joão
j
Graça ou favor de Deus. – Aparece, também,em outros lugares com a forma de Joanã. Um parente do sumo sacerdote Anás. Juntamente com Anás e Caifás ele fez inquirições a respeito do ensino dos apóstolos Pedro e João e da cura do coxo (At 4.6). E nada mais se sabe dele. – João Marcos, o evangelista – filho de Maria, e primo (não sobrinho) de Barnabé. Apenas cinco vezes é este evangelista mencionado com o nome de João (At 12.12,25 e 13.5,13 e 15.37). Nas outras passagens é o nome Marcos que prevalece. (*veja Marcos.) – João Batista, o Precursor. A vinda de João foi profetizada por isaías (40.3), e por Malaquias (4.5 – *veja Mt 11.14), sendo o seu nascimento anunciado aos seus idosos pais por ‘um anjo do Senhor’ (Lc 1.5 a 23). Seu pai Zacarias era sacerdote, e sua mãe isabel ‘era das filhas de Arão’. A vinda desta criança foi também predita à Virgem Maria, na Anunciação (Lc 1.36). o nascimento de João (Lc 1.57) trouxe novamente, após a circuncisão, a fala a Zacarias, que a tinha perdido, quando o anjo lhe fez saber que havia de ter um filho (Lc 1.20,64). Quanto à infância de João Batista apenas se sabe que ele ‘Crescia e se fortalecia em espírito. E viveu nos desertos até ao dia em que havia de manifestar-se a israel’ (Lc 1.80). E assim, embora tivesse sido consagrado antes do seu nascimento à missão de pregar e ensinar (Lc 1.13 a 15), ele só deu início à sua obra quando chegou à idade viril, depois de ter passado vários anos isolado, vivendo uma vida de abnegação. A maneira como João Batista apareceu pregando chamou a atenção de toda a gente. o seu vestido era feito de pelos de camelo, e andava cingido de um cinto de couro, sendo a alimentação do notável pregador o que encontrava no deserto gafanhotos e mel silvestre (Lv 11.22 – Sl 81.16 – Mt 3.4). o ministério de João começou ‘no deserto da Judéia’ (Mt 3.1 – Mc 1.4 – Lc 3.3 – Jo 1.6 a 28). Ele pregava o arrependimento e a vinda do reino dos céus, e todo o país parecia ser movido pela sua palavra, pois vinham ter com ele as multidões para receberem o batismo (Mt 3.5 e Mc 1. S). Em termos enérgicos censurou a falsa vida religiosa dos fariseus e saduceus que se aproximavam dele (Mt 3.7), avisando, também, outras classes da sociedade (Lc 3.7 a 14) – e chamava a atenção dos ouvintes para Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus (Lc 3.15 a 17 – Jo 1.29 a 31), a quem batizou (Mt 3.13 a 17). o povo quis saber se João era o Cristo prometido (Lc 3.15) – mas ele categoricamente asseverou que não era (Jo 1.20). A importância do ministério de João acha-se claramente indicada nas referências de Jesus Cristo e dos apóstolos ao caráter e obra notável do pregador. Depois de responder aos mensageiros de João (Mt 11.2 a 6 – Lc 7.19 a 23), falou Jesus às multidões sobre o caráter e missão do Batista, declarando: ‘Entre os nascidos de mulher, ninguém apareceu maior do que João Batista’ (Mt 11.7 a 11 – Lc 7.24 a 28). Mais tarde foi por Jesus, de um modo preciso, identificado com o prometido Elias (Mt 17.10 a 13 – Mc 9.11 a 13) – e também o batismo de João foi assunto de que Jesus Se serviu para discutir com ‘os principais sacerdotes e os anciãos do povo’, colocando-os em dificuldades (Mt 21.23 a 27) – e, pelo fato de estes judeus rejeitarem o apelo de João, fez-lhes sentir o Salvador a sua responsabilidade (Mt 21.32). o batismo de João foi lembrado por Jesus depois da Sua ressurreição (At 1.5) – a ele se referiu também Pedro (At 1.22 – 10.37 – 11.16), e o apóstolo Paulo (At 13.24,25). Apolo conhecia somente o ‘batismo de João’ (At 18.25), e maior conhecimento não havia em certos discípulos de Éfeso (At 19.1 a 4). Com respeito ao ‘batismo de João’, *veja Batismo. o ministério corajoso de João parece ter alarmado Herodes, o tetrarca da Galiléia, que, segundo conta Josefo (Ant. Xiii, 5.2), o considerava como demagogo e pessoa perigosa. Como João o tivesse censurado por ter casado com Herodias, mulher de seu irmão Filipe, que ainda estava vivo, lançou Herodes o seu censurador numa prisão. (*veja Herodias.) o medo da indignação popular (Mt 14.5) parece tê-lo impedido de matar João Batista – mas a filha de Herodias, baseando-se numa inconsiderada promessa de Herodes, obteve a morte de João (Mt 14.3 a 12). – o Apóstolo. João, irmão de Tiago, era filho de Zebedeu (Mt 4.21), e de Salomé, sendo esta, provavelmente, irmã da mãe de Jesus (cp. Mt 27.56 com Mc 15.40 – Jo 19.25). Sendo assim, era João primo de Jesus, e por isso foi muito natural que o Salvador entregasse a Sua mãe aos cuidados de João, quando estava na cruz (Jo 19.25 a 27). João era, como seu pai, pescador de Betsaida, na Galiléia, trabalhando no lago de Genesaré (Mt 4.18,21). A família parece ter vivido em boas circunstâncias, visto como seu pai Zebedeu tinha jornaleiros (Mc 1.20) – a sua mãe era uma das piedosas mulheres, que desde a Galiléia acompanharam Jesus e o serviam com os seus bens (Mt 27.56) – o próprio evangelista era conhecido do sumo sacerdote (Jo 18.15), e tinha casa sua (Jo 19.27). Acha-se identificado com aquele discípulo de João Batista, que não é nomeado, e que com André seguiu a Jesus (Jo 1.35 a 40). A chamada de João e de seu irmão Tiago está, em termos precisos, narrada em Mt 4.21,22 e em Mc 1.19,20. Foi ele um dos doze apóstolos (Mt 10.2, e ref.). A ele e seu irmão deu Jesus o nome de Boanerges (Mc 3.17). Na sua juventude parece ter sido homem apaixonado, de temperamento impulsivo, dando ocasião a que Jesus o censurasse uma vez por ter proibido certo indivíduo de operar milagres (Mc 9.38,39), outra vez por ter desejado que viesse do céu castigo sobre os inóspitos samaritanos (Lc 9.51 a 56), e também pela sua pessoal ambição (Mc 10.35 a 40). Todavia, era ele chamado o discípulo, ‘a quem Jesus amava’ (Jo 21.20), e a quem, juntamente com Tiago e Pedro, deu Jesus Cristo o privilégio de presenciarem tantos e maravilhosos acontecimentos do Seu ministério. João pôde observar a cura da sogra de Pedro (Mc 1.29), a ressurreição da filha de Jairo (Mc 5.37 e Lc 8.51), a pesca miraculosa (Lc 5.10), a transfiguração (Mt 17.1 e refs.), e a agonia no horto de Getsêmani (Mt 26.37, e refs.). É certo que João, como os outros discípulos, abandonou o Divino Mestre, quand