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O que a Bíblia diz sobre o jejum?

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O jejum possibilita um melhor discernimento espiritual e deve ser acompanhado de estudo da Bíblia e oração. Todos estes elementos estão presentes na experiência de Josafá, e conduziram o povo na adoração (2 Crônicas 20:18).

Durante o reinado de Josafá, rei de Judá, os filhos de Moabe e os filhos de Amóm (descendentes das filhas de Ló) se reuniram para pelejar contra Judá. Não é dada nenhuma explicação religiosa para a deflagração da guerra durante o reinado justo de Josafá. Havia anos o rei vinha aumentando a força de sua nação, equipando o exército e fortificando cidades (2 Crônicas 17:12-19). Mas, nesse momento de crise, diante do cerco inimigo, ele teve medo. Entretanto, ao invés de colocar a sua confiança em homens, ele a colocou em Deus:

“Então, Josafá teve medo e se pôs a buscar ao SENHOR; e apregoou jejum em todo o Judá” (2 Crônicas 20:3).

O jejum possibilita um melhor discernimento espiritual e deve ser acompanhado de estudo da Bíblia e oração. Todos estes elementos estão presentes na experiência de Josafá, e conduziram o povo na adoração (2 Crônicas 20:18). Sua oração foi embasada nas Escrituras. Ele sabia que Deus governa sobre toda a Terra e também que, se os inimigos de Deus triunfassem desta vez, isso traria opróbrio ao nome do Senhor. Portanto, clamou a Deus para que vindicasse a Si mesmo diante dos pagãos.

Não há nada de errado em sentir medo diante do perigo. Errado é sucumbir ao medo. Pessoas fortes e corajosas muitas vezes sentem medo, mas o segredo é seguir adiante, buscando a presença e direção divina, confiando em Deus e em Sua Palavra. Foi isso o que o rei Josafá fez. O ajuntamento público e a oração de Josafá são um cumprimento da oração de Salomão durante a dedicação do templo (2 Crônicas 6:24, 25). O resultado foi uma vitória impressionante (2 Crônicas 20:17, 22-29).

Jejuar é abster-se de certos tipos de alimentos com o intuito de ter a mente mais clara para poder compreender melhor os desígnios de Deus mediante oração e estudo a Bíblia. Pode-se usar alimentos mais naturais e leves, como sucos ou frutas por um determinado período de tempo, em conformidade com a condição física da pessoa. Um exemplo desse jejum é o de Daniel. Em seu estilo de vida ele não comia alimentos que haviam sido proibidos por Deus (Daniel 1:8; Levíticos 11) e foi muito abençoado por isso (Daniel 1:17-21). Muitos anos depois de sua chegada à Babilônia, Daniel decidiu fazer um jejum parcial por 21 dias, porque procurava mais compreensão junto a Deus quanto ao destino de seu povo (Daniel 10:2, 3).

O jejum pode ser acompanhado de oração, estudo da Bíblia, arrependimento, confissão, entrega total da vida ao Senhor, reconhecimento de Sua soberania e pedido pelo batismo do Espírito Santo. É muito importante não se deter em pensamentos ou atividades frívolas.

O jejum nos ajuda a reconhecer a Deus como Rei Soberano e a nossa necessidade de Sua ajuda. Quando milhares de israelitas exilados estavam para voltar para a Judéia, a grande responsabilidade de conduzi-los com segurança pesava sobre os ombros de Esdras. Ele tinha perfeita consciência dos perigos que um grupo de exilados desarmados, com grande quantidade de tesouros, poderia enfrentar em uma viagem longa através de vastos territórios escassamente povoados. O que ele fez?

“Então proclamei um jejum ali junto ao rio Ava, para nos humilharmos diante do nosso Deus, a fim de lhe pedirmos caminho seguro para nós, para nossos pequeninos, e para toda a nossa fazenda” (Esdras 8:21).

Sabendo que era preciso ter a presença de Deus mais do que tudo, e que essa presença divina é assegurada quando não há pecado entre o povo, Esdras apregoou um jejum para que todos se afligissem e se humilhassem, o que significava sondar a vida e remover todos os pecados conhecidos antes de iniciar a viagem à Judéia. Desse episódio podemos extrair a lição de que o jejum pode ser um instrumento apropriado para que a pessoa faça um exame de consciência, propiciando, mediante a atuação do Espírito Santo, um arrependimento genuíno, levando à confissão e abandono do pecado. É importante ressaltar que o jejum não é condição para se receber o perdão, mas que ele pode ajudar a pessoa a ter melhor discernimento espiritual.

O jejum é voluntário e individual, mas pode ser feito coletivamente com a igreja, de modo semelhante à experiência de Josafá e Esdras. Entretanto, o jejum sem submissão e obediência a Deus não tem valor (Isaías 58:1-14). A Bíblia reprova o formalismo religioso. Nos tempos de Cristo havia muitos judeus que praticavam o jejum, mas deixavam de cumprir os requisitos mais importantes da lei, “a justiça e a misericórdia” (Mateus 23:23).

O jejum não deve ser usado como meio de se obter o favor de Deus, pois a salvação é unicamente pela graça, mediante a fé em Jesus (Efésios 2:8). Tampouco ele deve ser praticado para causar uma boa impressão nos outros. Jesus advertiu contra este tipo de atitude dizendo: “Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto, para não mostrar aos homens que estás jejuando, mas a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará” (Mateus 6:17-18).

Concluímos que o jejum pode ser um regime simples, a abstenção parcial ou total de alimentos por um determinado período de tempo, conforme a condição física da pessoa, tendo como objetivo aproximar-se mais de Deus, buscando uma melhor compreensão de Sua vontade.

Como foi dito anteriormente, o jejum é voluntário e pode ser feito sempre que a pessoa desejar, pelo período que achar conveniente. Fica à critério de cada um escolher o dia mais apropriado para realizá-lo, mas pode ser estabelecido um dia especial em que a igreja coletivamente participa desse ato, tendo em vista maior consagração e entendimento da verdade.

Equipe Biblia.com.br

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Bibliografia:

1 Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia.

2 Bíblia de Estudo Andrews.

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