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Bebida alcoólica: Jesus transformou água em vinho

Jesus.

“Se a gente não deve beber nenhuma bebida alcoólica, por que Jesus transformou água em vinho no casamento?”

Pr. Alberto R. Timm, Ph.D.

Os termos mais comuns para “vinho” no Antigo Testamento são, em hebraico, yayin e tirosh e, em aramaico,chamar. O Seventh-day Adventist Bible Dictionary, p. 1.176, 1.177, esclarece que o termo yayin é “a palavra comum para vinho envelhecido e, portanto, intoxicante (Gênesis 14:18; Levítico 10:9; 23:13), e tirosh é usado em várias passagens para designar o suco de uva fresco ou o vinho ainda não completamente envelhecido mas já intoxicante (Gênesis 27:37; Números 18:12; Deuteronômio 12:17; Juízes 9:13; Provérbios 3:10; Oséias 4:11)”. Ambos os termos hebraicos são vertidos na Septuaginta (a clássica tradução do Antigo Testamento para a língua grega) pela palavra oînos. Já no Novo Testamento a palavra comum para “vinho” é o mesmo termo oînos, que pode designar tanto o suco de uva não fermentado (João 2:9, 10)como o vinho fermentado (Apocalipse 14:8). Por sua ambigüidade, o termo deve ser interpretado à luz do contexto em que aparece inserido e do seu significado teológico mais amplo.

O fato de alguns patriarcas, como Noé (Gênesis 9:20, 21) e Ló (Gênesis 19:30-38), terem se embebedado em determinadas ocasiões não provê o endosso divino à essa prática. Existiam outros costumes antigos como, por exemplo, a poligamia, que era tolerada por Deus, mas não sancionada por Ele. O mesmo Antigo Testamento, que menciona esses casos de embriaguez, também adverte: “O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora; todo aquele que por eles é vencido não é sábio” (Provérbios 20:1). “Não olhes para o vinho, quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente. Pois ao cabo morderá como a cobra e picará como o basilisco” (Provérbios 23:31, 32).

Tanto o “bom vinho”, produzido por Cristo nas bodas de Caná da Galiléia (João 2:9, 10), como o “fruto da videira”, usado por Ele na última ceia com os discípulos (Marcos 14:23-25), são considerados como sendo “o puro suco de uva” não fermentado. Descrevendo a última ceia, uma autora americana cristã, afirma:

“Acham-se diante dEle os pães asmos usados no período da páscoa. O vinho pascoal, livre de fermento, está sobre a mesa. Estes emblemas Cristo emprega para representar Seu próprio irrepreensível sacrifício. Coisa alguma corrompida por fermentação, símbolo do pecado e da morte, podia representar ‘o Cordeiro imaculado e incontaminado’” (DTN, p. 653).

Quando Paulo aconselha a Timóteo a não continuar bebendo “somente água”, mas também “um pouco de vinho”, a razão é puramente medicinal, como evidencia a explicação “por causa do teu estômago e das tuas freqüentes enfermidades” (1 Timóteo 5:23). Paulo também exorta os crentes a não se embriagarem “com vinho, no qual há dissolução” (Efésios 5:18) e aos diáconos a não serem “inclinados a muito vinho” (1 Timóteo 3:8). Alguns alegam, com base nessa última declaração, que não podemos consumir “muito vinho” fermentado, mas um pouco, sim. Porém, à luz de outras declarações de Paulo (ver 1 Coríntios 3:16, 17; 6:19, 20; 1 Timóteo 3:2, 3, 11), podemos inferir que a mera diminuição no consumo de vinho fermentado não é o ideal divino, mas apenas um paliativo que deve culminar na completa abstinência.

Em resposta aos que procuram justificar o uso moderado de vinho fermentado, Samuele Bacchiocchi afirma em seu livro Wine in the Bible: A Biblical Study on the Use of Alcoholic Beverages (Berrien Springs, MI, Biblical Perspectives, 1989, p. 248), que “adicção a algo que é intrinsecamente mau é sempre moralmente errado, quer seja moderado ou excessivo”.

 

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Equipe Biblia.com.br

 

 

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