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O retrato de Deus

perdão

Não podemos dizer que conhecemos a Deus se não sabemos o que Lhe causa dor, ou o que Lhe traz alegria.

Como é Deus? Para muitas pessoas, Deus é apenas uma ideia abstrata. Outros o confundem com um severo juiz, distribuindo sentenças às suas criaturas. Para outros, Deus é um caprichoso policial cósmico, buscando nossos erros. Há, ainda, aqueles que o veem como um tipo de Papai Noel complacente distribuindo presentes uma vez por ano.

Como é Deus, ou quem é Deus? Deus tem sido em muitas circunstâncias caricaturado pela religião e pelos religiosos. As respostas podem variar de pessoa para pessoa, mas provavelmente elas dirão mais a nosso respeito do que a respeito de Deus. Um dos ensinos mais evidentes do Novo Testamento é que Jesus Cristo veio para revelar a pessoa do Pai(João 14:9-13). Em várias ocasiões, o próprio Jesus fez a mais completa e absoluta identificação entre Ele e Deus: perdoou pecados, aceitou culto e adoração, fez promessas que apenas Deus poderia fazer (Lucas 5:21; 24:52; João 14:12-14 ).

Provavelmente, um dos quadros mais claros a respeito de Deus pintado por Jesus aparece em Lucas 15, o capítulo conhecido como “evangelho dentro do evangelho”. “Aproximavam-se de Jesus todos os publicanos e pecadores para o ouvir. E murmuravam os fariseus e escribas, dizendo: Este recebe pecadores e come com eles” (Lucas 15:1 e 2).

Em resposta à acusação que Lhe é feita pelos austeros representantes do estabelecimento religioso dos seus dias, Jesus conta três parábolas. Tais histórias não são primariamente uma exposição do evangelho, mas uma defesa dele. Elas representam o poderoso contra-ataque de Jesus diante daqueles para quem a graça de Deus parecia um desperdício. Aqueles que se sentiam indignados ante a afirmação de que Deus Se interessa pelos pecadores.

As palavras e ações de Jesus chocaram e ofenderam os líderes religiosos do judaísmo do primeiro século. E provavelmente elas ofendem ainda hoje muitos que se julgam conhecedores de Deus. Uma das surpresas do ministério de Cristo é que Ele atraiu pessoas das quais os religiosos nem se aproximavam: enfermos, pobres, samaritanos, mulheres e coletores de impostos. Todos eles marginalizados dentro do sistema religioso e social dos judeus. O desdém da elite religiosa por essas pessoas de quem Jesus Se aproximou e por quem Ele Se interessou e manifestou respeito, não é porque elas fossem mais pecadoras do que as outras, mas porque eram pessoas ordinárias, ignorantes das intrincadas cerimônias religiosas e, por isso, consideradas impuras.

O que ofendeu os representantes do judaísmo do primeiro século não foi tanto a resposta dessas pessoas a Jesus, mas a resposta de Jesus para elas. “Este recebe pecadores e come com eles” (Lucas 15:1-2) era a acusação dupla dos opositores de Cristo. Aqueles que diziam conhecer a Deus, se ofenderam com o tipo de pessoas com quem Jesus Se associou. No centro do confronto entre Jesus e os fariseus está a compreensão da doutrina de Deus. Afinal, pode Deus associar-Se com os pecadores? Os fariseus diziam que não. Jesus então contou três parábolas para demonstrar o contrário. Estas são histórias de Deus, na linguagem humana:
– A parábola da ovelha perdida (Lucas 15:3-7);
– A parábola da moeda perdida (Lucas 15:8-10);
– A parábola do filho perdido (Lucas 15:11-32).

Essas histórias têm uma estrutura comum: elas enfatizam a tragédia da perda, a diligência da busca e o regozijo da recuperação.

Não podemos dizer que conhecemos a Deus se não sabemos o que Lhe causa dor, ou o que Lhe traz alegria. Jesus deseja demonstrar que o coração do Pai se parte por aqueles que se perdem e exulta em abundante alegria por aqueles que são encontrados.

Como se sente você ao perder qualquer coisa considerada valiosa? Jesus utiliza um conceito que facilmente podemos compreender. É óbvio que os seres humanos se sentem frustrados, deprimidos e tristes quando perdem aquilo a que dão valor, e se alegram quando encontram o que foi perdido. A estupenda revelação que Jesus faz é que Deus também Se sente assim. O ponto principal dessas histórias não é falar da ovelha, da moeda ou do filho, isto é, daquilo que fora perdido. O propósito dessas parábolas é focalizar o caráter do pastor que perdeu a ovelha, da mulher que perdeu a moeda e do pai que perdeu o filho. Essas parábolas revelam como Deus é.

Continua…

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Comentários

Tatiana

Licoes que nos ensinam a sermos filho de Deus como é bom aprender mais e mais da biblia

Franciele

Muito bom

Antonio paz de senna

Jesus é luz que brilha pra sempre!

josepereiracam@gmail.com

Muito bom! ter realmente um caráter do que nosso Deus é o quer Ele quer de nós! que possamos resgatar almas para Ele.

MESSIAS DOS SANTOS

Por favor, estive lendo sobre a Síria, ISAÍAS 17:1-11. E gostaria de uma explicação referente ao que está escrito alí, e a atual situação da Síria hoje, aquilo já aconteceu ou está acontecendo?
E sobre as cidades de refúgio na bíblia, elas ainda funcionam até hoje? E como seria a aplicação delas aqui no ocidente?
Desde já agradeço à resposta.