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Homossexualismo¹ em Romanos 1

homossexualismo

Deus deu ao homem o livre-arbítrio, e respeita esta escolha, pois sem livre arbítrio não há bondade nem amor.

“Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram a coisas e seres criados, em lugar do Criador, que é bendito para sempre. Amém. Por causa disso Deus os entregou a paixões vergonhosas. Até suas mulheres trocaram suas relações sexuais naturais por outras, contrárias à natureza. Da mesma forma, os homens também abandonaram as relações naturais com as mulheres e se inflamaram de paixão uns pelos outros. Começaram a cometer atos indecentes, homens com homens, e receberam em si mesmos o castigo merecido pela sua perversão. Além do mais, visto que desprezaram o conhecimento de Deus, ele os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem o que não deviam” (Romanos 1:25-28).

(1) Deus deu ao homem o livre-arbítrio, e respeita esta escolha. Em última análise nem mesmo Deus pode interferir nessa liberdade de escolha. Em Efésios 4:17-19 Paulo fala dos homens que se entregaram à lascívia, renderam a ela toda sua vontade. Oséias (4:17) tem a terrível sentença: “Efraim está entregue aos ídolos; deixa-o.” Colocou-se uma livre opção diante do homem. Tem que ser assim. Sem opção não pode haver bondade, e sem opção não pode haver amor. Uma bondade forçada não é verdadeira bondade; um amor forçado não é de maneira nenhuma amor.

Quando Paulo se refere a Deus como aquele que entrega os homens “a paixões vergonhosas”, a expressão “entrega” está desprovida de toda irritação furiosa. De fato, nem sequer sua nota principal é de condenação e juízo. Sua nota principal é de ansiosa e dolorosa tristeza, como a de um ser amoroso que fez todo o possível e não pode já fazer mais. Descreve exatamente o sentimento do pai que vê a seu filho dar as costas ao lar e ir embora a um país longínquo. Há muito mais tristeza que ira no coração do homem que experimenta semelhante coisa.

(2) E no termo “entrega” há mais que isto — há juízo. É um dos atos inflexíveis da vida que o pecado gera pecado. Quanto mais pecador é o homem mais fácil é para ele pecar. Pode começar pecando com certo estremecimento de consciência pelo que está fazendo, e acabar pecando sem nem pensá-lo. Não é que Deus esteja castigando o homem, mas sim ele se torna o castigo sobre si mesmo. Ele se empenhou em ser tal que é escravo do pecado. Os judeus sabiam, e tinham grandes ditados a respeito disso.

“Todo cumprimento do dever é recompensado com outro; e toda transgressão é castigada com outra.” “Quem quer se esforce por conservar-se puro recebe o poder para fazê-lo; e quem quer que seja impuro as portas do vício se abrem para ele.” “Quem levanta um amparo em torno de si está protegido, e quem se rende está entregue.” O mais terrível sobre o pecado é justamente este poder para gerar mais pecado.

A entristecedora responsabilidade do livre-arbítrio é que pode ser utilizado de tal maneira que resulta finalmente em destruição e o homem acaba se tornando um escravo do pecado, entregue ao caminho errôneo. E o pecado é sempre uma mentira, porque o pecador pensa que seu pecado poderá fazê-lo feliz, sendo que no fim arruína a vida, tanto para ele como para outros, neste mundo e no mundo vindouro.”² «Continue lendo»

Equipe Biblia.com.br

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¹ O sufixo de origem grega ‘ismo’, além de denotar “condição patológica”, é o mesmo que usamos para indicar “doutrina, escola, teoria ou princípio artístico, filosófico, político ou religioso”; “ato, prática ou resultado”; “peculiaridade”; “ação, conduta, hábito, ou qualidade característica” (Aurélio). Como se vê, o termo homossexualismo pode soar inocente e até positivo, como turismo, patriotismo, lirismo, escotismo etc. E o que dizer das conotações negativas de ruindade, fealdade, crueldade, calamidade, orfandade – “parentes” sufixais de homossexualidade? Naturalmente, os adversários do uso de “homossexualismo” argumentam que nada disso importa, pois o que está em questão é uma luta simbólica. (…) Se, em vez de homossexualidade, o vocábulo proposto para seu lugar fosse “maracujá”, o efeito seria o mesmo. Para não mencionar que, sendo homossexualismo um termo típico do Brasil, pouco usado em Portugal, há quem imagine que só por isso já deve ter algum problema…No entanto, os defensores de “homossexualismo” podem não ficar convencidos. Talvez alertem então para o exagero de uma condenação tão sumária: não haveria o risco de, criminalizando-se um uso bem intencionado, alienar as pessoas em vez de sensibilizá-las para uma causa justa? Isso não é um pouco como inventar o inimigo para justificar uma guerra declarada de antemão? E sendo os usos linguísticos tão notoriamente impermeáveis a qualquer tipo de regulamentação, não valeria a pena poupar a energia desse combate para empregá-la em outras frentes da guerra contra o preconceito e a intolerância à diferença? A esta altura, claro, já entramos faz tempo no terreno da política. O fato é que as duas palavras estão no dicionário. O resto é com você. (https://veja.abril.com.br/blog/sobre-palavras/homossexualismo-ou-homossexualidade/)

² Comentário Bíblico William Barclay, p. 38-39.

Romanos 1:28 e a homossexualidade
Por que Deus não rejeitou Davi como fez com Saul?