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jogos

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Há, no N.T., notáveis referências aos jogos públicos, bem conhecidos dos gregos e romanos. os prêmios para os vencedores eram colocados em sítio bem visível, de forma que os concorrentes pudessem ser estimulados, tendo sempre diante dos olhos aqueles objetos. A meta era sempre distintamente visível, desde uma à outra extremidade do estádio, de tal modo que o corredor podia caminhar direto para lá. Era, sem dúvida, pensando nestas condições do jogo que S. Paulo dizia: ‘Prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.’ os competidores nestes jogos formavam uma classe distinta, os atletas. Eles sujeitavam-se a uma rigorosíssima preparação, para a luta, acostumando os seus corpos à fadiga, vivendo muito simplesmente, usando comida simples como figos secos, nozes, queijo fresco e pão escuro, e não bebendo vinho. ‘Todo atleta em tudo se domina… Mas esmurro o meu corpo, e o reduzo à escravidão’ (1 Co 9.25 a 27). Há, também, nesta passagem uma referência ao jogo do soco: ‘Assim luto, não como desferindo golpes no ar.’ As mãos e os braços estavam envolvidos em uma ligadura de couro, guarnecida de pregos, que tornavam muito duro o golpe. A destreza do combatente manifestava-se em evitar os golpes do adversário, de tal maneira que era apenas açoitado o ar. A palavra grega no vers. 27, traduzida para ‘rejeitado’ ou ‘desqualificado’ nas versões em português, era aplicada aos não aprovados pretendentes aos prêmios. os atletas tinham todo o cuidado em desembaraçar os seus corpos do todo artigo de vestuário que pudesse, de qualquer maneira, incomodá-los. Eles procuravam levar na corrida o menor peso possível. igualmente devem os cristãos desembaraçar-se de ‘todo peso, e do pecado que tenazmente nos assedia’ (Hb 12.1). A frase ‘grande nuvem de testemunhas’ compara os vitoriosos heróis da fé, de que se fala no cap. 11, com o imenso número de espectadores que, nas fileiras de bancos, observavam os jogos. o Apóstolo exorta Timóteo a que observe os preceitos do Evangelho. Sem essa observância não poderia esperar a aprovação de Deus e a posse da coroa celestial, assim como o competidor nos jogos públicos estava longe de receber das mãos do juiz a prometida recompensa, se ele não respeitasse as regras estabelecidas (2 Tm 2.5). As recompensas dos vitoriosos constavam de coroas ou grinaldas, feitas de zambujeiro, pinheiro, e salsa, ou de louro, conforme os lugares, em que eram celebrados os jogos. Logo que os juizes tivessem decidido a questão, era proclamado por um arauto o nome do vencedor, sendo posta a coroa, por um dos juizes, sobre a cabeça do herói, e na sua mão direita um ramo de palmeira. Depois era ele conduzido através da arena pelo arauto, que anunciava em voz alta o seu nome e a naturalidade: e a multidão, cheia de entusiasmo, tendo à vista o triunfador, redobrava de aclamações e de aplausos. Assim, também, os cristãos hão de receber uma coroa de glória, mas essa é imarcescível, e está reservada nos céus (1 Pe 1.4 – e 5.4). ‘Combati o bom combate, completei a carreira’, diz S. Paulo – … ‘a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele dia’ (2 Tm 4.7,8). Carreiras a pé, corridas de cavalos, e de carros, eram as diversões nos programas dos jogos. Faz-se referência aos circos romanos e aos seus desportos sanguinolentos em 1 Co 4.9 e 1 Co 15.3L os homens que lutavam com as feras eram, algumas vezes, executantes profissionais, mas na maioria dos casos eram criminosos, privados de quaisquer meios de defesa. os únicos desportos de crianças que a Bíblia menciona são: a guarda de passarinhos (Jó 41.5), e o tocar e cantar nos casamentos e funerais (Mt 11.16). Veja se também Zc 8.5.