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O poder da paternidade

deus

No coração de toda criança independente da idade há uma busca consciente ou inconsciente pelo amor do pai...

“Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa)” (Efésios 6:2).

Próximo ao fim de sua vida, John Kingery foi abandonado por sua filha nas proximidades de uma pista de corrida em uma cidade norte-americana. Enfermo com Alzheimer, ele estava em uma cadeira de rodas, segurando com as mãos trêmulas um pequeno urso de pelúcia.

Quando sua história e fotografia chegaram aos jornais, Nancy Kingery Myatt, outra filha desse velho homem, descobriu o pai que ela havia perdido havia 30 anos, quando ele se afastara da primeira esposa e dos cinco filhos. Ao longo dos anos, contudo, o amor de Nancy pelo pai nunca diminuíra. Para ela, como afirmou, ele nunca havia deixado de ser seu pai. Aos 50 anos, Nancy reencontrou-se com ele, então com 82. Ele não a reconheceu, não sabia quem era ela nem seu nome. Mas nada disso impediu as lágrimas de correrem por sua face, ao rever o pai, perdido por tanto tempo. “Eu não tive um pai por todos aqueles anos”, disse ela, “mas agora eu o tenho e, quanto mais o vejo, mais desejo estar com ele.” O que ouvimos de Nancy Kingery Myatt é o testemunho da simples e interminável fome de uma criança, de qualquer idade, pelo pai que, neste caso, desaparecera.

A história desse pai perdido e encontrado ilustra o duradouro poder da paternidade e o inextinguível impacto dela sobre os filhos, ainda que adultos. Em sua condição, John Kingery nada podia fazer pela filha, nem mesmo abraçá-la, aconselhá-la e manter com ela uma conversação inteligente. Por causa de sua inabilidade, ele fora reduzido à condição básica de pai dessa mulher. E, para Nancy Kingery Myatt, mesmo o pouco que sobrara do pai era significativo para ela.

É você pai? Você pode ser jovem ou idoso. Pode ter apenas um filho ou vários deles. Pode ser um pai excelente, medíocre ou precário. Você pode ser mesmo como o Sr. Kingery, incapaz de responder à vida dos filhos. Mas, pelo simples fato de ser pai deles, você tem um extraordinário poder de influência. Tal poder não vem primariamente de seu desempenho, mas da paternidade em si mesma. Sua escolha não é se você terá o poder e a influência de um pai. Isso você já tem. Sua escolha é quanto ao uso de tal poder e influência. Aos filhos, por outro lado, cabe honrar, dignificar e responder em amor ao pai que ainda têm, apreciando-o como um dom dAquele que é o Pai perfeito.

Equipe Biblia.com.br

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* Amin Rodor é mestre em Divindade e Ph.D. em Teologia Sistemática pela Andrews University (1986).

Fonte: Meditações Matinais Encontros com Deus (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2014).

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