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Infertilidade: causas e tratamentos

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Regra geral, olha-se para a mulher, nesses casos, dizendo-se que é estéril. Entretanto, considerando o casal sem filhos, devemos olhá-lo como uma UNIDADE FUNCIONAL, em que tanto a mulher como o marido devem ser chamados à responsabilidade...

Por Márcia Fernandes de Castro Negrão

Foi inaugurada em 8 de março de 2002, Dia Internacional da Mulher, a nova sede da clínica CHEDID MEDICINA REPRODUTIVA, que atuará em todos os âmbitos da medicina reprodutiva tratando mulheres e casais com problemas de infertilidade, abortamento habitual e doenças genéticas entre outros. O controle da natalidade visa à esterilização do casal. Não obstante, há por toda parte numerosos pares que se sentem infelizes por não terem filhos. Regra geral, olha-se para a mulher, nesses casos, dizendo-se que é estéril.

Entretanto, considerando o casal sem filhos, devemos olhá-lo como uma UNIDADE FUNCIONAL, em que tanto a mulher como o marido devem ser chamados à responsabilidade, com o objetivo de saber a quem cabe a culpa da infertilidade. Esta concepção do assunto traz tranquilidade e segurança à mulher, sentindo ela que o marido coopera, tomando parte nas pesquisas para a elucidação do caso. O fato de que o homem tem um impulso sexual mais forte do que a mulher, é que leva à conclusão popular segundo a qual a mulher é a culpada da infertilidade.

É certo que há homens que são assexuais, apesar de parecerem normais, mas segundo Lombard Kelly, para cada homem desse tipo, há dezenas de mulheres frias, ou sexualmente anestesiadas, que no entanto se apaixonam, casam-se e algumas tem filhos. Brierre de Boimont diz, porém, que “poderás reconhecer a predominância de ideias eróticas na mulher”. A questão da infertilidade não está ligada ao impulso sexual ou à sensualidade, gozada ou não, e sim a razões de ordem orgânica na mulher, cujo aparelho genital, mais complexo que o do homem, está sujeito a maior número de perturbações e agressões mórbidas.

Fisiologicamente a maternidade está reforçada, pela psicologia, não menos importante. Quando o desejo de um filho surge da necessidade de proteger a um ser mais fraco, e tal necessidade não pode encontrar expressão nas relações com o marido, isso deixa um vazio na vida da mulher. O tormento da mulher que reconhece ao certo sua esterilidade é indescritível. Vai de médico em médico em busca da solução do problema. “Toda mulher, seja qual for a classe social a que pertence, precisa ter filhos, a fim de preservar seu equilíbrio físico e psicológico”.

O homem tem também o desejo de estabelecer a ampliação da família que representa a geração de filhos uma complementação de sua felicidade conjugal. Ao lado disto há o desejo de se realizar através do filho, na vida vitoriosa deste e desejo inconsciente de ser protegido na velhice por seus descendentes ou deixá-los na obrigação de defender os bens que amealhou, ou perpetuar o nome que os filhos ostentam, às vezes com orgulho. Os meios modernos de remediar esses males são um condão de esperança, nestes casos:

VÁRIAS CAUSAS DE INFECUNDIDADE – Com frequência variável as causas abaixo concorrem para a infecundidade.

VAGINISMO – É um transtorno mais psicológico do que físico o qual se manifesta por uma autêntica contração da vagina, sendo uma espécie de defesa inconsciente contra o coito. Resulta frequentemente de trauma na noite de núpcias, quando o marido foi brutal ao tratar a esposa nesses primeiros contatos com ela. Existem aplicações para distender as paredes vaginais contraídas as quais dão bons resultados.

FALTA DE ADAPTAÇÃO ANATÔMICA – Vagina longa e penis curto, podem ocasionar dificuldade de fecundação. Esta circunstância é rara.

COITO INTERROMPIDO – A prática do coito interrompido pode, quando prolongada, ocasionar a esterilidade da mulher.

A PÍLULA – Quando usada em casos em que após a puberdade as moças apresentam irregularidades menstruais com ciclos anovulatórios, a pílula pode causar a esterilidade irremovível (cerca de 15%). Havendo insuficiência da hipófise e do ovário, a pílula é contra-indicada. O uso muito prolongado da pílula pode determinar infecundidade permanente.

INFANTILISMO FEMININO – Em alguns casos os órgãos genitais da mulher não se desenvolveram permanecendo em estado infantil, impossibilitando o coito, ou impedindo que seja normal. Nestes casos o espermatozóide não faz seu trajeto normal até a trompa, impossibilitando a fecundação. O infantilismo genital tem sido atribuído à superpopulação das grandes cidades, à má alimentação e aos deveres profissionais, contribuindo para a degeneração do sexo.

ABORTOS NÃO DIAGNOSTICADOS QUE SE REPETEM MENSALMENTE – A mulher concebe mas não tem capacidade de levar a termo o óvulo fertilizado. Em consequência de sífilis que passa despercebida ou outras moléstias, o ovo morre e não chega a evoluir, dando-se um aborto. Este se repete mensalmente. Em geral há abundante perda de sangue e com este se perde o ovo fecundado. O infantilismo genital feminino pode ser também a causa desta anormalidade.

ANORMALIDADES ANATÔMICAS – Entre estas citaremos os tumores que se não diagnosticam, os desvios de posição do útero, o prolapso genital e a obstrução das trompas de Falópio. Intervenções cirúrgicas podem solucionar alguns destes casos.

ANORMALIDADES FUNCIONAIS – Distúrbios do funcinamento das glândulas de secreção interna tais como ovário, tireóide, as supra-renais e a hipófise podem conduzir à esterilidade. As secreções vaginais superácidas destroem os espermatozóides. Lavagens com solução de bicarbonato de sódio ou outras soluções alcalinas são os remédios indicados.

INFECÇÕES DOS ÓRGÃOS GENITAIS – Quando infecções dos órgãos genitais atacam a mucosa uterina, as trompas e os ovários, a esterilidade é uma coisa grave. E, geral são moléstias venéreas transmitidadas por maridos, não curados, que produzem estas infecções, mas também as provocações frequentes de abortos, infectando os órgãos genitais. Entre as infecções cumpre salientar a infecção puerperal que a mulher adquire logo após o parto, devido a manobras de “parteiras” que não conhecem os cuidados da assepsia e infectam elas mesmas as parturientes ou puérperas.

INFERTILIDADE DEVIDA AO HOMEM – O homem pode ser a causa eventual ou definitiva da infertilidade. O estudo das razões pelas quais o homem pode ser considerado culpado da infertilidade inclui: impotência, existência de espermatozóides inoperantes e hipospádias. Alguns especialistas se referem às perturbações produzidas pela blenorragia (eliminação excessiva de muco), mas estas concorrem raramente para a infertilidade do homem. Quanto à impotência, temos tratado longamente do assunto no capítulo correspondente.

Muito digno de nota são os espermatozóides inoperantes. O número de espermatozóides não é tão importante quanto sua imobilidade, sinais de vitalidade, aspecto geral de sua forma, etc. Se o número de espermatozóides for abaixo do normal e a motilidade dos mesmos não for inferior ao habitual, pode-se rotular o caso como dentro de normalidade. Se, porém, os elementos vitais do sémen se mostram de pouca mobilidade ou possivelmente deformados no corpo ou nos cílios vibráteis que permitem o desenvolvimento dos elementos, há anormalidade cuja causa convém esclarecer. Entre as causas de anoramlidade citadas o álcool ocupa lugar de destaque. Os ébrios podem ser inférteis e o alcoolismo é uma das frequentes causas da impotência.

A hipospádia é uma deformidade da glande. O meato urinário se prolonga ao longo de parte do pênis. A uretra por onde se escoa o sémen termina atrás do sulco balano-prepucial, de modo que ao ejacular, o sémen se projeta fora da vagina, o que impossiblita a concepção. O tratamento é cirúrgico. O tratamento do casal infértil deve ser feito sem atropelo, sem estabelecer prazos, ainda que isso desgoste os clientes que são sempre impacientes, desejosos de uma solução a curto prazo. Normalmente o médico busca uma solução utilizando os mais perfeitos aparelhos de exames, sem se precipitar nos seus pronunciamentos, a fim de não desapontar os pacientes.

Equipe Biblia.com.br

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Referência Bibliográfica:
– Revista Medicina Social- abr/ mai/ jun 2002
– Amor, Sexo e Erotismo- Prof. Dr. Galdino Nunes Vieira

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