Quem são as pessoas que ressuscitaram com Cristo?
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Quão apropriado foi que Cristo trouxesse consigo do túmulo alguns dos prisioneiros a quem Satanás havia mantido no cárcere da morte.
“Quando Jesus ressuscitou após sua morte na cruz a Bíblia menciona que muitos ‘santos’ ressuscitaram. Gostaria de saber se existem informações que comprovem ou não isto.”
Na Bíblia não existem muitos detalhes a respeito daqueles que ressuscitaram quando Jesus morreu. Vejamos o texto:
“Depois de ter bradado novamente em alta voz, Jesus entregou o espírito. Naquele momento, o véu do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo. A terra tremeu, e as rochas se partiram. Os sepulcros se abriram, e os corpos de muitos santos que tinham morrido foram ressuscitados. E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos” (Mateus 27:50-53).
“Apenas Mateus registra este incidente relacionado com a crucifixão e ressurreição de Jesus (ver Salmo 68:18; Efésios 4:8). Deve-se notar que, embora os túmulos tenham sido abertos no momento da morte de Cristo, os santos não ressuscitaram até o momento da de Sua ressurreição (Mateus 27:53). Quão apropriado foi que Cristo trouxesse consigo do túmulo alguns dos prisioneiros a quem Satanás havia mantido no cárcere da morte. Esses mártires saíram com Jesus imortalizados, e, depois, subiram com ele para o Céu.”1
Não sabemos o nome de nenhuma dessas pessoas. Mas o relato é claro. Após a ressurreição de Jesus estas pessoas, trazidas de volta à vida, entraram em Jerusalém e espalharam a notícia de que Jesus havia realmente ressuscitado. A respeito deste evento, Ellen White, a escritora cristã mais traduzida de todos os tempos, escreveu:
“Quando Jesus, suspenso na cruz, clamou: ‘Está consumado’ (João 19:30), as pedras se partiram, a terra tremeu e algumas das sepulturas se abriram. Quando Ele surgiu, vitorioso sobre a morte e o túmulo, enquanto a terra vacilava e a glória do Céu resplandecia em redor do local sagrado, muitos dos justos mortos, obedientes à Sua chamada, saíram como testemunhas de que Ele ressurgira. Aqueles favorecidos santos ressurgidos saíram glorificados. Eram escolhidos e santos de todos os tempos, desde a criação até os dias de Cristo. Assim, enquanto os líderes judeus procuravam esconder o fato da ressurreição de Cristo, Deus preferiu suscitar do túmulo, um grupo a fim de testificar que Jesus ressuscitara e declarar Sua glória. […] Aqueles que saíram após a ressurreição de Jesus, apareceram a muitos, contando-lhes que o sacrifício pelo homem estava completo, e que Jesus, a quem os judeus crucificaram, ressuscitara dos mortos; e, em prova de suas palavras, declaravam: ‘Ressuscitamos com Ele.’ Davam testemunho de que fora pelo Seu grande poder que tinham sido chamados de suas sepulturas. Apesar dos boatos mentirosos que circularam, a ressurreição de Cristo não pôde ser escondida por Satanás, seus anjos, ou pelos principais dos sacerdotes; pois aquele grupo santo, retirado de seus túmulos, espalhou a maravilhosa e alegre nova; Jesus também Se mostrou aos discípulos tristes e com coração despedaçado, afugentando-lhes os temores e dando-lhes satisfação e alegria. […] Depois que Jesus abençoou os discípulos [na ascensão], separou-Se deles e foi recebido em cima. E, ao subir, a multidão de cativos que ressuscitara por ocasião de Sua ressurreição, seguiu-O. Uma multidão do exército celestial estava no cortejo, enquanto no Céu uma inumerável multidão de anjos aguardava a Sua chegada”.2
É interessante notar que a Bíblia não entra em detalhes quanto a alguns eventos. Contudo podemos confiar em seus relatos pois a Palavra de Deus é imparcial e verdadeira. Quer tenha sido dada com mais ou menos detalhes, a palavra dos profetas de Deus é sempre verdadeira. “As palavras do SENHOR são verdadeiras; tudo o que ele faz merece confiança. O SENHOR Deus ama tudo o que é certo e justo; a terra está cheia do seu amor.” (Salmos 33:4-5 – NTLH).
Equipe Biblia.com.br
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1 Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, vol. 5), p. 595.
2 Ellen G. White, Primeiros Escritos (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira), p. 184, 185 e 190.