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manufatura

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A preparação de peles para tendas e o tecido de panos para vestidos constituíam o limite de habilidade mecânica na vida nômade do povo de israel, devendo ter sido essa arte executada por mulheres. os couros dos animais eram empregados na fabricação de vasilhas, de grande uso na antigüidade, para conter líquidos (água, leite e vinho), e também na fabricação de cintos, sandálias e correias. As referências em is 29.16 e Jr 18.2 mostram que a arte de formar vasos de barro tinham-na os hebreus aprendido durante o período dos reis, chegando a ser um trabalho familiar. Parece provável que eles tenham recebido da civilização babilônica a arte de oleiro por meio dos seus vizinhos cananeus. Certas peças de barro, que se acharam em Jerusalém, estão muito bem acabadas e são feitas com graça. Nos jarros, a sua formação corre em linhas paralelas à roda do corpo ou do gargalo do vaso. Na ornamentação usavam-se figuras geométricas, linhas paralelas, linhas em aspa, linhas curvas, bem como ziguezagues, quadrados, rombos e triângulos. Algumas vezes, nas grandes peças fenícias há diferentes partes, separadas por ornamentação linear, sendo cada divisão cheia de figuras de animais, figuras de homens, e de cenas de caça. Até ao tempo de Davi e Salomão não tinham os hebreus sobressaído em obras de madeira, pedra e metal. Que eles, contudo, antes desta época conheciam a arte de fundir metais preciosos, sabe-se pelo fato de terem feito uma estola de ouro, no santuário de Gideão em ofra, servindo-se de brincos de ouro, de anéis, de crescentes, tirados aos midianitas. Nesses tempos o metal mais em uso era o bronze. Com ele eram feitos utensílios de cozinha e cadeias (Jz 16.21), e também as diversas partes da armadura, capacetes, escudos, saias de malha e grevas (1 Sm 17.5,6). Lanças e arcos eram feitos do mesmo metal (2 Sm 21.16 – 22.35). As minas do Sinai, ou as possuídas pelos fenícios na ilha de Chipre, é que forneciam os materiais necessários. o ferro era principalmente usado para fabricar armas de ponta e diversos instrumentos da lavoura (lanças, relhas do arado e machados). Entre os cananeus os seus carros eram guarnecidos de chapas de ferro (Jz 1.19). o que fez que a história das manufaturas hebraicas se modificasse foi a entrada dos artistas fenícios na capital meridional de israel, nos reinados de Davi, e Salomão (2 Sm 5.11 – 1 Rs 5.6). Este mesmo fato mostra que naquele tempo eram medíocres os operários israelitas. Mas já no reinado de Joás, cerca de cento e vinte anos mais tarde, quando foi reparado o templo de Salomão, não houve necessidade de mandar vir de fora os necessários pedreiros, carpinteiros e mestres de obras (2 Rs 12.7 a 13). E quando a cidade de Jerusalém foi tomada pelos babilônios, foram levados para Babilônia uns mil carpinteiros e ferreiros e outros hábeis mecânicos (2 Rs 24.16). (Vejam-se os artigos sobre Aço, olaria, e Tecelagem.)