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A dor dos outros

deus

Algumas pessoas bem-intencionadas poderiam dizer a alguém: “Eu sinto sua dor”. Não sentem; elas não podem sentir. Tudo o que podem experimentar é a própria dor, que pode vir em resposta ao sofrimento de outra pessoa.

“Oh! Se a minha queixa, de fato, se pesasse, e contra ela, numa balança, se pusesse a minha miséria, esta, na verdade, pesaria mais que a areia dos mares” (Jó 6:2, 3).

Vemos aqui Jó expressando sua dor através de uma metáfora. E você, como expressa sua dor?

Essa imagem nos dá uma ideia de como Jó enxergava seu sofrimento. Se toda a areia do mar estivesse em um lado da balança e sua “dor” e a “calamidade” no outro, os seus sofrimentos excederiam o peso de toda a areia.

O sofrimento de Jó era muito real para ele. Esse sofrimento era apenas dele e de ninguém mais. Às vezes ouvimos falar do conceito da “soma do sofrimento humano”.

Porém, isso não expressa bem a verdade. Não sofremos em grupos. Não sofremos a dor de ninguém, apenas a nossa própria. Conhecemos somente nossa dor, nosso sofrimento. A dor de Jó, por maior que tenha sido, não foi maior do que a dor que outras pessoas poderiam sofrer.

Algumas pessoas bem-intencionadas poderiam dizer a alguém: “Eu sinto sua dor”. Não sentem; elas não podem sentir. Tudo o que podem experimentar é a própria dor, que pode vir em resposta ao sofrimento de outra pessoa. Mas é sempre e somente isso, a dor própria, não a de outra pessoa.
Ouvimos falar em desastres provocados pelo próprio ser humano ou por outras causas, com alto número de mortes. O número de mortos ou de feridos nos choca.

Mal podemos imaginar um sofrimento de tamanha proporção. Mas no caso de Jó, e também de toda a humanidade caída desde Adão e Eva até o fim deste mundo, todos os seres caídos que já viveram puderam conhecer somente seu próprio sofrimento e não mais que isso.

É evidente que jamais devemos menosprezar o sofrimento individual e, sendo cristãos, somos chamados a aliviar o sofrimento quando e onde pudermos:

“A religião pura e imaculada para com Deus e Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo” (Tiago 1:27).

“Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver.

Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (Mateus 25:34-40).

Entretanto, não importa quanto sofrimento exista no mundo, podemos ser gratos pelo fato de que nenhum ser humano caído sofre mais do que pode suportar.

Reflita sobre a ideia de que o sofrimento humano está limitado apenas a cada indivíduo. Isso pode lhe ajudar a enxergar o problema do sofrimento em uma perspectiva diferente?

Jó ao final de sua angústia testemunhou: “Meus ouvidos já tinham ouvido a teu respeito, mas agora os meus olhos te viram.” Jó 42:5

A apóstolo Paulo foi alguém que experimentou o sofrimento, em uma dimensão bem diferente da que Jó vivenciou. Que tal conhecer um pouco dos seus ensinos?

Paulo – O Mensageiro da Cruz

 

Equipe Biblia.com.br

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1 LES, O livro de Jó , 4º Trimestre de 2016, p. 34.

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