Todos os pecados são iguais para Deus?
pecado
Embora a essência de todos os pecados seja sempre a mesma (alienação de Deus), existem algumas realidades que nos impedem de aceitar a teoria de que todos os pecados são iguais aos olhos de Deus. Uma delas é o processo pelo qual a tentação se transforma em pecado. Esse processo é geralmente composto pelos seguintes estágios: atenção, consideração, desejo, decisão, planejamento e ação. Uma vez que o grau de envolvimento nesse processo pode variar de intensidade, não podemos afirmar que o pecado de alguém que teve apenas um desejo pecaminoso momentâneo seja tão ofensivo a Deus como o pecado premeditado de Davi, com Bate-Seba (ver 2o Samuel 11).
Que Deus não considera todos os pecados iguais é evidente também no fato de o próprio Deus haver prescrito diferentes sacrifícios no Antigo Testamento para a expiação dos diferentes pecados (ver Levítico 1 a 7). Além disso, se todos os pecados fossem iguais, como querem alguns, porque deveriam os ímpios ser punidos no juízo final, “segundo as suas obras” (Apocalipse 20:11-13)? Porque alguns haveriam de ser castigados, naquele juízo, “com muitos açoites” e outros com “poucos açoites” (Lucas 12:47 e 48)? Se os pecados fossem iguais, não receberiam todos o mesmo castigo?
Porém, por mais insignificante que determinado pecado possa parecer, ele é suficientemente ofensivo para excluir o pecador do reino de Deus.
Alberto Ronald Timm, doutor em Teologia, em seu artigo na Revista Sinais dos Tempos (Tatuí – SP – Casa Publicadora Brasileira) Março- Abril de 2000, p. 21.