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perseguição

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É o ato de correr em seguimento de alguém para o prender – e também qualquer violência praticada por motivo religioso ou político. Bem cedo foi a igreja cristã perseguida: Jesus o tinha predito no Sermão da Montanha (Mt 5.10 a 12), e quando encarregou as doze da missão de evangelizar (Mt 10.17,18). Depois da morte do Divino Mestre continuou a perseguição contra os pregadores do Evangelho. Variam de forma, empregando-se umas vezes processos regulares, segundo a lei, prevalecendoem outras ocasiões a vontade do governador, como no procedimento de Herodes – e acontecia, também, romper o povo fanatizado em violências tumultuosas contra os discípulos de Jesus. Depois do discurso de Pedro (At 3), apoderaram-se os sacerdotes e os saduceus daquele Apóstolo e de João. Quanto a Estêvão, a sua obra de evangelização levantou acusações contra ele (At 6.11), sendo depois martirizado (At 7.58). Após este acontecimento houve contra a igreja de Jerusalém uma grande perseguição (At 8.1). Herodes pôs-se em campo (At 12.1) – e competiam os judeus com os gentios na resistência ao progresso da igreja nascente. Se em Filipos e em Éfeso eram os gentios os perseguidores (At 16 e 19), foram agressores os judeus em Antioquia de Pisídia (At 13), em icônio e em Listra (At 14), na Tessalônica (At 17), e em Corinto (At 18). As injustiças contra Paulo foram a causa de ele ter apelado para o tribunal de César (At 25.11), indo por isso o Apóstolo para Roma, onde mais tarde foi executado. Ele próprio falou da perseguição que outros haviam de sofrer como ele tinha sofrido (2 Tm 3.11,12). Pedro conforta os seus leitores, falando-lhes das provações que estavam iminentes (1 Pe 4.12 a 19). João, no Apocalipse (2.10,13, etc.), refere-se à perseguição já existente, ou próxima. o imperador Nero moveu uma grande perseguição no ano de 64. Foram de tal modo torturados os cristãos, que segundo conta Tácito, historiador romano, houve um movimento de simpatia para com os discípulos de Cristo (Ann. 15.24). E desde esse ano até ao princípio do quarto século, as perseguições sucediam-se, uma após outra. Na história moderna, a perseguição aos protestantes, feita pela igreja de Roma, causou maior perda de vidas do que a guerra ao Cristianismo nos tempos do paganismo. As igrejas missionárias também têm sido combatidas com as mais terríveis perseguições, como foram as que se levantaram contra os primeiros convertidos católicos romanos no Japão, e ainda em tempos mais modernos, as de Madagascar, Uganda e China. A igreja Romana nunca condenou os seus princípios de que tudo o que ela considera heresia deve ser suprimido pela força. E procura defender-se com a Lei de Moisés (o cap. 13 do Deuteronômio, por exemplo). Mas ali trata-se do castigo que haviam de sofrer os que prestavam culto aos ídolos, servindo a outros deuses. ora, é preciso nunca perder de vista que somos cristãos, e que o verdadeiro princípio cristão, pelo qual nos devemos regular, está estabelecido em 2 Co 3.17.