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O cristão e o uso de joias

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Por que alguém usa joias? Qual a finalidade básica de uma joia? Quem usa joia pode alegar que o faz porque se sente bem, porque acredita que elas valorizam alguma parte do corpo, porque quase todo mundo usa, etc., etc.

Pr. Ozeas C. Moura, Dr. 

Para início da discussão, deveria se perguntar: Por que alguém usa joias? Qual a finalidade básica de uma joia? Quem usa joia pode alegar que o faz porque se sente bem, porque acredita que elas valorizam alguma parte do corpo, porque quase todo mundo usa, etc., etc. Sem desconhecer as razões mencionadas, o certo é que seriam duas as verdadeiras razões para o uso de joias: (1) chamar a atenção (quem usa uma joia não a mantém escondida sob a roupa), e (2) ostentação.

Chamar a atenção para si contraria o princípios bíblico de 1 Corintios 10:31: “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazer tudo para a glória de Deus.” Esse verso paulino indica que tudo aquilo que faço deve atrair a atenção dos outros, não para a minha pessoa ou alguma parte dela, mas para Cristo. Atrair atenção para si pode ser caracterizado como pecado de idolatria. E há pessoas que preferem incorrer nesse pecado a deixar de usar suas joias.

Por sua vez, a ostentação, que consiste em mostrar riqueza ou status, tem que ver com o pecado do orgulho, com a exaltação ao eu. Note que foi esse pecado que tirou Lúcifer do Céu (ver Isaías 14:12-14). É dito de Lúcifer (simbolizado pelo rei de Tiro) que “no brilho das pedras andavas” (Ezequiel 28:14. Veja a descrição completo das pedras mencionadas como adornando Lúcifer no verso 13). Essa atitude de ostentação, de mostrar riqueza, status, poderio, está em flagrante contraste com a atitude demonstrada por Cristo, que, “sendo rico, Se fez pobre por amor de vós, para que pela Sua pobreza, vos tornásseis ricos” (2 Corintios 8:9). E sendo Deus, “a Si mesmo Se esvaziou, assumindo a forma de servo, […] a Si mesmo Se humilhou, tornando-Se obediente até a morte e morte de cruz” (Filipenses 2:7-8).

E o que dizer do uso de jóias nos tempos do Antigo Testamento? Pode-se responder a essa pergunta com outra: O que dizer da escravidão, poligamia, guerra contra os inimigos, bebidas fermentadas, toleradas por Deus durante o mesmo período? Tudo isso foi praticado pelo povo de Deus do Antigo Testamento, “mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito” (Provérbios 4:18). Gradualmente, Deus foi admoestado contra essas práticas, e, nos tempos do Novo Testamento, elas foram condenadas (ver a condenação do uso de joias, em 1 Timóteo 2:9, 10 e 1 Pedro 3:3, 4; da escravidão, em 1 Corintios 7:21, 23; Filemom 16; da poligamia, em 1 Corintios 7:1; e das bebidas fermentadas ou embriagantes, em Efésios 5:18; 1 Corintios 6:10).

Na Bíblia, o uso de joias, nem sempre, mas frequentemente, está associado a pessoas ou povos de má conduta, de moral reprovável. É o caso da ímpia rainha Jezabel (2 Reis 9:30), da apostatada Judá (Jeremias 4:30); das duas meretrizes, mencionadas no capitulo 23 de Ezequiel (ver o verso 40); da grande meretriz, mencionada por João em Apocalipse 17 ( ver o verso 4). Será que foi por isso que Jacó, ao promover uma reforma religiosa em sua família, mandou que as joias fossem tiradas e escondidas debaixo de uma árvore? (ver Gênesis 35:2-4).

Em contraste como desejo de chamar a atenção e o espírito de ostentação, as “santas mulheres” da Bíblia procuravam a beleza do caráter (1 Pedro 3:3-5), e a que é demonstrada pela beleza das boas obras (1 Timóteo 2:9, 10). E hoje não deve ser diferente.

Em conclusão, leiamos o conselho divino através do seguinte texto do livro Testemunhos Seletos, v. 1, p. 598, Ellen White.

“Pedro dá valiosas instruções quanto ao vestuário das mulheres cristãs: ‘O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura de vestidos; mas o homem encoberto no coração; no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus. Porque assim se adornavam também antigamente as santas mulheres que esperavam em Deus’ (1 Pedro 3:3-5). Tudo quanto insistentemente vos recomendamos é o cumprimento das recomendações da Palavra de Deus. Somos nós leitores da Bíblia e seguidores de seus ensinos? Obedeceremos a Deus, ou nos conformaremos com os costumes do mundo? Serviremos a Deus ou a Mamom? Podemos nós esperar fruir paz de espírito e a aprovação de Deus, ao passo que andamos diretamente em contrário aos ensinos de Sua Palavra?”

Equipe Biblia.com.br

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