Os Sinais cósmicos mencionados em Mateus 24:29 ainda estão para se cumprir?
Guerra
Seriam os eclipses Sinais da abertura do sexto selo?
Pr. Alberto Timm, Ph.D.
O texto bíblico declara que a segunda vinda de Cristo seria precedida por um grande terremoto, bem como por sinais cósmicos no Sol, na Lua e nas estrelas (ver Joel 2:31; Mateus 24:29; Marcos 13:24, 25; Lucas 21:25; Apocalipse 6:12, 13). Os adventistas creem que esses sinais se cumpriram respectivamente com o terremoto de Lisboa, no dia 1º de novembro de 1755; o escurecimento do Sol e a Lua em cor de sangue, em 19 de maio de 1780; e a queda das estrelas, na noite de 13 de novembro de 1833. Mas pelo menos três argumentos básicos têm sido usados contra tais identificações. Um dos argumentos é que esses acontecimentos não passariam de fenômenos naturais, reincidentes e explicáveis cientificamente, que não poderiam ser considerados cumprimentos proféticos. Devemos reconhecer, no entanto, que esses fenômenos são “sinais” (Lucas 21:25) mais importantes pelo seu significado do que pela sua própria natureza. Além disso, em várias outras ocasiões Deus usou meios naturais com propósitos espirituais. Por exemplo, o dilúvio envolveu água e uma arca (Gênesis 6-8); e entre as pragas do Egito havia rãs, piolhos, moscas, pestes, úlceras, saraiva, gafanhotos e trevas (Êxodo 7–12). De modo semelhante, os sinais cósmicos, mesmo podendo ser explicados cientificamente, apontavam para importantes realidades espirituais.
Outro argumento usado contra as identificações acima mencionadas é que elas já estão demasiadamente distantes da segunda vinda de Cristo para ainda ser consideradas sinais desse evento. Mas Cristo deixou claro que esses sinais deveriam ocorrer “logo em seguida à tribulação daqueles dias” (Mateus 24:29), ou seja, próximo ao término dos 1.260 anos de supremacia papal (Daniel 7:25). Apocalipse 6:12-14 esclarece que a sequência terremoto/sol/lua/estrelas ocorreria no contexto da abertura do sexto selo, e não do sétimo selo, que é a segunda vinda de Cristo.
William H. Shea, em seu artigo “A marcha dos sinais”, Ministério, maio-junho de 1999, p. 12, 13, identifica a seguinte sequência profética: (1) o grande terremoto de 1755; (2) o dia escuro de 1780; (3) o juízo sobre a besta em 1798; (4) a queda das estrelas em 1833; e (5) o início do juízo investigativo pré-advento em 1844. Assim como o grande terremoto e o dia escuro precederam o juízo sobre a besta, a queda das estrelas antecedeu o início do juízo investigativo.
Um terceiro argumento contra tais identificações é que o terremoto de Lisboa em 1755 não foi o mais intenso abalo sísmico já registrado. Independentemente de sua intensidade, o terremoto de Lisboa foi o mais significativo, em termos proféticos. Como prenúncio do término dos 1.260 anos de supremacia papal, o terremoto ocorreu em um domingo, Dia de Todos os Santos (…)
(…) os sinais cósmicos mencionados especificamente pelo profeta Joel (Joel 2:31), por Cristo (Mateus 24:29; Marcos 13:24, 25; Lucas 21:25) e pelo apóstolo João (Apocalipse 6:12, 13) se cumpriram respectivamente em 1755, 1780 e 1833. Portanto, se aceita os eventos ocorridos nessas datas como sendo os sinais preditos em Mateus 24:29.
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Fonte: Revista do Ancião (outubro – dezembro de 2010)