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Se uma pessoa passa fome significa que ela não faz parte do povo de Deus?

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Nunca foi plano de Deus que houvesse fome, miséria e morte, mas lamentavelmente a realidade do pecado trouxe muitas consequências desastrosas.

“Há muito tempo a humanidade sofre com a fome, muitos até morrem por falta de comida. Esse problema não escolhe pessoas de uma certa religião para afligir. Mas o Salmo 37:25 diz: “Fui moço e já, agora, sou velho, porem jamais vi o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão.” Então minha pergunta é: se uma pessoa passa fome significa que ela não faz parte do povo de Deus?”

Nunca foi plano de Deus que houvesse fome, miséria e morte, mas lamentavelmente a realidade do pecado trouxe muitas consequências desastrosas. A condição natural do homem é egoísta e pecaminosa. A ganância, o orgulho, a vaidade a sede de poder e a indiferença para com os pobres apenas refletem a realidade do mal e do pecado.

Quando Deus escolheu Israel como povo, Ele o fez para que esta nação fosse uma bênção para toda a humanidade e para que o mundo tivesse uma revelação de Seus desígnios de salvar a humanidade. As leis dadas por Deus a esse povo eram justas e refletiam o Seu caráter santo, justo e amoroso. Se seus preceitos fossem seguidos, cumprir-se-ia a promessa divina: “Assim, não deverá haver pobre algum no meio de vocês” (Deuteronômio 15:4). Porém, o que se vê no mundo é muita desigualdade e indiferença em relação ao semelhante. Poderíamos escrever muito sobre esse tema e empregar textos bíblicos como: “fomos criados à imagem de Deus” (Gênesis 1:26); “se deixamos de fazer o bem para um destes pequeninos , deixamos de fazer para o próprio Cristo” (Mateus 25:45 – textos parafraseados), etc. O problema da desigualdade reside na essência do pecado que é o egoísmo. Com toda certeza Deus se entristece com as misérias do ser humano. Nesse mundo não há respostas para todas as perguntas, mas pela Revelação  divina, sabemos que há um conflito cósmico e universal entre Deus e Satanás. Fica evidente que o mal não presta e que ele um dia será eliminado, conforme o ensinamento bíblico.

Agora, vamos analisar o texto mencionado.  “O verso 25 não significa que um homem bom nunca passe necessidade (cf. 1 Samuel 21:3; 25:8) mas sim, que nunca é abandonado pelo Senhor e, em última análise, em sua descendência, as condições se tornam melhores. Em todas as ocasiões, o único princípio correto é a perseverança na prática do bem (27; cf. Salmo 34:14) porque a equidade no trato com os homens e a lealdade para com Deus sempre são aprovadas pelo Senhor e fomentadas por Sua cooperação. A meditação do salmista começa então a voltar-se do tema do cuidado providente do Senhor para as experiências reais de seus santos (28).”¹

O verso é “o testemunho do próprio salmista de uma vida de cuidadosa observação e experiência. O versículo indica que o salmista escreveu o salmo em seus últimos dias de vida. Ele não declara que os justos não passam por privações, mas que eles não são abandonados por Deus quando enfrentam dificuldades. No final, eles prosperam, pois seus descendentes têm o que necessitam. O salmista expressa uma verdade: a verdadeira religião torna o ser humano ativo e independente, e o livra da necessidade de mendigar pela subsistência (ver em Jó 15:20 e 23 o quadro oposto).”²

Equipe Biblia.com.br

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¹ Novo Comentário da Bíblia, Salmos, p. 84.
² Comentário Bíblico Adventista do Sétimo dia, v. 3, p. 37.
 

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