biblia.com.br

A razão do evangelho

graça

De que serviriam o próprio Salvador, a Sua morte sobre a cruz, o evangelho e o perdão se não existissem homens culpados e dignos de condenação?

Pr. Amin Rodor, Ph.D.1

“Mas, ao que não trabalha, porém crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é atribuída como justiça.”Romanos 4:5 – Durante os anos que trabalhei como pastor em Toronto, minha igreja apoiava o programa de televisão Está Escrito, em português, dirigido e apresentado pelo pastor Henry Feyerabend. Por estratégia evangelística, apresentei alguns desses programas. Lembro-me de que num deles procurei responder a perguntas comuns feitas por pessoas vindas do catolicismo. Uma delas era a seguinte: “Quanta mudança tenho que fazer antes de ir a Cristo?” Minha resposta começava com outra pergunta: “Quanta mudança uma pessoa doente tem que fazer antes de ir ao médico?” A resposta é óbvia. Se alguém precisa melhorar primeiro para só então ir ao médico, nesse caso, já não precisará dele. Então, acrescentava: “Os leprosos foram a Cristo como leprosos; os cegos, como cegos; e os aleijados, como aleijados. Era Ele que iria operar a mudança.”

Parece muito simples, não é mesmo? Mas temos uma enorme dificuldade em praticar isso em relação a nós e também aos outros. Durante a Idade Média, a igreja ensinava que uma pessoa deveria primeiro santificar-se para então ser justificada. Segundo essa mentalidade, primeiramente era necessário alguém fazer tudo o que estava ao alcance, ou seja, andar sozinho metade do caminho. Era preciso provar-se digno da assistência divina. Só então Ele viria ao seu encontro. A confusão teológica entre santificação e justificação não é heresia nova. Ela vem desde Agostinho, prevaleceu em todo o período medieval e ainda persiste entre muitos hoje. O grande problema dessa teoria é que, nesse caso, Deus não “justifica o ímpio”, como dizem as Escrituras no texto de hoje, mas o “justo”.

Preste atenção na mensagem de um poderoso sermão de Charles Spurgeon sobre Romanos 4:5: “Se você não está perdido, de que serve um Salvador? Sairia um pastor em busca daqueles que nunca se extraviaram? Por que varreria a mulher toda a casa a fim de procurar moedas que não caíram de sua bolsa? Não é o remédio para os doentes, a vivificação para os mortos, o perdão para os culpados, a liberdade para os que estão em cativeiro e a abertura dos olhos para os que jazem na cegueira? De que serviriam o próprio Salvador, a Sua morte sobre a cruz, o evangelho e o perdão se não existissem homens culpados e dignos de condenação? O pecador é a razão de ser do evangelho.”

Equipe Biblia.com.br

_______________

1 Meditações Matinais Encontros com Deus (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2014).

 

Deus não predestina para a perdição
Infidelidade conjugal: dor, prazer, que mais?

Comentários

valdemir piedadevigas

gostariada revistade JESUS FAZER UM CURSO BIBLICO ONLAINE MINHA PERGUNTA E COMO PROCEDER NA ORDEM QUE SE ESTABELECERA DE TROCAR O SABADO PELO DOMINO SENDO OFICIALIZADO MELHOR AGRADAR A DEUS QUE A HOMENS…

Emerson

Profundo! Linda mensagem e falou profundamente comigo. A maioria das pessoas acreditam nessa inverdade — inclusive eu acreditei durante muito tempo. Quando descobrimos a misericórdia de Deus as coisas mudam totalmente. Deus abençoe todos vocês que trabalham nessa obra.

Anatália

Texto maravilhoso!Excelente explanação e de fácil entendimento. Gostei!