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Como vencer as tentações?

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Tentações são e sempre serão parte da vida humana. Você quer vencê-las? A Bíblia dá a chave para você entender e vencer as tentações diárias.

Pr. Denis Versiani

“E não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal” (Mateus 6:13). Nossa realidade de pecado nos mostra que a tentação é inevitável. Até Jesus voltar, seremos sempre pecadores por natureza. Nessa realidade há duas fontes de tentação. A primeira é a nossa própria natureza. “Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias. São estas coisas que contaminam o homem” (Mateus 15:19, 20). Naturalmente somos pecadores. As nossas ações são simplesmente um sintoma da doença que permeia o nosso corpo até o nível genético. Porém, a segunda fonte, que agrava essa situação, são as tentações que Satanás e seus agentes lançam contra nós. Jesus permaneceu “no deserto por quarenta dias, sendo tentado pelo diabo” (Lucas 4:1, 2). Paulo nos convida a vestir o “escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno” (Efésios 6:16). Satanás utiliza circunstâncias, pessoas, ocasiões e as nossas próprias fraquezas, e nos influencia, mesmo que não verbalmente, a nos afastar de Deus e pecar.

Por isso, a primeira coisa que precisamos entender é que a tentação é inevitável. Logo, não é pecado. Deus não vai condenar você por ser tentado. Você não precisa pedir perdão a Deus por ser tentado. Além disso, Deus não vai permitir que Satanás e seus anjos lancem sobre você tentação mais forte do que você possa aguentar. Isso é bíblico: “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar” (1 Coríntios 10:13).

Porém, pecamos quando acalentamos deliberadamente essa tentação em nosso coração, mesmo sem ter cometido um ato pecaminoso. Quando consideramos os prazeres e supostos benefícios de ceder ao pecado, quando acariciamos os pensamentos, damos lugar para que a tentação se consolide em nossa mente. Por isso que Jesus disse: “Aquele que se irar contra seu irmão” ou guardar mágoa contra ele, mesmo tendo dito que o perdoou, “aquele que olhar para uma mulher com intenção impura” (cf. Mateus 5:21, 32), já pecou em seu coração. A partir daí, o ato pecaminoso e as suas consequências são a manifestação externa de atitudes internas já acalentadas, elaboradas e esquematizadas.

Outro aspecto a ser considerado é que Deus não tenta ninguém (Tiago 1:13); quem faz tal coisa é o diabo. Deus apenas permite que algumas dificuldades nos sobrevenham a fim de que nosso caráter seja burilado. O fato de estarmos inseridos em um Grande Conflito faz necessário que os efeitos negativos do pecado fiquem patentes diante de toda a humanidade e do Universo.

Por isso, devemos nos posicionar quanto as nossas tentações. O primeiro passo que devemos dar é o de não darmos espaço ou oportunidade a qualquer tipo de tentação. Como podemos fazer isto? Vigiando nossos olhos, pensamentos e atitudes. O sábio Salomão diz: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida” (Provérbios 4:23). Reivindicando sua honestidade perante seus amigos, Jó disse: “Fiz uma aliança com os meus olhos; como, pois, os fixaria eu numa donzela” (Jó 31:1)? Se você deseja vencer o pecado, não vá a lugares, nem dê ocasião a pensamentos e imagens que possam levá-lo à tentação.

Exercite a sua mente a pensar nas “coisas lá do alto” (Colossenses 3:1, 2). “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento” (Filipenses 4:8). O estudo diário da Bíblia e a a prática da oração são formas de desenvolver um relacionamento dinâmico e ativo com Deus. Ao exercitar a nossa mente nas coisas de Deus, o Espírito a habilitará a ouvir a Sua voz e nos ajudará a discernir o bem e o mal.
Não vá a lugares impróprios, nem assista coisas impróprias. O termo “impróprio” define tudo aquilo que possa levá-lo a cair. Você conhece suas fraquezas. Logo, faça com Deus um plano estratégico que o ajude a evitar essas situações.

É claro que as tentações virão fora de ocasião. Haverá situações inevitáveis onde você terá que lidar com as tentações. Para isso, busque atividades e pensamentos alternativos. Por exemplo: Se você está sozinho em casa, e isso o leva a uma tentação, saia para fazer um exercício; e enquanto você se exercita, você conversa com Deus a respeito do problema que enfrenta. Se a mente não consegue se desvincular disso, busque uma atividade prazerosa, que exercite a sua mente para outro caminho. Algo bom para vencer as tentações é fazer o bem aos outros. A satisfação de ajudar alguém, fazendo por ele o que Cristo fez por nós, pode nos dar uma sensação de prazer mais duradoura e benéfica que o pecado.

É importante entendermos que nossa luta não é para vencer a tentação, nem para não cair em pecado. Nossa luta deve ser para estar sempre mais perto de Jesus Cristo, por meio da oração e do estudo de Sua Palavra. O grande problema é que a maioria das pessoas pensa: “Até onde eu posso ir e não cair no abismo”?, quando o nosso pensamento deveria ser: “O que posso fazer para ficar longe do pecado e mais perto de Cristo”? Este ponto é fundamental, pois apenas ao lado do Senhor Jesus estaremos protegidos contra os assaltos da tentação.

Então, quando a tentação vier, seja por influência de Satanás ou pela lei do pecado na sua própria carne, faça isso:

1. Ore a Deus no exato momento e abra o jogo com Ele. Peça o auxílio divino.

2. Não alimente o desejo pecaminoso que vier à sua mente.

3. Afaste-se da tentação o mais rápido possível.

4. Já que você se afastou, permita que o Espírito Santo continue lhe guiando no sentido oposto à tentação.

“Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tiago 4:7). Essa era a mesma estratégia de Cristo Jesus. Ele já garantiu a vitória. Nós precisamos nos apossar dela pela fé. “Ninguém tem necessidade de se abandonar ao desânimo e desespero. Satanás poderá achegar-se a vós com a cruel sugestão: ‘Teu caso é desesperado. És irremissível.’ Mas há para nós esperança em Cristo. Deus não nos manda vencer em nossas próprias forças. Pede-nos que nos acheguemos bem estreitamente a Ele. Sejam quais forem as dificuldades sob que labutemos, que nos façam vergar o corpo e a alma, Ele está à espera de nos libertar.” (A Ciência do Bom Viver, pág. 249).

Equipe Biblia.com.br

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