sorte recaiu sobre Matias.
O nome Matias é uma variante do hebraico Matatias, que significa “dom de Deus”. Infelizmente, a Bíblia nada diz a respeito do ministério de Matias. -
matitias
hebraico: dom de Deus
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matrede
puxando para a frente
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matri
chuvoso
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matsá
Pão não levedado feito somente com farinha e água; o pão é assado através de um processo que leva menos de 18 minutos desde o momento em que a farinha toma contato com a água.
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matsá shemurá
Matsá “guardada”; i.e. Matsá produzida com extremo cuidado desde o plantio do grão, na moagem até o final do processo, para que não tivesse nenhum contato com água..
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matusael
homem de Deus
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matusalem
hebraico: homem armado ou homem de paz
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maujael
hebraico: destruído de Deus
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mauma
aramaico: fiel eunuco
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maumam
hebraico: fiel
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mauqir
posto a venda
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mauricio
Derivado de Mauro, de pele escura, mouro
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maurilio
Derivado de Mauro, de pele escura, mouro
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mauro
De pele escura, mouro da Mauritânia
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maviael
Deus vivifica
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mavioso
Suave; harmonioso
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máxima
Provérbio; ditado; axioma
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maziau
hebraico: consolação de Jeová
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me-jacom
hebraico: água de grande verdura ou água amarela
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me-jarcom
hebraico: água amarela, ou água de grande verdura
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me-zaabe
hebraico: águas de ouro ou coberto de ouro
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mea
hebraico: um cento
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meara
Caverna. Um lugar ao norte da Palestina, que ainda não estava conquistado, quando Josué morreu (Js 13.4). Tem sido identificado com uma povoação, de nome el-Mugh Eiriyeh, nas montanhas de Naftali, uns quinze quilômetros ao ocidente da extremidade setentrional da Galiléia.
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mebunai
edificado
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mecbis
hebraico: congregação fortaleza
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mecona
lugar, habitação
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medã
julgamento
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medade
amor
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medeba
água do descanso
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média
Este país foi dividido pelos gregos e romanos em Média Atropatene e Média Magna. A primeira correspondia, por alto, à província de Azerbeidjã, na Pérsia moderna. o território, embora elevado, é bastante fértil, com muita água na maior parte dos lugares, e favorável à agricultura – o seu clima é temperado, sendo, contudo, severo em certas ocasiões do inverno. As suas produções são arroz, trigo de todas as qualidades, vinho, seda, cera branca, e toda espécie de frutos deliciosos. Tabriz, a sua moderna capital, é a residência de verão dos reis da Pérsia, e constitui um belo lugar, situado numa floresta de pomares.
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mediador
o que está no meio entre duaspartes, com o fim de as reconciliar. A respeito da lei diz-se que ‘foi promulgada por meio de anjos, pela mão de um mediador’, Moisés (Gl 3.19) – e Jesus é ‘o Mediador de superior aliança’, a ‘nova aliança’ (Hb 8.6 – 9.15 – 12.24), e ‘um só Mediador entre Deus e os homens’ (1 Tm 2.5). (*veja Expiação,)
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medicina e cirurgia
Há referência aos serviços de parteiras em Gn 35.17 – 38.28 – Êx 1.15 a 21. A respeito dos médicos diz-se em Gn 50.2 que eles embalsamaram a israel – e em 2 Cr 16.12 se refere que foram consultados pelo rei Asa. Jó, falando dos seus amigos, declara que são ‘médicos que não valem nada’. o uso da medicina é mencionado em Pv 17.22 – Jr 30.13 – 46.11 – Ez 47.12 – e outras passagens, como 2 Rs 20.7, is 1.6 e Jr 8.22, aludem ao emprego de bálsamos e emplastros. Também se referem ao tratamento de feridas, de uma fratura e de uma criança recém-nascida estes textos: is 1.6 – Êx 30.21 – 16.4). Nos casos de lepra, era o sacerdote que examinava o doente, e declarava-o curado (Lv 13). No N. T. a profissão de médico é tida como familiar pela citação que se faz de um provérbio (Lc 4.23 – cp. com Mc 5.26). S. Paulo chama a Lucas ‘o médico amado’ (Cl 4.14) – e os escritos deste evangelista sugerem, em muitas particularidades, uma certa familiaridade com a arte de curar.
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médico
os médicos são mencionados não somente nas inscrições egípcias, mas também no código de Hamurabi, o contemporâneo de Abraão. Mais tarde, tornou-se a cidade de Alexandria a sede da instrução médica no mundo. Mas foram os gregos que fizeram dessa arte uma ciência. A especialização era, nesse tempo, tão praticada como é hoje – e diz Heródoto que cada parte do corpo humano era estudada por um médico distinto pela sua prática. o oficio de parteira era uma ocupação à parte, que no Egito, pelo menos, era exercida por mulheres (Êx 1.15). os médicos egípcios tinham salários provenientes dos tesouros públicos, e tratavam sempre os doentes segundo as fórmulas. Quando a ciência falhava, era praticada a magia. Sob a Lei, era médico o próprio Deus. E por isso há alusões ao Senhor que sara pela Sua misericórdia (Êx 15.26 – Sl 103.3 – Jr 17.14, e 30.17). Qualquer um podia praticar a medicina (Êx 21.19, e 2 Rs 8.29) – mas somente o sacerdote podia fazer a declaração a respeito da cura (2 Cr 16.12 – Jr 8.22). o que é notável, acerca da arte de curar entre os judeus, é a ausência de feitiços, de encantos, e de fascinação, coisas tão vulgares em todos os outros povos. isto somente já seria bastante para elevar o padrão da arte judaica de curar acima da medicina egípcia. o livro do Eclesiástico mostra familiaridade com o tratamento das doenças (10.10 – 38.1 a 15) – e a tradição judaica atribui a Salomão um volume de curas. Sendo grande o número de judeus espalhados pelo império Romano, e estabelecidos eles na própria Roma, foram muitos, por isso, impelidos a aprender a arte de curar, de modo que, mesmo entre os pagãos, tinham eles grande reputação. o conhecimento que Lucas tinha da medicina devia ser originário de uma escola grega, talvez da de Tarso. As escolas gregas de medicina eram bem conhecidas naquele tempo, e eram freqüentadas por estudantes de lugares longínquos. (*veja Medicina.)
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medidas
Consulte a tabela de Pesos e medidas.
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médium
Pessoas que se acreditava poder consultar fantasmas ou espíritos; pessoa por quem o espírito de algum morto se comunicaria com os vivos (Is 8.19). Tal prática era condenada e proibida no AT (DT 18.10,11).
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medos
os medos eram aquele povo que habitava a Média, país que ficava ao noroeste da Pérsia, ao sul e sudoeste do mar Cáspio, ao oriente da Armênia e da Assíria, ao ocidente e noroeste do grande deserto do sal, no irã. (*veja Média.) Trata-se, aqui, deste povo somente na sua conexão com a narrativa bíblica. Pela primeira vez se fala de certas ‘cidades dos medos’, para onde foram levados os israelitas, quando foi destruída a cidade de Samaria (2 Rs 17.6 – 18.11). Deduz-se deste fato que a Média estava sob o domínio da Assíria, no tempo de Salmaneser ou de Sargom, seu sucessor. Pouco depois profetiza isaías a parte que os medos (juntamente com os persas como aconteceu) haviam de tomar na destruição de Babilônia (is 13.17 – 21.2) – e isto é, também, ainda mais distintamente declarado por Jeremias (Jr 51.11,28), sendo a Média independente no tempo deste profeta (Jr 25.25). Daniel menciona a conquista de Babilônia pelos medo-persas (Dn 5.28,31), e refere-se ao reinado de ‘Dario, o medo’, a quem Ciro colocou na Babilônia como seu vice-rei. A tomada da Babilônia pôs fim ao império babilônico, e deu à Ciro todo o território entre o Eufrates e o Mediterrâneo, incluindo a muito cobiçada terra da Palestina. Entre os primeiros frutos desta grande vitória destaca-se o edito para a restauração judaica (Ed 1.1 a 4), reentrando em virtude dessa ordem, grande número de judeus na terra de seus pais, para a ocuparem como uma colônia persa. os sucessores de Ciro, no império medo-persa, foram Cambises ii, Sméredis, Dario, e Xerxes (o Assuero, a que se refere Ester). Xerxes ‘reinou desde a india até à Etiópia, sobre cento e vinte e sete províncias’ (Et 1.1). o alto lugar da Média sob o governo dos reis persas, estando, contudo, em posição subordinada, é notado pela freqüente combinação dos dois nomes em frases de honra, com a precedência dada aos persas (Et 1.3,14,18,19). A particular característica da religião original dos medos era a crença em dois grandes e quase igualmente poderosos espíritos, o do Bem e o do Mal, chamados respectivamente ormaz e Arimã. Estes entes espirituais tinham existido desde toda a eternidade, faziam guerra um ao outro, levando vantagem em geral o príncipe da Luz ao deus das Trevas. os medos também adoravam o Sol, a Lua, e os elementos fogo, água, ar e terra. A religião do povo, em tempos posteriores, era o Magismo. (*veja Magia.) os medos eram uma raça valente e guerreira, excelentes cavaleiros, e naturalmente hábeis no manejo do arco.
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medula
A parte mais íntima, o interior, âmago, essência
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meetabel
Deus é o Benfeitor. 1. Mulherde Hadade ou Hadar, o oitavo e último mencionado rei de Edom, que tinha Pai, ou Pau, como sua terra natal ou cidade principal, antes de estar a realeza estabelecida entre os israelitas (Gn 36.39; 1 Cr 1.50). 2. Uma pessoa, cujo neto, Semaías, foi assalariado por Sambalá e Tobias para intimidar Neemias (Ne 6.10).
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mefaate
beleza
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mefibosete
1. Filho de Saul e de Rispa(2 Sm 21.8). Davi o entregou, juntamente com outros seis indivíduos, aos gibeonitas os quais os enforcaram ou crucificaram no monte em sacrifício ao Senhor, com a idéia de ser afastada a fome, que afligia o país. Depois de estarem pendurados por cinco meses, sendo protegidos contra as aves e animais pela mão de Mefibosete, foram enterrados os corpos, com os de Saul e Jônatas, na cova dos antepassados de Quis em Zela. 2. o filho de Jônatas, e portanto neto de Saul, primitivamente chamado Meribe-Baal (*veja is-Bosete). Tinha cinco anos de idade, quando seu pai foi morto. A sua ama, ao ter conhecimento dos tristes acontecimentos, apressou-se a fugir com o menino, mas na sua perturbação tropeçou, e o resultado foi ter ficado aleijado Mefibosete nos dois pés (2 Sm 4.4). Mefibosete foi levado com o resto de sua família para além do Jordão, nas montanhas de Gileade, onde achou refúgio na casa de Maquir, um poderoso sheik de Gade ou de Manassés em Lo-Debar. Passados anos, Davi, pela amizade que tinha tido a Jônatas, procurou saber onde estava Mefibosete, e mandou que ele e seu filho Mica fossem levados para Jerusalém. Mefibosete foi tratado pelo rei com todas as demonstrações de ternura e de bondade, e desde então residiu na capital. Cerca de 17 anos mais tarde teve Davi de fugir de Jerusalém por causa da rebelião de Absalão. A respeito do procedimento de Mefibosete nesta conjuntura há duas versões: uma dele próprio (2 Sm 19.24 a30) e a outra é de Ziba, seu escravo (2 Sm 16.1 a 4). Davi acreditou nesta segunda notícia, que apresenta Mefibosete como réu de ingratidão e traição, e ordenou que metade dos bens, que tinham sido destinados a Mefibosete, fossem dados a Ziba.
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megido
Antiga cidade de Canaã, dentro do território de issacar, mas cedida a Manassés, que não expulsou os cananeus (Js 12.21 – 17.11 a 13 – Jz 1.27,28 – 1 Cr 7.29). Foi teatro da derrota de Sísera pela ação de Baraque (Jz 5.19) e ali foi morto Josias pelo Faraó Neco (2 Rs 23.29,30 – 2 Cr 35.22) – por esta razão é nome sugestivo de terrível conflito e perturbações (Zc 12.11 – Ap 16.16). Estava situada num dos comissariados de Salomão (1 Rs 4.12 e 9.15), e para ali fugiu Acazias, e morreu (2 Rs 9.27). Megido é a moderna povoação de al-Lejjun, à distância de 24 km de Nazaré, na estrada de caravanas no Egito a Damasco. Enormes plataformas ainda ali existem, designando o sítio das primitivas fortalezas.
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meida
unido juntamente
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meior
preço, ou agilidade
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meir
hebraico: preço
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meirinho
Antigo oficial judicial
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mel
o clima quente, a profusão de flores, as fendas nas rochas calcárias do país (Sl 81.16), tudo isso faz que a Palestina abunde em abelhas, e seja uma ‘terra que mana leite e mel’ (Êx 3.8). o mel silvestre é hoje abundante, e sem dúvida o era também no tempo de Sansão (Jz 14.8,9), Jônatas (1 Sm 14.25 a 27), e João Batista (Mt 3.4). Em tempos posteriores também se deu o nome de mel a um espesso xarope, feito de uvas ou tâmaras. É possível que seja a esse mel artificial que se refere a passagem de 2 Cr 31.5 e outras. o mel não podia servir em nenhuma oferta de manjares (Lv 2.11).
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melão
’Lembramo-nos’, diziam os israelitas no deserto, ‘dos melões que comíamos no Egito’ (Nm 11.5). o termo provavelmente compreendia o melão (Cucumis melo) dos nossos meloais, e a melancia (Cucurbita citrullus). Este último fruto cresce muito no Egito durante a subida do Nilo, atingindo uma grandeza considerável a ponto de ser dalguns arratéis o peso do sumo. Um óleo medicinal é extraído das suas sementes, fornecendo assim o melão às classes mais pobres alimento, bebida, e remédio. o melão cresce exuberantemente em alguns terrenos da costa plana da Palestina.
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melatias
o que Jeová liberta
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melea
hebraico: rainha
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meleque
rei
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melicu
feito rei
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melindrar
Ofender, magoar, suscetibilizar.
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melissa
Abelha (mel)
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melita
latim: doce como mel
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melo
hebraico: monte ou plenitude
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meloti
hebraico: Deus fala
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melqui
Jeová é rei
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melquias
hebraico: meu rei e senhor
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melquiel
hebraico: meu rei e Deus
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melquirão
hebraico: meu rei e exaltado
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melquisedeque
Rei de Salém, e sacerdote do Altíssimo Deus, que encontrou Abraão, quando este voltava da carnificina de Quedor-laomer: apresentou pão e vinho, abençoou aquele patriarca, e recebeu dele os dízimos (Gn 14.17 a 20). Num dos salmos messiânicos (Sl 110.4), Jesus é descrito como sacerdote para sempre ‘segundo a ordem de Melquisedeque’. Este ponto é tratado muito amplamente em Hb 5.6,7, onde a relação entre Melquisedeque e Cristo, como tipo e antítipo, está nestas particularidades: cada um deles é sacerdote, (1) não segundo a ordem levítica – (2) tem superioridade sobre Abraão – (3) não se conhecendo o seu princípio e o seu fim – (4) e não só é sacerdote, mas também rei de paz e de justiça.
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melquisua
hebraico: meu rei e prosperidade
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melquizedeque
rei da justiça
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meltias
hebraico: o Senhor livrou
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meme
10 letra do alfabeto hebraico
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memuca
persa: forte em autoridade
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mena
hebraico: consolação
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menaém
Confortador. o filho de Gadi, que assassinou o usurpador Salum, e se apoderou do trono vago de israel (2 Rs 15.14 a 22). A tomada da cidade de Tirza pelo rei idólatra Menaém foi assinalada por atos de terrível crueldade. o mais notável acontecimento do seu reinado foi o primeiro aparecimento de uma força hostil de assírios na fronteira nordeste de israel. Nesta ocasião, contudo, foram libertados os israelitas.
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mendigo
(*veja 1 Sm 2.8 – Lc 16.20 a 22). *veja Esmola.
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mene mene
aramaico: contou Deus o teu reino e acabou
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mene, mene, tequel, parsim
Estas são as palavras aramaicas, que dedos misteriosos escreviam na parede durante o banquete de, e que tendo aterrorizado o rei e desconcertado os sábios, foram interpretadas por Daniel (Dn 5). Sendo a língua aramaica de fácil compreensão na Babilônia, podemos supor que a perplexidade dos sábios foi devida, em parte, a alguma coisa desconhecida nos caracteres, e em parte à concisão inexplicável da mensagem. Na palavra parsim, na interpretação é tomado o singular peres em vez do plural parsim, sugerindo-nos mais prontamente, por um terrível jogo de palavras, tratar-se dos persas, que já estavam às portas da Babilônia. A exata significação de várias palavras é muito discutida, e não comporta o assunto ser aqui tratado.
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menelau
grego: o que não se curva ao povo
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mênfis
A boa habitação. A principal cidade do Baixo Egito antes da fundação de Alexandria. As suas ruínas são extensas, dando a entender que são restos de esplendorosas grandezas. A destruição de Mênfis foi repetidas vezes anunciada pelos profetas hebreus (is 19.13 – Jr 2.16 – 46.14,19 – Ez 30.13,16 – os 9.6). As profecias foram cumpridas quando foi invadido o Egito pelo rei persa, Cambises. A ruína de Mênfis foi tão completa, que o próprio sítio onde estava edificada se perdeu, sendo descoberto somente há poucos anos. A insignificante aldeia de Mit Raheeneh ocupa quase o centro da antiga capital, distando 16 km ao sul da moderna cidade do Cairo, no lado ocidental do Nilo.
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menina do olho
Esta expressão ocorre em Dt 32.10 – Sl 17.8 – Pv 7.2 – Lm 2.18 – Zc 2.8. A palavra hebraica do primeiro termo significa literalmente homenzinho.
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menofer
egípcio: bom lugar
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menorah
Candelabro, suporte para lâmpadas. Presume-se que a primeira Menorah tenha sido feita para o Tabernáculo no Deserto pelo artista e artesão Bezalel, obedecendo as instruções de Moisés. Na Menorah há 07 lumes de lâmpadas, uma haste central e 03 braços que saem de cada lado.
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mensurado
Medido.
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mentira
Manifestação contrária ao que se pensa, com intenção de enganar, Além do prejuízo que o conhecimento falsificado pode causar ao outro, a mentira encarna a malícia de destruir ou deteriorar o fundamento das relações entre os homens, que se baseiam na verdade e na confiança mútua.
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meona
hebraico: fundação
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meonati
hebraico: habitações do Senhor
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meonemim
hebraico: entendidos dos tempos
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meonotai
minhas habitações, ou habitações de Jeová
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meonotal
hebraico: minhas moradas
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mequeratita
Homem natural de um lugar chamado Mequera-Héfer – um dos trinta e sete guerreiros de Davi (1 Cr 11.36). Em 2 Sm 23.34 está ‘maacatita’.
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merabe
Aumento. A filha mais velha do rei Saul, prometida de Davi, mas dada a Adriel, o meolatita (1 Sm 14.49 – 17.25 – 18.17,19). Teve ela cinco filhos, que Davi entregou aos gibeonitas, sendo por estes crucificados ou enforcados no monte sagrado de Gibeá (2 Sm 21.8).
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meraías
revelação de Jeová
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meraiote
revelação
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merari
o robusto
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merari, meraritas
Merari era o terceiro filho de Levi, o cabeça dos meraritas, que constituíam a terceira grande divisão dos levitas (Gn 46.11). No censo do deserto o número dos meraritas era de 6.200, da idade de um mês para cima, e de 3.200 da idade de trinta anos até aos cinqüenta (1 Cr 6.19,47). Algumas particularidades dos seus deveres com referência ao tabernáculo podem ver-se em Nm 3.20,33 a 37 – 4.29 a 33, 42 a 45 – 7.8 – 10.17). Josué cedeu-lhes doze cidades, uma das quais era Ramote em Gileade, cidade de refúgio (Js 21.7,34 a 40).
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merataim
duplamente
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mercar
Comprar para vender; adquirir por dinheiro, comprar; apregoar para vender; conseguir com esforço.
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mercê
Graça; benefício
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mercia
Uma referência a Marte, o deus romano da guerra
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mercúrio
o povo de Listra chamava Júpiter a Barnabé, e Mercúrio a Paulo (At 14.12). Este incidente pode, sem dúvida, ser explicado pelo fato de Júpiter e Mercúrio terem visitado em forma humana aqueles sítios, segundo a voz da tradição (*veja ovid. Metamorph, Viii, 620-724).
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merede
contumaz, rebelde
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meremote
elevação
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meres
hebraico: alto ou digno
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meresa
hebraico: o que está a cabeceira
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merias
hebraico: levantado pelo Senhor ou rebelião
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meribá
Contenda. Um nome dado às águas, aparecidas em Cades (vede esta palavra), porque israel lutou com o Senhor e com Moisés (Nm 20.1 a 13,24). Há, também, referências às ‘águas de Meribá’ em Nm 27.14 – Dt 32.51 e 33.8 – Sl 81.7 – e 29.8 – Ez 47.19 e 48.28. Um caso muito semelhante se conta ter acontecido antes de Refidim, perto de Horebe chamando-se àquele lugar ‘Massá’, (tentação), e também ‘Meribá’ segundo se lê em Êx 17.7. Se as duas ocorrências têm de se julgar distintas (*veja Dt 33.8 – Sl 95.8), parece que seria melhor considerar a aplicação do nome de ‘Meribá’, no primeiro incidente, como uma interpolação.
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meribaal
adversário de Baal
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meribaal
adversário de Baal
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meribe-baal
hebraico: Baal contende
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meridional
Que está do lado sul
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mérito
Qualidade que torna alguém digno de prêmio, estima, apreço, ou de castigo, desprezo, merecimento etc.
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meritória
Que merece prêmio ou louvor; louvável.
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merobe
hebraico: multiplicação
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merodaque
babilônico: morte
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merodaque-baladã
Rei de Babilônia nos dias do rei Ezequias (is 39.1 – 2 Rs 20.12). Ele resistiu ao crescente poder dos monarcas da Assíria, e lutou pela independência de sua nação. o principal objetivo da visita dos seus embaixadores ao rei Ezequias foi, sem dúvida, formar uma liga entre os países Babilônia, Judéia e Egito contra a Assíria. Todavia, Sargom expulsou-o do trono. Durante sete anos esteve Merodaque-Baladã exilado, sendo depois desse tempo reposto no seu lugar – mas, por fim, foi derrotado por Senaqueribe, após um segundo período de domínio, que durou meio ano (702 a.C.).
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merom
lugar alto
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merotaim
hebraico: rebelião dupla
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meroz
refúgio
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merquem
Comprar para vender
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mês
Desde o tempo da Lei Mosaica o mêsentre os judeus era lunar sendo decidido que começasse por ocasião da lua nova. Abibe, o mês das ‘espigas de trigo’, era o primeiro mês do ano em comemoração do Êxodo (Êx 12.2) – e certamente a Páscoa caía neste mês. Abibe corresponde, em parte, ao nosso abril. Vejam-se os nomes dos diversos meses.
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mesa
1. Rei de Moabe nos reinados de Acabe e de seus filhos Acazias e Jorão, reis de israel. Mesa era vassalo de Acabe, pagando-lhe um tributo de ‘cem mil cordeiros, e a 1ã de cem mil carneiros’ (2 Rs 3.4). Quando Acabe foi morto em Ramote-Gileade, Mesa sacudiu o jugo. Mas Jorão, rei de israel, uniu-se a Josafá, rei de Judá, e ao rei de Edom, numa expedição contra os moabitas, que foram completamente derrotados. Em tais extremos ofereceu Mesa o seu filho primogênito, que havia de suceder no reino, em holocausto a Camos, o desapiedado deus do fogo, adorado em Moabe, resultando deste fato o retirarem-se para as suas terras horrorizados os três exércitos. Em 1868 foi descoberto nas ruínas de Divom um grande fragmento que pertencia a um monumento de pedra, levantado por Mesa (c. 850 a.C.). Na sua inscrição estavam registradas as vitórias de Mesa sobre israel. Essa pedra, restaurada com a adição de outros fragmentos, existe hoje no Museu Britânico. É conhecida pelo nome de Pedra Moabita. 2. Um benjamita (1 Cr 8.9).
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mesalote
hebraico: subidas, escadas
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mesaque
quem é como Deus
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mesclar
Misturar
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meselemias
hebraico: Jeová recompensa
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meseque
Meseque e Tubal, filhos de Jafé (Gn 10.2), são nomes que vêm quase sempre juntos no A. T. os seus descendentes aparecem nas inscrições da Assíria com a denominação de Muska e Tubla. Dos clássicos geógrafos eram conhecidos pelos nomes de Mosqui e Tibareni. Todavia, nos tempos clássicos, a sua situação era muito mais para o norte do que tinha sido na idade dos monumentos da Assíria. Nos reinados de Sargom e Senaqueribe, os seus territórios estendiam-se para o sul até à Cicília, e para o norte até ao meio de Comagene. Mais tarde foram obrigados a retirar-se na direção do norte até ao mar Negro, sendo nesta região da Ásia Menor que Xenofonte e as suas tropas gregas encontraram o remanescente da raça. os modernos georgianos pertencem à raça de Meseque e Tubal (1 Cr 1.5,17 – Sl 120.5 – Ez 27.18 – 82.26 – 38.2,8).
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mesezabel
a quem Deus liberta
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mesfar
hebraico: escrito
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mesha
hebraico: retiro, salvação
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mesilemite
recompensa
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mesilemote
hebraico: recompensa
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mesobade
restaurado
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mesobaia
hebraico: congregação do Senhor
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mesobalta
hebraico: congregação do senhor
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mesobe
hebraico: restaurado
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mesopotâmia
Entre rios. A região entreo Eufrates e o Tigre – mas geralmente é a porção ocidental deste território, entre a grande curva do Eufrates e o Tigre Superior. Foi o país de Naor e Abraão antes de emigrarem para a Terra Prometida (Gn 11.31 – 24.10 – At 7.2) – e também o foi de Balaão, do rei Cusã-Risataim, dos aliados dos amonitas e de certo número de indivíduos, que estavam em Jerusalém no dia de Pentecoste (Dt 28.4 – Jz 8.8,10 – 1 Cr 19.6 – At 2.9).
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messa
retirada, ou prosperidade, felicidade
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messe
Seara madura; ceifa
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messias
Ungido. Esta palavra aparece no A. T. e no N. T. – umas vezes com a designação de ‘o príncipe’ (Dn 9.25,26), outras com a sua significação própria: ‘o Ungido’, o ‘Cristo’ (Jo 1.41 – 4.25). A palavra ‘ungido’ é aplicada aos sacerdotes (Lv 4.3,5 – 6.22) – aos reis (1 Sm 2.10 – 12.3, etc.) – e mesmo a um pagão, no caso de Ciro (is 45.1). Geralmente se considera a passagem de Gn 8.15 como uma promessa do Messias. os escritores judaicos, contudo, não interpretam diretamente estas palavras do Gênesis como referentes ao Messias, embora alguns sustentem que a vitória seria ‘nos dias do Messias’. A Abraão tinha sido anunciado o Messias mais ou menos claramente, como a prometida Semente – a Moisés como um Profeta – a todos daquele tempo como um Sacerdote – a Davi se manifesta também como Rei. Até que ponto conhecia Davi a profunda significação das profecias que por Natã e outros lhe eram reveladas ou por ele proferidas, não se pode saber. Tanto a ele, como a outros inspirados videntes, se podem aplicar as palavras de Pedro (1 Pe 1.10 a 12). Mas o próprio apóstolo Pedro também em outro lugar nos ensina que Davi sabia que ‘Deus lhe havia jurado que um dos seus descendentes se assentaria no seu trono’ (vede At 2.30). os salmos, na verdade, abundam em referências ao Messias e Seu reino. Eles contêm maravilhosas predições da vida de Cristo, concernentes aos Seus sofrimentos e à Sua glória. A respeito dos Seus sofrimentos *veja o Sl 22 – e com respeito à Sua glória os salmos 2,45,72 e 110. o salmo 182, vers. 11, relaciona Jesus com Davi – o 118, vers. 22, prediz que Ele havia de ser rejeitado pelos judeus – o salmo 68, vers. 18, anuncia a Sua ascensão e o dom do Espírito – e o salmo 117 a chamada dos gentios. o caráter messiânico não se restringe a esses salmos diretamente proféticos. Por todos os salmos se apresenta um ideal, de pessoa justa, embora sofredora, que pela dor e pelas aflições havia de atingir o domínio universal. ora, é Jesus Cristo, na Sua pessoa e na Sua obra, que de um modo completo e único realiza esse ideal. Na verdade, no salmo 8, a honra conferida por Deus à Humanidade é assim descrita: ‘e sob seus pés tudo lhe puseste’ – mas o comentário apostólico é desta forma: ‘Agora, porém, ainda não vemos todas as coisas a ele sujeitas – vemos, todavia,… Jesus,… coroado de glória e de honra…’ (Hb 2.8,9). Davi, no salmo 16, faz, numa esperança firme, esta afirmação: ‘Pois não deixarás a minha alma na morte, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção.’ ‘Sendo, pois, profeta’, comenta o apóstolo Pedro, ele ‘referiu-se à ressurreição de Cristo’ (At 2.30,31). o salmo 40 também nos oferece um belo quadro de santificação, que única e completamente teve a sua realização em Cristo, como se mostra em Hb 10.5 a 10. os indícios que se encontram nos profetas estão de harmonia com os que se vêem nos salmos. o Messias deve ser Rei, e por isso os profetas o representam revestido com todos os característicos dos mais ilustres príncipes da teocracia judaica – e mais de uma vez lhe dão o título de Davi, que era a muitos respeitos o ideal da verdadeira autoridade (os 3.5 – Jr 30.9 – At 13.84). Eles descrevem no mesmo rasgo de imaginação o Seu caráter como profeta ou sacerdote, multiplicando para cada caso as imagens, a fim de apresentarem as mais sublimes idéias sobre a sua missão (Zc 6 – Hb 7). E do mesmo modo falam do Seu reino, reino de graça e de glória, como sendo a mais alta perfeição da economia judaica e lhe chamam Jerusalém ou Sião (is 62.1,6,7 – 60.15 a 20 – Gl 4.26 a 28 – Hb 12.22). Vede também is 60.6,7 – 66.23. o derramamento do Espírito é, para Joel, a manifestação das três formas de revelação divina que ocorrem no Antigo Testamento. A idéia de que todas as nações haviam de adorar o verdadeiro Deus patenteia-se na declaração de que elas hão de reunir-se na festa dos Tabernáculos (Zc 14.16). A glória dos dias do Messias é representada pelos tempos felizes de Davi e Salomão (Zc 3.10 – cp. com 1 Rs 4.25) – e o poder da paz pela união de Judá e israel (os 1.11 – is 11.13). Além disso, os inimigos do reino do Messias não somente recebem os nomes que tinham os inimigos da antiga teocracia, isto é, os de nações dos gentios, mas também o de que algum povo que naquele tempo era poderoso ou especialmente adverso aos israelitas. Em is 25 dá-se-lhes o nome de Moabe – em is 63 e em Am 9.12 o de Edom – e em Ez 88 o de Magogue. Todavia se achará que há duas linhas paralelas da profecia, apontando para o Messias: uma delas apresenta o Rei ideal, a outra o Profeta ideal, o sofredor servo do Senhor.
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messulão
associável, amigo
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mesulão
Amigo. 1. Um antepassado de Safã, escriba nos dias do rei Josias (2 Rs 22.3). 2. Filho de Zorobabel (1 Cr 3.19). 3. Chefe de uma família de Gade (1 Cr 5.13). 4. Um benjamita (1 Cr 8.17). 5. Um benjamita, cujo filho Salu foi um dos principais da tribo, estabelecida em Jerusalém, depois da volta do cativeiro (1 Cr 9.7 – Ne 11.7). 6. Um benjamita que viveu em Jerusalém, depois do cativeiro (1 Cr 9.8). 7. Um aronita, da família de Zadoque, cujos descendentes habitaram em Jerusalém (1 Cr 9.11 – Ne 11.11). 8. Sacerdote, antepassado de uma família que habitava em Jerusalém (1 Cr 9.12). 9. Um coatita, ou família de levitas coatitas, quando reinava Josias: pertencia à classe dos superintendentes das obras para a restauração do templo (2 Cr 34.12). 10. Um chefe, que voltou com Esdras da Babilônia. Auxiliou o trabalho da chamada dos levitas, que eram necessários para voltarem a Jerusalém (Ed 8.16). 11. Um dos principais, no tempo de Esdras, que ajudou Jônatas e Jaseías na anulação dos casamentos, que alguns do povo tinham contraído com mulheres estrangeiras (Ed 10.15). 12. Um dos que despediram as suas mulheres estrangeiras (Ed 10.29). 13. Certo homem, que ajudou a reedificar duas partes do muro de Jerusalém (Ne 3.4,30 – 6.18). 14. Um operário, que trabalhou na restauração da Porta Antiga de Jerusalém (Ne 3.6). 15. Era um daqueles que estavam à esquerda de Esdras, quando ele lia a lei do povo (Ne 8.4). 16. Sacerdote, ou família de sacerdotes, que selou o pacto com Neemias (Ne 10.7). 17. Um daqueles que selaram o pacto com Neemias (Ne 10.20). 18. Sacerdote da família de Esdras, que prestou o seu auxílio na dedicação dos muros de Jerusalém (Ne 12.13). 19. Um sacerdote (Ne 12.16). 20. Levita e porteiro do templo depois do exílio (Ne 12.25). 21. Um dos príncipes de Judá, que estavam com os que iam à direita, marchando sobre o muro de Jerusalém, quando da sua dedicação (Ne 12.33).
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mesulemete
associável, amiga
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metabolismo
Conjunto dos mecanismos químicos necessários ao organismo para a formação, desenvolvimento e renovação das estruturas celulares.
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metáfora
Emprego de palavra com significado diferente do que ela designa.
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metaforicamente
Em que há metáfora; figurado.
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metafórico
Em que há metáfora(s); figurado.
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metani
hebraico: força
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metegama
hebraico: rédeas da metrópole
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metegeu-ama
freio da cidade mãe
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meteque-ama
hebraico: tirou as rédeas da metrópole
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metreta
Medida antiga que equivale a cerca de 40 litros.
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metretas
Medida antiga equivalente a cerca de 40 litros.
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metri
hebraico: chuvoso ou Jeová vigia
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metrópole
Cidade principal; cidade grande
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metusael
homem de Deus
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metusalá
homem do dardo
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metusalem
hebraico: quando morrer isso vira ou homem amarelo
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meujael
ferido por Deus
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meumã
fiel
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meunim
hebraico: lugar de refugio
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meunitas
Um povo contra o qual o rei Uzias moveu guerra com bons resultados (2 Cr 26.1). No original parece ser o plural de Maom (vede esta palavra). Eles habitavam o território ao oriente da grande cordilheira de Seir, a moderna esh-Sherah, que forma o lado oriental do Wady al-Arabah, onde ainda hoje existe uma cidade do mesmo nome. São mencionados em Ed 2.50 – Ne 7.52 – e também 1 Cr 4.41.
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meza
hebraico: temor
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mezaabe
água de ouro (dourado)
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mezalote
hebraico: subidas, escadas
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mezuzá
Pequeno rolo de pergaminho, que contém trechos sagrados da Torá, e que é protegido por uma caixinha e pregado nos umbrais das portas de lares e estabelecimentos judaicos.
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miamim
a mão direita
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mibar
escolha
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mibsão
doce aroma
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mibzar
fortificação
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mica
l. Efraimita, cuja vida é descrita em Jz 17 e 18. o seu único pensamento é possuir o favor de Deus (Jz 17.13), mas ele é tão ignorante do que prescreve a Lei que a sua casa está cheia de ídolos, escolhendo para os serviços religiosos um sacerdote não autorizado, primeiramente uma pessoa de sua família, e depois um levita, que não era da linha sacerdotal. A narrativa claramente mostra a que grau de desmoralização alguns dos levitas tinham chegado. Aquele levita que, depois de servir a casa idolátrica de Mica, veio a ser o primeiro sacerdote de outro sistema religioso, em que o Senhor não tinha parte, era neto de Moisés, porque o nome de ‘Manassés’ (Jz 18.30) é uma alteração, em vez de ‘Moisés’, feita com o propósito de defender aquele venerável nome do descrédito que tal descendente havia de lançar sobre ele. 2. Chefe de uma família de Rúben (1 Cr 5.5). 3. Filho de Meribe-Baal, ou Mefibosete, que era filho de Jônatas (2 Sm 9.12 – 1 Cr 8.34,35 – 9.40,41). 4. Levita da família de Asafe cujos descendentes habitavam em Jerusalém (1 Cr 9.15 – Ne 11.17,22). Ele é chamado Micaías em Ne 12.35. 5. o filho mais velho de Uziel, irmão de Anrão (1 Cr 23.20 – 24.24, 25). 6. Homem de alta posição social, cujo filho Abdom foi mandado pelo rei Josias investigar acerca do caminho do Senhor, quando foi achado o livro da Lei (2 Cr 34.20). Em 2 Rs 22.12 é chamado Micaías. 7. Levita, ou família de levitas, que assinou o pacto com Neemias (Ne 10.11).
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mica e micaías
quem é semelhante a Jeová
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micael
(Miguel)
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micael e migeul
quem é semelhante a Deus
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micael ou miguel
1. Pai de um dos dozeespias (Nm 13.13). 2. indivíduo de Gade, que se estabeleceu em Basã (1 Cr 5.13). 3. Um gadita (1 Cr 5.14). 4. Um antepassado de Asafe (1 Cr 6.40). 5. Homem de posição da tribo de issacar (1 Cr 7.3). 6. Um benjamita (1 Cr 8.16). 7. indivíduo da tribo de Manassés, que se juntou a Davi em Ziclague (1 Cr 12.20). 8. Pai, ou antepassado de onri, chefe da tribo de issacar, no reinado de Davi (1 Cr 27.18). 9. Filho de Josafá, que foi assassinado por seu irmão Jeorão (2 Cr 21.2,4). 10. Pai, ou antepassado, de Zebadias (Ed 8.8). 11. o anjo de Deus, que veio em auxílio de Daniel, e por este é chamado príncipe do povo de israel (Dn 10.13,21 – 12.1). Em Ap 12.7,9 é Miguel representado em luta contra o dragão, ‘a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo’. A referência em Judas 9 é a uma antiga lenda judaica, citação de um livro apócrifo ‘a Assunção de Moisés’, em que aparece Miguel contendendo com o diabo, e disputando com ele a respeito do corpo de Moisés. o maligno reclamava a sua posse, visto que o grande libertador do povo israelita se achava culpado do crime de homicídio (Êx 2.12).
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micaia
hebraico: quem e semelhante e Jeová
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micaias
l. Um profeta que predisse a morte de Acabe em Ramote-Gileade (1 Rs 22.1 a 35 – 2 Cr 18). Era filho de inlá, e existia pelo ano de 890 a.C. o nome de Micaías não aparece antes desta data, mas a linguagem de Acabe (1 Rs 22.8) faz supor que este já tinha recebido do mesmo profeta, em tempos passados, mensagens de censura e aviso. E julgam alguns que nessa ocasião ele tivesse sido encarcerado pela sua fidelidade e audácia (1 Rs 20.35,42). 2. Pai de Acbor, que foi um importante funcionário do rei Josias (2 Rs 22.12). É Mica em 2 Cr 34.20. 3. A mulher de Roboão e mãe de Abias (2 Cr 13.2). Noutro lugar é ela chamada ‘Maaca, a filha de Abisalão’ (1 Rs 15.2), ou Absalão (2 Cr 11.20). 4. Príncipe de Judá, enviado por Josafá para ensinar o povo (2 Cr 17.7). 5. Descendente de Asafe (Ne 12.35). Em 1 Cr 9.15 está escrito Mica. 6. Um dos sacerdotes que tocavam trombeta quando foi efetuada a dedicação dos muros de Jerusalém por Neemias (Ne 12.41). 7. Uma pessoa que anunciou as profecias de Jeremias a todos os príncipes que se achavam reunidos na casa do rei Zedequias (Jr 36.11 a 13).
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mical
A mais nova das duas filhas de Saul (1 Sm 14.49). Depois da luta entre Davi e Golias não se realizou o esperado casamento do pastor vitorioso com Merabe, a filha mais velha de Saul. Como Mical amava Davi, Saul prometeu dar-lha, logo que o moço guerreiro matasse cem filisteus, esperando secretamente o rei que ele perderia a vida no seu esforço para cumprir aquela condição. Mas Davi foi bem sucedido, e Mical tornou-se sua mulher. Empregando um hábil estratagema, ela salvou a vida de seu marido do louco procedimento do seu pai (1Sm19.11a17). Em conseqüência disso ficou ela separada de Davi por muitos anos, casando nesse intervalo de tempo com Palti ou Paltiel (1 Sm 25.44 – 2 Sm 3.14,15). Depois da morte de seu pai e de seus irmãos, fugiu ela com os restantes membros da família de Saul para o oriente do Jordão – mas, quando Davi se estabeleceu com toda a segurança em Hebrom, mandou chamá-la, colocando-a novamente no antigo lugar de sua mulher. Quatorze anos tinham passado, mas o amor de Davi a Mical não tinha arrefecido naquele espaço de tempo. Um dia, porém, ela ficou desgostosa, observando a conduta de Davi, quando a arca era levada de Quiriate Jearim para Hebrom – e por essa razão houve um final rompimento entre ela e o rei (2 Sm 6.14 a 23).
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michá
Nome de um dos profetas.
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miclote
Varas
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micmás
Tesouros
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micmetá
Lugar oculto
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micmetate
hebraico: esconderijo
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micnéias
Possessão de Jeová
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micol
(forma reduzida de Micael)
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micri
Adquirido, comprado
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mictão
Áureo, excelente
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midiã
Contenda
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midiã, midianitas
Filho de Abraão e deQuetura (Gn 25.2 – 1 Cr 1.32), o progenitor dos midianitas ou árabes, que habitavam principalmente ao norte da Arábia. Na direção do sul eles estendiam-se pela praia oriental do golfo de Acabá, e para o norte povoavam a fronteira oriental da Palestina. os descendentes de Hagar e os de Quetura casaram, sem dúvida, uns com os outros, e serve isto para explicar o fato de os negociantes a quem foi vendido José serem num lugar chamados midianitas e em outro ismaelitas (Gn 37.25,28). Tendo Moisés matado a um egípcio, fugiu para a terra de Midiã, e casou lá com a filha de um sacerdote midianita (Êx 2.15 a 21). A cidade daquele país estava situada na praia árabe do golfo Arábico. os midianitas caíram na idolatria e na imoralidade, exercendo uma péssima influência nos filhos de israel, como se pode ver na narrativa de Nm 25.6 a 18. Um israelita trouxe publicamente para o campo uma mulher midianita, e ambos foram mortos. Ao tempo em que as tribos cananéias constituíam um povo detestado, puderam os midianitas, dizendo-se consangüíneos dos israelitas, conviver com estes, e mais prontamente afastá-los da sua obediência ao Senhor. Em Conseqüência disto foi, por ordem expressa de Moisés, sustentada uma guerra contra Midiã (Nm 31). Passados anos, eles restabeleceram-se deste golpe, e tornaram-se os cruéis opressores do povo de israel, devastando as suas searas até Gaza na costa do Mediterrâneo. Esta opressão e o livramento de israel pela obra de Gideão acham-se descritos em Juizes, caps. 6,7 e 8. o despojo tomado por Moisés e Gideão mostra que os midianitas eram um poderoso povo nômade, vivendo de pilhagem, e amando a ostentação.
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midim
Extensão
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midrash
Interpretação não literal e ensinamentos homiléticos dos sábios, na escritura.
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mifcade
hebraico: guarda
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migdal-eder
hebraico: torre de Eder
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migdal-el
Torre de Deus
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migdal-gade
hebraico: torre da fortuna
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migdol
Torre
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migrom
Local de precipício
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miguel
Quem é com Deus
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mijamim
hebraico: da destra, feliz
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milagre
Palavra derivada do latim (miruculum), que, em sentido lato, se aplica a qualquer acontecimento maravilhoso – mas na Bíblia usa-se em sentido restrito, significando ‘um ato de Deus, que de um modo visível é um desvio das conhecidas operações do Seu poder com o fim de autenticar uma mensagem divina, embora possa servir para outros fins’. Diversas palavras em hebraico (Mopheth, Péle, oth) se traduzem no A. T. por milagre, maravilha, e sinal. No N. T. usa-se a palavra Dunamis (poder) para significar milagre 0fc 9.39) – e Semeion (sinal) também com a mesma significação (Lc 23.8). É esta a palavra característica que se emprega no quarto evangelho. os milagres de Jesus são também descritos por erga ‘obras’ – (Jo 5.20 – 7.3 – 10.25 – 15.24 – etc.), e terata ‘prodígios’ – (Jo 4.48 – At 2.22). A designação de milagre para autenticar uma mensagem divina é claramente indicada. os milagres, referidos no A. T., não os devemos considerar em si somente, mas como fazendo parte da história que culminou na encarnação de Jesus Cristo. Acham-se admiravelmente relacionados com a obra de Moisés e Arão, e com a dos profetas Elias, Eliseu e Daniel. o fim destes milagres é evidenciado, por exemplo, em Êx 3.20 – 7.5,17 – 1 Rs 18.37 – 2 Rs 5.8 – a sua importância foi compreendida e reconhecida (Êx 10.16,17 – 1 Rs 18.39 – Dn 3.28,29 – 6.26,27). De igual modo os milagres de Jesus Cristo ‘devem ser compreendidos segundo a Sua messiânica obra, e acomodados aos interesses do reino de Deus. Nenhum milagre, seja qual for o seu caráter, pode ser considerado como mera manifestação do poder, mas todos, naturalmente, ocorreram segundo as circunstâncias e para um fim benéfico em relação com a obra de Cristo, o Arauto, o Fundador do reino dos Céus’. Eles assim são entendidos pelo próprio Salvador (Mc 2.10 – Jo 5.36). os outros milagres do N. T. devem ser considerados à luz do que foi ordenado por Jesus aos apóstolos (Mt 10.8), e ao grêmio dos crentes (Mc 16.17). Também se fala dos milagres em termos que indicam o seu objeto (At 3.16 – 5.12 a 14 – 8.6,7). os milagres de Jesus Cristo estão dispostos no quadro anexo a este artigo, de tal modo que, num relancear dos olhos, se possa ver o seu lugar nos diversos Evangelhos.
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milalai
Eloqüente
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milca
Conselho
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milcom
o deus dos amonitas (1 Rs 11.5,33 – cp. com o vers. 7 – 2 Rs 23.13) – em outros lugares o nome dessa divindade é Moloque Moleque. (*veja Moleque.)
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milena
Derivado de Maria, senhora soberana
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mileto
grego: vermelho
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milha
Medida romana de 1000 passos.
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milhano
É uma das aves imundas, mencionada em Lv 11.14 e Dt 14.13. Trata-se do bútio, do qual há duas variedades na Terra Santa. Uma delas é uma airosa e grande ave, da mesma família do falcão, mas não de vôo tão rápido. Não caça a sua presa, como o esmerilhão, quando está voando, mas vigia-a de uma certa posição vantajosa, e na ocasião própria salta sobre ela. A ave de rapina que se menciona em Jó 28.7 deve ser o milhano.
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milicia
Carreira, disciplina, vida militar; a arte ou exercício da guerra; a força militar de um país
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milo
Torrado. 1. Certa parte das fortificações de Jerusalém, que pela primeira vez é mencionada, quando Davi tomou a ‘fortaleza de Sião’: talvez as defesas que se estendiam para o ocidente, envolvendo a porção térrea que enchia o Vale Tiropeano, e que ligava os dois montes sobre os quais estava edificada a cidade (2 Sm 5.9 – 1 Cr 11.8). obras posteriores foram efetuadas por Salomão e Ezequias (1 Rs 9.15,24 – 11.27 – 2 Cr 32.5). 2. Bete-Milo (a Casa de Milo): (a) o nome de um lugar ou de uma família em relação com Siquém (Jz 9.6,20) – (b) um sítio de Jerusalém, onde Joás foi morto (2 Rs 12.20). Provavelmente em conexão com Milo 1.
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mimam
hebraico: da destra, feliz
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minam
Consomem; invadem
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minas
Aquela conhecidíssima passagem de Jó (28.1 a 11) mostra que os processos de derreter e refinar metais eram familiares aos povos da Bíblia, desde tempos muito primitivos. Afirmam diversos autores que em épocas remotíssimas, que eles fixam em 4.000 a.C., trabalhava em minas de cobre na península do Sinai uma colônia formada, na sua maior parte, de egípcios condenados a trabalhos forçados. o ouro e a prata eram apurados por aquele processo chamado de copela, que consistia em fazer uma mistura de qualquer desses metais com chumbo, submetendo-a a uma fusão em vaso de barro ou de pó de ossos, sobre o qual se soprava por meio de um fole. A este processo faz-se referência em Ml 3.3: ‘Assentar-se-á, como derretedor e purificador de prata – purificará os filhos de Levi, e os refinará como ouro e como prata.’ os montes da Palestina são ricos em ferro, e as minas são ainda ali exploradas.
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minasom
hebraico: buscar diligente
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mindo
latim: o mínimo
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minguar
Tornar-se menor ou escasso
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mini
grego: parte, divisão
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miniamim
À direita
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ministro
indivíduo que oficia ou serveoutra pessoa, como Josué em relação a Moisés (Êx 24.13 – Js 1.1). os ministros de Salomão eram aqueles servos (1 Rs 10.5), que faziam serviço na corte. Aquele ‘assistente’, a quem Jesus, na sinagoga de Nazaré, passou o livro de isaías depois de ter lido certa passagem (Lc 4.20), era um ministro, que tinha por obrigação abrir e fechar o edifício, distribuir os livros para o culto, e depois colocá-los no seu lugar: geralmente ajudava o principal oficiante. o termo também é aplicado aos magistrados (Rm 13.6) – aos pastores e mestres (1 Co 3.5) – e ao Filho do homem, que veio a este mundo, não para ser servido mas para servir (ser ministro) 0ft 20.28).
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minite
Um lugar ao oriente do Jordão – o limite da carnificina dos amonitas, operada por Jefté (Jz 11.33). Talvez haja referência ao mesmo lugar no ‘trigo de Minite’, que israel negociava com Tiro (Ez 27.17) – mas a passagem oferece dificuldades. As ruínas de Minyeh, 21 km ao sudoeste de Hesbom, é possível que indiquem aquele sítio.
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minorar
Abrandar, suavizar, diminuir.
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miquéias
o profeta Miquéias parece tersido natural de Moresete-Gate (Mq 1.14), uma povoação da Filístia, distante 32 km de Jerusalém, mais ou menos. Parece que Miquéias exerceu o ministério profético não muito depois de Amós, oséias e isaías terem principiado o seu – e nas suas censuras e avisos ele envolve tanto israel como Judá (1.1). Há uma admirável semelhança entre as predições sobre a ruína de Samaria e a de Jerusalém (cp. 1.6 com 3.12). Alguns escritores gregos, e entre esses Epifânio, dizem que ele foi assassinado por Joás, filho de Acabe, confundindo-o com Micaías, o filho de inlá (1 Rs 22.8 a 28). os nomes são formas diferentes da mesma palavra. Crê-se que Micaías não sofreu o martírio, mas morreu em paz no reinado de Ezequias. Pelo que se lê em Jr 26.8,9,18,19, parece que o profeta Jeremias teria sido morto pelo fato de anunciar a destruição do templo, mas Miquéias havia predito a mesma coisa mais de cem anos antes.
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miquéias (livro de)
o autor deste livro apresenta-se como ‘Miquéias, morastita’, e diz ter profeticamente falado ‘nos dias de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá’ (1.1). A afirmação de que ele ‘profetizou noa dias de Ezequias’ (Jr 26.18) não limita o seu trabalho àquele reinado. o conteúdo do livro pode dividir-se em quatro seções principais: (1) cap. 1º, os juízos de Deus sobre israel e Judá – (2) caps. 2 e 3, prova da necessidade destes juízos – (3) caps. 4, 5, a promessa – (4) cap. 6, colóquio entre o Senhor e o Seu povo – cap. 7, epilogo: lamentações e esperança do profeta. Miquéias anuncia em termos claros a invasão de Salmaneaer e Senaqueribe (1.6 a 16) – a dispersão de israel (5.7,8) – a cessação da profecia (3.6,7) – a completa destruição de Jerusalém (3.12). E não menos claramente ele prediz o livramento de israel (2.12 – 4.10 – 5.8) – a terra natal do rei messiânico (5.2) – a promulgação do Seu Evangelho desde o Monte Sião – os seus resultados – e a exaltação do reino do Messias sobre todas as nações. o estilo de Miquéias tem muito da beleza poética de isaías e do vigor de oséias mas é por vezes obscuro pela sua concisão e repentinas transições. Abundante em exemplos de jogo de palavras e notáveis interrogações oratórias. A sua missão especial, como arauto do juízo vindouro, torna predominante a severidade do tom – mas toda a aspereza é suavizada pela maneira bela como o profeta fecha o livro. As citações que de Miquéias se fazem no N. T. são de importância: (5.2) o nascimento em Belém, do Messias, Mt 2.6. Esta passagem é especialmente notável por ter sido citada pelos sacerdotes e escribas de Jerusalém, como profecia concernente ao Messias, e por todos aceita. (Cp. com Jo 7.42.) Há, também, admirííveis reproduções da linguagem do profeta (7.6) em Mt 10.35,36 – Mc 13.12 – e Lc 12.53 – e do cap 7.20 em Lc 1.73.
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miquiote
hebraico: varas
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mirela
Milagrosa
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mirella
Milagrosa
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miriã
1. irmã de Moisés e de Arão. Miriã vigiava o berço de seu irmão numa das margens do Nilo, e foi ela quem indicou sua mãe para ama do menino (Êx 2.4,7). Depois da passagem do mar Vermelho é ela chamada a ‘profetisa’, e dirigiu o cântico triunfal das mulheres (Êx 15.20,21). Por duvidar da supremacia de Moisés achou-se ferida de lepra, mas pela intercessão dos seus irmãos, que pediram a Deus por ela, foi curada (Nm 12.10 a 15). Morreu quando estava no seu termo a peregrinação dos israelitas no deserto, e foi sepultada em Cades (Nm 20.1). 2. Filho ou filha de Jeter, que aparece nas genealogias da tribo de Judá e da easa de Calebe (1 Cr 4.17).
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miriam
Senhora
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mirífico
Maravilhoso, admirável, extraordinário, excelente
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mirma
fraude – enganar
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mirra
A mirra é mencionada na Bíblia como um ingrediente do ‘ó1eo de unção’, para o tabernáculo (Êx 30.23,25). Foi apresentada pelos magos ao menino Jesus – foi-lhe oferecida, sendo recusada, quando já estava no Calvário – e fazia parte das especiarias, que puseram no Seu corpo (Mt 2.11 – Mc 15.23 – Jo 19.39). A referência à mirra em Ct 5.5,13 e em Et 2.12 implicam uma preparação, designada pelo nome de ‘óleo de mirra’. Em Gn 37.25 e 43.11 a tradução é incorreta. A substância mencionada nestas passagens, como fazendo parte das mercadorias, levadas pelos negociantes ismaelitas através da Palestina para o Egito, e dos presentes mandados por Jacó a José, é uma resina produzida por uma espécie de Cistus que se encontra na Palestina, Chipre, eem outras partes da área do Mediterrâneo. Em outros tempos era muito estimada, mas hoje quase não é usada, a não ser pelos turcos, que apreciam a planta como perfume e para fumigações. Só foi introduzida no Egito em tempos posteriores aos acontecimentos descritos no Gênesis – e eis a razão por que achavam conveniente oferecê-la aos governadores do Egito. Como se sabe, a mirra é a goma transudada pelos golpes feitos na casca de uma certa árvore.
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mirrar
ressecar; encolher
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misã
sua purificação
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misael
nome derivado de Miguel
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misal
oração
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misericórdia
Compaixão pela miséria alheia. indulgência, graça, perdão, piedade.
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misgabe
altura terra alta
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misgade
hebraico: refugio
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mishná ou mishnê
Codificação da Lei Oral que forma a base do Talmud; obra escrita por Rabino Yehuda HaNassi.
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mishnayiot
Plural de Mishná
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misia
hebraico: criminal
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misma
audição
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mismana
gordura (no sentido vigor)
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mispa
Torre de vigia. l. Um montão de pedras, preparado por Jacó e Labão, no Monte Gileade (Gn 31.48,49), para servir como testemunho do pacto que começava então e também de marco de separação entre eles. o sítio tornou-se mais tarde um santuário do Senhor. Aqui se reuniam os filhos de israel em dias de calamidade, a fim de escolherem um chefe que os dirigisse (Jz 10.17) – e o primeiro ato de Jefté foi ir a Mispa, e proferir as suas palavras diante do Senhor. Foi neste mesmo sítio de Mispa que houve o fatal encontro entre Jefté e a sua filha, quando ele voltava da guerra (Jz 11.34). 2. Era a residência, perto de Hermom, dos heveus que se juntaram àquela liga dos povos do norte contra israel, sendo o chefe da aliança Jabim, rei de Hazor – e foi o lugar para onde fugiu, repelido por Josué, o derrotado exército da mesma confederação (Js 11.3,8). 3. Cidade de Judá (Js 15.38), nas terras litorais de Sefelá. Tem sido identificada com a moderna Tell es-Safiyeh, que está situada na rampa dos montes de Judá, dominando completamente a planície marítima. 4. Cidade de Benjamim (Js 18.26 – os 5.1), onde Samuel julgou o povo, reuniu as tribos, e elegeu Saul para rei de israel (1 Sm 7.5 a 12,16 – 10.17 a 25). A sua fortificação era obra de Asa (1 Rs 15.22 – 2 Cr 16.6) – foi a residência de Gedalias, o governador da Caldéia, depois da tomada de Jerusalém e de ter havido aquela cena em que foram mortos os peregrinos que iam de Samaria (2 Rs 25.23,25 – Jr 40.8 – 41.16). A cidade foi »ocupada depois da volta do cativeiro (Ne 3.7,15,19). 5. Cidade de Moabe, onde vivia o rei desta nação, quando Davi entregou os seus pais ao seu cuidado (1 Sm 22.3).
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misraim
hebraico: defesa, ou terra defendida
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misrefote-maim
elevação (ou escape) das águas
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missão
hebraico: purificação
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missionário
Sua finalidade é proclamar a palavra de Deus à todos os homens, suscitar novas comunidades do povo de Deus e promover seu crescimento em comunhão recíproca. Trabalham de preferência em lugares onde o evangelho ainda não foi proclamado ou o foi de maneira insuficientee onde a Igreja local não pode valer-se por si mesma.
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mister
Necessário
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mistério
Três vezes se encontra esta palavra nos evangelhos, quatro vezes no Apocalipse, mas vinte vezes nas epístolas de S. Paulo. Nunca significa somente qualquer coisa estranha e inexplicável, mas sempre um segredo, revelado ou não revelado, conforme o caso. Em tempos do Novo Testamento estava o mundo pagão crivado de sociedades que tinham por fim ensinar os ‘mistérios’, isto é, os segredos relacionados com a religião, nos quais eram solenemente iniciados os aderentes. Provavelmente este fato sugeria muitas vezes a S. Paulo tanto o uso da palavra mistério, como o de alguns termos em conexão com os ‘mistérios’. Assim em Fp 4.12 diz-se, segundo umas versões, ‘eu estou instruído’, e segundo outras, ‘tenho aprendido o segredo’. Em Cl 1.26, o mistério é a presença do Cristo nos crentes. Em Ef3.4 a 8, há referências aos privilégios comuns aos cristãos saídos do judaísmo e do gentilismo.
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misticismo
Devoção contemplativa; tendência exagerada para acreditar no sobrenatural. O misticismo pode levar a pessoa a envolver-se com o satanismo, escravizando-o aos demônios.
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místico
Misterioso e espiritualmente alegórico ou figurado.
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misto de gente
Esta expressão, que se acha em Jr 25.24 e 50.37, parece significar os soldados estrangeiros ou tropas mercenárias, que viviam entre a população indígena. Em outras passagens quer dizer um povo de raça misturada, ou composta de muitas raças (1 Rs 10.15 – Jr 25.24 – e Ez 30.5). Um misto de gente jornadeou com os israelitas, quando estes saíram do Egito (Êx 12.38). A & -ase compreendia todos aqueles que não eram de puro sangue israelita, isto é, os descendentes de casamentos mistos, e também egípcios, e membros de outras raças, vitimas da mesma opressão que tinha afligido o povo hebreu. As mesmas palavras ocorrem em Ne 13.3 – mas em Nm 11.4 ‘E o populacho, que estava no meio deles’ deve ser a parte ínfima de toda a multidão, e não uma classe estranha aos israelitas.
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mitca
hebraico: doçura
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mitigar
Suavizar, abrandar, aliviar.
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mitilene
hebraico: pureza ou mutilado
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mitologia
História fabulosa dos deuses, semideuses e heróis da Antigüidade greco-romana.
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mitra
É a palavra que vem em Êx 28.4,37,39 – 29.6 – 39.28,31 – Lv 8.9 – 16.4, para significar aquela espécie de barrete que o sumo sacerdote usava. Era de linho, estando uma chapa de ouro ligada à testa por um laço de fita azul, com esta inscrição: ‘Santidade ao Senhor’. Em Ez 21.26 a palavra está traduzida por ‘diadema’.
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mitredade
hebraico: dado por mitra ou dado pelo gênio do Sol
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mitsrayim
Egito
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mitsvá
Obrigação religiosa; um dos 613 mandamentos (mitsvot).
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mitsvá tank
Veículo utilizado para a divulgação e aproximação de judeus no caminho da Torá e no cumprimento das mitsvot , ações positivas.
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miza
hebraico: temor, receio
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mizael
hebraico: que e igual a Deus
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mizar
hebraico: temor
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mizpa
hebraico: escrito ou torre de vigia
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mizpar
hebraico: escrito
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mizraim
o segundo filho de Cão (Gn 10.6,13 – 1 Cr 1.8,11), e o nome hebraico do país (o Egito), habitado pelos seus descendentes. Tem-se suposto que a palavra é uma forma dual hebraica ‘os dois Mazors’ ou ‘praças fortes’, havendo referência às defesas das suas regiões: o Baixo Egito, a parte do sul, em que o país se acha dividido desde os tempos pré-históricos.
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mó
Pedra de moinho de afiar
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mó de azenha
Moinho de roda, movido a água; atafona.
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moabe
do próprio pai
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moabe, moabita
Família de um pai. o primitivo território de Moabe parece ter sido dividido em três porções: l. A ‘terra de Moabe’, ondulado país ao norte de Arnom, em frente de Jericó, chegando a Gileade pelo lado do norte. Antes de os israelitas conquistarem Canaã, tinha sido essa terra tomada pelos amorreus; e depois da conquista foi cedida às tribos de Rúben e Gade, sendo recuperada, quando caiu o reino das dez tribos, pelos moabitas. Por esta razão as suas cidades são nomeadas pelos profetas como pertencentes a Moabe (Nm 21.13,26; Dt 1.5; 29.1; 32.49; 34.5,6; is 15.1 a 5; Jr 48; Ez 25.8 a 11). 2. o ‘campo de Moabe’, planície alta e acidentada, estende-se desde as montanhas que dominam o mar Morto ao ocidente até à Arábia deserta ao oriente; e desde a profunda abertura do Arnom ao norte até ao pais de Edom ao sul. os israelitas foram expressamente proibidos de entrar neste ‘campo’, e por esta razão eles passaram pelo deserto (Midbar) de Moabe ao oriente (Gn 36.35; Dt 2.8,9; Jz 11.15,18; Rt 1.1,2; 1 Cr 1.46). 3. ‘Campinas de Moabe’, a seca e tropical região do Arabá, ao norte do Jordão (Nm 22.1; 26.3,63; 31.12; 33.48 a 50; 35.1; 36.13; Dt 34.1,8; Js 13.32); ali se encontram os sítios de várias cidades, sendo bons para cultivação. Tinha duas cidades principais: Ar de Moabe, e Quir, fortaleza. Na maior parte da sua vida histórica foram os moabitas decididos inimigos dos israelitas (2 Rs 1.1; 3.4,5); os nomes das inscrições coincidem com os da Bíblia, e mostram que Camos era o deus de Moabe, e o Senhor, o Deus de israel.
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moacir
Magoado
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moacyr
Magoado
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moadias
hebr: exercito de Jeová
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mocidade
Estado de moço; juventude.
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mocona
hebraico: fundação
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mocori
hebraico: comprado do Senhor, valioso
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modernismo
Preferência por tudo quanto é moderno; tendência para aceitar inovações.
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modim
hebraico: advinhos
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mofar
Zombar
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mofe
hebraico: bom lugar
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moído ou moer
Do Lat. molere
Triturar; reduzir a pó; fig., meditar demorada e continuadamente na mesma coisa; importunar; pisar com pancadas; repisar; molestar. -
moinho
o moinho oriental consta de duas pedras circulares, com 125 em de circunferência, aproximadamente, e 7 cm de espessura, estando colocadas uma sobre a outra. No centro da parte superior está uma abertura, onde é lançado pouco a pouco o trigo, que vai passar depois entre as pedras, ficando reduzido a farinha. Na pedra de cima se fixam dois fortes braços, ou apenas um, que a fazem girar. A superfície superior da mó que está por baixo é levemente convexa, ajustando-se a uma correspondente concavidade da mó de cima. o trabalho, que é pesado e todos os dias executado, é feito por mulheres, especialmente quando são escravas. Como essas pedras eram tão necessárias para preparar a alimentação diária de cada família, era proibido aos israelitas tomar ‘em penhor as mós ambas, nem apenas a de cima, pois se penhoraria assim a vida’ (Dt 24.6). É costume, no oriente, conceder aos soldados certa quantidade de trigo e outros gêneros, juntamente com uma certa quantia – e esse trigo levam-no ao moinho ao romper do dia. isto explica (o que doutro modo seria enigmático) a conduta de Recabe e Baaná, os assassinos de is-Bosete, entrando em casa deste, como se tivessem ido buscar trigo (2 Sm 4.5,6). Esses dois capitães entraram no palácio, fazendo ver que precisavam do trigo, que devia ser distribuído pelos soldados, a fim de que estes pudessem levá-lo no dia seguinte ao moinho, à hora matutina do costume. Em Lm 5.13 se lê: ‘os jovens levaram a mó, os meninos tropeçaram debaixo das cargas de lenha’, sendo essa lenha o madeiramento do moinho que os cativos eram obrigados a levar. Em Mt 18.6, ‘uma grande pedra de moinho’, movida por um jumento.
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moisés
Salvo das águas. (Êx 2.10) – mais provavelmente, porém, é termo egípcio, significando filho, criança. Foi o grande legislador dos hebreus, filho de Anrão e Joquebede, da tribo de Levi. Ele nasceu precisamente no tempo em que o Faraó do Egito tinha resolvido mandar matar todas as crianças recém-nascidas do sexo masculino, pertencentes à família israelita (Êx 2.1 a 4 – 6.20 – At 7.20 – Hb 11.23). A sua mãe colocou-o num ‘cesto de junco’, à borda do Nilo. A filha de Faraó, que o salvou, deu-lhe o nome de Moisés, e educou-o como seu filho adotivo, de maneira que pôde ele ser instruído em toda a ciência dos egípcios (Êx 2.5 a 10 – At 7.21,22). Quando depois é mencionado, já ele era homem. Vendo que um israelita recebia bastonadas de um egípcio, e julgando que ninguém o via, matou o egípcio e enterrou o cadáver na areia. Mas alguém tinha observado o ato, e Moisés, sabendo disto, fugiu para a terra de Midiã, onde casou com Zípora, filha de Jetro, chefe ou sacerdote das tribos midianitas, tornando-se pastor dos rebanhos de seu sogro (Êx 2.11 a 21 – At 7.29). Foi no retiro e simplicidade da sua vida de pastor que Moisés recebeu de Deus a ordem de ir livrar os filhos de israel. Resolveu, então, voltar para o Egito, acompanhando-o sua mulher e os seus dois filhos – mas não tardou muito que ele os mandasse para a casa de Jetro, permanecendo eles ali até que tornaram a unir-se em Refidim, quando ele estava à frente da multidão dos israelitas. Pouco depois de se ter separado da mulher e dos filhos, encontrou Arão que, em negociações posteriores, foi o orador, visto como Moisés era tardo na fala (Êx 4.18 a 31). A ofensa de Moisés em Meribá foi três vezes repetida (Nm 20.1 a 13 – 27.14) – não acreditava que a água pudesse sair da rocha por simples palavras – então, desnecessariamente, feriu a rocha duas vezes, revelando com isto uma impaciência indesculpável – não atribuiu a glória do milagre inteiramente a Deus, mas antes a si próprio e a seu irmão: ‘porventura faremos sair água desta rocha?’ Faleceu quando tinha 120 anos de idade, depois de lhe ter mostrado o Senhor, do cume do monte Nebo, na cordilheira de Pisga, a Terra Prometida, na sua grande extensão. Este ‘ o sepultou num vale, na terra de Moabe, defronte de Bete-Peor – e ninguém sabe, até hoje, o lugar da sua sepultura’ (Dt 34.6). o único traço forte do seu caráter, que em toda a confiança podemos apresentar, acha-se em Nm 12.3: ‘Era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra.’ A palavra ‘manso’ não exprime bem o sentido – a idéia que a palavra hebraica nos dá é, antes, a de ser ele ‘muito sofredor e desinteressado’. Ele juntou-se aos seus compatriotas, vivendo eles a mais terrível escravidão (Êx 2.11 – 5.4) – ele esqueceu-se de si próprio, para vingar as iniqüidade de que eram vítimas os hebreus (Êx 2.14) – quis que seu irmão tomasse a direção dos atos libertadores em lugar de ele próprio (Êx4.13) -além disso, desejava que toda a gente hebréia recebesse dons semelhantes aos dele (Nm 11.29). Quando lhe foi feito o oferecimento de ser destruído o povo, podendo ele ser depois a origem de uma grande nação (Êx 32.10), pediu, na sua oração a Deus, que fosse perdoado o pecado dos israelitas, ‘ae não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste’ (Êx 32.32). (A respeito da conduta de Moisés na sua qualidade de libertador e legislador dos israelitas, vejam-se os artigos: Lei, Faraó, Pragas (as dez), Mar Vermelho, etc.)
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molada
hebraico: nascimento, origem
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moleom
hebraico: rei excelso ou pensativo
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moleque, moloque
Rei. Também chamado Milcom. (*veja esta palavra.) o nome é realmente Moleque (rei) – com a mudança de uma vogal os hebreus quiseram sugerir a palavra bosete ‘vergonha’, por motivos de repugnância, como aconteceu com is-Bosete por Meribe-Baal. Era o deus do fogo dos amonitas, como Camos era dos moabitas. Sacrifícios humanos e provas de fogo eram alguns dos meios que se empregavam para tornar propícia aquela divindade. os israelitas foram avisados contra este culto com ameaças de terríveis castigos. Aquele que oferecesse o seu filho a Moleque devia ser morto por apedrejamento (Lv 18.21 – 20.2 a 5). Sendo já velho o rei Salomão, foram consagrados lugares altos a Moleque num dos cumes do olivete (1 Rs 11.7). Fazer passar o filho ou a filha pelo fogo, em adoração de Moleque (2 Rs 23.10,13), era matar a criança e depois oferecê-la em holocausto à maneira de Mesa. o sacrifício de crianças era não somente expiatório, mas também purificatório – por ele se supunha que as vítimas eram assim purificadas da imundícia do corpo, alcançando então a união com as forças divinas. Está averiguado que a imagem de Moleque era na forma de um bezerro, com as mãos estendidas para diante, como querendo receber qualquer coisa. No caso de haver ídolo semelhante em outro país, as mãos eram postas na direção do chão de tal maneira que a criança, quando colocada sobre elas, era lançada numa cova de fogo. os sacerdotes de Moleque tomavam a precedência com respeito aos príncipes de Amom (Jr 49.3). (*veja Geena.)
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moléstias
Incômodos ou sofrimentos físicos; doenças, achaques, males.
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molho
Porção de objetos reunidos num só grupo
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molide
hebraico: o que reina, o rei
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moloque
Tradicionalmente entendido como o nome de um deus pagão, cujo culto incluía o sacrifício de crianças, que eram queimadas (Lv 18.21).
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monarca
Soberano vitalício e, comumente, hereditário, de uma nação ou Estado.
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monoteísmo
Crença em um só Deus.
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monoteísta
Que ou quem admite um só Deus.
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monoteístas
Que ou quem admite um só Deus.
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monte da caverna
grego: Gólgota
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monte sinai
Local escolhido por D-us para a outorga da Torá.
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monte, montanha
’A região montanhosa de israel’ (Js 11.16) e a região montanhosa de Judá (Js 20.7) significam a região elevada em oposição ao vale ou à planície. Semelhantemente região montanhosa de Efraim quer dizer todo aquele território montanhoso ocupado pela tribo de Efraim, e onde se acham o monte Gaas, o monte Zemaraim, a colina de Finéias, e as cidades de Siquém, Samir, Timnate-Sera (2 Cr 15.8). Do mesmo modo quando se diz a ‘região montanhosa dos amorreus’, há referência às terras elevadas, que ficam ao oriente do mar Morto e do Jordão (Dt 1.7,19,20) – e ‘Monte Naftali’ quer dizer o elevado território cedido à tribo de Naftali. o ‘monte do vale’ (Js 13.19) era um distrito ao oriente do Jordão, dentro do território cedido a Rúben, contendo certo número de cidades.
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monturo
Lixão
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mooz
hebraico: conselheiro
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morastita
Natural de Morasete. Termo aplicado ao profeta Miquéias (Jr26.18 – Mq 1.1).
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mordecai
Foi Mordecai o herói do livrode Ester, livrando os judeus da destruição planejada contra eles por Hamã, o primeiro-ministro de Xerxes. Era da tribo de Benjamim, e do número de cativos, residentes em Susã. Quando se tornou conhecido o decreto para a matança de todos os judeus que viviam no império, foi pelas exortações e acertados conselhos de Mordecai que Ester tomou sobre si a obrigação de interceder junto do rei pelos seus compatriotas. o decreto tinha sido inspirado por Hamã, movido por ódio àquele judeu que não tinha querido curvar-se diante dele. ora, Mordecai salvara um dia Assuero, descobrindo uma conspiração de dois dos eunucos, a qual tinha por fim tirar a vida do rei. E isto tinha acontecido pouco antes de Hamã pedir licença para enforcar Mordecai. os acontecimentos tomaram outro rumo, sendo enforcados Hamã e seus filhos naquela mesma forca que tinha sido preparada para o parente de Ester. Consideráveis restos do palácio de Assuero (Xerxes), em Susã, foram descobertos em meado do século passado. (*veja Ester.)
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mordomo
Administrador dos bens de uma casa.
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more
hebraico: arqueiro, primeira chuva, mestre
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moresete-gate
hebraico: possessão de Gate
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morgana
Mar belo, mar bonito
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moriá
Monte Moriá ou Moriah. No AT dá-se esse nome ao lugar em que Abraão devia sacrificar seu filho (cf. Gn 22,2).
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mormente
Principalmente; sobretudo
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mórmons
Seita religiosa norte-americana, fundada por Joseph Smith.
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morte
Fim da vida física. A morte espiritual significa separação em relação a Deus (Ef 2.1-5). A palavra é também empregada nos seguintes sentidos: 1) o fim de um modo pecaminoso de viver (Rm 6.4-8) e 2) a derradeira irreversível separação em relação a Deus após o juízo (Ap 20.11-15).
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morte (crime de)
o crime de homicídio era punido com a morte (Gn 9.6 – Dt 19.11,12). Quando se encontrava um cadáver no campo, não se conhecendo o assassino, tinham os anciãos e juizes dos sítios vizinhos de dirigir-se àquele lugar (Dt 21.1 a 8). os anciãos da cidade mais próxima deviam tomar uma vitela que nunca tivesse experimentado a canga, e conduzi-la a um vale, que nunca tivesse sido lavrado ou semeado, e ali cortavam-lhe a garganta. os sacerdotes do Senhor, com os anciãos e magistrados da cidade, aproximavam-se do cadáver, e tendo lavado as mãos sobre a bezerra, que tinha sido morta, diziam: ‘As nossas mãos não derramaram este sangue, e os nossos olhos o não viram derramar-se. Sê propício ao teu povo israel, que tu, ó Senhor, resgataste, e não ponhas a culpa do sangue inocente no meio do teu povo.’ A lei de Moisés proibia a compensação, ou a suspensão da pena quando o delito era de homicídio voluntário, não podendo o assassino ser protegido, ainda que procurasse asilo numa cidade de refúgio, ou mesmo junto ao altar do Senhor, como se pode bem depreender do caso de Joabe (Êx 21.12,14 – Lv 24.17,21 – Nm 35.16,18,21,31 – Dt 19.11 a 13 – 2 Sm 3.27 – 20.10 – 1 Rs 2.5,6,31). Se um animal, conhecido o seu hábito, causasse a morte dalguma pessoa, não só era morto o animal, mas o próprio dono era culpado daquele homicídio, se se provasse que ele não tinha empregado os meios necessários para domar a alimária (Êx 21.29,31). Era lícito matar um ladrão encontrado de noite a roubar – mas já não podia praticar-se esse ato violento depois de nascer o sol (Êx 22.2,3).
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mosa
hebraico: fonte, saída
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mosaico
Embutido de pedrinhas de cores, dispostas de modo que aparentem desenhos
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mosca
As moscas abundavam no Egito e na Palestina – e aquela espécie que os modernos viajantes encontram nas vizinhanças do Nilo, a que chamam de mosca da Abissínia, é tão grande como a abelha, e apoquenta de tal modo os animais que os obriga a abandonarem as suas pastagens ou aqueles lugares onde estão, procurando outros sítios de areia ou de lama, onde possam rebolar-se. E por isto podemos ajuizar dos terríveis efeitos da praga das moscas (Êx 8.24). o profeta isaías diz (7.18) que a mosca se encontrará nos próprios lugares para onde os animais se afastam, no desejo de se verem livres da sua presença. As simples moscas do Egito são muito incômodas. Elas gostam de meter-se nos cantos dos olhos, ou de colocar-se nas pálpebras. os egípcios adoravam diversas espécies de moscas e de insetos. outros povos tinham divindades, cujo emprego era defendê-los contra as moscas, como, por exemplo, Baalzebube, o deus mosca de Ecrom, e Hércules, ‘o expulsor de moscas’. Também se imaginava que Júpiter tinha o poder de afugentar as moscas, e especialmente de conservar os seus templos livres delas.
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mosera
hebraico: prisão, laço
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moserote
hebraico: propriedade, possessão
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moserote-gate
hebraico: propriedade de Gate
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moshê
Primeiro líder do povo judeu; tirou-os do Egito, entregou-lhes as Tábuas da Lei e guiou-os no deserto.
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mosolon
hebraico: amigo
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mostarda
Jesus compara o Reino dos Céus ao crescimento de um grão de mostarda, que se tornou ‘maior do que as hortaliças’ (Mt 13.31,32 – Mc 4.31 – Lc 13.19). indubitavelmente Jesus se referia a uma planta familiar, muito conhecida na Palestina. A semente da mostarda era a mais pequena que os judeus estavam acostumados a semear nos campos. Têm sido vistas, nas ricas planícies da Filístia, plantas de mostarda selvagem tão altas como um cavalo com o seu cavaleiro. E por isso era fácil às aves procurar abrigo sob tais plantas.
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mosto
Sumo das uvas antes de terminar a fermentação
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motejo
Zombaria; escarnecer
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motsi-matsá
Um dos passos do sêder de Pêssach; “Bênçãos sobre a matsá”; momento em que o condutor do sêder segura as três matsot juntas e todos recitam a bênção.
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moza
hebraico: saída, fonte
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mudo
o que por uma enfermidade naturalnão pode falar (Êx 4.11), ou o que não fala por falta de conhecimento e habilidade (Pv 31.8), e também aquele que emudeceu pela razão de não querer abrir a boca (Sl 39.9). Cristo repetidas vezes deu a fala aos mudos (Mt 9.32,33 – 12.22 – Lc 11.14).
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mula
Não se faz, na Bíblia, menção de mulas até ao tempo de Davi, em cujo reinado foram introduzidos os cavalos. Mais tarde aparecem, como sendo geralmente animais em que montavam as pessoas de qualidade (1 Rs 1.33 – 18.5 – is 66.20). Salomão, provavelmente, importava as suas mulas do Egito, visto como há uma ordem em Lv 19.19 contra a criação desses animais. os fenícios obtinham as suas mulas comprando-as de Togarma (Armênia), nas feiras de Tiro (Ez 27.14). Em certas ocasiões eram as mulas empregadas como animais de carga (2 Rs 5.17) – em virtude da sua firmeza no andar elas são de grande valor nos sítios montanhosos e acidentados.
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mulher
Entre os judeus, a igualdade social do homem e da mulher fazia contraste com os costumes que de um modo geral prevaleceram no oriente, especialmente em tempos mais modernos. As mulheres hebraicas ainda assim gozavam de considerável liberdade. Não eram encerradas dentro de haréns, nem eram obrigadas a aparecer de face coberta – misturavam-se com os homens e os jovens nos trabalhos e nas amenidades da vida simples. As mulheres efetuavam todo o trabalho da casa (*veja Mulher casada). iam buscar água e preparavam o alimento (Gn 18.6 – 24.15 – 2 Sm 13.8) – fiavam e faziam a roupa (Êx 35.26 – 1 Sm 2.19). Também se metiam em negócios (Pv 31.14 a 24). Participavam da maior parte dos privilégios da religião, e algumas chegaram a ser profetisas. (*veja Débora, Hulda, Miriã.) o lugar que as mulheres tomam no N. T. mostra o efeito igualador de um evangelho, no qual ‘não pode haver… nem homem nem mulher’ (Gl 3.28). Serviam a Jesus e a Seus discípulos (Lc 8.1 a 3 – 23.55) – participaram dos dons do Espírito Santo, no dia de Pentecoste(At2.1a4 – cf. 1.14) – e foram preeminentes em algumas das igrejas paulinas (At 16.14 – 17.4 – cf. Fp 4.2,3). o ponto de vista de S. Paulo a respeito da igualdade dos sexos aparece de um modo especial em 1 Co 7, não sendo inconsistente com isso o ato de reconhecer que a mulher deve estar sujeita a seu marido (Ef 5.21 a 33 – Cl 3.18, 19 – cf. 1 Pe 3.1 a 9). Pelo que se diz em 1 Co 11.5, parece depreender-se que era permitido às mulheres, nas reuniões da igreja, praticar os seus dons de oração e profecia, embora o falar com a cabeça descoberta seja por ele condenado, apelando para a ordenação divina da sujeição da mulher ao homem (1 Co 11.3 a 16). Mas na mesma epístola parece retirar a permissão (1 Co 14.34 a 36) – e em 1 Tm 2.8 a 15 a proibição de ensinar na igreja é feita com maior severidade. Entre as mulheres mencionadas no cap. 16 da epistola aos Romanos, uma pelo menos, Febe, parece ter tido uma posição oficial, a de diaconisa, na igreja de Cencréia. A respeito dos serviços que deviam prestar as viúvas sustentadas pela igreja, vede a palavra Viúva.
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mulher casada, esposa
A posição da mulher casada, numa família hebraica, era instável em razão da poligamia. Geralmente a mulher casava tão nova, que estava longe de poder cumprir a missão de uma dona de casa. A esterilidade da sua mulher levava o homem a procurar outra companheira para obter posteridade – e a esposa também podia induzir o marido a aceitar uma concubina, que ela escolhesse, considerando depois como seus próprios os filhos dessa mulher (Gn 16.2 – 30.3,9). Por conseqüência, o dar filhos ao mundo conferia dignidade à mulher. Embora o homem tivesse o poder, de à sua vontade, anular o casamento, a mulher não podia fazer isso. Era, contudo, possuidora de certos direitos. Tratando-se mesmo de uma mulher inferior, o seu senhor não tinha o direito de vendê-la, embora pudesse desposá-la com o seu filho. Tinha, também, de sustentá-la, a não ser que ela fosse reclamada pelos seus parentes, ficando, nesse caso, livre para casar com outro (Êx 21.7 a 11). Se uma mulher ficava divorciada devia o marido entregar-lhe uma carta de divórcio (Dt 24.1,3). Esta regra existia para beneficio da mulher, que agora estava definitivamente libertada, e podia casar outra vez. A legislação deuteronômica tinha por fim conseguir grande severidade nas relações conjugais, a fim de assim evitar aquelas depravadas práticas, contra as quais se revoltava a consciência moral de israel (Ez 22.10 – Am 2.7). A sorte de uma mulher, que tinha trazido propriedades consigo, era mais favorável do que a que casavaem outras circunstâncias. A mulher nestas condições tinha direito de possuir os seus bens, separadamente dos do marido. Deste modo Hagar é reconhecida por Abraão, como serva de Sara, tendo esta o absoluto direito de dispor da sua escrava, como lhe agradasse (Gn 16.6 – cf. 1 Sm 25.42). Que a situação da mulher, numa abastada casa hebraica, foi em tempos posteriores muito honrosa, depreende-se do que se lê nos Provérbios (31.10 e seg.), e do reconhecimento da sua influência moral e instrutiva, juntamente com seu marido, na educação dos filhos (Êx 20.12 – Dt 5.16 – Pv 1.8 – 6.20, etc.). Desde os tempos mais antigos era concedida à mulher hebraica uma considerável liberdade. Rebeca andava livremente por toda parte com a face descoberta, até que se aproximou de isaque (Gn 24.64,65). As donzelas de Silo dançavam nos terrenos das vinhas, nas festividades anuais (Jz 21.21) – cantavam as mulheres, e em público dançavam, para saudar Saul e Davi (1 Sm 18.6,7) – houve mulheres profetisas (*veja Hulda), e juízas, como Débora (Jz 5) – e também as houve exercendo funções régias, como Jezabel (1 Rs 18.13), e Atalia (2 Rs 11.3), e Bate-Seba (1 Rs 2.19). (*veja Casamento.)
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multiforme
Que tem muitas formas ou se apresenta de muitas maneiras.
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multiplicidade
Característica do que abrange muitas coisas.
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múltiplo (a)
Que abrange muitas coisas; que não é simples nem único.
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mundo
Cinco palavras se traduzem por ‘mundo’ no A. T., e quatro no N. T. No A. T. a mais usada, ‘tebel’, implica uma terra fértil e habitada (como no Sl 33.8 – is 27.6). Eretz, usualmente ‘terra’ (como em Gn 1.1), quatro vezes aparece vertida na palavra ‘mundo’. No N. T. o termo que se vê com mais freqüência é Koamoa. Esta palavra implicava primitivamente a ‘ordem’ e foi posta em uso na filosofia de Pitágoras para significar o mundo ou o Universo, no seu maravilhoso modo de ser em oposição ao caos. No evangelho de S. João quer dizer ‘mundo’ nos seus vários aspectos, isto é: a parte dos entes, ainda separados de Deus, a Humanidade como objeto dos cuidados de Deus, e a Humanidade em oposição a Deus (*veja, por exemplo, Jo 1.9 – 3.16 – 14.17 – 1 Jo 2.2,15 – 5.19). Depois de kosmos, a palavra mais usada é aiõn, que originariamente significava a duração da vida, e também eternidade, uma época, ou mesmo certo período de tempo. Emprega-se no sentido de ‘fim do mundo’ (Mt 13.49), ‘Este mundo’ (idade), e o ‘Século vindouro’ (Mt 12.32 – Mc 4.19 – Lc 18.30 – Rm 1L2) – e em Hebreus 1.2 e 11.3, é o ‘mundo’, como feito pelo Filho. oikoumene, significando o mundo habitado, especialmente o império Romano, ocorre em Mt 24.14 – Lc 2.1 – At 17.6 – Ap 12.9, etc. Gê, a terra, aparece somente em Ap 13.3.
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mupim
hebraico: ânsias
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murta
Quando os judeus voltaram do cativeiro, dirigidos por Neemias, foram buscar ramos de murta e outras árvores ao monte das oliveiras, para a construção de barracas na festa dos Tabernáculos (Ne 8.15). o profeta isaías anunciava um tempo em que a murta havia de ser plantada no deserto e havia de substituir a sarça (is 41.19 – 55.13). Zacarias viu na sua visão um bosque de árvores de murta, em lugar sombrio (Zc 1.8,10,11).
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murteiro
Tipo de arbusto
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musi
hebraico: provado do Senhor
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música
Atribui-se a invenção da músicainstrumental a Jubal, o sexto descendente de Caim (Gn 4.21). Em Gn 31.26,27 há uma referência ao contentamento e aos cânticos, com tamboril e com harpa. o cântico de Miriã e das mulheres de israel, à beira do mar Vermelho, foi acompanhado de toques de tamborins e de danças (Êx 15.20). A música, tanto vocal como instrumental, era usada nos serviços religiosos dos hebreus. De várias referências se deduz que os instrumentos eram de som forte e harmoniosos. Como os cânticos públicos eram cantados em respostas alternadas, fazendo-se ouvir o coro geral, depois daquelas partes do salmo que eram cantadas somente pelos diretores do canto, tornavam-se necessários instrumentos apropriados para guiar as vozes de tantas pessoas, como eram as que se reuniam por ocasião das grandes solenidades. A música era uma parte essencial da instrução ministrada nas escolas dos profetas. Em Betel havia uma escola deste gênero (1 Sm 10.5), bem como em Ramá (1 Sm 19.19,20), em Jericó (2 Rs 2.5,7,15), e em Gilgal (2 Rs 4.38). Davi reunia em volta dele cantores e cantoras, que podiam celebrar as vitórias do rei, e tornar alegres as suas horas de paz (2 Sm 19.35). Salomão fez a mesma coisa (Ec 2.8), e ele próprio não era compositor medíocre (1 Rs 4.32). o serviço do canto no templo era efetuado pelos levitas. Sendo de 38.000 o número de que se compunha a tribo de Levi, no reinado de Davi, 4.000 entre eles estavam afastados para louvar ao Senhor com os instrumentos que o rei tinha mandado fazer (1 Cr 23.5), e para os quais ele lhes ensinou um canto especial. Parece que o rei-poeta também organizou o coro levítico e a orquestra, que de alguma forma continuaram nos tempos de Salomão, de Josafá, e ainda existiam quando se lançaram os fundamentos do segundo templo (1 Cr 15.16 a 24 – 2 Cr 7.6 – Ed 3.10,11). Entre os hebreus havia música nos casamentos, nas festas de aniversário, por ocasião das vitórias, na aclamação dos reis, e quando se realizavam as grandes festas da sua nação. (*veja Flauta, Tamborim, Trombeta. ).
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mute-labem
hebraico: morre pelo filho
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mutuamente
Trocar entre si; permutar, reciprocar.
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muxoxos
Fazer careta por insatisfação
N
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naa
hebraico: consolação, doçura
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naabal
hebraico: louco, ímpio
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naalal
hebraico: pastagem, pasto
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naaliel
hebraico: vale, ribeiro de Deus
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naalom
hebraico: pasto
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naamã
Agradável. 1. Um benjamita (Gn 46.21 – Nm 26.40 – 1 Cr 8.4,7). 2. o general chefe do exército de Ben-Hadade, rei da Síria – foi curado da lepra, banhando-se sete vezes no rio Jordão, em obediência à palavra do profeta Eliseu (2 Rs 5). o profeta recusou um presente, que lhe oferecia Naamã – pediu então este que lhe fosse permitido levar para a sua pátria uma carga de terra do país de Canaã, transportada por duas mulas. A razão que o sírio deu de tal pedido era não servir no futuro algum outro deus a não ser o Senhor. Parece que a sua intenção era edificar um altar com a terra vinda de uma nação abençoada pela especial presença do Senhor. Eliseu satisfaz o desejo do general da Síria. A recepção que numa DATA posterior teve o profeta em Damasco mostra que a fama do ‘homem de Deus’ e do poderoso Senhor, em cujo nome ele operava maravilhas, não estava apagada na cidade de Naamã (2 Rs 8.7 a 9). o caso de Naamã é mencionado por Jesus Cristo como exemplo de se estender a misericórdia divina a quem não era israelita (Lc 4.27).
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naamani
hebraico: compassivo
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naane-ada
hebraico: acampamento de Da
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naara
hebraico: donzela, moca
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naarai
hebraico: rouquidão ou impetuoso
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naarate
hebraico: lugar sem arvores, donzela
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naarei
hebraico: filho do Senhor
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naás
Serpente ou adivinho. 1. Rei dos amonitas que, quando cercava Jabes-Gileade, disse aos habitantes que faria aliança com eles sob a condição de lhes ser arrancado o olho direito, ou ficarem escravos. o rei Saul veio salvá-los, derrotando inteiramente Naás (1 Sm 11.1 a 11). Foi este rei ou o seu filho que prestou a Davi qualquer serviço de importância (2 Sm 10.2), acontecendo isso, certamente, quando Davi andava errante por causa de Saul. 2. Amasa, o comandante chefe do exército de Absalão, era neto de Naás (2 Sm 1l.25).
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naaseias
hebraico: obra de Deus
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naasom
hebraico: encantador, quem prediz
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naassom
Serpente ou adivinho. Príncipede Judá no tempo da primeira numeração no deserto (Êx 6.23 – Nm 1.7). A sua irmã Eliseba foi mulher de Arão, e o seu filho Salmom foi marido de Raabe, depois da tomada de Jericó. Naassom é mencionado na genealogia de Jesus Cristo (Mt 1.4 – Lc 3.32).
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naate
hebraico: repouso
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nabal
Sem juízo ou negligente. Era ‘umhomem em Maom, que tinha as suas possessões no Carmelo’ (1 Sm 25.2). Era rico em rebanhos e manadas; mas quando Davi, nas suas vagueações, pediu a Nabal que lhe mandasse provisões em troca da proteção dada aos seus pastores, ele recusou em termos insultantes (1 Sm 25.10, 21). Abigail, formosa esposa de Nabal ouvindo falar do perigo que seu marido corria pelo ressentimento de Davi, levou ela própria as provisões ao foragido. Nessa ocasião estava Nabal com outros em orgia, sendo grande a sua embriaguez. ouvindo depois o que tinha acontecido, ‘se amorteceu nele o coração’, e passados dez dias morreu (1 Sm 25.38). Abigail veio a ser mulher de Davi (1 Sm 25.39 a 42).
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nabi
profeta
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nabote
Era um israelita da cidade de Jezreel, que vivia no tempo de Acabe, rei das dez tribos, e tinha uma bela vinha perto do palácio real. Acabe cobiçou a sua propriedade, mas Nabote, em conformidade da lei (Lv 2L23, 24), recusou vendê-la. Pôs Jezabel em campo os seus artifícios e foi Nabote morto a pedrada, por motivo de uma falsa acusação, apoderando-se o rei da sua vinha (1 Rs 21.1 a 16). Então o profeta Elias assegurou ao rei, que o seu pecado lhe acarretaria terrível retribuição (1 Rs 21.17 a 24), o que na verdade aconteceu (2 Rs 9).
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nabucodonosor
Nebo protege o limite! Filho e sucessor de Nabopolassar, o fundador do império babilônico (605 a 562 a.C.). Ele foi mandado por seu pai, à frente de um exército, para castigar Faraó-Neco, rei do Egito. Pouco tempo antes tinha este príncipe invadido a Síria, derrotado Josias, rei de Judá em Megido, e submetido toda aquela região, desde o Egito a Carquemis, cidade situada sobre o Eufrates superior, que, na divisão dos territórios de Assíria depois da destruição de Ninive, tinha passado para Babilônia (2 Rs 23.29, 30). Nabucodonosor derrotou Neco na grande batalha de Carquemis, 605 a.C. (Jr 46.2 a 12), recuperou Coele-Síria, Fenícia e Palestina, tomou Jerusalém (Dn 1.1,2), e estava em marcha para o Egito, quando recebeu notícias da morte de seu pai – voltou, então, apressadamente para Babilônia, apenas acompanhado das suas tropas ligeiras. Foi por este tempo que Daniel e seus companheiros foram conduzidos para Babilônia, onde bem depressa se tornaram notáveis sob a proteção de Nabucodonosor (Dn 1.3 a 20). o rei Jeoaquim, que tinha sido conservado sobre o trono de Judá, como rei vassalo de Nabucodonosor, revoltou-se, passados três anos, contra os dominadores (2 Rs 24). o imperador da Babilônia, pela segunda vez, marchou contra Jerusalém, que se submeteu sem grandes esforços (Jr 22.18, 19). Jeoaquim foi morto, e em seu lugar foi colocado seu filho Joaquim, que dentro de três meses deu sinais de não estar satisfeito com o jugo, provocando assim a vinda de Nabucodonosor a Jerusalém pela terceira vez. o imperador babilônio depôs o jovem príncipe e mandou-o para Babilônia, conservando-o preso pelo espaço de trinta e seis anos. Com o rei de Judá foi também uma grande parte da população, sendo também levados os principais tesouros do templo, que foram depositados no templo de Bel-Merodaque. Depois reinou Zedequias, filho do rei Josias e tio de Joaquim, em Judá, como rei vassalo – mas fez um tratado com o imperante do Egito, apesar dos avisos de Jeremias (Ez 17. 15), cortando a sua aliança com o rei da Babilônia. Veio novamente Nabucodonosor, e, depois de um cerco de dezoito meses, tomou a cidade de Jerusalém (586 a.C.). os filhos de Zedequias foram assassinados à vista de seu pai – depois foram tirados os olhos ao próprio rei, que foi levado para Babilônia, onde foi definhando até ao fim da vida (2 Rs 24.8 – 25.21). Deve notar-se que o profeta Jeremias (Jr 32.4, 5 – 34.3) tinha predito a deportação de Zedequias para Babilônia, ao passo que Ezequiel (Ez 12.13) tinha profetizado que ele não veria aquela cidade. Ambas as profecias foram literalmente cumpridas, visto como Zedequias foi cruelmente privado da vista antes de ser arrastado a duro cativeiro naquela cidade. Gedalias, judeu, foi nomeado governador de Jerusalém, mas pouco tempo depois foi morto, fugindo muitos judeus para o Egito, e sendo outros levados para Babilônia. À conquista de Jerusalém seguiu-se rapidamente a queda de Tiro e a completa submissão da Fenícia, 586 a C. (Ez 26 e 28). Depois destes acontecimentos foram os babilônios contra o Egito, infligindo grandes penas a este país, 582 a.C. (Jr 46.13 a 26 – Ez 29.2 a 20). Dizia mais tarde Nabucodonosor: ‘Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei?’ (Dn 4.30). Este seu orgulho fundava-se em ter admiravelmente realizado a construção de grandes obras. Nessas obras estavam compreendidos mais de vinte templos, várias fortificações, a abertura de canais, extensos diques junto do rio, e os célebres jardins suspensos. Em toda a Babilônia a descoberta de tijolos, achando-se neles gravados o nome de Nabucodonosor, é um atestado do seu espirito empreendedor, bem como da sua opulência e gosto. As escavações que se têm feito em Babilônia nestes últimos anos, especialmente no inverno de 1908 a 1909, puseram a descoberto uma parte considerável do palácio de Nabucodonosor, cuja magnificência não foi exagerada. Um dos muros exteriores, por exemplo, tem mais de 21 metros de espessura. Um dos mais lembrados incidentes da vida de Nabucodonosor é a construção da grande imagem na planície de Dura, recusando-se a adorá-la Sadraque, Mesaque, e Abede-Nego. Foram, por isso, estes jovens lançados numa fornalha de fogo, mas miraculosamente preservados de todo o mal (Dn 3). Pelo fim do seu reinado, como castigo da sua soberba e vaidade, foi Nabucodonosor atacado de uma estranha forma de loucura, a que os gregos chamam licantropia – por essa doença imagina o enfermo estar transmudado em animal, abandonando então as habitações dos homens e indo para os campos viver uma vida de irracional (Dn 4.33). o primeiro uso que fez da sua restaurada razão foi reconhecer a justiça do Poderoso Governador dos homens, e oferecer um cântico de louvor pela mercê que lhe foi concedida. Morreu em idade avançada, tendo reinado pelo espaço de quarenta e três anos. Uma espécie de monoteísmo, com mistura de politeísmo, pelo que nos diz a Escritura, pode explicar a sua quase exclusiva devoção a um deus do seu país, que tinha o nome de Merodaque (Dn 1.2 – 4.24, 32, 34, 37 – 2.47 – 3.12, 18, 29 – 4.9). Parece, em algumas ocasiões, ter identificado Merodaque com o Deus dos judeus (Dn 4) – mas em outras parece ter considerado o Senhor como uma das divindades locais e inferiores, sobre as quais governava Merodaque (Dn 3).
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nabucodonozor
persa: Nebo protege das desgraças ou defensor dos limites
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nacom
hebraico: pronto, preparado
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nacor
o roncador
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nadabe
Liberal. 1. Filho de Arão, que com seu irmão Abiú foi morto pelo fogo do céu. Na sua presunção eles ofereceram incenso a Deus com um fogo estranho, em vez do Seu altar (Lv 10.1,2). Do que se acha prescrito em Lv 10.9, logo depois da morte daqueles sacerdotes, depreende-se que eles estavam embriagados quando praticaram a ofensa. 2. Rei de israel, filho de Jeroboão i, que foi morto por Baasa (1 Rs 15.25, 31). A profecia de Aías foi literalmente cumprida, visto como o assassino causou a ruína de toda a casa de Jeroboão (1 Rs 14.10). 3. Filho de Samai, da tribo de Judá (1 Cr 2.28). 4. Benjamita da mesma família do rei Saul (1 Cr 8.30 – 9.36).
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nadia
Espírito de luz
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nadir
Vigilante
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nafis
hebraico: respiração
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naftali
A minha luta. 1. o sexto filhode Jacó – e era filho de Bila (Gn 30.8). Por ocasião do Êxodo, a tribo de Naftali tinha 53.400 homens, prontos a pegar em armas (Nm 1.43 – 2.30). Sob o governo de Baraque distinguiram-se valentemente os naftalitas e os zebulonitas contra o exército de Jabim, o mais novo – e conforme o desejo de Gideão, eles perseguiram os midianitas (Jz 4.10 – 5.18 – 7.23). Mil outros capitães, à frente de 37.000 homens, auxiliaram a coroação de Davi (1 Cr 12.34, 40). Ben-Hadade, rei da Síria, instigado por Asa, assolou a terra de Naftali. E também em tempos posteriores sofreu com as invasões dos sírios (1 Rs 15.20). Muitos dos naftalitas, se não foi a maior parte, foram levados cativos por Tiglate-Pileser, rei da Assíria (2 Rs 15.29). Josias purificou da idolatria o país de Naftali (2 Cr 34.6). E, neste mesmo território, Jesus e os Seus discípulos freqüentes vezes pregaram (is 9.1 – Mt 4.13, 15). 2. Aquela porção da terra de Canaã, que coube à tribo de Naftali. Constava de uma longa e estreita faixa de território, ao ocidente do mar de Genesaré, estendendo-se muito para o norte, do lado ocidental do Jordão, até ao Líbano. No tempo do nosso Salvador, a terra de Naftali achava-se incluída na Galiléia, e, como fazendo parte desta província, havia de ser muito mais importante do que tinha sido antes. Porquanto foi o berço da fé cristã, a terra de onde foram naturais quase todos os apóstolos, e a pátria de Jesus Cristo. Tornou-se além disso populosa e próspera, muito acima do que se acha indicado no A.T.
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nagai
grego: esplendor
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nagibe
Inteligente
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naiade
Deusa das águas
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naida
Nadadora
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naim
hebraico: beleza, árabe: delicado
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naiote
habitações
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naiote(a)
hebraico: habitações
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nair
Aquela que é luminosa
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naja
Sucesso
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najib
Inteligente
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nanci
Aquela que é cheia de graça
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nancy
Aquela que é cheia de graça
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nansi
grego: vivaz ou separado do Senhor; hebraico: Jeová, revela
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nãome
hebraico: amável, formosa
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naor
l. Avô de Abraão (Gn 11.22 a 25)Na genealogia de Jesus Cristo está escrito Nacor (Lc 3.34). 2. irmão de Abraão (Gn 11.26, 27). Quando Abraão e Ló emigraram para a terra da Canaã, continuou Naor a viver na terra do seu nascimento, no lado oriental do rio Eufrates. isaque, filho de Abraão, veio a casar com Rebeca, que era neta de Naor – Labão, que era irmão de Rebeca, e pai de Lia e Raquel, mulheres de Jacó, era também neto de Naor. A forma do verbo hebraico, em Gn 31.53, sugere-nos que o ‘Deus de Naor’ era considerado como distinto do ‘Deus de Abraão’. Se for assim, é possível que haja referência a um dos deuses, que antes da chamada de Abraão eram adorados pela família de Terá, estando as suas imagens em poder de Raquel durante a conferência em Gileade (Gn 31.19, 30 a 35). Esses deuses tiveram de ser afastados, para Jacó subir à presença do Deus em Betel (Gn 35.2).
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napoleao
Aquele que veio de Nápoles
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napoles
cidade nova
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nara
O que está bem próximo, mais próximo
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narcisa
Aquela que adormece
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narciso
latim: abrótea
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nardo
Óleo aromático extraído de uma planta da india, o qual era de grande preço (Mc 14.3 a 5 – Jo 12.3 a 5). Nalgumas passagens do A.T. há referências ao seu uso como sendo um perfume (Ct 1.12 – 4.13,14). Nos mencionados textos do N.T. a palavra grega, com um qualificativo, tem a significação de ‘nardo pistico’. Espiscanardo vem da expressão da Vulgata Latina ‘Spicati nardi’, uma referência às espiguetas que se encontram na base da planta, e das quais se extrai o perfume. (*veja Perfume.)
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narizeu
hebraico: separado
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nascedouro
Lugar onde se nasce.
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nascente
A Palestina é uma terra de nascentes, ainda que a maior parte delas sequem em certas estações. Para que houvesse a água necessária, era preciso abrir poços e construir aquedutos e cisternas. Com efeito, as mais antigas ruínas arquiteturais do pais estão em relação com os trabalhos de abastecimento e reserva de água. A posse de água era uma fonte de felicidade (is 41.18) – e a abertura de um poço era quase um ato .
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natá
Dador. 1. Profeta que viveu nos reinados de Davi e Salomão. Dissuadiu o rei Davi de edificar o templo, fazendo ver que ainda não tinha chegado o tempo para essa obra. o fato da sua vida, de que conservamos melhor lembrança, é a repreensão que ele fez a Davi por causa do seu pecado com Bate-Seba, proferindo nessa ocasião a famosa parábola do rico e da cordeira do pobre (2 Sm 12.1 a 12). Natã, pela sua influência e intercessão, assegurou a sucessão de Salomão ao trono (1 Rs 1.8 a 4õ). 2. Filho de Davi e de Bate-Seba, e portanto irmão de Salomão (1 Cr 3.õ). Foi um dos antepassados de José, o marido de Maria (Lc 3.31). Tendo sido extinta a linha de Salomão em Joaquim ou Jeconias, que morreu sem descendência, tornou-se Salatiel, da casa de Natã, herdeiro do trono de Davi, e desta forma entrou nas tábuas genealógicas como ‘filho de Jeconias’. 3. o pai de Jigeal, um dos valentes de Davi (2 Sm 23.26). 4. Um chefe na segunda expedição de Esdras, vindo da Babilônia. Ele foi enviado do acampamento, que estava no rio Aava, à colônia dos judeus em Casifia, com o fim de obter dali alguns levitas e netineus para o serviço do templo (Ed 8.16). 5. Pessoas com o nome de Natã também se mencionam em 1 Rs 4.5 – 1 Cr 2.36 – 11.38 – Ed 10.39 – Zc 12.12.
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natã-meleque
constituído pelo rei
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natabate
hebraico: aspecto
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natacha
Nascimento, dia natalício
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natalia
Nascimento, dia natalício
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natalie
Nascimento, dia natalício
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natalino
Nascimento, dia natalício
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natanael
Dom de Deus. Discípulo de Cristo, e um verdadeiro israelita, em quem não havia dolo – como ele se converteu acha-se descrito em Jo 1.45 a 51. Era natural de Caná da Galiléia, e foi um daqueles poucos discípulos a quem Jesus apareceu no mar de Tiberíades, depois da Sua ressurreição (Jo 21.2). Provavelmente é o mesmo que Bartolomeu (*veja este nome). (*veja também Netanel.)
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naum
Consolação. 1. Nome que ocorre uma só vez no A.T., no princípio do ‘Livro da visão de Naum, o elcosita’ (Na 1.1). Elcós não está identificada, mas S. Jerônimo afirma ter sido uma pequena aldeia pertencente à Galiléia. 2. (Lc 3.25).
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naum (livro de)
Tudo o que se sabe, quanto à autoria do livro, se encerra no seu primeiro versículo (Na 1.1). Pode inferir-se a DATA da profecia pela natureza da mensagem. Naum devia ter profetizado no reinado de Ezequias, depois que as dez tribos foram levadas cativas – foi, certamente, entre as duas invasões de Senaqueribe. Tehas, a ‘populosa Nô’ (Nô-Amom), tinha sido tomada e saqueada(Na 3.8 a 10) por Assurbanipal (664 a.C.) – e pela destruição de Tebas prediz o profeta a sorte de Nínive. Nínive, cuja destruição é anunciada pelo profeta, era, naquela ocasião, a capital de um grande e florescente império. Era uma cidade de grande extensão e população, e centro do comércio principal do mundo. As suas riquezas, porém, não eram inteiramente provenientes da vida comercial. Era uma cidade de sangue, que estava ‘toda cheia de mentiras e de roubo’ (3.1). Espoliava as nações vizinhas, e é comparada pelo profeta a uma família de leões, que ‘enchia de vítimas as suas cavernas, e os seus covis de rapina’ (2.11,12). Naquele tempo achava-se extraordinariamente fortificada, sendo colossais as suas muralhas, que tinham 33 metros de altura, possuindo além disso mil e quinhentas torres, pelo que podia desafiar todos os seus inimigos. A sentença que Jonas tinha pronunciado foi adiada pelo arrependimento do povo. Mas os seus pecados, repetidos e agravados, trouxeram então sobre ela uma irrevogável sentença. E de tal maneira foi a cidade destruída, que no segundo século depois de Cristo não havia dela qualquer vestígio. E o seu próprio sítio foi, por muito tempo, um assunto de dúvida e incerteza. o conteúdo do livro acha-se apresentado sob a forma de um simples poema, abrindo com a solene descrição dos atributos e operações do Senhor (1.2 a 8). Segue-se (1.9 a 14) uma alocução, dirigida aos assírios, em que se descrevem a confusão e a queda do seu império, encerrando os vers. 12 e 13, num parêntese, uma consolação para os israelitas, com promessas de descanso e de socorro na opressão. o cap. 2º é um quadro, em que o cerco, a tomada de Nínive, e a consternação dos seus habitantes se acham admiravelmente descritos. o cap. 3º trata da ruína total da cidade e das várias causas que para isso contribuíram. o exemplo de Nô-Amom (ou Tebas), grande e forte cidade do Egito, que caiu pela sentença de Deus, é aproveitado para ilustrar o castigo que os assírios haviam de receber (3.8 a 10).
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náutica
Ciência e arte da navegação sobre água.
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navio
É pela primeira vez, nomeado na bênção de Jacó, onde se acha anunciado que Zebulom ‘servirá de porto de navios’ (Gn 49.13). os navios mais familiares aos hebreus deviam ser uma espécie de jangada, feita de cana, vogando no rio Nilo, e também aquelas embarcações mercantes, impelidas em parte por meio de remos e em parte por uma grande vela. o rei Josafá empregou os seus esforços para fundar uma armada mercantil, com a base da sua construção em Eziom-Geber (2 Cr 20.36). isto foi para fins comerciais com os países estrangeiros. Jonas procurou escapar das vistas de Deus, tomando um navio (Jn 1.3), que através do Mediterrâneo navegava para Társis, uma colônia fenícia da península hispânica. os primitivos navios mercantes eram em parte com coberta, tendo camarotes e porão para proteger pessoas e fazendas. Jonas tinha descido ‘ao porão’ (Jn 1.5). Em alguns navios os camarotes eram feitos sobre a coberta, como se pode ver nas antigas inscrições. Algumas vezes havia certas figuras pintadas ou esculpidas na proa e na popa do navio. Estas pinturas, ou esculturas, tomavam geralmente a forma de deuses, ou de alguma divindade protetora. o navio em que Jonas havia embarcado para Társis tinha uma ou mais imagens (Jn 1.5), bem como o navio de Alexandria, em que viajou Paulo num tempo muito posterior (At 28. 11). os navios de guerra parece terem existido desde os tempos mais remotos. o profeta Ezequiel faz a mais completa descrição de um navio desta natureza (Ez 27). Era, provavelmente, um navio galera, para a peleja, da maior grandeza, com uma saliente galeria toda em volta, para ali permanecerem os guerreiros, e onde eram pendurados os escudos, quando não estavam em uso. Ezequiel compara tal navio à cidade de Tiro, sugerindo ‘os muros em redor’ (ver. 11), isto é, o sítio para a luta, a comparação feita pelo profeta. As torres eram lugares altos nos castelos da proa. Nos dias de S. Paulo, os marinheiros não tinham bússola, e, por isso, quando se desviavam de terra, perdendo-a de vista, o que raras vezes acontecia, eles somente podiam dirigir-se pelo sol e pelas estrelas. Se o céu estava nublado, era costume ancorar o navio depois do sol posto, já não sendo possível navegar (At 27.20). Muitas vezes permaneciam no porto durante o inverno (At 27.12). Levavam várias âncoras. Foram estas primeiramente formadas por grande quantidade de pedras, sendo depois de bronze, e finalmente de ferro. Da popa do navio, onde Paulo viajava, foram lançadas quatro âncoras com o auxilio de um batel (At 27.29, 30). As embarcações eram dirigidas por meio a grandes remos em forma de pás, presos com cordas aos lados do navio. As embarcações do mar da Galiléia eram barcos de pescadores, com mastro e vela, raras vezes tendo coberta. os pescadores, que tudo deixaram para seguir a Jesus, não eram necessariamente gente pobre, pelo menos não eram dos mais pobres (Mt 4.22).
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nazaré
É hoje En-Nasirah. Uma cidade fechada entre montes rochosos e estéreis, formando o espinhaço meridional do Líbano, que termina na planície de Esdrelom. Foi a terra natal de José e Maria, o sítio da anunciação, a residência de Jesus por vinte e oito anos, e o lugar onde começou a ensinar a Sua doutrina (Mt 2.23 – 4.13 – Mc 1.9 – Lc 1.26, 27, 56 – 2.4,16 a 30,39,51 – Jo 1.45). os galileus, e em particular o povo de Nazaré, eram desprezados pelos habitantes da Judéia. (*veja Nazareno.) Mostra-se ali a ‘Fonte da Virgem’ como sendo o lugar onde, segundo a tradição, recebeu a mãe de Jesus a saudação do anjo (Lc 1.28). Certamente, durante a sua vida em Nazaré, devia a Virgem Maria ter ido muitas vezes a esta fonte buscar água, e pode presumir-se que tivesse sido acompanhada do seu Filho, quando pequeno. Há, ali, um notável precipício, quase perpendicular, de 12 a 15 metros de altura, que deve ser aquele mesmo aonde os enfurecidos conterrâneos de Jesus o levaram para dali o precipitarem (Lc 4.29). A vista que se descortina do cume de Neby ismail, um dos montes por detrás da cidade, é muito bela. Deve-se notar que, embora a cidade estivesse isolada, estava perto de uma das grandes estradas, que naquele tempo era muito percorrida pelos negociantes.
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nazareno
Habitante de Nazaré. Era um termo freqüentes vezes aplicado ao nosso Salvador, talvez em certas ocasiões por desdém, sendo depois adotado e glorificado pelos discípulos. Todos os habitantes da Galiléia, em que se achava situada a cidade de Nazaré, eram olhados com desprezo pelo povo da Judéia por causa da singularidade das suas maneiras e da sua fala. o opróbrio de Nazaré, a que se refere um homem, que era galileu (Jo 1.46), pode ter-se originado na má reputação pela falta de religiosidade e pelo relaxamento de costumes. A palavra hebraica, vertida para nazareno, é ‘netser’, que significa ‘renovo’, e é idêntica à palavra usada em is 11.1: ‘Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes um renovo.’ E desta maneira, todas as vezes que chamaram a Jesus o ‘Nazareno’, estavam pronunciando, com conhecimento ou sem o saber, um dos nomes do anunciado Messias. E assim se explica a alusão em Mt 2.23. o epíteto de nazareno é aplicado com desprezo aos seguidores de Jesus em At 24.5. o nome ainda existe em árabe, como uma simples designação dos cristãos.
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nazias
hebraico: Vitorioso
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nazireu
Separado, consagrado. Não se deve confundir nazireu com nazareno. Nazireu era aquela pessoa, de um ou de outro sexo, que na lei de Moisés se obrigava por voto a abster-se de vinho e de todas as bebidas alcoólicas, a deixar crescer o cabelo, a não entrar em qualquer casa, em que houvesse gente morta, e a não assistir a qualquer funeral. Se, acidentalmente, alguém morresse na presença de um nazireu, recomeçava este a sua consagração de nazireado. Geralmente o voto era por certo período de tempo, mas algumas vezes por toda a vida. Nazireus perpétuos, como Samuel, Sansão, e João Batista, foram consagrados a esta condição de vida pelos seus pais continuando assim a viver sob o seu voto, não bebendo vinho, e deixando crescer o cabelo. Aqueles que faziam voto de nazireu, fora da Palestina, e não podiam ir ao templo, quando expirava o tempo do voto, contentavam-se com observar, na terra onde viviam, a abstinência requerida pela Lei, cortando porém o seu cabelo. Quanto às ofertas e sacrifícios, que, prescritos por Moisés, deviam ser efetuados no templo, ou por eles, ou por outros em seu lugar, ficavam adiados, até que se oferecesse conveniente oportunidade. Essa a razão por que Paulo, estando em Corinto, e tendo feito, segundo parece, uma forma modificada de voto nazireu, mandou cortar o seu cabelo em Cencréia, um porto de Corinto, e adiou as restantes obrigações do seu voto para quando fosse a Jerusalém (Nm 6.1 a 21 – At 18.18 – 21.23,24). A consagração de um nazireu era uma disposição, que notavelmente se assemelhava à do sumo sacerdote (Lv 21.10 a 12). o voto do nazireu era feito com o fim de cultivar a soberania da vontade, e vencer as baixas inclinações da natureza humana, tendo isso a significação de um sacrifício a Deus.
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néa
abalo
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neapolis
grego: cidade nova
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nearias
Um descendente de Davi (1 Cr 322, 23). 2. Um capitão simeonita, que desbaratou a parte restante dos amalequitas no monte Seir (1 Cr 4.42).
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nebai
hebraico: fruto do Senhor
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nebaiote
o filho mais velho de ismaelEram seus descendentes os nebaioteus (Gn 25.13 – is 60.7), cujo território, segundo Josefo, compreendia toda a região desde o Eufrates até ao mar Vermelho, isto é, a Petréia e todo o deserto ao oriente. os seus costumes eram pastoris: eles habitavam em tendas e dirigiam o negócio do deserto – todavia, no mar Vermelho alguns exerciam a pirataria.
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nebalate
loucura
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nebate
hebraico: aspecto
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nebo
1. Conhecida divindade dos babilônios e dos assírios (is 46.1), que se supunha presidir à ciência e às letras. o seu caráter geral corresponde ao de Mercúrio na mitologia latina. o nome forma parte das palavras Nebu-cadenezar (Nabucodonosor) e Nebuzaradã. Nabucodonosor reedificou completamente o seu templo em Borsipa. 2. Cidade ao oriente do Jordão, que foi tomada e reedificada pelo israelita Rúben – mais tarde foi recuperada pelos moabitas (Nm 32.3, 38 – 1 Cr 5.8 – is 15.2 – Jr 48.1, 22). 3. Montanha que hoje tem o nome de Jebel Neba, sendo o mais alto cume da serra de Pisga, na terra de Moabe, em frente de Jericó. Foi dali que Moisés viu pela primeira e última vez a Terra Prometida (Dt 32.49 – 34.1). 4. Cidade de Benjamim ou de Judá, cujos habitantes voltaram do cativeiro. É, talvez, o mesmo que Nobe (Ed 2.29 – Ne 7.33). 5. Progenitor de certos judeus, que casaram com mulheres estranhas durante o cativeiro, ou depois (Ed 10.43). Mas talvez se trate aqui de um lugar, devendo o seu nome ser identificado com o precedente.
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nebucadrezar
persa: o mesmo que Nabucodonozor
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neburadão
persa: Nebo deu geração
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nebusazba
persa: Nebo, salva-me ou Nebo me liberta
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nebuzadão
persa: Nebo tem dado semente ou Nebo deu geração
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nebuzaradã
Nebo dá semente. Capitão daguarda, a quem Nabucodonosor encarregou de completar a destruição da cidade e a pacificação da Judéia (Jr 39.9 a 18 – 40.1 a 6). o seu procedimento para com Jeremias foi de sabedoria e amabilidade. Ele conduziu a principal gente de Jerusalém para Ribla, na Síria, onde estava o seu senhor (2 Rs 25.18 a 20). Decorridos cinco anos, passou outra vez pelo país, e levou mais 745 cativos (Jr 52.30).
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necedade
Estupidez; tolice
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neco
Era o nome pessoal daquele Faraó do Egito, que combateu contra Nabopolassar nos dias do rei Josias – e depois de pôr Eliaquim como rei de Judá, levou Jeoacaz, seu irmão, para o Egito (2 Cr 35.20, 22 – 36.4). A respeito da sua derrota em Carquemis, *veja Nabucodonosor.
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necoda
hebraico: pastor
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nedabias
hebraico: Jeová e liberal
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nédio
Lustroso; sadio
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neemias
A quem o Senhor conforta. l. ofilho de Hacalias, da tribo de Judá, e provavelmente da casa de Davi. Nada se sabe de Neemias, a não ser o que se acha no seu livro. Aparece pela primeira vez em Susã, o principal palácio dos reis da Pérsia, onde exercia o cargo de copeiro de Artaxerxes Longímano (445 a.C.). Hanani, seu parente, tinha chefiado uma deputação de judeus, idos da Judéia, e tinha descrito a deplorável condição dos seus compatriotas, a quem se tinha permitido que voltassem para Jerusalém. Neemias ficou muito consternado, e durante quatro meses pediu a Deus que abençoasse um plano que lhe tinha ocorrido, e era ir ele em pessoa a Jerusalém, a fim de ver o que se podia fazer para melhorar as miseráveis condições dos seus habitantes (Ne 1,2). o seu emprego de copeiro era importante e lucrativo, não havendo, além disso, dúvida de que ele era homem rico. Com efeito, quando o rei aprovou a missão do seu favorito, e o mandou a Jerusalém como governador da Judéia, recusou Neemias o salário do seu cargo por causa da pobreza do povo. o primeiro passo que Neemias deu, quando chegou à cidade de seus pais, foi examinar particularmente as arruinadas fortalezas, e preparar o plano para a reedificação das muralhas, tornando-se necessária esta medida por causa da agitação que lavrava nas províncias vizinhas. Porquanto, durante o governo dos persas, havia freqüentes guerras entre as províncias do império, não dando o governo central grande importância a essas perturbações, desde que os tributos não deixassem de ser devidamente pagos. Era tal o entusiasmo de Neemias que, de um modo prático, levou todo o povo a empregar toda a sua energia na reedificação dos muros. Foi uma grande obra, que se realizou em dois meses, não obstante a oposição, ora aberta, ora secreta, dos governadores da província de Samaria. (*veja Sambalá.) As maquinações de Sambalá e de Tobias foram de tal ordem que Neemias foi chamado à corte da Pérsia (ou talvez tivesse terminado a sua licença): vede 2.6 – 13.6. Todavia, no fim de sete anos – o intervalo entre os caps. 6 e 7 – voltou Neemias a Jerusalém, para reparar o templo e proceder à cerimônia da dedicação dos muros. Na sua segunda visita mandou preparar as portas, determinando as vezes em que se deviam abrir e fechar. Mas um assunto mais importante era encher a cidade, quase vazia e desolada, de nova população. E realizou isto, mandando retirar, para a cidade, das povoações próximas, uma família em cada dez. Também fez uma enumeração do povo, e estabeleceu que os judeus fossem instruídos na Lei (*veja Esdras) – reuniu grandes quantias para a reparação do templo e sustentação dos serviços religiosos (7 e 8) – fez suspender as cobranças dos nobres, a usura dos ricos, e a venda de muitos dos seus infelizes conterrâneos como escravos (cap 5) – impôs obrigações ao povo por meio de um pacto solene (cap 9) – insistiu sobre a preservação da santidade do templo, mandando expulsar a Tobias das câmaras que ele ocupava com a permissão de Eliasibe. igualmente afastou do serviço do templo os sacerdotes que tinham contraído casamento com mulheres pagãs. o último ato público que dele se registra foi o emprego de grandes esforços para restaurar o sábado, como dia santificado para os israelitas (13.15 a 20). (*veja Neemias, Livro de.) 2. Um indivíduo que voltou de Babilônia a Jerusalém com Zorobabel (Ed 2.2 – Ne 7.7). 3. Filho de Azbuque, que auxiliou a reedificação dos muros de Jerusalém (Ne 3.16).
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neemias (livro de)
No cânon das Escrituras hebraicas, formava este livro um só com o de Esdras. Quando os primitivos escritores cristãos dividiram a obra, falaram de Esdras e Neemias, como primeiro livro e segundo livro de Esdras. o livro de Neemias encerra seções, cujo autor foi o próprio Neemias (Ne 1 a 7.73 – 12.27 a 43 – 13.4 a 31). o narrador fala na 1ª pessoa, faz uso de algumas frases características (como ‘meu Deus’ e ‘Deus dos céus’), e escreve num estilo mais vigoroso do que o de Esdras. Neemias, ou o compilador da obra, acrescentou outro material, compreendendo a lista dos que edificaram o muro (Ne 3), e a dos judeus que voltaram com Zorobabel (Ne 7.6 a 73), e a daqueles que selaram o pacto (Ne 10.1 a 27) – e também as listas dos habitantes das cidades (Ne 11.3 a 36), e de sacerdotes e levitas (Ne 12.1 a 26). A parte de Neemias, 12.44 a 13.3, foi adicionada pelo compilador ou o redator. os assuntos do livro já foram indicados resumidamente no artigo sobre Neemias. (*veja Neemias.) os livros de Esdras e Neemias parece estarem estreitamente relacionados com as Crônicas, quanto à sua ação histórica, estilo, e fraseologia. É grande o interesse pessoal do livro. Neemias apresenta um nobre exemplo de verdadeiro patriotismo, procedendo com temor de Deus (5.15), e procurando o bem-estar religioso da nação. o seu respeito pela Lei divina, a sua reverência pelo sábado (13.18), a sua piedade, reconhecendo o grande poder de Deus em todas as coisas (1.11 e 2.18), a sua clara percepção do caráter de Deus (4.14 e 9.6 a 33), a sua vigilância e oração (4.9), a sua humildade em atribuir todo o seu bem a Deus (2.12 e 7.5), tudo isto é altamente recomendável. Poucos livros da Bíblia contêm, como este, tantas lições de filosofia divina, isto é, da religião ensinada pelos exemplos.
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nefegeu
Renovo
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nefeque
hebraico: renovo
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neftali
lutador
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neftoa
hebraico: abertura
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nefusim
hebraico: dilatados
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neginote
Termo genérico que designa todos os instrumentos de corda, tocados ou com a mão, como a harpa e a guitarra, ou com o plectro. A palavra acha-se nos títulos dos salmos 4, 6, 54, 55, 61, 67, 76.
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negligência
Desleixo, descuido, desatenção.
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neguebe
Área que se estende para o sul, a partir de Berseba, no sul da Palestina. Embora seja desértica em geral, às vezes temporadas de chuva deixam poças de água na região (Sl. 126.4).
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neia
Louvada, gloriosa
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neida
Nadadora
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neiel
hebraico: abalado por Deus
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neilote
hebraico: herança
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nemuel
dia de Deus
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neófito
Na Igreja primitiva, indivíduo recentemente convertido ao cristianismo.
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neon
vinho novo
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neotestamentária
Relativo ao Novo Testamento.
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ner
lâmpada
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nereu
grego: uma luz
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nergal
o deus da guerra, da doença, e da morte, na mitologia da Assíria e da Babilônia. os homens de Cuta, colocados nas cidades da província de Samaria pelo rei da Assíria, adoravam a Nergal (2 Rs 17.30), sob o símbolo de ‘homem leão’. Cuta ou Tigaba, especialmente dedicada a Nergal é, na tradição arábica, a cidade por excelência de Ninrode – e por essa circunstância tem sido conjeturado que Nergal pode representar o divinizado Ninrode, ‘poderoso caçador diante do Senhor’. Senaqueribe edificou um templo a Nergal na cidade de Tarbisa, perto de Nínive.
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nergal-sarezer
Nergal defende o rei! Príncipe da Babilônia, que tomou o título de Rabe-Mague, isto é, chefe dos adivinhos – acompanhou Nabucodonosor na sua última expedição contra Jerusalém, e por ordem do seu senhor libertou Jeremias da prisão (Jr 39.3, 13). Sabemos, pelos monumentos, que ele mais tarde foi rei com o nome de Neriglissar. Casou com uma filha do rei da Babilônia, assassinou Evil-Merodaque, o filho de Nabucodonosor, sucedendo-lhe no trono. Já foi descoberto na Babilônia um palácio, que fora edificado por Neriglissar.
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nergel
persa: planeta marte, ou herói
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neri
hebraico: minha luz
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nerias
lâmpada de Jeová
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néscio
Tolo; ignorante; incapaz; idiota
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nesiaque
hebraico: vitorioso
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nestoriana
Referente ao nestorianismo; diz-se de sectário de Nestório, heresiarca do séc. V, o qual sustentava que se deviam distinguir em Cristo duas naturezas: a humana e a divina.
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netaim
hebraico: plantações
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netanel
Deus dá. Também Natanael. l. orepresentante de issacar, sendo um daqueles a quem Moisés mandou descobrir a terra de Canaã (Nm 1.8 – 2.5 – 7.18, 23 – 10.15). 2. irmão de Davi (1 Cr 2.14). 3. Sacerdote que auxiliou a levar a arca, desde a casa de obede-Edom (1 Cr 15.24). 4. Um levita (1 Cr 24.6). 5. Filho de obede-Edom, e porteiro da arca (1 Cr 26.4). 6. Um dos príncipes de Judá, a quem Josafá mandou ensinar nas cidades do seu reino (2 Cr 17.7). 7. Chefe dos levitas, no reinado de Josias, o qual tomou parte nas festas da Páscoa, que o rei mandou celebrar (2 Cr 35.9). 8. indivíduo que voltou do cativeiro com Esdras, e tinha casado com mulher estrangeira (Ed 10.22). 9. Um sacerdote (Ne 12.21). 10. Levita, que tomou parte nos serviços musicais, quando se procedia à dedicação dos muros de Jerusalém no tempo de Esdras e Neemias (Ne 12.36).
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netaneus
hebraico: dado
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netanias
hebraico: Jeová deu ou tem dado
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netano
hebraico: Ele deu
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netinins
Dado, dedicado. As traduções dizem ‘levitas servidores’ ou ‘servidores do templo’. Eram pessoas consagradas ao serviço do tabernáculo e do templo, empregando-se nos trabalhos mais humildes, como acarretar água e madeira. Primeiramente foram os midianitas os destinados a este ofício (Nm 31.30, 47) – depois os gibeonitas (Js 9.27) – e mais tarde coube essa tarefa aos cananeus. Eles eram obrigados a conformar-se com a religião dos seus conquistadores. Em tempos posteriores eram escravos os que Davi e Salomão e outros príncipes destinaram para o serviço do templo (Ed 2.58 – 8.20). os netinins foram levados cativos com a tribo de Judá, sendo grande número deles colocados em lugares próximos do mar Cáspio. Mais tarde Esdras trouxe dentre estes 220 para a Judéia (Ed 8.17,20). os que vieram com Zorobabel eram 392 (Ne 3.26). Até esse tempo haviam sido os netinins uma casta desprezível e sujeita – mas, depois do exílio, em virtude da grande procura de pessoas para os serviços que eles prestavam, sendo pequeno o número de netinins que pudessem desempenhar essa função, eram consideravelmente encarecidos os seus trabalhos. os netinins, com os sacerdotes e os levitas, eram isentos da taxa imposta pelos sátrapas da Pérsia (Ed 7.24). Eles estavam sob a inspeção de um chefe escolhido da sua própria gente (Ed 2.43 – Ne 7.46). Tomaram parte ativa na reedificação de Jerusalém (Ne 3.26) – e a alguns deles foi dada para sua residência a torre de ofel, lugar conveniente pela sua proximidade do templo (Ne 11.21). outros, porém, habitaram com os levitas nas suas cidades (Ed 2.70). Nas crônicas do tempo o seu lugar era pela sua ordem em seguida aos levitas (1 Cr 9.2).
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netofa
hebraico: gotejante
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neum
hebraico: consolação
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neusa
Nadadora
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neustã
Uma coisa de cobre, ou, talvez,serpente. o desdenhoso epíteto que o rei Ezequias aplicou à serpente de cobre, que Moisés tinha mandado fabricar no deserto, e que se tinha tornado objeto de culto (2 Rs 18.4). A serpente, que era uma recordação do livramento do povo israelita, adquiriu, no decorrer dos anos, uma santidade supersticiosa, havendo já para com ela uma reverência idólatra. o povo tinha caído no costume de lhe queimar incenso (2 Rs 18.4).
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neutralidade
Qualidade ou estado de neutro.
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neuza
Nadadora
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neve
A neve cai na Palestina, não somente sobre as serras do norte, mas também sobre terras mais ao sul, como Nazaré, e mesmo na cidade de Jerusalém, onde freqüentes vezes aparece. Todavia, não permanece por muito tempo nas regiões baixas e nas pequenas elevações, de modo que, quando o gelo é preeiso para fins refrigerantes, vão buscá-lo às montanhas do Líbano(Pv25.13 – Jr18.14). A queda da neve é mencionada em 2 Sm 23.20 – Sl 147.16 – 148.8 – e *veja também Jó 6.16 e 24.19. A neve nunca desaparece do cume do monte Hermom. Metaforicamente toma-se a neve por pureza (Sl 51.7 – is 1.18), por esplendor brilhante (Dn 7.9 – Ap 1.14), por brancura (Êx 4.6 – Nm 12.10), por qualidades lavatórias (Jó 9.30), e por efeitos de cresta, e de refrigeração (Pv 25.13 – 26.1).
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nezia
hebraico: puro brilhante, ilustre
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nezias
puro, sincero
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nezibe
hebraico: estátua, ídolo
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nibaz
hebraico: senhor das trevas
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nibsã
brando, solo
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nicanor
vencedor de homens
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nicho
Cavidade ou vão em parede ou muro para colocar estátua, imagem ou qualquer objeto ornamental; charola; pequena habitação.
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nichos
Emprego rendoso e pouco trabalhoso; sinecura.
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nichos de diana
os nichos de Diana, a que se refere a passagem de At 19.24, eram templos de prata em miniatura, ou grutas, contendo a imagem da deusa. Também os havia feitos de mármore e de barro.
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nicia
Forma variante de Nice, vitória
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nicodemos
Fariseu, membro do Sinédrio (Jo 3.1), e que foi primeiramente um discípulo oculto do Senhor. Defendeu depois Jesus contra os principais sacerdotes e fariseus (Jo 7.50, 51) – por fim, declarou-se crente, quando foi com José de Arimatéia prestar as derradeiras homenagens ao corpo de Cristo, que eles desceram da Cruz e puseram no sepulcro (Jo 19.39, 40).
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nicola
Conquistador do povo, povo vitorioso
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nicolaitas
Aqueles que ‘sustentam a doutrina dos nicolaítas’ são reprovados no Ap 2.6,15, de modo semelhante aos ‘que sustentam a doutrina de Balaão’. Crê-se que as ações más destas seitas eram praticamente idênticas – e pelo que se lê em 2 Pe 2.10 a 22 e Jd 4 a 18 podemos conhecer o caráter do sistema de Balaão. Não se abstinham de carnes oferecidas aos ídolos, e das relações pecaminosas (At 15.20, 29). Eram, esses atos, males relacionados, porque as festas idólatras eram muitas vezes ocasião das mais grosseiras imoralidades. Aborrecer tais práticas era sinal de vida na igreja – mas esta tornar-se-ia fraca e desleal, na sua concordância com o mal (Ap 2.6). Se tolerasse aquelas ações, poderia perder a glória de ter sido fiel durante a perseguição (Ap 2.14, 15).
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nicolas
grego: vitoria do povo
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nicolau
aque que vence com o povo
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nicópolis
Cidade da vitória. Cidade onde Paulo tencionava invernar (Tt 3.12). Havia uma cidade com o mesmo nome na Trácia, na Cilícia, e no Epiro, e não se sabe a qual delas faz referência naquela passagem. É provável que fosse a Nicópolis do Epiro, uma cidade que Augusto edificou em memória da batalha de Áctio, naquele sítio que o seu exército ocupara antes do combate. Estava convenientemente situada para bem daqueles viajantes, que percorriam as partes orientais da Acaia e da Macedônia, beneficiando igualmente os que se dirigiam para o norte.
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nigela
hebraico: endro
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niger
negro
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niginote
hebraico: instrumento de corda
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nilma
Lua nova
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nilo
A palavra Nilo aparece em Gn 41.1e muitas referências se fazem àquele rio. Sior ou Shihor, que se encontra em várias passagens (Js 13.3 – 1 Cr 13.5), significa o Nilo. ‘os rios da Etiópia’ (is 18.1) são os afiuentes ou tributários do Nilo. (*veja Egito.)
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nilza
Forma variante de Nilce, vitória
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nimra
hebraico: água límpida e salubre
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ninfas
grego: água das musas ou água nupcial
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ninive
A capital do império Assírio, edificada por Ninrode (Gn 10.11). É mencionada no tempo de Hamurabi esta cidade, como sendo a sede do culto de istar. Em 2 Rs 19.36 e em is 37.37 é ela, pela primeira vez, claramente indicada, como residência do monarca da Assíria. Senaqueribe reedificou-a, e foi morto ali quando estava em adoração no templo de Nisroque, seu deus. A biblioteca, que Assurbani-pal ali formou, tem sido a grande fonte dos nossos conhecimentos com respeito aos assuntos da Assíria e Babilônia. Nos dias do profeta Jonas era aquela capital ‘uma cidade mui importante,… e de três dias para percorrê-la’ (Jn 1.2 – 3.3), talvez em circunferência. A sua população estava calculada em 600.000 pessoas. Não vamos imaginar que todo o espaço dentro das suas muralhas estava coberto de edifícios, pois continha grandes parques, extensos campos, e casas isoladas, como em Babilônia. A ameaça de ser destruída a cidade de Nínive, dentro de três dias, foi suspensa em virtude do arrependimento e humilhação dos habitantes, desde o mais elevado ao mais humilde. A suspensão dessa calamidade foi por quase 200 anos, após os quais ‘a iniqüidade se manifestou na sua maior força’ – e então foi a profecia literalmente cumprida pela ação combinada dos medos e babilônios (606 a.C.). os escritores gregos e romanos dizem que o último rei, a quem chamam Sardanápalo, era levado a resistir aos seus inimigos em conseqüência de uma antiga profecia, – que nunca Nínive seria tomada de assalto enquanto o rio não se tornasse seu inimigo. Mas uma repentina inundação, que derrubou vinte estádios da muralha no seu comprimento, convenceu-o de que a palavra do oráculo se estava cumprindo, e então buscou a morte ao mesmo tempo que destruía os seus tesouros. Entrando o inimigo pela brecha, foi a cidade saqueada e arrasada. o profeta Naum tinha anunciado a destruição de Nínive: ‘As comportas do rio se abrem, e o palácio é destruído.’ ‘Com inundação transbordante acabará de uma vez com o lugar desta cidade’ (Na 1.8,9 – 2.6). o historiador Diodoro descreveu os fatos de tal modo que se torna claro que as predições do profeta foram literalmente cumpridas. Conta ele que o rei da Assíria, ensoberbecido com as suas vitórias, e na ignorância da revolta dos bactrianos, tinha determinado que houvesse uns dias de festa, nos quais devia ser dado aos seus soldados abundância de vinho. o comandante dos invasores, tendo sido informado deste estado de coisas pelos desertores do exército da Assíria, tratou logo de efetuar o ataque, derrotando e pondo em debandada o inimigo. Deste modo tornaram-se verídicas as palavras do profeta: ‘Porque, ainda que eles se entrelaçam como os espinhos, e se saturam de vinho como bêbados, serão inteiramente consumidos como palha seca’ (Na 1.10). o profeta prometeu grande despojo ao inimigo: ‘Saqueai a prata, saqueai o ouro, porque não se acabam os tesouros – há abastança de todo objeto desejável’ (Na 2.9). E afirma o historiador que muitos talentos de ouro e prata, preservados do fogo, foram levados para Ecbátana. Segundo se lê em Na 3.15, a cidade não somente havia de ser destruída por uma grande inundação, mas também o fogo a havia de consumir – e na verdade, como refere Diodoro, ela foi destruída parte pela água e parte pelo fogo. A completa e perpétua destruição de Nínive e a sua desolação foram profetizadas: o Senhor ‘acabará de uma vez com o lugar desta cidade – não se levantará por duas vezes a angústia. Ah! Vacuidade, desolação, ruína!’ (Na 1.8, 9 – 2.10 – 3.17 a 19). A mais viva pintura da sua triste condição é a que nos dá o profeta Sofonias (2.13 a 15). os canais que tinham fertilizado a terra estão agora secos. A não ser no período das chuvas em que os campos aparecem verdes, tanto o sítio da cidade, como os lugares em volta, constituem um deserto de cor amarela. Podem ver-se rebanhos de ovelhas e manadas de camelos, procurando escassas pastagens naquelas áridas terras. ouve-se o crocitar do corvo marinho, vindo essa voz dos insalubres pântanos e dos regatos cheios de canas. As abandonadas salas dos seus palácios são agora habitadas pelas feras e outros animais, como a hiena, o lobo, a raposa, e o chacal.
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ninivitas
os habitantes de Nínive (Lc 11.30).
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ninra
águas limpas e salubres
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ninrim
hebraico: águas claras
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ninrode
Era filho de Cuxe, que era filho de Cão, o filho de Noé. Pensa-se que este Cuxe devia pronunciar-se Caxe, e representa, não o Cuxe da Etiópia, mas a dinastia caxita da Babilônia. Ele é descrito como ‘poderoso caçador diante do Senhor’ (Gn 10.9). o título de ‘caçador’ pode ser compreendido literalmente a respeito daquele que vai à caça dos animais ferozes, ou talvez signifique o chefe das incursões contra as nações circunvizinhas. Provavelmente ‘diante do Senhor’ tinha na sua origem uma referência teológica, para dar a entender que a suprema Deidade tomava interesse nas suas proezas. Ninrode estabeleceu um império em Sinar (Babilônia), sendo as suas principais cidades Babel, Ereque, Acade, e Calné, estendendo-se depois este império na direção do norte, ao longo do curso do Tigre sobre a Assíria, onde ele fundou um segundo grupo de capitais, Nínive, Reobote, Calá e Resen. o nome de Ninrode ocorre somente uma vez mais no A.T.: em Miquéias 5.6 ‘a terra da Assíria’, e ‘a terra de Ninrode’ estão colocadas em paralelo. A tradição de Ninrode é ainda forte entre os árabes modernos, que lhe atribuem todas as grandes obras públicas da antigüidade. Há alguma razão para julgar que a palavra é uma forma corrompida de Merodaque, mas muitos pensam que a descrição se adapta ao herói Gilgamés, que era em parte humano, e em parte divino.
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ninsi
grego: vivaz ou separado do Senhor; hebraico: Jeová revela
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nipônica
Do ou pertencente ou relativo ao Japão (Ásia).
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nirtsá
“Aceito”; após concluir o serviço do sêder, estamos certos de que foi bem aceito pelo Todo-Poderoso.
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nirvana
Vocábulo sânscrito. Os budistas chamam nirvana o estado de felicidade que consiste numa espécie de êxtase no qual todo desejo ou apetencia são aniquilados; é como a incorporação do indivíduo à essência divina (no budismo não aparece propriamente um deus pessoal). A aniquilação de todo desejo é o caminho para chegar a esse situação.
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nisã
o primeiro mês do ano sagrado, e que se chama abibe nos livros de Moisés. Principiava com a lua nova no mês de março, quando tinha também o seu começo o ano babilônico. É o nome do deus babilônico da primavera (Ne 2.1 – Et 3.7). (*veja Tempo, Ano.)
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nisã (mês)
Março/abril
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nisroque
É o nome de um deus de Nínive Estava Senaqueribe fazendo adoração no seu templo, quando foi assassinado pelos seus filhos, Adrameleque e Sarezer (2 Rs 19.37 – is 37.38). Como tal nome não se encontra nas inscrições cuneiformes, pensa-se que é uma forma corrompida de Nusku, um deus do Sol.
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nissan
Primeiro mês do calendário judaico, no qual ocorre a Festa de Pêssach, que comemora a libertação do povo judeu do Egito
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nisseis
Do japonês nisei (ni, ‘segunda’, + sei, ‘geração’); diz-se de, ou filho de pais japoneses, nascido na América.
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nivea
Branca como a neve
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no
hebraico: cidade de Amom, o mesmo que Tebas
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nô, no-amom
Cidade, Cidade de Amom. Uma deidade egípcia. Tebas, a principal cidade do Alto Egito – a única edificada sobre as duas margens do Nilo. Era superior a todas as outras na sua extensão e na magnificência dos seus templos. Tebas foi saqueada e destruída por Assurbanipal em 664 a.C. (Jr 46.25 – Ez 30.14 a 16 – Na 3.8).(*veja Naum, Livro de.)
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no-amom
hebraico: cidade do Deus Amom
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noa
movimento
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nôach
Noé; homem justo em sua geração. Salvou-se junto com sua família na época do Dilúvio, construindo a Arca de Noé a mando de D-us.
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noadias
com quem Jeová se reúne
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nobá
latido
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nobai
frutífero
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nobal
hebraico: hebraico: fruto do Senhor
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nobe
lugar alto
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nobel
hebraico: altura, elevação
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nodabe
nobreza
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node
fuga
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nódoa
Substância que suja; mancha
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noé
Repouso. Não se conhece nada sobreseus primeiros anos. Aparece pela primeira vez nas Escrituras com quinhentos anos de idade. Seu bisavô, Enoque, foi homem sobremaneira piedoso, e que pela graça divina escapou da morte. Foi trasladado, Gn 5:22-24 – At 11:5. Seu avô, Matusalém, foi o homem que mais viveu, segundo Gn 5:25-27. o nome de seu pai era Lameque, aparentemente homem religioso, que deu a seu filho um nome que significa ‘Descanso’, Gn 5:29. 1. Filho de Lameque, e neto de Matusalém (Gn 5.26 a 29). Pela sua retidão de caráter (Gn 6.8,9 – Ez 14.14,20), achou graça aos olhos de Deus. Quando as maldades dos homens trouxeram a calamidade do dilúvio (6.5 a 7), foi Noé avisado e dirigido na construção de uma arca para sua salvação e de sua família (Gn 6.14 a 22). Noé, juntamente com a sua mulher, seus filhos, e suas noras, entrou na arca, que flutuou sobre as águas pelo espaço de 150 dias antes de pousar no monte Ararate (Gn 7 e 8). Quando saíram da arca, edificou Noé um altar, oferecendo sacrifício a Deus. Foi abençoado pelo Senhor, sendo-lhe então feita a promessa de que nunca mais seria a terra coberta por algum dilúvio (Gn 8.21 a 9.17). Depois disso ‘Sendo Noé lavrador, passou a plantar uma vinha. Bebendo do vinho, embriagou-se’ (Gn 9.20,21). Cão, nesta ocasião, procedeu para com seu pai de um modo diferente de Sem e Jafé. o resultado do mau procedimento de Cão foi ser este amaldiçoado, ao passo que os seus irmãos foram abençoados. A profecia de Noé foi amplamente cumprida na história dos seus descendentes. Noé viveu, depois do dilúvio, ainda trezentos e cinqüenta anos… (Gn 9.28, 29). Ao testemunho de Noé refere-se Jesus (Mt 24.37, 38 – Lc 17.26, 27), S. Pedro (1 Pe 3.20 – 2 Pe 2.5), e a epístola aos Hebreus (11.7).
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noema
hebraico: agradável, doce
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noemi
Agradável. Mulher de Elimeleque e sogra de Rute. Emigrou com a sua família da Judéia para Moabe, voltando à sua pátria depois da morte de seu marido. o seu caráter está belamente descrito no livro de Rute.
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noemia
Minha agradabilidade, flor de beleza
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nofá
sopro ou rajada
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nofe
hebraico: bom lugar
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nogá
brilhando como esplendor
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nome
Entre os hebreus dava-se o nome auma criança, umas vezes quando nascia (Gn 35.18), e outras quando se circuncidava (Lc 1.59), fazendo a escolha ou o pai, ou a mãe (Gn 30.24 – Êx 2.22 – Lc 1.59 a 63). Algumas vezes o nome tinha referência a certas circunstâncias relacionadas com o nascimento ou o futuro da criança, como no caso de isaque (Gn 21.3,6), de Moisés (Êx 2.10), de Berias (1 Cr 7.23). isto era especialmente assim com os nomes compostos de frases completas, como em is 8.3. Acontecia, também, que certos nomes de pessoas sugeriam as suas qualidades, como no caso de Jacó (Gn 27.36) e Nabal (1 Sm 25.25). Eram por vezes mudados os nomes, ou aumentados, em obediência a certas particularidades, como no caso de Abrão para Abraão (Gn 17.5), de Gideão para Jerubaal (Jz 6.32), de Daniel para Beltessazar (Dn 1.7), e de Simão, Pedro (Mt 16.18). Alem disso, devemos recordar que, segundo a mentalidade antiga, o nome não somente resumia a vida do homem, mas também representava a sua personalidade, com a qual estava quase identificado. E por isso a frase ‘em Meu nome’ sugere uma real comunhão com o orador Divino. Houve lugares que receberam o seu nome em virtude de acontecimentos com eles relacionados, como Babel (Gn 11.9), o Senhor proverá (Gn 22.14), Mara (Êx 15.23), Perez-Uzá (2 Sm 6.8), Aceldama (At l.19). Para o nome de Deus, *veja Jeová, Senhor.
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nomenclatura
Vocabulário de nomes; conjunto de termos peculiares a uma arte ou ciência; terminologia; lista, relação, catálogo.
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norma
Mulher de origem gaulesa
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normatizar
Estabelecer normas para.
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nortear
Dirigir, orientar, guiar.
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notoriamente
Conhecido de todos; público, manifesto.
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notório
Conhecido de todos
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novilha
Vaca nova, que se reservava para os sacrifícios (Nm 19.1 a 10). Moisés e Arão deviam recomendar da parte de Deus às filhas de israel, que trouxessem ‘uma novilha vermelha, perfeita, sem defeito’, a qual não tivesse ainda trabalhado, a fim de que propriamente pudesse ser oferecida ao Senhor. Não era costume pôr sob o jugo as novilhas que nunca tivessem tido filhos, quer fosse para lavrar, quer para qualquer outro fim, embora algumas vezes fossem empregadas no trabalho de trilhar o trigo (os 10.11). Era escolhida uma bezerra vermelha visto ser essa cor o símbolo da vida e da energia – e por isso servia para ser oferecida convenientemente pelos pecados. As cinzas deviam ser usadas na purificação (*veja esta palavra). Em Jr 46.20 há referências à jovialidade da novilha. (*veja Sacrifício, Sangue.)
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nuanças
Cada uma das diversas gradações de uma cor; tom, tonalidade; meio-tom.
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nubia
Ouro, terra do ouro
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num
peixe
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numeros
quarto livro do Pentateuco
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números (livro de)
o título do livro éderivado das duas numerações do povo de israel: a primeira no segundo ano da sua jornada (1 a 4), a outra quando os israelitas estavam junto à terra de Canaã, trinta e oito anos mais tarde (26). Além destes assuntos compreende o livro algumas leis e observâncias (5 a 10.10), bem como vários episódios notáveis, por exemplo, a nomeação dos setenta anciãos (11) – e a expedição dos espias e suas conseqüências (13,14). A jornada dos hebreus prolonga-se então. Segue-se a rebelião de Coré, com os subseqüentes decretos referentes ao sacerdócio (16 a 19). A marcha final pelo deserto é então narrada, descrevendo-se os incidentes da rocha, tocada com a vara, e da serpente de bronze, assim como a visita e as profecias de Balaão (20 a 24). As murmurações e os castigos do povo ocupam uma grande parte dos Números, sendo concluída esta parte do Pentateuco com a conquista de Midiã (31), a divisão do território ao oriente do Jordão (32), a recapitulação das estações do deserto (33), uma exposição dos limites da Terra da Promissão (34), e as deliberações com respeito às cidades de refúgio (35) e ao casamento dos herdeiros (36). o livro de Números, à parte a sua importância histórica, é particularmente valioso pela maneira como descreve o cuidado do Senhor pelo Seu povo, a Sua justiça, e a Sua compaixão. É, também, admiravelmente apresentado o caráter de Moisés, quanto à sua fraqueza e à sua fortaleza moral. As referências do N.T. aos personagens e aos incidentes nos Números compreendem: os nazireus (Nm 6 – Lc 1.15 – At 18.18 – 21.26) – a Páscoa (Nm 9 – Jo 19.36 – 1 Co 5.7) – o maná (Nm 11.4 a 9 – Jo 6.31 a 35, 41 a 58 – Ap 2.17) – a fidelidade de Moisés (Nm 12.7 – Hb 3.5,6) – os prostrados no deserto (Nm 14.16 – 1 Co 10. 5 – Hb 3.8 – Jd 5) – o pecado de Coré (Nm 16 – Jd 11) – a vara de Arão (Nm 17.8 – Hb 9.4) – a disposição a respeito da novilha vermelha (Nm 19 – Hb 9.13) – Balaão (Nm 22.5 – 31.16 – 2 Pe 2.15 – Jd 11 – Ap 2.14). A expressão ‘ovelhas que não têm pastor’ aparece pela primeira vez em Nm 27.17. Compare-se com 1 Rs 22.17 – 2 Cr 18.16 – Ez 34.5 – Zc 10.2 – e no N.T. com Mt 9.36 e Mc 6.34. NUVEM. As terras da Bíblia são geralmente limpas de nuvens – e quando estas aparecem no céu, nota-se isso mais do queem outros países menos ensolarados. A ‘nuvem sem água’ é um provérbio a respeito do homem que promete, mas falta (Pv 16.15 – comp. com Jd 12.) A nuvem é, também, uma figura do que é transitório (Jó 30.15), e da barreira que existe entre o divino e o humano. Em muitas ocasiões simbolizou Deus as Suas manifestações por meio de nuvens (Êx 19.18 – 24.16 – 33.9 – 40.34 a 38 – Dt 4.11 – 2 Sm 22.12 – 1 Rs 8.10 – Ez 1.4).
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nun
10 letra do alfabeto hebraico, peixe
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nuvem (coluna de)
Uma coluna de nuvem guiava de dia o povo israelita, tornando-se de noite numa coluna de fogo (Êx 13.21). Era isto uma indicação miraculosa da presença de Deus, guiando o povo resgatado. A coluna de nuvem nos momentos críticos interpunha-se entre os israelitas e os perseguidores egípcios (Êx 14.19).
O
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oade
hebraico: unido, poderoso
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obadias
Servo do Senhor. 1. Descendente de Zorobabel. os seus filhos são mencionados em 1 Cr 3.21. 2. Descendente de issacar, e um homem dos principais da sua tribo (1 Cr 7.3). 3. Descendente do rei Saul (1 Cr 8.38 – 9.44). 4. indivíduo pertencente ao coro do templo, no tempo de Neemias (1 Cr 9.16 – Ne 12.25). Em Ne 11.17 o seu nome é Abda. 5 Guerreiro de Gade, que se juntou a Davi em Ziclague (1 Cr 12.9). 6. Um daqueles príncipes de Judá, que no reinado de Josafá foram por ordem do rei ensinar nas cidades de Judá (2 Cr 17.7). 7. Um homem que voltou da Babilônia com Esdras (Ed 8.9). 8. Sacerdote, ou família de sacerdotes, que selou o pacto com Neemias (Ne 10. 5). 9. oficial de alta posição na corte de Acabe. Era oculto adorador do Senhor, e conseguiu retirar 100 profetas da vista odienta de Jezabel, escondendo-os numa cova. Elias o encontrou, e, apesar da timidez de obadias, lhe pediu que o levasse à presença de Acabe (1 Rs 18.3 a 16). Alguns o têm identificado com o profeta obadias. 10. o pai de ismaías (1 Cr 27.19). 11. Superintendente de trabalhadores, na restauração do templo (2 Cr 34.12).12. obadias, o profeta, e autor do livro que tem o seu nome. Nada se sabe a respeito da sua vida. No tempo de S.Jerônimo era coisa corrente a identificação do profeta com o servo de Acabe, ou o terceiro ‘capitão de cinqüenta’ (2 Rs 1.13). o Talmude afirma que obadias era um prosélito, natural de Edom.
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obadias (livro de)
A DATA da profecia do livro deve estar em relação com a época da tomada de Jerusalém, a que se faz referência no *veja 11. E, pelas circunstâncias indicadas, deve tratar-se da conquista da cidade santa pelos babilônios, no tempo de Nabucodonosor. os idumeus, contra quem é dirigida a profecia, eram antigos inimigos de israel (Nm 20.14 a 21) – e, embora subjugados, tinham adquirido alguma coisa do seu antigo poder (2 Rs 16.6). Evidentemente se juntaram a Nabucodonosor para humilhar os seus antigos adversários. obadias acusa os idumeus desta ofensa, que provavelmente teve a sua efetuação nos anos 588 a 586 a.C. As predições com respeito a Edom foram completamente cumpridas. o que o livro contém pode resumir-se no seguinte: o maior inimigo dos israelitas eram então os idumeus, que se achavam orgulhosos do seu saber (vers. 8), e da sua inexpugnável posição (vers. 3). o profeta anuncia que os tesouros deste povo hão de ser postos a descoberto, e ao mesmo tempo censura-os pelo seu ódio aos judeus, seus irmãos pelo sangue, pois se regozijavam com as suas calamidades, e incitavam Nabucodonosor a exterminá-los completamente (Sl 137.7). Por tudo isto estava próximo o dia da retribuição – ‘como tu fizeste, assim se fará contigo’ (vers. 15). Mas o próprio povo escolhido já tinha sido transportado para o cativeiro – a terra santa estava abandonada – e o castigo anunciado contra os idumeus podia parecer não ter diferença do que já tinha sido infligido à descendência de Jacó. o profeta então declara que Edom ainda seria como se nunca tivesse existido, desaparecendo completamente para sempre (profecia que teve o seu cumprimento de um modo notável) – mas israel ainda havia de levantar-se novamente daquela queda, reconquistando, não somente a sua própria terra, mas também a Filístia e Edom, e regozijando-se finalmente com o reinado santo do prometido Messias. Cp.com a profecia de obadias as palavras de Ez 35 – Jl 3.19,20 – Am 1.11,12 – 9. 11 a 15 – e mais especialmente Jr 49.7 a 22. Não se encontram no Novo Testamento quaisquer referências a esta pequena profecia.
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obal
hebraico: corpulência
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obede
Seruo. 1. Filho de Boaz e de Rute, a moabita – foi pai de Jessé, avô do rei Davi, e um dos antepassados de Jesus Cristo (Rt 4.17, 21,22 – 1 Cr 2.12 – Mt 1.5 – Lc 3.32). 2. Neto de Zabade, e um dos principais guerreiros de Davi (1 Cr 2.37, 38). 3. Um dos valentes de Davi (1 Cr 11.47). 4. Guarda-portão do tabernáculo (1 Cr 26.7). 5. Pai de Azarias (2 Cr 23.1).
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obede-edom
Seruo de Edom. 1. Quando a arca era conduzida da casa de Abinadabe, em Gibeá, pava a cidade de Davi, foi desviada para a casa de obede-Edom, o geteu – e lá permaneceu por três meses, trazendo bênçãos sobre toda a família (2 Sm 6.10, 11 – 1 Cr 13.13, 14). 2. obede-Edom, o levita, filho de Jedutum (1 Cr 16.38), um guarda da arca. os membros desta família continuaram no serviço de guardas, tendo ao seu cuidado os vasos do templo, no reinado de Amazias (1 Cr 15.18,21,24 – 16.5 – 26.4, 8, 15 – 2 Cr 25.24). É possível que os dois sejam idênticos.
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obel
hebraico: tenda
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obidia
hebraico: que adora Jeová
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obil
hebraico: guarda de camelo
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objetar
Contrapor; opor-se a um argumento
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oblação
Oferenda feita a Deus
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óbolos
Pequenas moedas grega; donativos de pequeno valor; esmolas.
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obote
hebraico: odres
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obra-prima
Obra considerada perfeita.
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obras de cerco
equipamentos militares usados para conquistar uma cidade murada. Pinturas e inscrições assírias retratam aríetes com rodas e enormes torres, montadas sobre rodas, cheias de arqueiros. Os soldados empurravam essas torres até encostá-las nos muros, e as usavam como escadas protegidas.
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obreia
Pães finos
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obscuro
Pouco inteligível; pouco conhecido
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obsequiosa
Prestar serviços; presentear; favor
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obstinado
Teimoso; relutante; inflexível
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óbvias
Evidentes, claras.
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ocasionais
De ocasional: casual; fortuito; acidental; imprevisto.
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ocidental
Pôr do sol
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ocozias
Deus segura minha mão
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ocoziaz
hebraico: Jeová tem sustentado
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ocra
hebraico: perturbado
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ocrão
hebraico: perturbado
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odair
Aquele que guia e defende
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odede
Restaurador. 1. Pai do profeta Azarias (2 Cr 15.1). No vers. 8, é evidente que devia estar assim: ‘a profecia do profeta Azarias, filho de odede.’ 2. Profeta do Senhor, na Samaria, na ocasião em que Peca invadiu Judá. Ele convenceu Peca de que devia entregar os 200.000 cativos, que tinha levado (2 Cr 28.9).
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odias
hebraico: louvor do Senhor
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odiel
hebraico: força de Deus
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odila
Uma homenagem ao Santo Odilon
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odoias
hebraico: a glória do Senhor
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odolam
hebraico: recinto fechado
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odolão
hebraico: recinto fechado
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odre
os odres eram, e ainda são, feitos de peles de animais, preparadas para esse fim. As peles são despegadas dos animais com o maior cuidado – separam-se do corpo, depois de removida a cabeça e as extremidades, como uma luva bem ajustada – e depois são cosidas as aberturas à exceção do pescoço, que é atado como um saco por meio de um cordel de chicote. Estes odres eram de diversos volumes, segundo eram grandes ou pequenas as peles. Enquanto está a pele ainda fresca, é dada a um curtidor, que a torna própria para conter não somente água, mas vinho, leite, e outros líquidos. o curtimento é feito com casca de carvalho ou de acácia, sendo deixada de fora a parte cabeluda. A pele dos suínos nunca é empregada para este fim pelos judeus, porque o porco é animal ‘imundo’. Durante as longas caminhadas no deserto, estas vasilhas de couro, principalmente as de pele de cabra, tornam-se secas e gretadas, como os ‘odres de vinho, velhos, rotos, e consertados’, que os gibeonitas trouxeram a Josué, querendo enganá-lo quanto à duração da sua viagem. Estes odres, que ganhavam fendas pelo seu uso, eram consertados, mas depois já não tinham grande utilidade (Mt 9.17). os odres, feitos de peles de animais, não eram somente usados pelos árabes: na Europa, Ásia e África estava muito generalizado o seu uso. Ainda hoje em Espanha e Portugal há as borrachas, para vinho, que são muito semelhantes às da Arábia. De tais vasilhas também os gregos, os romanos e os egípcios faziam uso para o mesmo fim. Na Pérsia eram as peles conservadas, sendo barradas de breu. ‘Já me assemelho a um odre na fumaça’: esta passagem do Sl 119 (vers. 83) é uma referência à ação do calor sobre a pele, secando-a e gretando-a – mas em Mt 9. 17 fala-se da expansão produzida pela fermentação.
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oduia
hebraico: a sua glória e o Senhor
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oel
tenda, tabernáculo
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ofal
hebraico: justificação
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ofaz
hebraico: ilha de ouro
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ofegar
Respirar com dificuldade
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ofel
elevação
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ofelia
Serpente, cobra
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oferente
Oferecedor
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oferta alçada
Não se deve confundir esta oferta com a do movimento. Ela representa uma oferta que era levantada de entre as outras ofertas (Êx 29. 27 – Lv 7.14) – ou era proveniente do produto ganho pelos esforços da pessoa que oferecia (Dt 12.6). (*veja Sacrifício.)
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oferta de ação de graças
Sendo uma variante da oferta pacífica, essa oferta manifestava gratidão a Deus por livrar das aflições, por curar as doenças, por responder à oração ou por alguma outra benção recebida (Lv 7.12).
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oferta de manjares
Descreve-se em Lv 2e em 6.14 a 23, o cerimonial respectivo à oferta de manjares. Compunha-se de farinha fina, em que se deitava sal, e era amassada com azeite e incenso, mas sem fermento, sendo isto geralmente acompanhado de uma oferta de vinho. Uma porção dessa massa, incluindo todo o incenso, devia ser queimada sobre o altar como ‘porção memorial’, o resto pertencia ao sacerdote, mas as ofertas de manjares dos próprios sacerdotes deviam ser inteiramente queimadas. Era reconhecida a soberania e a benignidade de Deus, dedicando-se-lhe o melhor dos Seus dons: a farinha, como principal sustento da vida – o azeite, como símbolo de riqueza – e o vinho como símbolo do vigor e da recreação (Sl 104.15). A ausência de fermento e a presença de sal significavam pureza – o incenso santificava aquele especial serviço a Deus. A oferta de manjares fazia parte de várias outras cerimônias, sendo algumas delas de uma importância ainda mais profunda (Êx 29.1,2,40,41 – Lv 6.20 – 8.2 – 14.20 – Nm 6.15 – 8.8 – 28.9,10,11 a 14,20,28 – 29.3 a 16).
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oferta movida
Aquelas porções dos sacrifícios que eram movidas na direção do altar em vez de serem queimadas, e que depois eram comidas pelos sacerdotes e pelo oferente. Esta oferta era agitada pelo oferente, da direita para a esquerda, e era movida para cima e para baixo (Êx 29.24, 26 – Lv 7.30, 34 – Nm 18.11, 18). (*vejaoferta de manjares, Sacrifícios pacíficos.)
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oferta pacífica
Para manifestar gratidão a Deus, o adorador sacrificava no altar um animal sem defeito. Uma parte dele era queimada, e outra parte era comida pelo adorador, simbolizando paz e comunhão com Deus (Lv 3)
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oferta pela culpa
Oferta que absolvia o ofertante nos casos em que se fazia necessária a restituição – furto ou fraude, por exemplo. Oferecia-se um carneiro (nenhum substituto era aceito), e a restituição completa, acrescida de 20%, devia ser paga, satisfazendo tanto a Deus quanto a pessoa lesada. Somente as ofertas pela culpa aliviavam a consciência pesada, pois faziam restituição pelo pecado.
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oferta pelo pecado
Sacrifícios de sangue exigido no AT no caso de pecados não-intencionais (Lv 4.1-35). As ofertas pelo pecado eram realizadas a favor de toda a congregação, em todos os dias de festa, sobretudo no Dia da Expiação, sendo ainda estipuladas em vários casos individuais, os quais exigissem uma pena pelos pecados.
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ofia
hebraico: um veado, povoação
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ofício
Ocupação ou trabalho especializado.
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ofir
1. Filho de Joctã (Gn 10.29 – 1 Cr1.23). o nome deve corresponder a alguma cidade, região, ou tribo da Arábia. 2. ofir, como nome geográfico, tem sido identificado com três localidades, a parte meridional da Arábia, a india, e a costa oriental da África. A maior prova é a favor da Arábia. Foi o sítio donde Davi e Salomão obtiveram ouro e outras mercadorias de valor (1 Rs 9.28 – 10.11 – 22.49 – 1 Cr 29.4 – 2 Cr 8.18 – 9.10 – Jó 22.24 – 28.16 – Sl 45.9 – is 13.12).
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oflal
hebraico: justificação
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ofni
( do egípcio através do hebraico) rãzinha
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ofra
veadinho
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ogue
Foi rei de Basã, homem de estatura gigantesca, tendo domínio sobre sessenta cidades (Js 13.12). Ele, seus filhos, e o seu povo foram exterminados na batalha de Edrei, sendo o seu território cedido aos descendentes de Rúben, de Gade, e à meia tribo de Manassés (Nm 32.33 – Dt 1.4 – 3.1 a 13 – 4.4l – 31.4 – Js 2.10 – 9.10 – 13.12, 30). Esta vitória permaneceu por muito tempo na memória nacional (Sl 135.11 – 136.20). o ‘leito de ferro’, que se via em Rabá dos filhos de Amom (Dt 3.11), era provavelmente um sarcófago de mármore preto. (*veja Basã.)
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ola
hebraico: julgo
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olaria
Ainda que a olaria seja uma dasmais antigas de todas as indústrias, não é, contudo, fácil vê-la mencionada entre os hebreus até aos tempos de Saul e de Davi (2 Sm 17.28 – 1 Cr 4.23). Nas primitivas fases da sua vida nômade eram poucas as necessidades dos israelitas, devendo ser muito simples os utensílios de barro, visto como os diversos animais, que eles matavam, lhes davam peles com que fabricavam vasos para água, mel e vinho. os profetas, porém, referem-se muitas vezes ao oleiro e à sua arte (is 29.16 – 30.14 – 41.25 – 64.8 – Jr 18.2 a 6 – 19.1 a 11).
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olavo
O sobrevivente ancestral
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olga
Santa, sagrada
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olimpas
grego: celestial
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olimpia
grego: celestial, o céu
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olimpico
grego: derivado de Olímpio
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olinda
Cheirosa, perfumada
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olival
hebraico: Monte das Oliveiras
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oliveira
A oliveira é, pela primeira vez, mencionada em Gn 8.11, quando a pomba voltou para a arca de Noé com um ramo daquela árvore. Havia na Terra Santa muitas oliveiras, quando os israelitas tomaram posse dela (Dt 6.11) – e acham-se associadas com as vinhas como sendo uma fonte de riqueza (1 Sm 8.14 – 2 Rs 5.26). As azeitonas eram colhidas, batendo a árvore, ou sacudindo-a (Dt 24.20) – e era destinada para os respigadores uma parte (Êx 23.11). o azeite era extraído, esmagando ou pisando o fruto (Êx 27.20 – J12.24 – Mq 6.15). Há referência ao uso da madeira de oliveira em 1 Rs 6.23 – e ainda se emprega na Palestina em obra de gabinete. Uma coisa tão conhecida era naturalmente empregada como símbolo. Um homem justo é comparado à oliveira por causa da sua verdura e da sua abundância (Sl 52.8 – os 14.6), e os seus filhos são descritos como ramos de oliveira (Sl 128.3). Elifaz diz dos maus: ‘E deixará cair a sua flor, como a oliveira’ (Jó 15.33), referindo-se à maneira como algumas vezes as flores caem abundantemente da árvore. o fruto da oliveira, no seu estado silvestre, é pequeno e sem valor – mas torna-se bom e abundante quando na silvestre se enxerta um ramo de boa árvore. Paulo serve-se desta circunstância de um modo admirável para mostrar aos gentios os benefícios que haviam recebido do verdadeiro israel (Rm 11.17) – é contrário à natureza, diz ele, enxertar um ramo silvestre num tronco de boa árvore. (*veja Azeite.)
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oliveira brava
o renovo bastardo a quese refere isaías (14.19) é o zambujeiro. Dá um certo gênero de azeite, de qualidade inferior, que se usa como medicamento, embora seja bom para a alimentação. o zambujeiro é uma árvore pequena, que se encontra em todas as partes da Palestina, exceto no vale do Jordão. A madeira é dura e macia, e por isso foi muito boa para serem esculpidas as figuras simbólicas dos querubins no templo de Salomão (1 Rs 6.23). As folhas são pequenas e estreitas, e as flores pouco distintas – contudo, o zambujeiro é um arbusto belo. A mesma palavra hebraica acha-se em Ne 8.15. (*veja oliveira.)
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olivete ou monte das oliveiras
30 – At 1.12). Uma planada elevação, com um pouco mais de um quilômetro e meio de comprimento, ao oriente de Jerusalém (Ez 11.23 – Zc 14.4). Está o monte olivete separado da cidade pelo estreito vale do Cedrom. 5 cerca de 90 metros mais alto do que o monte do templo, e vai gradualmente subindo desde a parte norte da cidade na direção do oriente até à distância de, aproximadamente, 1200 metros ao sul de Harã, onde o Cedrom se desvia para o oriente, correndo para o mar Morto. o monte tem quatro cimos: (1) o Galileu, ou Viri Galilaei (homens da Galiléia), o tradicional lugar sobre o qual os argos falaram, dizendo ‘Varões galileus’ (At 1.11) – (2) o tradicional ‘monte da Ascensão’ – (3) os ‘Profetas’, nome derivado de uma singular gruta, chamada ‘os túmulos dos profetas’ – (4) ‘o monte da ofensa’ por ser ali que Salomão edificou um alto (1 Rs 11.7 – 2 Rs 23.13). Pela subida do olivete fugiu Davi por causa da revolta de Absalão (2 Sm 15.30 – 16.1,13). Ao monte das oliveiras foram os judeus buscar ramos para celebrar a festa dos Tabernáculos, depois da volta do cativeiro (Ne 8.15). Ali foi o lugar donde partiu Jesus, quando realizou a Sua entrada triunfal em Jerusalém, indo pela estrada entre os cumes (3 e 4) – e ali também proferiu a Sua última profecia. E no cimo oriental perto de Betânia realizou a Sua Ascensão (Mt 26.30 – Mc 14.26 – Lc 22.39 – Jo 8.1 – Mt 21.1 a 11 – Mc 11.1 – Lc 19.29, 37 – Mt 24.3 – Mc 13.3 – Lc 21.37 – 24.50 – At 1.12).
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olivia
Azeitona, oliveira
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olom
hebraico: lugar forte, muito areiento
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om
hebraico: fortaleza
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omar
eloqüente
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ombreira
Cada uma das peças verticais das portas e janelas que sustenta as vergas
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ômega
A última letra do alfabeto grego(Ap 1.8).
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ômer
220 lts. (secos)
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omoplata
Osso chato, delgado e triangular que forma a parte posterior do ombro
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omrai
hebraico: impetuoso, grosseiro
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onã
o robusto
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onão
hebraico: vaidade iniqüidade
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onesíforo
que traz utilidade
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onésimo
Proveitoso. Um escravo de Colossos, que fugiu da casa do seu senhor, que era cristão – e, indo para Roma, foi convertido ao Cristianismo por Paulo. Depois da sua conversão, voltou onésimo para seu amo, chamado Filemom, levando uma carta de Paulo. É a carta conhecida pelo nome de epístola a Filemom. (*veja também C14.9 e Filemom.)
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onias
Deus é clemente
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onipotente
EL-SHADAI
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onisíforo
o que traz proveito
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ônix
Uma pedra preciosa, assim chamadado grego onuz, a unha, em razão da sua cor e semelhança com o mármore. É mencionada pela primeira vez na Bíblia com o ouro e o bdélio do rio Pisom do Éden (Gn 2.12). Pedras ônix foram preparadas por Davi para o templo (1 Cr 29.2). Eram provavelmente pedras do mármore ônix ou onyckus. Devia ser difícil o emprego das pedras preciosas no exterior do templo, embora estivesse ali bem o variegado mármore. A pedra do peitoral do sumo sacerdote era, sem dúvida, a preciosa pedra de ônix (Êx 28.9 a 12, etc.), especialmente própria para a gravura. *veja também Jó 28.16 – Ez 28.13.
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ono
hebraico: forte
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onri
Adorador do Senhor. 1. Rei de israel e pai de Acabe. Quando o seu nome aparece pela primeira vez na Sagrada Escritura, no ano de 890 a.C., é ele comandante chefe, sob o governo do rei Elá. Sendo este assassinado por Zinri, foi onri proclamado rei pelos seus soldados – e indo onri atacar Zinri, em Tirza, conquistou esta cidade. Quanto a Zinri, pereceu nas chamas do seu palácio, dentro do qual ele reunia a sua corte, como rei de israel. Tibni e Jorão não aceitaram a supremacia de onri, seguindo-se uma guerra civil, que durou quatro anos. Ficando onri vitorioso, reinou pelo espaço de seis anos em Tirza – transferiu depois a sua residência para Samaria, onze quilômetros distantes de Siquém, sendo ali rei por mais seis anos. onri fez um tratado com Ben-Hadade i, rei de Damasco, entregando-lhe algumas cidades da fronteira, e tomando as suas medidas para a residência de uma colônia siríaca, em Samaria. Acabe, seu filho, casou com Jezabel, filha de um importante príncipe da Fenícia, e deste modo os males provenientes do culto a Baal foram introduzidos no reino de israel. Além disso, durante o reinado de onri, permaneceu Betel como capital religiosa do país, continuando ali o culto do bezerro, introduzido por Jeroboão. Miquéias, pelo ano 730 a. C., denunciou a política e a religião de onri sob o nome de ‘os estatutos de onri’ (1 Rs 16.15 a 26 – 20.34 – Mq 6.16). 2. Neto de Benjamim (1 Cr 7.8). 3. Um descendente de Judá (1 Cr 9.4). 4. Chefe da tribo de issacar, no reinado de Davi (1 Cr 27.18).
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onu
Sigla da Organização das Nações Unidas.
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ool
hebraico: tenda
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oola
hebraico: sua tenda
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ooliabe
uma tenda é a divindade
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ooliba
hebraico: a minha tenda está nela
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oolibama
hebraico: a minha tenda esta em lugar alto
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ooloba
hebraico: a minha tenda esta nela
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operosidade
Qualidade de trabalhoso; laboriosidade.
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ophelia
Serpente
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ópio
Substância que se extrai dos frutos imaturos de várias espécies de papoulas, e que é utilizada como narcótico; aquilo que produz adormecimento, embrutecimento, entorpecimento.
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opróbrio
Desonra; abjeção extrema; grande vergonha
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opulência
Cheio de dinheiro; muito rico
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opulento
Cheio de dinheiro; muito rico
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oração
A oração cristã baseia-se na convicção de que o Pai Celeste, que tem providencial cuidado sobre nós (Mt 6.26,30 – 10.29,30), que é ‘cheio de terna misericórdia’ (Tg 5.11), ouvirá e responderá às petições dos seus filhos da maneira e no tempo que Ele julgue melhor. A oração deve, então, ser feita com toda a confiança (Fp 4.6), embora Deus saiba de tudo aquilo que necessitamos, antes de Lhe pedirmos (Mt 6.8,32). A Sua resposta pode ser demorada (Lc 11.5 a 10) – talvez a oração seja importuna (Lc 18.1 a 8), e repetida, como no caso de Jesus Cristo (Mt 26.44) – pode a resposta não ser bem o que se pediu (2 Co 12.7 a 9) – mas o crente pode pôr toda a sua ansiedade de lado, descansando na paz de Deus (Fp 4.6,7). Não falando na oração relacionada com o culto, ou na oração em períodos estabelecidos (Sl 55.17 – Dn 6.10), orava-se quando e onde era preciso: dentro do ‘grande peixe’ (Jn 2.1) – sobre os montes (1 Rs 18.42 – Mt 14.23) – no terraço da casa (At 10.9) – num quarto interior (Mt 6.6) – na prisão (At 16.25) – na praia (At 21.5). o templo era, preeminentemente, a ‘casa de oração’ (Lc 18.10), e todos aqueles que não podiam juntar-se no templo com os outros adoradores, voltavam-se para ele, quando oravam (1 Rs 8.32 – 2 Cr 6.34 – Dn 6.10). Notam-se várias posições na oração, tanto no A. T. como no N. T.: Em pé (1 Sm 1.10,26 – Lc 18.11) – de joelhos (Dn 6.10 – Lc 22.41) – curvando a cabeça, e inclinando-a à terra (Êx 12.27 – 34.8) – prostrado (Nm 16.22 – Mt 26.39). Em pé ou de joelhos, na oração, as mãos estavam estendidas (Ed 9.5), ou erguidas (Sl 28.2 – cp. com 1 Tm 2.8). As manifestações de contrição e de dor eram algumas vezes acompanhadas de oração (Ed 9.5 – Lc 18. 13). A oração intercessora (Tg 5.16 a 18) é prescrita tanto no A.T. como no N.T. (Nm 6.23 – Jó 42.8 – is 62.6,7 – Mt 5.44 – 1 Tm 2.1). Exemplos de oração medianeira aparecem nos casos de Moisés (Êx 32.31,32), de Davi (2 Sm 24.17 – 1 Cr 29.18), de Estêvão (At 7.60) – de Paulo (Rm 1.9). Solicitações para oração intercessora se encontram em Êx 8.8, Nm 21.7 – 1 Rs 13.6 – At 8.24, Rm 15.30 a 32 – e as respostas a essas orações em Êx 8.12,13, e Nm 21.8,9 – 1 Rs 13.6 – At 12.5 a 8. Cp com 2 Co 12.8. o próprio exemplo de Jesus a respeito da oração é decisivo. Ele indicou o fundamento sobre o qual repousa a crença na oração, e que é o cuidado providencial de um Pai onisciente (Mt 7.7 a 11) – Ele ensinou aos discípulos como deviam orar (Mt 6.5 a 15 – Lc 11.1 a 13) – assegurou-lhes a certeza da resposta de Deus a uma oração reta (Mt 7.7 – 18.19 – 21.22 – Jo 15.7, e 16.23,24) – associou a oração com a vida de obediência (Mc 14.38 – Lc 21.36) – também nos anima a sermos persistentes e mesmo importunos na oração (Lc 11.5 a 8, e 18.1 a 7) – procurou os lugares retirados para orar (Mt 14.23 – 26.36 a 46 – Mc 1.35 – Lc 5.16). Ele fez uso da oração intercessora na súplica, conhecida pela designação da Sua alta oração sacerdotal (Jo 17) – orou durante a agonia da cruz (Mt 27.46 – Mc 15.34 – Lc 23.34,46). A oração em nome de Cristo é autorizada pelo próprio Jesus (Jo 14.13,14, e 15,16) e por S. Paulo (Ef 5.20 – Cl 3.17). o Espírito Santo também intercede por nós (Rm 8.26).
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oráculo
Resposta de um deus a quem o consultava.
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oráculos
Palavra, sentença ou decisão inspirada, infalível, ou que tem grande autoridade, mensagens divinas.
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ordenanças
Regulamentos.
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orebe
Corvo 1. Um dos chefes do exército midianita, que invadiu israel, e foi derrotado e repelido por Gideão (Jz 7.25 – 8.3 – Sl 83.11). orebe foi morto pelos homens de Efraim, sendo trazida a sua cabeça a Gideão. 2. A rocha de orebe, um pico que domina a planície do Jordão. Foi neste lugar que as forças midianitas foram interceptadas, quando fugiam de Gideão, sendo o seu chefe, orebe, morto pelos efraimitas (Jz 7.25 – is 10.26).
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orem
hebraico: pinheiro, fortaleza, alto
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orfa
juba, pescoço elegante
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orfanado
Abandonado
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orgânico
Relativo ao órgão, a organização ou a seres organizados.
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orgânico (a)
Relativo a órgão, a organização, que se refere ao organismo; inerente ao organismo; própria do organismo.
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orgia
Festejo licencioso; bacanal
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orgias
Festim licencioso; bacanal, farras.
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oriental
Nascer do sol
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oriente
os hebreus exprimiam o oriente, ocidente, Norte e Sul por palavras que significavam ‘adiante’, ‘atrás’, ‘à esquerda’, ‘à direita’, em conformidade da posição da pessoa que está com a sua face para o lado onde nasce o sol (Jó 23.8,9). Por oriente eles freqüentemente querem dizer, não somente a Arábia Deserta, e as terras de Moabe e Amom, que ficam ao oriente da Palestina, mas também Assíria, Mesopotâmia, Babilônia e Caldéia, embora estes países estejam situados mais ao norte do que ao oriente da Judéia. Balaão, Ciro, e também os magos que visitaram Belém quando Jesus nasceu, diz-se terem vindo do oriente (Nm 23.7 – is 46.11 – Mt 2.1). ‘os povos do oriente’ são, em particular, as várias tribos desertas ao oriente da Palestina (Jz 6.3).
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oriente (mar do)
outro nome do mar Morto (Ez 47.18).
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oriom
hebraico: homens sem juízo, um arado
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órion
A constelação a que se refere o livro de Jó em 9.9 e 38.31, e a profecia de Amós em 5.8, é a que nós conhecemos com o mesmo nome.
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oriundo
Originário; proveniente
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orixá
Divindade de religiões afro-brasileiras; guia religioso.
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orla
Bordo; rebordo
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orlando
Do país famoso
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orna
hebraico: grande pinheiro
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ornamentos
os habitantes da Palestina (como os outros povos do oriente nos tempos atuais) eram altamente apreciadores das coisas luxuosas. isaías (3. 18 a 23) descreve os artigos de luxo que as mulheres usavam no seu tempo. os adornos eram com prodigalidade exibidos nas festas de caráter público ou particular, mas de um modo especial nos casamentos (is 61.10 – Jr 2.32 – os 2.13). Nos tempos de luto público eram postos de parte esses ornamentos (Êx 33.4 a 6). A palavra em Gn 24.22 deve ser ‘argola do nariz’, e em Gn 38.1S deve traduzir-se por ‘cordão’.
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oronaim
hebraico: cidade de duas cavernas
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ortodoxa
Conforme com a doutrina religiosa tida como verdadeira.
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ortodoxia
Fiel, exato e inconcusso cumprimento de uma doutrina religiosa; conformidade com essa doutrina.
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orvalho
os orvalhos na Palestina são abundantes no verão, todas as manhãs. Gideão encheu uma taça com a água do velo orvalhado (Jz 6.38). Quando isaque abençoou Jacó, desejou-lhe o orvalho do céu que fertiliza os campos (Gn 27. 28). Nestes países quentes, onde raras vezes chove, os orvalhos da noite suprem a falta de chuvas. os profetas e os poetas empregam muitas vezes o termo orvalho nas suas imagens (Dt32.2 – Jó 29.19 – Sl 133.3 – Pv 19.12 – is 26.19 – os 6.4 – 13.3 – 14.5 – Mq 5.7). Em algumas destas passagens é mais da neblina que se trata, a qual é trazida pelo vento ocidental.
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oscar
Lança dos deuses, combatente divino
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oscilar
Balançar; vacilar
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ósculo santo
Sinal de mútuo respeito e confiança; o equivalente a um aperto de mãos ou abraço (2Co 13.12).
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oséias
Salvação. 1. Profeta de israel e primeiro na ordem dos chamados Profetas Menores. Sobre a vida do profeta somente se sabe o que ele nos diz: Era filho de Beeri (1.1), e segundo uma tradição cristã, pertencia à tribo de issacar. o seu livro nos sugere, em muitas particularidades referidas, que ele era natural do reino do Norte. A narrativa pessoal, que se lê nos caps. 1 a 3, deve sem dúvida ser interpretada como realidade e não somente como simbólica. Segundo essa narração, casou oséias, tomando por mulher a Gômer, filha de Diblaim, de que teve três filhos, aos quais deu os nomes de Jezreel, Desfavorecida e Não-Meu-Povo. Gômer tornou-se adúltera, e abandonou-o (2,5). Apesar de tudo isto, ela era amada pelo profeta que a resgatou da escravidão (3.1,2), dando-lhe novamente lugar em sua casa, não sendo, contudo, considerada como esposa (3.3). Quanto à interpretação simbólica da narrativa, *veja oséias (o Livro de). A vida ministerial do profeta passou-se nos reinos de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá e de Jeroboão ii, o filho de Joás rei de israel (1.1). Por conseqüência, foi contemporâneo de isaías, vivendo num período de grande ansiedade nacional. A sua própria posição parece ter sido de isolamento religioso, mas de íntima comunhão com Deus. 2. o nome primeiro de Josué (Nm 13.16 – Dt 32.44). 3. Efraimita, filho de Azazias, e governador do seu povo, no reinado de Davi (1 Cr 27.20). 4. Um dos principais do povo, que com Neemias selaram o pacto (Ne 10.23). 5 o último rei de israel (734 a 722 A.C.). Ele tinha alcançado o trono por meio de uma conspiração, em que foi morto o seu antecessor. Era um rei patriota, que tinha procurado o bem-estar do seu povo, trabalhando para libertá-lo do jugo da Assíria – mas praticou o grande e fatal erro de efetuar uma aliança com um povo pagão. Peca procurara a aliança de Rezim, rei da Síria, contra Acaz, e primeiramente com certa vantagem. Acaz, porém, imitando a política do seu rival, pediu auxílio ao rei da Assíria. Veio este, derrotou os israelitas, e levou para a Média as duas e meia tribos que estavam além do Jordão, fazendo tributário o resto do povo. Foi este o primeiro cativeiro de israel. Dez anos mais tarde, apelou oséias para Sô, rei do Egito, para este o ajudar a sacudir o peso do tributo. infelizmente Ezequias fez também parte desta confederação. Esta revolta foi causa de uma nova invasão do exército dos assírios e desta feita foram subjugados inteiramente os israelitas, que, levados em segundo cativeiro para Assíria, deixaram despovoado o país. Quanto a oséias, sendo preso e tratado como vassalo rebelde, foi encerrado na prisão e privado da vista. Embora fosse um rei valente e bom, veio tarde demais para salvar o seu povo que, pela idolatria, embriaguez, cobiça e assassinatos, tinha feito uma chaga, e chaga incurável, no seu organismo (Mq 1.9 – 2 Rs 15.20 – 17.1,3,4,6 – 18.1, 9,10).
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oséias (o livro de)
A mensagem do profeta tem duas características principais: o seu zelo na condenação do pecado de israel, visto como tinham os israelitas abandonado a adoração ao Senhor, caindo na idolatria – e o grande desejo que manifestou pelo arrependimento dos pecadores para receberem o perdão de Deus. Podemos resumir o conteúdo do livro da seguinte maneira: l. os caps. 1 a 3 apresentam um quadro descritivo das relações existentes entre o Senhor e o Seu povo, sob a figura de uma mulher, que foi infiel a seu marido – mas essa mulher foi por ele arrancada, porque lhe tinha grande amor, da companhia do seu amante, e a admitiu novamente em casa, esperando que ela, mergulhada na sua dor, se arrependesse, a fim de que se realizasse entre os dois uma perfeita comunhão. Para tornar mais vivamente real a narrativa, acham-se nesta incorporadas as próprias experiências do Profeta, passadas ou na sua vida doméstica, ou em sucessivas visões em que ele próprio toma a parte do marido atraiçoado. 2. os caps. 4 a 14 encerram vários discursos proféticos, que foram proferidos em tempos diferentes, desde a última parte do reinado de Jeroboão ii até certo tempo, que precede em curto intervalo a queda de Samaria. os principais tópicos são várias vezes repetidos – o culto do bezerro em Betel – as desmoralizadoras idolatrias dos lugares altos – a conseqüente corrupção moral dos sacerdotes e do povo – o procedimento desleal e infiel do povo nas suas alianças pagãs, ora com a Assíria, ora com o Egito. oséias passa sem interrupção da severa acusação para uma terna repreensão – e esta é seguida de repetidos e amorosos apelos, com promessas de restauração, expostas na mais patética linguagem. E a conclusão é uma passagem de grande beleza, em que a melancolia e aparente dureza dos precedentes traços são substituídos por descrições de excelente suavidade, que lembram os Cantares de Salomão. o estilo do profeta é veemente e desordenado, conservando um pouco aquele formal paralelismo, característico da poesia hebraica. Há muitas referências aos acontecimentos que se narram no Pentateuco, Josué, Juizes e Samuel – e nota-se certa correspondência com passagens do livro de Amós. As citações de oséias no N. T. são: o Filho do Senhor, chamado do Egito (11.1), Mt 2.15 – rejeição e restauração (1.10 e 2.23), Rm 9.25,26 e 1 Pe 2.10 – a grande declaração ‘misericórdia e não sacrifício’ (6.6), Mt 9.13 e 12.7 – e a promessa da destruição da morte (13.14), 1 Co 15.55,56.
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osias
(Ozias)
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osman
Protegido por Deus
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osmar
Glória dos deuses
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osnapar
hebraico: veloz
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ostentar
Mostrar ou exibir com aparato.
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ostracismo
Para determinar quem era indesejável na cidade e deveria ser expulso, os nomes eram gravados em pedaços de cerâmica (ostracon), e lançados numa urna. Esta é a origem da palavra ostracismo, que significa excluir, por consentimento geral, da sociedade e de privilégios.
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osvald
Aquele que tem o poder de deus
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oswaldo
Aquele que tem o poder de deus
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otavia
A oitava filha
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otaviana
A oitava filha
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otaviano
O oitavo filho
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otavio
O oitavo filho
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otel
hebraico: proveitoso
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otiniel
leão de Deus
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otir
hebraico: quem não tem medo
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otni
leão de Jeová
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otniel
Filho de Quenaz de Judá (Js 15.17) – e o irmão mais novo de Calebe (Jz 1.13), cuja filha Acsa lhe foi dada em casamento como recompensa de ter ele tomado Quiriate-Sefer (Jz 3.9 – 1 Cr 4.13). o casamento de um tio com sua sobrinha não é expressamente proibido pela lei levítica (Lv 18.12 – 20.19). otniel foi o primeiro juiz de israel depois de Josué. Ele livrou a terra da opressão do rei da Mesopotâmia.
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otoniel
leão de Deus
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ourives
Fabricante e/ou vendedor de artefatos de ouro e prata.
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ouro
o uso do ouro era comum entre os hebreus. Várias partes do templo, dos ornatos, e dos utensílios eram cobertos deste precioso metal (Êx 36.34 a 38 – 1 Rs 7.48 a 50) – e muitos vasos dos ricos, bem como os seus ornamentos pessoais e insígnias dos seus cargos, eram de ouro. ofir (Jó 28.16), Parvaim (2 Cr 3.6), Seba e Ramá (Ez 27.22,23), são mencionados como lugares que produziam ouro. Era abundante nos tempos antigos (1 Cr 22.14 – 2 Cr 1.15 – 9.9 – Dn 3.1 – Na 2.9), mas não era empregado na fabricação de moeda, nem usado como padrão de valor.
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ouro batido
(Nm 8.4). o metal é batidoconforme ao modelo que se requer, sendo esta obra distinta da fundição (Êx 25.18,31,36 – 37.17,22).
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ousama
hebraico: Deus ouve
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outeiro
Pequeno monte; colina
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outeiro de ama
hebraico: fundição
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outeiro de mizar
hebraico: pequeno
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outorga
Ato ou efeito de outorgar; consentimento, concessão.
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outorgar
dar; conceder; permitir
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ouvido
Em diversos casos esta palavra é usada figuradamente como em Jr 6.10, onde ouvidos incircuncisos são ouvidos desatentos à Palavra de Deus. os ‘ouvidos abertos’ do salmo 34.15 significam que Deus presta constante atenção às orações do Seu povo, ao passo que a expressão ‘endurece-lhe os ouvidos’ (is 6.10) refere-se às almas desobedientes que não querem ouvir. Entre os judeus, o escravo que renunciava ao privilégio de poder libertar-se no ano sabático, tinha de sujeitar-se a ser a sua orelha furada com uma sovela pelo seu senhor, como sinal de perpétua escravidão. A cerimônia era realizada na presença de algum juiz, ou magistrado, e era um ato voluntário (Êx 21.5,6).
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ovelhas, carneiros
As ovelhas constituíam a principal riqueza dos patriarcas. Não somente era a sua carne um dos alimentos principais, mas também da sua 1ã se fazia quase todo o vestuário para o povo. Além disso, devido à acidentada natureza da terra, eram criados rebanhos por toda parte, sendo isso de mais importância que a agricultura. os carneiros da Palestina eram de três raças: o carneiro vulgar, o carneiro enfezado, guardado por Amós (Am 1.1), e possuído por Mesa, e o carneiro de grossa cauda, sendo esta última espécie principalmente notável pela enorme quantidade de lã da referida cauda, que algumas vezes chega a pesar de dez a vinte arratéis. Esta espécie de carneiros acha-se na Tartária, Arábia, Pérsia, Barbária, e Síria, sendo bem conhecida dos antigos, e vendo-se eles representados nos monumentos da Assíria. o corpo é branco, a cabeça e o pescoço negros, sendo córnea a ponta da cauda. Como quase toda a cauda é bastante gorda, os árabes a consideram uma comida mui delicada. Fazia parte dos sacrifícios pacíficos (Lv 3.9). A ovelha é o primeiro animal que tem nome especificado na Bíblia, quando Abel ofereceu ao Senhor os primogênitos do seu rebanho (Gn 4.2). Abraão era muito rico em ovelhas, e Jó, em certa ocasião, tinha nos seus rebanhos 14. 000. Em 2 Rs 3.4, o rei pastor Mesa, do país de Moabe, pagava um tributo de cem mil cordeiros e a 1ã de cem mil carneiros – e este país é ainda notável pelos seus grandes rebanhos de ovelhas. Salomão sacrificou 120.000 ovelhas na dedicação do templo. o cordeiro era o tipo da inocência e da pureza, e por isso figurava eminentemente nos sacrifícios. o cordeiro, ou o cabrito, era usualmente escolhido, sendo o carneiro somente para os sacrifícios expiatórios. A 1ã do carneiro, empregada no vestuário, é muitas vezes mencionada (Lv 13.47 – Dt 22.11 – Pv 31.13). Encontram-se muitas vezes na Escritura alusões à tosquia das ovelhas – e em Gn 38.12 se lê ‘subiu aos tosquiadores das suas ovelhas, em Timna’ – e outras passagens. Faziam-se instrumentos musicais de chifres de carneiros (Js 6.4), e também vasos para azeites e outros líquidos (1 Sm 16.1). Além da roupa feita de fios de 1ã, eram as peles curtidas usadas como roupas (Hb 11.37) – e o tabernáculo foi guarnecido de peles de carneiro, tingidas de vermelho (Êx 26.14). os cães-pastores eram usados para os mesmos fins dos tempos presentes (Josefo, Antiq. iV Viii 9). (*veja Pastor.)
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ovo de páscoa
Artigo publicado em https://www.sinai.com.br/pointblank/ovo_pascoa.htm e não reflete o pensamento dos administradores desde site e tampouco uma realidade bíblica. (pesquise com a palavra PASCOA para saber seu real significado)
O Ovo da Páscoa
Os ovos e a Páscoa tornaram-se quase sinônimos.
Mas o que há de tão especial em um ovo?A influência dos rituais tradicionais da primavera é que fazem os ovos serem tão especiais para a Páscoa. E os mitos que vêm de um passado incrivelmente distante têm mostrado a profunda relação do homem com o ovo. Isto foi tirado de um antigo provérbio do Latim: Omne vivum ex ovo, que significa “toda vida vem do ovo.” Não somente do provérbio latino , mas os ovos estão presentes em todos os cantos do mundo. Da antiga Índia à Polinésia, do Irã e Grécia à Latívia, Estônia e Finlândia, da América Central à costa oeste da América do Sul há relatos de mitos de um universo inteiro criado de um ovo. Por isso, não é de se estranhar que em quase todas as culturas antigas os ovos têm sido vistos como um emblema da vida.
Na Europa, um ovo era pendurado nas árvores no ano novo e nas árvores de São João no meio do verão. Realmente, todos viam o ovo como um símbolo das forças regenerativas da natureza. Mais tarde, durante o período cristão, acreditava-se que os ovos que eram postos na sexta-feira da Paixão, se mantidos por cem anos, teriam suas gemas transformadas em diamante. Se os ovos da sexta-feira da Paixão fossem cozidos no domingo de Páscoa, eles estimulariam a fertilidade das árvores e das plantações e protegeriam contra mortes súbitas. E, se você encontrasse duas gemas em um ovo de Páscoa, poderia ter certeza de que ficaria rico logo. Eles acreditavam em tudo isso!
Acredita-se que os ovos eram tingidos e comidos nos festivais de primavera no Egito, Pérsia, Grécia e Roma. Os persas daquele tempo davam ovos como presentes no equinócio de inverno, isto é, no primeiro dia de inverno. Mas não está muito claro como aqueles ovos coloridos chegaram a dominar a cesta de Páscoa. De fato, eles se tornaram tão populares na comemoração da Páscoa que eles até começaram a dominar os antigos conceitos do simbologismo dos ovos. Especula-se que ele foi levado à Europa, ou melhor, Europa Ocidental, durante o século XV, quando os missionários e os cavaleiros das cruzadas levaram o conceito de colorir os ovos para o oeste.
Nos tempos medievais havia uma superstição: os sinos da igreja que não tinham sido ouvidos após a quinta-feira santa tinham estado em Roma para as benções do Papa e retornavam na véspera da Páscoa com ovos coloridos para todos. Muitos dos ovos eram pintados de vermelho. Vermelho era em memória de uma alegre comemoração de Páscoa, ou era em honra ao sangue que Cristo derramou. Durante a quaresma nenhum ovo era comido.
O coelhinho da Páscoa
O coelhinho da Páscoa tornou-se o símbolo favorito da Páscoa. Ele é universal e secular em seu apelo. E, o mais importante de tudo, ele se relaciona com a Páscoa, historicamente. Entretanto, um fato tem que ficar claro. É a lebre e não o coelho, que deveria ser tratada como o verdadeiro símbolo da Páscoa. Embora ambos pertençam à família dos roedores e têm muitas coisas em comum, há algumas diferenças.
Se você verificar pela história, desde os tempos muito antigos a lebre tem sido um símbolo para a lua, não o coelho. E a lenda diz que a lebre nunca fecha seus olhos, nem para uma piscadinha! A razão para se acreditar nisso pode vir do fato de que as lebres, não os coelhos, nascem com os olhos abertos. Os coelhos nascem com os olhos fechados.
Foram os egípcios que relacionaram a lebre à lua. O nome egípcio para a lebre era “un”, significando “abrir”. E elas eram adoradas por admirar a lua de olhos abertos através da noite. Também a lebre e os ovos têm para os anglo- saxões relação à Deusa da primavera “Eostre”. Possivelmente isto relacione ambos como emblemas de fertilidade.
E este fator da fertilidade pode ser a chave de como o coelho tornou-se o símbolo mais popular da Páscoa na América ao invés da tradicional lebre. Os coelhos reproduzem-se mais. Os imigrantes alemães, que trouxeram a maioria das tradições da Páscoa “Teutônica” para a América, fizeram com que os coelhos fossem os mais populares entre os garotos que não eram alemães.
As crianças alemãs costumavam ter seus ninhos de coelhos cheios de ovos decorados. Eles também costumavam construir os ninhos. Eles eram tão bonitos que até as crianças que não eram alemãs pediam esses presentes na Páscoa. -
oxalá
O Grande Orixá; Mestre dos Orixás – Do Ár. in sha allah ou inshallah, se Deus quiser – interj., designa desejo; prouvera a Deus!, queira Deus!
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oza
(Uziel)
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ozazias
hebraico: Jeová e forte
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ozaziu
hebraico: Jeová e forte
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ozem
poderoso, forte
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ozias
uma das variantes deAzarias
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oziau
hebraico: consolador do Senhor
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oziel
variante de Uziel
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ozni
ouvido, ou atento
P
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pá de joeirar
Espécie de garfo grande, de madeira, usado nos tempos bíblicos para lançar ao ar os grãos debulhados. Com esse processo, o vento levava a palha, mais leve, e os grãos, mais pesados, caíam de volta ao chão.
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paarai
revelação do Senhor
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paate
hebraico: governador
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paate-moabe
Governador de Moabe. Chefede uma das principais famílias de Judá. A sua descendência voltou com Zorobabel (Ed 2.6 – 10.30 – Ne 3.11 – 7.11 – 10.14). A singularidade do seu nome pode ser explicada pela emigração dos filhos de Selá, filhos de Judá, para Moabe, onde tinham domínio (1 Cr 4.22). Cp. com o caso de Elimeleque (Rt 1.2). outras pessoas da mesma família voltaram com Esdras (Ed 8.4).
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paciência
Do Latin patientia
Resignação; conformidade em suportar os males ou os incómodos sem se queixar; perseverança tranquila; calma na continuação de qualquer tarefa ainda que esta seja difícil ou muito demorada; tranquilidade com que se espera aquilo que tarda. -
pada
hebraico: planície
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pada-ara
hebraico: planície de Ara
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pada-hara
hebraico: uma planície pertencente a Hara
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padaias
hebraico: Jeová remiu ou Jeová tem salvo
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padejar
Atirar com pá
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padom
libertação, redenção (www.padom.hpg.com.br)
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pafos
Cidade na extremidade sudoeste de Chipre, onde se deu o encontro de Paulo com Elimas, o feiticeiro, durante a sua primeira viagem missionária (At 13.6). Pafos, que hoje se chama Bafo, era um sítio notável pelo culto que ali se prestava à deusa Vênus, ou Afrodite, que se dizia ter saído do mar naquele lugar. Entre os peregrinos que afluíam àquele santuário pagão havia manifestações de grande libertinagem. Um rei independente, que era também o hereditário sumo sacerdote do templo da deusa, governava na cidade e na parte ocidental de Chipre, até que os romanos se apossaram daquela ilha (58 a.C.).
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paganismo
O conjunto dos que são pagãos; não cristãos.
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pagão
Todo aquele que não tem a Deus em Cristo Jesus como seu Senhor único
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pagiel
fortuna de Deus
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pai
Esta palavra, além da sua significação geral, toma-se também na Escritura no sentido de avô, bisavô, ou fundador de uma família, embora remota. Por isso os judeus no tempo de Jesus Cristo chamavam pais a Abraão, isaque e Jacó. Jesus Cristo é chamado o Filho de Davi, embora este rei estivesse distante dele muitas gerações. Pela palavra ‘pai’ também se compreende o instituidor, o mestre, o primeiro de uma certa profissão. Jabal ‘foi o pai dos que habitam nas tendas e possuem gado’. E Jubal ‘foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta’ (Gn 4.20,21). Também se emprega o termo no sentido de parentesco espiritual bom ou mau – assim, Deus é o Pai da Humanidade. o diabo é cognominado o pai da mentira (Jo 8.44). Abraão é o pai dos crentes. É igualmente chamado ‘o pai de muitas nações’, porque muitos povos tiveram nele a sua origem. Na idade patriarcal a autoridade do pai na família era absoluta, embora não tivesse o poder de dar a morte a seus filhos (Dt 21.18 a 21).
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pairar
Adejar; esvoaçar sem sair do mesmo lugar; estar iminente; ameaçar. Prorrogar: tornar mais longo um prazo; dilatar um prazo estabelecido, etc.
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paixão
Esta palavra aparece no sentidode sofrer tribulações, quando se trata dos sofrimentos de Jesus Cristo (Getsêmani, o julgamento, a flagelação, a zombaria, e a cruz), nalguns lugares do Novo Testamento (At 1.3 – Hb 2.9 – 1 Pe 1.11 – 4.13). Literalmente, a frase ‘depois de ter padecido’ significa ‘depois de Ele ter sofrido’, fazendo ver na forma intransitiva do verbo que todos os incidentes da traição e da morte de Jesus Cristo se concentraram num só grandioso fato de redenção. S. Paulo não emprega intransitivamente o verbo, embora ele fale dos ‘sofrimentos de Cristo’ (2 Co 1.5 – Fp 3.10 – Cl 1.24) – mas nos últimos escritos do N.T. não são geralmente ativos os verbos sofrer e padecer (Lc 24.46 – At 1.3 – 3.18 – 17.3 – Hb 2.18 – 9.26 – 13.12 – 1 Pe 2.21 – 3.18 – 4.1). Expressões mais limitadas, mas virtualmente equivalentes, notam-se nas referências à morte, crucificação, cruz de Cristo, e de um modo especial à humilhação e ignomínia da cruz, um gênero de morte de que o próprio S. Paulo estava isento na sua qualidade de cidadão romano (Gl 3.13 – Fp 2.8 – cp. com Hb 12.2 e 13.13). Não nos ocupamos neste lugar da interpretação, que se dá à ‘paixão de Jesus Cristo’, mas somente da narração dos acontecimentos. os evangelhos sinópticos demoram-se pouco na significação, mas muito na exposição dos fatos. No mais antigo entre eles, em S. Marcos, cuja narrativa é usada pelos outros dois, anuncia Jesus por três vezes os Seus sofrimentos (Mc 8.31 – 9.31 – 10.33), refere-Se uma vez à morte, como ‘resgate por muitos’ [10.45 ], e uma vez também ao Seu ‘sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos’ (14.24). Todavia, aos acontecimentos, que de um modo imediato têm relação com a cruz, e que não chegaram a encher uma semana, consagra S. Marcos mais que um terço de todo o seu livro. Se a exposição até à última semana era fragmentária, torna-se afinal diária – a maneira vigorosa como é tratado o assunto da Paixão apóia e justifica a concentração que, nos últimos acontecimentos, a igreja primitiva manifesta. Com respeito aos incidentes da Paixão, os fatos, contados nos sinópticos, podem ser resumidamente comparados. (Para o quarto evangelho *veja adiante.) 1. Getsêmani. Na triste emoção de Jesus, Mar- cos põe na descrição um sinal de ‘assombro’, ou de ‘espantosa surpresa’, omitido por Mateus. Lucas notavelmente abrevia esta parte da narrativa, e registra ele só o aparecimento do anjo e a ‘agonia’ (Lc 22.43,44). As pequenas variantes que aparecem na oração para que o cálice da amargura seja afastado, acabando o incidente com a vitoriosa submissão à vontade do Pai, não produzem alteração na substância. 2. A prisão. Marcos não refere palavra alguma de Jesus em resposta ao beijo da traição – Mateus diz ‘amigo, para que vieste?’ – e Lucas narra ‘Judas, com um beijo trais o Filho do homem?’. Nalguns pequenos pormenores a narrativa completa-se, recorrendo aos três autores. 3. A zombaria. os três evangelhos referem-se à zombaria na casa do sumo sacerdote. Em Marcos e Mateus este caso vem exposto em seguida à condenação, em Lucas acha-se antes. Marcos e Mateus falam da flagelação e da zombaria, levadas a efeito pelos soldados de Pilatos. Lucas omite estes fatos, mas apresenta um caso anterior de zombaria, que os soldados de Herodes praticaram. 4. A crucifixão. os sarcasmos do povo, dos magistrados, e dos soldados, junto à cruz, aparecem nas três narrações: segundo Marcos e Mateus, ambos os ladrões crucificados se uniram nas injúrias ao Salvador – mas Lucas descreve o lindo acontecimento do ladrão arrependido. Mateus fala da bebida que por duas vezes foi oferecida a Jesus, revelando esses atos a compaixão dos oferentes: era a costumada bebida estupefaciente (‘vinho com fel’), que era dada aos crucificados, e que Jesus recusou, e, numa esporja, algum vinagre (ou vinho azedo), para aliviar as dores nos últimos instantes de esgotamento. o primeiro destes casos é apresentado por Mateus, como sendo um ato adicional de crueldade (‘vinho com fel’) Lucas menciona o oferecimento do vinagre, como ato de escarnecimento dos soldados, logo que Jesus foi crucificado. 5. As sete palavras na cruz. A provável ordem por que foram as sete palavras proferidas, cotejando os Evangelhos, é a seguinte: (1) ‘Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem’ (Lc 23.34). (2) ‘Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso’ (Lc 23.43). (3) ‘Mulher, eis aí o teu filho!… Eis aí a tua mãe’ (Jo 19.26,27). (4) ‘Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?’ (Mt 27.46 – Mc 15.34). (5) ‘Tenho sede’ (Jo 19.28). (6) ‘Está consumado!’ (Jo 19.30). (7) ‘Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito’ (Lc 23.46). As palavras do quarto evangelho que descrevem a Paixão de Jesus são o produto de uma elevada concepção da pessoa de Cristo. Nota-se menos vigor narrativo na humilhação e sofrimentos humanos de Jesus, e mais tocantes expressões no divino sacrifício daquele que, embora na Sua submissão, permanece Senhor e Rei (Jo 18.6,36 – 19.11).
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palácio
Algumas palavras hebraicas se traduzem por ‘palácio’ ou ‘paço’, na Bíblia. É a habitação do rei, ou uma fortaleza, ou um templo, ou ainda a casa de uma pessoa rica (Ed 6.2 – Ne 1.1 – 1 Cr 29.1 – Sl 45.8). No N.T. aplica-se a palavra palácio de um modo especial à residência do governador romano – era a casa edificada por Herodes, e que é chamada o pretório (Mc 15.16). A habitação do rei Davi foi construída com o auxílio de artífices, que Hirão, rei de Tiro, forneceu (2 Sm 5.11). o mais imponente palácio que Salomão edificou acha-se descrito em 1 Rs 5.8. Há alusões aos tesouros encontrados na casa do rei (1 Rs 14.26 – 15.18 – 2 Rs 14.14, etc.) – e também (Ed 6.2) a um registro ou memória que se encontrou no palácio de Ecbátana, ou Acmeta.
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palal
juiz
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palatável
Aceitável, tolerante, que é grato ao paladar ou gosto.
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palavreado
Conjunto de palavras com pouco ou nenhum nexo e importância.
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palestina
latim: terra dos Filisteus ou peregrinações
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palestina, neguebe, sefelá
A terra dosfilisteus. É propriamente o território da Terra Santa, que foi habitado pelos filisteus. Ficava na costa ocidental de Canaã, estendendo-se desde o rio do Egito, um pouco ao sul de Gaza, até Jope. A palavra Palestina ocorre apenas quatro vezes, sendo traduzidaem outros lugares pelo termo Filístia. No sentido mais moderno, a Palestina ocidental compreendia aquela parte da Síria entre o vale do Jordão, o mar Morto e a costa oriental do Mediterrâneo. A Palestina oriental alargava-se até ao deserto da Síria. o limite setentrional era uma linha traçada alguns quilômetros ao sul de Tiro, até Dã, e daqui pelo sopé do monte Hermom, sempre na direção do oriente, até ao deserto. o limite meridional era o ‘ribeiro do Egito’, o Wady el-Arish, uma corrente de inverno, que leva as águas do Neguebe para o Mediterrâneo, estando uns 65 km ao sul de Gaza. A distância que vai de Dã, ao norte, até Berseba, ao sul, é de 229 Km. o comprimento da Palestina ocidental é calculado em 224 km, sendo aproximadamente de 65 km a largura média do Jordão ao Mediterrâneo. As principais características geográficas do país são: A fértil planície que se estende do norte ao sul, ao longo da praia do Mediterrâneo – o Sefelá, ou terra mais elevada, em ambas as partes do norte e do sul do pais – o interior montanhoso, correndo em todo o comprimento do país, do norte ao sul – o vale do Jordão, compreendendo o rio Jordão, os lagos de Merom e de Tiberíades, e o intensamente salgado mar Morto – o Neguebe, ou a terra do Sul, ao sul da Judéia – e o deserto de Zim, conhecido também pelo nome de Arabá, o qual foi teatro de ação dos israelitas no último ano da sua peregrinação. A planície ocidental estende-se para o sul desde a Fenícia até ao monte Carmelo, um promontório que entra abruptamente pelo mar, e continua depois ao longo do vale florido do Sarom, ainda hoje imensamente fértil, quando a sua cobertura de areia é revolvida por meio de cavas – e a essa planície liga-se, finalmente, a da Filístia, prolongando-se para o interior numa série de pequenos outeiros (o Sefelá) até à base dos montes da Judéia (1 Cr 7.28 – Jr 17.26 – Zc 7.7). os montes da Galiléia (montanhas de Naftali) compõem-se de pedra calcária, são recobertos e tantas vezes escalvados, com inumeráveis fendas e precipícios. Entre estes montes e as montanhas de Samaria está o famoso vale de Jezrael, o qual forma um triângulo irregular, sendo a sua base, o lado oriental, de 24 quilômetros, ficando o vértice perto do mar, nas faldas do monte Carmelo, e junto à foz do rio Quisom (Jz 5.21). Este vale foi o grande campo de batalha da Palestina, teatro de muitas lutas decisivas (*veja Gideão, Saul, Davi, Megido, Josias.) Dominando este notável vale e a planície estão os montes Tabor e Gilboa, e entre as suas cidades eram mais ou menos importantes as de Suném, En-Dor, Caná, Naim e Nazaré. Para o sul do vale de Jezreel levanta-se o monte de Efraim. No meio destes outeiros de Samaria acham-se vales muito férteis, devendo especializar-se o vale de Siquém, entre Ebal e Gerizim. As principais cidades deste distrito eram Samaria, Tirza, Betel e Silo. Mais para o sul ainda se vêem os montes da Judéia. Alcantilados como são, formam um lugar de extrema segurança e poder, um sítio próprio para a fortificação do santuário de Jerusalém. Para o sul da Cidade Santa continua a região montanhosa até Belém – e está ainda entre serras Hebrom (ou Quiriate-Arba), uma das mais antigas cidades do mundo. Foi aqui, em Manre, que Abraão conversou com os anjos. Foi ali, também, em Macpela, um dos conhecidos sítios da Bíblia, que ele foi sepultado. Quarenta quilômetros mais para o sul, em Berseba, acaba a terra montanhosa e começa o deserto, sendo este ponto o limite natural da terra. o deserto de Judá (Jz 1.16) é um território extraordinariamente inculto, ao sul e ao oriente de Jerusalém, prolongando-se pelo lado ocidental do mar Morto. Aqui as rochas duras e alcantiladas abundam em cavernas, que são ocupadas por pequenos grupos de pastores errantes à procura de escassas pastagens. Por estes sítios habitam cabras monteses e os coelhos de rochas. Foram estes lugares o teatro das vagueações de Davi – e em En-Gedi, ao oriente, se encontram numa memorável ocasião Davi e Saul. o vale do Jordão é uma estreita planície, de terreno igual, com 104 km de comprimento, e que é formada de depósitos aluviais, florescendo ali abundantemente a vegetação tropical. No tempo da ceifa (abril), o rio engrossa consideravelmente por motivo do derretimento das neves do Líbano, sendo os animais ferozes obrigados a sair dos seus covis e a procurar mais altos sítios. A sinuosidade do Jordão é tão grande que o seu comprimento é três vezes maior que o do vale pelo qual ele corre. o mar Salgado (o seu nome de mar Morto DATA do segundo século da era cristã) dista 26 quilômetros da cidade de Jerusalém. Sobre as suas tristes e solitárias praias pendem alcantiladas montanhas. A água deste lago é tão salgada que nenhuma forma de vida organizada pode existir ali. Embora receba as águas do Jordão e de muitos ribeiros, a sua grande profundidade (387 metros abaixo do nível do Mediterrâneo) dá-lhe uma temperatura tão alta que as águas desaparecem por efeito de uma evaporação enorme. Chama-se na Escritura o ‘Mar da Planície’ (2 Rs 14.25) – o ‘Mar Salgado’ (Dt 3.17 – Js 3.16 – 12.3) – e o ‘Mar oriental’ (Ez 47.18 – J12.20 – Zc 14.8) – e pelos árabes é cognominado Bahr Lut, o ‘Lago de Ló’. o lago de Tiberíades (Bahr Tubariych), também chamado mar da Galiléia, ou lago de Genesaré, e de Quinerete, acha-se a 208 metros abaixo do nível do Mediterrâneo. Sendo o seu comprimento de 20 km e a sua largura de treze, o curso do lodoso Jordão divisa-se bem nas suas belas e claras águas. Devido à sua posição, abrigado de todos os lados por montes e estando num nível baixo, o calor chega a ser intenso durante o dia, e por isso acontece que violentas tempestades se desencadeiam, quando pela tarde há uma rápida descida de temperatura. o lago é muito piscoso. o lago de Merom (Baheiret el-Hulek) acha-se também, sobre o curso do Jordão, mais perto da sua nascente do que o mar da Ga
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palete
hebraico: casa de fuga
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palha
Esta palavra, em is 5.24 (restolho) e 33.11, significa erva seca. o gado da estrebaria e os cavalos alimentam-se de palha, e da forragem, cortada em verde. os hebreus e os egípcios não davam grande valor à palha inteira. Era usada para alimento dos bois, depois de cortada em pedaços, e misturada com grãos (is 11.7). A palha era também muito empregada na fabricação de tijolos (Êx 5.7), e como combustível) nos fornos de pão. (*veja Forno, Pão, Restolho.)
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palhoça
Cabana coberta de palha
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palmeira
É da tamareira que vamos aquitratar, uma árvore de grande estima e valor no Egito, Palestina e Arábia. Dizem os árabes que a palmeira tem tantos usos quantos são os dias do ano. A sua tâmara foi e é um artigo familiar de alimentação. Na jornada dos filhos de israel pelo deserto destacavam-se as palmeiras de Elim (Êx 15.2l – Nm 33.9). As barracas na festa dos Tabernáculos deviam ser feitas em parte com palmeiras (Lv 23.40). Jericó era conhecida pelo nome de ‘cidade das palmeiras’ (Dt 34.3 – 2 Cr 2S.15 – cp. com Jz 1.16 – 3.13). Débora habitava debaixo das palmeiras, que estavam em ligação com o seu nome (Jz 4.5). As palmas admiravam-se na obra de entalhe do templo de Salomão (1 Rs 6.29, etc.). Com respeito a nomes que a palmeira sugeria, temos Tamar, Baal-Tamar, Hazazom-Tamar. Quando Jesus entrou em Jerusalém, o povo foi ao seu encontro com palmas (Jo 12.13). As referências simbólicas feitas à palmeira mostram que esta árvore era então, como é agora, considerada como tipo de graça e de beleza. Cantares de Salomão (7.7) referem-se à sua elevada estatura – o salmo 92 (12,14) alude à sua verdura, fertilidade, e duração.
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palmira
grego: admiração
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palmo
Medida, que é a extensão da mão aberta, desde a ponta do dedo mínimo, até à do polegar. É equivalente a cerca de 225 milímetros, e geralmente se empregava para cálculos aproximados (Êx 28.16 – Ez 40.43). (*veja Pesos e Medidas.)
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paloma
Pomba
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palpitante
De interesse atual; que está na ordem do dia.
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palrador
Tagarela
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palt
hebraico: libertado por Deus
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palti
livramento de Jeová
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paltiel
livramento de Deus
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palú
distinguido, notável
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pamela
Doçura, muito doce
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panague
hebraico: doce
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pândega
vadiagem
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panfilia
Província romana ao sul da Ásia Menor, ficando a Cilicia ao oriente, a Lícia ao sudoeste, a Pisídia ao norte, e o mar Mediterrâneo ao sul. o seu comprimento era de 128 km, sendo a sua largura de 32 km aproximadamente. A grande ilha de Chipre fica em frente da sua costa, e o mar entre o continente e a ilha chama-se mar da Panfília (cp. com At 27.5). o país era de terreno plano, entre o mar e a cordilheira de Tauro. No ano 74 (d.C.) a Lícia estava unida ao governo da Panfllia. A sua principal cidade, Perga, estava perto do rio Cestro. Paulo e Barnabé tinham navegado pelo rio, depois de, vindo de Chipre, terem atravessado o mar. Foi aqui que João Marcos os deixou (At 13.13 – 15.38). Pregaram aqueles apóstolos ali, quando voltaram da sua viagem (14.24), indo embarcar no porto de Atália, também na Panfília, e supõe-se que tinham uma sinagoga em Perge (At 2.10).
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pano de saco
Tecido grosseiro, de cor escura, em geral de pêlos de cabra. Era usado como roupa sobretudo em período de luto ou de protesto social. Símbolo de tristeza e de luto.
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pão
Em todos os tempos, mesmo nos maisremotos, foi o pão o principal alimento dos hebreus. Trigo e cevada, ou em separado, ou juntamente com outros grãos ou legumes, eram triturados ou pisados no pilão – misturava-se depois a farinha, com água, podendo deitar-se-lhe um pouco de sal, e por fim era cozida. Mais tarde começou a usar-se o fermento e substâncias aromáticas. Para fazer pão, amassava-se a farinha em gamelas, com as mãos ou com os pés, como os árabes ainda hoje fazem (Gn 18.6). A amassadura era, algumas vezes, feita numa peça circular de couro, que facilmente podia ser levantada e levada de terra em terra, como convinha a um povo nômade. Davam, às vezes, ao pão a forma de um bolo muito delgado, outras vezes tinha a espessura de um dedo. o processo de cozer o pão era rápido. Todas as manhãs era moído o trigo, e até se fazer o pão decorriam vinte minutos. Este era o pão asmo, que somente se usava em caso de necessidade (Gn 19.3), ou para fins cerimoniais. o pão fermentado requeria mais tempo, por causa da fermentação. Um pouco de massa do dia anterior era dissolvida em água, e com isto se misturava a farinha, sendo depois tudo bem amassado. Esperava-se, então, que a massa estivesse completamente levedada. o A.T. refere-se a três diferentes métodos de cozer o pão. Em 1 Rs 19.6 lê-se: ‘olhou ele e viu, junto à cabeceira um pão cozido sobre pedras em brasa.’ Este é, ainda hoje, o processo seguido pelos árabes. Sobre lajes acendia-se o lume com palha, ramos secos, e esterco de camelo. Quando a pedra estava bem quente, as cinzas eram removidas, sendo depois os bolos da massa postos sobre as pedras quentes, e as cinzas trazidas outra vez para o seu lugar. Passados alguns minutos, eram as cinzas novamente retiradas mas simplesmente pelo tempo necessário para se voltar o pão. Nas cidades havia padarias, havendo uma classe de padeiros profissionais. Mas geralmente possuía cada casa o seu próprio forno, que era um grande vaso de barro, no fundo do qual se acendia o lume. Quando estava aquecido, os pães era cozidos tanto na parte interior como na parte exterior daquele fogão. Nas pequenas povoações fazia-se uma cova no chão, revestindo-se o fundo e as paredes com uma camada de barro, a qual, com o fogo, se tornava dura e macia – a parte mais baixa oferecia boas condições de aquecimento para receber a massa para o pão. Em geral eram as mulheres que se ocupavam neste trabalho, mas os profissionais eram sempre homens. Em Jerusalém havia um bairro onde se fabricava o pão (Jr 37.21). (*veja Pão asmo.)
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pao asmo
Este pão é feito somente de farinha e água, sem fermento, e cozido em porções de pequena espessura. Para se comer não deve ser cortado, mas partido com os dedos. (Mt 14.19.) (*veja Cozinhar, Forno.)
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pão da proposição
o pão da proposição constava de doze pães (um para cada uma das doze tribos), que eram apresentados quentes cada sábado, e colocados na mesa de ouro do Tabernáculo (Êx 25.30). Era uma oferta de ação de graças, e o seu nome provinha de ser posto esse pão continuamente diante da face do Senhor. Aqueles pães só podiam ser comidos legitimamente pelos sacerdotes, e unicamente no pátio do lugar santo (Lv 24.9). Todavia, uma exceção foi feita por Aimeleque, quando ele deu a Davi e aos seus companheiros os pães da proposição, que tinham sido retirados de diante do Senhor (1 Sm 21.1 a 6 – Mt 12.4).
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paola
Pequena
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paolo
Pequeno
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papiro, junco
l. os egípcios, em tempos muito remotos, empregavam para escrever uma substância que até certo ponto se assemelhava ao papel, e se chamava papiro. Este nome era derivado da haste da cana do papiro, uma planta que se encontra nos rios e lagos do Egito e da Palestina. o processo de manufatura era fácil, embora fosse aborrecido. Quando a casca exterior era tirada da cana, a entrecasca era cortada em partes muito delgadas. Estas eram, então, colocadas ao lado umas das outras sobre uma mesa, e cuidadosamente unidas e alisadas, aderindo inteiramente depois de serem umedecidas com cola e água, e postas numa prensa. Cada folha era composta de duas camadas, uma em que as tiras corriam horizontalmente, sendo a outra formada de tiras cruzadas com as primeiras. Depois secavam-se as folhas ao sol, eram polidas as superfícies, ficando então preparadas para se escrever sobre elas. Para cartas e pequenos documentos era suficiente uma simples folha – mas quando se tratava de uma obra grande, eram várias folhas grudadas. Quando isaías fala dos prados (noutras versões ‘cana para papel’), refere-se à aparência do papiro – e a passagem em 2 Jo 12 é uma referência a uma certa folha, que se fabricava para escrever. Grandes quantidades de documentos particulares, oficiais e literários, escritos sobre papiro, têm sido descobertas no Egito, nos últimos anos, lançando grande luz sobre os costumes e linguagem dos egípcios desde o ano 500 (a.C.), pouco mais ou menos, até 600 (A.D.). 2. Do nome papiro deriva-se a nossa palavra papel. A altura desse junco ou cana das lagoas do Egito é de 3,5 metros a 4,5 metros. Como a haste é flexível, emprega-se na fabricação de cordas, cestos, etc. Que os caules se podem entrelaçar muito bem, deduz-se de ser feito dessa planta o berço em que Moisés foi exposto, e até embarcações de certa grandeza se faziam com esse junco, as quais serviam para armazenar gêneros. A passagem de Jeremias (15.16) talvez tenha a sua explicação no fato de serem as sumarentas raízes empregadas na alimentação, e de servir a parte superior da haste para nela se escrever depois da devida preparação. (*veja Livro.) Em isaías (58.5), bem como em Mateus (11.7), há uma referência clara a determinada cana, muito alta, que cresce livremente no país, e que se curva pela ação de uma forte ventania, levantando-se logo que cesse a pressão.
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parã
Parã é, ordinariamente, identificada com a moderna El-Tih, a região montanhosa e despovoada que atravessa a península do Sinai, desde o Wady Feirun ao sul, seguindo na direção do norte, até à Palestina. Parã foi a pátria de ismael (Gn 21.21), e teatro das errantes jornadas dos israelitas (Nm 10.12 – 12.16 – 13.3,26 – Dt 1.1 – 33.2 – Hc 3.3). Davi residiu no deserto de Parã depois da morte de Saul (1 Sm 25.1, a não ser que esteja Parã por Maom) – e Hadade procurou segurança em sítios fortificados, quando fugia de Salomão (1 Rs 11.18).
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parábola
É uma narrativa, imaginada ouverdadeira, que se apresenta com o fim de ensinar uma verdade. Difere do provérbio neste ponto: não é a sua apresentação tão concentrada como a daquele, contém mais pormenores, exigindo menor esforço mental para se compreender. E difere da alegoria, porque esta personifica atributos e as próprias qualidades, ao passo que a parábola nos faz ver as pessoas na sua maneira de proceder e de viver. E também difere da fábula, visto como aquela se limita ao que é humano e possível. No A.T. a narração de Jotào (Jz 9.8 a 15) é mais uma fábula do que uma parábola, mas a de Natã (2 Sm 12.1 a 4), e a de Joabe (14.5 a 7) são verdadeiros exemplos. Em is 5.1 a 6 temos a semi- parábola da vinha, e, em 28.24 a 28, a de várias operações da agricultura. o emprego contínuo que Jesus fez das parábolas está em perfeita concordância com o método de ensino ministrado ao povo no templo e na sinagoga. os escribas e os doutores da Lei faziam grande uso das parábolas e da linguagem figurada, para ilustração das suas homílias. Tais eram os Hagadote dos livros rabínicos. A parábola tantas vezes aproveitada por Jesus, no Seu ministério (Mc 4.34), servia para esclarecer os Seus ensinamentos, referindo-se à vida comum e aos interesses humanos, para patentear a natureza do Seu reino, e para experimentar a disposição dos Seus ouvintes (Mt 21.45 – Lc 20.19). As parábolas do Salvador diferem muito umas das outras. Algumas são breves e mais difíceis de compreender. Algumas ensinam uma simples lição moral, outras uma profunda verdade espiritual. Neander classificou as parábolas do Evangelho, tendo em consideração as verdades nelas ensinadas e a sua conexão com o reino de Jesus Cristo.
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paradoxo
Conceito que é ou parece contrário ao comum; contra-senso, absurdo.
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paraiso
Esta palavra é de origem persa, significando um jardim, um parque, um recinto. Encontra-se somente no N.T., como o Éden restaurado onde os salvos ressuscitados e glorificados habitarão após o milênio (Lc. 23.42, 2 Co. 12.4 e Ap 2.7). A palavra acha-se em Neemias (2.8) a respeito das ‘matas do rei’, e em Cantares como ‘pomar’ (4.13). (*veja Eden.)
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paralisia
É uma doença do sistema nervoso, em parte ou no todo, produzida por qualquer dano mecânico da região espinhal, ou por mal do cérebro. Nalguns casos a paralisia depende de causas transitórias, suscetíveis de remédio. Mais freqüentemente, porém, se manifesta uma perda de função, de maneira que a pessoa que se diz estar paralítica, fica permanentemente inválida pelo fato de, em geral, não poder mover-se de qualquer maneira. Estava, evidentemente, neste caso aquele que foi levado por quatro homens à casa, onde estava Cristo en Cafarnaum (Mt 9 – Mc 2 – Lc 5) – porquanto o termo especial que Lucas emprega é a própria palavra grega para a declarada paralisia por doença. Mas não é necessário supor que a doença desse homem era a direta conseqüência dalgum especial pecado, como também no caso do homem inválido que estava junto ao poço de Betesda. o caráter miraculoso da cura se mostra pela rapidez com que foi realizada, de forma que o enfermo não só ficou livre da sua enfermidade, mas foram-lhe restauradas as forças, podendo já transportar o leito em que estava deitado. o caso do criado do centurião era o de uma paralisia progressiva, acompanhada de espasmos musculares (Mt 8.6 – Lc 7.2), com grandes dores e iminente perigo de vida. Pensam alguns críticos que o doente de Betesda (Jo 5.2 a 9), e a mulher mencionada por Lucas (13.11 a 17), eram casos de paralisia, mas esta maneira de ver não tem grande apoio.
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paramentado
Vestes sacerdotais; vestes ornamentadas
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parâmetro
Padrão, escalão.
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parapeito
(Dt 22.8). impedimento. Muroconstruído em volta do eirado de uma casa oriental, com o fim de evitar quaisquer desastres, visto que o alto da casa serve de jardim no oriente – e era, também, para separar os telhados, embora não fosse difícil passar de um para o outro. É, também, usado na fortificação de uma cidade (Jr 5.10).
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parbar
subúrbio
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parcialidade
Qualidade de parcial; partidário de alguém; sectário.
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pardal
No salmo 84.3, a palavra traduzida por ‘pardal’, usa-se em geral para indicar simplesmente uma ‘ave’, ainda que nesse exemplo parece haver referência a uma particular espécie. Há diversas variedades de pardais no oriente, de brilhantes cores, sendo de pequena importância. o pardal do paúl encontra-se no vale do Jordão – e ao oriente do mar Morto há outra variedade, o ‘pardal moabita’ (Mt 10.29,31 – Le 12.6,7).
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parede da separação
Na epístola aos Efésios (2.14), a obra de Cristo, formando dos dois povos, judeus e gentios, um único povo, de maneira que os pagãos pudessem gozar de todos os privilégios da comunidade de israel, é expressa nestas palavras simbólicas: ‘…tendo derrubado a parede da separação que estava no meio.’ Há, aqui, uma referência à balaustrada do templo, que separava o átrio exterior dos gentios do de israel. Esta barreira, com os avisos escritos, acha-se descrita por Josefo (Guerras *veja *veja2). Um desses avisos (em grego) foi descoberto em 1871, e agora está em Constantinopla. É nestes termos: ‘Nenhum estrangeiro deve entrar dentro do recinto do templo. Todo aquele que for ali apanhado deve atribuir a si próprio a culpa, cuja conseqüência é a morte.’ Paulo foi falsamente acusado de ter desprezado esta disposição (At 21.28,29).
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parente
No A.T. usa-se principalmente esta palavra para significar as pessoas mais próximas pelo sangue, com certas obrigações, como bem se acha explicado no livro de Rute (caps. 2 a 4). No N.T. o termo tem uma significação mais lata, abrangendo os membros da mesma raça (Rm 9.3).
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parentela
Parentes considerados em conjunto.
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pares
Iguais, semelhantes parceiros.
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parmasta
principal, mão forte
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parmenas
grego: firme, fiel, que permanece
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pármenes
aquele que fica
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parna
grego: muito ágil
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parnaque
delicado
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pároco
Presbítero que é o “pastor próprio da paróquia que lhe é confiada”.
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parola
Tagarelar
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parós
pulga
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parsandata
persa: nascimento nobre
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parsim
aramaico: plural de Mene, acabou o teu reino
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parteira
Pessoa que ajuda no nascimento de um nenê (Gn 35.17).
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partícipe
Participante.
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partos
Um grande império da antigüidade, que se levantou das ruínas do da Pérsia (256 a.C.), e sustentou uma persistente luta com os romanos. o país estendia-se desde a india até ao Tigre e desde o deserto de Corasmiã até às praias do oceano Meridional. os partos eram uma nação de guerreiros, constituindo o único poder que ali pôde resistir às armas dos romanos. Tinham os seus exércitos de cavaleiros, que combatiam principalmente com a seta. A sua habilidade em domar os cavalos e em usar o arco era tal que se tornavam temidos, sendo proverbial o ‘golpe dos partos’, isto é, o seu método de mortalmente ferir, enquanto simulavam a retirada. Durou cinco séculos o império dos partos – ao fim deste tempo Artaxerxes, filho de Sassã, à frente dos persas, conseguiu restaurar o império pérsico (226 a.C.). A Pártia faz ainda parte da Pérsia, mas é pobre e tem poucos habitantes. Tudo o que resta da sua primitiva grandeza são as ruínas de várias cidades. Somente em At 2.9 se faz menção dos partos.
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paruá
florescente
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parusia
Em grego, “presença, vinda”. Emprega-se em sentido escatológico para expressar o retorno de Cristo no final dos tempos. No NT se utiliza a palavra em contexto de alegria, pois anuncia a vinda e a presença do Senhor consumando a história. O anelo da parusia é um elemento importante da vida cristã (cf. Mt 24,3.27.37.39; 1Cor 15,23; 1Ts 2,19; 3,13; 4,15; 2Ts 2,1; 2Pd 1,16).
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parvaim
mesmo que Ofir; regiões orientais
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parvoíce
Tolice, cretinice.
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pas-damim
grego: costa de Damim
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pasa
hebraico: rasgado
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pasaque
aquele que reparte
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pascal
Nascido na páscoa
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paschoa
Nascido na páscoa
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paschoal
Nascido na páscoa
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páscoa
É a festa instituída em lembrança da morte dos primogênitos do Egito e da libertação dos israelitas. o seu nome deriva de uma palavra hebraica, que significa a passagem do anjo exterminador, sendo poupadas as habitações dos israelitas, cujas portas tinham sido aspergidas com o sangue do cordeiro pascal (Êx 12.11 a 27). Chama-se ‘a Páscoa do Senhor’ (Êx 12.11,27) – a ‘festa dos pães asmos’ (Lv 23.6 – Lc 22.1) – os ‘dias dos pães asmos’ (At 12.3 – 20.6). A palavra Páscoa é aplicada não somente à festa no seu todo, mas também ao cordeiro pascal, e à refeição preparada para essa ocasião solene (Lc 22.7 – 1 Co 5.7 – Mt 26.18,19 – Hb 11.28). Na sua instituição, a maneira de observar a Páscoa era da seguinte forma: o mês da saída do Egito (nisã-abibe) devia ser o primeiro mês do ano sagrado ou eclesiástico – e no décimo-quarto dia desse mês, entre as tardes, isto é, entre a declinação do sol e o seu ocaso, deviam os israelitas matar o cordeiro pascal, e abster-se de pão fermentado. No dia seguinte, o 15º, a contar desde as 6 horas da tarde anterior, principiava a grande festa da Páscoa, que durava sete dias – mas somente o primeiro e o sétimo dias eram particularmente solenes. o cordeiro morto devia ser sem defeito, macho, e do primeiro ano. Quando não fosse encontrado cordeiro, podiam os israelitas matar um cabrito. Naquela mesma noite devia ser comido o cordeiro, assado, com pão asmo, e uma salada de ervas amargas, não devendo, além disso, serem quebrados os ossos. Se alguma coisa ficava para o dia seguinte, era queimada. os que comiam a Páscoa precisavam estar na atitude de viajantes, cingidos os lombos, tendo os pés calçados, com os cajados nas mãos, alimentando-se apressadamente. Durante os oito dias da Páscoa, não deviam fazer uso de pão levedado, embora fosse permitido preparar comida, sendo isto, contudo, proibido no sábado (Êx 12). A Páscoa era uma das três festas em que todos os varões haviam de ‘aparecer diante do Senhor’ (Êx 23.14 a 17). Era tão rigorosa a obrigação de guardar a Páscoa, que todo aquele que a não cumprisse seria condenado à morte (Nm 9.13) – mas aqueles que tinham qualquer impedimento legítimo, como jornada, doença ou impureza, tinham que adiar a sua celebração até ao segundo mês do ano eclesiástico, o 14º dia do mês iyyar (abril e maio). Vemos um exemplo disto no tempo de Ezequias (2 Cr 30.2,3). Ulteriores modificações incluíam a oferta do ômer, ou do primeiro feixe da colheita (Lv 23.10 a 14), bem como as instruções a respeito de serem oferecidos especiais sacrifícios em todos os dias da semana festiva (Nm 28.16 a 25), e a ordem para que os cordeiros pascais fossem mortos no santuário nacional e o sangue aspergido sobre o altar, em vez de ser sobre os caixilhos e umbrais das portas (Dt 16.1 a 6). ‘À tarde, ao pôr do sol’ (querendo isto, talvez, dizer na ocasião do crepúsculo, ou então entre as três e seis horas), eram mortos os cordeiros, sendo postos de parte a gordura e o sangue. A refeição era, então, servida em conformidade com a sua original instituição. Na mesma noite, depois de ter começado o dia 15 de nisã, era a gordura queimada pelo sacerdote, e o sangue derramado sobre o altar (2 Cr 30.16 – 35.11). Nesse dia 15, passada já a noite, havia o ajuntamento da congregação, durante o qual nenhuma obra desnecessária podia ser feita (Êx 12.16). No dia seguinte, era oferecido o primeiro molho da colheita, e agitado pelo sacerdote diante do Senhor, sendo igualmente sacrificado um cordeiro macho, em holocausto, com oferta de margares e bebida. os dias entre o primeiro e o sétimo eram de quietude, a não ser que houvesse sacrifícios pelo pecado, ou fosse prescrita a liberdade de alguma espécie de trabalho. o dia 21 do mês de nisã, e o último dia da festa, era novamente de santa convocação (Dt 16.8). Devia prevalecer em todos um ânimo alegre durante os dias festivos (Dt 27.7). No tempo de Jesus Cristo, como a festividade com os sacrifícios acessórios só podia efetuar-se em Jerusalém, de toda parte concorria tanta gente, que não era possível acomodar-se toda dentro dos muros da cidade. Foi esta a razão que os magistrados apresentavam para que Jesus não fosse preso, pois receavam algum tumulto da parte da multidão, que se achava em Jerusalém para a celebração da Páscoa (Mt 26.5). Durante a semana da Páscoa (a 16 do mês de abril), era oferecido um feixe, formado dos primeiros frutos da colheita da cevada, com um sacrifício particular (Lv 23.9 a 14). No aniversário deste dia levantou-Se Jesus Cristo dentre os mortos, e o apóstolo Paulo pode ter tido este fato em vista, quando, falando da ressurreição do Redentor, ele disse: ‘Sendo ele as primícias dos que dormem’ (1 Co 15.20). A guarda da Páscoa é várias vezes mencionada: quando foi instituída (Êx 12.28,50) – no deserto do Sinai (Nm 9.3 a 5) – e nas planícies de Jericó ao entrarem os israelitas na terra de Canaã (Js 5.10,11). E também a Bíblia refere que foi celebrada a Páscoa por Ezequias e alguns do povo (2 Cr 30) – por Josias (2 Rs 23.21 a 23 – 2 Cr 35.1,18,19) – depois da volta do cativeiro (Ed 6.19 a 22) – e por Jesus Cristo (Mt 26.17 a 20 – Lc 22.15 – Jo 2.13,23). (*veja Festa (dias de), Ceia do Senhor.)
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pascoal
Nascido na páscoa
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pasea
hebraico: coxo
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paséia
coxo
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pasmar
Sentir espanto; admiração
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passadiço
Passagem externa que liga dois edifícios
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pastor
os pastores no oriente passam uma vida solitária. Eles vagueiam por lugares muito distantes das habitações, à procura de pastagens, e têm de proteger os seus rebanhos de dia e de noite. o pastor, logo de manhã, faz sair as ovelhas do seu aprisco de ligeira construção, e chamando-as as conduz – elas seguem-no ‘porque lhe reconhecem a voz’ (Jo 10.1 a 5). As ovelhas vão atrás do seu guardador, e como que o cercam às vezes com sua confiança naquele que as protege do terrível lobo. A água é objeto de grandes cuidados da parte do pastor. É por isso que os poços, como o de Berseba, e os ribeiros, são grandes recursos e centros de pastagens (Sl 23.2). À hora do meio-dia é costume dar de beber aos animais. No fato narrado em Gn 29, o principal incidente é a remoção da pedra de cima do poço, para que o rebanho de Raquel possa beber. Essa pesada pedra tinha ali sido colocada como proteção contra o pó e a areia. Mais tarde Moisés prestou ajuda semelhante às filhas de Jetro, deitando água nos bebedouros para as ovelhas. Até hoje é o poço geralmente o lugar de reunião no oriente. (*veja Poço.) Se acontece desgarrar-se uma ovelha do rebanho, é dever do pastor procurá-la até a encontrar (Ez 34.12 – Lc 15.4). os objetos que ordinariamente constituíam o equipamento do pastor eram um grande cajado, um curto e grosso bordão, e uma funda. À tarde, quando o pastor leva o rebanho para o aprisco, obriga as ovelhas a passar debaixo de uma vara, pela porta, observando cada animal que passa ao alcance da mão (Lv 27.32 – Jr 33.13 – Ez 20.37). Cumprindo a sua missão durante o dia, ainda tem que vigiar o rebanho durante a noite (Jo 10.3). o terno cuidado do pastor pelas ovelhas se patenteia na maneira como presta atenção aos fracos e enfermos membros do redil a seu cargo (Gn 33.13 – is 40.11). As relações entre Deus e o seu povo são assemelhadas às que existem entre o pastor e as suas ovelhas (Sl 23.1 – 80.1 – vejam-se as passagens messiânicas is 40.11 – Zc 13.7). Jesus a Si mesmo Se chama ‘o bom Pastor’ (Jo 10.11 – cp. com Hb 13.20 – 1 Pe 2.25). (*veja ovelhas).
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pasur
1. Filho de imer, e chefe de umafamília de sacerdotes em Jerusalém (Jr 20.1). imer era o principal da décima-sexta turma de sacerdotes (1 Cr 24.14). Ele prendeu a Jeremias, e meteu-o no cepo, junto à porta de Beqjamim, recebendo do ultrajado profeta o nome de Magor-Missabibe (Terror por todos os lados). Jeremias também predisse que ele e sua família haviam de morrer no cativeiro de Babilônia. Pasur parece ter desempenhado o oflcio de profeta (Jr 20.6). 2. outro chefe de uma família sacerdotal, e príncipe de Judá (1 Cr 9.12 – Ne 11.12 – Jr 21.1). Este também perseguiu a Jeremias – e quando o profeta profetizou desastres (Jr 38.1), aconselhou o rei a que o mandasse matar. 3. Pai de Gedalias, que se uniu a Pasur (2) para perseguir Jeremias (Jr 38.1). 4. Chefe de uma família sacerdotal que voltou com Zorobabel (Ed 2.38 – 10.22 – Ne 7.41). É possível que seja o mesmo que Pasur (1). 5. Sacerdote que selou o pacto (Ne 10.3), se não for o nome da casa de Pasur (1).
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pátara
Cidade da costa da Lícia, 64 kmao ocidente de Mira. Paulo partiu deste porto em navio, quando se dirigia a Jerusalém nos fins da sua terceira viagem missionária (At 21.1,2). Em Pátara havia um famoso oráculo de Apolo – e embora fosseem outro tempo povoação de considerável importância, e até sede de um bispado, é hoje apenas um lugar de ruínas, que estão desaparecendo pouco a pouco na areia.
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pateaste
Reprovar
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patente
Evidente; manifesto
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pátio
Esta palavra era geralmente aplicada ao recinto do tabernáculo e do templo. Em Mt 26.69: ‘Estava Pedro assentado fora no pátio’, há referência à parte quadrangular, no centro do palácio do sumo sacerdote. Não era na sala onde estava sendo julgado o Salvador. (*veja também Mc 14.66 – 15.16 – e Jo 18.15.)
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patmos
Pequena ilha rochosa no mar Egeu, situada a sudoeste de Éfeso (Ap 1.9). Tem cerca de 29 km de circunferência, e por causa do seu aspecto triste serviu, por determinação dos imperadores romanos, de lugar de detenção para criminosos. Para esta ilha foi desterrado S. João por ordem do imperador Domiciano – e foi ali que ele recebeu a revelação, descrita no livro do Apocalipse.
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patriarca
-Pai de uma família ou chefe de uma tribo ou raça; antepassado dos israelitas (Hb 7.4).
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patriarcas
Príncipes, chefes de família ou de tribos. o termo foi aplicado com um sentido especial no N.T. a Abraão, isaque, Jacó, aos filhos de Jacó, e a Davi (At 2.29 – 7.8,9 – Hb 7.4). No A.T. a expressão equivalente é em geral ‘príncipe da tribo’. Mas o título é, ordinariamente, dado àqueles que viveram antes do tempo de Moisés. Sob o regime patriarcal o pai de família, ou chefe de tribo, tinha autoridade suprema sobre os seus filhos e servos. Ele não tinha que dar contas dos seus atos a qualquer superior terrestre, e por isso podia recompensar ou castigar, segundo a sua maneira de ver. Encontra-se isto inteiramente exemplificado nas vidas de Abraão, isaque e Jacó. Cada um exercia a sua autoridade com poder absoluto, e, como nos casos de israel, Esaú, Jacó, Simeão e Levi, procediam os patriarcas mais segundo os seus sentimentos pessoais do que em virtude de qualquer estabelecido código de leis. É claro que, na proporção em que os patriarcas possuíam o temor de Deus, o seu governo havia de exercer-se com justiça e bondade – mas onde faltava esse sentimento religioso, haveria opressão, violência e injustiça.
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patricia
Aquela que pertence à Pátria
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patrício
latim: conterrâneo
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patrick
Aquele que pertence à Pátria
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pátrobas
que deve a vida ao pai
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patrobnas
grego: paternal
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patros
Palavra egípcia, com a significação de Terra do Sul – a parte setentrional do alto Egito, e a Tebaida dos gregos. Estendia-se desde alguns quilômetros ao sul de Mênfis até Siena na primeira catarata. Recentes descobertas de papiro têm confirmado a existência de judeus em Siena, no sexto século antes de Cristo. o profeta Jeremias incuía os judeus, habitantes de Patros, na condenação que ele pronunciou contra ‘todos os judeus, moradores da terra do Egito’ (Jr 44.1), por causa das suas inclinações idólatras. Ezequiel menciona Patros, quando fala da volta dos egípcios cativos (Ez 29.14 – 30.14). isaías profetizou que os judeus haviam de voltar do ‘Egito, de Patros, da Etiópia’ (is 11.11).
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patrusim
hebraico: habitantes de Patros
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pau
hebraico: balido ou gritando
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paula
Baixa estatura, pequena
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paulete
Baixa estatura, pequena
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paulina
Relativo ao texto das epístolas escritas pelo apóstolo Paulo.
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paulo
Pequeno. Paulo é o nome romano de Saulo de Tarso, que pela primeira vez se lê em At (13.9), quando ele resistiu a Elimas, o feiticeiro, principiando nessa ocasião o seu trabalho gentílico na corte de Sérgio Paulo. Pode presumir-se que ele já era assim chamado nas suas relações com os gentios – mas depois deste incidente é sempre esse nome que o Apóstolo tem nos Atos e nas suas epístolas. o nascimento e família do futuro apóstolo habilitaram-no a chamar-se a si próprio ‘hebreu de hebreus’. Era de puro sangue judaico, da tribo de Benjamim (Rm 11.1 – Fp 3.5) – e nasceu em Tarso, na Cilícia (At 9.11 – 21.39 – 22.3), pelo ano 2 antes de Cristo, quando estava no seu auge o poder do imperador romano César Augusto. A sua educação foi caracteristicamente judaica. Quando rapaz, foi mandado para Jerusalém a fim de ser instruído por Gamaliel ‘segundo a exatidão da lei de nossos antepassados’, dizia ele (At 22.3). Tanto Gamaliel, como a própria família de Paulo, pertenciam à seita dos fariseus. Do seu mestre, pois, era natural que Paulo obtivesse um firme conhecimento da doutrina da ressurreição (At 23.6 – 26.5 – Fp 3.5). Com Gamaliel aprendeu ele, também, aquelas estreitas doutrinas do farisaísmo, ‘sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais’ (Gl 1.14). Além disto, sabia Paulo a arte de fazer tendas (At 20.34 – 1 Ts 2.9). Como Tarso era, naquele tempo, notável centro de instrução, quase tão célebre como Atenas ou Alexandria, foi ali, sem dúvida, que Paulo estudou os antigos poemas e a filosofia do tempo – e isso se deduz de algumas citações que ele faz (At 17.28 – 1 Co 15.35 – Tt 1.12). A erudição de Paulo era, desta forma, notável. Pela sua cultura estava ele em contato com o mundo grego – pelos seus privilégios de cidadão estava ele em contato político com o mundo romano – e pelo fato de que essa prerrogativa de cidadão romano era hereditária, tinha por conseqüência a sua família vantagens sociais. os seus parentes estavam muito espalhados, porque alguns deles viviam em Jerusalém (At 23.16), e outros, segundo uma certa interpretação, em Roma (Rm 16.11), os quais tinham aceitado o Cristianismo antes dele (Rm 16.7). Paulo é mencionado pela primeira vez nos Atos dos Apóstolos, na descrição que ali se faz do apedrejamento de Estêvão. Embora ele não apedrejasse, é certo que esteve guardando as vestes dos que estavam praticando o ato (At 7. 58 a 60 – 8.1). Foi um incidente que manifestamente deixou profunda impressão no seu espírito (At 22.20). Paulo entrou abertamente na obra da perseguição. E neste seu procedimento julgava ele que estava trabalhando para Deus, segundo as tradições de seus pais (At 22.3 – 26.9 – Gl 1.14). Pouco tempo depois Jerusalém já não era campo suficiente para o seu zelo, pois que os cristãos que ali viviam estavam, ou na prisão, ou escondidos, ou em fuga (At 9.1,2). Com probabilidade se pode dizer que Paulo foi eleito membro do Sinédrio, depois da morte de Estêvão, se ele já não o era. Como ele mesmo disse, não só exercia o poder de lançar na prisão, por missão daquele tribunal, mas também dava o seu voto quando matavam os cristãos (At 26.10). A morte de Estêvão trouxe em conseqüência a conversão de Paulo. Naquela sua missão de servir a Deus, como ele supunha, tomou o caminho de Damasco. Foi então, quando se dirigia para aquela cidade, que o perseguidor se transformou em discípulo de Jesus Cristo. o zelo que tinha mostrado contra o Cristianismo se mudou em apoio e auxílio aos perseguidos. o miraculoso acontecimento acha-se narrado por Lucas (At 9.1 a 19), e por Paulo nos seus discursos feitos ao povo de Jerusalém, depois da sua prisão (At 2L4 a 16) – e mais tarde na presença de Agripa e de Festo em Cesaréia (At 26.10 a 18). o primeiro efeito do milagre foi o alívio que tiveram os cristãos de Damasco. Era bem conhecido o fim da sua ida àquela cidade – e o terror, que inspirava aquele fariseu, pode deduzir-se da relutância de Ananias em aproximar-se dele (At 9.13,14), e da incredulidade dos discípulos, quando Saulo lhes apareceu como correligionário nas sinagogas (At 9.21). A cegueira de Paulo e a sua inquietação, que Lucas nota nos Atos (9.18,19), foram uma preparação para a visita de Ananias e para nova revelação da vontade de Deus. Dignas de nota, também, são as palavras dirigidas a Ananias ‘pois ele está orando’ (At 9.11).Elas nos mostram o homem que tinha por hábito levantar o pensamento a Deus, nos atos da sua vida (At 16.25 – 20.36 – 21.5). As próprias palavras de Paulo nos fazem ver isso mesmo (Gl 1.16,17). A natureza da revelação do Senhor a Paulo é por ele explicada. É evidente que não se trata de uma mera impressão na sua alma durante qualquer arrebatamento. Ele sentiu a visível presença de Jesus Cristo. isto é sustentado em várias passagens, quer de uma forma positiva, quer incidentalmente. Na sua primeira epístola aos Coríntios, quando ele sustenta a validade do seu próprio apostolado, ele argumenta assim: ‘Não sou apóstolo? Não vi a Jesus, nosso Senhor?’ (1 Co 9.1). E quando ele aduz, para prova, a verdade da ressurreição, o seu argumento é: ‘E apareceu a Cefas… depois foi visto por Tiago … e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo’ (1 Co 15.5 a 8). Significativas são também, as palavras de Ananias: ‘Saulo, irmão, o Senhor me enviou, a saber, o próprio Jesus que te apareceu no caminho por onde vinhas’ (At 9.17 – cp. com At 22.14). o direto e imediato caráter da sua chamada, sem a intervenção de qualquer agência humana, é outro ponto sobre o qual o próprio Paulo insistia muito, no decurso da sua vida apostólica. ‘Chamado para ser apóstolo’, ‘apostolo pela vontade de Deus’ (Rm 1.1 – 1Co 1.1 – 2Co 1.1 – Ef 1.1 – Cl l.1), são expressões que não usam os outros apóstolos, e com as quais Paulo se descreve a si próprio, quando a sua autoridade estava em perigo de ser contestada. Paulo foi aliviado da cegueira, de que tinha sido ferido por motivo da visão, pela oração de Ananias (At 9.18) – e, com a abertura dos seus olhos, nasceu na sua alma uma completa submissão à vontade de Deus, e o desejo de ser ‘Sua testemunha diante de todos os homens’ (At 22.14, 15). Foi batizado, e
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paulo, sérgio
Era o procônsul de Chipre, quando Paulo visitou a ilha (At 13.7). É apresentado como homem prudente, com vontade de ouvir a mensagem apostólica, embora Elimas procurasse ‘afastar da fé o procônsul’ (At 13.8). o castigo que caiu sobre Elimas parece ter contribuído para a conversão de Sérgio Paulo (At 13.12).
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pautal
hebraico: obra do Senhor
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paveias
Feixe de palhas
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pavês
Escudo grande
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paveses
Escudo grande
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pavilhão
Tenda; construção
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pavimento
o pavimento mencionado em João (19.13) era um espaço lajeado no palácio de Pilatos, sobre o qual se estabelecia, algumas vezes, o tribunal. (*veja Gábata.) No A.T. a palavra usada tem, algumas vezes, o sentido de uma obra em mosaico (Et 1.6).
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paz
O conceito bíblico de paz tem na raiz o significado de “totalidade”, de “inteireza” ou de “perfeição”. Entre as importantes gradações de sentido, temos “realização”, “maturidade”, “saúde”, “integridade”, “harmonia”, “segurança”, “bem-estar” e “prosperidade”. Conota, também a ausência de guerra e de perturbação.
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pé
Regar com o pé (Dt 11.10) refere-sea um método de irrigação, que se praticava no Egito. os campos eram divididos em porções de terreno, com 4,5 metros de comprimento e 1.80 de largura, separados uns dos outros por pequenas elevações de terra. A água era levada dos fossos para os canais, formados nessas elevações. Bastava fazer uma depressão com o dedo do pé na terra amontoada, para que a água caísse no tabuleiro. E depois de ter corrido suficientemente, o aldeão empurrava outra vez a terra com o pé, abrindo caminho à água para outro lugar. E desta maneira ficava enfim todo o campo regado. Cp. com Pv 21.1. Descalçar as sandálias ou os sapatos era um sinal de respeito e de reverência (Êx 3.5), e além disso um sinal de luto (Ez 24.17). Era costume lavar os pés dos estrangeiros que chegavam de viagem, porque geralmente caminhavam descalços, ou usavam sandálias, estando por isso os pés quentes, doridos e empoeirados. Não se deve esquecer que em muitas ocasiões, principalmente nas estações secas, ou em sítios desertos do país, era a água cara por ser pouca – e concedê-la para fins de limpeza não era de forma alguma um meio barato de prestar um serviço. Nas casas abastadas eram as abluções efetuadas por escravos, como sendo serviço humilde. E por isso foi certamente grande a lição de humildade dada pelo nosso Salvador, quando lavou os pés aos Seus discípulos (Jo 13.5).
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peca
Filho de Remalias, era oficial das forças reais, que assassinou Pecaías rei de israel apoderando-se do trono (736 a.C.), de recursos, e esforçou-se em restaurar as fortunas do seu país, que tinham sido enfraquecidas não só com os pesados tributos, lançados, pelos monarcas da Assíria (2 Rs 15.20), mas também com as lutas internas. Reuniu-se ao rei Rezim, de Damasco (2 Rs 15.37), com o fim de espoliar o reino de Judá. Em parte foi isto mais tarde realizado (2 Cr 28.6) por meio de uma terrível mortandade – mas teve de recuar por causa do auxílio prestado a Judá pelo rei da Assíria (2 Rs 16.7 a 9). Foram notáveis as conseqüências desta guerra. ocasionou as grandes profecias de isaías (caps. 7 a 9) – foi tomado Elate, o único porto judaico no mar Vermelho – e por fim metade do reino de Peca passou para Tiglate-Pileser, rei da Assíria, que tinha sido chamado para socorrer o rei de Judá (2 Rs 15.29 – 2 Cr 5.26). Peca, que por meio da violência tinha subido ao trono, foi também assassinado por oséias, filho de Elá, o qual se apossou do reino (2 Rs 15.30).
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pecado
i. Um dos grandes objetivos da Bíblia é tratar dos fatos da vida humana, estabelecer a sua significação e efeito, e algumas vezes derramar luz sobre a sua causa. No caso do pecado há dois fatos principais: primeiro, que o homem é pecador – segundo, que todos cometem pecado. Pode, portanto, esperar-se que a Bíblia derramará luz sobre o sentido da palavra pecado e sobre os seus efeitos – e nos fará conhecer a causa da sua influência universal nos homens e o remédio para esse grande mal. ii. Segundo a Bíblia, a causa dos pecados encontra-se de uma maneira definitiva (tanto quanto se considera a vida terrestre) no pecado dos nossos primeiros pais, com as suas conseqüências, transmitidas à posteridade. A este fato se chama a Queda. Basta dizer-se aqui, que, por mais baixo que estivesse o primeiro homem na escala da Humanidade, se ele era homem devia ter tido, na verdade, algum conhecimento rudimentar do bem ou do mal – e depois da sua primeira voluntária desobediência ao que lhe dizia a consciência, devia ter ficado numa situação moral inferior à dos tempos passados. A primeira transgressão feita com conhecimento do mal não pôde deixar de ser uma queda moral, por maior que fosse a sua sabedoria adquirida no caminho da vida. Além disso, há razão para acreditar que as crianças, nascidas após a queda, haviam certamente de participar da natureza dos seus pais, a ponto de ficarem mais fracas com respeito à moralidade do que não tendo os seus pais transgredido. Esta crença muito razoável apresenta-se como sendo o pensamento central da narrativa de Gn 3. o escritor bíblico está, evidentemente, revelando mais do que a simples enunciação do pecado de Adão e Eva como tal. Ele deseja fazer ver que a pena alcançou toda a Humanidade. Todos entram no mundo com a tendência original de uma modificada natureza para o mal. Não é, por conseqüência, para admirar que cada pessoa realmente caia no pecado. Nos capítulos seguintes são plenamente expostos os terríveis e profundos efeitos daquele primeiro pecado. iii. os diferentes aspectos do pecado, que se apresentam aos escritores bíblicos, podem ver-se do modo mais próprio nos vários nomes que lhe dão. Porquanto a Bíblia é muito rica em termos que significam o pecado, o mal, a iniqüidade, a maldade, podendo ser mencionados neste lugar os mais importantes: 1. Palavras que têm o sentido de ‘falta, omissão, erro no fim em vista’, etc. Em hebraico há chêt e termos cognatos (Sl 51.9) – em grego, hamartia (Rm 3.9), hamartêma (1 Co 6.18). 2. A perversão, a deturpação, implicando culpa, são faltas designadas pelo termo hebraico avon (1 Rs 17.18). 3. Há várias palavras que indicam a transgressão de uma lei, ou a revolta contra o legislador. Em hebreu peshã (Pv 28.13 – is õ3.5) – em grego parabasis (‘transgressão’, Rm 4.15), paraptoma (‘delito’, Ef 2.5), anômia (‘iniqiiidade’, 1 Jo 3.4, onde se lê: ‘hamartia é anômia’), asebeia (‘impiedade’, 2 Tm 2.16). 4. imoralidade, o hábito do pecado, e muitas vezes violência, se indicam com o hebraico rêshã (1 Sm 24.13), e o grego adikia (Lc 13.27). 5. A infidelidade, e a deslealdade para com Deus e o homem, são significadas pelo hebraico má”al (Js 22.22). 6. A culpa, que pede sacrifício expiatório, acha-se indicada pela palavra ãshãm (Pv 14.9). 7. o pecado é considerado como uma dívida na oração dominical, õpheilèma (Mt 6.12). iV Entre os grandes efeitos do pecado podem mencionar-se: l. o medo de Deus em contraste com o temor reverencioso e filial (Gn 3.10). 2. o endurecimento gradual da vontade contra o bem e as boas influências (Êx 7.13). A consunção da força e vida da alma, assemelhando-se à lepra que vai consumindo o corpo. 4. E tudo isto atinge o seu maior grau na separação de Deus (Gn 3.24 – Lv 13.46 – 2 Ts 1.9). *veja Na Bíblia, porém, o remédio para o pecado é, pelo menos, tão proeminente como a sua causa, a sua natureza, e o seu efeito. Freqüentes vezes, na realidade, se apela para os pecadores, a fim de que deixem os seus pecados, fazendo-lhes ver os grandes males que caem sobre eles – e ao mesmo tempo há as promessas de serem amavelmente recebidos por Deus todos os que se arrependem (notavelmente em 2 Sm 12.13), sendo os meios humanos o arrependimento e a fé. Mas tanto o A.T. como o N.T. claramente nos ensinam que é preciso mais alguma coisa. No cap. 53 de isaias, o sacrifício do Servo ideal nos patenteia os meios pelos quais se curam os pecados, pois que esse Servo é a pessoa que carregou com as nossas iniqüidades. outros sacrifícios eram apenas tipos deste particular sacrifício. *veja também Jo 1.29 – Cl 1.21,22. Este remédio torna efetiva a restauração de um direito divinamente estabelecido (Rm 5.1 – 1 Jo 1.9), para a remoção da mancha que caiu, inclusive, sobre os mais altos lugares por motivo do pecado, tocando a honra de Deus, e o seu templo (Hb 9.23 a 26) – e não só para a remoção dessa mancha, mas também para a gradual eliminação do pecado no crente (1 Jo 1.7 a 9), embora, enquanto exista neste mundo, nunca ele estará inteiramente livre da sua influência (Rm 7.23 – Gl 5.17 – 1 Jo 1.10). Não admira que o Filho de Deus tenha recebido o nome de Jesus, ‘porque ele salvará o seu povo dos pecados deles’ (Mt 1.21).
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pecaías
cujos olhos Jeová abre
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pecante
Que ou quem peca habitualmente; pecador.
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pecode
hebraico: castigo
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peçonha
Malícia, maldade.
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pedael
um a quem Deus preserva
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pedagogo ou aio
É uma palavra grega, que se lê em Gl 3.24,25 e que literalmente significa o que dirige ou guia uma criança (paidos, criança, e agos, diretor). A mesma palavra se encontra em 1 Co 4.15. o ‘pedagogo’ era um criado de confiança (ordinariamente um escravo) um aio, ou preceptor, a cujo cuidado era entregue o menino grego ou romano, até que este chegasse à idade da sua emancipação. Não há referência alguma especial, na mencionada passagem da epístola aos Gálatas, a este dever que tinha o escravo de ter o rapaz em segurança para ser educado. o contraste está entre a tutela da Lei e a liberdade que se alcança em Cristo.
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pedazur
hebraico: rocha, Deus tem salvo
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pederneira, (facas de)
Facas de pederneira eram usadas nos sacrifícios, usando-as também os egípcios na preparação dos mortos para a embalsamação. Em ambos os casos parece terem sido uma reminiscência religiosa do tempo em que a pederneira era o único instrumento usado. (*veja Êx 4.25 – Js 5.2.)
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pedra
Montões ou pirâmides de pedra eram construídas como memórias ou balizas históricas. Jacó, e também Labão, efetuaram trabalhos deste gênero no monte Gileade (Gn 31.46). Josué mandou assentar um montão de pedras em Gilgal (Js 4.5 a 7) – e as duas tribos, e metade de outra, que ficaram além do Jordão, erigiram um monumento sobre a margem daquele rio, como testemunho de solidariedade com as tribos da Palestina ocidental (Js 22.10).
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pedra angular
O canto inferior de uma construção (alicerce) ou a chave de uma abóbada (Mc 12.10). Pode fazer tropeçar (1Pe 2.8) ou cair sobre alguém (Mt 21.44).
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pedra branca
’Ao vencedor,. lhe darei uma pedrinha branca, e sobre essa pedrinha escrito um nome novo’ (Ap 2.17). Seixos brancos eram usados para votar, e como permissão de entrada em várias funções – e eram também apresentados nos jogos aos vencedores. Não se sabe qual o exato costume a que na passagem mencionada se faz referência. Mas o ‘nome novo’ acha-se inscrito em material que é indestrutível, e é branco, tendo assim a cor da boa fortuna.
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pedra de esquina ou angular
A grande pedra que ligava inteiramente e ajustava os lados de um edifício, no remate do ângulo (is 28.16 – Sl 118.22 – Zc 4.7). A expressão ‘pedra de esquina’ chegou a ser aplicada a pessoas de influência (is 19.13) – e no N.T. as passagens que acabamos de citar são freqüentemente aplicadas a Jesus Cristo (Mc 12.10 – Ef 2.20 – 1 Pe 2.6,7).
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pedra de moinho
Uma de duas pedras usadas para esmagar os grãos a fim de obter farinha.
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pedra de tropeço
Qualquer coisa ou pessoa que leve alguém a pecar.
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pedras de cantaria
Pedra para construção
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pedras lavradas
Pedras ornamentadas; trabalhadas à mão
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pedro
pedra, rocha
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pedro (primeira epistola de)
Esta epístola acha-se entre os escritos, cuja autenticidade era por todos reconhecida na igreja primitiva. A prova interna também nos indica Pedro como seu autor. A DATA da epístola é geralmente fixada entre 64 e 67 d.C. A epistola foi dirigida aos cristãos judaicos, dispersos pelas diversas províncias da Ásia Menor, embora ela inclua referências aos gentios convertidos que as suas igrejas continham (1.14 – 4.3). Toda a matéria da epístola pode dividir-se em duas partes, não incluindo a saudação (1.1,2), a introdução (1.3 a 12), e a conclusão (5.13,14). i. Exortações gerais para que haja entre todos amor, e em todos santidade (1.13 a 2.10). Mostra-se, especialmente nesta parte da epístola, que não estão perdidos os privilégios e distinções da antiga igreja, mas reproduzidos de uma forma mais alta, e conferidos a todos os crentes. São estes a geração escolhida, eleitos em Cristo (1.2) – têm uma terra de promissão, incorruptível e sempre bela, por sua ‘herança’ (1.4) – são o povo adquirido de Deus (2.9) – permanece o templo, que é uma casa espiritual, sendo Cristo a pedra principal (2.4,5) – têm um altar e um sacrifício, o precioso sangue de Cristo (1.18,19) – os próprios crentes são o sacerdócio real e santo (2.5,9) – e finalmente os profetas escreveram e falaram da igreja cristã. ii. Exortações particulares sobre deveres especiais (2.11 a 5.12). Embora tenha a epístola um fim prático, não deixa de ser tão evangélica como se tivesse sido principalmente doutrinal. Em toda parte nela se aponta para Cristo – para a sua expiação, anunciada pelos profetas, e contemplada pelos anjos antes da criação do mundo – para a Sua ressurreição, e ascensão – para os dons do Espírito Santo – para o exemplo do Salvador, que por nós sofreu – e para o dia terrível do julgamento final. À semelhança de Paulo, ele insiste sobre a doutrina do Evangelho, como geradora da santidade e da paciência – e, ainda como aquele Apóstolo, ele procura levar cada cristão ao cumprimento dos seus respectivos deveres, tendo em alta consideração os nossos privilégios, como crentes em Cristo. A honrosa referência a Paulo (2 Pe 3.15), que publicamente o tinha censurado, e havia exposto a censura na sua epístola aos Gálatas, aos quais o próprio Pedro estava agora escrevendo (Gl 2.11 – 1 Pe 1.1 – 2 Pe 3.1), é uma prova de verdadeira humildade. Deste modo pôs ele em prática o seu próprio preceito (1 Pe 5.5), não tendo esquecido, na verdade, as lições dos últimos dias do Divino Mestre. A sua explícita referência a Cristo, como sendo o Divino Salvador, a verdadeira Pedra fundamental da igreja (2.4 a 7), parece aludir ao nome que lhe havia sido dado, para antecipadamente refutar a doutrina medieval de que Pedro é o fundamento da igreja. Algumas características da epistola são: o seu ensinamento de que a esperança se acha baseada na ressurreição (1.3,6,7,9,11, 13, etc.) – o dever de sermos pacientes no sofrimento e na provação (1.6,7 – 2.19 a 21 – 3.13 a 18 – 4.12,13,19) – e o uso do termo graça para toda a revelação cristã (1.10,13 – 3.7 – 4.10 – 5.12). o título de ‘Sumo Pastor’, aplicado a Cristo (5.4), é, também, particular desta epístola.
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pedro (segunda epistola de)
Esta epístola não foi geralmente aceita como canônica pela igreja primitiva. Eusébio a coloca entre os livros, cuja autenticidade se discutia, mas a autoria é reclamada por Pedro no próprio livro (1.1 – 3.1). o autor escreve como homem já idoso, aproximando-se do seu fim (1.14), o qual já antes tinha dirigido uma epístola aos mesmos leitores (3.1). A linguagem da epístola, especialmente no primeiro capítulo, comparando-a com es discursos de Pedro nos Atos, e com o estilo da primeira epístola, nos revela ser o mesmo apóstolo o seu autor. Quanto à data, pode o livro ter sido escrito pouco antes da sua morte (1.14). Se aceitarmos a crença tradicional de que Pedro morreu em Roma, a carta teria aparecido não antes do ano 64 d.C., nem depois do ano 70. Toda a matéria da epístola pode ser assim resumida: o Apóstolo, depois do prefácio e saudação, exorta os seus leitores a que perseverem na verdade, para não caírem nos erros e infidelidade daqueles tempos. E o melhor preservativo para isso é, como lhes diz, uma piedade progressiva (1.3 a 11). Além disso, eles encontrarão uma prova clara da verdade das Escrituras no cumprimento das profecias e no testemunho irrefragável dos santos de Deus (1.16 a 21). Em termos enérgicos, ele avisa os falsos mestres e os que principiaram a atendê-los, a respeito da sua culpa e perigosa propaganda (2.1 a 22) – e lhes assegura que a segunda vinda do Senhor, embora seja com grande demora, e através de longos sofrimentos, é tão certa como o dilúvio (3.1 a 3). Em seguida aconselha os cristãos a que sejam diligentes e santos (3.14 a 18). Apelando para os ensinamentos de Paulo, como confirmação das suas idéias, nota que eles tinham sido torcidos por certos homens com o fim de coonestarem as mais perniciosas práticas – mas esse mal devia ser remediado pelo racional conhecimento das Escrituras, devendo existir sempre nos crentes uma boa disposição para aprender e o espírito de humildade (3.15, 16). Nota-se em algumas passagens, uma certa relação entre esta epístola e a de Judas (por exemplo, 2.4 e Jd 6 – 2.6 e Jd 7 – 2.11 e Jd 9 – 2.1l e Jd 12). (*veja Judas (Epístola de.) ‘Conhecimento’ é a nota fundamental da epístola. Como pormenor interessante e importante, indicador de ter sido o mesmo o autor desta epístola e da primeira, é o emprego da palavra ‘santo’ e ‘conversação’ (maneira de viver), e o termo ‘poder’ aplicado a Deus (1 Pe 2.9, e 2 Pe 1.3). Há, ainda, outras admiráveis duplicações de termos nas duas epístolas Devemos notar que aquilo a que se tem dado o nome de ‘alusões retrospectivas’ está de perfeita harmonia com o caráter simples e manifesto de Pedro. Considere-se o uso que ele faz das expressões ‘engodando almas inconstantes’ e ‘engodam lançam a isca) com paixões carnais’ (2.18).
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pedro, simão
o apóstolo filho de Jonas(Mt 16.17), era um pescador de Betsaida, na Galiléia (Mt 4.18 e ref.). o temperamento que se atribui aos galileus se patenteia na energia, independência, e na demasiada franqueza de Pedro. A sua fala também era característica da Galiléia (Mc 14.70 – At 2.7). Provavelmente ele já era casado, antes de ser chamado para seguir a Jesus, visto como a cura da sua sogra está descrita em Mt 8.14 e seg. – e mais tarde teria sido acompanhado pela mulher nas suas viagens missionárias (1 Co 9.5). Aquele ‘meu filho Marcos’, a que se faz referência na 1ª epístola de Pedro (5.13), era sem dúvida João Marcos, pois o título de filho era muitas vezes aplicado a discípulos. Quando Jesus esteve em Betânia, na outra banda do Jordão (Jo 1.28), André, irmão de Simão, levou-o a Jesus (Jo 1.40,41). Foi então que Cristo lhe deu o nome de Cefas (Jo 1.42). Pedro, já na qualidade de discípulo de Jesus, esteve com o Mestre na bodas de Caná (Jo 2.1 a 11), e é possível que o acompanhasse na Sua viagem pela Judéia (Jo 2.12 – 4.4), voltando mais tarde à sua ocupação de pescador (Jo 4.43). Depois disto deu-se a sua chamada definitiva para o ministério (Mt 4.18 a 22 – Mc 1.16 a 20 – Lc 5.1 a 11), sendo Pedro incluído no número dos doze apóstolos (Mt 10.2 a 4 – Mc 3.13 a 19 – Lc 6.12 a 16). Daqui em diante é Pedro nas narrativas do evangelho o mais conspícuo dos doze discípulos. Foi testemunha da ressurreição da filha de Jairo (Mc 5.37 – Lc 8.51) – andou sobre a água para ir ao encontro de Jeaus (Mt 14.28 a 31) – confessou que Jesus era ‘o Cristo, o Filho do Deus vivo’, e foi abençoado por Ele (Mt 16.13 a 20 – Mc 8.27 a 30 – Lc 9.18 a 21) – foi censurado pelo mesmo Senhor, pelo motivo das suas deprecações, para que os sofrimentos preditos por Cristo fossem dele afastados (Mt 16.22,23) – esteve com Jesus no monte, e foi testemunha da Transfiguração (Mt 17.1 a 4 – Mc 9.2 a 6 – Lc 9.28 a 32 – 2 Pe 1.17,18) – foi ele quem foi buscar a moeda de tributo, achando-a na boca do peixe (Mt 17.24 a 27) – quis saber de Jesus a respeito da prática do perdão (Mt 18.21) – recebeu a promessa a respeito da futura glória daqueles que tinham deixado tudo para seguir a Cristo (Mt 19.27 a 30) – juntamente com outros interrogou o Divino Mestre sobre as desgraças anunciadas para a cidade de Jerusalém (Mc 13.1 a 4) – e com João foi mandado preparar a Páscoa (Lc 22.8). Na última Ceia não queria que Jesus lhe lavasse os pés (Jo 13.6 a 9) – sugeriu a João que perguntasse o nome do traidor (Jo 13.24) – declarou a sua firme fidelidade a Jesus, mas foi avisado da sua próxima queda (Mt 26.33 a 35 – Mc 14.29,31 – Lc 22.31 a 34 – Jo 13.36 a 38). Pedro acompanhou Jesus ao horto de Getsêmani (Mt 26.36 a 48 – Mc 14.33 a 42 – Lc 22.40 a 46). Quando chegou àquele lugar o bando que havia de prender o Salvador, Simão Pedro resistiu, e chegou a cortar uma orelha a Malco (Jo 18.10,26) – depois foi seguindo de longe o seu Mestre até ao palácio do sumo sacerdote, onde entrou por intermédio de João (Jo 18.16) – e foi durante o julgamento que ele por três vezes negou conhecer o seu Mestre, chorando depois amargamente a sua falta (Mt 26.69 a 75 – Mc 14.66 a 72 – Lc 22.55 a 62 – Jo 18.17,18,25 a 27). Depois da crucifixão, Pedro, acompanhado de João, visitou o sepulcro (Lc 24.12 – Jo 20.2 a 6), e recebeu do Senhor uma mensagem, que implicava uma renovação de confiança (Mc 16.7). Cristo, ressuscitado, apareceu-lhe quando ele estava só (Lc 24.34 – 1 Co 15.5) – e também Se manifestou Jesus estando Pedro com outros discípulos ‘no mar de Tiberíades’, sendo ali interrogado pelo Salvador, e novamente encarregado de anunciar o Evangelho (Jo 21.1 a 23 – 2 Pe 1.14). Estava presente nas reuniões que os apóstolos tiveram depois da ascensão (At 1.13) – foi ele quem sugeriu a nomeação de um apóstolo para o lugar de Judas (At 1.15 a 25) – e apareceu a explicar as manifestações do Espirito Santo no dia de Pentecoste (At 2.14 a 40). o fato de curar o coxo, que junto da Porta Formosa do templo pedia esmola, resultou no seu discurso ao povo, bem como a sua prisão (At 3,4.1 a 26). Foi Pedro quem censurou a Ananias e Safira (At 5.1 a 11) – e em virtude de certos milagres, foram os apóstolos presos, açoitados e depois soltos (At 5.12 a 42). Passado pouco tempo, Pedro e João, representando os apóstolos, foram mandados para confirmar os convertidos em Samaria (At 8.14) – e achando ali cristãos batizados, que não tinham recebido o Espírito Santo, puseram sobre eles as suas mãos. Então Simão Mago patenteou os seus sentimentos anticristãos, propondo a Pedro que lhe fosse vendido o poder de dar o Espírito Santo por meio da imposição das mãos (At 8). Três anos mais tarde ocorreu o primeiro mencionado encontro de Pedro e Paulo (At 9.26 – Gl 1.17,18). Foram feitos dois milagres de cura (Enéias, Dorcas), enquanto Pedro andava visitando as igrejas ao sul da Palestina. A uma visão que ele teve, seguiu-se a conversão de Cornélio, sendo removidas da alma de Pedro as suas dúvidas quanto à possibilidade de os pagãos se tornarem cristãos sem ser necessário que fossem primeiramente judeus (At 10). A família de Cornélio recebeu o Espírito Santo, sendo os seus membros batizados por Pedro, que por esse fato ofendeu os seus conterrâneos (At 11.2). Defendeu-se, contudo, convencendo-os de que ‘também aos gentios foi por Deus concedido o arrependimento para a vida’ (At 11.18). Seguiu-se a prisão de Pedro por ordem de Herodes Agripa i e o seu miraculoso livramento. Tiago, o filho de Zebedeu, já tinha sido executado (At 12.2). (*veja Tiago.) Seis anos depois encontramo-lo em Jerusalém discutindo com os outros apóstolos o assunto da circuncisão. Mas ele não foi o presidente daquele concilio, nem apresentou as suas deliberações (At 15). Foi em Antioquia, não muito depois do concílio, ou, segundo alguns, antes dessa magna reunião, que houve o memorável conflito entre Pedro e Paulo (Gl 2.11 a 14). Pedro parecia estar indeciso sobre a questão da igualdade dos gentios. Paulo denunciou a conduta de Pedro, e então o mais velho submeteu-se ao apóstolo mais novo, ficando para sempre seu amigo (2 Pd 3.15). A respeito dos últimos anos da vida de Pedro nada se sabe como coisa
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peitoral
Uma peça bordada, de forma quadrada, tendo aproximadamente 25 centímetros de lado, sendo uma bela obra de arte (Êx 39.8), que o sumo sacerdote usava sobre o peito. Era feito o peitoral de duas peças do mesmo rico estofo, com frente e forro, formando uma espécie de bolsa, em que eram encerrados, segundo os rabinos, o Urim e o Tumim (Lv 8.8). Na parte da frente havia doze pedras preciosas, sobre cada uma das quais se achava gravado o nome de cada uma das doze tribos. Estavam colocadas em quatro ordens, e separadas umas das outras pelas pequenas células de ouro, em que estavam engastadas. os nomes das pedras eram sárdio, topázio, carbúnculo – esmeralda, safira, e diamante – jacinto, ágata e ametista – berilo, ônix e jaspe. o peitoral estava preso pelas quatro pontas – as de cima aos ombros por ganchos ou cadeias de ouro – as de baixo ao cinto da estola por duas fitas ou cordões. Este ornamento nunca devia separar-se das vestes sacerdotais, e era chamado ‘o memorial’ (Êx 28.29) – o seu fim era lembrar ao sacerdote que ele representava as tribos, cujos nomes ele trazia sobre o seu peito, e que Deus havia feito certas promessas no seu pacto com o povo de israel. Era, também, chamado o ‘peitoral do juízo’, porque o sumo sacerdote o usava quando exercia a sua capacidade judicial em assuntos respeitantes a toda a nação. (*veja Estola Sacerdotal, Urim e Tumim. )
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peixe, pesca
A Bíblia divide os peixesem duas espécies: os limpos e os imundos. Estes últimos, que era proibido comer, eram os que não tinham escamas e barbatanas (Lv 11.9 a 12), isto é, todos os répteis aquáticos. Abundava o peixe no rio Nilo, e era um dos gêneros de alimentação do Egito, e por isso a praga de transformação da água em sangue trouxe uma terrível dificuldade (Êx 7.21). o mar da Galiléia é fértil em peixe. A pesca no mar da Galiléia fazia-se principalmente por meio de redes de arrastar, grandes redes flutuantes, que são levadas por um barco, lançadas ao mar, formando depois um círculo (Mt 13.47 a 50). Havia, também, a rede simples, a que se faz referência em Jo 21.8, e que é usada por pescadores caminhando pela água. outra maneira de pescar era por meio de armadilhas de vime. o anzol e a corda também eram empregados na pesca (Jó 41.1 – is 19.8 – Hc 1.15) – e além disso o arpão (Jó 41.7). A indústria da pesca, nas costas do Mediterrâneo, estava quase inteiramente nas mãos dos fenícios de Tiro e de Sidom. Este povo abastecia de peixe a cidade de Jerusalém, devendo ter sido considerável o negócio, porquanto uma das portas da cidade tinha o nome de Porta do Peixe (2 Cr 33.14) – isso faz crer que havia ali um mercado. A famosa passagem de Jó com respeito ao crocodilo, ‘Podes meter-lhe no nariz uma vara de junco? ou furar-lhe as bochechas com um gancho?’ refere-se à prática egípcia de conservar vivo, em reservatórios, o peixe que não era ainda necessário. Atravessava as guelras do peixe um anzol, que estava preso a uma estaca por meio de uma corda de junco. Era proibido aos hebreus prestar culto aos peixes (Dt 4.18), uma forma de idolatria que predominava e ainda se observa no oriente. o uso do peixe nas catacumbas de Roma como símbolo do Cristianismo proveio do fato de formarem as iniciais das palavras gregas para ‘Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador’ uma palavra (iCHTHUS) que significa peixe.
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pejada
Grávida
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pejo
Vergonha; pudor
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pejorativo
Diz-se de vocábulo que adquiriu ou tende a adquirir significação torpe, obscena, ou só desagradável.
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pelaias
hebraico: Jeová ilustre
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pelalaias
hebraico: Jeová julga
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pelalias
Jeová julgou
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pelatias
Libertação do Senhor. 1. Netode Zorobabel (1 Cr 3.21). 2. Um dos 500 simeonitas que derrotaram os amalequitas no monte Seir (1 Cr 4.42). 3. Nome de uma família, que selou o pacto (Ne 10.22). 4. Filho de Benaia – um daqueles contra quem Ezequiel profetizou. Ele morreu em conseqüência disso (Ez 11.1 a 13).
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pelegue
hebraico: divisão
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pelejar
batalhar; combater
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peles finas
Peles de vaca-marinha (que é o mesmo que dugongo), animal marinho encontrado em abundância nos bancos de corais do mar Vermelho e em outras águas tropicais. Esse animal chegava a ter cerca de 3,3m de comprimento, com cabeça arredondada, cauda semelhante à dos peixes e nadadeiras em forma de membros anteriores. Assemelha-se à foca. Como o mar Vermelho margeava o antigo Egito, não é de surpreender que Israel usasse essas peles para vários fins.
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pelete
escape, libertação
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pelicano
Uma das aves imundas (Lv 11.18 – Dt 14.17) – pertence à ordem dos steganopodes. o pelicano, ordinariamente branco, é muito vulgar na Síria, embora o pelicano dalmaciano se ache também ali. A expressão que se encontra em Sl 102.6, ‘pelicano no deserto’, tem sido combatida, pois se trata de uma ave marítima. Mas é costume desta ave dirigir-se de manhã cedo ao seu lugar de pesca, voltando antes do meio-dia regularmente ao seu favorito banco de areia ou aos pântanos do interior, a fim de fazer a digestão do peixe comido e alimentar os seus filhos – e de tarde repete a operação. A aparência da ave na ocasião em que está digerindo o seu alimento, com a cabeça abatida sobre os ombros, com o bico descansando sobre o peito, manifesta desolação. As asas do pelicano são de grande poder, alcançando a sua extensão para cima de 3,50 metros. o nome hebraico do pelicano significa ‘vomitar’, e refere-se ao hábito que tem aquela ave de armazenar alimento no largo saco, preso à mandíbula inferior, com o fim de alimentar os seus filhos. E lança a comida, apertando seu bico contra o peito.
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pelonita
1. Helez, indivíduo da tribo de Efraim e um dos valentes de Davi, era chamado pelonita (1 Cr 11.27 – 27.10). Em 2 Sm 23.26 vem com a designação de ‘paltita’, como sendo pessoa vinda de Bete-Pelete, ao sul de Judá (Js 15.27). 2. Em 1 Cr 11.36 menciona-se ‘Aías, pelonita’, entre os valentes de Davi.
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pemina
coral, ou pérola
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pena
Para escrever com tinta sobre papiro ou pergaminho os hebreus faziam uso de uma pena de cana. o bico era afiado com uma faca especial, que também se empregava para cortar papel (Jr 36.23). É quase exatamente a sua forma como a pena de cana usada pelos antigos romanos. Tanto o papel como as penas foram do Egito para a Palestina. A ‘pena de ferro’ de Jó (19.24) era um agudo instrumento de gravador (is 8.1 – Jr 8.8). (*veja Escrita, Pergaminho, Tinta.)
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pena de morte e outros castigo
A penacapital era efetuada de diversos modos: pela forca (Js 8.29 – 2 Sm 21.12 – Et 7.10) – pelo apedrejamento, que era o sistema usual (Êx 17.4 – Lc 20.6 – Jo 10.31 – At 14.5) – pelas fogueiras (Gn 38.24 – Lv 20.14 – 21.9) – pelas pauladas (Hb 11.35) – pelo arremesso do sentenciado, de cabeça para baixo, do alto de uma rocha, algumas vezes com uma pedra atada ao pescoço (2 Cr 25.12 – Lc 4.29) – pela degolação (Gn 40.19 – Jz 9.5 – 2 Rs 10.7 – Mt 14.8) – pela serração em duas partes (Hb 11.37), vindo este método da Pérsia – e pela crucificação. (*veja Cruz.) Eram numerosos os crimes castigados com a morte. E praticavam esses crimes desonrando os yais (Êx 21.15 a 17) – profanando o sábado (Êx 31.14 – Nm 15.35) – blasfemando (Lv 24.14,16 – 1 Rs 21.10 – Mt 26.65,66) – adulterando e cometendo outros pecados de lascívia (Lv 20.10 – 21.9 – Dt 22.21, 22,25 – Jo 8.5) – cometendo incesto, etc. (Êx 22.19 – Lv 20.11 – 14.16) – praticando a idolatria (Lv 20.2 – Nm 25.8 – Dt 13.6 e seg. – 17.2,7 – Js 22.20).Castigos mais leves eram ordenados segundo aquele princípio de ‘olho por olho’ (Êx 21.24,25) – havia o decepamento das mãos, e dos pés (Jz 1.5 a 7 – 2 Sm 4.12) – as chibatadas, que eram uma punição vulgar – a flagelação (Dt 25.3 – 2 Cr 11.24 – Jz 8.16) – e o sofrimento pelo tronco (Jr 20.2). A restituição e a compensação eram impostas por vários delitos, como o furto, o assalto de noite às casas para roubar, o fogo às pilhas, a perda da demanda, a difamação (Êx 21.22 – Lv 24.18 a 21 – Dt 19.21 – 22.18). Muitas das punições judaicas eram provenientes do Egito, sendo o poder de vida e de morte, e do encarceramento, conferido ao monarca e a certos oficiais superiores (Gn 40.3,22 – 43.13).
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penates
Deuses domésticos dos pagãos.
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pendente
Este ornamento foi um dos presentes que o servo de Abraão deu a Rebeca, em nome do seu amo: ‘Então lhe pus o pendente no nariz’ (Gn 24.47). É costume em muitas partes do oriente, mesmo na atualidade, usarem as mulheres argolas no nariz, usualmente na venta direita, que é perfurada em baixo, ao meio. São de ouro, e geralmente têm duas pérolas, estando um rubi colocado entre elas.
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pendões
Bandeira; estandarte
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penha
Pedra grande
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penhor
i. Uma segurança para a realização de um contrato – ou garantia do pagamento de uma dívida (Dt 24.10 a 13). Assim Judá deu certos penhores a Tamar (Gn 38.17). Sob a lei judaica havia um regulamento acerca dos penhores: a mó do moinho não devia ser tomada em penhor (Dt 24.6) – não podia alguém entrar numa casa para se apoderar de qualquer penhor (a casa do pobre era tida como coisa sagrada, o que mostra o espírito humanitário destas leis) – depois do sol posto era proibido conservar um penhor de necessidade, nem podia ser tomada em penhor a roupa de viúva (Dt 24.1l). No livro de Jó (22.6) são alguns censurados por terem conservado o penhor de seu irmão e por terem tomado o boi da viúva (24.3,9). Em todos os países, geralmente, há leis decretadas com o fim de proteger o devedor pobre contra o credor opressivo. A casa e a terra, ou mesmo os filhos e as filhas podiam ser dados em penhor (Ne 5.5), ficando então em poder do credor. Algumas vezes a lei acerca da guarda do sábado era evadida pelo comprador que dava um penhor em vez de dinheiro (Êx 22.26 – Pv 20.16 – Am 2.8). Em 1 Sm 17.18 ‘tomar o seu penhor’ ou ‘trarás uma prova’ significa tornar a trazer o sinal do seu bem-estar. (*veja Escravidão. ) ii. o que se dá como garantia de que certa coisa se realizará em seu devido tempo. o Espirito Santo e as suas influências são o penhor da nossa herança (2 Co 1.22 – 5.5 – Ef 1.14).
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penhorar
dar em garantia
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peniel
a face de
Deus -
peniel, penuel
A face de Deus. o nome dado por Jacó ao lugar onde ele tinha lutado com Deus (Gn 32.30). Estava situado entre Jaboque e Sucote, sendo o caminho por onde Gideão perseguiu os midianitas (Jz 8.S,9,17). Foi fortificado por Jeroboão (1 Rs 12.25).
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penina
hebraico: coral
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penitencial
Relativo à penitência, expiação.
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pentatelco
cinco livros
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pentateuco
Cinco volumes. Todos os exemplares completos das Sagradas Escrituras principiaram com o Pentateuco. os judeus chamavam-lhe a ‘Lei’ (Torá), ou melhor ‘os cinco quintos da Lei’, ou simplesmente os ‘quintos’, sendo cada livro denominado ‘um quinto’. Que estes cinco livros provieram de Moisés atestam-no os seguintes argumentos: l. Uma antiga tradição universal, tanto judaica como pagã, atribui a obra a Moisés. A convicção do povo judeu sobre este assunto foi sempre inabalavelmente a mesma. Por todo o A.T. o fato é inquestionável. (*veja Js 1.7,8 – 8.31,34 – 23.6 – 1 Rs 2.3 – 2 Rs 18.12 – 14.6 – 23.25 – 1 Cr 22.13 – 2 Cr 25.4 – 33.8 – Ed 3.2 a 6 – 6.18 – Ne 1.7,8.) os testemunhos pagãos seguem naturalmente os judaicos, que são aceitos sem contestação por Tácito, Juvenal e Strabo e também por Longino, Porflrio, e o imperador Juliano. Maomé explicitamente reconhece a inspiração de Moisés e a genuína origem da lei judaica. 2. Este testemunho é sustentado pela própria História. As referências encontradas no Pentateuco ao ‘livro’ ou a ‘um livro’, que estava em via de preparação, são muitas e explícitas. (*veja Êx 17.14 – 24.3 a 7 – Nm 33.2 – Dt 28.58,61 – 31.9 a 12,24.) Todavia, deve notar-se que nenhum dos livros, à exceção do Deuteronômio, diretamente indica ter sido Moisés o autor do Pentateuco. 3. os outros livros do A.T., especialmente os profetas, estão cheios de referências, mais ou menos explícitas, aos Cinco Livros. As leis, as narrações históricas, e a própria fraseologia do Pentateuco estavam, evidentemente, no espírito dos escritores sagrados, sendo-lhes tudo isso familiar e matéria autorizada. A prova, deve-se dizer, é por acumulação. Algumas coincidências podiam imaginar-se acidentais – muitas, tomadas separadamente, seriam de pouca força, mas todas elas combinadas são irresistíveis. Dos profetas do reino de israel vejam-se as seguintes referências: oséias 1.10 (Gn 22.17) – 4.10 (Lv 26.26) – 4.13 (Dt 12.2) – 5.6 (Êx 10.9) – 8.12, uma notável passagem que pode ser assim traduzida: ‘escrevi-lhe milhares de coisas da minha lei’ – 11.1 (Êx 4.22) – 11.3 (Dt 1.31) – 11.8 0t 29.22,23) – 12.3 (Gn 25.26 – 32.24 a 58) – 12.5 (Êx 3.15) – 13.6 (Dt 8.11 a 14). Amós 2.2 (Nm 21.28) – 2.7 (Êx 23.6, etc.) – 4.4 (Nm 28.3) – 9.13 (Lv 26.5). os profetas do reino de Judá: Joel 2.2 (Êx 10.14) – 2.23,26,27 (Lv 26.4,5,11 a 13). isaías 11.9 (Nm 14.21) – 12.2 (Êx 15.2) – e Jeremias 4.23 (Gn 1.2) – 41.10 (Dt 31.6 a 8) – 44.2 (Dt 32.15 – 33.5,26) – 52.12 (Êx 12.33,39 – 14.19) – 58.14 (Dt 32.13). *veja também Miquéias 5.7 e Habacuque 3.19 (Dt 32.8,13) – Miquéias 6.5 (Nm 22.5) – Sofonias 3.13 (Lv 26.5,6). Que Jeremias também é abundante em referências ao Deuteronômio, todos o admitem. 4. Jesus Cristo e os Seus apóstolos são concordes nas referências que fazem à origem mosaica do Pentateuco. É impossível ler passagens como as de Jo 1.17 – 5.45 a 47 e 7.19 a 23, sem reconhecer que todo o peso da autoridade no N.T. está do lado ‘tradicional’. Não podemos aqui discutir os argumentos contra a força do testemunho de Jesus Cristo. 5. o que o Pentateuco encene está inteiramente de harmonia com o fato de ser Moisés o seu autor. (1) os livros foram escritos por um hebreu, que falava a língua hebraica, e sentia grande amor por tudo o que à sua nação pertencia. (2) Foram escritos por um hebreu que conhecia bem o Egito e a Arábia, estando familiarizado com os seus costumes e instrução. ora, a instrução egípcia era cuidadosamente escondida aos estrangeiros: somente os sacerdotes e os membros da família real, visto como os sacerdotes eram considerados, a podiam adquirir (*veja Heródoto, ii 3. 164,168, etc.). Logo, a esta classe de pessoas deve ter pertencido o escritor. (3) Além de tudo isso, há uma correspondência exata entre a narrativa e as instituições, mostrando que tanto estas como aquela tiveram um só autor. As leis não são dadas na forma de estatutos, mas misturadas com a narração dos fatos, e inseridas quando as circunstâncias o exigiam. Muitas vezes são traçadas em resumo mas depois repetidas com maior desenvolvimento, e com as modificações que outras circunstâncias já pediam. Cp Êx 21.27 com Dt 15.12 a 17 – Nm 4.24 a 33 com 7.1 a 9 – Lv 17.3,4 com Dt 12.5,6,21 – Êx 22.26 com Dt 24.6 e 10 a 15. 6. A origem nosaica dos Cinco Livros implica a sua unidade essencial. Quaisquer que sejam as fontes, mais remotas, ou mais recentes, desta ou daquela parte dos anais, o historiador divinamente inspirado e legislador do povo hebreu fundiu tudo numa só obra.
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pentecostalismo
Movimento religioso que, no início do séc. XX, se desenvolveu fora do protestantismo tradicional.
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pentecoste
É o qüinquagésimo dia depois do segundo dia da Páscoa (16 de nisã). os judeus chamam a esta solene festividade a festa das Semanas, visto que se observava sete semanas depois da Páscoa. ofereciam-se então como primícias os frutos das searas, sete cordeiros daquele ano, uma vitela, e dois carneiros para holocausto – dois cordeiros para um sacrifício pacífico – e uma cabra para sacrifício de propiciação (Êx 34.22 – Lv 23.15,16 – Nm 28.26 e seg. – Dt 16.9,10). A festa foi instituída com o fim de obrigar os israelitas a dirigirem-se ao tabernáculo, ou ao templo Êx 34.22) – a reconhecerem o absoluto domínio do Senhor com a espontânea oferta dos primeiros frutos (Êx 23.16) – e a comemorarem o fato de ter sido dada a Lei, no monte Sinai, no 50º dia depois da saída do Egito, dando graças a Deus por esse acontecimento. Primeiramente a oferta era de livre vontade apresentada – mas pouco a pouco, como a lei a tornava dura, tornou-se imperativa, sendo determinadas a quantidade e a natureza das ofertas (Lv 23.15,21), segundo a riqueza do indivíduo. Na verdade, veio a ser uma espécie de tributo. Foi na festa de Pentecoste que o Espírito Santo desceu sobre os apóstolos daquela miraculosa maneira descrita em At 2.1 a 4. (*veja Festa (Dias de.)
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pentecostes
quinquagéssimo (50 dias)
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penuel
hebraico: a face
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peor
Abertura. l. Um monte, que faz parte da cordilheira que contém os montes de Nebo e Pisga. Peor, em Moabe, é o lugar aonde Balaque conduziu Balaão, para amaldiçoar o povo israelita (Nm 23.28). 2. o deus moabita (Nm 25.18 – 31.16 – Js 22.17). Nestas passagens a palavra é uma contração de Baal-Peor.
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pepinal
os pepinos são muito cultivados no oriente, e quando os israelitas se achavam enfastiados do maná no deserto, lembravam-se, entre as boas coisas do Egito, dessa comida (Nm 11.5). isaías, prevendo a desolação de Jerusalém, escreve (1.8): ‘A filha de Sião é deixada como choça na vinha, como palhoça no pepinal, como cidade sitiada.’ A choça ou palhoça, era de simples estrutura, feita de ramos de árvore, e sustentada por meio de quatro compridas estacas – dentro dela estava um homem, ou um rapaz, para vigiar a fazenda, e guardá-la dos ladrões, ou dos animais destruidores, como as raposas e os chacais. Quando o trigo é colhido e a choupana abandonada ‘eaem os paus, ou inclinam-se para qualquer lado, e espalham-se os verdes ramos pela ação do vento, apresentando tudo aquilo um aspecto de verdadeira desolação’.
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perazim
hebraico: brechas
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perdão
o perdão que Deus dá ao que peca contra Ele é de vários modos representado. o pecado é coberto (Sl 32.1 – 85.2) – não é atribuído (Sl 32.2) – é apagado (is 43.25) – não há mais lembrança dele (is 43.25 – Hb 8.12). o perdão é um ato de livre graça (Sl 51.1 – is 43.25) – um ponto de justiça, em conformidade com os divinos desígnios, confessando nós que somos pecadores (1 Jo l.9) – um ato perfeito da misericórdia de Deus (Sl 103.2,3 – 1 Jo 1.7). o ato de perdoar é decisivo, e nunca será revogado (Mq 7.19). Só Deus é que pode perdoar os nossos pecados, embora o homem possa declarar que Ele está sempre pronto a usar da Sua misericórdia para conosco. o perdão não pode ser comprado com quaisquer riquezas (Pv 11.4) – nem pode ser alcançado pelas nossas obras, pois de graça somos salvos pela fé (Rm 11.6 – Ef 2.8,9).
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perdiz
Encontra-se na Palestina, geralmente por toda a Ásia, e de um modo especial ao norte do Himalaia, a perdiz Chukor, grande, airosa, de belo aspecto. No outono estas aves reúnem-se em bandos, mas dispersam-se no inverno. São muito procuradas para alimentação, mas não é fácil apanhá-las, mostrando elas grande habilidade em se ocultar. Ao sul da Palestina o Ch,ukor é substituído pela perdiz Heyü. É esta a perdiz do Sinai. É uma avezinha, belamente salpicada de várias cores, sendo muito difícil distingui-la das pedras e da areia em que pousa. Não toma logo o vôo, confiando mais nas suas pernas do que nas suas asas. Por esta razão não é difícil caçá-las com uma varinha (1 Sm 26.20). A passagem de Jeremias (17.11), vem do fato de serem os ovos da perdiz constantemente procurados pelos árabes para sua alimentação – e por isso aquele que ajunta riquezas, mas não por direito, terá tão pequeno gozo e tão pequena satisfação com a sua posse como a perdiz que ajuntou certo número de ovos, e que depois era roubada.
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perdoar
Do Latim perdonare.
Conceder perdão a; absolver de culpa, ofensa ou dívida; remir; desculpar; poupar. -
perdurar
Durar muito, continuar a existir.
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peregrinações
As peregrinações que os filhos de israel realizaram, marchando desde o Egito até à terra de Canaã, foram uma escola importante para sua instrução. Foi em Ramessés que principiou a marcha dos israelitas. o caminho direto deste lugar para Canaã teria sido pela terra dos filisteus, ao norte dos lagos Amargos, e ao longo da orla setentrional do deserto de Sur. Todavia, essa direção foi-lhes proibida (Êx 13.17,18) – e por isso, depois de por certo tempo tomarem o rumo oriental, prosseguiram para o sul, exultando certamente com isso o Faraó, porque os julgava assim em seu poder. Acamparam a primeira noite em Sucote, que não devia ter sido longe de Ramessés. Pela segunda tarde chegaram à orla do deserto, em Etã. Provavelmente agora deviam ter seguido para o oriente, mas foi-lhes ordenado que ‘retrocedam e que acampem defronte de Pi-Hairote, entre Migdol e o mar, diante de Baat-Zefom (Êx 14.2) – era um estreito desfiladeiro, perto da costa ocidental do Golfo, entre os montes que guarnecem o mar e uma pequena baía ao sul. Ficavam deste modo ‘desorientados na terra’. Este movimento teve o efeito de atrair o Faraó, para junto deles – e o desígnio de alterar desta maneira a linha da sua marcha foi revelado a Moisés (Êx 14.17). os egípcios aproximaram-se dos israelitas quando estes estavam acampados diante do braço ocidental do mar Vermelho. Como, quer na extensão, quer na profundidade do golfo de Suez, se operou uma notável mudança no decorrer destes últimos trezentos anos, em virtude de uma grande acumulação de areia, é por esta razão impossível determinar o lugar onde os israelitas atravessaram. os israelitas passaram pelo mar em seco para o lado oriental, perto do sítio agora chamado Ayun Musa (poços de Moisés), principiando aqui o deserto de Sur (Êx 15.22), ou o deserto de Etã (Nm 33.8). Estas duas expressões se aplicam à parte superior do deserto – este deserto estende-se desde o Egito até à praia oriental do mar Vermelho, e alarga-se para o Norte até à Palestina. o caminho que os israelitas tomaram é uma larga vereda pedregosa, entre as montanhas e a costa, na qual correm no inverno vários ribeiros, que nascem nos montes. Nesta ocasião tudo devia estar seco. o lugar onde primeiramente estacionaram foi Mara (‘amargo’), onde foi operado o milagre de se tornar doce a água amarga (Êx 15.23 a 25). o sítio onde isto aconteceu é, provavelmente, Ain Hawara, perto do riacho, chamado Wady Amarah, que tem a mesma significação de Mara. A seguinte estação foi Elim, ‘onde havia doze fontes de água e setenta palmeiras’ (Êx 15.27) – este sítio é fixado por Niebuhr e Burckhardt no vale onde corre Ghurundel, que é a maior de todas as correntes, no lado ocidental da península. Este vale contém agora tamareiras, tamargueiras, e acácias de diferentes espécies. obtém-se aqui água em abundância, cavando poços – há, também, uma copiosa nascente, com um pequeno regato. Chegaram depois os israelitas ao deserto de Sim, ‘entre Elim e Sinai’ (Êx 16.1), no sopé da escarpada cumeeira de et-Tih, um nome que significa ‘divagação’ – é ‘um deserto medonho, quase inteiramente destituído de vegetação’. Foi logo depois de terem entrado neste deserto que os israelitas obtiveram miraculosa provisão de codornizes e de maná. Supõe o Dr. Robinson e outros que os israelitas tomaram depois a direção do sueste, marchando para a cordilheira do Sinai. Neste caso, a sua passagem teria sido pelo extenso vale, a que os árabes chamam Wady Feiran Passaram depois por Dofca e Alus. o vale Feiran é o sítio mais fértil de toda a região – e é aqui que devemos procurar Refidim, onde pela primeira vez foram atacados os israelitas (Êx 17.8 a 13). Jetro, sogro de Moisés, também o visitou em Refidim – e pelo seu conselho foram nomeados juizes para ajudar o chefe israelita na ação judicial (Êx 18). E aqui, entre elevados picos, estava a rocha que, por mandado de Deus, foi ferida por Moisés, saindo dela depois abundância de água. Em seguida fizeram o seu acampamento no ermo do Sinai, onde o Todo poderoso revelou à multidão a Sua vontade por meio de Moisés – foi dado o Decálogo ao homem, e foi estabelecido o Pacto (Êx 20.1 a 17 – 24.7,8). Neste deserto também se deu o caso do culto prestado ao bezerro de ouro, e a enumeração do povo, e a construção do tabernáculo – além disso, Arão e os seus filhos foram consagrados, celebrou-se a segunda páscoa, e morreram Nadabe e Abiú por terem oferecido fogo estranho ao Senhor. o monte, onde a Lei foi dada, chama-se Horebe no Deuterônomio, e Sinai nos outros livros do Pentateuco. Provavelmente o primeiro nome designa todo o território, e o outro simplesmente a montanha, onde foi revelada a Lei. Permaneceram os israelitas no deserto do Sinai aproximadamente um ano, aparecendo de novo o sinal para a partida. Desde então as suas marchas e acampamentos foram sempre dirigidos pelo Senhor. Uma nuvem, que manifestava a Sua presença, cobria o tabernáculo de dia, e ‘à tarde estava sobre o tabernáculo uma aparência de fogo até à manhã’ (Nm 9.15). o levantar da nuvem era sinal de avançar, caminhando os israelitas após ela – e, quando parava a nuvem sobre o tabernáculo, queria isso dizer que deviam acampar de novo. Supõem Wilson e Robinson que os israelitas passaram para o norte, ao longo do Wady esh-Sheikk, entrando numa grande planície chamada el-Hadharah, na qual estava Taberá, nome que significa ‘incêndio’, e que lhe foi dado em virtude de ser ali destruído pelo fogo, que caiu do céu, um certo número de israelitas insurgentes (Nm 11.1 a 3). A estação seguinte foi Quibrote-Taavá, ou os ‘sepulcros da concupiscência’ (Nm 11.34 – 33.16). De Quibrote marcharam os israelitas para Hazerote onde ocorreu a sedição de Miriã e Arão (Nm 12). Tanto Robinson como Burckhardt colocam Hazerote num sítio, hoje chamado Ain Hudherah, no qual existe uma fonte, e muitas palmeiras. As estações nesta parte do deserto foram Ritmá, Rimom-Perez, Libna, e Cades-Barnéia, sendo alcançado provavelmente este último lugar pelo mês de junho mais ou menos. Quando se aproximavam da Terra da Promissão, foram mandados alguns espias para a examinarem – mas, quando voltaram, as suas informações foram de tal
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peregrino
Do Latim peregrinu < per, através + agru, campo. Que ou aquele que anda em peregrinação; romeiro; excursionista; estrangeiro; transitório; estranho; singular; raro; excelente; precioso.
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pereia
hebraico: terra de alem
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peremptório
Decisivo.
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perene
Perpétuo; eterno; que dura muitos anos
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peres
dividir em pedaços, disolver
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perez
Filho de Judá e de Tamar, sua nora (Gn 38.29). Perez obteve o direito de primogenitura sobre seu irmão, e foi o chefe de uma numerosa família a cuja prosperidade se faz referência em Rute (4.12). Dele descenderam duas famílias importantes: os hezronitas e os hamulitas. De Hezrom proveio a casa de Davi, e por fim Jesus Cristo. No tempo de Davi distinguiu-se de um modo especial a casa de Perez, ocupando lugar primacial a própria família do rei (2 Sm 23.8 – cp 1 Cr 11.11 com 27.2,3). A família era ainda numerosa depois do cativeiro, pois só em Jerusalém ainda viviam 468 descendentes de Perez, estando Zorobabel incluído nesse número (Ne 11.4,6). Em todos os negócios importantes da nação, e em ocasiões de crise nacional, sobressaíam os filhos de Perez, achando-se os livros de Crônicas, e o de Neemias cheios de referências a indivíduos daquela família.
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perez-uza
hebraico: brecha de Uza ou castigo de Uza
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perfeito, perfeição
Estas palavras ocorrem muitas vezes tanto no A.T. como no N.T. Algumas vezes aplicam-se a coisas, por exemplo, à lei do Senhor, e ocasionalmente a Deus (Mt 5.48) – mas o maior número de vezes ao homem. No A.T. o atributo da perfeição é atribuído a certos homens e negado a outros – no N.T. ser perfeito é geralmente um assunto de intento e exortação. Que se entende exatamente por perfeição? 1. Quer dizer que a coisa a que se aplica é, por sua natureza, completa, possuindo as qualidades que deve possuir, e não tendo os defeitos que não deve ter. 2. o uso do termo na Bíblia. A palavra que no A.T. se emprega com a significação de perfeito é tamim. Parece que primitivamente significou qualquer coisa bem acabada, tendo por isso o mesmo sentido que em português. Aplica-se à vítima do sacrifício, e então quer dizer sem defeito (Êx 12.5) – em relação ao homem significa homem direito, reto e de bom caráter (Gn 6.9 – 17.1 – Sl 119.1). Também se aplica ao caminho, palavra, lei de Deus no seu sentido mais lato. A palavra no N.T. é telein, oferecendo a sua raiz a idéia de ‘fim’. Perfeito é aquilo que está conforme com o fim que se deseja alcançar. E vemos então que o uso da palavra na Bíblia está em conformidade com seu uso moderno. A sua significação é relativa, variando segundo aquilo a que se adapta. A absoluta perfeição somente pertence a Deus – nenhuma das suas criaturas a pode reclamar. Mas nas suas limitadas relações podem os homens e as coisas ser perfeitos, até certo ponto. 3. Perfeição e o caráter cristão. Há certas passagens, no N.T., em que a palavra pode empregar-se em relação ao discípulo de Jesus Cristo, sendo a mais notável a de Mt 5.48: ‘Sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste.’ o cristão deve cumprir o seu dever, como Deus realiza o Seu – como homem deve o cristão ser como Ele em conduta, caráter e vida. Não é um preceito impossível de praticar, não é um ‘conselho de perfeição’, mas um desígnio prático da vida. o Sermão da Montanha sugere o método cristão de vida para essa perfeição. Amar a Deus de todo o coração – manifestação do mesmo amor aos seus semelhantes – a cultivação do seu próprio caráter de santidade, que é o amor em ação – é este o gênero de vida pelo qual o homem se torna perfeito, cumprindo a sua missão na terra. o versículo de que se trata é um resumo do que se acha exposto em todo o Sermão. Na verdade, todo o ensino das Sagradas Escrituras é dado ‘a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra’ (2 Tm 3.17). A obra expiatória de Cristo foi efetuada para que o homem pudesse viver aquela vida que conduz à perfeição. o Espírito Santo é um auxiliador que o homem tem sempre presente – e um dia, no Seu dia, tudo irá bem, realizando a igreja cristã o seu fim, ‘até que todos cheguemos à unidade da fé… à perfeita varonilidade’ (Ef 4.13). ‘Para que vos conserveis perfeitos, e plenamente convictos em toda a vontade de Deus’ (C14.12). isto ainda não é assim. Às vezes uma linguagem desprevenida é usada pelos teólogos cristãos, e o resultado é aparecerem pessoas que reclamam esse estado de perfeição nesta vida. Mas isso é, evidentemente, contrário ao ensino do N.T. S. Paulo diz de uma maneira determinada: ‘não que eu o tenha já recebido, ou que tenha já obtido a perfeição’ (Fp 3.12) – e toda aquela doutrina do cap. 7 da epístola aos Romanos claramente mostra que a luta com o pecado termina somente com a vida. A meta está diante de nós – é um assunto de grande objetivo e de urgente oração do nosso lado, e de ação do Espírito Santo do lado divino – por fim será atingida a meta. Não há lugar para presunção como também não há para desesperos.
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perfidia
hebraico: deslealdade, traição
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pérfido
Que mente à fé jurada; desleal; traiçoeiro; falso
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perfil
Feição; traços completos; quadro geral; fisionomia. O aspecto ou a representação gráfica dum objeto que é visto só de um lado; descrição de uma pessoa em traços mais ou menos rápidos.
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perfume
Era vulgar o uso de perfumes entre os hebreus e outros orientais, antes de serem conhecidos dos gregos e romanos. Moisés fala da arte de perfumista do Egito, e refere-se à composição de dois perfumes: um era para ser oferecido sobre o altar de ouro, outro para ungir o sumo sacerdote e os vasos sagrados (Êx 30.23,25,34, e seg.). os perfumes eram, também empregados na embalsamação, sendo compostos de mirra, aloés, e outras drogas fortes e adstringentes para evitar a infecção e a corrupção. Muitas pessoas também se perfumavam (Et 2.12). o esposo nos Cantares de Salomão recomenda o perfume da sua esposa (Ct 3.6), e é saudado com termos semelhantes. Duma maneira especial ele indica o nardo, o cinamomo, a mirra e o aloés. isto prova que tanto homens, como mulheres, faziam uso destes aromas, e isso ainda hoje se pratica naqueles países, onde o calor e a ausência da água quase que obrigam a fazer uso das essências ativas, e dos desinfetantes (Et 2.12 – Dn 10.3). os perfumes eram preparados na forma de líquidos, de pomadas, e de pós. E também de um modo concentrado para diluição. Deve-se observar que entre os orientais, o sentido do olfato é muito mais penetrantemente desenvolvido do que entre os europeus. Diz-se que os árabes muitas vezes mandam passar maçãs em volta da mesa do festim, não para serem comidas, mas com o fim de cada convidado gozar do seu bom aroma.
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pergaminho
É a pele de certos animais,como vitelas, cabras, burros, carneiros, e outros, que era preparada para nela se escrever. Segundo Plínio, o nome teve a sua origem no caso sucedido com o rei de Pérgamo, Eumenes ii, que reinou pelo ano 160 antes de Cristo. A sua ambição era formar uma grande biblioteca, que pudesse sobrepujar a de Alexandria no Egito. Mas o rei deste país proibiu, por inveja, que se fizesse a exportação do papiro, obrigando o rei de Pérgamo a recorrer aos antigos processos de preparar as peles para a escrita. Na preparação do pergaminho as peles ficam livres de todos os cabelos, carne, gordura, excrescências, por meio de uma fricção com pedra-pomes. Enquanto se conserva estendida na armação, passa-se giz por cima, e continua a esfregar-se até que a sua superfície se torna macia, e própria para o seu fim. Depois desta operação deixa-se secar, estando ainda esticada. Diz-se que S. Jerônimo foi o primeiro que possuiu uma biblioteca, composta inteiramente de obras escritas em pergaminho. os pergaminhos que S. Paulo pediu (2 Tm 4.13), não se sabe de que tratavam. Supõe-se apenas que fossem documentos legais, ou então apontamentos sobre a vida de Jesus Cristo.
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pergaminnhos
membrana
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pérgamo
Cidade da Mísia, hoje chamada Bergama: a sede de uma das sete igrejas da Ásia a que foram dirigidas as cartas apocalípticas (Ap 2.12 a 17). Estava situada perto do rio Caico (hoje Bakyr-tchai), e distante 32 km da sua foz. É lugar célebre pelo fato de ser ali que o pergaminho foi primeiramente preparado. Teve, também, uma biblioteca com 200.000 volumes, que depois foram levados para Alexandria. Segundo uma lenda, era Pérgamo terra sagrada por ter aí nascido o deus Júpiter. Quando dominavam os reis atálicos, tornou-se Pérgamo uma cidade de templos, colégios e palácios reais, e era considerada como a primeira cidade da Ásia. Um dos seus principais monumentos era um templo dedicado a Esculápio, sendo este deus representado pela figura de uma serpente, visto como a medicina desse tempo compreendia entre os seus agentes curativos os encantos e os encantamentos. Estava ali ‘o trono de Satanás’ (Ap 2.13), indicando provavelmente que Pérgamo era nesse tempo a capital da província da Ásia, e o mais antigo e principal centro do culto de César. Havia na cidade um certo número de judeus, que recebiam as rendas e ocupavam as terras, sendo apenas excluídos dos cargos públicos, visto que não queriam tomar parte nas cerimônias pagãs de caráter religioso. A acusação feita à igreja de Pérgamo (Ap 2.14), de serem da escola de Balaão alguns dos seus membros, mostra que estes, de alguma maneira, estavam seguindo o culto de Afrodita, muito em voga na cidade, tendo sido os israelitas desencaminhados de igual modo por Balaão.
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perge
grego: mui mundano, cidadela ou burgo
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perida
hebraico: separado
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perizeus
hebraico: aldeões
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perjurar
Jurar falso
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perjúrio
Juramento falso.
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permear
Penetrar, atravessar, traspassar.
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perniciosa
Mal, nocivo, perigoso.
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perpetrar
Cometer, praticar
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perpetua
Aquela que é eterna
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perscrutador
Que perscruta; que investiga minuciosamente; que esquadrinha; que indaga; sonda; etc.
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perscrutar
Investigar minuciosamente
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perseguição
É o ato de correr em seguimento de alguém para o prender – e também qualquer violência praticada por motivo religioso ou político. Bem cedo foi a igreja cristã perseguida: Jesus o tinha predito no Sermão da Montanha (Mt 5.10 a 12), e quando encarregou as doze da missão de evangelizar (Mt 10.17,18). Depois da morte do Divino Mestre continuou a perseguição contra os pregadores do Evangelho. Variam de forma, empregando-se umas vezes processos regulares, segundo a lei, prevalecendoem outras ocasiões a vontade do governador, como no procedimento de Herodes – e acontecia, também, romper o povo fanatizado em violências tumultuosas contra os discípulos de Jesus. Depois do discurso de Pedro (At 3), apoderaram-se os sacerdotes e os saduceus daquele Apóstolo e de João. Quanto a Estêvão, a sua obra de evangelização levantou acusações contra ele (At 6.11), sendo depois martirizado (At 7.58). Após este acontecimento houve contra a igreja de Jerusalém uma grande perseguição (At 8.1). Herodes pôs-se em campo (At 12.1) – e competiam os judeus com os gentios na resistência ao progresso da igreja nascente. Se em Filipos e em Éfeso eram os gentios os perseguidores (At 16 e 19), foram agressores os judeus em Antioquia de Pisídia (At 13), em icônio e em Listra (At 14), na Tessalônica (At 17), e em Corinto (At 18). As injustiças contra Paulo foram a causa de ele ter apelado para o tribunal de César (At 25.11), indo por isso o Apóstolo para Roma, onde mais tarde foi executado. Ele próprio falou da perseguição que outros haviam de sofrer como ele tinha sofrido (2 Tm 3.11,12). Pedro conforta os seus leitores, falando-lhes das provações que estavam iminentes (1 Pe 4.12 a 19). João, no Apocalipse (2.10,13, etc.), refere-se à perseguição já existente, ou próxima. o imperador Nero moveu uma grande perseguição no ano de 64. Foram de tal modo torturados os cristãos, que segundo conta Tácito, historiador romano, houve um movimento de simpatia para com os discípulos de Cristo (Ann. 15.24). E desde esse ano até ao princípio do quarto século, as perseguições sucediam-se, uma após outra. Na história moderna, a perseguição aos protestantes, feita pela igreja de Roma, causou maior perda de vidas do que a guerra ao Cristianismo nos tempos do paganismo. As igrejas missionárias também têm sido combatidas com as mais terríveis perseguições, como foram as que se levantaram contra os primeiros convertidos católicos romanos no Japão, e ainda em tempos mais modernos, as de Madagascar, Uganda e China. A igreja Romana nunca condenou os seus princípios de que tudo o que ela considera heresia deve ser suprimido pela força. E procura defender-se com a Lei de Moisés (o cap. 13 do Deuteronômio, por exemplo). Mas ali trata-se do castigo que haviam de sofrer os que prestavam culto aos ídolos, servindo a outros deuses. ora, é preciso nunca perder de vista que somos cristãos, e que o verdadeiro princípio cristão, pelo qual nos devemos regular, está estabelecido em 2 Co 3.17.
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persepolis
grego: cidade de Perseu
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perseu
grego: destruir, arquear, aniquilar
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perseverante
Conservar-se firme e constante; persistir, prosseguir, continuar.
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pérsia
Na sua maior extensão, o império da Pérsia ia desde a Trácia e o Egito, no ocidente, até ao indo, no oriente, e desde o mar Negro, o Cáucaso, o mar Cáspio, e o oxo e Jaxartos, ao Norte, até à Arábia, o golfo Pérsico, e o oceano indico, ao Sul. As principais cidades eram a Babilônia (conquistada por Ciro em 539 a.C.), Susã, Ecbátana na Média (2 Cr 36.20 a 23 Et – 1.3, 14 a 18 – 10.2 – Ez 27.10 – 38.5 – Dn 8.20 – 10.1,13,20 – 11.2). A primitiva Pérsia constava de um território, comparativamente pequeno, sobre o golfo Pérsico, ainda hoje conhecido pelo nome de Farsistã. Era limitado ao norte pela Média, ao ocidente por Elã, e ao oriente pela Carmânia. Era principalmente uma região deserta, sujeita a grandes vendavais – mas nas terras mais elevadas a partir da costa havia alguns vales férteis, onde abundavam as vinhas, as laranjeiras e os limoeiros. Eram mesmo famosos os vinhos de Shiraz. o norte do país eram terras desertas. Há apenas duas referências na Escritura a esta Pérsia, em confronto com o império (Ez 27.10 – 38.5), devendo, talvez, ali ler-se Patros. os persas pertenciam à raça ariana, e falavam a língua ariana, ou indo-européia. o tipo físico dos conterrâneos de Dario e Xerxes, bem como o dos seus modernos descendentes, era ariano em todos os seus traços fisionômicos. os viajantes ainda falam das populações de cor branca e olhos azuis, que se encontram nas terras altas da Pérsia, embora o povo em geral pertença ao tipo moreno, de cabeça bela, tendo pretos os cabelos e os olhos. Até na mesma família podem alguns membros ser do tipo loiro, e outros do tipo moreno. os persas eram no princípio uma tribo meda, que se tinha estabelecido nas proximidades do mar. Eles tinham avançado mais para o sul do que os outros indivíduos da mesma família, estabelecendo-se para além de Elã na praia oriental do golfo Pérsico. Estavam então ainda, como parece, na idade da Pedra, segundo o testemunho das sepulturas que têm sido abertas. Mas pelas suas relações com o reino civilizado da Assíria não tardaram a fazer uso do bronze e do ferro, e mesmo da louça vidrada de Nínive. Desde os tempos mais remotos tornou-se notável a Pérsia pelas suas frutas e legumes. A maior parte das árvores frutíferas, pertencentes aos climas temperados e tropicais, dão-se bem ali, constituindo o seu tratamento uma indústria importante daquela gente. Cresce ali facilmente arroz, trigo, cevada, milho, ervilhas e favas, havendo desses cereais grandes mercados para alimentação do povo. Todas as hortas são cultivadas e grandemente estimadas. os persas são bons jardineiros, e muito apreciadores de flores, especialmente de rosas, que excedem em grandeza, beleza e fragrância as da maior parte de outros países. Eles não foram grandes negociantes, mas levaram a arte da agricultura a grande estado de perfeição. o governo da antiga Pérsia era monárquico, sendo a coroa hereditária. o poder dos reis era absoluto, e eles consideravam o seu povo como escravos. os títulos que eles tinham de ‘grande rei’, e de ‘rei dos reis’, mostram a grande reverência que lhes tributavam os seus súditos, que os consideravam como representantes da divindade, prostrando-se por isso diante deles. Além do rei havia sete conselheiros de Estado, sendo todos eles sempre pessoas de alta hierarquia (Ed 7.12 e seg.). Este conselho não se entremetia no governo do rei: apenas existia para aconselhar. o rei, na sua qualidade de juiz, era auxiliado por vários ‘juizes reais’, que ele próprio escolhia, para administrarem justiça em certas épocas nas várias províncias do império. os juizes simples eram selecionados entre os homens de experiência, de cinqüenta anos para cima. os governadores das províncias tinham o nome de sátrapas, e eram nomeados pelo próprio rei. Estes só exerciam a sua missão por meio do monarca, que podia nomeá-los, castigá-los, ou recompensá-los. Para se tratarem com brevidade os negócios do Estado, estavam as províncias em ligação com a capital por meio de correios regulares, estabelecidos segundo um plano imaginado por Ciro. Estes postilhões viajavam de dia e de noite por meio de mudas cuidadosamente colocadas (Et 8.10). os persas conservavam uma antiga crença num Deus supremo, mas eles também prestavam culto ao Sol, à Lua, e às estrelas. os seus sacerdotes eram os magos, que sob o domínio dos assírios e medas tinham procurado alcançar poder sobre reis e povo. Quando os persas se tornaram poderosos, esta casta sacerdotal perdeu muito da sua influência, e foi perseguida pelos monarcas. o rei Ciro adotou esta política, e conseguiu efetuar grandes mudanças no sistema dos magos. A sua revolução foi completada por Zoroastro, cujo sistema, extraordinariamente notável, era apenas considerado como o produto da razão humana. Ele ensinava que ‘Deus existia desde toda a eternidade sendo como que a infinidade do tempo e do espaço’. Havia dois princípios no Universo: o bem e o mal – um era ormazda, o agente de todo o bem – outro era Arimã, o senhor do mal. Cada um deles tinha poder criativo, e por isso se acham o bem e o mal em todas as coisas. A luz era figura do espírito bom – a escuridão era figura do espírito mau. Por esta razão o discípulo de Zoroastro volta-se para o fogo sobre o altar, e para o Sol como sendo a mais nobre de todas as luzes. Zoroastro afirmava que o seu livro encerrava tudo o que era necessário saber para direção dos persas, quer se tratasse de religião, de política, de literatura, e de moralidade, quer das ciências naturais. Há no livro de isaías um notável versículo (45.7), que se supõe conter uma referência à religião dos magos, que prevalecia na Pérsia, no tempo de Ciro: ‘Eu formo a luz, e crio as trevas – eu faço a paz, e crio o mal – Eu, o Senhor, faço todas as coisas.’ Nesta passagem censura o Senhor o culto às substâncias inanimadas, chamando a atenção para Ele próprio, como autor dessas coisas. A religião dos persas permitia a poligamia e o incesto. A sua maneira de tratar os mortos era um ato religioso. o corpo era exposto numa alta torre, vindo as aves devorá-lo. Era este um costume abominável para o povo em geral, e por isso foi posto de parte logo que se ofereceu a oportuni
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pérside
a persa
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persis
grego: que corta, destrói,
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perspicaz
Que tem agudeza e penetração de vista; que tem agudeza de espírito; sagaz, talentoso
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persuadir
Levar a crer
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pertinente
Pertencente; concernente; próprio; etc.
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perturbar(-se)
tornar(-se) apreensivo, triste
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peruba
dividido, separado
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peruda
grego: separada ou eminente
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pêssach
Lit. “Passar por cima”; festa que comemora o êxodo dos judeus do Egito, sua identidade como povo e o surgimento de uma nação.
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petaías
Jeová abre
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petaquias
hebraico: solto do Senhor
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petor
interpretação dos sonhos
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petrecho
Instrumentos, munições e utensílios de guerra; objetos e utensílios necessários para a execução de qualquer coisa
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petuel
Deus liberta
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petunia
Flor de cor vermelha
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peuletai
laborioso
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peultai
hebraico: obra do Senhor
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pi-besete
egípcio: habitação da Deusa Bast
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pi-hairote
egípcio: lugar de juncos ou cara de carnicos
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piedade
O vocábulo grego é eusebeia e é quase intraduzível. A mesma palavra piedade é um termo que às vezes sugere algo que não é totalmente atrativo ou simpático. A grande característica da palavra eusebeia é que aponta em duas direções. A pessoa que tem eusebeia sempre adora corretamente a Deus e lhe dá o que a ele é devido; mas, além disso, também serve corretamente a seus próximos e lhes dá o que a eles é devido. A pessoa que é eusebes (o adjetivo correspondente) é a que está em correta relação tanto com Deus como com seu próximo. Eusebeia é piedade e religião, mas o é em seus aspectos mais práticos.
Como melhor podemos ver o significado desta palavra é observando o homem a quem os gregos consideravam o mais belo exemplo. Esse homem era Sócrates, e Xenofonte o descreve assim: “Era tão piedoso e tão devotamente religioso que não queria dar passo alguém sem a vontade do céu; era tão justo e reto que nunca causou nem o mais insignificante prejuízo a pessoa alguma; tinha tal domínio próprio, era tão temperado que nunca preferiu o mais fácil ao melhor; era tão sensível, tão sábio e tão prudente que nunca se equivocou ao distinguir o melhor do pior” (Xenofonte, Memorabilia 1.5.8-11). Em latim a palavra é pietas, e Warde Fowler descreve a idéia romana do homem que possuía tal qualidade: “É superior às seduções das paixões individuais e da egoísta brandura; (a pietas é) um sentido do dever que nunca abandona o homem, um dever primeiro para com os deuses, depois para com o pai e a família, para com o filho e a filha, para com sua gente e sua nação”.
Eusebeia é a palavra grega mais semelhante a religião. E sempre que começamos a defini-la e a ver o que ela significa, imediatamente comprovamos o caráter altamente prático da religião cristã. Sempre que uma pessoa faz-se cristã reconhece seu dobro obrigação: uma obrigação para com Deus e outra para com seu próximo.¹
¹ 2 Pedro (William Barclay) p. 30
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pilá
fatia
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pilado
Pisar; moer
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pilar
Coluna
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pilatos
armado de lança
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pilatos (pôncio)
Procurador ou governador da Judéia, quando governava o imperador Tibério, 26 a 36, d.C. Nos negócios públicos e particulares mostrava-se cruel (*veja Lc 13.1), e durante os dez anos do seu governo foi ele a principal causa de contínuas perturbações e revoltas. Pilatos fez algumas tentativas para livrar Jesus, porque ele sabia a causa da hostilidade para com o Rabi da Galiléia (Mt 27.18), e também porque a sua mulher tinha ficado perturbada com um sonho. Naquela ocasião ele estava ansioso por conservar a paz pública, e por isso procurou apaziguar os judeus, mandando açoitar Jesus (Mt 27.26 – Jo 19.1) – mas ao mesmo tempo desejou libertá-lo no dia da Páscoa. Por fim, para se livrar de dificuldades, enviou Jesus a Herodes, esperando que este o julgasse (Lc 23.7,8). Todos estes expedientes não deram resultado – e então, com receio de poder ofender os judeus e o imperador (Jo 19.12 a 15), entregou Jesus aos inimigos para ser crucificado, lavando em público as suas mãos para fazer crer que estava inocente naquele crime (Mt 27.23,24). A inscrição que foi colocada sobre a crucificada vítima revela que ele se arrependeu da ação que julgou necessário tomar (Jo 19.19). o último ato de Pilatos, descrito no N.T., foi ter mandado uma guarda para junto do túmulo, onde estava o corpo de Jesus (Mt 27.64). Pelo espaço de dez anos foi a Judéia perturbada por Pilatos, sendo por fim deposto por Vitélio, o procônsul da Síria, no ano 36 d.C., e mandado para Roma, a fim de dar conta dos seus atos perante o imperador. Quando estava em viagem para Roma, morreu Tibério – mas Calígula, o seu sucessor, desterrou Pilatos para Vienne da Gália, onde caiu em tal extremidade que tentou contra a sua existência.
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pildas
hebraico: lâmpada de fogo
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pileia
hebraico: servidão ou culto
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pilhar
Roubar; saquear
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pilhas
hebraico: fatia
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pillar
Fonte
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piltai
libertação do Senhor
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pináculo
O ponto mais alto de um edifício
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pingues
Gordos; produtivos
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pinom
hebraico: distração
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pintado ou esculpido
Quadros pintados,como hoje os temos, eram desconhecidos dos antigos, mas eram numerosas as figuras esculpidas em baixo-relevo, ou pintadas a fresco, em cores claras, nas paredes dos palácios reais (Ez 23.14). No Egito, os caixões das múmias eram adornados de retratos coloridos dos mortos, e inscrições feitas com esmero cobriam todo o espaço aproveitável. As ‘salvas de prata’ (Pv 25.11) eram ornamentos de frutos e folhagem, gravadas em pedra ou na madeira. (*veja Romãzeira.)
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pintura
A arte da pintura é quase desconhecida no A.T., mas há uma referência (Jr 22.14) ao seu uso nas decorações da casa. o pintar os olhos é três vezes referido: no livro 2º dos Reis (9.30), onde se diz que Jezabel ‘se pintava em volta dos olhos’ – em Jeremias (4.30) onde se lê: ‘alargas os olhos com pinturas’ – e em Ez 23.40, ‘coloriste os olhos’. Geralmente eram pintadas com estíbio ou antimônio as sobrancelhas e ambas as pálpebras. No moderno Egito é usado kohl para o mesmo fim. É uma substância fuliginosa, feita de cascas queimadas de amêndoa, ou de uma resina aromática, chamada liban. Este costume, que passou no Egito por quatro ou cinco milênios, pode conhecer-se pelas antigas pinturas e esculturas – e mesmo foram descobertas nos antigos túmulos vasos de kohl com as tentas e os restos do pó preto. Para se usar a tintura, misturava-se com azeite, e guardava-se em pequenos vasos de chifre. A tenta, com a qual se fazia a aplicação do líquido corante, era um pequeno ponteiro, mas não agudo, feito de madeira ou de marfim.
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piolho
Esta palavra somente se encontra na referência à terceira praga do Egito (Êx 8.16 a 18 – Sl 105.31). os sacerdotes egípcios consideravam-se incompetentes para exercer as suas funções, se não estivessem escrupulosamente limpos. E de três em três dias faziam a barba, e rapavam o pelo do corpo. Por isso a presença desse parasito se julgava uma coisa pior do que as mais repugnantes pragas. Vinha diretamente prejudicar o exercício do seu culto cerimonial. Todavia, pensam alguns críticos que naquelas passagens se trata apenas de mosquitos.
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pioneira
Precursora; diz-se de obra, serviço, iniciativa, idéia, etc., que se antecipa ou abre caminho a outros iguais ou similares.
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pirã
asno montês
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pirão
hebraico: asno montes
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piratom
Altura. A pátria de Abdom, o juiz, e de Benaia, um guerreiro que pertencia à guarda de Davi (Jz 12.13,15 – 2 Sm 23.30 – 1 Cr 11.31 – 27.14). Talvez seja a moderna Farata, que fica a 11 km ao sudoeste de Noblus.
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pirkê avot
Obra conhecida como “Ética dos Pais”; tratado da Mishná onde está escrito éticas e morais para a vida.
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pirotecnia
Arte de empregar o fogo ou os explosivos.
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pirro
latim: fogo, grego: que tem cabelo avermelhado
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pisga
hebraico: divisão, ou rocha fendida
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pisidia
Território montanhoso da Ásia Menor, limitado ao norte e oriente pela Licaônia, ao sul pela Panfília, e ao norte e ocidente pela província da Ásia. No tempo de Paulo fazia parte da província da Galácia, onde o Apóstolo pregou (At 13.14 – 14.24 – cp. com 2 Tm 3.11). (*veja Paulo.)
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pisom
água transbordante
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pison
hebraico: grande difusão de água
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pispa
hebraico: dispersão
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pistácia
Gênero de arbustos e árvores anacardiáceas com frutos secos ou polposos e sementes oleosas. 2. Árvore desse gênero, cujas sementes verdes são usadas em culinária e confeitaria; fruto dessa planta.
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pitagoras
Orador da praça, do foro
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pitolomeu
guerreiro, religioso
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pitom
Casa (do deus) Atum. Cidade de tesouros no Egito, na terra de Gósen (Êx 1.11), ao oriente do Nilo, perto da moderna ismailia. o tesouro era, certamente, trigo ou outros gêneros, não sendo provável que constasse de metais preciosos ou jóias. Foi edificada pelos israelitas escravizados, no tempo de Ramessés ii. os romanos construíram Herópolis, na orla da área que ocupava. Foi novamente descoberta por Naville em Tel-el-Mashkuta. (*veja Gósen.)
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pitonisa
Na Antigüidade, adivinho que previa o futuro.
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placido
Tranqüilo, sereno
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planta – aboboreira
Muita discussão tem havido sobre a identidade da planta que proporcionou ao desanimado profeta Jonas uma sombra benéfica e uma lição salutar. A opinião geral é a de que se trata da Palma Cristi, do mamoeiro. As parras silvestres, que foram postas na sopa de Eliseu (2 Rs 4.39) diferem da planta de Jonas. São as colocíntidas, com as quais se faz um conhecido medicamento, amargo e drástico – o aroma é tal que logo assusta – e as plantas, se como alimento forem empregadas, são altamente venenosas. A planta da colocíntida cresce abundantemente nas sítios baixos em volta do mar Morto. Quando está inteiramente madura, a sua casca é brilhantemente alaranjada, e as sementes são amargas
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plasmar
Fazer
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plátano
A árvore de que se faz menção em Gn 30.37 e em Ez 31.8 é o plátano oriental, um dos mais agradáveis e notáveis exemplares de vegetação existentes nas margens dos rios e outros sítios úmidos da Síria e Terra Santa. É árvore silvestre, que cresce nas proximidades dos rios, na região do Líbano e planta-se naqueles lugares em que se pode achar bastante umidade. As suas largas folhas e ramos horizontais resguardam perfeitamente dos raios solares. A casca é macia e esbranquiçada, cobrindo-se anualmente de renovos – esta circunstância pode explicar o estratagema de Jacó (Gn 30.37).
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plebe
Povo; populacho; ralé
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pleides
sete estrela
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pleitear
Discutir; disputar
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pleito
Discussão; debate
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plenificar
Tornar pleno; preencher.
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plenitude
Qualidade ou estado de pleno.
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pleno
Completo, cheio, inteiro.
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pluralidade
Grande número; multiplicidade.
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pobreza
A lei judaica era cuidadosa acerca dos pobres. Eles tinham direito de apanhar aquém e além o que se deixava ficar no campo depois da ceifa, ou depois da vindima, ou depois da colheita de azeitona (Lv 19.9,10 – Dt 24.19,21 Rt 2.2). No ano sabático eram os pobres autorizados a ter parte nas novidades (Êx 23.11 – Lv 25.6) – e se eles tinham vendido alguma porção da sua terra, ou tinham cedido a sua liberdade pessoal, tudo isso lhes devia ser restaurado no ano do Jubileu (Lv 25.25 e seg. – Dt 15.12 e seg.). Além disso, eram protegidos contra a usura (Lv 25.35, 37 – Dt 15.7, 8 – 24.10 a 13) – recebiam uma porção dos dízimos (Dt 26.12,13) – e ainda sob outros pontos de vista tinha de ser considerada a sua situação (Lv 19.13 – Dt 16.11,14). (*veja Esmola, Empréstimos, Dízimo. )
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poço
Em muitos lugares da Terra Santa se encontram fontes de água ‘viva’, ou nascentes. Uma fonte deste gênero se chamava ayin, ‘olho’, palavra que aparece em nomes de localidades, como ‘En-Gedi’, ‘En-Rogel’. Uma palavra distinta desta é Beer, que significa um poço escavado em situações favoráveis, para recolher as águas vindas de qualquer parte. Esta palavra entra, também, na composição de nomes de lugar – Berseba, Beera, Beerote. Além dos poços particulares, havia muitos públicos, que homens eminentes mandavam abrir para utilidade geral, ou por simples ato de benevolência. São exemplos o poço de Abraão e o poço de Jacó. o valor de tais poços, num clima quente e geralmente seco, era grande e por isso havia, por vezes, conflitos para entrarem na posse deles. No tempo dos patriarcas houve lutas entre Abraão e Abimeleque, e entre isaque e os filisteus por causa de poços (Gn 21.25 – 26.18). Reuel recebeu Moisés em sua casa pelos serviços que ele lhe prestou, defendendo as suas filhas contra os pastores que as impediam de tirar água para o rebanho de seu pai (Êx 2.15 a 17). Parece que a mulher de Samaria havia julgado que o poço junto do qual estava Jesus tinha sido uma prova de poder e generosidade de Jacó (Jo 4.12) – e a filha de Calebe considerava incompleto o presente de terras, que seu pai lhe havia dado, sem os necessários poços (Jz 1.14,15). Para não se desperdiçar a água, e para que o poço não se enchesse de areia, era ele coberto, e algumas vezes fechado (Gn 29.2). outros poços se podiam abrir em certas ocasiões, e na presença dos proprietários ou dos seus servos. Raquel tinha, provavelmente, poder sobre o poço a que se faz referência em Gn 29.3, porque não se abriu até que ela chegasse. A água era geralmente tirada dos poços com cântaros, mas atualmente emprega-se para esse fim uma roldana.
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poço, ou cova
Em Gn 14.10 a palavra significa um lago betuminoso, que cobre a parte mais baixa do vale do Jordão. Em Gn 37.20, trata-se de um poço seco, em forma de garrafa, onde foi lançado José pelos seus irmãos. Em Êx 21.33 é um sítio para guardar grão, sendo isso algumas vezes uma escavação na rocha. *veja também Jó 33.18 e seg – Sl 9.15 e seg. Em Sl 7.15 há uma alusão ao método de apanhar as feras, fazendo poços, e cobrindo-os levemente com ramos ou estrume. Em Ap 9.1,2 ‘o poço do abismo’, quer dizer a morada dos espíritos maus. *veja também Lc 8.31, onde ‘abismo’ tem a mesma significação. (*veja inferno.)
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poderoso
hebraico: Shadai, forte
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poesia dos hebreus
i. A sua forma. É provável que nos tempos mas antigos, quando a história e a doutrina, e mesmo as regras do ritual e da moral, principiaram a ser transmitidas, fosse usada a poesia como meio de impressionar a alma. E é ainda mais provável que tal poesia fosse escrita na forma mais rudimentar, pertencendo a rima e a metrificação a um período posterior da história dos hebreus. Sendo assim, a poesia hebraica, quanto à sua forma, representa um período primitivo de poética expressão. Porquanto, na medida que nos é possível determinar o caráter da poesia bíblica, os versos não eram medidos, a não ser em certos casos, sendo muito raramente usada a rima. Algumas vezes, como se disse, pode a metrificação facilmente achar-se nos cânticos elegíacos, usados pelas mulheres em ocasião de funeral, e nos poemas do mesmo gênero. Tais são, por exemplo, as palavras proferidas pelas carpideiras em Jr 9.18 a 20, e os prantos de Am 5.1 e seg., e as esmeradas lamentações de Jr 1 a 4. Nesta espécie de poesia, o versículo está dividido em várias partes, sendo a sua proporção de 3 para 2 com uma forte cesura entre elas, ‘dando ocasião a um particular ritmo, em que o último membro como que se vai extinguindo’. Chama-se o quiná ou a medida de lamentação. Em que pode, pois, a poesia hebraica distinguir-se na sua forma? Pelo seu ritmo, é a reposta. Um pedaço de prosa em hebreu pode ser beto, mas falta-lhe o ritmo, que é distintivo da poesia. Na poesia hebraica o ritmo tem um equilíbrio não de forma apenas, mas também de significação. A isto se chama tecnicamente paralelismo – e, em todas as introduções ao livro dos Salmos, vêem-se as várias espécies deste gênero de poesia. Basta dizer neste lugar que evidentemente a segunda parte de um verso pode concordar com a exposição da primeira (Sl 19.1), ou pode mostrar o lado oposto da verdade (Sl 1.6), podendo ainda tais paralelismos ser duplos (Sl 103.11,12). Alguns poetas, particularmente, como parece, os das idades posteriores, gostavam de principiar cada linha de um poema com uma nova letra do alfabeto (*vejag. Sl 25) – e num só caso (Sl 119) – cada uma das estâncias principia com a mesma letra, até que as vinte e duas letras do alfabeto hebraico são todas empregadas. ii. o seu caráter. os mais importantes poemas do A.T. são o ‘Cântico da Espada’, de Lameque (Gn 4.23,24) – o cântico de Miriã, ao atravessar o mar Vermelho (Êx 15) – o cântico do poço (Nm 21.17,18) – o cântico de Moisés (Dt 32) – o cântico de Débora (Jz 5) – os extratos do Livro dos Justos, em Js 10.12,13 (a batalha de Gibeom, sob a direção de Josué), e em 2 Sm 1.19 a 27 (a lamentação de Davi a respeito de Saul e Jônatas) – o cântico de Davi (2 Sm 22) – as poesias contidas no livro de isaías (e.g. 5.1 a 7,26) – Salmos, Provérbios, Cantares de Salomão, Lamentações. Além destas obras, muitas profecias tomam até, certo ponto, uma forma poética, mas não são poemas, no sentido restrito da palavra. observar-se-á que nenhum desses poemas é puramente secular, ainda que naturalmente deve ter havido muitos cânticos seculares entre os hebreus (*veja is 23.15 – 24.9). Cantares de Salomão, embora sejam propriamente uma coleção de odes, cantadas durante a semana do casamento, não é, realmente, uma exceção – porque, pela maneira como se acha composta a poesia, logo desde o início houve a compreensão de que ela significava a relação de Deus para com israel. Assim, tudo o que chegou ao nosso conhecimento trata, mais ou menos diretamente, da comunhão da alma individual com Deus ou da íntima relação entre Deus e a nação. E é difícil de saber, em certo número de poemas, qual destes dois assuntos se apresenta, porque a linguagem tanto se pode compreender de um modo como de outro. Mesmo o ‘Eu’ do escritor pode representar a alma da nação, dirigindo-se a Deus. (*veja Salmos.) A profunda experiência espiritual destes poetas é muito notável. Por isso os Salmos têm sido transferidos no seu todo para o culto cristão, pois os cristãos acham neles a expressão daquela comunhão com Deus, a que as suas próprias almas aspiram. iii. A Poesia do N.T. isto podia bem ser exposto sob o título de poesia dos hebreus, porque todos os escritores do N.T. eram judeus, à exceção de S. Lucas – e coisa curiosa é ter ele sido o único que nos faz reviver a parte mais grandiosa das poesias hebraicas. Esta poesia do N.T. representa duas fases. Primeiramente a de judeus piedosos, no tempo em que Jesus nasceu. o Magnificat (Lc 1.46 a 55), o Benedictus (Lc 1.68 a 79), e o Nunc Dimittis (Lc 2.29 a 32) eram, sem dúvida, na sua origem poemas hebraicos ou aramaicos. Em segundo lugar, seria de esperar que após a realização da paz e da alegria pelo Evangelho com o derramamento do Espirito Santo, seguir-se-ia em pouco tempo a formação de hinos cristãos. E parece efetivamente ter sido este o caso, porque achamos fragmentos de tais hinos, que são citados por S. Paulo para ilustração das suas próprias palavras, em Ef 5.14 e em 1 Tm 3.16. Trata-se somente de fragmentos, mas eles apresentam o lado moral e doutrinal da revelação de Cristo, fazendo ver ao mesmo tempo duas das grandes funções da poesia sagrada, isto é, auxiliar a memória na preservação de verdades, e despertar a alma para uma íntima comunhão com Deus, podendo assim receber a luz que Deus lhe quer comunicar.
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pogrom
“Perseguição”, discriminação; opressão sofrida pelos judeus.
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polêmica
Debate oral; questão, controvérsia.
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policarpo
Nome grego que significa “produz abundantes frutos”
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poligamia
A poligamia era um estado reconhecido entre os hebreus – ‘entretanto, não foi assim desde o princípio’, como Jesus lembrou aos seus ouvintes (Mt 19.8). Cedo apareceu a poligamia na família de Caim (Gn 4.23) – foi um costume nos patriarcas (Gn 16.3 – 25.1 – 29.29,30), embora, como no caso de Abraão e de Jacó, razões sejam dadas do fato: existia entre os juizes (Jz 8.30) – no caso de Davi há indiretamente uma sanção expressa (2 Sm 12.8) – eram polígamos os reis (2 Sm 5.13) – mas havia restrições à licenciosidade real (Dt 17.17), e, como no caso de Salomão, maus resultados são descritos pela influência de muitas mulheres (1 Rs 11.4). A existência da poligamia estava estreitamente relacionada com a da escravidão doméstica – e os direitos da mulher, vendida como escrava pelo seu pai, e casada com o seu senhor, ou com o filho deste, estavam definidos na lei (Êx 21.7 a 11).
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politeísmo
Religião em que há pluralidade de deuses.
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polux
grego: astro, constelação boreal ou deus estrela
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pomba
A primeira menção que se faz da pomba na Bíblia é em Gn 8.8,10,12. Noé empregou esta ave com o fim de saber quanto tinha baixado as águas do dilúvio. As pombas são abundantes na Palestina, tanto no seu estado livre, como domesticadas. São classificadas por Moisés entre os animais limpos, e sempre foram aves da mais alta estima nas nações orientais. o Salmo 68.13 refere-se ao brilho de suas asas, quando se levantam a voar. A pomba é mencionada como símbolo de simplicidade, de inocência, gentileza, afeição e fidelidade (os 7.11 – Mt 10.)S) – e podia ser oferecida em sacrifício pela gente pobre, quando não podia apresentar oblação mais custosa. Foi nestas condições que Maria ofereceu ‘um par de rolas ou dois pombinhos’, depois do nascimento de Cristo (Lv 12.8 – Lc 2.22 a 24). Lê-se em is 60.8: ‘Quem são estes que vêm voando como nuvens, e como pombas ao seu pombal?’ A pele brilhantemente avermelhada, em volta dos olhos pretos da rola, explica as palavras de Ct 5.12. o esterco de pombos é muito empregado para adubar as terras no oriente.
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poncio
latim: amante de carne de porco
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poncio festo
latim: festivo, alegre, jubiloso
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poncio pilatos
latim: armado com um dardo
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pondera
Aprecia; medita; refletir
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ponderação
Reflexão, meditação, consideração.
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ponto
País junto do mar. o território a nordeste da Ásia Menor, adjacente ao mar Negro. É limitado ao sul pela Capadócia – ao oriente pela Cálquida – e ao ocidente pela Paflagônia e Galácia. Em tempos mais antigos fazia parte da Capadócia, quando esta era uma satrapia da Pérsia. No ano 480 (a.C.), contribuiu com 100 navios para a armada de Xerxes. Quase quatrocentos anos mais tarde, Mitrídates, o Grande, alargou os limites do Ponto, e auxiliou os gregos na guerra contra os citas, estendendo-se então a sua influência até ao Danúbio. Dentro dalguns anos, porém, ele perdeu uma parte considerável do seu território, tornando-se o Ponto uma província romana, cerca do ano 64 (a.C.). Nos últimos tempos da vida de Paulo, a parte nordeste formava a província da Bitínia e Ponto, ao passo que o resto do território estava compreendido na vasta província da Galácia. Era a residência de certo número de judeus, que estavam em Jerusalém no grande dia de Pentecoste, vivendo Áqüila também ali, bem como os cristãos a quem Pedro se dirige na sua epístola (At 2.9 – 18.2 – 1 Pe 1.1).
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popa
A parte posterior da embarcação; atrás
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poquerete
hebraico: que enreda
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poquerete-hazebaim
hebraico: caçando gazela
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porata
hebraico: que tem muitos carros ou ornamento
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porco
De nenhum animal se fala na Bíblia com tanta aversão, como do porco. A lei de Moisés proíbe que se coma a sua carne, pois é animal imundo (Lv 11.7 – Dt 14.8) – e em diversos casos se faz alusão à comida da carne de porco, como sendo extraordinária abominação (is 6õ.4 – 66.3,17). os mais ortodoxos judeus na idade Média nem mesmo o nome queriam proferir – e, quando se referiam a esse animal, empregavam a palavra ‘abominação’. Fala-se, contudo, dos cevados como sendo eles o tipo da impureza: ‘Como jóia de ouro em focinho de porco, assim é a mulher formosa que não tem discrição’ (Pv 11.22 – cp. com Mt 7.6). Mais tarde eram criadas manadas de porcos para negócio com a população pagã da Palestina (Mt 8.30 a 32 – Mc 5.11 a 16 – Lc 8.32,33 – 15.15,16).
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porfia
Discussão; disputa
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porfiar
Discutir
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porneia
Algumas traduções da Bíblia usam a palavra “fornicação” onde outras usam a expressão “relações sexuais ilícitas” ou “imoralidade sexual”. A palavra original grega é porneia, que é definida como “relações sexuais ilícitas” (Dicionário da Bíblia Almeida), que inclui, mas não é limitado ao adultério. A palavra “ilícito” (que significa ilegal ou impróprio) pode confundir algumas pessoas, uma vez que vivemos num tempo quando pouca coisa é considerada ilícita. Somente porque nossas autoridades civis legalizaram algumas atividades que Deus não autorizou não as torna corretas. Um homem que, mesmo com a aprovação do governo, se divorcia de sua esposa sexualmente fiel, ou cuja esposa se divorcia dele, e se casa com outra, comete adultério (veja Mt 5:32; 19:9).
Desde que Deus autorizou cada homem a “ter sua própria esposa” e vice-versa (1 Co 7:2), qualquer variação (sexo pré-marital ou extra-marital, bem como bigamia, poligamia e homossexualismo) é ilícito e cai dentro da definição de fornicação.
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porros ou alhos porros
A palavra hebraica tem propriamente o sentido de relva verde, mas usa-se de um modo especial para significar alhos porros. os israelitas no deserto cobiçaram estes vegetais, que eles tinham comido no Egito (Nm 11.5). Segundo Heródoto, os construtores das pirâmides do Egito alimentavam-se de rabanetes, cebolas, e alhos, que juntamente com lentilhas formavam as principais plantas comestíveis daquela fertilíssima terra.
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porta
As portas das casas, bem como asdas cidades, eram de madeira, de ferro, ou de cobre (1 Sm 4.18 – At 12.10,13). As portas das cidades eram os lugares de maior afluência do povo para negócios, processos judiciais, conversação, e passatempo na ociosidade (Gn 19.1 – Dt 17.5 e 25.7 – Rt 4.1 a 12 – 2 Sm 15.2 – 2 Rs 7.1 – Ne 8.1 – Jó 29.7 – Pv 31.23 – Am 5.10,12,15). Como remanescente do velho costume e linguagem oriental, ainda hoje se chama Sublime Porta ao conselho ou governo de Constantinopla. As portas das cidades continham escritórios à entrada. Eram de dois batentes – cerravam-se com fechaduras e ainda se seguravam com barras de ferro. A porta Formosa do templo (At 3.2) era inteiramente feita de cobre de Corinto, sendo necessários vinte homens para a fechar.
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porta da fonte
Uma porta, ao sul de Jerusalém, perto da qual havia uma fonte, sendo esta, talvez, a de Siloé (Ne 2.14 – 3.15 – 12.37).
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porta do monturo
Melhor tradução seria’porta do monte de refugo’. Era uma das portas de Jerusalém (Ne 2.13) fora da qual se juntava refugo de toda espécie. Estava, provavelmente, perto do ponto mais meridional da cidade.
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porta do peixe
Uma porta, na muralha de Jerusalém, ao norte (Ne 3.3 – 12.39 – Sf 1.10). (*veja Peixe.)
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porta formosa
(At 3.2,10). Uma porta do templo. (*veja Templo.)
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portadora
Que porta ou conduz.
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porteiro
o que guarda uma porta ou portaria (2 Sm 18.26 – 1 Cr 16.42 – Ed 2.42 – Jo 10.3). os porteiros do templo formavam uma classe distinta, e estavam no seu lugar de dia e de noite, sendo regularmente rendidos. Estavam também a seu cuidado as ofertas e o tesouro. Eles constituíam um corpo militarizado – eram ‘os soldados do Senhor’, que guardavam a sua casa, sendo nomeados por sorteio para as diversas entradas e pátios do templo, com serviço por turnos (1 Cr 26.1,13,19 – 2 Cr 8.14 – 35.15). A sua obrigação era manter a ordem e evitar a entrada de pessoas impuras ou excomungadas. Estavam sempre vinte e quatro nos respetivos lugares, sob a vigilância de um oficial superior, que fazia a ronda, com intervalos irregulares.
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portentosas
Coisa extraordinária
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portentoso
Maravilhoso, prodigioso, assombroso.
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pórtico
Átrio amplo
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poruda
hebraico: espalhada
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porvir
Tempo que há de vir; o futuro.
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poste-ídolo ou postes sagrados
Postes de madeira, talvez entalhados com a imagem de Aserá, deusa cananéia do amor e da guerra, erigidos (erguidos) para homenageá-la e colocados perto dos altares do culto cananeu
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posteridade
Imundo, desprezível, vil, baixo, ignóbil.
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postes
ídolos – Postes de madeira, talvez entalhados com a imagem de Aserá, deusa cananéia do amor e da guerra, erigidos para homenageá-la e colocados perto dos altares do culto cananeu.
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postes-ídolos
Postes de madeira, talvez entalhados com a imagem de Aserá, deusa cananéia do amor e da guerra, erigidos para homenageá-la e colocados perto dos altares do culto cananeu.
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postigo
Porta pequena
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postura
Posição do corpo ou de uma parte dele.
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potassa
Substância branca usada em lavagens
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potentado
Pessoa muito poderosa; príncipe
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poteoli
grego: poços pequeninos
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potestade
Poder, potência.
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potifar
o dom de Ra (o sol do meio-dia). Era o capitão da guarda de Faraó, o oficial que comprou José aos mercadores ismaelitas (Gn 37.36 – 39.1). Pela sua posição tinha ele, provavelmente, o encargo da prisão, e vivia lá dentro em compartimentos especiais. A sua propriedade particular constava de terras, sendo José encarregado de tratar da sua lavoura (Gn 39.4 a 6). As mulheres egípcias de todas as classes gozavam de absoluta liberdade, havendo, portanto, completa oportunidade para a tentação de José. o fato de Potifar não ter logo matado o seu servo dá-nos a conhecer que ele tinha José em grande consideração, duvidando certamente de que ele tivesse praticado o ato de que o acusavam. (*veja José. )
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potifera
egípcio: que pertence ao sol ou sacerdote
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poupa
Esta ave era, também, das que a lei de Moisés proibia que se comessem (Lv 11.19 e Dt 14.18). A poupa, de bico comprido e delgado, alimenta-se dos insetos que encontra nos monturos e nas terras alagadiças, freqüentando, também, os vales no deserto e os sítios pantanosos junto das cidades. Possui uma alta crista – e na sua listrada plumagem salientam-se as penas de cor branca. os seus movimentos são mais grotescos do que belos. A poupa é quase tão grande como um tordo.
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pousio
Interrupção da cultura por um ou mais anos
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prado
Campo coberto de ruas que seguem a pastagem
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praga
Uma doença mortalmente contagiosa, que predomina no oriente desde os tempos mais remotos, sendo o mais terrível flagelo do Egito e da Síria. o termo é usado metaforicamente para exprimir um castigo especial, resultante de atos malévolos (Êx 9.14 – Lv 26.21 – 1 Rs 8.37 – *veja também o artigo seguinte), e também para designar uma calamidade (Mc 5.29,34 – Lc 7.21). Muitas palavras hebraicas se traduzem por ‘praga’, significando enfermidades malignas, bem como males físicos e morais.
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pragana
Barba de espigas cereais
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pragas
Em latim, “chagas”. Calamidades que de modo intenso e difundido afligem uma região ou um conjunto de homens. Na Bíblia são famosas as Pragas do Egito narradas no livro do Êxodo como castigos com os quais Deus abrandou o coração do faraó para qe permitisse aos israelitas a saída do Egito (cf. Êx 7-12). Os especialistas vêem esta sequência de calamidades relacionada com fenômenos não desconhecidos na região, mas que vieram com uma intensidade e sequência tal, que foram claramente vistos como força e sinal de Deus em favor de seu povo.
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pragas (as dez), primogênitos
). Estas terríveis visitações tiveram por fim levar Faraó a reconhecer e a confessar que o Deus dos hebreus era supremo, estando o Seu poder acima da nação mais poderosa que era então o Egito (Êx 9.16 – 1 Sm 4.8, etc.) cujos habitantes deviam ser julgados pela sua crueldade e grosseira idolatria. i. A conversão do Nilo em sangue. os egípcios tributavam honras divinas ao rio Nilo, e reverenciavam-no como o primeiro dos seus deuses. Diziam que ele era o rival do céu, visto como regava a terra sem o auxílio de nuvens e de chuva. o fato de se tornar em sangue a água do sagrado rio, durante sete dias, era uma calamidade, que foi causa de consternação e terror (Êx 7.14 e seguintes). ii A praga das rãs. Na praga das rãs foi o próprio rio sagrado um ativo instrumento de castigo, juntamente com outros dos seus deuses. A rã era um animal consagrado ao Sol, sendo considerada um emblema de divina inspiração nas suas intumescências. o repentino desaparecimento da praga foi uma prova tão forte do poder de Deus, como o seu aparecimento. (Êx 8.1 e seg.). iii. Piolhos. A praga dos piolhos foi particularmente uma coisa horrorosa para o povo egípcio, tão escrupulosamente asseado e limpo. Dum modo especial os sacerdotes rapavam o pelo de todo o corpo de três em três dias, a fim de que nenhum parasita pudesse permanecer neles, enquanto serviam os seus deuses. Esta praga abalou os próprios magos, pois que, em conseqüência da pequenez desses insetos, eles não podiam produzi-los pela ligeireza de mãos, sendo obrigados a confessar que estava ali o ‘dedo de Deus’ (Êx 8.19). iV Moscas. As três primeiras pragas sofreram-nas os egípcios juntamente com os israelitas, mas por ocasião da quarta separou Deus, de um modo especial, dos seus opressores, o povo que tinha escolhido (Êx 8.20 a 23). Este milagre seria, em parte, contra os sagrados escaravelhos, adorados no Egito. *veja Peste no gado. A quinta praga se declarou no dia seguinte, em conformidade com a determinação divina (Êx 9.1 e seguintes). outra vez é feita uma distinção entre os egípcios e os seus cativos. o gado dos primeiros é inteiramente destruído, escapando à mortandade o dos israelitas. Este milagre foi diretamente operado pela mão de Deus, sem a intervenção de Arão, embora Moisés fosse mandado a Faraó com o usual aviso. Vi. Úlceras e tumores. (Êx 9.8 e seguintes.) A sexta praga mostra que, da parte de Deus, tinha aumentado a severidade contra um monarca obstinado, de coração pérfido. E aparecia agora também Moisés como executor das ordens divinas – com efeito, tendo ele arremessado ao ar, na presença de Faraó, uma mão cheia de cinzas, caiu uma praga de úlceras sobre o povo. Foi um ato significativo. A dispersão de cinzas devia recordar aos egípcios o que eles costumavam fazer no sacrifício de vítimas humanas, concorrendo o ar, que era também uma divindade egípcia, para disseminar a doença. Vii. A saraiva. (Êx 9.22 e seguintes.) Houve, com certeza, algum intervalo entre esta praga e a do nº 6, porque os egípcios tiveram tempo de ir buscar mais gado à terra de Gósen, onde estavam os israelitas. É também evidente que os egípcios tinham por esta ocasião um salutar temor do Deus de israel, e a tempo precaveram-se contra a terrível praga dos trovões e da saraiva (Êx 9.20). Viii. os gafanhotos. Esta praga atacou o reino vegetal. Foi um castigo mais terrível que os outros, porque a alimentação do povo constava quase inteiramente de vegetais. Nesta ocasião os conselheiros de Faraó pediram com instância ao rei que se conformasse com o desejo dos mensageiros de Deus, fazendo-lhe ver que o país já tinha sofrido demasiadamente (Êx 10.7). Faraó cedeu até certo ponto, permitindo que somente saíssem do Egito os homens – mas mesmo isto foi feito com tão má vontade que mandou sair da sua presença a Moisés e Arão (Êx 10.7 a 11). Foi então que uma vez mais estendeu Moisés o seu braço à ordem de Deus, cobrindo-se a terra de gafanhotos, destruidores de toda a vegetação que tinha escapado da praga da saraiva. outra vez prometeu o monarca que deixaria sair os israelitas, mas sendo a praga removida, não cumpriu a sua palavra. iX. Três dias de escuridão. A praga das trevas mostraria a falta de poder do deus do Sol, ao qual os egípcios prestavam culto. Caiu intempestivamente a nova praga sobre os egípcios, havendo uma horrorosa escuridão sobre a terra durante 3 dias (Êx 10.21 e seguintes). Mas os israelitas tinham luz nas suas habitações. Faraó já consentia que todo o povo deixasse o Egito, devendo, contudo, ficar o gado. Moisés, porém, rejeitou tal solução. Sendo dessa força a cegueira do rei, anunciou a última e a mais terrível praga que seria a destruição dos primogênitos do Egito (Êx 10.24 a 11.8). Afastou-se Moisés irritado da presença de Faraó cujo coração estava ainda endurecido (Êx 11.9,10). X. A morte dos primogênitos. Foi esta a última e decisiva praga (Êx 11.1 e seguintes). E foi, também, a mais claramente infligida pela direta ação de Deus, não só porque não teve relação alguma com qualquer fenômeno natural, mas também porque ocorreu sem a intervenção de qualquer agência conhecida. Mesmo as famílias, onde não havia crianças, foram afligidas com a morte dos primogênitos dos animais. os israelitas foram protegidos, ficando livres da ação do anjo exterminador, pela obediência às especiais disposições divinas.
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pragmatismo
Do grego pragma = ação. Ë um sistema filosófico que valoriza a verdade por sua capacidade para traduzir-se em atos e realidades proveitosas. Não lhe interessam a verdade em si mesma nem os conceitos universais.
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praguejar
Dizer pragas ou imprecações
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prata, moedas de
Esta expressão no A.T refere-se, provavelmente, ao siclo, sendo em Mt 26.15 e 27.3,5,6,9 uma provável referência aos trinta siclos que se pagavam por um escravo (Zc 11.12,13). Em Lc 15.8,9 a moeda perdida chama-se ‘dracma’, peça grega equivalente ao denário romano de prata. (*veja Dinheiro, Pesos e Medidas.)
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prata, ourives da prata
Tanto a prata como o chumbo se encontram na Palestina, havendo minas daqueles metais (Jó 28.1 a 11). Alude-se à prata refinada e a diversas ligas de metais em Sl 12.6 – Pv 8.19 – 25.4 – Jr 6.30 – e Ez 22.20. Todavia, a prata foi também importada em grande quantidade da Espanha e da india, sendo levada em chapas pelos negociantes de Társis (2 Cr 9.21 – Jr 10.9). Usava-se em moeda, na fabricação de certos vasos, e para pratear metais inferiores (Gn 13.2 – Am 8.6 – Mt 26.15). Davi ajuntou uma boa quantidade deste metal para o templo (1 Cr 29.2,7), sendo muito abundante no tempo de Salomão (1 Rs 10.27). Tendo ido da Fenícia um certo número de artífices para a edificação do palácio de Davi (2 Sm 5.11), e do templo de Salomão, aprenderam os hebreus com os hábeis artistas de Hirão a arte de gravar em prata e outras artes. No reinado de Joás, quando se tornaram necessárias algumas obras no templo, não há indício de terem sido empregados artífices estrangeiros (2 Rs 12.7 a 13).
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prato
’o que mete comigo a mão no prato’ (Mt 26.23 – Mc 14.20), disse Jesus na última ceia, referindo-se a Judas. os convivas tomavam o alimento com os dedos. Cada pessoa partia um pedacinho de pão, e metia-o no prato, levando-o depois à boca com qualquer comida que apanhava, carne ou outro alimento.
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precavido
Acautelar com antecipação; prevenir, precatar.
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precede
Do verbo preceder: Vir antes; anteceder; estar adiante.
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preceder
Anteceder; vir ou chegar antes
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preceito
Ensinamento; doutrina; prescrição; mandamento
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preceitos
Mandamentos, em geral injunções divinas, que definem obrigações humanas.
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precipitado
Que não reflete, apressado, imprudente.
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preconizar
Apregoar com louvou; recomendar louvando
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precursor
Que vai adiante; antecipar; preceder
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predestinação
Esta palavra tem o sentido da palavra grega ‘prooriso’ que significa o ato de limitar ou de determinar antecipadamente (At 4.28 – Rm 8.29,30 – 1 Co 2.7 – Ef 1.5,11). Desta maneira diz respeito aos altos desígnios de Deus. Quando num sentido mais restrito, com respeito à religião, se considera a predestinação de Deus, ou uma determinação antecipada, estamos ainda face a face com o problema da Divindade – e nesse caso se pode dizer que a doutrina da predestinação se acha associada com a da eleição. A única diferença é que a eleição se refere ao ato de escolha, enquanto a predestinação diz respeito ao fim dessa escolha. Na grandiosa passagem de Ef 1.4 a 14 as bênçãos do Evangelho acham-se relacionadas (1) com o eterno propósito do Pai (vers. 4 a 6) – (2) com a revelação histórica do Filho (vers. 7 a 12), e (3) com o dom pessoal do Espírito Santo (vers. 13,14). os cristãos a que se refere a epistola eram as pessoas que, pelo amor de Deus e fins de predestinação, já haviam sido chamadas dentro da obra de Cristo, estando então as suas vidas individuais sob a direção do Espirito Santo. Em primeiro lugar nos ensina a Escritura a predestinação de Deus, no sentido do Seu plano geral de salvação. Vê-se isto no A.T., na maneira como o povo de israel foi eleito para possuir privilégios nacionais, temporais e espirituais. Mas no N.T. a eleição se liga com as realidades espirituais, quer se trate de oportunidades presentes, quer de perspectivas de seguranças futuras. Todavia, todo o N.T. insiste na resposta do pecador a esta atitude divina, e na responsabilidade humana, devendo todos ouvir, aceitar e obedecer, para possuírem aquelas bênçãos. E eis aqui se apresentam expressivamente estes dois grandes fatores: a soberania divina e a responsabilidade humana, não achando nós a maneira de reconciliar estes dois fatos, aparentemente opostos, mas realmente complementares da direção divina. Na verdade Deus quer salvar do pecado o homem, mandando Jesus Cristo, e manifestando a Sua graça. E isto se mostra na grandiosa obra da salvação desde o seu início. A Escritura, porém, é igualmente clara quando diz que a graça divina opera segundo a boa disposição dos homens para a receberem, e ensina que o homem não pode ser salvo, a não ser que receba essa mesma graça. Estes dois lados da questão assim apresentados, mas nunca reconciliados, devem considerar-se sem qualquer tentativa de completa explicação – portanto, com as nossas limitadas faculdades presentes, é obviamente impossível a reconciliação. os dois lados são como linhas paralelas, que nunca se encontram, mas são igual e absolutamente necessárias. Devemos ser cuidadosos em manter tudo o que a Sagrada Escritura nos ensina, e também em sustentar as doutrinas bíblicas segundo a maneira como são apresentadas. A predestinação acha-se sempre relacionada (1) com a união com Cristo (Ef 1.4) – (2) com a previdência de Deus (1 Pe 1.2) – (3) com o plano divino de vivermos, servindo (Ef 2.10) – e (4) com a vontade divina que sejamos santos (Rm 8.28 a 30 – Ef 1.4 – 2 Ts 2.13). Quando a doutrina se apresenta em íntima relação com estes aspectos, na verdade, procurando constantemente a sua realidade espiritual, e não a considerando simplesmente sob o ponto de vista intelectual, não haverá nenhuma dificuldade prática. Quando principiamos a vida cristã numa simples fé em Cristo, depressa realizamos alguma coisa do que Deus exige de nós, e podemos entrar mais profundamente no plano da Providência, segundo a operação do Espírito de Deus nos nossos corações.
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predestinar
Destinar com antecipação. Em Teologia é escolher desde a eternidade.
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prédica
Sermão, discurso.
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predições
Profecias, prognósticos.
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predileta
Preferência
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pregão
Proclamação pública
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pregoeiro
Aquele que prega.
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preguiça
Do Latin pigritia
Aversão ao trabalho; tendência viciosa para não trabalhar; negligência; indolência. -
preito
Homenagem.
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premeditar
Resolver com antecipação e refletidamente; planejar
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premido
Apertar o sono
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prenunciar
Anunciar antecipadamente; predizer, profetizar.
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prenúncio
Anúncio de coisa futura; prognóstico.
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prepotente
Tirano; abuso de poder
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prerrogativa
Concessão ou vantagem com que se distingue uma pessoa ou uma corporação; privilégio, regalia.
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presa
São os despojos tomados na guerra (Nm 31.27 a 32). Segundo a lei de Moisés, a presa devia ser igualmente dividida entre aqueles que estiveram no campo de batalha e os que ficaram em casa e no campo Davi resolveu que, no exército, as tropas que guardavam a bagagem deviam ter parte igual à daqueles que entravam na luta (1 Sm 30.24). Mas mesmo no tempo de Abraão era reservada uma porção dos despojos para fins religiosos, com o nome de dízimo (Gn 14.20). Neste particular exemplo mostra Abraão o seu edificante desinteresse, recusando a sua parte do que havia sido tomado ao inimigo. Pela leitura de Dt 20.14 a 17 achamos que, embora os prisioneiros de guerra fossem considerados legitimo despojo, contudo esses aprisionamentos não se deviam fazer na própria terra de Canaã. (*veja Dizimo.)
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presbitero
Em 1Tm 4.14 S. Paulo faz esta recomendação a Timóteo: ‘Não te faças negligente para com o dom que há em ti, o qual te foi concedido… com a imposição da mãos do presbitério.’ Em 2 Tm 1.6 o Apóstolo fala do ‘dom de Deus, que há em ti pela imposição das minhas mãos’. o ‘presbitério’ era a corporação dos presbíteros. (Cp. com At 13.1 a 3.) (*veja Bispo, igreja.)
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presciência
Que sabe antes
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prescinde
Do verbo prescindir: Não fazer caso; dispensar; desprezar; não tomar (ou levar) em conta; abrir mão de; etc.
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prescindir
Renunciar, dispensar.
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prescrever
Ordenar de antemão; receitar
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presente
o uso de dar presentes é muito vulgar nos países do oriente. Governadores e reis, vendo muitas vezes as dificuldades e perigos em alcançar rendimentos por meio do lançamento de impostos, estimulavam os seus súditos a que livremente lhes oferecessem presentes (1 Sm 10.27). Era sempre de esperar que quem se aproximava do rei ou dos seus ministros havia de levar-lhes quaisquer dons (Pv 18.16). Esta prática dava origem a grandes abusos, abrindo larga porta ao suborno e a toda espécie de corrupção, atos que são fortemente condenados em muitas passagens da Sagrada Escritura (Êx 23.8 – Dt 10.17 – Sl 15.5 – is 1.23, e outros textos). Algumas vezes acontecia que o rei, quando celebrava alguma festa, presenteava com vestimentas todos os que tinham sido convidados, a fim de que estes envergassem o vestido próprio antes de se sentarem à mesa (Gn 45.22 – 2 Rs 10.22 – Ap 3.5). A recusa de um presente era considerada como grande insulto. Todavia, o dar é freqüentes vezes apenas a maneira oriental de principiar um negócio (vede Gn 23 – 2 Sm 24.22).
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presságio
previsão; pressentimento
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pressuposto
Conjetura, desígnio, tenção, projeto.
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presunção
Suposição; suspeita; prever
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preterida
Deixar de parte; desprezar; omitir
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pretérito
Que passou; passado.
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pretório
o pretório era, primitivamente, a tenda do general, num campo romano: foi, depois, o palácio do governador – e, finalmente, a sala da audiência para administração da justiça. Residia o governador romano em Jerusalém, no pretório, queem outros tempos tinha sido o palácio de Herodes, o Grande (Mc 15.17) – e em Cesaréia, onde também tinha tido Herodes uma habitação (At 23.35). o pretório de Pilatos era a torre Antônia, a cidadela de Jerusalém. Na epístola aos Filipenses (1.13), a mesma palavra grega se acha traduzida por guarda pretoriana, isto é, a guarda cujo dever era tomar a seu cuidado a pessoa do imperador.
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prevalecer
Ter mais valor; levar vantagem; preponderar, predominar.
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prevalência
Qualidade daquilo que prevalece.
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prevaricar
Faltar ao dever; faltar por interesse ou má fé; faltar ao dever do ofício
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prévio
Dito ou feito de antemão; anterior; antecipado.
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primazia
Prioridade.
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primícias
Primeiras colheitas a amadurecer na estação. A oferta das primícias era uma dádiva da primeira e melhor parte da colheita, o que deixava entendido que todo o sustento de Israel provinha de Deus (Êx 23.19). No NT, o termo se aplica a Jesus (1Co 15,20) e aos crentes (Tg 1.18).
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primicias dos frutos
A lei ordenava que os primeiros frutos da terra deviam ser oferecidos, na casa de Deus, por ocasião das três grandes festas anuais (Êx 22.29 – 23.19 – 34.26). Era uma obrigação nacional e ao mesmo tempo individual. De diversos modos deviam os judeus reconhecer o seu estado de devedores para com Deus, pela fertilidade da terra (Êx 34.22 – Lv 23.10, 20,39 – Nm 15.19,20 – Dt 26.2 a 11). A mínima quantidade que se oferecia estava fixada, segundo o costume, em 1/60 de toda a produção. Toda pessoa que subia ao monte do templo levava aos ombros o seu cesto contendo os primeiros frutos e uma oferta de rolas, e dirigia-se ao pátio do templo, encontrando ali oa levitas a cantarem o salmo 30. As pombas eram sacrificadas em holocausto, sendo as primícias dos frutos apresentadas aos sacerdotes com as palavras indicadas no cap. 26 de Deuteronômio. os sacerdotes moviam as ofertas no canto sudoeste do altar. Depois de passarem a noite em Jerusalém, voltavam os peregrinos no dia seguinte para suas casas (Dt 16.7). (*veja Sacrifício.) o termo ‘primícias’ é, metaforicamente, aplicado no N.T. a Jesus Cristo, com referência à ressurreição (1 Co 15.20 a 23), e também aos judeus ou pagãos convertidos à fé cristã (Rm 11.16 e seguintes – 16.5 – 1 Co 16.15).
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primípara
Primeiro parto
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primitivos
De primeira origem; original, inicial, inaugural; dos primeiros tempos.
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primogênito
Eram diversos os privilégios que o primogênito ou o filho mais velho possuía. Era consagrado ao Senhor (Êx 22.29), e segundo a Lei devia ser remido por meio de uma oferta de valor até cinco siclos, dentro de um mês desde o seu nascimento. Era-lhe dada uma dobrada porção da herança que lhe cabia (Dt 21.17). o filho primogênito era, por via de regra, o sucessor do rei, no trono (2 Cr 21.3). Podiam, contudo, os privilégios inerentes à primogenitura ser perdidos por má conduta, como no caso de Esaú (Gn 27.37). Entre os animais era também votado a Deus o primogênito macho (Êx 13.2,12,13 – 22.29 – 34.19,20).
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primogênitos
Filho mais velho e possuidor de privilégios especiais. No AT, o termo muitas vezes denotava os privilégios e os favor que Deus outorgava a Israel (Êx 4.22). No NT, Jesus é chamado primogênito do Pai, aquele que governa sobre tudo (Hb 1.6).
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primogenitura, direito de
No AT, o filho primogênito recebia direitos especiais, incluindo a autoridade para ser líder da família.
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primor
Qualidade superior; perfeição, excelência.
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primordial
Referente ao primórdio; básico, principal.
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principado
Dignidade de príncipe.
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principe
Esta palavra é usada a respeito do chefe ou pessoa principal da família, ou da tribo, sendo também assim intitulados os primeiros sacerdotes da assembléia ou da sinagoga, e os principais dos filhos de Rúben, de Judá, e de outros (Gn 17.20 – 23.6 – 25.16 – Nm 1.16 – 16.2 – 34.18 e seguintes). É, também, aplicado ao soberano de um país e aos seus principais dignitários (Gn 12.15). Jesus Cristo é o ‘príncipe dos reis da terra’, porque manifesta superioridade em relação a todos, concedendo autoridade segundo acha conveniente (Ap 1.5). Ele é o ‘Príncipe da paz’, porque sob o seu governo há perfeita paz (is 9.6). o ‘príncipe deste mundo’ é o diabo, que se vangloria de ter todos os reinos do mundo à sua disposição (Jo 12.31 – 14.30 – 16.11).
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prisão
A detenção, como castigo, embora primitivamente em uso entre os egípcios (Gn 39.20 – 40.3 – 42.17), não era ordenada pela lei judaica, sendo, contudo, o suposto criminoso guardado até ao seu julgamento (Lv 24.12 – Nm 15.34). Durante o período da conquista, e do juizado, na verdade até ao tempo de Saul, não há indicação alguma de que os hebreus tivessem prisões. Foi depois a prisão uma parte do palácio real (1 Rs 22.27). isto era assim segundo o costume das nações circunvizinhas (2Rs 25.27 – Ne 3.25 – Jr 3L2). Houve outra forma de prisão, na qual uma casa particular servia para ter o acusado em lugar seguro (Jr 37.15). os prisioneiros sustentavam-se à sua própria custa, combinando todos a sua alimentação. No tempo de Cristo, cada palácio, ou fortaleza, tinha a sua prisão, geralmente lugares subterrâneos (Lc 3.20 – At 12.4 a 10). o Sinédrio tinha, também, um lugar para detenção de pessoas acusadas de qualquer delito (At 5.18 a 23 – 8.3). Em todas as prisões eram usadas cadeias e troncos para terem bem seguros os presos, e até, segundo o costume dos romanos, estavam eles ligados aos soldados. Geralmente, como no caso de Paulo, os amigos tinham entrada nos cárceres (Mt 11.2 – 25.36,39 – At 24.23). Além das prisões referidas, qualquer lugar conveniente poderia servir de encarceramento. (Gn 37.24 – Jr 38.6 a 11.) Metaforicamente, chama-se prisão a uma condição baixa (Ec 4.14) – e também o estado em que Deus guarda Satanás (Ap 20.7). E o mesmo nome se dá ao estado de escravidão espiritual em que os pecadores são retidos por Satanás, em razão das suas próprias más ações e desejos (is 42.7 – 53.8). o inferno é semelhante a uma prisão (1 Pe 3.19). os cativos, os escravos, etc., são chamados prisioneiros (Jó 3.18 – Sl 69.33 – is 49.9).
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prisca
anciã, a venerável
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priscila
mulhersinha velha
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priscilla
Aquela que pertence ao passado, antiga
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proa
A parte anterior da embarcação; frente
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procela
Tempestade marítima
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procônsul
o principal oficial romano daquelas províncias governadas diretamente pelo senado. o termo é aplicado a Sérgio Paulo, em Chipre (At 13.7,8,12), e a Gálio, na Acaia (At 18.12). o plural uma só vez se vê empregado, como figura de retórica, segundo parece, em lugar do secretário da câmara de Éfeso (At 19.38).
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procopio
grego: mestre de coro, o que ganha
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procoro
grego: mestre de coro
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procurador
Administrador. É o principal oficial romano daquelas províncias diretamente governadas pelo imperador (Lc 8.3). Tais eram Pilatos, Félix, e Festo.
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prodígio
Coisa sobrenatural.
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pródigo
Do Latin pródigu
Que ou aquele que despende excessivamente; que dá espontaneamente; gastador; dissipador; esbanjador; perdulário. -
proeminência
Superioridade, preeminência.
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profanar
Tratar sem respeito nem reverência (Lv 21.12). Tornar imundo ou contaminado algo santo, tratando-o com desrespeito ou irreverência.
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profano
Não pertencente à religião, contrário ao respeito devido a coisas sagradas.
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profecia
A mensagem do profeta. Também dom espiritual – capacitação sobrenatural para edificação da família de Deus. Quem tinha esse dom anunciava verdades novas ao povo de Deus ou o desafiava com verdades escriturísticas (1Co 14.1-5)
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profecia, e profetas
i. A significaçãodas palavras. A palavra profecia (oráculo) em Pv 30.1 segundo algumas versões, representa a palavra hebraica ‘massa’, que propriamente significa ‘oráculo’ – e o nome profeta, em is 30.10, representa a palavra hebraica ‘chozeh’, que propriamente significa ‘vidente’, e refere-se àqueles que vêem visões. Mas sempre, em qualquer outro lugar no A.T., a ‘profecia’ é a tradução de ‘nebu”a’ – e ‘profeta’ a de ‘nabi’. Não é certa a significação original da raiz (NB”). A raiz (NB”) significa ferver em cachão, e nabi, portanto, supõe-se querer dizer aquele que ferve com a inspiração ou com a mensagem divina. Todavia, é mais provável que nabi esteja em conexão com uma raiz assíria ou árabe, que significa proferir, anunciar uma mensagem. Neste caso o nabi é considerado o orador, a quem foi confiada uma missão. isto está em conformidade com o que se lê em Êx 7.1: ‘Então disse o Senhor a Moisés: Vê que te constituí como deus sobre Faraó, e Arão, teu irmão, será teu profeta.’ Por isso é provável que o nome ‘profeta’, como é empregado na Bíblia, signifique aquele que fala como acreditado mensageiro do Altíssimo Deus. Deve-se observar que no termo, de que se trata, não há coisa alguma que implique previsão de acontecimentos. Pode um profeta predizer, ou não, o futuro segundo a mensagem que Deus lhe der. Deste modo a palavra grega prophetes, que se acha na versão dos Setenta, e no N.T., significa aquele que ‘expõe, fala sobre certo assunto’. os substantivos abstratos nebu”a e propheteie (‘profecia’) têm uma significação correspondente. ii. o estado dos profetas ao receberem a sua mensagem. É importantíssimo ter uma noção certa das condições espirituais do profeta, a fim de que possamos penetrar os segredos da comunicação do homem com Deus. A concepção pagã da profecia era a de uma condição absolutamente passiva no profeta, de modo que, quanto mais inconsciente se mostrava, mais apto estava para receber a mensagem divina. Alguma coisa deste gênero se pode ver na história do povo israelita. Aquelas danças sagradas dos profetas de Baal, durante as quais eles batiam em si furiosamente, cortando-se com canivetes, para que pudessem receber um sinal visível de aprovação divina, eram, na realidade, uma manifestação típica (1 Rs 18.26 a 28) – e é provável que em tempos posteriores os falsos profetas tomassem disposições semelhantes, com o fim de provocarem em si próprios o estado de êxtase para as suas arengas. Mas a idéia pagã de profecia se apresenta de um modo muito claro em Balaão. A sua vontade e os seus próprios pensamentos são vencidos pela inspiração divina, proclamando ele a mensagem celestial, contrariamente aos seus particulares desejos (Nm 22 a 24). No tempo de Samuel já se vê o princípio de melhor sistema. Ele reunia em comunidades aqueles que parecia terem dons especiais da profecia, disciplinando-os, ensinando-lhes a música, e, segundo parece, ministrando-lhes conhecimentos da história e religião, para que pudessem estar nas melhores condições de receber as palavras de Deus (1 Sm 10.10 a 13 – 19.18 a 20). A respeito da música pode-se compreender que era para aquietar a alma, e prepará-la para as comunicações com Deus (1 Sm 16.14 a 23 – 2 Rs 3.15). Quanto a serem estas escritas ou não pelo profeta, isso dependia do caráter particular de cada alocução. Essas profecias, devemos dizê-lo, são inteiramente opostas às produzidas no estado de mero êxtase. São escritas com grande escolha de palavras e frases, revelando a vida anterior dos profetas, os seus interesses e ocupações, e apresentando em vários graus a cultura e as circunstâncias do tempo em que cada profecia foi revelada. As profecias de Amós, de Miquéias, de isaias, e de Jeremias, por exemplo, estão muito longe das de Balaão, tanto na visão espiritual como nos conscientes pensamentos e deliberado estudo. os profetas tinham aprendido que Deus Se servia das próprias faculdades e aptidões deles como instrumento das Suas revelações. Na verdade, querendo formar a mais alta concepção do estado do profeta, na recepção das comunicações divinas, temos esse ideal em Jesus Cristo, que estava em comunhão com o Seu Pai, e anunciava aos homens o que dele ouvia (Jo 8.26 a 40 – 15.15 – 17.8). Em Jesus não havia o estado de êxtase, mas manifestava-se uma clara comunicação espiritual, tendo a Sua alma um grandioso poder receptivo e ativo. Na proporção em que os profetas alcançavam este dom maravilhoso de profecia, podiam eles receber e transmitir perfeitamente a mensagem divina. iii. A função dos profetas. Examinando as suas palavras num sentido mais lato, e tomando no seu todo a obra dos profetas, observamos que uma das suas mais importantes funções era a interpretação dos fatos passados e presentes. Estudando eles os acontecimentos na presença de Deus, puderam vê-los na sua luz divina, e compreendê-los assim no seu verdadeiro aspecto e significação. Por isso os profetas não eram, realmente, historiadores (como o escritor dos livros dos Reis), mas foram algumas vezes políticos ativos bem como diretores religiosos. Entre estes podemos admitir não somente isaías e Jeremias, mas também Eliseu, visto como este mandou um dos filhos dos profetas ungir Jeú, efetuando deste modo a destruição da dinastia de onri, culpada de prestar culto a Baal (2 Rs 9). Além disso, o fato de eles perceberem a significação dos acontecimentos passados e presentes, habilitava-os a conhecer os resultados da vida pessoal e nacional, e a proclamar princípios que tinham um alcance muito mais largo, de muito maior extensão, do que o que eles podiam imaginar. E, deste modo, quando as mesmos forças operavam em tempos e lugares muitíssimo distantes dos contemplados pelos próprios profetas, as suas palavras de aviso e conforto achavam cumprimento, não talvez uma vez somente, mas em diversas ocasiões. É a este poder, inerente a uma previsão verdadeiramente inspirada, que S. Pedro provavelmente se refere, quando escreveu (2 Pe 1.20): ‘nenhuma profecia da Escritura é de particular elucidação, querendo dizer que o seu significado e referência não devem limitar-se a qualquer acontecimento no tempo. iV. o valor d
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proferir
Pronunciar ou publicar em voz alta e clara.
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profeta
Porta-voz de Deus, que recebe uma mensagem da parte de Deus e proclama a um grupo específico de ouvintes.
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profetas (falsos)
Tanto nos tempos do A.T. como nos do N.T., apareciam homens que pretendiam falar em nome de Deus, não tendo, contudo, autoridade para isso, pois não tinham recebido do Senhor mensagem alguma. isaías os apresenta como profetas ‘que ensinam mentiras’ (is 9.15) – Jeremias queixava-se dos que ‘profetizam falsamente’ (Jr 5.31), e descrevia os seus perigosos conselhos (Jr 14.13 a 15). *veja também os 9.8 – Mq 3.5 – Sf 3.4 – Zc 13.3. Jesus disse aos Seus discípulos que se acautelassem ‘dos falsos profetas’ (Mt 7.15 – 24.24). os profetas a que se faz referência em 1 Rs 22.6 podem ter sido aqueles que dirigiam o culto a Baal (*veja também 1 Rs 18.40), ou os dos postes-ídolos (1 Rs 18.19) – ou então os do culto do bezerro, no tempo de Roboão. Eram esses, então, ministros, não da religião judaica, mas do paganismo.
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profético
Relativo a profeta ou a profecia.
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profícuo
Útil, proveitoso, vantajoso, proficiente.
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profissionais libera
Que tem a profissão de nível superior caracterizada pela inexistência de qualquer vinculação hierárquica e pelo exercício predominantemente técnico e intelectual de conhecimentos (médicos, advogados, arquitetos, etc.).
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progenitor
Aquele que gera antes do pai; avô, ascendente; Pai
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progressivo
Que se vai realizando gradualmente.
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prole
Geração; filho; descendência
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promulgar
tornar oficialmente público
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propiciação
Propiciação é alguma coisaque leva alguém a perdoar uma ofensa recebida, ou a proceder misericordiosamente para com o ofensor. Duas vezes é Jesus chamado por S. João (1 Jo 2.2 e 4.10) ‘a propiciação pelos nossos pecados’ – e S. Paulo fala da ‘redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs,… como propiciação’ (Rm 3.24,25). Deste modo, a propiciação requerida pela justiça de Deus é manifestada em Cristo Jesus pela misericórdia de Deus. A palavra usada em Rm 3.25 significa ‘lugar ou instrumento de propiciação’, e em Hb 9.5 é traduzida por ‘propiciatório’. Na versão dos LXX geralmente se usa esse termo a respeito da cobertura de ouro por cima da arca.
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propiciar
Tornar propício, favorável.
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propiciatório
A palavra hebraica é kapporete. Tem sido muito discutido se ‘kapporete’ significa uma lâmina para cobrir um lugar, ou o trono da misericórdia divina, ou a propiciação. o objeto indicado (Êx 25.17 a 22 – cp. com 37.6 a 9) era uma lâmina retangular de ouro, colocada sobre a arca da aliança, tendo sobre ela de um e de outro lado um querubim de ouro. No dia da expiação era o propiciatório aspergido com sangue das vítimas oferecidas pelo pecado (Lv 16.14,15). Era de cima do propiciatório que o Senhor prometia ouvir o povo e falar com ele (Êx 25.22: cp. com Nm 7.89). A palavra grega usada na versão dos LXX e no N.T. é literalmente ‘o propiciatório’ (*veja Rm 3.25, onde o termo hebraico se acha traduzido por ‘propiciação’).
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proporcionar
Dar, prestar, oferecer.
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propulsora
Que impele para diante.
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prorromper
Manifestar-se de repente
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proselitista
Atividade diligente em fazer prosélitos, ou seja, indivíduos que abraçaram religião diferente da sua.
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prosélito
Um estrangeiro. Era o nome que os judeus davam àqueles que não eram judeus por nascimento, mas que vinham viver no seu país, colocando-se sob a proteção do Senhor – e também eram chamados prosélitos os que abraçavam a religião judaica em outras terras. No N.T. algumas vezes se lhes dá o nome de prosélitos, e outras vezes o de ‘piedosos, tementes a Deus’ (At 2.10 – 10.2,22 – 13.16,43). Mais tarde os judeus distinguiam duas espécies de prosélitos: Prosélitos da Porta, que habitavam na Terra Santa, ou mesmo fora dali – os quais, sem circuncisão ou qualquer cerimônia da Lei, prestavam culto a Deus, e observavam as regras de Noé. E estas eram: (1) abster-se da idolatria – (2) da blasfêmia – (3) do assassinato – (4) do adultério – (5) do roubo – (6) nomear juizes justos e íntegros – (7) não comer a carne cortada de qualquer animal estando este vivo. os privilégios de que gozavam os prosélitos da Porta eram: pela sua vida santa podiam ter esperança da vida eterna, e concedia-se-lhes habitarem na Palestina, partilhando a sua prosperidade. Prosélitos da Justiça eram aqueles que se convertiam ao Judaísmo, depois de um cuidadoso exame, e se circuncidavam, observando toda a lei de Moisés.
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prostituição
Trato sexual com outra ou outro distinto do próprio cônjuge, em troca de dinheiro ou em outra forma de pagamento. Na antiguidade houve inclusive a prostituição sagrada. Os profetas, assim como recorreram à imagem do matrimônio para expressar a intimidade de Deus com seu povo, também empregaram a de prostituição como expressão da infidelidade (cf. Os 2; Ex 16,26; ver também Ap 17,1-19,2).
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prostituição cultual
Prostitutos e prostitutas do antigo Oriente Médio, empregados nos cultos da fertilidade. Praticavam atos sexuais no templo do seu deus como parte do culto que prestavam a deidade pagã.
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prostituta, meretriz
A deificação das forças reprodutivas da natureza, culto largamente propagado no oriente, fazia que a prostituição fosse um dos mais graves males daqueles tempos do Antigo e do N.T. Mencionam-se no A.T. duas classes de prostitutas: (1) A prostituta apartada para fins religiosos. É usada a palavra a respeito de Tamar (Gn 38.21) – e a licenciosidade, associada com estas práticas idólatras, acha-se indicada em os 4.12 a 14. (2) Uma habitual pecadora tal com Raabe (Js 2.1). A freqüência do pecado, assim como o achar-se associado com a idolatria, fazia que fosse tomado o termo num sentido figurado (como em is 1.21). No Novo Testamento é a prostituta mencionada com os publicanos (Mt 21.31,32), como tendo acreditado nas palavras de João Batista. S. Paulo, na sua 1ª epístola aos Coríntios, 6.15,16, trata propriamente do pecado. No N.T. também o pecado da prostituição se usa em sentido figurado, como a referência à Babilônia (Ap 17).
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prostituto cultural
Classe especial de prostitutos (e prostitutas) do antigo Oriente Médio, empregados nos cultos da fertilidade. Praticavam atos sexuais no tempo do seu deus como parte do culto que prestavam a deidade pagã (Dt 23.17).
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prostrar
Lançar por terra, abater, derribar, prosternar
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protagonista
A personagem de uma peça teatral, de um filme, de um romance, etc.; pessoa que desempenha ou ocupa o primeiro lugar num acontecimento.
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provérbio
Objeto de zombaria e de ridícula, termo de insulto (Jó 17.6).
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provérbios
Era o nome dado pelos hebreus às sentenças morais, máximas, vigorosas comparações, ditos breves, e enigmas. Salomão chama sábios àqueles que estudavam os provérbios (Pv 1.6). A palavra, na sua significação mais simples, significa certas ilustrações da vida, tiradas das coisas materiais (Pv 10.15 – 22.1).
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provérbios (livro dos)
Este livro é umexemplo de literatura hebraica, que trata da sabedoria, ou, com se diz agora, de filosofia. A esta mesma classe pertencem o Eclesiastes, Jó (embora único em certos respeitos), e alguns dos Salmos – e também os livros apócrifos da Sabedoria de Salomão e o Eclesiástico. Estes livros distinguem-se claramente da literatura profética de israel. São mais práticos do que especulativos: apresentam mais a expressão filosófica de almas refletidas do que as formais mensagens do Senhor. Não se encontra a frase ‘assim diz o Senhor’, nas dissertações da experiência humana e problemas da existência. As suas vistas são mais largas do que as da raça judaica: são mais humanas e cosmopolitas, do que nacionais. Todas as fases da vida humana são nesses livros consideradas pelos autores. Mas o Espírito Divino que operou nas almas desses escritores fez que os seus pensamentos servissem os mais altos desígnios. Muitas vezes eles publicaram, como os profetas, verdades mais profundas do que o seu conhecimento, e proferiram palavras que esperaram pelos tempos futuros a sua interpretação. A palavra ‘provérbios’, aplicada ao que o livro dos Provérbios contém, deve ser tomada num sentido lato, incluindo o discurso de introdução (caps. 1 a 9), e uma parábola, ou alegoria (24.30 a 34). Na forma, são os provérbios geralmente apresentados em coplas, dispostas segundo os vários métodos de paralelismo, característicos da poesia hebraica. A autoria do livro foi, desde tempos muito remotos, atribuída a Salomão. No prefácio à introdução há estas palavras: ‘Provérbios de Salomão, filho de Davi, o rei de israel’ (1.1) – aquela seção que principia em 10.1 tem o título de ‘Provérbios de Salomão’ – e a que começa em 25.1, abre com estas palavras: ‘São também estes provérbios de Salomão, os quais transcreveram os homens de Ezequias, rei de Judá’. Mas outros discursos são atribuídos a diferentes fontes: ‘as palavras dos sábios’ (22.17) – ‘provérbios dos sábios’ (24.23) – ‘Palavras de Agur, filho de Jaque’ (30.1) – ‘Palavras do rei Lemuel’ (31.1). Por conseqüência, é possível que a principal coleção (10.1 a 22.16), e a seção 25 a 29, com a introdução, tenham sido a obra do próprio Salomão, constituindo uma parte somente dos ‘três mil provérbios’, que lhe são atribuídos em 1 Rs 4.32 – e que as outras partes do livro fossem acrescentadas. o livro pode dividir-se em cinco partes: i. Dissertação sobre o valor e o alcance da verdadeira sabedoria, caps. 1 a 9. ii. Provérbios, assim estritamente chamados, compostos, emparelhadamente, de uma forma muito enérgica e simples, caps. 10 a 22.16. Tem a epígrafe de ‘Provérbios de Salomão’. iii. Renovadas advertências sobre o estudo da sabedoria, como na parte i – 22.17 a 24.A designação desta série de sentenças acha-se em 22.17 – e é assim: ‘as palavras dos sábios.’ iV. Provérbios de Salomão, escolhidos pelos ‘homens de Ezequias’, caps. 25 a 29. *veja As sábias instruções de Agur, filho de Jaque, aos seus discípulos itiel e Ucal, e as lições ensinadas ao rei Lemuel pela sua mãe, caps 30 a 31. os provérbios do cap. 30 são principalmente enigmáticos – e os vers. 10 a 31 do cap. 31, em acróstico alfabético, dão um quadro da excelência da mulher virtuosa em conformidade com aquele tempo e com o país. Ainda que a maior parte das regras de Salomão é principalmente baseada em considerações de prudência, é certo que motivos estritamente religiosos são pressupostos ou expressamente prescritos. As descrições da Sabedoria, em 1.20 a 33, e 8, e 9.1 a 6, aplicam-se expressivamente à sabedoria de Deus, revelada e personificada no Seu Filho, e ao próprio Filho, como sendo a Palavra Eterna. Cp. o cap. 8 com Jo 1.1 e 14.10. Avisos prévios sobre a imortalidade também nos são dados em 4.18, 12.28, 14.32 e 15.24. A natureza e conseqüências do pecado subentendem-se nos próprios termos, que descrevem a santidade (1.20 com 9.3,14). Aquela santidade que é dom de Deus está plenamente implicada em 1.23.
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provisão
Abundância de coisas necessárias ou proveitosas.
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provisionar
Abastecer, fornecer.
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prudência
Cautela; precaução
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prudente
Precavido; de sobreaviso; prevenido
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pseudo
FALSE
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pseudo epígrafo
Os Textos Pseudo-Epígrafos ou Apócrifos (literalmente significa, “escritos de autoria falsa”) são muitas versões ampliadas de histórias bíblicas, escritas em nome de algum personagem famoso. Estes manuscritos tem valor históricos e as igrejas cristãs os rejeitam.
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psicossomático
Perturbação ou lesão orgânica produzida por influência psíquica.
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ptolemaida
egípcio: cidade de Ptolomeu
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pua
hebraico: luz
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publicano ou cobrador de impostos
Cobrador de rendimentos públicos entre os romanos. Havia duas espécies de recebedores de tributos: os recebedores gerais, e os seus delegados em cada província, sendo os primeiros responsáveis para com o imperador pelas rendas do império. Eram os principais recebedores homens de grande importância no governo, sendo geralmente membros de famílias ilustres – mas os seus delegados, homens das classes inferiores, eram tidos, pelas suas rapinas e extorsões, como ladrões e gatunos. As obrigações dos cobradores eram muito mais amplas do que acontece entre nós, porque eles tributavam todos os artigos de mercadoria que passavam pela estrada. (*veja Mateus.) Entre os judeus era odiosa a profissão de um publicano. os galileus, principalmente, submetiam-se a esses cobradores com a maior repugnância, indo até ao ponto de considerarem ilegítimo o pagamento do tributo (*veja Mt 22.17). E quanto àqueles publicanos da sua própria nação, quase eram considerados como pagãos (Mt 18.17). os publicanos de que fala o N.T. eram olhados como traidores e apóstatas, instrumentos do opressor, e classificados como pessoas do mais vil caráter (Mt 9.11 – 11.19 – 18.17 – 21.31,32), sendo os seus únicos amigos os desterrados. Não admira, pois, que Aquele que comia e bebia com publicanos fosse tratado com desprezo pelos seus conterrâneos (Mt 9.11 – Lc 15.1 – 19.2). As próprias esmolas dessa gente não eram aceitas para a caixa dos pobres da sinagoga. Uma virtude, pelo menos, eles possuíam: a de não serem hipócritas. o publicano que no templo clamou: ‘Ó Deus, sê propício a mim, pecador!’ (Lc 18.13), mostrava que alguns da sua desprezada classe tinham sido tocados pela pregação de João Batista (Mt 21.32). o publicano Mateus foi escolhido para o número dos doze discípulos pelo Divino Mestre.
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publicanos
Cobradores de Impostos empregados pelas autoridades romanas. Tinham a má fama de exigir impostos excedentes em relação à taxa oficial, enchendo os bolsos com a diferença. Eram desprezados pelos judeus por colaborarem com o governo romano, que dominava o país.
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públio
Comum. Era o nome do governadorde Malta, quando Paulo ali naufragou (At 28.7). Paulo miraculosamente curou o pai de Públio de uma febre – e, sendo este fato conhecido, outros doentes foram trazidos ao Apóstolo para serem curados (*veja Paulo). Malta estava sob a intendência do pretor da Sicília, sendo Públio, provavelmente, como principal proprietário da ilha, o seu representante local. Diz-se que ele foi o primeiro bispo maltês, sofrendo o martírio pela sua fé cristã.
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pudens
hebraico: vergonhoso
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pudente
pudente, pudoroso, casto
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pudor
Sentimento de vergonha, de mal-estar, gerado pelo que pode ferir a decência, a honestidade ou a modéstia; pejo.
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pueril
Da, ou relativo à puerícia; próprio de crianças; infantil; ingênuo, fútil, frívolo.
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pujança
Grandeza, poderio.
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pul
l. É o nome babilônico de Tiglate-Pileser iii (iV), o rei da Assíria (2 Rs 15.19), que veio contra Menaém, rei de israel, por este não ter querido pagar o tributo como seu vassalo (*veja israel). Menaém foi, por algum tempo, bem sucedido na sua rebelião, estendendo mesmo os limites do seu reino até aos territórios que tinham estado sob o domínio de Salomão (1 Rs 4.24). Mas Pul marchou sobre a Palestina, conseguindo Menaém evitar a destruição de israel pelo pagamento de cem talentos de ouro, ajuntados por capitação (1 Cr 5.26).
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pulga
Davi compara-se a uma pulga (1 Sm 24.14, e 26.20), querendo com essa comparação mostrar a sua insignificância. Em parte alguma são as pulgas mais abundantes do que no oriente. os aldeãos que habitam em cabanas feitas de ramos de árvore, ao norte da Síria, são freqüentes vezes obrigados a abandoná-las para evitarem o tormento das pulgas, indo residir no deserto durante um ou dois anos.
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punom
Lugar de um acampamento dos israelitas, já quase no fim da sua peregrinação pelo deserto (Nm 33.42,43), entre Petra e Zoar. Estava à distância de três dias de viagem, partindo de Moabe, mas esse sítio ainda não se encontrou.
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pur
persa: hebraico: sorte
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pur, purim
Sorte, sortes. Era uma festa dos judeus, instituída para comemorar a sorte que foi lançada por Hamã, grande inimigo dos judeus (Et 3.7). Lançadas as sortes no primeiro mês do ano, foi fixado o dia treze do duodécimo mês (adar) do mesmo ano, para a execução do plano de Hamã, que era destruir todos os judeus da Pérsia. A superstição de Hamã, em dar crédito às sortes, foi causa da sua própria ruína e da preservação dos judeus, que assim tiveram tempo de procurar o auxílio de Ester. os judeus observavam a festa nos dias 14 e 15 de adar, dando nessa ocasião, de uma maneira solene, graças a Deus pelo Seu livramento (Et 9.14). Há um provérbio que diz: ‘o templo pode cair, mas nunca a festa de Purim.’ isto nos mostra como aquele livramento tão poderosamente impressionou a alma nacional. (*veja Ester, Hamã, Mordecai. )
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purá
ramo
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pureza
Qualidade de puro; nitidez; limpidez; fig., genuinidade; inocência; virgindade; candidez; castidade.
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purgar
Tornar puro; purificar, limpar.
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purgatório
Suposto lugar de sofrimento, no qual as almas santas são, entre a morte e o juízo, purificadas pelo fogo. os principais textos, nos quais a igreja Católica Romana pretende basear a sua doutrina do purgatório são os seguintes: Sl 38.1 – 66.12 – is 4.4 – 9.18 – Mq 7.8,9 – Zc 9.11 – M13.3 – Mt 5.22, 25,26 – 12.32 – 1 Co 3.12 a 15. A última passagem é que apresenta dificuldade, mas esse ‘dia’ deve referir-se ao dia do juízo, que segundo a teoria romana vem depois do purgatório. Por outro lado, todo o ensino do N.T. rejeita o purgatório. o ladrão na cruz não teve de passar por esse lugar (Lc 23.43) – e S. Paulo também não (2 Co 5.8 – Fp 1.23) – Note-se, também, que a teoria romana é diretamente negada pelo livro da ‘Sabedoria’ 3.1 a 3 Livro que a igreja de Roma inclui no Cânon das Sagradas Escrituras): ‘As almas dos justos estão na mão de Deus, e nenhum tormento as tocará… :, elas estão em paz.’ A doutrina do purgatório foi, pela primeira vez, estabelecida pelo papa Gregório i (590-604), embora fosse já conhecida na literatura pagã (*veja, por exemplo, Virgílio, Eneida, *veja 739). Foi esta uma das doutrinas mais energicamente repudiadas pelos reformadores, principalmente porque os romanistas a relacionavam com as indulgências e outros meios supersticiosos, pelos quais seria abreviado o tempo que as almas haviam de sofrer no purgatório.
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purificação
As purificações ordenadas pela lei judaica eram, muitas vezes, observadas no cumprimento de votos (At 21.23,24). (*veja Nazireu.) As lavagens cerimoniais ou abluções faziam parte dos mais antigos ritos religiosos – mas a purificação, na sua simplicidade, segundo a lei judaica, tinha por fim afastar os israelitas do uso daqueles supersticiosos ritos, e tantas vezes bárbaros, que os pagãos praticavam nas suas lustrações. A ninguém era permitido aproximar-se de Deus, sem empreender a dupla purificação do altar e da bacia – o que se poderá, talvez, espiritualizar, considerando esses atos como simbólicos do sangue e do espírito de Jesus (Êx 30.18 e seg – Hb 10.19,22). A lavagem de todo o corpo era de uso na admissão dos prosélitos judaicos em tempos posteriores, bem como em algumas abluções prescritas pela lei (Êx 29.4 – Lv 14.8). Havia, também, um preceito, segundo o qual se derramava água nas mãos e nos pés, ou se fazia uma simples aspersão (Nm 8.7 – 19.18 – Dt 21.6). Nos sacrifícios solenes era o aspergimento do sangue uma indispensável cerimônia, simbolizando o derramamento do sangue de Cristo pelos nossos pecados (Lv 1.5 – 1 Pe 1.2). Era, também, algumas vezes, empregada a unção com óleo (Êx 30.26 a 28 – Lv 14.27 a 29).
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purificar
Tornar limpo ou puro, Ser purificado ou limpo significa ficar livre de defeitos que desqualificariam para o uso ou para a atividade religiosa. Ser eticamente puro significa demonstrar-se, nos pensamentos e na conduta, escolhido por Deus.
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purim
persa: sorte
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púrpura
Símbolo da riqueza e da realeza. A tinta de púrpura, altamente valorizada no mundo antigo, era obtida de vários moluscos comuns na Fenícia (nome que significa terra da púrpura).
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purulento
Que agrega pus
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pústula
Ferida cheia de pus
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pute
hebraico: extensão
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putéoli
pequeno poço
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putiel
afligido por Deus
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putifar
dado pelo sol
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puva
hebraico: luz
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puzzolo
hebraico: abundância em poços
Q
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qeunaz
caça, caçada
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qualal
consumação
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quarto
hebraico: um quarto filho
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quatro copos
Alude aos quatro copos de vinho que bebemos no sêder a fim de lembrar as quatro expressões de redenção mencionadas na Torá.
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quatro filhos
Referência aos quatro tipos de filhos (o sábio, o malvado, o tolo e aquele que não sabe perguntar) mencionados na Hagadá.
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quebar
hebraico: abundante
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quebrantar
Abater; arrasar; debilitar; enfraquecer
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queda
A palavra queda, embora não sejausada na Escritura com o sentido de degeneração, designa geralmente o afastamento do estado de inocência em que vivia o homem para o estado de corrupção que predomina na Humanidade. A história da queda é narrada no cap. 3 do Gênesis. Este capítulo tem sido interpretado, ou literalmente, ou figurativamente. Muita coisa se lê na narrativa, sugerindo-nos o que é figurativo e metafórico – isto é, as duas árvores não são determinadamente simples árvores, e a serpente é mais alguma coisa do que mero réptil. o homem é criado, não no estado de perfeição, não no seu mais alto grau de desenvolvimento, mas na inocência, sem pecado. Está unido a Deus por certas leis de obediência, leis que ele transgride. o primeiro ato de infração constitui a queda – ele reconhece conscientemente essa queda – e, no seu primeiro conhecimento íntimo do pecado, recebe o aviso do plano divino da redenção. Além disso, vem ao conhecimento de que, de algum modo misterioso, o primeiro pecado não é simplesmente o pecado de um indivíduo, mas é contaminador da raça humana. Adão é representativo – ele é a origem da espécie humana – nele todos pecam, e todos morrem – como, e por que é isso assim, nunca a mente pôde descobrir. A Escritura revela o fato, e a experiência humana testemunha a sua realidade. A continua luta com o pecado, na esperança firme de que por último o bem surgirá vitorioso, segundo as palavras do proto-evangélico vers. 15 do cap. 3º do Gênesis, não diz respeito a Adão somente, mas a todos os homens. A vida humana é, pois, de conflito, pelas suas tendências pecaminosas, existindo na alma a esperança da vitória final. Não sendo assim, a vida seria inexplicável. Um ou dois pontos reclamam especial atenção: i. A origem do mal. Deus, o Ente Supremo que existe por Si mesmo, infinitamente bom, podia ter-nos criado perfeitamente bons. A capacidade para o mal podia ter sido afastada por uma retidão inabalável do coração e consciência. Deus, porém, não quis assim: a Sua vontade é que nós sejamos aperfeiçoados pelo sofrimento da tentação, esse sofrimento que o próprio Jesus suportou – e contentes devemos estar em sustentar o combate, até alcançarmos gloriosamente a vitória por meio do Salvador. ii. A queda e Cristo. o N.T. aceita e esclarece as duas doutrinas: a do pecado como absolutamente nocivo, e a de homens, sem exceção, pecaminosos, não tendo esperança alguma em si mesmos: mas refere-se pouco, se na verdade se refere, à própria queda. o nosso Salvador nunca fez alusões a esse fato, mas toma a própria queda como caso aceito, em todos os seus ensinamentos. Todos pecam – o pecado é um mal profundamente enraizado na vida interior – todavia, o homem é um ser de superior valor e dignidade. Tudo isto Cristo nos ensina, e nas parábolas do cap. 15 de S. Lucas, como em outros lugares, ele relaciona o caráter pecaminoso do homem, e a queda, com a Sua própria redenção e obra renovadora. S. Paulo, como já se observou, baseia a sua doutrina do pecado e da expiação no que o Gênesis nos revela. A doutrina do pecado original, como resultado da queda do homem, implicitamente ensinado em diversas passagens, é-o explicitamente em Rm 5.12 a 21, e 1 Co 15.22,44 e 47. iii. A queda e a encarnação. Algumas vezes se tem feito esta pergunta: se o homem não tivesse pecado, ter-se-ia tornado homem o nosso Salvador Jesus Cristo? Essa é uma pergunta inútil a que não podemos responder. Tenhamos de memória que a encarnação e a morte de Cristo fazem completa a expiação. Sugere a revelação que Cristo encarnou para realizar-se a redenção (Mt 20.28 – Lc 19.10 – Gl 4.4 e seg.). A queda, a encarnação, a expiação, e a restauração final são fatos da história humana, e atos da presciência divina. Antes da queda, era perfeita a comunhão com Deus – no Reino tornará a ser perfeita: se, no caso de serem os homens impecáveis, o Filho de Deus se tornaria homem por amor à Humanidade, essa é uma questão metafísica, cuja solução não traria qualquer vantagem prática. (*veja Pecado.)
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quedar
o homem de pele preta. Filho deismael (Gn 25.13), e que foi o pai dos quedaritas. Viviam em tendas, e muitas vezes mudavam de habitação – mas a sua principal residência era ao sul do deserto da Arábia, o norte da Arábia Petréia, e na vizinhança do mar Vermelho. Todavia, alguns deles se estabeleceram em vilas ou cidades (Ct 1.5 – is 42.11). Eram famosos como frecheiros, e bons pastores (Jr 49.28 – is 21.16,17 – is 60.7).
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quedema
hebraico: para o oriente
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quedemote
princípios
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quedes
Santuário. 1. Quedes de Naftali(Jz 4.6). Hoje é Kades, ao noroeste do lago de Hulé – uma cidade ao meio do lado ocidental da planície de Zaanaim – contém muitas e interessantes ruínas. Foi cidade fortificada de Naftali (Js 19.37) – uma cidade de refúgio para as tribos setentrionais, tendo sido dada aos gersonitas (Js 20.7 – 21.32 – 1 Cr 6.76). Foi Quedes a residência de Baraque, e neste lugar ele e Débora reuniram as tribos de Zebulom e Naftali antes do conflito. Ali perto estava o carvalho de Zaanaim, onde foi colocada a tenda de Héber e de sua mulher Jael, da família dos queneus, sendo ali que Sísera encontrou a morte (Jz 4.6 a 11). Foi tomada esta povoação por Tiglate-Pileser (2 Rs 15.29). 2. É hoje Tell Abu Kudeis, perto de Megido – foi cidade real dos cananeus. Josué conquistou-a, e na distribuição das terras coube a issacar, sendo depois cedida aos gersonitas (Js 12.22 – 1 Cr 6.72). 3. Cidade de Judá, na extremidade sul (Js 15.23). Talvez a mesma povoação que Cades-Barnéia.
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quedma
hebraico: para o oriente
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quedorlaomer
Era, no tempo de Abraão, aquele rei de Elão que com três príncipes de Babilônia, seus subordinados, sustentou duas campanhas na Palestina, reduzindo à sujeição os mis de Sodoma e Gomorra e de outras cidades. Pelo espaço de doze anos conservou o seu domínio sobre esses chefes, que no ano décimo-terceiro se revoltaram. No ano seguinte, ele e os seus aliados invadiram o país, e, depois de terem derrotado muitas tribos da vizinhança, encontraram os cinco reis da planície no vale de Sidim, os quais foram completamente subjugados: matou os reis de Sodoma e Gomorra, e levou consigo grande despojo e ao mesmo tempo a família de Ló. Todavia, Abraão, ouvindo falar do cativeiro do seu sobrinho, tratou de o libertar (Gn 14.17). A narração bíblica tem recebido notável confirmação com o fato de se achar o nome (Qudin-Lagamar, ‘servo da deusa Lagamar’), nas inscrições cuneiformes da Babilônia – a invasão teria sido pelo ano 2330 a.C.
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queelata
local de assembléia
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quefar-armonai
hebraico: cidade de Amonai ou aldeia dos amonitas
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quefira
hebraico: aldeia coberta, expiação
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queijo
os termos hebraicos que estão traduzidos pela palavra queijo, exprimem simplesmente vários graus de leite coalhado, e impossível é saber-se até que ponto aquelas palavras correspondem à nossa idéia de queijo (*veja 1 Sm 17.18 – 2 Sm 17.29 – Jó 10.10).
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queila
l. É agora Kila, estando aproximadamente a onze quilômetros ao noroeste de Hebrom. Uma cidade de Judá (Js 15.44), que, tendo caído em poder dos filisteus, foi libertada por Davi – mas os seus habitantes estavam resolvidos a entregar o libertador a Saul (1 Sm 23.1 a 13) – foi reocupada depois da volta do cativeiro (Ne 3.17,18). 2. o garmita, da família de Calebe (1 Cr 4.19), onde aparece como Abiqueila.
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queixume
Lamentação; gemido; queixa.
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quelai
consumação, perfeição
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quelaías
anão
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quelal
hebraico: consumação
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quelita
hebraico: congregação do Senhor
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quelubai
hebraico: gaiola de pássaros
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quelube
cesto enganador, gaiola
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quelui
hebraico: consumido do Senhor
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quelulai
hebraico: ousado
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quemos
hebraico: dominador
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quemuel
Deus existe. 1. Terceiro filhode Naor, irmão de Abraão (Gn 22.21). 2. Certo príncipe ou chefe de Efraim – foi um dos designados para dividir a terra (Nm 34.24). 3. Um levita, o pai de Hasabias, que foi chefe dos levitas no reinado de Davi (1 Cr 27.17).
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quena
hebraico: possuidor
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quenaana
hebraico: posse
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quenani
hebraico: aperfeiçoador
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quenanias
possessão
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quenate
Possessão. É hoje Kanawat, ao sueste de Lejah, cerca de 32 km ao norte de Busra. Foi um cidade de Manassés, ao oriente do Jordão – tomada por Noba, recebeu o nome do conquistador, sendo depois recuperada por Gesur e Arã (Nm 32.42 – Jz 8.11 – 1 Cr 2.23). As suas ruínas cobrem um espaço de 1600 metros de comprimento, com 800 metros de largura.
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quenaz
hebraico: cacada
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quene
hebraico: distinguido
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quenedote
hebraico: princípio
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queneu
Uma das tribos da Palestina no tempo de Abraão (Gn 15.19), habitando nos retiros fortificados ao sul de Judá (1 Sm 15.6 e 27.10). Foi apostrofada por Balaão (Nm 24.21,22). Jetro, o sogro de Moisés, era queneu (Jz 1.16). Por esta razão, e pelo fato de terem sido amáveis para com os israelitas, vindos do Egito, foram os queneus salvos da destruição, quando eram esmagados os amalequitas (1 Sm 15.6) – aconteceu isto depois da conquista de Canaã. No tempo de Débora, Héber, o queneu, vivia muito para o norte (Jz 4.11). Hemate, também queneu, foi o fundador da seita ou família, que era conhecida pelo nome de recabitas. (*veja Recabitas.) Para explicar as amigáveis relações que por muito tempo existiram entre esta tribo de midianitas errantes e o povo de israel, deve-se notar que os recabitas se acham realmente incluídos nas genealogias de Judá (1 Cr 2.55). o professor Sayce julga que os queneus eram uma família de ferreiros.
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quenezeu
hebraico: salvo de uma vez
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quenezui
hebraico: caçador
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quenuel
hebraico: congregação de Deus
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querã
harpa
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querem-hapuquem
hebraico: vaso de antimônio ou corno da tinta
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querete
hebraico: separação, trincheira
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queriote
1. Cidade de Moabe (Jr 48.24) Esta povoação tem sido identificada com Kureiyeh, uma arruinada cidade de certa extensão que está situada entre Busrah e Sulkad, na parte meridional de Haurã. E talvez seja Babba, 18 km ao sul de Arnom. 2. Uma cidade ao sul de Judá, na fronteira da região montanhosa, cerca de 19 km ao sul de Hebrom (Js 15.25). o seu nome atual é Kuryetein. (*veja Judas iscariotes.)
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queriote-hesrom
hebraico: cidade de preso
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queriote-huzote
hebraico: cidade de ruas
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querite
hebraico: cidade
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querite-jearim
hebraico: cidade dos bosques
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querium
hebraico: imagem
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querobim
anjo de elevada cate goria
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querogrilo
hebraico: escondedor
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queros
hebraico: braço de tear
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querube
hebraico: celestial
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querubim
os querubins aparecem no A.Tcomo seres celestiais, ministros da vontade divina, mas as referências deixam-nos em dúvida quanto ao seu aspecto e quanto às suas funções. Em Gn 3.24 eles são colocados ao oriente do Jardim do Éden, ‘para guardar o caminho da árvore da vida’. Em cada uma das extremidades da cobertura da arca, ou propiciatório, estava um querubim de ouro, de asas estendidas (Êx 25.18 a 22 – Hb 9.5). Também se achavam tecidas figuras de querubins nas cortinas e no véu do tabernáculo (Êx 26). Estas formas angélicas achavam-se representadas com grande magnificência no templo de Salomão (1 Rs 6 – *veja também 2 Rs 19.15, Sl 80.1, e is 37.16), e aparecem na visão de Ezequiel a respeito da Jerusalém restaurada (Ez 41.18,20, 25). A mais completa descrição acha-se em Ez 10. No hebreu, ckerub é singular, e cherubim é plural.
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querubins
Refere-se as duas figuras que ficavam sobre a Arca Sagrada.
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quesalom
confidencia, esperança
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quesede
hebraico: aumento de posteridade
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quesibe
hebraico: mentiroso
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quesil
tolo
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quesion
hebraico: firme, confiança, esperança
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queslom
hebraico: firme, confiança, esperança
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queslon
hebraico: firme, confiança, esperança
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quesolote
confiança
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quesulote
hebraico: confiança, ou lombos
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quetura
hebraico: incenso
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quezia
hebraico: canela ou casela
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quezibe
Enganador. Estava Judá em Quezibe, quando a cananéia, filha de Sua, deu à luz o seu terceiro filho, Selá (Gn 38.5). É o mesmo lugar que Aczibe na região baixa de Judá (Js 15.44 – Mq 1.14) – e talvez seja hoje a povoação de An-Quesbé, perto de Adulão.
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quialom
esperança
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quibrote-ataava
ou HATAAVA, ou TAAVA, hebraico: sepulcros da concupiscência
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quidão
hebraico: grande destruição
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quidom
hebraico: dardo
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quila
fortaleza
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quiliabe
hebraico: 2 filho de Davi, tem o nome de Daniel
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quiliom
hebraico: definhamento ou ruína acabada
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quilmade
hebraico: fortaleza
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quimã
anelo
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quiná
lamentação
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quinerete
Cerca. Cidade fortificada natribo de Naftali (Js 19.35). o mar de Quinerete (Nm 34.11 – Js 13.27 – 11.2 – 12.3) é o nome que no A.T. tem o lago de Genesaré. No livro de Dt. 3.17 e 1 Rs 15.20 aplica-se geralmente o nome a toda a província.
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quinerote
hebraico: harpa
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quinhão
Quota; parte
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quios
(É hoje ‘Scio’.) Uma ilha separada de Esmirna, cidade na costa da Ásia Menor, por um estreito de 8 km. Paulo ancorou defronte de Quios quando voltava da sua terceira viagem missionária, permanecendo ali durante uma noite (At 20.15). Era naquele tempo uma ilha livre. É alcantilada e montanhosa, tendo sempre sido celebrada pela sua beleza e feracidade.
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quir
cidade fortificada
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quir de moabe
hebraico: cidade forte de Moabe
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quir de moabe, quie-aresete, quir-heres
Uma das duas principais fortalezas de Moabe (2 Rs 3.25 – is 15.1 – 16.7,11 – Jr 48.31,36) – estava no cimo de um monte, 1.028 metros acima do mar Morto, e distante dele 16 km, dominando as duas bifurcações de Wady Kerak.
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quir-harasete
HESE ou HESES, hebraico: cidade de tijolo
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quiriataim
duas cidades
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quiriate
cidade
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quiriate-arba
hebraico: cidade de Arba ou cidade de quartos
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quiriate-arim
hebraico: cidade dos bosques
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quiriate-baal
hebraico: cidade de Baal
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quiriate-hezrom
hebraico: cidade de Hezrom, ou cidade de preso
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quiriate-huzote
hebraico: cidade de ruas
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quiriate-jearim
Cidade das florestas. Também é chamada Quiriate, Quiriate-Arim, Quiriate-Baal, Baala, e Baale. É uma cidade gibeonita, nos limites de Judá e Benjamim, e que foi cedida a Judá (Js 9.17 – 15.9,60 – 18.14,15,28 – Jz 18.12 – 1 Cr 2.50, 52) – o lugar onde a arca se conservou por vinte anos (1 Sm 6.21 – 7.1,2 – 2 Sm 6.2 – 1 Cr 13.5,6 – 2 Cr 1.4) – ‘campo de Jaar’ (Sl 132.6) – foi reocupada depois do cativeiro (Ed 2.25 – Ne 7.29) – a residência do profeta Urias (Jr 26.20), que reforçou os avisos de Jeremias, e foi por isso cruelmente assassinado por Jeoaquim. Não é conhecido o sítio, mas talvez se possa identificar com Kuriet-el-Enab, cerca de 13 km ao ocidente de Jerusalém.
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quiriate-sana
hebraico: cidade de Sana
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quiriate-sefer
hebraico: cidade de Sefer, ou cidade de um oráculo
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quirino
Acha-se mencionado em Lc 2.2 – Cyrenio é a forma grega de P. Sulpício Quirino. Foi governador da Cilícia, que no tempo de Jesus Cristo se achava anexada à Síria. Esta passagem trata do alistamento do povo.
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quiriote
hebraico: cidades
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quiritaim
hebraico: cidade dupla
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quis
1. Pai de Saul, o primeiro rei deisrael (1 Sm 9 – 2 Sm 21.14). 2. indivíduo de Benjamim (1 Cr 9.36). 3. Benjamita, que foi bisavô de Mordecai (o primo da rainha Ester). Foi levado cativo para Babilônia pela mesma ocasião em que o rei Joaquim o foi (Et 2.5). 4. Merarita, da casa de Mali, da tribo de Levi (1 Cr 23.21, 22 – 24.28, 29). A frase ‘Quis, filho de Ad’ (2 Cr 29.12), indica mais a casa levítica ou qualquer ramo sob o seu chefe, do que um indivíduo.
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quisi
hebraico: laço do Senhor
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quisiom
dureza
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quisleu
o mês nono do ano judaico, principiando com a lua nova de dezembro (Ne 1.1 – Zc 7.1).
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quisleu (mês)
Novembro/dezembro
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quislom
hebraico: esperança
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quislote-tabor
hebraico: confiança de Tabor
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quisom
É um ribeiro que nasce no monteGilboa, e, com os seus afluentes e torrentes de inverno, desliza pela planície de Jezreel – e, entre montanhas, corre ao fundo do monte Carmelo por um estreitíssimo desfiladeiro para a planície de Akka, e entra finalmente no mar Mediterrâneo, distando a foz da sua nascente uns nove quilômetros. Foi teatro da derrota de Sísera, e da destruição dos profetas de Baal (Jz 4.7, 13 – 5.21 – 1 Rs 18.40 – Sl 83.9). Chama-se hoje Nahr-el-Mukalta, isto é, o ribeiro da matança.
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quiteria
Uma homenagem à santa de mesmo nome
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quitilis
parede de homem
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quitim
1. Acha-se pela primeira vez mencionado este nome em (Gn 10.4 entre os filhos de Javã (Jônia, Grécia), que foram habitar as ‘ilhas das nações’. Josefo escreveu que Cetino, um dos filhos de Javã, ‘possuía a ilha Cetima, que se chama agora Chipre – e por esta razão a todas as ilhas e à maior parte da costa marítima dão os hebreus o nome de Cetim’. E acrescenta o escritor judaico que o nome foi também preservado em Citium, cidade da ilha de Chipre, sendo hoje chamada Larnaca (Ant. i 6.1). Chipre foi colonizada pelos fenícios ao sul e oriente, e o resto pelos gregos. No A.T. está Quitim pela ilha de Chipre, e também significa qualquer poder marítimo ao ocidente da Palestina. Balaão predisse que uma armada havia de sair dali para ruína da Assíria. Em is 23.1,12 aparece a ilha como lugar de concentração das armadas de Tiro. os de Tiro iam ali buscar o cedro ou a madeira de buxo, que marchetavam de marfim para as cobertas dos seus navios (Ez 27.6). Em Dn 11.30, os navios de Quim avançam para o sul a fim de encontrarem o rei do norte. 2. Bisneto de Noé, cujos descendentes se chamam quitins, isto é, o povo de Chipre, e das ilhas adjacentes (Gn 10.4 – 1 Cr 1.7 – e também, aparentemente, Nm 24.24, bem como Jr. 2.10). o sítio de Kition em Chipre acha-se agora ocupado por Larnaca.
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quitlis
separação
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quitrom
nodoso, pequeno
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quium
imagem, estátua
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quotidiano
De todos os dias; diário: a vida cotidiana.
R
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raabe
Altivez, insolência, orgulho. lUm nome poético do Egito (Sl 87.4 – 89.10 – is 51.9), baseado, segundo parece, num antigo conto mitológico, em que Raabe aparece como monstro marinho. 2. Uma prostituta de Jericó, que ocultou os espias que tinham sido mandados por Josué. Como recompensa do seu ato, foi poupada a sua vida, quando a cidade foi conquistada (Js 2,e 6.25). Casou com Salmom, um príncipe de Judá, e dela descendeu Davi e Jesus (Mt 1.5). o autor da epístola aos Hebreus engrandece a sua fé (11.31) – e S. Tiago a mencionou como exemplo daquela fé, que produz boas obras (2.25).
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raamá
tremor
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raamis
hebraico: trovão do senhor
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raão
amor, piedade
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rabá
cidade principal
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rabe-mague
persa: chefe dos magos, ou comandante
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rabe-saris
l. oficial do rei da Assíria, Senaqueribe, que foi mandado contra Jerusalém no reinado de Ezequias (2Rs 18:17). 2. o Título de dois príncipes de Nabucodonosor, rei da Babilônia, os quais se chamavam Sarsequim e Nebusazbã. o primeiro assistiu à tomada de Jerusalém, sendo Zedequias preso nessa ocasião, apesar dos esforços empregados para escapar – e, vazados os olhos, foi mandado para Babilônia, carregado de cadeias. o segundo acha-se mencionado entre os outros príncipes, que foram incumbidos de livrar Jeremias da prisão (Jr 39.3,13).
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rabi
Título de honra, que significa ‘Mestre’, e que era empregado pelos judeus, sendo muitas vezes esse o tratamento dado a Jesus (Mt 23.7,8 – 26.25,49 – Mc 9.5 – 11.21 – 14.45 – Jo 1.38,49 – 3.2,26 – 4.31 – 6.25 – 9.2 – 11.8). “Rab”, na sua significação de grande, entra na composição de muitos nomes de altos cargos.
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rabí ou raboni
Palavra hebraica que significa Mestre.
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rabino
Pessoa que estudou e aprofundou-se nas leis judaicas e formou-se recebendo sua “smiche”, seu diploma.
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rabinos
Doutor da lei judaica; sacerdote do culto judaico.
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rabiscam
Linha tortuosa
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rabite
multidão
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raboni
hebraico: meu mestre
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rabsaqué
Título militar entre os assírios, que designa superioridade. Trata-se de um enviado de Senaqueribe, rei da Assíria, que conhecemos apenas pelo seu título: foi mandado a Jerusalém com o fim de persuadir o povo a entregar-se, enquanto o seu senhor, tendo conquistado outras grandes cidades de Judá, estava cercando Láquis. Rabsaqué, que conhecia o hebraico, pôde falar ao povo na sua própria língua, sustentando que a expedição de Senaqueribe era sancionada e ordenada pelo Senhor. Pode ser que as suas palavras tivessem alguma base nas profecias de isaías a respeito da desolação de Judá e israel, por motivo da obra destruidora dos assírios, tendo vindo essa predição ao seu conhecimento de qualquer maneira (2 Rs 18.19 – is 8.7,8 – 10.5,6 – caps. 36 e 37).
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raca
Termo popular de insulto, significando ‘vil’, ‘desprezível’ (Mt 5.22). Está em estreita conexão com a palavra ‘rekim’, que em Juízes (11.3) se acha traduzida por ‘homens levianos’. os rabinos ensinavam que o uso de tal expressão era quase tão grande crime como o assassinato.
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raça de víboras
Jesus Cristo em Mateus 12:25,34 disse:
“… porém, conhecendo seus (dos fariseus) pensamentos, disse-lhes…Raça de víboras, como podeis vós dizer boas coisas, sendo maus?”Víboras significa serpente ou no sentido figurado, pessoa de muito má índole, ou seja, aqueles batizados em Cristo estão associados com a semente da mulher; todos os outros são a semente da serpente.
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racabe
hebraico: cavalheiros
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racal
hebraico: negociante
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racate
praia
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racional
Que usa da razão; que raciocina.
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racionalização
Tornar racional.
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racom
hebraico: escassos, praia
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radai
subjugando
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radames
Filho dos deuses
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raema
hebraico: filho de aflição
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rafa
hebraico: gigante
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rafael
Deus curou
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rafaela
Deus a curou
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rafaias
hebraico: Deus curou
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rafu
hebraico: curado
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ragaú
amigo
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rages
hebraico: amigável
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raguel
amigo de Deus
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raimunda
Sábia poderosa, protetora
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raimundo
Sábio poderoso, protetor
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rainha
Diversas palavras na língua hebraica foram vertidas para ‘rainha’, significando a primeira delas uma soberana reinante como a rainha de Sabá ( 1 Rs 10.1), e também Vasti e Ester (Et 1.9 e 2.22). A segunda (Ne 2.6 – Sl 45.9) faz-nos supor que se trata da mulher que é esposa do rei. A terceira (1 Rs 11.19 – 2 Rs 10.13 – Dn 5.10 etc.) empregava-se com referência à rainha-mãe, que segundo o costume oriental exercia grande autoridade.
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rainha dos céus
Era o título dado àquela deusa que as mulheres hebraicas, com a conivência de seus maridos, adoravam, oferecendo-lhes bolos, fazendo libações e queimando incenso em sua honra nas ruas de Jerusalém (Jr 7.18 – 44.17 a 25). Muito provavelmente se poderá identificar esta deusa com a istar de Babilônia, ou com o planeta Vênus, ou com a Lua. (*veja Astorete.)
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raissa
Crente, pensador
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ramá
Lugar alto. 1. Cidade de Benjamim, que é hoje Er-Ram (Js 18.25 – Jz 4.5 – 19.13), edificada sobre o cume de um monte, dominando a grande estrada do norte, à distância de 8 km de Jerusalém. Era uma fortaleza de fronteira, que repetidas vezes foi tomada e reconquistada (1 Sm 22.6 – 1 Rs 15.17 a 22 – 2 Cr 16.1,5,6 – is 10.29 – os 5.8) – teatro de uma carnificina (Jr 31.15 – Mt 2.18), e da prisão de Jeremias (Jr 40.1) – foi reocupada depois da volta do cativeiro (Ed 26 – Ne 7.30 – 11.33). As suas ruínas ainda revelam a sua primitiva importância. 2. Cidade do monte Efraim, terra natal, e lugar da sepultura de Samuel (1 Sm 7.17 – 8.4 – 15.34 – 16.13 – 19.18 – 25.1 – 28.3). o nome por extenso do lugar é Ramataim-Zofim. Tem sido identificada com Neby-Samwil, um sítio de grande altura, que fica a 6 km ao noroeste de Jerusalém. Aqui se vê o suposto túmulo do profeta. 3. A atual Er-Ramé, que está a três quilômetros ao noroeste de Ain-Hazor: uma cidade murada ao sul de Naftali (Js 19.36). 4. A atual Râmia – distante 5 quilômetros de Tiro. Cidade da fronteira de Aser (Js 19.29). 5. 2 Rs 8.29 e 2 Cr 22.6: o mesmo que Ramote-Gileade.
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ramada
Rama cortada para dar sombra
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ramasses
egípcio: filho de Ra, ou filho do sol
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ramataim
alturas gêmeas
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ramataim-zobim
hebraico: alturas gêmeas dos sofistas
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ramate
hebraico: lugar ou monte
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ramate-lei
hebraico: lugar alto de queixada
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ramate-mispa
hebraico: monte da torre de vigia
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ramessés
Ra (o deus Sol) lhe deu nascimento. Cidade do Egito, que foi ocupada pelos irmãos de José (Gn 47.11) – uma das cidades edificadas, ou reedificadas para o Faraó, pelos oprimidos israelitas (Êx 1.11). Foi ali que começou o êxodo dos israelitas (Êx 12.37 – Nm 33.3,5). Estava situada na parte ocidental da terra de Gósen, não longe de Pitom.
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ramias
aquele a quem Jeová exaltou
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ramis
hebraico: Jeová e exaltado ou colocado pelo Senhor
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ramote
altura
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ramote-gileade
Alturas de Gileade. Cidade de Gade, e cidade de refúgio, que foi dada aos meraritas (Dt 4.43 – Js 20.8 – 21.38). Foi um dos comissariados de Salomão (1 Rs 4.13) – foi tomada pelo rei da Síria – e, querendo Acabe recuperá-la, perdeu a sua vida (1 Rs 22 – 2 Cr 18). Foi Jorão que a retomou (2 Rs 8.28,29 – 9.14 – 2 Cr 22.5,6) – e ali foi Jeú, um dos seus capitães, ungido e proclamado rei em seu lugar (2 Rs 9.1 a 14).
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rão
exaltado
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raphael
Deus o curou
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raphaela
Deus a curou
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raphaella
Deus a curou
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rapina
Ato ou efeito de rapinar; roubo violento.
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raposa
As raposas, ou antes, chacais, são abundantes em algumas partes da Judéia. Vivem de aves e de pequenos quadrúpedes. ‘Serão entregues ao poder da espada, e virão a ser pasto dos chacais’ (Sl 63.10). Esta passagem encerra uma referência ao fato de serem os exércitos seguidos por chacais, que devoravam os corpos que iam sendo deixados pelo caminho. Para evitar que os chacais cheguem a devassar as sepulturas, é a terra bem batida e misturada com espinhos. Sansão destruiu as searas dos filisteus, apanhando trezentas raposas, e atando aos pares pelas suas caudas. Pôs, em seguida, um tição em fogo entre elas, e mandou-as para os campos (Jz 15.4,5). Sendo o número de raposas 300, é porque havia abundância delas. o fato de andarem em grandes catervas facilitaria a caça de tantas por meio de laços. Se a corda que prendia as duas caudas era de conveniente comprimento, correriam naturalmente aos pares, visto que estes animais são muito gregários. Numa antiga festividade romana era costume juntar as raposas de um modo semelhante, com um facho entre elas. As raposas, ou chacais, faziam grande devastação nas vinhas (Ct 2.15). o chacal vulgar da Palestina é de uma cor amarelo escuro.
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raquel
ovelha. Foi mulher de Jacó. Este só conseguiu casar com ela depois de ter servido Labão, pai dela, e seu tio, por espaço de quatorze anos. o fato de Raquel ter furtado as imagens de seu pai mostra que ela não estava ainda livre das superstições e idolatria, que prevaleciam na terra, de onde Abraão tinha sido chamado (Js 24. 2,14). Era irmã de Lia, e foi mãe de José e Benjamim. Morreu Raquel na ocasião em que dava à luz seu filho Benjamim, sendo sepultada no caminho para Efrata, isto é, em Belém. o seu túmulo, o primeiro exemplo bíblico de ser erigido um monumento sepulcral, ainda ali se mostra (Gn 35.19). Mas em 1 Sm 10.2 se lê que o túmulo da mãe de José estava no limite setentrional de Benjamim, em Ramá (Jr 31.15). A explicação que tem sido dada é esta: o verdadeiro sepulcro de Raquel estava realmente em Belém, de Judá, mas uma semelhança do mesmo túmulo se tinha posto em Ramá, que era território de seu filho Benjamim. os incidentes da sua vida acham-se descritos em Gênesis caps. 29,30,31,33 e 35. Jeremias (31.15) e Mateus (2.8), quando escreveram Raquel, quiseram significar as tribos de Efraim e Manassés, os filhos de José. A profecia de Jeremias foi cumprida quando estas duas tribos foram levadas cativas para além do rio Eufrates. E Mateus (2.18) serve-se desse fato para ilustrar o terrível acontecimento de Belém, quando Herodes mandou matar os meninos que tivessem de idade até dois anos. Por conseqüência, podia afirmar-se que Raquel, que ali estava sepultada, chorava a morte de tantas crianças inocentes.
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rashá
“Malvado”; alusivo a um dos quatro filhos citados na Hagadá.
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rashi
Rabi Shlomo Itschaki; um dos maiores comentaristas da Torá.
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rason
hebraico: firme estável
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ratificada
Validada; confirmada
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ratificar
Confirmar, comprovar; tornar válido.
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rato
o rato não podia servir de alimentação (Lv 11.29). Ratos de campo e hemorróidas atacaram os filisteus como uma praga, servindo-lhes de aviso de que deviam mandar a arca para os israelitas (1 Sm 6). isaías (66.17) refere-se com horror à comida de rato. Esta espécie de animais é abundante na Palestina.
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raul
Aquele que luta com prudência, combatente
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rav
Lit. “rabino”.
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razim
hebraico: firme, estável
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razo
hebraico: o princípio
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reabias
pelo qual Jeová amplia o lugar
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reaías
aquele quem Jeová tem cuidado
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reba
hebraico: quarta parte ou rebento
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rebate
Ato ou efeito de rebater
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rebe
Sábio que serve como guia espiritual para seus seguidores chassídicos.
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rebeca
Filha de Betuel, que foi encontrada pelo servo de Abraão na cidade de Naor, em Padã-Arã, e trazida para a Palestina a fim de ser a mulher de isaque (Gn lm 24). Depois de, pelo espaço de dezenove anos, viver estéril, veio finalmente a ser mãe de Esaú e Jacó (Gn 25.20 a 26). Rebeca favorecia o seu filho mais novo, e induziu-o a enganar o pai (Gn 27) – e, quando ela recebeu as conseqüências da cólera de Esaú, persuadiu isaque a que mandasse Jacó para Padã-Arã, onde estava a sua família. Rebeca já não é mencionada quando Jacó voltou para seu pai, e por isso se supõe que ela tivesse morrido durante a estada de seu filho em Padã-Arã. Paulo refere-se a Rebeca como tendo sido ela conhecedora dos desígnios de Deus, a respeito dos seus filhos, antes de eles terem nascido (Rm 9.10).
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rebecca
Aquela que une
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rebetsin
Esposa de um rabino ou de um Rebe.
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rebla
hebraico: multidão
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rebuscar
Buscar de novo
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reca
hebraico: cavalheiro ou companheiro
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recabe
1. Pai de Jonadabe (2 Rs 10.15,23 – Jr 35.6 a 19) – está em conexão com os queneus (1 Cr 2.55). (*veja Recabitas.) 2. Um guerreiro que, com o seu irmão Baaná, assassinou is-Bosete, filho de Saul. Foram mortos por ordem de Davi, por terem praticado aquele homicídio (2 Sm 4.2). 3. o pai ou antepassado de Malquias, governador do distrito de Bete-Haquerém (Ne 3.14), que foi nomeado para reparar a Porta do Monturo, nas fortificações de Jerusalém, sob a direção de Neemias. Talvez a mesma pessoa que a de 1.
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recabitas
Seita ou ordem religiosa, que teve o seu princípio em Jonadabe, filho de Recabe. os princípios dos recabitas consistiam numa reação e protesto contra o luxo e a licenciosidade que, no reinado de Acabe e Jezabel, ameaçavam destruir inteiramente a simplicidade da antiga vida nômade de israel. Em conformidade com as suas idéias, os recabitas não bebiam vinho, nem edificavam casas, nem semeavam grão, nem plantavam vinhas, nem possuíam coisa alguma. Habitavam em tendas, em memória de terem sido estrangeiros na terra. Pelo espaço de dois séculos e meio eles cumpriram fielmente as suas normas – mas, quando Nabucodonosor invadiu Judá, no ano 607 (a.C.), tiveram então que abandonar as suas tendas.
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recalcitrar
Resistir desobedecendo; teimar
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recato
Vergonha; pudor
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rechaçar
Afastar; reprimir
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recíproco
dar e receber
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reconciliação
No A.T. a palavra, vertida para ‘reconciliação’ em algumas passagens, éem outras traduzida por ‘expiação do pecado’ (Lv 6.30 – 16.20 e Ez 45.20). No N.T. as palavras empregadas implicam uma mudança espiritual, transformando-se a inimizade em afeto. Em 2 Co 5.18, 19, e C11.20,22, se diz que Deus reconciliou o homem, todas as coisas, o mundo, consigo mesmo por Jesus Cristo na Sua morte (Rm 5.10). Semelhantemente se diz que Jesus Cristo, pela cruz, reconciliou com Deus tanto os judeus como os gentios (Ef 2.16) – e o proclamar aos outros a obra reconciliadora de Jesus Cristo se chama o ‘ministério’, e também a ‘palavra’ de reconciliação (2 Co 5.18,19). (*veja Expiação, Propiciação.)
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recôndito
Escondido; oculto
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rede
os egípcios faziam as suas redes de fio de linho, usando uma farpa própria, de madeira – e, como as redes do Egito eram bem conhecidas dos primitivos judeus (is 19.8), é possível que a forma e material fossem os mesmos nos dois países. As redes que se usavam para as aves no Egito eram de duas espécies: armadilhas e laços. (*veja Caçador.) A rede emprega-se como uma imagem dos sutis artifícios dos inimigos de Deus (Sl 9.15 – 25.15 – 31.4), significando, também, o inevitável castigo da Providência (Lm 1.13 – Ez 12.13 – os 7.12). Usa-se igualmente o termo a respeito da obra, que de um modo semelhante à corda, enfeita o capitel da coluna (1 Rs l.17).
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rédeas
Direção; governo
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redenção
Libertação e livramento – apresentada no NT como libertação da pena do pecado mediante o pagamento de um resgate. Jesus, por sua morte na cruz, pagou o resgate a nosso favor e nos libertou (Rm 3.24).
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redenção final
Época aguardada desde a criação do mundo; Era em que o mundo será regido pela paz, entendimento entre os homens e o reconhecimento de D-us por todos.
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redenho
Gordura
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redentor
O que livra da escravidão ou das aflições. O termo hebraico é também traduzido por resgatador, aplicado em referência ao responsável pela proteção dos interesses dos membros necessitados de toda uma parentela (Rt 3.9). Aplicado a Deus como protetor e libertador de Israel (Is 41.14). Embora Jesus não seja especificamente chamado “Redentor” no NT, é nele que os crentes têm a redenção (Ef 1.7).
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redentor – redenção, remir
Tomar novamente posse de uma pessoa ou coisa, reaver pela compra, tornar a alcançar um direito, são atos que a lei mosaica regula com muita particularidade. A redenção de terras e de casas (Lv 25.23,24,29), de um israelita (Lv 25.48), e de uma propriedade votada ou consagrada a Deus (Lv 27.9 a 27) acha-se claramente legalizada. Todavia, como a pessoa que havia vendido a casa, ou a terra, ou a si próprio, poucas probabilidades tinha de alcançar os meios de resgatar o que tinha sido alienado, era assegurado aos seus parentes o direito da redenção (Lv 25.48,49). Deste modo o hebraico ‘góel’ (‘resgatador’) veio a significar parente (Rt 2.20, etc.). Este ‘goel’ exercia o direito de ‘vingador de sangue’ (Nm 35.19,21,27 – Dt 19.12). outra palavra hebraica é empregada para significar a redenção do primogênito (Êx 13.13,15). No N.T. as duas idéias que as palavras redenção e remir do A.T. sugerem, são compra (Gl 3.13 – 4.5, e Ap 5.9), e libertação (Lc 1.68 – 24.21 – Rm 3.24 – Ef 1.7 – Tt 2.14 – 1 Pe 1.18). (*veja Expiação, Sangue (Vingador do), Propiciação.)
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redimir
Obter livramento ou soltura mediante o pagamento de um preço; comprar de volta.
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redis
Curral; aprisco
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redundância
Que sobeja, superabunda; superfluidade de palavras (pleonasmo).
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redundar
Resultar, reverter, converter.
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reelaias
hebraico: temor de Deus, ou tremor causado por Jeová
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reentrância
Ângulo ou curva para dentro
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refa
hebraico: riquezas
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refael
hebraico: Deus curou
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refaías
curado por Jeová
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refains
l. Uma raça de gigantes (Gn 145 – 15.20). 2. o vale de Refaim, que hoje se chama El-Bukeia. Fértil planície, fechada de todos os lados por cordilheiras, e que progressivamente se estende de Jerusalém para o sudoeste no espaço de quase dois quilômetros, estreitando-se depois de modo a formar o Wady-el-Werd. Esse vale servia de limite às tribos de Judá e Benjamim (Js 15.8 – e 18.16), e foi teatro de conflitos entre Davi e os filisteus (2 Sm 5.18,22 – 23.13 – 1 Cr 11.15 – 14.9,13).
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refeição
os termos no hebraico (Gn 43.16 – Pv 15.17) têm uma significação geral: qualquer porção de alimento que se come. o jantar a que há referência em Lc 14.12 é, em certos países, o almoço. os egípcios tinham a sua principal refeição ao meio-dia (Gn 43.16) – os trabalhadores tomavam uma leve refeição àquela hora (Rt 2.14) – e em certas ocasiões esta mesma hora era consagrada a excessos de comida e bebida (1 Rs 20.16). os judeus seguiam o costume, que ainda prevalece entre os beduínos, de tomarem a sua principal refeição depois do sol posto (Gn 19.1 a 3 – Êx 16.12 – 18.12, 14 – Rt 3.7). Nos tempos do N.T. o almoço era de manhã (Jo 21.5,12) – mas não antes das nove horas em dias de trabalho, pois era essa a primeira hora de oração (At 2.15) – e no sábado almoçava-se depois do meio-dia, quando o serviço da sinagoga estava terminado. os antigos hebreus sentavam-se para tomar as suas refeições (Gn 27.19 – Jz 19.6 – 1 Sm 20.5,24 – 1 Rs 13.20) – com o aumento da suntuosidade da vida, o costume de comer sentado mudou-se no modo de estar reclinado. o profeta Ezequiel censura um indivíduo que se sentava ‘num suntuoso leito, diante do qual se achava mesa preparada’ (Ez 23.41). No tempo de Jesus já era universal o uso de se reclinarem as pessoas para comer. Em regra, somente três pessoas se acomodavam em cada leito, mas ocasionalmente quatro, e até cinco. os leitos estavam providos de almofadas, sobre as quais se firmava o cotovelo esquerdo, ficando livre o braço direito. o convidado, que ocupava com outros o mesmo leito, estava sobranceiro ao seu vizinho, de forma que cada um descansava a sua cabeça junto do peito do que ficava atrás dele, dizendo-se, então, que estava recostado no seio desse (Jo 13.23). Esta proximidade de pessoas tornava agradável o costume de colocar-se um amigo em seguida a outro, e isso proporcionava a ocasião de se fazerem confidenciais comunicações (Jo 13.25 – 21.20). Como era às mulheres que cabia o dever de prestar atenção aos hóspedes (Lc 10.40), provavelmente tomavam elas qualquer refeição irregular e de curta duração. Antes de comer lavavam os convidados as mãos – porquanto não estavam em uso as facas e os garfos, e todos eles comiam do mesmo prato. Há, no A.T., um exemplo apenas de se darem graças a Deus antes da comida (1 Sm 9.13) – mas por várias vezes se afirma, no N.T., que Jesus pronunciava a oração de graças, no princípio das refeições (Mt 15.36 – Lc 9.16 – Jo 6.11). Geralmente havia um simples prato, no qual cada comensal metia a sua mão (Mt 26.23) – ocasionalmente eram servidas separadas porções a cada um (Gn 43.34 – Rt 2.14 – 1 Sm 1.4). Um pedaço de pão, em que se pegava com o polegar e dois dedos da mão direita, era mergulhado numa tigela com molho de gordura, chamando-se a isso sopa (Jo 13.26), ou então era molhado no prato da comida, sendo depois levado à boca. Era julgado ato de delicadeza passar a um amigo um bocado de pão (Jo 13.26). Terminada a refeição, davam-se graças a Deus em conformidade com o que se prescreve em Dt 8.10, sendo outra vez lavadas as mãos. Por ocasião das festas, ou em ocasiões especiais, usava-se maior cerimonial os visitantes eram recebidos com um beijo (Lc 7.45): uma bacia com água era trazida para lavarem a cabeça, a barba, os pés (Lc 7.44) – e algumas vezes os vestidos eram perfumados com ungüento (Sl 23.5 – Am 6.6 – Lc 7.38 – Jo 12.3) – em ocasiões mais solenes providenciava-se a respeito das vestes no banquete (Mt 22.11) – e a cabeça era adornada com grinaldas (is 28.1). A ordem da festa estava sob o cuidado de uma certa pessoa, o ‘mestre-sala’ (Jo 2.8), que provava a comida e as bebidas antes de irem para a mesa. os lugares eram estabelecidos segundo a posição dos convidados (Gn 43.33 – 1 Sm 9.22 – Mc 12.39 – Lc 14.8 – Jo 13.23): certas quantidades de comida eram postas diante de cada um (1 Sm 1.4 – 2 Sm 6.19 – 1 Cr 16.3), recebendo os mais categorizados ou maior (Gn 43.34) ou mais escolhida porção do que os outros (1 Sm 9.24).
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referendado
Assinar (um documento) como responsável.
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refidim
A primeira estação dos israelitas, de grande demora, após a sua saída do Egito – foi nesse lugar que eles murmuravam, sendo depois ferida a rocha para dar água. Neste mesmo sitio Jetro visitou Moisés, sendo também ali que os amalequitas foram derrotados (Êx 17.8 – 19.2 – Nm 33.14,15). Talvez seja o moderno Wady Feiran.
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refulgir
Resplandecer; brilhar ou luzir muito
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refutar
Combater com argumentos; dizer em contrário; contestar; rebater
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regaço
Colo
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regalada
Alegrada; regozijada
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regalar
Prazer; alegria
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regalia
Privilégio, vantagem, prerrogativa.
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regem
amigo
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regem-meleque
hebraico: amigo do rei
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régen-meleque
Uma das pessoas que foram mandadas da parte dos cativos em Babilônia, para fazerem investigações no templo a respeito do jejum (Zc 7.2).
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regeneração
A palavra traduzida para ‘regeneração’ acha-se somente duas vezes no N.T. (Mt 19.28 – Tt 3.5). o primeiro texto refere-se ao novo estado de coisas, que terá a sua realidade na segunda vinda de Cristo. o outro refere-se à presente vida espiritual do crente, e é considerado como o primeiro dos meios pelos quais a misericórdia de Deus nos salva: (a) a lavagem da regeneração e (b) a renovação do Santo Espírito. Querendo achar a distinção entre (b) e (a), devemos dizer que ‘a’ parece sugerir uma condição de vida em que o Espírito Santo opera a Sua obra de renovação – e, sendo assim, a palavra deverá significar em relação ao presente o que em Mt 19.28 é significado em relação ao futuro. Palavras cognatas se encontram em várias passagens. Em Jo 1.12 e seg. se diz que os crentes são nascidos de Deus – em Jo 3.3 há referência a um novo nascimento, e em 3.5 a ser o cristão ‘nascido da água e do Espírito’. Na 1ª epístola de João há vários sinais que caracterizam aquele que é nascido de Deus (2.29 – 3.9,10,14 – 5.1,4,18). outras frases paralelas são: ‘uma nova criação’ (2 Cr 5.17), ‘passou da morte para a vida’ (Jo 5.24), e ‘filhos de Deus’ (1 Jo 3.10). o conceder Deus vida é um fato que se passa secreta e ocultamente entre Deus e a alma – mas o nascimento é visível a todos. Devemos, pois, cuidadosamente distinguir entre a implantação de uma vida espiritual por mercê de Deus, e o fato de vir à luz (nascimento) essa vida para observação humana. o termo ‘regeneração’ em Tt 3.5, e as palavras de Jesus ‘quem vem das alturas’ (Jo 3.31) descrevem a natividade oatim nativitas), e não a geração (latim, generatus). A alma novamente gerada é novamente nascida, mas renascimento oatim, renatus) pressupõe sempre nova geração (latim, regeneratio). o Espírito Santo, que concede vida pela Palavra (Tg 1.18) é, também, agente divino do novo nascimento (Jo 3.3,5,6,8, nascido de novo, nascido do Espírito), porque é Ele que nos une à comunidade espiritual em que a nossa vida deve crescer (At 2.47: ‘acrescentava-lhes o Senhor’). Considerando as coisas do lado terrestre, a alma novamente nascida entra na corporação visível dos cristãos pelo batismo (At 2.41), naquela esfera em que a sua vida que já existia, deve crescer e operar. Desta maneira, do lado espiritual, o Espírito Santo, e do lado temporal a ordenação do batismo, são considerados como introdutórios de uma nova vida com relação à obra espiritual e temporal da igreja. Estes dois modos podem ser coincidentes ou separados, porque o nascimento do Espírito não está ligado ao tempo do batismo. A regeneração, quer como nova geração, quer como novo nascimento, deve cuidadosamente distinguir-se da conversão. A regeneração é obra divina – a conversão é a correspondente resposta do homem a essa operação. É a volta da alma para Deus, como resultado do dom da vida. Converter-se alguém é, na verdade, voltar-se para Deus.
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regiane
Rainha bondosa
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regina
Rainha
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reginaldo
Aquele que governa seguindo seus conselheiros
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regio
hebraico: cativo
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rego
Sulco natural ou artificial que conduz água; valado, valão.
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regozijar
Alegrar muito; sentir prazer; congratular-se.
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rei
l. o título de rei, na significação de suprema autoridade e poder, usa-se a respeito de Deus (Sl 10.16 – 47.7 – 1 Tm 1.17). 2. Este título foi aplicado a Jesus Cristo, como rei dos judeus (Mt 27.11,37, e refs.). 3. No A.T. o título de rei emprega-se em um sentido muito lato, não só falando dos grandes potentados da terra, como os Faraós do Egito (Gn 41.46) e o rei da Pérsia (Ed 1.1), mas tratando-se também de pequenos monarcas, como o rei de Jericó (Js 2.2 – cp com Jz 1.7). 4. Também se usa o título: a respeito do povo de Deus (Ap 1.6) – e da morte, como quando se diz ‘rei dos terrores’ (Jó 18.14) – e do ‘crocodilo’, como na frase ‘é rei sobre todos os animais orgulhosos’ (Jó 41.34). 5. Na história dos hebreus sucedeu o governo dos reis ao dos juizes. A monarquia, existente nos povos circunvizinhos, foi uma concessão de Deus (1 Sm 8.7 – 12.12), correspondendo a um desejo da parte do povo. Esse desejo, que já havia sido manifestado numa proposta a Gideão (Jz 8.22,23), e na escolha de Abimeleque para rei de Siquém (Jz 9.6), equivalia à rejeição da teocracia (1 Sm 8.7), visto como o Senhor era o verdadeiro rei da nação (1 Sm 8.7 – is 33.22). A própria terra era conservada, como sendo propriedade divina (Lv 25.23). Todavia, não foi retirado o cuidado de Deus sobre o seu povo (1 Sm 12.22 – 1 Rs 6.13). A monarquia assim constituída era hereditária, embora a sucessão não fosse necessariamente pela linha dos primogênitos, pois Davi nomeou Salomão como seu sucessor de preferência a Adonias, que era o seu filho mais velho nessa ocasião. A pessoa do rei era inviolável (1 Sm 24.5 a 8 – 2 Sm 1.14). Quando a coroa era colocada na cabeça do monarca, ele formava então um pacto com os seus súditos no sentido de governá-los com justiça (2 Sm 5.3 – 1 Cr 11.3), comprometendo-se os nobres a prestar obediência – e confirmavam a sua palavra com o beijo de homenagem (1 Sm 10.1). os rendimentos reais provinham dos campos de trigo, das vinhas, e dos olivais (1 Sm 8.14 – 1 Cr 27.26 a 28), e do produto dos rebanhos (1 Sm 21.7 – 2 Sm 13.23 – 1 Cr 27.29 a 31 – 2 Cr 26.10), pertencendo aos reis a décima parte nominal do que produziam os campos de trigo, as vinhas, e os rebanhos (1 Sm 8.15 e 1l). A renda do rei também se constituía do tributo que pagavam os negociantes que atravessavam o território hebraico (1 Rs 10.15) – dos presentes oferecidos pelos súditos (1 Sm 10:27 – 16.20 – 1 Rs 10.25 – Sl 72.10) – e dos despojos da guerra e as contribuições das nações conquistadas (2 Sm 8.2,7,8,10 – 1 Rs 4.21 – 2 Cr 27.5). Além disso, tinha o rei o poder de exigir o trabalho forçado, o que era para ele causa de aumentarem os seus bens. Devia, também, Salomão ter auferido lucros das suas empresas comerciais pelo mar (1 Rs 1020 – Davi, rei em Hebrom (2 Sm 2.1 a 4). 22.17,18 – 2 Sm 1.15).
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rei (vale do)
É este o vale onde o reide Sodoma se encontrou com Abraão (Gn 14.17), e onde Absalão levantou para si um monumento (2 Sm 18.18). É ordinariamente identificado com o vale ao oriente de Jerusalém.
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reias
hebraico: visão do Senhor
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reinaldo
Bravo, corajoso, poderoso
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reino de deus, dos céus
Acha-se a frase ‘reino dos Céus’ somente em S. Mateus, que emprega umas quatro vezes a expressão ‘o reino de Deus’. Provavelmente ‘Reino dos Céus’ representa as próprias palavras de Jesus, porque céu era, para os judeus, sinônimo de Deus, e tinha preferência por motivos de respeito. Mas como os outros escritores do N.T. estavam em maiores relações com cristãos não judeus, usavam por isso uma frase mais inteligível – ‘o reino de Deus’. E é hoje geralmente admitido que ‘reino’ tem mais a significação de domínio do que a de lugar ou território dominado. Para os judeus do tempo de Jesus, aquelas palavras não eram de natureza a satisfazê-los pela idéia que tinham do reino do Messias. A sua maneira de ver, baseada em Dn 2.44, e 7.14 (vede também Sl 2.6, e 110.2), apresentava ao seu espírito um reino material de caráter político. E certo que homens piedosos, como José de Arimatéia, tinham realmente mais esperanças de renovação religiosa do que de reforma política (Me 15.43) – mas na maior parte dos judeus predominavam mais os aspectos políticos e materiais deste reino do que os espirituais e morais. A existência desta expectativa dá-nos a explicação de muitos casos: a terceira tentação de Jesus Cristo (Mt 4.8 a 11) – a atitude do povo que queria vir ‘arrebatá-lo para o proclamarem rei’ ( Jo 6.15) – o pedido da mãe dos filhos de Zebedeu (Mt 20.20,21) – a saudação de ‘toda a multidão dos discípulos’ (Lc 19.37,38) – e a pergunta de Pilatos (Mt 27.11). Mesmo a familiaridade com os ensinamentos de Jesus não afasta a antiga convicção. E a prova disto está na lamentação dos dois discípulos que iam para Emaús (Lc 24.21), e no apelo da igreja nascente (At 1.6). Todavia, esta maneira de considerar o reino foi inteiramente repudiada pelo Salvador (Jo i8.36 – vede Lc 12.14). o reino de Deus, o reino dos Céus, como apresentado nas palavras de Jesus Cristo, está inseparavelmente ligado à Sua obra redentora – este reino não é do mundo, na sua origem, ou na sua conservação. Não é também político, com limites geográficos ou de raças. É um domínio espiritual e moral, no qual Deus é supremo. É para todos (Mt 8.11,12 – 25.31,34) – o que caracteriza o cidadão deste reino não é a sua raça, mas a sua obediência (Mt 7.21 – cp. com 5.20). Está em contraste com possessões materiais, e é colocado acima delas (Mt 6.33). Desde o momento em que o reino é já operativo nas vidas dos súditos, pode dizer-se que está dentro deles (Lc 17.21). o seu crescimento, contudo, e especialmente o seu complemento deviam ser objeto de oração dos discípulos (Mt 6.10) – a sua aproximação era anunciada pelos apóstolos (Mt 10.7), e à própria mensagem de Jesus se chamava o ‘evangelho do reino’ (Mt 9.35). Algumas vezes do joio e na da rede – Mt 13), e também ao lugar ou estado falou Jesus deste reino, referindo-Se aos seus membros (como na parábola em que os seus membros serão encontrados na vida futura (Mt 8.11 e 25.34). os usos apostólicos das palavras de que se trata, harmonizam de igual modo os dois pensamentos: a vida presente do povo de Deus na terra e a sua glória futura. E deste modo o reino ‘não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo’ (Rm 14.17) – é em outro ponto de vista um reino que a ‘carne e sangue’ não podem herdar (1 Co 15.50), é uma herança vindoura (Gl 5.21). (V Messias.)
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reino dos céus
É a expressão que Mateus emprega geralmente e lugar de reino de Deus. Seu evangelho está dirigido aos judeus, e estes evitavam, por respeito, pronunciar o nome de Deus.
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reis
livro da historia dos reis
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reis (livros dos)
Aqueles livros conhecidos pela designação de Primeiro Livro dos Reis e Segundo Livro dos Reis formavam, primeiramente, um só livro. os tradutores gregos do A.T., que são os autores da versão dos Setenta, dividiram a obra em duas partes. Esta separação, feita de tal modo que divide o reino de Acazias, é inteiramente arbitrária. Nada se sabe acerca de quem seja o seu autor. Uma tradição judaica atribui a obra ao profeta Jeremias, sendo esta uma opinião que tem algum apoio em certas coincidências de estilo e linguagem, e na correspondência entre 2 Rs 24.18 a 25.21e Jr 52.1 a 27. Todavia, os acontecimentos narrados estendem-se para além da vida do profeta. Seja como for, a obra é uma compilação, em cujo preparo se empregaram livremente os anais dos reis e as vidas dos profetas. As fontes a que nos referimos são: i. o livro da história de Salomão, 1 Rs 11.41 – ii. o livro da história dos reis de Judá, 1 Rs 14.29, ao qual quinze vezes se fazem referências – iii. o livro da história dos reis de israel, 1 Rs 14.19, mencionado dezessete vezes – iV. As freqüentes inserções, com pequenas alterações ou sem elas, de narrativas de testemunhas oculares, que se lêem nas vidas dos profetas Elias, Eliseu, e Micaías. o compilador dá preeminência à lei de Moisés, referindo-se, na maior parte das vezes, ao livro do Deuteronômio. Quanto à DATA em que foi terminada a obra, não parece que tenha sido posterior ao ano 586 a.C., nem anterior ao ano 561 a.C., pois é este o ano em que Evil-Merodaque subiu ao trono, fazendo-se menção deste fato em 2 Rs 25.27. Todavia, uma parte considerável dos livros pode ter sido composta muito antes. E esta dedução tem apoio na linguagem das diferentes proveniências dos livros. o compilador faz uso de muitas palavras, que não se acham nas Santas Escrituras que se publicaram até quase ao tempo do cativeiro. os assuntos dos dois livros fazem parte da história dos hebreus desde os últimos anos do reinado de Davi até ao cativeiro, começando a narrativa no esplendor do reino unido do tempo de Davi e Salomão e terminando na miséria do exílio com o triste espetáculo do rei Joaquim, que foi um pensionário na corte de Evil-Merodaque. (*veja no artigo Rei um resumo da história.) No decorrer dos fatos, particular atenção se dá à obra e influência dos profetas. A intervenção de Natã assegura a subida de Salomão ao trono (1 Rs l.45). Aías anuncia a divisão do reino, e as suas causas (1 Rs 11.29 a 40). Semaías, depois de efetuada a divisão, confirma-a, aconselhando Roboão a licenciar as tropas (1 Rs 12.22,23). Por vários profetas é publicamente reprovada a idolatria de Jeroboão, com a ameaça do castigo conseqüente (1 Rs 13.1 a 3 – 14.7) – é anunciado o juízo contra a casa de Baasa (16.1) – e é distintamente declarada a condenação de Acabe (22.17 a 28). Sendo um fato que na história nacional as obras dos dois grandes profetas, Elias e Eliseu, quase enchem vários capítulos, os reis apenas ocupam um lugar secundário (1 Rs 17 a 2 Rs 13).
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reiterar
Repetir, renovar.
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reivindicar
Reaver, readquirir, recuperar.
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relapso
Aquele que reincide em erro, obstinado, contumaz, que ou aquele que falta a seus deveres
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relativismo
Teoria filosófica que se baseia na relatividade do conhecimento.
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relevância
Qualidade daquilo que sobressai, que é relevante.
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relevo
realce; evidência
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relha
Parte do arado que penetra na terra
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religião
Geralmente se faz o termo derivar de re-ligare, religar, unir. É a atitude do homem diante das realidades transcedentes, diante da razão última da própria existência, a consciência de estar relacionado com a origem e sustento de tudo: com Deus. Ao falar de religião, nos referimos mais concretamente às expressões ou manifestações do sentido religioso do que à simples convicação das verdades (ver Fé).
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relíquia
Coisa preciosa por ter valor material ou por ser objeto de estima e apreço.
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relógio do sol
(2 Rs 20.11 – is 38.8.) Segundo a opinião geral o relógio de Acaz era uma escada, de tal modo preparada, que o sol mostrava nela as horas por meio da sombra. Pode ser que no fundo da escada estivesse uma coluna ou obelisco, cuja sombra cobria um maior ou menor número de degraus, segundo o sol estava baixo ou alto. A relação entre o comprimento da sombra e a hora do dia era certamente um conhecimento familiar nos povos da antigüidade. ‘Como o escravo que suspira pela sombra’ (Jó 7.2), isto é, o escravo que deseja ter acabado o seu trabalho.
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relva
Do Latin elva, raiz de elvella ou helvella, couve pequena, erva rasteira e fina; lugar coberto dessa erva.
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remalias
aquele a quem Jeová adornou
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remanescente
O que resta; restante.
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remate
hebraico: lugar alto
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remete
lugar alto
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remido
Resgatado, liberto do cativeiro; substituído por dinheiro; liberto do poder alheio; livre por dinheiro; liberto (um bem, um domínio) de um ónus, pelo pagamento da sua importância; salvo, livre das penas eternas; compensado, indenizado.
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remir
Resgatar; pagar
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remissa
Negligente; tardo
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remissão
Compensação, paga; satisfação; perdão total dos pecados, concedido por Deus.
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remisso
Negligente; vagaroso; lento; indolente
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remontar (como águia)
Erguer ou levantar muito
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remonte
Consertar (recuar muito atrás no passado)
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renan
Foca
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renata
Renascida, nascida novamente
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renato
Renascido, nascido novamente
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render
Dispensar; prestar; oferecer.
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renfa
hebraico: riquezas
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renhido
Muito disputado
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renhir
Disputar, pleitear; travar forte peleja com; combater; Discutir com violência; altercar, contender.
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renovo
Em isaías (11.1) usa-se esta palavra figurativamente, significando Messias. ‘Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes um renovo.’ Quando se representa Cristo como um delgado rebento, saindo do tronco de uma velha árvore, desbastada até à própria raiz e enfraquecida, e tornando-se depois uma árvore poderosa, faz-se referência à dignidade real de Cristo, provindo da decaída casa de Davi, e também à posição altíssima que havia de ter o Messias, após a Sua condição humilde sobre a terra (Jr 23.5 – 33.15 – Zc 3.8 – 6.12).
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reobão
hebraico: engrandeço o povo
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reobe
Largura. l. o lugar mais afastado ao norte, visitado pelos espias (Nm 13.21) – o mesmo que Bete-Reobe. 2. Cidade de Aser, perto de Sidom (Js 19.28). 3. outra cidade de Aser (Js 19.30). Reobe, 2 ou 3, foi cedida aos gersonitas, e, ou de um, ou de outro lugar, não foram expulsos os cananeus (Js 21.31 – Jz 1.31 – 1 Cr 6.15). É possível que 2 e 3 sejam idênticos. 4. o pai de Hadadezer (2 Sm 8.3,12). 5. Um levita ou família de levitas que selou o pacto com Neemias (Ne 10.11).
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reobote
Espaços largos. l. Uma cidade,edificada por Ninrode (Gn 10.11) – foi talvez um subúrbio de Nínive, principalmente porque o seu nome completo era Reobote-ir, que quer dizer ‘espaços largos da cidade’. 2. Cidade sobre o Eufrates, residência de Saul, um dos primitivos reis dos idumeus (Gn 36.37 – 1 Cr 1.48). A palavra ficou ainda ligada a dois sítios, perto do rio Eufrates. 3. o nome dado a um poço, cavado por isaque, conseguindo este segurá-lo como propriedade sua contra os pastores de Gerar (Gn 26.22) – existe agora perto das ruínas de Rueibé.
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reobote-ir
hebraico: espaços largos da cidade
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reouve
De reaver; recobrar, recuperar.
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repatriados
Aqueles que retornaram à pátria.
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repelir
Impelir para fora, expulsar, evitar.
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replicar
Responder aos argumentos de outrem; retrucar
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reportar
Dar como causa, atribuir, referir.
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repositário
Lugar próprio para guardar alguma coisa; depósito.
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reposteiro
Cortinas pendentes das partes internas das casas
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repreensível
Digno de advertência
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réprobo
Condenado; renegado
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repto
Ato ou efeito de desafiar; provocação.
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repudiar
Renunciar voluntariamente; arredar de si; rejeitar, repelir
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repúdio
Ato ou efeito de repudiar; rejeitar, repelir, recusar, abandonar
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repugnáveis
Não aceitos; recusados.
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reputado
Conhecido
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reputar
Considerar; julgar
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requem
adorno com cores variadas
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requerer
Reivindicar; dirigir petição a alguém
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requestar
Solicitar; granjear; possuir
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resa
hebraico: vontade
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resefe
hebraico: flama
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resem
hebraico: freio ou fortaleza
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resen
freio
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reses
Qualquer quadrúpede usado na alimentação humana
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resfolgar
Respirar com esforço
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resgate
É o preço que se paga para obter uma pessoa ou coisa, que alguém conserva em seu poder. Tudo o que se dá em compensação de uma pessoa é o seu resgate, e assim se diz que um homem resgata a sua vida (Êx 21.30), põe pela sua vida uma certa quantidade de dinheiro (Êx 30.12 – Jó 36.18 – Sl 49. 7) – e algumas espécies de sacrifícios podiam ser considerados como resgates, isto é, eram feitos em substituição da pessoa que fazia a oferta. Desta maneira se diz a respeito de Jesus Cristo que Ele deu a Sua vida ‘em resgate por muitos’ (Mt 20.28 – Mc 10.45 – 1 Tm 2.6), substituindo-os, carregando com as suas dores, suportando a pena que de outra sorte teriam eles de sofrer (*veja também Rm 3.24 – 1 Co 1.30 – Ef 1.7 – 4.30 – Hb 9.15 – 1 Pe 1.18). (*veja Expiação.)
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resias
hebraico: satisfação
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resignação
Renúncia espontânea de uma graça ou de um cargo.
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resignar
Demitir-se de; renunciar; paciência nos sofrimentos
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resim
hebraico: firme, estável
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resoluto
Decidido; resolvido; audaz
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reson
hebraico: rebento
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respaldar
Dar respaldo ou cobertura a; apoiar, amparar.
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respigar – rebuscar
Especial ordem era dada aos hebreus para que deixassem no campo alguns dos frutos, para serem colhidos por gente pobre, ou por parentes pobres (Lv 19.9,10 – Jz 8.2). *veja também Rt 2.
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ressa
hebraico: orvalho, chuva, montão de ruínas
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ressentido
Ofendido
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ressentimento
Que se magoa facilmente; sentir de novo; magoar-se
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ressurreição
A ressurreição dos mortos, como é compreendida nas Sagradas Escrituras, deve-se distinguir da ressuscitação, ou restabelecimento da ordinária vida humana. A ressuscitação é a restauração da vida que se deixou. Ressurreição é a entrada num novo estado de existência. Há três narrativas de ressuscitação no A.T., e cinco no N.T.: a restauração do filho da viúva de Sarepta por meio de Elias (1 Rs 17.17 a 23) – a restauração do filho da Sunamita pela obra de Eliseu (2 Rs 4.18 a 36) – o recobramento da vida, que teve o homem lançado no sepulcro de Eliseu (2 Rs 13.20,21) – Jesus ressuscitou a filha de Jairo (Mc 5.35 a 42 – Lc 8.49 a 56) – e o filho da viúva de Naim (Lc 7.11 a 15) – e a Lázaro (Jo 11.1 a 44) – e narram-se dois casos nos Atos – o de Tabita (9.36,42) – e o de Êutico (20.9 a 12). São poucos, no A.T., os indícios de uma crença na ressurreição (Jó 14.13 a 15 – Sl 49.15 – 73.24 – is 26.14,19 – Dn 12.2) – diz-se que não era para os inimigos de Deus (Sl 49.14 – cp. com is 26.14) – mas essa esperança era aplicada simbolicamente à nação (Ez 37.1 a 14 – os 6.2). A crença foi aumentando na igreja Judaica, e cada vez se torna mais distinta à medida que nos aproximamos do tempo de Jesus Cristo. No tempo do nosso Salvador era uma doutrina consideravelmente admitida a ressurreição geral, embora os saduceus, aceitando o ponto de vista do Eclesiástico, a negassem. Deste modo Marta, quando Jesus lhe assegurou que seu irmão havia de ressurgir, respondeu: ‘Eu sei que ele há de ressurgir na ressurreição, no último dia’ (Jo 11.23,24 – cp. com At 24.15). Quando Jesus tratou da ressurreição dos mortos, Ele não declarou na verdade que essa doutrina estava reconhecida pela Lei, ou pelos profetas, mas fez ver que se subentendia nas palavras que Deus dirigiu a Moisés na sarça ardente, acrescentando: ‘ora, ele não é Deus de mortos, e, sim, de vivos’ (Mc 12.27). Em verdade, Jesus claramente ensinou uma ressurreição geral dos justos e dos injustos (Mt 22.23 a33 – Mc12.18 a 27 -Lc20.27 a38 – Jo 5.28). Jesus Cristo associou de um modo definitivo a volta à vida com a Sua própria obra de expiação pelo Seu povo (Jo 6.39,44,54 – 11.25,26 – 14.19). Era esta, também, a doutrina apostólica (At 4.2 – Rm 6.5,8 – 1 Co 15.20 a 22 – 1 Pe 1.3,4). Mas em Rm 8.11 achamos:’ [Deus }… vivificará os vossos corpos mortais, por meio do seu Espírito que em vós habita.’ A ressurreição é, de um modo geral, no N.T. atribuída a Deus, ao Pai, ou ao Filho (Jo 5.21 – 6.39 – 11.25 – 2 Co 4.14), mas não ao Espirito Santo somente. (Em 1 Pe 3.18 deve entender-se que Cristo morreu no corpo, mas foi trazido a uma nova vida pelo Seu espírito.) Com respeito à ressurreição do corpo, o argumento de S. Paulo em 1 Co 15.35 a 53 mostra (a) que é real – (b) que esse corpo é, em qualidade e poder, muito mais sublimado do que o terrestre – (c) e que de algum modo é o resultado deste. (*veja Ressurreição de Jesus Cristo, imortalidade da alma.)
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ressurreição de jesus cristo
Na história da vida terrestre do nosso Salvador, nenhum fato é tratado com mais particularidade, quer pelos evangelistas, quer pelos autores dos Atos e Epístolas, do que a Sua ressurreição. Este interesse corresponde à importância que lhe dá S. Paulo nos seus argumentos (1 Co 15.14), e justifica a conclusão do bispo Westcott: ‘Considerando todos os elementos de prova, … não há um incidente histórico melhor ou mais diversamente sustentado do que a ressurreição de Cristo.’ Prenúncios da ressurreição podem ver-se no Sl 16.9,10 (At 2.31) e em is 26.19 – mas não há indicação alguma de que estas passagens tivessem sido compreendidas antes do acontecimento – na verdade, é preciso tomar para prova outra direção (Mc 9.10). o próprio Divino Mestre predisse a Sua ressurreição não menos abertamente do que a Sua morte (Mt 12.40 – 16.21 – 17.23 – 20.19 – 26.32 – 27.63 – Mc 9.9 – 14.28 – Lc 24.7 – Jo 2.19,21). A ação de Pedro (Mt 16.22) mostra o espírito com que estes avisos eram recebidos. os fatos sobre a ressurreição acham-se descritos pelos evangelistas, em Mt 28 – Mc 16 – Lc 24 – e Jo 20 e 21. Estas narrativas registram aparecimentos de Jesus a Maria Madalena, no jardim (Mc 16.9,10 – Jo 20.14,17) – às mulheres que voltavam do sepulcro (Mt 28.9) – aos discípulos no caminho de Emaús (Mc 16.12,13 – Lc 24.13 a 35) – a Pedro em Jerusalém (Lc 24.34 – 1 Co 15.5) – aos dez apóstolos numa sala superior (Lc 24.36 – Jo 20.19) – aos onze apóstolos, quando estavam à mesa (Mc 16.14 – Jo 20.26) – aos discípulos no mar de Tiberíades (Jo 21.1 a24) – aos onze apóstolos, num monte da Galiléia (Mt 28.16) – aos apóstolos, na Sua ascensão (Mc 16.19 – Lc 24.50, 51 – At 1.4 a 10). Em adição a estes fatos, refere S. Paulo as aparições a 500 irmãos de uma vez – a Tiago – e a ele próprio (1 Co 15.6 a 8). A linguagem de At 1.3 sugere que estas listas estão incompletas. As manifestações apontadas são claramente distintas de qualquer coisa que se possa classificar de visão ou alucinação. Jesus ressuscitado falou com os Seus discípulos, comeu com eles, e foi por eles tocado. As circunstâncias foram várias – e os aparecimentos se realizaram, ou entre discípulos já preparados para isso, ou entre pessoas não preparadas. A ressurreição foi logo desde o princípio um ponto essencial do ensino apostólico. o sucessor de Judas para o colégio apostólico foi escolhido para ser uma testemunha da ‘sua ressurreição’ (At 1.22). o testemunho apostólico foi sempre argumento básico (At 2.32 – 3.15 – 10.41 – 13.30). Era o tema dos discursos dos apóstolos (At 4.2,33 – 17.18 – 23.6). Semelhantemente, nos Atos e nas epístolas, os apóstolos, como homens que reconheciam a importância da ressurreição, nessa idéia evangelizaram aqueles que, mortos em delitos e pecados, foram regenerados ‘para uma viva esperança mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos’ (1 Pe 1.3). E declara-se que essa ressurreição foi ‘por causa da nossa justificação’ (Rm 4.25) – que ‘seremos salvos pela Sua vida’ (Rm 5.10) – que confessar ao Senhor Jesus e crer em Cristo ressuscitado são princípios de salvação (Rm 10.9) – que a Sua ressurreição é a garantia da nossa própria (1 Co 15.20 a 23). A mudança que se operou nos apóstolos quando eles se certificaram da ressurreição, e a sua firme declaração do fato, não são mais notáveis do que a confiança da igreja de Cristo, pelos séculos adiante, no Senhor que ressuscitou e subiu aos céus. A história da igreja de Cristo tem a sua explicação no fato da sua crença e da sua dependência Daquele que disse: ‘Estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos (Ap 1.18). (*veja Expiação.)
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resto, remanescente
1) Parte ou grupo remanescente após destruição ou dispersão (2Rs 19.30,31). 2) Os que escapam do juízo divino em virtude da graça de Deus (Rm 11.5). 3) Símbolo de esperança referente à grande multidão que um dia ficará em pé, salva, diante de Deus (Ap 7).
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restolho
Em ocasião da ceifa, os egípcios colhiam primeiramente as espigas de trigo, depois a palha, deixando ficar o restolho nos campos. Eram estes pedaços com as suas raízes que os israelitas eram obrigados a ajuntar, para a fabricação de tijolo (Êx 5.12). Algumas vezes o chão era libertado do restolho por meio do fogo. E assim se explicam as referências de Êx 15.7 e is 5.24. (*veja Palha.)
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restrição
Ato ou efeito de restringir(-se); condicionante.
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restringir
Tornar mais estreito, apertado.
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retaguarda
A parte traseira
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retezar
Tenso; rijo
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retinir
Tinir; ressoar
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reto
hebraico: livro dos justos
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retórica
Conjunto de regras relativas à eloqüência.
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retorquir
Replicar; responder aos argumentos de outrem; responder contestando; replicar
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retroceder
Voltar para trás; recuar, retrogradar
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retumbante
Que retumba, ou seja, reflete o som com estrondo.
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retumbar
Fazer estrondo; ribombar; entoar fortemente
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reu
hebraico: amador
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reuel
amigo de Deus
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reul
hebraico: invocado de Deus
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reum
misericordioso, compassivo
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reuma
hebraico: exaltada
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revelação
Ação divina que comunica aos homens os desígnios de Deus.
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reverência
Atitude de profundo respeito, honra e deferência. Nosso modo digno de corresponder à majestade e à santidade de Deus. De uma atitude de reverência, fluem com naturalidade eos atos de obediência (2Co 7.1). V. Senhor, temor do.
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reveses
Infortúnio; mudança ou variação das coisas que ocorrem
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revestimento
Ato ou efeito de revestir-se; cobrir-se.
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revolver
Agitar em vários sentidos
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rexe
20a. letra do alfabeto hebraico, cabeça
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reze
hebraico: firme, estável
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rezefe
pavimento
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rezia
hebraico: satisfação
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rezim
1. Rei de Damasco, que fez aliança com Peca, rei de israel, para atacar Jotão e Acaz, sucessivos reis de Judá. os exércitos aliados cercaram Jerusalém, sendo mal sucedidos (2 Rs 15.37 – 16.5 – is 7.1). Todavia, Rezim manteve a posse de Elate, cidade notável à entrada do golfo de Acaba, que era senhora de importantes ramos de negócio (2 Rs 16.6). Rezim foi mais tarde derrotado e morto por Tiglate-Pileser iii (iV), rei da Assíria (2 Rs 16.9). 2. Uma das famílias dos netineus, que voltaram com Zorobabel (Ed 2.48 – Ne 7.50).
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rezom
príncipe
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ribai
aquele que suplica a Jeová
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ribeiro
Pequena corrente de água, secano verão, e abundante no inverno. os principais ribeiros mencionados nas Escrituras são Arnom, Besor, Querite, Escol, Cedrom, Quisom, Zerede.
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ribla
1. Hoje Riblé – uma cidade na terra de Hamate, na margem oriental do orontes (el-Asy), sobre a grande estrada entre a Palestina e os impérios orientais. Sítio de acampamentos militares, onde Faraó-Neco aprisionou Joacás sendo também nesse lugar que Nabucodonosor sentenciou a respeito de Zedequias (2 Rs 23.33 – 25.6,20,21 – Jr 39.5,6 – 52.9 a 27). 2. Cidade da fronteira setentrional de israel, ainda não identificada (Nm 34.11).
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ricardina
Senhora poderosa
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ricardo
Senhor poderoso
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rifa
hebraico: um terror
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rifadim
hebraico: escoras, largura
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rifate
hebraico: um terror
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rifidim
hebraico: escoras, largueza
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rigor
Vigor, rigidez, rijeza, dureza.
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rimom
Romã. 1. É hoje “Um Er-Rumanin” -cidade de Judá, cedida a Simeão, e que foi reocupada na volta do cativeiro (Js 15.32 – 19.7 – 1 Cr 4.32 – Ne 11.29 – Zc 14.10). 2. É hoje “Rummôn” – branco monte de greda, dominando o deserto do Jordão (Midbar) – inacessível retiro, onde a parte remanescente dos benjamitas, depois da matança da tribo, se refugiou durante quatro meses (Jz 20.45,47 – 21.13). A sua situação fica, em linha reta, 5 km ao oriente de Betel, e 11 km ao nordeste de Gibeá. 3. Pai de Recabe e Baaná, os assassinos de is-Bosete (2 Sm 4.2,5,9). 4. o deus do vento, da tempestade, e da chuva, adorado em Damasco, onde havia uma casa ou templo de Rimom (2 Rs 5.18). 5. Atualmente Rummaneh, ao norte de Nazaré – cidade de Zebulom, que coube aos filhos de Merari (1 Cr 6.77) – é o mesmo que Remom-Metoar (Js 19.13).
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rimom-perez
hebraico: Roma da fenda
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rina
som vibrante
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rinaldo
Juiz poderoso
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rio
os rios da Palestina, à exceção doJordão, estão ou inteiramente secos no verão, e convertidos em quentes passadiços de pedras claras, ou então reduzidos a pequeníssimos regatos, correndo em estreito leito bastante profundo, e oculto à vista por um denso crescimento de arbustos. A palavra arábica Wady, que ocorre tantas vezes na moderna geografia da Palestina, significa um vale seco ou o regato que ocasionalmente corre por ele. A palavra que geralmente é trasladada para ribeiro tem a significação de Wady. Foi mandado a Elias que se escondesse no Querite (1 Rs 17.3).
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rio do egito
Em Gn 15.18 é assim designado o Nilo, significando o ramo pelusíaco, ou o ramo mais oriental. Noutras passagens a referência é a um rio do deserto, na fronteira do Egito, correndo ainda, de tempos a tempos, no Wady El-Arish, do centro da península do Sinai para o mar Mediterrâneo.
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ripa
hebraico: um terror
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rispa
Pedra brilhante. Concubina do rei Saul. A acusação, que is-Bosete fez contra Abner (2 Sm 3.7), ocultava a insinuação de que Abner tinha em vista uma tentativa para apoderar-se do trono. Rispa era a mãe de Armoni e Mefibosete, filhos de Saul. Estes dois filhos e mais cinco netos de Saul foram por Davi entregues aos gibeonitas, como expiação pela mortandade que Saul tinha efetuado nestes últimos. os gibeonitas crucificaram os sete israelitas, ficando os seus corpos nas cruzes desde o principio da ceifa da cevada na primavera, por todo o ardente estio, até à queda das chuvas periódicas em outubro. Rispa, durante todo aquele tempo, conservou-se sentada perto do lugar, não consentindo que de dia as aves do céu, e de noite as feras do campo devorassem os corpos (2 Sm 21.1 a 11).
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rissa
orvalho
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rita
Uma referência à flor margarida
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ritma
hebraico: vassoura
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rixosa
Barulhenta; brigona.
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rizia
deleite
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robão
hebraico: Ele faz o povo aumentar ou o povo cresce
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roberta
Brilhante, famosa, ilustre
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roboão
Foi o filho e sucessor de Salomão (1 Rs 11.43). Tinha quarenta e um anos ao subir ao trono. Quando lhe foram pedir que diminuísse os impostos, lançados por seu pai, ele recusou, respondendo altivamente aos representantes do povo. As suas arrogantes palavras produziram a revolta das dez tribos e o estabelecimento do reino de israel, sob o domínio de Jeroboão. Roboão reuniu um exército de 180.000 homens com o fim de submeter os revoltosos – mas a expedição não se realizou em virtude das palavras proferidas pelo profeta Semaías, que declarou ser a separação dos reinos em conformidade com a vontade de Deus (1 Rs 12.24). o culto ao Senhor foi mantido em Judá, e por esta razão muitos levitas e piedosos israelitas emigraram do reino do Norte para o reino do Sul, desgostosos com o culto do bezerro, introduzido por Jeroboão em Dã e Betel. (*veja Jeroboão 1.) Todavia, Roboão não removeu os elementos daquela lasciva idolatria, importada por seu pai (1 Rs 14.22 a 24). Esta imoralidade idolátrica foi castigada por uma invasão dos egípcios, sendo Roboão compelido a comprar a paz, com os tesouros de seu pai (1 Rs 14.25 a 28). Reinou Roboão dezessete anos, sucedendo-lhe Abião, seu filho e de Maaca.
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robustecer
v. tr.,
tornar robusto; roborar; avigorar;v. int. e refl.,
tornar-se robusto; avigorar-se; exaltar-se. -
roca
Haste de madeira, bojuda numa das extremidades, onde se enrola o fio de algodão, linho ou outra substância têxtil que se quer fiar
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rochtsá
Um dos passos do sêder de Pêssach; ;”segunda ablução”; momento em que os participantes do sêder devem abluir as mãos recitando a bênção de “Netilat yadáyim”.
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roda do oleiro
Nas terras orientais esta roda é de madeira ou de pedra, e faz-se girar com a mão ou com o pé, ou ainda por meio de um ajudante.
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rodamim
hebraico: chefe
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rode
rosa
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rodes
grego: rosa
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roega
hebraico: chuva abundante
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roga
clamor
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rogel
hebraico: fonte
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rogelim
hebraico: fonte do pisoeiros ou espias
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rolo
Um livro nos tempos antigos constava de uma simples tira de papiro ou de pergaminho, que usualmente se conservava enrolado em duas varas – e se desenrolava quando qualquer pessoa desejava lê-lo. (*veja Pergaminho.)
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roma
A antiga ‘senhora do mundo’, edificada na margem esquerda do Rio Tibre, sobre sete colinas. Esta cidade acha-se somente mencionada nos Atos, epístola aos Romanos, e na segunda epístola a Timóteo. Muitos judeus cativos e emigrantes foram levados a Roma no tempo de Pompeu, tendo-lhes sido destinado um especial território na margem direita do Tibre. Júlio César e Augusto estiveram em boa disposição para com os judeus, e também Tibério na última parte do seu reinado. Cláudio porém decretou ‘que todos os judeus se retirassem de Roma’ (At 18.2) por causa dos tumultos relacionados com a pregação do Cristianismo. Contudo, havia muitos judeus em Roma por ocasião da visita de S. Paulo (At 28.17). o Apóstolo ali esteve preso pelo espaço de dois anos, habitando na sua própria casa alugada, com um soldado a guardá-lo (At 28.16,30). A esse soldado estava ele ligado com cadeias, segundo o costume romano (At 28.20 – Ef 6.20 – Fp 1.13) – e nessa habitação ele pregava o Evangelho a todos que vinham vê-lo, não lhe sendo isso proibido (At 28.30,31). Geralmente se acredita que no fim desse tempo ele conseguisse a sua libertação – mas depois de certo tempo foi novamente detido, sofrendo o martírio em Roma durante a perseguição de Nero. A respeito de Roma na 1ª epístola de Pedro e no Apocalipse, vejam-se estes artigos. (*veja Romanos (Epístola aos.)
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romanos
habitantes de Roma (carta de Paulo)
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romanos (epistola aos)
Esta carta foi dirigida a ‘todos os amados de Deus, que estais em Roma, chamados para serdes santos’ (Rm 1.7). Quanto a Paulo, nada se encontra nos Atos (cap. 28), que nos possa fazer acreditar que não havia cristãos em Roma, quando o Apóstolo ali chegou. os ‘irmãos’ a que se faz referência em 28.15 devem ser naturalmente cristãos, não havendo razão para serem identificados com os ‘principais dos judeus’ de 28.17. A própria epístola nos fornece a prova de que não foi S. Paulo o fundador da igreja de Roma, sugerindo-nos que ela já existia certamente quando o Apóstolo pensava em visitar os cristãos dali. Nem se pode sustentar essa teoria da origem paulina da igreja com quaisquer expressões de outras epístolas. Em nenhuma parte chama ele aos romanos os seus filhos (cp. com 1 Co 4.14 e Gl 4.19). Havia cristãos judaicos na crença, mas pagãos na sua origem – existiam lá israelitas, porque o Apóstolo discute com eles, como sendo judeus – e eram membros da igreja alguns gentios, porque ele, de um modo expresso, se dirige a eles como pertencentes à família gentílica (Cp 2.17 e 4.16, e 17, etc., com 1.13 a 15 – 11.13 a 15, etc.). Desde o princípio foi a autoria da epístola aos Romanos atribuída a Paulo, o apóstolo, não parecendo ter-se levantado dúvidas até ao ano de 1792. o lugar e a DATA desta epístola são precisamente determinados pelos seguintes fatos: Paulo ainda não tinha estado em Roma (1.11,13,15). A sua intenção era visitar esta cidade, depois de ter visitado Jerusalém (15.23 a 28) – e foi sempre este o seu pensamento durante os três meses da sua residência em Corinto (At 19.21). Ele estava para levar uma coleta da Macedônia e da Acaia para Jerusalém (Rm 15.26,31) – e efetivamente levou de Corinto esse dinheiro para os pobres de Jerusalém, no fim da sua visita (At 24.17). Quando Paulo escreveu a epístola estavam com ele Timóteo, Sosípatro, Gaio e Erasto (Rm 16.21,23). Gaio foi seu hospedeiro em Corinto (1 Co 1.14). Erasto era coríntio, e pouco tempo antes tinha sido mandado de Éfeso com Timóteo para a Macedônia pelo caminho de Corinto (At 19.22 e 1 Co 16.10,11). E os outros três são expressamente mencionados em At 20.4, como companheiros de Paulo em Corinto. Além disso, Febe, que geralmente se supõe ter sido a portadora da epístola, era membro daquela igreja, estabelecida no porto coríntio de Cencréia (16.1). Por conseqüência, ao mesmo tempo que Paulo se estava preparando para visitar Jerusalém, partia em direção oposta de Corinto para Roma uma das pessoas convertidas pela sua pregação, levando consigo a epístola para os cristãos romanos. A data, pois, da carta deve ser, pelo que acabamos de dizer, o ano 56 ou 57 em qualquer mês do inverno, tendo sido mandada de Corinto.
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romanti-ezer
hebraico: prestei alto auxílio
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romãzeira, romã
Uma árvore baixa, muito vulgar na Palestina, e geralmente no oriente. os seus ramos são muito espessos e frondosos, sendo alguns guarnecidos de agudos espinhos. As folhas são em forma de lança, e as flores vermelhas. o fruto, constando de uma casca dura, dentro da qual se acham grãos vermelhos, amadurece em outubro, e possui uma considerável quantidade de sumo agridoce, muito refrigerante nos países quentes, embora pouco fino para o paladar das pessoas do Norte. A alta estima em que a romãzeira era tida pelos judeus pode depreender-se do fato de ser a romã um dos frutos que os espias trouxeram de Escol (Nm 13.23 – e 20.5), e de ser especificada pelos hebreus como um dos grandes mimos que eles tinham deixado no Egito. Para Moisés foi este fruto uma das principais recomendações da Terra da Promissão (Dt 8.8). Além disso, a sua forma era tão admirada e tão claramente se via ser uma figura da abundância, que se empregava muito na ornamentação, sendo feitas nas bordas da vestimenta do sumo sacerdote romãs de azul e de púrpura, e escolhendo-as Salomão como principal embelezamento do templo. A casca é usada no curtimento de couros marroquinos, e também se emprega na medicina.
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romelia
Deus seja sublime
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romilda
Donzela da batalha gloriosa
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ronaldo
Aquele que governa com mistério
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roodia
hebraico: Jeová e compreensivo
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rôs
chefe, príncipe
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rosa
Uma referência à flor de mesmo nome
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rosalia
Uma festa romana
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rosalva
Rosa branca
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rosario
Uma referência religiosa
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rosh chôdesh
Literalmente cabeça do mês; início de cada mês judaico comemorado como dia especial.
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rosh hashaná
Literalmente “cabeça do ano”; dois dias festivos na diáspora que marcam o início do ano novo judaico contado a partir da data da criação do mundo.
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rotineiro
Que segue uma rotina: caminho já percorrido e conhecido, em geral trilhado maquinalmente; seqüência de atos ou procedimentos que se observa pela força do hábito.
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rotos
Rasgados
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rotura
Rompimento
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roubo
A lei mosaica sobre o assunto doroubo acha-se em Êx 22.1 a 15. o homem que furtava outro homem era castigado com a morte (Êx 21.16 – Dt 24.7).
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rua
As ruas das cidades orientais eram, geralmente, estreitíssimas, tendo algumas vezes 90 a 120 cm de largura, e sendo quase sempre muito tortuosas. Em muitos lugares, não podia uma pessoa passar com segurança por um camelo carregado, mas devia comprimir-se, junto a uma porta, ou abaixar-se muito para deixar passar o animal. Em Damasco, a rua onde Ananias achou Saulo, tinha o nome de ‘Direita’ (At 9.11). Ainda existe esta rua, e tem uma cobertura em todo o seu comprimento, cerca de dois quilômetros. Uma rua de Esmirna, que é banhada por um rio, com árvores de um lado e de outro, adapta-se de algum modo à descrição que se lê em Ap 22.2. Raras vezes eram calçadas as ruas, até ao tempo dos romanos, e é coisa notável que uma das glórias de Jerusalém Celestial é o empedramento das suas ruas.
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ruama
ela alcançou misericórdia
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rubem
eis um filho
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rúben
Eis um filho! o filho mais velhode Jacó e Lia (Gn 29.32). Em resultado do seu mau procedimento perdeu o direito de primogênito e todos os privilégios aderentes à primogenitura (Gn 35.22). Ele livrou José da morte, opondo-se a seus irmãos (Gn 37.22). No Êxodo continha a tribo de Rúben 46.500 homens de mais de 21 anos, e aptos para o serviço (Nm 1.20,21 – 2.11) – e em poder estava em sexto lugar. Alguns morreram na conspiração de Coré (Nm 16.1 – Dt 11.6). A sua herança foi um território do lado oriental do rio Jordão, limitado ao norte pelo ribeiro de Jazer, ao sul pelo ribeiro de Arnom, ao ocidente pelo Jordão, e ao oriente pelas montanhas de Gileade. Este território, com o nome moderno de Belca, é ‘ainda estimado acima de todos os outros pelos possuidores de gado lanígero. É rico de água, coberto de boa relva, e manifesto aos olhos de todos nestes ilimitáveis terrenos incultos, que sempre foram e sempre hão de ser o favorito recurso das errantes tribos pastoris’. os descendentes de Rúben foram a pouco e pouco perdendo toda a associação de sentimentos e de interesse com as tribos ocidentais, afastando-se, além disso, do culto ao Senhor. E desaparecem da história, quando foram levados para a Mesopotâmia por Tiglate-Pileaer (1 Cr 5.26). Não há indicação alguma de que qualquer juiz, profeta ou herói tivesse pertencido à tribo de Rúben.
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rubro
latim: vermelho vivo
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rudimentar
Que tem o caráter de rudimento; elementar.
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rufar
Tocar, dando rufos.
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rufo
O ruivo
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ruinoso
Que ameaça ruína; prejudicial; nocivo.
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ruma
alto
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rústico (a)
Relativo ao campo; rural; rude; tosco; etc
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rute
Plena de beleza ou amiga
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rute (livro de)
Este livro está ligadoao dos Juizes pelas suas primeiras palavras. No cânon judaico faz parte dos Hagiógrafos, sendo o segundo dos cinco Megilote, ou Rolos das Festas, um dos quais era publicamente lido em ocasiões festivas. o de Rute, por causa das suas referências às colheitas, era designado para leitura, na festa de Pentecoste. Tanto na versão dos LXX, como na Vulgata, é colocado logo depois dos Juizes, assim como nas traduções modernas. Não se sabe quem tenha sido o seu autor – todavia, a tradição judaica atribui-o a Samuel. A DATA é incerta – é certo, porém, que foi escrito depois do tempo dos Juizes (1.1), quando certos costumes dos israelitas já eram antiquados, 4.7 (cp com Dt 25.9) – e provavelmente quando a casa de Davi já estava governando israel (4.17 a 22), embora a genealogia seja obra do redator subseqüente. o livro descreve a vida de Rute: era esta uma moabita, que (1) casou com Quiliom, um dos dois filhos de Elimeleque, natural de Belém de Judá, o qual, obrigado pela fome, partira para o país de Moabe, acontecendo isso talvez durante as invasões dos midianitas (Jz 6.1 a 6). Morrendo Elimeleque e os seus filhos, voltou Noemi, sua mulher, para Belém em companhia de Rute. Chegaram no tempo da ceifa – e (2) ia Rute respigar nos campos de Boaz, que era parente de Elimeleque. Tendo sido Boaz amável para com ela, Noemi a ensinou (3) a requerer daquele lavrador o auxílio que lhe devia prestar como seu parente. Boaz compreendeu os direitos de Rute (4), e a protegeu, no reconhecimento das suas responsabilidades. Finalmente, casou Boaz com Rute, nascendo desse casamento obede, que foi avô de Davi. E assim Rute, embora de origem gentílica, veio a ser uma das avós de Jesus Cristo (Mt 1.5,16). (*veja Redentor.)
S
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saabim
hebraico: lugar de raposa
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saafe
bálsamo
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saalabim
hebraico: raposa
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saalim
raposas
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saanim
hebraico: grandes migrações, partidas
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saaraim
dupla entrada
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saasgaz
servo da beleza
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saazima
lugar elevado
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sabá
Palavra que no hebreu é diferentede Sebá, sendo desconhecida a significação. 1. Filho de Raamá, e neto de Cão (Gn 10.7; 1 Cr 1.9). 2. Filho de Joctã (Gn 10.28; 1 Cr 1.22). 3. Neto de Abraão (Gn 25.3; 1 Cr 1.32). Estes devem ser considerados como troncos distintos do povo descrito no artigo.
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sabá (rainha de)
Fez uma visita ao reiSalomão uma das rainhas de Sabá, que tinha ouvido falar da ‘fama de Salomão, com respeito ao nome do Senhor’. Este fato acha-se descrito em 1 Rs 10.1 a 13 e 2 Cr 9.1 a 12, e a ele se refere Jesus (Mt 12.42). É presumível que ela tenha ido do país mencionado no artigo precedente.
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sábado
Cessação do trabalho, descansoA primitiva instituição do descanso é registrada em Gn 2.2,3; mas a palavra aparece pela primeira vez em Êx 16.23. A sua observância é requerida pela lei de Deus (Êx 16.25 a 30), estando a lei do descanso contida no quarto mandamento (Êx 20.8 a 11). Associada primeiramente com a obra da criação (Gn 2.3; Êx 20.11) foi também posta em relação com o fato de se libertarem os israelitas do jugo dos egípcios (Dt 5.15). A lei insistia na guarda do dia de descanso, ‘quer na aradura quer na sega’ (Êx 34.21). o trabalho proibido compreendia até o ato de acender o fogo (Êx 35.3), sendo castigado com a morte quem fosse encontrado a apanhar lenha (Nm 15.32 a 36). Em dia de sábado havia um particular holocausto (Nm 28.9,10). A devida observância do dia era acompanhada, como diziam os profetas, das bênçãos de Deus; e a sua violação trazia ira (is 56.2; 58.13; Jr 17.20,22; Ez 20.13). Estas passagens nos mostram que ia aumentando a lassidão na guarda do sábado, sendo também certo que muitos guardavam o dia como sendo costume e não por espírito religioso (is 1.13). Entre os ‘nobres de Judá’ e outras pessoas, notou Neemias que o sábado era constantemente profanado, e procurou restaurar a sua observância (Ne 13.15 a 22). Restabelecida a lei do descanso, foi-se tornando cada vez mais rigoroso o seu cumprimento, até que no tempo de Jesus Cristo eram já numerosos ‘os mandamentos dos homens’, estabelecendo-se a confusão com respeito à guarda do sábado. Abundavam distinções fantásticas e engenhosas evasivas. As interpretações que os doutores davam à lei tornavam-na insuportável. o Senhor, porém, nos Seus ensinamentos, colocou o dia do descanso no seu verdadeiro lugar. Jesus não veio para destruir a Lei, mas dar-lhe cumprimento (Mt 5.17). Ele próprio tinha por costume assistir ao culto da sinagoga naquele dia (Mc 6.2; Lc 4.16; 6.6; 13.10). Mas sustentava que tinha autoridade sobre o sábado (Mt 12.8); e afirmava que esse dia tinha sido instituído para benefício do homem (Mc 2.27); nesse mesmo dia operou um milagre (Mt 12.13; Mc 3.5; Lc 6.10); e defendeu os Seus discípulos que tinham sido acusados de infringir a lei do sábado (Mt 12.3 a 8). A instituição de guardar, depois de seis dias de trabalho, o sétimo, como dia de descanso, foi estabelecida antes de ser dada a lei.
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sábado (caminho de um)
Era de cerca deseis estádios a distância que os judeus se permitiam andar em dia de sábado (At 1.12). Dizia-se que essa distância tinha sido originariamente fixada pela que ia do tabernáculo à extremidade do campo no deserto.
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sabãote
hebraico: exércitos
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sabarim
hebraico: abertura, ruínas
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sabático (ano)
o ano sétimo celebravam-no os judeus, não cultivando a terra nesse período de tempo (Êx 23.10; Lv 25.2,3, etc.). o ano sabático principiava no outono, depois da ceifa. o povo nessa ocasião devia dar liberdade aos escravos (Êx 21.2), e perdoar as dívidas; e aqueles, cuja herança tinha sido alienada, voltavam à posse das suas propriedades. Para celebrar a criação tinha sido instituído o ano sabático, na idéia de reforçar o conhecimento de que Deus era o Senhor de todas as coisas, particularmente da terra de Canaã, que Ele tinha dado aos hebreus. Nesse ano os frutos dos campos e das vinhas pertenciam aos pobres e necessitados, tirando disso proveito os próprios animais (Êx 20.10 e seg.). Efetuavam-se serviços especiais no templo, durante a festa dos Tabernáculos (Dt 31.10 a 13). Esta instituição, como Moisés havia predito, foi por muito tempo considerada com indiferença (Lv 26.34,35); mas, depois do cativeiro, durante o qual a terra tinha ficado inculta, em compensação do que havia acontecido por longa negligência (2 Cr 36.21), era mais cuidadosamente observada. (*veja Ceifa, Jubileu.)
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sabedoria
A palavra ‘sabedoria’, em muitas passagens bíblicas, e especialmente no livro dos Provérbios, significa um estado de meditação, tendo em vista a verdade e os deveres morais e religiosos. Em Pv 1.2 a palavra tem o sentido de prudência ou circunspeção. É aquela parte da sabedoria que se deve querer alcançar – somente os loucos e os vaidosos é que se recusam a aprender e tirar proveito dos conselhos dos mais experimentados (Pv 15). Também vemos a sabedoria personificada (Pv 1.20), como para nos sugerir as suas aplicações. Em contraste com a secreta incitação dos maus, a sabedoria se revela, apelando publicamente para os homens. A ‘Literatura da Sabedoria’ é uma expressão que serve para designar certas partes do A.T., como o livro de Jó, alguns dos Salmos, os Provérbios, o Eclesiastes – e também e Eclesiásticos e a Sabedoria de Salomão, que são livros não canônicos. Esta literatura especial não trata das coisas nacionais de israel, mas do princípio da crença e da conduta geral para todos: não são livros nacionais, mas de caráter universal. o seu objetivo é mais moral do que religioso, embora os ensinamentos que nos dão com respeito à vida e à maneira de a dirigir, nos façam ver a autoridade e os caminhos de Deus. Apresentam uma filosofia hebraica, mais ou menos popular, como nos sugere a abundância de provérbios.
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sabetai
Nascido no sábado. 1. Levita (Ed 10.15), que expunha a Lei, depois de ela ter sido lida (Ne 8.7). 2. Levita que foi superintendente da casa de Deus (Ne 11.16) – talvez seja o mesmo que o primeiro.
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sabeus
Indivíduo natural de Sabá
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sabino
Aquele que pertence ao povo sabino
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sabocai
hebraico: bosque ao Senhor
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saboque
hebraico: justo, reto
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sabrina
Donzela sabina, antigo povo itálico
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sabta
hebraico: rompendo
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sabteca
hebraico: batendo
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sacar
grego: mercadoria, hebraico: ordenado pago
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sacerdote
É aquele que entre os hebreus faz ou ministra os sacrifícios a Deus. Entre os gentios também se chamava sacerdote ao sacrificador. Antes de considerar os vários aspectos bíblicos do sacerdote, é necessário mostrar quais são as características essenciais do sacerdócio. Que devia o sacerdote fazer, na sua qualidade de sacerdote, que nenhum outro pudesse realizar sob quaisquer circunstâncias? A mais exata definição de sacerdote acha-se em Hb 5.1. o sacerdote era ‘constituído nas coisas concernentes a Deus a favor dos homens’. Quer isto dizer que ele apresentava ao Senhor coisas, dons e sacrifícios, ofertas do homem a Deus – e o seu trabalho era realmente oposto ao do profeta, que devia revelar Deus ao homem. Nesta consideração, a idéia fundamental de sacerdote é a de um mediador entre o homem e Deus. o sacerdote apresenta-se entre o homem e Deus, como na verdade aparece o profeta entre Deus e o homem. Quando o sacerdote efetuava qualquer outro trabalho, já não era como sacerdote que exercia essa missão, mas somente como executante das funções de outros homens. Este ato do sacerdote, na sua obra para Deus, é sempre acentuado nas Sagradas Escrituras (Êx 28.1 – Ez 44.16 – Hb 7.25). Nos tempos patriarcas, o chefe da família, ou da tribo, operava como sacerdote, representando a sua família diante de Deus. Foram assim considerados Noé, Abraão, isaque e Jacó. Na época do Êxodo havia israelitas que possuíam este direito de sacerdócio, e o exerciam – mas tornou-se necessário designar uma ordem especial para desempenhar os deveres sacerdotais, sendo a tribo de Levi a escolhida para esse fim. Desta tribo saíram os sacerdotes arônicos, que eram os mediadores entre o homem e Deus. os filhos de Arão eram sacerdotes, a não ser que tivessem sido excluídos por qualquer incapacidade legal. Esta disposição continuou no reino do Sul por toda a sua história. E o fato de ter Jeroboão instituído o seu própria sacerdócio mostra a essencial necessidade de uma mediação. Desta maneira o sacerdócio atestava a vida pecadora do homem, a santidade de Deus, e por conseqüência a necessidade de certas condições, para que o pecador pudesse aproximar-se da Divindade. o homem devia ir a Deus por meio de um sacrifício, e estar perto de Deus pela intercessão. Quando Esdras voltou do cativeiro, reconstituiu as determinações levíticas, assim continuando tudo na sua substância até à destruição de Jerusalém, no ano 70 (a.C.). No N.T., as poucas passagens nos evangelhos em que ocorre a palavra sacerdote referem-se apenas ao sacerdócio judaico. Em relação com o Cristianismo, o termo ‘sacerdote’ nunca é aplicado senão a Jesus Cristo. As funções sacerdotais, relacionadas com o sacrifício e a intercessão, acham-se, freqüentemente, no N.T. em conexão com Jesus Cristo (Mt 20.28 – Rm 8.34 – Ap 1.5) – mas somente na epístola aos Hebreus, é que estas funções lhe são atribuídas como sacerdote. o sacerdócio de Cristo é a nota tônica da epístola aos Hebreus, e emprega-se para mostrar a diferença entre a imaturidade e a maturidade espiritual. Aqueles que conhecem Jesus Cristo como Salvador têm um conhecimento elementar do mesmo Jesus como Redentor – mas os que o conhecem como Sacerdote são considerados como possuidores de maior conhecimento e experiência. A redenção é, em grande parte, negativa, implicando livramento do pecado – mas o sacerdócio é inteiramente positivo, envolvendo o acesso a Deus. os cristãos hebreus conheciam Cristo como Redentor, mas deviam também conhecê-Lo como Sacerdote, oferecendo-se então a oportunidade de um livre e corajoso acesso a Deus em todos os tempos. Este sacerdócio de Cristo acha-se associado com o de Melquisedeque, um sacerdócio misterioso, que vem mencionado em Gn 14, e recordado em tempos posteriores no Salmo 110. o argumento da epístola aos Hebreus é que o fato de ter sido mencionado naquele Salmo um sacerdócio diferente do de Arão, era uma prova de que alguma coisa superior ao sacerdócio de Arão era necessária. o sacerdócio de Melquisedeque é referido para explicar a pessoa Divina do sacerdote, sendo a sua obra ilustrada com o sacerdócio arônico, visto como não havia uma obra sacerdotal em conexão com Melquisedeque. o sacerdócio de Cristo é considerado como estável e eterno, não sendo jamais delegado a qualquer outra pessoa (Hb 7.24). E este caráter do sacerdócio é devido ao fato de que o sacrifício de Jesus Cristo é superior aos sacrifícios do A.T., pois é completo, espiritual e eficaz para a redenção (Hb 9.12 a 14 – 10.11 a 14). Deste modo o sacerdócio de Cristo nos ensina aquela grande verdade de que o Cristianismo é a ‘religião do acesso’ – e revela-se isso na exortação – ‘aproximai-vos’. Em Cristo todos os crentes são considerados como sacerdotes – mas o ministro do Evangelho, distinto na verdade, do leigo, nunca no N.T. é mencionado como sacerdote. Ele é o presbítero, ou ancião, palavras que têm uma idéia inteiramente diferente. Mesmo o sacerdócio, na referência aos crentes, nunca está associado os cristãos individuais, mas tem-se em vista a sua capacidade de corporação: ‘sacerdócio santo’ (1 Pe 2.5). A verdade fundamental a respeito do sacerdócio no N.T. é esta: o Cristianismo é um sacerdócio, mas não tem sacerdócio.
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sacha
Protetora do gênero humano
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saco
Palavra de pura origem hebraica, que se espalhou pela Europa com o auxílio dos viajantes da Fenícia. Era um pano forte e áspero, feito de pêlo do camelo e da cabra, o qual se usava junto ao corpo como sinal de dor e de luto, em ocasiões de grandes calamidades, arrependimento e perturbação (Gn 37.34 – 2 Sm 3.31). Geralmente era usado o saco sobre os lombos, causando grande desconforto (Ez 27.31). A sua cor era escura, pendendo para preto (Ap 6.12).
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sacrificio
os sacrifícios e as ofertasparece serem do tempo de Caim e Abel. Caim ofereceu ‘do fruto da terra’, Abel ‘trouxe das primícias do seu rebanho, e da gordura deste’ (Gn 4.3,4). Aparecem os sacrifícios na idade patriarcal (Gn 15.9 a 11, 17 – 31.54 – 46.1) – e eram familiares aos israelitas no Egito (Êx 3.18). A lei estabeleceu, com certas particularidades, os sacrifícios e ofertas, que os judeus deviam efetuar. As coisas oferecidas eram tomadas tanto do reino vegetal, como do reino animal, sendo aquelas chamadas ofertas ‘sem sangue’, de uma palavra hebraica que significa ‘dons’ – e estas eram oferendas sanguinolentas, de uma palavra que significa ‘sacrifícios mortos’. Além das ofertas de vegetais e animais, usava-se também o sal mineral, que era emblema de pureza. Do reino vegetal empregavam-se certos alimentos, como farinha, trigo torrado, bolos e incenso, e as libações de vinhos nas ofertas de bebidas. Estes sacrifícios andavam geralmente unidos, e eram considerados como uma adição aos de ação de graças, que eram realizados com fogo (Lv 14.10 a 21 – Nm 15.5 a 11 – 28.7 a 15). os animais oferecidos eram bois, cabras e carneiros, devendo ser sem mancha, e não tendo menos de oito dias, nem acima de três anos. (Há uma exceção: Jz 6.26, ‘o boi de sete anos’). As pombas eram, também, oferecidas em alguns casos (Êx 22.20, e 12.5 – Lv 5.7 e 9.3,4). Nunca se ofereciam peixes, e os sacrifícios humanos eram expressamente proibidos (Lv 18.21 e 20.2). os sacrifícios eram somente oferecidos no pátio, que estava à entrada do tabernáculo, e mais tarde do templo (Lv 17.1 a 9, Dt 12.5 a 7). Havia, porém, de tempos a tempos, sacrifícios em outros lugares, sem censura (Jz 2.5 – 11.15 – 16.5 – 1 Rs 18.30). Ao mesmo tempo os israelitas mostravam uma disposição constante para sacrificar ‘nos lugares altos’, a que recorriam antes de existir um santuário permanente (1 Rs 3.2), e mais tarde por motivos de cisma (1 Rs 12.31 – 2 Cr 33.17). Para a realização do sacrifício, devia, por lei, purificar-se primeiramente o próprio oferente (Êx 19.14 – 1 Sm 16.5), e levar depois a vítima para o altar – voltado, então, para o santuário, punha a mão sobre a cabeça do animal, para assim se identificar a vitima e o pecador, e ser alcançada a expiação pelo sacrifício (Lv 1.4 – 3.2 – 4.33): depois descarregava o golpe, podendo, contudo, este ato ser praticado pelo sacerdote (2 Cr 29.23,24 – Ed 6.20). Morta a vítima, o sacerdote recebia o sangue, e espargia-o perto das ofertas, mas separado delas. o animal era cortado em pedaços pelo oferente (Lv 1.6), sendo a gordura queimada pelo sacerdote. Nalguns sacrifícios antes ou depois da morte do animal, era a vítima levantada, sendo-lhe dado movimento de vai-vem na direção do altar – e era este ato um símbolo da sua apresentação ao Senhor. Nos casos em que os adoradores comiam parte do sacrifício, dava isso uma idéia da sua comunhão com Deus. Estes sacrifícios eram em si mesmos muito imperfeitos, não podendo, de forma alguma, purificar a alma. S. Paulo descreveu estas e outras cerimônias da Lei como ‘rudimentos fracos e pobres’ (Gl 4.9). Representavam graça e pureza, mas não as comunicavam. Convenciam o pecador da necessidade de purificar-se e dar satisfação a Deus, mas não lhe conferiam santidade. A este fato não era insensível o judeu piedoso. isto o Salmista nos mostra nas suas palavras de profundo sentimento: ‘Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado – coração compungido e contrito não o desprezarás, ó Deus’ (Sl 51.17). Deus ensinou ao povo, por meio dos profetas, que não tendo o pecador santas disposições não podiam os seus sacrifícios agradar-lhe (Sl 40.6 – 51.16 – is 1.11 a 14 – Jr 35.15 – os 14.2 – J12.12,13 – Am 5.21,22). Todos os sacrifícios são símbolos do sacrifício de Cristo, sendo eles a sua instituída sombra (Hb 9.9 a 15 – 10.1). Cristo, oferecendo-Se a Si mesmo, aboliu todos os outros sacrifícios (1 Co 5.7 – Hb 10.8 a 10). A idéia do sacrifício é, muitas vezes, usada num sentido secundário e metafórico, aplicando-se às boas obras dos crentes, aos deveres de oração, aos louvores a Deus, etc. (Hb 13.16). ‘Não negligencieis igualmente a prática do bem e a mútua cooperação – pois com tais sacrifícios, Deus se compraz.’ ‘Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus’ (Rm 12.1). Não devia o adorador oferecer o que não lhe custava coisa alguma – parte dos seus bens ia ser transferida dele para Deus. A oferta podia ser certo tempo, facilidade, conforto, propriedade, inteligência – e estas coisas podiam ser consagradas ao Senhor. (*veja Altar, Sacrifícios pacíficos.)
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sacrificio expiatório
Sacrifício de expiação pelo pecado (Lv 4.32 a 35). o sacrifício expiatório era um holocausto, diferente dos outros sacrifícios, em que as vitimas eram oferecidas pelos pecados cometidos inadvertidamente, ou por ignorância – mas se a falta era praticada voluntariamente, merecia o transgressor ser cortado da comunhão. Era a ‘expiação do pecado por meio de uma vida dada em substituição’ (Lv 5.17 a 19 – 15.2,9,19, etc. – Nm 6.11). os sacrifícios expiatórios eram (1) oferecidos pelo sumo sacerdote, quando ele tinha cometido qualquer ofensa, de que a nação pudesse sofrer – (2) ou quando toda a nação tinha inadvertidamente pecado – (3) e também o eram por indivíduos que tivessem pecado por ignorância (Lv 4.32 a 35) – (4) e muito especialmente havia desses sacrifícios no grande dia da expiação. o sumo sacerdote, quando se tratava do primeiro ou do último caso, punha a sua mão sobre a cabeça da vítima, confessando o seu pecado. No segundo caso eram os anciãos que punham a mão sobre a vítima – ou punham-na sobre a pessoa que trazia a oferta, se era o terceiro caso. As cerimônias do grande dia da expiação eram realmente muito significativas: (vede Nm 29.7 a 11 – e Lv 16.20, 26 a 33). o bode emissário, levando consigo os pecados do povo, e o segundo bode que era sacrificado, prefiguravam de um modo especial a obra de Jesus Cristo. os sacrifícios expiatórios eram, também, oferecidos em certas ocasiões, para purificação de pessoas que se tinham contaminado (Lv 9.22 – 14.19 a 31 – 15.2, 14,15,25 a 30 – Nm 6.2 a 12). No N.T. fala-se de Jesus Cristo, como tendo ele sido a vítima de expiação (Rm 8.3 – 2 Co 5.21 – Hb 1.3 – 9.28).
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sacrificios pacificos ou de ação de graças
AS. 1. Consistiam no oferecimento de um novilho ou de um carneiro ou de uma cabra. o animal era trazido pelo oferente, que primeiramente punha sobre ele as mãos, e depois o matava junto ao lado sul do altar. E à roda do altar era o sangue derramado, sendo a gordura queimada. Pertencia ao sacerdote o peito, ‘em movimento’ e a espádua ‘alevantada’ da oferta, sendo o resto do animal usado em um ato sacrificial (1 Co 10.18). Era uma oferta voluntária, sendo algumas vezes feita em cumprimento de voto (Nm 6.14 e 17). o Senhor era considerado como presente ao um sacrifício, havendo, pois, comunhão com Ele. os sacrifícios pacíficos estavam numa relação muito estreita com os que eram feitos pelos pecados, e com os holocaustos – e se realizavam depois deles, de maneira que à obra de expiação se seguia uma festa solene de ação de graças (Êx 20.24, etc.). (*veja Altar, Sacrifício.)2. As cerimônias usadas nos sacrifícios pacíficos ou de ação de graças acham-se descritas em Lv 3 – 7.11 a 18,29 a 34 – 23.20. o principio geral desses sacrifícios ao Senhor era o de serem inteiramente espontâneos (Lv 19.5). Depois do sacrifício era a oferta usada numa refeição especial. os sacrifícios pacíficos foram oferecidos a favor do povo em ocasiões de grande solenidade e regozijo, como no estabelecimento do pacto (Êx 24.5), na consagração de Arão e do tabernáculo (Lv 9.18), na leitura solene da lei em Canaã por Josué (Js 8.31), na elevação de Saul ao trono (1 Sm 11.15), na condução da arca para o monte Sião (2 Sm 6.17), na consagração do templo, realizada por Salomão (1 Rs 8.63 a 9.25), e na Páscoa, celebrada no reinado de Ezequias (2 Cr 30.22).
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sacrilégio
Irreverência para com pessoas ou objetos consagrados; ato de impiedade; ação condenável
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sacrílego
Que cometeu sacrilégio.
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sacro
Sagrado, venerável, respeitável.
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sacur
atento
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sade
hebraico: 18 letra do alfabeto hebraico, gafanhoto
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sadoque
sagrado
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sadraque
persa: decreto do deus lua, ou pequeno amigo do Rei
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saduceus
os saduceus formavam um partido judaico, que se acha mencionado somente treze vezes no N.T., mas não no quarto evangelho ou nas epístolas. Foi importante o papel que desempenharam na história religiosa daquele tempo. (1) Geralmente se afirma que o seu nome é derivado de Zadoque, que foi algum vulto do partido, ou aquele Zadoque, sacerdote no tempo de Davi (1 Rs 1.8) e de Salomão (1 Cr 29.22). Encontram-se os descendentes de Zadoque no sacerdócio, depois do exílio, conseguindo eles organizar um partido que, nos seus fins, era tão político quanto eclesiástico ou religioso. Durante mais de um século antes do nascimento de Jesus Cristo constituíam um importante partido nacional, e pelo tempo do N.T. todos os sumos sacerdotes eram saduceus. (2) A sua atitude para com o Divino Mestre parece ser bastante natural, visto que, sendo eles um partido aristocrático, estavam em íntimas relações com o sacerdócio. os ensinamentos de Jesus eram um ataque direto à sua posição. Não é, pois, para admirar que ficassem indignados quando Jesus purificou o templo (Mt 21.12), e quando aceitou o título de ‘Filho de Davi’ (Mt 21.15). E o seu forte desejo de suprimir Jesus era igual ao dos fariseus (Lc 19.47) – e também como estes, procuraram criar dificuldades a Jesus, fazendo-lhe perguntas astutas (Mt 22.23). Logo no princípio do Seu ministério, Jesus publicamente os censurou (Mt 3.7), e disse aos Seus discípulos que se acautelassem do fermento deles (Mt 16.6, 11,12). (3) Depois da morte de Jesus Cristo manifesta-se novamente a oposição dos saduceus, juntando os seus clamores aos dos sacerdotes (At 4.1 – 5.17). Paulo, em defesa própria, fazia uso das diferenças doutrinais entre fariseus e saduceus (At 23.6). A maneira saliente como S. Paulo se refere à ressurreição facilmente se notará considerando o doutrinamento dos saduceus. (4) A particularidade da doutrina dos saduceus é revelada por Jesus (Mt 16.6,12), e pelos evangelistas (Mt 22.23 – Mc 12.18 – Lc 20.27). o conflito entre eles e os fariseus se evidencia em At 23.6 a 8. Pelas passagens já citadas se vê que os saduceus negavam a ressurreição e a existência de anjos e espíritos. Quanto à ressurreição, o escritor Josefo, depois de explicar a crença dos fariseus no destino e no livre arbítrio, no ‘poder imortal’ da alma, num futuro estado de recompensas e castigos, acrescenta: ‘mas a doutrina dos saduceus é a de que as almas morrem com os corpos’ (Antiq. XViii. cap. i. e 4). Quanto à negação da existência de anjos e espíritos, ia esta sua filosofia de encontro aos ensinos do A.T. – e por isso se pode explicar a impopularidade dos saduceus a este e outros respeitos. Josefo fez ver que, quando os saduceus se tornaram magistrados, tiveram de ‘aceitar as noções dos fariseus, porque de outra sorte o povo os não toleraria’ (Antiq. XViii. i. e 4). Como partido, nunca foram os saduceus um corpo numeroso, terminando a sua existência depois da destruição de Jerusalém.
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safã
1. Filho de Azalias e pai de Aicão (2 Rs 22.3,12). os seus outros filhos foram Eleasá e Gemarias (Jr 29.3 – 36.10,11,12) – e foram seus netos Gedalias (Jr 39.14 – 40.5 e seg.), e Micaia (Jr 36.11). Foi secretário e o principal oficial do rei Josias. Na qualidade de escriba ele acompanhou, como seu igual em categoria, aqueles que foram mandados tomar conta do dinheiro coletado pelos levitas, para a reparação do templo (2 Rs 22.4 a 20 – 2 Cr 34.8 a 20). o exemplar da Lei, achado por Hilquias, foi levado a Josias por Safã, que o leu perante o rei. (*veja Hilquias, Hulda, Josias.) 2. Pai de Eleasá (Jr 29.3), e é possível que seja idêntico ao número l. 3. Pai de Jaazanias (Ez 8.11), e possivelmente idêntico a 1.
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safate
julgou
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safe
hebraico: limiar ou bacia
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safer
hebraico: beleza
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safir
bela
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safira
Beleza. Uma pedra transparente,de cor azul, extremamente bela e preciosa, apenas inferior ao diamante em brilho, dureza e valor. Nos mais escolhidos exemplares admira-se um profundo azul celeste – mas em outros a sua cor varia entre esse azul e o esplendor do puro cristal, não tendo neste caso os menores laivos de colorização, mas apresentando um brilho superior. A safira oriental, de fina cor azul celeste, é a mais bela. Algumas vezes a safira acha-se matizada com veios de uma brancura de espato, ou mostra distintas malhas de cor áurea (Jó 28.6, 16 – Ez 28.13). A safira era a segunda pedra, na segunda ordem, do peitoral do sumo sacerdote (Êx 28.18). A claridade e a transparência dessa formosa pedra servem para descrever em Êx 24.10 a visão que Moisés e os anciãos tiveram a respeito de Deus (cp. com Ez 1.26 – 10.1). É um dos doze fundamentos do muro da Nova Jerusalém (Ap 21.19 – cp. com is 54.11). *veja também Ct 5.14: e Lm 4.7.
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safon
hebraico: vento do norte ou escondido
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sagaz
esperta; perspicaz
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sage
hebraico: errante
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sairate
hebraico: animal peludo
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sal
os judeus tinham nas praias do marMorto uma inesgotável provisão de sal, e, na extremidade meridional do mesmo mar, havia uma montanha de sal com oito quilômetros de comprimento. E estavam ao pé os poços de sal, a que se refere Sofonias (2.9), e o vale do sal ( 2 Sm 8.13). os fenícios obtinham sal do mar Mediterrâneo pela evaporação. o sal usado pelos antigos era o salgema, e o dos lagos de água salgada. Este era impuro, e a parte exterior sem sabor. A alusão em Mt 5.13 é a esta espécie de sal, que muitas vezes tinha de ser lançado fora, como coisa inútil. os orientais têm por costume ratificar as suas promessas por meio de presentes de sal. Ele é o emblema da preservação, e por isso o é também da constância e fidelidade – é uma sagrada garantia de hospitalidade, que nunca aquela gente se atrevia a quebrar, preferindo dar guarida a criminosos a ter de entregá-los à justiça, logo que eles tenham comido do seu sal. Mesmo os beduínos, que andam roubando no deserto, respeitam aquele que procurou o abrigo da sua tenda, tendo-lhe sido antes oferecido na verdade o sal da amizade. Pelo preceito de que toda a oferta de manjares devia ser salgada com sal (Lv 2.13), foi estabelecida a ‘aliança perpétua de sal’ entre Deus e o Seu povo (Nm 18.19 – 2 Cr 13.5). Parece haver em Mt 5.13 – Mc 9.50 e C1 4.6 uma referência às suas qualidades de dar sabor e de preservar as coisas. o sal nos vegetais produz o efeito de queimação (Dt 29.23) – e assim se explica a esterilidade das praias do mar Morto. A terra salgada, de que fala Jeremias (17.6), é o mesmo que os ‘lugares secos do deserto’, significando regiões improdutivas (Jó 39.6 – Sl 107.34 – Ez 47.11 – Sf 2.9). Por esta razão havia na antigüidade o costume de espalhar sal nas ruas de uma cidade inimiga, quando conquistada, como sinal de perpétua desolação (Jz 9.45).
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sal (poços de)
Poços feitos na praia do mar Morto, para que possam encher-se, quando a água em tempo de cheia sobe, e se espraia até certa distância. Quando baixam as águas, a dos poços depressa se evapora, deixando uma camada de sal de cerca de 25 mm de espessura (Sf 2.9).
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salá
progétil, arremesso
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salah
hebraico: extensão
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salai
hebraico: levantado pelo Senhor ou recusador
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salamina
Cidade na extremidade oriental de Chipre, onde Paulo desembarcou por ocasião da sua primeira viagem missionária (At 13.5). Como se faz menção de sinagogas, certamente havia muitos judeus naquele lugar, pois, na maior parte das povoações fora da Terra Santa, era suficiente uma sinagoga. A história desse tempo mostra que isto era assim, pois Herodes Magno tomou de renda em Chipre minas de cobre, empregando os judeus na sua exploração. A cidade desapareceu completamente, mas as suas ruínas acham-se perto da atual Famagusta. (*veja Paulo.)
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salamis
hebraico: agitado, o mesmo que Salamina
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salatiel
hebraico: pedi a Deus
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salca
hebraico; estrada
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saleca
hebraico: ligado firmemente
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salefe
hebraico: extração
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salém
Paz. A cidade de que Melquisedeque era rei (Gn 14.18 – Hb 7.1,2). Deve, provavelmente, ser identificada com Jerusalém, em conformidade da tradição judaica – Salém é uma designação poética de Jerusalém (Sl 76.2).
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salequete
hebraico: lançar fora
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saletiel
pedi a Deus
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salgueiro
o salgueiro é vulgar na Palestina e países circurjacentes – cresce perto dos rios e das torrentes do inverno, especialmente nas margens do Jordão, do Arnom, e do Caliroe. os salgueiros também medram nos vales próximos do mar Morto (Jó 40.22 – is 44.4). o salgueiro aparece pela primeira vez mencionado, como sendo aquela árvore, cujos ramos se empregavam na construção de barracas, na festa dos Tabernáculos (Lv 23.40). A árvore a que se refere o Sl 137.2 é o Salix Babilônica, ou o chorão. Menciona-se em isaías (15.7) ‘torrentes dos salgueiros’, como um dos limites de Moabe. outra palavra hebraica, traduzida com o mesmo nome, ocorre apenas uma vez na parábola de Ezequiel, a respeito da videira plantada, que foi posta junto às grandes águas como um salgueiro (Ez 17.5).
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salientar
Tornar bem visível ou distinto.
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salim
Paz. Em Jo 3.23 está escrito que’João estava também batizando em Enom, perto de Salim, porque havia ali muitas águas’. É esta a única ocorrência dos dois nomes, não podendo os sítios ser certamente identificados. Há um lugar chamado Salim, perto de Nablus – e outro de nome Ainum no Wady Faria, um vale rico de nascentes, cuja água corre para o Jordão. Mas estas povoações são separadas uma da outra 11 ou 13 quilômetros.
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salisa
hebraico: terça parte
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salmã
É presumível que esta palavra seja uma forma abreviada de Salmaneser (os 10.14). Bete-Arbel, que ele destruiu, era provavelmente uma fortaleza que foi conquistada por um dos reis assírios daquele nome, talvez Salmaneser iii, 783 a 773 a.C. Tem sido identificada com a moderna irbid. Perto deste lugar existem extensas cavernas, que repetidas vezes foram fortificadas pelos judeus.
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sálmana
sacrifício
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salmanasar
hebraico: Shulmana e chefe ou adorador do fogo
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salmaneser
Foi o quarto rei da Assíriacom este nome, que sucedeu a Tiglate-Pileser, reinando pelo espaço de cinco anos, desde 727 a 722 a.C. (2 Rs 17.3 – 18.9). Por duas vezes ele invadiu o reino de israel. Na segunda vez levou cativo a oséias, que se tinha revoltado contra a sua autoridade, recusando o pagamento do tributo – cercou Samaria que resistiu mais de dois anos, sendo finalmente tomada por Sargom depois da morte de Salmaneser. (*veja Sargom.)
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salmara
a sombra e retirada
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salmom
o pai ou o fundador de Belém (1Cr 2.51,54). Foi o pai de Boaz, que casou com Rute, sendo por isso o fundador da casa de Davi (Rt 4.20,21 – 1 Cr 2.1 – Mt 1.4 – Lc 3.32).
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salmon
luz, esplendor
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salmona
hebraico: pacifico, prosperidade
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salmos
Nenhuma parte da Sagrada Escritura tem sido mais investigada e comentada do que os Salmos. o grande interesse, manifestado por esta parte da Bíblia, tem como única razão de ser o auxilio que presta à devoção. o elogio de Hooker é amplamente justificado: ‘Uma magnanimidade heróica, uma justiça perfeita, uma moderação severa, uma sabedoria rigorosa, um arrependimento sincero, uma paciência ilimitada, os mistérios de Deus, os sofrimentos de Cristo, o terror da ira, o conforto da graça, as obras da Providência a respeito do mundo, e as prometidas alegrias daquele mundo para onde nos dirigimos, tudo aquilo, enfim, que importa conhecer, ou realizar, ou possuir, nós vamos encontrar na celestial e maravilhosa fonte dos Salmos. Com certeza não há na alma dor ou qualquer doença, mancha ou desassossego, que não tenha neste admirável tesouro um remédio pronto e eficaz.’ o título, que a toda a coleção é dado, é o de ‘livro dos Salmos’ em Lc 20.42 e At 1.20 – e também se diz simplesmente ‘os Salmos’ em Lc 24.44. o título hebraico (têhillim ) significa ‘louvores’ – o que usamos e que nos vem da versão dos LXX, designa odes adaptadas à música. Para os salmos individuais o título geralmente empregado é mizmôr, ‘um cântico com acompanhamento musical’ (57 vezes). A palavra shir, cântico ou ode, marca os salmos 45,46 – e em combinação com mizmôr os salmos 30,48 – e, combinada a mesma palavra com hama”aloth, ‘os degraus’, designa os salmos 120 a 134 (‘cântico dos degraus’). Na epígrafe dos salmos 17,86,90,102,142, acha-se o termo têphillah, ‘oração’ – e esse mesmo termo no plural é usado no pós-escrito do salmo 72. No original hebraico e na versão dos LXX, os salmos acham-se divididos em 5 Livros. A divisão é desta forma: 1. Sl 1 a 41. Consta, com quatro exceções apenas (1,2,10,33), dos salmos que se atribuem, segundo os seus títulos, a Davi. 2. Sl 42 a 72. São os salmos de ‘os filhos de Coré’, 42 a 47, e de ‘Davi’, 51 a 65, e 68 a 70. É, provavelmente, uma compilação de salmos para os serviços do tabernáculo e do templo. 3. Sl 73 a 89. Salmos de ‘Asafe’ 73 a 83, e de ‘Coré’ 84 a 89, pela maior parte suplementares do livro 2. Um salmo apenas é neste livro atribuído a Davi (86). 4. Sl 90 a 106. o primeiro destes é atribuído a Moisés, dois a Davi (101 e 130), sendo anônimos os restantes. 5. Sl 107 a 150. São litúrgicos: nestes se incluem os salmos de aleluia e os cânticos de degraus. Foram, talvez, coligidos para o serviço do segundo templo. A autoria do Salmo 110 é atribuída por Jesus Cristo a Davi (Mc 12.36,37 – Lc 20.42,44) – e igualmente outros nestas passagens (At 1.16 – 2.25 – 4.25 – Rm 4.6 e 11.9 – e Hb 4.l). E ao mesmo Davi atribui à tradição judaica a maior parte da coleção. Que esse rei era poeta torna-se claro por certos versículos (2 Sm 1.19 a 27 – 3.33,34). o Salmo 18 é citado em 2 Sm 22.2 a 51 – e em 2 Sm 23.1, Davi é chamado ‘o mavioso salmista de israel’. Foi o mesmo Salmista que estabeleceu os serviços do santuário (2 Cr 29.27,30) – e como múaico que era promoveu o desenvolvimento da música religiosa (1 Sm 16.17,18 – Am 6.5). Mas nem todos os salmos mostram ser de Davi. No texto hebraico o seu nome acha-se em 73 salmos, como sendo o seu autor – e na versão dos LXX há mais doze, que lhe são também atribuídos. o nome de Asafe, o primeiro músico de Davi, ou dos seus descendentes, está em conexão com doze salmos: os que têm os números 50, e 73 a 83. Aos filhos de Coré, outra família de cantores, 11 salmos lhes são atribuídos. A esta família pertencia Hemã, o ezraíta, que foi neto de Samuel (Sl 88 – cp. com 1 Sm 8.2 e 1 Cr 6.33) – Etã é considerado como autor do salmo 84. o nome de Salomão acha-se nos salmos 72 e 127 – mas provavelmente é ele mais o assunto do que o autor do primeiro. Moisés é reputado o autor do salmo 90. os salmos têm sido classificados de muitos modos. A seguinte disposição do Re*veja Bickersteth pode ser útil para fins devocionais: i. Salmos didáticos Sobre o caráter de homens bons e maus, sobre a sua felicidade e miséria, – 1,5,7,9 a 12,14, 15,17, 24,25, 32,34,36, 37,50, 52,53,58. 73,75, 84,91, 92,94,112, 119,121, 125,127,128,133 – sobre a excelência da lei divina, – 19 e 119 – sobre a vaidade da vida humana: 39,49,90 – sobre o dever dos que estão em lugares superiores: 82 e 101 – sobre a humildade: 131. ii. Salmos de louvor e de adoração. Reconhecimento da bondade de Deus, da Sua misericórdia, e particularmente do Seu cuidado para com o homem fiel: 23,34, 36,91, 100,103, 107, 117,121,145,146 – reconhecimento do Seu poder, da Sua glória, e dos Seus atributos em geral: 8,19,24, 29,33,47,50,65,66,76,77,93,95 a 97,99,104,111,113 a 115,134,139,147, 148,150. iii. Salmos de ações de graças. Por mercês a indivíduos: 9,18,22,30,34,40,75,103,108, 116, 118,138,144 – por mercês aos israelitas em geral: 46, 48, 65, 66, 68, 76, 81, 85, 98, 105, 124, 126, 129, 135, 136, 149. iV. Salmos de devoção. Exprimindo arrependimento, os enfaticamente chamados sete salmos penitenciais: 6,32,38,51, 102,130,143 – exprimindo a confiança em Deus, no meio das aflições: 3,16,27,31, 54,56,57,61, 62,71,86 – exprimindo extremo desalento, mas não sem esperança: 13,22, 69,77,88,143. orações em tempo de terríveis desgraças: 4,5,11,28,41, 55,59,64,70, 109,120,140, 141,143. orações, quando há privação do culto público: 42,43,63,84. orações para pedir auxílio, pela consideração da justiça da causa: 7,17,26,35. orações em tempo de aflição e de perseguição: 44,60,74, 79,80,83,89, 94,102,129,137. orações de intercessão: 20,67,122,132,144. *veja Salmos eminentemente proféticos: 2,16,22,40,45,68,69,72,97, 110,118, sendo messiânicos na sua maior parte. Vi. Salmos históricos: 78,105,106. Diversas citações dos salmos, no N.T., referem-se a Jesus Cristo e à Sua obra. Eis uma lista dessas passagens: Sl. 2. Salmo messiânico: prediz as conquistas e a soberania do Filho de Deus, sendo citadas muitas vezes as palavras proféticas, em At 4.25 e 13.53, Hb 1.5 e 5.5, Ap 2.26,27 e 12.5. Na primeira destas passagens é atribuída a profecia a Davi pelos apóstolos. Ao Sl. 16, sobre a ressurreição do Santo, refere-se Pedro em At 2.27, e Paulo em 13.35. Sl 8.5,7: o homem, como senhor da Criação, é
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salmuna
hebraico: abrigo negado
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salomão
o terceiro rei de israel – décimo filho de Davi e o segundo que teve de Bate-Seba. o seu nascimento tinha sido anunciado nas palavras proféticas de Natã (2 Sm 7.12,13 – 1 Cr 22.8 a 10). Nasceu em Jerusalém, e pelo profeta foi chamado Jedidias ‘querido do Senhor’ (2 Sm 5.14 – 12.24,25). Quando Adonias, filho de Davi, sendo já seu pai mui velho, se levantou e disse ‘eu reinarei’ (1 Rs 1.5), Natã incitou a rainha Bate-Seba a que fizesse lembrar a Davi a sua promessa com respeito a Salomão. imediatamente procedeu Bate-Seba neste sentido, falando nas pretensões de Adonias a Davi, que, informado do que se passava, mandou a Zadoque e a Natã que fosse ungido rei o seu filho Salomão. os partidários de Adonias prontamente o abandonaram, mas Salomão não lhe fez então mal algum, mandando-o ir para sua casa (1 Rs 1.53 – 1 Cr 23.1). Mais tarde foi repetida a cerimônia da unção (1 Cr 29.22 a 25). Depois da morte de Davi (1 Rs 2.10), casou Salomão com uma filha do Faraó do Egito, trazendo-a para Jerusalém (1 Rs 3.1). Num sonho que teve, pediu a Deus que lhe desse sabedoria, recebendo então a promessa de abundantes bênçãos (1 Rs 3.5 a 15). A sua sabedoria, a sua piedade (1 Rs 3.16 a 28 – 5.5), o esplendor da sua casa, e a extensão do seu reino, espalharam longe a sua fama (1 Rs 10.1 a 13). Como tinha sido predito, foi ele que edificou o primeiro templo de Jerusalém (1 Rs 5.6 – 2 Cr 2 a 4), e um palácio para si – a Casa do Bosque do Líbano – um edifício para a rainha egípcia, sua mulher – o muro de Jerusalém, e várias cidades (1 Rs 3.1 – 7.1,2,8 – 9.15 a 19,24). Salomão e o seu povo gozaram de profunda paz durante o seu reinado, e em todos os seus domínios. Ele governou sobre todos os povos desde o Eufrates (e ainda mais para além deste rio) até ao Nilo. o seu exército era grande e achava-se bem equipado (1 Rs 4.26 – 10.26 – 2 Cr 1.14). De tal maneira ele protegeu o comércio que a Palestina se tornou rica, abundante em artigos de luxo (1 Rs 9.26 e 28 – 10.14,15,27 a 29). A sua casa tornou-se notável pela sua riqueza e esplendor (1 Rs 10.5 – cp. com Mt 6.29). Mas a prosperidade degenerou em voluptuosidade – a moral e a religião decaíram muito. Salomão tomou mulheres e concubinas em número de mil, havendo entre elas moabitas, amonitas, edomitas, sidônias e hetéias. E de tal modo foi o seu coração pervertido por essas mulheres que ele chegou a adorar os falsos deuses, como Astarote dos sidônios, Moloque dos amonitas, e Camos dos moabitas, aos quais edificou templos no monte das oliveiras (1 Rs 11.1 e 2 – Ne 13.26). os seus pecados trouxeram o castigo anunciado (2 Sm 7.14 – 1 Rs 11.9 a 13), e apareceram os inimigos (1 Rs 11.14 a 40), enevoando os seus últimos dias. Depois de ter reinado quarenta anos, morreu Salomão, sendo sepultado ‘na cidade de seu pai Davi’ (1 Rs 11.42,43 – 2 Cr 9.29 a 31). Três livros do A.T., Provérbios, Eclesiastes e Cantares, são atribuídos a esse rei. Jesus Cristo fez alusões à sabedoria de Salomão e à magnificência com que vivia (Mt 6.29 – 12.42 – Lc 11.31 – 12.27). (*veja Adonias, Bate-Seba, Templo.)
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salomão, pórtico de
No templo de Herodes havia uma colunata sobre cada um dos quatro lados da área do templo, tendo a do oriente aquela designação, ou porque fosse ainda alguma das construídas por Salomão, ou porque ainda ali existiam restos do primitivo edifício. Nesse mesmo lugar ensinou Jesus as Suas doutrinas (Jo 10. 23) – e foi também ali que Pedro e João e os apóstolos tiveram reuniões e falaram ao povo (At 3.11 – 5.12).
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salomé
l. Uma das mulheres que observaram a crucifixão (Me 15.40 – 16.1). Por uma comparação com Mt 27.56 parece que ela era a mulher de Zebedeu, sendo também possível, pela passagem de Jo 19.25, que seja a irmã de Maria, mãe de Jesus. (*veja Maria.) Foi ela quem pediu a Jesus lugares de honra para os seus filhos, no Reino dos céus (Mt 20.20). 2. A filha de Herodias 0lt 14.6 – Mc 6.22) era igualmente chamada Salomé.
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salomi
hebraico: paz
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salpicado
Manchar com pingos e salpicos
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saltério
instrumento de cordas para acompanhar a voz (Sl 33.2 – 144.9). Era uma espécie de alaúde, semelhante à viola, mas de forma triangular. o número das suas cordas variava, entre seis a doze. Eram colocadas sobre uma pele muito esticada, presa ao cavalete, e tocavam-se com os dedos, como a harpa (2 Sm 6.5 – 1 Rs 10.12).
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salú
elevação
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salum
Retribuição. 1. Filho de Jabes – matou Zacarias, o 14º rei de israel, e usurpou o seu trono. Depois de ter reinado um mês, foi ele próprio assassinado em Samaria por Menaém, 770 a.C. (2 Rs 15.10 a 15). 2. Guarda das vestiduras, e marido da profetisa Hulda (2 Rs 22.14 – 2 Cr 34.22). 3. Descendente de Jerameel (1 Cr 2.40,41). 4. Filho do rei Josias (1 Cr 3.15 – Jr 22.11). Também é conhecido pelo nome de Jeoacaz. (*veja esta palavra.) 5. Neto de Simeão (1 Cr 4.25). 6. Pai de Hilquias (1 Cr 6.12,13 – Ed 7.2). 7. Filho de Naftali (1 Cr 7.13). Em Gn 46.24 é Silém. 8. Levita, que foi chefe dos porteiros da porta oriental do templo (1 Cr 9.17,31 – Ed 2.42 – Ne 7.45). 9. Pai de Jeizquias (2 Cr 28.12). 10. Um porteiro do santuário (Ed 10.24). 11. Um dos filhos de Bani (Ed 10.42). 12. Filho de Halões. Foi governador de metade de Jerusalém, e com a ajuda dos seus filhos prestou auxilio na reparação dos muros da cidade (Ne 3.12). 13. Filho de Col-Hozé (Ne 3.15). 14. Tio do profeta Jeremias (Jr 32.7). É possível que seja Salum 2. 15. Um oficial que estava ao serviço do templo, no reinado de Joaquim (Jr 35.4).
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salumiel
hebraico: amigo de Deus
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salusa
hebraico: heroísmo
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salutar
Bom para a saúde; benéfico
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salvação
Livramento do perigo ou da morte; em sentido especial, livramento de tudo o que faz separação entre o homem e Deus (Tt 2.12).
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salvação, salvar, salvo
Estas palavrassão empregadas tanto no A.T. como no N.T. em mais de um sentido. Em muitos lugares a significação é salvar ou ser salvo de algum perigo o corpo ou a vida – mas no sentido religioso entende-se por aquelas palavras a salvação da alma, havendo direta ou implícita referencia à esperança messiânica ou à obra de Jesus Cristo. Deste modo, no A.T. ‘salvação’ e ‘salvar’ se usam acerca do livramento de um determinado perigo, como no caso dos israelitas, quando atravessaram o mar Vermelho (Êx 14.13, 3), e no de Jônatas (1 Sm 14.45) – e os mesmos termos são usados a respeito da vida individual e da vida dos animais (Gn 12.12 – Js 6.25 – 1 Rs 18.5). E, semelhantemente, quando se quer exprimir a segurança por motivo de firme livramento, pondo inteira confiança no Senhor, que é a Salvação personificada (Sl 3.8 – 35.9 – 62.2 – is 12.2 – Jr 33.16 – Mq 7.7 – Hc 3.8,18). Este livramento ou segurança é não só nacional (Sl 28.9 – is 25.9 – os 14.3), mas também pessoal (Sl 6.4 – 69.1), havendo em vista aquela redenção relacionada com a esperança messiânica (cp. com Lc 1.69,77). Nas páginas do N.T. se encontra igualmente em sentido lato a palavra salvar: numas passagens quer dizer livramento do perigo (Mt 8.25 – Jo 12.27 – At 27.20) – mas em muitas outras há referência ao estado de perdão e segurança, obtido para o homem por Jesus Cristo (Mt 1.21 – Lc 19.10 – Jo 12.47 – At 2.21 – 4.12 – 13.47 – 16.30 – Rm 5.9 – 1 Co 1.18 – 1 Ts 5.9 – Hb 5.9). Esta salvação é para o tempo presente e para o futuro, e acha-se em conexão com a fé no Salvador, quer se trate do imediato alívio do corpo, quer se tenha em vista uma significação mais profunda do termo (Lc 7.50 – 18.42 – At 16.30,31 – Rm 10.9 – 1 Co 1.21). E isto é objeto da livre disposição do Altíssimo, da Sua graça (Ef 2.5,8 – Tt 2.11). (*veja Expiação, Salvador.)
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salvador
Usa-se esta palavra no A.T. arespeito de Deus (2 Sm 22. 3 – Sl 106.21 – is 43.3 – 49.26 – etc.) – e, também, em relação aos homens libertadores (2 Rs 13.5 – Ne 9.27 – ob 21). Esse mesmo nome é aplicado aos juizes (Jz 3.9,15 – cp. com 2.16). No N.T. ‘Deus, meu Salvador’ (Lc 1.47), e nas epístolas pastorais de S.Paulo ‘Deus, nosso Salvador’ (1 Tm 1.1 – 2.3 – Tt 1.3 – 2.10 – 3.4 – como também em 2 Pe 1.1, e em Jd 25) referem-se a Deus como nosso Redentor em Jesus Cristo (cp. com 2 Co 5.19). Quanto ao seu emprego, falando do nosso Divino Mestre, leia-se o artigo Jesus Cristo. (*veja Salvação.)
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salvatore
Salvador
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salvífica
Que salva; que redime; redentiva; redentora.
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sama
aquele que ouvi
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sama-hararita
hebraico: que mora na montanha
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samai
desolado
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samais
hebraico: o Senhor ouve
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samal
hebraico: oferta pacifica do Senhor
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samara
Aquela que é guardada por Deus, protegida por Deus
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samaria
Torre de vigia. l. A provínciada Samaria compreendia primeiramente todo o território ocupado pelas dez tribos revoltadas, as quais se reuniram sob o governo de Jeroboão. Estendia-se desde Betel até Dã, e desde o mar Mediterrâneo até à Síria e Amom. Este território foi diminuído pela inclusão das tribos de Simeão e Dã no reino de Judá – pelas conquistas de Hazael (2 Rs 10.32), de Pul e Tiglate-Pileser (2 Rs 15.29 – 1 Cr 5.26), e finalmente pelas vitórias de Salmaneser (2 Rs 17.5,6). Depois deste último foi Samaria terra de completa desolação (2 Rs 17.23 – 21.13), sendo depois repovoada por estrangeiros durante os anos do cativeiro (2 Rs 17.24 – Ed 4.10). (*veja israel (Reino de). 2. A cidade de Samaria, capital das dez tribos, era uma praça forte, semelhante à de Jerusalém. Estava situada a meio caminho do Jordão ao Mediterrâneo, ao oriente da planície de Sarom, no alto de um monte oblongo, alcantilado de uma parte, e facilmente protegido pela outra. Foi edificada por onri, rei de israel, que comprou o monte de Samaria a Semer por dois talentos de prata (1 Rs 16.24). os reis empreenderam muitas obras na cidade de Samaria para a tornarem forte, bela, e rica. Acabe construiu uma casa de marfim (1 Rs 22.39) – e o profeta Amós descreve a cidade como sendo a sede do luxo e efeminação (Am 3.15 – 4.1,2). A vida de Acabe e a sua morte, e também o culto a Baal, acham-se relacionados com a cidade de Samaria (1 Rs 16.32 – 22.38 – 2 Rs 10.1 a 28 – 2 Cr 18). Foi ali que, o profeta Eliseu exerceu o seu ministério (2 Rs 5 – 6.1 a 20 – 7). Por duas vezes foi cercada a cidade de Samaria, mas sem resultado, pelos sírios (1 Rs 20.1 a 34 – 2 Rs 6.24 – 7.20), sendo tomada mais tarde, depois de um cerco de três anos. o assédio, principiado por Salmaneser iV, foi concluído por Sargom no ano 722 a.C. (2 Rs 17.5,6). os habitantes sofreram horrivelmente durante esse tempo, e esses sofrimentos acham-se descritos por oséias (10.4,8,9) – e Miquéias (1.6) diz que a cidade foi reduzida a um montão de pedras. Subjugada a cidade, mandou Sargom os seus habitantes para longe, estabelecendo-os em sítios que ficavam muito longe do país de israel. Em conformidade com a política dos conquistadores da antigüidade, Sargom e, mais tarde, Esar-Hadom, repovoaram Samaria com gente da Babilônia, de Cuta, e de outras províncias longínquas, sendo o seu fim certamente destruir os sentimentos nacionais entre os povos conquistados (2 Rs 17.24 – Rd 4.2). os cutitas reedificaram até certo ponto a destruída cidade, e, quando os judeus voltaram do seu cativeiro, foi ali residir um certo número deles com suas mulheres estrangeiras (Ed 4.17 – Ne 4.2). (*veja Samaritanos.) Samaria assim continuou, sem grandes mudanças, até que Aulo Gabínio, enviado de Pompeu, a reedificou no ano 60, mais ou menos. Permaneceu ainda como lugar insignificante até que Herodes a mandou novamente edificar, adquirindo essa cidade um esplendor ainda maior do que o de outros tempos, recebendo, então, o nome de Sebasta, que quer dizer Augusta, segundo o nome do imperador romano. Por vontade de Herodes foi aquela antiga povoação convertida em cidadela, maior do que tinha sido em qualquer tempo, e para mais a embelezar mandou aquele rei construir um magnífico templo, do qual apenas se podem ver hoje algumas ordens de arruinadas colunas. Estas ruínas acham-se na parte exterior da atual pequena vila de Sebastieh, que representa hoje a antiga capital dos reis de israel. Depende da presença ou da ausência do artigo grego, em At 8.5, o ser ou não ser a cidade de Samaria mencionada no N.T. Herodes morreu no ano 4 (a.C.), quando a Samaria fazia parte dos domínios de seu filho Arquelau. Segundo a tradição, foi João Batista sepultado em Sebasta, e como prova desse fato se mostram as ruínas de uma igreja com o nome do pregador do deserto. 3. A província de Samaria, nos tempos do N.T., estava situada entre a Judéia e a Galiléia (Lc 17.11) – era limitada ao norte pela série de montes que formam o limite meridional da planície de Esdrelom e ao sul pela fronteira setentrional de Benjamim. Foi atravessada por Jesus Cristo (Jo 4.4 a 43), e em parte muito cedo recebeu a luz do Evangelho (At 8.5 a 25).
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samarias
hebraico: Jeová tem conservado
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samaritanos
Seita antiga, e ainda hojeexistente entre os judeus, derivando o seu nome de Samaria, a cidade capital dos seus domínios. (*veja israel, israelitas.) Depois da queda de Samaria e do reino de israel, o conquistador Sargom levou a massa dos seus habitantes para a Assíria, sendo depois repovoados, em parte, os territórios dos israelitas por estrangeiros, vindos das regiões vizinhas do Tigre e do Eufrates (2 Rs 17). Estes e os israelitas, que tinham ficado na terra de israel, aliaram-se por casamentos recíprocos, tomando mais tarde o nome de samaritanos. o despovoado país tinha sido invadido por animais ferozes, tirando os idólatras desse fato a conclusão de que o ‘Deus do pais’ estava encolerizado. E, aterrorizados com essa idéia, mandaram pedir ao imperador da Assíria que lhes fosse mandado um sacerdote do Senhor, a fim de instruí-los sobre a maneira de prestar culto ao Deus de israel. Ao princípio a sua religião era de diferentes cores: ‘temiam o Senhor e ao mesmo tempo serviam aos seus próprios deuses’. Mas, depois das reformas introduzidas por Josias, reformas que se estenderam até Betel e aos distritos do norte (2 Rs 23.15 – 2 Cr 34.6,7), parece que o povo cedeu à destruição dos seus ídolos, aceitando nominalmente a religião israelita. Todavia, embora tivessem a mesma religião que os judeus, não tinham destes a sua estima, visto como eles se tinham servido de calúnias e de vários estratagemas para impedir a reedificação do templo de Jerusalém (2 Rs 17 – Ed 4.5,6). Depois do cativeiro, tendo principiado Neemias uma reforma na Judéia, deu-se o caso de alguns dos judeus, que tinham casado com mulheres pagãs, preferirem passar para os samaritanos a terem de repudiá-las. Um destes foi Manassés, filho do sumo sacerdote, o qual conseguiu que os samaritanos renunciassem a muitas das suas idolatrias, edificando sobre o monte Gerizim um templo, onde o culto se assemelhava ao de Jerusalém. (*veja Manassés, Neemias, Sambalá.) Mais tarde, quando o pais fazia parte do império grego, revoltaram-se os samaritanos contra o poder de Alexandre. Este expulsou-os de Samaria, reuniu-os com os macedônios, sendo dada a província aos judeus. Contribuiu esta circunstância em não pequeno grau para aumentar a animosidade entre os dois povos. Samaria tornou-se lugar de refúgio para os transgressores da lei judaica, que iam depois prestar culto ao Senhor no monte Gerizim. Quando prosperavam os negócios do povo judeu, nunca os samaritanos perdiam a ocasião de se chamarem hebreus, pertencentes à raça de Abraão. Mas quando os judeus eram atormentados com perseguições já os samaritanos não os reconheciam como sendo seus irmãos, declarando, então, que eram da raça fenícia, ou descendentes de José, ou de seu filho Manassés. os samaritanos mostravam ter interesse pela antiga aliança mosaica. A sua fé e práticas religiosas eram somente baseadas no Pentateuco, sendo inteiramente rejeitados os outros livros do cânon judaico. o seu templo, edificado no monte Gerizim, ali permaneceu até ao ano 109 a.C. Jesus distinguia os samaritanos das ovelhas perdidas da casa de israel, e dos gentios (Mt 10.5,6). Neste tempo o ódio entre eles e os judeus estava no seu auge (Lc 9.52,53 – Jo 4.9) – e até ao próprio Salvador chamavam samaritano, significando esta palavra tudo quanto era mau (Jo 8.48).
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sambalá
Um horonita de Horonaim, em Moabe (Ne 2.10,19 – 4.1,7 – 6.1 a 14). o chefe militar de Artaxerxes, monarca persa, o qual governava os habitantes de Samaria (Ne 4.2), na ocasião em que Neemias veio para Judá, encarregado de reedificar os muros de Jerusalém. Auxiliado por Tobias, o amonita, e por Gesém, o árabe, ele fez quanto pôde para inquietar e contrariar Neemias (Ne 2.19 – 4.7). A sua filha casou com um neto de Eliasibe. Tendo sido expulso do sacerdócio o seu genro, trouxe o fato em resultado nova perturbação com Neemias e com os judeus vindos do cativeiro. Ele e os seus filhos são mencionados nos papiros de 408 a.C., encontrados em Elefantina. (*veja Neemias.)
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sambalate
hebraico: o deus lua, sim deu vida
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sâmela
vestimenta
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sameque
15 letra do alfabeto hebraico
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samer
hebraico: para ser vigiado ou conservador
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samila
hebraico: vestimenta
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samir
ponta afiada
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samira
Companheira, amiga
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samoquias
hebraico: sustentado pelo Senhor
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samos
ilha próxima da costa ocidental da Ásia Menor, um pouco ao sul de Éfeso, afastada da praia cerca de 1,5km. Quando Paulo já estava de volta, na sua terceira viagem missionária, atravessou o estreito canal (At 20.15). A ilha é montanhosa, e esta sua característica explica o nome que tem (altura). Foi lugar de importância, que se tornou notável pelo culto prestado s Juno, como terra natal de Pitágoras, e pelo fato de terem os gregos derrotado a armada persa (479 a.C.), nesse mesmo estreito por onde S. Paulo passou.
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samotrácia
Pequena ilha, mas a certos respeitos conspícua, situada a noroeste do mar Egeu, tendo ali ancorado o navio do apóstolo Paulo durante a primeira viagem missionária (At 16.11). Samotrácia fica entre Trôade e Neápolis, sendo visível durante a viagem que se faz entre aqueles dois lugares. Foram diversos os seus nomes em diferentes períodos, sendo primeiramente chamada Dardânia, depois Leucânia, e por fim Samos. A sua principal cidade ficava na parte setentrional da ilha, onde também se via o ancoradouro. Embora tivesse apenas 27km de perímetro, era um estado livre. Chama-se hoje Samothraki. (*veja Paulo.)
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samua
famoso, célebre
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samuel
Nome de Deus, ou, menos provável, ouvir de Deus. Filho de Elcana e de Ana, sua mulher, sendo, como isaque, um filho de promessa (1 Sm 1). Antes do seu nascimento foi Samuel consagrado ao Senhor como nazireu, promessa esta que foi devidamente cumprida (1 Sm 1.24 a 28). o menino serviu ‘o Senhor, perante o sacerdote Eli’ (1 Sm 2.11). Usava a estola sacerdotal de linho branco, e todos os anos a sua mãe o visitava, trazendo-lhe uma pequena túnica (2.19). Finéias e Hofni, filhos de Eli, comportavam-se muito mal, sendo censurados pelo seu idoso pai (1 Sm 2.12 e seguintes). Veio, então, a palavra do Senhor a Samuel, anunciando que ia ser afligida a casa de Eli (1 Sm 3.11 a 14). Passados anos, já encontramos Samuel exercendo o alto cargo de juiz e governador. A arca tinha voltado das terras dos filisteus, e os israelitas, exortados por Samuel, puseram fora do seu culto a Baalim e Astarote, servindo somente ao Senhor. Continuando os filisteus nos seus ataques, intercedeu Samuel pelos israelitas, que derrotaram o inimigo. Para comemorar esta vitória, mandou Samuel levantar o monumento de Ebenézer. A sua casa era em Ramá, porém, na sua qualidade de juiz julgava a israel em ‘Betel, Gilgal, e Mispa’ (1 Sm 7). Depois de outro longo intervalo, reaparece Samuel já ancião, nomeando os seus dois filhos Joel e Abias, administradores da justiça em seu lugar (1 Sm 8.1). o mau procedimento destes juizes levou o povo a pedir um rei. Suplicando Samuel ao Senhor que o guiasse neste assunto, foi-lhe dito que resolvesse a questão segundo os desejos do povo – mas devia explicar aos israelitas os perigos que corriam, colocando um homem a governar as vidas e os bens da nação (1 Sm 8). Dirigido por Deus, ungiu Samuel a Saul como rei, e intimou o povo a comparecer em Mispa para escolher o seu dominador (1 Sm 9.10). Falando nobremente nessa reunião, ele defendeu os seus próprios atos de governo, avisou os israelitas a respeito dos seus deveres para com o Senhor, e prometeu a sua intercessão a favor deles (1 Sm 12). Quando Saul pecou, foi Samuel que lhe fez conhecer a censura divina (1 Sm 13.11 a 15). Sendo Saul rejeitado, ungiu Samuel a Davi (1 Sm 16.1 a 13 – 1 Cr 11.3). Parece que Samuel ficou sempre no exercício do seu cargo de juiz, apesar da nomeação de um rei (1 Sm 7.15) – mas é como profeta que geralmente se fala dele (1 Sm 10.11 – 1 Cr 9.22 – 26.28 – 29.29). Morreu, lamentado por todo o povo de israel, sendo sepultado em Ramá (1 Sm 25.1 – 28.3). A sua posição entre os israelitas nos é manifestada mais tarde, nas referências à sua personalidade e obra (Sl 99.6 – Jr 15.1 – At 3.24 – 13.20 – Hb 11.32). (*veja Saul.)
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samuel (livros de)
os dois livros de Samuel formavam, primitivamente, um só. Na versão dos LXX os livros de Samuel e os livros dos Reis foram considerados como constituindo uma só história, sendo os primeiros chamados respectivamente o Primeiro e o Segundo livro dos Reis. É incerta a sua autoria. os caps. 1 a 24 são atribuídos a Samuel, e também, em virtude do que se lê em 1 Cr 29.29, a Natã, o profeta, e a Gade, o vidente. E, por semelhantes referências às fontes (2 Cr 9.29 – 12.15 – 26.22), é provável que estes dois últimos fossem os autores das narrações respeitantes ao reinado de Davi (cp. com 1 Sm 22.5 – 2 Sm 7.2 a 17 – 12.1 – 24.11 a 14 – 1 Cr 21.11,12). outras possíveis fontes são ‘a história do rei Davi’ (1 Cr 27.24) – o livro dos Justos (2 Sm 1.18) – e a coleção, em que se descobre um forte elemento poético. o Cântico de Ana (1 Sm 2.2 a 10) é mais tarde desenvolvido no do Magnificat de Maria (Lc 1.46 a 55): profeticamente se refere a um rei que havia de vir, o ‘Ungido’, entrando deste modo na linha das passagens relativas ao Messias. Encontram-se nestes livros as elegias de Davi sobre a morte de Saul e de Jônatas, e sobre a de Abner (2 Sm l.17 a 27 – 3.33,34), mais aquela sua ode de triunfo sobre os seus inimigos (2 Sm 22 – Sl 18), e o último cântico do ‘mavioso salmista de israel’ (2 Sm 23.1 a 7). A matéria dos dois livros pode ser resumida da seguinte forma: 1º. Livro de Samuel. l. A conclusão dos tempos dos juizes, compreendendo o nascimento e a primeira fase da vida de Samuel – a maldade dos filhos de Eli, e a anunciação de ser julgada a família (1 a 3) – derrota dos israelitas – captura da arca – punição dos filisteus e livramento da arca (4 a 6) – arrependimento e livramento dos israelitas (7). 2. Principia a história da monarquia – o povo pede um rei (8) – designação e nomeação de Saul (9,10) – a vitória que Saul alcançou na guerra com os amonitas (11) – a fala que Samuel fez ao povo, resignando o seu cargo (12) – as guerras de Saul com os filisteus e amalequitas, a sua desobediência e rejeição (13 a 15). 3. Fim do reinado de Saul – e é designado Davi para ser rei. Um espaço de vinte a trinta anos separa esta parte do livro da precedente. A unção de Davi por Samuel (16) – a sua vitória na luta com Golias (17) – a perseguição que Saul lhe move, tendo ele de fugir para Ramá, Nobe, Gate, e Adulão (18 a 22.5) – a matança dos sacerdotes em Nobe (22.6 a 23) – Davi livra Queila, e retira-se para o deserto e para Gate (23 a 27) – os filisteus fazem novamente guerra aos israelitas – Saul e a pitonisa de En-Dor (28) – os príncipes dos filisteus despedem Davi, e este persegue os amalequitas (29,30) – os israelitas são derrotados pelos filisteus, morrendo no combate Saul e seus filhos (31). 2P Livro de Samuel. 1. os triunfos de Davi – e as suas lamentações a respeito de Saul e Jônatas (1) – é eleito rei, primeiramente de Judá, e depois é constituído rei de todo o povo de israel (2 a 4) – conquista da cidade de Jerusalém, e derrotas dos filisteus (5) – a condução da arca para Jerusalém (6) – o desejo que Davi tem de construir um templo, o pacto da misericórdia de Deus com ele, a sua oração, e ação de graças (7) – a subjugação dos filisteus, moabitas, sírios, amonitas, etc. (8 a 10). 2. As perturbações de Davi e as suas causas – o seu arrependimento e outros fatos – nestas descrições acha-se incluído o pecado de Davi a respeito de Urias, e a repreensão de Natã (11,12) – o pecado de Amnom, sendo este morto por Absalão (13) – rebelião de Absalão, terminando com a sua derrota e morte (14 a 19) – a revolta de Seba, e a sua repressão (20) – a vingança dos gibeonitas (21. 1 a 14) – batalhas com os filisteus (21.15 a 22) – salmo de Davi de ação de graças, e as suas últimas palavras (22, 23.1 a 7) – os seus principais homens de guerra (23.8 a 39) – a numeração do povo e subseqüente castigo, sua oração, e sacrifício (24).
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samute
desolação, ruína
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sana
hebraico: lugar de rabanhos
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sanador
Que torna são; cura, sara.
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sanar
Desfazer, resolver.
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sandália
Acha-se o termo somente em alguns lugares da Sagrada Escritura (Mc 6.9 – At 12.8) – mas a forma do sapato usado no oriente era, em geral, a de uma sandália: constava de uma sola de couro ou de madeira, atada aos pés por meio de correias (Gn 14.23 – is 5.27). Tiravam-se quando se entrava em uma casa, ou em um santuário (Êx 3.5 – Js 5.15 – Lc 7.38 – cp. com Êx 12.11 – Js 9.5 a 13). o filho pródigo voltou à casa paterna sem sandálias (Lc 15.22). indubitavelmente as sandálias eram diferentes conforme o seu preço (Cf Ct 7.1 – Ez 16.10 – Am 2.6 – 8.6). Merece referência especial o variado simbolismo, que se acha em relação com os calçados na Escritura. (1) Desatar as correias das sandálias (ou levá-las) parece ter sido um sinal de inferioridade, talvez o oficio do mais humilde escravo da casa (Mt 3.11 – Mc 1.7 – Lc 3.16 – Jo 1.27). (2) Sacudir o pó das sandálias significava repúdio, livrando-se a pessoa de responsabilidades (Mt 10.14 e lugares paralelos – Lc 10.11 – At 13.51). (3) A renúncia e a transferência dos direitos legais eram ratificados pelo ato de descalçar um sapato – e era uma espécie de segurança do contrato dá-lo à pessoa com quem se fazia a transação (Dt 25.10 – Rt 4.7,8). (4) Na curiosa bênção sobre Aser vem esta frase ‘o ferro e o cobre serão o teu calçado’ segundo algumas versões (Dt 33.25). (5) Em Ef 6.15 o guerreiro cristão deve ter os seus pés calçados ‘com a preparação do evangelho da paz’, como indivíduo desejoso de levar as boas novas a toda a parte. (Cp. com is 52.7).
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sândalo
Faz-se menção do almug em 1 Rs10.11 (almug em 2 Cr 9.10), o qual em grande quantidade veio de ofir, juntamente com ouro e pedras preciosas, nas naus de Hirão, para o templo e casa de Salomão, bem como para a fabricação de instrumentos musicais. A madeira não está bem reconhecida mas tem maior peso a opinião de que se trata do pau sândalo, que é duro, pesado, de fino aspecto, com uma bela cor de granada.
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sandices
Insensatez, tolices.
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sandoval
O verdadeiro que governa
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sandra
Defensora da humanidade
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sandro
Defensor da humanidade
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sandy
Arenoso
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sangar
Era filho de Anate, e libertou israel do jugo dos filisteus – e deste povo matou seiscentos homens com uma aguilhada de boi (Jz 3.31). Há, ainda, outra referência a Sangar, no cântico de Débora (5.6). Pelas palavras de 3.31 e 4.4 deveria parecer que o seu lugar na linha dos juizes é entre Eúde e Débora, mas não se acha mencionado em 4.1. o nome pode ser idêntico ao de Sangar, um rei heteu – e como Anate era uma deusa pagã, já tem sido conjeturado que Sangar teria sido da família dos heteus.
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sangar-nebo
hebraico: gracioso com Nebo
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sangue
Aparece pela primeira vez mencionado no caso do assassinato de Abel (Gn 4.10). Comer carne com sangue era coisa proibida (Gn 9.4), e essa proibição foi de um modo especial estabelecida na Lei (Lv 17.10 a 12), e tratada pela igreja cristã (At 15.20 a 29). o derramamento de sangue no sacrifício era ato freqüente no ritual hebraico. o uso de sangue na Páscoa (Êx 12.7 a 13) era o mais significativo destes atos, pondo o fato em relação com a obra de Jesus. Em Hb 9 a 10 são os antigos sacrifícios contrapostos ao ‘único sacrifício pelos pecados’, oferecidos por Jesus. Noutros lugares trata-se de um modo particular do sangue derramado na cruz do Calvário (e.g. Rm 5.9 – Ef 1.7 – Cl 1.20 – 1 Pe 1.19 – 1 Jo 1.7 – Ap 1.5). o termo sangue tem um certo número de significações secundárias. ‘Carne e sangue’ significa a natureza humana, contrastando com o corpo espiritual dado aos crentes (1 Co 15.50) ou quer dizer a humanidade em contraste com Deus (Gl 1.16). A causa ‘entre caso e caso de homicídio’ (Dt 17.8) envolvia pena capital, se o caso estava satisfatoriamente averiguado.
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sangue (vingador do)
Este vingador eraaquela pessoa que perseguia um homicida, e a quem, pela lei judaica, era permitido matar, a não ser que o derramador de sangue entrasse em qualquer das seis cidades de refúgio (Nm 35.11,12). (*veja Cidades de refúgio.) Essa permissão de vingança, concedida ao membro da família ofendida, era um costume próprio de povos não civilizados, ou semi-civilizados – e a rixa de sangue ainda hoje existe entre muitas raças.
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sanguessuga
Chupador. Em Pv 30.15 a sanguessuga é tomada como tipo de insaciável apetite. São vulgares na Palestina as bichas medicinais – as que se prendem à boca dos cavalos quando estes vão beber – e outras espécies.
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sanhedrin
Corte Suprema formada por 71 membros.
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sanlai
hebraico: pacifico
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sansai
hebraico: brilhante
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sansana
folha de palmeira
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sansão
Pertencente ao sol Filho de Manoá, da tribo de Dã, nascido em Zorá, sendo o seu nascimento miraculosamente revelado a seus pais (Jz 13). Foi nazireu (Jz 16.17). Casou contrariamente à lei (Êx 34.16 – Dt 7.3) com uma mulher filistéia, de Timna. Havendo matado um leão, quando ia para Timna (Jz 14.5 a 9), expôs um enigma, cuja explicação sua mulher correu a declarar aos filisteus. Tendo por esta razão de pagar uma certa quantia, ele matou e despojou trinta filisteus de Ascalom – mas a sua mulher foi dada pelo pai dela a outro homem (Jz 14.19,20). Para vingar-se, tomou Sansão trezentas raposas, e atando-lhes tições às caudas, largou-as nas searas dos filisteus, ficando destruídas as plantas. Continuou uma guerra de represálias (Jz 1õ), até que, atraiçoado por Dalila, foi Sansão preso pelos filisteus, que o cegaram, e o levaram para Gaza. Realizando-se uma festa em honra do deus Dagom, os filisteus, para se divertirem, conduziram o prisioneiro ao templo. Em certa ocasião do culto festivo conseguiu deitar abaixo o edifício, morrendo ele e grande número dos inimigos. os seus irmãos apoderaram-se do corpo, e o puseram na sepultura da sua família, entre Zorá e Estaol. Sansão foi juiz em israel pelo espaço de vinte anos (Jz 16). É classificado como um dos heróis da fé, em Hb 11.32,33.
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sanseis
Cidadãos americanos netos de emigrantes japoneses.
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sanserai
hebraico: guarda do Senhor
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santa convocação
Reunião de toda a comunidade israelita para adoração, celebração ou arrependimento coletivo.
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santidade
É por assim dizer o atributo essencial de Deus. Encerra a idéia de seu mistério, de sua glória e majestade, de sua bondade e fidelidade. O termo hebreu kadosh significa “separar”, é o ser absolutamente distinto, que inspira respeito e adoração, não conflitante com a confiança, sobretudo desde que Jesus se dirige sempre a ele como Pai e nos ensina a chamá-lo assim.
A santidade do homem consiste antes de tudo na posse da graça de Deus que o transforma em seu interior fazendo-o participar da santidade e do ser de Deus.
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santificação
As palavras do A.T. que se traduzem por santificação, santificar, e santo, implicam uma separação. o fato fundamental, indicado pelo uso destas palavras, é a santidade do próprio Deus. Ele é santo, é o Santo de israel (2 Rs 19.22 – Sl 71.22 – is 1.4), e é requerida a santidade em todos aqueles que são Dele (Lv 11.44,45 – 19.2 – 21.8 – Js 24.19 – Sl 22.3 – is 6.3). E da mesma forma tanto as pessoas como as coisas que estão associadas com o Santíssimo Deus, tendo sido separadas para o Seu serviço, adquirem uma relativa santidade. São pessoas, e coisas santas, estão santificadas. Estas mesmas palavras são do mesmo modo aplieadas ao sétimo dia (Gn 2.3 – Ne 8.11), ao lugar da sarça ardente (Êx 3.5), ao tabernáculo (Êx 29.44), a Arão e seus filhos (Êx 28.41 – Lv 8.30), aos seus vestidos (Êx 28.2), ao óleo da unção (Êx 30.25), à convocação (Êx 12.16), ao templo (2 Cr 7.16), ao jejum (Jl 1.14 – 2.15), etc. Este pensamento de separação mostra no A.T. que aqueles objetos e pessoas foram aprovados, quer dizer, santificados, como representando a operação do Espírito Santo dentro do homem (is 62.12 – Ez 37.28). No N.T. fala Jesus Cristo de Si próprio como sendo Aquele ‘a quem o Pai santificou’ (Jo 10.36), isto é, a quem o Pai consagrou, separou para a Sua obra de redenção – e a Si mesmo Se santificou para que os Seus discípulos fossem santificados na verdade (Jo 17.17,19). Todo o Seu ensinamento está em oposição às formas de justiça, expressas na exterior obediência à Lei. No ensino dos apóstolos a palavra santificar tem o sentido não somente de pôr de parte, ou consagrar (como no caso da mulher ou do marido incrédulo 1 Co 7.14), mas também o de purificação e direção do homem pela obra do Espírito Santo (Rm 15.16 – 2 Ts 2.13 – 1 Pe 1.2). os resultados desta obra são expostos por S. João nas palavras ‘andar na luz’ (1 Jo 1.7), ‘guardar os mandamentos’ de Deus (1 Jo 2.3) – e por S. Paulo nas expressões ‘agradar a Deus’ (1 Ts 4.1), ‘viver de modo digno do Senhor’ (Cl 1.10), ‘corações confirmados em santidade, na presença de nosso Deus’ (1 Ts 3.13), ‘aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus’ (2 Co 7.1), etc. (*veja Justificação, Santos.)
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santificar
Tornar sagrado, separar, consagrar, fazer santo. Nesta significação há pessoas, coisas e lugares santificados – e também o nome, o caráter, o poder, e a dignidade de Deus devem ser santificados, isto é, profundamente reverenciados como santos (Êx 20.11 – 40.9 – Mt 6.9 – Lc 11.2). (*veja Santos.)
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santo
hebraico: sagrado, separado; Latim: inocente, sagrado
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santo dos santos
Santuário interior tanto do tabernáculo quanto do templo do AT. Conservava a arca da aliança, símbolo da presença de Deus. Somente o sumo sacerdote tinha licença de entrar nele, e isso uma só vez no ano, no Dia da Expiação (Lv 16).
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santo lugar
Parte dos santuários israelitas (o tabernáculo e o templo) localizada no lado externo do Santo dos Santos. Conservava o altar do incenso, a mesa dos pães da proposição e o candelabro.
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santos
Esta palavra no A.T. representadas palavras hebraicas, significando uma delas (1) piedoso (Sl 30.4, e freqüentes vezes nos Salmos, e também em 1 Sm 2.9 – 2 Cr 6.41 – Pv 2.8) – e a outra (2) separado, aplicando-se o termo aos anjos (Sl 89.5,7), e aos homens (Dt 33.3 – cp. com o vers. 2 – Sl 16.3 – 34.9 – Dn 7.18, etc.). É esta última palavra, no seu equivalente grego, que no N.T. é adotada com uma designação característica da comunidade cristã (At 9.13 – Rm 1.7 – 1 Co 1.2 – 2 Co 1.1, etc.). E assim, por aquela expressão se indica, em primeiro lugar, a chamada e estado do crente cristão – e, em segundo lugar, as qualidades próprias do crente, as quais derivam de tão alto privilégio. A Escritura não autoriza, de nenhum modo, a limitação da palavra a pessoas de especial santidade. (*veja Santificação.)
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santuário
Lugar consagrado a Deus, e emprega-se o termo a respeito da Terra Prometida (Êx 15.17 – Sl 78.54), do tabernáculo (Êx 25.8 – 36.1), do lugar santo (Lv 4.6), do templo (1 Cr 22.19), da habitaçâo de Deus (Sl 102.19), e de um refúgio (is 8.14).
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saphira
Pedra preciosa de cor azul
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saquias
errante
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sara
Princesa. A mulher de Abraão (Gn 11.29), e, segundo o Gn 20.12, era também sua meia irmã. A respeito da sua vida, *veja Abraão. Ela morreu na idade de cento e vinte e sete anos, sendo sepultada na caverna de Macpela (Gn 11.29 a 23.20). É ela (Gl 4.22 a 31) o tipo da ‘Jerusalém lá de cima’. As suas excelências são recordadas em Hb 11.11 – 1 Pe 3.6.
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sarafe
ardente
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sarah
Princesa
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sarai
hebraico: livre
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saraiva
Granizo
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sarar
firme
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sarasar
o deus Betel proteja o rei
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sarça
’A sarça ardente’, em Êx 3.2, implica uma moita de silvas, embora esta planta não se encontre no monte Sinai. Pensa-se, portanto, como muito provável, que se trata no texto referido de uma moita de acácias. Em Gn 21.15 a palavra usada faz supor qualquer arbusto, crescendo a pequena altura – mas em is 7.19 significa os espinheiros que se vêem nas proximidades da água (Lc 6.44 – At 7.30). (*veja Espinhos.)
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sarcesim
sentido ignorado
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sardes
A antiga capital dos reis da Lídia, nas margens do Partolo, um afluente do rio Hermo – é hoje conhecida pelo nome de ‘Start’. Foi a sede de uma das sete igrejas da Ásia, as quais são dirigidas as cartas apocalípticas (Ap 1.11). A igreja de Sardes é censurada pela sua falta de religião vital – tinha um nome de vida, mas estava realmente morta (Ap 3.1 a 4). o lugar é hoje uma admirável aldeia no meio das ruínas de passadas grandezas, possuindo um caravançará, útil às caravanas que se dirigem da Pérsia a Esmirna, para negócio de seda.
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sárdio
Uma preciosa pedra cor de carne, a qual ocupava primacial lugar na primeira ordem do peitoral do sumo sacerdote (Êx 28.17 – 39.10). Achava-se, também, nas jóias usadas pelo rei de Tiro (Ez 28.13). Aquele que ocupa o trono celestial parece-se, segundo as palavras do Apocalipse (4.3), com a pedra jaspe e o sárdio. No Ap 21.20 ainda se faz menção desta pedra, como sendo uma das fundamentais da Jerusalém celestial. o sárdio (sardonix), uma espécie de ágata, era muitas vezes empregado para selar, estando o selo esculpido nessa preciosa pedra, que era escolhida pela sua dureza. Com essa qualidade se explica o seu uso no peitoral do sumo sacerdote. Algumas variedades apresentam uma cor amarelada.
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sareda
esfriando
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sarepta
Cidade portuária da antiga Fenícia, ao sul de Sidon. Nela o profeta Elias fez destacados milagres (multiplicação de farinha e azeite, ressurreição de um menino) (cf. 1Rs 17,7-24; Lc 4,25-26).
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sarete
hebraico: brilho
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sarezer
príncipe do fogo
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sargom
assírio: rei constituído
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saride
sobrevivente
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sarla
hebraico: estimado do Senhor
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sarmento
Rebentos novos de videira
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sarom
Terreno plano. Havia duas regiões de pastagens com este nome. A primeira é aquela planície entre as montanhas de Efraim e o mar Mediterrâneo, e entre o Carmelo ao norte e Jope ao sul. Foi este o Sarom que se tornou célebre pela sua beleza e fertilidade. E ainda conserva estas suas qualidades, encontrando-se na primavera adornado de rosas brancas e vermelhas, de narcisos, de cravos encarnados, e delírios brancos e cor de laranja. Nas suas pastagens se apascentaram as manadas do rei Davi (1 Cr 27.29). A beleza e a utilidade desses campos eram tais que a sua perda seria considerada como uma calamidade (is 33.9). Era Sarom simbólico da prosperidade (is 65.10) e do atrativo (Ct 2.1). É este a Sarona a que se refere o livro dos Atos (9.35). (*veja Palestina.) A segunda Sarom achava-se ao oriente do Jordão, e constava de terras de pasto de Gileade e Basã, onde os de Gade alimentavam os seus rebanhos (1 Cr 5.16).
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sarón
Planície com água abundante, da fertilidade proverbial, na costa do Mediterrâneo entre Jafa ou Jope e o monte Carmelo.
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sarona
hebraico: grande planície
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sarquim
sentido ignorado
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sarta
hebraico: bolo
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saruem
lugar agradável
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saruque
hebraico: um ramo ou firmeza
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sarva
hebraico: leproso
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sárvia
a perfumada com almácega
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sasai
hebraico: pálido
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sasaque
desejo
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sassabazar
adorador de fogo
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satanas
hebraico: adversário; grego: Satan
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sátiro
Monstro da mitologia grega, meio homem da cintura para cima, e para baixo meio cabra. Estes seres, segundo a crença popular, povoaram os lugares desertos – e parece que em diversas passagens escriturísticas são compreendidos sob o nome de bode, de demônios e de diabos (is 13.21 – 34.14 – Lv 17.7 – 2 Cr 11.15).
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sátrapa
Oficial que governava uma importante divisão do império Pérsa (Ed 8.36).
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sátrapas
Governadores das províncias persas.
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saturada
Farto, cheio, repleto: Saturado.
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saturnino
Referente a Saturno, deus romano do tempo
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saudação
Palavras de saudação são freqüentes vezes citadas no A.T., como ‘Senhor meu’ (Gn 19.18) – ‘Bendito do Senhor’ (Gn 24.31) – ‘Benditos sejais vós do Senhor’ (1 Sm 23.21) – ‘Paz seja contigo’ (Jz 19.20) – e note-se especialmente a elaborada forma: ‘Paz seja contigo, e tenha paz a tua casa, e tudo o que possuis tenha paz’ (1 Sm 25.6). No N.T. encontramos diversas saudações: ‘Salve, Mestre!’ (Mt 26.49) – ‘Salve!’ (Mt 28.9) – ‘Paz seja nesta casa’ (Lc 10.5) – ‘Paz seja conosco’ (Jo 20.21). Vejam-se também as saudações nas várias epístolas. Variavam os atos que acompanhavam as saudações. o ósculo era um antigo costume, que persistiu nos tempos do N.T. (Gn 33.4 – 45.15 – 50.1 – Le 7.45 – 15.20 – At 20.37 – 2 Co 13.12). Um cavaleiro apeava-se diante de um superior (Gn 24.64 – 1 Sm 25.23). Na presença dos reis era usual prostrarem-se as pessoas (1 Rs 1.53 – Et 8.3) – também Cornélio se ajoelhou diante de Pedro (At 10.25). o curvar-se alguém profundamente era sinal de muito respeito (Gn 23.7 – 42.6 – 1 Sm 24.8) – e o dobrar os joelhos era um ato de homenagem, que se usava na adoração (1 Rs 8.54 – Lc 22.41 – mas também era praticado às vezes pelos suplicantes (Mc 1.40 – 10.17 – 15.19).
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saul
Pedido. l. o primeiro rei de israel, da tribo de Benjamim, filho de Quia, um lavrador rico (1 Sm 9.1 – 14.51 – 1 Cr 8.33). Como o povo desejava ter um rei, foi Samuel levado a ungir Saul, sendo ele depois eleito por meio da corte (1 Sm 10.21). Habitou em Gibeá (1 Sm 10.26 – 14.2). Como os amonitas, comandados por Naás, a um pedido dos homens de Jabes-Gileade, lhes tivessem oferecido o desprezo e a escravidão, levantou Saul o exército de israel e foi defender os sitiados de Jabes, conseguindo derrotar completamente o inimigo (1 Sm 10.27 – 11.1 a 13). Por instigação de Samuel foi Saul proclamado rei perante o Senhor em Gilgal (1 Sm 11.14,15). Firmou os seus direitos, ganhando a confiança do povo com o resultado das suas campanhas militares contra os inimigos de israel (1 Sm 14.47 a ó2). Todavia, numa guerra com os amalequitas, ele salvou o rei e o melhor do seu despojo, sendo por esse fato censurado por Samuel, que o avisou, então, de que Deus o tinha rejeitado (1 Sm 15). Neste período de tempo tornou-se o caráter de Saul sombrio e melancólico. Foi quando um espírito maligno da parte do Senhor o atormentava (1 Sm 16.14), que ele teve ocasião de, pela primeira vez, ver Davi, um pastor que tocava harpa, e que por isso fora levado para o palácio com o fim de acalmar o rei (1 Sm 16.18). E foi grande o êxito alcançado (1 Sm 16.23). Estimou grandemente o rei a Davi, sendo essa sua afeição maior do que a que dedicava a seu filho Jônatas. Desde este tempo as histórias de Saul e Davi acham-se estreitamente entrelaçadas. o dom profético, que primeiramente se desenvolvera nele, desapareceu, para voltar somente uma ou outra vez, sendo assinalada a maior parte dos quarenta anos do seu reinado por manifestações de uma louca raiva, em que ele mostrava terrível ciúme (1 Sm 19.24 – 22.6 e seg. – 28.3 a 9 – 1 Sm 21.1 e seg.). Noutra disposição do seu espírito procurou ele em certa ocasião uma feiticeira para receber dela conselhos (1 Sm 28.3 e seg.). (*veja Feiticeira.) Após este fato, houve uma invasão de filisteus, sendo Saul vencido, perseguido, e seus filhos mortos. Esta última calamidade fez que o ferido rei procurasse a morte, caindo sobre a sua própria espada (1 Sm 31.1 a 6). A sua cabeça foi colocada no templo de Dagom, sendo pendurado o seu corpo nu e os dos seus três filhos, nos muros de Bete-Seã. No princípio da sua carreira tinha ele salvo o povo de Jabes-Gileade, condenado a morrer. Agora os moradores de Jabes foram de noite buscar os desprezados corpos, dando-lhes respeitosa sepultura (1 Sm 31.11 a 13). (*veja Davi, En-Dor, Samuel.) 2. o sexto rei de Edom (Gn 36.37,38 – 1 Cr 1.48,49). 3. E na forma Saulo a referência é a Paulo antes da sua conversão (At 7.58 – 8.1,3 – 9.1 e seg.). (*veja Paulo.)
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saulo
forma grecizada do hebraico Saul
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sausa
hebraico: morada ou habitação
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savé
planície
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save-quiriataim
hebraico: planície de Quiriataim
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sazonado
Amadurecido
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scheila
Ausência de visão
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schneur zalman de liadi
Fundador e primeiro Rebe de Chabad-Lubavitch (1745-1812), autor do Tanya.
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sea
hebraico: medida igual a 13 litros
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seal
suplica, pedido
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sealtiel
hebraico: pedi a Deus
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sear-jasube
hebraico: um resto voltara
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seara
Extensão de terra semeada; campo de cereais
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searias
hebraico: Jeová brotou como a alva, ou Jeová tem estimado
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seba
Sete. l. Um benjamita que se revoltou contra Davi (2 Sm 20.1 e seg.). (*veja Daei.) 2. indivíduo de Gade (1 Cr 5.13). 3. Cidade no território de Judá, a qual coube a Simeão (Js 19.2). É provavelmente o mesmo que Sema (Js 15.26).
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sebanias
quem Jeová edifica, faz crescer
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sebarim
brechas, ruínas
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sebastiana
Aquela que é venerada e reverenciada
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sebastiao
Aquele que é venerado e reverenciado
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sebate
o décimo-primeiro mês do ano judaico, principiando com a lua nova de fevereiro (Zc 1.7).
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sebe
Cerca feita de plantas
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sebeon
hebraico: muitas cores
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seber
hebraico: fratura
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sebetai
hebraico: pertencente ao sábado
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sebia
hebraico: veada
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sebna
Escriba ou secretário de Ezequias (2 Rs 18.18). Em certo tempo era administrador do palácio, mas foi degradado, contribuindo isaias para isso, pela sua despótica conduta e suas inclinações para a idolatria (2 Rs 18.26,37 – 19.2 – is 22.15 – 36.3,11,22 – 37.2).
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sebuel
cativo de Deus
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seca
É a sua duração desde o meado de maio até ao meado de agosto, sendo preservada a vegetação pelo orvalho (Ag 1.11).
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secaca
cercado
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secanias
Jeová é seu habitante
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secrom
hebraico: produtividade
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secrona
hebraico: embriaguez, ou produtividade
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secu
hebraico: torre de vigia
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secularismo
Doutrina que ignora os princípios espirituais na condução dos negócios humanos; materialismo, humanismo.
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secularista
Que segue os ensinos da sociedade que vive neste século.
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seda
Embora a seda seja somente três vezes mencionada na Bíblia, era ela bem conhecida na Terra Santa e países circunvizinhos, sendo importada do oriente no seu estado bruto. o método de separar os fios para formar um tecido fino empregava-se nesses tempos, ficando essa fazenda semelhante à moderna gaze. A seda era manufaturada e colorida em Tiro e Berito, misturando-se algumas vezes com outros materiais. (*veja Linho.) Era muito cara, valendo por vezes o seu peso em ouro. (Ez 16.10,13 – Ap 18.12.)
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sedana
hebraico: montanha
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sedecias
Deus é minha ajuda
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sêder
Cerimônia realizada na primeira e segunda noite de Pêssach.
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sedeur
jato, ou emissão de luz
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sedição
Revolta; sublevação; motim
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seerá
parentesco
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sefã
nudez
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sefamote
hebraico: retribuição
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sefão
hebraico: serpentes
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sefar
contagem
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sefarade
hebraico: apartado
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sefarvaim
Cidade, ou cidades da Assíria, de onde o rei assírio trouxe muitos cativos para repovoarem as cidades de Samaria (2 Rs 17.24,31) – acha-se identificada com Sipar, a cidade de Samos, o deus Sol. A Sefarvaim de 2 Rs 18.34 (is 36.19), e de 19.13 (is 37.13), pode ter sido a mesma ou outra cidade. Aquela cidade de Sipar, edificada sobre o Eufrates, é identificada com Sefarvaim por alguns críticos.
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sefatias
alguém que Jeová defende
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sefela
hebraico: terras baixas
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sefer
beleza, elegância
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sefete
hebraico: torre de vigilância
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sefi
hebraico: expectação
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sefirat haômer
Lit. “contagem do Ômer”; mandamento da Torá que específica contar 49 dias, do segundo dia de Pêssach (quando foi sacrificado um corban Haômer) até a véspera de Shavuot.
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sefo
hebraico: lisura
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sefon
hebraico: serpentes
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sefor
hebraico: passarinho
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séfora
avé
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sefra
hebraico: beleza, brilho
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sefufa
hebraico: serpente
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sega
Ceifa; cortar
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segar
Ceifar; cortar
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segor
hebraico: pequeno
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segube
hebraico: exaltado
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segundo
hebraico: o segundo
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seir
peludo, áspero
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seir, monte
Aspero. 1. Cordilheira quese estende desde o sul do mar Morto até ao braço oriental do mar Vermelho, em Eziom-Geber. Tem 160km de comprimento por 32km de largura. As suas rampas e vales foram primitivamente habitados pelos horeus (Gn 14.6 – 36.20 – Dt 2.12, 22). Por obra de Esaú o país se confundiu com o de Edom (Gn 32.3 – 33.14 – 36.8 – 36.20 – Dt 1.44 – 2.1 a 20,29 – Js 11.17 – 12.7 – 24.4 – 2 Cr 20.10). Aquele território, contudo, tinha sido gnteriormente invadido e assolado por Quedorlaomer, rei de Elão. o monte Seir foi evitado pelos israelitas, na sua larga peregrinação para a Terra Prometida (Dt 1.2 – 2.1 – 2 Cr 20.10). As duas nações estiveram aqui em conflito (1 Cr 4.42 – 2 Cr 20). Foi assunto de poéticas referências (Nm 24.18 – lìt 33.2 – Jz 5.4 – is 21.11 – Ez 25.8). A sua principal cidade era Petra. 2. Uma montanha na fronteira setentrional deJudá (Js 15.10). A sua situação era entre Quiriate-Jearim e Bete-Semes.
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seirá
cabra, local coberto de vegetação
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seita
Usava-se esta palavra a respeitodos saduceus (At 5.17), dos fariseus (At 15.5 – 26.5), dos cristãos, como nazarenos (At 24.5), e dos cristãos sem outro titulo (At 28.22). (*veja Heresia.)
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seixo
Pedregulho
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selá
Termo musical de significação incerta, ocorrendo setenta e uma vezes em trinta e nove salmos, e três vezes no salmo de Hc 3. Concordam muitos comentadores na idéia de que a palavra é derivada de uma raiz, que significa levantar, elevar. E será deste modo a sua significação: para cima, alto. É neste sentido diversamente interpretada: uma direção (1) aos tocadores para mais forte acompanhamento, tendo mesmo alguns críticos a opinião de que se trata somente da transliteração da palavra grega “Psalle”, ‘façam vibrar os instrumentos’ – (2) aos cantores para que continuem a elevar os seus corações e as suas vozes em louvor – (3) a toda a congregação para que se unam na bênção ‘Bendito seja o Senhor para sempre’, elevando as suas vozes nos seus louvores ao Senhor.
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sela-hamalecote
hebraico: pedra de escape
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selai
hebraico: recusador
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selaque
hebraico: armado
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selca
hebraico: firmemente
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selebim
hebraico: raposa
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selede
exultação
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selefe
hebraico: extração ou quebradura
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selemias
l. Um porteiro do tabernáculo(1 Cr 26.14). 2. (Ed 10.39). 3. (Ed 10.41). 4. Pai de Ananias (Ne 3.30). 5. Tesoureiro dos dízimos, nomeado por Neemias (Ne 13.13). 6. (Jr 36.14). 7. Filho de Abdeel, a quem Joaquim ordenou que prendesse Baruque e Jeremias (Jr 36.26). (*veja Joaquim.) 8. Pai de Jucal (Jr 37.3). 9. Pai de Jerias, que prendeu Jeremias (Jr 37.13).
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selena
Lua
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seleque
hebraico: abertura
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seles
hebraico: trio
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seletai
hebraico: sombra do Senhor
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selêucia
Porto do Mediterrâneo, sendo também uma das principais cidades da Síria, situada perto da foz do orontes. Paulo e Barnabé partiram deste porto quando efetuavam a sua primeira viagem missionária (At 13.4). o nome da cidade era derivado de Seleuco Nicator. Antioquia, cujo porto era Selêucia, estava cerca de 26km para o interior. Desde a sua fundação foi grande a sua importância, e mais de uma vez resistiu com êxito ao invasor. Nos tempos do Novo Testamento tinha obtido a sua liberdade pela valorosa resistência ao ataque de Tigranes.
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selêucida
Da dinastia selêucida; diz-se de ou membro de uma dinastia helenística que reinou na Ásia de cerca de 305 a 64 a. C.
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selma
Variante de anselmo, protegido pelo elmo divino
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selmon
hebraico: sombra, ou terraço
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selo
os selos eram geralmente usados como os anéis, ou no dedo, ou presos ao pescoço por um cordão. outros eram na forma de cilindros furados em todo o seu comprimento, sendo passados por cima do gesso ou outra substância para ficarem impressos. Geralmente eram feitos de pedra dura, ou preciosa, mas algumas vezes de louça ou de simples barro cozido. Exemplares de antigos selos e anéis-selos da Palestina claramente deixam ver que a arte de gravar em pedra havia passado provavelmente dos fenícios para os hebreus, numa primitiva data. A maior parte dos anéis-selos são simplesmente pedras ovais. Acontecia, muitas vezes, que o anel tinha simplesmente gravado nele o nome do possuidor. Existe um exemplar muito antigo que deve ter pertencido a um hebreu, por causa da antigüidade dos caracteres. Tem esculpidas estas palavras: ‘Pertencente a obadias, servo do rei.’ A respeito do uso dos selos nos tempos do A.T., vejam-se estas passagens: 1 Rs 21.8 – Et 8.8 – Jr 32.10 – Dn 6.17. o N. T. emprega muitas vezes a metáfora de ser o selo um sinal de validade e de determinação. *veja Jo 3.33 – 6.27 – Rm 4.11 – lõ.28 – 1 Co 9.2 – 2 Co 1.22 – Ef 1.13 – 4.30 – 2 Tm 2.19 – Ap 5 a 8 – 9.4, etc.
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selofade
hebraico: primeira abertura
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selomi
hebraico: pacifico
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selomite
1. Mãe do egípcio, cujo filhofoi apedrejado (Lv 24.11). 2. Filha de Zorobabel (1 Cr 3.19). 3. Um levita (1 Cr 23.9). Aqui é Selomote. 4. 1 Cr 23.18. 5. Tesoureiro do tabernáculo, nomeado no tempo do rei Davi (1 Cr 26.25,26,28). Também Selomote. 6. Filha (ou filho) de Roboão (2 Cr 11.20). 7. (Ed 8.10).
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selomote
hebraico: retribuição, perfeição ou pacifico
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selumiel
paz de Deus
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sem
Nome afamado. o mais velho dos três filhos de Noé (*veja esta palavra), Gn 5.32. Depois do dilúvio, ele e os outros membros da família de Noé tomaram parte no pacto com Deus (Gn 9.1 e seg.). Era ele, então, da idade de 98 anos, casado, mas não tendo filhos. Teve, depois disso, sete filhos, e Noé o abençoou por causa do ato filial, que vem narrado em Gn 9.20 e seg. Viveu até à idade de seiscentos anos. A sua posteridade habitou a Alta Ásia e a Média, estendendo-se desde o mar Mediterrâneo até à india. Foi de Arfaxade, o seu terceiro filho, que surgiu a nação eleita, e deste povo o Messias, no qual ‘todas as familias da terra haviam de ser abençoadas’.
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sema
hebraico: rumor, fama
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semaa
hebraico: fama, rumor
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semaate
hebraico: rumor
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semaias
o Senhor ouviu. 1. Profeta do tempo de Roboão. Estava este último na intenção de conduzir o seu exército contra o revoltado reino de israel, quando recebeu de Semaías o aviso divino de que não fizesse guerra aos seus irmãos (1 Rs 12.22 – 2 Cr 11.2). Apareceu de novo para animar Judá durante o cerco de Jerusalém, feito por Sisaque (*veja esta palavra), rei do Egito (2 Cr 12.5,7). Ele também escreveu a história do reinado de Roboão (2 Cr 12.15). 2. Descendente de Davi (1 Cr 3.22). 3. Pai de Sinri, e príncipe de Simeão (1 Cr 4.37). 4. Chefe da tribo de Rúben (1 Cr 5.4). 5. Um merarita (1 Cr 9.14 – Ne 11.15). 6. Um levita (1 Cr 9. 16). 7. Coatita, que auxiliou a transportar a arca desde a casa de obede-Edom (1 Cr 15.8,11). 8. Levita e arquivista do tempo de Davi (1 Cr 24.6). 9. Um coatita (1 Cr 26.4 a 7). 10. Um levita (2 Cr 17.8). 11. Filho de Jedutum (2 Cr 29.14). 12. Um levita (2 Cr 31. 15). 13. Chefe levita (2 Cr 35.9). 14. indivíduo que voltou com Esdras (Ed 8.13). 15. Mensageiro de Esdras (Ed 8.16). 16. Sacerdote, que casou com mulher estrangeira (Ed 10.21). 17. Certo homem que casou com uma mulher estrangeira (Ed 10.31). 18. Reparador da muralha (Ne 3.29). 19. Adversário de Neemias (Ne 6.10). 20. Um sacerdote (Ne 10.8). 21. Um cooperador de Neemias (Ne 12.36). 22. Músico que deu graças, no ato da dedicação das muralhas (Ne 12.42) 23. Pai de Urias (Jr 26.20). 24. indivíduo que provocava hostilidade a Jeremias (Jr 29.24). 25. Pai de Delaías (Jr 36.12).
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semana
A divisão do tempo em semana baseia-se na Bíblia, por motivo da instituição do sábado (Gn 2.2) – mas, sem dúvida, tem alguma relação com as fases da Lua. (*veja Tempo.) Sob a designação de ‘sete dias’, o termo acha-se já mencionado no tempo do dilúvio (Gn 7.4,10 – 8.10,12, e pelo seu usual nome de Shabua em Gn 29. 27,28). os dias da semana eram numerados – dizia-se o primeiro dia, o segundo, o terceiro, o quarto, o quinto, o sexto e o sétimo, que era o sábado ou o dia de descanso. Pela circunstância de ser o sábado o principal dia da semana, era todo o período de sete dias chamado algumas vezes Shabat, talvez mesmo no hebreu do A.T. (Lv 23.15 – 25.8) – em siríaco Shabbtha – e no N.T. Sabbaton, Sabata (Mc 16.2,9 – Lc 24.1 – Jo 20.1,19). Além da semana de dias, tinham os judeus três outros períodos de tempo, denominados ‘semanas’ (Lv 25.k a 17 – Dt 16.9,10). A semana de semanas era um período de sete semanas ou 49 dias, após os quais vinha o qüinquagésimo, o dia de Pentecoste, em que se celebrava a ‘festa de Semanas’. (*veja Festa, Pentecoste.) A semana de anos era um período de sete anos, no último dos quais não se cultivava a terra, gozando o povo um sábado, uma estação de descanso. A semana de 49 anos era a semana sabática, sendo o ano seguinte o do jubileu (Lv 25.1 a 22 – 26.34). (*veja Jubileu.) Depois da ressurreição de Cristo principiou a ser observado pelos cristãos o dia seguinte ao sábado judaico, e pouco a pouco ficou esse dia considerado o sábado cristão, atualmente chamado domingo, isto é, o dia do Senhor (At 20.7 – 1 Co 16.2). (*veja Sábado.)
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semaquias
hebraico: Jeová sustenta ou tem sustentado
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semarias
a quem Jeová guarda
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semeber
hebraico: nome que voa ou resplendor de heroísmo
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semede
hebraico: destruição
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semei
hebraico: famoso
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semequias
a quem Jeová sustenta
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semer
hebraico: borra de vinho ou para seu guardado
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semes
hebraico: casa do sol
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semida
fama de sabedoria
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semiramote
o mais alto nome
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semita
Indivíduo dos semitas, família etnográfica e lingüística, originária da Ásia ocidental, e que compreende os hebreus, os assírios, os aramaicos, os fenícios, os árabes.
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sempiterno
Que não teve princípio nem terá fim; eterno
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semuel
hebraico: pedido de Deus
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senaa
hebraico: espinhoso
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senada
hebraico: montanha
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senan
hebraico: lugar de rebanhos
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senaqueribe
Sin (o deus Lua) tem multiplicado os seus irmãos. Filho e sucessor de Sargom, rei da Assíria, que subiu ao trono em 705 a.C. Educado no esplendor do palácio, com todas as comodidades, Senaqueribe esteve longe de patentear as virtudes de seu pai. Era fraco, arrogante e cruel – e se pôde conservar o seu império, foi unicamente com o auxílio dos veteranos e dos generais adestrados por Sargom. No seu segundo ano de imperador foi ele obrigado a dominar uma insurreição, por meio da qual Merodaque-Baladã se tinha apoderado da Babilônia. No ano 701 a. C. invadiu a Fenícia e a Palestina porque Ezequias, rei de Judá, e outros reis vizinhos, se recusaram a pagar o tributo (2 Rs 18.13 a 16). Existe uma narração desta campanha, inscrita em um monumento comemorativo, com as próprias palavras de Senaqueribe, segundo o costume do tempo: ‘Tirei do seu posto e mandei para a Síria a Zedequias, rei de Ascalom, que não tinha submetido ao meu poder a sua própria pessoa, os deuses da casa de seus pais, a sua mulher, os seus filhos, as suas filhas, os seus irmãos, toda a descendência da casa de seus pais. E pus à frente dos homens de Ascalom a Saludari, o filho de Rukipti, que tinha sido seu rei, obrigando-o ao pagamento do tributo – e fiz que lhe fosse prestada a homenagem devida à sua majestade, e ele ficou vassalo. No decurso da minha campanha pude tomar Bete-Dagom, Jope, Bene-Beraque, e Azur, as cidades de Zedequias, que não tinham querido submeter-se imediatamente ao meu jugo, e levei comigo o despojo dessas povoações. Então revelaram grande temor na sua alma os sacerdotes, os homens principais, e o simples povo de Ecrom, que haviam prendido com cadeias o seu rei Padi, pelo fato de este mostrar fidelidade ao império da Assíria, e o tinham entregado a Ezequias, o judeu, que o mandou lançar como inimigo numa escura masmorra. Em socorro desta gente foi o rei do Egito com os seus besteiros, carros de guerra, cavalos do rei da Etiópia, constituindo tudo isto uma força poderosa. Perto da cidade do Elteque foram formadas as tropas em ordem de batalha. Eu, tendo toda a confiança em Assur, meu senhor, combati-os e derrotei-os… Apoderei-me das cidades de Elteque e Timna, levando os seus despojos. Marchei depois contra a cidade de Ecrom (*veja esta palavra), e mandei matar os sacerdotes e os homens principais que tinham cometido o pecado de rebelião, sendo os seus corpos pendurados em estacas por toda a cidade ao redor. Considerei como presa os cidadãos que tinham procedido mal – quanto ao resto da população que não tinha praticado pecado ou crime, eu, não achando neles falta alguma, fiz a declaração de que estavam perdoados. o rei Padi que eu tinha trazido de Jerusalém, sentei-o no trono real seu imperante… Quanto a Ezequias de Judá eu o cerquei, pois não se tinha submetido ao meu poder, e tomei quarenta e seis cidades, e fortalezas, entre as mais fortes do seu reino, e inumeráveis cidades pequenas, que dependiam daquelas, batendo as muralhas com os aríetes, e auxiliando o assalto outras máquinas de guerra. Eu trouxe de lá cativas 200.150 pessoas de todas as classes, e de ambos os sexos, e além disso cavalos, mulas, jumentos, camelos, bois, e inumeráveis carneiros. o próprio Ezequias conservei fechado em sua real cidade, como um pássaro na gaiola… E reduzi os seus domínios… os tributos foram aumentados. o temor pela grandeza da minha soberania oprimiu a sua alma. E mandou após mim o seu embaixador à minha real cidade de Nínive, para me entregar como presente e como tributo… oitocentos talentos de prata… um vasto tesouro (de enumerados artigos), sendo-me prestadas as devidas homenagens.’ Nesta narração da sua campanha nada diz Senaqueribe, por prudência, acerca do desastre do seu exército diante de Jerusalém (2 Rs 19). Mas refere-se ao tributo que Ezequias lhe ofereceu em Laquis, quando este procurou afastar por dinheiro o ataque assírio, e assim fez ver com essa referência o bom êxito da guerra. Todavia, os 800 talentos de prata não são exagerados, visto que eram equivalentes aos 500 (2 Rs 19), calculada esta quantia segundo o valor do dinheiro em Nínive. A destruição do exército de Senaqueribe em resultado de uma pestilência, que causou a morte de 185.000 homens, libertou a Palestina do seu poder. E durante o resto do seu reinado ele absteve-se de qualquer outro ataque. (Com respeito à narração bíblica deste fato, vejam-se e comparem-se as passagens 2 Rs 18,19 – 2 Cr 32 – is 36,37). No ano 700 a.C., teve Senaqueribe de tomar de novo as armas, para abafar uma revolta no seu próprio território. Essa revolta foi seguida de um combate na cidade de Babilônia, sendo depois nomeado vice-rei o seu filho mais velho Assurnadin-Sumi. Este último, contudo, foi mais tarde levado cativo pelos elamitas, que tinham invadido o país afrontando o poder assírio por quatro anos – mas foram batidos na decisiva batalha de Khalule. No ano seguinte Senaqueribe tomou Babilônia, subjugando-a a ferro e fogo, e sendo depois os seus habitantes vendidos como escravos – após este fato as águas do canal de Araxes inundaram a cidade arruinada. Passou o resto da sua vida ocupando-se, principalmente, na construção de canais e aquedutos, e na reedificação do seu suntuoso palácio em Nínive. Na verdade, embora deixasse para os seus generais a direção das guerras, ele foi realmente um grande edificador. o seu palácio, abrangendo uma área de oito geiras, estava embelezado de finas esculturas e inscrições, muitas das quais ainda hoje se podem ver. Foi assassinado, no ano 681 a.C., pelos seus dois filhos mais velhos, Adrameleque e Sarezar, enquanto estava em adoração ao seu deus (2 Rs 19.37 – is 37.38). (*veja Babilônia, Ezequias, Nínive.)
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senazar
grego: folha de palmeira; persa: Deus lua, valei
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senda
Caminho estreito; vereda.
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sene
hebraico: exaltado
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senear
hebraico: espalhado
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senem
hebraico: moita de espinho
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senezer
hebraico: folha de palmeira
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senhor
o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13.3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1.20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5.19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15.22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8.21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8.6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2.29 – At 4.24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)
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senhor (a oração do – ou a oração dominical)
AL). É o nome dado primitivamente às petições, que foram ensinadas por Jesus Cristo aos Seus discípulos, em resposta ao pedido (Lc 11.2 a 4). Mais tarde foi introduzida a oração dominical no Sermão da Montanha (Mt 6.9 a 13). Embora se ache um paralelo para cada petição nos escritos judaicos, oração assim disposta é absolutamente singular.
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senhor (dia do), dia do senhor
(Domingo). Essa expressão somente se encontra no Ap 1.10. Sendo a opinião cristã fortemente inclinada a considerar este texto uma referência ao dia de descanso semanal e de culto, pensam, contudo, alguns que a frase significa o grande ‘Dia do Senhor’. Ao primeiro dia da semana, repetidas vezes se refere o N.T. (Lc 24.1 – Jo 20.1,19 – 1 Co 16.2 – etc.) – e a expressão ‘o dia do Senhor’ marca a transição para o uso da palavra domingo, que, desde inácio em diante parece ser o reconhecido título de uma festa cristã. o primeiro dia da semana tinha entre os pagãos o nome de ‘dia do Sol’ – e esse dia é reconhecido por Justino Mártir, na sua Apologia (150 d.C. mais ou menos): porquanto se refere às assembléias e aos serviços religiosos que os cristãos efetuavam no ‘dia do Sol’. A mesma terminologia também se encontra num edito do imperador Constantino (321 d.C.). As duas designações, dia do Senhor e dia do Sol, se acham num edito de Graciano (386 d.C.). A guarda do primeiro dia da semana, como sendo o dia do Senhor, acha-se indicada em 1 Co 16.2 (*veja At 20.6,7) – e esse dia ficou sendo considerado de descanso, em comemoração da ressurreição de Jesus Cristo.
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senhor dos exércitos
É importante lembrar que a palavra Senhor representa nesta expressão, o nome de Jeová, sendo Jeová Sabaoth o título hebraico, que parece ter sido abreviado da primitiva forma – Jeová, Deus de Sabaoth (Am 3.13). A palavra Exércitos (Sabaoth) tanto pode significar os corpos celestiais (Dt 4.19), como os seres angélicos (1 Rs 22.19), ou ainda um exército terrestre (1 Sm 17.45). Pode alguém imaginar que na sua origem um exército terrestre sugeria um celestial, mas somos também levados a discutir se a referência ‘celestial’ não é mais antiga, como sendo empregada antes de israel ter algum exército – porquanto no sacrifício babilônico, o deus Lua era chamado o ‘Príncipe dos deuses’, e Nebo ‘o condutor dos exércitos do céu e da terra’. Raras vezes se encontra a frase em outros lugares, que não sejam as palavras ou os escritos dos profetas, homens que, pela maior parte, tinham uma vista mais larga dos soberanos poderes de Deus do que os sacerdotes e governadores.
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senhor, temor do
Atitude de reverência ou de adoração na presença de Deus – mais de humildade e respeito do que de sobressalto e pavor (Pv 1.7).
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senir
pontiagudo
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sensato
Prudente; moderado; providente; precavido
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sensena
hebraico: folha de palmeira
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senso
faculdade de apreciar, de julgar de sentir
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sensorial
Pertencente ou relativo à sensação
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sensualidade
Luxúria; libertinagem; devassidão; perversão de costumes
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sentença
Mensagem ou proclamação da parte de Deus. O termo em geral transmite a idéia de notícias ou condenação indesejadas.
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senua
hebraico: luz
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seol
A derivação desta palavra hebraica, é incerta. Duas teorias tem sido colocadas: primeiro, seol significaria interrogar, perguntar; e segundo, seol significaria o oco ou lugar mais profundo. No Velho Testamento, Seol significa “lugar dos mortos.” A palavra Seol, aparece em outros textos Bíblicos com outros sentidos, mas primariamente, significa lugar dos mortos.
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seom
hebraico: escova
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seorim
hebraico: cevada
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septuaginta
Quer dizer 70 em latim e é o nome dado à tradução do Antigo Testamento hebraico para o idioma grego feita por 72 anciãos judeus por volta do séc. II..
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sequias
hebraico: habitar
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sequidão
Secura, desinteresse, frieza.
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sequioso
Extremamente desejoso; cobiçoso, ávido.
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sera
abundância
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serafim
Uma ordem de anjos, somente mencionada na visão de isaías (6.2,6). São descritos como seres humanos na sua forma, mas com seis asas, conservando-se em lugar superior ao do Senhor. Clamava um para o outro, dizendo: ‘Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos – toda a terra está cheia da Sua glória.’ Humilhado o profeta diante da visão do Ser Perfeito, um serafim voou para ele com uma brasa viva, tirada do altar, e com essa brasa ardente tocou os lábios de isaías, para o limpar do seu pecado. É possível que o nome signifique ‘seres ardentes’, num sentido ativo, com referência à função de purificar, como por meio do fogo, aqueles a quem foram enviados. (*veja Anjo.)
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seraias
1. Um escriba (2 Sm 8.17). 2. rimeiro sacerdote de Jerusalém, quando esta cidade foi tomada por Nabucodonosor (2 Rs 25.18 – 1 Cr 6.14 – Ed 7.1 – Jr 52.24). 3. Filho de Tanumete (2 Rs 25.23 – Jr 40.8). 4. irmão de otniel (1 Cr 4.13,14). 5 Um simeonita (1 Cr 4.35). 6. Sacerdote que voltou com Zorobabel (Ed 2.2 – Ne 10.2 – 12.1,12). Em Ne 7.7 é Azarias. 7. Sacerdote que, já depois do exílio, foi chamado ‘príncipe da casa de Deus’ (Ne 11.11,12). 8. Jr 36.26. 9. Filho de Nerias. Jeremias mandou-o a Babilônia com a sentença escrita daquela cidade, sendo ensinado a lançar o papel no rio Eufrates, a fim de, com esse ato, fazer ver que do mesmo modo se afundaria Babilônia para nunca mais se levantar (Jr 51.59 a 61).
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serebia
calor de Jeová
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serebias
hebraico: Jeová fez tremor ou libertação do Senhor
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serede
temor
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seres
hebraico: raiz ou renovo
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serete
hebraico: brilho
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sergio
hebraico: uma rede, latim: servo ou escravo
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sérgio paulo
*veja Paulo (Sérgio), Elimas.
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serôdia
Depois do tempo; oportuno; tardio
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serôdio
Que vem tarde; tardio
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serom
hebraico: nobreza
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serpente
Têm sido encontradas umas trinta espécies de serpentes na Palestina, muitas das quais são altamente venenosas. Pela primeira vez é a serpente mencionada em Gn 3.1,13, onde se diz ser ela mais sagaz do que todos os animais selvagem s. As perigosas propriedades da classe serpente acham-se mencionadas no Sl 58.4: ‘Têm peçonha semelhante à peçonha da serpente’, e também em Dt 32.24 e Pv 23. 32. Parece, em algumas passagens, afirmar-se que o veneno reside na língua (Jo 20.16 – Sl 140.3), em vez de ser atribuído à mordedura, como corretamente se acha indicado em Nm 21.9 e Pv 23.32. Ao hábito que têm as serpentes de se ocultarem, refere-se o livro do Eclesiastes (10.8), e o do profeta Amós (5.19). A maneira particular do seu caminhar é considerada como maravilhosa em Pv 30.19. Em is 59.5, a expressão ‘chocam ovos de áspide’ mostra que era bem conhecido o fato de serem as serpentes animais ovíparos (cp. com 34.15). E ao ato de se domesticarem e serem encantadas as serpentes há referências em Sl 58.5, Ec 10.11, e Jr 8.17. Jesus uma vez aludiu à prudência tradicional da serpente (Mt 10.16).
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serpente de bronze
As serpentes que atacaram os hebreus no deserto pertenciam, provavelmente, à classe dos áspides e das víboras, visto como a ardente inflamação da sua venenosa mordedura se descreve como sendo causada pelo fogo (Nm 21.6). A serpente de bronze levantada por Moisés, por disposição divina, foi depois indicada por Jesus como sendo o símbolo do levantamento do Filho do homem (Jo 3.14). Com certeza não tinha aquela serpente de metal virtude para operar a cura, mas, na grande fé de ser libertado do seu mal, olhava para ela o israelita, e não morria. Mais tarde fez-se da serpente de bronze um uso supersticioso, sendo por esse motivo destruída por Ezequias (2 Rs 18.4). (*veja Neustã.)
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serra
As serras dos antigos eram feitas de bronze, e mais tarde de ferro. Eram de lâminas direitas, com uma só ou duas, sendo colocado a prumo o objeto para ser serrado e o corte feito para baixo. A sua forma não diferia muito dos serrotes comuns do nosso tempo. Sabemos que a pedra era cortada com serras, pois que se faz menção da pedra cortada para o templo (1 Rs 7.9). A serra era também empregada como instrumento de tortura, ou de morte (1 Cr 20.3 – cp. com Hb 11.37). o ato de Davi em 2 Sm 12.31 indica trabalhos forçados.
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sertã
Frigideira larga de fundo raso
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sertãs
Frigideira larga de pouco fundo
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serugue
rebento
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seruque
hebraico: rebento
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servo
Por esta palavra se traduzem duas palavras hebraicas, que ocorrem freqüentemente no A.T., e que significam rapaz, pessoa de serviço, ou um escravo. A palavra é, algumas vezes, empregada a respeito de pessoas humildes (Gn 32.18,20), e também com relação a altos oficiais da corte (Gn 40.20 – 2 Sm 10.2,4). Uma terceira palavra implica aquele que está às ordens de alguém para o ajudar (Êx 33.11). Mas, pela maior parte das vezes, no A.T., trata-se de um escravo. De igual modo, no N.T., a palavra ‘servo’ aparece como tradução das indicadas palavras hebraicas, significando criada da casa (como em Lc 16.13), ou um rapaz (como em Mt 8.6), ou ainda um agente (como em Mt 26.58) – mas na maioria dos casos o termo refere-se a um escravo (Mt 8.9, etc.). Esta palavra aplicavam-na os apóstolos a si mesmos, como sendo os servos de Deus (At 4.29 – Tt 1.1 – Tg 1.1) e de Jesus Cristo (Rm 1.1 – Fp 1.1 – Jd 1). (*veja Escravidão.)
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servo do senhor
Fala-se de diversas pessoas no A.T., como servos de Deus: Abraão, isaque, e Jacó (Dt 9.27), Moisés (Js 1.2), Josué (Js 24.29), isaías (20.3), Jó (1.8), e até Nabucodonosor (Jr 27.6). Aquela expressão também se aplicava ao povo de israel, ao qual se dava, algumas vezes, o nome de Jacó, como povo escolhido de Deus (is 41.8 – 42.19 – Jr 30.10 – Ez 28.25). Há, ainda, quatro passagens, nas quais aquela designação tem um sentido mais profundo. Estas são: is 42.1 a 4 – 49.1 a 6 – 50.4 a 9 – e 52.13 a 53.12. Alguns críticos querem somente identificar este Servo com o israel ideal. o povo de israel foi chamado para ser o servo de Deus (Dt 10.12,20) – e, embora por Ele castigado pelos seus pecados, não foi rejeitado (Rm 11.1 – cp. com 11.29) – ficou ainda uma ‘semente santa’ (is 6.13), um ‘remanescente’ (Rm 11.5). Até aqui, a identificação apresenta-se natural. Mas em is 49.5,6, o Servo tem lugar especial, e é notável a sua missão para com israel, mas é rejeitado (is 53). No cumprimento desse dever sublime é atingida a mais alta concepção do Servo do Senhor – e foi este Servo o próprio Jesus, que cumpriu na Sua pessoa a predição do cap. 53 de isaías, oferecendo ‘um único sacrifício pelos pecados’ (Hb 10. 12). (*veja isaías (Livro de.))
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sesa
hebraico: lírio
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sesai
hebraico: alvacento
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sesan
hebraico: lírio
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sesaque
persa: confusão
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sesbazar
persa: adorador de fogo
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setar
hebraico: uma estrela
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setar-bozenai
hebraico: uma estrela resplendente
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sete
o uso do número sete sugere-nos considerações particulares a seu respeito. Pela primeira vez aparece na narrativa da criação (Gn 2.1 a 3), e acha-se na lei com relação às festas (Êx 2. 15 – Lv 25. 8 – Dt 16. 9), e à consagração de sacerdotes e altares (Êx 29.30,35,37), ao estado da pessoa imunda (Lv 12.2), ao espargimento de sangue (Lv 4.6), e de azeite (Lv 14.16). Com respeito a pessoas em número de sete notam-se: filhos (Rt 4.15 – 1 Sm 2.5 – Jr 15.9 – At 19.14), conselheiros (Ed 7.14 – Et 1.10,14) – donzelas (Et 2.9) – homens de sabedoria (Pv 26.16), homens necessitados (Ec 11.2), mulheres (Ap 8.2), espíritos (Ap 1.4), demônios (Mc 16.9). Coisas em sete: animais (Gn 7.2), vacas e espigas de trigo (Gn 41.2 a 7), altares (Nm 23.1) colunas (Pv 9.1), correntes de água (is 11.15), varas e tranças (Jz 16.7,13), olhos (Zc 3.9), estrelas (Am 5.8), selos (Ap 5.1) etc. Sete vezes, em algumas passagens, é a inclinação (Gn 33.3), o castigo (Lv 26.18,21), o louvor a Deus (Sl 119.164), o pagamento (Pv 6.31), o perdão (Mt 18.22). Fazia-se, também, uso do número sete como número redondo (Jó 5.19, etc.), e como sete vezes mais, no sentido de inteiramente (Gn 4.15).
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sete leis de nôach
São sete leis dadas por D-us que devem ser cumpridas por todos os povos: 1) Não praticar a idolatria. 2) Não blasfemar contra D-us. 3) Não matar. 4) Não seqüestrar nem roubar. 5) Não cometer adultério, incesto ou bestialidade 6) Estabelecer tribunais para a manutenção da justiça. 7) Não comer a carne de um animal enquanto ainda está com vida nem ser cruel com os animais de nenhuma outra forma.
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sete-estrelo
hebraico: nome vulgar da constelação Plêiades
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setenta (os)
os discípulos mandados por Jesus, sendo este um fato apenas descrito por Lucas (10.1,17).
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setenta (versão dos)
i. A origem da tradução. os Setenta, do latim septuaginta, é o nome pelo qual é conhecida a primeira e única completa tradução do A.T. A lenda da sua origem encerra-se numa carta, escrita por um certo Aristéias, que servia na corte de Filadelfo, rei do Egito (285 a 247 a.C.), a seu irmão Filocrates. Diz ela que, por sugestão do real bibliotecário de Alexandria, desejou o rei Filadelfo possuir para a sua biblioteca uma tradução das leis judaicas – e por essa razão escreveu uma carta ao sumo sacerdote Eleazar de Jerusalém, pedindo-lhe que mandasse a Alexandria seis eruditos anciãos de cada uma das doze tribos, a fim de realizarem a pretendida versão. Em seu devido tempo chegaram ao Egito esses tradutores, trazendo com eles um exemplar da lei hebraica, escrita com letras douradas, num rolo formado de peles. Foram eles, por fim, conduzidos a um edifício na ilha de Faros, e ali começaram o seu trabalho, comparando os diferentes resultados e fazendo-os concordar. Deste modo foi a tradução, com a sua transcrição, completada em setenta e dois dias, tendo sido unicamente o Pentateuco, ou a Lei, a parte vertida então para grego. Conquanto se possa julgar ter sido feita a tradução do Pentateuco pelo ano de 250 a.C., não temos provas certas a respeito da DATA do resto da versão. Tudo bem pensado, é provável que houvesse muito menos cuidado com esta última parte traduzida, e que, na realidade, fossem os vários livros traduzidos mais para instrução de pessoas particulares do que no interesse de toda a comunidade, sendo mesmo algumas partes de certos livros traduzidas por diversos. E isto explica a grande variedade de estilo, com respeito ao grego e à maneira de traduzir o hebraico. Mas os livros dos profetas, os primeiros e os últimos (vede A.T.), parece terem tido o seu termo pelo ano 132 a.C. – e a parte mais considerável dos Santos Escritos (*veja Antigo Testamento) pelo mesmo tempo. Alguns críticos, contudo, consideram a tradução mesmo destes livros feita um século mais cedo. ii. o conteúdo e a sua ontem. Quando se abre qualquer edição dos Setenta, fica-se logo impressionado pela diferença que existe entre essa versão e a nossa Bíblia, a qual, no que respeita às matérias compreendidas, se assemelha ao original hebraico. Na versão dos Setenta vamos encontrar mais um salmo, com o número de cento e cinqüenta e um, alguns capítulos acrescentados ao livro de Ester, e as narrativas de Susana, Bel e o Dragão, e também o Benedicite, o cântico dos três meninos, adicionado ao livro de Daniel. Há, além disto, acréscimos no 14 dos Reis, caps. 8 a 12. Notaremos, também, a menos muitos versículos em 1 Sm 17 e 18. Mais ainda, no original dos Setenta (embora não seja assim nos nossos manuscritos atuais) existia o livro de Jó numa forma muito mais abreviada do que a do texto hebraico. Além destas diferenças se verá que livros inteiros foram adicionados: o 1º de Esdras, a Sabedoria de Salomão, a Sabedoria de Siraque, ou o Eclesiástico, Judite, Tobias, Baruque, a Epístola de Jeremias, e pelo menos dois livros dos Macabeus. E estes livros, com o 2º de Esdras e a oração de Manassés, e juntamente aqueles acrescentados capítulos anteriormente mencionados, são os escritos apócrifos, que vêm como apêndice em algumas edições do A.T. (*veja Apócrifos (Livros.) Mas a versão dos Setenta difere da hebraica, não somente na adição ou na omissão de passagens, e na adição de livros completos, mas também na ordem pela qual se acham dispostas as matérias. A Bíblia hebraica (*veja Antigo Testamento) está disposta, como parece, segundo o princípio da DATA da canonização das suas três grandes divisões: a Lei, os Profetas (primeiros e últimos) e os Escritos – a dos Setenta, porém, segue esta outra classificação: a Lei, a História, a Poesia, e a Profecia. Rigorosamente falando, a Vulgata, a versão latina padrão, segue esta mesma ordem também, introduzindo os apócrifos. Esta disposição, que (não falando nos apócrifos) nos parece a melhor pela força do hábito, é, por certo, a mais conveniente – mas não tem em vista a base adotada pelos compiladores da Bíblia hebraica, base, na verdade, científica. Deve dizer-se que, em alguns livros, notoriamente em Jeremias e no fim do dos Provérbios, difere a ordem dos capítulos de um modo considerável no hebreu e nos Setenta – e, também, que a numeração dos Salmos 10 a 147 é alterada pelo fato de na versão dos LXX formarem um só os Salmos 9 e 10, havendo depois a subdivisão do Salmo 147 em dois. iii. o estado presente do texto. Coisa deplorável é que esta primeira versão, e a maior de todas as do A.T., tenha chegado até nós num estado tão pouco satisfatório. Ninguém pode dizer, atualmente, quais as exatas palavras escritas pelos tradutores do Pentateuco, e muito menos o grau de exatidão das outras partes da Bíblia. Esta incerteza é mais propriamente devida a determinadas circunstâncias, que devem ser agora expostas. A versão dos Setenta tornou-se, desde logo, aquela forma da Escritura que os cristãos usavam, e naturalmente para ela apelavam nos seus esforços em convencer os judeus da verdade do Evangelho. Foi isto que levou os judeus do segundo século (d.C.) a efetuar uma nova tradução, que devia harmonizar-se mais com o sistema de interpretação favorável à sua maneira de ver, sendo até traduzidas certas passagens do A.T. num sentido anticristão. Foi isto obra de Áqüila (cerca do ano 130 d.C.), um gentio que tinha aceitado o Cristianismo, e depois se tornou judeu, tendo a sua tradução aspirações a ser extremamente literal. Um pouco mais tarde, digamos no ano 150 d.C., apareceu outra versão, obra de Theodotion, que parece ter sido cristão. Esta, embora mais próxima do hebreu do que a dos LXX, foi muito querida dos cristãos, tendo sido o livro de Daniel tão bem recebido, que é hoje o texto das vulgares edições da Versão dos Setenta, sobrevivendo a antiga tradução num manuscrito somente. Uma terceira versão foi a de Símaco (cerca do ano 190 d.C.), de quem ainda menos se sabe. Ele procurou trasladar o hebreu para um grego mais idiomático do que o dos seus antecessores. Houve, além de todas estas, outras traduções de livros em sep
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setim
hebraico: acácia
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setri
hebraico: proteção do Senhor
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setur
oculto
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seudat mashiach
Refeição servida no último dia de Pêssach, antes do anoitecer, na qual come-se matsá e bebe-se quatro copos de vinho a fim de reafirmar a fé na eminente Redenção e na chegada de Mashiach.
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seva
vaidade
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sevene
A última cidade do Egito, na fronteira meridional para o lado da Etiópia (Ez 29.10 – 30.6). Tinha uma grande guarnição, para proteger as vizinhas pedreiras de granito e os operários contra as incursões dos errantes bandos de salteadores. o fortificado centro de Sevene era uma ilha do Nilo, chamada então Elefantina, e hoje Assuã. Ali têm sido encontrados papiros escritos no quinto século (a.C.), e que tratam dos judeus, que então ali viviam.
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severina
Severa, grave
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sexualidade
Propriedade dos seres vivos que se reproduzem pela união de elementos masculino e feminino. No ser humano, a sexualidade abarca elementos e finalidade mais amplos que a reprodução. Conforme aspectos básicos da constituição e desenvolvimento da personalidade. Na união estável de homem e mulher, à qual conduz a complementação sexual e que a Igreja abençoa no sacramento do matrimônio, se dá a dupla finalidade do mútuo aperfeiçoamento e da procriação de filhos. E o amor integra estes quatro elementos:- Instinto sexual, que é egocêntrico, fechado possessivo.
– Amor erótico (ver Eros) constituído por elementos psicológicos que se alimentam nas qualidades da outra pessoa. É mais elevado, embora todavia esteja fechado e busque satisfazer a própria indigência.- Amizade, que é amor desinteressado e mútuo. Aqui já se busca o bem do outro de forma aberta.
– Caridade. É a amizade elevada ao plano sobrenatural, infundida por Deus no coração humano. -
shabat
Sétimo dia da semana, dia santo que testemunha nossa fé em D-us como Criador. Assim como Ele descansou após ter criado o mundo em seis dias, ordenou que fizéssemos o mesmo.
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shacia
hebraico: castigo do Senhor
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shadai
hebraico: todo poderoso
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shalom
Paz, traduzida da palavra hebraica SHALOM, tem um significado tão amplo, que em nenhuma outra língua pode ser expressa em um só termo. Quer dizer “estar completo”, “estar são”, “estar bem em todos os sentidos”, “ser próspero e feliz”. Shalom é o completo bem estar que certamente equivale à paz no mais profundo significado: paz com Deus e, em conseqüência, conosco e com os semelhantes.
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shavuot
Festa que celebra o dia em que D-us revelou-Se no Monte Sinai e entregou a Torá ao povo judeu.
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sheila
Ausência de visão
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shekinah
Do hebraico “shkn” = habitar. Refere-se à glória visível de Deus habitando no meio do seu povo. Presença radiante de Deus (como vista na coluna de fogo, no Monte Sinai, no Propiciatório entre os querubins, no Tabernáculo, no Templo, etc).
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sheliach ou shluchim
Lit. “emissário”, “mensageiro”; enviados especiais que saem de seus lares para habitar locais distantes para cumprir sua missão; o Rebe enviava seus emissários para espalharem Torá em locais longínquos reerguendo ou criando novos centros vivos e atuantes de judaísmo – até hoje.
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shemá
Início do versículo Ouve Israel, o Eterno é nosso D-us, o Eterno é Um, base da proclamação diária da unicidade Divina; Esta prece é composta de três trechos da Torá e é recitada na Prece Matinal e na Prece Noturna como também antes de se recolher ao leito.
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sheol
Este vocábulo aparece 62 vezes no Velho Testamento.
Sheol era o lugar para onde iam os mortos, por isso é sinônimo de sepultura, ou lugar de silêncio dos mortos.
Sheol nunca teve em hebraico a idéia de lugar de suplício para os mortos.
Sendo difícil traduzi-los porque nenhuma palavra em português dá a exata idéia do significado original, o melhor é mantê-la transliterada como fazem muitas traduções. A tradução brasileira não a traduz nenhuma vez.
Experimente traduzir sheol por inferno nestas duas passagens: Gênesis 42:38 e Jonas 2:1-2.
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shevat
Décimo primeiro mês do calendário judaico (contando a partir do mês de Nissan).
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sheyla
Ausência de visão
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shiduch
Promover a união entre duas (meias) almas gêmeas; fazer um “shiduch”, está associado ao ato de promover uma relação duradoura entre dois seres tendo o casamento como coroação desta união.
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shôfar
Chifre de animal casher utilizado como instrumento de sopro; é tocado durante todo o mês que precede Rosh Hashaná, anunciando a proximidade do ano novo judaico, bem como em Rosh Hashaná; é um “chamado” para despertar a alma para fazer teshuvá; e no término de Yom Kippur.
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shulchan aruch
Código de Leis; obra escrita por Rebe Yossef Karo, e que engloba todas as leis e práticas judaicas.
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shulchan orêch
Refeição servida nas noites do sëder.
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siá
congregação
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siaa
hebraico: assembléia
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sião
(2 Sm 5.7, etc.). A fortaleza de Jerusalém.
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siba
hebraico: uma planta
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sibecai
hebraico: bosque do Senhor
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sibi
hebraico: uma planta
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sibilar
Assobiar; som agudo prolongado
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sibma
hebraico: frescura, perfume
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sibolete
Dilúvio, corrente, e também uma espiga de trigo. Era uma palavra que os gileaditas empregavam, depois de terem vencido os homens de Efraim, a fim de porem à prova os fugitivos que procuravam atravessar os vaus do Jordão, negando que eram efraimitas. Como estes tinham dificuldades em pronunciar o hebraico ‘sh’, os gileaditas lhes diziam que pronunciassem chibolete – se eles se traíam, proferindo sibolete, eram mortos (Jz 12.6).
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sibraim
hebraico: esperança dupla
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sicar
hebraico: cidade, ou falsidade
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sicilia
grego: que atrai com violência
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siclaque
hebraico: saídas de uma fonte
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siclo
Em todos os primitivos usos desta palavra há referência a um peso. Desde os tempos mais remotos eram usados os metais preciosos, como representativos de riqueza. Abraão comprou por quatrocentos siclos de prata, pesando-os a Efrom, a cova de Macpela (Gn 23. 16). Há muitos exemplos semelhantes de fazer-se uso da moeda por meio do peso. Abimeleque deu a Abraão mil peças de prata (Gn 20.16). os príncipes dos filisteus pagaram a Dalila, cada um, mil e cem peças de prata (Jz 16.5,18). *veja também Gn 37.28 – Jz 17.2 – 2 Rs 5.23. Regulavam-se também pelo peso as contribuições do tabernáculo (Êx 30.13 – 38.26) – os sacrifícios de animais (Lv 5.15) – o resgate do primogênito (Nm 3.50 – 18.16) – e o pagamento ao vidente (1 Sm 9.8). os meios siclos tinham valor distinto, como também tinha o meio siclo em Êx 30.13, e a quarta parte de um siclo em 1 Sm 9.7,8. Mais tarde a palavra siclo tornou-se o nome de uma moeda, realizando-se a troca do siclo peso pelo siclo moeda. Além do siclo havia o beca ou meio siclo (Êx 38.26), a terça parte (Ne 10.32), o rebah ou quarta parte (1 Sm 9.8), e o gera ou a vigésima parte de um siclo (Êx 30.13). (*veja Pesos e Medidas.)
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siclo
Peso básico usado nos antigos sistemas semíticos de medição. Não se conhece o peso exato do siclo. Alguns estima que pesasse entre 11,3 e 11,47 gramas.
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sicômoro
(Lc 19.4). o sicômoro é uma verdadeira figueira, e é ainda comum nos sítios quentes e abrigados da Palestina. No Egito ‘as figueiras de Faraó’, como são chamadas, ainda se vêem em muitos lugares, não tão abundantemente como em outros tempos. Crescem fácil e rapidamente, apresentando uma grande copa, largos ramos, e enormes raízes. Dá várias novidades de figos durante o ano, mas são pequenos e insípidos. São, contudo, a principal alimentação para as classes mais pobres. Quando Amós diz que era colhedor dos frutos do sicômoro, pode referir-se à maneira de tratar aquele fruto para o tornar comestível (Am 7.14). Tanto nas flores como na folhagem assemelha-se muito à figueira comum. A madeira é macia, mas durável, e capaz de ser cortada em grossas tábuas. Davi e Salomão tinham especiais plantações de sicômoros nos outeiros das proximidades da costa, onde um clima suave favorecia o seu crescimento (1 Rs 10.27 – 1 Cr 27.28). Possuindo os hebreus os cedros, os pinheiros e os carvalhos, não admira que considerassem o sicômoro como coisa inferior (ia 9.9,10) – além disso, não podia comparar-se o seu fruto com as espécies semelhantes. (*veja Figueira.)
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sicor
hebraico: negro, túrbido
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sicrom
hebraico: embriaguez
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sicute
Nome de adar, o deus assírio daguerra (Am 5.26). Também traduzido por tabernáculo, ou tenda, como estando em conexão com Sucote.
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sidim
planície
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sidom
Pescaria. 1. o filho mais velho de Canaã, o legendário fundador de Sidom 2 (Gn 10.15). 2. É hoje Saída. Uma antiga e rica cidade da Fenícia, edificada sobre um pequeno promontório que entra no mar Mediterrâneo. Em tempos antiquíssimos foi mais importante do que Tiro (Js 11.8 – 19.28 – Jz 18.7). Um antigo historiador afirma que os habitantes de Sidom fundaram Tiro – mas não há prova deste fato, a não ser chamarem-se sidônios os habitantes de Tiro. os sidônios, porém, é que nunca são chamados tírios. Seja como for, esta circunstância tende a mostrar que nos tempos primitivos foi Sidom uma cidade de extraordinária influência. Além disto, usa-se a palavra sidônios como sendo um nome genérico, significando os fenícios ou os cananeus (Js 13.6 – Jz 18.7,28). Na última passagem teria sido a cidade de Tiro mencionada, se fosse efetivamente de igual importância, porque era da mesma religião, e achava-se mais perto 32km. Mas em tempos bíblicos estava geralmente Sidom subordinada a Tiro. Sidom ficava nos limites de Zebulom: foi cedida a Aser, e ocupada – mas a idolatria dos seus habitantes, que não tinham sido expulsos, era um laço para os israelitas (Gn 49.13 – Js 13.6 – 19.28 – Jz 1.31 – 10.6 – 2 Sm 24.6 – 1 Rs 16.31,32). Do mesmo modo que Tiro, que fica uns 32km ao sul, vivia Sidom em estreita aliança com os israelitas. Um dos seus reis foi Etbaal, pai de Jezabel, mulher de Acabe (1 Rs 16.31) – a cidade de Sidom foi denunciada pelos profetas (is 23 – Jr 25.22 – 27.3 – 47.4 – Ez 28.21,22 – Jl 3.4 – Zc 9.2). Jesus visitou os sítios próximos de Sidom, afastados quase 80km de Nazaré (Mt 15.21 – Mc 7.24 a 31) – os seus habitantes recorreram a Ele (Mc 3.8 – Lc 6.17) – estava sujeita ao governo de Henxies (At12.20) – e foi residência de cristãos (At 27.3).
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sidonia
hebraico: peixe abundante ou fortificado
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sidônio
O natural ou habitante de Sidon, cidade da Fenícia.
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sidurim
Lit. “Ordem” (das preces); Livros de rezas diárias.
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siene
hebraico: chaves
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sifí
abundante
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sifmonte
hebraico: abundância
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sifrá
esplendor, beleza
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siftã
judicial
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sigaiom
singular, instrumento musical
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sigionote
hebraico: errante
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sila
cesta
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silas
forma grecizada do nome Saul
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silas, silvano
Notável membro da primitiva igreja cristã, e cidadão romano (At 15.22). Foi mandado pelos apóstolos a Antioquia juntamente com Paulo e Barnabé (At 15.22,27,34). Foi, também, cooperador de Paulo e seu companheiro na segunda viagem missionária pela Ásia Menor (At 15.40 – 16.19 – 17.4,10 – 1 Ts 1.1 – 2 Ts 1.1). Silas foi lançado na prisão com Paulo, em Filipos, sendo ambos libertados por um milagre (At 16.19 a 40). Por certo tempo ele permaneceu em Beréia com Timóteo (At 17.14), mas foi encontrar-se novamente com Paulo em Corinto (At 17.15 – 18.5). Silas é uma contração de Silvano, sendo este o nome pelo qual ele é conhecido nas epístolas (2 Co 1.19 – 1 Ts 1.1 – 2 Ts 1.1). Provavelmente foi este mesmo Silvano o portador da primeira epístola de Pedro (1 Pe 5.12).
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silem
recompensado
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silí
armado
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silim
hebraico: arma de arremesso
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silmara
Aquela que é célebre pela vitória
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silo
Descanso. É agora Seilum – um lugar que fica 16km ao nordeste de Betel, sobre um escarpado outeiro, cercado de altos montes. Existiu um pouco para o oriente uma fonte abundante, sendo por isso esse lugar um belo sítio para acampamento. Estava no principal caminho que vai de Betel a Siquém. No tempo de Josué era Silo o lugar de reunião e santuário dos israelitas. Aqui foi dividida a terra, por sorteio, entre as tribos, cabendo a própria cidade a Manassés (Js 19.51). Permaneceram nesta mesma povoação a arca e o tabernáculo até ao tempo de Samuel, pelo espaço de 300 anos (Js 18.1 a 10 – 22.12 – Jz 18.31 – 1 Sm 1,2,3,4 – 1 Rs 2.27 – Sl 78.60 – Jr 7.12,14 – 26.6,9). Aqui vieram buscar moças, para serem suas mulheres, os de Benjamim que ainda eram solteiros (Jz 21.12 a 21) – e ali viveu também o profeta Aías (1 Rs 14.2,4). o lugar foi de novo colonizado por aqueles que voltaram da Babilônia (Jr 41.5).
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siloé
enviado
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silomi
hebraico: pacificador
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silor
Enviado. Ao ‘tanque de Siloé’ sefaz referência em Jo 9.7,11 – e sabemos por Ne 3.15 que o ‘muro’ (muro do açude de Hasselá) era perto do jardim do rei, sendo, provavelmente, uma parte das fortificações que ficavam na extremidade meridional do Vale Tiropeão, e das quais fazia parte a ‘torre de Siloé’ (Lc 13.4). A outra menção que se faz de Siloé, é em is 8.6 ‘as águas de Siloé que correm brandamente’. Tanto o seu nome (enviado), como a frase ‘correm brandamente’, parece referirem-se ao fato de que o tanque era abastecido por um aqueduto que trazia as águas da ‘Fonte da Virgem’ (Giom), uma nascente no vale de Cedrom. Este cano, cavado na rocha, já foi descoberto, achando-se (em 1880) uma inscrição perto do tanque, que descreve como trabalharam os mineiros, partindo das extremidades e encontrando-se no meio. Com todas as probabilidades, tanto o tanque como o cano devem atribuir-se a Ezequias (2 Rs 20.20 – 2 Cr 32.2 a 4,30 – is 22.9,11). o tanque está identificado com o atual Birked Silwan, no vale Tiropeão, ficando justamente fora das muralhas da cidade.
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silqui
hebraico: armado com dardo
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silsa
hebraico: trio ou heroísmo
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silvana
Que vem da floresta, das selvas
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silvano
forma latinizada do nome Silas
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silvia
A que pertence à selva
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sim
Lodaçal. 1. Cidade do Egito, que depois se chamou Palusium. Achava-se situada entre os pântanos daqueles ramos do Nilo, que ficavam ao nordeste, estando hoje inundada (Ez 30. 15,16). 2. Deserto de Sim. Um inculto espaço do território entre Elim e o Sinai, o qual foi atravessado pelos israelitas. Foi aqui que ao povo foram dados o maná e as codornizes (Êx 16. 1 – 17.1 – Nm 33.11,12). (*veja Codorniz.)
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simão
ouvindo. l. irmão de Jesus (Mt 13.55 – Mc 6.3). (*veja irmãos do Senhor.) 2. (Mt 4.18, etc.). (*veja Pedro.) 3. o Zelote, um apóstolo de Jesus Cristo. Nada sabemos dos seus atos como apóstolo (Mt 10.4 – Mc 3.18 – Lc 6.15 – At 1.13). *veja Cananita. 4. Leproso que vivia em Betânia, e em cuja casa foi a cabeça do Salvador ungida com óleo (Mt 26.6 – Mc 14.3). Como ele estava vivendo na sua própria casa e entre o povo, devia já estar livre da lepra, sendo, provavelmente, um dos curados por Jesus Cristo. Lázaro, Maria e Marta estavam presentes como hóspedes (Jo 12.2). 5. Um cireneu, que foi obrigado a prestar auxílio ao Redentor, levando também a cruz ao lugar da crucificação (Mt 27.32 – Mc 15.21 – Lc 23.26), pois Jesus, pela Sua fadiga, não a podia levar para mais longe. Era pai de Alexandre e Rufo (Mc 15.21) – e talvez o cristão de Roma, de quem se fala em Rm 16.13. 6. Um fariseu, em cuja casa foi ungido Jesus pela mulher, que era uma pecadora (Lc 7.36 a 50). 7. o pai de Judas iscariotes (Jo 6.71 – 12.4 – 13.2,26). (*veja Judas iscariotes. ) 8. Um mágico de Samaria, geralmente chamado Simão Mago, o qual procurou comprar por dinheiro o dom do Espírito Santo (At 8.9 a 24). Ao seu ímpio oferecimento de dinheiro, para receber o dom do Espírito Santo, chamou-se ‘simonia’. A posterior tradição cristã encontra muito que dizer da sua vida depois daquele acontecimento. 9. Simão, o curtidor, um cristão de Jope em cuja casa esteve Pedro hospedado (At 9.43 – 10.6,17,32).
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simão pedro
Era um homem de contrastes. Em Cesaréia de Filipe, Jesus perguntou: “Mas vós, quem dizeis que eu sou?” Ele respondeu de imediato: “Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo” (Mt 16.15-16). Alguns versículos adiante, lemos: “E Pedro chamando-o à parte, começou a reprová-lo…” Era característico de Pedro passar de um extremo ao outro.
Ao tentar Jesus lavar-lhe os pés no cenáculo, o imoderado discípulo exclamou: “Nunca me lavarás os pés.” Jesus, porém, insistiu e Pedro disse: “Senhor, não somente os meus pés, mas também as mãos e a cabeça” (Jo 13.8,9).
Na última noite que passaram juntos, ele disse a Jesus: “Ainda que todos se escandalizem, eu jamais!” (Mc 14.29). Entretanto, dentro de poucas horas, ele não somente negou a Jesus mas praguejou (Mc 14.71).
Este temperamento volátil, imprevisível, muitas vezes deixou Pedro em dificuldades. Mas, o ES o moldaria num líder, dinâmico, da igreja primitiva, um “homem-rocha” (Pedro significa “rocha”) em todo o sentido.
Os escritores do NT usaram quatro nomes diferentes com referência a Pedro. Um é o nome hebraico Simeon (At 15.14), que pode significar “ouvir”. O Segundo era Simão, a forma grega de Simeon. O terceiro nome era Cefas palavra aramaica que significa “rocha”. O quarto nome era Pedro, paralavra grega que significa “Pedra” ou “rocha”; os escritores do NT se referem ao discípulo com estes nomes mais vezes do que os outros três.
Quando Jesus encontrou este homem pela primeira vez, ele disse: “Tu és Simão, o filho de João; tu serás chamado Cefas” (Jo 1.42). Pedro e seu irmão André eram pescadores no mar da Galiléia (Mt 4.18; Mc 1.16). Ele falava com sotaque galileu, e seus maneirismos identificavam-no como um nativo inculto da fronteira da galiléia (Mc 14.70). Foi levado a Jesus pelo seu irmão André. (Jo 1.40-42)
Enquanto Jesus pendia na cruz, Pedro estava provavelmente entre o grupo da Galiléia que “permaneceram a contemplar de longe estas coisas” (Lc 23.49). Em 1Pe 5.1, ele escreveu: “…eu, presbítero como eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo…”
Pedro encabeça a lista dos apóstolo em cada um dos relatos dos Evangelhos, o que sugere que os escritores do NT o consideravam o mais importante dos doze. Ele não escreveu tanto como João ou Mateus, mas emergiu como o líder mais influente da igreja primitiva. Embora 120 seguidores de Jesus tenha recebido o ES no dia do Pentecoste, a Bíblia registra as palavras de Pedro (At 2.14-40). Ele sugeriu que os apóstolos procurassem um substituto para Judas Iscariotes (At 1.22). Ele e João foram os primeiros a realizar um milagre depois do Pentecoste, curando um paralítico na Porta Formosa (At 3.1-11).
O livro de Atos acentua as viagens de Paulo, mas Pedro também viajou extensamente. Ele visitou Antioquia (Gl 2.11), Corinto (2Co 1.12) e talvez Roma.
Pedro sentiu-se livre para servir aos gentios (At 10), mas ele é mais bem conhecido como o apóstolo dos judeus (Gl 2.8). À medida que Paulo assumir um papel mais ativo na obra da igreja e à medida que os judeus se tornavam mais hostis ao Cristianismo, Pedro foi relegado a segundo plano na narrativa do NT.
A tradição diz que a Basílica de São Pedro em Roma está edificada sobre o local onde ele foi sepultado. Escavações modernas sob a antiga igreja exibem um cemitério romano muito antigo e alguns túmulos usados apressadamente para sepultamentos cristãos. Uma leitura cuidadosa dos Evangelhos e do primitivo segmento de Atos tenderia a apoiar a tradição de que Pedro foi figura preeminente da igreja primitiva. -
simão zelote
Mateus refere-se a um discípulo chamado “Simão, o Cananeu”, enquanto Lucas e o livro de Atos referem-se a “Simão, o Zelote”. esses nomes referem-se à mesma pessoa. Zelote é uma palavra grega que significa “zeloso”; “cananeu” é transliteração da palavra aramaica kanna’ah, que também significa “zeloso”; parece, pois, que este discípulo pertencia à seita judaica conhecida como zelotes.
A Bíblia não indica quando Simão, foi convidado para unir-se aos apóstolos. Diz a tradição que Jesus o chamou ao mesmo tempo em que chamou André e Pedro, Tiago e João, Judas Iscariotes e Tadeu (Mt 4.18-22).
Temos diversos relatos conflitantes acerca do ministério posterior deste homem e não é possível chegar a uma conclusão. -
simbologia
Estudo dos símbolos.
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simeão
ouvindo. 1. Filho de Jacó e de Lia (Gn 29.33 – 34.25). Predisse Jacó que Simeão e Levi, por causa da sua crueldade para com os siquemitas, não teriam porção determinada na Terra da Promissão: ‘dividi-los-ei em Jacó, e os espalharei em israel’ (Gn 49.5,7). No tempo da fome, foi Simeão conservado prisioneiro por José, como uma segurança de que seus irmãos voltariam ao Egito (Gn 42.24,36). Não é dada a razão da escolha. A tribo de Levi nunca teve qualquer porção determinada do território – e a de Simeão recebeu apenas uma parte da terra, desmembrada de Judá (Js 19.1, etc.), e certos territórios nas montanhas de Seir e desertos de Gedor (1 Cr 4.39,42), que eles à força tiraram aos seus primitivos habitantes. Era pequena a tribo de Simeão, sendo em pequeno grau a sua multiplicação (1 Cr 4.27). Na numeração feita no Sinai, era relativamente grande, pois que forneceu 59.300 combatentes (Nm 1.23 – 2.12,13) – mas na segunda contagem, em Sitim, era a menor de todas as tribos (Nm 26.14). A sua situação, na marcha pelo deserto, era na parte sul do tabernáculo sob o estandarte de Rúben (Nm 2.12). Houve grande mortandade na tribo, após a sua idolatria em Peor. Josias destruiu os ídolos dos simeonitas (2 Cr 34.6). Davi refugiou-se nas suas terras e deu-lhes parte dos despojos dos amalequitas – e, quando ele subiu ao trono, assistiu à sua coroação em Hebrom um certo número de pessoas daquela tribo (1 Cr 12.23 e seg.). 2. Um judeu de idade avançada e homem piedoso, que louvou a Deus quando Jesus foi apresentado no templo (Lc 2.25 e seg.). Dizia-se que Gamaliel, o instrutor de Paulo (At 22.3), era filho de Simeão – sendo assim, foi ele, provavelmente, um rabi de alta consideração. Diz a tradição ter ele sido chefe do sinédrio. 3. Um nome na genealogia de Jesus Cristo (Lc 3.30). 4. Discípulo e profeta de Antioquia, apelidado Níger (negro). Foi doutrinador em Antioquia (At 13.1).
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simeate
rumor, fama
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simei
1. Filho de Gérson (Nm 3.18 – 1 Cr 6.17,42 – 23.7 a 10 – Zc 12.13). 2. Benjamita, filho de Gera (2 Sm 16.5 – 19.16 a 23 – 1 Rs 2.8 a 44). Pertencia à casa de Saul, e vivia em Baurim. Quando Davi e suas tropas estavam passando por Baurim, foi este monarca insultado por Simei, que lhe chamou ‘homem de sangue’ (2 Sm 16.7,8), arremessando-lhe ao mesmo tempo pedras e lodo – e o amaldiçoava, dizendo que estava sendo castigado pela morte de Saul e de seus filhos. Davi proibiu que Abisai fosse fazer algum mal a Simei (2 Sm 16.9,10), perdoando-lhe mais tarde, e permitindo-lhe que residisse em Jerusalém. Quando Salomão, que tinha sido avisado pelo seu pai Davi, subiu ao trono (1 Rs 2.9), proibiu a Simei que saísse da cidade sob pena de morte. Passados três anos, Simei, indo em perseguição de alguns dos seus escravos, desobedeceu à ordem que lhe tinha sido dada, e foi morto por Benaia (1 Rs 2.36,46). 3. Um dos oficiais de Davi, que permaneceu fiel durante a usurpação de Adonias (1 Rs 1.8). 4. Um dos oficiais de Salomão (1 Rs 4.18). 5. Neto de Jeconias (1 Cr 3.19). 6. Um benjamita (1 Cr 4.26,27). 7. indivíduo de Rúben (1 Cr 5.4). 8. Um merarita (1 Cr 6.29). 9. Um benjamita (1 Cr 8.21). 10. Um levita (1 Cr 25.17). ll. Um homem de Ramá,e oficial de Davi (1 Cr 27.27). 12. Um dos filhos de Hemã (2 Cr 29.14). 13. Um levita do tempo de Ezequias (2 Cr 31.12,13). 14. Um levita (Ed 10.23). 15. indivíduo da família de Hasum (Ed 10.33). 16. Membro da família de Bani (Ed 10.38). 17. o avô de Mordecai (Et 2.5).
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simeia
hebraico: afamado
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símile
Qualidade do que é semelhante; analogia.
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simom
hebraico: grande deserto ou provador
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simpatia
Sentimento caloroso e espontâneo que alguém experimenta em relação a outrem
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simulacro
Imagem; efígie
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simultânea
Que ocorre ou é feito ao mesmo tempo ou quase ao mesmo tempo que outra coisa; concomitante.
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simultaneidade
Caráter ou qualidade de simultâneo, ou seja, acontecimento ou ação que envolve duas ou mais coisas ou pessoas.
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sinabe
hebraico: dente do pai
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sinagoga
Assembléia. A sua significação literal é a de uma convenção ou assembléia. A palavra, como no caso de ‘igreja’, veio a significar o próprio edifício, onde a assembléia se reunia. ‘Assembléias’ locais para instrução da Lei, e para culto, existiam desde tempos muito afastados, como eram, por exemplo, ‘as casas dos profetas’ (1 Sm 10.11 – 19.20 a 24 – 2 Rs 4.1) – e durante o cativeiro não eram raras as reuniões dos anciãos de israel (*veja Ez 8.1 e passagens paralelas) – as verdadeiras sinagogas parece terem-se formado mais tarde, na dispersão. Desde o ano 200 (a.C.), mais ou menos, começou a desenvolver-se na Palestina este gênero de assembléia com uma sistemática organização, multiplicando-se os edifícios próprios para os serviços religiosos. Estavam estas assembléias intimamente relacionadas com a obra dos escribas, como sendo instituições para instruir o povo na Lei e ensinar a sua aplicação na vida diária. Nas sinagogas, os custosos rolos das Escrituras, escritos pelos escribas, eram cuidadosamente guardados numa caixa ou arca, que de um modo visível estava voltada para o povo que se achava sentado. Havia serviços regulares todos os sábados, e também no segundo e quinto dia da semana. Uma especial importância era dada nestes serviços à leitura da Lei e dos Profetas – e também se faziam orações, exortações, explicações, e se davam esmolas. Como o conhecimento da antiga língua hebraica foi a pouco e pouco extinguindo-se, tinha a leitura de indicadas porções da Escritura de ser acompanhada da respectiva tradução em aramaico, ou talvez mesmo em grego, que parece ter sido uma língua entendida ao norte da Palestina no tempo de Jesus Cristo. As sinagogas eram não somente lugares de culto, mas também escolas, onde as crianças aprendiam a ler e a escrever – e serviam, também, de pequenos tribunais de justiça, nos quais a sentença não só era dada mas executada (Mt 10.17). Geralmente a sinagoga estava sob a direção dos ‘anciãos’ (Mc 7.3), sendo o primeiro deles chamado algumas vezes o príncipe ou o chefe daquelas assembléias (Lc 13.14 – At 13.15). os lugares dos anciãos, e dos principais, eram em frente da arca, estando eles voltados para a congregação. os anciãos tinham o poder de disciplinar, de excomungar e de açoitar – e eram eles, ou os principais, que na ocasião do serviço religioso convidavam pessoas de consideração para ler, ou orar, ou pregar. A coleta era levantada por dois ou mais indivíduos, e havia um ‘ministro’ (assistente), (Lc 4.20), que tinha sob o seu cuidado os livros sagrados, e cumpria os simples deveres de guarda. A ordem do culto nas sinagogas assemelhava-se muito à que se acha descrita em Ne 8.1 a 8, devendo comparar-se esta passagem com a de Lc 4.16 a 20. As sinagogas eram muito numerosas. Em qualquer povoação, em que vivia um certo número de judeus, tratando dos seus negócios, ali havia uma sinagoga. As companhias comerciais também possuíam a sua própria sinagoga, e até pessoas estranhas as construíam para os da sua própria nação. E por isso se fala em sinagogas ‘dos Cireneus, dos Alexandrinos, e dos da Cilícia e Ásia’, sendo essas pessoas do gênero daquelas que desses países numa ocasião subiram a Jerusalém (At 6.9). No tempo de Jesus Cristo era raro o país, em todo o império romano, onde não fosse encontrada uma sinagoga.
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sinai
A península do Sinai está situada entre o golfo de Suez e o de Acabá. o deserto do Sinai, onde os israelitas estiveram acampados quase um ano, e onde Moisés levantou o tabernáculo da aliança é mais alto do que o resto do país. Foi no Sinai que o Todo-poderoso fez conhecer a Sua vontade por meio de Moisés à multidão dos hebreus. No monte Sinai, que se levanta abruptamente da planície, foi dado o Decálogo, e foi feito o pacto (Êx 20.1 a 17 – 24.7,8). Nesse deserto os israelitas prestaram culto ao bezerro de ouro e foi efetuado o recenseamento do povo (Nm 1.19 – 3.1) – Arão e seus filhos foram consagrados – foi celebrada a segunda Páscoa (Nm 9.5) – e foram mortos Nadabe e Abiú por terem oferecido fogo estranho ao Senhor. (*veja Nadabe.) Aquela montanha onde Moisés recebeu do Senhor a Lei chama-se Horebe no Deuteronômio (1.2, etc.) – em qualquer outro lugar tem o nome de Sinai. Parece que Horebe designa todo o território, e Sinai a montanha onde a Lei foi dada.
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sinar
hebraico: espalhada
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sincretismo religioso
Mistura de diversos sistemas filosóficos e sobretudo de diferentes crenças e religiões. Foi uma tentação constante ao longo da história, segundo vem advertido já no Antigo Testamento e depois, no cristianismo dos ambientes helenísticos. No empenho ecumênico é um dos riscos, nos quais é preciso prestar atenção.
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sinear
hebraico: espalhada
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sinédrio
Assentados no conselho. É a forma hebraico-aramaica da palavra grega Synedrion, traduzida por ‘conselho’. Era este o nome do supremo tribunal de Jerusalém nos tempos do N.T., mas a origem do tribunal é obscura. Provavelmente pode ter alguma relação histórica com a primitiva assembléia dos anciãos no Estado israelita, formalmente interrompida, embora não o tenha sido inteiramente de fato, pelo governo pessoal dos reis. o rei Josafá parece ter-lhe dado, de algum modo, a forma de um tribunal de justiça (2 Cr 19.8). Seja como for, a existência da assembléia de anciãos, em diferentes cidades, havia de sugerir aos judeus do cativeiro a formação, na capital, de um corpo judicial para tratar dos negócios de toda a nação. Na volta do cativeiro, era Jerusalém a reconhecida capital da nova organização nacional, tornando-se, mais respeitada e influente a sua assembléia, que foi aumentando à medida que os judeus iam habitando os diversos lugares do país. Mas não há referência certa a tal assembléia até ao tempo de Antíoco, o Grande (246 a 226 a.C.), sendo então chamada Gerousia ou Senado. Diz-se que o Sinédrio compreendia 71 membros (cp. com os 70 anciãos de que se fala em Nm 11.16, em união com Moisés), varões eminentes entre os quais estava o sumo sacerdote, pertencendo também nos anos posteriores aqueles que o tinham precedido no seu cargo e os de imediatas relações sacerdotais. Eram estes do partido dos saduceus, mas em certos períodos de tempo estavam os fariseus em maioria. os deveres do Sinédrio eram bastante amplos, como: tomar disposições acerca da religião prática, cuidar do templo, investigar dos direitos dos mestres religiosos, e entrar em relação com os Estados estrangeiros. Esta última função dependia, naturalmente, da força ou fraqueza daqueles que nesse tempo eram mis ou governadores. os romanos tiraram ao Sinédrio o poder de vida e de morte pelo ano 20 (d.C.) aproximadamente. (*veja Ancião, Conselho.)
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sinete
Selo de armas ou divisas para, nas repartições públicas, selar os documentos que o devem ser, em face da lei; utensílio com que se faz essa selagem; carimbo, chancela; marca, sinal.
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singelo
Simples.
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sinin
hebraico: mocidade, eternidade
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sinopse
Narração breve; resumo, sumário, síntese.
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sinóptico
Do Grego. sýn, juntamente + óptico
Que tem forma de sinopse; resumido; que permite ver um conjunto de uma só vez e em que é dada uma visão geral do todo.Os Evangelhos de S. Mateus, S. Marcos e S. Lucas, cujas exposições são semelhantes, o que permite comparar as relações que eles estabelecem sobre um mesmo acontecimento.
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sinrate
vigilância
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sinri
hebraico: vigilante ou protegido de Deus
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sinrite
hebraico: guardada
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sinrom
hebraico: guardião
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sinron-meom
hebraico: guardião de Merom
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sinsai
grego: brilhante, luminoso
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síntique
afortunada
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siom
hebraico: elevado ou montanha sagrada
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sionista
Partidário do sionismo; sionismo foi o movimento político e religioso judaico iniciado no séc. XIX, que visava ao restabelecimento, na Palestina, de um Estado judaico, e que se tornou vitorioso em maio de 1948, quando foi proclamado o Estado de Israel.
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sior
hebraico: escuro, rio, corrente
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sior-libnate
hebraico: torrente de Libnate, ou rio de lodo preto
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sipai
hebraico: alto, extensão
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siquém
ombro. 1. Cidade que ficava no vale entre Ebal e Gerizim, no espinhaço da Palestina, distante 64km de Jerusalém, no caminho para Nazaré (Gn 33.18) – também se chama Siquém (At 7.16). o nome de Neápolis (de onde ae deriva a moderna Nablus) lhe foi dado pelo imperador Vespasiano. Veio Abraão para este vale (Gn 12.6 e seg.) – e foi ali que ele teve a visão, na qual lhe foi prometida a terra em herança. Aqui também ele edificou um altar ao Senhor. Neste lugar comprou Jacó um campo, levantou um altar, e cavou um poço (Gn 33.18 a 20,34 – 35.4 – Jo 4.6). Por este mesmo sítio andou José procurando seus irmãos, tomando depois a direção de Dotã, para onde eles tinham passado (Gn 37.12 e seg.) – para ali foram levados os ossos de José, vindos do Egito, sendo sepultados na parte do terreno que Jacó tinha comprado (Js 24.32). Quando se tratou da divisão da terra coube Siquém a Efraim, embora estivesse perto de Manassés (Js 17.7). Passou depois para os levitas, fazendo-se dela uma cidade de refúgio (Js 20.7 – 21.21 – 1 Cr 6.67 – 7.28). Siquém foi teatro de uma notável reunião nacional, edificando Josué, nessa ocasião, um altar no monte Ebal que dominava o vale – e ali inscreveu em pedra as palavras da Lei, a qual ele então leu ao povo que estava em grande ajuntamento nas rampas opostas dos montes Ebal e Gerizim (Js 8.30 a 35). A partir deste tempo foi aquele sítio o ponto das grandes reuniões do povo israelita (Js 24.1 a 25 – 1 Rs 12. 1 – 2 Cr 10.1). Siquém era a terra natal de Abimeleque, e foi o lugar da sua insurreição, e da parábola de Jotão (Jz 8.31 -9). Abimeleque foi morto com uma pedra arremessada por uma mulher, depois de ele ter arrasado a povoação, e ter mandado cobrir de sal o seu sítio (Jz 9). Foi reedificada por Jeroboão (1 Rs 12.25). Jeremias diz-nos que alguns dos seus habitantes, que iam no seu caminho para Jerusalém, foram mortos por ismael (41.5,7). Foi em certo lugar, afastado cerca de 3km de Siquém, que Jesus esteve conversando com a mulher de Samaria (Jo 4.1 a 42). os discípulos, talvez, também exercessem aqui o seu ministério (At 8.25). (*veja Jacó (Poço de.) 2. Filho de Hamor, um heveu, sendo a principal autoridade de Siquém, quando Jacó ali chegou (Gn 33.19 – Js 24.32 – Jz 9.28). Pelo seu procedimento para com Diná (*veja a palavra) foi Siquém morto pelos irmãos dela, e a sua cidade assolada (Gn 34.2 a 26). 3. Filho de Gileade (Nm 26.31 – Js 17.2). 4. Filho de Siquém 3 (1 Cr 7.19).
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siquerom
bebedeira, embriaguez
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sira
retirada
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siracusa
Cidade na costa oriental da Sicília, onde Paulo permaneceu três dias na sua viagem para Roma (At 28.12). Antes dos dias de Paulo tinha sido a cidade de Siracusa conhecida pela sua magnificência, possuindo um belo porto, ainda hoje usado para os navios de Alexandria que ali vão com trigo. Mas as guerras e invasões dos piratas produziram grande dano naquele porto de mar, que apesar da sua importância veio a tornar-se insignificante.
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siria
A Síria, também chamada Arã por virtude do nome daquele patriarca, cujos descendentes a povoaram, compreendia o país que ficava entre o rio Eufrates ao oriente, e o Mediterrâneo ao ocidente, com a Cilicia ao norte, e o deserto da Arábia ao sul, excluindo a Palestina. Todavia, os limites da Síria nunca foram bem determinados, e o nome era vagamente usado. A Síria possuía muitas cidades famosas dentro dos seus limites. Entre essas, as principais eram Damasco, Antioquia, Selêucia, Palmira e Laodicéia. Era composta a Síria de uma reunião de pequenos Estados, lutando uns com os outros pela supremacia, mas com resultados indefinidos. o reino de Damasco era o principal – e, depois dos dias de Abraão, aparece pela primeira vez na história da Bíblia, aliado contra Davi com Hadadezer, rei de Zobá (2 Sm 8.5). o resultado da guerra foi a submissão da Síria a Davi – mas no reinado de Salomão houve contra este rei uma revolta de que era chefe Rezom de Zobá, que também se apoderou de Damasco (1 Rs 11.23 a 25). Desde esse tempo ficaram os reinos da Síria independentes de israel, com quem tiveram repetidas guerras sob o governo da dinastia de Hadade, tornando-se notável o cerco de Samaria, tão maravilhosamente malogrado (2 Rs 6 e 7). Depois disto assassinou Hazael o rei da Síria, e usurpou o trono, oprimindo o reino de israel – mas a seu tempo foi vencido por Jeoás, rei de israel (2 Rs 13.22 a 25). Jeroboão ii alcançou superioridade, e passado algum tempo vê-se o reino da Síria, sendo Rezim o soberano, em aliança com israel contra Acaz, rei de Judá. *veja a notável passagem de isaías (7.1 a 6). E desta luta se derivou o seguinte: o rei Acaz chamou em seu auxilio o monarca assírio, Tiglate-Pileser, seguindo-se uma série de rápidos acontecimentos, de que provieram o revés e a morte de Rezim e o ser a cidade de Damasco absorvida pela Assíria. Desde esse tempo deixaram os estados da Síria de ter qualquer existência independente, tornando-se uma parte do grande império da Assíria, de onde passaram mais tarde para o domínio dos babilônios, depois para o dos persas, e em seguida para o dos generais de Alexandre Magno, que, pela primeira vez, fizeram daqueles pequenos Estados um grande e próspero reino. As inscrições de Tiglate-Pileser comemoram a queda de Damasco, a derrota de Rezim, que pelo seu nome é mencionado, e apresentam o nome de Hadade, como sendo o de uma divindade da Síria. Nos tempos do N.T., a Síria, já província romana, abrangia a Palestina, que não obstante a sua dependência tinha um governador propriamente seu ou procurador. Assim, por ocasião do nascimento de Jesus, era legado da Síria C. Sentio Saturnino (9 a 6 a.C.), a quem sucederam P. Quintílio Varo (6 a 4 a.C.), e P. Sulpício Quirino (3 a 2 a.C.). E quando o Salvador Jesus foi crucificado era, legado L. Aélio Lâmia, e Pôncio Pilatos, o procurador.
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siriom
couraça
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siriour
hebraico: montanha sagrada
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siro-fenicia
hebraico: púrpura
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siroco
grego: vento quente do sudeste
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sirte
grego: banco móvel de areia
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sisa
hebraico: nobreza
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sisami
hebraico: o sol
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sisamoi
hebraico: sol
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sisaque
Rei do Egito, que recebeu Jeroboão (1 Rs 11.40), e invadiu a Judéia durante o reinado de Roboão. Tomou várias cidades muradas, bem como Jerusalém, e levou do templo os seus tesouros (1 Rs 14.25,26 – 2 Cr 12.2 a 9). Acha-se identificado com Soshenk i, que foi o primeiro rei da 22ª dinastia. o muro do sul do grande templo de Carnaque tinha esculturas, onde se podia ler uma lista das cidades da Palestina, que tinham sido conquistadas pelo rei egípcio.
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sisera
Criança (F). 1. General do exército de Jabim, rei de Canaã. Foi assassinado por Jael (Jz 4.2 e seg. – 5.20 a 30 – 1 Sm 12.9 – Sl 83.9). Sísera tinha sido derrotado por Baraque e Débora, e fugia do campo da batalha. Cansado, procurou abrigo na tenda de Jael, cravando-lhe esta mulher uma estaca numa das fontes, enquanto ele dormia. (*veja Jael.) 2. Antepassado de uma família, que voltou para Jerusalém com Zorobabel (Ed 2.53 – Ne 7.55).
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sisi
hebraico: fertilidade
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sismai
hebraico: o sol do Senhor
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siso
Juízo; senso; prudência
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sisudo
Que tem juízo
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sitiar
Cercar; assediar
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sitim
hebraico: acácias
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sitna
luta contenda
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sitrai
hebraico: escriba do Senhor
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sitrí
proteção
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siva
3 mês do ano judaico
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sivã (mês)
Maio/junho
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siyum
Lit. “Término”, “Conclusão”; comemoração do término do estudo de um tratado talmúdico ou outros assuntos ligados à Torá.
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siza
hebraico: veemente amor
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smirna
hebraico: mirra
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sô
Rei egípcio, de descendência etiópica, cujo nome por extenso era Sabaku, pertencendo à vigésima-quinta dinastia. oséias, que desejou livrar-se do jugo da Assíria, procurou para esse fim o auxilio e a aliança de Sô (2 Rs 17.4). A conseqüência desta aliança foi desastrosa, pois oséias foi feito prisioneiro pelos assírios que haviam invadido o reino de israel, tomando Samaria e levando as dez tribos para o cativeiro. Muitos, contudo, pensam que Sô era apenas um vice-rei no Delta. (*veja oséias, israel e Samaria.)
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soa
hebraico: lugar baixo
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soão
hebraico: berilo
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soba
hebraico: depressão
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sobabe
hebraico: restaurado ou libertado
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sobade
rebelde, rebelado
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sobai
hebraico: homem que leva cativo
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sobal
hebraico: transbordante, viajante ou vagabundo
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sobaque
hebraico: pessoa que esquece
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sobejar
Sobrar
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sobeque
abandono
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soberba
Orgulho; arrogância;altivez
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soberbo
Orgulho excessivo; arrogância
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sobí
condutor de escravos
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soboba
hebraico: indo devagar
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soboque
hebraico: pessoa que esquece
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sobreexcelente
Mais que excelente; sublime; excelso.
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sobrenatural
Que ultrapassa o natural; que não é atribuído à natureza; que está acima da natureza humana; sobre-humano.
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sobrepeliz
Veste sacerdotal branca
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sobrepujar
Exceder; sobressair
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socó
espinho
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socrates
Saudação e força
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sodi
meu secreto conselho
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sodoma
Uma das principais cidades da planície, que se opuseram à invasão de Quedorlaomer (Gn 14) – e foi residência de Ló (Gn 13.12,13). Pelos seus crimes de soberba, intemperança, ociosidade, e luxúria (Ez 16.49,50 – 2 Pe 2.6 a 9 – Jd 7) foi destruída, juntamente com Gomorra, Zeboim e Admá, cidades vizinhas – e foi tal a ruína destas cidades, que não se encontra vestígio de qualquer delas (Gn 19). (*vejaGomorra, Vinha.)
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sodomia
Ato sexual que envolve relações anais, entre um homem e uma mulher ou entre homossexuais masculinos.
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sodomismo
Conjunção sexual anal, entre homem e mulher, ou entre homossexuais masculinos.
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sodomita
Na Bíblia, Sodomia é um sinônimo para homossexualismo. Deus falou claramente no assunto quando Ele disse: “Não haverá nenhuma prostituta das filhas de Israel, nem um sodomita entre os filhos de Israel” (Deuteronômio 23:17). A prostituta e o sodomita está na mesma categoria. Um sodomita não era um habitante de Sodoma nem um descendente de um habitante de Sodoma, mas um homem que tinha se dado à homossexualismo, o vício pervertido e anti-natural pelo qual Sodoma era conhecida.
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sofaque
derramado, ou extensão
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sofar
hebraico: gorjeador
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soferete
secretariado
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sofonias
l. o autor do livro de Sofonias. 2. Um antepassado de Samuel e Hemã (1 Cr 6.36). 3. o segundo sacerdote no reinado de Zedequias. Semaías, escrevendo de Babilônia, pediu-lhe que castigasse Jeremias, na suposição de que este profeta falsamente pretendia sê-lo. Duas vezes foi Sofonias ter com Jeremias, por ordem do rei, para obter informações relativamente ao cerco e pedir ao profeta que intercedesse pelo povo. Quando a cidade foi tomada, foi Sofonias preso, e com outros levado a Ribla, onde foram mortos (2 Rs 25.18 – Jr 21.1 – 29.25,29 – 37.3 – 52.24). 4. Pai de Josias (Zc 6.10).
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sofonias (livro de)
o autor deste livro pode ter sido um tetraneto do rei Ezequias (1.1). Ele viveu no reinado de Josias (1.1), e certamente antes deste rei ter empreendido a reforma, conhecida pelo seu nome. o propósito do profeta foi avisar o povo contra as conseqüências do pecado, e preparar, assim, o caminho para a reforma. o que o livro encerra, pode ser resumido desta maneira: o primeiro capítulo contém uma acusação geral contra Judá, e contra todos aqueles que praticavam ritos idólatras, sendo condenado Baal e os seus sacerdotes Quemarim e Milcom (Moloque), e proclama pelo profeta a proximidade do grande ‘dia de indignação, dia de angústia’ (1.14,15). Há, aqui, uma evidente referência à invasão dos citas, que por este tempo enchiam a terra de terror. As regiões circunvizinhas, especialmente o país dos filisteus, foram devastadas, mas havia a esperança de que Jerusalém havia de ser poupada – e assim aconteceu (12), sendo, pois, adiada a catástrofe. o segundo capítulo prediz os diversos castigos em conexão com a grande invasão que haviam de sofrer os filisteus, e especialmente os habitantes da borda do mar (quereteus), os moabitas, os amonitas e os etíopes – e descreve em termos maravilhosamente exatos a desolação de Nínive. Estas profecias começaram a ter o seu cumprimento com as conquistas de Nabucodonosor. o resultado de tudo isto foi ser prestada a devida reverência ao Senhor, visto como estavam caindo em descrédito ‘os deuses da terra’. os pagãos haviam de prestar-lhe culto, ‘cada um do seu lugar’ (2.11) – e na última parte da profecia se descreve a sua nova crença, pois Lhe oferecem sacrifícios (3.10). No terceiro capítulo repreende Sofonias a cidade de Jerusalém, censura-a pelos seus pecados, e conclui com as mais animadoras promessas sobre a sua restauração futura, sobre a reunião das nações na igreja de Deus, e sobre a feliz condição do povo do Senhor nos últimos dias. o Dr. Keith observou a exatidão com que Sofonias, Amós, e Zacarias predizem o destino das quatro principais cidades da Filístia: Gaza, Ascalom, Asdode e Ecrom. Comparando entre si Am 1.6,7,8, Zc 9.5, e Sf 2.4 a 6, ver-se-á que a respeito de Gaza está escrito que sobre ela havia de vir a assolação, e lhe seria arrebatado o seu rei. Presentemente, entre ruínas de mármore branco, fazendo ver a sua primitiva magnificência, são algumas aldeias com casas de barro a única morada dos seus habitantes. De Ascalom e de Asdode está dito que haviam de ficar sem habitantes. E, na verdade, assim é. Gaza tem habitantes, mas Ascalom e Asdode já não existem, embora ainda se vejam as suas ruínas. Diferente foi o destino de Ecrom: ‘Será desarraigada’, diz a profecia. Até o seu verdadeiro nome se perdeu, e não se sabe o sítio onde estava. Na verdade, a profecia e a providência, as predições e os respectivos acontecimentos, são obra da mesma mão onipotente.
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sol
o ‘luzeiro maior’ de Gn 1.16 a 18o nome ocorre pela primeira vez em Gn 15.12. o culto prestado ao Sol era muito seguido na antigüidade, e ainda está largamente espalhado no oriente. os israelitas foram ensinados a não praticar essa adoração (Dt 4.19 – 17.3). (*veja Bete-Horom, Heres, idolatria, Josué, Estrela.)
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solange
Majestosa, solene
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soldo
custa
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solene
Enfático; pomposo
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solenidade
Festividade pomposa; imponente
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solicitude
Cuidado; diligência
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solidária
Que tem responsabilidade ou interesse recíproco.
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solidariedade
Qualidade de solidário; laço ou vínculo recíproco de pessoas ou coisas independentes; adesão ou apoio à causa, empresa, princípio, etc., de outrem.
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somemos
Inferior; de menor valor que outro
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somenos
Inferior; de menor valor que outro
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somer
vigilante, guarda
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sonegação
Ocultar, deixando de descrever ou de mencionar nos casos em que a lei exige a descrição ou a menção.
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sonho
os orientais, e particularmente os judeus, tinham em grande consideração os sonhos, e recorriam, para a sua interpretação àqueles que diziam saber explicá-los. Vê-se quanto é antigo esse costume, na história do padeiro e copeiro-mór de Faraó (Gn 40) – o próprio Faraó (Gn 41), e Nabucodonosor (Dn 2), quiseram, também, que fossem explicados os seus sonhos. os midianitas davam crédito a essas representações mentais, como parece depreender-se daquele sonho que um midianita relatou ao seu companheiro, em cuja interpretação Gideão viu um feliz prognóstico (Jz 7.13,15). Considerai também os sonhos de Abimeleque (Gn 20.3a 7), de Labão (Gn 31.24), de José (Mt 1.20), dos Magos (Mt 2.12), e da mulher de Pilatos (Mt 27.19). E cuidadosamente deve ser notado que maior número de sonhos eram concedidos àqueles que não tinham a vantagem de viver sob o pacto judaico.
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sonho
do Latim somniu
Conjunto de ideias e imagens mais ou menos confusas e disparatadas, que se apresentam ao espírito durante o sono; utopia; ficção; fantasia; visão; aspiração.
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sopater
salvador de seu pai
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sopatro
hebraico: de boa família, grego: quem defende o pai
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sópatros
salvador de seu pai
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sophia
Sabedoria
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sora
hebraico: enxame de abelha ou vespas
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soraia
Estrela da manhã
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soraya
Estrela do amanhã
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sórdida
Suja; imunda; nojenta
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soreque
vinha escolhida
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sori
hebraico: bálsamo
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sorrateiramente
Que faz as coisas manhosamente; pela calada.
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sortes (lançar)
Método que era seguidopara determinar uma escolha, e que freqüentemente se acha exposto na Sagrada Escritura. No A.T. foi, em alguns casos, divinamente determinado, como na escolha do bode emissário (Lv 16.8), e na divisão da Terra Prometida (Nm 26.55 – Js 14.2). Quando foi da crucifixão de Jesus, foram os Seus vestidos repartidos, lançando sortes os soldados, a fim de saberem a quem caberiam (Sl 22.18 – Mt 27.35). Matias foi escolhido por meio de sortes para ocupar o lugar de Judas iscariotes entre os apóstolos (At 1.26). (*veja Purim, Festa, (Dias de).)
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sorver
Sugar; aspirar
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sorvos
Goles; tragos
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sosanim
hebraico: lírios
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sosipatro
hebraico: salvador de um pai
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sosípatros
salvador de seu pai
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sóstenes
l. o principal da sinagoga deCorinto, que foi maltratado pelos gregos quando Gálio recusou aceitar as acusações dos judeus contra Paulo, por ocasião da segunda viagem missionária deste apóstolo (At 18.17). 2. outra pessoa do mesmo nome. Um cristão que era companheiro de Paulo em Éfeso (1 Co 1.1). Mas pensam muitos que ele é o mesmo do nº 1, o qual se tornou cristão depois dos acontecimentos mencionados em At 18.17.
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sota-vento
Bordo contrário àquele donde sopra o vento
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sotai
hebraico: desviado
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sotal
hebraico: retirado pelo Senhor
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sotavento ou sota-vento
Bordo contrário àquele donde sopra o vento.
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soter
grego: Salvador
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sovar
Bater a massa
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sovela
Instrumento com que os sapateiros furam o couro para o coser; furador
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status
Conjunto de direitos e deveres que caracterizam a posição de uma pessoa em suas relações com outras.
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stefania
Coroa, realeza
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stefanie
Coroa, realeza
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stela
Estrela
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stephanie
Coroa, realeza
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stephany
Coroa, realeza
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suã
Filho de Dã, o qual foi fundador da família dos suamitas (Nm 26.42).
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sual
raposa, chacal
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suão
depressão
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subael
hebraico: cativo do Senhor
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subama
hebraico: perfume, frescura
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subestimar
Não dar a devida estima, apreço, valor, a; não ter em grande conta.
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subhumano
Em condição de vida inferior ao aceitável.
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subjacente
Que jaz ou está por baixo
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subjugar
Dominar; reprimir
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sublevar
Revolta; motim; sedição
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sublimidade
Grande altura ou elevação; perfeição, primor, excelência.
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subliminar
Diz-se de um estímulo que não é suficientemente intenso para que o indivíduo tome consciência dele, mas que, quando repetido , atua no sentido de alcançar um efeito desejado: propaganda subliminar.
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submergir
Fazer sumir totalmente na água; afundar; fazer desaparecer, fazer sumir; ocultar, encobrir.
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suborno
o dar presentes era, e ainda é, um costume tão generalizado no oriente, que é algumas vezes difícil dizer onde acaba o cumprimento e principia o suborno. Todavia, em Êx 23.8, não há dúvida de que o presente tinha em mira escapar ao castigo – e deste modo é mais corretamente considerado como suborno. os subornos eram, também, feitos com o fim de tornar brandos os conquistadores (2 Rs 16.8), o presente que se levava a um profeta era uma gratificação, não tendo de forma alguma o caráter de suborno (1 Sm 9.7). Mas, segundo se lê em Ez 22.12, falsos profetas recebiam presentes, dados para os subornar. Que o suborno era coisa vulgar entre certas classes da sociedade, mostra-se em Jó 15.34, onde ‘tendas de suborno’ é uma expressão descritiva da corrupção que lavrava nos tribunais de justiça.
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subseqüente
Que subsegue no tempo ou no lugar; imediato, ulterior, seguinte.
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subserviência
Qualidade, modos ou procedimento de subserviente; servilismo, submissão.
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subsistência
Conservação das coisas; permanência, estabilidade.
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subverter
Insubordinar um poder constituído; agitar
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subvertida
Revolver; destruir, aniquilar; arruinar, derrubar.
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sucá
Cabana com teto de folhagem usada na festa de Sucot (Festa das Cabanas), para lembrar a proteção Divina durante os 40 anos que o povo judeu peregrinou no deserto.
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sucate
tendas, cabanas
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sucedâneo
Qualquer coisa capaz de substituir outra.
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súcia
Corja; bando; multidão de pessoas desprezíveis
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sucote
Cabanas. 1. Lugar ao oriente doJordão, onde Jacó formou um acampamento, quando voltava de Padã-Arã (Gn 33.17). Quando se tratou da divisão da terra, coube essa parte a Gade (Js 13.27). Por Sucote passou Gideão quando perseguia os midianitas – e havendo-lhe os príncipes daquela terra recusado alimentos, matou-os na sua volta (Jz 8.5 a 16). Salomão estabeleceu ali uma casa de fundição de cobre (1 Rs 7.46 – 2 Cr 4.11), onde foram fundidos os vasos para o serviço do templo. o sitio é desconhecido, mas era provavelmente ao sul do rio Jaboque. 2. o vale de Sucote acha-se mencionado nos Salmos (60.6 – 108.7), mas a situação é desconhecida. 3. o lugar onde os israelitas pela primeira vez acamparam, depois de terem deixado o Egito e antes de atravessarem o mar Vermelho (Êx 12. 37 – 13.20 – Nm 33.5,6). Supõe-se que era uma estação para as caravanas, que iam do Egito para o norte.
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sucote-benote
Cabanas, ou tendas das filhas. Nome de deuses que foram criados pelos homens da Babilônia (2 Rs 17.30). Parece que se trata de uma corrompida forma da divindade babilônica, Bel-Merodaque, ou de sua mulher, Zer-Banite.
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súditos
Aqueles que estão submetidos à vontade de outrem; vassalos.
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sue
hebraico: habitação ou vaidade
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sufa
hebraico: serpente, bicórnea
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sufe
hebraico: favo de mel
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sujeição
Dependência; submissão, obediência.
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sujeitar
Submeter-se
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sulamita
Designação da heroína de Cantares de Salomão (6.13). Talvez Sulém fosse uma forma alternada de Suném. *veja esta palavra.
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sulata
hebraico: lugar de tela
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sumo sacerdote
Era o principal dos sacerdotes judaicos. Arão e os seus filhos foram solenemente separados para exercerem o cargo sacerdotal (Êx 28.1 – 40.12 a 15), ocupando Arão o primeiro lugar, e sendo hereditária essa preeminência (Êx 29.29, 30). Este múnus era exercido por toda a vida, mas Salomão expulsou Abiatar do alto cargo sacerdotal, por causa da sua traição (1 Rs 2.27). Quando os filhos de Eli morreram, como resultado da sua iniqüidade, foi transferido o sumo sacerdócio para os descendentes de itamar, o segundo filho de Arão (1 Sm 2.35,36). Todavia, voltou de novo aquela dignidade para a família de Eleazar durante o reinado de Salomão (1 Rs 2.35), e nela permaneceu até ao cativeiro. Depois do cativeiro, o primeiro sumo sacerdote foi Jesus, ou Josué, o filho de Jozadaque (Ed 3.2), e os sucessores imediatos eram membros de uma família particular levítica. Depois foi aquele alto cargo ocupado por alguns dos príncipes macabeus, e por meio deles se juntou à mitra uma tríplice coroa de ouro. Sob o governo dos romanos quase que se desvaneceu a dignidade, a honra, e a santidade daquele cargo. Em certo tempo, não muito depois do cativeiro, aquele posto era freqüentes vezes vendido ao que cobria o lanço, e algumas vezes a pessoas que não eram da família sacerdotal. Muitas vezes o sumo sacerdote era substituído cada ano, o que explica haver em certas ocasiões diversos ao mesmo tempo. Anás (Lc 3.2 – Jo 18.13,24 – At 4.6) foi sumo sacerdote por vários anos, e pôde ver o sumo sacerdócio ocupado por cinco filhos e também por genros. isto certamente lhe deu considerável influência. (*veja Caifás.) As vestes do sumo sacerdote, além do simples manto sacerdotal, eram: l. A vestidura da estola sacerdotal. Esta era feita de iã azul, sendo as suas bordas ornamentadas com setenta e duas campainhas de ouro, alternando com muitas romãs, que eram trabalho bordado. 2. A estola, uma vestimenta, que era presa aos ombros, descia até aos calcanhares – mas na frente não passava da cintura. Esta parte do vestuário era de linho fino, e era tecida de ouro e púrpura. De cada lado dos ombros havia uma abertura com uma pedra preciosa, na qual estavam gravados os nomes das tribos. (*veja Es tola sacerdotal.) 3. o peitoral do juízo era feito também de linho fino, de 25cms de lado, em forma quadrada, com doze pedras preciosas, tendo cada pedra esculpidos os nomes das doze tribos. Em relação com o peitoral havia o Urim e o Tumim, duas palavras que significam ‘luz’ e ‘perfeição’, mas acerca das quais divergem muito os eruditos. Quando o sumo sacerdote procurava saber qual a vontade do Senhor, punha o peitoral, e dizia-se que ele ia consultar o Senhor, segundo o juízo de Urim (Nm 27.21). (*veja Peitoral.) o sumo sacerdote também usava uma coroa, ou mitra, na qual havia uma lâmina de ouro puro, presa por uma fita azul, tendo algumas palavras hebraicas, que significavam ‘Santidade ao Senhor’ (Êx 28 e 39). os deveres especiais do sumo sacerdote mais particularmente diziam respeito ao dia da expiação, como se acha descrita em Lv cap. 16. Cp. com o cap. 9 da ep. aos Hebreus. (*veja Expiação e Sacerdote.)
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sunamita
hebraico: natural de Sunen
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sunão
hebraico: lugar de repouso
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suném
Cidade de issacar, na parte sudoeste do pequeno Hermom (Jebel Duhy), distante do Carmelo mais de 32km. Neste lugar acamparam os filisteus, antes da batalha de Gilboa – a primeira habitação de Abisague, serva de Davi, e da hospedeira de Eliseu. o seu nome atual é Solam (Js 19.18 – 1 Sm 28.4 – 1 Rs 1.3 – 2 Rs 4.8,25).
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suni
hebraico: calmo ou tranqüilo
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supim
hebraico: almoxarifado
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supremo
Que está acima de tudo; superior.
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supura
Transformar em pus
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suquitas
Habitantes das rochas. Tribo mencionada com os lubins e os etíopes, que faziam parte do exército de Sisaque (2 Cr 12.3).
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sur
Desviando-se. Uma porta de Jerusalém (2 Rs 11.6). Em 2 Cr 23.5 é chamada ‘a Porta do Fundamento’. Não se sabe de onde era esta porta, se da cidade, se do templo, se do palácio do rei.
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suriel
hebraico: rocha e Deus
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surisadai
rocha do todo poderoso
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surrão
Bolsa ou saco de couro, próprio para farnel de pastores; roupa suja e gasta
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susã
Cidade situada sobre um afluente do Coaspes (Kerkhah) – mais tarde foi chamada Sus ou Shush, e Susa em grego. Foi, primitivamente, a capital de Elão, província da Pérsia, sendo a residência usual dos monarcas persas (Ne 1.1 – Et 2.3 – Dn 8.2). Foi aqui que Daniel teve a visão do carneiro e do bode (Dn 8) – e também foi neste lugar que Dario Histaspes publicou o seu decreto, ordenando a reedificação do templo de Jerusalém. Em reconhecimento deste fato chamaram os judeus à porta oriental do templo a porta de Susã, tendo também mandado fazer uma pintura daquela cidade nessa parte do edifício. Também em Susã realizou Dario aquela esplêndida festa descrita em Ester (1.6).
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susa-edute
persa: lírio de testemunho
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susana
lírio
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susane
Lírio gracioso, pura
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suscitar
fazer nascer ou aparecer
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susi
hebraico: cavaleiro
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sustar
Suspender; cancelar; parar; interromper
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sustentáculo
Aquilo que sustenta ou sustém; base, suporte, amparo, apoio, sustentação.
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sutela
hebraico: lugar de tela
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sutil
Tênue, fino, delgado, grácil, fino.
T
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taa
hebraico: inclinação
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taanaque
É hoje T”annak, uma povoação na extremidade sudoeste da planície de Esdrelom, à distância de seis quilômetros ao sul de Megido – era cidade real de Canaã, e foi conquistada por Josias. Depois disso ficou dentro do território de issacar, mas foi cedida à meia tribo ocidental de Manassés, passando mais tarde aos coatitas – e por essa causa não foram expulsos os cananeus (Js 12.21 – 17.11 a 13 – 21.25 – Jz 1.27,28 – 1 Cr 7.29). Foi lugar de reunião do exército de Sísera (Jz 5.19), fazendo parte posteriormente de um dos comissariados de Salomão (1 Rs 4.12).
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taanate-siló
hebraico: vagabundo próximo a Siló
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taapanes
hebraico: começo do século
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taas
porco marinho ou vermelho
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taate
o que está em baixo
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tabalias
hebraico: Jeová purificou
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tabãote
hebraico: anéis
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tabate
hebraico; famoso
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tabeal
Deus é bom
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tabeel
Deus é bom
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tabera
incêndio
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tabernáculo
l. A construção do tabernáculo, com uma descrição das coisas que encerrava, acha-se narrada em Êxodo, caps. 25,26, 27,36,37,38. o tabernáculo, onde se realizava o culto público, desde que os israelitas andaram pelo deserto até ao reinado de Salomão, era não só o templo de Deus, mas também o palácio do Rei invisível. Era a ‘Sua santa habitação’, o lugar em que Ele encontrava o Seu povo, tendo com os israelitas comunhão – era, pois, o ‘tabernáculo da congregação’, isto é, o templo do encontro de Deus com o homem. Tinha a forma de um retângulo, construído com tábuas de acácia, tendo 18 metros de comprimento, e seis metros de largura. Eram as tábuas guarnecidas de ouro, e unidas por varas do mesmo metal, com a sua base de prata. Havia em volta ricos estofos e bordados custosos de várias cores (Êx 26.1 a 14). o lado oriental não era formado de tábuas, mas fechado por uma cortina de algodão, suspensa de varões de prata, que eram sustentados por cinco colunas, cobertas de ouro. o interior achava-se dividido em duas partes por um véu ou cortina bordada com figuras de querubins e outros ornamentos (Êx 26.36,37). A parte anterior, por onde se entrava, chamava-se o lugar santo (Hb 9.2) – o fundo do tabernáculo, ocupando um espaço menor, era o Santo dos Santos, isto é, o Lugar Santíssimo. Aqui estava a arca da aliança ou do testemunho, que era um cofre de madeira de acácia, guarnecido de finíssimo ouro por dentro e por fora, com uma tampa de ouro, em cujas extremidades estavam colocados dois áureos querubins, com as asas estendidas. Por cima estava ‘o Glória’, símbolo da presença de Deus: ficava entre eles, e vinha até à cobertura da arca – ‘o propiciatório’. A arca continha as duas tábuas de pedra, o livro da Lei, uma urna com maná, e a vara de Arão (Êx 25.21 – Dt 31.26 – Hb 9.4). Na primeira parte do tabernáculo estava o altar de ouro do incenso (Êx 30.1 a 10) – (para a exposição de Hb 9.3,4, *veja Altar), um candelabro de ouro maciço com sete braços (Êx 25.31 a 39), e uma mesa de madeira de acácia, chapeada de ouro, sobre a qual estavam os pães da proposição, e talvez o vinho (Êx 25.23 a 30). Em volta do tabernáculo havia um espaço de cem côvados de comprimento por cinqüenta de largura, fechado por cortinas de linho fino, que se sustentavam em varões de prata, e iam de uma coluna à outra. Estas colunas eram em número de vinte, com bases de bronze, tendo três metros de altura. A entrada era pelo lado oriental, e estava defendida por uma cortina, em que havia figuras bordadas de jacinto, de púrpura, e de escarlate (Êx 27.9 a 19). Era neste pátio, sem cobertura, que se realizavam todos os serviços públicos da religião e eram oferecidos os sacrifícios. Perto do centro estava o altar de cobre, com cinco côvados de comprimento por cinco de largura, tendo nos seus quatro cantos umas proeminências chamadas ‘chifres’ (Êx 27.1 a 8 – Sl 118.27). os vários instrumentos deste altar eram de bronze, sendo de ouro os do altar do incenso (Êx 25.31 a 40 – 27.3 – 38.3). No átrio, entre o altar de bronze e o tabernáculo, havia uma grande bacia, também de bronze, onde os sacerdotes efetuavam as suas abluções antes dos atos do culto (Êx 30.17 a 21). Sobre o altar via-se continuamente vivo o lume, que ao principio aparecia miraculosamente, e que depois era conservado pelos sacerdotes (Lv 6.12 – 9.24 – 10.1). É provável que, antes de ser edificado o próprio tabernáculo, fosse usada por Moisés uma tenda menor, para ali ser feita a adoração a Deus, fora do campo, que se chamava ‘a tenda da congregação’ (Êx 33.7). Deve dizer-se que todos os materiais para o tabernáculo podiam ter sido obtidos na península do Sinai, pois era simples a sua construção. Vejam-se os artigos que tratam separadamente das diversas partes do tabernáculo.
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tabernáculos (festa dos)
Era uma solene festividade dos hebreus, a qual durava oito dias, e era celebrada depois de se fazer a colheita do trigo e de se recolherem os frutos, sendo chamada a festa da Colheita dos Frutos. Era uma das três grandes solenidades, em que todas as crianças do sexo masculino eram obrigadas a apresentar-se diante do Senhor – e foi ela instituída para comemorar a bondade de Deus, que protegeu no deserto os filhos de israel, e os fez habitar em tendas ou barracas depois de terem deixado as terras egípcias. Durante a festa não se fazia trabalho algum. No primeiro dia da festa, o povo ia cortar ramos das mais belas árvores, com os seus frutos, igualmente ramos de palmeiras, os que estavam mais cheios de folhas, e ramos dos salgueiros, que cresciam nas margens dos ribeiros e levavam-nos e agitavam-nos, diz-se, na direção dos quatro cantos da terra, cantando certos cânticos. Chamavam também “hosanoth” a esses ramos, visto que, quando eram levados e movidos, o povo elevava a voz com as suas hosanas, como mais tarde aconteceu na ocasião em que Jesus fazia a Sua entrada em Jerusalém. o último dia da festa era o da grande hosana. Durante uma semana habitava o povo em tendas construídas de ramos, em memória de terem assim vivido após a sua saída do Egito (Lv 23.34 a 44 – Dt 31.10 a 13 – Ne 8.16 – Mt 21.8, 9 – Jo 7 – 8.12 a 20). Nos tempos do N.T., um sacerdote e um grupo de adoradores iam em procissão buscar água numa bilha de ouro, com a capacidade da quarta parte de um him, à fonte de Siloé, que tinha a sua origem em uma rocha perto do templo. Era esta água misturada com igual quantidade de vinho (Êx 29.40), e ofereciam-se libações (Lv 23.36,37), cantando o povo as palavras de isaías ‘com alegria tirareis águas das fontes da salvação’ – e derramava-se a água no sacrifício da tarde com alegres aclamações (Jo 7.37). Acendiam-se os candeeiros de ouro no átrio do templo na primeira noite, e, talvez, também nas outras noites da festa (Jo 8.12). Além disto, os sacerdotes subiam os degraus que separavam o Pátio das Mulheres do pátio interior, cantando os Salmos dos Degraus (Sl 120 a 134).
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tabernáculos, festa dos
Era uma solene festividade dos hebreus, a qual durava oito dias, e era celebrada depois de se fazer a colheita do trigo e de se recolherem os frutos, sendo chamada a festa da Colheita dos Frutos. Era uma das três grandes solenidades, em que todas as crianças do sexo masculino eram obrigadas a apresentar-se diante do Senhor – e foi ela instituída para comemorar a bondade de Deus, que protegeu no deserto os filhos de Israel, e os fez habitar em tendas ou barracas depois de terem deixado as terras egípcias.
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tabete
nome do 10 mês do calendário semítico
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tabita
gazela
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taboate
anéis
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tabor
1. Jebel et-Tor – é um monte notável, isolado, em forma de cúpula, que abruptamente se ergue a nordeste da planície de Jezreel, com a altura de 400 metros, estendendo-se do seu topo a vista até grande distância (Sl 89.12 – Jr 46.18). Estava entre as tribos de issacar e Zebulom (Js 19.22). Tabor foi o ponto de reunião das forças de Baraque (Jz 4.6,14), para a guerra contra Jabim e Sísera – foi teatro da mortandade dos filhos de Gideão (Jz 8.18) – e centro de uma corrompida forma de religião, característica do reino do Norte (os 5.1). Desde o terceiro século se diz que o monte Tabor foi o lugar onde se deu o fato da Transfiguração (*veja esta palavra) – mas o nome do ‘alto monte’ não o dizem os Evangelhos, sendo mesmo provável que naquele tempo fosse o cume do Tabor habitado e em parte fortificado. 2. Cidade de Zebulom, sobre o monte Tabor, ou perto dele, a qual foi cedida aos filhos de Merari (Js 19.22 – 1 Cr 6.77). 3. ‘Planície’, ou mais corretamente ‘carvalho’ do Tabor, perto de Betel, no caminho que tomou Saul depois de ter sido ungido por Samuel (1 Sm 10.3).
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tabrimom
hebraico; Rimom, aramaico: e Deus
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tacanho
Estreito; de pequena estatura
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taciano
Que pertence a Tacio (rei dos sabinos)
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tacio
Rei dos sabinos
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tadai
hebraico: temor, reverencia
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tadeu
Talvez seja uma forma do grego Teudas, ou uma palavra aramaica significando peito feminino – sendo assim, seria então um nome de carinho. o seu verdadeiro nome parece ter sido Judas. Foi um dos doze apóstolos (Mt 10.3 – Mc 3.18). É também chamado Judas, irmão (ou, antes, filho) de Tiago (Lc 6.16 – At 1.13). *veja Jd 5.
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tadmor
Hoje é Palmira, uma povoação que está situada a 192 quilômetros ao nordeste de Damasco, num oásis, rico de água e de frutos, a meio caminho entre o Eufrates e o orontes (1 Rs 9. 18) – diz-se, 2 Cr 8.4, que foi edificada por Salomão – e também no texto vulgar de 1 Rs 9.18, onde a verdadeira palavra é Tamar (*veja esta palavra). Palmira estava vantajosamente colocada para o seu comércio com Babilônia. A cidade de Palmira continuou a ser habitada até à queda do império Romano. As suas ruínas são majestosas.
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tafate
gota
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tafnes
l. A clássica Daphnae, hoje Tell Defenneh, onde se têm encontrado vestígios de um grande campo de tropas – uma cidade importante no limite oriental do Baixo Egito (Jr 2.16), para onde fugiram de Jerusalém o profeta Jeremias e outros (Jr 43.7 a 9 – 44.1), e onde ele profetizou a conquista do Egito por Nabucodonosor (Jr 46.14). Também Ezequiel parece referir-se à mesma cidade (Ez 30.18). 2. Rainha egípcia, a mulher do Faraó que recebeu a Hadade, o edomita, e lhe deu a sua irmã em casamento (1 Rs 11.19,20).
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tafua
hebraico: expectação
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talante
Vontade; empenho
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talar
Que desce até o calcanhar
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talares
Que desce até o calcanhar
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talento
É, no A.T., o maior peso hebraico para metais. os antigos hebreus parece terem tido três diferentes talentos, provenientes da Assíria e da Mesopotâmia, onde havia três talentos semelhantes. o talento peso ‘do rei’ era igual ao peso padrão de 158 arratéis – o talento de ouro a 131 arratéis, 6000 libras esterlinas – o talento de prata a 117 arratéis, 400 libras esterlinas. A moeda, mencionada no N.T., é o talento grego, com o valor de, aproximadamente, 240 libras esterlinas. Aquela quantia que o servo da parábola devia era, portanto, enorme, 2.400.000 libras esterlinas (Mt 18.24). (*veja Pesos e medidas.)
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talento (medida)
34,272 kg
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talita cumi
menina levanta-te
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talmai
pertencente ao sulco lavrador
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talmom
o chefe de uma família de porteiros do templo, depois da volta do cativeiro (1 Cr 9.17 – Ne 11.19). Alguns voltaram com Zorobabel (Ed 2.42 – Ne 7.45) – e os seus descendentes se empregaram no mesmo ofício, nos dias de Neemias e Esdras (Ne 12.25).
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talmud
Uma das maiores obras judaicas, quase toda escrita em aramaico. Contém as explicações da Lei Oral, baseando-se na Mishná. Foi compilado na Babilônia e em Jerusalém.
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talmude
Doutrina e jurisprudência da lei mosaica com explicações dos textos jurídicos do Pentateuco e a Michna, i. e., a jurisprudência elaborada pelos comentadores entre o III e o VI século.
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talmúdico
Pertinente ao Talmud.
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tam
“Tolo”; alusivo a um dos quatro filhos citados na Hagadá.
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tama
hebraico; riso
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tamar
Palmeira. 1. Foi mulher sucessivamente de Er e de onã, filhos de Judá, e mãe, por obra do próprio Judá, de Perez e Zerá, sendo pelo primeiro destes continuada a linha sagrada. Ela está entre os antepassados de Jesus Cristo (Gn 38.6 a 30 – Mt 1.3). 2. Filha de Davi, a qual foi ultrajada pelo seu irmão Amnom, e vingada pelo seu irmão Absalão (2 Sm 13.1 a 32 – 1 Cr 3.9). 3. Filha de Absalão, que provavelmente recebeu aquele nome em memória de Tamar, e que herdou a beleza desta sua tia, como de seu pai (2 Sm 14.27). 4. Local da fronteira sueste de Judá (Ez 47.19 – 48.28 – e provavelmente 1 Rs 9.18 – *veja Tadmor).
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tâmara
Fruto da tamareira
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tamuz
Um nome de Adônis, o deus do Sol, sendo Biblos da Fenícia o principal lugar do seu culto. A sua festividade anual, em junho na Babilônia, em agosto na Palestina, festividade que tomava a forma de uma lamentação pela morte desse deus, e de regozijo por ter voltado à vida, era efetuada por meio de obscenos ritos (Ez 8.14). o rio Adônis (Nahr ibrahim), que tem a sua origem nas montanhas do Líbano, apresenta algumas vezes a cor vermelha, porque o terreno do Líbano é, por sua natureza, muito avermelhado. A fantasia popular converteu esta vermelhidão no sangue de Adônis. Tem-se julgado que as palavras de isaías em 17.10 se referem aos ‘jardins de Adônis’, cujas plantas depois de cortadas eram postas em vasos com a sua imagem, feita de madeira, e depressa murchavam. Em Dn 11.37 ‘o desejo de mulheres’ pode também referir-se ao mesmo ídolo.
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tanata
hebraico:
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taneumetel
hebraico: consolação
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tangedor
’Trazei-me um tangedor’, diz o profeta Eliseu (2 Rs. 3.15), querendo significar com isso um tocador de instrumento de cordas como a harpa. o poder da música para afastar a alma da influência de coisas exteriores, e prepará-la para as visões interiores, se torna igualmente manifesto por outras passagens: 1 Sm 10.5,6 – 16.14 a 23. os músicos, a que se faz referência em Mt. 9.23, eram tocadores de flauta, que se empregavam como pranteadores profissionais.
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tanis
hebraico; lugar baixo
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tanque
hebraico: próximo a Silo, vagueando
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tanumete
hebraico; consolação
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tanunhete
hebraico: consolação
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tapanes
hebraico: começo do século
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tapua
hebraico: maca
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taquemoni
hebraico: sabedoria
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tara
hebraico: demora
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tarala
cambalear
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taré
bode
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tarea
hebraico: habilidade
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tarela
hebraico: poder de Deus
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tarpelias
hebraico: porta dos touros
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társis
l. Em Gn 10.4 e 1 Cr 1.7, Társis é um dos filhos de Javã. o professor Sayce crê significar isto que Társis foi um território colonizado por estrangeiros da Grécia Jônica. 2. Um empório comercial, sendo provavelmente o mesmo que Tartessos, na Espanha – é quase certo tratar-se da antiga cidade de Sevilha, de uma das principais colônias (e a mais remota) dos fenícios (1 Rs 10.22 – 2 Cr 9.21 – is 2.16 – Jr. 10.9 – Ez 21.12 – Jn 1.3). De Társis eram exportados vários metais, como prata, ferro, estanho e chumbo. ‘Navios de Társis’ eram, certamente, embarcações em viagem para outros portos. 3. Bisneto de Benjamin (1 Cr 7.10). 4. Um dos sete príncipes da Pérsia, que viram com grande satisfação a face do rei (Et 1.14).
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tarso
A principal cidade da Cilícia, Ásia Menor, a terra natal e primitiva residência de Paulo (At 9.11, 30 – 11.25 – 21.39 – 22.3). Era afamada pelo fato de ser um centro de educação sob o governo dos primeiros imperadores romanos, rivalizando a sua Universidade com as de Atenas e Alexandria. Foi cidade livre pela boa vontade de Antônio – Pompeu, Júlio César, Antônio e Augusto conferiram a qualidade de cidadão romano a alguns dos seus habitantes, supondo-se que entre esses recebessem essa distinção os antepassados de S. Paulo (At 22.28). Atualmente é uma pequena aldeia muito pobre, de menor importância do que o moderno porto de Mersina, e do que Adana.
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tarta
persa: grande aumento
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tartaque
herói das trevas, ou profundas trevas
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tartaque. persa: a lua dos deuses
ou herói das trevas
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tatalar
Ruído
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tatenai
persa: um dom
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tau
22 letra do alfabeto hebraico, melhor, sinal
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taufik
Boa ventura
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taxativamente
Que não admite réplica ou contestação: opinião taxativa.
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te-abibe
hebr: monte de trigo verde
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teatro
Em Éfeso, a multidão, excitada contra S. Paulo pelo discurso de Demétrio, correu precipitadamente ao teatro com o fim de considerar o assunto (At 19.29,31). A palavra tem ali a significação que se lhe dá, o lugar onde se representavam peças dramáticas, e que era, muitas vezes, usado para reuniões públicas.
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teba
matança
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tebalias
um a quem Jeová purificou
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tebas
egípcio: cidade de Amom
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tebelias
hebraico: Jeová purificou
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tebes
hebraico: brilho, esplendor
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tebete
o décimo mês judaico, dezembro a janeiro. Talvez o mês lamacento, na Assíria (Et 2.16).
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tebete (mês)
Dezembro/janeiro
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tebez
brilho, esplendor
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tebni
testa-de-ferro
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tecelagem
A tecelagem era principalmente trabalho de mulheres. Durante o período das guerras eram por elas fabricados belos tecidos, havendo a propósito dessa sua obra uma interessante referência em 2 Rs 23.7. Provavelmente a maior parte dos tecidos mais finos eram importados, bem como os damascos de seda, e os panos de linho, que vinham do Egito. os teares da Babilônia eram célebres pelos seus produtos, como se pode depreender das capas de Sinar que Acã cobiçou (Js 7.21). As inscrições dos monarcas assírios (do nono ao sétimo século a.C.), fazem freqüentes vezes alusão a roupas bordadas de linho, que eram levadas para a Assíria das nações ocidentais da Ásia, com quem andavam em guerra. os materiais usados na fabricação do pano eram, além de outros, a seda, o linho, o algodão, o pêlo de cabra e de camelo, e a 1ã. É impossível dizer quando principiaram os hebreus a fazer uso da lançadeira. A palavra, assim traduzida em Jó 7.6, significa de preferência o tear pequeno para trabalhar a mão – a mesma significação em Jz 16.14. o eixo de tecelão, que é comparado à haste da lança de Golias (1 Sm 17.7 – cf 2 Sm 21.19), era uma forte peça de madeira pertencente à grade do tear, e que corria ou horizontal ou perpendicularmente.
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tecoa
Talvez signifique o ato de armartendas, ou o soar das trombetas (*veja Jr 6.1). É hoje Tukua, que fica 8 km ao sul de Belém, 11 km ao nordeste de Bete-Zur, num território de pastagem e montanhoso, que principia perto de Hebrom e se estende para o oriente, na direção do mar Morto. Asur, um neto de Judá, é chamado seu ‘pai’, evidentemente o seu fundador (1 Cr 4.5). Era a terra natal daquela discreta mulher que foi mandada a Davi com o fim de o reconciliar com Absalão (2 Sm 14.2) – também a de um dos homens valentes de Davi (2 Sm 23.26 – 1 Cr 11.28 – 27.9) – e a do profeta Amós (Am 1.1). Foi fortificada pelo rei Roboão (2 Cr 11.6) – e reocupada pelos judeus depois da volta do cativeiro (Ne 3.5,27). o povo que vivia por aqueles sítios devia ter-se dedicado, principalmente, à vida de pastor – e então Tecoa pouco mais podia ter sido do que um grupo de tendas, às quais voltavam os homens, em ocasiões de folga, das vizinhas pastagens, e nas quais habitavam as famílias durante a ausência dos seus chefes. Este é, ainda, o caráter daquele lugarejo.
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tecua
hebraico: firme
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tecuas
hebraico: expectação
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tefilin
Lit. “Filactérios”; dois quadrados pretos de couro, um para ser utilizado na cabeça e o outro colocado no braço; contêm pequenos rolos de pergaminho com passagens bíblicas da Torá; usado durante as rezas matinais.
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teina
hebraico: suplica, graça
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teísmo
O teísmo (do grego “theos” que significa “Deus”) é a tese que afirma, não apenas a existência de Deus, mas também a Sua relação com o mundo. Encontramos esta perspectiva no cristianismo, que afirma Deus como criador e senhor do universo; não apenas o criou, mas sustenta-o no ser e relaciona-se com ele amorosamente.
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tel-abide
hebraico: monte de trigo verde
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tel-harsa
hebraico: monte de Harsa ou monte do Harado
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tel-mela
hebraico: monte de sal
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tela
fratura
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telaim
cordeirinhos
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telassar
A colina de Assar. (Um nome do deus Merodaque, cujo templo era famoso em Telassar) – é mencionada em 2 Rs 19.12 e is 37.12, como uma cidade dos filhos de Éden, que tinha sido conquistada e era habitada no tempo de Senaqueribe pelos assírios. A sua situação deve ter sido na Mesopotâmia ocidental.
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telem
opressão
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telmam
hebraico: grande opressão
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tema
Filho de ismael, tendo a tribo o seu nome, e sendo o país ocupado pela gente que a formava (Gn 25.15 – 1 Cr 1.30 – Jó 6.19 – is 21.14 – Jr 25.23). Teyma é ainda uma cidade bem conhecida do norte da Arábia, na estrada das caravanas de Damasco.
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temeni
afortunado
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temerário
Arriscado, imprudente, perigoso.
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temor
Reverência; respeito; veneração
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templo
Vamos fazer a descrição de trêstemplos em Jerusalém – o templo de Salomão – o templo reedificado sob a direção de Neemias – e o templo de Herodes. 1. Templo de Salomão. A edificação do templo foi a grande tarefa do reinado de Salomão. A madeira empregada na construção foi trazida do Líbano pelos operários fenícios, que em grande número foram empregados nesta obra, e outras semelhantes. Preparou-se o emadeiramento antes de ser levado até ao mar, sendo depois feita a sua condução em navios até Jope, e deste porto de mar até Jerusalém, numa distância apenas de 64 km, mais ou menos (1 Rs 5.9). Semelhantemente, as grandes pedras eram cortadas, cinzeladas, e cuidadosamente marcadas antes de serem mandadas para Jerusalém. Foram empregados neste trabalho milhares de operários. Havia 160.000 palestinos divididos em duas classes: a primeira compreendia israelitas nativos, dos quais 30.000, ou aproximadamente 1 por 44 da população vigorosa do sexo masculino, foram arregimentados para aquela obra numa ‘leva’. Estes homens trabalhavam em determinados espaços de tempo, funcionando 10.000 durante um mês, depois do que voltavam por dois meses para suas casas. A segunda classe de operários (1 Rs 5.15 – 2 Cr 2.17,18), era constituída por 150.000 homens, dos quais 70.000 eram carregadores, e 80.000 serradores de pedra. os da primeira dasse, sendo hebreus, eram trabalhadores livres, que trabalhavam sob a direção de inteligentes artífices de Hirão, ao passo que os da outra classe, que eram os representantes dos antigos habitantes pagãos da Palestina, eram realmente escravos (1 Rs 9.20,21 – 2 Cr 2.17,18 – 8.7 a 9). Além destes homens foram nomeados 3.300 oficiais (1 Rs 5.16), com 550 ‘chefes’ (1 Rs 9.23), dos quais 250 eram, na verdade, israelitas nativos (2 Cr 8.10). o contrato entre Salomão e Hirão era assim: Salomão devia dar providências para a manutenção e salário dos homens de Hirão, que haviam de receber certa quantidade de trigo batido, cevada, vinho e azeite (2 Cr 2.10) – ao passo que, enquanto os materiais para a edificação fossem requisitados, impunha Hirão, por esse beneficio, uma contribuição anual de 20.000 medidas de trigo, e 20 medidas do melhor azeite do mercado. A Fenícia dependia principalmente da Palestina para seu abastecimento de pão e azeite (Ez 27.17 – At 12.20). o mestre de obras, que o rei Hirão mandou, chamava-se Hirão-Abi, um homem que descendia dos judeus, pela parte da mãe (2 Cr 2.13,14). o templo estava voltado para o oriente – quer isto dizer que os adoradores, entrando pela parte oriental, tinham em frente o Lugar Santíssimo e olhavam para o ocidente – e, com efeito, sendo o véu desviado para o lado, a arca na parte mais funda do Santuário era vista, estando voltada para o oriente. Entrando, pois, pelo lado oriental, o crente achar-se-ia no vestíbulo, que ocupava toda a largura do templo, isto é, cerca de 9 metros, com uma profundidade de 10,5 metros. Propriamente o Santuário tinha 27 metros de comprimento, por 9 de largura, e 13,5 de altura – constava do Santo Lugar e do Santo dos Santos. Estas medições dizem respeito ao interior – se se quiser saber qual seria a área do templo, temos já de considerar para a avaliação as paredes e a cadeia circunjacente de construções laterais. Estas câmaras serviam para armazenagem dos vasos sagrados – também, talvez, de quartos de dormir para uso dos sacerdotes que estavam de serviço no templo. Era a entrada nessas câmaras por uma porta, que estava ao meio do frontispício do sul, de onde também havia uma escada de caracol que ia ter aos compartimentos superiores (1 Rs 6.8). As janelas do próprio templo, que deviam estar acima do telhado das câmaras, eram de grades, não podendo ser abertas (1 Rs 6.4). os objetos mais proeminentes no vestíbulo eram dois grandes pilares, Jaquim e Boaz, que Hirão formou por ordem de Salomão (1 Rs 7.15 a 22). Jaquim (‘ele sustenta’) e Boaz (‘nele há força’), apontavam para Deus, em Quem se devia firmar, como sendo a Força e o Apoio por excelência, não só o Santuário, mas também todos aqueles que ali realmente entravam. o vestíbulo dava para o Santo Lugar por meio de portas de dois batentes. Estas portas eram feitas de madeira de cipreste, sendo os seus gonzos de ouro, postos em umbrais de madeira de oliveira. Tinham a embelezá-las diversas figuras esculpidas de querubins entre palmeiras, e por cima delas botões de flor a abrir e grinaldas. Dentro do Santuário todos os móveis sagrados eram de ouro, sendo os exteriores feitos de cobre. o sobrado, as paredes (incrustadas, se diz, de pedras preciosas), e o teto eram cobertos de ouro. Tudo isto devia luzir com grande brilho à luz dos sagrados candelabros, sendo dez, e de ouro puro, os que estavam no Santo Lugar, cada um deles com sete braços: havia cinco do lado direito e cinco do lado esquerdo, em frente do Santo dos Santos (1 Rs 7.49). A entrada para o Santo dos Santos estava vedada por um véu ‘de estofo azul, púrpura, carmesim e linho fino’, e bordados nele se viam querubins (2 Cr 3.14). Entre os castiçais estava o altar do incenso, feito de madeira de cedro, e coberto de ouro (1 Rs 6.20,22 – 7.48) – e colocados à direita e à esquerda estavam dez mesas de ouro com os pães da proposição (2 Cr 4.8). os instrumentos necessários para o uso desta sagrada mobília eram, também, de ouro puro (1 Rs 7.49,50). Passava-se do Santo Lugar para o Santo dos Santos por portas de dois batentes, feitas de madeira de oliveira. Dentro do Santo dos Santos estava a arca, a mesma que tinha estado no tabernáculo. Salomão mandou pôr do lado setentrional da mesma arca e do lado do sul duas gigantescas figuras de querubim, esculpidas em madeira de oliveira, e revestidas de ouro. Cada um deles tinha a altura de 4,5 metros, e os dois com as suas asas estendidas, cobrindo o propiciatório, tinham a largura de 4,5 metros. Saía-se do vestíbulo para o átrio interior, ou ‘pátio dos sacerdotes’ (1 Rs 6.36 – 2 Cr 4.9). Era este um pavimento, formado de grandes pedras, como também o era o ‘pátio grande’ do povo (2 Cr 4.9). No ‘pátio dos sacerdotes’ estava o altar dos holocaustos (1 Rs 8.64), de bronze, com 4,5 metros de altura, sendo a base de 9 me
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templo sagrado
Os dois Templos que existiam em Jerusalém: e foram destruídos.; moradia de D-us na Terra; local onde eram realizados os sacrifícios e trazidas as oferendas; o Muro das Lamentações é rmuralha remanecente que cercava o Segundo Templo.
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tempo
os dois grandes fatores, empregados pelo homem primitivo para a determinação do tempo, devem ter sido (como ainda hoje acontece) o Sol e a Lua, sendo pelo Sol fixadas as unidades do tempo, o dia e o ano, e sugerindo a Lua a parte anual do mês, e a divisão deste em semanas. os hebreus, nos seus cálculos para regularem o tempo, serviam-se de dois sistemas: solar e lunar. l. o dia. o espaço de 24 horas, de sol a sol. Nos mais remotos tempos era mais natural considerar o nascer do sol como princípio do dia, segundo o costume dos babilônios, ou o pôr do sol, segundo o costume dos hebreus. Este último processo é, talvez, o mais fácil de todos, pela simples razão de que tem sido sempre para os homens coisa mais provável ver o ocaso do que o nascimento do sol. Por isso, na cosmogonia pré-histórica, registrada em Gn 1, lê-se: ‘da tarde e da manhã se fez um dia’. Este método de completar os dias encontra-se em toda a Bíblia, sendo ainda hoje seguido pelos judeus. 2. Divisões do dia. a) A tríplice divisão do dia em manhã, meio-dia, e tarde (*veja Sl 55.17) é evidente por si mesma. b) Em conexão com estas designações estão as vigílias da noite: eram três segundo o cômputo dos hebreus, e quatro segundo o sistema romano. c) outra maneira é a de dividir o dia em horas. A origem da divisão do dia em 12 ou 24 partes parece ter-se perdido na antigüidade, mas chegou até nós por meio da Babilônia. Entre os hebreus, bem como entre os romanos, contavam-se as horas de cada dia desde o nascer do sol até ao seu ocaso. A duração de cada hora não era um espaço certo de tempo, como entre nós, mas a duodécima parte do tempo em que o sol se mostrava acima do horizonte – e essa parte naturalmente variava segundo as estações. d) posterior divisão em minutos e segundos parece não ter sido conhecida dos hebreus (embora se diga ter vindo dos babilônios). 3. o mês. o mês era lunar com pouco mais de 29 dias, havendo, deste modo, em cada ano 12 meses e cerca de 11-1/4 dias. É, talvez, conveniente examinar o quadro que neste artigo apresentamos. (Estão em caracteres mais salientes os meses hebraicos mencionados na Bíblia, os quais constituem assuntos para artigos especiais.) Com o fim de completar aproximadamente o ano solar, eram intercalados, às vezes, alguns dias, ou mesmo duas ou três semanas, segundo o entendimento dos diretores sacerdotais do calendário. Mas é incerto até que ponto ia este sistema nos tempos bíblicos. A adição era feita depois do mês de adar, e chamava-se segundo adar. os doze meses solares parece serem o resultado de uma posterior divisão do ano solar, sendo a sua base os doze meses lunares. 4. o ano. a) Quando é que principia o ano? Entre nós, como também entre os romanos, começa quando o sol atinge aproximadamente o ponto mais baixo. Mas não era assim entre as hebreus. Eles tinham dois sistemas: i. o sistema sagrado, oriundo da Babilônia, que principiava cerca do equinócio da primavera. Em conformidade com esta instituição eram regulados os tempos das festas sagradas. Também se menciona na Bíblia, com referência a acontecimentos seculares, como ‘Decorrido um ano, no tempo em que os reis costumam sair para a guerra’ (2 Sm 11.1). ii. o sistema civil principiava com o equinócio do outono, quando se concluíam as colheitas. b) Com respeito aos agrupamentos de sete anos, e de sete vezes sete, *veja Ano. c) Quanto aos métodos de computar uma série de anos, *veja Cronologia. Além das diferentes eras, que ali são dadas, podemos mencionar o modo judaico de calcular o tempo desde a criação do mundo baseado na DATA bíblica. Segundo este cômputo, o ano de 1240 era de 5.000, “anno mundi”. Na fixação desta data, num livro ou num monumento, usa-se omitir a casa dos milhares. E assim, quando se lê num moderno livro judaico a DATA de 674, este número adicionado a 1240, representa 1914 d.C.
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temporã
Precoce; prematuro
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temporas
As fontes da cabeça
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tenaz
Instrumento parecido com uma tesoura para tirar ou pôr peças nas forjas (conjunto de fornalha, fole e bigorna, de que se servem os ferreiros para executar obras de ferro) ou segurar ferro em brasa.
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tenazes
Instrumento parecido com uma tesoura para segurar coisas para um determinado fim
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tenda
i. Esta forma de habitação, a tenda, tem sido conservada entre os árabes errantes, desde os primitivos tempos do antigo israel até aos nossos dias. As tendas eram, originariamente, feitas de peles, e mais tarde foram de 1ã ou de pêlo de cabra, e por vezes de pêlo de cavalos. o pano da tenda assentava sobre uma ou várias estacas, conforme a sua grandeza, e estava preso ao chão por meio de pregos especiais, que se espetavam na terra com um maço. A tenda tomava diversas formas, sendo as menores redondas, e as maiores oblongas. Quando a tenda era maior, dividia-se em três espaços por meio de panos suspensos, e tapetes, sendo o espaço da frente reservado para a gente da classe inferior e animais, o segundo para os homens e crianças da família, e a parte que ficava mais atrás era o compartimento das mulheres. Mas, tratando-se de pessoas de mais distinção, havia uma tenda separada para cada mulher casada. Assim, a tenda de Jacó era separada da de Lia e da de Raquel, ao passo que uma simples tenda era suficiente para as suas duas concubinas (Gn 31.33). Semelhantemente, tinha Sara uma tenda propriamente sua (Gn 24.67). As tendas das tribos nômades eram dispostas em acampamentos circulares, no meio dos quais ficava o gado seguro os casados, os que ainda eram noivos, tinham uma tenda especial (Sl 19.5), como é, ainda hoje, o costume entre os árabes. o oficio de S. Paulo era o de fazer tendas, sendo isso, talvez, pela razão de ser famoso para esse fim o pano fabricado na Cilícia com pêlos de cabras (At 18.3).
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tendão
Feixe fibroso situado na extremidade dos músculos e que serve para ligar esses aos ossos ou a outras partes
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tenebroso
Cheio ou coberto de trevas, caliginoso, escuro.
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tenro
Novo; recente; delicado; mimoso
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tentação
A tentação de Jesus Cristo acha-se descrita nos três evangelhos sinópticos (Mt 4.1 a 11 – Mc 1.12,13 – Lc 4.1 a 13), mas S. João não se refere a esse fato. Marcos apenas apresenta algumas palavras sobre esse assunto. A ordem da segunda e terceira tentação, como está em Mateus, é invertida em Lucas. os evangelistas descrevem um fato real, e não somente uma visão: o conflito é com o poder do mal, e não com um tentador humano. o sítio tradicional da tentação é o deserto de Jericó (Js 16.1), sendo o monte de Quarantânia ao norte de Jericó considerado o lugar da terceira tentação. o jejum de Jesus traz à memória o de Moisés (Êx 34.28), e o de Elias (1 Rs 19.8). o nosso Salvador estava livre da inclinação para o pecado, quanto à Sua alma humana, mas Ele não estava fechado às tentações que vinham de fora. Ele tinha o poder de não pecar, e ‘não conheceu pecado’ (2 Co 5.21 – cp com Hb 2.18 e 4.15).
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tentador
o agente da tentação de Jesusé chamado o tentador (Mt 4.3). Também se denomina ‘o diabo’ (Mt 4.1 – Lc 4.2), e Satanás (Mc 1.13). A designação de tentador também aparece em 1 Ts 3.5. (*veja Demônio, Satanás.)
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teófilo
Amigo de Deus. A pessoa a quemLucas dedica o seu Evangelho e os Atos dos Apóstolos (Lc 1.3 – At 1.1). Julga-se que ele tinha sido um gentio de alta categoria, que, sob a influência da pregação evangélica, veio para o Cristianismo. ‘Excelentíssimo’ é, provavelmente, um título (*veja também At 23.26 – 24.2 – 26.25) – foi usado no segundo século (d.C.) a respeito dos cavaleiros romanos.
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teologia
Teologia é a doutrina ou ciência de Deus. A Teologia cristã, aquela que mais nos interessa, é, na aceitação geral, a ciência da religião evangélica, como se acha ela revelada na Bíblia, desenvolvida na História, e continuada na vida progressiva da igreja cristã. Religião e Teologia estão uma para com a outra na relação de vida e conhecimento, de prática e teoria. Um cristão é, necessariamente, participante da revelação de Cristo acerca de Deus: a fé baseia-se no conhecimento, e fazer teologia é simplesmente tornar a fé intelectualmente fortalecida, é definir e sistematizar o conhecimento sobre que ela repousa e para o qual ela, por sua vez, guia o crente. As principais divisões, ou aspectos do estudo teológico, são a parte bíblica, a sistemática, a histórica e a prática. Entre estas, repousando o Cristianismo sobre a revelação contida nas Escrituras, é primária e fundamental a Teologia bíblica ou exegética, pois o principal trabalho do teólogo é interpretar e sistematizar o ensino do Antigo e Novo Testamentos. De um modo claro, a Teologia bíblica divide-se em Teologia do Antigo Testamento e Teologia do Novo Testamento, tratando a primeira da progressiva revelação de Deus ao povo hebreu, tendo a segunda o seu ponto culminante em Jesus Cristo. Não achamos uma Teologia no A.T. – achamos uma religião: noções religiosas, e religiosas esperanças e aspirações. Somos nós próprios que fazemos a Teologia, quando damos a essas idéias e convicções religiosas uma forma sistemática ou metódica. Portanto, o método deve ser histórico – a Teologia do Antigo Testamento é, realmente, a história da religião de israel, como vem ali descrita. o Dr. Davidson distingue cinco grandes períodos históricos: l. Antes do Êxodo. 2. Desde o Êxodo à profecia escrita, 800 a.C. 3. Desde o ano 800 até ao exílio, 586 a.C. 4. Desde o exílio até ao encerramento do Cânon profético, 400 a.C. 5. Desde o ano 400 até à Era Cristã. A literatura do A.T. é, nas suas distintas partes, fixada nestes períodos, e foi por meio de cada um deles que se deu o aumento das grandes idéias religiosas: a doutrina acerca de Deus, do homem e do pecado, da redenção e últimas coisas. Semelhantemente, o N.T. é mais um livro de religião do que de teologia. Mas a vida religiosa que a sua literatura nos oferece tem estas duas características: essa vida é a de uma única geração do homem, sendo ela absolutamente dominada e formada por Jesus Cristo. o N.T. é o testemunho dos apóstolos acerca do Salvador. Pertence à Teologia do N.T. interpretar e sistematizar esse testemunho, colher dos escritos desses homens, a quem, na frase de Paulo, ele ‘apreendeu’, e de quem se assenhoreou, os seus pensamentos e as suas convicções com relação ao Divino Mestre, ao Seu ensino, e à Sua obra a favor do homem. A Teologia do Novo Testamento compreende sete divisões principais: l. o ensino de Jesus, segundo os evangelhos sinópticos. 2. o ensino de Jesus, segundo o quarto evangelho. 3. o primitivo ensino apostólico (At, Tg, 1 Pe, e 2 Pe). 4. A teologia de Paulo. 5. A teologia da epístola aos Hebreus. 6. A teologia do Apocalipse. 7. A teologia de João. ora, embora seja conveniente distinguir a Teologia do N.T. da Teologia do A.T., devemos considerar que estas não são duas, mas uma somente. Cristo veio cumprir a Lei e os Profetas: o Seu ministério e o dos Seus apóstolos apropriaram e completaram a revelação que tinha sido dada a israel por meio das Escrituras judaicas. Por esta forma são continuados os grandes temas religiosos. o que mais se distingue nos ensinamentos de Jesus, não falando no testemunho que deu de Si próprio, é a Sua revelação acerca da paternidade de Deus e a Sua doutrina relativa ao Reino de Deus: as principais verdades das quais estavam de posse os Seus discípulos e intérpretes são aquelas que se acham em conexão com a Pessoa e obra de Cristo: Cristologia e Soteriologia, ou o caminho da salvação. Nas sucessivas ‘teologias’ da igreja, que formam a ‘história da doutrina cristã’, têm estas verdades recebido força variante. À literatura apologética do segundo século, em que era defendido o Cristianismo contra os ataques pagãos e desvios heréticos, sucedeu a longa controvérsia quanto à Pessoa de Cristo, à Sua Encarnação, e à Trindade, sendo o resultado final de tudo isto a ‘fé universal’. (*veja Trindade. ) No ocidente houve controvérsias sobre o pecado e a graça, sendo assentado como único caminho salvador na igreja o ser-se justificado somente pela fé. Com estes três períodos acham-se relacionados os nomes de Atanásio, Agostinho e Lutero. Calvino sistematizou a Teologia protestante, acentuando de um modo especial a soberania de Deus. Deve-se acrescentar que, por toda a História, variante peso se tem dado a três fatores que têm atuado na formação da crença teológica: a autoridade da Escritura, a permanente direção do Espirito, e os direitos da faculdade intelectual. A Teologia de cada época deve interpretar e ter em consideração cada um dos três elementos. o incremento da literatura bíblica, especialmente de dicionários da Bíblia, desde que estes foram escritos, amplamente confirma o atual e principal debate. Este renovado estudo das Escrituras pode alterar-lhes a perspectiva, sem de alguma maneira prejudicar a sua autoridade. Podem levantar-se perigos no novo caminho – mas se a pessoa de Jesus permanece firme à nossa vista, e se as veredas do estudo bíblico forem fielmente e sem receio atravessadas, estando nós apoiados na própria declaração do Salvador de que as Escrituras ‘testificam de mim’, não perigará o futuro da Teologia. ‘o Senhor tem ainda muitas verdades para fazer brotar da Sua santa Palavra’ – e com a direção do Espírito Daquele que ‘ontem e hoje é o mesmo, e o será para sempre’, e sempre com profunda e crescente satisfação para o espírito, para o coração, e para a vontade, podem as gerações, umas após outras, aprofundar cada vez mais a significação da revelada graça de Deus em Jesus Cristo nosso Senhor.
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teológico
Que diz respeito à teologia, que está conforme aos ensinamentos da teologia.
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tequel
persa: Dn 5.25
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terá
1. Pai de Abraão, Naor e Harã, sendo ele, por meio destes personagens, o tronco dos israelitas, ismaelitas, midianitas, moabitas e amonitas (Gn 11.24 a 32). Era um idólatra (Js 24.2), e habitava para além do Eufrates, em Ur dos Caldeus (Gn 11.28). Saiu Terá com Abraão, e Sara, e Ló (seu neto), de Ur dos Caldeus, ‘para ir à terra de Canaã – foram até Harã, onde ficaram’ (Gn 11.31). E em Harã ele morreu, à idade de 205 anos (Gn 11.32).
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terceiro milênio
Os anos a partir de 2001 até 3000.
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terebinto
Esta árvore tem um tronco pequeno e nodoso, crescendo até à altura de quase 6 metros – muitas vezes acha-se isolada, e por isso é facilmente reconhecida à distância, sendo boa para debaixo delas se realizarem especiais práticas religiosas. Em outros lugares, fora da Palestina, dela se extrai a terebentina, para fins comerciais. (*veja Carvalho, Árvore.)
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teres
servo, austero
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terfal
hebraico: porta dos touros
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tergiversar
Procurar rodeios, evasivas; usar de subterfúgios Voga: Uso atual; moda.
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termo
Limite; marco
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terra
os hebreus tinham vários nomes para terra, especialmente Adama e Eretz. Adama, isto é a terra vermelha (Gn 1.25), denota, muitas vezes, terra arável (Gn 4.2). o termo é, também, empregado a respeito de um país, especialmente a Palestina (Gn 47.19 – Zc 2.12). Quando Naamã pediu uma carga de terra que dois mulos pudessem levar (2 Rs 5.17), ele foi influenciado pela idéia pagã de que o Senhor era um deus local, podendo apenas ser adorado com proveito no seu nativo solo. Eretz é a terra em oposição ao céu, ou a terra seca como distinta do mar (Gn 1.1,10). A palavra é, também, aplicada a toda a terra (Gn 18.18), ou a qualquer divisão dela (Gn 21.32), e mesmo ao chão que uma pessoa pisa (Gn 33.3). A frase ‘profundezas da terra’ (is 44.23) significa literalmente os vales, os profundos recessos, como as cavernas e subterrâneos, e figuradamente a sepultura. No N.T., além do termo vulgar ‘terra’, que corresponde às várias significações já apresentadas, há uma palavra especial que significa ‘ terra habitada’ (Lc 4.5 – Rm 10.18 – etc.), usando-se esta expressão de um modo especial a respeito do império Romano. Terra, num sentido moral, é oposta ao que é celestial e espiritual (*veja Jo 3.31 – 1 Co 15.47 a 49 – Tg 3.15, etc.).
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terra prometida
Terra de Israel entregue como herança por D-us ao povo judeu.
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terremoto
As terras da Bíblia sempre foram sujeitas a terremotos – no vale do Jordão e na região do mar Morto há muitos vestígios da ação vulcânica. Estas forças interiores foram, provavelmente, os instrumentos de destruição, na ruína das cidades da planície (Gn 19.25) – e o tremor de terra juntou-se à terrível presença e juízos de Deus (Êx 19.18 – 1 Rs 19.11). Por esta razão se vê estar o terremoto no simbolismo da profecia (is 29.6 – Mc 13.8 – Ap 16.18). Nos dias de Saul acha-se registrado um tremor de terra, quando se trata do feito de armas, que Jônatas e seu escudeiro realizaram (1 Sm 14.15). No reinado de Uzias dois terremotos são mencionados de forma a fazer crer que foram uma memorável catástrofe (Am 1.1 – Zc 14.5). Josefo liga o fato com a impiedade do rei, que julgou que devia oferecer incenso no altar de ouro, e descreve o caso com linguagem muito semelhante à da profecia de Zc 14.4. (Josefo, Ant iX. 10.4.) Segundo a narração de S. Mateus, a morte de Jesus foi assinalada por um terremoto, abrindo-se os túmulos e aparecendo os mortos (Mt 27.51 a 54). E, na cidade de Filipos, Paulo e Silas puderam livrar-se da prisão em virtude de um fenômeno semelhante (At 16.26).
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tértulo
Um orador que o sumo sacerdotee o Sinédrio tomaram a seu serviço, para acusar o apóstolo Paulo em Cesaréia diante do procurador romano, Antônio Félix (At 24.1). Tértulo era de origem romana, ou pelo menos italiano, mas provavelmente discursava em grego, não em latim. Ele pertencia à classe dos oradores profissionais, havendo um grande número destes homens, espalhados por todo o império, na esperança de acharem emprego nos tribunais de província.
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tesbita
hebraico: o estrangeiro, natural de Tisbi
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tessalônica
Tessalônica, cidade da Macedônia, chamada em tempos mais antigos Termas (‘Banhos Quentes’), achava-se situada sobre o golfo Termaico. o nome de Tessalônica foi-lhe dado pelo general macedônio Cassandro, em honra de sua mulher, que era irmã de Alexandre Magno. Sob o domínio romano foi a capital de um dos quatro distritos da Macedônia, e a sede do governador provincial, ou pretor, embora fosse uma cidade livre, administrada por ‘politarcas’ (At 17.6,8), conservando-se ainda esta designação especial num arco de triunfo. A situação de Tessalônica, a estação central na grande Estrada Egnaciana, que da ilíria ia à Trácia através da Macedônia, e porto do mar numa excelente baía, era causa de aumentar o seu negócio e as suas riquezas, atraindo a si, por esse motivo, uma população mista de gregos, romanos, e judeus. É, ainda, como sempre tem sido, uma floresceste cidade comercial, com o nome, agora levemente modificado, de Salônica. A sua posição geográfica e importância marítima tornavam-na um dos centros de propaganda evangélica na Europa. Paulo trabalhou nesta cidade por pouco tempo, durante a sua segunda viagem missionária (At 17.1 a 13). Enquanto ele ali permaneceu, mandaram-lhe os filipenses determinado auxílio ‘não somente uma vez’ (Fp 4.16). Foi a terra de Aristarco (At 27.2), e para ali foi Demas depois de ter deixado Paulo (2 Tm 4.10). A narrativa que vem no cap. 17 dos Atos revela a força da pregação de Paulo aos judeus e prosélitos (‘gregos piedosos’). As epístolas sugerem que os últimos membros da igreja foram principalmente gentios convertidos (1 Ts 1.9 – 2.14). o alto caráter da igreja, quanto à fé, zelo, e amor fraternal, transparece nas palavras das epístolas.
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tessalonicenses (epistolas aos)
Em relação à igreja, à qual foram dirigidas estas cartas, *veja a palavra Tessalônica. E a respeito da sua autoria, afirma-se com segurança que foram escritas por S. Paulo. Com toda a probabilidade foram elas as primeiras epístolas de S. Paulo. A sua DATA deve fixar-se pelo tempo da sua segunda viagem missionária, em que se efetuou a sua primeira visita à Europa, devendo, pois, ter sido entre 49 a 51 d.C., ou talvez entre 51 a 53 d.C. Em Corinto é que as cartas foram escritas, e depreende-se o seu objeto da sua exposição doutrinal. o Evangelho tinha sido, pela primeira vez, pregado em Tessalônica por Paulo e Silas, pouco depois de terem saído da prisão em Filipos. Na verdade, do que diz a epístola parece concluir-se que a igreja constava principalmente de gentios (1 Ts 1.9), que certamente se haviam convertido depois de ele ter falado por três semanas. As referências do Apóstolo à sua maneira de viver entre os tessalonicenses implica uma residência demorada naquela cidade. Paulo dirigiu-se primeiramente aos judeus, como costumava fazer, e depois, com resultado ainda maior, aos gentios. Forçado a sair da cidade pela violência dos judeus, deixou Paulo a nova igreja em dificuldades. A sua ansiedade era grande a esse respeito, e por isso, estando em Atenas, mandou ali Timóteo com o fim de animar e confortar aqueles crentes, pois estavam expostos a grandes perseguições (1 Ts 3.1,2). Timóteo, cumprida a sua missão, foi encontrar-se com S. Paulo em Corinto, e descreveu-lhe a firmeza de fé dos cristãos de Tessalônica, o que foi para o Apóstolo motivo de alegria e satisfação (1 Ts 3.6 a 9), sendo nele despertado o desejo de visitá-los novamente. Mas, tendo sido por vezes contrariado nos seus planos a este respeito, escreveu então de Corinto a primeira Epístola. os pontos da primeira epistola constituem duas partes: (1) Na primeira parte (1 a 3), o Apóstolo mostra a sua satisfação e alegria pela maneira como os tessalonicenses tinham recebido o Evangelho, e pela sua fidelidade e constância no meio das perseguições, que tanto deviam afligi-los – justifica o seu procedimento e o dos seus cooperadores na pregação do Evangelho, e declara quanto lhe interessavam aqueles crentes que muito estimava. (2) o restante da epístola está cheio de admoestações práticas – avisos contra o pecado, em que era notável aquela cidade – exortações para que cultivassem todas as virtudes cristãs, devendo eles observar de um modo especial uma vida vigilante, sóbria e santa, de forma que fossem belas e esperançosas as condições do seu viver (4.1 a 12, e 5). Palavras especiais de consolação são dirigidas àqueles que choravam a morte dos seus queridos. Fala-lhes, com a sua autoridade apostólica, da ressurreição das pessoas piedosas quando viesse Cristo, a que se havia de seguir uma transformação de vida – e exorta-os a que se animem nesta gloriosa esperança (4.13 e 5.11), acrescentando a estas considerações uma série de breves conselhos, que são um resumo do evangelho prático (5.12 a 23). Termina, depois de lhes recomendar que se abstivessem ‘de toda forma de mal’, com saudação e bênção (5.22 a 28). A Segunda Epístola foi escrita não muito depois da primeira. o seu principal objeto foi corrigir a crença, existente entre os cristãos de Tessalônica, de que o aparecimento do Salvador e o fim do mundo estavam próximos – e, além disso, quis o Apóstolo protestar contra qualquer má aplicação da doutrina ensinada. Com efeito, o erro daqueles crentes baseava-se, em parte, na má interpretação dada a algumas expressões da sua primeira epístola – e parece ter sido sustentado por alguns que pretendiam ser inspirados, chegando mesmo a escrever cartas fictícias em nome do Apóstolo. Havia, também, alguns indivíduos que sob pretexto de religião desprezavam as suas ocupações seculares, entregando-se a uma vida desregrada. os pontos da segunda epístola são os seguintes: Depois da saudação, o autor dá graças a Deus pelo caráter cristão dos crentes tessalonicenses e pela sua firmeza na oração (1.2 a 11,12) e refere-se ao erro de quererem alguns antecipar o dia do Senhor. Lembrando aos cristãos da Tessalônica o que lhes tinha ensinado, quando estava com eles, diz-lhes que esses ensinamentos se referem mais ao inesperado do acontecimento do que à sua proximidade, e que o grande fato havia de ser precedido da ‘apostasia’, e do temporário domínio do homem do pecado, esse espiritual usurpador, que, depois de removidos certos obstáculos, havia de estabelecer um sistema de erro e engano, pelo qual seriam muitos desviados (2.1 a 12) do verdadeiro caminho. Vêm depois as ações de graças e as exortações práticas (2.13 a 3.5), seguidas de conselhos quanto ao modo de tratar com membros desordenados, e as últimas mensagens e saudações (3.6 a 18). A feição característica das duas epístolas é a ausência de uma geral exposição doutrinária e a insistência nas ‘últimas coisas’: a vinda do Senhor (1 Ts 1 a 2.19 – 3.13 – 4.15 a 5.3,23 – 2 Ts 1.7 a 2.12) – a ressurreição e glória futura dos crentes (1 Ts 4.13 a 18 – 5.10 – 2 Ts 15 – 2.14). Quanto à passagem de 2 Ts 2.6 a 10, *veja Anticristo.
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testador
Que ou aquele que testa ou faz testamento.
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testemunha
Na lei judaica requeria-se o depoimento de duas ou mais testemunhas dignas de fé com o fim de se sustentar a afirmação de um fato, e só assim se podia provar o crime do réu (Nm 35.30 – Dt 17.6,7 – 19.15). Todo aquele que fosse adjurado pela autoridade competente, era constrangido a responder (Lv 5.1). Por isso, Jesus Cristo replicou ao sumo sacerdote, quando ele o interrogou com estas palavras: ‘Eu te conjuro pelo Deus vivo’ (Mt 25.63). E na Sua resposta deu Jesus verdadeiro testemunho do Seu poder. A pessoa que apresentava um testemunho falso era severamente castigada (Êx 23.1 a 3 – Dt 19.16 a 21). isto tinha por fim proteger fortemente o homem pobre, que de outra maneira ficaria à mercê de gente sem escrúpulos. Era dado, algumas vezes, formal testemunho sobre as tábuas da Lei, que estavam na arca, e deste modo no tabernáculo. Procedem daqui as frases, a arca do Testemunho e o tabernáculo do Testemunho.
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tetanai
persa: um dom
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tete
9 letra do alfabeto hebraico:
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tetelestai
É a palavra grega usada para o frase “está consumado”. Recibos de impostos em papiro foram encontrados com a palavra grega “Tetelestai” escrita neles, o que significa “liquidado”.
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tetrarca
Governador de uma quarta parte. Acha-se aplicado o termo a Herodes Antipas, tetrarca da Galiléia, a Herodes Filipe, tetrarca da ituréia e Traconites, e a Lisânias, tetrarca da Abilene (Lc 3.1). Parece que os romanos usavam esse título, nos tempos do N.T., para designar príncipes tributários, que não tinham suficiente importância para serem chamados reis. Certamente, por cortesia do povo se dava a Herodes Antipas, tetrarca da Galiléia, o título de rei (Mt 14.9 e Mc 6.14,22). Herodes Antipas e Herodes Filipe eram filhos de Herodes, o Grande.
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teudas
Talvez seja uma contração de Teodoro, o dom de Deus – era o nome de um insurgente, que Gamaliel mencionou diante do Sinédrio (At 5.35 a 39), quando os apóstolos, a quem tinham prendido, estavam sendo interrogados. Esse indivíduo apareceu à frente de 400 homens aproximadamente, procurando desencaminhar o povo com as suas falsas doutrinas e também realizar os seus desígnios pela violência. Ele fazia alto conceito de si próprio, mas por fim morto, sendo dispersada a sua gente e reduzida a nada. Josefo (Anti. XX 5.1) refere-se a um homem com o mesmo nome, que se revoltou, mas foi isso dez anos depois do discurso de Gamaliel. Não se sabe que relação há entre os dois fatos, mas não há razão para pensar que seja Flávio Josefo mais digno de crédito do que S. Lucas.
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tevet
Décimo mês do calendário judaico (contando a partir do mês de Nissan).
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theresa
Natural da ilha de Terã
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thiago
Alegre
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thomas
Gêmeos
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tiago (epistola universal de)
A autoria desta epistola tem sido discutida – é contudo geralmente aceito que não foi Tiago, o irmão de João, quem a escreveu, embora alguns antigos e modernos expositores lha atribuíssem, mas sim esse Tiago (ou Jacó) que, depois da morte do primeiro (At 12.2), é mencionado como presidente da igreja de Jerusalém, e é chamado por Paulo ‘o irmão do Senhor’ (At 12.17 – 15.13 a 29 – 21.18 a 25 – Gl l. 19). Tudo bem considerado, o que parece provável é que Tiago, o autor desta epístola, era o filho de José e Maria, e por conseqüência um dos irmãos de Jesus. Esta epístola é dirigida aos judeus, particularmente aos que eram cristãos: talvez àqueles que, tendo abraçado a fé cristã, no grande dia de Pentecoste (At 2.5 a 11), haviam voltado às suas casas nas várias partes do império Romano. os destinatários podem, pois, ser não só esses, de quem se acaba de falar, mas também os que Tiago conhecia muito bem pelas visitas deles a Jerusalém em ocasiões de festividades. Pelo que podemos deduzir do que está escrito na epístola, parece terem vivido esses judeus convertidos em condições de exterior aflição, faltando-lhes as felicidades temporais. Além disso, parece ter-lhes faltado também a paciência e a submissão para com Deus, não havendo neles piedosa vigilância sobre si mesmos e o amor aos seus semelhantes. o principal assunto desta epístola é o caráter de vida do verdadeiro cristão, que deve ser ‘praticante da palavra’, perseverando na ‘lei perfeita da liberdade’, em contraste com o espírito e conduta do que meramente professa o Cristianismo. Numerosas ilustrações são expostas nas várias relações e condições da vida real, adaptadas às circunstâncias e necessidades de diferentes classes de pessoas. Para as diversas provações da vida ali se encontram palavras consoladoras e de animação, juntamente com veementes exortações à prática das virtudes mstãs. E a isto se acrescentam admoestações e reprovações, havendo em vista aqueles que desonram a religião, dizendo que a professam, mas sem a praticarem. o estilo da epístola é sentencioso e enérgico, pitoresco e rico de figuras. De modo notável se assemelha, na matéria e na forma, aos ensinamentos de Jesus, especialmente no Sermão da Montanha (Mt 5 a 7), havendo evidentes alusões a algumas partes dessa maravilhosa exposição. ‘Sabedoria’ é uma das palavras essenciais desta epístola, podendo comparar-se o seu estilo ao dos livros de sabedoria (Hocmá) do A.T. *veja 1.5 a 8 e 3.13 a 18, onde se encontra uma enumeração das qualidades da falsa sabedoria e da verdadeira. Nota-se, de igual modo, a importância com que são tratados certos assuntos: a fé e palavras – a oração 1.5 a 7 – 4.8 – 5.13 a18 – a tentação, 1.2,12,13,14. Não obstante a severidade do estilo retórico, nota-se o constante recurso à palavra ‘irmãos’.
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tiago, filho de alfeu
Os Evangelhos fazem apenas referências passageiras a Tiago, filho de Alfeu (Mt 10.3; Lc 6.15). Muitos estudiosos crêem que Tiago era irmão de Mateus, visto a Bíblia dizer que o pai de Mateus também se chamava Alfeu (Mc 2.14). Outros crêem que este Tiago se identificava como “Tiago, o Menor”, mas não temos prova alguma de que esses dois nomes se referiam ao mesmo homem (Mc 15.40). Se o filho de Alfeu era, deveras, o mesmo homem Tiago, o Menor, talvez ele tenha sido primo de Jesus (Mt 27.56; Jo 19.25). Alguns comentaristas da Bíblia teorizam que este discípulo trazia uma estreita semelhança física com Jesus, o que poderia explicar por que Judas Iscariotes teve de identificar Jesus na noite em que foi traído. (Mc 14.43-45; Lc 22.47-48). Diz as lendas que ele pregou na Pérsia e aí foi crucificado. Mas não há informações concretas sobre sua vida, ministério posterior e morte.
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tiago, filho de zebedeu
Depois que Jesus convocou a Simão Pedro e a seu irmão André, ele caminhou um pouco mais ao longo da praia da Galiléia e convidou a “Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco consertando as redes” (Mc 1.19). Tiago e seu irmão responderam imediatamente ao chamado de Cristo. Ele foi o primeiro dos doze a sofrer a morte de mártir. O rei Herodes Agripa I ordenou que ele fosse executado ao fio da espada (At 12.2). A tradição diz que isto ocorreu no ano 44 dC, quando ele seria ainda bem moço.
Os Evangelhos nunca mencionam Tiago sozinho; sempre falam de “Tiago e João”. Até no registro de sua morte, o livro de Atos refere-se a ele como “Tiago, irmão de João” (At 12.2) Eles começaram a seguir a Jesus no mesmo dia, e ambos estiveram presentes na Transfiguração (Mc 9.2-13). Jesus chamou a ambos de “filhos do trovão” (Mc 3.17).
A perseguição que tirou a vida de Tiago infundiu novo fervor entre os cristãos (At 12.5-25). Herodes Agripa esperava sufocar o movimentos cristão executando líderes como Tiago. “Entretanto a Palavra do Senhor crescia e se multiplicava” (At 12.24).
As tradições afirmam que ele foi o primeiro missionário cristão na Espanha. -
tiara
Turbante, toucado. A tiara, ou turbante, que os simples sacerdotes usavam, constava de várias tiras de pano de linho em voltada cabeça, de forma a parecer uma coroa. o turbante estava inteiramente coberto com outra peça de linho, que chegava a cobrir a fronte (Êx 28.40). A tiara do sumo sacerdote não fazia muita diferença da dos sacerdotes (Êx 39.28 – Ez 44.18).
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tiatira
Esta cidade é hoje Akhissar – está situada entre a Lídia e a Mísia (estando estes territórios incluídos na província da Ásia). Em relação com essa cidade estava Lídia, a vendedora de artigos de púrpura em Filipos (At 16.14). Muitas associações comerciais existiam ali. Tem-se pensado que a ‘púrpura’ era a cor de uma tinta, proveniente da garança, que ainda hoje nasce nas vizinhanças. Tiatira era a sede de uma das sete igrejas da Ásia, às quais foram dirigidas as cartas apocalípticas (Ap 1.11 – 2.18). A obscura passagem de Ap 2.20,21 tem sido explicada como sendo uma referência ao culto da sibila Sambata. Fora dos muros de Tiatira havia um templo dedicado a Sambata. Pode ser que a igreja judaico-cristã de Tiatira não tivesse reprovado esta corrupção tão severamente como devia ter feito. outra explicação, que não exclui a primeira, é que naquela passagem se alude aos ritos que acompanhavam o culto de Apolo, a principal divindade da cidade. Mas, talvez, seja melhor ver naquelas palavras uma referência a certa profetisa cristã, que sustentava os falsos ensinamentos dos nicolaítas.
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tibate
matança
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tibérias
É hoje Tubariya. Cidade na praia ocidental do mar da Galiléia, dando o seu nome ao mar (Jo 6.1,23 – 21.1). Ainda conserva vestígios da sua antiga grandeza. A cidade foi edificada por Herodes Antipas, que lhe deu aquele nome em honra do imperador Tibério, e a fez capital da Galiléia. Esse Herodes, o assassino de João Batista, residia em Tibérias, ficando assim explicado o fato de ele nunca ter visto Jesus, e observado qualquer milagre, pois parece que nunca o Salvador visitou aquela cidade. Tibérias era de um modo predominante uma cidade gentílica – e o trabalho de Jesus Cristo efetuava-se entre aquelas populações mais ao norte do lago, as quais eram inteiramente judaicas.
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tibério
Tibério Cláudio Nero, o segundo imperador de Roma, sendo primeiramente imperante com Augusto desde o ano 11 até ao 14 da nossa era. Reinou depois independentemente, de 14 ao ano 37, de forma que a vida pública de Jesus Cristo e os primeiros acontecimentos da idade apostólica decorreram dentro dos limites da sua administração. Antes da sua ascensão ao trono imperial, ele distinguiu-se pelas suas qualidades de orador, guerreiro e estadista – mas quando imperador foi o seu governo manchado com os mais negros crimes e vícios. Provavelmente o ano 15 (d.C.) do império de Tibério César (Lc 3.1), é o número de anos, partindo do ano 11. A cidade de Tibérias, edificada por Herodes Antipas, tomou o seu nome deste imperador.
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tibério
filho do filho do rei tiber; césar: cabel
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tiberio cesar
latim: associação de dois nomes:
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tibirica
Chefe que vigia a terra, o maioral
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tibite
hebraico: Jeová e bom
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tibni
palha
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tição
Pedaço de lenha em brasa na sua extremidade (is 7.4 – Am 4.11 – Zc 3.2) – um facho (Jz 15.4) – frechas que queimam (Pv 26.18).
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ticiano
Venerável
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ticio justo
latim: honrado (Ticio), reto (justo)
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ticvá
esperança expectação
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tidal
medo, reverência
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tifsa
hebraico: vau, passagem
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tifta
vau passagem
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tiglate-pileser
Tiglate-Pileser, rei da Assíria (o terceiro ou mais propriamente o quarto rei desse nome). o seu nome babilônico era Pul, e foi a ele que Menaém, rei de israel, pagou um certo tributo em 738 a.C. (2 Rs 15.19). Atacou a cidade de Samaria no reinado de Peca, tomou várias cidades para a Assíria, 732 a.C. (2 Rs 15.29). E aconteceu que, depois desta invasão, fez Peca aliança com Rezim rei da Síria, e prepararam juntos um ataque à cidade de Jerusalém. o rei de Judá, Acaz, pediu então auxilio a Tiglate-Pileser, que marchou contra Damasco e a tomou, matando o rei Rezim. Depois disto deliberou castigar Peca, e assolou todo o território ao oriente do Jordão, levando para o cativeiro os rubenitas, os de Gade, e a meia tribo de Manassés, os quais foram colocados na Mesopotâmia superior. o resultado desta invasão pode, em poucas palavras, descrever-se: a Síria e uma parte importante da Samaria ficaram pertencendo ao império da Assíria, e o reino de Judá ficou reduzido à condição de mero tributário do mesmo império (2 Rs 15.37 – 16.10,11 – 1 Cr 5.26 – 2 Cr 28.16 a 21).
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tigre
hebraico: Hidequel; o rápido
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tijolo
os tijolos usados pelos judeus para edificações eram geralmente secos ao sol, havendo também tijolos cozidos ao fogo para os lugares úmidos e pantanosos, e também para ornamentação. A arte de fabricar tijolos já era conhecida no tempo da construção da torre de Babel (Gn 11.3). E os israelitas a aprenderam durante o tempo que foram obrigados a trabalhar para os egípcios (Êx 1.14). A pedra tinha de ir buscar-se a grande distância, mas o barro para o tijolo estava perto, e era abundante. Desta forma a fabricação de tijolos, os secos ao sol e os cozidos no forno, chegou a ser uma aperfeiçoada arte do Egito: e quando os governadores egípcios tiveram entre eles uma grande população de escravos estrangeiros, nada mais esperável do que obrigar esses indivíduos a fabricar tijolos. os sofrimentos dos hebreus nesse trabalho duro, segundo a narração do Êxodo, são inteiramente provados por meio de esculturas nos monumentos. Ali se vê representado muitas vezes o intendente das obras com a sua vara. Era costume empregar palha cortada, caniços, e quaisquer refugos fibrosos, para darem consistência ao lodo do Nilo usado na fabricação dos tijolos, que iam secar ao sol. Sabemos pelas palavras do Êxodo (5.18) que os egípcios tornaram mais pesado o trabalho dos hebreus, recusando-lhes o fornecimento da necessária palha cortada. Deste modo foram eles compelidos a procurar nos campos e em várias herdades a palha para os tijolos. Pode-se imaginar quão grande apoquentação era a sua, visto como tinham de apresentar o mesmo número de tijolos que fabricavam antes. Esses tijolos tinham mais ou menos o dobro do tamanho daqueles que atualmente se usam. Em cada tijolo, dos empregados nos edifícios públicos, estava gravado o nome do rei, e algumas vezes o nome das casas para as quais eram destinados. A Babilônia, semelhantemente ao Egito, era um país sem pedras, Foi muito provavelmente ali que se exerceu, em primeiro lugar, a arte de fabricar tijolos – e as ruínas de numerosos edifícios, que têm sido examinadas, atestam a inteligência e o gosto dos tijoleiros babilônicos. A maioria dos tijolos encontrados têm o nome do rei Nabucodonosor. A muitos deles pode mais apropriadamente dar-se o nome de ladrilhos (Ez 4.1), pois que eram decorados e esmaltados. As ruínas de Nínive têm, também, proporcionado aos estudiosos muitos ladrilhos de esmalte belo. os fornos de cozer o tijolo eram usados no Egito, mas os tijolos eram menores do que os secados ao sol, variando estes últimos entre 25 a 30 centímetros de comprimento, 15 a 23 de largura, e 7,5 a 18 de espessura. Jeremias menciona um destes fornos (Jr 43.9) do Egito, e pelas palavras de 2 Sm 12.31 se vê que também os havia na Palestina no tempo de Davi. E isaías (65.3) se queixa de que o povo edifique altares de tijolo em vez de empregar a pedra tosca, como pedia a lei (Êx 20.25). (*veja Casa, olaria.)
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tilom
hebraico: um dom
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timão
o honrado
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timeu
forma reduzida de Bartimeu
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timna
1. Concubina de Elifaz, filha deEsaú (Gn 36.12). 2. irmã de Lotã, e filha de Seir, o horeu (Gn 36.22 – 1 Cr 1.39). 3. indivíduo principal, ou chefe do povo de Edom, que descendia de Esaú (Gn 36.40 – 1 Cr 1.51).4. Filho de Elifaz e neto de Esaú (1 Cr 1.36) – é, evidentemente, o mesmo que Coré, em Gn 36.16. 5. É hoje Tibna, 3 quilômetros ao ocidente de Ain Shems, perto do lugar onde o Wady Surar corre sobre a planície de Filístia – uma cidade da fronteira setentrional de Judá (Js 15.10), a qual foi cedida a Dã (Js 19.43) – mais tarde foi ocupada pelos filisteus (Jz 14.1 a 5), e de novo tomada no tempo de Acaz (2 Cr 28.18). 6. Cidade nas montanhas de Judá – sítio desconhecido (Gn 38.12 a 14 – Js 15.57).
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timnate
porção
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timom
conceituado, digno
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timóteo
Honrando a Deus. Jovem companheiro de Paulo, habitante, ou talvez natural de Listra, na Licaônia, onde o Apóstolo o encontrou pela primeira vez (At 16.1,2). Seu pai era grego, mas, sendo a sua mãe e a sua avó piedosas judias, cuidadosamente educaram Timóteo segundo o ensino das Sagradas Escrituras (2 Tm 3.14). Provavelmente ele se converteu ainda muito jovem, por ocasião da primeira visita do Apóstolo a Listra (At 14.6 – 16.1 – 1 Co 4.17 – 1 Tm 1.2 – 2 Tm 1.2). Depois da separação que se efetuou entre Paulo e Barnabé, a propósito de João Marcos (At 15.37 a 39), foi Timóteo escolhido por Paulo para ajudá-lo nos seus trabalhos. Havendo sido circuncidado, foi um leal e estimado cooperador de Paulo. Ele ajudou o Apóstolo na fundação das igrejas de Filipos e de Tessalônica (At 17.14), tendo para com a primeira um especial interesse (Fp 2.19). Depois de ter permanecido por algum tempo em Beréia (At 17.13,14), foi provavelmente juntar-se a Paulo, em Atenas, o qual em seguida o mandou a Tessalônica (1 Ts 3.2) – e não tardou que se encontrasse de novo com seu mestre em Corinto, levando notícias da igreja. Juntamente com Paulo e Silas é ele mencionado no começo das duas epístolas aos Tessalonicenses. Aparece em seguida Timóteo a trabalhar em Éfeso (At 19.22), recebendo ânimo para este trabalho com a saudação nas epístolas aos Colossenses e a Filemom. Daquela cidade foi ele mandado com Erasto à Macedônia e Acaia (At 19.22), com uma missão especial para a igreja de Corinto (1 Co 4.17). Mais tarde aparece junto com outros numa saudação à igreja de Roma (Rm 16.21) – e acompanha depois o Apóstolo à Ásia (At 20.4). Não se sabe se ele foi com Paulo até Roma. o mais provável é que fosse encontrar nesta cidade o seu diretor e mestre, sendo depois enviado a Filipos (Fp 2.19). o Apóstolo recomenda-lhe que se apresse a ir visitá-lo, quando da sua última prisão (2 Tm 4.9 a 13). Na epístola aos Hebreus se fala na saída de Timóteo da prisão, mas não se sabendo quando essa carta foi escrita, nem em que lugar, não se pode também compreender a referência. A tradição eclesiástica apresenta Timóteo como primeiro Bispo de Éfeso, e diz que ele morreu ali martirizado quando João estava exilado na ilha de Patmos.
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timóteo (epistolas a)
Desde o primeiroséculo até aos nossos dias tem sido atribuída a Paulo a autoria destas epístolas. A DATA em que foi escrita a primeira epístola deve fixar-se em certo espaço de tempo depois da primeira prisão do Apóstolo em Roma, possivelmente no ano 66. o lugar pode ter sido Trôade, talvez em casa de Carpo (Cf 2 Tm 4.13). o propósito pode deduzir-se do seu conteúdo. São dois os objetivos principais desta epístola: i. Destruir as falsas doutrinas dos mestres judaicos que, sob pretexto de fidelidade à Lei, ensinavam mandamentos que estavam em desacordo com os santos preceitos mosaicos. ii. Guiar e animar Timóteo no desempenho da sua missão, dando-lhe esclarecimentos (1) sobre as devoções públicas, 2.1 a 8 – (2) sobre os deveres e comportamento das mulheres cristãs, 2.9,12 (cp com 1 Co 11.3 a 16 – e 14.34 a 40 – e 1 Pe 3.1 a 6) – (3) sobre os que tinham cargos eclesiásticos, 3.1 a 13 – (4) sobre o seu próprio ensino, 3.14 e 4 – (5) sobre a sua santidade pessoal, 4.11 a 16 – (6) e sobre a direção da sua igreja na maneira de tratar os transgressores, as viúvas, os bons e os maus anciãos, os escravos e os ricos, indicando os deveres destas diversas classes de pessoas, 5,6. (cp com Tt 1.10 a 3.11). Com os ensinamentos que o Apóstolo fornece ao seu discípulo acham-se também vivas e afetuosas recomendações, referências à própria conversão de Paulo, e solenes previsões sobre a vinda de Cristo. Quanto à segunda epístola, a última de S. Paulo, deve ter sido escrita por ocasião do seu segundo cativeiro em Roma, não muito antes do seu martírio, talvez nos primeiros meses do ano 67. o espaço de tempo que medeia entre as duas prisões de Paulo, parece tê-lo passado o Apóstolo na Ásia (Fm 1.22), depois na Macedônia (1 Tm 1.3), invernando em Nicópolis do Epiro (Tt 3.12). A razão por que o Apóstolo voltou a Roma não o diz ele – apenas sabemos que ele foi logo preso como malfeitor (2 Tm 2.9). Toda a carta acha-se revestida de particular interesse, compreendendo os últimos conselhos do Apóstolo. Depois de uma afetuosa saudação com ação de graças (1.1 a 5), aconselha Timóteo a que seja corajoso, zeloso, e firme no ministério (1.6 a 14) – fala-lhe de alguns que se tinham mostrado infiéis, e recorda as boas obras de onesíforo (1.15 a 18) – exorta-o a ter paciência, fazendo alusão aos seus próprios sofrimentos pelo Evangelho (2.1 a 13), e a ser fiel no ministério, manifestando pessoal retidão (2.14 a 26) – anuncia tempos perigosos com respeito aos ‘últimos dias’ (3.1 a 9) – e volta a fazer exortações (3.10 a 4.5), terminando por certas mensagens pessoais. Encontramos nas epístolas a Timóteo e a Tito – Epístolas pastorais – a mais clara revelação que a Escritura nos oferece a respeito do caráter, qualificações e deveres do niinistro cristão. Estas epístolas encerram, também, a mais completa previsão da corrupção do Cristianismo, em tempos próximos dos seus, e da extensiva infiuência da infidelidade, a que a Escritura chama os últimos tempos. É digno de nota que Policarpo, que escreveu pelo ano 117 d.C., tivesse citado a primeira epístola a Timóteo, cap. 6, vers. 7.
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tinhoso
Nojento; repugnante
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tinna
hebraico: porção destinada ou inacessível, Js 15.57
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tinnate-heres
hebraico: porção de sol
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tinnate-sera
hebraico: porção dobrada, porção do sol
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tino
Juízo; prudência
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tinta
Só uma vez é mencionada a tinta no A.T. (Jr 36.18). Pode isto fazer supor que as profecias eram escritas de modo indelével. Por outro lado tem-se deduzido do que se lê em Êx 32.33 e Nm 5.23 que a tinta usada pelos hebreus não era perdurável. os papiros mostram que a tinta usada no Egito, de várias cores, continha ácido e era de caráter permanente. No N.T. há três referências à tinta (2 Co 3.3 – 2 Jo 12 – 3 Jo 13). A palavra significa literalmente ‘preto’.
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tinteiro
Era um recipiente que os negociantes e escreventes traziam no cinto (Ez 9.2 a 11). Era feito de modo que não só continha tinta, mas também levava as penas. (*veja Pena, Escrita. )
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tiquico
indivíduo natural da provínciada Ásia, não sendo provavelmente de Éfeso, nem certamente de Colossos (At 20.4). Foi companheiro e cooperador de Paulo. Acompanhou o Apóstolo durante algum tempo, desde a Macedônia a Jerusalém – e ficou concluída com esta última navegação a terceira viagem missionária (At 20.15,38). Esteve em Roma com Paulo, achando-se este na prisão (C14.7,8). A linguagem destes versículos leva-nos, naturalmente, à suposição de que Tíquico e também onésimo foram os portadores da epístola aos Colossenses. As palavras que se lêem em Ef 6.21,22 dão-nos a idéia de que ele, na mesma viagem, levou a epístola aos Efésios, a qual foi uma espécie de carta circular dirigida às igrejas da Ásia. Quando S. Paulo escreveu a epístola a Tito (3.12), estava ele já, segundo parece, com o Apóstolo em Nicópolis (provavelmente em Epiro), e a ponto de ser mandado a Creta. Tíquico é, de novo, mencionado em 2 Tm 4.12, epístola escrita em Roma durante o segundo encarceramento. Andou, evidentemente, associado com o grande Apóstolo em alguns dos mais críticos episódios de sua vida – deve ter sido um homem de energia e simpatia.
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tiraca
Reinou na Etiópia (de certo modo, o antigo Sudão Anglo-egípcio) e no Egito (691 a 665 a.C.). Quando Senaqueribe, imperador da Assíria, em 701 a.C., estava fazendo guerra a Ezequias, ouviu falar na marcha de Tiraca (que parece ter sido chamado em auxílio do que era então rei do Egito), para o combater – e mandou então, pela segunda vez, intimar o rei de Judá a que entregasse Jerusalém (2 Rs 19.9 – is 37.9). E provável que fosse um preto, como insinua o seu posterior inimigo e conquistador Esar-Hadom.
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tirada
Rasgo, ímpeto, no falar, escrever, etc.
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tirana
hebraico: morada
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tirano
Paulo, pelo espaço de dois anos, disputava todos os dias ‘na escola de Tirano’, em Éfeso (At 19.9). É esta a única referência a Tirano. Supõe-se que era gentio e mestre de filosofia. Pode, também, ter sido um cristão, ou, pelo menos, inclinado para as novas doutrinas. A idéia de que era judeu, ministro de uma sinagoga particular, não é provável, porque o seu nome é grego, e não consta que fosse prosélito. (*veja Escola.)
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tirante
Correia que puxa um carro ou alguma coisa
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tiras
o Prof. Sayce, que interpreta o décimo capítulo do Gênesis geograficamente, não etnologicamente, sugere que Tiras pode representar o rio Tiras, o primitivo nome do Quimerianos. o Prof. Driver diz que se trata de uma referência ao Tursenoi ‘um povo que outrora habitou na costa setentrional e ilhas do mar Egeu, sendo muito temido dos gregos pela sua pirataria’. É possível que a palavra esteja em conexão com os nomes de dois países, nas proximidades de Carquemis, isto é, com Tarshkha e Tarshba (Gn 10.2 – 1 Cr 1.5), mencionados pelo rei egípcio, Ramessés iii.
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tiria
hebraico: alicerce ou medo
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tiro
É hoje Es-Sur, uma pobre povoação Foi, em tempos antigos, uma fortificada cidade da Fenícia, situada sobre uma península rochosa, primitivamente uma ilha da parte oriental do Mediterrâneo, colonizada pela gente de Sidom (is 23.2,12 – cf Gn 10.15). Foi cedida à tribo de Aser, e ocupada, não tendo sido expulsos os seus habitantes (Js 19.29 – Jz 1.31, 32 – 2 Sm 24.7). Tiro forneceu materiais e artífices para Davi construir o seu palácio, e Salomão o templo (2 Sm 5.11 – 1 Rs 5 – 7.13,14 – 9.11 a 14, 27 – 10.22 – 16.31 – 1 Cr 14.1 – 22.4 – 2 Cr 2). Foi denunciada pelos profetas (is 23 – Jr 25.22 – 47.4 – Ez 26,27,28 – Jl 3.4 a 8 – Am 1.9,10 – Zc 9.2 a 4). A cidade de Tiro alcançou grande poder e esplendor. Cerca de 150 anos depois da edificação do templo de Salomão, estabeleceu a grande colônia de Cartago – assenhoreou-se da ilha de Chipre, que continha preciosas minas de cobre – e exerceu domínio sobre Sidom. Foi cercada por Salmaneser, mas sem resultado (Ez 27). o cerco posto por Nabucodonosor durou treze anos, seguindo-se uma pequena sujeição ao império da Babilônia, ou uma aliança com aquela potência (Jr 27.3 a 8 – Ez 29.18 a 20). De Tiro foram de novo fornecidos materiais para a edificação do segundo templo, e além disso outros produtos (Ed 3.7 – Ne 13.16). Jesus andou pelas vizinhanças da cidade, que estava afastada de Nazaré uns 65 km (Mt 11.21 – 15.21 – Mc 3.8 – 7.24 – Lc 6.17 – 10.13). Foi a residência de pessoas cristãs (At 21. 3 a 6). Tiro, diferente de outras celebradas cidades do antigo mundo, comerciais e independentes como ela, era uma monarquia e não uma república, conservando esta forma de governo até à completa perda da sua independência. Desde tempos remotíssimos foram os tírios conhecidos pela sua aptidão para toda a obra artística de cobre ou de metal amarelo. A madeira de cedro para o templo foi levada em jangadas de Tiro a Jope, numa distancia de 118 km, estando Jope distante de Jerusalém cerca de 51 km. Hirão, rei de Tiro, mandou a Salomão marinheiros, para a viagem a ofir e à india. Por outro lado, era a Palestina o celeiro da Fenícia, fornecendo-lhe, além do trigo, o azeite, e mel, e bálsamo. Tiro era afamada pela manufatura de uma certa tinta de púrpura. Até ao fim do século décimo-terceiro da nossa era, a cidade de Tiro, tendo sobrevivido à queda dos impérios da Macedônia e de Roma, foi uma grande cidade, comparada com a qual era Roma de DATA recente. Por fim caiu diante das armas conquistadoras dos maometanos. Tiro perdeu a sua qualidade de ilha, quando foi cercada por Alexandre Magno, edificando este rei um molhe, que pôs a cidade em comunicação com o continente. o molhe foi alargado pelos depósitos de areia, e agora a língua de terra tem de largura uns quinhentos metros.
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tirza
Prazer, beleza. 1. A mais nova das cinco filhas de Zelofeade. Como este israelita não tivesse filhos, mas somente filhas, fez-se uma lei, em virtude da qual, morrendo um homem sem descendência de sexo masculino, passariam os bens para as suas filhas (Nm 26.33 – 27.1 – 36.11 – Js 17.3). 2. Cidade real de Canaã, conquistada por Josué (Js 12.24) – foi residência de alguns reis de israel, Jeroboão, Baasa, Elá, Zinri e onri – o lugar da sepultura de Baasa e Zinri (1 Rs 14.17 – 15.21,33 – 16.6 a 23) – e teatro da conspiração de Menaém contra Salum (2 Rs 15.14,16). Era afamada pela sua beleza (Ct 6.4). Hoje talvez seja Teiasir.
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tishrei
Sétimo mês do calendário judaico e primeiro mês do ano no qual se comemora Rosh Hashaná, aniversário da Criação.
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tísica
Tuberculose
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tisidkenu
hebraico: o senhor e justiça nossa
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titas
grego: quiseram escalar o Céu
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tito
Amigo e companheiro de confiança de S. Paulo. Era grego de nascimento (Gl 2.3), e foi convertido ao Cristianismo por influência daquele Apóstolo, que lhe chamava seu ‘verdadeiro filho, segundo a fé comum’ (Tt 1.4 – cp com 1 Tm 1.2). Nada se sabe com respeito à sua família ou à sua terra natal. Pela primeira vez se fala de Tito, na ocasião em que acompanhava Paulo e Barnabé à cidade de Jerusalém (Gl 2.1 – e *veja At 15.2). Passados alguns anos, ele reaparece em conexão com a igreja de Corinto, de onde levou uma carta ao Apóstolo (2 Co 7.6 – um relatório ansiosamente esperado – 2 Co 2.13). o interesse que Tito tomou por aquela igreja parece ter sido notável (2 Co 8.23), sendo a sua pureza de motivos considerada como inquestionável (2 Co 12.17,18). Por determinação de Paulo ficou ele em Creta (Tt 1.5). Não há indício de qualquer visita do Apóstolo àquela ilha, a não ser o que se lê em At 27.7 – mas é possível que tivesse estado em Creta depois da sua primeira prisão em Roma. Tito teve que encontrar-se de novo com Paulo em Nicópolis (Tt 3.12). Depois deste fato, separou-se do Apóstolo para ir à Dalmácia (2 Tm 4.10). Nada se sabe com relação à sua vida posterior. Alguns o têm identificado com Justo, ao qual se faz uma referência em At 18. 7, e com Silas, mas o seu nome não aparece nos Atos dos Apóstolos.
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tito (epistola a)
Esta carta juntamente com as duas dirigidas a Timóteo constituem as chamadas epístolas pastorais. Quanto ao lugar em que foi escrita, e à data, é provável que Paulo, na sua viagem para a Ásia, depois da sua primeira prisão em Roma, desembarcasse em Creta e deixasse ali Tito, e que mais tarde escrevesse da Macedônia, quando estava em caminho para Nicópolis da Trácia, a epístola de que estamos tratando. Há, também, a opinião de que Tito, conformemente aos desejos de Paulo, fosse ter com este em Nicópolis, acompanhando-o depois na sua última viagem a Roma, e permanecendo com ele nesta cidade durante parte do tempo da segunda prisão (2 Tm 4.10). E nessa ocasião foi enviado à Dalmácia para pregar o Evangelho, ou visitar as igrejas que já ali estavam formadas. Nada sabemos com certeza a respeito da origem da igreja de Creta. o que é provável é que, estando alguns judeus desta ilha em Jerusalém, no dia de Pentecoste em que Pedro pregou o seu famoso sermão, fosse ali levada a religião cristã por alguns convertidos entre eles. Parece, também, deduzir-se da epístola, que Paulo trabalhou ali, e provavelmente com bons resultados, não lhe sendo possível, contudo, pôr em ordem os negócios das igrejas pelo fato de ser obrigado a partir apressadamente. A missão de que Tito foi encarregado em Creta parece ter sido difícil, visto que o povo era de caráter volúvel, dissimulado e rixoso. os cretenses eram notoriamente conhecidos como licenciosos, passando uma vida de intemperança (1.12). Há uma notável semelhança entre esta epístola e a 1ª a Timóteo, supondo-se, por isso, que elas foram escritas na mesma ocasião. os ensinamentos podem ser resumidos da seguinte maneira: S. Paulo descreve as qualidades requeridas naqueles que deviam seguir a carreira do ministério, qualidades muito necessárias, por causa dos falsos mestres, cujos princípios doutrinários eram perigosos, e em razão, também, do caráter geral dos cretenses (cap 1). Em seguida dá a Tito várias instruções, que ele devia transmitir a diversas classes de pessoas: prescreve aos anciãos e aos jovens as virtudes que deviam rigorosamente distingui-los – exorta Tito, que era jovem, a que fosse um exemplo vivo das virtudes que tinha de recomendar – ensina os servos a serem obedientes e fiéis – porquanto o Evangelho da salvação era para os indivíduos de todas as classes e condições, a fim de os tornar santos neste mundo, e prepará-los para melhor e mais elevada vida (cap 2). instrui depois Tito sobre a obediência às autoridades constituídas, devendo ele aconselhar aos cristãos um comportamento pacífico e bondoso, e lembrar-lhes a sua primitiva perversidade e os dons que tinham alcançado pela livre graça de Deus. o Apóstolo insiste na obrigação que todos os crentes têm de ser eminentes em boas ações – e, depois de acautelar Tito para que não entrasse em investigações frívolas, nem se metesse em discussões inúteis, após derradeiras instruções, fecha a epístola com saudações e uma bênção (cap 3). Merece considerar-se nesta epístola o fato de ser exortada a gente da classe mais humilde a ornar a doutrina do Evangelho, e o de, sendo a nossa salvação atribuída exclusivamente à graça (2.11), à bondade, e ao amor de Deus (3.4), ser esta circunstância a base das mais instantes recomendações da santidade (2.14 a 3.8).
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tito justo
o nome por extenso de Justo, Segundo algumas autoridades, deve ler-se Tício Justo (At 18.7).
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tito-justo
latim: honrado por sua justiça
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titubeia
Vacila, hesita.
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toa
hebraico: baixo
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tob
hebraico: bom
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tobadonias
hebraico: Deus e o meu Senhor Jeová
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tobe
Bom. É hoje Taipibeh, em Basã do sul. A terra de Tobe era um território ao oriente de Gileade, onde Jefté se refugiou quando foi expulso de casa pelos seus meio-irmãos (Jz 11.2), e onde permaneceu à frente de um bando de aventureiros, até que o foram buscar àquele sítio os anciãos de Gileade (Jz 11.5). É ainda mencionado em 2 Sm 10.6,8, como sendo um dos pequenos estados aramaicos, que auxiliaram os amonitas na sua grande luta com Davi.
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tobe-adonias
hebraico: Deus e o meu senhor Jeová
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tobias
o Senhor é bom para mim. l. Um levita, a quem o rei Josafá mandou ensinar a Lei na cidade de Judá (2 Cr 17.8). 2. Em Zc 6.10 é mencionado Tobias, como tendo voltado da Babilônia a Jerusalém. E na presença dele e de outros foi Zacarias mandado coroar como sacerdote a Josué, filho de Jeozadaque. 3. os filhos de Tobias voltaram com Zorobabel, mas não puderam provar a sua conexão com israel (Ed 2.60 – Ne 7.62). 4. Um amonita que fortemente se opôs a que Neemias reedificasse a cidade de Jerusalém. os seus agravos chegaram ao ponto de fixar a sua residência no templo, apesar de Moisés ter decretado que os amonitas e os moabitas jamais poderiam entrar na congregação de Deus. Neemias lançou fora da câmara toda a mobília da casa de Tobias (Ne 13.8).
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tocador de flauta
Era aquela pessoa que, em certas cerimônias, tocava flauta ou gaita. A palavra hebraica, que se acha traduzida por flauta, ou gaita, é derivada de uma raiz que significa perfurar, abrir por meio de furo. É a flauta um dos mais antigos instrumentos musicais, tendo sido a gaita pastoril dos hebreus pouco diferente da dos egípcios e da dos gregos. Usava-se em todas as ocasiões festivas da vida pública ou particular (is 5.12 – Lc 7.32): nos banquetes, nas bodas, em certos serviços religiosos, e nas procissões públicas (1 Sm 10.5 – 1 Rs 1.40 – is 30.29) – semelhantemente nos funerais (Mt 9.23) – e em ocasiões de luto público (Jr 48.36).
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tocate
hebraico: que está debaixo
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toee
hebraico: bom
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tofel
hebraico: insípido ou reboque
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tofete
Lugar da chama. Lugar do vale de Hinom, talvez na sua junção com o vale de Cedrom. Crê-se ter sido primeiramente um lugar de especial beleza, mas foi depois corrompido com o culto aos ídolos, fazendo-se ali sacrifícios a Baal, e a Moloque, deus do fogo. Josias o ‘tornou impuro’, isto é, derrubou os seus altares e os lugares altos, convertendo-o num receptáculo para toda a imundícia de Jerusalém. Em Jeremias (7.32 – 19.6) se declara que Tofete e o vale do filho de Hinom haviam de receber o nome de ‘Vale da Matança’. Em conformidade com estas palavras sabe-se que ali correu em regatos o sangue de diferentes povos, o dos romanos, dos persas, dos judeus, dos gregos, dos cruzados e dos maometanos (2 Rs 23.10. (*veja Hinom, Vale do.)
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togarma
Filho de Gômer (Gn 10.3). o Prof. Sayce coloca Togarma na Armênia ou Ásia Menor. De Togarma eram importados cavalos (Ez 27.14) – e em Ez 38.6 a casa de Togarma faz parte dos exércitos de Gogue.
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toi
Rei de Hamate sobre o orontes. Erainimigo de Hadadezer, rei da Síria, e quando este último foi derrotado pelo exército de Davi, mandou Toí o seu filho Jorão levar ao conquistador presentes de ouro, de prata, e de bronze g Sm 8.9,10). Pode ser que Toí quisesse desviar por aquele meio a hostilidade de Davi. o seu nome é Toú em 1 Cr 1S.9,10.
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tola
verme
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tolade
hebraico: posteridade
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tolher
Por obstáculo; dificultar
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tolmai
Aquele que suspende as águas
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tolo
Idiota; imbecil; ridículo; bobo
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tolo, loucura
Estas palavras, segundo o uso que têm nas Sagradas Escrituras, denotam pecado ou perversidade, e não fraqueza mental ou falta de compreensão (2 Sm 13.13 – 15.31 – Jó 2.10 – Sl 14.1 – Pv 15.5 – 19.1). Todavia, são usadas, também, com a sua moderna significação, em 1 Co 1.27 – 4.10. Quando Jesus Cristo assim falou (Mt 5.22): ‘e quem lhe chamar: Tolo estará sujeito ao fogo do inferno’, quis reprovar com as Suas palavras o espírito desdenhoso, insolente, sem caridade, que esta absolutamente em desacordo com aquelas qualidades de mansidão e de amor, que devem caracterizar os Seus discípulos.
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tomé
Gêmeo. Tomé, chamado Dídimo, em grego, (Jo 11.16 – 20.24: 21.2) era um dos doze apóstolos (Mt 10.3 – Mc 3.18 – Lc 6.15). A lealdade para com o seu Mestre (Jo 11.16) coexistia nele com uma certa incredulidade (Jo 14.5 – 20.25), a qual, de um modo especial, se manifestou a propósito da ressurreição. A sua mente tinha-se fixado muito na crucifixão (cp. com a sua pormenorizada declaração em Jo 20.25) – e a prova que ele propôs estava em conformidade com as palavras anteriores de Jesus Cristo (Lc 24.39,40). Cristo ressuscitado deu a Tomé a prova que ele tinha requerido – e ele então exprimiu a sua crença desta maneira: ‘Senhor meu e Deus meu’ (Jo 20.26 a 29). Depois disto viu ele outra vez a Jesus no mar de Tiberíades (Jo 21.2). Diz uma lenda que Tomé foi pregar o Evangelho ‘aos índios, sos chineses, e aos cusitas, e às ilhas de perto e de longe’. os cristãos da igreja de S. Tomé sobre a Costa de Malabar consideram-no como o seu fundador.
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tomé
O Evangelho de João dá-nos um quadro mais completo do discípulo chamado Tomé do que o que recebemos dos Sinóticos ou do livro de Atos. João diz-nos que ele também era chamado Dídimo (Jo 20.24). A palavra grega para “gêmeos” assim como a palavra hebraica t’hom significa “gêmeo”. A Vulgata Latina empregava Dídimo como nome próprio.
Não sabemos quem pode ter sido Tomé, nem sabemos coisa alguma a respeito do passado de sua família ou de como ele foi convidado para unir-se ao Senhor. Sabemos, contudo, que ele juntou-se a seis outros discípulos que voltaram aos barcos de pesca depois que Jesus foi crucificado (Jo 21.2-3). Isso sugere que ele pode ter aprendido a profissão de pescador quando jovem.
Diz a tradição que Tomé finalmente tornou-se missionário na Índia. Afirma-se que ele foi martirizado ali e sepultado em Mylapore, hoje subúrbio de Madrasta. Seu nome é lembrado pelo próprio título da igreja Martoma ou “Mestre Tome”. -
topázio
Pedra preciosa transparente, de cor áurea. Diz Hilário que ela excede em brilho as outras pedras, como o ouro os diversos metais. Tinha fama o topázio de Cuxe – e uma ilha do mar Vermelho era chamada ilha do Topázio (Êx 28.17 – Jó 28.19 – Ez 28.13 – Ap 21.20). As descrições no Apocalipse acham-se em íntima conexão com as do Êxodo e de Ezequiel. o topázio era uma pedra que brilhava no peitoral do sumo sacerdote – semelhantemente adornava as vestes do rei de Tiro – e luzia nos fundamentos da Jerusalém Celestial. Em Jó se assevera que o topázio da Etiópia não iguala a sabedoria.
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toquem
medida
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torá
Em hebreu, “lei”, A princípio se referiu à instrução oral, tarefa específica dos sacerdotes em Israel e depois dos profetas, dos “sábios”(ver Sabedoria). Quando vão se formando os livros a Torá ou lei foi o Pentateuco . No NT, às vezes designa todo o Atm (cf. Jo 10,34; Rm 3,19-20). Os livros na Bíblia judia estão ordenados em três grupos: a lei (Pentateuco), os profetas e os outros escritos. No judaísmo a lei oral que os rabinos foram incrementando.
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torpe
Imoral; indecente; nojento; repugnante
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torquato
Aquele que traz um colar
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torrão
Pedaço de terra endurecido
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torre
Além daquelas torres que faziam parte das fortificações das muralhas, havia, também, nas terras planas, torres onde podiam alojar-se os guardadores de gado, vigiando dali os seus rebanhos e manadas, e defendendo-os dos ataques das feras e dos roubos dos homens. o rei Josias também mandou construir torres nos desertos para os pastores, porque tinha muito gado (2 Cr 26.10). A torre edificada no meio da vinha (is 5.2), e a torre do rebanho (Mq 4.8), eram da mesma espécie. Várias torres, que eram empregadas para meros fins de defesa, são conhecidas por diferentes designações: a torre de Davi (Ct 4.4), a torre de Eder (Gn 35.21), a Torre dos Fornos (Ne 3.11), a torre de Hananeel (Jr 31.38), a torre do Líbano (Ct 7.4), a Torre dos Cem (Ne 3.1), a torre de Penuel (Jz 8.17), a Torre de Siquém (Jz 9.46).
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torrente
Enchorrada
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torrentes
Multidão que se precipita com ímpeto, subitamente e violentamente
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torrões
Pedaço de terra endurecido
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torvelinho
Redemoinho
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tosquiar
Aparar rente (pêlo, lã ou cabelo)
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tou
hebraico: baixo
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toupeira
Em is 2.20 há referência ao rato-toupeira(spalax typhlus)que habita em tocas, e que, como o morcego, aparece nas ruínas. É esse um roedor abundante nas planícies da Judéia – desde o mar Morto até Gaza, e pelos sítios de Berseba.
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touro
o touro era usado nos sacrifícios hebraicos e ofertas. os touros das ricas pastagens de Basã eram bem alimentados, e por isso apresentavam-se fortes e ferozes. Por esta razão eram símbolos dos inimigos cruéis e perseguidores (Sl 22.12). o ‘boi montês’, em is 51.20, segundo algumas versões, é o antílope, animal bravo e indomável, mas não tão forte que não possa ser apanhado em redes. (*veja Boi, Corço.)
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traça
É ao inseto que rói os vestidos que a Escritura algumas vezes se refere (is 50.9 – 51.8 – Mt 6.19,20 – Tg 5.2). No oriente o vestuário era considerado como coisa de muita importância, e por isso se guardavam os vestidos em amplas salas. os bens em roupas custosas eram outrora de mais valor do que atualmente. A Bíblia menciona freqüentes vezes os presentes de vestidos, e esse costume ainda prevalece entre os orientais. outras referências se podem ler em Jó 4.19 – 13.28, e 27.18 – Sl 39.11 – os 5.12.
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traconites
grego: lugar pedregoso
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trajano
Uma referência a um imperador romano de mesmo nome
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tranqueira
Cerca de madeira para fortificar; trincheira; porteira, tapume
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tranqueiras, levantar
Recursos militares usados para conquistar uma cidade murada; aríete
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transcendência
O conjunto de atributos do Criador que lhe ressaltam a superioridade em relação à criatura.
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transcender
Ser superior a; passar além de; ultrapassar, exceder.
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transcultural
Em outra cultura dentro de um país ou fora dele.
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transfiguração
A transfiguração de Jesus Cristo realizou-se, provavelmente, nas rampas do Hermon. Acha-se descrita em Mt 17.1 a 8 – Mc 9.2 a 8 – Lc 9.28 a 36. Pedro, que estava presente, faz referência ao acontecimento en 2 Pd 1.16 a 18. A cena representava, por antecipação, a gloriosa vinda de Cristo, e indicava pela presença de Moisés e de Elias que estava cumprido o Velho Testamento. (*veja Jesus Cristo.).
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transgressão
Desobediência; ato ou efeito transgredir; Ir além dos termos ou limites; atravessar. 2. Não observar, não respeitar (as leis ou regulamentos); infringir
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transgressor
Que, ou aquele que transgride; infrator; Não observar, não respeitar (as leis ou regulamentos)
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transigência
Ato ou efeito de transigir; condescendência, tolerância.
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transigente
Condescendente; chegar a um acordo; ceder; tolerante
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transigir
Chegar a acordo; tolerante
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transitório
De pouca duração, que passa; passageiro, efêmero, transitivo.
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translação
Ato ou efeito de transladar, transporte, transladação.
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transladar
Mudar de um lugar para outro; transferir, transportar.
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transtorno
Desordem
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transvestir
Transformar, transmudar.
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trasfegadores
Passar líquido de uma vasilha para outra, limpando do sedimento
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trasladar
Mudar de um lugar para outro; transferir, transportar.
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traslado
Traduzir; verter; transportar de um lugar para outro; levar, mudar
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traspassar
Passar através ou além de; furar de lado a lado; varar; penetrar; transmitir; fig., afligir; magoar; morrer.
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tremedal
Pântano; brejo
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tres tabernas
onde se vende vinho
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tres vendas
onde se vende vinho
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trevas
Escuridão absoluta, noite. o ofício divino celebrado nesse dia e nos seguintes, no qual se comemoram as trevas que caíram sobre Jerusalém, quando da morte de Cristo na cruz.
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tribos (as dez)
As dez tribos são as que formavam o reino do Norte, o reino de israel, as quais, no ano 732 a.C., foram por Tiglate-Pileser levadas em cativeiro para a Assíria e para os países próximos do mar Cáspio. Muitas suposições se têm feito em relação à sua subseqüente história, mas a mais plausível teoria – e não passa de teoria – parece ser a de que os israelitas das dez tribos foram absorvidos pelos povos entre os quais foram viver. Acerca das modernas ‘identificações’ muito há que dizer a favor dos afeganes. Por outro lado, também pode ser que tanto os israelitas como os cativos de Judá e de Benjamim se unissem no seu comum exílio de Babilônia, e voltassem juntos como um só povo à Palestina em conseqüência dos editos publicados pelos reis da Pérsia. É certo que vieram também membros das dez tribos.
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tribuna
Lugar elevado de onde falam os oradores
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tribunal
A acusação que fizeram a Jesus Cristo foi a de traição, que era punível com a morte (Lc 23.2,38 – Jo 19.12,15). Paulo e Silas foram em Filipos acusados de inovações na religião judaica, e isso era considerado crime para desterro, ou caso de morte (At 16.19 a 21). os autores judaicos do processo contra Paulo, no tribunal de Cesaréia, diante de Félix, empregaram um advogado romano para fazer a acusação. (*veja Tértulo.) Paulo, apelando para César, no tribunal, em presença de Festo, fez logo passar a sua causa para a jurisdição do imperador. o direito de apelação para a suprema autoridade era um dos privilégios do cidadão romano (At 24,25,26). o fato de se empregar o plural, falando daqueles a quem Demétrio e os artífices expuseram o seu caso, encontra melhor explicação na maneira geral de descrever os acontecimentos. Porquanto a palavra significa ‘procônsules’, e havia um só procônsul. É possível que a referência seja feita aos seus assessores nos tribunais (At 19.38). (*veja Juiz, Sinédrio.)
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tributo
Parece que os hebreus estiveram livres de pagar impostos até ao tempo dos reis, não querendo referir-nos às contribuições para a manutenção do culto religioso. No tempo da monarquia, os tributos lançados sobre os habitantes compreendiam o dízimo dos produtos tanto das terras como dos gados (1 Sm 8.15,17) – presentes ao rei, teoricamente voluntários, mas realmente obrigatórios no princípio do seu reinado ou no tempo de guerra (1 Sm 10.27 – 16.20 – 17.18) – direitos de gêneros importados, sendo estes principalmente as especiarias de certos territórios da Arábia (1 Rs 10.15) – o monopólio de alguns ramos de comércio como, por exemplo, o ouro, o linho fino do Egito, e cavalos (1 Rs 9.28 – 10.28,29 – 22.48) – e a apropriação para a casa do rei da primeira colheita de forragem (Am 7.1). Que estes tributos eram pesados, pode inferir-se do fato que, no tempo do rei Saul, a isenção deles era considerada como recompensa suficiente pelos grandes serviços militares (1 Sm 17.25). Apesar da prosperidade e esplendor do reinado de Salomão, havia descontentamento no povo por ser obrigado a pagar grandes impostos, e essa situação contribuiu muito para a revolução que se seguiu. o povo queixava-se, não da idolatria de Salomão, mas das contribuições (1 Rs 12.4). os judeus, enquanto estiveram sujeitos aos persas, e aos reis do Egito e da Síria, tinham de pagar fortes contribuições que lhes eram exigidas. Pelo que respeita às exações persas, podem ver-se certas particularidades em Ed 4.13,20 – 7.24. o povo via-se obrigado a hipotecar as suas vinhas e campos, pedindo dinheiro emprestado a 12% (Ne 5.1 a 11). Na falta de pagamento, eram presos os devedores e tratados como escravos. Quando a Judéia se tornou formalmente uma província romana, os tributos eram contratados, aparecendo então os publicanos (*veja esta palavra), como uma nova praga para o país. os direitos de alfândega, que Mateus (9.9) recebia, iriam não para Roma, mas para a tetrarquia de Herodes Antipas. os tributos com o nome de portoria eram levantados nos portos, nos cais, e às portas das cidades. Além de tudo isto, os judeus deviam pagar um tributo por cabeça (Mc 12.15). Era acerca da legitimidade deste pagamento que os rabinos disputavam (Mt 22.17 – Mc 12.13 – Lc 20.22). Este imposto ‘per capita’ era particularmente odioso aos judeus, pois era considerado como sinal de servidão, dando lugar à astúcia dos inimigos de Jesus, que procuravam apanhá-Lo em algumas palavras sobre esse ônus, para o colocar mal com o povo ou com as autoridades romanas. o tributo mencionado em Mt 17.24 dizia respeito ao dinheiro do resgate, que se devia dar às autoridades do templo (Êx 30.13 a 16). Em At 5.37, o que ali se diz é, provavelmente, uma referência ao fato de ser indagado o valor da propriedade na Síria, com o fim certamente de fixar os respectivos impostos. Serve isto para explicar a revolta de Judas da Galiléia. *veja Jd 4.
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trifena
grego: delicada
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trifom
grego: sensual
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trifosa
grego: brilhando as vezes
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trigo
Cedo aparece o trigo como objetode cultura na Palestina, no Egito, e países circunvizinhos (Gn 26.12 – 27.28 – 30.14). o Egito era afamado pela superabundante produção de cereais (Gn 12.10 e seg.). o trigo que hoje cresce na Palestina, e provavelmente o do tempo da Bíblia, não diferem da espécie, que conhecemos, o triticum vulgare dos botânicos, mas há diferentes variedades. Na Palestina é semeado o trigo em novembro ou dezembro, e recolhido em maio ou junho, segundo o clima e a localidade. No Egito fazia-se a colheita um mês mais cedo, sendo em ambos os países colhida a cevada três ou quatro semanas antes do trigo. o trigo silvestre da Palestina foi há alguns anos reconhecido, mas é apenas uma pequena planta.
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trigo tostado
Eram aqueles grãos que ainda se conservavam tenros, e que se tostavam sobre chapas quentes. Nos tempos do A.T. as espigas, desta maneira preparadas, constituíam um artigo comum de alimento, e ainda o é nos países do oriente (Lv 23.14 – Js 5.11 – Rt 2.14 – 1 Sm 17.17 – 2 Sm 17.28).
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trilhados
Moídos; debulhados
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trilhar
Moer; pisar; calcar
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trindade
A divindade de Cristo é confirmada nas mais antigas pregações cristãs, sob os termos ‘Senhor e Cristo’ (At 2.36, cf. 4.12 – 5.31 – 10.36, etc.) – e a mais antiga epístola de S. Paulo já concentrou esta fé no significativo título ‘o Senhor Jesus Cristo’ (1 Ts 1.1,3 – 5.23,28). A mais característica expressão, dada a esta crença, é a designação de ‘Filho de Deus’ aplicada a Cristo, não somente pela Sua missão divina (Mc 1.11 – cf Sl 2.7), mas também pela Sua divina natureza, envolvendo as verdades da Sua preexistência e encarnação. E é digno de nota que o único exemplo daquele título, no livro dos Atos, acha-se em conexão com a primeira pregação do convertido Saulo de Tarso (At 9.20). o sentido é messiânico (cf. o seu equivalente termo no vers. 22, ‘o Cristo’). A visão, que Saulo teve na estrada de Damasco, tinha-o convencido de que Jesus, o Messias, era uma pessoa divina. E por isso a expressão ‘Filho de Deus’ alcançou, para ele, uma nova significação. Logo nos primeiros dos seus escritos aparece, sem ser coisa imposta, a natural linguagem de um fato admitido (1 Ts 1.10 – Gl 1.16 – 2.20 – 4.4,6 – 1 Co 1.9 – 15.28 – 2 Co 1.19 – Rm 1.3,4,9 – 5.10 – 8.3,29,32 – Ef 4.13). Em nenhuma parte S. Paulo apresenta uma doutrina específica acerca da pessoa de Cristo, mas as citadas passagens (especialmente Rm 8.3 – Gl 4.4 – 1 Co 15.28, e também 1 Co 8.6 – 2 Co 4.4 – 8.9 – Fp 2.6 a 11 – Cl 1.13 a 19), claramente mostram que, para ele, ‘era Cristo um Ser verdadeiramente único, que, antes de vir ao mundo, partilhava da divina natureza e glória, e que depois, na Sua sublime ressurreição, foi simplesmente ocupar, de um modo maravilhoso, a dignidade que corresponde à Sua essência e direitos inerentes. E não se torna necessária uma circunstanciada prova de que esta maneira de ver, a respeito de Cristo, foi aceita e desenvolvida pelos outros escritores do N.T.’ o próprio tema do autor da epístola aos Hebreus é a necessária finalidade de uma revelação pelo ‘Filho de Deus’ (Hb 1.1 a 4, e passim) – o prólogo ao evangelho de S. João, com a sua proclamação do ‘Verbo’ feito carne, e a mensagem de Deus aos homens por meio do ‘unigênito do Pai’, prepara-nos para a elevada Cristologia de todo o evangelho e da primeira epístola. Sem referência a quaisquer contestadas passagens, pode de um modo decisivo mostrar-se que Jesus possuía a qualidade divina para os escritores do N.T. Eles conservavam fortemente o monoteísmo da religião hebraica: para eles havia ‘um só Deus’ (Rm 3.30 – 1 Co 8.6 – Gl 3.20 – Ef 4.6 – 1 Tm 2.5 – Tg 2.19) – mas também havia ‘um só Senhor’ (1 Co 8.6 – Ef 4.5) de tal modo essencialmente relacionado com Deus, em tudo o que se refere aos homens, que a bênção apostólica toma naturalmente a forma dual: ‘a todos os amados… Graça e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo’ (Rm 1.7 – 1 Co 1.3 – 2 Co 1.2 – Gl 1.3 – Ef 1.2 – Fp 1.2 – 1Ts 1.1 – 2Ts 1.2 – 1Tm 1.2 – 2Tm 1.2 – Tt 1.4 – Fm 3). Além disso, a história da igreja cristã tem o seu princípio no dia de Pentecoste, com o derramamento do Espírito Santo, ‘a promessa do Pai’, anunciada por Jesus (At 1.4 – 2.33 – Lc 24.49). Não é nosso propósito pormenorizar aqui o ensino do N.T. a respeito do Espírito. Falando, porém, no sentido lato, a operação de Deus no mundo, para santificar e fortalecer os homens, é atribuída ao Espírito – ora o Espírito é Deus, operando no mundo. Dois pontos necessitam de especial menção: (1) Nas passagens que acabamos de citar, o dom do Espírito está em íntima conexão com a elevação de Cristo. Foi em virtude de Jesus ter passado pela morte para o Seu lugar à mão direita de Deus, que ao homem é possível uma vida divina, cheia de energias do Espírito. É isto confirmado pela doutrina do quarto evangelho – ‘o Espírito até esse momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado (Jo 7.39) – ‘Mas eu vos digo a verdade: Convém-vos que eu vá, porque se eu não for, o Consolador não virá para vós outros ‘o Paracleto, isto é, o advogado, auxiliador’ – se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei’ (16.7 – cf 14.16,26 – 15.26). isto é apenas outra ilustração do que já se disse com respeito à deificação de Jesus, tendo-se mostrado que a expressão ‘Espírito de Deus’ pode ser trocada por qualquer destas ‘Espírito de Jesus’, ‘Espírito de Cristo’, ‘Espírito de Jesus Cristo’ (At 16.7 – Rm 8.9 – Fp 1.19), e que em 1 Jo 2.1, o próprio Jesus Cristo é o ‘Paracleto’. (2) Ao lado da doutrina pela qual o Espírito parece identificar-se com a operação de Deus, ou de Cristo na Sua exaltação, achamos uma concepção que distingue do Pai e do Filho o Espírito Santo. Esta idéia está encerrada nas passagens já apontadas, e acha desenvolvimento nos ensinos de S. Paulo – se não é isso numa consistente doutrina, é-o pelo menos numa quase personificação do Espírito. A Sua operação na alma dos crentes é um trabalho pessoal (1 Co 2.13 – 12.11 – Rm 8.9, 14, 16, 26). Ele é igualado com Deus o Pai, e com Cristo, o Senhor (1 Co 12.4 a 6 – Ef 4.4 a 6). A habitual bênção dual, que já citamos, não completa a concepção de Paulo com respeito à Divindade – uma vez somente ele dá inteira expressão à sua fé com a triplicada fórmula, hoje tão familiar, ‘A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós’ (2 Co 13.13 – cf. a fórmula batismal de Mt 28.19). São, pois, estes os dados para a doutrina da Trindade: o reconhecimento de um só Deus, sendo feita, contudo, a distinção, dentro da Divindade, entre Pai, Filho, e Espírito. o problema quanto à existência de três em um só não se acha mesmo formulado no N.T., e muito menos resolvido. Tertuliano (c. 200 d.C.) foi o primeiro que fez uso do termo Trindade, que não entrou em qualquer credo, antes do chamado ‘Credo de Sto. Atanásio’ (no quinto século), um formulário de desconhecida autoria, grandemente influenciado pela teologia de Sto. Agostinho (De Trinitate, c. 415 d.C.). A descrição das longas controvérsias, pelas quais foram alcançadas as elaboradas definições deste credo, pertence à história da doutrina. São simples e muito antigas as afirmações do ‘Credo dos Apóstolos’, envolvendo de um modo geral a crença pré-nicena e a do credo adotado no Concíl
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tríplice
Que consta de três partes; triplo.
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tripulação
Pessoal de bordo de uma aeronave ou de uma embarcação.
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tristao
Nariz grande
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trôade
É hoje, Eski-Stamboul: um portode mar na Mísia, o principal ponto de embarque e da chegada de passageiros entre a Ásia ocidental e Macedônia. Foi deste lugar que Paulo em duas ocasiões navegou para Filipos, voltando outra vez ali (At 16.8,11 – 20.5,6 – 2 Co 2.12 – 2 Tm 4.13). Foi em Trôade que Paulo levantou da morte a Éutico, durante um discurso que se tinha prolongado até à meia-noite. Ali, também, passados muitos anos, ele deixou a capa e alguns pergaminhos na casa de Carpo. Estava este porto, por meio de boas estradas, em ligação com outros lugares da costa e do interior. Fica um pouco ao sul do sítio onde estava a antiga Tróia.
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troas
grego: penetrado
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trófimo
Um nativo de Éfeso. Ele viajoucom Paulo, na sua terceira jornada missionária, desde a Macedônia até Jerusalém. Era gentio, e espalhou-se a falsa notícia de que Paulo o havia introduzido no templo. E eis a origem de um tumulto, no qual foi preso Paulo, e de que resultou, afinal a sua viagem a Roma (At 20.4 – 21.29). Paulo, escrevendo de Roma, diz em 2 Tm 4.20, que tinha deixado Trófimo doente, em Mileto, perto de Éfeso. isto, certamente, não foi um incidente da primeira viagem a Roma, como facilmente se pode ver pelo mapa – porquanto, nessa ocasião, o navio ‘tinha chegado com dificuldade defronte de Cnido’, sendo compelido pelo vento a navegar para o oriente de Creta (At 27.7). Mileto fica bem oitenta quilômetros ao norte de Cnido. Desaparece, pois, toda a dificuldade com respeito às duas prisões de Paulo e a ter feito este Apóstolo uma viagem ao oriente entre elas.
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trofino
grego: filho adotivo, nutriente
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trogilio
grego: nozes, frutas
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trombeta
Era usualmente o “shophar” ouchifre de carneiro ou de boi (Js 6.4), e muitas vezes, ainda em uso entre os judeus nas ocasiões solenes. Fez-se menção, também, de trombetas de prata, de que se serviam somente os sacerdotes (Nm 10.2, eem outros lugares). (*veja Jubileu.)
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trombetas (festa das)
A lua nova era celebrada no princípio de cada mês – mas no princípio do mês de tisri (pelo meado de setembro) havia uma celebração especial, chamada a festa das Trombetas. Havia o toque das trombetas, e sacrifícios adicionais (Lv 23.24 – Nm 29.1). Com esta festa começava o mês sétimo ou sabático do ano religioso, compreendendo ainda esse mês o dia da expiação e a festa dos Tabernáculos. Além disso, era o dia do Ano Novo, no ano civil. Pensam alguns críticos que esta é a festa mencionada em Jo 5.1.
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trono
A cadeira, naqueles países em que, usualmente, as pessoas se sentavam no chão ou estavam reclinadas, era considerada um símbolo de dignidade (2 Rs 4.10 – Pv 9.14). Quando se quer significar especialmente um trono real, a expressão, de que geralmente se faz uso, é: ‘o trono do reino’ (Dt 17.18 – 1 Rs 1.46 – 2 Cr 7.18). Para subir até ao trono de Salomão havia seis degraus (1 Rs 10.19 – 2 Cr 9.18): era uma cadeira de braços, marchetada de figuras de marfim, e guarnecida de ouro nos lugares em que o marfim não se via. Em Cl 1.16, os ‘tronos’ representam uma alta jerarquia de seres angelicais, segundo as representações dos escritores apocalípticos. (*veja Apócrifos (Livros).)
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tropel
Barulho produzido por grande número de pessoas que se agitam; grande estrondo feito com os pés; conjunto de pessoas movendo-se em desordem; tumulto; confusão.
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trovão
É muito raro o trovão na Palestina durante os meses do estio. os hebreus interpretavam praticamente o trovão, dizendo ser a voz do Senhor (Jó 37.2 – Sl 18.13 – is 30.30). o trovão era para eles o símbolo do poder divino (Sl 29.3), e da vingança (1 Sm 2.10 – Ap 8.5). Em certas ocasiões se manifestou o trovão como sinal ou instrumento da ira de Deus (Êx 9.23 – 19.16 – 1 Sm 7.10 – 12.18). A expressão ‘filhos do trovão’ (Boanerges, Mc 3.17) parece ser usada nalguns países a respeito de gêmeos, mas não se sabe se este fato tem alguma relaqão com o uso que Jesus faz dessa palavra.
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tsade
18 letra do alfabeto hebraico: gafanhoto
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tsadic ou pl. tsadikim
Homem íntegro; também utilizado como sinônimo de Rebe .
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tsafun
“Escondido”; momento final da refeição do sêder no qual come-se a meia matsá reservada para o “aficoman”, “sobremesa”.
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tsedacá
Lit. “Justiça”; fazer caridade lembrando que está equilibrando as desigualdades justamente.
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tubal
ferreiro
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tucal-caim
hebraico: produto de forjas
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tufão
Vento fortíssimo e tempestuoso
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tumim
perfeição
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tumores e úlceras
Trata-se daquela erupção que se manifestou nos egípcios com a sexta praga. É possível que fossem pequenos carbúnculos, inflamatórios e dolorosos. Já se tem identificado essa doença com a ‘lepra preta’, uma espécie de morféia que feriu os magos do Egito de um modo tão intenso, que eles não puderam permanecer diante de Moisés. Desde os mais antigos tempos foi o Egito molestado com a peste bubônica – apresentam-se os inchaços um por um ou aos grupos, aparecendo nos braços, nas virilhas e no pescoço, quando as glândulas se acham inflamadas (Êx 9.9,10). (*veja Leproso, Úlcera.)
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túnica
Vestuário longo e ajustado ao corpo
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turbado
Transtornado; perturbado
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turbar
Alterar, transtornar, perturbar, turvar.
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turbilhão
remoinho de vento; movimento forte e giratório da água
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turno
Cada uma das divisões dos horários
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turvar
Agitar; confusão
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tutano
Medula dos ossos; substância mole e gorda que existe no interior dos ossos; a essência, a parte mais íntima, o âmago
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tutor
Protetor; amparador
U
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ubil
hebraico: trator de camelo
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ucal
eu sou forte
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uel
vontade divina
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ufanar
Envaidecer; orgulhar-se
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ufarsim
pêras
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ufaz
hebraico: ilha de ouro
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ula
julgo
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ulai
Rio perto de Susa, e teatro de algumas visões de Daniel (Dn 8.2 a 16). o Ulai, a que os gregos chamam ‘Eulaeus’, corria para o Eufrates, um pouco abaixo do sítio em que este rio faz a sua junção com o Tigre. o seu nome moderno é Kerkhah.
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ulão
hebraico: frente
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úlcera
Ferida que vai supurando, e quedura por efeito de causa interna ou local. Em Dt 28.27, 35 trata-se, provavelmente, de certos sinais de moléstia cutânea, chamada elefantíase, que é uma espécie de lepra. A irritação produzida na pele pela poeira e pelo calor causa muitas doenças purulentas no Egito (Êx 9.9). Em alguns casos parece ter a lepra tido por causa uma longa sucessão de pequenas úlceras (Lv 13.18), onde já existia uma tendência de constituição para aquela doença. A opinião de que a terrível enfermidade eruptiva de pele, que afastou Jó (2.7) do convívio social, era de natureza leprosa, é sustentada por Sir Risdon Bennett e outras autoridades médicas. A palavra hebraica, usada para exprimir a sexta praga do Egito, tem o sentido de inflamação, e é derivada de uma raiz siríaca, que significa ‘estar quente’. (*veja Tumores.)
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ultrajada
Ofender a dignidade de; difamar, injuriar, insultar, afrontar.
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um palmo (medida)
22,2 cm
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umá
comunhão
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unânime
Relativo a todos; que é do mesmo sentimento ou da mesma opinião que outrem.
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unção
s. f., acto ou efeito de ungir; untura; – fig., sentimento de piedade; doçura comovente na expressão; tonalidade suave e comovente no falar, que suscita sentimentos compassivos ou piedosos; aplicação dos Santos Óleos a uma pessoa para a sagrar ou para lhe conferir uma graça. – Extrema-Unção: sacramento católico em que se aplicam os Santos Óleos a um doente que está em perigo de morte; o m. q. Unção dos Enfermos; – Unção dos Enfermos: vd. Extrema Unção.
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ungido
Dedicado à Deus
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ungir
A prática de ungir o corpo friccionando-o com óleo e outros ungüentos era vulgar no clima quente da Palestina, tornando-se uma necessidade para saúde, conforto e bom aspecto pessoal. o ungir a cabeça com óleo ou ungüento era prova de consideração que o hospedeiro algumas vezes dava aos seus hóspedes (Sl 23.5 – Mt 26.7 – Lc 7.46 – Jo 11.2 – 12.3). Quando se punha de parte o costume, era sinal de luto ou de desgraça (Dt 28.40 – Mq 6.15). o modo de manifestar o respeito a um morto era ungi-lo com óleo (Mt 26.12 – Mc 16.1 – Lc 23.56). (*veja Embalsamamento.) isaías g1.5) refere-se ao costume de untar o escudo com azeite, antes de o guerreiro ir para a batalha. o objetivo desta operação era fazer deslizar os golpes que sobre ele caíam. o óleo era empregado em várias observâncias religiosas. o tabernáculo foi dedicado a Deus com o ‘óleo da santa unção’. Foi empregado em Arão e seus filhos, quando foram consagrados ao sacerdócio, e todas as vezes que um levita ascendia ao lugar de sumo sacerdote, era nessa ocasião ungido (Lv 16.32). Saul, por expressa determinação de Deus, foi ungido para exercer o seu real cargo, estando também escrito na Bíblia que receberam a devida unção os reis Davi, Salomão, Jeú e Joás. Com efeito, foi Davi ungido três vezes (1 Sm 16:13 – 2 Sm 2.4 – 5.3). A fi ase ‘meus ungidos’ usa-se como equivalente a ‘meus profetas’ em Sl 105.15 – 1 Cr 16.22. É desta prática de ungir com óleo os que são consagrados ao serviço de Deus, que deriva o título hebraico de ‘Messias’ e o seu equivalente grego ‘Cristo’ – e Cristo é o ungido do ‘profeta, sacerdote, e rei’, ungido na verdade com o Espírito Santo e com virtude (At 1 38). Também se diz dos que seguem a Cristo que são ‘ungidos’ por Deus (2 Co 1.21 – 1 J .20, 27).
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ungüento
Em Êx 30.25 se diz ‘o óleo sagrado para a unção’. o ungüento com o qual Jesus foi ungido era um produto do nardo (Mt 26. 7 – Jo 12.3).(*veja Ungir, Azeite .)
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uní
afligido
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unigênito
Único gerado por seus pais; filho único.
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universalidade
Qualidade de universal; totalidade; comum a todos os homens ou a um grupo dado.
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ur
luz
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ur dos caldeus
cidade de Tera e Abrão
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urbano
civilizado
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urcháts
“Ablução”; todos os presentes à mesa do sêder devem abluir as mãos sem pronunciar a bênção de “Netilat yadáyim”.
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urdidura
Compor, criar, imaginar cavilosamente (fingidamente)
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urdir
Intrigar; tramar
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urge
Ser necessário sem demora; ser urgente.
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uri
hebraico: ardente ou luz de Jeová
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urias
o Senhor é um fogo. l. Um dos capitães de Davi e marido de Bate-Seba (2 Sm 11.3 a 26 – 12.9 a 15 – 1 Rs 15.5 – 1 Cr 11.41). Era um heteu convertido à religião judaica. A sua mulher, mui formosa, era filha de Eliã, oficial do rei Davi (2 Sm 11.3 – 23.34). Estando Urias no campo da batalha às ordens de Joabe, que combatia os amonitas, foi Bate-Seba uma vítima da paixão de Davi – e, querendo este ocultar a sua própria infâmia, tratou primeiramente de chamar Urias à sua pátria – mas, falhando este plano, ordenou que o colocassem numa arriscadíssima expedição militar, para que morresse. Depois do usual tempo de luto, casou Bate-Seba com o rei. Urias era oficial reto e dedicado, homem de alto caráter. o ato de ele recusar o conforto da sua casa, estando os seus camaradas sofrendo as durezas da guerra, manifesta as suas boas qualidades de valente e leal. (*veja Bate-Seba, Davi.) 2. Sacerdote que edificou um altar idólatra para Acaz, segundo o modelo fornecido por este rei (2 Rs 16.10 a 16). Foi, também, uma testemunha de isaías (is 8.2). 3. Sacerdote do tempo de Neemias, e o pai de Meremote (Ed 8.33 – Ne 3.4). 4. Sacerdote que se colocou à direita de Esdras, quando se lia o livro da restabelecida Lei (Ne 8.4). 5. Profeta, o filho de Semaías. o rei Jeoaquim ordenou que ele fosse morto, visto que tinha profetizado o mal para o país e especialmente para Jerusalém. Conseguiu fugir para o Egito, mas foi descoberto e trazido a Judá por Elnatã, e ali morto, sendo o seu corpo lançado na sepultura comum (Jr 26.20 a 23).
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uriel
Deus é luz
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urija
hebraico: Jeová e luz
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urim
Junto com o Tumim, algum tipo de método pelo qual o sacerdote do AT podia discernir a vontade de Deus (Êx. 28.30). Possivelmente tratava-se de sortes ou pedras sagradas, lançadas como dados, para obter uma resposta positiva ou negativa da parte de Deus.
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urim e tumim
Luzes e perfeições. Como há muita dúvida com respeito a estes nomes, será bom examinar as referências das Escrituras sobre o assunto: ‘Também porás no peitoral do juízo o Urim e o Tumim, para que estejam sobre o coração de Arão, quando entrar perante o Senhor’ (Êx 28.30 – cf. Lv 8.8). Há, aqui, uma alusão a pequenos objetos, em conexão com a interpretação da vontade de Deus por meio do sumo sacerdote, estando essas coisas encerradas numa dobra do peitoral. Parece que se trata de pedras, usadas como cortes, ou talvez de uma única pedra com duas faces sobre as quais estivessem gravadas os termos Urim e Tumim. Na ‘Bênção de Moisés’ (Dt 33.8) o privilégio de possuir o ‘Tumim e o Urim’ é recebido da tribo de Levi. Em outras passagens há expressas referências a Urim e a Tumim como meios de adivinhação. Na divina designação de Josué, para sucessor de Moisés, se lê: ‘Apresentar-se-á perante Eleazar, o sacerdote, o qual por ele consultará, segundo o juízo do Urim, perante o Senhor’ (Nm 27:21). o que levou Saul a consultar a feiticeira de En-Dor foi o seguinte: quando Saul consultou o Senhor, o Senhor ‘não lhe respondeu, nem por sonhos, nem por Urim, nem por profetas’ (1 Sm 28.6). Nos dias de Esdras e Neemias o método tinha caído em desuso – e por isso Zorobabel adiou a sua decisão com respeito ao direito de certas famílias ao sacerdócio, ‘até que se levantasse um sacerdote com Urim e Tumim’ (Ed 2.63 – Ne 7.65). Pode dizer-se, com alguma probabilidade, que o mesmo método de adivinhação deve ter sido empregado em alguns casos em que o Urim e o Tumim não são expressamente mencionados (*veja g. Js 7.14 a 18 – Jz 20.28 – 1 Sm 10.20 a 24 – 2 Sm 2.1 – 5.19, 23). Eram, desse modo, o Urim e o Tumim o meio de apelar pela sorte para a vontade ou conhecimento de Deus, nos casos que envolviam duas alternativas, sendo isso naturalmente uma prerrogativa dos sacerdotes.
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ursa
grego: guarda do urso
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urso
o que corre suavemente. Em temposmuito antigos estava a Palestina coberta de florestas, onde procuravam abrigo e alimento os ursos e outras feras. A maneira freqüente como é mencionado, mostra que em certo tempo o urso era animal comum, embora seja agora muito raro. Usa-se diversas vezes como símile a ferocidade do urso (2 Sm 17.8 – P*veja 17.12 – os 13.8). o urso siríaco é diferente do preto da Europa por ser mais curto de pernas, ter cor amarelada, e possuir garras menores. Ele come alimento animal, quando a isso é forçado. Na visão de Daniel simbolizava o reino medo-persa, e anunciava o caráter destruidor dos conquistadores. o profeta isaías, num admirável quadro em que descreve a mudança do coração por efeito das doutrinas que Cristo havia de pregar, apresenta o urso, o animal feroz, e em parte carnívoro, em companhia da vaca, alimentando-se ambos das mesmas pastagens (is 11.7 – 1 Sm 17.34 a 37 – Pv 28.15 – Lm 3.10 – Dn 7.5 – Am 5.19 – Ap 13.2). (*veja Eliseu.)
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usal
hebraico: viandante ou velocidade do Senhor
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usura
As leis que diziam respeito a dívidas tinham muitas particularidades segundo as circunstâncias dos judeus. Todo o proveito, ou juro, ou beneficio, além do valor do dinheiro ou objeto, era coisa proibida entre os hebreus, embora pudessem ser recebidos juros dos estrangeiros. Este regulamento tinha por fim conservar a maior parte da nação na média condição de vida, que é, na verdade, a mais feliz. As leis mosaicas eram tão opostas aos hábitos e práticas que pudessem criar o pauperismo, como à grande acumulação de propriedade. Parece que os judeus aprenderam a prática da usura durante o cativeiro, embora isso fosse proibido pela Lei (Lv 25.36,37 – Ez 18.8,13,17). A importância do juro, que levavam, era provavelmente 1% ao mês (Ne 5.11), ou 12% ao ano. Depois da volta do cativeiro, queixavam-se os pobres dos seus irmãos mais ricos (Ne 5.1 a 15), os quais foram publicamente censurados por Neemias (vers. 6 a 13). Reconheceu-se que a censura era justa, sendo feita a restauração. Ainda que o seu exílio na Babilônia os tinha curado do mal da idolatria, entregavam-se muito ainda a atos de ambição e opressão – e, por meio de hipotecas, os que eram mais ricos apossavam-se das terras, e ainda das pessoas, em troca de alimentos e outras coisas necessárias. Entre os egípcios o juro acumulado nunca devia exceder duas vezes a importância da primitiva quantia emprestada.
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usurpar
Exercer indevidamente
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utai
hebraico: proveitoso
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uz
hebraico: fértil
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uzá
Força. 1. Filho de Abinadabe (2 Sm6.3). Depois que os filisteus, receosos de conservar a arca por mais tempo em seu poder, a tinham mandado embora, ela esteve durante muitos anos em casa de Uzá, em Quiriate-Jearim. Como Davi tivesse resolvido removê-la para Jerusalém, iam Uzá e seu irmão Aiô com o carro que a transportava (1 Cr 13.7). Chegando a arca à eira de Quidom, e inclinando-se muito em certa ocasião, Uzá, para evitar a sua queda, a susteve com as mãos, caindo logo morto (1 Cr 13.10). A morte de Uzá causou tal impressão, que a arca não foi levada mais longe, sendo mudado o nome do sítio em Perez-Uzá, que quer dizer a ‘infração de Uzá’ (2 Sm 6.8 – 1 Cr 13.11). 2. Certo indivíduo, em cujo jardim foram sepultados dois reis de Judá, chamados Judá e Manassés (2 Rs 21.18, 26). Talvez a palavra deva ser corrigida para Uzias, o rei. 3. Um descendente de Merari (1 Cr 6.29). 4. Um benjamita (1 Cr 8.7). 5 indivíduo, cujos descendentes, uma família de netineus, voltaram à Palestina com Zorobabel (Ed 2.49 – Ne 7.51).
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uzai
hebraico: robusto
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uzal
hebraico: viandante
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uzem
hebraico: porção
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uzem-seera
hebraico: porção de Sheera
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uzi
hebraico: minha força
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uzia
hebraico: força de Jeová
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uzias
o Senhor é minha força. 1. Rei de Judá, e filho do assassinado rei Amazias, sendo colocado no trono pelo povo, quando tinha dezesseis anos (2 Cr 26.1 e seg.). Foi um rei sábio, que fortaleceu e consolidou a sua nação durante um longo reinado de cinqüenta e dois anos (808-9 a 756-7 a.C.). Também é conhecido pelo nome de Azarias. A sua primeira e bem sucedida campanha foi contra os edomitas, a quem tirou Elate (*veja esta palavra) que eles tinham arrancado das fracas mãos de Jorão oitenta anos antes. Este importante porto do golfo de Acabá foi por ele fortificado, e transformado em centro do seu comércio eom os estrangeiros (2 Rs 14.22 – 2 Cr 26.2). Em seguida levantou-se contra os filisteus e certas tribos árabes do sul, derrotando-os e impondo-lhes tributos. os amonitas foram também compelidos, ou por prudência, ou por necessidade, a enviar presentes a Uzias (2 Cr 26.6 a 8). Também este rei fortaleceu grandemente as defesas de Jerusalém, construindo sobre as muralhas novos e terríveis engenhos de destruição. É atribuída a Uzias a invenção da catapulta e da balista para o arremesso de grandes pedras e dardos (2 Cr 26.15). Estas máquinas de guerra acham-se representadas nas esculturas assírias. Ele equipou um exército, que se diz ter sido de 307.500 homens, com as melhores armas do tempo, de maneira que era temido das nações circunvizinhas (2 Cr 26.7,8). Para beneficiar o povo, mandou abrir poços e animou a agricultura, dando ele próprio o exemplo, pois cultivou os campos e plantou vinhas. Edificou torres com o fim de proteger os rebanhos e as manadas contra os ladrões e as feras (2 Cr 26.10). Uzias foi um verdadeiro e firme adorador do Senhor, procurando os conselhos do profeta Zacarias (2 Cr 26.5) – mas tornou-se altivo, e o seu orgulho trouxe sobre ele um terrível castigo. Ele intentou queimar incenso sobre o altar de Deus, ato que somente o sumo sacerdote podia praticar – mas fizeram-lhe forte oposição o sumo sacerdote Azarias e alguns outros. irado com a resistência destes sacerdotes procurou à força satisfazer o seu desejo, mas Deus o feriu de lepra (2 Rs 15.5 – 2 Cr 26.16 e seg.). Como ficou leproso, teve de abandonar o seu palácio e viver fora da cidade, governando como regente o seu filho Jotão. Quando morreu, foi sepultado num sepulcro especial (2 Cr 26.23). (*veja Azarias.) 2. Filho de Uriel, um levita e ascendente de Samuel (1 Cr 6.24). 3. Um dos superintendentes de Davi (1 Cr 27.25) 4. Sacerdote que havia casado com mulher estrangeira no tempo de Esdras (Ed 10.21). 5. Pai de Ataías (Ne 11.4).
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uziel
Força de Deus. 1. Filho de Coatee neto de Levi. os seus descendentes foram chamados uzielitas (Êx 6.18,22 – Lv 10.4 – Nm 3.19, 30 – 1 Cr 6.2 – 23.12,20). 2. Filho de isi. Sendo capitão do exército, foi com 500 companheiros numa expedição contra os amalequitas, que estavam no Monte Seir. os amalequitas foram repelidos, tomando Uziel posse do país do inimigo (1 Cr 4.42). 3. Neto de Benjamim (1 Cr 7.7). 4. Filho de Hemã, que foi colocado por Davi no serviço do canto (1 Cr 25.4). No vers. 18 é chamado Azarel. 5. Levita que ajudou o rei Ezequiel na purificação do templo (2 Cr 29.14). 6. ourives que tomou parte na construção dos muros de Jerusalém (Ne 3.8).
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uzielitas
A família de UzieL Era constituída por 112 pessoas, quando Davi transportou a arca para Jerusalém (1 Cr 15.10). o chefe da casa era Aminadabe (Nm 3.27 – 1 Cr 26.23).
V
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vaca
É como animal doméstico que se acha mencionada a vaca nos dias de Jacó, na Palestina, e nos de Faraó, no Egito (Gn 32.15 – 41.1 a 4). Na terra de Canaã tinham os israelitas numerosas vacas (Dt 7.13 – 28.4). Uma vaca e o seu bezerro não deviam ser mortos no mesmo dia (Lv 22.28 – cf. Êx 23.19 – Dt 22.6,7).
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vaebe
sentido ignorado
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vagalhão
Grande onda do mar agitado
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vagar
Oportunidade
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vagas
Onda grande; vagalhão
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vagner
Construtor de vagões
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vaidade
Esta palavra na Bíblia nunca tem a significação de desvanecimento e orgulho, mas quase sempre a de vacuidade. A conhecida expressão ‘vaidade de vaidades’ literalmente quer dizer ‘sopro de sopros’, ou ‘vapor de vapores’ (Ec 1.2). Em is 41.29 e Zc 10.2, ‘vácuo’ e ‘vazios’ são a tradução de uma palavra que significa tristeza e iniqüidade.
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vaisata
hebraico: forte como o vento
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vale
A Palestina é um território de montes e vales, e por isso encontramos muitas povoações com o nome do vale ou da serra, onde foram fundadas. Geralmente, quando se menciona um vale, com mais propriedade quer dizer-se ‘desfiladeiro’ ou ‘ravina’, porquanto a natureza abrupta e escabrosa dos montes da Palestina e a estreiteza do espaço entre muitas serras tornam esses nomes mais apropriados. Em alguns sítios o vale representa o Sefelá, ou terra baixa, que é o território ondulado que fica entre a região montanhosa e a planície marítima (Js 9.1 – 10.40 – 1 Rs 10.27). (*veja Palestina.)
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vale da bênção
Foi o lugar em que o rei Josafá deu louvores a Deus (2 Cr 20.26).
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vale da visão
*veja Visão (Vale da)
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vale do cedrom
Imediatamente a leste de Jerusalém, entre a cidade e o monte das Oliveiras. Vestígios pagãos foram destruídos ali nos reinados de Asa, de Ezequias e de Josias (2Rs 23.4-6).
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vale do cedrom
Imediatamente a leste de Jerusalém, entre a cidade e o monte das Oliveiras. Vestígios pagãos foram destruídos ali nos reinados de Asa, de Ezequias e de Josias (2Rs 23.4-6).
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vale do sal
Um sítio na vizinhança de Petra (Sela), onde Davi e Amazias derrotaram e mataram grande número de edomitas (2 Sm 8.13 – 2 Rs 14.7 – 1 Cr 18.12 – 2 Cr 25.11 – Sl 60, título).
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vale dos artifices
Um lugar que se dizter sido fundado por Joabe (1 Cr 4.14). Também é chamado Gearashim. Em Ne 11.35 menciona-se a povoação como tendo sido novamente habitada pelos benjamitas, depois do cativeiro. Achava-se esse sítio no ondulado chão da planície de Sarom, ao oriente de Jafa.
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valente
Do Latim valente, que passa bem de saúde.
Saudável; resistente; forte; robusto; intrépido; corajoso. -
varonil
Forte; rijo; corajoso
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varonilmente
Heroicamente; corajosamente; Rígido; forte
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vaso
os hebreus tinham muitas formas deste objeto. Além do simples vaso de barro ou de metal, havia a panela para cozer carne (Êx 16.3). outras vezes trata-se de uma grande bacia, também empregada para lavar (Sl 60.8). outra palavra traduzida por vaso, era o “cheres”, que se usava para cozer qualquer coisa em fogo lento (Ez 4.9). o “dud” era outro utensílio de cozinha. o “saph” (Êx 12.22) era empregado para encerrar o sangue com que eram aspergidas as ombreiras das portas. o “kiyyor” (Êx 30.18) era uma pia de lavar. Mas tanto o kiyyor como o saph eram termos com que se designavam os vasos usados no ritual religioso. (*veja olaria.)
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vasti
Palavra persa, que significa o mais excelente. A rainha que o rei persa Assuero (Xerxes) depôs, elevando depois Ester à alta posição de sua esposa (Et 1.9 a 19 – 2.1 a 17). Vasti havia recusado mostrar-se diante dos convidados na mesa real, sendo isto um ato de audácia para aqueles tempos, não ficando bem a uma mulher. A sua recusa, embora natural, de tal modo encolerizou Assuero, que a exonerou do seu alto posto. E nada mais se sabe de Vasti. (*veja Ester.)
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vaticinar
Profetizar, predizer; prenunciar.
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vau
Trecho raso do rio ou do mar, ondese pode transitar a pé ou a cavalo. o principal vau do Jordão ficava perto de Jericó (Js 2.7 – Jz 3.28 – 2 Sm 19.15). Há, também, os vaus do rio Jaboque (Gn 32.22) e do rio Arnom (Nm 21.13 – is 16.2).
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veado
Acha-se o veado mencionado entreos animais permitidos na alimentação (Dt 12.15 – 14.5 – 15.22). Era o provimento de Salomão para cada dia (1 Rs 4.23) – isto mostra que fazia parte da regular alimentação daqueles que podiam obtê-lo. A palavra empregada no hebraico compreendia as diversas espécies de caça brava (gamos, cervos, veados, corças), que se encontravam na Palestina. A corça é, ainda, mais vezes designada em certas expressões poéticas do que o veado. Fala-se da ‘corça de amores’ no livro dos Provérbios (5.19), e há referência à sua velocidade e agilidade em Gn 49.21 – 2 Sm 22.34 – is 35.6. As características destes animais são o seu cuidado pelos filhinhos e a sua extrema timidez. A qualidade de ser tímida provoca algumas vezes nas cervas o aborto, após um repentino sobressalto, o que contraria a prática usual que é retirarem-se para os lugares ocultos e ali darem à luz as pequeninas criaturas. o conhecimento dos hábitos destes animais dá nova força a certas passagens, como aquelas que se encontram em Jó 39.1 e no Sl 29.9.
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vedada
Impedir; proibir
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veemência
Intensidade; vigor
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velado
Tornar secreto; oculto
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velador
Suporte vertical de madeira, que assenta em uma base ou pé e termina, no alto, por um disco onde se põe um candeeiro ou uma vela.
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velar
Encobrir; esconder, ocultar, guardar.
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veneno
A Bíblia menciona o veneno de áspides (Jó 20.16), de serpentes (Dt 32.24), e de répteis e víboras (Dt 32.33). (*veja Fel.) A má conduta e as más palavras são comparadas ao veneno, pois são nocivas e perniciosas às almas e aos corpos dos homens (Dt 32.33 – Sl 58.4 – Rm 3.13 – Tg 3.8). os desígnios de Deus, nos infortúnios dos homens, são também julgados semelhantes ao veneno destruidor (Jó 6.4 – 20.16). As setas venenosas são conhecidas desde os tempos mais antigos, e Jó (6.4) parece referir-se ao seu uso. o envenenamento por qualquer forma não era um vício dos judeus, embora houvesse químicos hábeis entre os seus botânicos, estando certamente familiarizados com muitas substâncias venenosas. (*veja Víbora.)
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venerado
A quem se tributa grande respeito, reverência, afeição.
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venerar
Como culto religioso, é a reverência a uma pessoa (ou, em culto relativo, a um objeto relacionado com ela – idolatria). Diferencia-se da adoração, que se dirige só a Deus, confessando-o como ser supremo.
do Latin *venerare por venerari
Tributar culto, veneração ou grande respeito a; reverenciar;
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vento
os hebreus reconheciam os quatroprincipais ventos: Norte, Sul, oriente e ocidente, como vindos eles dos quatro pontos cardeais. o vento Norte limpa o ar – o Sul aquece e amadurece as colheitas – e, sendo tempestuosos os ventos oriental e ocidental, o do oriente vindo do deserto, é muito seco e faz engelhar as ervas, e o do ocidente traz fortes chuvas. o vento Norte era fresco e úmido, e às suas qualidades benéficas se refere Salomão (Ct 4.16). No livro de Jó (1.19), se descreve a violência do vento oriental (*veja também is 21.1 – Jr 4.11 – Zc 9.14.) o mar de Tiberíades está sujeito a repentinas tempestades, que têm por causa ser ele rodeado de altos terrenos. (*veja Galiléia (Mar da), Palestina (clima).
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ventura
Felicidade
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veranear
Passar o verão algures (Anunciar por agouro; vaticinar; predizer; deixar entrever; fazer votos; desejar
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verberar
Açoitar, fustigar, flagelar.
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verdugo
Indivíduo que inflige maus tratos; carrasco
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verga
Peça que se põe horizontalmente sobre os umbrais; ripa
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vergas
Peça que se põe horizontalmente sobre os umbrais; vara flexível; ripa
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vermelhão
o antigo vermelhão era, provavelmente, óxido de chumbo, ou talvez bissulfato de mercúrio, empregando-se muito em obras de decoração nos tetos ou nas pinturas de imagens (Jr 22.14 – Ez 23.14). A cochonilha é abundante na Arábia do norte, e pode ter sido usada para dar à tinta a cor do vermelhão, sendo essa tinta empregada para tingir objetos.
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verrumar
Instrumento em forma de hélice para furar madeira
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versátil
Amoldável, que se adapta às situações, etc.
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vespa
Nas três passagens em que se mencionam as vespas, os vespões, fala-se deles como instrumentos do Senhor para castigar os cananeus e tirá-los para fora das suas habitações: ‘Também enviarei vespas diante de ti, que lancem fora os heveus, os cananeus e os heteus’ (Êx 23.28). (*veja Dt 7.20 – Js 24.12.) A espécie mais vulgar do vespão, que se encontra na Palestina, é a “vespa orientalis”, que se distingue da espécie conhecida no ocidente da Europa. Quase cinqüenta espécies de vespas e vespões têm sido obtidas no Sinai e em sítios circunvizinhos do Egito e da Arábia.
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vespertino
Da tarde
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vestes
Do Lat. vestes
Vestuário; fato; vestido; véstia; vestidura sacerdotal. -
vestígio
Indício, sinal, pista, rastro.
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vestimenta
José vestiu uma vestimenta de linho fino quando Faraó o elevou à dignidade de primeiro-ministro (Gn 41.42). Faziam-se mantos com franjas para uso dos filhos de israel (Nm 15.38, 39 – Dt 22.12). os que prestavam culto a Baal usavam vestimentas próprias (2 Rs 10.22). Com respeito às vestes dos sacerdotes segundo a lei mosaica, *veja Êxodo 28.40 a 43 – 39.27 a 29 – e, quanto às do sumo sacerdote, os capítulos 28 e 29 de Êxodo. A vestimenta de Jesus, para adquirir a qual lançaram sortes os soldados (Mt 27.35 – Jo 19.24), era a usual túnica sem costura, usada por quase toda a gente no oriente. (*veja também Vestuário, Jesus, Sacerdote.)
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vestuário
o mais antigo vestuário foi feito de folhas de figueira, cosidas de maneira a formar uma cinta (Gn 3.7) – depois foram usadas as peles, A vestidura de Elias era feita de pele de ovelha ou de algum outro animal, não sendo tirada a 1ã (2 Rs 1.8). A arte de tecer os pêlos dos animais era conhecida dos hebreus desde tempos muito afastados (Êx 26.7 – 35.6) – o saco penitencial, usado em ocasiões de tristeza, era feito de pêlo de cabra preta. o vestuário de João Batista era de pêlos de camelo (Mt 3.4). Em todos os tempos foi a 1ã muito empregada, particularmente nas vestes exteriores (Jó 31.20 – Pv 27.26 – 31.13). o linho fino era usado nas vestes dos principais sacerdotes (Êx 28.5), e dele também faziam uso as classes ricas (Gn 41.42 – Pv 31.22 – Lc 16.19). Muito mais tarde é que foi introduzido o uso da seda (Ap 18.12). Era proibido pela Lei usar qualquer fazenda onde houvesse mistura de 1ã e linho (Lv 19.19 – Dt 22.11), provavelmente com o fim de fortalecer a idéia de pureza e simplicidade. A cor geral do vestuário dos hebreus era o branco natural, realçado em alguns casos pela arte do lavandeiro. A referência ao fio encarnado (Gn 38.28) faz supor que já se conhecia nesse tempo a arte de tingir. os hebreus aprenderam com os egípcios vários métodos de produzir estofos, embelezados com o emprego de fios coloridos (Êx 35.25), fazendo uso de filigrana de ouro (Êx 28.6), e pondo figuras no tecido (Êx 26.1,31 – 36.8,35). os vestidos, confeccionados com fios de ouro (Sl 45.13), e, em tempos posteriores, com fios de prata, eram usados pelas pessoas reais – quanto aos ricos, os seus vestidos eram feitos com outras espécies de bordados (Jz 5.30 – S145.14 – Ez 16.13). Vestimentas tingidas eram importadas de países estrangeiros (Sf 1.8) – a púrpura e o escarlate eram, em certas ocasiões, usados pelas pessoas luxuosas (Pv 31.22 – Lc 16.19 – 2 Sm 1. 24). o árabe moderno veste-se do mesmo modo que o antigo hebreu, com vestidos igualmente flutuantes. Há um vestido de fora, quente e pesado, e outro interior, de fazenda leve. Havia certa semelhança entre os vestidos dos homens e os das mulheres, embora com diferença suficiente para indicar o sexo: ‘A mulher não usará roupa de homem, nem o homem veste peculiar à mulher’ (Dt 22.5). Necessário artigo de vestuário era aquele que se assemelha à nossa camisa, feito de 1ã, algodão ou linho, e cingido ao corpo com um cinto. Quando qualquer pessoa aparecia vestida somente com essa roupa, dizia-se que estava nua (1 Sm 19.24 – Jó 22.6 – is 20.2 – 58.7 – Jo 21.7 – Tg 2.15). Sobre essa espécie de túnica vestia-se outra, mais comprida que a primeira. o vulgar vestido exterior constava de uma peça quadrangular do pano de 1ã. Envolvia todo o corpo, ou punha-se sobre os ombros, como um chale, ou ainda o podiam lançar sobre a cabeça para ocultar a face (2 Sm 15.30 – Et 6.12). As mulheres usavam, como os homens, a mesma espécie de camisa, mas os seus vestidos exteriores eram diferentes, compreendendo também uma espécie de chale e um véu – e terminavam eles numa ampla franja que escondia os pés (is 47.2 – Jr 13.22). o vestido exterior dos hebreus era, também, utilizado como roupa de cama – e por isso um credor não o podia conservar em seu poder, depois do sol posto (Êx 22.26 – Dt 24.12,13). o costume de empenhar os vestidos parece ter sido muito comum. As vestes largas, flutuantes, dos hebreus davam lugar a uma variedade de ações simbólicas: quando as rasgavam, era esse gesto expressivo de várias emoções, como o desgosto (Gn 37.29,34 – 2 Sm 1.2 – Jó 1.20), o medo (1 Rs 21.27 – 2 Rs 22.11,19), a indignação (2 Rs 5.7 – 11.14 – Mt 26.65), o desespero (Jz 11.35 – Et 4.1). Geralmente, apenas a vestidura exterior é que era rasgada (Gn 37.34 – Jó 1.20 – 2.12) – mas, em certos casos, a interior (2 Sm 15.32) – eem outras ocasiões tanto uma como outra (Ed 9.3 – Mt 26.65). Sacudir os vestidos, ou o pó, era sinal de rejeição (At 18.6) – estendendo-os diante de uma pessoa, esse ato significava lealdade e recepção alegre (2 Rs 9.13 – Mt 21.8), envolvendo com eles o rosto manifestava-se temor (1 Rs 19.13), ou dor (2 Sm 15.30 – Et 6.12 – Jr 14.3,4) – arrojando-os de si era indício de excitação (At 22.23) – e segurando-os, queria dizer súplica (1 Sm 15.27 – is 3.6 – 4.1 – Zc 8.23). Durante as viagens, os vestidos exteriores eram cingidos (1 Rs 18.46), e lançados fora quando embaraçavam os movimentos do corpo (Mc 10.50 – Jo 13.4 – At 7.58). A expressão ‘tens roupa’ (is 3.6) indicava abastança, porque as mudanças de roupa constituíam um dos muitos elementos de riqueza (Jó 27.16 – Mt 6.29 – Tg 5.2). As mulheres da casa faziam os vestidos (Pv 31.22 – At 9.39) sendo certo que, em virtude da grande simplicidade do corte, não era preciso grande arte para os confeccionar. o profeta isaías (3.16) refere-se à extravagância no vestuário, e também Jr 4.30 – Ez 16.10 – Sf 1.8 – 1 Tm 2.9 – 1 Pe 3.3.
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véu
o véu é, ainda, uma particularidade do vestuário da mulher, no oriente. Rebeca cobriu o rosto quando, pela primeira vez, viu isaque (Gn 24.65). Moisés velou a sua face quando desceu do monte e falou ao povo (Êx 34.33 a 35), usando, provavelmente, a sua capa para esse fim. Em Rt 3.15 e is 3.22, pode ser que haja referência ao grosseiro véu que cai pelas costas das mulheres beduínas, e de que elas se servem para levar toda espécie de coisas.
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vexar
Envergonhar; oprimir
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viandante
Que ou a pessoa que viaja, especialmente a pé; caminhante.
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vibora
Este réptil é três vezes mencionado no A.T. (Jó 20.16 – is 30.6 – 59.5). No N.T. a palavra traduzida por ‘víbora’ significa, na verdade, qualquer serpente venenosa (Mt 3.7 – 12.34 – 23.33 – Lc 3.7). o animal que se prendeu à mão de Paulo, supõe-se que era a espécie vulgar “Vipera aspis” (At 28.3).
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vicário
Que toma o lugar de outrem ou de outra coisa.
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viceja
Vigor
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viço
Vigor
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vida eterna
l. Ensino do Antigo Testamento. A comunhão entre Deus e a alma individual do homem, se for bem entendida, envolve um futuro para essa alma – e as anomalias da vida que não têm aqui a sua explicação requerem, para serem explicadas, a vida além da campa. Mas o A.T. é apenas comparativamente pouco explícito sobre o assunto, porquanto os escritores dessa parte da Bíblia falam-nos de Sheol, a palavra que geralmente se traduz por ‘inferno’. o termo, porém, significa ‘concavidade’ ou ‘vácuo’. os mortos ainda ali vivem, mas privados de tudo o que realmente pertence à vida. É lugar de trevas, de esquecimento, de sono, de ignorância – lá não há esperança, nem louvor – é lugar de corrupção, um poço horrível – e dali não se volta (*veja Jó 7.9 – 14.7 a 12 – Sl 88 e 115 – Ec 9.5 – is 14.11). Este aspecto do ensino, no A.T., já pode explicar a existência futura, considerando principalmente tudo aquilo que cerca a morte. Mas não é este o único aspecto. Conhecemos a vida de Enoque e o ter andado sempre com Deus, a triunfante passagem de Elias, a misteriosa visão de Samuel em Tecoa, esclarecendo todos estes fatos esta grande verdade: que, visto como o homem vive em comunhão com Deus, não há morte que possa realmente quebrar essa comunhão. A expressão tantas vezes repetida: ‘Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de isaque, o Deus de Jacó’ explica aquela comunhão de uma forma concreta, e devia ter produzido no espírito dos judeus a compreensão do que Jesus lhes queria ensinar. Nos Salmos, e também em alguns dos profetas, mas especialmente nos Salmos, o fato de que o piedoso judeu vive numa estreita união com o Espirito do Criador é para ele uma segurança, mesmo na morte – ele pouco sabe da vida além da sepultura, mas pode confiar no seu Deus. ‘Não deixarás a minha alma na morte’ – ‘Quando acordar eu me satisfarei com a tua semelhança’ – ‘Tu me guias com o teu conselho, e depois me recebes na gloria.’ A visão dos ossos secos no cap. 37 de Ez ensina-nos uma lição semelhante (vede também is 26.19 e Dn 12.2). Ao lado destes ensinamentos existia na alma israelita a idéia de uma relação entre a morte e o pecado – mas nunca o judeu pôde penetrar inteiramente o mistério dessa ligação. Na literatura da Sabedoria, como o Eclesiastes, os Provérbios, Jó, e alguns dos Salmos, era ao judeu ensinada a verdade da vida futura por outro processo de argumentação. As necessidades da vida, a sua aparente injustiça, a sua inexata retribuição, o óbvio fato de que nem sempre é o sofrimento o resultado de pecado, tudo isto se avolumava numa questão que só poderia ser resolvida pela realidade da vida futura. 2. Ensino do Novo Testamento. É no N.T. que está perfeitamente definida a doutrina da vida eterna. A palavra grega, que indiscriminadamente se traduz por ‘eterno’ ou ‘perpétuo’ (aionios ), é derivada de um nome que significa uma idade, ou um período de tempo. o adjetivo toma amplamente a sua característica significação do nome a que se aplica. Quando se aplica a Deus ou à vida deve significar ‘eterno’, no sentido mais lato. Aplicado ao serviço de um escravo, significa a duração da vida: ‘ele o servirá para sempre’ (Êx 21.6). A vida de Deus é a eternidade – a vida dos que hão de estar sempre com Ele deve ser igualmente eterna, e também, sendo usada a mesma palavra, parece ser eterna a vida dos que hão de estar separados Dele. Acerca da eternidade da vida não há, e nunca houve, entre os cristãos, qualquer dúvida.
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videira
A primeira vinha de que se fala acha-se em conexão com o monte Ararate, talvez o seu primitivo habitat, onde Noé a plantou (Gn 9.20). Eram as vinhas conhecidas no Egito, como se pode compreender do sonho do copeiro-mor do Faraó (Gn 40.9 a 11), e da sua destruição pela saraiva (Sl 78.47). A extensão e a importância da cultura das vinhas mostram-se abundantemente noa monumentos, onde se acha representado pela pintura e escultura todo o processo de tratar as videiras (usualmente sobre varas, sustentadas por colunas), de colher o fruto, e convertê-lo em vinho. Em linguagem profética, o próprio povo de israel era uma vinha, trazida do Egito (Sl 80.8). Rabsaqué, nas suas injuriosas palavras aos judeus, no reinado de Ezequias, oferece levá-los para uma terra como a deles, ‘terra de cereal e de vinho, terra de pão e de vinhas’ (2 Rs 18.32). A cultura das videiras na terra de Canaã, antes da invasão dos hebreus, é manifesta por certos incidentes como o encontro de Abraão e Melquisedeque, a narrativa dos espias, e as alusões de Moisés à herança prometida (Gn 14.18 – Nm 13.20,24 – Dt 6.11). Mesmo naquele primitivo período, o território em que este ramo de agricultura alcançou a sua mais alta perfeição na Palestina meridional pode ser conhecido pela promessa patriarcal a Judá: ‘Ele amarrará o seu jumentinho à vide, e o filho da sua jumenta à videira mais excelente’ – e também o bem-amado José é comparado ao ‘ramo frutífero junto à fonte – seus galhos se estendem sobre o muro’ (Gn 49.11,22). o vale de Escol (cacho de uvas) proporcionou aos espias belíssimos cachos de uvas, que eles levaram a Moisés, e recebeu o seu nome dessa circunstância (Nm 32.9). o vale de Soreque (vinha), na planície da Filístia, era semelhantemente afamado (Jz 14.5 – 15.5 – 16.4). Do mesmo modo também ‘a planície das vinhas’ (Abel-Queramim), ao oriente do rio Jordão (Jz 11.33). Mais tarde eram mencionadas de um modo especial as vinhas do En-Gedi, na costa ocidental do Mar Morto (Ct 1.14) – e Jeremias lamenta a destruição das vinhas moabitas de Sibma (Jr 48.32). o vinho de Helbom, no Antilíbano, era exportado para Tiro, segundo diz Ezequiel (27.18) – e oséias alude ao aroma do ‘vinho do Líbano’ (14.7). É desnecessário citar passagens que nos mostrem quão valiosa era a videira e o seu produto na Palestina, durante os longos períodos da história do Antigo e do Novo Testamento, e quão excelente e abundante era a vinha na Síria. Bastará mencionar as originais promessas feitas aos israelitas, antes de eles formarem uma nação, a beleza da linguagem figurada nos salmos e profecias, e o fato de numas cinco parábolas do grande Mestre haver referência às videiras e à sua cultura. igualmente significativa é a circunstância de se encontrarem umas doze palavras nas línguas hebraica e grega (principalmente na primeira), para designarem esta planta e os seus usos. os antigos habitantes da Palestina imitaram os egípcios no tratamento das parreiras, sendo a uva o emblema da prosperidade e da paz. o caráter do solo ensinou aos cananeus e os seus sucessores a formação de terraços próprios. Nos pátios das casas grandes e pelas paredes das casas de campo, estendiam as videiras as suas gavinhas – e é provável que também as deixassem subir em volta das figueiras e outras árvores. Ao norte são as videiras cultivadas, e provavelmente o foram também em tempos antigos, ao longo de terrenos planos, apenas com um pequeno apoio (Sl 80.10 – 128.3 – Ez 17.6). As vinhas eram então, como hoje, cercadas de muros toscos ou de uma sebe, ou por ambas as coisas (is 5.5 – Mc 12.1). Foi entre muros desta espécie que Balaão ia montado na jumenta. Cabanas de construção grosseira são feitas para os guardadores das vinhas, como nos tempos do A.T. – e eram edificadas ‘torres’, donde se podia estar de atalaia para evitar as depredações do homem ou de certos animais, como o javali das selvas e os chacais (Sl 80.13 – Ct 2.15 – is 1.8 – 5.2 – Mt 21.33). o tempo da vindima no outono, bem como o da ceifa do trigo que a precedia, eram ocasiões de especial regozijo (is 16.10 – Jr 25.30). os preparativos gerais acham-se descritos na parábola de isaías (5) e na de Jesus Cristo (Mc 12.1, etc.). Era permitido aos pobres fazer a respiga nas vinhas e nas searas (Lv 19.10). os podadores também pertenciam às classes pobres (is 61.5). As vinhas, como os campos de trigo, tinham o seu ano sabático, isto é, de sete em sete anos a terra era simplesmente alqueivada (Êx 23.11 – Lv 25.3 e seg.). Na linguagem figurada da Escritura, a videira é emblemática do povo escolhido, das bênçãos na dispensação evangélica, e também Daquele em quem a igreja vive e cresce por meio dos seus vários membros, e do sangue derramado na cruz para resgatar a Humanidade (is 5.7 – 55.1 – Mt 26.27 e 29 – Jo 15.1). o ato de pisar uvas no lagar é emblemático dos juízos divinos (is 63.2 – Lm 1.15 – Ap 14.19,20). (*veja Vinho, Lagar de vinho.)
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vidente
Pessoa que profetiza acontecimentos futuros. Profeta. O que transmite a palavra de Deus (1Sm 9.9).
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vidro
A invenção do vidro é de época remotíssima, existindo já esse artefato no ano 2000 (a.C.) pelo menos, embora a única referência no A.T. se ache em Jó 28.17, com o nome de cristal. o brilho e a transparência do vidro fazem parte das imagens do Apocalipse (4.6 – 15.2 – 21.18, 21). A arte de fazer espelhos por meio do vidro, coberto de uma camada de mercúrio, ainda não era conhecida, ou pelo menos, não se praticava. os espelhos eram feitos de metal polido. Neste sentido se devem compreender as passagens de Êx. 38.8 – Jó 37.18 – is 3.23 – 1 Co 13.12 -2 Co 3.18 e Tg 1.23. Esta espécie de espelhos estava sujeita a muitas imperfeições. Por isso a frase ‘agora vemos como em espelho’, quer dizer obscuramente, indistintamente.
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vigência
Tempo durante o qual uma coisa vige ou vigora.
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vigia
Alguém posicionado numa torre ou em outro ponto elevado com a incumbência de vigiar a aproximação de mensageiros ou de inimigos (Ez 3.17).
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vigilantes
Mensageiro celestial (Dn 4.13), implicando o termo a divina vigilância sobre os negócios do homem. No livro de Enoque (*veja Apócrifos, Livros) usa-se a mesma palavra a respeito dos arcanjos e também de anjos decaídos, que tinham desprezado o seu dever de vigiar. (*veja Anjo.)
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vigilia
os judeus dividiam a noite em três vigílias: a primeira, ‘princípio das vigílias’ (Lm 2.19), ia desde o sol posto até às 10 horas da noite – a segunda, ‘a vigília média’ ou da meia-noite (Jz 7.19), principiava às 10 horas da noite e prolongava-se até às duas horas da madrugada – e a terceira, a ‘vigília da manhã’ (1 Sm 11.11), desde as duas horas da manhã até ao nascer do sol. Em tempos posteriores, a noite era dividida, segundo o costume dos romanos, em quatro vigílias (desde as 6 horas da tarde às 6 horas da manhã), de três horas cada uma (Mt 14.25 – Lc 12.38). Em S. Marcos (13.35), as quatro vigílias são designadas pelo nome especial de cada uma. (*veja Dia, Hora, Tempo.)
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vil
De pouco valor; que se compra por baixo preço; baixo; reles; ordinário; mesquinho; miserável; desprezível; abjeto; infame
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vilas
As vilas da Palestina estavam geralmente agrupadas em volta das muralhas de uma cidade fortificada – elas próprias, porém, não tinham muros ou outra proteção, esperando os habitantes rurais que a sua forte vizinha os defenderia nas ocasiões de perigo. Como podiam ser abandonadas em qualquer momento de ataque, as casas das vilas eram de leve construção, com paredes de barro e tetos de colmo. Exemplo de cidades fortes eram as de Hesbom e Jazer, pertencentes aos amorreus, com as suas pequenas povoações em volta (Nm 21.25 e seguintes). Além de não ter muros, também em tempos posteriores não tinha a vila nenhuma sinagoga, mas providenciava-se para que houvesse um serviço religioso na sinagoga da cidade, quando os aldeões tinham de ali ir para os seus negócios. (*veja Cidade.)
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vileza
Vil; baixo; grosseiro; mau
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vilipêndio
Desprezo; menoscabo
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vilma
Protetora
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vilmar
Resoluto, famoso
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vinagre
Produto da fermentação acéticado vinho. Boaz disse a Rute que se aproximasse, e molhasse o seu pão no vinagre (vinho) juntamente com os segadores (Rt 2.14). os trabalhadores da Palestina ainda molham de modo semelhante o seu pão. o nazireu não devia beber ‘vinagre do vinho’ ou ‘vinagre de bebida forte’ (Nm 6.3), proibição esta que também foi ordenada no caso de João Batista (Lc 1.15). o vinagre que foi dado ao Salvador na cruz era a “posca”, uma bebida vulgar dos soldados romanos (Jo 19.28 a 30) – era uma espécie de vinho azedo, de pequeno preço, diluído em água. Jesus já tinha recusado a estupefaciente mistura de vinho e mirra (Mt 27.34 – Mc 15.23).
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vinco
Aresta ou marca produzida por uma dobra.
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vinculado
Fortemente ligado ou preso.
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vínculo
Relação, subordinação.
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vinda de cristo (segunda)
Ainda que esta frase não ocorra no N.T., o acontecimento a que se refere teve proeminente importância na fé e esperança da igreja primitiva. A idéia do A.T. quanto ao ‘dia do Senhor’ (Jl 1.15 – 2.11, etc.), como sendo principalmente um dia de juízo (Cf. Sl 50.1 a 6), tornou-se identificada com a da vinda de Jesus Cristo, para julgar o mundo (At 17.31), restaurar todas as coisas, e especialmente confirmar e completar a salvação dos crentes. Fala-se, geralmente, desta ‘vinda’, como sendo a “Parousia” (isto é, presença, incluindo o pensamento de chegada), bem como uma revelação ou manifestação (*veja 2 Ts 2.8, onde ambas as idéias se acham combinadas). Não há dúvida sobre ser, na pregação apostólica e na fé da primeira geração dos cristãos, considerada a Parousia como iminente. Primeiramente, Paulo a esperava durante a sua própria vida (1 Co 15.51 – 1 Ts 4.15) – a expectativa desse fato é a sua constante inspiração e base de apelação (1 Co 1.7,8 – 7.29 a 31 – Fp 1.10 – 2.16, etc. – 1 Ts 1.10 – 2.19 – 3.13 – 4.13 a 5.11 – cp. com Hb 10.25 – 1 Jo 2.18). Esta crença deve, de algum modo, ter-se baseado nos ensinamentos de Jesus Cristo, erradamente, talvez, quanto ao tempo, seguramente quanto ao fato. São citadas as palavras proferidas por Jesus, que declarou estar próximo o Reino de Deus (Mc 1.15), e que repetidas vezes, em linguagem tirada da visão de Daniel, anunciou a vinda do Filho do homem (Mc 8.38 – 13.26 – 14.62). o lado moral deste ensinamento é manifesto para incutir a fidelidade, a paciência, a vigilância (Mc 13.9 a 13.33 a 37 – Lc 12.35, 36 – 18.8, etc.) – e há avisos de que a vinda podia ser demorada (Mc 13.5 – Lc 12.45). Todavia, em outras falas de Jesus Cristo, a ‘vinda do Filho do homem’ não se distingue claramente de crto acontecimento que devia realizar-se dentro daquela geração (Mt 10.23 – Mc 9.1 – 13.30) – e esta idéia não pode bem modificar-se com a linguagem de Mc 13.10 (Cp. com Cl 1.6,23). Parece-nos, então, que a nossa concepção de Parousia, anunciada por Cristo, deve, pelo menos, alargar-se para achar um cumprimento no Pentecoste, outro na queda de Jerusalém, e para dar lugar a um conseqüente desenvolvimento da nova fé, com a esperança de qualquer assinalada intervenção de Deus na história da Humanidade para o triunfo final do Seu Reino.
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vindicar
Corrigir; recuperar
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vindima
Colheita ou apanha de uvas
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vindita
Castigo; punição legal
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vindouro
Que há de vir ou acontecer; futuro.
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vingança
Do Lat. vindicare
Castigar alguém de quem se recebeu ofensa; tirar desforra ou vingança de; desafrontar; punir; defender; promover a reparação de; indemnizar; compensar; conseguir; vencer (uma distância); galgar; atingir, subindo; libertar. -
vingar
Acertar as contas com alguém que praticou o mal, ou castigá-lo.
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vinha
A primeira vinha de que se fala acha-se em conexão com o monte Ararate, talvez o seu primitivo habitat, onde Noé a plantou (Gn 9.20). Eram as vinhas conhecidas no Egito, como se pode compreender do sonho do copeiro-mor do Faraó (Gn 40.9 a 11), e da sua destruição pela saraiva (Sl 78.47). A extensão e a importância da cultura das vinhas mostram-se abundantemente noa monumentos, onde se acha representado pela pintura e escultura todo o processo de tratar as videiras (usualmente sobre varas, sustentadas por colunas), de colher o fruto, e convertê-lo em vinho. Em linguagem profética, o próprio povo de israel era uma vinha, trazida do Egito (Sl 80.8). Rabsaqué, nas suas injuriosas palavras aos judeus, no reinado de Ezequias, oferece levá-los para uma terra como a deles, ‘terra de cereal e de vinho, terra de pão e de vinhas’ (2 Rs 18.32). A cultura das videiras na terra de Canaã, antes da invasão dos hebreus, é manifesta por certos incidentes como o encontro de Abraão e Melquisedeque, a narrativa dos espias, e as alusões de Moisés à herança prometida (Gn 14.18 – Nm 13.20,24 – Dt 6.11). Mesmo naquele primitivo período, o território em que este ramo de agricultura alcançou a sua mais alta perfeição na Palestina meridional pode ser conhecido pela promessa patriarcal a Judá: ‘Ele amarrará o seu jumentinho à vide, e o filho da sua jumenta à videira mais excelente’ – e também o bem-amado José é comparado ao ‘ramo frutífero junto à fonte – seus galhos se estendem sobre o muro’ (Gn 49.11,22). o vale de Escol (cacho de uvas) proporcionou aos espias belíssimos cachos de uvas, que eles levaram a Moisés, e recebeu o seu nome dessa circunstância (Nm 32.9). o vale de Soreque (vinha), na planície da Filístia, era semelhantemente afamado (Jz 14.5 – 15.5 – 16.4). Do mesmo modo também ‘a planície das vinhas’ (Abel-Queramim), ao oriente do rio Jordão (Jz 11.33). Mais tarde eram mencionadas de um modo especial as vinhas do En-Gedi, na costa ocidental do Mar Morto (Ct 1.14) – e Jeremias lamenta a destruição das vinhas moabitas de Sibma (Jr 48.32). o vinho de Helbom, no Antilíbano, era exportado para Tiro, segundo diz Ezequiel (27.18) – e oséias alude ao aroma do ‘vinho do Líbano’ (14.7). É desnecessário citar passagens que nos mostrem quão valiosa era a videira e o seu produto na Palestina, durante os longos períodos da história do Antigo e do Novo Testamento, e quão excelente e abundante era a vinha na Síria. Bastará mencionar as originais promessas feitas aos israelitas, antes de eles formarem uma nação, a beleza da linguagem figurada nos salmos e profecias, e o fato de numas cinco parábolas do grande Mestre haver referência às videiras e à sua cultura. igualmente significativa é a circunstância de se encontrarem umas doze palavras nas línguas hebraica e grega (principalmente na primeira), para designarem esta planta e os seus usos. os antigos habitantes da Palestina imitaram os egípcios no tratamento das parreiras, sendo a uva o emblema da prosperidade e da paz. o caráter do solo ensinou aos cananeus e os seus sucessores a formação de terraços próprios. Nos pátios das casas grandes e pelas paredes das casas de campo, estendiam as videiras as suas gavinhas – e é provável que também as deixassem subir em volta das figueiras e outras árvores. Ao norte são as videiras cultivadas, e provavelmente o foram também em tempos antigos, ao longo de terrenos planos, apenas com um pequeno apoio (Sl 80.10 – 128.3 – Ez 17.6). As vinhas eram então, como hoje, cercadas de muros toscos ou de uma sebe, ou por ambas as coisas (is 5.5 – Mc 12.1). Foi entre muros desta espécie que Balaão ia montado na jumenta. Cabanas de construção grosseira são feitas para os guardadores das vinhas, como nos tempos do A.T. – e eram edificadas ‘torres’, donde se podia estar de atalaia para evitar as depredações do homem ou de certos animais, como o javali das selvas e os chacais (Sl 80.13 – Ct 2.15 – is 1.8 – 5.2 – Mt 21.33). o tempo da vindima no outono, bem como o da ceifa do trigo que a precedia, eram ocasiões de especial regozijo (is 16.10 – Jr 25.30). os preparativos gerais acham-se descritos na parábola de isaías (5) e na de Jesus Cristo (Mc 12.1, etc.). Era permitido aos pobres fazer a respiga nas vinhas e nas searas (Lv 19.10). os podadores também pertenciam às classes pobres (is 61.5). As vinhas, como os campos de trigo, tinham o seu ano sabático, isto é, de sete em sete anos a terra era simplesmente alqueivada (Êx 23.11 – Lv 25.3 e seg.). Na linguagem figurada da Escritura, a videira é emblemática do povo escolhido, das bênçãos na dispensação evangélica, e também Daquele em quem a igreja vive e cresce por meio dos seus vários membros, e do sangue derramado na cruz para resgatar a Humanidade (is 5.7 – 55.1 – Mt 26.27 e 29 – Jo 15.1). o ato de pisar uvas no lagar é emblemático dos juízos divinos (is 63.2 – Lm 1.15 – Ap 14.19,20). (*veja Vinho, Lagar de vinho.)
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vinho
o sumo das uvas produzia diversas espécies de vinho. Pisadas as uvas no lagar, corria o sumo para uma cuba. A esse sumo chamavam ‘vinho novo’ – e os judeus bebiam-no nesse estado – mas passado pouco tempo, principiava a fermentação. o vinho fermentado tinha diversos nomes. Algum era pouco melhor do que o vinagre, e formava a bebida comum dos operários, ou dos trabalhadores do campo durante o calor da colheita (Rt 2.14). Foi este o vinho, fornecido em enormes quantidades por Salomão, para os rachadores de lenha no Líbano (2 Cr 2.10). o vinagre que deram ao Salvador, quando estava na cruz (Mc 15.36), era provavelmente a ‘posca’, uma mistura de vinho e água que costumavam dar aos soldados romanos – e o vinho com mirra era uma bebida estupefaciente (*veja 23). o vinho não era somente misturado com água, mas também o aromatizavam algumas vezes (Sl 75.8 – Pv 9.2,5 – 23.30). o A.T. alude muitas vezes ao vício em que caíram os hebreus e outros povos da antigüidade, bebendo excessivamente, e também faz muitas referências às vergonhosas cenas de orgia por ocasião das festas, no tempo da vindima. igualmente, Belsazar e Xerxes tinham os seus ‘banquetes de vinho’ – Neemias aparece como copeiro de Artaxerxes – e Naum e Habacuque acusaram os ninivitas e os caldeus de serem vergonhosamente desregrados (Na 1.10 – 2.1 – 3.11 – Dn 5.1,2 – Hc 2.15,16). Em conformidade com estas passagens acham-se muitas vezes exemplificados, nas esculturas assírias, o uso e o abuso do fruto da vide. os profetas do oitavo século antes de Cristo referem-se freqüentemente aos banquetes, nos quais bebiam demasiadamente as classes mais ricas da comunidade. Amós descreve com viveza aquelas orgias dos príncipes de Samaria, que se estendiam sobre as camas de marfim e bebiam vinho por taças (6.4 a 6). oséias escreve que no dia do aniversário natalício do rei, os príncipes se tornaram doentes com a excitação do vinho (os 7.5) – e isaías exclamava (28.1): ‘Ai da soberba coroa dos bêbados de Efraim.’ o mesmo profeta denuncia os habitantes de Jerusalém deste modo: ‘Ai dos que se levantam pela manhã, e seguem a bebedice, e continuam até alta noite, até que o vinho os esquenta’ (is 5.11). Jesus Cristo, em Caná da Galiléia, mudou a água em vinho (Jo 2.9,10). Acham-se indicações no N.T. de que o vinho era algumas vezes bebido em excesso: (Jo 2.10 – At 2.13 – 1 Co 5.11 e 6.10 – Ef 5.18). Paulo (Rm 14.21) sugere a lei da abstinência para o bem-estar dos outros, mas recomenda um pouco de vinho a Timóteo, em vista da sua fraqueza física (1 Tm 5.23). (*veja Videira, Lagar de Vinho.)
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vinho novo
Suco recém-espremido da uva. Contém menos sabor e menos teor alcoólico por ser breve o seu processo de envelhecimento.
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violante
Violeta
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virgem
A virgem era, por determinação da lei, propriedade de seu pai, a quem um dote se devia dar quando ela se casava (Êx 22.16 – *veja Gn 29.15 a 18). A honra da virgem era protegida contra a maledicência, mas o seu desvio da virtude era severamente castigado (Dt 22.13 a 21). Não há, no N.T., indício algum de alguma reconhecida ordem de virgens, embora se queira supor isso pela passagem de At. 21. 9. A questão do casamento da virgem é tratada por Paulo, à luz das circunstâncias do tempo, em 1 Co 7.25 a 38. A palavra ‘casto’ é empregada a respeito do homem em Ap 14.4,5.
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virgem (nascido da)
Jesus Cristo foi ‘nascido da Virgem Maria’. Em Mt 1.22, 23 se declara ser esse fato o cumprimento da profecia que está em is 7.14. (*veja Emanuel.) A passagem tem uma dupla referência, pois que se trata de nascer então uma criança segundo o simples curso da natureza – e, em segundo lugar, da encarnação miraculosa de Jesus Cristo, do qual são particularmente descritivos os termos empregados. Parece ser esta a interpretação mais natural, visto como a profecia evidentemente designa duas coisas: um libertamento próximo – e outro mais afastado, porém mais glorioso. o nascimento da primeira criança era um penhor do libertamento próximo: e o do Messias, constituía um mais maravilhoso penhor de outro mais grandioso libertamento. É neste cumprimento mais elevado da profecia que se torna evidente a propriedade do termo ‘virgem’ e a inteira significação do nome Emanuel (Mt 1.23 – Lc 1.35 – Jo 1.14). A palavra hebraica “almah”, traduzida pela palavra ‘virgem’ em is 7.14, e em três outras passagens, significa etimologicamente uma jovem, virgem ou não – mas, de fato, emprega-se de um modo restrito a respeito de uma virgem. os tradutores da Versão dos Setenta na trasladação de almah empregaram a palavra “parthenos”, que é quase sempre usada a respeito de virgens.
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virtualmente
Que é virtual, ou seja, existe de forma eletrônica no computador.
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virtude
Disposição firme e constante para a pratica do bem; qualidade própria para produzir certos efeitos
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visão
Este termo é empregado tanto no A.T., como no N.T., no sentido de uma manifestação, ou por sonho, ou doutra maneira, pela qual vem ao homem uma mensagem divina, como aconteceu com Abraão (Gn 15.1), Jacó (Gn 28.12), Moisés (Êx 3.2), Balaão (Nm 24.4 a 16), Ezequiel (37.1 a 14), etc. Aos profetas Deus falou ‘de vários modos’, revelando o maior número de vezes a Sua verdade, pela realização daquele estado sobrenatural das faculdades sensitivas, intelectuais e morais, a que as Escrituras chamam visão. É nesse estado que coisas longínquas, quanto ao tempo e ao lugar, ou meras representações simbólicas dessas coisas, se tornaram para a alma do Profeta vivas realidades, e, como tais, ele as descreve. Por esta razão as predições proféticas se chamam muitas vezes ‘visões’, isto é, coisas vistas, dando-se aos profetas o nome de ‘videntes’ (2 Cr 26.5 – is 1.1 – ob 1 – Hc 2.2,3 – etc.). Quanto às visões do N.T., *veja Mt 3.16 – 17.1 a 9 – At 2.2,3 – 7.55,56 – 9.3,10,12 – 10.3,19 – 16.9 – 18.9 – 22.17,18 – 23.11 – 2 Co 12.1 a 4. (*veja Profecias.)
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visão (vale da)
(is 22.1,5.) A frase éininteligível, mas deve referir-se a Jerusalém. Sendo assim, chama-se à cidade de Jerusalém um ‘vale’, porque, embora edificada sobre montes, era dominada por alturas circurjacentes ainda maiores, com vales entre elas – ou talvez porque um vale é uma depressão solitária e tranqüila, no meio de montanhas. E, na verdade, era assim Jerusalém um lugar pacífico e abrigado, fechado para o mundo, mas sendo escolhido pelo Senhor para mostrar ali aos Seus profetas os segredos do Seu governo universal. o vale da Visão era como que um lugar onde se manifestava a presença de Deus.
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vislumbrar
Conhecer imperfeitamente; entrever.
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vistoso
Agradável à vista, admirável.
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vital
De importância capital; essencial.
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vitalícia
Que dura a vida inteira
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vitoria
Vitoria
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vituperar
Tratar com dureza, insultar, repreender ou desaprovar.
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vitupério
Ato vergonhoso; infâmia
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viúva
A viuvez, assim como a esterilidade, era como que qualquer coisa vergonhosa e censurável em israel (*veja, p. ex., is 54.4). Julgava-se que uma mulher de mérito e reputação podia realizar novo casamento, ou na família do seu falecido marido (Rute), se ele tivesse morrido sem filhos (Dt 25.5 a 10), ou em qualquer outra família. Relativamente às leis que dizem respeito aos bens herdados pela mulher, é difícil determinar até que ponto eram operativas nos tempos antes do exílio. Todavia, deve-se dizer que Boaz, pertencente à mesma classe que o marido de Noemi, casou com a moabita Rute, na qualidade de possuidor com Noemi da terra pertencente ao falecido Elimeleque, ‘para suscitar o nome do esposo falecido, sobre a herança dele’ – e é possível que a lei, exposta em Dt 25.5 a 10, determinando que uma viúva sem filhos devia casar com o irmão do seu marido, possa ter sido ordenada não simplesmente para suscitar posteridade do sexo masculino, mas também para garantir a permanência de qualquer propriedade, que ela pudesse possuir na tribo do seu último marido. Por outro lado, a ausência no Deuteronômio de qualquer regulamento expresso, que dissesse respeito à herança da mulher, e as repetidas referências à viúva em conexão com o órfão e o estrangeiro (Dt 14.29 – 16.11 – 26.12), cabendo-lhe dízimos e ofertas de festas, nos faz crer com muita probabilidade que a posição da viúva era precária. E isto se pode deduzir do que se lê em isaías (10.2), e em Jeremias (7,6). Na Escritura se encontram freqüentes mandamentos no sentido de se socorrer a viúva e o órfão (Êx 22.22 – Dt 10.18 – 14.29). Deus é mesmo chamado o marido da desolada, e diz: ‘as tuas viúvas confiem em Mim’ (Jr 49.11). S. Paulo ordena que se honrem as viúvas (1 Tm 5.3). Houve na primitiva igreja cristã viúvas que, pela sua pobreza, eram colocadas na lista das pessoas sustentadas pela igreja (At 6.1). A outras davam-lhes o emprego de visitar os doentes e de prestar auxílio às mulheres no batismo, etc. Mas as mulheres escolhidas para esta missão deviam ter, pelo menos, 60 anos de idade (1 Tm 5.9).
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víveres
Gêneros alimentícios; comestíveis
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viviane
Cheia de vida, com vida
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vivificar
Dar vida; reviver.
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vocábulo
Palavra que faz parte duma língua; termo, dição.
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vocação
Escolha, chamamento.
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vofsi
hebraico: acrescentamento do Senhor
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voláteis
Voadores
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volição
Ato pelo qual a vontade se determina a alguma coisa.
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volver
Mudar de posição ou direção
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voragem
Aquilo que devora
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votiva
Oferecida em voto
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voto
Uma promessa em termos solenes, voluntária, feita a Deus por uma pessoa, que se obriga a realizar um ato para promover a Sua glória, ou a abster-se de qualquer ato com o mesmo fim em vista. Na dispensação do A.T. os votos eram atos comuns (Nm 30 – Jz 11). Na lei estava estabelecido um preço de resgate por votos, com respeito a coisas oferecidas, ou a pessoas consagradas (Lv 27). Todavia, supõem alguns que este dinheiro devia ser pago em adição à oferta da pessoa, como visível declaração de que havia sido consagrada a Deus (Gn 28.20,22 – Jz 11.30,31 – 1 Sm 1.11,28). Havia votos voluntários (Dt 23.22 – Ec 5.5 – At 5.4) – e também obrigatórios (Nm 30.2,4,7,11,12 – Dt 23.21 a 23 – Jz 11.35 – Jó 22.27 – Sl 50.14 – 76.11 – Pv 20.25 – Ec 5.4 a 7 – Jn 2.9 – Na 1.15), havendo certas exceções (Nm 30.3 a 13). A violação de votos era castigada (1 Sm 14.24, 39). Certos votos particulares descritos no A.T. foram os de Jacó (Gn 28.20 a 22), de Jefté (Jz 11.30, 31), da mãe de Mica (Jz 17.2,3), de Ana (1 Sm 1.11), de Elcana (1 Sm 1.21), dos marinheiros (Jn 1.16) e de Jonas (Jn Z.9). Em At 18.18 – 21.23, temos provas de certas determinações acerca de votos, no tempo dos apóstolos. (*veja Corbã, Nazireu.)
W
X
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xerxes
forma grega do nome hebraico Assuero
Y
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yáchats
“Divisão”; a matsá do meio (das três matsot da travessa do sêder) é quebrada em duas partes desiguais.
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yasmine
Flor branca
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yavh
Tetragrama Sagrado. Nome de Deus.
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yechidut
Encontro privado com um Rebe .
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yehoshua
Palavra hebraica que significa “salvação”
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yeshivá
Escola para aprendizado talmúdico e estudos de Torá avançados.
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yeshua
Jesus também vem do hebraico (yeshua) que significa salvação, Salvador.
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yetsêr hara
Inclinação para o mal; Mal instinto.
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yetsêr tov
Bom instinto; inspira a pessoa a praticar o bem.
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yidishe
Dialeto alemão falado pelos judeus da Europa Ocidental, ashkenazitas, e que tornou-se a segunda língua oficial, além do hebraico.
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yizkôr
Reza recitada na sinagoga em ocasiões especiais, entre as quais o último dia de Pêssach, em memória de entes queridos falecidos.
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yom kippur
Dia do Perdão; mais significativo do ano judaico onde as pessoas fazem um balanço de si mesmas e tomam boas decisões para o futuro após serem perdoadas de suas falhas, neste dia, por D-us.
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yom tov
Data festiva; neste dia há restrições quanto a algumas atividades criativas.
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yonah
Pomba
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yula
Nascido no Natal
Z
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zaa
hebraico: desgosto
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zaanã
lugar das manadas
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zaananim
partidas
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zaão
desgosto
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zaavã
inquieta
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zabade
1. Um dos valentes de Davi (1 Cr 2.36,37: acha-se mencionado em 1 Cr 11.41 como descendente de Alai. Alai, como se pode ver pela genealogia em 1 Cr 2.31,34 a 36, era sua bisavó, descendente de Judá, que havia casado com Jará, um egípcio. o nome dela é mencionado, provavelmente, para indicar a relação com a tribo a que pertencia. 2. Um efraimita (1 Cr 7.21). 3. Um cúmplice de Jeozabade no assassinato do rei Joás (2 Cr 24.26). Foram ambos condenados à morte por Amazias, o filho e sucessor de Joás. Em vez de Zabade lê-se Jozacar em 2 Rs 12.21. 4,5 e 6. israelitas, que haviam casado com mulheres estrangeiras (Ed 10. 27,33,43).
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zabai
hebraico; zumbido
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zabdi
1. Neto de Judá, e avô de Acã (Js 7.1,17,18). 2. Um benjamita (1 Cr 8.19). 3. oficial que dirigia os trabalhos com respeito ao vinho das adegas de Davi (1 Cr 27.27). 4. o filho de Asafe, o trovador Zacur (Ne 11.17; 12.35) e Zicri (1 Cr 9.15).
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zabdi ou zabdiel
presente de Deus
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zabdiel
hebraico: dom de Deus
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zabude
hebraico: doado ou dotado
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zabulão
morada
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zacai
puro,
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zacaria
Jeová lembrou-se
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zacarias
o Senhor se lembra de nós. lo autor do livro de Zacarias. 2. Porteiro do tabernáculo da congregação. Ele é julgado o ‘conselheiro prudente’ (1 Cr 9.21 – 26.2,14). 3. Príncipe de Judá no reinado de Josafá, que foi mandado a instruir o povo na Lei (2 Cr 17.7). 4. Filho do sumo sacerdote Joiada. *veja Zacarias l. É aquele a quem Jesus Se refere em Mt 23.35. 5. o capataz dos operários, empregados na restauração do templo (2 Cr 34.12). 6. Chefe do povo, associado com Esdras na volta de Babilônia e na leitura da Lei (Ed 8.16 – Ne 8.4). 7. Sacerdote que tocava as trombetas na dedicação dos muros da cidade, efetuada por Esdras e Neemias (Ne 12.35,41). 8. outras pessoas com o nome de Zacarias são mencionadas em diversos lugares, mas nada se sabe delas.
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zacarias (livro de)
A autoria deste livro é atribuída, nas suas primeiras palavras, a Zacarias, filho de Berequias, e neto de ido. Era da tribo sacerdotal (Ne 12.4,6), e veio da Babilônia, ainda jovem, com Zorobabel e Josué. Ele principiou a sua missão de profeta dois meses depois de Ageu, mais ou menos (Ed 5.1 e 6.14 – Ag 1.1), no segundo ano de Dario Histaspes – e continuou a profetizar durante dois anos (Zc 7.1). Ao seu zelo e ao de Ageu se deve, em grande parte, a reedificação do templo (Ed 5.1 – 6.14). Ainda que o objetivo imediato de Zacarias seja animar os judeus na restauração do culto público, outros ele tem mais afastados e importantes. As suas profecias alcançam ‘o tempo dos gentios’, mas a história do povo escolhido ocupa em Zacarias o centro das suas predições. o livro pode dividir-se em três seções: 1. os caps. 1 a 6 contêm uma série de oito visões que teve o profeta no segundo ano de Dario, e eram reveladoras das dispensações da Providência com respeito aos judeus e às nações que os tinham oprimido. 2. os caps. 7 e 8 encerram profecias sobre a prosperidade futura dos judeus, no engrandecimento de Jerusalém, entremeadas de avisos e exortações. 3. os seis capítulos restantes contêm uma série de predições, revelando a futura história do povo de Deus desde esse período até ao fim do mundo. Nessas profecias acham-se intercaladas muitas outras referentes à pessoa, caráter, e obra do Messias, à promulgação do Evangelho, à chamada dos gentios, e à glória final e bem-aventurança da igreja de Deus, unindo judeus e gentios numa santa comunidade, debaixo da direção do grande Sumo-Sacerdote e Rei (9 a 14). As muitas citações feitas na segunda porção do livro, de profetas que viveram anteriormente ao cativeiro, e do tempo do cativeiro, parecem indicar claramente que o autor é de uma época posterior. Na verdade, é mais razoável supor que um só profeta os citou, do que acreditar que eles todos o citaram. Comparar 9.2 com Ez 28.3 – 9.5 com Sf 2.4 – 9.11 com is 51.14 – 9.12 com is 49.9 e 61.7 – 10.3 com Ez 34.17 – 11.4 com Ez 34.4 – 11.3 com Jr 12.5 – 13.8,9 com Ez 5.12 – 14.8 com Ez 47.1 a 12 – 14.10,11 com Jr 31.38 a 40 – 14.16 a 19 com is 66.23 e 60.12 – 14.20,21 com Ez 43.12 e 44.9. Algumas das referências ao profeta Zacarias, no N.T., acham-se em íntima conexão com a obra de Jesus Cristo – Zc 9.9, a entrada do Rei em Jerusalém (Mt 21.5 – Jo 12.14,15) – Zc 11.13, as trinta peças de prata (Mt 27.9,10) – Zc 12.10, olhando para Aquele a quem traspassaram (Jo 19.37 – Ap 1.7) – Zc 13.7, o Pastor ferido (Mt 26.31 – Mc 14.27) – Zc 14.11, não haverá mais anátema (Ap 22.3).
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zacharias
Jeová lembrou-se
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zacur
lembrado
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zadoque
Reto. l. Um dos dois principais sacerdotes, no tempo de Davi (2 Sm 8.17), o qual se juntou com este rei em Hebrom (1 Cr 12.28), depois da morte de Saul. Zadoque permaneceu fiel a Davi, por todo o tempo em que este reinou, através de todas as agitações. Quando Absalão se revoltou, sendo Davi compelido a fugir de Jerusalém, Zadoque e os levitas acompanharam o seu rei, levando a arca (2 Sm 15.24). E, quando Absalão foi morto, achava-se Zadoque entre aqueles que persuadiram os anciãos de Judá a que convidassem Davi a voltar. Sendo já Davi avançado em anos, e tendo sido Adonias aclamado rei pela influência de certo partido, ele pôs-se ao lado de Davi e ungiu Salomão para seu sucessor. Salomão, depois da sua ascensão ao trono, retirou do alto sacerdócio a Abiatar (que tinha sido partidário de Adonias), e deu a Zadoque toda a autoridade (1 Rs 1.7, 26 – 2.27, 35). os seus descendentes, como se pode ver em Ez 44.15,16, são louvados pela sua fidelidade desde o tempo de Salomão, e especiais privilégios lhes são concedidos na visão profética a respeito do templo restaurado e do culto ali prestado ao Senhor. 2. o pai de Jerusa: esta foi mulher do rei Uzias e mãe do rei Jotão (2 Rs 15.33 – 2 Cr 27.1). 3. Certo indivíduo que reparou uma porção de muro no tempo de Neemias (Ne 3.4). 4. Um sacerdote que fez a mesma coisa (Ne 3.29).
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zafenate-paneia
egípcio: Salvador do mundo, hebraico: Deus fala, Ele vive
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zafom
vento , norte
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zagalo
Pastor
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zaina
Cesta, berço
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zaine
7 letra do alfabeto hebraico
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zair
pequeno
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zaira
Visitante
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zalafe
fratura
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zalmmona
lugar sombrio
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zalmom
sombrio, escuro
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zalmona
hebraico: sombrio
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zalmuna
privado de proteção
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zambri
ajudado por Deus
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zamira
hebraico: dança, melodia
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zanete
Deus é cheio de bênçãos
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zania
Hóspede, convidada
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zanoa
hebraico: água suja
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zanzumins
o nome amonita de Refaim (Dt2.20). Era um povo ‘grande, numeroso e alto’, mas foi conquistado ou destruído pelos amonitas, que se apoderaram do seu território que ficava ao nordeste de Moabe (*veja Zuzins.)
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zaqual
hebraico: pureza o Senhor
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zaqueu
Puro. o incidente em que figuraZaqueu é referido em Lc 19.1 a 10. A sua posição era a de superintendente dos cobradores de tributos, estando ele próprio sujeito a um superior romano. Zaqueu era judeu, e Jesus lhe chama ‘filho de Abraão’, para nos fazer ver que mesmo a sua ocupação não o punha fora da comunidade de israel. o vivo desejo de ver Jesus era mais alguma coisa do que simples curiosidade – doutra forma não teria ele tão prontamente respondido ao convite do Mestre. Jesus tinha chegado a Jericó, indo em direção a Jerusalém para a celebração da Páscoa. Jericó, pela razão das suas palmeiras e jardins de balsamina, era nesta ocasião um distrito muito florescente, provindo deste fato tornar-se Zaqueu um homem rico.
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zará
Deus brilhou
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zarefate
Lugar de fundição. É hoje Sarafend – cidade fenícia, entre Tiro e Sidom. Foi residência temporária de Elias (1 Rs 17.9,10 – ob 20 – Lc 4.26). os cruzados construíram uma capela no reputado sitio da casa da viúva. Sarepta (Lc 4.26) é a forma grega de Zarefate.
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zaretá
o lugar onde os israelitas atravessaram o rio Jordão, para entrarem na terra de Canaã (Js 3.16), e onde foram fundidos os vasos de cobre para o templo de Salomão. Em 2 Cr 4.17 o nome é Zeredá, que talvez seja o lugar que em Jz 7.22 se chama Zererá.
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zarete-saar
hebraico; resplendor da aurora
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zarias
hebraico: nascer do sol
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zarita
hebraico: nascer do sol
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zarta
hebraico: bolo
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zatu
hebraico; ornato, beleza
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zaza
hebraico: abundância
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zazumins
barulhentos
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zeba
Um dos dois reis de Midiã, que foram mortos por Gideão. Eles tinham nas suas incursões assassinado alguns irmãos de Gideão. Depois da derrota dos midianitas, os dois reis puderam escapar, indo por Gileade até Carcor. E até este lugar os foi perseguindo Gideão, que afinal os aprisionou. Trouxe-os a ofra, sua terra natal, e aí os matou (Jz 8.5 a 21 – Sl 83.11).
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zebadias
1. benjamita que se juntou a Davi em Ziclague (1 Cr 12.7). 2. Certo indivíduo que, com oitenta da sua família, voltou com Esdras (Ed 8.8). 3. Sacerdote que casou com mulher estrangeira, depois da volta de Babilônia (Ed 10.20). 4. Levita enviado a ensinar a Lei, nas cidades de Judá (2 Cr 17.8). 5. o que superintendia na casa de Judá sobre as coisas ‘que dizem respeito ao rei’, no tempo de Josafá (2 Cr 19.11). 6. outras pessoas com o nome de Zebadias são mencionadas em 1 Cr 8.15,17 – 26.2 – 27.7.
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zebaim
hebraico: veados
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zebe
variante de Orebe
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zebedeu
Era pescador da Galiléia, pai de Tiago e João, discípulos de Cristo, e marido de Salomé. Estes dois filhos foram chamados por Jesus, na ocasião em que estavam no barco de seu pai, ajudando-o a consertar as redes. A família tinha bens suficientes para ter criados ao seu serviço. As relações entre João e o sumo sacerdote também nos sugerem a sua posição social (Mt 4.21 – 27.M – Mc 1.20 – 15.40 – Jo 18.15).
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zebida
dotada
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zebina
adquirido
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zeboim
hebraico: hienas ou gazelas
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zebuais
hebraico: comprado
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zebube
hebraico: mosca
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zebuda
hebraico: entregando um dom
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zebul
hebraico: habitação
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zebulao
Tolerância ou moradia (habitação) elevada
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zebulom
Foi o décimo filho de Jacó (Gn30.20). Quando a tribo de Zebulom partiu do Egito contava 57.400 homens capazes de pegar em armas. Aproximadamente 40 anos mais tarde, o número de guerreiros elevava-se a 60.500. o território cedido a Zebulom, na Terra da Promissão, ficava de certo modo entre o mar de Tiberíades e o Mediterrâneo (Gn 49.13). A referência em Dt 33.19, ‘chuparão a abundância dos mares e os tesouros escondidos da areia’ tem sido interpretada no sentido de entregar-se mais tarde a respectiva tribo ao comércio, à pesca e à fundição de metais e do vidro. o rio Belo, cuja areia se adaptava à fabricação do vidro, corre no território de Zebulom. As ‘saídas’, a que se refere o vers. 18 do cap. 33 do Deuteronômio, são as da planície do Aca – e o monte a que se refere o vers. 19 é a eminência sagrada do Tabor, que Zebulom havia de repartir com issacar. o ‘caminho do mar’ (is 9.1), a grande estrada de Damasco ao Mediterrâneo, atravessava uma boa parte do território de Zebulom e devia ter o seu povo em comunicação com os negociantes da Síria, Fenícia e Egito. As tribos de Zebulom e Naftali distinguiram-se na guerra de Baraque e Débora contra Sísera, o general dos exércitos de Jabim. (*veja, também, Nm 1.9,30 – 26.26,27 – Js 19.10 – Jz 4.6,10 – 5.14,18.) As povoações de Nazaré, Caná, e Tiberíades estavam situadas dentro dos limites de Zebulom (is 9.1 – Mt 4.13,15).
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zecarias
hebraico: lembrado do Senhor
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zecur
hebraico: lembrado, ou atento
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zedade
hebraico: montanha
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zedequias
Justiça do Senhor. l. o último rei de Judá antes do cativeiro. Quando Nabucodonosor tomou Jerusalém, levou para Babilônia o rei Jeconias (Joaquim) com as suas mulheres, filhos, oficiais, e os melhores artífices da Judéia, e em seu lugar colocou seu tio Matanias, cujo nome ele mudou em Zedequias, e fê-lo prestar juramento de fidelidade. Zedequias fez o mal à vista do Senhor. No ano nono do seu reinado revoltou-se contra Nabucodonosor, que, por esse motivo, fez marchar um exército contra Jerusalém. Jeremias aconselhou Zedequias a que se rendesse, mas ele recusou. Tomada a cidade, fugiu Zedequias, mas foi preso na planície de Jericó. Foi levado à presença de Nabucodonosor, que então estava em Ribla da Síria, e ali viu matar os seus filhos, sendo-lhe depois tirados os seus próprios olhos. Carregado de cadeias, foi levado para Babilônia. No caso de Zedequias, duas predições que pareciam contraditórias foram harmonizadas. A primeira destas (Jr 32.4) afirma que Zedequias’ seria entregue nas mãos do rei de Babilônia, e com ele falaria boca a boca, e o veria face a face’ – a outra profecia (Ez 12.13) anuncia que ele será levado ‘a Babilônia, à terra dos caldeus, mas não a verá, ainda que venha a morrer ali’. o reino de Judá estava já no seu fim. 2. Profeta de Baal, na corte de Acabe. Quando Micaías, profeta do Senhor, o censurou pela sua falsa predição, o falso profeta lhe bateu na cara. A morte de Acabe em Ramote-Gileade confirmou a profecia de Mica (1 Rs 22 – 2 Cr 18). 3. Falso profeta, em Babilônia, entre os cativos que foram levados com Jeconias (Jr 29.21,22). Jeremias predisse o seu terrível destino. 4. Príncipe de Judá, nos dias de Jeoaquim (Jr 36.12). 5. Um indivíduo que assinou o pacto, e é mencionado logo depois do governador – mas só é mencionado neste caso. Pode ter sido um oficial persa, ou então qualquer personagem da família real de israel (Ne 10.1).
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zeebe
lobo
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zefaniais
hebraico: escondido do Senhor
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zefanias
hebraico: escondido do Senhor
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zefatá
torre de vigia
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zefate
hebraico: torre de vigia
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zeferina
Dedicada ao Deus do Vento
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zefi
hebraico: vigia
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zefô
vigia
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zefom
hebraico: vigilância
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zeidê
Lit. “avô”; origina-se do yidishe.
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zela
hebraico: riba
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zelda
Velha heroína
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zeleque
hebraico: fenda, ralha
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zelfa
hebraico: mirra, gota
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zelfi
hebraico: mirra, gota
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zelia
Zelo
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zelinda
Escudo
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zelo
Nalgumas passagens bíblicas chama-se zelo ao terno amor de Deus para com a Sua igreja. S. Paulo diz aos coríntios que estava zeloso a respeito deles com zelo de Deus (2 Co 11.2). Esta linguagem simbólica é empregada para representar o vivo cuidado e constante amor de Esposo celestial pela sua noiva, a igreja (Sl 78.58 – 79.5).
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zelofeade
proteção contra o medo
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zelote
Zelote é o nome dado a Simão, um dos apóstolos (Mt 10.4 – Mc 3.18): essa palavra é o equivalente aramaico do termo grego ‘Zelotes’ (Lc 6.15 e At 1.13), que em algumas versões se acha traduzido por ‘zelador’. Este nome lhe foi dado, ou porque ele era membro da seita judaica dos zeladores, os extremistas no repúdio da dominação romana, ou porque ele manifestava ardente zelo na obra da evangelização. (*veja At 22.3 e Gl 1.14, onde se emprega a mesma palavra ‘Zelotes’.)
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zelza
hebraico: sombra do calor do sol
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zemaraim
hebraico: dois cortês
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zemareu
A tribo a que se faz referência em Gn 10.18 e em 1 Cr 1.16. Zemareu é mencionado entre os filhos de Canaã. Zemar era uma cidade do interior da Fenícia meridional. Foi sede de um governador egípcio, no tempo da décima-oitava dinastia, quando a Palestina e a Síria estiveram sujeitas ao Egito. Perdeu depois a sua importância, como outras cidades fenícias que não estavam situadas na costa.
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zemira
canto ou musica
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zenã
lugar de rebanhos
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zenaide
Descendente de Zeus (supremo deus grego)
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zenas
presente de Zeus
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zenira
Harpa de som triste
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zenobia
Vida concedida por Zeus (deus grego)
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zeque
puro
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zequer
hebraico: recordação
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zer
hebraico: pederneira
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zerá
1. Neto de Esaú, e um dos principais de Edom (Gn 36.13,17 – 1 Cr 1.37). 2. Zera, ou Zara, e o seu irmão gêmeo Perez, eram filhos de Judá e Tamar (Gn 38.30 – 1 Cr 2.6 – Mt 1.3). os seus descendentes foram chamados zeraítas ou ezraítas, e com estes nomes chegaram ao tempo de Zorobabel (Nm 26:20 – 1 Rs 4.31 – 1 Cr 9.6 – 27.8, 11 – Ne 11.24). 3. Filho de Simeão (1 Cr 4.24) – é Zoar em Gn 46.10. 4. Um gersonita (1 Cr 6.21). 5. Um etíope (homem de Cuxe), que invadiu o reino de Judá e foi derrotado pelo rei Asa. Como Cuxe (Gn 10.7) era o antepassado de certas tribos árabes, é possível que Zera não fosse rei da Etiópia, mas somente um chefe árabe. Sendo assim, a palavra Zera pode representar “Dhirrih” (Zirrih), um título de príncipes de Sabá na Arábia. Zerá, que, segundo se diz, tinha um exército de um milhão de soldados, veio, sem oposição do Egito, até Maressa, ao ocidente do país montanhoso de Judá. Foi aqui que ele encontrou Asa, no vale de Zefatá, sendo completamente derrotado. E foi perseguido até Gerar, no ângulo da Arábia, que separa o Egito da Palestina (2 Cr 14.9 a 15).
- zerá=nascer do sol
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zeraías
alguém que Jeová tem ressuscitado
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zeraquias
hebraico: Jeová ressuscitou
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zerebe
hebraico: abundância de arvore
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zereda
hebraico: refrigerante, fresquidão
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zerede
É o nome daquele ribeiro junto ao qual acamparam os israelitas, antes de passarem para a terra dos amorreus (Nm 21.12 – Dt 2.13,14) – supõe-se identificado com o Wady el-Hesi, que entra no mar Morto, a sueste, ou melhor, com o Wady Kerak, um pouco mais ao norte.
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zerera
hebraico; pedrinhas
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zeres
A mulher de Hamã, que aconselhouseu marido a preparar a forca para Mordecai. Mas, quando ela soube que se tratava de um judeu, predisse que Hamã havia de realmente cair diante dele (Et 5.10,14 – 6.13).
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zereta
hebraico; bolo
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zerete
hebraico: brilho da tarde
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zeri
hebraico: bálsamo
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zerôa
Osso do antebraço grelhado colocado na travessa do sêder em lembrança ao Corbán Pêssach, Sacrifício de Pêssach, oferecido na época do Templo. O osso é meramente uma lembrança simbólica e não é ingerido.
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zeror
feixe
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zerua
hebraico: leproso
- zeruá=leproso
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zerubabel
hebraico: cortado, bálsamo, ou semente da Babilônia.
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zeruia
Era irmã de Davi, e foi mãe de Abisai, Joabe e Asael, os três mais eminentes guerreiros do exército de Davi (1 Sm 26.6 – 2 Sm 2.3 – 1 Rs 1.7 – 1 Cr 2.16). Não é feita qualquer menção do seu marido.
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zetã
oliveira
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zetar
hebraico: mui grande
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zetua
hebraico: ornato, beleza
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zeza
hebraico: abundância
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zia
terror
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ziba
Foi, primeiramente, escravo do rei Saul – obtendo depois a sua liberdade, fundou uma família constituída por quinze filhos e vinte escravos (2 Sm 9.2 a 11). Ziba deu conhecimento a Davi da existência de Mefibosete, um filho aleijado de Jônatas. Davi tratou bem Mefibosete, e assentou-o à sua mesa – e também ordenou que Ziba, seus filhos e criados cultivassem em beneficio de Mefibosete a herdade que lhe tinha sido novamente dada. Parece isto dar a entender que Ziba deixou de ser o independente proprietário daquelas terras. Acusando falsamente Mefibosete de traição para com Davi, por ocasião da revolta de Absalão, alcançou Ziba metade da herança (2 Sm 16.1 a 4 – 19.17 a 29).
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zibeão
hebraico: tinto
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zibia
hebraico: gazela fêmea
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ziclague
Cidade que ficava na extremidade meridional de Judá (Js 19.5) e que foi cedida a Simeão – esteve em poder dos filisteus, mas foi dada por Aquis, rei de Gate, a Davi, que ali mesmo recebeu notícias da morte de Saul. Foi reedificada e ocupada depois do cativeiro (Js 15.31 – 19.5 – 1 Sm 27.6 – 30. 1,14,26 – 2 Sm 1.1 – 4.10 – 1 Cr 4.30 – 12.1,20 – Ne 11.28).
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ziclaque
hebraico: saídas de uma fonte
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zicri
Guerreiro efraimita do exército de Peca. Na batalha que tão desastrosa foi para o reino de Judá, caíram às mãos de Zicri o príncipe Maeséias, filho do rei, e Azicão, o mordomo do palácio, e Elcana, o segundo depois do rei (2 Cr 28.7). outras pessoas com aquele nome são mencionadas em Êx 6.21 – 1 Cr 8.19,23,27 – 9.15 – 26.25 – 27.16 – 2 Cr 17.16 – 23.1 – Ne 11.9 – 12.17.
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zidim
hebraico: lados da montanha
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zifa
hebraico: pedido emprestado
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zife
um mês no ano dos hebreus, padido emprestado
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zife ou zive
Flores. o nome do segundomês judaico (o mês das flores), que corre do meado de abril, mais ou menos, até aos meados de maio (1 Rs 6.1,37).
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zifiom
hebraico: flagrante
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zifom
hebraico: flagrante
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zifrom
fragrância
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zila
hebraico: sombra
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zilda
Guerreira da vitória
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zilena
Robusta, vigorosa
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ziletai
hebraico: sombra do Senhor
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zilpa
Uma mulher siríaca que Labão deua sua filha Lia para a servir, e que por Lia foi dada a Jacó para sua concubina. Foi mãe de Gade e Aser (Gn 29.24 – 30.9 a 13).
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zim
Deserto ao sul da Palestina, entreEt-Tin ao ocidente e o Arabá ao oriente – limites indeterminados – talvez compreenda parte do deserto de Parã (Nm 13.21 – 20.1 – 33.36 – 34.3,4 – Dt 32.51 – Js 15.1,3). Cades ficava no deserto de Zim, sendo nesta região a iduméia limítrofe de Judá, e era Cades uma cidade da fronteira de Edom.
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zima
conselho consideração
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zimbro, junipero
Há, na Palestina e regiões limítrofes, 358 plantas leguminosas, ou de vagens. Entre estas, uma das mais belas e úteis é o “rothem”, uma espécie de giesteira, que nas Escrituras também se chama junípero. os viajantes falam com prazer das suas fiores cor de cravo, que são vistas em grande quantidade nas encostas ou nas planícies, exalando suave odor. os árabes chamam-lhe retem – e à semelhança do antigo profeta em certa ocasião de abatimento espiritual (1 Rs 19.4,5), os que vagueiam por esses sítios ficam contentes de poderem abrigar-se debaixo dos seus ramos, pois que a planta chega à altura de 2,5 a 3 metros. Stanley, Robinson e outros viajantes falam da sua deliciosa sombra, na ‘aborrecida terra’ do sul. São mencionadas as ‘brasas vivas de zimbro’ pela sua viveza ardente – e hoje o carvão do “retem” é tão altamente apreciado que grandes quantidades desse arbusto são destruídas pelos beduínos, a fim de produzirem esse combustível para os mercados do Egito. Jó (30.4) refere-se a uma fome tão terrível que o mantimento dos pobres eram as raízes do zimbro, mostrando esta admirável expressão a intensidade do flagelo pela razão de serem essas raízes muito amargas e repugnantes. Todavia, as ovelhas gostam do fruto desta planta. Uma das estações dos israelitas era chamada Ritmá (Nm 33.18,19), talvez por haver abundância de rothem por aqueles sítios.
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zinra
hebraico: celebre
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zinri
l. Um homem, dos principais da tribo de Simeão, que foi morto, juntamente com a princesa midianita Cosbi, por Finéias, filho de Arão (Nm 25.14). Nessa ocasião estavam os israelitas sofrendo de terríveis pragas por causa do seu impuro culto prestado a Baal-Peor. Zinri aproveitou esta situação para levar Cosbi para o campo israelita, na presença de Moisés e do povo. 2. Rei de israel, que governou o país pelo espaço de oito dias somente. Ele usurpou o trono pelo assassinato do rei Elá, mas o exército aclamou o general onri como seu rei. Marchou onri imediatamente contra Tirza, a capital. Zinri refugiou-se na parte interior do palácio, pôs-lhe fogo, e pereceu nas chamas (1 Rs 16. 9 a 20). 3. Descendente de Judá (1 Cr 2.6). 4. Descendente de Saul (1 Cr 8.36 – 9.42). 5. Uma tribo dos filhos do oriente (Jr 25.25).
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zior
hebraico: pequenez
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zipor
passarinho
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zipora
hebraico: passarinho
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zitri
hebraico: proteção do Senhor
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zive
hebraico: esplendor das flores
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ziz
A ladeira de Ziz ficava acima de En-Gedi, e é hoje Wady Husasa. Por ali foram os moabitas e amonitas, desde o mar Morto até ao deserto de Judá, perto de Tecoa (2 Cr 20.16). Este mesmo caminho seguem ainda hoje os árabes nas suas expedições de pilhagem. o planalto que fica logo acima do desfiladeiro ainda é chamado el-Husasa (Haz-zis).
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ziza
hebraico: abundância ou brilho
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ziza-zarque
hebraico: abundância, brilho
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zoã
É a moderna San e a clássica Tânis Acha-se numa extensa planicie, ao oriente de um antigo ramo oriental do Nilo, perto da sua foz. Era Zoã uma antiquíssima cidade do baixo Egito e uma das principais residências dos Faraós. Foi edificada, ou pelo menos fortificada, pelos reis pastores que invadiram e subjugaram o Egito no ano 2000 a.C., mais ou menos. Depois de um domínio de 500 anos, foram gradualmente expulsos do país, sendo Zoã a última fortaleza que possuíram. Cerca do ano 1500 a.C. foram obrigados a capitular. Durante a dinastia dos reis pastores foi edificado em Zoã um templo a Sete, o Baal Egípcio. Ramessés ii, que se crê ter pertencido a essa dinastia, embelezou esse templo. Sucedeu-lhe seu filho Meneptá. Foi dentro desse período, desde a invasão dos pastores até ao reinado de Meneptá, que se deu o fato da estada dos israelitas no Egito e o do Êxodo. Supõe-se que mais antigos reis da dinastia dos pastores estiveram na posse tanto de Mênfis como de Zoã, mas que os Faraós da opressão e do Êxodo tinham a sua sede de autoridade somente em Zoã. A condenação de Zoã acha-se anunciada em Ez 30.14. ‘Uma das principais capitais, e residências dos Faraós é agora terra de pescadores, lugar infestado de répteis e febres malignas.’ As ruínas do antigo templo manifestam a sua primitiva grandeza (Nm 13.22 – Sl 78.12,43 – is 19.11,13 – 30.4). (*veja Egito.)
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zoar
Pequeno. Este lugar deve, provavelmente, ser identificado com Tell Esh-Shaghur, por detrás do qual o terreno se vai elevando pelo espaço de 3 ou 5 km, existindo ali muitas cavernas. Era uma das cidades da planície, chamada Belá na sua origem (Gn 14.2,8) – a qual foi poupada na destruição de Sodoma e Gomorra por intercessão de Ló, que ali achou abrigo. Tinha seu próprio rei. Na descrição da morte de Moisés, menciona-se Zoar, como sendo o lugar longínquo até onde se estendia a sua vista desde Pisga (Gn 13.10 – 19.22,23, 30 – Dt 34.3 – is 15.5 – Jr 48.34).
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zoar- zohar
brancura
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zobá
Pequeno reino da Síria, que se estendia ao norte de Damasco e para o oriente de Hamate, até ao Eufrates. Foi hostil a Saul, Davi e Salomão – a pátria de um dos homens valentes de Davi (1 Sm 14.47 – 2 Sm 8.3 a 12 – 10.6 a 8 – 23.36 – 1 Rs 11.23 – 1 tr 18.3 a 9 – 19.6 – título do Salmo 60). Pela narrativa da primeira campanha de Davi contra aquela nação se pode ver quanto era rica. Muitos dos oficiais do inimigo usavam escudos de ouro, e as cidades que Davi tomou forneceram-lhe grande quantidade de cobre. Num período posterior, Joabe e Davi derrotaram sucessivamente os exércitos de Zobá, com grandes perdas. os régulos que até este tempo eram tributários do pequeno reino da Síria, transferiram a sua aliança para o rei de israel.
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zobeba
movimento brando
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zoelete
Pedra da serpente. É hoje Zahweileh – uma pedra sagrada perto da Fonte da Virgem – En-Rogel – no fosso a sueste de Jerusalém. Foi ali que Adonias levantou o estandarte da rebelião contra Davi (1 Rs 1.9). o costume de colocar pedras, e de lhes dar o nome de uma pessoa ou de um acontecimento, acha-se muitas vezes descrito nas Sagradas Escrituras (Gn 28.22 – 31.45 – 35.14 – Js 4.9 a 20 – 15. 6 – 18.17 – 24.26 – 1 Sm 6.14,18 – 7.11,12 – 14.33).
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zoete
hebraico: tirando com violência, corpulento
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zofa
hebraico: expansão
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zofai
hebraico: doce de mel
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zofar
hebraico: gorjeador
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zofim
hebraico: vigias
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zôhar
Lit. “Livro do Esplendor”; texto principal do misticismo judaico.
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zorá
É hoje Surah. Na orla da região montanhosa, na extremidade meridional de uma crista que domina o Wady Surar, cidade de Judá, ocupada por Dã (Js 15.33 – 19.41 – Jz 18.2,8,11) – pátria e lugar da sepultura de Manoá e Sansão (Jz 13.2, 25 – 16.31) – fortificada pelo rei Roboão (2 Cr 11.10).
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zorah
Poderosa
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zoraia
Bela
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zoraida
Mulher cativante
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zoraide
Mulher cativante
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zorana
Dourada
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zoratitas
Eni 1 Cr 4.2, é mencionado opovo de Zorá como descendente de Sobal, um dos filhos de Judá que, em 1 Cr 2.52,53, se afirma ter fundado Quiriate Jearim, donde provieram os zoratitas e estaoleus.
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zorea
hebraico: enxame de abelha
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zorobabel
o chefe da tribo de Judá, que com grande número de judeus voltou do cativeiro de Babilônia no primeiro ano de Ciro, sendo intitulado Tirsata. Antes de principiar a sua jornada, recebeu os vasos sagrados, que Nabucodonosor tinha levado do templo. os que voltaram, tendo recebido presentes de prata, ouro, gêneros e animais, foram também acompanhados de Josué, o sumo-sacerdote, e doutros sacerdotes e levitas, vindo também os chefes de família. o altar foi edificado sobre o antigo sítio, e foi restaurado o sacrifício diário. Todavia, a grandiosa obra de Zorobabel foi a reedificação do templo. Ciro fez-lhe ofertas de madeira, pedra e dinheiro, sendo a pedra do fundamento colocada com grande pompa e cerimônia religiosa. De novo foi ouvido aquele mesmo salmo de louvor a Deus que tinha sido cantado quando Salomão dedicou o seu templo. Mas levantaram-se obstáculos de várias espécies. os samaritanos reclamaram certa parte naquela obra, mas, sendo-lhes recusada, trataram de lhe fazer oposição. Além disso, arrefeceu o primeiro entusiasmo, e assim, por 16 anos, estiveram suspensos os trabalhos. Entretanto ia o povo edificando excelentes casas de habitação. Mas, no segundo ano de Dario, foram os judeus incitados à continuação da obra pelos proféticos discursos de Ageu e Zacarias. Então Zorobabel, Josué e todo o povo puseram decididamente mãos à obra, sendo assegurada a Zorobabel a proteção divina (Ag 2.23). No sexto ano de Dario estava o templo acabado, sendo efetuada a dedicação com grande regozijo. E restaurou também Zorobabel as ordens de sacerdotes e levitas, e tratou da sua subsistência. Também registrou oa que haviam voltado, segundo as suas genealogias (1 Cr 3.19; Ed 2,3,4,5; Ne 7.7; 12.1,47; Ag 1 e 2; Zc 4.6 a 10).
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zuar
hebraico: pequenez
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zufe
hebraico: doze
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zuleica
Mulher forte, robusta, estrela de ouro
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zur
Rocha. l. Um dos cinco príncipes de Midiã, que os israelitas mataram quando Balaão também caiu a um golpe de espada (Nm 31.8). Cosbi, filha de Zur, foi morta por Finéias, juntamente com o seu amante Zinri, o principal da tribo de Simeão (Nm 25.15). 2. Um benjamita (1 Cr 8.30 – 9.36).
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zuriel
a minha rocha é Deus
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zurisadai
minha rocha é o todo poderoso
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zuzins
Raça aborígene, que foi destruída por Quedorlaomer e seus aliados (Gn 14.5). Supõe-se que os zuzins habitavam o país dos amonitas, sendo identificados com os zanzumins ou refains, que foram exterminados pelos amonitas, ocupando estes depois o seu território (Dt 2.20).