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predestinação

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Esta palavra tem o sentido da palavra grega ‘prooriso’ que significa o ato de limitar ou de determinar antecipadamente (At 4.28 – Rm 8.29,30 – 1 Co 2.7 – Ef 1.5,11). Desta maneira diz respeito aos altos desígnios de Deus. Quando num sentido mais restrito, com respeito à religião, se considera a predestinação de Deus, ou uma determinação antecipada, estamos ainda face a face com o problema da Divindade – e nesse caso se pode dizer que a doutrina da predestinação se acha associada com a da eleição. A única diferença é que a eleição se refere ao ato de escolha, enquanto a predestinação diz respeito ao fim dessa escolha. Na grandiosa passagem de Ef 1.4 a 14 as bênçãos do Evangelho acham-se relacionadas (1) com o eterno propósito do Pai (vers. 4 a 6) – (2) com a revelação histórica do Filho (vers. 7 a 12), e (3) com o dom pessoal do Espírito Santo (vers. 13,14). os cristãos a que se refere a epistola eram as pessoas que, pelo amor de Deus e fins de predestinação, já haviam sido chamadas dentro da obra de Cristo, estando então as suas vidas individuais sob a direção do Espirito Santo. Em primeiro lugar nos ensina a Escritura a predestinação de Deus, no sentido do Seu plano geral de salvação. Vê-se isto no A.T., na maneira como o povo de israel foi eleito para possuir privilégios nacionais, temporais e espirituais. Mas no N.T. a eleição se liga com as realidades espirituais, quer se trate de oportunidades presentes, quer de perspectivas de seguranças futuras. Todavia, todo o N.T. insiste na resposta do pecador a esta atitude divina, e na responsabilidade humana, devendo todos ouvir, aceitar e obedecer, para possuírem aquelas bênçãos. E eis aqui se apresentam expressivamente estes dois grandes fatores: a soberania divina e a responsabilidade humana, não achando nós a maneira de reconciliar estes dois fatos, aparentemente opostos, mas realmente complementares da direção divina. Na verdade Deus quer salvar do pecado o homem, mandando Jesus Cristo, e manifestando a Sua graça. E isto se mostra na grandiosa obra da salvação desde o seu início. A Escritura, porém, é igualmente clara quando diz que a graça divina opera segundo a boa disposição dos homens para a receberem, e ensina que o homem não pode ser salvo, a não ser que receba essa mesma graça. Estes dois lados da questão assim apresentados, mas nunca reconciliados, devem considerar-se sem qualquer tentativa de completa explicação – portanto, com as nossas limitadas faculdades presentes, é obviamente impossível a reconciliação. os dois lados são como linhas paralelas, que nunca se encontram, mas são igual e absolutamente necessárias. Devemos ser cuidadosos em manter tudo o que a Sagrada Escritura nos ensina, e também em sustentar as doutrinas bíblicas segundo a maneira como são apresentadas. A predestinação acha-se sempre relacionada (1) com a união com Cristo (Ef 1.4) – (2) com a previdência de Deus (1 Pe 1.2) – (3) com o plano divino de vivermos, servindo (Ef 2.10) – e (4) com a vontade divina que sejamos santos (Rm 8.28 a 30 – Ef 1.4 – 2 Ts 2.13). Quando a doutrina se apresenta em íntima relação com estes aspectos, na verdade, procurando constantemente a sua realidade espiritual, e não a considerando simplesmente sob o ponto de vista intelectual, não haverá nenhuma dificuldade prática. Quando principiamos a vida cristã numa simples fé em Cristo, depressa realizamos alguma coisa do que Deus exige de nós, e podemos entrar mais profundamente no plano da Providência, segundo a operação do Espírito de Deus nos nossos corações.