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Há alguma semelhança entre nós e o templo como habitação de Deus?

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Jesus, ao prometer o Espírito Santo, declarou que Ele moraria em seu povo: “ E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós.” (João 14:16-17 RA).

Não é o templo que é comparado a nós, mas nós que somos comparados ao templo. Isso se dá porque somos habitação do Espírito Santo, se o permitirmos.

Embora todas as culturas e sistemas religiosos falem sobre Deus, a Bíblia apresenta um quadro mais convincente, de um Deus que deseja estar perto de Sua criação. Ele procurou Suas criaturas no jardim após elas terem caído. Estava disposto a descer do Céu para aliviá-las da miséria trazida pelas opressivas ordens do faraó (Êxodo 3:8); e mais tarde, pediu-lhes que Lhe construíssem uma casa para que pudesse habitar “no meio deles” (Êxodo 25:8). Como se isso não fosse suficiente, Deus preparou um corpo para Si mesmo (Hebreus 10:5), e viveu entre os homens como homem. Tornou-se o Filho de Deus encarnado.

Mas, por mais perto que Deus tenha chegado de nós através de jardins e santuários, e mesmo tendo estado tão perto quando veio a nós por meio de Cristo, Ele anseia estar ainda mais perto. Não Se contenta em estar perto de nós – quer estar dentro de nós!

“Eu pedirei ao Pai, e Ele lhes dará outro Auxiliador, o Espírito da verdade, para ficar com vocês para sempre. O mundo não pode receber esse Espírito porque não O pode ver, nem conhecer. Mas vocês O conhecem porque Ele está com vocês e viverá em vocês” (João 14:16 e 17).

Por meio de Seu Espírito, Deus Se determinou a viver o mais intimamente possível com Seu povo – dentro deles, individualmente, em cada um. Em palavras simples, esse é um compromisso mais profundo que o casamento. É mais que “Deus conosco” – isso é Deus mudando-Se para dentro de nós com um propósito (Romanos 8:5-14).

A presença do Espírito Santo de Deus em nossa vida é mais que simplesmente um desejo da parte de Deus de estar próximo de Seu povo. Embora esse seja um dos maiores motivos pelos quais Deus concede Seu Espírito, a necessidade mais urgente se encontra no enfoque que Deus dá à redenção: Ele Se muda para dentro de nós como parte de Seu plano de reivindicar-nos para Si e restaurar-nos.

Você é um território disputado. Desde o pecado de Adão, Satanás afirma que cada pessoa nascida pertence a ele. Contudo, Deus também reivindica cada um de nós – afinal de contas, somos Seus por criação. O resultado final é que nossa alma se transforma num campo de batalha.

Mas não somos deixados sozinhos para travar essa batalha. Deus, por meio da presença interior do Espírito, trabalha para reivindicar-nos como Seus.

“Porque o que a nossa natureza humana quer é contra o que o Espírito quer, e o que o Espírito quer é contra o que a natureza humana quer. Os dois são inimigos, e por isso vocês não podem fazer o que vocês querem” (Gálatas 5:17).

É através do Espírito Santo de Deus que em cada alma é travada uma guerra contra o pecado em que pelejam o eu e Satanás. Por meio de Seu Espírito, Deus – trabalhando no nosso interior – Se esforça para confirmar Sua reivindicação sobre nós. “O Espírito de Deus Se une com o nosso espírito para afirmar que somos filhos de Deus” (Romanos 8:16). Ao aprendermos a apreciar essa parte da obra do Espírito, podemos cooperar melhor com Sua obra de restauração.

Não é suficiente sermos reivindicados por Deus; precisamos também ser restaurados. O processo de restauração é o que faz a diferença entre um artefato histórico valioso e uma peça de sucata. A restauração é a contínua obra do Espírito em nosso interior, durante a vida toda, que nos torna aptos para a companhia de Deus.

Esse processo (muitas vezes denominado “santificação”) torna o poder de Deus, através de Seu Espírito, disponível àqueles que O buscam. Paulo diz que devemos ser “santificados pelo Espírito Santo”, e depois diz que essa obra de santificação do Espírito é o caminho para a salvação (2 Tessalonicenses 2:13). É por meio do Espírito que encontramos forças para nossas lutas interiores (Efésios 3:16), e é através do Espírito que Deus desperta (ou “aviva”) nossas faculdades débeis e adormecidas.

A obra suprema do processo restaurador do Espírito é cultivar em nossa vida uma santidade madura e equilibrada à qual Paulo se refere desta forma: “Mas o Espírito de Deus produz o amor, a alegria, a paz, a paciência, a delicadeza, a bondade, a fidelidade, a humildade e o domínio próprio. E contra essas coisas não existe lei” (Gálatas 5:22 e 23).

A promessa do Espírito não é uma tentativa de Deus para proporcionar, após a partida de Cristo, um programa de continuação que é o segundo melhor. Ao contrário, foi a maneira de Deus fortalecer o que Cristo começou! Enquanto Cristo estava limitado pelo tempo e espaço, o Espírito não tem fronteiras; Ele pode estar em qualquer lugar e em todo lugar ao mesmo tempo.

Deve também ser notado que o termo “a terceira pessoa da Divindade” não pressupõe uma diminuição de posição, lugar ou poder do Espírito. Ele é Deus em todos os aspectos, co-igual com o Pai e o Filho. Como tal, com a promessa do Espírito vem a promessa da vinda do pleno poder de Deus a cada crente.
Na verdade, a palavra usada para Espírito (pneuma, muitas vezes traduzida como “vento”) subentende uma força que não é imaterial, mas extraordinariamente eficaz. Disso podemos concluir que a promessa do Espírito Santo subentende o intento de Deus de tornar Seu poder disponível a nós através de maneiras e métodos que estão acima e além da medida e das qualificações humanas.

É uma promessa acintosamente generosa e compassiva: Deus Se entrega a nós para viver conosco e em nós – e, o mais importante, através de nós, por Seu Espírito.

Paulo dirige seu atendimento aos que constituem o edifício espiritual. Coletivamente formam o templo espiritual de Deus no qual reside o Espírito de Deus. Paulo se refere principalmente à igreja, e admoesta a seus sucessores de Corinto para que não prejudiquem à igreja em nenhuma forma (1 Coríntios 3:17). Certamente, o cristão individual também é morada do Espírito Santo; a esse pensamento se lhe dá a principal ênfase em 1 Coríntios 6:19-20 .

Jesus, ao prometer o Espírito Santo, declarou que Ele moraria em seu povo: “ E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós.” (João 14:16-17 RA).

Isso é, com a igreja. As palavras “em vocês” fazem ressaltar ao Espírito que mora no íntimo do coração de cada cristão.

Equipe Biblia.com.br

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