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ressurreição de jesus cristo

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Na história da vida terrestre do nosso Salvador, nenhum fato é tratado com mais particularidade, quer pelos evangelistas, quer pelos autores dos Atos e Epístolas, do que a Sua ressurreição. Este interesse corresponde à importância que lhe dá S. Paulo nos seus argumentos (1 Co 15.14), e justifica a conclusão do bispo Westcott: ‘Considerando todos os elementos de prova, … não há um incidente histórico melhor ou mais diversamente sustentado do que a ressurreição de Cristo.’ Prenúncios da ressurreição podem ver-se no Sl 16.9,10 (At 2.31) e em is 26.19 – mas não há indicação alguma de que estas passagens tivessem sido compreendidas antes do acontecimento – na verdade, é preciso tomar para prova outra direção (Mc 9.10). o próprio Divino Mestre predisse a Sua ressurreição não menos abertamente do que a Sua morte (Mt 12.40 – 16.21 – 17.23 – 20.19 – 26.32 – 27.63 – Mc 9.9 – 14.28 – Lc 24.7 – Jo 2.19,21). A ação de Pedro (Mt 16.22) mostra o espírito com que estes avisos eram recebidos. os fatos sobre a ressurreição acham-se descritos pelos evangelistas, em Mt 28 – Mc 16 – Lc 24 – e Jo 20 e 21. Estas narrativas registram aparecimentos de Jesus a Maria Madalena, no jardim (Mc 16.9,10 – Jo 20.14,17) – às mulheres que voltavam do sepulcro (Mt 28.9) – aos discípulos no caminho de Emaús (Mc 16.12,13 – Lc 24.13 a 35) – a Pedro em Jerusalém (Lc 24.34 – 1 Co 15.5) – aos dez apóstolos numa sala superior (Lc 24.36 – Jo 20.19) – aos onze apóstolos, quando estavam à mesa (Mc 16.14 – Jo 20.26) – aos discípulos no mar de Tiberíades (Jo 21.1 a24) – aos onze apóstolos, num monte da Galiléia (Mt 28.16) – aos apóstolos, na Sua ascensão (Mc 16.19 – Lc 24.50, 51 – At 1.4 a 10). Em adição a estes fatos, refere S. Paulo as aparições a 500 irmãos de uma vez – a Tiago – e a ele próprio (1 Co 15.6 a 8). A linguagem de At 1.3 sugere que estas listas estão incompletas. As manifestações apontadas são claramente distintas de qualquer coisa que se possa classificar de visão ou alucinação. Jesus ressuscitado falou com os Seus discípulos, comeu com eles, e foi por eles tocado. As circunstâncias foram várias – e os aparecimentos se realizaram, ou entre discípulos já preparados para isso, ou entre pessoas não preparadas. A ressurreição foi logo desde o princípio um ponto essencial do ensino apostólico. o sucessor de Judas para o colégio apostólico foi escolhido para ser uma testemunha da ‘sua ressurreição’ (At 1.22). o testemunho apostólico foi sempre argumento básico (At 2.32 – 3.15 – 10.41 – 13.30). Era o tema dos discursos dos apóstolos (At 4.2,33 – 17.18 – 23.6). Semelhantemente, nos Atos e nas epístolas, os apóstolos, como homens que reconheciam a importância da ressurreição, nessa idéia evangelizaram aqueles que, mortos em delitos e pecados, foram regenerados ‘para uma viva esperança mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos’ (1 Pe 1.3). E declara-se que essa ressurreição foi ‘por causa da nossa justificação’ (Rm 4.25) – que ‘seremos salvos pela Sua vida’ (Rm 5.10) – que confessar ao Senhor Jesus e crer em Cristo ressuscitado são princípios de salvação (Rm 10.9) – que a Sua ressurreição é a garantia da nossa própria (1 Co 15.20 a 23). A mudança que se operou nos apóstolos quando eles se certificaram da ressurreição, e a sua firme declaração do fato, não são mais notáveis do que a confiança da igreja de Cristo, pelos séculos adiante, no Senhor que ressuscitou e subiu aos céus. A história da igreja de Cristo tem a sua explicação no fato da sua crença e da sua dependência Daquele que disse: ‘Estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos (Ap 1.18). (*veja Expiação.)