Perdoe a si mesmo

O pecador perdoado precisa aceitar o perdão de Deus. Quantas vezes Deus brada: “Eu te perdoei. Não vais fazer o favor de permitir que eu abra a cortina daquele lindo aposento chamado ‘perdoado’?” Um aposento cheio do doce aroma do perdão de Deus. Sua doçura é surpreendentemente agradável não apenas às narinas mas a todo o ser. Saturando, inundando, ela elimina completamente qualquer mau cheiro remanescente daquele pecado. Mas a reação fica por nossa conta.

Uma jovem senhora que fizera um aborto casou-se depois e tentou por anos engravidar. Após testes e experimentos médicos exaustivos, a conclusão foi de que a gravidez era impossível. Nas profundezas do desespero, ela exclamou: “Matei o único bebê que jamais terei!” Como é trágico a pessoa ser incapaz de aceitar o perdão de Deus quando já houve um profundo arrependimento! Como é triste não se conseguir caminhar de novo com Deus no frescor do jardim – perdoado!

Deus não pode restaurar o pecador enquanto esse pecador não aceitar o Seu perdão. Meu querido genro, Skip, me disse o seguinte outro dia: “Após Deus ter perdoado você e você ter procurado o seu irmão, se você não puder perdoar a si mesmo, estará colocando seus padrões acima dos de Deus”.

O maior inimigo da restauração pode ser nós mesmos. A restauração completa pode vir ao pecador arrependido somente quanto o ódio à sua própria pessoa e a existência por vezes paranoica forem trocados pela aceitação amorosa de Deus.
Ouviu a viúva de um pastor proeminente que, após pecar gravemente, se suicidara. “Quando ele se arrependeu profundamente, os filhos e eu o perdoamos, a igreja o perdoou, Deus o perdoou – mas”, e baixou a cabeça e suspirou, “ele não conseguiu perdoar-se”. (Escrito por Evelyn Christenson)