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O Senhor ainda escolhe profetas, hoje, para fazer revelações?

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O endurecimento do coração para a Palavra de Deus sempre provocou todo tipo de desdobramento: idolatria, sensualidade, egocentrismo, luta desenfreada pelo poder, descaso para com o sofrimento alheio, menosprezo ao sábado, etc...

Pr. Valdecir Simões Lima

A crise que precede a segunda vinda de Cristo requer um profeta hoje? O endurecimento do coração para a Palavra de Deus sempre provocou todo tipo de desdobramento: idolatria, sensualidade, egocentrismo, luta desenfreada pelo poder, descaso para com o sofrimento alheio, menosprezo ao sábado, etc… Essas foram as razões pelas quais o mundo enfrentou suas maiores crises. Porém, para cada crise iminente, Deus providenciou uma maneira para que Seu povo soubesse quais seriam os passos que o conduziriam e livrariam, bem como, quais atitudes deveriam ser tomadas. Esse princípio é bem expresso nas palavras: “Certamente o Senhor Jeová não fará coisa alguma sem ter revelado o Seu segredo aos Seus servos os profetas” (Amós 3:7).

Quatro momentos cruciais da História:

1 – O Dilúvio.

A Bíblia afirma que a maldade havia se multiplicado na Terra, que a corrupção e a violência eram a tônica daquela época e que as pessoas eram continuamente más (ver Gênesis 6:5 e 11). O secularismo estava tão arraigado entre o povo que Deus foi levado a tomar uma atitude drástica, mas não o fez, sem antes haver anunciado a Sua decisão. Entretanto, antes de tudo, chamou a Noé como Seu profeta para alertar as pessoas. Após 120 anos de pregação, Deus decidiu destruir o mundo.

2 – A Libertação do cativeiro egípcio.

Depois de séculos de peregrinação e cativeiro em uma terra pagã, o Egito, chegou o tempo da libertação. O povo se voltou para Deus e clamava sob o gemido da servidão (ver Êxodo 2:23). Deus decidiu livrá-lo do jugo que o atormentava e escolheu Moisés como profeta e líder para anunciar Seu plano e libertar esse povo.

3 – Os Israelitas na Terra Prometida – Alerta contra a Idolatria

Após haver chegado à terra prometida, o povo ainda não obedecia a Deus, Seu amor não havia sido internalizado, a idolatria era dominante. A terra de Canaã estava cheia de ídolos, o povo adorava as obras das suas próprias mãos (ver Isaías 2:8). Deus, então, escolheu um número de profetas para chamar o povo a se afastar da adoração de ídolos. Nesse ponto, percebemos que Deus não usa apenas homens, mas também mulheres. Chamou uma profetisa, Débora, como um instrumento para alertar e afastar o povo da idolatria.

4 – O Anúncio da primeira vinda de Cristo.

O mundo estava amadurecido para a vinda do Messias e o povo deveria conhecer e aceitar Aquele que haveria de reinar sobre Israel. Sobre Ele repousaria o Espírito do Senhor e Ele reinaria com sabedoria e força, pois viria para revelar o Pai (ver Miquéias 5:2; Isaías 11:1 e 2). Portanto, as pessoas deveriam, além de conhecer a hora de Sua vinda, estar preparadas para recebê-lo. Através de João Batista ficaram sabendo que o momento para receber esse Rei poderoso havia chegado; assim, deveriam arrepender-se de seus pecados e não simplesmente se justificar proclamando que pertenciam a uma linhagem religiosa (ver Mateus 3:8-11). Para anunciar a primeira vinda de Cristo e preparar o povo para essa ocasião especial, Deus enviou vários profetas: Miquéias, Isaías, João Batista e entre eles também uma mulher, Ana. O segredo do recomeço sempre esteve atrelado a uma condição dupla: buscar a Deus e crer em Seus profetas (Jeremias 29:13; 2 Crônicas 20:20). Dessa forma, o Líder Soberano guiou o Seu povo sem deixá-lo à mercê dos acontecimentos.

Tempo do fim.

Será que há algo especial em nosso tempo que justifique a presença de um profeta? A resposta é: sim.
Essa dupla condição (buscar a Deus e crer em Seus profetas) é uma linha mestra que atravessa a história. Hoje, todos acreditamos estar perto da segunda vinda de Cristo. Porém, se toda vez que Deus esteve para fazer uma coisa especial para o Seu povo, enviou um profeta, certamente enviaria um profeta antes da segunda vinda de Cristo. Como fazem sentido os métodos de Deus! A segunda vinda de Cristo é o maior evento de todos os tempos desde a cruz! E pouco antes desse evento, todos os acontecimentos mais sérios que ocorreram até aqui vão ser repetidos. Há uma convergência das características que emolduraram as crises da história, acontecendo simultaneamente nesse tempo, assim como há também um paralelismo quanto ao comportamento do povo daquela época com o povo de hoje.

Com relação à destruição do mundo, Cristo mesmo declarou que o comportamento dos homens e os acontecimentos que precederam o dilúvio seriam repetidos por ocasião da Sua segunda vinda (Mateus 24:37 e 38). Sobre a libertação do povo, todos clamamos pelo momento da ressurreição ou da transformação, quando se cumprirá “a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória”. Estaremos livres, seremos arrebatados para o encontro com o Senhor nos ares, e assim viveremos para sempre com Ele (1 Coríntios 15:51-55 e 1 Tessalonicenses 4:17).

A respeito da idolatria, há motivos de sobra para crer que a adoração aos ídolos é um mal que assola nosso tempo. As recomendações para se evitar essa prática não são poucas. Não só ídolos literais, mas tudo que se interpõe entre os homens e Deus. Seja o secularismo em todas as suas formas ou a adoração à besta e a Sua imagem, enfim, qualquer coisa que desvie os olhos da adoração a Deus, merece reprovação (ver Apocalipse 14:9 e 10).

Finalmente, quanto à vinda de Cristo, Ele próprio diz que voltaria sem demora. As profecias estão se cumprindo, demonstrando que o tempo está próximo (ver Apocalipse 22:20; Mateus 24:32 e 33). Se Cristo em circunstâncias similares que envolviam esses quatro fatores: destruição do mundo, libertação do povo, adoração de ídolos e iminência de Sua vinda, enviou profetas antes, você não acha que faz sentido agora, quando todos esses fatores estão acontecendo simultaneamente, Ele também enviar um profeta? Deus tem o seu povo neste mundo hoje. Ele espera que examinemos as pessoas que se apresentam como profetas e confirmemos se elas são de fato enviadas por Deus, se estão falando totalmente de acordo com as orientações já dadas na Bíblia Sagrada.

Uma das características do povo fiel a Deus no tempo do fim é a observância dos “mandamentos de Deus” e do “testemunho de Jesus” (Apocalipse 12:17), definido em Apocalipse 19:10 como o Espírito de Profecia. Portanto, é natural que procuremos hoje em dia por profetas verdadeiros. A rejeição aos profetas nos momentos cruciais da história sempre gerou sérias consequências para o professo povo de Deus, porque a rejeição de um profeta implica, de acordo com Lucas 10:16, na rejeição dAquele que o enviou. Caso reconheçamos em nossos dias Deus falando através de um mensageiro humano, devemos respeitar a sua relevância e considerar com seriedade os seus ensinos. Afinal de contas o profeta é um enviado de Deus para nos abençoar e proteger.

Equipe Biblia.com.br

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