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babilônia (cidade de)

b

A moderna Hil-lah (Babel). A forma grega do hebraico Babel. Babilônia foi a capital do reino caldaico da Babilônia. Embora não fosse a cidade mais antiga do império, tornou-se no decorrer do tempo a mais importante pela sua grandeza e influência. Situada nas margens do Eufrates, quase 80 km. ao sul da moderna Bagdá, no meio de férteis planícies, tendo perto o Golfo Pérsico, foi a cidade de Babilônia o centro de comércio do mundo antigo. Ainda que incerta a DATA da sua fundação, contudo, a sua conexão com Acade e Calné (Gn 10.10) faz supor uma grande antigüidade, pelo menos 3.000 anos a.C. A história da Babilônia é uma longa série de lutas sustentadas por vários governadores e comandantes militares para a possuírem e conservarem. Foi muitas vezes cercada, muitas vezes foram arrasados os seus templos e muralhas, os seus habitantes cruelmente mortos, e despojada dos seus tesouros; mas, fato maravilhoso, essa cidade opulentíssima e magnífica levanta-se sempre do pó cada vez mais bela, até que, nos tempos de Nabucodonosor, é ela uma das maravilhas do mundo, com enormes edifícios e uma população maior do que provavelmente qualquer outra cidade dos tempos antigos, sendo cortada em todas as direções por canais navegáveis. As atuais ruínas, tudo o que resta da grande cidade da Babilônia, são um grande número de fortes que se estendem por uma distância de oito quilômetros, de norte a sul, principalmente na margem esquerda do rio. Há restos de muralhas, de templos e de palácios reais por toda parte. o forte que está na parte mais setentrional geralmente tem sido identificado com a Torre de Babel, achando-se ainda com 19,5 metros de altura. Maior do que isto é a série de plataformas do palácio. São numerosos os restos de fortificações, e nas margens do Eufrates ainda hoje se podem ver os vestígios de grandes diques. Foi Nabucodonosor quem mandou desviar o rio, e guarnecer de tijolos o leito através da cidade. A cidade foi descrita por Heródoto e outros escritores que puderam vê-la. E ainda que as suas descrições difiram um pouco entre si, concordam, contudo, todos eles na sua maravilhosa grandeza e magnificência. A cidade estava edificada em ambos os lados do rio, cercada por uma dupla muralha de defesa. Segundo a medição de Heródoto, estas muralhas, com 90 km. de circunferência, encerravam uma área de 322 quilômetros quadrados. Nove décimas partes desta área estavam ocupadas com jardins, parques e campos, ao passo que o povo vivia em casa de dois, três e quatro andares. Eram altíssimas as muralhas, e de tal maneira largas em cima que um carro de quatro cavalos tinha espaço para poder dar a volta. Duzentas e cinqüenta torres estavam edificadas por intervalos nos muros, que em cem lugares estavam abertos e defendidos com portões de cobre. outros muros havia ao longo das margens do Eufrates e junto aos seus cais. Navios de transporte atravessavam o rio entre as portas de um e de outro lado, e havia uma ponte levadiça de 9 metros de largura ligando as duas partes da cidade. o grande palácio de Nabucodonosor estava situado numa das extremidades desta ponte, do lado oriental. outro palácio ‘A Admiração da Humanidade’, que tinha sido começado por Nabopolassar, e concluído por Nabucodonosor, ficava na parte ocidental e protegia o grande reservatório. Dentro dos muros deste palácio elevavam-se a uma altura de 23 metros os célebres jardins suspensos, que se achavam edificados na forma de um quadrado, com 120 metros de lado, levantados sobre arcos. o templo de Bel, ou Torre de Babel, de quatro faces, era uma pirâmide de oito plataformas, tendo a mais baixa 120 metros de cada lado. Chegava-se ao topo, onde estava o altar de Bel, por um plano inclinado. Sobre o altar estava posta uma imagem de Bel, toda de ouro, e com 12 metros de altura, sendo também do mesmo precioso metal uma grande mesa e muitos outros objetos colossais pertencentes àquele lugar sagrado. As esquinas deste templo, como todos os templos caldaicos, correspondiam aos quatro pontos cardiais do globo terrestre. os materiais empregados na grandiosa construção constavam de tijolos feitos do limo, extraído do fosso, que cercava toda a cidade. A história política desta maravilhosa povoação acha-se relacionada com a do império da Babilônia, estando a sua queda final compreendida na de toda a nação, embora o culto de Bel continuasse em alguns templos até ao ano 29 a. C., muito tempo depois de ter desaparecido a grande Babilônia, como cidade.