biblia.com.br

antioco

a

o nome de Antíoco não se encontra nas Escrituras, mas há várias referências aos monarcas desta designação. Antíoco ii é um dos reis a que se refere Daniel 11.6: ‘Mas, ao cabo de anos, eles se aliarão um com o outro.’ Era rei da Síria, e estivera em guerra com o rei do Egito (Ptolomeu Filadelfo). Foi feita a paz no ano 250 a.C. : Ptolomeu, ‘o rei do Sul’, deu em casamento sua filha Berenice a Antíoco, ‘o rei do Norte’, que se separou da sua primeira mulher Laudice. Quando morreu Ptolomeu (247 a.C.), Laudice e seus filhos foram de novo chamados à corte. E ‘não pôde Berenice conservar o poder’, pois Laudice envenenou Antíoco, que ‘tinha sustentado’ aquela sua rival, e mandou matar a ela e a seu filho (Dn 11.6). Depois da morte de Antíoco, procurou vingar-se Ptolomeu Emergetes, irmão de Berenice, (‘um renovo da linhagem dela’) da morte desta sua irmã, invadindo a Síria: nesta invasão foi morta Laudice, e seu filho expulso do trono por algum tempo, sendo todo o país saqueado (Dn 11.7 a 9). Continuaram as hostilidades por muitos anos, e um neto de Antíoco ameaçou lançar por terra o poder do Egito (Dn 11.9,10). Antíoco iii, rei da Síria, apelidado o Grande, era neto de Antíoco ii. Ele uniu-se a Filipe iii da Macedônia com o fim de conquistar e dividir os domínios egípcios. Algumas facções dos judeus abraçaram a mesma causa (Dn 11.14). Todavia, Antíoco e Filipe foram obrigados, por causa de perturbações nos seus países, a desistir da sua empresa, resultando desse fato assenhorear-se de Jerusalém o rei do Egito e recuperar o território que havia perdido. No ano 198 a.C., reapareceu Antíoco em campo e aprisionou Scopas e suas tropas que se tinham refugiado em Sidom (Dn 11.15). os judeus receberam Antíoco como seu libertador, e ele permaneceu ‘na terra gloriosa, e tudo estará em suas mãos’ (Dn 11.16). Mais tarde deu Antíoco em casamento sua filha Cleópatra a Ptolomeu Epifânio, rei do Egito, e por seu dote as províncias de Fenícia – porém ela favoreceu mais os interesses de seu marido do que os de seu pai. Em 187 a.C. atacou Antíoco o templo de Belos em Elimais, sendo assassinado pelo povo que acorreu em defesa do seu santuário. Deste modo ele tropeçou, caiu, e não foi encontrado (Dn 11.19). Com respeito aos judeus, Antíoco não somente lhes deu inteira liberdade de culto, mas também fez ricas doações ao templo, favorecendo muito os sacerdotes. Apreciando a fidelidade dos judeus, transportou 2.000 famílias israelitas da Mesopotâmia para a Lídia e Frígia, para assim desfazer as tendências revolucionárias que se tinham manifestado nestas províncias. Antíoco iV, Epifânio, rei da Síria, filho mais novo do precedente. Seleuco, o filho mais velho, foi morto por Heliodoro, que usurpou a coroa. Antíoco expulsou este último, obtendo ele próprio ‘o reino com intrigas’, com exclusão de Demétrio, o filho de Seleuco (Dn 11.21). Depois disto promoveu quatro felizes campanhas contra o Egito, sendo evitada a completa conquista do país pela intervenção dos romanos (Dn 11.24). Este rei foi perdulário nas suas despesas, e as condições da Palestina durante o seu reinado foram de turbulência. Quando na sua segunda campanha (170 a.C.) ele voltou do Egito, assaltou Jerusalém, saqueou o templo, ordenando uma terrível carnificina. Dois anos mais tarde, ocupou a cidade e a fortificou. o templo foi profanado, e proibida a observância da lei. Foi feito um sacrifício no Lugar Santo a Júpiter olimpo (Dn 11.29, 30,31). Matatias e seus filhos organizaram a resistência ‘ajudados com pequeno socorro’ (Dn 11.34), mantendo deste modo intatos a fé e o nome de israel. Entretanto, Antíoco voltou as armas para o oriente (Dn 11.44). Em vão tentou saquear o rico templo de Nanéia (talvez com ‘o desejo de mulheres’ Dn 11.37), em Elimais. Por fim chegou ao termo da sua vida no ano 164 a.C., sem socorro de qualquer pessoa (Dn 11.45). Grande proeminência se dá no livro de Daniel ao reinado de Antíoco iV. Sem consideração alguma pelos deuses de seus pais (Dn 11.37), ele era incapaz de apreciar o valor da religião das outras pessoas – e tornou-se, assim, o símbolo dos inimigos de Deus (Dn 11.36,37). Pelos judeus era ele considerado como uma figura do anticristo, resistindo com todo o seu poder a tudo que era divino.