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A Grande Extinção em Massa: Evidências e Implicações da Maior Tragédia Ambiental da História da Terra

Operação Dilúvio Al-Aqsa

Uma Breve História da Terra

 

Geólogo especializado em rochas vulcânicas, Nahor Souza é um profissional com larga experiência. Professor universitário, pesquisador e escritor acadêmico, Souza apresenta, no livro em análise, uma compreensão bastante abrangente do dilúvio bíblico, incluindo suas evidências e implicações.

A obra escrita por Nahor Souza (A Grande Extinção em Massa: Evidências e Implicações da Maior Tragédia Ambiental da História da Terra) não poderia ter vindo em melhor hora, pois, nos últimos anos, os cientistas vêm discutindo cada vez mais os efeitos catastróficos do impacto de um asteroide — aquele que formou a impressionante cratera de Chicxulub, na Península de Yucatán. Recentemente (em abril de 2022), a BBC estreou um documentário em que Sir Attenborough fez uma análise crítica das declarações feitas desde 2019, quando pesquisadores descobriram os efeitos catastróficos desse impacto a mais de 3.000 quilômetros (ou cerca de 1.900 milhas (aprox. 3.058 km)) de distância, em Dakota do Norte, no que é agora o famoso sítio paleontológico de Tanis. Lá, um acúmulo de vários organismos marinhos e terrestres resultou de uma onda local de água produzida por ondas sísmicas. Descobertas mais recentes incluem uma perna de dinossauro totalmente preservada e um ovo de pterossauro ainda com o embrião, que foram enterrados instantaneamente no mesmo dia do impacto!

O livro de Souza teve origem em uma versão bem mais simplificada e publicada em 2002, e em uma edição posterior lançada em 2004: Uma Breve História da Terra. O livro atual, no entanto, nos oferece, em suas duas primeiras seções, evidências atualizadas de várias características geológicas e paleontológicas que o autor chama de “geocicatrizes”, sugerindo assim uma história grandemente catastrófica do planeta. Ao explicar esses fenômenos, Souza se refere ao princípio do uniformitarismo proposto por Hutton em 1785 e resumido por Charles Lyell, cerca de 50 anos depois, na frase: “O presente é a chave do passado”. E, após dar exemplos dos eventos mais catastróficos registrados atualmente, como terremotos, tsunamis e erupções vulcânicas, Souza pergunta: “Esses fenômenos poderiam produzir a fossilização de restos de organismos? São eles os maiores eventos catastróficos que ocorreram na história da Terra?” A resposta dele é: “Não!”.

Após descrever diversos eventos do passado geológico, Souza mostra que, embora alguns deles tenham sido bastante catastróficos, seu alcance foi mais local. Outros foram regionais, e alguns até de natureza global, que certamente poderiam ocasionar mortalidade em massa, porém, individualmente, nenhum deles foi considerado como sendo a maior tragédia ambiental da história da Terra.

O Capítulo 3 e o restante da Seção II tratam de eventos globais catastróficos, como grandes impactos de asteroides e cometas, e de super erupções vulcânicas maciças que produziram extensas formações ígneas ao redor do mundo e até mesmo nos fundos marinhos. Esse argumento leva o autor a concluir que qualquer descrição completa da história do nosso planeta deve incluir todos os eventos globais interconectados, até mesmo os processos que levaram aos movimentos nas placas tectônicas e que resultaram no movimento dos continentes e na ascensão das cadeias montanhosas, bem como outros eventos globais relacionados às grandes e fortes correntes de água, com todos os seus efeitos sobre os organismos vivos.

Tudo isso leva Souza a concluir (ver Capítulo 9: “A Grande Catástrofe”) com um modelo cataclísmico para a história da Terra em que seis eventos globais (ver páginas 137 a 147) são colocados de acordo com a gravidade de suas causas (desde a primeira até a quinta ordem) e seus efeitos (também da primeira à quinta), efeitos finais (“geocicatrizes”) e eventos atuais (“geo-ecos”). Souza discute vários trabalhos científicos que fornecem evidências documentais das relações causa-efeito.

Os amantes de fósseis vão apreciar bastante o Capítulo 8, no qual Souza apresenta vários exemplos importantes de eventos de mortalidade em massa que resultaram em depósitos notáveis de fósseis bem preservados (como peixes tridimensionais no Ceará, Nordeste do Brasil, e os esqueletos de baleias preservados até com suas barbatanas, no Peru).

Na Seção IV, que trata de uma breve história da Terra, Souza resume o modelo integrado de uma grande catástrofe, relacionando-o com as “narrativas históricas” bíblicas (págs. 215, 216). Ele também aborda diversos temas relacionados à história da vida na Terra à luz de conceitos criacionistas/bíblicos, como a história da biodiversidade, incluindo a distribuição geológica e geográfica da população. Souza os conecta com uma nova proposta para a coluna geológica, na qual cada evento catastrófico que ele descreveu antes é realocado, pois cada um está conectado agora a uma cronologia de eventos descritos na Bíblia. O livro inclui uma série de tabelas e gráficos úteis que esclarecem as conclusões do autor.

A localização cronológica de alguns dos eventos é um tanto controversa (por exemplo, o início e o fim do Dilúvio), já que os criacionistas sugerem linhas de tempo diferentes, mas Souza não apenas oferece explicações alternativas, mas também fornece evidências para apoiar sua visão. O Capítulo 15 descreve, com alguns detalhes, uma sequência de cinco fases de eventos resultantes do Dilúvio, talvez a tragédia ambiental mais significativa a atingir a Terra.

A última seção do livro oferece um “modelo promissor para as origens”. Essa seção discute a origem e o desenvolvimento da ciência moderna; defende a combinação da aplicação dos dois livros de Deus, a Bíblia e a natureza; e se concentra nas várias atividades que Deus realiza na natureza. Souza reconhece que as tentativas de encontrar harmonia sempre enfrentarão “confrontos inevitáveis” (págs. 277-279). Usando vários exemplos, ele esclarece a natureza desses conflitos entre a ciência e a Bíblia, e conclui que o mesmo Deus Criador que nos revelou Sua obra de criação deseja que O conheçamos através do estudo de Suas obras no mundo que Ele criou (Romanos 1:19, 20).

O livro de Souza é, sem dúvida, o produto de uma vida toda de trabalho nessa área. É uma tentativa notável de encontrar a harmonia entre as interpretações dos dois livros de Deus, a Bíblia e a natureza.

Roberto E. Biaggi PhD pela Universidade de Loma Linda, Califórnia, EUA, é Instrutor Adjunto de Geologia no Departamento de Ciências Biológicas e da Terra na Universidade de Loma Linda.

Citação Recomendada

Roberto E. Biaggi, “A grande extinção em massa: Evidências e implicações da maior tragédia ambiental da história da terra,” Diálogo 35:1 (2023): 31-32

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