Feliz dia das mães
Gênesis 2:23
"E Deus os abençoou e lhes disse: — Sejam fecundos, multipliquem-se, encham a terra e sujeitem-na. Tenham domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra.” Genesis 1:28
Por Pastor Robson Aleixo
Deus é infinitamente superior e separado de absolutamente tudo que existe. Este é um fato básico da Bíblia e sem a aceitação total dessa realidade não há nenhuma outra que se sustente. Outra verdade é que, mesmo com essa distância toda, ele percorre todo o caminho da diferença para se fazer conhecer.
Deus fala, se revela e se comunica conosco manifestando graciosamente a sua vontade de se fazer conhecer. E esse amor se mostra nas expressões que Deus usa do contexto que temos para que o compreendamos em profundidade.
“Como uma galinha ajunta seu ninho debaixo das suas asas…” Jesus disse em uma dramática declaração de amor para a rebelde Jerusalém. “Como uma águia” Deus falou também. Ele se representou como um Pai, muitas vezes, e é o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.
Em Isaías 66:13, Deus disse que consolaria seu povo como uma mãe. Mas se analisarmos um pouco mais, veremos uma profundidade ainda maior na revelação de Deus e da figura da mãe. No livro de Gênesis, Deus faz uma aliança com a humanidade dando a nós a benção de sermos agentes cooperadores com Ele em encher a Terra com a sua imagem.
“E Deus os abençoou e lhes disse:
— Sejam fecundos, multipliquem-se, encham a terra e sujeitem-na. Tenham domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra.” Genesis 1:28
A benção de ser fecundo! Deus nos deu a maravilha de, como Ele, amar nossos filhos e colocou nessa missão uma incomparável alegria. Assim, a moldagem da estrutura humana fundamental é equipada com um útero: o local sagrado onde uma nova vida se desenvolve. Deus em sua infinita sabedoria, poderia ter escolhido um número incontável de outras formas de trazer novos humanos para o planeta que ele criou, mas ele preferiu que os novos humanos fossem gestados no interior do corpo de outro humano que ele designou para ser imagem dele, e nomeou com um atributo dele: “auxiliadora”.
Com uma olhada rápida ao nosso redor nos dias que antecedem o dia das mães rapidamente nossos olhos serão carregados de uma tempestade de anúncios e outras abordagens comerciais. O dia das mães, hoje é uma data indispensável para economia nacional que movimenta bilhões de reais, perdendo apenas para o natal para o lucro dos lojistas. A data também se tornou valiosa para movimentos políticos e pautas identitárias e tudo isso junto gera um triste efeito de desconectar a data com o seu propósito histórico.
A data foi, pela primeira vez comemorada no Brasil pela Associação Cristã de Moços em 1918 no Rio Grande do Sul e seu surgimento histórico se deu a partir do empenho heróico de Anna Jarvis em homenagear a sua mãe: Ann Jarvis, uma fiel metodista que dedicou a vida para atenuar o sofrimento de muitas pessoas, principalmente na sua ação de melhorar as condições sanitárias delas e em atender os afetados e feridos na Guerra Civil Americana (1861 – 1865). Ann colocou seu amor cristão em atividade no cuidado das famílias dos soldados de ambos os lados do conflito.
Muito acima do comércio e da política humana, o dia das mães está intimamente ligado ao coração do pensamento cristão de misericórdia, justiça e graça. Do século XIX, onde encontramos Ann Jarvis podemos viajar no tempo e encontrar outra mulher: Em Genesis 3 a vemos nua, envergonhada e temendo pela morte: seu nome era “Varoa (אִשָּׁה), porque do Varão (אִישׁ )foi tomada” (Gênesis 2:23), sim, a mulher compartilhava o mesmo nome do seu marido desde a sua criação. “Lhes chamou pelo nome de Adão” (Gênesis 5:2).
Naquele dia trágico a cena era de dois humanos que compartilhavam o mesmo nome, a mesma carne e os ossos, mas também o mesmo pecado, a mesma vergonha, culpa, medo e aguardavam escondidos no jardim a mesma morte.
As frases que ouviram de seu Criador foram de restauração e perdão. A fadiga, a dor, o sofrimento e a morte viriam, mas não estariam nunca acima da esperança, e da salvação. “darás luz a filhos” foi o que Deus disse para aquela mulher e cobriu com a pele do cordeiro que morreu no seu lugar. O descendente da mulher, um filho nascido dela traria salvação e esmagaria a cabeça da serpente. Ao anunciar a salvação , de Eva a Sara, de Sara a Lia, de Lia a Joquebede, de Joquebede a Ana, de Ana a Maria, Deus colocou as mães na região central do plano.
E o homem deu à sua mulher o nome de Eva, por ser a mãe de todos os seres humanos. Genesis 3:20
Adão, no primeiro dia das mães da história comemorou a salvação chamando a sua esposa, de “Vida”. A vida dela e a vida que viria dela, a vida de Jesus, dada por ela e por nós. Não nos restam duvidas, Deus manifesta o seu amor por meio das mães, de maneira ainda mais profunda do que podemos pensar.
Feliz dia das mães, e glória a Deus nas alturas por seu amor e graça para com seus filhos.
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