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Quanto tempo levou para a Bíblia ser concluída? Como foi o processo de tradução?

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A Bíblia é a coleção de livros mais antiga que existe. Os primeiros cinco livros, chamados de Pentateuco, foram escritos por Moisés, cerca de 1.500 anos antes de Cristo, e o último, o Apocalipse, foi escrito pelo apóstolo João, perto do ano 100 depois de Cristo, somando aproximadamente 1.600 anos, durante os quais a coleção foi escrita.
Colaboraram na sua produção cerca de 40 autores. Entre estes: reis, pescadores, legisladores, estadistas, filósofos, pastores, médicos, coletores de impostos. Tais homens escreveram sobre praticamente todo tipo de assunto: histórias, biografias, poesia, provérbios, profecias, parábolas, salmos, sermões, etc.
Apesar dessa diversidade de autores e de assuntos, o livro tem unidade. Um autor não contradiz outro. O segredo?
O apóstolo Paulo escreveu: “Toda escritura é inspirada por Deus” (1 Timóteo 3:16). “Sabendo, primeiramente, isto, que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca, jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana, entretanto, homens falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo” (2 Pedro 1:20 e 21).
O Espírito Santo comunicou as mensagens de Deus a homens piedosos e moveu-os a transmitir essas mensagens pela Palavra falada ou escrita. Cerca de 1.300 vezes encontramos nas escrituras as expressões: “Ouvi a palavra do Senhor”, “ouvi a voz do Senhor”, “dizendo, veio a mim a palavra do Senhor”, seguidas de mensagens ao homem.
“A Bíblia foi escrita em hebraico, aramaico e grego.
– Antigo Testamento: a maior parte está escrita em hebraico. Os maiores trechos escritos em aramaico, são os de Esdras 4.8—6.18, Esdras 7.12-26 e de Daniel 2.4—7.28.
– Novo Testamento: foi totalmente escrito em grego.”¹
Para facilitar sua leitura, os tradutores dividiram os livros em capítulos e estes, em versículos.
Possui 66 livros, divididos em 2 testamentos: Velho Testamento com 39 livros, e Novo Testamento com 27 livros.
“A Bíblia é o livro mais traduzido, distribuído, lido e pesquisado em todo o mundo. É a Palavra de Deus, trazendo uma mensagem de grande importância para a humanidade, tanto em termos de fé como de vida. A necessidade e o desejo de difundir os seus ensinamentos entre os povos do mundo, ao longo dos tempos, resultou em grande número de traduções para os mais variados idiomas. Hoje, é possível encontrar a Bíblia completa em 485 línguas. Pelo menos um trecho dela está traduzido para mais de 2.500 línguas diferentes, de um total de 7.000 que ainda existem no mundo.²
A Bíblia contém 3.566.480 letras, que constituem 773.692 palavras. Para lermos todo o Antigo Testamento gastaríamos em média 39 horas e para ler o Novo Testamento, 11 horas. Então, a leitura de toda a Bíblia demora por volta de 50 horas. Em uma leitura em voz alta, em velocidade normal, levaríamos 70 horas e 40 minutos para lermos toda a Bíblia. Lendo 4 capítulos por dia, ao final de 1 ano você concluirá toda a sua leitura.
“Idiomas da Bíblia I – O Aramaico
O Aramaico foi, sem dúvida, desde muito tempo, a língua popular de Babilônia e da Assíria, cuja linguagem literária (culta e religiosa) era o sumero-acadiano. Documentos assírios mencionam o aramaico desde 1100 A.C. Durante o reinado de Saul e Davi, os estados aramaicos ou sírios são mencionados na Bíblia (1 Samuel 14:47; 2 Samuel 8:3-9; 10:6-8).
Essa língua dotada de grande poder de expansão tornou-se usual nas relações internacionais de toda a Ásia, e na própria Palestina propagou-se tão largamente, que venceu o próprio hebraico.
O Comentário Bíblico SDABC, Vol. l, páginas 29 e 30 apresenta-nos a origem do aramaico com as seguintes palavras:
“O lar original do aramaico foi a Mesopotâmia. Algumas tribos arameanos viviam ao sul de Babilônia, perto de Ur, outras tinham seus lares na alta Mesopotâmia entre o rio Quebar (Khabúr) e a grande curva do Eufrates, tendo Harã como centro. O fato de os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó terem conexões com Harã é provavelmente responsável pelo estatuto feito por Moisés de que Jacó era “arameano”. Deut. 26:5. Deste seu lar ao norte da Mesopotâmia o aramaico se espalhou para o sul de toda a Assíria.”
Tudo indica que o aramaico foi preferido pelos assírios e babilônicos por ser mais simples do que a complicada escrita cuneiforme. A prova de sua simplicidade está relatada em 2 Reis 18:26, quando Senaqueribe invadiu Judá no fim do VIII século A.C. os oficiais judeus que dominavam tão bem o hebraico quanto o aramaico, pediram ao general assírio que lhes falasse em aramaico.
Essa foi a razão pela qual durante os setenta anos do cativeiro babilônico os judeus se esqueceram muito do hebraico, adotando em seu lugar o aramaico. Ao voltarem do cativeiro continuaram falando o aramaico, como se depreende da leitura de Neemias 8:1-3 e 8.
O aramaico era a língua usada por Jesus (Marcos 5:41; 7:34; 15:34), pela maioria das pessoas na Palestina, bem como pelas primeiras comunidades cristãs. Segundo outros estudiosos entre os quais se destaca Robertson, Jesus falava aramaico na conversação diária, mas no ensino público e nas discussões com os fariseus a língua usada era o grego.
Já antes da Era Cristã suplantou totalmente o hebraico que se tornou a língua morta e exclusivamente religiosa.
Na Ásia Ocidental, a língua aramaica se difundiu largamente, assumindo naquelas regiões e naquele tempo o mesmo papel que assumem em nossos dias o francês e o inglês.
O aramaico, embora ainda utilizado em certas regiões, vai cedendo lugar ao árabe, e corre o perigo de desaparecer como língua falada, pois hoje é falada somente em algumas povoações da Síria. O aramaico desapareceu sob o impacto cultural do grego e do latim, e já que deixou de ser conhecido pelos cristãos.
Quem conhece o hebraico pode com facilidade ler e entender o aramaico, dadas as suas marcantes semelhanças.
As partes do Velho Testamento escritas em aramaico são as seguintes:
A expressão “Jegar-Saaduta” de Gênesis 31:47;
O verso de Jeremias 10:11;
Alguns trechos de Esdras 4:8 a 6:18; 7:22-26.
Partes do livro de Daniel, entre os capítulos 2:4 a 7:28.

Manuscritos originais – I
A história de como a Bíblia chegou até nós, na forma em que a conhecemos, é longa e fascinante. Ela começa com os manuscritos originais, ou “autógrafos”, como são às vezes chamados. Esses textos originais foram escritos por homens da Antigüidade movidos pelo Espírito Santo (2 Timóteo 3:16; 2 Pedro 1:20, 21).
Durante anos, os céticos declaram que Moisés não poderia ter escrito a primeira parte da Bíblia porque a escrita era desconhecida na época (1500 a.C). A ciência da arqueologia provou desde então que a escrita já era conhecida milhares de anos antes dos dias de Moisés. Os sumérios já escreviam cerca de 4000 a.C., e os egípcios e babilônios quase nessa mesma época.
1.) PEDRA: Muitas inscrições famosas encontradas no Egito e Babilônia foram escritas em pedra. Deus deu a Moisés os Dez Mandamentos escritos em tábuas de pedra ( Êxodo 31:18, 34:1,28). Dois outros exemplos são a Pedra Moabita (850 a.C ) e a Inscrição de Siloé, encontrada no túnel de Ezequias junto ao tanque de Siloé (700 a.C).
2) ARGILA: O material de escrita predominante na Assíria e Babilônia era a argila, preparada em pequenos tabletes e impressa com símbolos em forma de cunha chamados de escrita cuneiforme, e depois assada em um forno ou seca ao sol. Milhares desses tabletes foram encontrados pelas pás dos arqueólogos.
3) MADEIRA: Tábuas de madeira foram bastante usadas pelos antigos para escrever. Durante muitos séculos a madeira foi a superfície comum para escrever entre os gregos. Alguns acreditam que este tipo de material de escrita é mencionado em Isaías 30:8 e Habacuque 2:2.

¹ sbb.org.br/a-biblia-sagrada/os-originais-da-biblia/
² sbb.org.br/a-biblia-sagrada/
³ Pr. Pedro Apolinário
[Equipe Bíblia.com]

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