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O que é Evangelho?

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O que significa evangelho? O que é o evangelho de Jesus Cristo? Leia e descubra mais sobre este assunto!

Desde a queda do homem no jardim do Éden, um plano de resgate estabelecido no princípio foi revelado à humanidade. Ao comerem do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gênesis 3:1-7), Adão e Eva tornaram-se pecadores por natureza, sem nenhuma condição de auto justificação ou redenção de seu erro. O ser humano estava condenado à morte eterna por causa da sua rebelião contra Deus.

Mas, Deus não abandonou Seus filhos. Ainda no Éden, em meio à explicação da dura realidade que Adão, Eva e todos os seus descendentes teriam que viver, o Pai anunciou a razão pela qual eles não seriam destruídos: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gênesis 3:15).

O que Deus revelou a Adão e Eva em Sua maldição contra a serpente trata de uma realidade mais abrangente do que apenas uma maldição sobre um animal. Deus disse que o Descendente da mulher, o Messias, seria ferido pelo diabo, mas no final, ele esmagaria a cabeça do inimigo, conquistando a vitória final sobre o pecado.

Ao longo da história, o plano de salvação foi sendo revelado aos homens pelos “Seus servos, os profetas” (Hebreus 1:1), até que na plenitude dos tempos (Gálatas 4:1-5), Jesus veio tirar-nos da condenação da Lei, ratificando o direito do ser humano à vida eterna mediante à Sua graça, justiça e perdão. Diante da condição inerente de pecado do ser humano, Deus anunciou ao longo da história que Ele enviaria o Seu Ungido para salvar o Seu povo dos seus pecados. É essa história do plano da salvação que a Bíblia chama de “evangelho”.

O termo “evangelho” vem do grego “euanggelion”, que significa “boas novas”. Era usado genericamente para relatar boas notícias a alguém. Foi usado por Jesus, e depois adotado pelos apóstolos que relataram em seus evangelhos a vida de Jesus como o cumprimento das profecias a respeito do Messias no Antigo Testamento. Ou seja, a vinda do Messias na pessoa de Jesus Cristo era a boa notícia de que todas as promessas a respeito da salvação do homem estavam se cumprindo.

O apóstolo Marcos, em seu evangelho (Marcos 1:1-11) assinala que o batismo de Jesus e a descida do Espírito Santo deram início ao Seu ministério de salvação que durou três anos e meio sobre a Terra, e depois deveria ser conduzido pela igreja cristã ao longo dos séculos até hoje.

Antes da manifestação de Jesus, cada animal sacrificado a Deus pelos patriarcas, e posteriormente no santuário israelita, era um símbolo evangélico que apontava para o perfeito e suficiente sacrifício substitutivo de Jesus. A transgressão da Lei de Deus resultou em condenação do transgressor e o preço exigido é a morte eterna (Romanos 6:23). Porém, Cristo assumiu sobre Si a responsabilidade pelo pecado e ofereceu-se a Si mesmo como sacrifício expiatório, “para que todo o que nEle crê, não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16). Sua morte, portanto, era a ratificação da promessa de Deus de resgatar e salvar o homem de seus pecados.

A graça do evangelho não exclui a vontade de Deus expressa em Sua lei. O pecado se define pela lei (Êxodo 20:1-17; Deuteronômio 5:6-21; 6:4, 5; Levítico 19:18). Jesus veio para cumprir a Lei no sentido de levar a sua obediência à essência, cumprindo com perfeição todos os requisitos legais, tudo o que a lei demanda. Como resultado de Sua vida perfeita, de Seu sacrifício expiatório e ressurreição, hoje Ele oferece gratuitamente Sua perfeita justiça ao pecador. A única condição para se receber tal justiça é ter fé em Jesus – crer que Ele morreu pelos nossos pecados.

Continuamente consagrados a Jesus somos moldados pelo Espírito Santo e transformados à imagem de Deus (2 Coríntios 3:18) para viver uma vida de amor, santidade e obediência aos Seus mandamentos.

“Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente,   aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus, o qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniqüidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras” (Tito 2:11-14).

Viver o evangelho é crer no sacrifício expiatório de Cristo, ter a consciência do perdão e depender totalmente de Deus e de Sua provisão para nos salvar. O resultado da salvação são os frutos da graça, dom de Deus: amor, justiça e obediência às Suas leis (Gálatas 5:22; João 14:15; Efésios 2:8-10).  Se em algum momento da caminhada cristã houver um afastamento de Deus e de Sua Palavra, é urgente voltar-se para Deus, com fé e arrependimento, tendo a certeza de que podemos nos achegar “confiadamente ao trono da graça a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna” (Hebreus 4:16; cf. v 14, 15).

O termo “evangelho” foi adotado pelos apóstolos como o anúncio ao mundo sobre as boas novas de salvação em Jesus. Essa mensagem deve ser comunicada sem distorção (2 Coríntios 4:2). Jesus ordenou aos Seus seguidores que o evangelho fosse pregado a todo o mundo (Mateus 28: 19, 20; cf. 24:14). Pregar o evangelho faz bem para o mundo sofredor por levar a salvação a quem está perdido, mas também faz bem a quem prega, pois o torna mais forte e resistente contra o pecado, ao mesmo tempo que reafirma diariamente a salvação em Cristo Jesus.

Não podemos cair no erro de achar que, uma vez salvos por Cristo, estamos salvos para sempre. Por isso, devemos buscar a Deus diariamente e reconsagrar a nossa vida a Ele. É importante estarmos de olhos abertos para não abandonarmos o privilégio que o evangelho nos concede, porque “se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados; pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários… Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hebreus 10:26, 27, 31).

Em suma, o evangelho “é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1:16). Que tal viver a alegria incomparável de servir a Jesus Cristo?

Equipe Biblia.com.br

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