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Comer carne faz mal a saúde?

Doenças

Enquanto frequentava a faculdade com estudos graduados, eu estudava a carne e leite dos bovinos, ovelhas, aves domésticas. ... E suínos. Um rápido exame das "grandes três" dos grupos de animais de abate (bovinos, aves c suínos) na produção de animais para alimentos na América do Norte demonstra que o trato dos animais, procedimentos sanitários, processos de lidar com carcaças, e os métodos de cozimento de came, frequentemente contribuem para as doenças nos humanos.

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 Veremos aqui apenas algumas destas questões que tenho defrontado em meus estudos, expedições de campo e experiências de laboratório.

Problemas Maiores

Carne Marmoreada. Para produzir um produto superior de carne macia, os produtores nos Estados Unidos dão o “acabamento” ao gado, engordando-o com grãos. Este processo aumenta a gordura da carcaça, inter e intra-muscular. O consumidor descreve esta came como “marmoreada”. Do ponto de vista bíblico, este processo de “acabamento” também torna a came virtualmente inadequada para o consumo, porque Levíticos 3: 17 claramente condena a ingestão de gordura animal: “Estatuto perpetuo será nas vossas gerações, em todas as vossas habitações: nenhuma gordura nem sangue algum comereis”. Em relação a parte final deste texto, os cristãos devem reconhecer que a quantidade de sangue deixada em urna carcaça regular e muito mais alta do que na carcaça de um animal abatido de maneira kosher, onde especificas medidas são tomadas para remover da came tanto sangue quanta possível.

Carne Envelhecida. A busca dos produtores por came mais macia não se limita a tentativa de aumentar a gordura do seu conteúdo. A came que foi “envelhecida” determina um preço mais alto, parcialmente devido ao custo especial do processo. A carcaça e envolvida em uma mortalha que molda a carcaça e previne que ela segue durante sua permanência em um armário. No processo de envelhecimento, enzimas proteolíticas desintegram alguns dos elos das proteínas, produzindo portando uma carne mais macia. Francamente, em outras circunstancias este processo e chamado apodrecimento! Mas, evidentemente, e mais comerciável dizer que o produto e “envelhecido”.

Refeição Suína. A proibição levítica de se comer came de porco existe por uma boa razão (ver Levíticos 11:7, 8). Os porcos são naturalmente coprófagos; isto e, eles comem suas próprias fezes. De fato, muitos progressivos e competitivos criatórios de porcos hoje usam uma fonte de alimento chamada “Screened Swine Solids” (isto e, estrume de porco). A agua lava as fezes dos porcos em uma calha onde tais fezes são coadas e usadas para alimentar os porcos. O potencial para se espalhar doenças e enorme. Em uma excursão de campo, em que visitamos um grande criatório de suínos na parte central da Califórnia, nosso grupo não foi permitido entrar na propriedade sem colocar antes botas protetoras. A preocupação dos fazendeiros não era necessariamente conosco, os humanos; se uma doença fosse inadvertidamente introduzida na fazenda, eles temiam que ela se espalharia rapidamente através do rebanho de 40.000 porcos.

Problemas com as Aves. Os produtos avícolas tem pelo menos uma coisa em comum com a produção de porcos. Ambos tem alta densidade de população em um espaço reduzido, com o mesmo potencial de transmissão de doença.

Carnes Processadas. Aparte da origem da came, produtos cárneos preparados, tais como frios, salsichas e linguiças vem com os seus próprios problemas. Na prepararão destes produtos, a came que e alta em gordura, tal como a do porco ou a pele de peru, e cortada por laminas em alta velocidade. O produto e então envolvido com as proteínas das cames quase liquefeitas, formando uma massa, a qual e então cozida ou defumada. O produto finale aproximadamente 30% de gordura. Enquanto você come um cachorro quente de 12 centímetros, imagine que quase quatro centímetros são gordura pura!

Para preservar a carne e prevenir a contaminação de bactérias, estes produtos são “curados”. Os nitratos usados neste processo, contudo, formam nitrosaminas nas substancias cárneas, as quais tem sido demonstradas serem agentes cancerígenos. Os consumidores normalmente cozinham estas carnes em altas temperaturas quando preparam churrascos ou assam em chama. Neste processo, a gordura queima e se introduz na came, algumas vezes formando componentes perigosos, tais como o benzopirene e outros carcinógenos potentes.1

Doenças. Outra preocupação acerca do consumo de produtos animais e a exposição potencial a zoonoses. A Organização Mundial de Saúde define zoonoses como “ondas de doenças e infecções [os agentes de] os quais são naturalmente transmitidos entre [outros] animais vertebrados e o homem”. 2 A raiva e um exemplo de uma zoonose com a qual você pode já estar familiarizado. Vejamos agora algumas outras doenças transmitidas pelo consumo de carnes.

  • A falta de higiene durante o abate de gado tomou-se recentemente relacionada com a manifestação de uma contaminação bactéria E. coli, que resultou em um numero de mortes no nordeste dos Estados Unidos.
  • A triquinose e causada pela trichinellae, um parasita em porcos infectados. Estas larvas finas entram em quantidades pelo tubo digestivo localizando-se nos músculos mais ativos do corpo, tais como o musculo da perna, diafragma e língua, onde aparecem cistos dolorosos.
  • A salmonelose e o resultado de se comer carcaças de aves com infecção bacterial. Os resultados são náuseas, vômitos, diarreia e em alguns casos raros, morte. Recentes surtos desta doença nos Estados Unidos têm despertado alguns produtores escrupulosos proporem a esterilização das aves abatidas com radiação gama.

Ha muitas outras zoonoses, tais como criptosporidiose, tuberculose e listeriose, as quais não podem ser plenamente discutidas aqui.

Carne Animal e Dieta Humana

Ao se estudar uma espécie animal, uma das primeiras áreas de interesse e a sua dieta. Tal como maquinas, os animais requerem o combustível apropriado para funcionar adequadamente. Milhões, talvez, bilhões de dólares e incontáveis horas de pesquisa tem sido gastos no processo de se determinar a dieta apropriada para muitos dos animais que servem como alimento. Cuidadosa atenção é dedicada a cada nutriente. A razão para toda esta pesquisa e muito simples: lucro econômico.

Nos animais, uma forma de determinar a dieta apropriada e comparar as características do corpo e o tipo da dieta naturalmente escolhida. Por exemplo, os carnívoros usualmente tem presas longas para rasgar a came, um tubo digestivo aproximadamente três ou quatro vezes do tamanho do corpo e que e comparativamente liso no interior. Ele e, portanto, mais ajustado a uma dieta baixa em fibra. Os carnívoros também não têm a alphaamilase salivar, necessária para diluir certos carboidratos. Os herbívoros, por outro lado, tendem a ter dentes menores mais adaptados para moer os alimentos. Seus tubas intestinais são aproximadamente cinco ou seis vezes maior que o tamanho do corpo e são geralmente internamente muito ásperos, tornando-os mais adaptados a dieta alta em fibra. Os herbívoros também têm alphaamilase salivar. Seguindo estas simples observações, deveria ser óbvio que o cavalo e um herbívoro e o gato um carnívoro. Os dentes humanos são pequenos e mais adequados para moer; nós temos a alphaamilase salivar; nosso tubo digestivo e cinco ou seis vezes maior que o tamanho do nosso corpo; e seu interior e bem áspero, adequado para uma dieta alta em fibra. Portanto, estas comparações indicam que a dieta vegetariana e mais adequada para os humanos.

Preocupações Adicionais

Enquanto que as observações anteriores apontam na direção de uma dieta vegetariana, estudo posterior prove evidencia mais convincente.

Colesterol. Uma área que tem recebido considerável atenção recentemente e o colesterol. Esta substancia e um tipo de gordura que ocorre naturalmente em quase todos os animais. O colesterol e necessário para certos outros tipos de substancias indispensáveis para o corpo, tais como hormônios e membranas celulares. Enquanto algum colesterol e necessário, pode haver “excesso de algo bom”. Aproximadamente metade de todas as mortes nos Estados Unidos e causada por aterosclerose, a doença na qual o colesterol acumulado nas paredes das artérias forma grossas placas que inibem o fluxo sanguíneo, ate que se forme um coagulo, obstruindo uma artéria e causando um ataque cardíaco ou derrame cerebral. O colesterol das placas ‘esclerosadas é derivado de partículas chamadas lipoproteína de baixa densidade (LBD) que circula na corrente sanguínea. Quanto mais LBD no sangue, mais rapidamente a aterosclerose se desenvolve.3

Mas se o colesterol ou a LBD é natural, por que o corpo permite que ela atinja níveis elevados em alguns indivíduos? Para explicar isto é necessária uma compreensão de como o corpo administra o colesterol/LBD. Na superfície de cada célula estão localizados os LBD receptores. A função deles é remover a LBD da corrente sanguínea e levá-Ia para dentro da célula para um processo de desintegração e reprocessamento em produtos celulares. Normalmente há um grande número de tais áreas receptoras em cada célula. Tem sido descoberto, contudo, que a came e derivados do leite na dieta podem eliminar o número destas áreas receptoras mais potentemente que qualquer outro fator, desencadeando uma complexa cadeia de eventos cujo resultado é a elevação da LBD no sangue e o início da aterosclerose.

É inacreditável que a resposta da comunidade científica tem sido tão lenta e algumas vezes ilógica. Alguns cientistas que conhecem a verdade acerca do cume sentem que não deveríamos promover a dieta vegetariana simplesmente por causa do impacto social e financeiro na sociedade. Além disto, eles argumentam que apenas 50% do público morrerá de aterosclerose; os outros afortunados são geneticamente resistentes à supressão da LBD. Em lugar de recomendar uma simples mudança na dieta, alguns cientistas baseiam a esperança de boa saúde no desenvolvimento de uma droga preventiva: ” se for demonstrado que estas drogas previnem a supressão dos receptores criada pela dieta e se é demonstrado que as drogas são seguras em uso de longo-prazo, pode ser que um dia seja possível para muitas pessoas terem seu churrasco e viverem para saboreei-lo por muito tempo”.4

Não há suficiente espaço neste artigo para tratar de outras áreas que deveriam preocupar aqueles que comem carne. A lista incluiria o uso de hormônios e antibióticos na alimentação de animais de corte, e os efeitos negativos que eles têm para os seres humanos que comem tais animais, bem como os perigos da ingestão de químicos e outros poluentes em peixes e moluscos.

Um Caminho Melhor

Então, por que ser vegetariano? Além das razões mencionadas acima, ha vantagens nutricionais para escolher uma dieta vegetariana. Ellen White comenta a dieta original estabelecida por Deus:

Grãos, frutas, nozes e vegetais constituem a dieta escolhida par nosso Criador. Estes alimentos, preparados da maneira mais simples e natural possível, são as mais saudáveis e nutritivos … Deus deu aos nossos primeiros pais o alimento que Ele havia designado para a rara humana. Era contrario ao Seu piano tirar a vida de qualquer criatura. Não deveria haver morte no Éden.5

Ha abundante evidencia dos efeitos positivos de se retornar a uma dieta mais simples e natural. De fato, tem-se constatado que os adventistas do sétimo dia vegetarianos desfrutam melhor saúde do que aqueles que consumem came regularmente.6

Creio que a mudança para um estilo vegetariano de vida, em vez de limitar a escolha de alimentos, realmente abre uma ampla porta para novas aventuras culinárias. Quando pensamos de todas as frutas, vegetais, grãos, legumes e nozes a nossa disposição, e fácil antever uma infinidade de pratos que podem ser preparados. Pessoalmente tenho descoberto que ser vegetariano e também uma extraordinária maneira de contato com outra pessoas. Tenho tido a alegria de aprender receitas vegetarianas com pessoas de outros países e ao mesmo tempo tenho partilhado tais receitas com outros amigos.

Perspectiva Futura

Os vegetarianos sabem que os grãos usados para alimentar animais poderiam ser melhor usados para alimentar seres humanos em inanição. Eles podem demonstrar bondade para com os animais não os criando para usá-los como alimento. Assim, os cristãos que são vegetarianos podem revelar de forma pratica seu compromisso como mordomos de Deus.

Talvez a razão mais forte para que os cristãos sejam vegetarianos esta baseada em nossa convicção de fé. Cremos na esperança do breve retomo de Cristo e confiamos em Sua promessa de uma terra totalmente renovada. Sabemos que ali nada haverá para causar dano ou destruir. O leão habitara com o cordeiro e todas as criaturas viverão em harmonia. Enquanto nos preparamos para a vida eterna com Deus, façamos de Cristo o centro de nossa vida e escolhamos um estilo de vida que reflita este compromisso: “Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus” (I Cor. 10:31). De fato, um saudável estilo vegetariano de vida ajuda-nos a melhor entender e obedecer a direção do Espirito. Excluindo os animais de nossa dieta, começaremos a experimentar os benefícios da vida eterna agora.

Heather M. Bowen completou recentemente um mestrado em ciência animal, na Califórnia State University, Fresno. Ela dedica-se ao lar, ao treino de cavalos, à veterinária e ama animais.

Citação Recomendada

Heather Bowen, “Eu, uma Vegetariana?,” Diálogo 5:1 (1993): 9-11

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