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Posso doar meus dízimos para os pobres e viúvas?

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Em Deuteronômio 14 diz que o povo se reunia para comer o dízimo junto com os estrangeiros, pobres e viúvas. Posso fazer o mesmo hoje?

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Em Deuteronômio 14 diz que o povo se reunia para comer o dízimo junto com os estrangeiros, pobres e viúvas. Posso fazer o mesmo hoje?

Vamos ao texto bíblico:

“Separem o dízimo de tudo o que a terra produzir anualmente. Comam o dízimo do cereal, do vinho novo e do azeite, e a primeira cria de todos os seus rebanhos na presença do Senhor, o seu Deus, no local que ele escolher como habitação do seu Nome, para que aprendam a temer sempre o Senhor, o seu Deus.

Mas, se o local for longe demais e vocês tiverem sido abençoados pelo Senhor, pelo seu Deus, e não puderem carregar o dízimo, pois o local escolhido pelo Senhor para ali pôr o seu Nome é longe demais, troquem o dízimo por prata, e levem a prata ao local que o Senhor, o seu Deus, tiver escolhido.

 Com prata comprem o que quiserem: bois, ovelhas, vinho ou outra bebida fermentada, ou qualquer outra coisa que desejarem. Então juntamente com suas famílias comam e alegrem-se ali, na presença do Senhor, do seu Deus.

 E nunca se esqueçam dos levitas que vivem em suas cidades, pois eles não possuem propriedade nem herança próprias.

 Ao final de cada três anos, tragam todos os dízimos da colheita do terceiro ano e armazene-os em sua própria cidade, para que os levitas, que não possuem propriedade nem herança, e os estrangeiros, os órfãos e as viúvas que vivem na sua cidade venham comer e saciar-se, e para que o Senhor, o seu Deus, o abençoe em todo o trabalho das suas mãos.” Deuteronômio 14:22-29

“Em geral, se considerava que o dízimo mencionado neste versículo (verso 22) é o segundo dízimo, que devia ser despendido como um banquete sagrado perante o Senhor, no tabernáculo. Em Deuteronômio 14: 28 e 26:12-15, esse segundo dízimo também é mencionado. Esse dízimo era diferente do primeiro, que era dedicado exclusivamente à manutenção dos sacerdotes e levitas (Números 18:21, 26). (…)

Comparar com Deuteronômio 12:5-7. O segundo dízimo devia ser comido perante o Senhor. Isto devia ser feito por dois anos, então, no terceiro (e, portanto, também no sexto) ano se aplicavam as instruções do verso 28. O sétimo ano era sabático, no qual a terra não era cultivada. Não se exigia nenhum dízimo, pois não havia colheita. (…)

Bebida forte. O “vinho” e a “bebida forte” mencionados nestes versículos eram fermentados. No passado, muitas vezes Deus relevou a ignorância que motivava práticas que Ele não aprova. Mas, finalmente chega a hora quando Deus “notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam” (Atos 17:30). Então, os que persistem no erro, a despeito de conselhos e advertências, não mais “têm desculpa do seu pecado” (João 15:22). (…) Sua longanimidade se estende a todos os que “não sabem o que fazem” (Lucas 23:34). Como Paulo, que perseguiu a igreja “na ignorância, na incredulidade”, eles podem obter misericórdia (1 Timóteo 1:13).

Deus tolerou que os israelitas tivessem escravos, mas os protegia contra injustiças (Êxodo 21:16,20). (…)
Do mesmo modo, Deus nunca aprovou o divórcio e a poligamia. “Não foi assim desde o princípio (Mateus 19:8). Deus, porém, tolerou isso por certo tempo e deu instruções designadas a salvaguardar os direitos das mulheres, para diminuir o sofrimento que resultava dessas práticas e proteger o casamento de abusos maiores (Êxodo 21:7-11; Deuteronômio 21:10-17). Se, por um lado, Deus não proibiu Abraão de ter uma segunda esposa, Agar, por outro, Ele não o protegeu dos males que resultaram dessa ação. (…)

Cristo deixou claro que as disposições do AT acerca da poligamia e do divórcio não eram ideais, mas sim uma solução temporária tolerada por Deus “por causa da dureza do vosso coração” (Mateus 19:4-8). Cristo afirmou que o ideal de um lar cristão (Mateus 19:4-6; 1 Timóteo 3:2; Tito 1:6). O cristão não deve ter dúvidas quanto à vontade de Deus nessas questões, e, portanto, não tem a limitada desculpa da época do AT.

O mesmo pode ser dito sobre o vinho e a bebida forte. (…) As bebidas embriagantes “destroem o santuário de Deus” e seu uso não pode ser considerado um meio de glorificar a Deus (1 Coríntios 6:19, 20; 10:31) (…) Não há desculpa para o argumento de que não há nada de errado em usar bebida alcoólica, alegando-se que Deus uma vez permitiu isso. Como observado, Ele também permitiu práticas como a escravidão e a poligamia. A Bíblia adverte que os “bêbados” não herdarão o reino de Deus (1 Coríntios 6:10)

Assim como o levita, o “estrangeiro” não possuía terras. Os órfãos e as viúvas também mereciam consideração especial (Deuteronômio 16:11, 14; 24:17, 19; 26:12). O primeiro dízimo era dedicado à manutenção dos sacerdotes e levitas. O segundo dízimo era destinado a festa sagrada familiar, perante o Senhor, ou para abastecer a mesa dos órfãos, pobres e “estrangeiros”. Os levitas podiam participar de todas essas festas. As provisões existentes para os necessitados em Israel encorajavam a prática da verdadeira religião. Tiago expressou o mesmo princípio para a igreja cristã (Tiago 1:27).”¹

[Equipe Bíblia.com]

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[¹] Comentário Bíblico SDABC, v. 1. pgs. 1100-1102

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